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REDVET.

Revista Electrónica de
Veterinaria
E-ISSN: 1695-7504
redvet@veterinaria.org
Veterinaria Organización
España

de Sá, Felipe Adalberto; Gutemberg de Jesus Gomes, Tiago; Loiola Edvan, Ricardo;
Amaral Araújo de Sousa, Paulo Henrique
Fenação de leguminosas tropicais como alternativa para aumentar a segurança alimentar
do rebanho
REDVET. Revista Electrónica de Veterinaria, vol. 18, núm. 2, febrero, 2017, pp. 1-15
Veterinaria Organización
Málaga, España

Disponível em: http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=63651262004

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2017 Volumen 18 Nº 02 - http://www.veterinaria.org/revistas/redvet/n020217.html

REDVET - Revista electrónica de Veterinaria - ISSN 1695-7504

Fenação de leguminosas tropicais como alternativa para


aumentar a segurança alimentar do rebanho (Phenomenon of
tropical legumes as an alternative to increase the food security of
the herd)

Felipe Adalberto de Sá1*: Mestrando do Programa de Pós-Graduação


em Zootecnia da Universidade Federal do Piauí Campus Professora
Cinobelina Elvas, Bom Jesus, e-mail: felipedesa59@gmail.com | Tiago
Gutemberg de Jesus Gomes2: Mestrando do Programa de Pós-
Graduação em Zootecnia da Universidade Federal do Piauí Campus
Professora Cinobelina Elvas, Bom Jesus, e-mail:
tiagogutemberg@hotmail.com| Ricardo Loiola Edvan3: Professor
Adjunto III do Departamento de Zootecnia da Universidade Federal do
Piauí, Campus Professora Cinobelina Elvas, Bom Jesus, e-mail:
edvan@ufpi.edu.br| Paulo Henrique Amaral Araújo de Sousa4:
Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Zootecnia da Universidade
Federal do Piauí Campus Professora Cinobelina Elvas, Bom Jesus, e-mail:
paullo_ap1@hotmail.com

Resumo

A produção de forragem em regiões de clima tropical, apresenta uma oscilação


de produção ao longo do ano, onde geralmente há abundância de pastagem
durante o período chuvoso, e escassez de forragem para fornecimento aos
animais durante a estação seca, tornando necessário o produtor tomar
medidas para evitar perdas na produtividade animal. Como exemplo temos o
fornecimento de alimentos concentrados, para atender as necessidades
nutricionais requeridas pelos animais, fato que encarece o sistema de
produção. Neste contexto a busca de alimentos alternativos que visem atender
as exigências nutricionais dos animais, são de fundamental importância para a
segurança alimentar do rebanho no período seco do ano, uma solução para
esse problema é desidratação de leguminosas tropicais para produção de feno.
Com base no relatado este estudo foi realizado com o objetivo fornecer
informações sobre espécies de leguminosas tropicais com potencial para
produção de feno, como alternativa suplementar para aumentar a segurança
alimentar do rebanho, através da formulação de dietas de ruminantes em
ambientes tropicais.

Palavras-chave: |Altenativa suplementar| |Desidratação| |Feno| |Proteína


bruta

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Abstract

Forage production in regions with a tropical climate shows an oscillation of


production throughout the year, where there is usually abundant pasture
during the rainy season, and there is a shortage of feed for the animals during
the dry season, making it necessary for the producer to take measures To
avoid losses in animal productivity. As an example we have the supply of
concentrated foods, to meet the nutritional needs required by the animals, a
fact that makes the production system more expensive. In this context, the
search for alternative foods that aim to meet the nutritional requirements of
the animals, are of fundamental importance for the food security of the herd in
the dry period of the year, a solution to this problem is dehydration of tropical
legumes for hay production. Based on the above, this study was carried out
with the objective of providing information on tropical legume species with
potential for hay production, as a supplementary alternative to increase the
food security of the herd through the formulation of ruminant diets in tropical
environments.

Keywords: |Supplementary alternative| |Dehydration| |Hay| |Crude protein

Introdução

A oscilação na produção de alimentos ao longo do ano, assim como sua


baixa qualidade é um problema para as regiões tropicais, mesmo as
forrageiras mais adaptadas sofrem com os longos períodos de estiagem em
função dos recorrentes desequilíbrios ambientais, prejudicando a
sustentabilidade do sistema de produção animal (BAYÃO et al., 2016), fato que
compromete a segurança alimentar dos rebanhos dessas regiões. A
alimentação animal representa proporção significativa dos custos de produção,
sendo a fonte proteica representada principalmente por produtos derivados da
soja, desta forma a utilização de leguminosas tropicais, com a finalidade de
suprir as necessidades proteicas dos animais, surge como uma alternativa
viável, tanto do ponto de vista nutricional como econômico (CÂMARA et al.,
2015).

O processo de fenação se destaca, principalmente em forragens que


apresentam características que permitem uma desidratação rápida e uniforme
(SILVA et al., 2013), sendo que, geralmente os materiais fenados são
gramíneas que apresentam alto potencial forrageiro e uma elevada capacidade
de perda de água (CALIXTO JR et al., 2012), além de apresentar elevado teor
de proteína bruta.

A fenação é uma estratégia de conservação de forragem adotada na


pecuária (SILVA et al., 2015), obtida pela desidratação gradativa, por
processos naturais ou artificiais, de plantas forrageiras com perdas mínimas

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dos valores nutritivos, conservando assim, as características do material


original (ANDRADE, 1999). Este processo consiste de várias operações
mecânicas, incluindo o corte, condicionamento, enleiramento e enfardamento,
em seguida, o feno pode ser armazenado, mantendo-se estável quando o
conteúdo de umidade é relativamente baixo (SILVA et al., 2013), sendo de
fundamental importância o conhecimento do tempo do ponto de fenação para
evitar que o feno fique acima ou abaixo do teor ideal de matéria seca,
contribuindo para a maximização da qualidade e para a minimização das
perdas no campo (BAYÃO et al., 2016).

O processo de fenação de leguminosas mostrou-se eficiente na


conservação da forragem, mantendo o valor nutritivo do material fenado
(FERNANDES, et al., 2011), que pode ser utilizado na alimentação de
ruminantes, como alternativa de suplementação proteica (BAYÃO et al., 2016)
o que contribui para o aumento na produtividade desses animais e melhoria de
vida dos produtores (WANDERLEY et al., 2012). A conservação de material
volumoso com elevado teor de proteína bruto promoverá maior segurança
alimentar para os rebanhos das regiões de clima tropical.

Está revisão de literatura foi desenvolvida com objetivo de demonstrar o


potencial das leguminosas forrageiras tropicais para produção de feno, como
alternativa suplementar para compor dietas de ruminantes, promovendo maior
segurança alimentar para os rebanhos na época seca do ano em ambientes
tropicais.

Aspectos Gerais da Fenação

Em sistemas de produção animal que têm por base a utilização de


pastagens, observa-se irregularidade na oferta e na qualidade da forragem ao
longo do ano, principalmente devido aos fatores climáticos adversos
(KUWAHARA, 2015), assim a conservação das forrageiras é de extrema
importância já que pode garantir boa qualidade nutricional do alimento mesmo
em períodos secos, neste contexto a fenação torna-se uma opção tendo como
princípio básico a conservação do valor nutritivo da forragem por meio da
rápida desidratação (FERNANDES et al., 2011).

O princípio básico da fenação se resume na conservação do valor nutritivo


da forragem por meio da rápida desidratação, para que ocorra a paralização
atividade respiratória das plantas, bem como dos microrganismos, assim a
qualidade do feno está associada a fatores relacionados com as plantas que
serão fenadas, as condições climáticas ocorrentes durante a secagem e ao
sistema de armazenamento empregado, sendo de certa forma realizada as
seguintes operações durante o processo de fenação: implantação da cultura;
aplicação de fertilizante; corte e revolvimento da forragem; enleiramento;
enfardamento; recolhimento e armazenamento dos fardos (KUWAHARA,
2015), de modo que todas essas operações devem ser realizadas
corretamente, de acordo com a cultura implantada na propriedade, para
obtenção de feno com qualidade que atenda às necessidades dos animais, pois

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o processo de fenação também exerce influência sobre a qualidade do material


fenado.

A confecção de feno de leguminosas de certa forma é considerada mais


trabalhosa que de gramíneas, devido diferença de velocidade na desidratação
entre caules e as folhas, o que pode ocasionar perdas se não for tomada a
devida atenção durante o processo de desidratação do material (ZONTA e
ZONTA, 2012), no entanto, a introdução de leguminosas forrageiras no
sistema de produção animal apresenta como vantagem, o incremento no valor
nutricional da dieta dos ruminantes, sendo que seu valor nutritivo está
relacionado ao alto teor de proteína bruta, elevados teores de carboidratos
solúveis e minerais e baixo teor de fibra em detergente neutro em comparação
à gramíneas no sistema de produção animal convencional (SILVA et al., 2015).

Espécies de Leguminosas Tropicais Utilizadas para Fenação

Atualmente estão sendo desenvolvidos diversos estudos com


leguminosas adaptadas as condições tropicais para formulação de feno, e
fornecimento aos animais durante o período de escassez, na Tabela 1 estão
representas algumas dessas espécies que se apresentam como promissoras na
produção de feno.

Alfafa (Medicago sativa L.)

É uma planta perene de origem asiática utilizada na alimentação animal


na forma de pasto, silagem, pellets ou feno, apresenta como característica
adaptação a diferentes tipos de clima e solo, tornando-a conhecida e cultivada
em quase todas as regiões agrícolas do mundo (OLIVEIRA et al., 2014), tendo
como fatores limitantes para o aumento do cultivo da alfafa no Brasil o
desconhecimento de tecnologias de cultivo, baixa fertilidade do solo, manejo
inadequado, baixa disponibilidade de sementes e pouca disponibilidade de
cultivares adaptadas às condições tropicais (KUWAHARA, 2015).

É considerada uma das mais importantes leguminosas forrageiras da


atualidade, intensivamente utilizada na pecuária leiteira por constituir uma
planta que reúne algumas das mais importantes características forrageiras
como alta produtividade e qualidade nutricional, bom aporte proteico,
palatabilidade e digestibilidade, impactando diretamente na melhoria dos
índices de produtividade (OLIVEIRA et al., 2014). Os autores ainda citam que,
um dos fatores que levam o sucesso da atividade é a escolha de cultivares
adaptados a região, pode-se utilizar a alfafa cv. ‘Crioula’, como alternativa
para região semiárida, pois esta apresenta visualmente boa produção de
fitomassa de forragem, podendo ser considerada promissora para uso sob
pastejo ou produção de feno, impactando positivamente na redução de custos
de produção.

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Amendoim forrageiro (Arachis pintoi Krap. e Greg.)

O amendoim forrageiro destaca-se pela alta produção de forragem de


qualidade, excelente adaptação a solos ácidos com baixa fertilidade e/ou
drenagem deficiente, alta capacidade de fixação de nitrogênio, e sua densa
camada de estolões enraizados protegem os solos de efeitos erosivos das
chuvas torrenciais, possui ainda alta tolerância ao pastejo devido a localização
de seus pontos de crescimento, no entanto seu uso é mais indicado para
regiões que apresentam precipitações acima das médias normais, bem como
incidência de chuvas atípicas (FERNANDES et al., 2011).

Uma alternativa para uso dessa leguminosa para produção de feno em


regiões mais secas é a utilização de sistemas irrigados, de modo a fornecer as
exigências hídricas da cultura (900 mm anuais), para que essa possa
expressar seu potencial máximo de produção para formulação do feno com
qualidade para alimentação animais. Uma justificativa para o uso de feno de
amendoim forrageiro citada por FERNANDES et al. (2011) é que o processo de
fenação dessa leguminosa mostrou-se eficiente na conservação da forragem,
mantendo o valor nutritivo do material fenado, apresentando ótimas
características nutricionais, com elevados teores de proteína bruta e teores de
fibra adequados, tornando-a uma excelente opção de forrageira para
ruminantes.

Cunhã (Clitoria ternatea)

É uma leguminosa tropical originária da Ásia, que tem demonstrado se


adaptar a variações de latitude (PINHEIRO et al., 2010), encontra-se
disseminada em diversas partes do mundo, caracterizada por apresentar
resistência a seca e pouco sensível a pragas e doenças, e apresenta bom
crescimento em solos de média a alta fertilidade (GUERRA et al., 2007).

Apresenta desempenho limitado em terrenos excessivamente argilosos,


possuindo tolerância moderada a salinidade, sobrevive em anos em regime
pluviométrico de 400 mm, com tolerância a uma estação seca de cinco a seis
meses, apresenta alta palatabilidade e valor nutricional, podendo ser usada em
pastejos rotativos, banco de proteína, forragem verde, consórcios com
gramíneas, adubação verde, além da produção de feno, constituindo-se numa
planta de extraordinária importância, sobretudo na área de nutrição, sanidade
e reprodução animal, pois é rica em beta caroteno, precursora da vitamina “A”,
atua ainda no processo reprodutivo dos animais, destaca-se ainda, como uma
forrageira ideal para a produção de feno por apresentar caules finos e elevada
massa foliar (PINHEIRO et al., 2010).

Crotalária (Crotalaria incana L.)

A crotalária é uma leguminosa anual, subarbustiva ou herbácea, com


caule ereto ramificado, medindo entre 50 a 120 cm de altura, folhas
compostas alternadas, e reprodução por sementes (QUEIROZ et al., 2013).

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Essa leguminosa surge como uma opção de forrageamento animal no


semiárido, como forma de alimentação e manutenção dos rebanhos caprinos,
ovinos e bovinos, uma vez que, a mesma é altamente palatável e bem aceita
pelos animais otimizando a produção e diminuindo os gastos, gerando assim
mais renda e contribuindo para a permanência do produtor no campo (SOUZA
et al., 2011).

Estilosantes (Stylosanthes capitata)

Apresenta-se como uma leguminosa boa para ser utilizada na forma de


feno (SILVA et al., 2015), com qualidade nutricional elevada e boa
palatabilidade, e boa capacidade de adaptação a diferentes locais (CÂMARA et
al., 2015). Em um estudo desenvolvido por SILVA et al. (2013), com
estilosantes foi verificado uma produção estimada de massa de forragem,
antes do corte para o enfardamento de 3,36 t/ha de matéria natural,
equivalendo a 1,09 t/ha/corte de matéria seca, com um período entre a
implantação da cultura e o corte de aproximadamente 100 dias, com altura
entre 35 e 40 cm (SILVA et al., 2013), sendo que, o estilosantes necessita
geralmente de aproximado de 52 horas após a colheita para atingir o ponto de
feno com teor de umidade abaixo de 20 % (SILVA et al., 2015).

Dietas formuladas a partir do feno de estilosantes, como fonte proteica,


em substituição ao farelo de soja para cabras Anglo-Nubianas de tipo
zootécnico de dupla aptidão (carne e leite) aos 60 a 108 dias de lactação não
compromete o consumo de matéria seca, a produção e a composição do leite,
além de promover balanço de compostos nitrogenados positivo e atender as
exigências proteicas (CÂMARA et al., 2015).

Feijão guandu (Cajanus cajan L. Millsp.)

O feijão guandu é uma leguminosa de origem africana, possuindo elevada


adaptabilidade ao ambiente tropical, boa capacidade de fixar nitrogênio
atmosférico, podendo ser utilizado como cultura forrageira (SILVEIRA et al.,
2005). Essa leguminosa segundo PALUDO et al. (2012) mostra-se como uma
excelente fonte de nutrientes, desde que seja manejado corretamente quanto
à altura de corte, pode ser fornecido de várias maneiras, de acordo com a
necessidade que melhor se adeque a realidade da produção animal.

A altura de corte recomendada por PALUDO et al. (2012) para essa


leguminosa é de 1,0 m devido à grande porcentagem de folhas e baixa
espessura de caule, para um possível fornecimento aos animais ou
armazenamento na forma de feno, otimizando a fração potencialmente
degradada, bem como a sua degradabilidade efetiva e potencial. O
fornecimento de feno de guandu associado a palma forrageira apresentam-se
como uma boa alternativa alimentar para ovinos na região semiárida,
contribuindo no aumento da produtividade desses animais, pois essa
associação não altera o consumo de matéria seca e energia, o pH e amônia
ruminais (WANDERLEY et al., 2012). Segundo SILVA et al. (2015) a produção

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de massa de forragem de guandu está em torno de 3115,37 a 4274,74 t/ha


aos 73 e 80 dias de idade respectivamente, apresentando uma relação
folha:caule de aproximadamente 53%.

Gliricídia (Gliricidia sepium)

A utilização desta espécie é bastante ampla podendo ser usada para


recuperação de solos, sistemas agroflorestais, na alimentação animal como
banco de proteína ou nas formas de silagem ou feno para suplementação
alimentar de animal, esta espécie apresenta valores elevados proteína bruta
nas folhas, entre 20% a 20,6% no período chuvoso e de 20,6% a 21,1% de
proteína bruta no período seco, sendo uma espécie considerada adequada para
alimentação animal (SANTANA NETO et al., 2015).

A suplementação alimentar utilizando a gliricídia, na época seca ou


chuvosa, é de fundamental importância, sendo que seu crescimento é limitado
por baixas temperaturas e baixas precipitações pluviais, contudo pode tolerar
prolongados períodos de seca, mas com queda de folhas dos ramos mais
velhos, (SANTANA NETO et al., 2015), os autores anteriores ainda destacam
que o consumo dessa leguminosa pode ser considerado de baixa
palatabilidade, quando oferecida verde aos animais, contudo pode ser
fornecida na forma de feno para contornar este problema, os ruminantes
geralmente aceitam bem o feno de gliricídia, que segundo BAYÃO et al. (2016)
apresenta um tempo de 16 horas para atingir o ponto de feno.

Kudzu tropical (Pueraria phaseoloides)

Originário do sudeste asiático, apresenta potencial de utilização em


regiões sujeitas a seca sazonal (PEREIRA-NETTO et al., 1999). É uma planta
perene, herbácea, estolonífera, flores violetas, folhas trifoliadas de coloração
verde na superfície superior e prateada com pelos na face inferior, tolera solos
ácidos e sombreamento, apresenta ainda uma tolerância relativamente boa a
seca, desde que não seja prolongada ou severa, é bastante palatável, podendo
ser recomendada cortada ou como feno (VILELA, 2016).

Apresenta grande potencial para ser utilizada na forma de feno,


principalmente quando o processo de fenação for intensificado, necessitando
de um período de secagem de aproximadamente 44 horas para atingir o ponto
de enfardamento do feno com menos de 20% de umidade (SILVA et al.,
2015).

Leucena (Leucaena leucocephala Lam. De Wit.)

É uma planta originária da América Central de onde se disseminou para


várias regiões do mundo, inclusive no Nordeste brasileiro, é uma árvore ou
arbusto com altura de 5 a 18 m, perene, de crescimento rápido, no Nordeste,
esta leguminosa foi difundida em meados dos anos 70 pela Superintendência
de Desenvolvimento do Nordeste: SUDENE, mas somente em 1986 foi que

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ocorreu a distribuição em massa de sementes de leucena, como uma


alternativa alimentar para ruminantes na época de seca (SANTANA NETO et
al., 2015).

Espécie forrageiras promissora para o semiárido, principalmente pela


capacidade de rebrota, mesmo durante os períodos de seca, ótima adaptação
as condições de solo, além de boa aceitação pelos ruminantes e elevada
produtividade, entre 2 a 8 t/há/ano de matéria seca (CÂMARA et al., 2015),
segundo SOLTAN et al. (2013) apresenta-se como um suplemento potencial
para gramíneas tropicais, devido o fornecimento de proteína metabólica e
extra-microbiana, além de reduzir as emissões de metano, sem apresentar
efeitos adversos sobre a digestibilidade ou degradação no rúmen.

Os teores dos componentes do feno de leucena variam ao longo do tempo


e com o processo de desidratação empregado, está hipótese é comprovada por
um estudo desenvolvido por ABOT et al. (2015). Resultados obtidos por
CÂMARA et al. (2015), demostram que, a proteína bruta, fibra em detergente
neutro e extrato etéreo diminui de acordo com tempos de desidratação e
armazenamento tanto no período chuvoso, como na estação seca, enquanto a
matéria seca, carboidratos totais e carboidratos não-fibrosos aumentam sua
relação em ambos os períodos, neste trabalhos os autores sugerem, uma
desidratação de 24 horas e armazenamento de 30 dias, na estação chuvosa e
estação seca, para obtenção de uma composição químico-bromatológica
melhor no feno de leucena, pode ser usado, como fonte proteica, em
substituição ao farelo de soja na formulação de dietas para cabras Anglo-
Nubianas, e atender as exigências proteicas dos animais.

Macrotiloma (Macrotylo axillare)

A macrotilona é uma planta perene herbácea de origem africana, com


ramos cilíndricos, se adapta muito bem nas regiões tropicais e subtropicais,
apresenta excelente estabelecimento e persistência sob pastejo, e boa
produção de massa verde, apresenta ainda alta tolerância à seca, conservando
uma boa relação folha/caule ao longo do ano, adaptando-se a vários tipos de
solo, desde que sejam bem drenados (SILVA, 2013).

Apresenta um tempo de desidratação, geralmente superior a 56 horas


para atingir um teor de umidade abaixo de 20 %, para produção de feno
(SILVA et al., 2015), sendo que POUDA et al. (2006) observaram para esta
espécie apresenta um rendimento de matéria seca de 6,03 t/ha em apenas um
corte, com um teor de aproximadamente 15% de proteína bruta.

Mata-pasto (Senna obtusifolia)

Considerado uma planta invasora das pastagens, sendo normalmente


retirada através do roço ou pela aplicação de herbicidas, pois é desprezada
pelos animais quando in natura, porém quando fenada pode se constituir em

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um alimento alternativo para caprinos e ovinos durante o período de escassez


de forragem, na região semiárida (SOUSA et al., 2006).

Em um trabalho desenvolvido por BÉNICIO et al. (2011) para produção de


feno de mata-pasto, observou-se que este apresentou maior concentração de
energia bruta e maior solubilidade da matéria seca, dentre os fenos estudados.
Apresenta uma produção de matéria natural e matéria seca pode variar de
725,30 a 3122,62 g/m2 e 114,58 a 835,18 g/m2 respectivamente, entre a
primeira e a última idade de corte, apresentando aumento linear na produção
de matéria natural e de matéria seca com o aumento na idade do corte
(SOUSA et al., 2006).

Sabiá (Mimosa caesalpiniifolia Benth.)

Ocorre naturalmente na região Nordeste do Brasil nos Estados do Rio


Grande do Norte, Piauí e Ceará, onde ocorre de maneira espontaneamente em
áreas de “Caatinga” semi-úmidas, com precipitações variando de 600 a 1.000
mm, podendo ocorrer também em áreas mais secas, onde as temperaturas
médias estão entre 20 e 28ºC, cresce preferencialmente em solos profundos,
sua folhagem é considerada uma valiosa fonte de alimento para grandes e
pequenos ruminantes, principalmente na época seca, pois estas possuem alto
valor nutricional, contendo aproximadamente 17% de proteína (RIBASKI et al.,
2003). Trabalhos realizados como o de ALVEL et al. (2011) comprovam que o
fornecimento de feno de sabiá associado ao farelo de soja, é capaz de atender
as exigências nutricionais de energia e proteína em ruminantes.

Perdas no processo de fenação de leguminosas

No processo de fenação de leguminosas pode ocorrer perdas do valor


nutritivo, principalmente durante a secagem do material, FERNANDES et al.
(2011) descreve as primeiras horas, como essenciais durante esse processo,
pois, quanto mais rápido ocorrer a secagem, menor será a perda do valor
nutricional da forrageira. A presença de caules mais espesso em algumas
leguminosas dificulta a secagem pela diferença na desidratação do caule, em
relação a folha devido à dificuldade de perda de água daquele por ser um
tecido de sustentação (BAYÃO et al., 2016). Essa diferença na velocidade de
desidratação entre os caules e folhas, pode deixar as folhas que são a parte
mais nutritiva quebradiças, até que o caule atinja o ponto de feno (ZONTA e
ZONTA, 2012) favorecendo o desprendimento intenso das folhas, pela
ocorrência da desidratação excessiva.

As perdas relacionadas a maior período de desidratação, também estão


relacionadas ao atraso da paralização, tanto da atividade celular da planta bem
como dos microrganismos presentes no material (PINHO et al., 2013), que
devido um maior período de desidratação ocorre um atraso na paralização de
suas atividades metabólicas, devendo-se tomar a devida atenção durante a
desidratação para minimizar as perdas.

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Quando armazenado incorretamente em locais desprotegidos e/ou com


alto teor de umidade, pode ocorrer um aumento em suas perdas (15 a 20%)
devido a condições climáticas adesistas (SILVA et al., 2013), que podem
favorecer a proliferação de microrganismos como fungos pela presença de
umidade alta no material. O feno de leguminosas deve ser armazenado
adequadamente em local ventilado, livre de umidade e isolação excessiva, para
que o mesmo permaneça estável e tenha suas perdas reduzidas.

Qualidade de feno de leguminosas

A composição química e a digestibilidade dos nutrientes se constitui


como um importante fator na determinação da qualidade dos alimentos, sendo
um dos princípios básicos do fornecimento de feno de leguminosas para
ruminantes, é a substituição total ou parcial da fonte proteica utilizada
convencionalmente, como alternativa de baratear os custos de produção, e ao
mesmo tempo fornecer um alimento de qualidade na dieta animal, assim
analises que comprovem seu valor nutritivo se fazem necessárias.

O fornecimento de leguminosas forrageiras na forma de feno geralmente


possui altos valores de matéria seca, matéria orgânica e proteína bruta, com
teores baixos a médios de fibra em detergente neutro, e nutrientes digestíveis
totais, estas informações confirmam o alto valor nutritivo destas leguminosas
para alimentação de ruminantes, e demostram a importância de estudos para
se determinar os parâmetros químicos e digestibilidade de fontes alimentares
alternativas (Tabela 02).

Considerações Finais

A utilização de feno de leguminosas tropicais como fonte proteica é


importante para melhorar o desempenho animal principalmente de
ruminantes, fornecendo um aporte proteico de baixo custo e que pode ser
conservado por período prolongado, fornecendo aos animais uma maior
segurança alimentar na época seca do ano.

O feno de leguminosas se constituem como um alimento de alto valor


nutricional, para suplementação animal, na região dos trópicos onde
geralmente a sazonalidade de alimentos é alta, uma vez que no período
chuvoso a grande oferta de alimento, no entanto a falta de alimento de
qualidade durante o período seco do ano é um fator que limita drasticamente o
desempenho animal. Desta forma a suplementação com feno de leguminosas
torna-se uma alternativa para amenizar o déficit alimentar dos animais nesta
época do ano.

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Tabela 1. Espécies de leguminosas tropicais utilizadas para produção de feno.

Nome comum Nome cientifico Autor


OLIVEIRA et al. (2014)
Alfafa Medicago sativa L. KUWAHARA (2015)
OLIVEIRA et al. (2015)
Arachis pintoi Krap. e FERNANDES et al.
Amendoim forrageiro
Greg. (2011)
Crotalária Crotalaria incana L. SOUZA et al. (2011)
Cunhã Clitoria ternatea LOPES et al. (2014)
SILVA et al. (2013)
Estilosantes cv. Campo
Stylosanthes capitata CÂMARA et al. (2015)
Grande
SILVA et al. (2015)
WANDERLEY et al.
Feijão guandu Cajanus cajan L. Millsp.
(2012)
Gliricídia Gliricidia sepium BAYÃO et al. (2016)
PADUA et al. (2006)
Kudzu tropical Pueraria phaseoloides
SILVA et al. (2015)
WANDERLEY et al.
(2012)
ANDRADE et al. (2014)
LOPES et al. (2014)
Leucaena leucocephala OLIVEIRA et al. (2014)
Leucena
Lam. De Wit. SANTANA et al. (2014)
ABOT et al. (2015)
CÂMARA et al. (2015)
OLIVEIRA et al. (2015)
BAYÃO et al. (2016)
PADUA et al. (2006)
Macrotiloma Macrotylo axillare
SILVA et al. (2015)
SOUSA et al. (2006)
Mata-pasto Senna obtusifolia
BENÍCIO et al. (2011)
Mimosa caesalpiniifolia
Sabiá ALVES et al. (2011)
Benth.

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Tabela 2. Composição química e nutrientes digestíveis totais de fenos formulados a partir de


leguminosas tropicais.
Leguminosa MS MO1 MM PB1 EE1 FDA1 FDN1 LIG1 NDT Autor
Amendoim FERNANDES
86,63 - 9,70 21,11 - 26,20 43,49 - -
forrageiro et al. (2011)
CÂMARA et
Estilosantes 72,13 - 5,91 10,45 - 33,99 64,12 8,77 75,87
al. (2015)
Feijão WANDERLEY
88,56 94,91 5,09 9,32 2,71 55,04 69,87 15,42 -
guandu et al. (2012)
BAYÃO et al.
Gliricídia 91,24 93,52 - 18,64 5,55 - 49,86 - -
(2016)
Kudzu PADUA et al.
- - 5,18 15,15 - 39,48 62,47 - -
tropical (2006)
ANDRADE et
Leucena 87,77 - 5,76 29,80 4,19 16,38 33,75 - 68,83
al. (2014)
PADUA et al.
Macrotilona - - 4,12 15,42 - 50,42 39,38 - -
(2006)
BENÍCIO et
Mata-pasto 96,14 88,50 - 7,47 2,00 55,90 74,54 - -
al. (2011)
ALVES et al.
Sabiá 79,85 95,17 4,83 16,23 5,58 47,25 63,08 48,01 46,69
(2011)
MS: matéria seca; MO: matéria orgânica; MM: matéria mineral; PB: proteína bruta; EE: extrato etéreo; CHT: carboidratos totais;
FDA: fibra em detergente ácido; LIG: lignina; NDT: nutrientes digestíveis totais.
1
% MS.

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