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A psicanálise na clínica do estilo de vida:

uma escuta político-institucional


Psychoanalysis in the lifestyle clinic: a political institutional listening

Ricardo Azevedo Barreto1

Palavras-chave
Psicanálise, análise institucional do discurso, estilo de vida, instituição, poder.

Resumo
Constantemente tem sido adotada por profissionais de saúde a expressão estilo de vida. Pes-
soas falam de comportamentos, hábitos e atitudes, entre outros aspectos. A proposta deste
artigo é de uma concepção de estilo de vida como modalidade de relação social (com seus
jogos de poder e alienação), a qual podemos mobilizar em sua malha institucional-discursiva
por meio de análises. Como crivo, uma escuta político-institucional constitui essa perspecti-
va de compreensão da Psicanálise na clínica das modalidades de existência.

Na verdade só sabemos quão pouco sabemos Afinal, o que é estilo de vida? A expres-
– com o saber cresce a dúvida. são é polissêmica, pois dela pode emergir
Goethe uma multiplicidade de sentidos. Se tomar-
mos, por exemplo, a norma do estilo de vida
saudável, hoje tão legitimada e difundida
ESTILO DE VIDA: A POLISSEMIA DA
pelos meios de comunicação, às vezes apro-
EXPRESSÃO
ximada da “boa forma” ou “estética perfeita”
É temática de relevância no campo da (conforme os ditames culturais), pensemos:
saúde o estilo de vida. Na contemporaneida- com qual conceito de saúde se opera em tal
de, por exemplo, ouvimos frequentemente posicionamento? Muitas vezes, uma noção
falar de comportamentos, hábitos e atitudes de saúde é pulverizada, quase que inexisten-
dos seres humanos, suas diferenças confor- te, em reflexões sobre o estilo de vida saudá-
me nichos familiares e contextos culturais. vel. Assustador!
Também ouvimos assinalamentos sobre a No discurso científico, genética, gênero,
insalubridade dos modos de existir. faixa etária, peso, morbidades médicas, rede
São acenadas por muitos autores como de suporte social, história individual e fami-
importantes motivos de problemáticas de liar, estresse e outras dimensões psicológi-
saúde, ou até de óbito, as chamadas doen- cas, sedentarismo, tabagismo, consumo de
ças do estilo de vida. De acordo com Straub álcool ou drogas lícitas e ilícitas, condições
(2005, p.37), elas são doenças que “podem socioculturais, econômicas e políticas das
ser amplamente prevenidas, mas cujas cau- pessoas e grupos populacionais, caracterís-
sas não são facilmente identificáveis.” ticas dos planos e serviços de saúde, tam-

1 Psicólogo pela USP, mestre e doutor pela USP (Área: Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano).
Especialista em Psicologia Hospitalar pelo CEPSIC da divisão de Psicologia da FMUSP. Psicanalista, mem-
bro do Círculo Psicanalítico de Sergipe e do Círculo Brasileiro de Psicanálise. Editor da revista Estudos de
Psicanálise (referente à Diretoria do Círculo Brasileiro de Psicanálise no biênio 2008-2010). Tem experiência
de treinamento no Butler Hospital (RI-USA). Professor titular da Universidade Tiradentes (UNIT), onde
ensina nos cursos de Psicologia, Medicina e Odontologia.

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bém considerações sobre o papel da mídia como psicanalistas, podemos constatar por
e muito mais, podem estar relacionados no meio de análises.
que tange aos modos de existir. Enfatiza-se Os estilos de vida são assim compreen-
ainda que muitas dimensões do estilo de didos como instituições ou entrecruzamen-
vida são reversíveis. O que impede, então, tos e superposições institucionais: a vida
suas mobilizações? familiar (não apenas no sentido usual do
Discussão ampla. Pensemos acerca das romance edípico), as práticas escolares, as
relações entre História e estilo de vida. Quantas relações entre pares ou em grupo, etc. São
transformações do ser humano da Idade da lugares ou posições sociais de existência
Pedra ao homem/mulher pós-moderno(a)? que (se) instituem em topografias institu-
Diferenças entre culturas teocêntricas e cionais constituídas e cenograficamente di-
antropocêntricas no decorrer dos tempos? namizadas.
Particularidades, se nos referirmos ao Em aproximação construída neste tex-
Ocidente ou Oriente? O crivo atual do to, identifiquemos em nossa concepção de
neoliberalismo em nossas casas, escolas e estilo de vida o atravessamento do concei-
diversas instituições brasileiras? Comenta-se to de instituição de Albuquerque, de tal
hoje o fato de existirmos em uma sociedade modo definido por Guirado (2010, p.45):
depressiva e panicada, em um mundo de “conjunto de relações sociais que se repe-
adições... de consumismos... e da imagem. tem e, nessa repetição, legitimam-se”. Essa
Mas todos nós? legitimação ocorre por meio de efeitos de
As generalidades engolfam e impedem o reconhecimento e desconhecimento das
pensar singular. Os desenhos variados e suas relações.
combinações possíveis contornam posturas Em nossa perspectiva, ressaltemos a di-
de trabalho ímpares acerca do estilo de vida mensão de conhecimento e alienação (não
com as especificidades de suas ancoragens saber), indissociável da política, do jogo
teórico-metodológicas. de forças, na constituição, manutenção e
mobilização do estilo de vida. Encontra-se
[...] como é possível que a política do conhe- aí, ou aqui, a rebeldia da dinâmica entre
cimento seja a possibilidade mesma de fazer a inconsciente e consciente, tão cara à Psi-
própria crítica do conhecimento produzido? canálise.
Como escapar desta prisão imposta pela políti-
ca do conhecimento? Não há saídas possíveis?
PSICANÁLISE E ANÁLISE
Devemos nos sujeitar resignados à implacável
força do poder e à irresistível sedução dos dis- INSTITUCIONAL DO DISCURSO: O
cursos, em especial os inscritos no domínio da TRABALHO COM O ESTILO DE VIDA
Psicologia? (ADORNO, 2010, p.23).
Pensemos nas posições que (se) insti-
Atentos à dialética entre conhecimento tuem nas cenas enunciativas, mesmo que
e poder na Psicologia ou Psicanálise, por levantemos hipóteses, fundamentadas em
medo não deixemos de ousar e resistir em conceitos e postulados psicanalíticos, a se-
uma acepção política, ao falarmos de estilo rem investigadas e corroboradas ou não.
de vida. De modo insubmisso, ou até sub- Nessa perspectiva, com base em Guira-
versivo, aos discursos e às abordagens mais do (2000), a clínica psicanalítica faz-se pela
clássicos, parcimoniosamente pensemos em transferência nas sombras dos movimentos
estilos de vida como modalidades de relação discursivos como cenas enunciativas e a
social e seus jogos de poder/alienação. Rela- Análise Institucional do Discurso (GUIRA-
ção social essa passível de mobilização, em DO, 2010, p.25), método psicológico criado
sua malha institucional-discursiva, o que, pela autora, que estabelece interfaces com a

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pragmática da Análise do Discurso France- são/análise da cena, hipóteses foram aventa-


sa, a Sociologia da Análise de Instituições das e investigadas na prática da Psicanálise
Concretas e o pensamento de Foucault, é com(o) Análise Institucional do Discurso. O
uma “estratégia de pensamento para inter- estilo de vida, assim, foi trabalhado analiti-
venções concretas junto a [...] instituições, camente na cena enunciativa na tensão das
mesmo na clínica psicanalítica”. repetições e possibilidades de ruptura da
modalidade de relação social e seus jogos de
Para tanto, da Sociologia, tomamos o concei- poder e (in)consciência instituídos.
to de instituições como práticas ou relações Muito distintamente da perspectiva de
sociais que se repetem e se legitimam, na trabalhos com comportamentos, hábitos
ação mesma de seus atores; são seus efeitos
e atitudes... Muito diferente da concepção
de reconhecimento e desconhecimento que
biologizante que prioriza a endogeneidade
dão o caráter de legitimidade, de naturalida-
de, ao que é instituído (Guilhon Albuquer- na compreensão das modalidades de exis-
que). Da análise do discurso francesa, toma- tência... Muito distante da compartimenta-
mos os conceitos [...] que nos permitem pen- lização de fatores determinantes do estilo
sar a linguagem como discurso e, este, como de vida, sustentada pelos especialismos das
ato de fala cujo sentido só se pode apreender Ciências, ou de suas tentativas de “abarcar o
pelo contexto em que se produz, pelo dispo- todo” por meio de uma “perspectiva sistê-
sitivo social que o matricia (D. Mainguene- mica” ou “integrativa”.
au). Finalmente, em Foucault, destacamos a
No ambiente hospitalar, em um atendi-
concepção de discurso como ato, como ins-
mento psicanalítico de uma paciente com
tituição, que circula e que é, ao mesmo tem-
po, alvo de relações de poder, e que se coloca
idade avançada, diabética, presa a uma mo-
como a maquinaria de produção de saber, de dalidade de existência nociva à sua saúde,
verdades e de subjetividades (GUIRADO, cercada de mimos de familiares e profissio-
2010, p. 25-26). nais, por “ser doente”, explicita-se, outra vez,
a perspectiva de trabalho com o estilo de
Por exemplo, um paciente, ao contar de vida aqui desenhada:
sua farra alimentar no meio da noite, apre- “Como está, dona [...]?”
senta relatos animosos de seus ataques re- “A Vida vai me levando.”
petitivos aos alimentos de sua geladeira que Queixa-se, queixa-se muito e pouco se
chamam atenção. Como analista, primeiros implica em sua história. No transcorrer do
questionamentos que surgiram: qual o lu- atendimento, diz: “E assim vou levando a
gar cenográfico de quem atacava e do que vida.”
(ou quem) era atacado? Por que no meio da Por meio da Psicanálise com(o) Aná-
noite e não em outro tempo? Qual a posi- lise Institucional do Discurso, ocorre a in-
ção e os sentidos que deslizam da expressão tervenção do psicanalista no estilo de vida,
“sua geladeira”? Não foram formuladas a na modalidade de relação social e seus jogos
priori hipóteses teóricas sobre a oralidade, de poder/alienação: “É a Vida que está lhe
a relação mãe-bebê ou outras. levando ou a senhora que está levando sua
Na posição de escuta analítica, a cena vida?” A cena mobiliza-se imediatamente:
constituiu-se como uma interlocução trans- a paciente sorri e passa a falar de si, de sua
ferencial na ordem institucional das asso- existência, de outro modo, de outro lugar
ciações livres do paciente. Questionamentos social.
analíticos foram endereçados a ele. Agressi- Em dissonância com alguns trabalhos
vidade, privação sexual, vivência de solidão com o estilo de vida, o psicanalista não faz
e busca de vínculo surgiram, então, no enre- de seu paciente um objeto a quem adapta a
do discursivo. Posteriormente à compreen- seus pressupostos de saúde, moldando-o a

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um quadro pré-formado. Por meio do dis- ao desenvolvimento de uma clínica do esti-


positivo analítico, é o próprio paciente que lo de vida, levar em conta as demandas dos
constrói, se assim o quiser, um saber sobre pacientes e posicioná-los a analisar/refletir
si e sua vida. No entanto, o psicanalista está sobre sua vida sinalizam um plus em relação
implicado em uma dinâmica transferencial a orientá-los.
de poder e é nela e dela que pode romper, ou Em palestras sobre o assunto, quando os
não, a modalidade de relação estabelecida profissionais são questionados sobre o que
pela pessoa a quem atende. mobiliza o estilo de vida de seus pacien-
Quando ouvimos profissionais de saúde tes, alguns (poucos e, geralmente, os mais
falarem de seus trabalhos com o estilo de experientes) dizem: “Quero que reflitam.”
vida, mais parece, algumas vezes, uma ce- “Deixo-os com uma pergunta.” “Não fico na
nografia da Educação. O modelo de relação fala da doutora.” “Ele diz: Doutora, faz mal?”
profissional-paciente assemelha-se com fre- “Eu respondo: Você é que sabe.”
quência aos contatos entre professores e alu- Na perspectiva da Psicanálise com(o)
nos. Só que os pacientes, muitas vezes, não Análise Institucional do Discurso, parece
se reconhecem em tais lugares. Não apren- que a mobilização do estilo de vida surge,
dem, portanto, por mais que médicos, fisio- se assim o paciente quiser, ao serem anali-
terapeutas, nutricionistas, enfermeiros e ou- sadas as posições em instituição no discur-
tros profissionais os orientem ou ensinem. so do atendimento: do paciente e do pro-
Por isso, provavelmente, muitos cardiopatas fissional, por exemplo. Mais do que isso, se
e diabéticos não seguem as recomendações analisarmos as relações entre esses lugares
dos profissionais por mais que esses insis- e as cenas que as põem dinamicamente
tam em lhes ensinar. relacionadas (e como “falam” do estilo de
Numa cenografia da Psicanálise, o es- vida daquele a quem atendemos e de nós!).
tilo de vida pode ser compreendido nos Nesse (con)texto, pensaríamos nos ganhos
desenhos das dinâmicas inconscientes. A com a doença... ou em outras noções psi-
dimensão do desejo é ressaltada. É preciso canalíticas.
escutar o desejo do paciente, pois é funda- Segundo Nasio (1999, p.7), “[...] o psi-
mental para o trabalho com o estilo de vida. canalista trabalha, antes de tudo, com o seu
Os relacionamentos entre profissionais e inconsciente.” Para entendermos a noção de
pacientes são configurados de modo que inconsciente, destaquemos, porém, que não
estes são posicionados a analisar a própria podemos deixar de considerar os giros epis-
vida a partir da escuta do Inconsciente. O temológicos no tocante ao avanço das duas
paciente não é objeto do conhecimento do tópicas do aparelho psíquico de Freud: in-
profissional, mas sujeito e objeto do (re)co- consciente, pré-consciente, consciente e id,
nhecimento/desconhecimento de si. O psi- ego e superego. Além disso, ressaltemos que
canalista trabalha com o paciente na trans- existem particularidades entre os autores da
ferência. O estilo de vida do paciente, por Psicanálise: Klein, Lacan e outros (BARRE-
pressuposto, reedita-se em sua relação com TO; GUIRADO, 2009).
o profissional. É no manejo da transferên-
cia que podem surgir rupturas nos modos Na abordagem psicanalítica localizada, pen-
de existir. sar em tais cenas como indicadores de divisão
Ressaltemos que, como além dos tra- no dizer, polifonia, é não marcá-las, necessa-
riamente, ou inicialmente, como reedição de
balhos psicanalíticos e psicológicos com o
imagos infantis ou provas incontestáveis de
estilo de vida, muitas vezes, profissionais
uma mente tripartite. Nas múltiplas (e não in-
diversos se propõem, tanto por meio de dubitavelmente triádicas) facetas no e do dizer,
atendimentos individuais quanto grupais,

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é que emergem, nessa perspectiva teórico-me- CONSIDERAÇÕES FINAIS


todológica, os efeitos de subjetivação/singula-
ridade (BARRETO; GUIRADO, 2009, p.151). O trabalho com o estilo de vida inclui
A Psicanálise, assim, reinventa-se na clí- múltiplos profissionais e perspectivas. Cam-
nica do estilo de vida. Nesta perspectiva, um panhas educativas, grupos de mudança do
psicanalista não reproduz “a posição do psi- estilo de vida, Psicanálise e Psicoterapias,
canalista”, mas analisa o lugar de onde se co- reflexões sobre a atualidade, os planos e as
loca e os efeitos produzidos por tal posição propostas na área de saúde são algumas das
singular, em relação, na linguagem. dimensões acenadas.
Ao indagar “Como trabalha um psica- A questão do estilo de vida é ampla, e um
nalista?”, em uma perspectiva diferente da olhar é um olhar, uma escuta é uma forma de
configurada neste escrito, Nasio (1999, p. escuta, a não ser que nosso conhecimento se
7-8) menciona aspecto central: pretenda absoluto e, então, somos presas do
“saber”, tentando anular as tensões nas rela-
A caricatura do analista eternamente silencioso ções de conhecer/poder. Afinal, quando não
[...] é uma visão incorreta [...] uma caricatura er- há possibilidade de interlocução no campo
rônea do nosso trabalho de analista e lhe é noci- do conhecimento, o ser humano pensa que
va. O que desejo demonstrar [...] é que nós, ana- encontrou “a Verdade” em sua busca de ex-
listas, trabalhamos ativamente, de uma forma plicações sobre si e sua existência.
que não consiste simplesmente em deixar que Em detrimento de qualquer saber tota-
a palavra surja [...] temos perspectivas, expecta-
lizante, seja considerada a parcialidade des-
tivas, objetivos, decepções, porque estamos na
se texto, um discurso com costuras que não
posição muito precisa que podemos chamar de
“política, de estratégia e de tática” [...] buscam suturar as fendas do conhecimento,
mas as desvelam na consistência possível de
Será que não contribuímos, como psica- pensarmos uma Psicanálise na clínica do
nalistas, para as estereotipias e caricaturas estilo de vida por meio de uma perspectiva
da Psicanálise? Será que não é esse um dos político-institucional.
motivos para algumas das críticas endereça-
das ao nosso lugar social? Analisar as posi-
ções instituídas no exercício da Psicanálise Keywords
delineia-se, na contemporaneidade, como Psychoanalysis, institutional discourse
uma emergência passível de rupturas na analysis, lifestyle, institution, power.
compulsão à repetição.
Por outro lado, pensando com base em Abstract
Roudinesco (2000, p.9) acerca da Psicanáli- It has been adopted frequently by health
se, podemos mencionar os ataques a ela di- professionals the expression lifestyle. People
rigidos pelos que almejam sua substituição speak about behaviors, habits and attitudes,
por tratamentos químicos, compreendidos among other aspects. The proposal of this
como mais eficazes por atingirem as nome- paper is a concept of lifestyle as modality
adas “causas cerebrais das dilacerações da of social relationship (with its power and
alma”, ou outros aspectos. alienation games) which we can move in its
Conforme percebemos, não são ínfimas institutional and speech net through analysis.
as tentativas de contraposição à Psicanálise, As screen, a political institutional listening
muitas vezes de modo simplista ou por meio constitutes that understanding perspective of
de antagonismos ao trabalho psicanalítico Psychoanalysis in the lifestyle clinic.
que negligenciam os avanços da Psicanálise
na atualidade. Ingenuidade...

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Referências

ADORNO, S. A política do conhecimento. In: GUI-


RADO, M. A análise institucional do discurso como
analítica da subjetividade. São Paulo: Annablume,
2010. p.21-23.
BARRETO, R.A.; GUIRADO, M. Psicanálise e Odon-
tologia na rebeldia inconsciente. Estudos de Psicaná-
lise, n.32, p. 147-152, 2009.
GUIRADO, M. A clínica psicanalítica na sombra do
discurso: diálogos com aulas de Dominique Main-
gueneau. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2000.
GUIRADO, M. A análise institucional do discurso
como analítica da subjetividade. São Paulo: Annablu-
me, 2010.
NASIO, J.-D. Como trabalha um psicanalista? Trad.
Lucy Magalhães. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1999.
ROUDINESCO, E. Por que a psicanálise? Trad. Vera
Ribeiro. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2000.
STRAUB, R.O. Psicologia da Saúde. Trad. Ronaldo
Cataldo Costa. Porto Alegre: Artmed, 2005.

Tramitação

Recebido: 07.09.2010
Aprovado: 12.10.2010
Nome do autor: Ricardo Azevedo Barreto
Endereço: Avenida Gonçalo Prado
Rollemberg, 211 Centro de Saúde
Prof. José Augusto Barreto, sala 606,
Bairro São José CEP: 49010-410 Aracaju - SE
E-mail: ricardobarreto@saolucas-se.com.br

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