GOVERNO DO ESTADO DO PIAUÍ

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ – UESPI

CAMPUS UNIVERSITÁRIO PROFESSOR BARROS ARAÚJO
PICOS – PARNAÍBA - PIAUÍ
PRÁTICA ADMINISTRATIVA

NOME: ___________________________________________ CURSO: ____________________

NOTA: ___

1ª ATIVIDADE – SOMATÓRIA - GRUPO

1ª) Leia a situação hipotética:

Carlos acumulava dois cargos públicos junto à União, um administrativo, que não exigia qualquer
qualificação técnica ou científica, e outro de professor, ocupando o mesmo por ser doutor em
Gestão Pública, e havia logrado obter a estabilidade em ambos. Ao ser constatado o referido
acúmulo de cargos, ele foi notificado de que deveria optar por um deles no prazo de dez dias, o que
não foi por ele realizado.
Ato contínuo foi instaurado o respectivo Processo Administrativo Disciplinar, com a constituição de
comissão composta por dois servidores, um estável, especialista, outro mestre, mas servidor
temporário, e, na fase instrutória, mediante a garantia da ampla defesa e do contraditório, verificou-
se que a acumulação era efetivamente ilícita, de modo que a autoridade competente para o
julgamento, seu chefe imediato, aplicou a pena de demissão, apesar de Carlos ter optado pelo cargo
de professor um dia antes do término do prazo para a defesa.

Na qualidade de advogado(a) consultado(a), responda, fundamentadamente, aos questionamentos a

seguir.

A) Para a apuração dos fatos imputados a Carlos, qual seria o instrumento apto a abertura do
procedimento administrativo? A autoridade competente para a abertura é o seu chefe imediato? A
comissão processante poderia ter a composição que a ela foi conferida? (Valor: 1,5)

B) É possível indicar elementos de nulidade no procedimento? Explique e fundamente. (Valor: 0,5)

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C) Desconsiderando quaisquer situações de nulidade no processo, focando apenas no ato decisório,
é possível confirmar que a Administração agiu corretamente ao aplicar a pena de
demissão? Justifique e fundamente. (Valor: 1,0)

2ª) Observe o caso hipotético e responda as assertivas abaixo:

José, servidor público federal estável, teve instaurado contra si processo administrativo disciplinar,
acusado de cobrar valores para deixar de praticar ato de sua competência, em violação de dever
passível de demissão.

A respectiva Comissão Processante elaborou relatório, no qual entendeu que a prova dos autos não
era muito robusta, mas que o testemunho de Maria, por si só, revelava-se suficiente para a aplicação
da pena de demissão, o que foi acatado pela autoridade julgadora competente, a qual se utilizou do
próprio relatório como motivação para o ato demissional.

Diante da gravidade da conduta imputada a José, foi igualmente instaurado processo criminal, que
resultou na sua absolvição por ausência de provas, sendo certo que o Magistrado, diante dos
desencontros do testemunho de Maria na ação penal, determinou a extração de cópias e remessa
para o Ministério Público, a fim de que tomasse as providências que entendesse cabíveis.

O Parquet, por sua vez, denunciou Maria pelo crime de falso testemunho pelos exatos fatos que
levaram à demissão de José no mencionado processo administrativo disciplinar, e, após o devido
processo legal, ela foi condenada pelo delito, por meio de decisão transitada em julgado.

Na qualidade de advogado(a) consultado(a), responda aos itens a seguir.

A) Em sede de processo administrativo federal, poderia a autoridade competente para o

julgamento ter se utilizado do relatório da comissão processante para motivar o ato demissório
de José? Fundamente. (Valor: 0,5)

B) A condenação penal de Maria poderia ensejar a revisão do processo administrativo disciplinar

que levou à demissão de José? Fundamente (Valor: 0,5)

C) O Processo administrativo federal pode ser iniciado apenas por mero indício de quebra de
deveres por parte do servidor público, no exercício de sua função? O julgamento da Comissão

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Processante pode ser efetivado apenas com base em prova testemunhal? Fundamente (Valor:
1,0)

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