Você está na página 1de 8

A Guerra de Secessão

A Guerra Civil Americana e


a Reconstrução da nação
O cenário pré-Guerra
A Marcha para o Oeste: Com a expansão acirram-se as contradições internas e toda a
violência empregada contra os nativos e os mexicanos volta-se para os próprios
americanos, numa guerra que vai arrancar a vida de cerca de 1 milhão de pessoas.
Projetos Nacionais diferentes: Norte e Sul tinham projetos nacionais políticos,
econômicos e morais completamente diferentes. O Norte defendia um projeto de
industrialização a partir do protecionismo e o uso da mão de obra livre. Já o Sul queria o
oposto: uma agricultura de plantation e o liberalismo econômico para tornar seus
produtos agrícolas mais competitivos.
Os Partidos Políticos: Para organizar esses dois projetos distintos, surge o Partido
Republicano representando os Estados do Norte; e o Partido Democrata
representando os do Sul
O Compromisso do Missouri (1820): Define que todos os Estados conquistados ao
Sul poderiam utilizar a mão de obra escrava, ao passo que proíbe a prática no Norte
(com exceção do Missouri)
A Guerra (1861 - 1865)
Ainda em 1850, A Califórnia defende o fim da escravidão em seu território. O Governo
estabelece o Compromisso de Clay, que reafirmava alguns pontos do Missouri, mas
garantia ao Estado a autonomia de adotar ou não a escravidão
As Eleições de 1860: Esses dois projetos nacionais não conseguem se conciliar pelas
vias diplomáticas e políticas, indo então às últimas consequências da Guerra Civil. Em
1860, Abraham Lincoln, um ferrenho defensor da Abolição, é eleito.
Em reação, Jefferson Davis representando os Democratas, o Sul, lidera um
movimento separatista, os Estados Unidos Confederados da América
(Confederação, os Confederados).
O Primeiro momento da Guerra (1861-1863): tem-se uma série de vitórias dos
Estados Confederados. em função do fato que utilizam uma série de táticas de
guerrilha e sabotagem aos Estados do Norte, a ideia era prolongar a guerra ao
máximo para negociar a separação.
A Guerra (1861 - 1865): As Gerações de Liberdade
A Chave da vitória da União foi o recrutamento de 200 mil ex-escravizados para compor seu
exército.
A Participação negra se deu aos poucos, o racismo e o medo branco foram fatores quase
insuperáveis. A Guerra era entendida como um conflito entre brancos, e os negros são
proibidos de participar inicialmente. Além disso, era proibido aos negros participar de qualquer
milícia desde a Independência: havia o medo de que eles pudessem exterminar os brancos.
Por não conseguir o número de brancos suficiente, mesmo depois de recrutar imigrantes,
começa uma pressão interna para que se aceitasse os negros até que em 1861 aceita-se a
participação negra no exército em posições de baixo escalão.
O negro livre queria participar da Guerra por se entender enquanto cidadãos, livres e que
poderiam lutar pela liberdade de seus pares. Os negros do Sul, embora temerosos no início
(devido aos castigos, chantagens e ameaças dos senhores), entendem a participação como um
caminho fundamental para a sua liberdade.
Em 1862, tem-se a Primeira Brigada Negra que criam outras milícias que tinham o objetivo de
libertar escravos levando-os para os acampamentos de refúgio (onde ficavam mulheres,
crianças e negros que não podiam lutar; nesses acampamentos existem escolas).
O Desfecho da Guerra e a Reconstrução
1st Confiscation Act (1861): A União passa a confiscar as terras dos Confederados e os
negros do Sul oferecem conhecimento e trabalho em troca da liberdade.
2st Confiscation Act (1862): O Militia Act permite a contratação de afroamericanos
para trabalho com pagamento da União. Os negros têm o importante conhecimento das
rotas e um papel fundamental na libertação de outros escravizados (mulheres e crianças
iam para o acampamento e os homens passavam a integrar esse levante pela liberdade).
Promulgação da 13ª e 14ª Emenda (1863): Em1863, Lincoln promulga a 13ª e 14ª
emenda da Constituição. A primeira proibe a escravidão em todos os Estados Unidos e a
14ª garante a Cidadania para todos. A partir desse momento a guerra se torna entre
aqueles que defendiam a escravidão ou a abolição. Os negros passam a integrar o
exército da União. Então, tem-se uma reviravolta na Guerra, entre 1863 - 1865, o Norte
triunfa e vence a Guerra.
O Desfecho da Guerra e a Reconstrução
Entre as novas armas que os libertos trouxeram para a luta estava uma voz pública.
Enquanto eram escravos, homens e mulheres negros eram uma extensão da vontade de
seus senhores, sem posição independente ou recurso para registrar suas opiniões além das
súplicas. Com a destruição da soberania dos senhores, os libertos ganharam um novo lugar
na sociedade. Não mais confinados à política da dominação pessoal, exigiam o direito de
testemunhar no tribunal, participar de júris, provar suas reclamações diante da lei, votar e
mesmo candidatar-se a cargos públicos. Suas reivindicações, além do mais, se apoiavam em
seus serviços como trabalhadores e soldados que— diante da traição dos proprietários de
escravos— garantiram a sobrevivência da nação (BERLIN, Ira. “Gerações de Liberdade” In
Gerações de cativeiro: uma história da escravidão nos Estados Unidos. Rio de Janeiro,
Record, 2006)
O Desfecho da Guerra e a Reconstrução
Depois da Guerra, Os Estados Unidos está em frangalhos, a economia despedaçada e os
antigos senhores do Sul não só perderam a guerra, mas também o seu domínio sobre os
corpos de outras pessoas.
Agora era preciso lidar com uma nova situação: O que fazer com o negro liberto?
Rapidamente, apesar das discussões, uma brecha na 13ª emenda é aproveitada e,
paralelo a isso, um conjunto de leis, os black codes são edificados para segregar o
negro numa nação pela qual ele ajudou a construir.

Você também pode gostar