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ESPECIAL

Retrofitting
Escolha do
CNC adequado
à sua aplicação
Paulo Eduardo Pansiera

O projeto de retrofitting está na fase de


definição da automação e ainda não te-
mos clareza suficiente para a escolha. No
artigo anterior procurei essencialmente
diferenciar um CLP de um CNC pela ar-
quitetura e pelo software executivo de
cada um.

ma máquina com CLP é, na essência, uma Fora isso, e principalmente pelo custo baixíssimo

U máquina que poderia ser automatizada utili-


zando-se apenas de componentes de baixa
tensão para a lógica. Contudo, na medida
em que a complexidade do funcionamento aumenta,
aumenta também o tamanho do armário e o tempo de
de alguns CLPs (figura 1) que já estão na casa das
poucas centenas de reais, qualquer máquina mais
complexa, seja nova ou “retrofitada”, já está sendo
fabricada tendo seu CLP como cérebro de todo o
processamento lógico e seqüencial, e munida de um
sua montagem. armário elétrico de dimensões mínimas para a apli-
Máquinas com armários grandes tendem a desa- cação.
parecer do mercado, pois o custo dos CLPs está ca- Uma vez pronta, a máquina com CLP cumprirá
indo e a tendência natural é o abandono do conceito seu papel de obedecer ao comando de seu operador
de quadro de relés para um conceito de se utilizar um através de um painel de máquina com botões e cha-
microcontrolador de eventos, como é o Z80 (que foi ves resistentes ao ambiente industrial e ainda, na
muito empregado nos primórdios do CLP). Na verda- minoria dos casos, de uma interface tipo display grá-
de, há mais de uma década os CLPs já avançaram e fico para auxílio ou exibição de mensagens (figura
dominaram o mercado de quadros de comando de 2).
baixa potência. Além da vantagem da dimensão do armário, o CLP
Somente aquelas máquinas cuja lógica de coman- trouxe o benefício da flexibilidade na alteração do fun-
do é muito simples, ou seja, com no máximo um ou cionamento da máquina, sem a necessidade de in-
dois intertravamentos para uma liberação (ou até para tervenção de montagem de hardware e alteração de
evitar a simultaneidade), é que ainda se utilizam de esquema elétrico. Atente para o fato de que tal flexi-
manobra através de contatores. bilidade, na prática, não está ao alcance do operador

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Figura 2 - Interfaces tipos


display gráfico.

- Capacidade de conexão com redes industriais


Figura 1 - Exemplos de
alguns CLPs. - Capacidade de conexão com outros CLPs (sem
usar os próprios pontos de E/S)
- Possibilidade de ligação com IHM.
e sim de um engenheiro especialista e conhecedor do
software residente em tal CLP. E o preço? Essa é a pergunta que a maioria me
O ganho realmente fica na dispensa de interven- faz.
ção de montagem de hardware, porque de fato, o cus- O preço não é o principal. Veja Qualidade, Atendi-
to com essa intervenção do especialista é realmente mento, Prazo de entrega e Garantia. Aí, sim, depois
desmotivador. Se a máquina precisar de constante de por tudo na ponta do lápis, então virá o preço.
atualização de seu software para atender a necessi- A tecnologia do CLP evoluiu muito, principalmen-
dade da produção é porque a escolha pelo CLP foi um te na Qualidade do projeto e na fabricação do produ-
erro. O melhor teria sido agregar um CNC para o con- to, e não apenas para um ou outro fabricante, mas
trole do processo e deixar o CLP apenas para o para todos. Assim, é de se esperar que configura-
intertravamento. ções semelhantes, de fabricantes concorrentes, pos-
No artigo anterior, analisei mais detalhadamente suam também preços semelhantes.
cada um desses dois nossos parceiros do mundo in- Uma vez que você já sabe como selecionar um
dustrial, concluindo que não existe um que sempre CLP, passemos a conhecer melhor como fazer o mes-
leve vantagem em relação ao outro, e sim um que mo para um CNC. Esta tarefa é bem mais complexa,
seja mais adequado que outro à aplicação. pois os conceitos são, em sua maioria, desconheci-
A escolha do CLP é relativamente simples, pois dos pelo iniciante em automação.
o que interessa realmente é a sua capacidade má- Fica aqui o apelo para os professores de Escolas
xima de endereçamento de pontos de entrada e Técnicas e Superiores que incluam a tecnologia do
saída digitais e analógicos, sua memória para CNC no currículo de formação. Eu visto essa carapu-
armazenamento do programa executivo, sua capa- ça pois enquanto lecionei, não dei ênfase aos tópi-
cidade de comunicar-se com outros CLPs da mes- cos que hoje escrevo, e quando comecei não havia
ma máquina, sua capacidade de interligar-se com sequer literatura em português sobre o assunto.
redes industriais e, por último, possuir ou não ca- Um colega de outra empresa disse-me na se-
pacidade de se comunicar com um interface ho- mana passada que estaria assinando a Revis-
mem-máquina. ta, pois seu filho de 19 anos entrara numa es-
Resumidamente: cola de Mecatrônica e interessou-se pelo primei-
Escolha seu CLP através de: ro exemplar que comprou na banca. Fico feliz
- Números de pontos de E/S que ele, você e eu tenhamos agora a chance de
- Memória para armazenamento do programa exe- nos comunicarmos. Quem sabe um próximo ar-
cutivo tigo não é seu?

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Comentários a parte, va-


mos conhecer esse nosso
parceiro para a vida toda: o
CNC.

TECNOLOGIA DO CNC -
SISTEMA
OPERACIONAL E
HARDWARE DE
PROCESSAMENTO.

Qual é o componente
mais precioso de seu com-
putador? Resposta: Sistema
operacional e processador.
O seu CNC, assim como
um computador, também
possui um sistema o-
peracional e um processador
central. Na essência, ele É Figura 3 - Diagrama
de blocos de sistema.
UM COMPUTADOR e utiliza-
se também da grande maio-
ria de seus periféricos. CONTEÚDO DO FIRMWARE
Não deve ser o seu caso, mas li uma reportagem
sobre usuários de microcomputadores onde o pesqui- 1. Modos de operação
sador perguntava a marca do equipamento que eles
usavam. Na maioria das respostas apareceu o fabri- Os modos de operação de um CNC, nos casos
cante Samsung. mais gerais, podem ser:
Samsung é o que está estampado no monitor e daí o Modo manual: para deslocamentos voluntários
usuário associa imediatamente esse fabricante ao produto através de comando simultâneo do operador. Isso
todo. Cuidado, pois o CNC não é uma geladeira ou um significa que a máquina tem seus movimentos quan-
televisor. Você ainda acha no mercado soluções híbridas do existe um acionamento de botão ou manivela. Usu-
sendo oferecidas ou fabricantes de máquina estampando almente, para que tais movimentos ocorram, o ope-
com orgulho que o CNC que veio com a máquina é rador utiliza-se de teclas direcionais ou manivelas
próprio, porém no interior pode estar um armadilha de geradoras de pulso TTL ou de joysticks, ou até de
um produto de uma fábrica que já fechou ou que muito uma combinação delas. Ver figura 4.
provavelmente não possua representação no Brasil. Modo de edição / programação: é um modo
Não estou generalizando, mas sim alertando o lei- onde deslocamentos não são permitidos, mas sim a
tor porque tal caso ainda ocorre em nossos dias. Guar- inserção/modificação/criação de comandos formado-
de esse ensinamento (fig 3) para quando se defrontar res de programas-peça. Esses programas são escri-
com a próxima máquina CNC. tos geralmente em linguagem de alto nível, padrão
Mais uma vez, analise com cuidado, pois o que DIN 66025, ou através de gráficos vetoriais (figura
lhe interessa é o processador, a placa mãe e o sis- 5), como a criação de um desenho na própria tela,
tema operacional. Este último é mais conhecido bem semelhante a um desenho em CAD.
como firmware no meio da automação. A linguagem de acordo com DIN 66025 é conhe-
Na seleção do CNC o item que se deve ter em cida informalmente no meio industrial com código G,
mente para a escolha é o conteúdo do firmware e a devido à natureza de cada comando (representado
confiabilidade do processador quanto à precisão das por números) vir precedido de uma letra G.
operações matemáticas e de gerenciamento simultâ- G00, G01, G33, G54 e G90 são, por exemplo, co-
neo de periféricos. mandos dessa linguagem de alto nível. Adiante, de-
Durante o processo de aquisição, discuta com o talharemos melhor essa norma.
fornecedor sobre a natureza deste par (firmware + Quando se cria um programa, ele fica armazena-
processador), tentando identificar com os parâmetros do neste CNC, consumindo memória chamada de
que estarão sendo passados a seguir, se o produto é “memória de programas” ou “memória do usuário”.
realmente o mais indicado para a aplicação. Se o programa for extenso (em dias atuais de 1 MB

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Figura 4 - Painel de CNC com teclas e botões para acionamento pelo operador.

ou superior), é necessário que o CNC possua um processo que desejamos. Atualmente, a simula-
disco rígido para seu armazenamento, pois a memó- ção gráfica é quase que uma padronização e, fran-
ria disponível para usuário não costuma ser muito camente, não deve ser um item adicional muito
maior do que isso. oneroso em sua configuração. Na verdade, já para
Quando não existe nem disco rígido nem outra ex- alguns modelos mais sofisticados a simulação
tensão de memória física (não volátil) como um car- gráfica é standard .
tão flash, então o recurso é ligar seu CNC a um micro- O modo de execução deve permitir uma execu-
computador remotamente, e utilizar-se do disco exis- ção bloco a bloco, ou seja o CNC interrompe a exe-
tente nesse computador para armazenar seus progra- cução da peça a cada final de bloco, aguardando que
mas. Daí sim, a capacidade de armazenamento fica o operador confirme o início do bloco seguinte medi-
bem ampliada. ante a ação de pressionar um botão de comando.
Já a transmissão desde o computador remoto até Este procedimento, geralmente, só é empregado
o CNC dá-se por meio de softwares de comunicação durante a preparação da peça. Assim que ficar com-
serial, que transmitem puramente texto do disco rígi- provado que o programa obedece o processo deseja-
do direto para a memória RAM do CNC. Não ocorre do, na prática, então o operador dispensará esse re-
nenhum processamento no computador, apenas curso e passará a trabalhar sem tal interrupção.
armazenamento de texto e sua transmissão através Pode parecer improdutivo tanta segurança, mas
de um programa (de poucos KB rodando em abiente saiba que mesmo assim as máquinas CNC são de
DOS muitas vezes) de acordo como o protocolo RS- longe as campeãs de produtividade de peças em lote.
232. Não encare esse consumo de tempo como perda. É
Modo de execução (Modo automático): Após o comum ouvir que o trabalho em bloco-a-bloco é des-
programa ter sido escrito, ele é compilado pelo necessário, pois o bom programador deve acertar des-
processador central que dispara a execução de a primeira vez.
seqüencial, linha a linha (ou bloco a bloco, como se Isso não é bem assim; além do programa estar
diz) para a usinagem do peça. Em adição ao modo de correto, o preparador (e não o programador) deve
execução, poderá existir um simulador gráfico 2D, 3D ter feito também os pre-sets de ferramenta e de
ou até de geração de sólidos, que acompanha o mo- fixação. Como são duas pessoas diferentes, é
vimento da ferramenta. melhor acertarem todo o processo antes de partir
Tal simulador gráfico pode servir para compro- para a execução do lote desde a primeira peça.
var graficamente que a seqüência de etapas inserida Uma trombada poderá causar um prejuízo bem
durante a programação realmente condiz com o maior.

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Exija o modo bloco-a-bloco em seu CNC. A maio-


ria (90% dos que conheço) o possui e não é nada tão
difícil de se implementar. Existem inclusive empre-
sas que verificam, por critério de segurança, se o CNC
possui esse modo ativo. Caso negativo, a máquina
toda é recusada e você pode comemorar a sua entra-
da na lista negra de fornecedores desse cliente.
Se não é isso que você quer, então exija tal modo
disponível junto ao fornecedor. Como já citei acima, a
maioria gritante o possui.
Quanto ao modo de operação, verifique a Tabela
do Resumo dos modos de operação (ver na próxi-
ma página).

2. Recursos de programação
Figura 5 - Criação de
Ações síncronas desenho em tela.

A filosofia de um programa, peça escrito para CNC, CNC, pois é possível criar rotinas para que tais ações
seja através de código DIN ou gráfico, está em tradu- ocorram enquanto a principal de usinagem está em
zir um raciocínio seqüencial de processo de fabrica- andamento.
ção para a máquina de forma que ela execute os mes- É do próprio programa de CNC que vem a instru-
mos passos que você faria se estivesse trabalhando ção de disparo dessa ação síncrona.
com uma máquina convencional. Perceba através dos exemplos de que não se tra-
A palavra traduzir deve ser entendida aqui como ta de uma sub-rotina, pois se assim fosse, o fluxo
cópia fiel, apenas em outra linguagem, daquilo que é normal do programa seria desviado para depois retornar
necessário para se executar uma peça. Ora, se ao à sua veia principal e não é isso o que acontece; o
usar uma máquina CNC estamos simplesmente fa- programa principal segue sem interrupção, porém um
zendo de maneira automática aquilo que faríamos atra- segundo evento é disparado e roda simultaneamen-
vés da habilidade do operador, onde está o ganho? te, e se finda sem qualquer conexão com o principal.
Na prática, por mais hábil que seja o operador, não Tente você fazer o seguinte: leia uma frase des-
se obtém o mesmo rendimento da operação na má- te artigo e ao mesmo tempo, escreva-a como a leu
quina convencional e na CNC. Isso se torna mais níti- e também na ordem inversa das letras (“bom dia”
do na medida em que o lote de peças aumenta. seria “aid mob”, por exemplo) e veja que, no mínimo,
Mas OK ! Suponhamos ainda que isso possa ser você consumirá exatamente o dobro do tempo para
levado ao limite da habilidade que um operador pos- executar tal ação. Isso porque, apesar de você já ter
sui; ainda assim existe uma situação onde a máquina lido a frase, só consegue escreve-la de modo inverso
CNC venceria sempre. Esse é o caso onde se ganha quando a tem completa no modo direto.
produtividade com a ação síncrona. Agora enxergue a diferença; o CNC escreveria as
A produtividade será tanto maior quanto menores duas simultaneamente!
forem os tempos perdidos. Isso é facílimo de se assi- Tais rotinas síncronas podem ser executadas a
milar. Um caso onde “tempos mortos” são fáceis de partir de CLP ou exclusivamente através de códigos
serem encontrados é quando da carga e descarga de DIN para CNC. Com esse último, o programador po-
peça ou na troca de ferramentas de um magazine tipo deria adaptar seu processo de forma a reduzir o tem-
matricial. po morto. Se você possui um CNC ou está para ad-
O ideal seria que enquanto uma peça estivesse em quirir um para um retrofitting, examine a existência
execução, a máquina já executasse simultaneamente de tal recurso pois isso salva muito tempo.
uma rotina de busca da próxima peça, ou que no final
da utilização da ferramenta a próxima já estivesse Canais e Bags
imediatamente a disposição para a troca (figura 6).
Se estivermos com um único operador cuidando Se você desejar rodar mais de um programa si-
da usinagem, não conseguiremos exigir dele que se multaneamente, como se o seu CNC pudesse con-
ocupe em preparar a próxima peça ou ferramenta en- trolar mais de uma máquina, o recurso necessário
quanto trabalha. Aqui é onde entra o ganho com o será a ativação de um segundo ou terceiro ou mais

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Tabela - Modos de operação do CNC.

canais. Cada canal é uma alocação independente de pois estudos comprovam que um CNC de dois
uso do processador do CNC de forma que você es- canais leva uma boa vantagem de preço em re-
colhe que eixos da máquina pertencem a esse ca- lação a dois CNCs de um canal cada.
nal, e daí, é possível rodar mais de um programa- Na medida em que o número de canais aumenta,
peça ao mesmo tempo. essa diferença fica cada vez mais nítida. Os maiores
Máquinas simples como tornos, fresadoras, fabricantes de CNC já possuem tecnologia de equi-
retificadoras e máquinas de eletroerosão, raramente pamentos de até 10 canais.
se utilizam de mais de um canal. Já o mesmo não
acontece com linhas tranfer. Nessas linhas, que são Bags
muito aplicadas para a usinagem de blocos de motor,
cada cabeçote de usinagem é um conjunto de 3 eixos BAG é uma sigla que significa um passo a frente
X, Y, Z, mais fuso, e rodam programas distintos uns da tecnologia do canal. Em adição ao canal, é possí-
dos outros. vel obter também o recurso de se estar em diferen-
O CNC central é único e é disponibilizado um tes modos de operação para cada canal. Cada BAG
canal para cada conjunto de eixos. Isso é um pode conter um ou mais canais, porém todos os ca-
exemplo fácil de assimilar, mas tenha em mente nais do mesmo BAG estarão no mesmo modo de
que as aplicações são inúmeras. O importante é operação (figura 7).
lembrar que se sua aplicação demandar mais de Já o outro BAG pode estar (ou não) com seus
um canal, escolha um CNC com esse recurso, canais em outro modo de operação.

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Voltando ao exemplo das


máquinas Transfer : é possível
estar programando e testando
uma seção enquanto que outra
está em execução, e tudo no
mesmo tempo. Alguns produtos
são apresentados com esta ca-
racterística, mas cuidado, o que
é possível é programar uma peça
enquanto executamos outra.
Já executar uma e programar
e testar a outra, tudo simultane-
amente, exige bem mais do
processador.
Figura 6 - Ações
Eu diria que 95% das aplica-
síncronas. ções não vão demandar mais de
um BAG, mas tenha em mente
de que esse é um recurso dispo-
nível apenas em algumas marcas
de CNC. Se a complexidade de
sua máquina for tal que você ne-
cessite desse recurso, escolha
novamente por ele ao investir em
mais de um CNC. Na ponta do
papel você constatará que o uso
de um único equipamento é bem
vantajoso.
Quem briga pela liderança
de mercado, já tem hoje uma
solução de CNC com até 4
BAGS e um total de 10 canais.
Dá para se divertir bastante.
Por fim, lembre-se de que tudo
isto são opções existentes no
firmware do CNC. O processador
você adquire por um custo rela-
tivamente barato, hoje em dia,
mas o software não.
Leve daqui o conceito de que
o importante na hora de escolher
o CNC, pelo menos com o que
vimos até agora, é o conteúdo
do firmware. Aí está o valor do
CNC; em um firmware robusto e
recheado de recursos que fazem
com que a programação de uma
peça complexa se torne uma ta-
refa das mais simples possíveis.
O tópico não se encerra aqui.
No próximo artigo abordaremos:
- Funções de programação
- Números de eixos e medi-
ções externas
- Entradas e Saídas Rápidas
Figura 7 - Canais e bags.
l
de NC.

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