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São Paulo
Jornal Matutino: A Província de São Paulo
Título do jornal no dia 15 de maio:
Pátria Livre
Já não há mais escravos no Brasil
A abolição foi: “uma vitória esplêndida da
opinião”
BRANCOS!
Porém a relação “branquitude” e
Republicanismo é pouco explorada.
A declaração do jornal não foi um incidente
único, e sim um fato típico
Em maio de 1888, já fazia anos que os
republicanos paulistas se apropriavam de
apelos racistas, de explicação raciais do
suposto atraso político do país e de um
imaginário racializado dos cidadão da
república vindoura.
Idéias republicanas
“É um golpe imprescindível que aproveita
muito ao preto, mas que aproveita
infinitamente mais ao branco”
“Se é justo que o escravo se liberte do
senhor, é necessário, absolutamente
necessário que as classes livres se
libertem dos escravos”
Paralelismo impreciso.
Antes da abolição, republicanos paulistas
discutiam:
Como o Brasil (SP) poderia atrair
imigrantes europeus?
Substituir o trabalho do escravo pelo do
trabalhador não cativo, de forma a
garantir a prosperidade das terras
paulistas.
Imigrantes
O lance eram os europeus
Nem importar chins
Nem criar um regime de trabalho livre
que empregasse libertos e/ou
trabalhadores “nacionais”
Atrair os imigrantes estava além de atrair
braços.
Definiria o caráter racial da comunidade
cívica vindoura.
Europeus
Cartas D’oeste
Artigo longo, que exultava sobre a transição
ao trabalho livre guiada pelos futuros
magnatas do café
Página 69 citação.
Fatores eróticos.
Colonos italianos trariam: “nova aurora de
regeneração radical desta geração que passa,
enxovalhada pelos últimos bafejos da
escravidão”
Elogio à imigração
Deslocamento de escravos pag. 69/70
Luiz Perreira Barreto
“preponderância da raça ariana (como
sendo) fundada sobre condições naturais,
que seria fútil contestar”
Crítica ao fato de imigrantes protestantes
não terem os mesmos direitos políticos
dos libertos e dos filhos de mães escravas
depois da lei do ventre livre.
Naturalização
“Nós queremos que o estrangeiro,
qualquer que seja a sua procedência,
venha trazer a sua cooperação não só
para o progresso material, como para o
progresso social: queremos, pois, que o
estrangeiro não só possa exercer aqui a
sua atividade industrial, como também a
sua atividade política”
Naturalização 1891
“raça emancipada” contra a “raça
emancipadora”, composta por “gente da
áfrica”, “libertos inconscientes”, “homens
de cor”.
Defensora da Princesa Isabel e de um
futuro Terceiro Reinado.
Entravam em conflito físico com os
republicanos nas manifestações.
Guarda Negra
13 de maio de 1888.
A representação foi dada como algo feito pelo
povo (branco) para os membros de (outra)
raça.
Citação p. 73
Assim entendido, o abolicionismo era um
movimento “pela liberdade dos miseráveis
escravos” que correu paralelamente à
campanha republicana “pela liberdade (dos)
brancos.”