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Assembleia Municipal do Seixal

Ata n.º 02/2020


2.ª Sessão Ordinária – 17 de abril de 2020

A T A nº 02/2020
Aos dezassete dias de Abril de dois mil e vinte , reuniu a Assembleia Municipal do Seixal, na sua
2ª sessão ordinária de 2020, por videoconferência,em consequência da pandemia da doença
COVID-19, e atendendo às medidas decretadas pela declaração do estado de emergência, nos
termos do artigo 3º e do número 1 do artigo 5º da Lei º 1-A/2020, de 19 de março, alterada e
republicada pela Lei nº 4-B/2020, de 6 de Abril, presidida por Alfredo José Monteiro da Costa e
secretariada pelo 1º Secretário, Américo Augusto de Oliveira da Costa, e pela 2ª secretária, Sara
Sofia Oliveira da Silva Lopes Oliveira, com a seguinte Ordem de Trabalhos, divulgada pelo edital nº
05/2020 de 09 de Abril
I – PERÍODO DA ORDEM DO DIA.

Estiveram presentes, para além dos membros da Mesa:


Da CDU: Paulo Alexandre da Conceição Silva, Custódio Luís Quaresma Jesus de Carvalho, Maria
Júlia dos Santos Freire, Hernâni José Pereira Peixoto Magalhães, Nuno Filipe Oliveira Graça,
Fernando Júlio da Silva e Sousa, Carlos Alberto de Sousa Pereira, Gonçalo Rui de Oliveira, Almira
Maria Machado dos Santos e Paula Santos, Rui Fernando Valente Algarvio.
Do PS: Samuel Pedro da Silva Cruz, Bruno António Ribeiro Barata, Luís Pedro de Seia Gonçalves,
Célia Maria Martins Cunha, Jorge Leonel Vaz Freire, Nelson Filipe Lampreia de Oliveira Patriarca,
Rui Miguel Santos Brás, Sérgio Miguel Carreiro Ramalhete, Marta Sofia Valadas Barão e Tomás
Batista Costa dos Santos.
Do PSD: Rui Miguel Lança Belchior Pereira, Rui Alexandrino Calção Mendes, Maria Luísa Marques
da Gama e Duarte Sérgio dos Santos Melo Correia.
Do BE: Vítor Cavalinhos, Eduardo Manuel Lino Grêlo e Francuisco Sagorro da silva
Do PAN: Nuno André Batista Nunes
Do CDS-PP: João Guilherme Nobre Prata Fragoso Rebelo.
Estiveram ainda presentes os Presidentes de Junta de Freguesia de Amora, Corroios, Fernão Ferro
e da União das Freguesias do Seixal, Arrentela e Aldeia de Paio Pires, respetivamente, Manuel
Ferreira Araújo, Eduardo Rosa, Carlos Reis e António Santos.
Registaram-se as seguintes substituições:
No grupo municipal da CDU: Ana Inácio por Almira Santos.
Para além do Presidente da Câmara Municipal do Seixal, Joaquim Cesário Cardador dos Santos,
estiveram presentes os seguintes Vereadores:
Joaquim Carlos Coelho Tavares, Maria João Varela Macau, Eduardo Rodrigues, Marco Fernandes,
Elizabete Pereira Adrião, Nuno Moreira, Manuel Pires e Francisco Morais.

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A Sessão teve início cerca das 14:30h.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Dar-vos algumas informações que é importante
formalizar, Rosária Antunes da CDU pediu renuncia ao mandato. Substituições da CDU, Ana Inácio
por Almira Santos. Do PS, Milton Simões por Rui Parreira e mantém-se os pedidos de suspensão
de mandato de Maria João Oliveira Santos da CDU, Jorge Freire do PS e de Sandra Sousa do Bloco
de Esquerda. A ordem de trabalhos desta 2.ª sessão ordinária, o primeiro ponto é a informação
prestada pelo Presidente da Câmara Municipal à Assembleia Municipal. Claro que esta informação
também no quadro que é o momento que estamos a viver e as intervenções dentro do modelo de
intervenções que definimos deverão ser cingidas, é isso que tem sentido, creio, foi assim que
entendemos na reunião de líderes cingidas ao momento que estamos a viver e no quadro da
intervenção prestada pelo Sr. Presidente da Câmara. O segundo ponto é o relatório de atividades
e prestação de contas do exercício de 2019 – aprovação”.
I. PERÍODO DA ORDEM DO DIA.
I. 1 – Informação prestada pelo Presidente da Câmara à Assembleia Municipal.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Dou a palavra ao Sr. Presidente da Câmara”.
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Eu começaria a minha intervenção com um relato do
ponto de situação de evolução do número de infetados por Covid 19 no município do Seixal. Temos
ao dia de hoje, segundo os dados da Direção Geral de Saúde, 139 infetados no município, que nos
coloca se fizermos a conta por 10 mil habitantes, ou seja, se compararmos com o território
nacional em termos dos habitantes de cada município, coloca-nos nos 18 municípios da Área
Metropolitana de Lisboa, abaixo da média da Área Metropolitana. A média da Área Metropolitana
de Lisboa é neste momento de 11,5 infetados por 10 mil habitantes e o Seixal regista 8,33
infetados por 10 mil habitantes. Temos uma situação que tem vindo a evoluir, ou seja, cada dia que
passa normalmente há mais infetados mas a taxa de crescimento, se fizermos desde o 1.º dia
desde que se registou o primeiro caso até ao dia de hoje estamos com uma taxa diária na ordem
dos 5% a 6% o que é um valor bastante reduzido. Vale a pena também dizer porque quando se
fazem comparações é importante percebermos o contexto destas comparações os municípios na
área metropolitana neste momento, com esta ordem de grandeza os 11 infetados por 10 mil
habitantes tem 3 vezes menos infetados do que tem por exemplo a Área Metropolitana do Porto.
A situação no país é mais grave na Área Metropolitana do Porto onde se registam valores três
vezes superiores, por exemplo o município de Valongo tem mais de 50 infetados por 10 mil
habitantes contra os 11 da área metropolitana, Lisboa ou contra os 8 infetados por 10 mil
habitantes do município do Seixal. Dizer ainda que estes dados apesar de serem positivos, ou seja
o crescimento não é exponencial, tem uma inclinação relativamente baixa de 6% como eu referi.
No entanto, vale a pena dizer que no concelho este crescimento tem sido reduzido, resultado do
excelente comportamento que a população tem tido em grande medida com um nível de
comportamento muito elevado, das medidas de afastamento social, acreditamos também nas

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regras de etiqueta respiratória e de higiene e que possibilitaram que a pandemia não evoluísse da
forma como era expetável.
Dizer também que o município desde a primeira hora que tem vindo a acompanhar esta situação e
tem vindo a tomar as medidas consideradas necessárias para fazer face a esta pandemia, desde
logo com um primeiro momento com uma enorme preocupação que era de facto os trabalhadores
da câmara municipal porque sabemos bem que uma das questões chave e criticas para as pessoas
poderem ficarem em casa são os serviços públicos essenciais que o município presta
principalmente no abastecimento publico de água, saneamento e também na recolha e valorização
de resíduos e por isso, a nossa primeira preocupação foi em criar todas as condições do ponto de
vista da organização das equipas e do ponto de vista da criação de condições, do ponto de vista de
equipamentos para que todos os nossos trabalhadores pudessem não só trabalhar com a máxima
segurança possível, como também criarmos uma almofada, podemos chamar assim de reserva
para se alguma equipa ficar infetada termos sempre capacidade de poder chamar outras equipas
que estão em reserva. Por isso, a câmara municipal para além de ter desde logo aprovado um
plano interno de contingência, temos vindo a acompanha-lo diariamente, agora às 15 horas
começou a reunião deste grupo interno de contingência, eu não estou presente mas está a
vereadora dos recursos humanos a coordenar esta reunião para que possamos todos dias vir a
acompanhar a evolução desta situação. Portanto, para dizer que a câmara municipal para além
deste primeiro momento de aquisição de epi`s a sua obrigatoriedade de utilização, a rotação das
equipas em formato quinzenal principalmente nas áreas operacionais, foi um primeiro momento.
Depois um segundo momento, quando a situação evoluiu e se avançou para um modelo quase
generalizado de teletrabalho. Podemos dizer que cerca de 60% do efetivo da câmara municipal
está em teletrabalho, o restante está em formato presencial, tendo também nesse momento
encerrado tudo o que eram atendimentos ao publico, eles hoje continuam a ser possíveis mas
apenas perante agendamento, para o efeito também tivemos que alterar o sistema de contacto da
câmara municipal, disponibilizando um e-mail para cada serviço que tinha esse atendimento
presencial não agendado, um e-mail e um numero de telefone especifico para que as pessoas
pudessem continuar a contactar o município. Também tivemos mais à frente que ativar o nosso
plano municipal de emergência porque percebemos que perante o evoluir da situação, existia uma
grande descoordenação em termos daquilo que eram as forças de segurança, as forças
humanitárias, a segurança social, as autoridades de saúde, outras instituições que são necessárias
para podermos dar uma melhor resposta e por isso, entendemos que mais que o somatório
descoordenado da ação que estava a acontecer dos intervenientes decidimos que com a ativação
do plano municipal de emergência que caberia ao Presidente da Câmara e à câmara municipal
esta coordenação para podermos em vez de ter um somatório de ações desconexas das entidades
termos efetivamente uma integração coordenada da nossa ação e é isso que está a acontecer,
quero dizer aos eleitos da assembleia municipal que ontem realizámos a nossa terceira reunião da
comissão municipal de proteção civil de forma extraordinária porque com a ativação do nosso
plano municipal de emergência todas as semanas esta comissão reúne e que integra
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representantes de todas estas entidades, das autoridades de saúde, da segurança social, os corpos
de bombeiros, as forças de segurança e aqui nas autoridades de saúde dizer com particularidade o
Hospital Garcia de Orta.
Ontem apesar da situação estar a evoluir, ou seja que está a crescer todos os dias em termos de
infetados, mas tivemos alguma esperança de que a situação estará, digamos assim, numa fase não
de muito crescimento porque um dado importante é sempre o hospital, são sempre as pessoas
que estão num estado mais critico. Ontem a responsável das urgências do Hospital Garcia de Orta
transmitiu à comissão municipal de proteção civil que o numero de pessoas que estão internadas
nos cuidados intensivos reduziu relativamente à semana passada, isto é o numero de internados
infetados com o covid. Isso é um dado que eu penso que é importante para que possamos ir
acompanhando esta questão no município e claro, também em Almada, porque o Hospital Garcia
de Orta serve essencialmente os dois municípios do Seixal e de Almada e nessa perspetiva,
também esta noticia positiva relativamente ao hospital e à pressão que existe no Hospital Garcia
de Orta.
Dizer ainda que outra preocupação que tivemos para além da coordenação, primeiro da câmara
municipal e da nossa operacionalidade e garantir a máxima segurança dos trabalhadores, uma
segunda da coordenação dos vários intervenientes e das várias instituições, no sentido de
conseguirmos ter uma ação mais eficaz para o combate a esta pandemia, mas uma terceira
preocupação e desde logo, se colocou que foi o apoio aos mais vulneráveis e às famílias, por isso a
câmara municipal decidiu desde logo lançar uma linha de apoio social que tem vários canais de
entrada, um para mais de 60 anos, um segundo para outras situações consideradas de caráter
social, uma outra de apoio psicológico e também conseguimos garantir uma linha de apoio a
vitimas de violência doméstica e ainda as refeições escolares para todas as crianças do escalão A)
e também do escalão B) sendo que a câmara municipal custeia integralmente estas refeições, quer
do escalão A), quer do escalão B) com uma decisão que tomámos de apoio também às famílias.
Ainda em termos desta medida de apoio às famílias, também suspendemos tudo o que eram
pagamentos de água, cortes, execuções, todo o conjunto de cobranças que o município faz, foram
diferidos por 90 dias. Logo a partir de março, quando foi declarado o estado de emergência,
tomámos logo também essa medida para que a população possa nesta fase difícil, não só ter o
apoio do município relativamente a estas várias necessidades, como também em termos daquilo
que é o cumprimento do seu dever perante algumas matérias relacionadas com o município,
principalmente aquela que mais atinge as pessoas é efetivamente o pagamento da fatura integrada
da água, poder fazê-lo de acordo com aquilo que será a sua possibilidade.
No entanto, também dizer que estamos a preparar outras medidas porque com o evoluir da
situação, ou seja, quanto mais tempo está a demorar esta situação mais difícil será o cumprimento
destes compromissos e por isso, estamos no executivo a estudar mais medidas para podermos
ultrapassar esta fase e apoiar as famílias do município do Seixal.

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Ainda dizer que no âmbito também das respostas à população e aos mais vulneráveis uma das
preocupações que tivemos primeiro foi também garantir que teríamos passos de acolhimento
disponíveis para podermos em qualquer eventualidade a câmara municipal ter esses
equipamentos disponíveis e por isso, criámos duas respostas imediatas. Uma, foi o centro de
acolhimento temporário do pavilhão municipal da Torre da Marinha onde a câmara municipal
adquiriu 100 camas novas com colchões novos, tudo novo, cobertores, almofadas, tudo novo, não
é como noutros municípios, peço desculpa pela comparação, mas colchões velhos. O nosso centro
de acolhimento temporário tem tudo novo, mesas e cadeiras também novas, bem como criámos
um outro centro para apoio a sem abrigo no pavilhão desportivo escolar da escola secundária
Manuel Cargaleiro que também está disponível para pessoas sem abrigo para qualquer
necessidade. Estamos ainda com as autoridades de saúde e com a Segurança Social a ver outros
locais, para além destes dois para poderem servir em caso de necessidade de áreas covid ou áreas
não covid. Ainda ontem houve uma verificação técnica por parte das autoridades de saúde e da
Segurança Social a vários equipamentos. Portanto, essa verificação continua a ser feita e também
podermos criar um centro de isolamento municipal para bombeiros porque na verdade, os
bombeiros estão na primeira linha do combate a esta pandemia. Tem sido a câmara municipal a
fornecer-lhes os equipamentos de proteção individual. O Ministério da Administração Interna
penso que só agora muito recentemente é que atribuiu algum equipamento aos bombeiros, tem
sido a câmara municipal. Tem sido a câmara municipal a fornecer as refeições aos bombeiros
desde o dia 1 da ativação do plano municipal de emergência da proteção civil, quer aos bombeiros,
quer à Cruz Vermelha Portuguesa e de facto, neste centro de isolamento já tiveram vários
bombeiros e elementos da Cruz Vermelha Portuguesa, felizmente até agora não houve nenhum
caso de infetado por Covid mas isso não significa que não possa existir e portanto, esta resposta
que criámos no complexo municipal de atletismo Carla Sacramento tem sido também importante
para apoiar os nossos bombeiros.
Ainda gostava de referir que numa primeira fase encerrámos todos os parques e espaços de jogo e
recreio e parques infantis que foram encerrados pela câmara municipal, também com o apoio das
juntas de freguesia e de forma mais simbólica encerrámos o passeio ribeirinho entre a Amora,
Arrentela e Seixal, sendo que também numa primeira fase as forças de segurança não cumpriram,
eu diria, de forma tão eficaz como aquela que seria necessário esta interdição e o facto de
reforçarmos essa questão junto do comandante e nas semanas seguintes isso já se tem vindo a
verificar.
Também no âmbito daquilo que é a informação à população, não só realizámos dois boletins
municipais especiais com as medidas que as pessoas devem tomar, os contactos, as linhas de apoio
e tudo aquilo que existe no município para poder ajudar a que a população possa ter o máximo de
informação, como também lançámos, quer nas rádios, quer na televisão, informação importante
relativamente ao combate à pandemia e ainda temos vindo a fazer outras ações de informação
para que também possamos continuar a ter as pessoas em casa, como são as várias viaturas da

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proteção civil da câmara municipal que correm as ruas do concelho com informação dizendo às
pessoas para ficarem em casa.
Antes de concluir, gostava ainda de dizer que hoje foi também um dia importante, hoje abriu a
Unidade de Rastreio do Seixal, ou seja, temos finalmente testes à covid a serem concretizados no
município. Tratou-se de um espaço cedido pela câmara municipal que não cedeu só o espaço,
cedeu também todas as condições materiais e físicas para que o espaço possa funcionar, estava
previsto o seu inicio a 27 de março, só hoje é que abriu no dia 17 de abril, durante 3 semanas
ficámos sem testes no município o que é uma situação que consideramos lamentável quando
existiam todas as condições para que esse centro de testes pudesse abrir, só se concretizou hoje
mas também dizer que a câmara municipal, também resolveu um outro problema que não era da
sua competência que era o transporte das pessoas que não têm viatura entre o centro de saúde
onde a pessoa é atendida, se tiver sintomas covid é encaminhada para a ADC que é a área
dedicada ao covid, ou seja, onde fazem a avaliação se é para fazer teste ou se não é para fazer
teste que é no centro de saúde da Torre da Marinha e depois então, se for recomendada a
realização desse teste então, essa pessoas tem que ir à unidade de rastreio para fazer o teste e tem
que depois ir para a sua residência aguardar o resultado. A Câmara Municipal assegura também
com os bombeiros do concelho um transporte para todas as pessoas que não tenham viatura. Essa
coordenação é feita pelas unidades de saúde que contactam diretamente os bombeiros, quem vai
custear esse transporte será o município, coisa também que não deveríamos fazer, mas gostava
ainda antes de concluir dizer a enorme preocupação que estamos a sentir relativamente aos lares
de idosos. É nos lares de idosos que estão as pessoas de maior risco, sabemos que ainda não
existem testes realizados nos lares, só são feitos de acordo com aquilo que são as indicações das
autoridades de saúde, só são feitos se houver sintomas, para nós essa situação pode significar que
já é tarde demais, já poderão estar muitas pessoas infetadas mesmo sem terem sintomas, por isso
aquilo que temos vindo a exigir já há várias semanas com ofícios dirigidos à Sra. Ministra da Saúde
é que sejam realizados testes nos lares de idosos do concelho, principalmente naqueles da rede
solidária que são os de maior dimensão, falamos dos lares da ARIFA, falamos dos lares também da
AURPI´s no total são cerca de 400 pessoas entre profissionais e utentes que precisam de ser
rastreados e é isso, que neste momento estamos a exigir.
Também informar que ontem numa reunião do Conselho Metropolitano de Lisboa tivemos a
presença do Secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, penso que é essa a designação,
Duarte Cordeiro onde os autarcas transmitiram ao Secretário de Estado essa necessidade que
existe de rastrear os profissionais e os utentes dos lares, deveria ser não só para a população que
tem esses sintomas e essas unidades devem existir, como também tem que existir essa linha de
rastreio nestes lares que são de grande dimensão e onde se houver um problema temos um
grande problema para resolver e a possibilidade de ter muitas pessoas infelizmente doentes e
outras que poderão não sobreviver. Por isso, neste momento eu diria que em termos do combate à

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pandemia esta é neste momento a nossa maior preocupação é de facto, termos estes testes
realizados nos lares do nosso município.
Também uma nota sobre os epi´s para as instituições sociais, tem sido a câmara municipal a
fornecer os equipamentos de proteção individual a todas as instituições sociais do concelho.
Quero-vos dizer que têm ido mais equipamentos de proteção individual para as unidades do
concelho, para as instituições sociais do concelho do que se somarmos os trabalhadores da
Câmara todos e todos os bombeiros e até as policias já fornecemos, só para termos a ideia da
dimensão dos gastos que as instituições sociais têm com equipamentos de proteção individual.
Não deveria ser a câmara municipal a fornecer também estes equipamentos, é verdade! Temos
sido nós porque conseguimos ter essa capacidade mas nota-se aqui uma vez mais, a falha da
Segurança Social que só durante esta semana, se não estou em erro, distribuiu alguns e poucos
equipamentos de proteção individual às instituições do concelho, é também uma outra questão
critica e que revela bem que as câmaras municipais são o grande pilar de defesa das populações.
Na verdade, isso é notório ainda hoje de manhã tivemos uma assembleia inter-municipal por
videoconferência das redes de municípios saudáveis, falámos com o Presidente da Câmara de
Valongo, falámos com a Presidente da Câmara de Matosinhos que foi uma das vitimas de covid e
está recuperada felizmente, falámos com o Presidente da Câmara de Viana do Castelo, falámos
com o Presidente da Câmara de Braga, só esta situação de facto todos transmitem esta ideia de
uma grande descoordenação, de uma grande impreparação das entidades do Estado e que tudo
têm sido as câmaras municipais a poderem fazer. Por isso, eu diria se na verdade, se os municípios
já tinham essa importância em termos da nossa intervenção, esta pandemia deixou ainda mais a
nu esta nossa criticidade em termos de serviço à população e também o desinvestimento crónico
que tem existido na segurança social e no Serviço Nacional de Saúde. É notório a falta de meios
que estas entidades têm, com que os seus profissionais trabalham e por isso, a ultima palavra para
um grande elogio aos profissionais que estão na linha da frente, a todos os profissionais sejam da
área da saúde, sejam dos bombeiros, das forças de segurança, dos trabalhadores da câmara
municipal, já agora com um exemplo que eu gostaria também de deixar, logo quando foi declarado
estado de emergência como eu referi a nossa primeira preocupação foi capacitar a câmara
municipal para que tivéssemos todas as condições de segurança e operacionalidade, quer dizer
que numa reunião nas instalações mas fora do contexto de espaço fechado num pavilhão que tive
com os trabalhadores dos espaços verdes, os trabalhadores disponibilizaram-se desde logo a
abandonar as suas tarefas e a avançar para outras, nomeadamente desinfeção dos espaços
públicos, é apenas o exemplo de excelência dos trabalhadores da câmara municipal que temos,
que vestem a camisola do serviço publico todos os dias e que mereciam outro tratamento por
parte dos governantes, falo do subsidio de penosidade e risco que coloquei também ao Primeiro
Ministro numa reunião relativamente ao aeroporto do Montijo, coloquei ao Sr. Primeiro Ministro
também essa necessidade, se dantes era justo que existisse esse subsidio de penosidade e risco
para todos estes trabalhadores que estão na linha da frente dos municípios, eu diria que com o
combate a esta pandemia e o seu trabalho diário em prol de todos nós justificava também que o
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Governo possibilitasse que este subsidio de penosidade e risco fosse atribuído, ele é atribuído só
aos trabalhadores das câmaras de Lisboa e do Porto, o que é perfeitamente injusto e é uma
situação que deveria terminar. Por isso, o meu reconhecimento em nome do executivo municipal a
todos os trabalhadores da linha da frente, principalmente aos trabalhadores da Câmara Municipal
do Seixal”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Foram um conjunto de informações muito
relevantes e que mais uma vez, importa fazer a referência da importância do papel da câmara e
das instituições do município e na área da saúde como muito bem o Sr. Presidente referiu pesem
as insuficiências e dificuldades nesta área. Vamos passar às inscrições para este ponto. Estão
inscritos, nesta altura, o Samuel Cruz, o André Nunes. Tem a palavra o Samuel Cruz”.
Samuel Cruz, do PS, disse: “Não posso infelizmente cumprimentar hoje aqui a população, espero
que brevemente porque infelizmente se espera que esta situação se prolongue, possamos através
destes meios digitais de alguma forma abrir também a possibilidade de que a população possa
assistir a estas reuniões e que possa também desta forma ter contacto com as instituições para
que possam de uma melhor forma obter o seu imprescritível e também a comunicação social que
tem todo o interesse em acompanhar os nossos trabalhos. Dito isto, as minhas primeiras palavras
são para desejar umas rápidas melhoras aos doentes do concelho do Seixal e um cumprimento
especial aos trabalhadores da Câmara Municipal do Seixal que asseguram o serviço publico nesta
fase e seguidamente entrar na intervenção, e entrar com uma nota de felicitação ao Sr. Presidente
da Câmara Municipal por não acompanhar aquilo que é a posição do seu partido a nível nacional e
ter decretado o plano municipal de emergência no concelho porque ainda ontem sabemos que foi
votado a renovação do estado de emergência no concelho do seixal onde a posição do PCP e de
uma forma bastante curiosa porque diz que já tendo afirmado no passado o seu distanciamento
vem-nos dizer agora que considera o estado de emergência e passo a citar se revelou
desnecessário e desproporcional no combate à saúde publica contra a epidemia. Portanto, não
podia deixar aqui de valorizar a posição do executivo municipal mesmo ao arrepio daquilo que é a
posição oficial do partido que representa, resolveu tomar e bem medidas excecionais sobre esta
matéria como é evidentemente, o equivalente ao estado de emergência a nível nacional, o plano
municipal de emergência. Esse é a primeira nota que eu aqui queria deixar.
Uma segunda, para agradecer ao Sr. Presidente da Câmara Municipal de Cascais, certamente por
esquecimento o Sr. Presidente da Câmara do Seixal na sua intervenção se esqueceu de agradecer
aquilo que foi a ajuda disponibilizada pela Câmara de Cascais, aliás como foi amplamente noticiado
na comunicação social aos municípios da Área Metropolitana de Lisboa que quiseram
nomeadamente para o concelho do Seixal que aceitou essa ajuda. Devo dizer e essa era uma
questão que eu queria deixar ao Sr. Presidente da Câmara que esta questão deixou algo curioso e
daí, a minha razão, é que por razões óbvias a parceria entre a Câmara Municipal do Seixal e a
Republica Popular da China, o embaixador chinês e várias delegações chinesas são presença
assídua no concelho do Seixal, junto da Câmara Municipal do Seixal e eu esperava que essa
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colaboração se materializasse nesta fase com ajuda por parte de todos esses empresários e todas
essas entidades chinesas há em várias formas, a forma económica mas em forma também de
disponibilização de contactos para que pudéssemos aceder aos materiais que como sabemos nesta
fase são escassos que se materializasse, mas ao contrário daquilo que seria expetável não foi o
Seixal que conseguiu criar esses contactos, mas sim a Câmara de Cascais. A minha pergunta é se
esses contactos foram feitos e porquê que não se concretizaram? Tenho uma segunda pergunta
também para fazer: quantas pessoas já utilizaram os pavilhões, o Sr. Presidente disse-nos que
continuava a querer expandir esta rede quando aparentemente a fase de pico da epidemia já
passou, portanto eu deduzo que a afluência tenha sido grande aos pavilhões e que seja necessário
neste momento, expandir essa rede, gostava de saber quantas pessoas é que já utilizaram?
Por fim, o que aí vem a seguir do ponto de vista económico, gostava de perguntar ao Sr. Presidente
da Câmara se já equacionou aquilo que foram as propostas já efetuadas pelo Partido Socialista na
Câmara Municipal, nomeadamente no que se refere à redução de tarifas, taxas e impostos que
sem duvida além das boas intenções é aquilo que poderá ajudar as famílias do concelho do Seixal”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Tem a palavra o André Nunes”.
André Nunes, do PAN, disse: “Começar de forma prévia por dizer que discordamos da forma como
foi conduzido este processo. Houve na nossa perspetiva um certo desrespeito institucional pela
assembleia municipal na medida em que os tempos que vivemos não podem servir para inverter a
normalidade democrática, nem para contornar o crivo dos órgãos fiscalizadores e é isso que na
minha perspetiva está aqui a ser feito quando se agenda para o mesmo dia de duas sessões da
assembleia, num dia de semana e em horário laboral, sem informação prévia prestada pelo
Presidente de Câmara, sem auscultação da oposição e com documentação de suporte a não ter a
informação que habitualmente tem. Se era para assim ser, o que eu entendo é que se devia
recorrer à legislação que foi recentemente aprovada e que permite relegar para um momento
anterior a fiscalização por parte das assembleias municipais. De seguida, não quero deixar de
saudar o trabalho da autarquia que é reconhecidamente meritório mas muito em especial o
esforço de todos os trabalhadores da autarquia que têm estado na linha da frente e que têm sido
absolutamente excecionais numa época que é absolutamente excecional. Dito isto, e porque o
tempo é e tem que ser de erradicação da Covid 19, nós orgulhamo-nos de ter contribuído na
medida do possível no encontrar de soluções para o município e dirigimos no passado dia 23 de
março um requerimento onde apresentámos algumas soluções que consideramos importantes no
que diz respeito a respostas a dar à população e mais concretamente à população mais exposta e
vulnerável, nomeadamente a população idosa e é aí desde já que gostaria de ter o primeiro
esclarecimento que é o de saber qual é o sucesso da linha de encaminhamento social Seixal em
casa, nomeadamente quantas pessoas mobilizou e a quantas pessoas já aproveitou. Depois um
segundo esclarecimento que eu gostava de obter do Sr. Presidente era sobre as medidas de
regularização excecional da divida. Já aqui foi dito e falado da moratória, essa moratória decorre
de legislação recentemente aprovada portanto, a câmara não está a fazer nada de mais. A questão
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é face a um muito previsível cenário de incumprimento generalizado de muitas empresas e
famílias, o que nós gostávamos de saber é ainda mais hoje que vai ser supostamente aprovada
uma alteração às GOP, gostava de saber qual é o plano que a autarquia tem para apoiar quem
necessita no que respeita a verbas que possa ser credor, existe ou não esse plano? Se sim, se
existe em que é que aquilo se traduz?
Depois, uma terceira pergunta que gostava de fazer, prende-se com o fenómeno da violência
domestica e a resposta a dar às vitimas, agora que vivemos num período de maior confinamento
são mais vulneráveis.
Nós sabemos mesmo que existe uma linha de apoio psicológico chamada «Voz do Amor», o que
não sabemos é se essa linha também responde a situações de violência doméstica e também
gostávamos de obter esse esclarecimento.
Por ultimo, uma última pergunta relacionada com o bem estar animal para tentar perceber uma
vez que uma das infelizes consequências desta pandemia também se manifesta na forma como
lidamos com os animais, eu gostava de saber se temos presente, desde que foi decretado este
estado de emergência quais são os dados de abandono de animais, se houve ou não houve um
fenómeno no nosso concelho de aumento do abandono de animais e se sim, o que é que tenciona
o executivo fazer para de alguma forma contrariar esse fenómeno, perguntando também ser feitas
esterilizações e estão a ser assegurados os passeios dos animais no Centro de Recolha e para já é
só isto”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Tem a palavra Rui Belchior”.
Rui Belchior, do PSD, disse: “Eu renovava o meu pedido que já fiz aqui no bate papo que as
pessoas que estão a intervir desliguem as câmaras porque nós, eu pelo menos tive muita
dificuldade em ver o Sr. Presidente da Câmara. Pedia às pessoas que não necessitam: o Carlos Reis,
o Eduardo Grelo, o Rui Oliveira, a Almira Santos o Marco que desligassem as câmaras para ver se
isto funciona melhor.
Posto este à parte a esta temática mas queria acompanhar ipsis verbis o que disse o André Nunes
no que diz respeito à falta de informação, atendendo à importância do momento, à
extraordinariedade do momento e à sua importância porque de facto a informação que ainda é
vasta, sobretudo a de esta assembleia 1200 e tal páginas e nós não termos realizado, não se
percebe porquê a comissão do orçamento e do plano que agora acho que tem outra designação,
de facto eu não consigo entender porque da mesma forma que hoje estamos aqui a fazer esta
assembleia, fizemos a reunião de lideres na 4.ª feira, teria sido certamente possível fazer essa
reunião da comissão para nós obtermos alguns esclarecimentos que agora ainda por cima, neste
estado de confinamento nós estamos muito limitados, no que diz respeito a informação e à sua
obtenção e portanto, quero deixar esta nota prévia também acompanhando o que disse o André
Nunes. Aliás, desta feita também se faça justiça a documentação chegou muito atempadamente
até com muitos dias de antecedência e também não tenho duvidas que esta assembleia hoje só

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estamos aqui hoje em função das 3 horas e meia que foram despendidas na tentativa que ela hoje
se realizasse e da diplomacia mais uma vez, o Sr. Presidente faço-lhe esta justiça, o Presidente da
mesa e a mesa a todos os membros tiveram para conseguir levar a bom porto esta assembleia ou
estas assembleias hoje. Posto isto eu também queria, deixando para mais tarde as minhas
considerações relativamente ao período mas queria colocar algumas questões também ao Sr.
Presidente da câmara.
A primeira prende-se com a questão da água porque não cheguei a compreender e queria que me
explicasse melhor, se a suspensão feriu relativamente a três meses do pagamento, se a mesma é
um deferimento para depois pagar à posteriori em duodécimos, se abrange toda a gente ou se
abrange só quem se candidatar a tal beneficio ou se é automático, queria perguntar isto para
esclarecer. Queria também perguntar se a câmara ou o executivo está neste momento a por em
pratica a suspensão da cobrança de todas as taxas relativas à ocupação do espaço publico ou se
isso é uma medida que ainda não foi pensada ou se será pensada só à posteriori.
Queria também perguntar, se também está posto em prática, ou está pensado a suspensão de
todas as rendas relativas a todos os espaços do município concessionados, outras concessões
camarárias, se à alguma medida nesse sentido.
Depois, o Sr. Presidente da Câmara já o referiu no que diz respeito à simbiose entre aquela que é a
ajuda prestada pela câmara e aquela que a segurança social deveria prestar. Fizeram-me chegar à
pouco e eu também gostava de o ouvir sobre isto, aqui uma organização de voluntários que
também pratica no concelho a solidariedade social e posso até concretizar e indicar mesmo o
nome que é a REFOOD que diz que, desde o dia 25 de março envia pedidos de mascaras e material
de proteção, luvas e batas etc à câmara municipal e que até agora não obteve nenhuma proposta
concreta. Melhor, foi a Junta de Freguesia de Corroios que nestes dias conseguiu fornecer uma
quantidade de viseiras. Eu aqui, também ,queria que o Sr. Presidente concretizasse em que medida
é que essa ajuda que está a ser prestada a estas associações voluntárias e de solidariedade social
se materializa na prática. Também queria porque também tinha aqui esta nota, saber em que
medida foi a Câmara de Cascais que quantidade de material foi fornecida à Câmara do Seixal. Nós
sabemos que a Câmara de Cascais terá encomendado 20 toneladas deste tipo de material de
proteção e queria saber quanto é que foi fornecido, que quantidade foi fornecida à Câmara
Municipal do Seixal e também já agora a mesma curiosidade do Samuel Cruz em saber porque
razão é que não foram entabuladas negociações ou se foram onde é que elas se frustraram com a
Embaixada da China, no sentido desse fornecimento.
Depois, o Sr. Presidente também falou na questão da quantidade do funcionamento da câmara,
nós aqui também queremos dizer o seguinte: fomos ontem também informados de viva voz por
um construtor que disse estar a ligar para o numero que presumo que seja o numero há pouco
referido pelo Sr. Presidente. Ora, o setor das águas e para o urbanismo durante toda a semana,
várias vezes por dia, chegou mesmo a afirmar não sei se por exagero ou não, trinta e tal chamadas,
quer para um setor, quer para o outro e nunca atenderam o telefone. Em desespero de causa o Sr.
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dirigiu-se na 5.ª feira à câmara e a resposta que lhe foi dada, creio que pela segurança é que ligasse
para o mesmo exato numero que estava a tentar ligar sem qualquer sucesso. Porquê que isto está
a acontecer?
Depois também perguntar no que diz respeito à limpeza e desinfestação que está a ser feita no
concelho, porquê que há áreas que ainda não foram abrangidas? Nós percebemos que o concelho
tem uma área geográfica muito grande e que portanto, não é fácil chegar a todo o lado mas
também nos fizeram chegar várias queixas de vários munícipes a dizer que ainda não chegou lá
esse processo de limpeza e de desinfestação.
Queria também questionar o Sr. Presidente da Câmara provavelmente ainda não teve tempo de
pensar longamente sobre este assunto, se já prevê ou tem alguma ideia no que diz respeito a
algumas medidas do ponto de vista fiscal que direta ou indiretamente afetaram as famílias, com
uma redução eventual da taxa de IMI etc, para estimular novamente a economia no concelho”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Tem a palavra João Rebelo”.
João Rebelo, do CDS/PP, disse: “As minhas palavras vão também para as pessoas que estão neste
momento a sofrer a doença no concelho do Seixal e desejar rápidas melhoras e sobretudo que seja
feito e que depois o regresso à saúde na totalidade. Também gostaria de destacar o trabalho dos
funcionários camarários, dos seus vários departamentos que têm ajudado no mais que é possível
para minorar esta mesma crise e também obviamente as forças de segurança, a proteção civil, os
bombeiros e outro tipo de instituições públicas que estão a ajudar a resolver esta questão.
Finalmente e aqui começa a primeira pergunta que eu gostaria de colocar ao Sr. Presidente da
Câmara, também agradecer a todos os voluntários que nas áreas sociais e privadas têm ajudado
também a minorar este problema e a primeira pergunta é saber qual é a amplitude das relações da
câmara municipal com este tipo de associações variadas em todas as freguesias do concelho que
estão a ajudar também a minorar este mesmo problema.
Em segundo lugar gostaria também de deixar aqui um registo que a concelhia do CDS enviou um e-
mail para o Sr. Presidente um conjunto de propostas, alguns dos meus colegas já abordaram
algumas e eu gostaria de destacar que eram sugestões que o CDS fazia para que estes problemas
fossem minorados porque muitos seixalenses ou estão em lay off ou que deixaram de ter trabalho,
se era possível num período longo de tempo que através das competências que a câmara tem e o
regime jurídico das autarquias locais que fosse suspenso um conjunto de taxas e de pagamentos
de taxas que estão previstos no regulamento e tabela geral das taxas do município do Seixal e isto
podia levar obviamente a uma redução dos encargos dos seixalenses que no momento de crise
pessoal e familiar poderiam ter aqui um esforço da câmara para evitar que isso mesmo aconteça.
Nós enviámos essas propostas por e-mail para o Sr. Presidente mas infelizmente segundo disse a
Presidente da concelhia do CDS não tivemos sequer resposta para isso mesmo, outras partidos
também fizeram propostas similares e gostaria de saber qual é a disponibilidade da câmara
municipal para abraçar algumas dessas propostas para ajudar as famílias seixalenses e nas próprias

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pequenas e médias empresas que labutam no concelho do Seixal, através do plano de ajuda que
também tem a ver com a suspensão de pagamentos das taxas. Sabemos que o pequeno comércio
está num estado absolutamente devastado, tudo o que tem a ver com restauração em parte
também não podendo fazer através dos take aways alguma compensação mas mesmo assim, é
muito complicado, para além de ajudar quem mais precisa e também esta pergunta que eu
gostava de fazer ao Sr. Presidente se tem números sobre os idosos que estão a ser ajudados, quer
na entrega de alimentações e medicamentos, quer nos lares qual é dimensão que nós estamos a
falar, exatamente de pessoas que são ajudadas e bem pelos serviços municipais. Nós também
achamos que para além de ajudarmos os que mais necessitam, também de tempo de
disponibilidade no conjunto de infraestruturas para o caso, deus queira que não, eu acho que os
números são positivos, quer no concelho, bastante positivo,s mas no país também em geral, não
estamos a ter já o aumento exponencial, estamos a ter aumentos limitados, hoje já foram muito
poucos, houve indicação de cerca de 100 casos, não chegava a 2% e portanto, há essa
disponibilização por parte dos serviços municipais e da câmara, da Torre da Marinha, com um
conjunto de infraestruturas, como o hospital, com os centros de saúde mas também nós temos
que pensar no day afther desta crise, desta emergência em termos de saúde porque vamos ter
uma emergência social e uma emergência económica, desemprego e uma crise económica que vão
ter reflexos muitos negativos sobre a atividade e a vida das pessoas em Portugal e no concelho do
Seixal também e se existem planos definidos também por parte da câmara municipal, na medida
das suas competências porque há muitos planos e projetos que devem vir do estado Central, mas
também a União Europeia que este primeiro plano que foi anunciado uma ajuda aos países não é
suficiente, como se viu em outros locais do mundo os planos dos estados são muito mais
ambiciosos do que a União Europeia apresentou recentemente, sendo que já não é mau, mas não
é o que mais se necessita para evitar que esta crise provoque ainda mais desgraças, mas na
medida das competências da câmara se para ajudar as pequenas e médias empresas, para ajudar o
comércio local, para ajudar a economia local, o que é que está previsto para que o município do
Seixal possa ser parceiro neste drama que nós vivemos. Também aqui se falou muito da questão
do equipamento que veio da Câmara Municipal de Cascais, o Sr. Presidente podia a ter referido
mas está feito aqui o registo por parte dos meus outros colegas, mas também há câmaras com
ideias de fornecer máscaras. Eu não sei, se o Sr. Presidente falou disso, houve um certo momento
que eu não estava a conseguir ouvir e eu perdi cerca de 5 minutos a audição do que o Sr.
Presidente estava a falar e foi um problema aqui do meu aparelho, e não sei se referiu isso e por
isso eu peço desculpa se estou a fazer uma pergunta que o Sr. Presidente já respondeu, mas tem a
ver com alguns concelhos que estão a pensar na distribuição de mascaras, como sabe as próximas
medidas de regresso a uma certa normalidade vão passar pelo uso massificado de máscaras por
parte das pessoas em qualquer local publico, já muita gente o faz por vontade própria, eu já o faço
e tenho a possibilidade de ter máscaras, mas muitas pessoas estão a reclamar dos preços
exorbitantes que estão a ser cobrados para esses mesmos equipamentos e por vezes nem sequer
existem disponíveis nas farmácias ou noutros locais de venda, alguns municípios em Portugal estão
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a pensar fazer a distribuição eles próprios, o município do Seixal também está a pensar em algo
similar para ajudar nesse mesmo aspeto.
O Sr. Presidente falou também dos bombeiros porque tinha saído uma noticia recentemente no
Diário das Regiões em que as corporações de bombeiros no distrito manifestavam preocupação
porque têm quebras de receita porque fazem transportes urgentes, mas já não fazem
praticamente transportes não urgentes na utilização das suas ambulâncias, isto é uma quebra de
receitas que pode prejudicar imenso os nossos bombeiros. O Sr. Presidente falou de várias
medidas que foram nomeadamente, o fornecimento dos equipamentos de proteção que não
podemos expor seja quem for, profissionais de saúde, proteção civil, os bombeiros, as forças de
segurança, os funcionários da câmara ou outros a expo-los obviamente a serem contaminados no
exercício de funções que são fundamentais para o nosso bem estar. Portanto, também saber se o
Sr. Presidente tem algumas medidas adicionais para as preocupações que foram levantadas
recentemente pelas corporações de bombeiros no distrito de Setúbal e que também envolviam
algumas corporações do concelho do Seixal.
Finalmente, esta situação que nós estamos a viver neste momento provoca também, para além da
emergência, saúde publica e a gravíssima situação económica vai provocar em muita gente um
sentimento de solidão e de algum abandono e isso também é uma responsabilidade de todos em
que as pessoas não se sintam descartáveis, ou seja, vamos ter que escolher entre quem é que é
tratado e não tratado e eu partilho aqui as preocupações dos vários eleitos e do Sr. Presidente de
câmara também, de saber até que ponto o nosso serviço nacional de saúde e as infraestruturas
que estão disponíveis neste momento, consegue responder às necessidades de quem está a sofrer
esta mesma situação. Portanto, nunca podemos esquecer que nós não deixamos ninguém para
trás e vamos tentar ao máximo possível ajudar quem precisa e esta mensagem eu acho que todos
nós partilhamos e deve ser a mensagem que deve partir. Sr. Presidente é tudo e aguardo
eventualmente para outra intervenção outro tipo de questões”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Tem agora a palavra o Paulo Silva”.
Paulo Silva, da CDU, disse: “Três notas breves antes das questões do município. A primeira é que a
realização da Assembleia hoje nos moldes em que está a funcionar e em que foi convocada
resultou de um consenso entre todas as forças políticas, sendo que ficou bem claro na reunião que
tivemos e houve até uma situação em que uma força política não estava de acordo em que nós aí
fomos, nós CDU, os primeiros a propor, então não há esse consenso, não se realiza a assembleia
nos moldes em que está proposta e a partir daí assim, que todos concordaram em fazer a
assembleia nestes moldes, não concordo por isso com as ressalvas que algumas forças políticas
vieram aqui fazer quando na reunião de líderes concordaram com a realização da assembleia.
A segunda ressalva é que não tem conhecimento que ontem tivesse sido aprovado nenhum estado
de emergência para o concelho do Seixal com a oposição do PCP o que ontem foi aprovado na
Assembleia República foi o estado de emergência para todo o país e isso sim, teve a oposição do
PCP. Na verdade, consideramos que as questões de saúde publica são importantes mas não vemos
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em que medida é que a limitação dos direitos dos trabalhadores, como o direito à greve é
necessário para resolver um problema de saúde pública.
A terceira nota é que consideramos que esta crise económica não se irá resolver com aspirinas,
como foi aqui falado descidas de IMI´s, águas e taxas associadas, mas sim com antibióticos que
passarão por uma descida de IVA, IRC e imposto de selo, tudo impostos que estão na esfera do
Governo da República e que até ao momento não vi e o PCP não viu qualquer proposta de redução
ou de isenção destes impostos por parte do Governo. Por isso, vir-se agora aqui assim, quando se
pode atacar o problema para o país inteiro, descendo alguns dos impostos que poderão fomentar
o aumento do consumo e aí, assim um desenvolvimento económico e vem-se aqui com propostas
de descidas de IMI e taxas associadas quando as taxas associadas à agua tem depois a ver com
valores que a câmara terá que pagar obrigatoriamente a empresas multi-municipais como a
Amarsul e a Simarsul, sendo que a Amarsul até é uma empresa de capitais maioritariamente
privados por decisão do Governo do PSD e de certeza que essas empresas não estão a pensar em
abdicar de receberem dos municípios os valores que são contratualizados e que os municípios
estão obrigados a pagar. Feito estas três ressalvas, saudarmos aqui em primeiro lugar todos
aqueles que estão na linha da frente de combate a este problema de saúde publica e aí, os
funcionários das autarquias, não só os da Câmara Municipal do Seixal que já foram aqui referidos
por todas as forças políticas, mas também os da junta de freguesia, as forças de segurança, os
nossos bombeiros, a Cruz Vermelha – Núcleo do Seixal, os médicos, enfermeiros e funcionários do
centro de saúde, os voluntários que se inscreveram nas diversas ações e instituições de prestar
ajuda à população necessitada, nomeadamente a comprarem os alimentos que as mesmas
necessitam porque não podem sair de casa. A população do concelho do Seixal tem cumprido de
modo muito especial as normas de saúde publica, ficando em casa. E também todas as decisões
que foram tomadas pelos nossos órgãos autárquicos para o combate a este problema de saúde
pública e sem dúvida os números que o Sr. Presidente da Câmara aqui disse, nomeadamente do
Seixal está abaixo da média da Atea Metropolitana de Lisboa que tem a ver com todo este trabalho
que foi feito aqui no Seixal. Por isso, a todos eles o meu muito obrigado e os parabéns pelo que
tem sido feito.
Perguntas à câmara, atualmente quais são as principais necessidades do concelho relativamente
ao combate a esta pandemia é a primeira pergunta e a segunda porque razão ainda não se fizeram
os testes de rastreio nos lares de idosos?”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Tem a palavra Bruno Barata”.
Bruno Barata, do PS, disse: “Vivemos tempos únicos e que nunca ninguém passou por isso e a
primeira palavra ia para os trabalhadores que estão a sofrer com este embate da epidemia,
embate económico, há muita gente que está a ver o seu salário reduzido e muitas empresas não
estão a laborar, isto é uma situação publica. Queria partilhar convosco que a atuação do Governo
adotou uma medida, que é a grande medida, que é o lay-off simplificado já com uma adesão
enorme de trabalhadores, isso significa que com esta medida o Governo permitiu impedir 1
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milhão de desempregados e portanto, é uma nota muito importante que eu queria partilhar com
os meus colegas da assembleia. Esta é uma medida também equilibrada e é uma medida de
esquerda, é uma medida que reforça o estado social. É uma medida que distribui o esforço por
todos, pelos três grandes agentes económicos: famílias, estado e empresas e quase todos
praticamente todos os partidos estão unânimes e de acordo com esta medida do Governo. Há
também uma situação excecional que tem a ver com a interrupção das atividades letivas e que
mais uma vez foi criado um instrumento também de apoio aos trabalhadores de verem o seu
salário reduzido em 2/3, mas permite também de forma equitativa e equilibrada distribuir esse
esforço. Portanto, como se começa a ver, a vislumbrar que a partir de maio haja um retomar
profícuo da atividade económica é essencial pensar-se em medidas que no futuro que possam
agora alavancar a nossa economia, também pessoas que vão ficar desempregadas ou sem
rendimento. E aí, ao contrário do que foi dito a câmara tem um papel, porque tem os seus
instrumentos de medida fiscal, de política social. Portanto, não é tudo a Administração Central,
não é tudo do Governo, não é tudo do IVA, há instrumentos para a câmara fazer política e é nesse
sentido que a intervenção anterior, do meu camarada Samuel Cruz foi nesse sentido, tem que se
olhar para o futuro e questionar o Sr. Presidente, o que é que está a pensar?
Relativamente ao Sr. Presidente da Câmara, eu não sei como é que lhe hei de lhe estar tão
agradecido porque a sua intervenção inicial leva-me a pensar que se não fosse a sua ação
estaríamos todos mortos no Seixal. Agradeço-lhe do fundo do coração porque o Sr. Presidente diz
que as forças de segurança não funcionavam, disse que a segurança social não funcionava, disse
que nada funcionava, se não fosse o Sr. Presidente a coordenar é que isto começou a funcionar.
Portanto, agradeço-lhe do fundo do coração o seu trabalho. É uma política de mau gosto
aproveitar esta pandemia Sr. Presidente da Câmara para colocar outdoors que geram pânico na
população a apelar ao Hospital do Seixal que é efetivamente devido a este município, mas nesta
altura ligar a pandemia para o Hospital do Seixal é uma política muito baixa e que só assusta a
população. Mais uma vez, é lamentável. Como a câmara fez tanta coisa, eu gostava de saber o que
é que compete à câmara neste aspeto e o Sr. Presidente disse e bem que o foco da epidemia em
Portugal estava centrada na zona Norte e centro do país, não obstante Sr. Presidente queria que o
Concelho do Seixal tivesse toda a gente com testes realizados. Como todos sabemos, Portugal está
no topo dos países do mundo de testes efetuados à população e portanto, o que o Sr. Presidente
vem aqui dizer é deixem de fazer testes no Norte e venham fazer testes para o Seixal. Foi isso que
eu percebi. É lamentável, mas não queria deixar de agradecer Sr. Presidente por ter salvo a vida
destes cerca de 150 mil habitantes, obrigado”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Não temos mais inscrições. Pedia para se
inscreverem e fecharmos a ronda de inscrições, intervenções?
João Rebelo, do CDS, disse: “Como é que estão os tempos?”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Eu ia dizer exatamente isso, agora, estão a ser
proficientemente geridos pela nossa 2.ª secretária e nós iremos informando quando atingirem
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metade ou quando estiverem a um minuto do fim, já há aqui uma falha porque em relação ao CDS
já tem menos de 1 minuto. Tem 10 minutos e 9 segundos em 11, ou seja tem 51 segundos de
intervenção em relação aos restantes não atingiram metade e alguns não intervieram ainda. Está
esclarecido, João?”
Vítor Cavalinhos, do BE, disse: “Sr. Presidente eu inscrevi-me!”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Sim sra., neste modelo vamos sempre gerindo e
respondendo não há outra maneira. Está inscrito o Vítor Cavalinhos, mais alguma inscrição? Para
fecharmos esta ronda”.
André Nunes, do PAN, disse: “Qual é o segundo elemento da CDU que vai intervir?”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Paulo Silva, segundo elemento da CDU?”.
Paulo Silva, da CDU, disse: “Paula Santos”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Portanto, segunda inscrição se for caso disso é a
Paula Santos. Portanto, fechamos o conjunto de intervenções do primeiro ponto com o Vítor
Cavalinhos, é isso confirma-se? Certo! Muito bem, então tem a palavra Vítor Cavalinhos e
fechamos as perguntas em relação ao primeiro ponto, depois terá a palavra o Sr. Presidente da
Câmara”.
Vítor Cavalinhos, do BE, disse: “Queria colocar aqui algumas questões. A primeira delas era o
seguinte: é sobre a informação prestada pelo Sr. Presidente da Câmara a esta assembleia
municipal. Nós pensamos que a informação do nosso ponto de vista tinha todas as condições para
ter sido apresentada por escrito e com o pormenor e detalhe que o Sr. Presidente fez e já que ela
não foi feita assim, nós solicitávamos que essa informação circunstanciada toda essa e mais outra
informação da ação do executivo municipal seja enviada à assembleia municipal a todo os eleitos,
era importante e é legitimo que queiramos todos saber quais foram as ações desenvolvidas pelo
executivo municipal, todas as entidades envolvidas, quais as ações previstas, era importante que
tivéssemos esta informação. Outra informação que era importante que a assembleia tenha na sua
posse é qual o valor já despendido pela câmara em termos de orçamento, em termos do
investimento dos gastos o que a câmara já despendeu com todas as ações no âmbito da pandemia
e também o valor que a câmara prevê, sendo que é uma previsão, o orçamento que tem para
continuar a encarar e a desenvolver ações no combate à pandemia e ao Covid.
Nós achamos perfeitamente escusado e achamos um gasto desnecessário que a câmara tenha
instalado no concelho toda uma série de outdoor`s a apelar para as pessoas ficarem em casa. Toda
a gente já sabe que tem que ficar em casa. O gasto em outdoor`s, acho que do nosso ponto de
vista é perfeitamente escusado, é uma despesa perfeitamente dispensável e numa situação de
crise deste tipo há muito sitio onde investir o dinheiro, é uma nota porque achamos que não faz
sentido nenhum, neste caso concreto.

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Uma questão que queríamos colocar era se a câmara prevê investir na compra de mascaras? Há
muitas câmaras e muitos executivos que estão a investir em mascaras, o ultimo caso que eu tive
conhecimento foi através da comunicação social foi a câmara de Mafra que investiu, comprou 800
mascaras para distribuir nas caixas de correio 11 máscaras a cada agregado familiar. Nós achamos
que é uma ótima medida e achamos que se devia refletir nessa possibilidade porque nós temos
todos um pouco de conhecimento e sabemos perfeitamente que estas crises, infelizmente dão
campo a todo o tipo de especulações e há pessoas que servindo-se de uma coisa que é uma
entidade sobre a qual que é o mercado parece que não são eles que querem ter o lucro máximo
da especulação que se servem e que vendem mascaras a 5 euros, quando elas custavam a 50
cêntimos. A especulação selvagem que há pessoas que se servem para ganharem dinheiro à conta
da desgraça das pessoas leva a que as mascaras e o álcool e os desinfetantes hoje tenham preços
astronómicos. Nós sabemos, há milhares de munícipes que não têm e ainda por cima uma mascara
não deve ser utilizada uma só vez para que cumpram o seu papel deverão ser utilizadas 4 ou 5 por
dia, sempre que as pessoas saem à rua e sabemos que há centenas ou milhares de munícipes que
não têm condições para comprar as máscaras ou então, compram as mascaras e não comem
devido aos seus fracos rendimentos. Portanto, fazia todo o sentido que o executivo municipal
pensasse no investimento já agora generoso era investir na compra de mascaras para distribuir aos
agregados familiares e distribuir massivamente pelo concelho do seixal.
O Sr. Presidente falou na suspensão da cobrança de água e de outras taxas é uma suspensão por
90 dias, ela não é uma pequena suspensão e prevê-se essas taxas a câmara vir a recebe-las depois
a forma que vai fazer ainda teremos que ver. Portanto, este problema nós sabemos que virá a
aprecia-lo de novo.
Queria colocar ao Sr. Presidente se a suspensão do pagamento de rendas no parque habitacional
municipal também está previsto? Se a câmara prevê tomar alguma medida? Achamos que era
importante a suspensão do pagamento das rendas, em Lisboa essa medida foi tomada, fazia
sentido.
Nós estamos perante uma crise gravíssima e ela vai agravar-se e do nosso ponto de vista vai
obrigar essa crise do seu agravamento, nos Estados Unidos e a perda de postos de trabalho já vai
em 20 milhões, o desemprego no mundo vai adquirir contornos gravíssimos, cá em Portugal esse
efeito já se faz sentir e portanto, depois deste à parte a crise que se avizinha vai obrigar todos os
órgãos do poder, estado central, as autarquias, vai obrigar todos os órgãos a discutir planos de
emergência para a sociedade. Vão ser necessários planos de emergência nacionais e autárquicos,
nós seremos obrigados a equacionar muita coisa, nós estamos a viver numa situação
extraordinária e vamos viver uma crise sem precedentes. Se nós encararmos, do nosso ponto de
vista esta situação como um intervalo nas nossas vidas, acho que estamos enganados, o que temos
pela frente não nos coloca a hipótese de aqui a uns meses voltará ao normal, do meu ponto, de
vista, acho que vamos demorar anos a voltar ao normal e ainda falta saber qual é que será esse
normal, apreciar a situação que vivemos, analisa-la com as mesmas ferramentas que analisamos a
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vida que temos tido ao longo dos anos, acho que não vai servir. Precisamos de novas ferramentas,
novos pontos de vista para analisar o que se está a passar para tomar medidas para resolver e para
responder aos problemas de emergência que são colocados nos mais diversos níveis. Eu acho que
seria importantíssimo que fizéssemos uma assembleia municipal extraordinária só para discutir
estas questões do Covid. Os diversos partidos que têm a vereação já apresentaram propostas na
assembleia municipal também foram fazendo chegar propostas por diversas vias, mas acho que
fazia sentido fazermos uma assembleia municipal extraordinária só para discutirmos este problema
do Covid , se ainda tiver que ser neste formato será.
Por último, e nem sempre as ultimas questões são menos importantes no caso concreto são até as
mais importantes ou pelo menos tão importantes quanto as outras, eu queria manifestar-me do
ponto de vista do Bloco de Esquerda pela solidariedade por todas as pessoas, todas as entidades
que estão na linha da frente no combate ao Covid, pelos médicos, pelos bombeiros, pelos
trabalhadores da limpeza, os caixas dos supermercados, por toda a gente que está a trabalhar com
o risco e queríamos saudar muito particularmente os trabalhadores da câmara municipal e as
trabalhadoras da câmara municipal e já agora saudar todos os eleitos e todas as eleitas dos mais
diversos níveis que de alguma forma e de acordo com as suas possibilidades também têm dado um
contributo para tentar minorar o sofrimento e a crise que nos assola a todos e obrigado a todos.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Terminámos o conjunto de intervenções neste
ponto e tem a apalavra o Sr. Presidente da Câmara”.
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Antes de mais muito obrigado pelas questões colocadas
sra. eleitos da assembleia municipal eu ia tentar responder a todas, é claro que na síntese nem
sempre conseguimos atingir todas as matérias e há pouco a minha intervenção penso que até foi
bastante exaustiva, mas não foquei uma questão que eu considero também muito importante que
é de facto a solidariedade. Temos recebido vários contributos de solidariedade, quer de pessoas
individuais, quer coletivas e por isso, eu gostaria também de felicitar e agradecer a todas as
instituições, a todas as pessoas que de uma forma ou de outra ajudam a comunidade a ultrapassar
esta crise. Num período muito critico que foi o inicial, onde do ponto de vista da área
metropolitana nós nos consertámos para termos encomendas conjuntas e foi isso que aconteceu.
Aliás, temos uma plataforma conjunta dos 18 municípios na área metropolitana para acorrer em
casos de necessidade e de facto, a Câmara de Cascais conseguiu através de contactos que tinha
com o Embaixador de Portugal na China, conseguiu ter uma primeira encomenda do próprio
município. Aliás, penso que foi à frente do próprio estado português, foi logo nos dias iniciais que
conseguiu ter essa encomenda e há uma tipologia de mascara que não havia no mercado, de facto
a Câmara de Cascais num primeiro momento forneceu 600 mascaras à Câmara Municipal do Seixal.
Claro que nós pagámos essas 600 mascaras, não foi uma doação, foi um empréstimo mas foi
muito importante porque naquela fase inicial, quando os profissionais da linha da frente
precisavam desse tipo de mascara que era uma mascara mais avançada do que aquela que é
mascara dita normal o município de Cascais avançou, eu próprio agradeci ao Sr. Presidente da
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Câmara de Cascais o facto de naquela situação, Cascais podia ter ficado com esses materiais mas
resolveu partilha-los com outros municípios e de facto, isso é um gesto que muito enobrece o
município de Cascais e que nós muito agradecemos. Gostava também já agora de informar
relativamente ao numero de mascaras que o município já atribuiu mais de 7 mil mascaras. Para
além, da câmara municipal nós já atribuímos aos bombeiros, às forças de segurança e às
instituições sociais mais de 7 mil mascaras e mais de 20 mil luvas. Voltando outra vez à questão das
doações, temos recebido também várias doações de outras instituições e ainda ontem chegou-nos
uma doação de 10 mil mascaras de uma associação de comerciantes chineses em Portugal que nos
entregou ontem 10 mil mascaras, no dia anterior eu tinha assistido também a uma doação de
lixívia para a desinfeção de vários equipamentos que também foi doado por uma empresa do
concelho que nós já encaminhámos para várias instituições sociais. Também temos tido o apoio,
por exemplo, eu destacaria aqui a Coca Cola e o MacDonald´s que têm também apoiado com o
fornecimento de refeições e bebidas aos bombeiros, também tem sido um apoio importante. Para
além de várias outras, temos também uma empresária chinesa que ofereceu um conjunto vasto de
equipamentos que ainda não chegaram mas já chegaram os ventiladores que são 15 ventiladores
que vão para o Hospital Garcia de Orta que foram doados por uma empresária chinesa. Temos tido
vários exemplos de solidariedade, a própria EDP também nos contactou para o apoio social, temos
tido várias personalidades e instituições e empresas, entidades que nos têm dado esse apoio e
confiam nas câmaras municipais acima de tudo para que o destino destes equipamentos seja o
destino útil para a população. Por isso, este agradecimento generalizado a todos aqueles que nos
têm vindo a apoiar.
Eu há pouco ouvi que a fase de pico já passou, não é verdade! Isso é um erro que foi propalado na
comunicação social. A fase de pico não passou o que há é uma inflexão da curva ascendente
relativamente ao numero de infetados do país que é uma coisa diferente, ou seja, passámos de um
crescimento com uma inclinação positiva para um crescimento com uma inclinação negativa, ou
seja, há uma mudança no ponto de inflexão e não estamos já após a fase de pico e isso, ainda não
aconteceu, há de acontecer, assim esperamos no mais curto espaço de tempo mas não é
realidade.
Sobre a questão da redução de taxas, tarifas e impostos, eu gostava só de dizer o seguinte: Nós no
final de março, tivemos de receita recebi hoje esse relatório temos menos 4 milhões de euros de
receita do que tivemos em idêntico período de 2019. Estamos a falar de 3 meses, onde só no
ultimo mês, o mês de março e metade do mês de março é que foi decretado o estado de
emergência e já estamos com menos 4 milhões. É claro que as reduções de taxas, impostos,
diferimento, isenções, tudo isso são matérias importantes, mas acima de tudo eu gostaria de dizer
aos srs. eleitos da assembleia municipal que temos que preservar a operacionalidade da câmara
municipal, quando falo nisso falo no pagamento dos salários dos trabalhadores da câmara
municipal temos que privilegiar os fornecedores da câmara municipal para todas as matérias, não
queremos voltar a um passado recente de 2010/2011 e 2012 de uma crise financeira sem

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precedentes que afetou de sobremaneira o município que tivemos que recorrer a um plano de
saneamento financeiro, não queremos voltar a esse período e por isso, eu diria que os apoios que
fizermos terão que ser bem ponderados e bem pesados no sentido de podermos efetivamente
ajudar, por isso dizer aos srs. eleitos que em todas as matérias que os srs. colocaram estamos a
preparar medidas. É claro que elas não estão discutidas no executivo e por isso, não poderei abrir
qualquer cenário junto à assembleia municipal sobre esta matéria a não ser, dizer que sim, que em
todas aquelas que foram elencadas, nós estamos a preparar medidas para serem colocadas ao
nível do executivo municipal, algumas porventura talvez necessitem da deliberação da assembleia
municipal. Veremos!
Depois falar sobre os números do apoio social neste momento, nas linhas de apoio social do
município, o município está em parceria a coordenar com as instituições, nós já tivemos até este
momento 324 solicitações para 485 temas, ou seja, 324 pessoas melhor dizendo para 485
questões que vieram a colocar. Também somava a este número de contactos ou de apoios se
quiserem as quase 3 mil refeições escolares que atribuímos este período integralmente custeadas
pela câmara municipal.
Dizer sobre a violência doméstica de facto, existe uma linha de violência doméstica, não é a linha
de apoio psicológico Voz do Amor é outra linha que é coordenada com a CRIAR-T que é quem tem
a resposta no município. Essa linha já existe, está divulgada nos canais municipais.
Sobre o abandono de animais também temos tido uma política de informação e de esclarecimento
e de dissuasão de possíveis abandonos de animais. Aliás, o ultimo Boletim Municipal temos se não
estou em erro uma informação em concreto sobre essa questão e sobre essa matéria.
Relativamente à REFOOD, eu próprio fiz aqui um pequeno contacto para perceber se tínhamos tido
algum contacto da REFOOD, e não tivemos. A REFOOD, contactou a Junta de Corroios e a Junta de
Corroios pediu à câmara e a câmara deu os materiais à Junta de Corroios que, por sua vez, os deu à
REFOOD,. Há aqui qualquer mal entendido, nós temos apoiado todas as instituições, aliás, eu já
agora gostava de dizer, só em numero de equipamentos de proteção individual novamente só para
termos essa noção, nós já atribuímos só para a área social 400 fatos, 4560 mascaras, 135 óculos,
12.100 luvas, 224 peseiras descartáveis, 200 toucas, 220 copos de sapatos e 500 aventais. Estamos
a ver que o município tem garantido às várias instituições sociais estes apoios e por isso, nenhuma
razão para não apoiarmos a REFOOD,. Aliás, como apoiámos e como eu já expliquei a Junta de
Corroios contactou-nos e nós demos à Junta de Corroios que por sua vez, terá dado à REFOOD, de
Corroios.
Depois sobre a questão dos contactos telefónicos, eu pedia ao sr. eleito Rui Belchior que pudesse
também aconselhar a pessoa a enviar-me um e-mail a explicar a situação, a fazer uma exposição
para nós percebermos o que é que não está a correr bem. É claro que neste período de transição
de um modelo de funcionamento para outro poderão sempre ocorrer aqui alguns problemas, nós
temos um outro canal que é o canal do e-mail, por isso Sr. eleito Rui Belchior eu pedia-lhe o favor

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que essa pessoa tem que ter resposta, se isso aconteceu é lamentável mas é importante que esse
alerta venha para que nós possamos corrigir essa situação.
Sobre a desinfeção, nós temos desinfetado praticamente todo o concelho com brigadas
especificas, também se há áreas que acham que não foram abrangidas por favor, comuniquem
porque muitas vezes essas áreas até já foram abrangidas, as pessoas é que não conhecem, porque
não conseguem estar 24 horas a olhar para a janela e ver no espaço publico o que está a
acontecer.
Sobre a taxa do IMI atenção que à câmara municipal e à assembleia municipal não nos compete na
fase onde estamos de alterar as taxas que tivemos o IMI porque já o fizemos em setembro de
2019, já deliberámos a taxa para este ano. Se houver uma decisão de redução do IMI ela terá que
ser uma decisão a nível nacional, nós não temos forma legal neste momento de fazer. A haver
alguma alteração do ponto de vista do imposto municipal sobre imóveis, ele terá que ser visto
naturalmente a nível nacional.
Sobre a questão das mascaras, saiu uma informação e não uma orientação da Direção Geral de
Saúde nesta 2.ª feira que aconselha, nem sequer é uma orientação volto a dizer, é uma informação
mas aconselha que em recintos fechados se utilize a mascara. Eu acabei de emitir um despacho
hoje de manhã onde vamos, quer nos serviços centrais da câmara municipal, quer nos serviços
operacionais da câmara municipal, vamos implementar duas medidas adicionais para a proteção
dos trabalhadores. A primeira é a medição da temperatura corporal à entrada dos serviços, quer
nos serviços operacionais, quer nos serviços centrais e também iremos distribuir para todas as
pessoas que estejam em espaço fechado, vamos distribuir uma mascara cirúrgica para ser utilizada
a partir da próxima segunda feira. Esta é uma medida que ainda não foi colocada pela Direção
Geral de Saúde em termos de toda a população. Acreditamos também que tal possa vir a
acontecer. É um grande investimento, podermos atribuir essas mascaras a toda a população é um
investimento na ordem de 1 milhão de euros, é isso que estamos a falar, para ter alguma
quantidade. Naturalmente que essa medida se for considerada importante para toda a população
iremos tomá-la, acredito que para uma parte da população mais vulnerável, mais idosa seja
prioritário podermos dar também esse apoio. Por isso, mas também dizer que os equipamentos
que temos e temos vindo a adquirir e vamos continuar a adquirir são prioritariamente e devem ser
prioritariamente para os trabalhadores da linha da frente: bombeiros, policias, médicos,
enfermeiros, trabalhadores das autarquias, área social, esses profissionais têm mesmo que usar os
equipamentos de proteção individual, para o resto da população, talvez se a DGS assim o
determinar e dentro depois de toda a população os mais necessitados. Quero dizer-vos também
porque se fala em preços que o menor preço que conseguimos, mais baixo de mascara cirúrgica
que é uma mascara mais adequada ao combate à covid, está na ordem dos 50 cêntimos, é a mais
barata que conseguimos, por isso estamos a ver que de facto, os preços, eu há dias ouvia num
órgão de comunicação social que em Macau uma pessoa compra uma mascara por cerca de 13
cêntimos, estamos a ver que existem aqui margens muito significativas que estão a ser apropriadas
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por vários canais, acredito que pelos produtores, pelos intermediários e por isso, também se
impunha que em Portugal se encarasse esta crise com uma oportunidade para resolvermos um
problema que é de facto, a nossa autonomia e a nossa soberania, não só do ponto de vista
alimentar, do ponto de vista tecnológico, mas também do ponto de vista da manufatura deste tipo
de equipamentos. Nós devíamos ter não só nos testes que podem ser perfeitamente feitos por
portugueses, podem ser perfeitamente feitos por um laboratório publico deveria existir em vez dos
privados e também este tipo de mascaras e outro tipo de epi´s deviam ser feitos pelas empresas
portuguesas, se calhar a custos não especulativos e com menos intermediários a ganhar margens
de certeza muito significativas. Portanto, isto para dizer que há todo um negócio montado em
torno deste processo e compete ao Estado e às entidades públicas protegerem as populações e
não permitir este tipo de especulação, coisa que ainda não se viu, por isso eu espero também que
da parte do Governo, não só o município claro, que há-de dar o seu contributo, mas que da parte
do Governo exista aqui limitação à especulação deste tipo de produtos, se de facto forem
necessários para que as populações possam dele necessitar e até possam ser as autoridades de
saúde a fornecer às pessoas que necessitem de forma gratuita esses equipamentos para que
possam fazer face a esta situação.
Gostava também de dizer que a questão dos bombeiros é uma preocupação, eu próprio visitei as
duas instituições dos bombeiros do concelho e aquilo que manifestaram foi uma grande quebra
relativamente às suas receitas ditas normais, por isso mais à frente iremos com certeza ter o
reflexo desta situação de crise no equilíbrio financeiro ou na gestão financeira dos bombeiros do
concelho, mas também muitas coletividades, também já nos abordaram e instituições culturais nos
abordaram no sentido de também terem dificuldades e por isso, estamos também a preparar um
conjunto de apoios para que a câmara municipal possa com a saúde financeira que ainda tem
poder ajudar a ultrapassar este momento de crise e mais à frente podermos então, beneficiar
depois com a retoma e podermos passar esta fase e não ter, digamos assim, associações e
instituições que colapsem devido a esta crise. A câmara municipal está atenta a estas situações e
iremos dar o nosso contributo.
Sobre as necessidades do concelho neste momento no combate à pandemia foi uma pergunta
colocada também por um eleito da assembleia municipal, dizer que neste momento a maior
necessidade prende-se com o rastreio nos lares de idosos, eu diria que conseguindo agora a
unidade de testes para a população do concelho, abriu com 30 testes diários, para a semana a
informação que tenho é que já poderá ampliar para 40 e possivelmente nas semanas seguintes, irá
também ampliar mas neste momento a nossa maior necessidade prende-se com a monitorização
dos lares de idosos, principalmente os dois maiores que eu referi que nos merecem toda a
preocupação, são cerca de 400 pessoas no total. É uma situação que se houver um infetado pode
ter aqui graves contornos do ponto de vista da vida das pessoas e de muitas outras. Por isso, temos
vindo a pedir ao Governo, às autoridades de saúde para que rastreiem com urgência os lares de
idosos do concelho pelo que também ontem pude fazer em direto ao Sr. Secretário de Estado

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Duarte Cordeiro, numa reunião da área metropolitana de Lisboa com o Sr. Secretário de Estado
como também acabei de fazer referência.
Ainda sobre outra intervenção, eu não o disse que as forças de segurança e que a segurança social
não estavam a trabalhar e que não estavam a funcionar, houve aqui um mal entendido com
certeza por parte de um dos srs. eleitos. O que eu referi é que existia uma certa descoordenação
em termos da nossa ação e por isso, o Presidente da Câmara só pode ter influência na
coordenação destas instituições que não dependem da câmara municipal, as forças de segurança
não dependem da câmara municipal, a segurança social não depende da câmara municipal, as
autoridades de saúde não dependem e a única forma de poder juntar estas pessoas é através da
ativação do plano municipal de emergência e foi isso que fizemos e foi nesse sentido que eu à
pouco disse que mais do que ter uma descoordenação que se estava a verificar no terreno da
parte das instituições, não falavam umas com as outras, nós criámos esse canal e esse espaço
comum através da comissão municipal de proteção civil que é uma consequência da ativação do
plano municipal de emergência, de facto estamos sentados semanalmente à mesma mesa,
estamos a trabalhar em conjunto, estamos solidários na ação como já perceberam e estamos
construtivamente a tentar dar a melhor resposta possível à população. Por isso, longe de mim dizer
que esta ou aquela entidade não estava a funcionar, eu não disse isso, o que eu disse foi que era
preciso haver maior coordenação e maior presença em termos no terreno algumas instituições,
coisa que neste momento está a acontecer com maior intensidade.
Depois, também dizer que o nosso objetivo não é que deixem de fazer testes noutros concelhos
não é nada disso, aliás onde o problema existe em maior escala deve ter um tratamento adequado
a esse efeito, não temos nenhuma duvida sobre isso. Agora, a população do concelho tem o
mesmo direito à saúde como têm outros concelhos e confiamos nas autoridades de saúde para
poderem redistribuir os recursos que existem. É verdade que o país tem poucos recursos, essa não
é responsabilidade da população do Seixal, é responsabilidade dos governos que não fizeram bem
o seu trabalho, por isso a nós não nos cabe estar satisfeitos com a ineficácia e com a
incompetência de outros, não! Cabe-nos sim defender primeiro as populações, se as populações
não estão protegidas, se não têm os testes devidos, cabe-nos colocar esta matéria como
necessidade e lutar para que ela venha a acontecer, por isso dizer que muito bem que se façam
todos os testes necessários no Porto, em S. João da Madeira, no Seixal ou em Cascais, agora o país
tem que ter esses testes e essa é uma responsabilidade dos governantes que não pode ser
menorizada, nem mitigada.
Sobre os gastos tidos pela câmara municipal neste momento no combate ao covid. Nós já vamos
praticamente a chegar a 1 milhão de euros com tudo aquilo que está a ser contratualizado,
apoiado, adquirido. Nós na próxima assembleia municipal que está agendada, na extraordinária da
revisão orçamental, nós vamos colocar 3 milhões de euros do orçamento para medidas de
combate à pandemia, serão 3 milhões de euros que vamos ter à nossa disposição. Felizmente,
graças aos bons resultados do município, podemos ter mais 3 milhões de euros em vez de irmos
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buscar ao orçamento atual 3 milhões de euros para esse efeito. É uma mais valia termos uma boa
gestão financeira e resultados que têm vindo a acontecer desde a nossa implementação do plano
consolidação orçamental, mas para dizer que vamos ter essa verba disponível, teremos que a
utilizar de acordo com aquilo que for a necessidade mais premente para o combate à pandemia.
Sr. Presidente da Assembleia Municipal, penso que terei respondido, eu diria ao grosso das
questões que foram colocadas, agradecendo uma vez mais todas as questões que foram elencadas
pelos srs. eleitos”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Obrigado Sr. Presidente da Câmara pelas
explicações detalhadas. Este período de informação creio que foi muito importante para todos em
termos do esclarecimento. Basta ver o tempo que utilizámos, cerca de 2 horas neste período e de
tal forma que o tempo utilizado pelos grupos municipais para perguntas superou os 46 minutos o
tempo que é o tempo da câmara, o Sr. Presidente da Câmara utilizou e muito bem o tempo e
portanto, tendo os grupos municipais, na generalidade de tempo há aqui a questão do CDS/PP que
tem 1 minuto, cerca de 1 minuto, todos os restantes têm tempo, eu creio que a forma de
funcionarmos neste segundo ponto é no sentido de que o Sr. Presidente da Câmara possa intervir
no tempo necessário para apresentação do relatório e para as respostas que em termos de debate
que tenham lugar. Creio que é a forma prática de podermos passar para o segundo ponto e
concretiza-lo. Diga? Diga?”
Samuel Cruz, do PS, disse: “Eu não percebi que as inscrições para o primeiro ponto estivessem
encerradas, eu queria intervir ainda no 1.º ponto”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Estão encerradas Samuel. Aliás, eu perguntei mais
que uma vez”.
Samuel Cruz, do PS, disse: “O Sr. Presidente da Câmara não respondeu a nenhuma pergunta que
eu lhe fiz!”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Eu quando dou a palavra ao Presidente da Câmara
é porque encerrámos o período de perguntas. Estas coisas da distância podem às tantas… “
Samuel Cruz, do PS, disse: “Ok, continuemos!”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Então, passamos para o segundo ponto que é o
relatório e contas de gerência. Tem a palavra o Sr. Presidente da Câmara para a apresentação”.
II. PERÍODO DA ORDEM DO DIA
II.1. Relatório de Atividades e Prestação de Contas do exercício de 2019. Aprovação.
(Documento anexo à ata com o número 1)
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Vamos apreciar um relatório e contas que teve uma
novidade pela primeira vez na história democrática do município do Seixal, a assembleia municipal
reprovou um orçamento que foi este de 2019 e por isso, dizer que deve estar sempre em cima da
mesa sobre qualquer análise, de facto este ano de 2019 foi um ano especial porque na verdade
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tivemos esta novidade de bloqueio durante 9 meses parte de forças da assembleia municipal que
não possibilitaram o orçamento aprovado, só a partir de setembro de 2019 é que houve esse
orçamento. Por isso, podemos dizer que pese embora os excelentes resultados alcançados com a
execução orçamental que eu já irei detalhar mas houve mais este obstáculo que tivemos que
ultrapassar mas em 2019 isso sucedeu e há que ter a consciência de quem aprecia este relatório,
de facto houve essa contrariedade para o executivo da câmara municipal.
Também uma nota, ainda relativamente àquilo que foi o intenso ano, quer do ponto de vista de
execução de intervenções de requalificação do espaço público, de pequenas e grandes obras mas
também o ano intenso em realizações com vários projetos de todas as áreas sectoriais o município
conseguiu dar uma boa resposta (impercetível) devemos ter uma ampla oferta cultural, desportiva
e social do município em 2019 conseguiu concretizar grandes iniciativas, grandes realizações a toda
a população. Eu diria que do ponto de vista do que são os números desta execução orçamental
que tivemos até vereadores na câmara municipal que a apelidaram de excelente, e eu não estou
aqui a dizer que fui eu que disse, mas vereadores de outras áreas políticas que não aquela que é a
minha que apelidaram de execução de excelente, nós conseguimos ultrapassar em 4% o
orçamento de receita, tivemos 104% de execução da receita e mesmo com a contrariedade de
termos um orçamento (impercetível), orçamento do ano anterior, a verdade é que conseguimos
executar 89% do orçamento de 2019, ou seja quase 90% de execução do orçamento de despesa
conseguimos um resultado positivo no exercício 17.4 milhões de euros, alcançámos um saldo de
gerência de mais de 20 milhões de euros e conseguimos também reduzir a nossa divida, se
retirarmos o empréstimo da aquisição dos serviços centrais da câmara, podemos dizer que toda a
nossa divida no final de 2019 era de 45 milhões de euros, se a compararmos com 2012 quando
aprovámos o plano de consolidação orçamental, nós nestes 7 anos reduzimos a nossa divida em 60
milhões de euros. Para dizer que o município também registou um aumento do investimento em
termos práticos, nós conseguimos desses mais de 80 milhões houve 31 milhões de euros que são
investimento efetivo, que pudemos destacar, 5 milhões e meio no abastecimento de água e
saneamento, 5 milhões na higiene urbana, 4 milhões e meio na cultura e deporto, 3,4 milhões de
euros na educação, 2,8 milhões nos transportes, mobilidades, vias e trânsito, 2 milhões de euros
no apoio às juntas de freguesia, 2 milhões aos bombeiros e proteção civil, nos parques, espaços
verdes, descarbonização 1,3 milhões, na habitação 1,6 milhões, na valorização de equipamentos
municipais 1,1 milhões, no apoio social 0,85 milhões e nas novas tecnologias 0,7 milhões de euros,
totaliza 81 milhões de euros, foi um ano de muita concretização e de muita realização do ponto de
vista daquilo que é o investimento.
Gostava ainda de deixar uma nota relativamente também aos trabalhadores da câmara municipal,
não só tivemos um ano com mais contratações de novos trabalhadores mas tivemos
essencialmente um ano onde conseguimos dar resposta a uma ambição justa dos trabalhadores
que era da valorização dos seus salários. Durante cerca de 10 anos, desde 2009 que estavam
congeladas as progressões na função publica, foram descongeladas em 2018 e também 2019 e o

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município com a conclusão do SIADAP e também com a aplicação da opção gestionária no valor de
1 milhão de euros a câmara municipal conseguiu fazer com que 1340 trabalhadores visem os seus
salários melhorados e também dizer que a opção gestionária foi apenas aplicada por seis câmaras
a nível nacional, sendo que a de maior dimensão foi o Seixal, por isso verificaram com certeza que
nos gastos com recursos humanos tivemos um aumento de 4 milhões de euros de gastos em 2019,
são 4 milhões de euros que os trabalhadores da câmara municipal levaram para as suas casas,
levaram para as suas famílias para poderem ter melhores condições de vida e isso é um avanço
civilizacional, um direito que conseguimos concretizar em 2019 perante um quadro muito difícil
como eu referi à pouco de reprovação de um orçamento, mas mesmo assim, ou seja também
nesta matéria não só no investimento da redução da divida, na melhoria dos indicadores
económicos em todos os fatores tivemos resultados positivos, mas também neste importante setor
que é de facto, de podermos atribuir esta valorização salarial aos trabalhadores da câmara
municipal. Já agora permitam-me só uma nota mais política de rodapé para dizer que passadas as
eleições para as legislativas a opção gestionária deixou de ser possível de aplicar em 2020. Não
percebemos porquê que o Governo em 2019 abriu essa possibilidade e em 2020 fechou-a, não
conseguimos compreender qual é que é a razão quando o município tinha no seu orçamento,
aprovámos no nosso orçamento para 2020, também 1 milhão de euros para a opção gestionária
agora não vamos conseguir aplicar em 2020 por decisão do Governo do PS.
Eu iria agora área a área destacar as principais concretizações, começaria no serviço público
mesmo no final do ano lançámos o concurso para a loja do cidadão do concelho do Seixal, após
mais um processo muito complicado, quase parece o hospital do Seixal, com as entidades públicas
para poderem fornecer os elementos que permitissem fechar a proposta para podermos avançar
para a fase de obra, o concurso foi deliberado na ultima reunião de câmara municipal de 2019,
também fizemos uma base da nova loja do munícipe de Fernão Ferro a ser construida no mercado
municipal de Fernão Ferro. Ainda implementámos, lançamos o concurso e concretizámo-lo para a
implementação do wifi em todos os equipamentos públicos, essa primeira fase já foi instalada em
fevereiro deste ano. Também prosseguimos o modelo do Fórum Seixal, um modelo de proximidade
e de participação da população com 24 sessões realizadas em 2019, reforçámos a parceria com as
juntas de freguesia para a construção de novos espaços, bem como diversas obras de proximidade,
a verba de 2 milhões de euros que eu à pouco referi foi transferências financeiras realizadas em
2019 para as juntas de freguesia e para além da parte relacionada com os trabalhadores, a
valorização dos salários que eu à pouco já fiz referência mas não fiz referência a uma questão
importante que foi a reestruturação orgânica, a câmara municipal a partir de 9 de setembro de
2019 conseguimos ter uma nova estrutura orgânica com maior capacidade de direção e
coordenação da parte do município com o objetivo de aumentar a eficácia do serviço público. Na
parte de desenvolvimento económico e emprego podemos dizer que também foi um ano
importante, o projeto da Hovione tem sido acompanhado no município, já deu entrada a alteração
ao loteamento para avançar-se com a parte de execução de infraestruturas do loteamento que a
Hovione para a instalação da sua fábrica. Portanto, estamos num excelente caminho para a
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concretização deste objetivo importante para o município, esperemos agora que esta situação de
crise não afete este calendário, também reforçámos a parceria com a confederação portuguesa
dos micro, pequenos e médios empresários, tendo realizado um seminário no município que foi
bastante importante, o mesmo com a Associação de Comércio, Industria do Distrito de Setúbal
com vários projetos, o Roteiro Entre Ruas, também os projetos relacionados com a gastronomia
como foi o Tour do Pitéu ou ainda o Fado Food Fest foram projetos realizados em parceria com
ACISDS
Gostava também de dizer que foi em 2019 que elaborámos a proposta de constituição do
conselho municipal de desenvolvimento económico e social, foi aprovado agora na câmara, vai ser
o conselho municipal muito importante para ouvir as várias instituições e personalidades do
concelho ligadas à área económica e social sobre as saídas para a crise será de facto um conselho
municipal muito importante na fase onde estamos. Também fizemos a revisão do projeto de
requalificação do mercado municipal da cruz de pau, após este equipamento o empreiteiro ter
abandonado esta obra e vamos lançar um novo concurso e ainda desenvolver os projetos base de
requalificação dos mercados municipais do Seixal, Torre da Marinha, Casal do Marco e Paio Pires.
Também dizer que relativamente à parte do turismo, viabilizámos a construção do Hotel Mundet
com a fase já avançada em termos de demolições que foi concluída. Também estamos a
desenvolver o estudo urbanístico para a zona do porto de recreio de Amora e unidades turísticas
que foi adjudicado em 2019, é um estudo que está a ser concretizado neste momento. Também
tivemos a desenvolver o procedimento de concurso para o porto de recreio e hotel do Seixal que
foi também idealizado e concretizado no ano de 2019, neste momento está em fase ultima, era
para ter sido apresentado na BTL que estava preparada, a iniciativa foi adiada e estamos a preparar
o processo para ser anunciado. Também os centros náuticos de Amora e Seixal, os projetos de
execução foram iniciados durante o ano de 2019, bem como um plano pormenor da ponta dos
corvos, o processo foi desenvolvido também para a sua adjudicação no ano de 2019.
Na área do planeamento e urbanismo também a questão da adaptação do Plano Diretor
Municipal, estamos a trabalhar nessa alteração por adaptação do Plano Diretor Municipal. Estamos
também a desenvolver os projetos de requalificação dos núcleos urbanos antigos. Portanto,
Arrentela foi concluído. Neste momento está a acontecer na Amora e depois segue-se Aldeia de
Paio Pires. Também demos um grande contributo, principalmente de apoio financeiro e em obra à
realização de infraestruturas em áreas de génese ilegal. Mais, em concreto na zona das Laranjeiras
e também do Pinhal do General e ainda conseguimos ter uma obra de adaptação da atual loja do
munícipe de Fernão Ferro para um objetivo que temos que é de constituir um gabinete técnico de
proximidade. A obra já foi concluída para podermos ter esse gabinete, falta agora concretizar, será
em 2020 o atendimento técnico urbanístico para a população da freguesia de Fernão Ferro.
Na área de educação foi também um ano produtivo, as obras da escola de Paio Pires e de Santo
António na Cruz de Pau continuam, iniciaram em 2019 e continuam em execução. Também
colocámos novos computadores nas escolas, para além do mobiliário e outro equipamento.
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Também fizemos várias obras de ampliação e de requalificação de espaços exteriores e espaços
interiores em numerosos edifícios. Fizemos também a substituição de coberturas em fibrocimento
que tinham partículas de amianto e ainda também lançámos o projeto para a Universidade Sénior,
para a construção do equipamento a Universidade Sénior será nas instalações do Grémio do
Fogueteiro que foram adquiridas pelo município em 2018. também fizemos obras de qualificação
no polo do conservatório de musica na Mundet, foram obras importantes e vamos também
continuar, temos outras obras agendadas também para este ano.
Na área da juventude, prosseguimos com o desenvolvimento do plano municipal de juventude,
também iniciámos uma proposta de programa de habitações a custos controlados para jovens do
concelho, para além de um conjunto de várias iniciativas direcionadas para os jovens que
concretizámos com sucesso durante o ano de 2019.
Na área da cultura e do património, merece o destaque os 45 anos do 25 de abril com um grande
espetáculo, foi pena o tempo não ter ajudado e tivemos que adiar, como se recordam, mas foi um
espetáculo único e extraordinário para comemorar os 45 anos de abril mas para além disso muitas
outras iniciativas culturais aconteceram, muitos outros projetos, por exemplo iniciámos a obra do
centro internacional de medalha contemporânea. Também fizemos uma adaptação ao parque
urbano do Miratejo em virtude das escavações arqueológicas que estão a acontecer. Também
investimos em vários equipamentos culturais do movimento associativo, para além de muitos
outros projetos culturais durante o ano de 2019.
Na área do desporto várias intervenções importantes, desde logo a conclusão do Estádio Municipal
do Bravo, também a conclusão/inauguração do Clube de Águias Unidas do Fanqueiro, a construção
da Piscina de Paio Pires, o apoio à construção do pavilhão desportivo da Mundet direcionado para
o hóquei em patins, o apoio ao pavilhão desportivo do Portugal Cultura e Recreio e também à
construção do pavilhão do complexo desportivo do Clube Associativo de Santa Marta do Pinhal
que também iniciou em 2019, isto também com o apoio à construção do centro de treinos do
Amora Futebol Clube que a câmara continua a apoiar e a financiar até à sua conclusão. Claro que
não mencionando muitos outros em investimentos que fizéssemos e que apoiámos em várias
coletividades do concelho.
Na área da saúde, uma nota para o acompanhamento do processo de hospital. Já agora permitam-
me só partilhar que é quase inacreditável mas recebi há poucas horas um e-mail da coordenadora
do concurso do hospital a dizer que o prazo é 30 de abril para nova reunião para a decisão, porque
a outra de fevereiro foi adiada porque um elemento do júri que é da ACSS não tinha tido tempo
durante tantos meses para apresentar a parte que lhe competia no concurso e agora parece que
ainda não fez isso, mesmo após a minha conversa com a Ministra da Saúde, mesmo após o oficio
que enviei para a Ministra da Saúde e para a ARS e para a ACSS, a resposta recebida da ACSS a
dizer que sim sr., muito bem, que iria ser feito, afinal parece que esse sr. ainda não entregou, é de
facto inacreditável, parece que é de propósito que o PS está a adiar a construção do hospital do
Seixal. É inacreditável. Para dizer que acompanhámos em 2019 este processo, tal como o inicio da
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construção do centro de saúde de Corroios que foi finalmente não havia dinheiro da ARS, a obra
está em construção, a câmara está a apoiar os arranjos exteriores e para além de outras áreas de
intervenção que estamos a coordenar a ARSLVT e tem feito, vou dizer assim um trabalho de
excelente articulação com a câmara municipal.
Também na área social tem aspetos importantes, antes de mais a finalização do projeto do novo
centro de dia do Casal do Marco, a ideia é que este ano a associação possa começar a desenvolver
essa obra. Também o compromisso da construção do novo Lar de Idosos de Fernão Ferro, o apoio
aos projetos de especialidades que foram concretizados em 2019 que foram concluídos o que
começou agora em fevereiro já este ano. Para além de várias intervenções e de apoios que fizemos
em vários instituições sociais do concelho, na Cercisa, Centro Comunitário Santa Marta de
Corroios, Liga Portuguesa contra o Cancro, várias instituições sociais que mereceram o apoio da
câmara municipal.
Na área da habitação, nós não conseguimos avançar no realojamento de Vale de Chicharos na
dimensão que queríamos fazer, na verdade com a subida de preços das habitações e com as
portarias que fixam os valores da habitação em valores muito distantes daquilo que são os valores
de mercado, tínhamos aqui uma diferença entre a comparticipação da câmara e do Estado que era
muito desigual. Portanto, tínhamos na altura 72 28%, isso era impossível a câmara avançar nessas
condições, após reunião com a Secretária de Estado, como já sabem, estamos a preparar o plano
municipal de habitação, com uma nova estratégia de habitação e que a seguir irá com certeza ser
equilibrada as prestações entre o Estado e o município e iremos avançar, a ideia é essa, é até final
deste ano conseguimos concretizar a segunda fase de realojamento de três edifícios. Portanto, 74
famílias, queremos avançar de forma decisiva agora nestes próximos meses. Também dizer que o
programa reabilite o seu prédio é um sucesso, foram quase 400 prédios já reabilitados no
município que mereceram o apoio da câmara municipal.
Na área do ambiente praticamente concluímos o parque urbano dos Almeirões, falta só o
lançamento da cafetaria ser concluída. O centro de ciência viva de interpretação ambiental da baía
do seixal tivemos um programa, estamos a tentar adquirir as 2 frações da marginal da Amora para
instalar este Centro de Ciência Viva. Também o projeto do parque da biodiversidade foi
reformulado para ser alvo de novo concurso, está neste momento em preparação. Inaugurámos a
horta urbana do Seixal 2019 e preparámos a implementação de mais duas hortas urbanas, uma na
Amora e outra em Corroios. A de Corroios irá avançar em primeiro lugar.
Também dizer que foi um ano onde desenvolvemos os inúmeros projetos do Laboratório Vivo para
a Descarbonização, concluímos a 1.ª fase do parque urbano do Seixal e também avançámos com as
obras de requalificação do jardim do Alto do Moinho e Quinta de S. Nicolau.
Na água, saneamento e resíduos foi a área onde mais investimos em 2019, a obra do centro
distribuidor de água de Fernão Ferro foi concluída do ponto de vista da sua execução,
continuamos a desenvolver obras de saneamento na Verdizela, instalámos novos sistemas de
recolha semi-enterrada por todo o concelho e também adquirimos um conjunto significativo de
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novas viaturas, de novos equipamentos para a área de higiene urbana no sentido de continuarmos
a melhorar e a mecanizar este setor.
Samuel Cruz, do PS, disse: “Presidente, peço desculpa é um ponto de ordem à Mesa. Há aqui um
problema com os tempos e tem que ser esclarecido”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Não interrompe, acaba a intervenção do Presidente
da Câmara e nós já falamos”.
Samuel Cruz, do PS, disse: “O tempo não pode acabar, é uma questão de tempo”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Está bem acaba e a gente já. Não interrompa”.
Samuel Cruz, do PS, disse: “Mas se não tem tempo, não pode falar, como é que agora vai acabar
primeiro?”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Já resolvemos isso!”.
Samuel Cruz, do PS, disse: “Já está interrompido resolve-se agora!”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Nós já resolvemos os tempos!
Samuel Cruz, do PS, disse: “Já está interrompido não há nenhuma razão para estar sempre a criar
regimes excecionais para a câmara!”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Não é regimes excecionais!”
Samuel Cruz, do PS, disse: “Temos que resolver!”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Oh Samuel, as perguntas foram mais que o tempo
total do Presidente da Câmara e na Assembleia da República o Primeiro Ministro tem tanto
tempo”
Samuel Cruz, do PS, disse: “O regimento não está alterado e não há aqui nenhuma analogia com a
Assembleia da República e não há nenhuma razão para isto continuar a acontecer, temos regras ou
não temos regras? As regras têm que ser iguais para todos. Nós temos regras acordadas há muito
tempo até aprovadas na assembleia municipal estão em vigor e temos que cumprir as regras que
estão acordadas entre nós, aprovadas na assembleia e (impercetível)”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Você era o primeiro a cumprir o bom senso, e
todos, nas perguntas ao Presidente da Câmara e não falavam mais! ”
Samuel Cruz, do PS, disse: “Isso é um problema da mesa, eu disse na reunião de lideres que tinha
que haver uma comissão, não percebo porquê que a comissão não foi feita, agora não podem …”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Desculpe lá! O Sr. para já não tinha que estar a
interromper, porque ninguém interrompeu a intervenção de ninguém!”.
Samuel Cruz, do PS, disse: “O ponto de ordem interrompe! As nossas regras regimentais não
foram suspensas, o ponto de ordem interrompe a intervenção. O ponto de ordem tem a ver com a
maneira como a assembleia está a ser dirigida. A assembleia tem um regimento. O regimento
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aprovado por todos em assembleia municipal prevê a contagem dos tempos para a câmara e para
os grupos municipais. O Sr. Presidente nunca se mostrou flexível em relação à contagem do
tempos do grupo municipal do PS, já tivemos várias vezes esta discussão nas ultimas assembleias
municipais e portanto, agora tem que fazer cumprir o exemplo, isto é tão simples quanto isto a
mesa não pode ter dois pesos e duas medidas, a mesa tem que fazer cumprir o regimento”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Sr. Presidente conclua lá e nós já tratamos desta
matéria. Está feito o ponto de ordem. Faz favor de concluir Sr. Presidente!”.
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Na parte de mobilidade e transportes dizer que
adjudicámos em 2019 o plano de mobilidade e transportes do concelho do Seixal, implementámos
zonas de estacionamento condicionado, também o plano municipal de pavimentações teve grande
intervenção em todo o território e também avançámos para o pagamento do novo modelo de
passe social e ainda tivemos condições de preparar com a AML o novo concurso de transporte
coletivo rodoviário que estando concluindo em 2021, como se espera irá aumentar em 60% a
oferta de transporte público do concelho do Seixal. As forças humanitárias de segurança só para
relembrar que com o apoio do município conseguimos finalizar dois quartéis de bombeiros em
2019, quartel de bombeiros de Amora e o quartel de bombeiros em Fernão Ferro, ainda
reforçámos a capacidade operacional da nossa proteção civil, também ampliámos as atuais
instalações do centro de recolha oficial de animais de companhia que neste momento está
também a ser requalificado, está com obras de requalificação, fizemos o primeiro parque para
canídeos, ainda conseguimos concretizar a primeira festa do bem estar animal foi também em
2019 graças a um trabalho muito positivo que temos vindo a concretizar também nesta área.
Sr. Presidente da Assembleia, srs eleitos como eu referi mesmo perante a contrariedade de várias
forças políticas não terem permitido que o município pudesse dispor durante 9 meses de um
orçamento, a verdade é que com estes dados 64% são da execução da receita, 89% de execução
da despesa, 17.4 milhões de euros de saldo positivo, mais de 20 milhões de euros de saldo de
gerência, redução da divida do município a níveis considerados históricos, foi um excelente
resultado fruto do trabalho, não foi com certeza o Presidente da Câmara, mas foi com certeza de
todas os trabalhadores da câmara municipal, todos os parceiros e claro, todos aqueles que de
facto, contribuem para que o nosso município continue a ser um farol daquilo que é o Poder Local
em Portugal”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Obrigado Sr. Presidente da Câmara. Efetivamente a
câmara ultrapassou o tempo, não tenho aqui nesta altura, a 2.ª secretária vai-me enviar mas
ultrapassou o tempo em cerca de 30 minutos. Nós estamos aqui perante um problema que já se
colocou na assembleia anterior e em outras, onde no período de informações, na assembleia
anterior já tinha sido uma situação idêntica e as intervenções dos grupos municipais, os tempos
gastos pelos grupos municipais ultrapassou o tempo total do Presidente da Câmara no período da
ordem do dia da sessão ordinária. Esta questão vamos ter que a resolver, já vimos que sim, que
estamos de acordo em relação a isso. Aliás, na próxima conferência de líderes é uma matéria que
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temos que em definitivo assentar. É evidente que aqui eu fiz a referencia à Assembleia da
República apenas como referência do que é um quadro de funcionamento de gestão de tempos
adequado, é que o exemplo da Assembleia da República, o Governo pergunta à pergunta de cada
grupo parlamentar tem o mesmo tempo de resposta que o grupo parlamentar tem de intervenção.
Aqui as intervenções, repito utilizaram o tempo, não é que as questões não tivessem sido
pertinentes, foram todas com certeza e naturalmente aquelas que acharam adequadas, e eu
considero que este período que demorou duas horas foi importante para todos e só isso já era
uma justificação da realização da assembleia. Portanto, a informação por parte da câmara e do Sr.
Presidente da Câmara e as questões que os grupos municipais entenderam colocar e os
esclarecimentos. Perante isto, a solução que proponho é que para o 2.º ponto, o tempo utilizado
pela câmara, estes 30 minutos, agora precisaremos exatamente o tempo, mais o tempo que vai
utilizar, eu já confirmo isso com o Sr. Presidente da câmara também depende das questões
obviamente, seja distribuído pelos grupos municipais de forma proporcional à sua representação,
creio que é a solução de forma prática, ou seja, o tempo que o Presidente da Câmara utilizou e vai
utilizar é distribuído proporcionalmente por todos os grupos municipais e assim, resolvemos a
questão que encontraremos uma solução adequada, esta não é adequada, como já vimos, numa
próxima reunião desta forma onde se gasta o tempo todo do Presidente da Câmara em perguntas
equivalente ao do Presidente da Câmara assim, naturalmente que o Presidente da Câmara
necessita do tempo suficiente para responder às questões que lhe são solicitadas.
O Presidente da Assembleia Municipal: André Nunes faz favor”.
André Nunes, do PAN, disse: “Sr. Presidente é só para manifestar a minha oposição a essa solução
porque não foi isso que ficou decidido”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Não está de acordo é?”.
André Nunes, do PAN, disse: “Devíamos estar a iniciar a segunda sessão e ainda nem sequer
acabámos a primeira, eu oponho-me a essa solução”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Eu vou dar uma volta pelos líderes, Paulo Silva”.
Paulo Silva, da CDU, disse: “Eu concordo com a solução”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Samuel Cruz”.
Samuel Cruz, do PS, disse: “Há aqui duas questões: Uma, já disse várias vezes, não pode ter dois
pesos e duas medidas, nas ultimas assembleias municipal eu pedi uma gestão equitativa no meu
caso para falar e portanto, algo que fosse proporcional à exceção que tinha sido dado ao Sr.
Presidente da Câmara e a posição do Presidente da mesa foi há um regimento, não fala mais! Em
relação ao Bruno Barata não lhe foi dado, sequer um segundo a mais, interrompeu a intervenção
ao segundo, é verdade foi na última, não o deixou intervir mais. Portanto, nós temos regras, as
regras estão em vigor, o Sr. Presidente da Câmara e cada um tem que gerir o seu tempo, eu
também gostava de falar muito mais mas tenho que me cingir ao meu tempo e o Sr. Presidente da
Câmara aqui tem a mesma legitimidade e a mesma dignidade do que todos nós que fomos eleitos,
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com todo o respeito que o cargo merece. Já falou mais meia hora o que não é dada de especial do
que aquilo que lhe cabe e que acordamos entre nós, esta não é uma matéria que seja decidida por
maioria, é uma matéria regimental oponho-me e portanto não há qualquer e outra oposição sem
ser eu, e não há qualquer hipótese que a palavra volte a ser dada ao Sr. Presidente da Câmara
nesta assembleia municipal”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Sempre um contributo positivo para resolver e para
andar para a frente, é ao nível do que a gente conhece”.
Samuel Cruz, do PS, disse: “Escusa de ser inconveniente”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Rui Belchior”.
Rui Belchior, do PSD, disse: “Eu como sabem a questão fundamental para mim é sempre e tenho
defendido isto noutras ocasiões, não vou hoje dizer coisa diferente. A questão das perguntas, se as
fazemos queremos obter resposta, mas podemos também apelar à capacidade de maior síntese,
por exemplo agora nesta fase o Presidente e eu compreendo que queira explanar a questão do
relatório e contas mas podia ter sido um bocadinho mais sintético, sobe pena de eternizarmos isto
pela noite dentro e nem conseguirmos jantar e por aí fora. Eu alias, até temo que isso possa
acontecer porque ainda estamos longe de fechar esta e ainda falta a outra, mas portanto face à
oposição do Samuel e do André também parece quanto a nós que a nossa posição também passa a
ser irrelevante, não vale a pena dizer mais nada”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Vítor Cavalinhos”.
Vítor Cavalinhos, do BE, disse: “A primeira nota é que antes de ontem, nem sequer foi assim há
muito tempo, eu propus que nós dificilmente tínhamos condições para fazer as duas assembleias
num dia e até propus que a segunda assembleia que estava prevista nós a fizéssemos, e até ainda
propôs mais, e essa proposta ficou pelo caminho para que repensássemos o modelo e fizéssemos
um consenso aqui estamos nós a realizar, é só para repor a história porque nem todos os membros
da assembleia municipal sabem disso. Agora aqui chegados, eu não estou de acordo com essa
situação que se faça uma assembleia municipal e agora o Presidente da Câmara não discutiu o
relatório e as contas e depois é a revisão orçamental e pela proposta do Samuel Cruz o Presidente
da Câmara não pode falar mais, não faz sentido. O problema é este não faz sentido, nós devemos
arranjar aqui um incidente parlamentar para demorarmos até à hora de jantar e depois jantamos
todos e resolvemos o problema a seguir. Nós estamos a querer forçar a barra, essa discussão nunca
mais a acabámos, temos que resolver o problema do regimento, é evidente que o Presidente da
Câmara deveria ter sido mais sucinto na apresentação do relatório de atividades, está lá tudo
escrito independentemente, mesmo assim não está lá tudo escrito, ele acrescentou mais do que o
que lá estava mas o facto, é que agora vamos discutir o relatório vão-se colocar questões ou então
não se coloca questão nenhuma, os partidos vão ter uma intervenção sobre o relatório que é
evidente a não ser previsivelmente só a bancada da CDU é que coincidirá com a apreciação do Sr.
Presidente.

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As outras forças políticas o mais certo discordarão de muitos ou de poucos aspetos e depois ainda
temos o outro ponto que é a revisão orçamental, numa situação destas corta-se o piu ao
Presidente que deveria ter poupado no sentido de ter tempo, é verdade, corta-se o piu ao
Presidente eu acho que isto não faz muito sentido é uma coisa pouco razoável com uma discussão
desta importância. Apelo a que nós tenhamos a razoabilidade de apreciar esta situação, não
deixando de fazer uma critica à gestão também do tempo do Sr. Presidente, é evidente que no
período das perguntas, nas questões da atividade municipal, os eleitos da assembleia municipal
fizeram perguntas e obrigatoriamente que têm direito a uma resposta, senão não se fazem
perguntas para não serem respondidas. Sugeria que nós tivéssemos bom senso e que
acabássemos estas assembleias municipais nas melhores condições possíveis, mas é evidente que
não deixando de dar a possibilidade ao Sr. Presidente no mínimo responder às questões que lhe
vamos colocar”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “João Rebelo”.
João Rebelo, do CDS/PP, disse: “No primeiro ponto do trabalho que nós tivemos seria natural o
Presidente da Câmara responder a todas as perguntas e ter o tempo para isso, neste segundo
ponto foi (impercetível) o esgotamento desse mesmo tempo que já aqui pelo bate papo que íamos
tendo o que eu estou a ver aqui o Paulo Silva estava-se a referir quando é a questão das perguntas
o tempo não existe. Não, este é um ponto que sim, estavam definidos os tempos, temos aqui um
problema para corrigir. Eu também só tinha um minuto agora, eu tinha preparado uma intervenção
de um minuto, era isso que eu me estava a preparar para fazer. Não havendo consenso,
sistematicamente esta questão é colocada ainda tem dois anos e meio de assembleia municipal e
ainda não chegámos a consenso sobre estas questões de tempo, eu acho difícil aderir a essa
proposta do Sr. Presidente. O que eu sugiro é o seguinte: as pessoas e contra mim falo que só
tenho um minuto, as pessoas ficam sujeitas ao tempo que têm neste momento, a minha
intervenção não vou colocar perguntas nenhumas ao Sr. Presidente, o relatório está como está
com 1200 páginas, está claro e as pessoas têm o direito de emitir a sua opinião e as perguntas
eram para primeira fase como nós fizemos e a maioria delas o Sr. Presidente respondeu às que eu
tinha colocado.
Nesta questão o que eu sugiro é uma coisa diferente, vamos todos fazer a nossa intervenção e à
partidos que têm a possibilidade de fazer várias intervenções, o PS e a CDU têm a possibilidade de
várias pessoas a intervirem e depois dar no fim ao Sr. Presidente 8/10 minutos para uma
intervenção final sobre esta questão, é isto que eu sugiro para não estendermos ainda mais este
tempo porque de facto, já são 17:45 e nem sequer entrámos na segunda assembleia municipal, ou
então o que eu sugiro é adiar a segunda assembleia municipal para a semana e terminávamos com
os tempos mais alargados para toda a gente”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Eu apelo a que se encontre aqui um entendimento
razoável para podermos prosseguir e com a importância desta matéria e fecharmos esta sessão da
assembleia municipal. Depois iremos ponderar face ao termino desta assembleia em relação à
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sessão que entretanto estava agendada para as 17:30, para a segunda sessão da assembleia
municipal. Esta intervenção do João Rebelo parece-me que responde no fundo a este objetivo de
com sensatez prosseguir a assembleia e concluir a assembleia e ter um tempo de intervenção do
Presidente da Câmara que permita responder às questões que forem colocadas de uma forma
razoável porque eu repito e parece que esta questão nem todos a consideraram, como devia ser
considerada na minha opinião, é que o tempo gasto pelas intervenções dos grupos municipais no
período de informações foi superior à totalidade do tempo do Presidente da Câmara para o
período da sessão ordinária porque isto não há distribuição por pontos, ou seja só no primeiro
ponto claro a importância das matérias não é isso que está em questão e face a isso que apelo a
que haja aqui uma solução razoável e de bom senso, senão não saímos disto, ou seja o Presidente
utilizou o tempo necessário que até foi inferior ao tempo que os grupos municipais utilizaram logo
no primeiro ponto, essa é a questão e naturalmente que tinha que apresentar o relatório, mas
depois a consideração que era mais ou menos tempo apresentou no tempo que considerou
adequado. Estamos a falar de um instrumento de enorme importância que tinha que ser
apresentado. Vamos lá ver se temos aqui uma solução razoável que é isso que importa e o apelo é
a questão que coloco a todos. Há mais pedidos, mas tínhamos que fechar isto. Pediu o Samuel
Cruz, faz favor”.
Samuel Cruz, do PS, disse: “Para dizer que mantenho a minha, não tem havido qualquer tipo de
flexibilidade da mesa em relação ao Partido Socialista”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Você está a centrar isto no Partido Socialista?”
Samuel Cruz, do PS, disse: “Peço que não me interrompa, deu-me a palavra”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Com certeza!”
Samuel Cruz, do PS, disse: “O regimento é para cumprir tem sido sempre essa a interpretação da
mesa, as intervenções têm todas a mesma importância mas o Sr. Presidente da mesa considera
uma mais importantes do que outras, mas para nós têm todas a mesma importância, mantemos a
mesma posição e como já lhe disse eu acho muito bem o seu apelo ao bom senso, mas é pena que
não apele ao bom senso quando é para ouvir a opinião do Partido Socialista e portanto, não pode
haver só bom senso quando o Partido Socialista não tem tempo existem regras, quando o
Presidente da Câmara não tem tempo apela-se ao bom senso, não concordamos, não cedemos, a
assembleia só deve continuar sem tempo da câmara, isto não é negociável. Isto aqui não está na
disposição da mesa, na disposição dos lideres, desde que exista aqui oposição e existe”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Eu não tenho o seu entendimento até mesmo em
relação se houver aqui o entendimento maioritário em relação ao funcionamento da assembleia e
a assembleia funciona assim. Não é o Samuel que decide por si sozinho o funcionamento da
assembleia que fique claro”.
Samuel Cruz, do PS, disse: “Continuarão sozinhos, o Partido Socialista ausenta-se”.

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O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Claro, já sabemos que essa chantagem que
normalmente faz. Estamos habituados a isso! André Nunes”.
André Nunes, do PAN, disse: “O Rui Belchior está primeiro, Sr. Presidente!
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Peço desculpa, André e peço desculpa ao Rui”.
Rui Belchior, do PSD, disse: “Eu estava a ouvir atentamente e ouvi como todos, nós concordamos
com a posição que defendeu o João Rebelo desde que fique já estabelecido que um limite máximo,
ou seja de duração desta assembleia equacionando assim desde logo o adiamento da segunda e
portanto, nessa medida concordamos com a proposta que o João Rebelo apresentou”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Agora é que é o André”.
André Nunes, do PAN, disse: “Sr. Presidente só para dizer que eu cedo na minha posição se, a
segunda sessão também for adiada, e isto é muito fácil, ou seja, não é estar a criar entropias
porque tenho compromissos durante o dia de amanhã que ainda não preparei ainda que por
videoconferência, portanto a má gestão que foi feita em termos de tempos e de previsão destas
duas sessões já se sabia que era inexequível e veio-se a confirmar e portanto, eu acho que essa
questão devia ter sido acautelada e não pode estar a incidir sobre os mesmos de sempre, neste
caso com prejuízo próprio para mim. A minha posição é essa Sr. Presidente, eu cedo em relação ao
tempo do Presidente da Câmara nesta primeira sessão, se não houver e só nesse pressuposto se
não houver a segunda sessão da assembleia”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Paulo Silva se faz favor”.
Paulo Silva, da CDU, disse: “Concordo com a posição do eleito João Rebelo”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Estão colocadas as posições, interrompemos cinco
minutos”.
Interrupção.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Estamos todos em sintonia? Estes mais de cinco
minutos só para fazermos aqui um ponto de situação, duas questões: Uma, o prosseguimento
desta sessão, tendo em conta a questão colocada dos tempos, há aqui um conjunto de opiniões
até a partir da proposta do João Rebelo, nós tínhamos feito uma que era distribuir
proporcionalmente os tempos. O João rebelo colocou uma proposta que é prosseguir com os
tempos e inclusivamente no caso dele já tem pouco tempo e os tempos dos grupos municipais que
têm para utilizar e com uma intervenção final do Sr. Presidente da Câmara com um tempo
suficiente para que possa fazer uma intervenção final, eu falei com o Sr. Presidente da Câmara, o
Sr. Presidente aponta na ordem dos 10 minutos e portanto, isso vai-nos permitir prosseguir esta
sessão da assembleia municipal. Esta é a primeira questão. Portanto, era nesse sentido que eu
pedia a todos os lideres. Aliás, eu diria que à exceção do PS Samuel Cruz este era um
entendimento que parece que é solução, foi no quadro das intervenções de cada um, e em relação
à segunda sessão quer em termos de horários estava para as 17:30 e dizer que é evidente que nós
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estamos numa situação não completamente nova, mesmo em relação às questões técnicas ,
demorámos aqui bastante tempo para reunir as condições para o inicio da sessão, estamos
também aqui a aprender numa situação excecional e de facto, em concreto o que se viu é que este
horário é um horário que não foi suficiente, teremos isso em conta em próximas situações, nesse
quadro a segunda sessão da assembleia municipal que estava para as 17:30 é evidente que está a
prejudicada e não há condições para a fazer porque prosseguindo a assembleia, concluindo esta
sessão são 18 horas e não há condições para a realização da segunda. Em relação a esta questão
do adiamento da segunda sessão da assembleia e a proposta que fazemos é que ela tenha lugar na
2.ª feira, às 20 horas, fica já a proposta, até para que não haja aqui questões que se possam
levantar em relação aos horários ou melhor à atividade de cada um, independentemente do que
esteja a fazer, a constrangimentos em relação a isso e portanto, realizamos a 2.ª sessão, ou seja a
1.ª Sessão Extraordinária na 2.ª feira, às 20 horas, mas vamos ver se esta solução de 2.ª feira não
tem dificuldades para todos senão ajustaremos, esta é uma proposta.
Ah, não estava o Samuel. Então, para prosseguirmos esta assembleia o que entendemos como
solução razoável face a uma matéria dos tempos que nós temos que rapidamente decidir. Aliás,
fica já a questão colocada a reunião de lideres que está marcada para 5.ª feira, para a próxima
semana, próxima 5.ª feira às 18 horas, este é o primeiro ponto, nós temos que fechar
definitivamente esta questão, assentar definitivamente esta questão porque está nos a causar
dificuldades de funcionamento e não pode ser. Portanto, a questão é evidente que todos têm que
ter condições, a assembleia municipal funciona com a câmara, o executivo municipal e os grupos
municipais claro que sim, mas neste modelo estamos a ter este tipo de problemas, este tipo de
dificuldades e é preciso reunir as condições para todos e naturalmente, para a câmara e para o
Presidente da Câmara para poder responder às questões que lhe são colocadas, isso é do interesse
evidentemente da própria assembleia municipal, mas para prosseguirmos a assembleia municipal
a partir até da proposta, eu tinha feito uma proposta para distribuição de tempos, mas o João
Rebelo colocou uma proposta para que se prossiga a assembleia com os tempos dos grupos
municipais e até no caso dele que já tem pouco tempo, mas ele aceita isso e uma intervenção do
Presidente da Cãmara como não pode deixar de ser, eu falei com o Sr. Presidente e o Sr. Presidente
transmitiu-me que 10 minutos é o tempo que de uma forma sintética mínimo para que possa
intervir e isto que merece pela leitura que fizemos nas intervenções o acordo de todos os grupos
municipais, ligando depois à 2.ª sessão da assembleia municipal, à solução para a sessão seguinte
da assembleia, à exceção do PS, do Samuel Cruz, que eu queria novamente ouvir para ver se desta
maneira podemos fechar de uma forma razoável e com bom senso e de forma construtiva esta
sessão da assembleia municipal, sendo que fica prejudicada é necessário adiar a 2.ª sessão da
assembleia, ou melhor a 1.ª sessão extraordinária da assembleia que estava agendada para as
17:30 e a experiência que tivemos deste modelo, que tem muitas questões técnicas que agora
também todos estamos a aprender é que precisávamos de mais tempo, é verdade e daí a solução
ser adiar a 1.ª sessão extraordinária e a proposta para a realização é 2.ª feira, às 20 horas. Foi isto
que eu tinha transmitido e que o Samuel não estava nessa altura ainda ligado com o computador.
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2.ª Sessão Ordinária – 17 de abril de 2020
Alguma intervenção neste sentido? Samuel antes de mais, mas outros que entenderem e
fechamos de forma breve para prosseguirmos a assembleia e queria também que se
pronunciassem sobre o adiamento e a realização na 2.ª feira da 1.ª sessão extraordinária. Paulo
Silva! Damos uma volta por todos”.
Paulo Silva, da CDU, disse: “Concordo com a metodologia proposta e com a realização na 2.ª feira”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Samuel Cruz”.
Samuel Cruz, do PS, disse: “O que tinha a dizer já foi expresso em relação a esta assembleia
continuaremos em protesto e em silêncio, não estão reunidas as mínimas condições de equidade,
nem de imparcialidade. Em relação à próxima achamos que deve acontecer apenas depois da
realização de uma conferência de líderes e parafraseando o Presidente da Assembleia, não há
feriados, nem fins de semana, pode acontecer durante o fim de semana ou senão aconteceu terá
que acontecer a assembleia municipal posteriormente para ver se nos entendemos minimamente
em relação a tudo isto”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Oh Samuel mas essa questão em relação à próxima
sessão não há período sequer de informações, portanto isto tem se colocado sempre, tal como
hoje no ponto de informações da câmara e de perguntas e naturalmente, o tempo necessário para
as respostas, nunca se colocou, creio que a minha memória sobre esta matéria é objetiva, em mais
nenhuma circunstância que não fosse essa e essa está agendada para a conferencia de lideres de
5.ª feira, se nós entramos agora aqui numa, há um ditado popular que diz isso: se não é de uma
forma é de outra, então, assim é mais difícil”.
Samuel Cruz, do PS, disse: “Não foi seguramente porque se fizer referência às intervenções nas
questões não foi seguramente pelo PS que está reduzido desta vez a duas intervenções e devo
dizer que o Presidente da Câmara não respondeu a nenhuma das perguntas que a gente lhe fez”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Oh Samuel para não continuarmos aqui em diálogo
mas eu não disse que não foi por causa do PS, ninguém disse isso! Eu disse que foi o conjunto,
vamos lá ver para que não se coloque esta questão do PS parece que há aqui um diferente
entendimento com o PS, não é nada disso. Eu não disse que foi o PS que fique claro!”
Samuel Cruz, do PS, disse: “Eu não falarei mais em toda esta assembleia, registarei o meu sentido
de voto por escrito em declaração de voto, façam como entenderem”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Rui Belchior”.
Rui Belchior, do PSD, disse: “Nós mantemos aquilo que já tínhamos dito à pouco havendo
adiamento concordamos com a metodologia também que foi indicada. Aliás, consideramos que os
10 minutos agora atribuídos à câmara também não é nenhum exagero e eu até gostava de apelar
mesmo por aqui ao Samuel que não quero entrar em paternalismos, nem em conselhos,
naturalmente que o PS sabe o que há-de fazer mas apelava em nome da realização da

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concretização plena desta assembleia que o PS condescendesse, tendo em conta também a
opinião de todos os outros”.
Samuel Cruz, do PS, disse: “O PS condescende sempre!”
Rui Belchior, do PSD, disse: “Somos favoráveis a que se prosseguia neste modelo,
independentemente das razões que o PS e o Samuel possa ter, eu creio que podia haver essa
condescendência”.
Samuel Cruz, do PS, disse: “Eu já disse continuem, nós não falamos”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Vítor Cavalinhos”.
Vítor Cavalinhos, do BE, disse: “Nós estamos de acordo com a sugestão e com a proposta do João
Rebelo e que se faça a assembleia e que termine por hoje e também estou de acordo com a
metodologia proposta e com a 2.ª feira, às 20 horas fazer-se a primeira extraordinária. Acho que
não precisa de fazer nenhuma reunião de lideres, a gente via fazer reunião de lideres 5.ª feira e
acertaremos. A reunião de lideres não vai decidir nada, nem alterar nada do caráter de uma
assembleia extraordinária. Estamos de acordo com o modelo proposto”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “André Nunes”.
André Nunes, do PAN, disse: “Também estamos de acordo com esses moldes”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “João Rebelo”.
João Rebelo, do CDS/PP, disse: “Eu concordo Sr. Presidente com a metodologia proposta”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Carlos Reis”.
Carlos Reis, disse: “É igual Sr. Presidente”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Então, sendo assim vamos prosseguir e eu diria
uma pequena nota dirigida ao Samuel e ao PS, é importante a participação do PS, portanto eu
espero que o Samuel se inscreva e intervenha agora no debate. Quem é que pretende intervir? “
Samuel Cruz, do PS, disse: “O PS deixará a sua posição registada em ata sobre a forma escrita, na
forma oral não estão reunidas as condições para que isso aconteça”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Não posso fazer mais que isto. Quem é que
pretende intervir?
Samuel Cruz, do PS, disse: “Poder podia na condução!”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Quem é que pretende intervir? Tem a palavra o
André Nunes”.
André Nunes, do PAN, disse: “Vou tentar ser telegráfico em relação a este ponto, não surpreende
é mais um relatório de atividades e prestação de contas à semelhança dos anteriores centrado de
alguma forma numa auto desresponsabilização e na culpabilização de terceiros. É mais um
relatório de atividades e prestação de contas que exige mais aos outros que exige a si mesmo, e
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aquilo que me parece impressionante é como é que ano após ano são sempre as mesmas
desculpas, é o desenvolvimento de estudos, é a execução de projetos, é a elaboração de
propostas, é a preparação de obras, ou seja é tudo menos a concretização das promessas e que
algumas já têm vários anos. Este ano há uma inovação no argumentário do Sr. Presidente, é o
argumento do chumbo do orçamento, como se tivesse sido esse facto determinante para a não
concretização dessas tais promessas que já têm vários anos.
O que eu gostava de perguntar ao Sr. Presidente é se também foi o chumbo do orçamento
responsável pelo que se passa por exemplo no mercado da Cruz de Pau ou se também foi o
chumbo do orçamento responsável pela não divulgação no 1.º trimestre de 2019 que era aquilo
que tinha sido definido dos estudos sobre a poluição industrial na Aldeia de Paio Pires ou se
também foi o chumbo do orçamento responsável pelas descargas na baía ou se foi o responsável
pela não alteração no PDM, ou seja todos nós sabemos que não e na nossa forma de ver só
mesmo por obsessão e por manifesta desconsideração do papel de fiscalização da Assembleia
Municipal é que se pode vir achar e culpabilizar esta por cumprir o seu papel de fiscalização. Dito
isto, nós consideramos que é desonesto este comentário e é ainda mais depois de termos visto o
Sr. Presidente andar a apregoar aos sete ventos a boa saúde financeira do município. Pois bem, a
urgência com que hoje se vai, hoje neste caso segunda feira, se procederá à revisão das GOP´s
aliada a uma existente renovação de promessas e à repetitória acusação a governos e oposição
municipal demonstram que este argumentário, que é vendido pela câmara, tem pouca
correspondência com a realidade”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Tem a palavra o Rui Belchior”.
Rui Belchior, do PSD, disse: “Como é público o PSD votou contra o orçamento de 2019. Este
relatório e contas sem querer estar com respostas a quem quer que seja é composto por 1218
páginas, sendo certo que ainda hoje ao meio dia e meia, isto não pretende configurar nenhuma
critica, ainda nos chegou o relatório do revisor oficial de contas. Nesse sentido, voltamos a
lamentar, apesar do que foi dito à pouco, a não realização da comissão teria sido essencial para
esclarecer alguns dos aspetos que nós pretendíamos ver esclarecidos, independentemente de nós
termos concordado com a realização da assembleia porque não quisemos obstaculizar mas há
medida que fomos estudando o documento fomos percebendo que ela teria sido essencial como é
sempre, noutras ocasiões para esclarecer e tirar dúvidas.
Na nossa opinião o relatório de contas é mais do mesmo de sempre. É muito do vamos fazer e é
mais do pouco que fizemos, na nossa opinião. Apesar daquilo que o Sr. Presidente aqui disse,
muitos dos projetos que elencou ainda estão na tal fase de desenvolvimento, do concurso, do
lançamento etc. E nós PSD já em várias ocasiões temos criticado esta forma de explanar as coisas
porque quem lê este documento considera que está tudo em velocidade de concretização quase
imediata e não consegue sequer perceber, isto para o vulgar cidadão, que são promessas de há
anos e anos a fio que nunca são concretizados. Este ano, ainda regista uma novidade que é apesar
de estarmos face a um relatório relativo a 2019 no introito já fala nesta questão do covid 2019 e
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com a pandemia, já de algum modo a justificar algumas das coisas que poderão ser feitas ou não
ser feitas. Esta é uma novidade que compreendemos mas que não contávamos ver no relatório
2019.
Depois a velha reclamação, digamos assim, em relação aos sucessivos governos, nalguns aspetos
com razão como é evidente. Recorde-se a questão do hospital que é uma promessa que tem sido
reiteradamente feita, sobretudo pelo PS, é verdade, o lançamento da primeira pedra já não
sabemos bem há quantos anos mas se calhar desde 2007 ou 2008, fala no hospital e tem sido
adiado a sua concretização de forma sucessiva e nem se vê qualquer luz ao fundo túnel e agora
ainda menos para essa concretização se verificar mas de certa forma não é mais nem menos que
faz o executivo em relação às sua próprias competências e às sua próprias promessas que vai
fazendo ao longo do tempo e eu também tenho que o dizer que quem lê este documento fica com
a ideia que por exemplo, o problema do realojamento de Vale de Chicharos está resolvido, mas
não está! Está longe de estar resolvido e provavelmente ainda vai demorar muito tempo a estar
resolvido ou que o CDA de Fernão Ferro está definitivamente resolvido, que as piscinas de Paio
Pires estão concretizadas ou que o Centro de Saúde de Corroios está fechado ou o Hotel Mundet e
etc. Nós também fazemos referência ao facto de vir aqui falar do Lar de Idosos de Fernão Ferro
como sendo também uma coisa já materializada no espaço e apenas foi lançada a primeira pedra.
Portanto, percebemos esta dinâmica propagandista mas continuamos a não aceitar esta forma de
anunciar as coisas porque no nosso entendimento isto ilude as pessoas e as populações e creio
que era tempo de inverter este caminho porque é sempre a cada ano que passa o mesmo modelo
e já se poderia ter enveredado por outro. Já para não falar da Loja do Cidadão que é uma
competência do Governo mas que foi anunciada, foi prometida, foi uma bandeira que a CDU e o
executivo também içaram e que inclusive houve uma inauguração, que nós na altura também
fizemos referência e até agora nada!
Nesta fase queremos também fazer uma referência à questão dos trabalhadores porque foi-nos
chegado e temos que fazer esta afirmação aqui hoje, também para ver se o Sr. Presidente
consegue do tempo que tem confirmar esta informação e digo-lhe isto porque a CDU e o executivo
têm sucessivamente feito esta evocação aos trabalhadores, e muito bem mas queria então, que
me confirmar-se se é verdade que as instalações das piscinas já estão novamente repletas de
trabalhadores precários e a recibos verdes quando na prática e de forma objetiva o que têm é um
contrato de trabalho. Se estamos a repetir os mesmos erros do passado e se sim, porquê?
Queria ainda fazer uma referência não podemos deixar de a fazer porque no nosso entendimento
é incompreensível que aliás, o Sr. Presidente tem feito isto insistentemente ao longo deste período,
a referência ao tal bloqueio da oposição, eu já disse isto também inúmeras vezes que eu agora
estar-me a ouvir a mim próprio já me sinto em repetição, há pouco, os srs. eleitos também tenham
a mesma sensação, mas a verdade é que estas coisas têm que ser sempre ditas e também têm que
ser sempre respondidas e é a história do bloqueio da oposição como se não fosse normal e do
desenvolvimento daquilo que é o mandato de cada um, o exercício dessa sua atividade
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fiscalizadora e de se opor a determinadas imposições que quiseram ser impostas pelo executivo e
portanto, o que se passou durante e a seguir são momentos históricos porque pela primeira vez a
CDU não teve uma maioria absoluta nas eleições e este quadro levou a que esta situação fosse
possível e depois histórico na medida em que mesmo após oito ou nove meses o Sr. Presidente foi
obrigado ainda que tardiamente e deixando-se andar ao longo do tempo como toda a gente na
altura assinalou, só depois é que conseguiu finalmente negociar com os partidos políticos e chegar
a um entendimento, designadamente conseguiu fazer com o Presidente da Junta de Freguesia de
Fernão Ferro Carlos Reis que até ali tinha sido, como se sabe bastante hostilizado talvez por ser o
único que não é da CDU. Portanto, não consideramos que seja um bloqueio e depois há a
contradição quanto a nós fatal de dizer que houve um bloqueio querendo insinuar que a Câmara
teve dificuldades na gestão do orçamento e na sua ação própria enquanto executivo e depois vem
logo a seguir a reivindicar os louros de uma excelente execução orçamental, de um excelente ano a
todos os níveis, quer da receita, quer da despesa, é profundamente contraditório e revela que o Sr.
Presidente não conseguiu ainda engolir esta atividade democrática que se passou e que na minha
opinião conduziu ou terá conduzido neste período a uma transformação democrática que ainda
não foi feita na nossa ótica de forma plena no concelho do Seixal, porque haviam maus hábitos em
que as pessoas não estavam preparadas para aceitar aquelas que eram as posições da oposição e
feita foi obrigado a mudar e nós saudamos isso, quer na altura, quer hoje e obrigou inclusive o Sr.
Presidente a fazer mais e a fazer melhor designadamente, no que diz respeito ao dialogo e na
capacidade de consertar com as outras forças e isso, nem sempre aconteceu. Portanto, isto para
nós isto é o essencial, tínhamos que o dizer naturalmente e depois, só para terminar a nossa
incompreensão dos méritos que evidenciou o Sr. Presidente, a nossa incompreensão total e com
certeza que na próxima assembleia municipal havemos de novamente abordar este tema, às
rubricas que na tal comissão que se devia ter realizado e não realizou e que gostava de ver
esclarecido e não vi, mas gostava de lhe ter perguntado de forma direta e portanto, continuo a não
compreender os gastos em publicidade desta feita na rubrica 565 mil 489 euros e mais uns
cêntimos, creio que num concelho sobretudo que ainda tem muitas fragilidades creio que estas
quantias continuam a ser avultadíssimas e naquilo que nós consideramos e temos considerado um
exagerado culto da personalidade e não querendo antecipar aquilo que se há-de fazer na outra
assembleia mas, não conseguimos também, compreender, diria mesmo, que era a única câmara a
ter um anuncio na CMTV, com recursos que são de todos, na RFM, no Diário da Região põe
anúncios em todo o lado, já para não falar de toda a panóplia de outdoors que ai estão, revela, até
uma insegurança em que o Sr. Presidente quer ser conhecido à viva força ser conhecido e
reconhecido como o Presidente da Câmara, eu acho que as pessoas sabem perfeitamente quem é
até porque ainda tem as redes sociais etc… Portanto, nesta fase pede-se contenção já se pedia
porque são os tais gastos completamente desnecessários.
Outra questão que eu gostava de ter perguntado e tenho que perguntar agora e tinha poupado
nesse aspeto é: outros trabalhos especializados 5 milhões 852 mil, também gostava de saber onde
é que se aplicam estes 5 milhões 852 mil nestes ditos trabalhos especializados ou noutros serviços
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que há uma rubrica outros serviços 7 milhões e 239 mil euros ou mesmo em tarefas ou avenças de
392 mil euros são coisas que o PSD gostava muito de ver explicado e assinalado em concreto para
onde é que vão estas verbas”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Tem a palavra João Rebelo”.
João Rebelo, do CDS/PP, disse: “A afirmação que é feita na exposição da apresentação deste
relatório de atividades do Sr. Presidente da Câmara é demonstrativo que aquela guerrilha que foi
fazendo dos partidos da oposição não eram verdadeiras, ele diz que cumpriu 85% do que estava
previsto e o chumbo do orçamento o ano passado não teve efeito no que ele andou a dizer e a
distribuir nas caixas de correio e como nós aliás, dissemos orçamentos em duodécimos permitem
perfeitamente a Câmara Municipal fazer o seu trabalho, está aqui demonstrado a grande
campanha contra os partidos da oposição quando o orçamento foi chumbado o ano passado e só
depois aprovado com as negociações em agosto. Não passavam pura e simplesmente de invenções
políticas contra os partidos políticos da oposição na Assembleia Municipal.
Em segundo lugar, destaco como positivo a redução da divida para 45 milhões que é um aspeto
positivo indiscutivelmente. O nível de investimento no concelho tem números frouxos e vivemos
no mesmo modelo de sempre da CDU Seixal que é um modelo desgastado que pensa mais na
promoção da sua própria imagem através de gastos faraónicos em propaganda, investimentos
indiscutíveis em festas e outros eventos sem muito retorno em que realmente é importante para a
câmara, investimentos e apoios ao associativismo local em números muito significativos mas por
vezes sem saber o que é pretendido através desses investimentos, há-de reparar que em termos
de festas, neste momento a Câmara Municipal já aprovou a despesa de foguetes para as festas de
Corroios quando ainda não sabemos o modelo em agosto como é que se irão fazer esses eventos
no futuro, mas para esse género de coisas há sempre orçamento. Portanto, mantenho o que tenho
dito que o modelo está esgotado, o Seixal merecia melhor e as palavras mais repetidas do Sr.
Presidente na intervenção que fez na apresentação deste relatório foi: iniciar e continuar, concluir
e realizar tem sido muito pouco nestes últimos anos, merece o voto negativo por parte do CDS”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Tem a palavra Paula Santos”.
Paula Santos, da CDU, disse: “Eu queria nesta intervenção sobre o relatório de atividades e contas
colocar alguns aspetos. Em primeiro lugar é um relatório de atividades e contas que falou por si,
creio que já tivemos oportunidade de ouvir outras intervenções, registamos mas ele é muito
objetivo e claro, evidencia aquilo que é a grande atividade do município no plano dos
investimentos, no planos da realização de um conjunto de atividades de apoio à população dos
mais variados setores, às crianças, aos jovens, à população idosa e que revela um contributo
enorme que a atividade do município tem tido no desenvolvimento do concelho, tem tido na
melhoria da prestação do serviço público e tem tido na melhoria das condições de vida da
população. Por muito que alguns srs. eleitos queiram esconder uma realidade a verdade é que
apreciamos o relatório de atividades e contas do exercício em que teve ao longo do ano, nos seus
12 meses, um conjunto de dificuldades e de adversidades em que as outras forças políticas, em
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particular: o PS, o PSD, o CDS, Bloco de Esquerda e o PAN tiveram responsabilidades, por isso não
vale a pena procurarem-se esconder atrás das suas responsabilidades quando tomaram as
decisões que tomaram ao inviabilizarem o plano de orçamento da Câmara Municipal, sabem
obviamente que isso tem consequências.
O PCP considera que este relatório de atividades e contas mesmo perante um contexto de
dificuldades revela um esforço grande que foi tido para o andamento de um conjunto de
investimentos que são fundamentais no concelho se concretizassem, muitos deles concluiram-se,
outros iniciaram-se porque sabemos do procedimento que um conjunto para a concretização de
um investimento, de uma obra, os procedimentos existem têm que ser preparados têm os seus
timings e estão a decorrer neste momento.
Destacamos um conjunto de investimentos grandes que são muito relevantes quando falamos da
melhoria das condições de vida da população, dos investimentos no que diz respeito ao
abastecimento de água e saneamento, da higiene urbana, na educação, na cultura, no desporto,
na juventude, nos transportes, no apoio às freguesias, nos bombeiros e proteção civil, nos parques
e espaços verdes, na habitação, no apoio social. Estamos a falar num conjunto de áreas muito
diversas e que revela este mesmo esforço. Uma palavra muito em particular para os trabalhadores
das autarquias porque quando nós colocamos e valorizamos muito aquele que é o trabalho dos
trabalhadores das autarquias é importante referir que no ano que passou de 2019, houve reforço
do numero de trabalhadores da Câmara Municipal do Seixal, houve a valorização remuneratória
desses mesmos trabalhadores, uns por via da progressão nas carreiras, com reflexos ao período
em que seria aplicável, em janeiro de 2018 a janeiro 2019 também pela opção gestionária, mas já
agora vale a pena fazer aqui uma referência porque há um conjunto de trabalhadores que auferem
neste momento o salário mínimo nacional que teve um aumento e por esta via foi impedido que
esses mesmos trabalhadores pudessem também ter a sua progressão nas carreiras justa porque
tinham pontos para isso e que a valorização do aumento do salário mínimo nacional é um
elemento positivo como é óbvio mas isso não pode ser considerado como a progressão nas
carreiras, devia ter havido essa possibilidade, estamos a falar daqueles que têm salários mais
baixos e que deveriam ter tido esta possibilidade de subir na carreira e esta foi claramente uma
opção por parte do PS que não permitiu que assim fosse e que limitou muito também este
caminho e esta valorização e em particular daqueles que têm os salários mais baixos.
Gostava ainda de fazer uma referência a um conjunto de ações, o Sr. Presidente da Câmara já fez
até de uma forma bastante pormenorizada aquilo que foi a atividade no ano de 2019, mas eu
gostava ainda de referir aspetos que nos parecem de grande relevância. É verdade que houve um
conjunto de obras que iniciaram a sua concretização no terreno, com uma ampliação e
requalificação das escolas básicas de Paio Pires ou da Quinta de Santo António, o inicio da
construção da piscina de Paio Pires, mas podemos também referir um conjunto de obras muito
significativas que foram concluídas no ano de 2019, por exemplo o quartel dos Bombeiros da
Amora, a construção do quartel de Fernão Ferro dos bombeiros do Seixal, a 1.ª fase do parque
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urbano do Seixal, na Mundet, só para dar aqui alguns exemplos, ou a primeira fase do
realojamento de Vale de Chicharos. Por isso, estamos a falar de coisas que hoje estão visíveis, não
só que estão em curso. Não! Que as pessoas já estão a ter tradução no dia a dia da vidas das
populações e eu creio que isso é muito significativo.
Importa também valorizar neste momento algo que também deve ser muito valorizado e que teve
um impacto muito significativo na vida das pessoas e que contou com um importante apoio e
investimento por parte da Câmara Municipal do Seixal que foi a redução do preço dos passe social
intermodal e isto significou um grande apoio no ponto de vista da mobilidade, do transporte
publico e com custos muito mais acessíveis para a população e a participação do município nesta
medida foi relevante e beneficiou muito a população do concelho do Seixal, mas gostaria ainda de
referir um conjunto de outros investimentos, como por exemplo a requalificação e conservação
das escolas, o apoio que está a ser dado ao movimento associativo, cultural e desportivo no nosso
concelho, mas também o movimento associativo social na dinamização de um conjunto de obras
que são muito importantes para o desenvolvimento das suas atividades e dirigidas à população
infantil, juvenil, mas também aos mais idosos no plano das suas instalações e tem permitido
grandes melhorias.
Para terminar, dizer ainda o seguinte, a intervenção do município para além deste conjunto de
investimentos que podemos colocar no plano da obra que se vai vendo na melhoria da qualificação
do espaço publico e na valorização dos equipamentos municipais há todo um outro investimento
que deve ser valorizado e que se procura sempre e que demonstra de facto, quão ímpar esta
intervenção e esta obra e que promove a participação popular. Podemos falar das sessões do
fórum seixal, a discussão com as populações das medidas, das opções dos municípios em função
de cada área e de cada temática, da colaboração com as juntas de freguesia para a resolução de
problemas concretos de proximidade, os programas que são desenvolvidos na área da educação,
da juventude, da cultura, do desporto e que colocam o nosso município no plano nacional de
facto, num patamar de excelência e que podemos referir dos vários projetos dirigidos às crianças e
que marcam a diferença e contribuem para o seu desenvolvimento no plano educativo, no plano
social que é muito de valorizar, para além do apoio no plano da ação social escolar. Tivemos no
nosso concelho um conjunto de iniciativas no plano cultural que também marcaram e que criam
esta diferença. Podemos falar no Seixal Jazz, no Festival de Teatro, do Festival do Maio, do Fast
Food Fest só para dar aqui alguns exemplos, a comemoração dos 45 anos do 25 de abril, as
Seixalíadas de facto, se quiséssemos aqui do ponto de vista da valorização, da importância que tem
sido o papel do município no desenvolvimento do nosso concelho, o papel da Câmara Municipal, o
papel na melhoria das condições de vida está visível nesta panóplia de intervenções. É um trabalho
que continua porque foi um ano que houve este conjunto de dificuldades, mas que ao mesmo
tempo com a intervenção, o esforço de todos foi possível e o esforço em particular do executivo,
dos trabalhadores da Câmara Municipal foi possível dar avanços aqui significativos. Há todo um
conjunto de trabalho que continua e aliás, as GOP´s para 2020 revelam exatamente isso da

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necessidade que há de continuar a resolver um conjunto de problemas, não é um trabalho que
esteja acabado mas olhar para o ano de 2019 e considerar que é mais do mesmo, quem dera a
muitos municípios com mais do mesmo que tivesse a qualidade e que tivesse a intervenção e que
tivesse esta diversidade de intervenção de um conjunto de áreas e que muito têm contribuído para
que os munícipes e para que a população possa ter melhores condições de vida”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais inscrições? Passamos a uma segunda ronda de
inscrições? Vítor Cavalinhos para já”.
Vítor Cavalinhos, do BE, disse: “Não vou ler a intervenção que tenho que é extensa, vou ler alguns
tópicos e depois enviarei a minha intervenção para a Assembleia Municipal para fazer parte da ata,
no sentido de poupar tempo.
Primeira nota, do nosso ponto de vista na mensagem do executivo não faz muito sentido as
referências à pandemia do covid 19 porque não tem nada a ver com a atividade do executivo em
2019, hoje estamos a analisar a intervenção do município em 2019. E na nota final, do nosso
ponto de vista, ainda faz menos sentido serem apresentadas as medidas que o executivo tomou no
combate ao covid porque estamos a tratar da atividade de 2019, fará todo o sentido quando
analisarmos o relatório de atividades de 2020.
Na opção gestionária o Sr. Presidente falou que foi posta em pratica, do nosso ponto de vista bem,
mas continua a faltar a apresentação dos critérios para a sua aplicação. Na reestruturação orgânica
do nosso ponto de vista também tarda a abertura de concurso para os cargos dirigentes, foi feita a
reestruturação é preciso abrirem concursos para cargos dirigentes.
Outra nota, o Hotel Mundet não é projeto municipal e não faz sentido o Hotel Mundet ser
apresentado como se fosse um projeto municipal, que não é.
Sobre o relatório propriamente dito, nós insistimos numa questão que ao longo dos anos temos
colocado, voltamos a insistir numa exigência que é o relatório de atividades deve identificar as
opções do plano que foram cumpridas e as que ficaram por cumprir e, justificar ambas. O
executivo assumiu o compromisso de desenvolver um novo modelo de participação através da
criação de um gabinete de participação, em 2019 passou a assumir a forma de plataforma de
Participação Seixal+, mas num ano como noutro esse projeto não saiu do papel. O relatório
valoriza as várias ações de formação ocorridas e, o Bloco saúda esse trabalho.
O relatório enfatiza o reforço das parcerias com as juntas de freguesias, no sentido da delegação
de competências que no planeamento da complementaridade da ação, nós achamos que é
positivo, mas o relatório não justifica, e devia, porque não foi iniciada a construção da loja do
cidadão, porque não foi concluída a requalificação do mercado da Cruz de Pau, em 2019 passou a
ser objetivo, continua por cumprir o compromisso de elaborar o plano de desenvolvimento
estratégico do concelho do Seixal, não foi criado o conselho municipal para o desenvolvimento
social do concelho do Seixal, não foi criado o prometido posto de transferência de (Impercetível)
Ainda não se iniciou o plano de desenvolvimento integrado do concelho do Seixal, ainda não foi
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concluído o plano municipal de (Impercetível), não é dito no relatório sobre o compromisso de
estudar o modelo de programa de habitações a custos controlados para jovens do concelho, este é
uma promessa que vai passando de ano para ano. Ainda não foi iniciada a construção do Centro
Internacional de Medalha Contemporânea, era um compromisso em 2019 iniciar.
O plano prometia cumprir o plano municipal de desenvolvimento local do Seixal agora o relatório
fala em continuidade do processo de conceção, creio que é exatamente a mesma coisa.
Valorizamos o apoio dado a muitas instituições do movimento associativo, nomeadamente no
apoio à requalificação e beneficiação de infraestruturas desportivas das coletividades. Valorizamos
a construção em curso da piscina municipal de Paio Pires. Valorizamos a continuação do programa
anual de apoio às instituições de idosos e infância. Valorizamos a continuação do projeto de
realojamento de Vale de Chicharos, através do qual já foi permitido realojar 64 famílias em 2018.
Valorizamos o apoio às associações humanitárias de bombeiros do concelho e particularmente à
construção dos quartéis de Amora e Fernão Ferro. Contudo, o plano municipal de habitação
continua por elaborar.
O plano assumiu o compromisso de através da carta ambiental do município do Seixal diagnosticar
a situação existente aplicando as medidas e os planos previstos e monitorizando e avaliando a
qualidade ambiental do concelho. O relatório não informa do diagnóstico, nem das medidas. Não
foi implementado o plano de segurança da água de abastecimento público. Não foi implementado
o plano de diminuição de perdas de águas e consumos ilícitos.
Notas finais sobre as contas. O resultado liquido do exercício foi de 17,8 milhões de euros, os
proveitos superaram os custos, valorizamos esse aspeto. A divida diminuiu 7 milhões 280 mil euros
e esse aspeto do nosso ponto de vista também é positivo, a autonomia financeira do município é
de 88%, valorizamos este aspeto.
A receita de impostos de 2019 foi de 49,3 milhões de euros, de 14,8% relativamente a 2018, a
receita de IMI foi de 26 milhões de euros tinha sido 27 em 2018, foi mais baixa do que tinha sido
no ano transato é um aspeto que do nosso ponto de vista até achamos que tinha condições para
descer mais, mas de qualquer modo este aumento da carga fiscal é um elemento do nosso ponto
de vista que é preocupante.
O Bloco de Esquerda absteve-se na votação das Grandes Opções do Plano e Orçamento e o Bloco
mantém o mesmo sentido de voto na apreciação do relatório de atividades. Analisamos como
sempre o relatório e as contas, valorizamos os aspetos da atividade que achamos positivos e não
valorizamos outros porque não são as nossas propostas. Neste balanço decidimos que nos
abstemos”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Tem a palavra Paulo Silva”.
Paulo Silva, da CDU, disse: “A primeira grande nota de realce na analise do relatório de contas de
2019 é que o propósito que o PS teve de usar a atividade da Câmara com o chumbo sem qualquer
argumento válido que o orçamento para 2019 o que obrigou a câmara a funcionar sem orçamento
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Ata n.º 02/2020
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aprovado até setembro de 2019 falhou. O relatório de contas que estamos aqui a votar e que foi
apresentado pelo executivo camarário representa indubitavelmente uma grande derrota para a
estratégia do PS Seixal e para a política que a mesma queria implementar de terra queimada no
Seixal.
A segunda nota de realce é que o ano de 2019 foi um ano de grande desenvolvimento económico
e social no município do seixal com elevados investimentos em prol da população e com uma
melhoria acentuada do serviço publico prestado à população. Indubitavelmente os seixalenses
podem afirmar que o investimento feito no Seixal foi quase exclusivamente de iniciativa municipal,
enquanto que o Governo que leva a fatia de leão dos impostos pagos pelos seixalenses 95% do IRS,
100% do IRC, 100% do IVA, 100% do imposto de selo, apenas investiu no inicio da construção de
um novo centro de saúde, Corroios e mesmo para que esse fosse uma realidade teve de haver um
elevado investimento municipal com a cedência de terrenos e a responsabilização e a assunção das
obras de arranjos exteriores. Deste modo os 100 milhões de euros de investimento do Governo no
Seixal que pomposamente foram anunciados nesta Assembleia Municipal pelo eleito Bruno Barata
foram uma autêntica falácia. Esperemos porque foi agora anunciado pelo Governo que irá haver
um plano de investimentos do Governo que irá abarcar a construção de três novos hospitais e um
deles seja a construção do Hospital no Seixal. Vamos aguardar para ver, sendo que os seixalenses
estarão atentos a esta situação.
A terceira nota e porque foi levantada por várias forças políticas a questão do relatório de 2019 ter
algumas referencias ao covid 19, deve-se ter em consideração o relatório do Revisor Oficial de
Contas que a única ênfase que apresenta ao relatório de contas tem precisamente haver com o
covid 19, ou seja apesar do covid aparecer em 2020 a importância e o que irá influenciar o
orçamento de 2020 e o desenvolvimento de todo o trabalho autárquico em 2020 merece que se
faça aqui essa referencia no relatório de 2019, aliás é o próprio ROC, uma entidade externa à
Câmara que faz esta ênfase no seu relatório.
Feitas estas três notas introdutórias, agora debruçando-me sobre o relatório de contas tem que se
realçar a elevada taxa de execução orçamental 104% do lado da receita e quase 90% do lado da
despesa, mais! Se retirarmos do lado da receita ao saldo de gerência de 2018 temos que a receita
e a despesa tiveram uma execução quase simular, 123,6 milhões de euros do lado da receita e 122,
9 milhões de euros do lado da despesa o que demonstra um grande equilíbrio e rigor orçamental
entre receita e despesa, mantendo-se os saldos de gerência como uma almofada orçamental que
possibilita nesta altura de crise que se adivinha que a contabilidade da Câmara esteja devidamente
salvaguardada. Quase parecia que o executivo municipal estaria a prever esta situação e
resguardou sobre a mesma. Tem que se realçar quanto a isto um acréscimo significativo da receita
corrente da Câmara Municipal com aumento de 10%, uma diminuição do passivo que demonstra a
excelência da política financeira da Câmara com a renegociação de empréstimos e a consequente
diminuição do encargo com a divida. A diminuição do passivo bancário foi de 10,5% e do passivo

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total foi de 7,3 milhões de euros. Os encargos financeiros atualmente representa 1,3% das
despesas correntes da Câmara o que é um numero excelente.
Quarta nota sobre o relatório de contas é que o ativo municipal atinge os 315 milhões de euros,
valor este que mesmo assim resulta do relatório do revisor oficial de contas está afetado
negativamente pelo facto de não estarem ainda totalmente regularizadas essas operações
urbanísticas, arruamentos e bem feitorias entre outros e por estes não estarem estimados os
valores que estes bens podem atingir, ou seja, o que demonstra que este ativo municipal ainda é
superior a estes 315 milhões e que quando toda esta valorização estiver feita vamos ter um ativo
municipal muito superior ao que já é hoje e importa ter aqui em consideração que o rácio do
endividamento relativamente ao passivo financeiro e ao ativo é que o passivo financeiro é apenas
de 31,3% do ativo, sendo os restantes 68,7% de fundos próprios do município o que é excelente.
Depois temos um valor de divida à câmara municipal de terceiros de cerca de 45 milhões de euros,
ou seja um valor quase equivalente ao passivo total da câmara se retirarmos o empréstimo para a
aquisição dos serviços centrais. Se a câmara conseguisse receber de terceiros todo este valor quase
daria para liquidar na integra a sua divida.
A nota ainda de uma elevada transferência e um aumento significativo das transferências para as
juntas de freguesia e para as instituições sem fins lucrativos do concelho e quanto a estas ultimas
dizer que só quem não conhece o trabalho que é feito por estas instituições são um pilar
importante de todo o trabalho autárquico, é que pode por aqui em causa o valor destas
transferências. Aconselhamos quanto a isto o CDS a visitar as instituições a ver o trabalho que é
feito pelas mesmas e se tiver esse conhecimento não irá certamente no futuro apresentar criticas
às transferências que são feitas para as instituições do concelho. Apesar deste aumento da receita
verificou-se uma descida do valor cobrado em IMI de 570 mil euros o que demonstra que a descida
do IMI como tem estado a acontecer nos últimos anos não poderá continuar porquanto era um
dos princípios que tinha sido acordado era se a receita global do IMI não descesse podia-se descer
a taxa do IMI, tendo chegado a um ponto em que já se verifica esta descida do valor global do IMI
terá que se repensar no futuro qualquer situação de descida da taxa do IMI. Sendo e aqui é uma
questão para o Governo, que esta taxa do IMI para os prédios urbanos poderia continuar a descer
de forma até mais acentuada se houvesse a reavaliação dos prédios rústicos que continuam com
um valor totalmente ridículo. Há prédios rústicos com áreas bastante elevadas, vários hectares
aqui no concelho e que têm valores patrimoniais de 100 €, 500 €, 300 € e por isso é urgente esta
reavaliação destes prédios rústicos de modo a que todos paguem o justo valor pelos prédios que
são proprietários e havendo esta reavaliação poderemos continuar a baixar a taxa do IMI dos
prédios urbanos, esperemos que o PS faça este trabalho de casa e promova esta reavaliação dos
prédios rústicos para pagarem o IMI de acordo com o valor real desses prédios.
Valorizarmos aqui muito que apesar deste aumento de receita a câmara continua a ter o preço da
água e taxas associadas como as mais baixas da Área Metropolitana de Lisboa, é um motivo que

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nos orgulha e que demonstra bem a política social que é desenvolvida pela Câmara Municipal do
Seixal.
Uma ultima nota, a valorização dos trabalhadores das autarquias são parte essencial deste projeto
autárquico, com a opção gestionária, com o SIADAP, a avaliação de desempenho, muito importante
esta valorização que foi feita.
Não tenho duvidas se todos os eleitos despissem a camisola política que têm e vestissem a
camisola do concelho do Seixal aprovaríamos hoje este relatório de contas por unanimidade e que
a oposição oferecia o champanhe para felicitarmos o excelente trabalho desenvolvido pelo
executivo municipal”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Eu pergunto se há mais alguma intervenção?
Relativamente aos tempos a CDU utilizou 26 minutos, PS 10, PSD 20, o BE 17, o PAN 4, o CDS já
ultrapassou e o Presidente da Junta de Freguesia de Fernão Ferro não utilizou. Não há mais
pedidos de intervenção, tem a palavra o Sr. Presidente da Câmara”.
O Presidente da Câmara Municipal disse: “É apenas um breve comentário, antes de mais, para
dizer que o nível de execução do plano de atividades e orçamento 2019 é de 89%, portanto, foram
87 milhões de euros que foram pagos nesse ano, nos mais variados investimentos para fazer face
aquilo que é a necessidade da população do concelho e por isso, não se compreende algumas
intervenções no sentido de dizer que a câmara só gastou o dinheiro em propaganda porque revela
pouca análise que foi feita relativamente à dimensão do investimento e à dimensão da
concretização não só de projetos e iniciativas, com um plano de investimentos em mais de 80
milhões de euros.
Uma segunda nota que gostaria de deixar tem a ver com alguma desresponsabilização que assisti
aqui a algumas intervenções, de facto se o voto contra no orçamento não serve para nada, isso
revela bem o baixo nível vamos chamar assim, de entendimento político relativamente à função da
Assembleia Municipal e ao voto dos partidos porque não é igual quero-vos dizer que não igual
termos um orçamento aprovado ou não termos um orçamento aprovado e podemos executar esse
orçamento. Quem acha que é uma situação idêntica está completamente enganado e tivemos
problemas acrescidos de gestão como conhecem porque não tivemos um orçamento aprovado.
Também dizer parece que não se conhece que a obra do Centro Internacional de Medalha
Contemporânea já começou. A obra do Lar de Idosos de Fernão Ferro já começou, a obra da
piscina municipal de Paio Pires já vai a meio, não compreendo como é que se continua a fazer
afirmações quando temos já não só essas intervenções no terreno, como até têm execução do
ponto de vista financeiro como está bem demonstrado nos documentos que foram presentes.
Depois, também uma nota sobre o Hotel Mundet eu colocaria o Hotel Mundet como coloco a
questão da Hovionne, são projetos particulares é verdade, mas são projetos estratégicos para o
município ou como é o Hospital no Seixal, é um projeto que não é do município, é do estado
central mas são projetos estratégicos para o município no sentido da criação no caso do Hotel
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Mundet da valorização do turismo e na criação de emprego, o mesmo para a Hovione com esta
aposta também na tecnologia e inovação e na valorização dos salários e do emprego, são matérias
extremamente importantes e que devem constar com certeza no relatório de atividades do
município porque o município acompanha estas questões, são elementos ancora na estratégia
municipal e por isso terão que ter sempre este acompanhamento e sempre esta avaliação.
Dizer também que sobre o gabinete de participação ainda não conseguimos concretizar na sua
plenitude aquilo que tem a ver com o modelo que queremos desenvolver, é verdade, mas o
gabinete de participação já desenvolveu inúmeras obras, por exemplo, os passeios que estão a ser
feitos em Fernão Ferro, um conjunto de vários quilómetros de passeios está a ser realizado pelo
gabinete de participação. Em Corroios a obra que está neste momento a acontecer no Largo José
Queluz é do gabinete de participação, tal como já fizeram muitas outras intervenções. Dizer que o
gabinete de participação não é uma realidade é totalmente falso, tem trabalhadores alocados, tem
objetivos identificados, está a trabalhar, tem já resultados, não estamos ainda num nível que
gostaríamos mas no entanto, dizer que o gabinete de participação é uma novidade deste mandato
e há um caminho que está a ser feito e por isso, estamos a preparar essa nova fase que vai permitir
um maior envolvimento da população.
Eu penso que este relatório de atividades nas condições que foram possibilitadas pela Assembleia
Municipal, volto a dizer, conseguimos ultrapassar o orçamento da receita baixando o IMI,
mantendo as taxas de água, saneamento e resíduos nos níveis mais baixos de toda a área
metropolitana. Conseguimos também investir mais de 87 milhões de euros que foram pagos no
ano de 2019, sem contar com os recursos humanos. Foram 87 milhões de euros sem contar com as
despesas de pessoal que foram investidos em todos os setores que importam no município,
conseguimos ainda ter um resultado económico positivo de mais de 17 milhões de euros,
conseguimos reduzir a nossa divida a níveis históricos, tivemos um saldo de gerência de mais de 20
milhões de euros, eu diria que esta gestão está num nível muito elevado de qualidade e a nossa
população reconhece na Câmara Municipal como um pilar essencial no serviço publico a que
prestamos.
Esta crise pandémica vem exatamente como eu disse também na intervenção inicial hoje no inicio
da Assembleia Municipal dar maior destaque à natureza central da vida das populações e do Poder
Local, não só da câmara, mas das juntas de freguesia e claro da Assembleia Municipal mas para
dizer que nós precisamos de continuar a ter condições para continuar a investir, a continuar
projetos para continuar a capacitar o nosso território para que sirva melhor a nossa população,
esse é o nosso objetivo. É um objetivo de Abril que continuamos a cumprir aqui no município do
Seixal e dizer que este plano e orçamento de 2019 revela estes dados tão positivos e este tão nível
de concretização devia merecer a aprovação por parte das outras forças políticas, naturalmente
isso não será possível mas dizer que estes resultados estão ao melhor nível tenho a certeza de
todas as câmaras municipais do país”.

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2.ª Sessão Ordinária – 17 de abril de 2020
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Encerrado este ponto do relatório e contas de
2019, vamos colocar à votação. O método de votação é aquele que também definimos em
conferencia de líderes e que foi indicado, em primeiro lugar os grupos municipais indicam o voto
do seu grupo e a indicação se houver posicionamento diferente de voto em cada grupo e os todos
os membros da Assembleia Municipal expressam por escrito o voto individualmente e basta
inscreverem nessa posição com a favor, contra ou abstenção e fazem-nos logo de imediato
também, ou seja eu agora vou pedir a cada líder que dê a indicação de voto e podem desde já
individualmente formalizar isso. Então, Paulo Silva CDU”.
Paulo Silva, da CDU, disse: “A favor”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Samuel Cruz, PS”.
Samuel Cruz, do PS, disse: “Contra com declaração de voto”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Rui Belchior, PSD”.
Rui Belchior, do PSD, disse: “Contra”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Vítor Cavalinhos, Bloco de Esquerda”.
Vítor Cavalinhos, do Bloco de Esquerda, disse: “O Bloco abstém-se”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “PAN, André Nunes”.
André Nunes, do PAN, disse: “Contra”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “João Rebelo, CDS/PP”.
João Rebelo, do CDS/PP, disse: “Contra”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Carlos Reis, Presidente da Junta de Fernão Ferro”.
Carlos Reis, Presidente da Junta de Freguesia de Fernão Ferro, disse: “A favor”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Estamos a assistir que o Américo está com
dificuldades em registar o sentido de voto no bate papo, sugiro que comunique à Assembleia
Municipal que o seu voto é a favor e fica registado, é a forma de resolver isto”.
André Nunes, do PAN, disse: “Eu acho que ninguém tem duvidas sobre o sentido de voto do Sr.
Américo, portanto acho que não há problema”.
Dra. Madalena Silva disse: “Se o presidente me permitir essa explicação a declaração escrita é um
pouco para nós termos a certeza que toda a gente votou”.
1.º Secretário da Mesa disse: “O meu voto é a favor que fique registado”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “O resultado da votação é 17 votos a favor, sendo 16
da CDU e 1 do Presidente da Junta de Fernão Ferro, 17 votos contra (11 do PS, 4 do PSD, PAN e o
CDS e 2 abstenções do Bloco de Esquerda), no quadro legal utilizo a prerrogativa que tem o
Presidente da Assembleia Municipal e utilizando o voto de qualidade, o meu voto é a favor do

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Ata n.º 02/2020
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relatório de contas. Portanto, neste quadro está aprovado o relatório e contas da Câmara
Municipal do Seixal relativo a 2019.

Aprovada a Deliberação nº 06/XII/2020 por maioria e em minuta com:

 Dezassete (17) votos a favor dos seguintes eleitos:

- Do grupo municipal da CDU: 16

- Do presidente da JFFF: 1

 Dezassete (17) votos contra dos seguintes eleitos:

- Do grupo municipal do PS: 11

- Do grupo municipal do PSD: 4

- Do grupo municipal do BE: 2

- Do grupo municipal do PAN: 1

- Do grupo municipal do CDS-PP: 1


III. 8. Minuta da Ata – Aprovação.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Confirmamos a aprovação da ata em minuta, não é
necessário cada um expressar é só se houver alguma manifestação que não seja no sentido da
aprovação. Há alguma questão em relação a isto, naturalmente que a ata elaborada em conjunto
pelo 1.º secretário Américo Costa e com o acompanhamento 2.º secretária e da Dra. Madalena e
consideramos a ata aprovada em minuta.

Aprovada a Deliberação nº 07/XII/2020 por unanimidade e em minuta com:

 Trinta (36) votos a favor dos seguintes eleitos:

- Do grupo municipal da CDU: 16

- Do grupo municipal do PS: 11

- Do grupo municipal do PSD: 4

- Do grupo municipal do BE: 2

- Do grupo municipal do CDS-PP: 1

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- Do presidente da JFFF: 1

Está encerrada a sessão da Assembleia Municipal esta 2.ª sessão ordinária de 2020, agradeço a
todos, ao Sr. Presidente da Câmara, aos srs. vereadores que acompanharam também, aos srs.
membros da Assembleia Municipal, naturalmente à intervenção dos lideres às questões que
tivemos que aqui encontrar solução e agradeço a disponibilidade e a forma como todos
contribuíram com posições diferentes, é evidente para que a Assembleia Municipal prosseguisse,
se concretizasse e com dois momentos muito importantes desta Assembleia Municipal que foi o
ponto de informações que foi útil para todos, não tenho duvida, basta ver o que foi a apresentação
do Sr. Presidente e a intervenção que o município está a fazer, antes de mais para responder à
gravidade deste problema, quero felicitar o Sr. Presidente da Câmara e o município e todas as
instituições sociais, bombeiros, segurança, os médicos, toda a gente que trabalha na saúde,
trabalhadores da câmara e todos aqueles que contribuem para que nesta situação tão difícil haja
serviço publico essencial para a população e vamos juntos vencer e também trabalharmos no que
vem a seguir, que vai ser difícil mas vamos ter condições para encontrar soluções e ter um futuro
melhor para todos, para o concelho do Seixal e para o país. Obrigada pela vossa participação, 2.ª
feira temos a sessão. Sobre a sessão? Diga lá”.
Samuel Cruz do PS disse: “A minha mulher é do executivo de uma junta de freguesia como sabe e
tem reunião publica às 19 horas se pudessem adiar para 3.ª feira, senão tenho que pedir
substituição”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Pergunto aos restantes lideres, eu tinha visto com o
Sr. Presidente da Câmara estas duas possibilidades e o Sr. Presidente da Câmara colocou logo na
agenda 2.ª feira ou 3.ª feira para vermos aqui face às disponibilidades, eu pergunto aos lideres dos
grupos municipais se é possível em vez de 2.ª feira fazer-se na 3.ª feira, Paulo Silva?”.
Paulo Silva, da CDU, disse: “A bancada da CDU pode”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Samuel Cruz, no PS não há impedimentos certo?
PSD, Rui?”.
Rui Belchior, do PSD, disse: “Por nós também não há nenhum obstáculo, pode ser na 3.ª feira”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Vítor Cavalinhos?”
Vítor Cavalinhos, do BE, disse: “Para nós também pode ser 3.ª feira”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “André Nunes”.
André Nunes, do PAN, disse: “Posso”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “João Rebelo”.
João Rebelo, do CDS/PP, disse: “Também pode ser”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Carlos Reis?”.
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O Presidente da Junta de Freguesia de Fernão Ferro, disse: “Sim também”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Então, está confirmada a sessão da Assembleia
Municipal a 1.ª sessão extraordinária para 3.ª feira, às 20 horas”.
Dra. Madalena Silva disse: “Se houver lugar a substituições que façam um esforço para que elas
possam ocorrer 2.ª feira porque pode-se dar o caso de haver impedimentos de as pessoas
estarem, dava jeito que pudesse ser 2.ª feira para eu depois na 3.ª feira de manhã ou inicio da
tarde mandar o convite já com os substitutos ativos, está bem? Se puder ser, se não puder ser
também se faz substituições à ultima da hora como se fez hoje mas não é o ideal porque depois
perdemos mais tempo no inicio”.
Sara Lopes do PS disse: “Pode-se contar já com o Rui Parreira”.
Dra. Madalena Silva disse: “Ok”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “O convite às 19:30 com a experiência que tivemos
hoje, estamos em condições de em 30 minutos estarmos a funcionar”.
Dra. Madalena Silva disse: “Eu posso mandar o convite uma hora antes, depois quem tiver
disponível vai entrando”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Então, a partir das 19 horas está ativo na 3.ª feira”.
Dra. Madalena Silva disse: “O convite vai mais cedo para as pessoas receberem e se por acaso não
receberem o convite um e-mail até às 3 da tarde digam para eu voltar a mandar não vá haver
algum problema no e-mail e depois a partir das 7, eu ativo a reunião, quem for chegando vai
entrando e espera com as coisas já ligadas e facilita o começo”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais uma vez obrigado a todos Sr. Presidente, srs.
membros da assembleia e à nossa equipa, à dra. Madalena e ao Vítor Mourão que tiveram um
papel fundamental no que foi esta primeira experiência com esta dimensão e que no conjunto
funcionou bem e quero registar isso, até porque o trabalho de preparação não apenas isto que se
viu, tem muito trabalho por trás evidentemente, no envio da documentação da Câmara, para fazer
chegar a todos atempadamente e dos muitos detalhes que tem um funcionamento destes que nós
não tínhamos experiência. Obrigado, bom fim de semana, até 3.ª feira”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “
Nada mais havendo a tratar, O Presidente da Assembleia Municipal deu os trabalhos por
encerrados, agradecendo a presença do executivo municipal e dos membros deste Órgão.
A sessão terminou cerca da 17:30 horas do dia 17 de Abril
Nos termos do art.º 5.º do Decreto-Lei nº 45362 de 21 de Novembro de 1963 (com a redação
atualizada pelo Decreto-Lei nº 334/82 de 19 de Agosto, e de acordo com uma interpretação
extensiva), os documentos mencionados são arquivados, ora em pasta anexa à presente ata, ora
no respetivo processo.

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Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 02/2020
2.ª Sessão Ordinária – 17 de abril de 2020
Sempre que se indicou ter sido tomada qualquer deliberação, dever-se-á entender ter sido
aprovado nos termos e para efeitos do disposto no art.º 92.º da Lei nº 169/99, de 18 de setembro,
com a redação atualizada pela Lei nº 5-A/2002, de 11 de janeiro, e com as alterações introduzidas
pela Lei nº 67/2007, de 31 de dezembro e pela Lei nº 75/2013, de 12 de setembro.
Para constar se lavrou a presente ata que vai ser assinada pelo Presidente e Secretários em
exercício:
O Presidente da Assembleia Municipal:

O Primeiro Secretário:

A Segunda Secretária:

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Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 03/2020
1.ª Sessão Extraordinária – 21 de abril de 2020

A T A nº 03/2020
Aos vinte e um dias de Abril de dois mil e vinte , reuniu a Assembleia Municipal do Seixal, na sua
1ª sessão extraordinária de 2020, por videoconferência, em consequência da pandemia da doença
COVID-19, e atendendo às medidas decretadas pela declaração do estado de emergência, nos
termos do artigo 3º e do número 1 do artigo 5º da Lei º 1-A/2020, de 19 de março, alterada e
republicada pela Lei nº 4-B/2020, de 6 de Abril, presidida por Alfredo José Monteiro da Costa e
secretariada pelo 1º Secretário, Américo Augusto de Oliveira da Costa, e pela 2ª secretária, Sara
Sofia Oliveira da Silva Lopes Oliveira, com a seguinte Ordem de Trabalhos, divulgada pelo edital nº
07/2020 de 19 de Abril
I – PERÍODO DA ORDEM DO DIA.

1- Grandes Opções do Plano e Orçamento para 2020. 1ª Revisão. Ratificação

Estiveram presentes, para além dos membros da Mesa:


Da CDU: Paulo Alexandre da Conceição Silva, Custódio Luís Quaresma Jesus de Carvalho, Maria
Júlia dos Santos Freire, Hernâni José Pereira Peixoto Magalhães, Nuno Filipe Oliveira Graça,
Fernando Júlio da Silva e Sousa, Carlos Alberto de Sousa Pereira, Gonçalo Rui de Oliveira, Almira
Maria Machado dos Santos e Paula Santos, Rui Fernando Valente Algarvio.
Do PS: Samuel Pedro da Silva Cruz, Bruno António Ribeiro Barata, Luís Pedro de Seia Gonçalves,
Célia Maria Martins Cunha, Jorge Leonel Vaz Freire, Nelson Filipe Lampreia de Oliveira Patriarca,
Rui Miguel Santos Brás, Sérgio Miguel Carreiro Ramalhete, Marta Sofia Valadas Barão e Tomás
Batista Costa dos Santos.
Do PSD: Rui Miguel Lança Belchior Pereira, Rui Alexandrino Calção Mendes, Maria Luísa Marques
da Gama e Duarte Sérgio dos Santos Melo Correia.
Do BE: Vítor Cavalinhos, Eduardo Manuel Lino Grêlo e Francisco Sagorro da silva
Do PAN: Nuno André Batista Nunes
Do CDS-PP: João Guilherme Nobre Prata Fragoso Rebelo.
Estiveram ainda presentes os Presidentes de Junta de Freguesia de Amora, Corroios, Fernão Ferro
e da União das Freguesias do Seixal, Arrentela e Aldeia de Paio Pires, respetivamente, Manuel
Ferreira Araújo, Eduardo Rosa, Carlos Reis e António Santos.
Registaram-se as seguintes substituições:
No grupo municipal da CDU: Ana Inácio por Almira Santos.
Para além do Presidente da Câmara Municipal do Seixal, Joaquim Cesário Cardador dos Santos,
estiveram presentes os seguintes Vereadores:

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Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 03/2020
1.ª Sessão Extraordinária – 21 de abril de 2020
Joaquim Carlos Coelho Tavares, Maria João Varela Macau, Eduardo Rodrigues, Marco Fernandes,
Elizabete Pereira Adrião, Nuno Moreira, Manuel Pires e Francisco Morais.

A Sessão teve início cerca das 21:10 horas e terminou pela 23:57h do dia 21 de Abril de 2020.
O atraso do inicio dos trabalhos ficou a dever-se a problemas técnicos com o Webex. Também de-
vido a problemas técnicos a gravação áudio da sessão não apresentou condições para ser possível
a sua transcrição pelo que a presente ata será redigida a partir da minuta elaborada pelo 1º secre-
tário, Américo Costa, durante a sessão, aprovada por unanimidade no final da mesma.

O Presidente da Assembleia Municipal abriu os trabalhos saudando os presentes, informando que


as limitações resultaram do modelo adotado, mas com possibilidades de se assegurar o normal
funcionamento. Informou que no dia anterior se tinha realizado a reunião da Comissão
Permanente de Desenvolvimento Estratégico, Finanças, Comunicação, Controlo interno e
Qualidade. Informou ainda que a Conferência de Líderes realizar-se-ia dentro do mesmo modelo.
De seguida o presidente indicou as substituições – no grupo municipal da CDU Ana Inácio por
Almira Santos – bem como os tempos que cada grupo municipal teria: CDU – 34’; PS – 26’; PSD –
16’; BE – 14’; PAN – 10’; CDS-PP – 10’; PFF – 10’ e Câmara – 30’, informando igualmente que os
grupos municipais da CDU e PS têm direito a intervir com dois dos seus membros e os outros
grupos municipais somente com um membro. Referiu que os líderes devem manifestar o sentido
de voto do respetivo grupo municipal e cada eleito manifestará igualmente o seu voto por escrito.
Passou de seguida ao ponto único da ordem de trabalhos, Grandes Opções do Plano e Orçamento
para 2020. 1ª Revisão. Ratificação.

I. PERÍODO DA ORDEM DO DIA.


I. 1 – Grandes Opções do Plano e Orçamento para 2020. 1ª Revisão. Ratificação.
(Documento anexo à ata com o número 1)
O Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra ao Presidente da Câmara.
O Presidente da Câmara Municipal fez a apresentação do tema evidenciando as respetivas
questões centrais e colocando-se à disposição para dar todas as respostas a todas as situações que
os senhores eleitos pudessem vir a apresentar. Referiu ainda que as despesas relacionadas com a
COVID atingiram os 3 milhões de euros e com o pessoal 2 milhões de euros.
O Presidente da Assembleia Municipal perguntou quem queria intervir, dando a palavra ao eleito
João Rebelo.

João Rebelo, do CDS-PP, disse que era certo o descalabro, desde há alguns anos, e tal se deveu ex-
clusivamente à CDU. Não sabendo se se iria conseguir atingir o cumprimento de todo o orçamento
devido à crise da COVID . A situação exigia medidas de prevenção e o regresso a alguma normali-

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Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 03/2020
1.ª Sessão Extraordinária – 21 de abril de 2020
dade, perguntando se o Presidente da Câmara iria distribuir máscaras. Afirmou que nas escolas
ainda havia muito por fazer. Anunciou que o CDS iria votar contra o Orçamento.

O Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra ao eleito André Nunes do PAN

André Nunes, do PAN, informou que o PAN apresentou na Assembleia da República sobre o tema
COVID, vários projetos, referindo que dos 23 milhões só 3 se destinavam a COVID 19. A Câmara
Municipal do Seixal estaria a agir ao abrigo da legislação recentemente aprovada e, a tramitação
do saldo de gerência justificava-se para dar resposta à excecionalidade, resultante da COVID 19.
Afirmou que esta revisão orçamental não seria a última, mas servia para aproveitamento em tem-
po eleitoral.

O Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra ao eleito Bruno Barata do PS.

Bruno Barata, do PS, disse que a proposta de revisão tem a fantasia de querer juntar “o sol na eira
e a chuva no nabal”, afirmando ainda que 20 milhões vinham das contas de 2019 e que se coloca
as contas à frente das pessoas; referiu ainda que as despesas de capital correspondem somente a
9% do investimento. Disse ainda que a Câmara Municipal do Seixal deixou de avaliar os trabalhado-
res desde 2011, referindo que a opção gestionária não estava prevista no orçamento anterior, e o
PS justificou o seu voto, referindo ainda que o PS tem muito orgulho do que fez.

O Presidente da Assembleia Municipal deu de seguida a palavra ao eleito Rui Belchior do PSD

Rui Belchior, do PSD, leu uma intervenção escrita onde afirmou que o Orçamento correspondia às
opções políticas e estratégicas da CDU e, por isso, o PSD iria votar contra. Referiu que apenas 3 mi -
lhões de euros se destinavam a COVID 19 e que o PSD não podia nem devia vincular-se a opções
políticas alheias; recusa o modelo do “one man show” em que o Presidente da Câmara insiste,
bem como a opção pela propaganda da sua própria imagem. E disse ainda que a COVID 19 não de-
veria ser a razão de todas as desculpas.

O Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra ao eleito Vítor Cavalinhos do BE

Vítor Cavalinhos, do BE, disse que o Bloco partia do principio que a revisão valorizava e ia ao en-
contro de alguns interesses da população, mas tinha duvidas sobre várias rubricas. Afirmou ainda
que o Bloco não estava de acordo com os gastos em outdoors e que as autarquias se deviam pre-
parar para responder à crise do COVID.

O Presidente da Assembleia Municipal, deu a palavra ao eleito Paulo Silva da CDU

Paulo Silva, da CDU, saudou a Assembleia Municipal por se estar a conseguir a normalidade com
as contas de 2019 e com a integração do saldo dessas mesmas contas, saudou o 25 de abril em
nome dos eleitos da bancada da CDU e o Cantar o Grândola às 15h do dia 25 de abril. Saudou ain -
da o 1º de Maio fazendo votos para que fosse uma grande jornada de luta pelos direitos dos traba-
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Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 03/2020
1.ª Sessão Extraordinária – 21 de abril de 2020
lhadores. Saudou também a Câmara Municipal do Seixal que está de parabéns pelas obras que
propôs; em primeiro lugar na área da educação, com a remoção do amianto das escolas do primei-
ro ciclo, nas outras escolas de 2º e 3º ciclo a responsabilidade é do Poder Central e lá existiam gra-
ves problemas nessa matéria, mantendo-se a situação, apesar das lutas e avisos das populações.
Era igualmente de relevar o apoio ao movimento associativo e as obras de proximidade. Relativa-
mente à COVID, afirmou que o município do Seixal esteve sempre na linha da frente nos apoios à
população e aquisição de equipamentos, respondendo pela positiva a solicitações do HGO.

O Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra ao eleito Samuel Cruz do PS

Samuel Cruz, do PS, saudou os docentes do concelho do Seixal e os trabalhadores da Câmara Mu-
nicipal do Seixal que asseguram a resposta à situação de crise. Saudou igualmente as datas que se
avizinham, o 25 de Abril e o 1º de Maio, referiu que na Assembleia Municipal faltava a participação
da população, pois as sessões da Assembleia Municipal poderiam ser abertas à população. Sobre
os amiantos das escolas, afirmou que havia um que faz mal, cuja a remoção é da responsabilidade
da Administração Central, que o outro, até eventual, faria bem, que é o removido pela câmara Mu-
nicipal do Seixal. Perguntou porque é que não abria o CDA de Fernão Ferro. Referiu alguns investi-
mentos do poder central no concelho, nomeadamente, o Centro de saúde de Corroios e o Quartel
de Bombeiros de Fernão Ferro. Afirmou que o estatuto da oposição não está a ser cumprido pois
não tinham sido ouvidos os partidos sem acento parlamentar na Assembleia Municipal, referiu que
os 3 milhões de euros destinados a COVID não era de todo a verba que se pretendia para esta fase.
Afirmou ainda que houve crescimento nas verbas do poder Central para as autarquias e que só não
há mais transferências para a Câmara porque esta recusa a transferência de competências. Disse
que o saldo de gerência devia ser um investimento e não foi tido como tal. Tinha sido uma enume -
ração de coisas que foram anunciadas e não foram realizadas, o problema foi mesmo a falta de
concretização da Câmara Municipal do Seixal.

O Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra ao eleito Paulo Silva da CDU

Paulo Silva, da CDU, referiu que o CDS anunciou o “descalabro das contas camarárias” mas como
se encontrou a solução para os problemas nada disse, sendo certo que a Câmara Municipal do Sei-
xal deu um exemplo de boa gestão; afirmou ainda que as contas não são, como todos sabem, o
forte do Bruno Barata. Sobre a opção gestionária afirmou que quando o orçamento de 2019 foi re-
provado pelo PS, nem uma palavra tinha sido dita sobre essa matéria, sendo certo que ela lá esta-
ria incluída. Sobre o PSD, afirmou que o eleito Rui Belchior, na sua referencia ao movimento associ-
ativo, o que criticou foi como dirigente de uma grande coletividade do concelho do seixal que rece-
be um apoio da Câmara

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Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 03/2020
1.ª Sessão Extraordinária – 21 de abril de 2020
O Presidente da Assembleia Municipal, a pedido do eleito André Nunes, informou que o PAN tem
7” gastos. Informou e solicitou a todos que não utilizassem o “bate papo” para troca de mensagens
para não complicarem a direção dos trabalhos, relativamente aos tempos e às inscrições, informou
ainda dos tempos que cada grupo municipal tinha ao seu dispor. De seguida deu a palavra ao eleito
Samuel Cruz do PS

Samuel Cruz, do PS, disse que a referencia sobre o “bate papo” era que havia um estudo sobre a
questão do amianto que já tinha sido solicitado à Câmara Municipal Seixal e, não tinha havido res-
posta, por parte do Presidente da Câmara; disse ainda que as principais medidas têm a ver com
construção de pavilhões, mas a verdade é que estes não tem sido utilizados. Perguntou se o Se-
nhor presidente da Câmara Municipal do Seixal não achava que tinha havido uma má previsão?”

O Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra ao eleito Vítor Cavalinhos do BE

Vítor Cavalinhos, do BE. disse que não houve consulta aos partidos que não tem assento na As-
sembleia Municipal, neste caso relativamente ao Orçamento Retificativo. Sobre a comemorações
do 25 de abri, declarou que a agenda deveria ser publicada nas redes sociais.

O Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra ao eleito Paulo Silva da CDU

Paulo Silva, da CDU, disse que não tinha havido precipitação no apoio à instalação hospitalar em
Almada, que tinha sido resposta a uma solicitação do HGO, no Pavilhão Municipal da Torre da Ma-
rinha.

O Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra ao eleito Samuel Cruz do PS

Samuel Cruz, do PS, referiu o estatuto da oposição artº5 nº3 que não está a ser cumprido e, a seu
tempo, ver-se-ia o que tinha sido solicitado pelas autoridades de saúde e o que não foi.

O Presidente da Assembleia Municipal apresentou a lista dos tempos PS -19’; CDU – 31’; PSD 16’,
Bloco já não tinha tempo, PAN 7’ e CDS 7’. de seguida deu a palavra ao eleito João Rebelo do CDS

João Rebelo, do CDS-PP, disse não aceitar a crítica ao CDS sobre a sua não participação nas come-
morações da Assembleia da República.

Samuel Cruz, do PS, pediu defesa da honra.

O Presidente da Assembleia Municipal, deu a palavra ao eleito Samuel Cruz do PS para defesa da
honra.

Samuel Cruz, do PS, afirmou que a referência à Câmara Municipal de Almada por ter recusado o
apoio à instalação hospitalar solicitada pelo HGO, não correspondia à realidade.

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Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 03/2020
1.ª Sessão Extraordinária – 21 de abril de 2020
Paulo Silva da CDU, pediu a palavra para perguntar se havia certeza dos tempos apresentados

O Presidente da Assembleia Municipal apresentou 3 notas: para além do quadro de excecionali-


dade em que se está a viver, anunciou para 5ª feira a reunião de lideres; disse que o orçamente de
estado para 2020 já previa o saldo da conta de gerência, aprovado nas contas do ano anterior; dis-
se ainda que as transferências para as Autarquias Locais são graduadas pela lei das Finanças Locais
e assentam numa percentagem de 19,5% de 3 impostos. O crescimento é simplesmente resultante
da aplicação da lei; afirmou que o estatuto da oposição se aplica ao orçamento anual e não às revi-
sões orçamentais. Sobre as comemorações do 25 de Abril afirmou que esta era uma matéria sem -
pre relacionada com o executivo municipal, que naturalmente as promove, mas que tinha ficado
registada a posição dos senhores eleitos. De seguida deu a palavra ao eleito Vítor Cavalinhos.

Vítor cavalinhos, do BE, disse que a proteção de dados não era só responsabilidade CMS

O Presidente da Assembleia Municipal deu ao Presidente da Câmara Municipal.

O Presidente da Câmara Municipal interveio, mas não há notas sobre a sua intervenção.

Samuel Cruz do PS pediu defesa da honra

O Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra ao eleito Samuel Cruz do PS para defesa da
honra

Samuel Cruz, do PS, disse que tinha sido arranjada uma forma de lhe chamar malcriado, mas a sua
posição não foi de falta de educação, foi de impedimento do não cumprimento do regimento.

O Presidente da Assembleia Municipal disse que a defesa da honra tinha sido apresentada depois
de se ter esgotado o tempo dos grupos municipais e que o eleito Samuel Cruz passava a vida a
questionar o Presidente. Perguntou se seria porque o Samuel Cruz queria ser o novo presidente da
Assembleia Municipal, afirmando que não aceita os questionamentos sucessivos por parte do
eleito. Colocou o documento a votação

Aprovada a Deliberação nº08XII/2020 por maioria e em minuta com:

 Dezanove (19) votos a favor dos seguintes eleitos:

- Do grupo municipal da CDU: 16

- Do grupo municipal do BE: 2

- Do presidente da JFFF: 1

 Quatro (4) votos contra dos seguintes eleitos:

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Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 03/2020
1.ª Sessão Extraordinária – 21 de abril de 2020
- Do grupo municipal do PSD: 4

 Treze (13) abstenções dos seguintes eleitos:

- Do grupo municipal do PS: 11

- Do grupo municipal do PAN: 1

- Do grupo municipal do CDS-PP: 1


O Presidente da Assembleia Municipal colocou de seguida a minuta da ata a votação
I.2.Minuta da Ata – Aprovação.

Aprovada a Deliberação nº 09/XII/2020 por unanimidade e em minuta com:

 Trinta e seis (36) votos a favor dos seguintes eleitos:

- Do grupo municipal da CDU: 16

- Do grupo municipal do PS: 11

- Do grupo municipal do PSD: 4

- Do grupo municipal do BE: 2

- Do grupo municipal do PAN: 1

- Do grupo municipal do CDS-PP: 1

- Do presidente da JFFF: 1

O Presidente da Assembleia Municipal disse que nada mais havendo a tratar, dava os trabalhos
por encerrados, agradecendo a presença do executivo municipal e dos membros deste Órgão.
A sessão terminou cerca da 23:57 horas do dia 21 de Abril
Nos termos do art.º 5.º do Decreto-Lei nº 45362 de 21 de Novembro de 1963 (com a redação
atualizada pelo Decreto-Lei nº 334/82 de 19 de Agosto, e de acordo com uma interpretação
extensiva), os documentos mencionados são arquivados, ora em pasta anexa à presente ata, ora
no respetivo processo.
Sempre que se indicou ter sido tomada qualquer deliberação, dever-se-á entender ter sido
aprovado nos termos e para efeitos do disposto no art.º 92.º da Lei nº 169/99, de 18 de setembro,

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Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 03/2020
1.ª Sessão Extraordinária – 21 de abril de 2020
com a redação atualizada pela Lei nº 5-A/2002, de 11 de janeiro, e com as alterações introduzidas
pela Lei nº 67/2007, de 31 de dezembro e pela Lei nº 75/2013, de 12 de setembro.
Para constar se lavrou a presente ata que vai ser assinada pelo Presidente e Secretários em
exercício:
O Presidente da Assembleia Municipal:

O Primeiro Secretário:

A Segunda Secretária:

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Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 04/2020
3.ª Sessão Ordinária – 30 de junho de 2020

A T A nº 04/2020
Aos trinta dias de junho de dois mil e vinte , reuniu a Assembleia Municipal do Seixal, na sua 3ª
sessão ordinária de 2020, por videoconferência, em consequência da pandemia da doença COVID-
19, e atendendo às medidas decretadas pela declaração do estado de emergência, nos termos do
artigo 3º e do número 1 do artigo 5º da Lei º 1-A/2020, de 19 de março, alterada e republicada
pela Lei nº 4-B/2020, de 6 de Abril, presidida por Alfredo José Monteiro da Costa e secretariada
pelo 1º Secretário, Américo Augusto de Oliveira da Costa, e pela 2ª secretária, Sara Sofia Oliveira
da Silva Lopes Oliveira, com a seguinte Ordem de Trabalhos, divulgada pelo edital nº 07/2020 de
19 de Abril
I – PERÍODO DE ANTES DA ORDEM DO DIA.

II – PERÍODO DA ORDEM DO DIA.

II.1. Apreciação de informação da Câmara, sobre a atividade desta, nos termos e para efeitos
das alíneas a) e b) do n.º 2 do art.º 25.º do Anexo I à Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro.
II.2. Apreciação de informação do Presidente da Câmara, sobre a atividade do município e
situação financeira do mesmo, nos termos e para efeitos da alínea c) do n.º 2 do art.º 25.º
do Anexo I à Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro.
II.3. Estatuto Remuneratório do Coordenador da Proteção Civil.
II.4. Adesão ao Pacto de Autarcas para o clima e energia.
II.5. Estádio da Medideira. Constituição do direito de superfície a favor do Amora Futebol Clube.
Aprovação.
II.6. Associação Portuguesa dos Municípios com Centro Histórico. Aceitação dos Estatutos. Ade-
são.
Estiveram presentes, para além dos membros da Mesa:
Da CDU: Paulo Alexandre da Conceição Silva, Custódio Luís Quaresma Jesus de Carvalho, Maria
Júlia dos Santos Freire, Hernâni José Pereira Peixoto Magalhães, Nuno Filipe Oliveira Graça,
Fernando Júlio da Silva e Sousa, Carlos Alberto de Sousa Pereira, Gonçalo Rui de Oliveira, Almira
Maria Machado dos Santos e Paula Santos, Ana Luísa Inácio.
Do PS: Bruno António Ribeiro Barata, Luís Pedro de Seia Gonçalves, Célia Maria Martins Cunha,
Nelson Filipe Lampreia de Oliveira Patriarca, Rui Miguel Santos Brás, Sérgio Miguel Carreiro
Ramalhete, Marta Sofia Valadas Barão e Tomás Batista Costa dos Santos, Maria Virgínia Dias e Rui
Jorge Parreira.
Do PSD: Rui Miguel Lança Belchior Pereira, Ricardo Manuel Moraes Soares, Maria Luísa Marques
da Gama e Duarte Sérgio dos Santos Melo Correia.

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Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 04/2020
3.ª Sessão Ordinária – 30 de junho de 2020
Do BE: Vítor Cavalinhos, Eduardo Manuel Lino Grêlo e Francisco Sagorro da Silva
Do PAN: António Sota Martins
Do CDS-PP: João Guilherme Nobre Prata Fragoso Rebelo.
Esteve ainda presente o Presidentes de Junta de Freguesia Fernão Ferro, Carlos Reis, e Manuel
Carvalho, Orlando Ribeiro e Helena Quintas em substituição dos Presidentes de Junta de
Freguesias Seixal Arrentela e Paio Pires (União), Corroios e Amora respetivamente.
Registaram-se as seguintes renuncias de mandato:

No grupo municipal do PS: Milton Simões que é substituído por Rui Parreira.

No grupo municipal do PSD: Rui Mendes que é substituído por Ricardo Soares

Mantêm-se as suspensões de Maria João Santos, da CDU, que é substituída por Gonçalo Rui Olivei -
ra e de Sandra Sousa, do BE, que é substituído por Francisco Silva.

Registaram-se as seguintes substituições:


No grupo municipal da CDU: Rui Algarvio por Almira Santos.
No grupo municipal do PS: Samuel Cruz por Maria Virgínia Dias.
No grupo municipal do PAN: André Nunes por António Sota Martins.

Para além do Presidente da Câmara Municipal do Seixal, Joaquim Cesário Cardador dos Santos,
estiveram presentes os seguintes Vereadores:
Maria Manuela Calado, Joaquim Carlos Coelho Tavares, José Carlos Gomes, Maria João Varela
Macau, Eduardo Rodrigues, Marco Fernandes, Elizabete Pereira Adrião, Nuno Moreira, Manuel
Pires e Fátima Barata

Devido a um problema técnico, a gravação áudio da sessão não apresenta condições para ser pos-
sível a sua transcrição, pelo que a presente ata é redigida a partir da minuta da ata elaborada pelo
1º Secretário, Américo Costa, durante a sessão, minuta aprovada por unanimidade no final da mes-
ma.

A Sessão teve início cerca das 20:30 horas


O Presidente da Assembleia Municipal abriu os trabalhos, saudando os presentes e anunciou que
a próxima assembleia seria a 23 de julho, e que o modelo do seu funcionamento estava dependen-
te de legislação a atualizar e publicar e naturalmente do quadro Covid e da DGS, iríamos preparar a
sua realização com carácter presencial. Apresentou o quadro das substituições e das suspensões
de mandato, informando que naquele dia se realizariam Assembleias de Freguesias e daí a substi-
tuições dos respetivos Presidentes, solicitou ainda que o som deveria estar desligado para efeitos
de melhoria de comunicação. Anunciou ainda o modelo de gestão das intervenções: Inscrição no
“bate papo”, por blocos, ou seja, dois blocos de intervenção por cada período. Havendo necessida -

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Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 04/2020
3.ª Sessão Ordinária – 30 de junho de 2020
de poder-se-ia considerar a hipótese de mais intervenções. Quanto ao modelo de votação apresen-
tar-se-ia primeiramente, no “bate papo, o voto a favor, seguidamente o voto contra e depois o voto
de abstenção. Informou que a 2ª secretária iria apresentando os tempos. Lembrou que a defesa da
honra deveria corresponder à base regimental da sua consideração. Informou que estariam 11 do-
cumentos para o PAOD, perguntando se haveria propostas de aglutinação de alguns documentos,
dando de seguida a palavra ao eleito Paulo Silva.

Paulo Silva, da CDU, propôs que as saudações da CDU e do CDS, sobre trabalhadores na linha da
frente fossem discutidas em conjunto, sugerindo o mesmo para as moções sobre salubridade e ris-
co da CDU e do BE.

O Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra ao eleito Bruno Barata

Bruno Barata, do PS, afirmou que estariam de acordo com a proposta do Paulo Silva, acrescentan-
do para discussão conjunta as propostas do ponto I.1 e I.6, da CDU e do PS, sobre o amianto, com a
votação em separado

O Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra ao eleito Paulo Silva

Paulo Silva, da CDU, disse não estar de acordo com a sugestão do PS

Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra ao eleito Rui Belchior

Rui Belchior, do PSD, disse estar de acordo com a proposta do Paulo Silva, mas também com a do
Bruno Barata.

Os eleitos, Vítor Cavalinhos, João Rebelo, André Martins e Carlos Reis, manifestaram o seu apoio à
proposta inicial do Paulo Silva que, assim, foi aceite para a ordenação dos trabalhos.

I – PERÍODO DE ANTES DA ORDEM DO DIA

I.1 O Grupo Municipal da CDU apresentou a moção «Pela Urgente Requalificação da Escola
António Augusto Louro», subscrita por Paulo Silva
(documento anexo à ata com o nº1)
O Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra ao eleito Paulo Silva.
Paulo Silva, da CDU, fez a apresentação simplificada da moção com leitura das conclusões.
O Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra ao eleito Tomás Santos.
Tomás Santos, do PS, a moção confirma a existência da remoção do amianto na requalificação da
escola, afirmou que o Paulo Silva deveria ter esse conhecimento. A Escola António Augusto Louro
estaria contemplada na moção do PS, que trazia a defesa do governo que tem que equilibrar todos
os interesses, o PS estaria de acordo com o conteúdo da moção da CDU - A Escola António Augus-
to Louro deve ser requalificada – e com ação junto do Ministério da Educação em âmbito próprio.

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Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 04/2020
3.ª Sessão Ordinária – 30 de junho de 2020
O Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra ao eleito Rui Belchior.

Rui Belchior, do PSD, disse que as moções deveriam ter sido discutidas em conjunto, o governo fez
um despacho “à la longue”: disse que ia fazer, mas teria de ser com intervenção imediata. Afirmou
que a CDU não conseguia nada com a geringonça e apresenta moções não concordantes com o go-
verno, como por exemplo o hospital. O PSD votará a favor.
A 2ª secretária, Sara Lopes, do PS, solicitou a palavra pedindo um pouco mais de tempo para per-
mitir a contabilização dos tempos gastos pelos Srs. eleitos
O Presidente da Assembleia Municipal disse estar de acordo com esta solicitação, dando de segui-
da a palavra ao eleito João Rebelo
João Rebelo, do CDS-PP, disse que a votação do CDS seria a favor; há necessidade urgente da reti-
rada do amianto, a Assembleia Municipal deverá dar sinal para dizer que este problema deve ser
resolvido.
O Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra ao eleito Bruno Barata.

Bruno Barata, do PS, em resposta ao eleito Rui Belchior, disse ser demagógica a sua posição e que
o governo fez proposta para resolver a questão do amianto e que ela obriga a um necessário pla -
neamento.
O Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra ao eleito Rui Belchior.

Rui Belchior, do PSD, afirma que é reciproca a sua estima para com o Bruno Barata, mas isso nada
tinha a ver com a posição do PS, que é sempre uma projeção para o futuro; seria normal que as
pessoas deixassem de acreditar (o mesmo para o hospital).
O Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra ao Presidente da Câmara Municipal, Joaquim
Santos.
O Presidente da Câmara Municipal disse que para além da cobertura das escolas também a cober-
tura da Sociedade Filarmónica União Seixalense iria ser intervencionada; a câmara Municipal já te-
ria aprovado verba, outras instituições também foram consideradas. O problema é global para
todo o país e as soluções não deveriam ser sectorizadas. Os deputados do PS tiveram posições di-
ferentes na Assembleia da República. A Câmara Municipal continuará o seu programa nas escolas.
O Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra ao proponente.
Paulo Silva, da CDU, disse que o problema se resolvia na prática e não com promessas ou planos.
Deputados do PS votaram contra nas moções apresentadas pelo PSD, PAN, etc., apresentadas na
Assembleia da República. Logo isso não seria urgente para o PS.
O Presidente da Assembleia Municipal colocou o documento à votação.

Aprovada a Deliberação nº 16/XII/2020 por unanimidade e em minuta com:

 Trinta e sete (37) votos a favor dos seguintes eleitos:


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3.ª Sessão Ordinária – 30 de junho de 2020
- Do grupo municipal da CDU: 16

- Do grupo municipal do PS: 11

- Do grupo municipal do PSD: 4

- Do grupo municipal do BE: 3

- Do grupo municipal do PAN: 1

- Do grupo municipal do CDS-PP: 1

- Do presidente da JFFF: 1

I.2 O Grupo Municipal do PS apresentou a moção «A boa governança da Câmara Municipal do


Seixal pode ser uma realidade», subscrita por Tomás Santos.
(documento anexo à ata com o nº 2)
O Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra ao proponente.
Tomás Santos, do PS, fez a apresentação sumária do documento. Disse que seria necessário escla-
recer dúvidas que possam existir, sobre a evocação ao direito à imagem para impedir a gravação
das assembleias municipais. Disse que o jurista Gomes Canotilho referia que a boa governação e o
respeito pelos direitos humanos e as liberdades fundamentais, perguntando à CDU se quer conti-
nuar com a má governança ou acompanha a proposta de Gomes Canotilho.
O Presidente da Assembleia Municipal perguntou quem pretendia intervir, dando a palavra de se-
guida a Paulo Silva.
Paulo Silva, da CDU, disse que o PS tinha muita dificuldade em perceber a ideia de que as freguesi-
as são um órgão autárquico e os municípios são outro, e desconheciam o mais básico sobre os ór-
gãos autárquicos, querendo se imiscuir nas freguesias. Para o PS a boa governança seria haver
transmissões na internet e isso seria muito redutor. A CDU defende uma boa governação responsá-
vel, o PS recusa aceitar o parecer da Comissão de Proteção de dados. O PS quando algumas opi-
niões de órgão não estão de acordo com a sua vontade deixa de os referir, as reuniões são públicas
com exceção dessa e da anterior, e a sua gravação é para efeito da elaboração das atas. Disse ainda
que a CDU não concordava que a boa governação só fosse considerada quando a transmissão fosse
feita pela internet.
O Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra ao eleito João Rebelo.
João Rebelo, do CDS-PP, disse concordar com a moção, mas este debate tem decorrido em sede
de regimento. O on-line e o Boletim Municipal são maneiras de assumir visibilidade. A proposta vi -
nha fora de tempo, pois iriam voltar ao tema dali a duas semanas.
O Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra ao eleito Rui Belchior.

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Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 04/2020
3.ª Sessão Ordinária – 30 de junho de 2020
Rui Belchior, do PSD, afirmou que se divertiu a ler a moção, o PS tinha feito uma tentativa de trata-
do sobre a boa governança, mas esta não se limitava às transmissões on-line.
O Presidente da Assembleia Municipal deu informação sobre os tempos, dando de seguida a pala-
vra a Vítor Cavalinhos.
Vítor Cavalinhos, do BE, disse que a moção é um tratado, tinha ficado deveras impressionado. A
Assembleia Municipal já tinha votado as transmissões, mas o objeto dessa moção estria em debate
na comissão de regimento, essa moção era para pressionar o debate e os partidos. O BE abster-se-
ia.
O Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra ao eleito Bruno Barata.
Bruno Barata, do PS, perguntou o porquê daquele assunto e se era para preencher agenda políti-
ca, disse que o PS se sentia defraudado, o assunto estaria a ser arrastado e havia duvidas se se che-
garia à questão das transmissões on-line das assembleias, admitindo que esta pandemia trouxe al-
guns pensamentos progressistas ao PCP. A questão da proteção de dados é uma falsa questão. A
transparência sim. Sentia-se feliz por toda a oposição estar neste barco da transparência. Estar-se-
ia a adiar esta questão, mas em 2021, com outra força política no poder isso seria decidido.
O Presidente da Assembleia Municipal disse que as decisões são da assembleia municipal, essa
matéria não estava em programa eleitoral, mas não estava fechada, está em sede da comissão de
regimento/lideres.
O Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra ao Presidente da Câmara.
O Presidente da Câmara Municipal afirmou que não se revia minimamente nessa moção no que
diz respeito ao combate à corrupção, perguntou se a TV seria importante no combate à corrupção.
Se assim fosse o José Sócrates e outros ministros teriam sido presos.
O Presidente da Assembleia Municipal informou que o PS teria esgotado o tempo e o Tomás San-
tos não pode intervir.
Bruno Barata, do PS, pediu que que o esclarecessem se na questão do tempo existia a questão de
o tempo aumentar ou duplicar.
O Presidente da Assembleia Municipal disse que não existia permissão para utilização de tempo
suplementar, afirmou ainda que era inaceitável o momento de apresentação dessa moção quando
a comissão de lideres se encontra a discutir esse assunto, lembrou ainda o processo de votação
por grupo municipal sem prejuízo do voto individual dos senhores eleitos. Colocando de seguida o
documento à votação

Reprovada, a Deliberação nº 09/XII/2020, pelo voto de qualidade do Presidente da


Assembleia e em minuta com:

 Dezassete (17) votos a favor dos seguintes eleitos:

- Do grupo municipal do PS: 11


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Ata n.º 04/2020
3.ª Sessão Ordinária – 30 de junho de 2020
- Do grupo municipal do PSD: 4

- Do grupo municipal do PAN: 1

- Do grupo municipal do CDS-PP: 1

 Dezassete (17) votos contra dos seguintes eleitos:

- Do grupo municipal da CDU: 16

- Do presidente da JFFF: 1

 Três (3) abstenções dos seguintes eleitos:

 - Do grupo municipal do BE: 3

A moção foi reprovada com o voto de qualidade do presidente.

I.3 O Grupo Municipal do BE apresentou a moção «Pela regulamentação e implementação do su-


plemento de insalubridade, penosidade e risco na Administração Local», subscrita por Vítor Ca-
valinhos.
(documento anexo à ata com o nº3)
O Presidente da Assembleia Municipal informou que esta moção seria discutida em simultâneo
com o documento do ponto I.10 Moção apresentada pelo Grupo Municipal da CDU: «Suplemento
de Insalubridade, penosidade e risco», subscrita por Paula Santos. Com votação em separado.
Deu a palavra a Vítor Cavalinhos
Vítor Cavalinhos, do BE, apresentou sumariamente a moção.
O Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra a Paula Santos
Paula Santos, da CDU, apresentou sumariamente a moção referindo ser necessário regulamentar
o subsidio para este ser atribuído a todos os que sofrem da situação
O Presidente da Assembleia Municipal informou sobre os tempos, passando a palavra ao
Presidente da Câmara.
O Presidente da Câmara Municipal disse que as propostas são justas, a Câmara Municipal do
seixal está em condições de avançar com o pagamento desse subsidio, tal como já tinham feito
com a opção gestionária.
Vítor Cavalinhos, do BE, solicitou uma informação à mesa. Estranha que já tenha gasto 5 minutos,
pois a informação é que só tem 2 minutos para falar.
Sara Lopes, 2ª secretária, informou que o eleito Vítor cavalinhos tem 2’10”.

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Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 04/2020
3.ª Sessão Ordinária – 30 de junho de 2020
O Presidente da Assembleia Municipal corrigiu o lapso, informando que o PS tem ainda 3’
pedindo desculpa por tal facto, foi dada a informação sobre os tempos de todos partidos, dando a
palavra a Paula santos.
Paula Santos, da CDU, lembrou que se a moção for aprovada deve ser remetida para os órgãos do
governo e parlamentares.
Votação do ponto I.3

Aprovada a Tomada de Posição 18/XII/2020 por maioria e em minuta com:

 Trinta e dois (32) votos a favor dos seguintes eleitos:

- Do grupo municipal da CDU: 16

- Do grupo municipal da PS: 11

- Do grupo municipal do BE: 3

- Do grupo municipal do PAN: 1

- Do presidente da JFFF: 1

 Cinco (5) abstenções dos seguintes eleitos:

- Do grupo municipal do PSD: 4

- Do grupo municipal do CDS-PP: 1

.
Votação do ponto I.10

Aprovada a Tomada de Posição 24/XII/2020 por maioria e em minuta com:

 Trinta e dois (32) votos a favor dos seguintes eleitos:

- Do grupo municipal da CDU: 16

- Do grupo municipal da PS: 11

- Do grupo municipal do BE: 3

- Do grupo municipal do PAN: 1

- Do presidente da JFFF: 1

 Cinco (5) abstenções dos seguintes eleitos:


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Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 04/2020
3.ª Sessão Ordinária – 30 de junho de 2020
- Do grupo municipal do PSD: 4

- Do grupo municipal do CDS-PP: 1

Bruno Barata, do PS, em declaração de voto informa que o PS votou favoravelmente porque
acham que o subsidio é justo para os trabalhadores das autarquias locais
I.4 O Grupo Municipal do CDS-PP apresentou o Voto de Louvor: «Reconhecimento aos
profissionais de estiveram e estão na linha da frente no combate ao Covid 19», subscrita por
João Rebelo.
(documento anexo à ata com o nº 4)
O Presidente da Assembleia Municipal informou que esta moção seria discutida em simultâneo
com o documento do ponto
I.8 Saudação, apresentada pelo Grupo Municipal da CDU: «Aos profissionais que estiveram na
linha da frente durante o Estado de Emergência», subscrita por Maria Júlia Freire, dando a
palavra a João Rebelo.
João Rebelo, do CDS, apresentou sumariamente o voto de louvor, referindo que este voto tem sido
aprovado em diversos órgãos autárquicos
O Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra a Maria Júlia Freire.
Maria Júlia Freire, da CDU, fez a apresentação sumária da moção.
O Presidente da Assembleia Municipal perguntou se haveria inscrições; não havendo, passou a
palavra ao Presidente da Câmara.
O Presidente da Câmara Municipal disse que muitos de nós têm estado na linha da frente, mas
deveriam ser destacados os trabalhadores das autarquias, os bombeiros, os profissionais de saúde,
e que os serviços públicos essenciais foram sempre bem assumidos, respondendo as necessidades
emergentes da população; no que se refere à situação da covid o nosso município nunca esteve
tão longe da média da área metropolitana de Lisboa na matéria do número de infetados.
Mantivemos o alerta municipal e iremos prolongá-lo por mais 15 dias. Lançou-se a campanha
“voltar em segurança, use mascara”.
O Presidente da Assembleia Municipal, os proponentes não querendo usar a palavra , colocou os
documentos à votação.
Votação do Ponto I.4.
Aprovada a Deliberação nº 19/XII/2020 por unanimidade e em minuta com:

 Trinta e sete (37) votos a favor dos seguintes eleitos:

- Do grupo municipal da CDU: 16

- Do grupo municipal do PS: 11


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Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 04/2020
3.ª Sessão Ordinária – 30 de junho de 2020
- Do grupo municipal do PSD: 4

- Do grupo municipal do BE: 3

- Do grupo municipal do PAN: 1

- Do grupo municipal do CDS-PP: 1

- Do presidente da JFFF: 1

Votação do ponto I.8

Aprovada a Deliberação nº 19/XII/2020 por unanimidade e em minuta com:

 Trinta e sete (37) votos a favor dos seguintes eleitos:

- Do grupo municipal da CDU: 16

- Do grupo municipal do PS: 11

- Do grupo municipal do PSD: 4

- Do grupo municipal do BE: 3

- Do grupo municipal do PAN: 1

- Do grupo municipal do CDS-PP: 1

- Do presidente da JFFF: 1

I.5 O Grupo Municipal da CDU apresentou a moção «O suplicio de tântalo, o Governo PS, o tão
prometido Hospital do Seixal ou a fábula da cenoura e do burro», subscrita por Hernâni
Magalhães.
(documento anexo à ata com o nº 5)
O Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra ao proponente
Hernâni Magalhães, da CDU, apresentou sumariamente a moção, lembrando a sua razão de ser
que se reclama com sucessivos adiamentos, e leu o último ponto da parte deliberativa.
João Rebelo, do CDS-PP, pediu ponto de ordem à mesa para referir que o texto recebido não tem
ponto 3.
Hernâni Magalhães, da CDU, corrigiu dizendo que o ponto 4 é o ponto 3.
O Presidente da Assembleia Municipal perguntou quem quereria intervir, dando a palavra a Rui
Belchior.

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Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 04/2020
3.ª Sessão Ordinária – 30 de junho de 2020
Rui Belchior, do PSD, disse que a saga era interminável; a CDU apresenta mais documentos sobre o
hospital do que O PSD sobre a Ponte da Fraternidade, perguntando quem seria o burro, se seriam
os que acreditam nas sucessivas marcações de datas para o hospital. Disse que se isso se
acontecesse num governo PSD/CDS o que se passaria. Afirmou ainda que o encerramento da
urgência pediátrica é um escândalo que não se consegue resolver.
O Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra ao presidente da Câmara.
O Presidente da Câmara Municipal Seixal disse que o processo do hospital era mais um que os
Governos PS prometem e depois não cumprem. Há sempre uma desculpa para o adiamento.
Espera-se que seja a última. Não iriam desistir. Num momento de crise pandémica seria bom para
as populações ter-se o nosso hospital. Seria importante essa tomada de posição por parte da
Assembleia Municipal.
O Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra a Hernâni Magalhães, o proponente.
Hernâni Magalhães, da CDU, disse crer que iriam comer a cenoura. Não é possível continuar a
adiar. Qualquer dia estaríamos perante o veto de gaveta.
O Presidente da Assembleia Municipal diz que todos têm que fazer o registo do voto, quem não
pudesse fazer por escrito no “bate papo” deveria fazê-lo oralmente, dando de seguida a palavra à
2ª secretária para informação dos tempos.
Sara Lopes, 2ª secretária, informou os tempos de cada bancada dispunha: CDU, 7’; PS 3’; PSD 2’,
BE 4’10”; CDS 1’; PAN 5’ e o Presidente de FF 4’.
O Presidente da Assembleia Municipal colocou o documento à votação.

Aprovada a Deliberação nº20XII/2020 por maioria e em minuta com:

 Vinte e dois (22) votos a favor dos seguintes eleitos:

- Do grupo municipal da CDU: 16

- Do grupo municipal do BE: 3

- Do grupo municipal do PAN: 1

- Do grupo municipal do CDS-PP: 1

- Do presidente da JFFF: 1

- Do grupo municipal do CDS-PP: 1

 Quinze (15) abstenções dos seguintes eleitos:

- Do grupo municipal do PS: 11

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Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 04/2020
3.ª Sessão Ordinária – 30 de junho de 2020
- Do grupo municipal do PSD: 4

Bruno Barata, do PS, apresentou declaração de voto, dizendo que o PS esta empenhado no
objetivo do hospital. A abstenção não estava relacionada com o objetivo, mas com os termos da
moção. O PS tirou a matéria da gaveta que será uma realidade.

João Rebelo, do CDS-PP, em declaração de voto disse que votaram a favor atendendo à reforma que estava
por fazer desde o governo PS e CDU.

I.6 O Grupo Municipal do PS apresentou a moção «Governo do PS remove totalidade do amianto


nas escolas do Município do Seixal», subscrita por Tomas Santos.
(documento anexo à ata com o nº 6)
O Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra a Tomás Santos
Tomás Santos, do PS, prescindiu de apresentar a moção.
O Presidente da Assembleia Municipal disse que o procedimento do eleito Tomás Santos não
estaria correto. No regimento, ainda em discussão, iria haver alterações relativas a esta matéria, e
os documentos deveriam ser lidos. Atualmente havia sempre a apresentação dos documentos. Os
que fossem entregues até as 12h deveriam ser apresentados à assembleia, ainda que
sumariamente. Se fossem entregues na hora deveriam ser lidos na íntegra; deu de seguida a
palavra a Tomás Santos.
Tomás Santos, do PS, fez uma apresentação sumária da moção.
O Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra a Paulo Silva.
Paulo Silva, da CDU, disse que o documento dizia que era uma moção e o eleito disse que era uma
saudação, mas nas conclusões afirma-se que é uma deliberação.
Tomás Santos, do PS, diz que se deve cumprir o que disse o Paulo Silva.
O Presidente da Assembleia Municipal disse que o documento deve ficar com a formatação
inicial. Solicitando intervenções, deu a palavra a Carlos Reis.
Carlos Reis, Presidente da Junta de Freguesia de Fernão Ferro, diz que talvez faça mais sentido
que em lugar de “o Governo PS vai remover” se deva afirmar “o Governo PS remove”.
Paulo Silva, da CDU, diz ser uma farsa esta moção. Havia uma solução que era, quando tudo
estivesse feito, aí sim podiam congratular quem executou o trabalho. Questionou se havia intenção
do governo em contratualizar com as câmaras municipais. Não bastava citar os grandes mestres no
documento.
António Sôta Martins, do PAN, diz que não via razão para se estarem a congratular. Não votariam
a favor, a abstenção seria o voto do PAN.
Vítor Cavalinhos, do BE, informou que o BE iria abster-se . Disse que não iam em congratulações
aos órgãos do poder. Perguntou em quantas escolas o governo PS removeu o amianto.

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Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 04/2020
3.ª Sessão Ordinária – 30 de junho de 2020
João Rebelo, do CDS-PP, perguntou a Tomás Santos que escolas já teriam sido intervencionadas
pelo governo.
O Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra ao Presidente da Câmara.
O Presidente da Câmara Municipal disse que era espantoso dizer-se que já foi feito e nem sequer
se saber como se iria fazer e quem iria pagar e como iria ser pago.
O Presidente da Assembleia Municipal fez um esclarecimento dizendo que foi assinado um
protocolo entre a ANMP e o Governo que será executado pelos municípios que terão um
financiamento de 60 milhões de euros, por parte dos órgãos comunitários. Na ANMP, o PS votou a
favor, votaram contra o PCP e o PSD. Deu de seguida a palavra ao proponente.
Tomás Santos, do PS, disse que o PS salienta a alteração e congratula-se com a o texto do 12º
governo constitucional. Afirmou que o Paulo Silva percebia muito pouco de direito, não percebia a
velocidade de um despacho e não sabe ler. Afirmou ainda que o documento era uma deliberação.
E era um despacho e estes tinham validade normativa e regulatória. Não era possível fazer a
remoção sem ter um documento. A Lista de escolas que serão intervencionadas era decorrente do
despacho.
Paulo Silva, da CDU, pediu a palavra para a defesa da honra, dizendo que não dizia que é
licenciado em direito, ele é licenciado em direito.
O Presidente da Assembleia Municipal deu informação sobre os tempos: CDU 4’50”, PS tempo
esgotado, PSD 2”; BE 30”, CDS-PP 1’, PAN 4’ Presidente FF 3’10”. Colocou o documento à votação.

Reprovada a Deliberação nº21XII/2020 por maioria e em minuta com:

 Dezassete (17) votos a contra dos seguintes eleitos:

- Do grupo municipal da CDU: 16

- Do presidente da JFFF: 1

 Onze (11) favor dos seguintes eleitos

- Do grupo municipal do PS: 11

 Nove (9) abstenções dos seguintes eleitos:

- Do grupo municipal do PSD: 4

- Do grupo municipal do BE: 3

- Do grupo municipal do PAN: 1

- Do grupo municipal do CDS-PP: 1

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Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 04/2020
3.ª Sessão Ordinária – 30 de junho de 2020
I.7 O Grupo Municipal do BE apresentou a Saudação: «À mobilização antirracista», subscrita por
Vítor Cavalinhos.
(documento anexo à ata com o nº 7)
O Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra a Vítor Cavalinhos.
Vítor Cavalinhos, do BE, disse que sobre os tempos, não percebia nada.
António Sôta Martins, do PAN, disse que cedia 2’ ao BE para que pudesse apresentar o seu
documento.
Vítor Cavalinhos, do BE, agradeceu a simpatia e diz que a saudação tem todo o sentido com o
aspeto simbólico de declarar o município como antirracista
O Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra a Rui Belchior.
Rui Belchior, do PSD, disse que era um tema da ordem do dia, mas a denominação de município
antirracista, até porque o concelho do seixal era multicultural, afirma que a declaração era
completamente desnecessária. Informou que votaria a favor se o BE retirasse esse sentido
declarativo.
João Rebelo, do CDS-PP, informou que não iriam votar a favor. Essas posições atiçavam os
movimentos de extrema direita.
O Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra ao Presidente da Câmara Municipal.
O Presidente da Câmara Municipal disse que as soluções recentes são realistas. O município era
conhecido pela sua grande capacidade integradora.
Sara Lopes, 2ª secretária, informou que o BE teria 50”.
Vítor Cavalinhos, do BE, disse que o BE não passava por cima de coisa alguma, a moção não era
para tratar de todos os assuntos. Os mais velhos eram, em Portugal, os mais racistas, era preciso
ler o estudo que ajudava a desfazer o mito de que não havia racismo em Portugal.
O Presidente da Assembleia Municipal informou sobre os tempos: CDU 4’50”, PS, PSD, BE e CDS
não têm tempo, PAN 3’ e PFF 10”
Bruno Barata, do PS, faz um ponto de ordem à mesa para solicitar à CDU cedência de tempo.
Paulo Silva, da CDU, lembrou que em tempos não foi permitido a cedência de tempo para
apresentação de moção.
O Presidente da Assembleia Municipal informou que ao abrigo do regimento o que estava
entendido era que a cedência de tempos era para complementar ou concluir uma apresentação ou
uma intervenção. A cedência de tempo, normalmente, era feita por grupos que tem tempo por
utilizar.
Bruno Barata, do PS, diz lamentar que se tivesse gasto 8’ e não tivesse 1’ para discutir as moções
O Presidente da Assembleia Municipal disse que a responsabilidade era única e exclusivamente
do PS. Colocou à votação o documento.
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Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 04/2020
3.ª Sessão Ordinária – 30 de junho de 2020
Aprovada a Deliberação nº22/XII/2020 por maioria e em minuta com:

 Trinta (30) votos a favor dos seguintes eleitos:

- Do grupo municipal da CDU: 16

- Do grupo municipal do PS: 9

- Do grupo municipal do BE: 3

- Do presidente da JFFF: 1

- Do grupo municipal do PAN: 1

 Sete (7) votos contra dos seguintes eleitos:

- Do grupo municipal do PSD: 4

- Do grupo municipal do PS: 2

- Do grupo municipal do CDS-PP: 1

Foram feitas declarações de votos que não conseguimos registar das eleitas Paula Santos da CDU e Marta
Barão do PS.

Os documentos apresentados nos pontos I.9 Saudação «Dia Municipal do Bombeiro», e I.11,
Saudação: «Sociedade Filarmónica Operaria Amorense pelo 122º aniversario», da
responsabilidade do grupo municipal do PS e ambas subscritas por Rui Brás não foram
apresentados por falta de tempo.
Às 23:40 foi feito um intervalo de 10’

II – PERÍODO DA ORDEM DO DIA.

O Presidente da Assembleia Municipal informou que os pontos II.1 e II.2 seriam apresentados em
conjunto. Chamou a atenção que só faltariam pouco mais de 60’ para terminar o tempo
regulamentar, deu a palavra ao Presidente da Câmara Municipal.
O Presidente da Câmara Municipal do Seixal fez a apresentação das atividades desenvolvidas e
também da situação financeira do município. Já era conhecida a perda de 13,7 milhões de euros na
receita, no entanto foi conseguida a manutenção de um quadro de investimentos sustentado nas
nossa reservas.
O Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra a Bruno Barata.
Bruno Barata, do PS, referiu a incapacidade do executivo no que se referia a investimentos,
dizendo que relativamente a medidas sobre a Covid deveria ser acelerado o pagamento a
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Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 04/2020
3.ª Sessão Ordinária – 30 de junho de 2020
fornecedores; engloba despesas com pessoal; a parte para fornecedores ficava nos 10 milhões;
havia uma clara afirmação de objetivos eleitoralistas. A aquisição de bens de capital até 2020 era
de 30 milhões, mas a execução era só de 2 milhões, isto é, cerca de 6%, a meio do ano.
Luís Gonçalves, do PS, questionou sobre as zonas contaminadas no concelho, se a proibição em
amora já estaria levantada, se no Parque Urbano das Paivas, o café já estava a funcionar;
relativamente às mascaras fornecidas pela câmara, se havia certificação. Questionou ainda se as
comemorações do 25 de abril, espetáculo on-line, tinha tido sucesso; se o rumor de que um dos
principais motores dos investimentos tinha a ver com o novo Aeroporto sul do Tejo; quanto à USF
do Largo da Rosinha, Amora, quem seria o proprietário dos 3 espaços e o valor que se estava a
pagar.
Sérgio Ramalhete, do PS, perguntou se sobre águas de F. Ferro, se já tinham resolvido com a EDP;
e com a contratação da obra relativamente à rotunda da Pavil, tinha havido uma moção aprovada
há dois anos na Assembleia Municipal, se iria ter agora um Intermarché. Se se esperava pelo
Intermarché para pagar a rotunda.
Ana Inácio, da CDU, perguntou quais as intervenções que vão ser realizadas nas escolas do 1º ciclo
Tomás Santos, do PS, questionou sobre a moção aprovada na Assembleia Municipal sobre a
formação do Conselho Municipal da Juventude
João Rebelo, do CDS, questionou sobre a quebra da receita disse que era previsão, mas poderia
ser maior do que a quebra apresentada, quais eram os projetos que poderiam ficar em causa,
perguntou ainda sobre Vale de Chícharos, qual o era o ponto de situação e dificuldades na
aquisição de moradias para alojamento.
Vítor Cavalinhos, do BE, sobre Vale de Chícharos perguntou sobre a reunião que se tinha realizado
com a Secretária de Estado da Habitação. Quais seriam as perspetivas que ficaram para a resolução
do problema e quais os compromissos assumidos pela Secretária de Estado.
Fernando Sousa, da CDU, perguntou qual o ponto de situação sobre a construção do lar de idosos
de Fernão Ferro, se haveria perspetivas de se entrar no programe PARES.
Paulo Silva, da CDU, perguntou quais as informações que poderiam ser apresentadas sobre a
construção da Universidade Sénior; perguntou igualmente qual seria o investimento da Câmara no
Pavilhão Leonel Fernandes e quais seriam as medidas que estariam a ser reivindicadas
relativamente ao funcionamento dos transportes públicos do concelho; e, por último, como
tinham decorrido as festas Populares do São Pedro.
Júlia Freire, da CDU, questionou o que estava previsto para a olaria romana, em Miratejo.
Nelson Patriarca, do PS, perguntou sobre a localização e lançamento de obra do Parque Natural da
Arrentela e perguntou ainda sobre o concurso do CDA de Vale Verde.
Rui Oliveira, da Junta Freguesia da Arrentela, pediu informação sobre as descargas da Simarsul na
Baía do Seixal.

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Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 04/2020
3.ª Sessão Ordinária – 30 de junho de 2020
Nuno Graça, da CDU, perguntou qual era a fase de construção do Parque Metropolitano da
Biodiversidade.
O Presidente da Câmara Municipal pediu melhor informação sobre a 1ª parte da intervenção do
eleito Bruno Barata.
O Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra a Bruno Barata.
Bruno Barata, do PS, referiu que os 30 milhões de euros de despesas de bens do capital, deveriam
ser só 10 milhões; logo tinha havido uma estratégia eleitoralista, foi triplicado o valor pago a
fornecedores.
O Presidente da Assembleia Municipal, tendo terminado o espaço de perguntas dos eleitos à
câmara, deu a palavra ao Presidente da Câmara
O Presidente da Câmara Municipal disse que foram colocados ao serviço das populações os
recursos para combater a Covid, tendo sido decidido não fazer sessão em baixa de objetivos, mas
sim tentar resolver as situações que se apresentavam. Não havia perspetiva de aumento na perda
de receitas. Quanto aos cuidados no Parque da Biodiversidade, ao Miratejo, à envolvente
Fogueteiro e Quinta da Princesa são investimentos. A legislação não ajudava muito, apesar da
flexibilização, é para manter os investimentos nas associações, bombeiros, etc. Com o
desconfinamento, os parques e jardins só seriam abertos no dia seguinte e, sobre as máscaras,
constataram-se diversas posições para denegrir a ação da câmara, por elementos do PS. Sobre o 25
de abril, os espetáculos online “Abril à Janela” tinham sido um sucesso, ver-se-ia se seria para
repetir. Quanto às festas de São Pedro não tinha havido anúncio de programa, e não tinha sido
nada anunciado, mas tinha havido 4 dias de “São Pedro à sua porta” com 3 artistas, tinha sido um
sucesso. Sobre o aeroporto do Montijo, o argumento de que seria para a Hovione era notável, já
tudo se tinha inventado, nunca tinha sido colocado, a empresa é que tinha decidido instalar-se no
concelho. Quanto à Unidade de Saúde Familiar da Rosinha já havia terreno para a sua substituição,
na Amora. Sobre o CDA de Fernão Ferro, no dia seguinte teria aprovação na câmara. A EDP inovou
sem estar na empreitada, o que provocou um litígio e demorou tempo a dar o projeto; teve como
consequência, o abrandamento da atividade da empresa. Estava em falta o posto de
transformação. Quanto às escolas, em Santa Marta estaria a avançar o projeto e iriam ser mais 5. O
Fórum Seixal Jovem era um avanço para as populações jovens e estava a ser preparado um
regulamento para todos serem envolvidos. Sobre os empréstimos, informou que ainda não tinham
sido feitos, alguns estariam a aproveitar o Covid; sobre Vale de Chícharos, disse que a estratégia
municipal de habitação contemplava a necessidade de se ter um menor diferencial entre as
participações da administração local e central. Quanto ao Lar de Idosos de Fernão, havia um
avanço ousado da direção, mesmo sem apoio do Estado Central, a CMS já tinha atribuído 1 milhão
de euros, o Programa PARES para lares de idosos não tinha chegado a sair, mas a CMS já atribuiu
500 mil euros a associações de reformados. Sobre a universidade Sénior a CMS tinha comprado o
antigo Grémio do Fogueteiro, prevendo-se a cedência em comodato à Universidade e tinha sido
financiado o projeto das novas instalações. A Casa do Educador estaria a fazer consultas para o
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Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 04/2020
3.ª Sessão Ordinária – 30 de junho de 2020
concurso da obra. Sobre o Pavilhão Leonel Fernandes, disse ser uma história de luta, tal como teria
sido a do próprio Leonel, tinha havido reabilitação do edifício associada à construção do pavilhão e
tinha sido alcançado o objetivo de trazer o hóquei às suas origens. O apoio do poder central foi
zero e ainda tinha que se pagar o IVA. Sobre os Transportes Sul do Tejo, houve redução unilateral
de carreiras, por parte da administração, a 9 de abril tinha sido decretado o lay off, com redução
da oferta, estando, no momento, 59% recuperados dessa redução. Sobre a Olaria Romana, tinha
sido informado que continuavam as escavações e as investigações.
O Presidente da Assembleia Municipal disse que estando concluídos os pontos II.1 e II.2, chegou-
se à 01h, e deveriam cumprir o regimento; o presidente perguntou aos líderes as suas opiniões
sobre a continuidade da reunião, dando a palavra a Paulo Silva.
Paulo Silva, da CDU, disse que a assembleia deveria continuar
A pedido dos líderes, o presidente interrompeu a reunião por 5 minutos para avaliação da
situação. Retomados os trabalhos o presidente deu a palavra a Rui Belchior.
Rui Belchior, do PSD, era da opinião que a reunião deveria continuar no dia seguinte
Vítor Cavalinhos do BE, disse que a reunião deveria ser interrompida e retomada na 4ª feira
António Sota Martins do PAN, disse que a reunião deveria ser interrompida e retomada na 3ª ou
4ª feira
João Rebelo, do CDS, era da opinião que a reunião deveria continuar
Carlos Reis, Presidente JF Fernão Ferro, foi da mesma opinião de João Rebelo
O Presidente da Assembleia Municipal disse que a opção de continuidade teria que ser tomada
por consenso o qual não teria sido alcançado, e o consenso foi para que fosse convocada para 5ª
feira seguinte.
O Presidente da Câmara Municipal informou que estaria de férias mas que as suspenderia para
participar na reunião
Paulo Silva, da CDU, era da opinião que a reunião deveria continuar naquele dia, pelas 20h.
O Presidente da Assembleia Municipal disse que, apesar da diversidade de opiniões, obteve-se
um consenso de todos os lideres que a reunião continuasse na 5ª feira pelas 20h, iria ser publicado
o edital correspondente.
Os trabalhos foram interrompidos pelas 01:12h, e seriam retomados pelas 20h do dia 2/07
Dia 2 de Julho de 2020 pelas 20:43 o Presidente deu por abertos os trabalhos
II.3. Estatuto Remuneratório do Coordenador da Proteção Civil.
(documento anexo à ata com o nº12)
O Presidente da Assembleia Municipal disse estarem reunidas todas as condições para todos
participarem e deu inicio à segunda parte da 3ª Sessão Ordinária, a partir do ponto II.3, deu
indicação do tempo de todos os partidos e informou que a meio do tempo e quando faltarem
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Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 04/2020
3.ª Sessão Ordinária – 30 de junho de 2020
2’para o fim desse tempo os líderes das bancadas seriam informados. Informou ainda que haveria
uma 2ª volta para inscrições e que, em sede de revisão regimental/líderes, já se tinha chegado a
um consenso para a gestão do tempo da Câmara, com objetivo do Sr. Presidente da Câmara poder
responder. O Presidente da Câmara teria apenas 11’, ou seja, teria o mesmo tempo de resposta em
relação ao tempo das perguntas, tempo esse que não seria contabilizado. Deu a palavra ao
Presidente da Câmara.
O Presidente da Câmara Municipal fez uma exposição breve, sobre a equiparação do Coordenador
da Proteção Civil a Chefe de Divisão.
O Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra a Bruno Barata.
Bruno Barata, do PS, afirmou que esta decisão avisada e pertinente deveria ter sido acautelada
desde o inicio.
O Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra João Rebelo.
João Rebelo, do CDS-PP, disse que a proposta reforçava a importância do cargo e da função e tinha
a sua concordância.
O Presidente da Assembleia Municipal, não havendo mais intervenções, deu a palavra ao
Presidente da Câmara que prescindiu. Colocou o documento à votação.

Aprovada a Deliberação nº10XII/2020 por maioria e em minuta com:

 Trinta e Três (33) votos a favor dos seguintes eleitos:

- Do grupo municipal da CDU: 16

- Do grupo municipal do PS: 11

- Do grupo municipal do BE: 3

- Do grupo municipal do PAN: 1

- Do grupo municipal do CDS-PP: 1

- Do presidente da JFFF: 1

 Quatro (4) abstenções dos seguintes eleitos:

- Do grupo municipal do PSD: 4


II.4. Adesão ao Pacto de Autarcas para o clima e energia.
(documento anexo à ata com o nº 13)
O Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra ao presidente da Câmara para apresentação
do tema.
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Ata n.º 04/2020
3.ª Sessão Ordinária – 30 de junho de 2020
O Presidente da Câmara Municipal disse que esse compromisso era a revogação do de 2010. O
município tinha conseguido uma redução de quase 36%, que correspondia a uma nova geração
para a redução, até 2030, até 40%, em que tudo dependeria das populações e não só do
município.
O Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra a Bruno Barata
Bruno Barata do PS, disse que o PS não podia deixar de se associar a essa iniciativa da Câmara
Municipal e ao compromisso Nacional que o 22º governo apresentava como objetivo de transição
justa para as alterações climáticas. Significava um apoio e fortalecimento da educação ambiental.
O Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra a Nuno Graça.
Nuno Graça, da CDU, disse que em termos locais essa seria a melhor forma de atacar o problema
das alterações climáticas, esse novo objetivo, tudo indicava, que seria largamente ultrapassado, a
CDU manifestava a sua satisfação por tal medida.
O Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra a António Martins.
António Sota Martins, do PAN, afirmou que o PAN gostaria de assinalar positivamente a iniciativa,
sem, no entanto, deixar de referir que os objetivos seriam pouco ambiciosos.
O Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra ao Presidente da Câmara.
O Presidente da Câmara Municipal disse concordar, nada tendo a acrescentar.
O Presidente da Assembleia Municipal colocou o documento à votação.

Aprovada a Deliberação nº 11/XII/2020 por unanimidade e em minuta com:

 Trinta e sete (37) votos a favor dos seguintes eleitos:

- Do grupo municipal da CDU: 16

- Do grupo municipal do PS: 11

- Do grupo municipal do PSD: 4

- Do grupo municipal do BE: 3

- Do grupo municipal do PAN: 1

- Do grupo municipal do CDS-PP: 1

- Do presidente da JFFF: 1

II.5. Estádio da Medideira. Constituição do direito de superfície a favor do Amora Futebol


Clube. Aprovação.
(documento anexo à ata com o nº 13)
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Ata n.º 04/2020
3.ª Sessão Ordinária – 30 de junho de 2020
O Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra ao Presidente da Câmara.
O Presidente da Câmara Municipal informou ser um protocolo tripartido, município, credores do
Amora/proprietário da Medideira e Amora Futebol Clube, era um projeto em fase de revisão que
estaria pronto em julho e visava a requalificação completa do estádio, transformando o Estádio da
Medideira em Estádio Municipal da Medideira; o Amora Futebol Clube propôs que a coletividade
fosse a entidade responsável pela construção. Disse que quanto à propriedade não se queria
repetir cenários anteriores. A CMS estaria perto de concretizar uma formula em que se acautelam
os interesses do município e do Amora Futebol Clube e, em que, durante 25 anos o estádio seria
entregue ao Amora Futebol Clube, como usufrutuário e, no final desse prazo se veria da sua
razoabilidade. Disse que o valor do concurso público era de 7 milhões e 500 mil euros, em que o
Amora encontrou fonte alternativa de financiamento e a CMS pagaria ao Amora durante 13 anos e
não nos 3 anos, que anteriormente tinham sido considerados. Considera-se uma ótima solução e
tem-se confiança na Direção do Amora Futebol Clube e na sua capacidade de realização. O Amora
Futebol Clube esteve falido mas no presente teria solidez financeira. Ir-se-ia ter um dos melhores
estádios da Península de Setúbal ao serviço de todos os escalões de futebol.
O Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra a Nelson Patriarca.
Nelson Patriarca, do PS, avançou com uma nota prévia, dizendo que alguns membros da
Assembleia Municipal pertenciam aos corpos gerentes do Amora Futebol Clube e não queriam
votar essa matéria na Assembleia Municipal. Disse que iria ser o melhor estádio do distrito, mas o
Amora contribuiria com um terreno, de sua propriedade, de 7600 m2, mais de 1 milhão de euros.
A instalação comercial a construir faria reverter para o município mais de 1 milhão de euros. O
atual estádio estaria velho e sem segurança e a cobertura da bancada era de amianto e tinha 50
anos, construída pelos sócios. Disse ainda, que a maior reconversão urbana estaria prevista para
essa área. O campo do Serrado era também um marco para a prática desportiva
O Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra a João Rebelo
João Rebelo, do CDS-PP, disse que essa matéria merecia a concordância do CDS que considera
positivo o complexo desportivo. A paixão do futebol fez com que se promovesse o desporto,
principalmente entre os rapazes e as raparigas e que o município tem a obrigação de apoiar.
Alertou para que isso teria de ser feito para todos, o acordo é positivo e a decisão boa
O Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra a Rui Belchior.
Rui Belchior, do PSD, deu a mesma nota prévia do Nelson Patriarca, também seria extensível à sua
companheira, Luísa Gama. Era uma mera alteração ao protocolo em vigor desde 2017. o Amora
Futebol Clube tinha dado uma grande contribuição com o terreno e nessa altura o estádio já
deveria estar feito e, era essa a expectativa dos amorenses. Deveria ser o arranque definitivo. O
Amora, a população da Amora e a população do município mereciam. O Amora Futebol Clube era
o clube mais representativo do Distrito de Setúbal, o Amora Futebol Clube tem-se afirmado pela
transparência e não deveriam existir focos de desconfiança, o segredo do Amora ao longo dos anos
tem sido “quem lá está, está a tratar da vida do clube, e não da vida deles, promovendo-se”.
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Amora FC não teria necessidade de mendigar, seja o que fosse, a ninguém e tem, na cultura e
desporto, as suas principais atividades, onde se presta trabalho a 620 atletas. É um projeto com
visão estratégica que se tornou essencial para a freguesia e cidade de Amora e seria catalisador
para o desenvolvimento da cidade. Preocupa-se com a forma como os dinheiros públicos são
aplicados, sem comparar a dimensão, não se tem visto a preocupação dessa mesma aplicação. O
Amora FC, teria sido o último clube a ser beneficiado com um relvado sintético que, já teria sido
facultado aos clubes da Arrentela, Paio Pires, Corroios, Águias Unidas, Sta. Marta, etc. Sobre os
gastos com edifícios centrais, não teria havido a mesma preocupação e teriam feito a opção
correta.
O Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra a Vítor Cavalinhos.
Vítor Cavalinhos, do BE, disse que iria repetir o que disse em sede da comissão, sobre qual seria a
urgência. O BE pediu a retirada da matéria na reunião de 17 de junho. Não tinha sido ainda
cumprido o acordo porque não tinha sido alterado o loteamento. A vala estaria a colocar em causa
o projeto. Havia manifesta desigualdade de tratamento, nos 25 anos para o Amora FC e a
Medideira. A CMS iria lançar concurso público e obras – agora já não era projeto, que iria terminar
em julho – tinha o valor de 7milhões e 500 mil euros. Perguntou qual seria o valor da
requalificação e se Amora FC e a Construtora Norte Sul tinham colocado, à CMS, a alteração do
projeto inicial, seria necessário melhorar a Inspeção. Questionou ainda, 1 milhão de euros, taxas,
iriam ser aplicados na remodelação do estádio, com o contributo de quem. Se assim fosse o
estádio iria custar 8 milhões e meio de euros. Perguntou quais seriam as vantagens para o
município
O Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra a Bruno Barata.
Bruno Barata, do PS, disse não ter gostado da abordagem do Rui Belchior que quase transformou
essa Assembleia Municipal num programa desportivo, daqueles que deprimiam. Disse se o Rui
Belchior tivesse outros interesses nem deveria intervir, disse que veio atacar direções de outros
clubes como o Arrentela, tinha 2 perguntas a fazer, o estádio Da Medideira vai ser municipal, na
proposta do Amora, que a CMS assumiu, relativamente ao investimento inicial, 7 milhões que iriam
entrar e como é que era repartido.
O Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra a Paulo Silva.
Paulo Silva, da CDU, disse ter uma achega relativamente ao que o Centro de Estágios do Benfica
representava para o Seixal. Em 2012, o Amora, teve uma insolvência em tribunal, em abril de 2013
houve eleições e nova equipa dirigente, que dirige o Amora FC atualmente, apontando também as
vantagens e características do futebol feminino. Sobre o estádio disse que seria propriedade das
Construções Norte Sul, tinha havido acordo e, o Amora FC cede terreno, ficando na posse do
município. Apesar das vicissitudes do futebol, em caso algum a população virá a perder a
propriedade, tal como aconteceu com o Pavilhão do Seixal, o Estádio do Bravo e da Medideira. O
estádio no futuro seria Estádio Municipal e o direito de superfície é o direito de uso e não poderá
ser penhorado, ficando assim salvaguardado o interesse público. Para tal existiu uma alteração ao
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protocolo de 2017, balneário e novo relvado. Há até problemas de saúde publica (amianto). O
município estará a criar, na cidade de Amora, um centro desportivo com diversas instalações, do
Amora FC e outros clubes e, que constituirá o polo desportivo da cidade de Amora. Disse ainda que
a urgência para a deliberação é que o estádio não se poderia manter porque só tem condições
para a pratica de futebol. O Amora FC tinha feito abordagens a várias empresas e quem ganhar o
concurso irá garantir o financiamento e irá receber os apoios da CMS ao longo dos 13 anos. 1
Milhão e meio de euros, correspondentes às taxas, que são da CMS, é do município, que o vai
utilizar para pagar parte dos 7 milhões e meio de euros. Espera-se que o projeto seja aprovado por
todos na AM, tal como foi o protocolo de 2017. Disse que não participaria na votação final pois é
Presidente da Assembleia Geral do Amora FC.
O Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra a Vítor Cavalinhos.
Vítor Cavalinhos, do BE, disse que a sua intervenção faria mais sentido depois da intervenção do
Presidente da Câmara. O Estádio da Medideira previa ser requalificado, o BE votou favoravelmente
o acordo tripartido. O projeto não estaria terminado, mas pede-se à AM que o aprove e aprove os
valores respetivos, o que era no mínimo estranho. A proposta alternativa merecia mais
informação. Os valores das taxas iriam ser aplicados no estádio, quem terá acordado, perguntou.
Se assim fosse a proposta de financiamento passaria a ser de 9 milhões de euros. O BE não
concordava com a atribuição de direitos de superfície e não vislumbrava vantagens. O BE queria
que o acordo inicial fosse cumprido e, faria todo o sentido informar sobre os valores da
requalificação. A adaptação ao exterior de uma estratégia era estranha. O Amora já foi beneficiado
com o campo de treinos no valor de 1 milhão e 800 mil euros, o BE nãos estaria de acordo que os
projetos desta dimensão não fossem totalmente esclarecidos e informados. Perguntou se a
alteração das propostas de 2017, se a AM tinha competências para o fazer, como era com as outras
entidades.
O Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra a Rui Belchior
Rui Belchior, do PSD, em resposta ao Bruno Barata, afirma que não era para confundir o que quis
dizer, não se justificava a marcação serrada do Bruno Barata; a intervenção era para informar e não
para influenciar a AM; usou a mesma prerrogativa do Nelson Patriarca, questionou se estaria a
atacar o Arrentela, afirmando que não se pode assim interpretar, pois não atua nas instituições,
nas coletividades pode apenas fazer uma ou outra critica à gestão.
O Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra a Paulo Silva.
Paulo Silva, da CDU, disse pretender corrigir formalmente, pois em termos jurídicos não se está a
fazer nenhuma alteração ao protocolo; se assim fosse, as três partes teriam que estar de acordo.
Seria um outro protocolo, em que as duas partes acordariam, o Amora FC a fazer a obra com base
na experiência nesse tipo de gestão noutras coletividades. Esse direito de superfície é só direito de
uso que é igual ao que o Seixal tem.
O Presidente da Assembleia Municipal informou dos tempos: CDU16’45”; PS 9’30”, PSD esgotou,
BE 4’ CDS 3’ PAN 10’ Pff 11’ câmara municipal 6’ e propõe que face à importância da matéria o
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3.ª Sessão Ordinária – 30 de junho de 2020
Presidente da CM poderá utilizar o tempo necessário para responder e aos grupos municipais será
acrescentado o tempo correspondente. E deu a palavra ao Presidente da Câmara Municipal.
O Presidente da Câmara Municipal disse haver grande conhecimento dessa matéria por parte dos
eleitos da AM o que seria facilitador da sua discussão, alguns dos eleitos até conheceriam melhor a
matéria do que o próprio Presidente da Câmara. A AM estava em condições para decidir, para se
depois, se continuarem a dar os passos necessários e suficientes. O Amora FC é parceiro
fundamental nessa estratégia, liquidar dividas com entrega de terrenos. A CMS tinha atribuído
terreno para o Amora trabalhar, no Serrado, perguntando onde estaria o Estado Central, no apoio a
estas infraestrutura que servem as populações, não se entendia a questão do “mendigar”.
Perguntou se o PS utilizaria, talvez andasse a mendigar, até, audiência. Com Seixal, tratava-se de
uma parceria efetiva. As taxas decorrem do regulamento respetivo e ficaria, talvez pela metade
dos valores já anteriormente referidos. Esperava-se parecer favorável Agência do Ambiente, a vala
entubada há décadas era publica e conhecida da APA, o Montijo e a Fonte da Telha não já não
eram problemas para a APA, se a APA pretendesse alterar a linha de água entubada, a Câmara
estaria de acordo. A APA é clientelar, do ponto de vista político. Para o Seixal eram exigentes, se o
requerente fosse do PS logo se faria tudo, se forem doutros partidos logo haveria problemas.
Houve um erro no projeto que iria ser alterado pelo projetista e isso fá-lo-á atrasar, ao projeto, tal
como a pandemia. A CMS aguardava. Sobre o direito de superfície, disse que no Seixal tinham
havido permutas de terrenos e havia um protocolo para o Seixal poder gerir o estádio. Para o
Amora fazer a obra a câmara não podia ter direto de uso, fica com os terrenos, adequando essa
condição e tem se dado bem. Não havia tratamentos diferenciados o Estádio Municipal da
Medideira teria investimento municipal, o município seria o proprietário apesar de não ser
usufrutuário por 25 anos. O Amora estaria a trabalhar nas condições para arrancar na construção
do estádio esta direção estaria a fazer o mais fácil e até se arriscava a ser o dono de obra. É a 1ª vez
que tal acontece. Parabéns ao Amora FC. Não há coisas esquisitas o BE deve procurar essas
esquisitices noutros sítios.
O Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra a Tomás Santos que solicitou um ponto de
ordem à mesa.
Tomás Santos, do PS, questionou a ligação e a relevância sobre os projetos do Aeroporto do
Montijo e as decisões da APA referidas pelo Presidente da Câmara. O Presidente da Câmara só
deveria fazer considerações sobre a ordem de trabalhos e o que estivesse relacionado.
O Presidente da Assembleia Municipal disse que a intervenção do Presidente da Câmara era
semelhante à de alguns eleitos da AM, desde que não se excedam e sejam enquadradas no
regimento. O Presidente da Câmara teria gasto 15’ e esse tempo seria utilizado pelos grupos
municipais.
O Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra a Vítor Cavalinhos
Vítor Cavalinhos, do BE, referiu que duas das perguntas por si apresentadas não tinham sido
respondidas.
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Ata n.º 04/2020
3.ª Sessão Ordinária – 30 de junho de 2020
O Presidente da Assembleia Municipal colocou a votação o ponto II.5, fazendo o registo que, por
sua iniciativa, os senhores eleitos, Rui Belchior, Paulo Silva, Luísa Gama, Nelson Patriarca e Sara
Lopes não participariam na votação

Aprovada a Deliberação nº12XII/2020 por maioria e em minuta com:

 Vinte e oito (28) votos a favor dos seguintes eleitos:

- Do grupo municipal da CDU: 15

- Do grupo municipal do PS: 9

- Do grupo municipal do PSD: 2

- Do grupo municipal do CDS-PP: 1

- Do presidente da JFFF: 1

. Três (3) Votos contra dos seguintes eleitos:

- Do grupo municipal do BE: 3

 Uma (1) abstenção dos seguintes eleitos:

- Do grupo municipal do PAN: 1

Não votaram os eleitos Rui Belchior e Luísa Gama do PSD, Paulo Silva da CDU, Nelson Patriarca e Sara
Lopes do PS.

II.6. Associação Portuguesa dos Municípios com Centro Histórico. Aceitação dos Estatutos.
Adesão.
(documento anexo à ata com o nº14)
O Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra ao Presidente da Câmara Municipal.
O Presidente da Câmara Municipal fez introdução ao tema referindo a importância da associação
na especificidade da sua atividade e por tal facto sugeria a adesão do nosso município.
O Presidente da Assembleia Municipal colocou o documento à votação

Aprovada a Deliberação nº 13/XII/2020 por unanimidade e em minuta com:

 Trinta e sete (37) votos a favor dos seguintes eleitos:

- Do grupo municipal da CDU: 16

- Do grupo municipal do PS: 11


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- Do grupo municipal do PSD: 4

- Do grupo municipal do BE: 3

- Do grupo municipal do PAN: 1

- Do grupo municipal do CDS-PP: 1

- Do presidente da JFFF: 1

II.7 Minuta Ata

Aprovada a Deliberação nº 14/XII/2019 por unanimidade e em minuta com:

 Trinta e sete (37) votos a favor dos seguintes eleitos:

- Do grupo municipal da CDU: 16

- Do grupo municipal do PS: 11

- Do grupo municipal do PSD: 4

- Do grupo municipal do BE: 3

- Do grupo municipal do PAN: 1

- Do grupo municipal do CDS-PP: 1

- Do presidente da Junta FF: 1


O Presidente da Assembleia Municipal, disse que nada mais havendo a tratar, dava os trabalhos
por encerrados, agradecendo a participação do executivo municipal e dos membros deste Órgão.
A sessão terminou cerca da 22:00horas do dia 2 de Julho
Nos termos do art.º 5.º do Decreto-Lei nº 45362 de 21 de Novembro de 1963 (com a redação
atualizada pelo Decreto-Lei nº 334/82 de 19 de Agosto, e de acordo com uma interpretação
extensiva), os documentos mencionados são arquivados, ora em pasta anexa à presente ata, ora
no respetivo processo.
Sempre que se indicou ter sido tomada qualquer deliberação, dever-se-á entender ter sido
aprovado nos termos e para efeitos do disposto no art.º 92.º da Lei nº 169/99, de 18 de setembro,
com a redação atualizada pela Lei nº 5-A/2002, de 11 de janeiro, e com as alterações introduzidas
pela Lei nº 67/2007, de 31 de dezembro e pela Lei nº 75/2013, de 12 de setembro.
Para constar se lavrou a presente ata que vai ser assinada pelo Presidente e Secretários em
exercício:
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3.ª Sessão Ordinária – 30 de junho de 2020
O Presidente da Assembleia Municipal:

O Primeiro Secretário:

A Segunda Secretária:

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Ata nº 05/2020
2ª Sessão Extraordinária – 23 de julho de 2020

A T A nº 05/2020
Aos vinte e três dias de julho de dois mil e vinte, reuniu a Assembleia Municipal do Seixal, na sua
2ª sessão extraordinária de 2020, no Pavilhão Municipal Leonel Fernandes, na Mundet, Seixal,
presidida por Alfredo José Monteiro da Costa e secretariada pelo 1º Secretário, Américo Augusto
de Oliveira da Costa, e pela 2ª secretária, Sara Sofia Oliveira da Silva Lopes Oliveira, com a seguinte
Ordem de Trabalhos, divulgada pelo edital nº 14/2020, de 17 de julho.
I – PERÍODO DE INTERVENÇÃO DA POPULAÇÃO.

II – PERÍODO DE ANTES DA ORDEM DO DIA.

III – PERÍODO DA ORDEM DO DIA.

III.1. Informação sobre o trabalho em curso das Comissões da Assembleia Municipal.


III.2. Contrato promessa de permuta e de cedência a celebrar entre a Identiperímetro,
Sociedade Imobiliária, SA e o Município do Seixal. Aprovação.
Estiveram presentes, para além dos membros da Mesa:
Da CDU: Paulo Alexandre da Conceição Silva, Paula Alexandra Guerreiro Santos, Custódio Luís
Quaresma Jesus de Carvalho, Maria Júlia dos Santos Freire, Nuno Filipe Oliveira Graça, Fernando
Júlio da Silva e Sousa, Carlos Alberto de Sousa Pereira, Ana Luísa Pereira Inácio, Rui Algarvio,
Gonçalo Rui de Oliveira, e Almira Maria Machado dos Santos.
Do PS: Samuel Pedro da Silva Cruz, Luís Pedro de Seia Gonçalves, Célia Maria Martins Cunha,
Nelson Filipe Lampreia de Oliveira Patriarca, Rui Miguel Santos Brás, Sérgio Miguel Carreiro
Ramalhete, Marta Sofia Valadas Barão, Rui Jorge Guerreiro Parreira e José Carlos Chora, Tomás
Batista Santos.
Do PSD: Rui Miguel Lança Belchior Pereira, Ricardo Moraes Soares, Maria Luísa Marques da Gama
e Duarte Sérgio dos Santos Melo Correia.
Do BE: Vítor Cavalinhos, Eduardo Manuel Lino Grêlo e Carlos Lázaro.
Do PAN: Nuno André Batista Nunes.
Do CDS-PP: João Guilherme Nobre Prata Fragoso Rebelo.
Estiveram ainda presentes os Presidentes de Junta de Freguesia de Amora, Corroios, Fernão Ferro
e da União das Freguesias do Seixal, Arrentela e Aldeia de Paio Pires, respetivamente, Manuel
Ferreira Araújo, Eduardo Rosa, Carlos Reis e António Santos.
Registaram-se as seguintes substituições:
No grupo municipal da CDU: Maria João Oliveira Santos por Gonçalo Rui Oliveira, Hernâni
Magalhães por Almira Santos.
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Ata nº 05/2020
2ª Sessão Extraordinária – 23 de julho de 2020
No grupo municipal do PS: Bruno Barata por José Chora em virtude de Maria Virgínia Dias ter
também solicitado a sua substituição.
No BE: Francisco Silva por Carlos Lázaro, em virtude de Lígia Anjos e Márcia Santana terem
também solicitado a sua substituição.
Para além do Presidente da Câmara Municipal do Seixal, Joaquim Cesário Cardador dos Santos,
estiveram presentes os seguintes Vereadores:
Maria Manuela Palmeiro Calado, Joaquim Carlos Coelho Tavares, Eduardo Rodrigues, Marco
Fernandes, Elizabete Pereira Adrião, Nuno Miguel Moreira e Francisco Miguel Correia Morais.

A Sessão teve início cerca das 20:30h.


O Presidente da Assembleia Municipal disse: “ Boa Tarde a todos e a todas, nós já temos quórum
nesta altura, cumprimentos à população que está connosco, à equipa da Assembleia e da Câmara
Municipal, e aqui uma referência, Senhor Presidente, para o que foi o empenhamento, tem todo o
sentido dizer dos trabalhadores da Câmara e da Assembleia Municipal para que esta sessão da
Assembleia Municipal presencial, retomamos, portanto as sessões presenciais, permitindo
também a participação da população, se vá realizar, como é visível, com todas as condições que a
situação que vivemos obriga, com regras da Direção Geral de Saúde, com todos os meios
necessários, do distanciamento, o apoio para que funcionemos com as melhores condições
condições de segurança, como não podia deixar de ser, fica aqui este registo, porque a montagem
desta sessão não foi simples, houve um enorme empenhamento neste sentido. Uma referência
também para o espaço onde estamos, o Pavilhão Municipal Leonel Fernandes, uma obra recente,
de grande qualidade, inaugurada há pouco tempo, e, o que eu estou a dizer não substitui o que o
Presidente da Câmara irá referir, mas, trata-se de algo simbólico também, neste período difícil que
estamos a viver a nossa sessão tem lugar neste espaço que, além de mais, homenageia uma figura
incontornável e de referência do desporto no Concelho do Seixal, neste caso no hóquei em patins,
ainda por cima, uma figura viva, que é, antes de mais, algo que não pode deixar de ser referido,
portanto, é com enorme prazer que estamos aqui e que realizamos a sessão da Assembleia
Municipal no Pavilhão Leonel Fernandes. Dar-vos primeiro uma informação em relação à
composição da Assembleia Municipal, com os pedidos de substituição, da CDU Maria João Oliveira
Santos por Gonçalo Rui Oliveira, Hernâni Magalhães por Almira Santos. Do PS Bruno Barata por
José Chora em virtude de Maria Virgínia Dias ter também solicitado a sua substituição. Do Bloco de
Esquerda Francisco Silva por Carlos Lázaro, em virtude de Lígia Anjos e Márcia Santana terem
também solicitado a sua substituição.”

I. PERÍODO DE INTERVENÇÃO DA POPULAÇÃO.


O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Começamos pelo período aberto à população, com
as inscrições para intervenções, dar-vos a nota que, em termos regimentais, o tempo de

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2ª Sessão Extraordinária – 23 de julho de 2020
intervenção é de cinco minutos e, portanto vamos procurar segui-lo, naturalmente, e tem a palavra
o Sr. Mário Carvalho, as intervenções tem lugar no espaço de intervenção e, portanto, se faz favor,
se faz favor intervinha ali, temos ali o microfone.”
I.1. Mário Carvalho disse: “Boa tarde, vou-me apresentar como elemento da comissão da AUGI
C18 da Qta da Aniza e o meu pedido é para que o Senhor Presidente da Câmara se debruce um
pouco sobre os assuntos relativos à nossa quinta porque nós já entregamos o projeto em 2015, em
2017 disseram-nos que havia umas alterações a fazer, em 2019 entregamos essas correções e
sabemos, por contacto telefónico, que estão na Eng.ª Rita Cruz e Dra. Marta Costa, que ainda há
correções a fazer, nós desejaríamos é que se debruçassem e dissessem o que é que querem, o que
é que exigem, não vamos tentar protelar as coisas dizendo, agora é isto, agora é aquilo, de uma vez
para sempre digam o que é que querem, querem metade da quinta, nós damos metade da quinta,
mas de uma vez para sempre sejam verdadeiros, digam o que é que desejam. Eu sei que as
direções das câmara não tem força suficiente perante os vossos funcionários, porque vocês estão
apenas cá há quatro anos, oito anos, os funcionários tem trinta, tem vinte e cinco anos, eles, ao
fim ao cabo, é que mandam, mas pelo menos tenham um bocadinho de vontade, sabem quais são
os problemas da quinta, nós é que alcatroamos a quinta para passar maior parte dos carros que
passam lá veem da Aroeira, vem da Marisol e dizem-nos que a nossa quinta é particular, então se é
particular passa lá tanto carro? E não temos tido ajudas absolutamente nenhumas, tenho dito.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “ Obrigado, tem agora a palavra o Sr. Gumerzindo
Pereira, se faz faz favor.”
I.2. Gumerzindo Pereira disse: “Boa Tarde a todos os presentes eu venho aqui mais uma vez
reiterar os assuntos relacionados com a Urbanização da Aniza, que já duram há vinte e três anos,
nós temos que inverter a situação, nós não nos podemos apresentar como comissão de
administração à frente dos proprietários porque eles não acreditam em nós, assim como nós não
podemos acreditar na câmara, vinte e três anos envolvidos num processo, eu não estou a dizer
isto, eu não trago para aqui armas trago para aqui palavras. Entregamos todas as retificações do
processo no dia cinco de dezembro do ano passado, e até há data não sabemos de nada, é
vergonhoso isto, não brinquem mais connosco, nós somos pessoas adultas, eu tenho uma idade
muito avançada, já me custa vir aqui. Estou à frente desta situação, a receber comparticipações, a
titulo de adiantamento, para pagar o quê? Onde está a urbanização? Está no processo, mas a
responsabilidade é nossa, nós não podemos continuar com esta situação, Senhor Presidente, não
podemos, deem uma volta a isto porque há proprietários que nos estão a acusar que nós não
estamos a ser sérios, querem fazer uma manifestação pública por causa disto, duas décadas é
muito tempo, eu não duro mais uma década quanto mais duas, digam-nos, por favor, e nós
estamos a pedir ajuda para que haja estimulo à construção porque aquilo é rentável, deixam de
receber meia dúzia de euros de IMI para receber quatrocentos ou quinhentos euros quando as
moradias forem avaliadas, até nisso nós estamos a pagar a um ROC há vinte e tal anos, a um TOC
há vinte anos, deslocações,correntes, despesas diárias, quem é que nos vai ressarcir disso?
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Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 05/2020
2ª Sessão Extraordinária – 23 de julho de 2020
Milhares de horas perdidas, já não se recuperam, nós não podemos continuar nesta situação,
resolvam o assunto como entenderem porque os proprietários estão exaustos, não acreditam já
em nós, ninguém se desloca para resolver os assuntos e nós estamos com vergonha de fazer uma
assembleia de proprietários, porque já não sabemos o que lhes havemos de dizer, quando é que
isto é aprovado, temos engenheiros, temos advogada, temos arquitetos isso não serve de nada, a
lei está cheia de lacunas, está cheia de ambiguidades, não estabelece prazos, Senhor Presidente a
lei já foi prorrogada pela quinta vez, porquê? Porque dentro do seu âmbito de tempo não se
resolvem os assuntos, digam-nos, de uma vez por todas, como querem que os assuntos sejam
resolvidos, porque isto não se aguenta já, nós não duramos mais duas décadas, olhe tenho dito e
eu agradeço que nos elucidem o mais brevemente possível para que os assuntos tenham outro
andamento, sejam mais céleres, não esta vagarosa atitude que têm para connosco, vai fazer uma
ano, um ano para dar uma informação, nós não merecemos isto, Senhor Presidente, vejam se as
coisas se aceleram mais e tenham mais energia para a resolver. Muito obrigado, boa tarde.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Obrigado, tem a Palavra o Rui Sado, e eu pedia
como sempre que o Senhor Presidente António Santos que apoiasse.”
I.3. Rui Sado disse: Muito boa tarde para todos “Exmo. Senhor Presidente da Assembleia
Municipal, Exmo. Senhor Presidente da Câmara Municipal, Exmos. Senhores Eleitos, Exmos.
Senhores Vereadores, população em geral, diz o Rui Sado, em primeiro lugar, não podia deixar de
enaltecer a Câmara Municipal do Seixal pela construção deste lindo pavilhão, que o mesmo recinto
desportivo marca dois marcos importantes da história deste concelho de Abril e principalmente
sempre, mas sempre na freguesia do Seixal que a sede da Junta de Freguesia do Seixal situa-se no
Largo da Igreja na sempre freguesia do Seixal. Leonel Fernandes, filho do Seixal, sua família era do
Seixal, jogou hóquei no ringue da Mundet, fábrica corticeira que chegou a ter quatro mil e
quinhentos trabalhadores, mais tarde Leonel foi várias vezes campeão do mundo e da Europa
nesta modalidade, subentenda-se o hóquei em patins. Como tive oportunidade de falar na última
Assembleia Municipal, com o surto de Covid-19 muitas coisas iam ficar para trás e outras, em
nome do covid, andaram e andam mal, como as pequena e médias empresas de transportes,
ponte do Seixal/Barreiro, hospital do Seixal, juntas de freguesia. Para acabar vou só relatar algumas
noticias do Covid, como tudo tem um principio, autorize-se, Senhor Presidente da mesa, que fale
num evento em que tive presente para fazer ligação à minha mensagem que quero deixar aqui, no
dia 6 de março deste ano, estive presente no comício do PCP – Partido Comunista Português, no
dia 11 de março o Senhor Presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, disse na RTP1,
que Portugal não necessitava de entrar em Estado de Emergência, no dia 20 de Março estava
agendada, pela CGTP-IN, uma greve da administração local, no dia 12 de março, o Presidente da
República veio declarar que no dia 13 de março deste ano que Portugal entrava em Estado de
Emergência e uma das medidas, dessa altura, era não poder haver greves. No programa Prós e
Contra, na segunda-feira, Marcelo Rebelo de Sousa abriu o programa a dizer que Portugal não
necessitava de estar em Estado de Emergência. Em 4 de outubro de 2015 o povo português

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Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 05/2020
2ª Sessão Extraordinária – 23 de julho de 2020
derrotou novamente (desta vez nas urnas) o tempo do Salazar e Caetano derrotando o Governo
PSD/CDS-PP. No dia 30 de março deste ano, devido ao Covid-19, Rui Rio, presidente do PSD disse
que o seu partido estava pronto para integrar um governo de salvação nacional, vamos lá a ver,
estamos numa crise epidémica ou numa crise governamental? Disse o Rui Sado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Obrigado ao Rui Sado e ao Presidente António
Santos, Senhor Presidente da Câmara se faz favor.”
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Muito Obrigado Senhor Presidente da Assembleia
Municipal, cumprimento o Senhor Presidente, todos os senhores eleitos, a população presente, os
trabalhadores da Câmara Municipal que estão presentes, em nome do executivo da Câmara
Municipal do Seixal e de facto a minha primeira palavra é de saudação a todos vós porque de facto
estamos, neste momento, apesar desta crise pandémica, conseguimos reunir as condições
necessárias para, não só no concelho, conseguimos controlar a situação de expansão deste vírus,
como temos conseguido regressar ou voltar à nossa vida nesta nova normalidade, em segurança. A
realização desta Assembleia Municipal, a primeira presencial pós Covid, é mais o exemplo de que é
possível, mesmo em condições difíceis, a democracia funcionar e os órgãos democráticos poderem
funcionar e podemos dizer que, muito daquilo que é a nossa vida coletiva do dia a dia, da
normalidade que todos ambicionamos, é possível ser concretizada mesmo em tempo de
pandemia, isso exige de nós alguma disciplina, a vontade de cumprir as orientações e as
determinações e, por isso, eu gostava de sublinhar esta determinação democrática de que, os
eleitos da Assembleia Municipal, e também da Câmara Municipal, colocaram, quer na fase da
pandemia, quer agora nesta fase do chamado desconfinamento que estamos a viver. Também
dizer que, hoje mesmo, realizamos mais uma reunião da Comissão Municipal da Proteção Civil,
onde estive presente, com o Senhor Vereador da Proteção civil e o Senhor Presidente da Junta de
Freguesia do Seixal, Arrentela e Aldeia de Paio Pires, entre outros membros e onde fizemos uma
analise da situação em que vivemos no município, de facto, na Área Metropolitana de Lisboa, o
Covid tem tido uma aumento exponencial, principalmente, em cinco concelhos a norte do Tejo,
existem 19 freguesias, como todos conhecemos, destes 5 concelhos que estão com um estatuto
especial. A situação no concelho, neste momento, é estável, isto é, gostaríamos que fosse de
tendência decrescente, ela, neste momento, é estável com uma média de 8/8,5 casos por dia,
novos casos por dia, e de um total de, cerca, de 800 casos, sendo casos ativos um pouco mais de
300. Os surtos que foram detetados foram imediatamente controlados, pelas Autoridades de
Saúde e pela Proteção Civil Municipal e, também pela Segurança Social. Quero vos dizer se muitas
vezes temos sido os porta-voz da insatisfação, da descoordenação, relativamente à ação das várias
entidades do Poder Central, também, às vezes, locais, na verdade é que, neste momento, há uma
profunda coordenação entre todas as entidades, dou o exemplo, o último surto que aconteceu eu
estava de férias, o Diretor do ACES estava de férias e Diretora da Segurança Social não estava de
férias mas, num domingo de manhã, em meia hora resolvemos um problema, ainda à tarde estava
a ser feita uma visita à instituição e estavam a ser tomadas medidas para, essa instituição ser alvo

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Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 05/2020
2ª Sessão Extraordinária – 23 de julho de 2020
de uma determinação e depois fizeram-se os testes, e depois souberam-se os resultados e depois
tomaram-se mais medidas até, se controlar o surto. Tudo isto em poucas horas e poucos dias,
gostava de dar este bom exemplo da eficácia que conseguimos trazer neste processo difícil, muito
exigente mas que, no Concelho do Seixal, está controlado. Também gostava de afirmar a
importância desta Assembleia Municipal , não só no regresso à forma presencial, pós covid, mas
também pela simbologia que tem por ser a primeira Assembleia Municipal do Seixal realizada na
Mundet. “A Mundet é nossa”, foi a expressão quando o Presidente da Câmara Municipal do Seixal
há data, Eufrázio Filipe, utilizou quando saiu dos portões desta antiga fábrica corticeira e, portanto,
de facto, trouxemos à posse municipal este equipamento, e foram muitos os sonhos e as ambições
que, a Câmara Municipal e a população colocaram relativamente a esta fábrica corticeira e, este
pavilhão é mais um destes sonhos. Foi aqui neste espaço, que era um espaço descoberto,era o
ringue do Grupo Desportivo da Mundet que, há mais de 70 anos, um grupo de jovens operários da
fábrica lançou esta nova modalidade, entre outras, a modalidade do hóquei em patins, e foi por
isso que, num processo onde um equipamento público, chamemos-lhe assim, que foi o Pavilhão da
Quinta dos Franceses, foi vendido em hasta pública, autorizado pelo Estado, que nós, perante essa
dificuldade, encontramos uma oportunidade e a oportunidade foi identificar um sitio na génese do
hóquei em patins no Concelho do Seixal, a construção de um equipamento coberto, que é este
onde estamos, associado a uma recuperação de um edifício em ruína e esse edifício que está por
trás de vós, edifício 73, estava completamente em ruína e hoje está transformado para poder
acomodar a dinâmica desportiva e associativa desta instituição, que neste momento protocolou
com o Município, a gestão deste equipamento que é a CRIART - Associação Social. Também
associado a este Pavilhão ficará para sempre o nome de Leonel Pereira Fernandes, mais um
operário atleta da Mundet, mais um jovem operário que depois de um dia extenuante de trabalho
encontrava forças para se dedicar à prática da modalidade desportiva e, portanto, chegou muito
longe representando as cores nacionais, em termos nacionais e internacionais. É um bom exemplo
para as novas gerações que, de facto, o esforço há 70 anos atrás e há 50 anos atrás, muitos
empregavam para praticar o desporto e, hoje, as condições, com o Portugal de Abril, proporcionou
também para essa prática desportiva, o Seixal é um excelente exemplo daquilo que tem sido o
apoio ao movimento associativo e na criação das condições para os jovens poderem ter a sua
expressão máxima em termos daquilo que é atividade desportiva e, este pavilhão é mais um bom
exemplo deste investimento que estamos a concretizar. Sobre as questões em concreto, colocadas
por parte dos senhores munícipes, agradecer, naturalmente, a vinda e a expressão que colocaram
de ajuda e dizer que, em relação à reconversão urbanística, nós, no sábado passado, assinamos o
alvará da maior AUGI do Concelho do Seixal, mais de 3000 lotes, há dois meses atrás tínhamos
feito algo semelhante com a Flor da Mata e, reconvertemos, neste concelho, grandes áreas como
são: Vale de Milhaços, Pinhal Vidas, parte do Pinhal Conde da Cunha, Qta. Da Fábrica, Foros de
Amora, Qta do Fanqueiro, Redondos Laranjeira, Morgados e, estamos a trabalhar com
Administrações e as Comissões de Administração de várias AUGI’s para podermos concretizar e
avançar, portanto, se há entidade que tem experiência, que conseguiu resolver e que quer resolver,
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Ata nº 05/2020
2ª Sessão Extraordinária – 23 de julho de 2020
é a Câmara Municipal do Seixal, compreendo que a Qta. da Anisa por motivos que tem a ver, peço
desculpa, mas não tem a ver com a Câmara Municipal, tem a ver com as equipas que colocam no
terreno, porque se é possível os Redondos resolver, o Pinhal General resolver, noutros sítios
resolver porque é que não é possível resolver na Qta. Da Anisa? Tem a ver de facto com, vamos
chamar-lhe assim, não só as condições objetivas da reconversão em cada local, porque cada local
tem, naturalmente, questões especificas que tem que ser resolvidas, falamos do quê? Falamos de
linhas de água, que não tem só a ver com o município tem que ser colocadas à CCDR e à Agência
Portuguesa do Ambiente, falamos de outras situações naturais que existam nesses territórios, tem
que ser abordadas, tem que ser tratadas e tem que se investir, investir tempo, investir
competência e investir, também, algum dinheiro. Por isso a informação que eu tenho
relativamente à Qta. Da Anisa é que as peças foram entregues em fevereiro, as últimas peças
foram entregues em fevereiro na Câmara Municipal, é a informação que eu tenho do Diretor do
Urbanismo, portanto eu só tive conhecimento que os senhores iam intervir há poucos minutos,
pedi essa informação, o senhor Diretor do Urbanismo da Câmara Municipal do Seixal informou-me
que em fevereiro foram entregues as últimas peças relativamente à Qta. Da Anisa e que até ao
final do mês de agosto nós iremos emitir um parecer, esse parecer será no sentido de, portanto,
conseguirmos atingir o nosso objetivo, porque volto a dizer, para a Câmara Municipal não temos
nenhum interesse em percorrer ruas em terra batida para recolher lixo, nenhum interesse, parte-
nos os carros todos, não temos nenhum interesse em ver as pessoas com o pó nas janelas, com o
pó nas roupas, com o pó em todo o lado, não temos nenhum interesse. Temos interesse em
termos o concelho organizado, um concelho com boas condições de acesso e mobilidade e de
habitação, esse é o nosso objetivo, portanto, se há alguém que ganhe com as AUGI’s não andarem,
certamente não são os moradores nem é a Câmara Municipal, por isso eu devolvo o apelo, é, no
final de agosto, eu vou acompanhar este processo, a Senhora Vereadora do Urbanismo não está cá
hoje porque se encontra no período de férias, e vou marcar uma reunião com os senhores e com a
vossa equipa técnica para verificarmos ponto a ponto quais é que são os problemas para que
depois não se venha dizer que a culpa é da câmara , porque muitas vezes a culpa é dos técnicos
que não fazem o seu trabalho, muitas vezes, e quero vos dizer que sobre o Pinhal do General foram
“n” as reuniões. “n” os contactos para conseguirmos chegar ao fim mas, é um trabalho conjunto
entre as equipas e é isso que tem que ser feito, é um trabalho de parceria, em conjunto para
chegarmos ao fim, só juntos é que cruzamos a meta, isolados, um à frente e outro a atrás ninguém
chega ao fim, ok? Até finais de agosto os senhores esperam um contacto da minha parte para
marcarmos uma reunião, para com base nesse parecer, vermos ponto a ponto todas as situações.
Sobre a outra questão colocada relativamente a, pronto uma intervenção mais política, por parte
do munícipe Rui Sado, claro que a situação do covid tem aqui, traz-nos aqui esta alteração do
ponto de vista daquilo que são, quer a vida democrática quer a vida em comunidade,
naturalmente mas, no entanto, pensamos que é possível regressarmos a esta normalidade com
todas as condições de segurança observadas, como estamos a ver já na Câmara Municipal, numa
reunião presencial que tivemos, agora na Assembleia Municipal e, em tantas outras iniciativas que
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estamos a fazer. A câmara decidiu fazer uma reabertura faseada dos equipamentos municipais,
quer cobertos quer descobertos, e é isso que temos vindo a fazer associado a uma campanha de
informação de sensibilização para a utilização correta dos equipamentos de proteção e dos
procedimentos necessários, é isso que estamos a fazer, devagar mas bem, para que não existam
precipitações e não existam surtos e outros problemas relacionados com infeção, por isso Senhor
Presidente da Assembleia Municipal, pedindo desculpas, naturalmente, aqui por mais alguns
minutos que tomei, relativamente à minha intervenção, mas achei importante partilhar não só a
importância desta assembleia relativamente ao ato simbólico aqui na Mundet mas, também ao
facto de ser a primeira presencial pós covid. Muito Obrigada.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Obrigado Senhor Presidente da Câmara, um novo
agradecimento aos munícipes que estiveram connosco e às sua intervenções e encerramos o
período de intervenção aberta à população, passamos para o período de antes da ordem do dia.
II. PERÍODO DE ANTES DA ORDEM DO DIA.
Presidente da Assembleia Municipal disse: “Passamos para o período de Antes da Ordem do Dia,
nós temos 13 documentos neste período e entretanto e portanto chegou à mesa e portanto o
entendimento transmitido de que os documentos que é uma moção da CDU que diz respeito aos
cuidados de saúde do Garcia de Orta e uma moção do PSD e a sua apresentação como é o nosso
procedimento esse entendimento a áreas que são comuns ou idênticas a apresentação e
apreciação em conjunto e naturalmente a votação a cada uns dos documentos.”
II.1. O Grupo Municipal da CDU apresentou a moção «Pelo reforço dos cuidados de saúde
prestados pelo HGO às populações», subscrita por Rui Algarvio.
(Documento anexo à ata com o número 1)
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Portanto sendo assim o primeiro documento é da
CDU é uma moção «Pelo reforço dos cuidados de saúde prestados pelo HGO às populações», é
subscrita por Rui Algarvio que tem a palavra se faz favor.”
Rui Algarvio, da CDU, disse: “A moção tem como título o reforço dos cuidados de saúde prestados
pelo HGO às populações e foca-se essencialmente nas questões de atendimento do serviço de
urgência de obstetrícia e ginecologia que como sabemos tem vindo a apresentar alguns
constrangimentos, tem havido alguma dificuldade nomeadamente na elaboração das escalas a
nível do período noturno inclusivamente este mês houve situações em que grávidas
nomeadamente grávidas tiveram que ser transferidas para outros hospitais aqui da nossa região e
isto evidentemente que nos preocupa e deve merecer desta Assembleia uma reflexão ainda para
mais tendo em conta a qualidade a excelência dos cuidados prestados pelo serviço de obstetrícia e
ginecologia que é um bom exemplo e eu escrevo aqui na moção a atribuição por parte da UNICEF
de título do hospital dos bebés portanto temos um hospital fortemente empenhado nas questões
da saúde materna infantil e portanto não é aceitável que haja um encerramento noturno em
serviço de urgência em alguns dias da semana ou do fim de semana, passo a ler então aqui os
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Ata nº 05/2020
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considerandos, a Assembleia Municipal do Seixal reunida a 23 de julho por proposta dos eleitos da
CDU reitera a sua preocupação com a degradação dos cuidados de saúde prestados às populações
da região de Setúbal e do Concelho do Seixal, apela a tutela ao conselho de administração e à
direção dos serviços de obstetrícia e ginecologia que através do diálogo encontre uma solução que
permita o normal funcionamento do serviço de urgência de obstetrícia e ginecologia durante as 24
horas do dia nos sete dias da semana, reafirma também a necessidade de reabertura da urgência
pediátrica durante o período noturno, saúda os profissionais de saúde do HGO e do ACES de
Almada/Seixal dando uma resposta saudável no combate à pandemia pelo Covid-19, exorta o
poder central a contribuir ativamente por uma política pública de investimento que fortaleça o
SNS, disse.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Tem o documento seguinte nesta linha que
indiquei, é do PSD.”
II.7. O Grupo Municipal do PSD apresentou a Moção «Pelo reforço dos serviços de urgência do
Hospital Garcia de Orta», subscrita por Maria Luísa Gama.
(Documento anexo à ata com o número 7)
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “É uma moção «Pelo reforço dos serviços de
urgência do Hospital Garcia de Orta», subscrita por Maria Luísa Gama, que tem a palavra.”
Maria Luísa Gama, do PSD, disse: “Portanto a nossa moção tem o mesmo tema que aquela que foi
aqui apresentada pela a CDU portanto pelo reforço dos serviços de urgência do Hospital Garcia de
Orta visto que foi com bastante preocupação que vimos surgir algumas notícias que nos davam
conta da possibilidade do fecho noturno das urgências de ginecologia e obstetrícia à semelhança
aliás do já tinha acontecido com a urgência pediátrica sabendo nós da importância do hospital
Garcia de Orta para os milhares de pessoas residentes aqui no Distrito em particular no nosso
Concelho para as centenas de mulheres que entram e ocorrem com frequência, portanto
pretendemos com esta moção manifestar o nosso desacordo pelo possível encerramento das
urgências de ginecologia e obstetrícia do Hospital Garcia de Orta e solicitar ao Ministério da Saúde
que promova mais medidas de reforço nos serviços de urgência não só deste serviço mas também
da pediatria para evitar deslocações e angustias desnecessárias sobretudo neste tempo em que as
pessoas ficam tão angustiadas de se dirigirem a uma urgência.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Apresentadas as moções quem quiser usar da
palavra se faz favor? Uma intervenção o Sr. Samuel Cruz se faz favor.”
Samuel Cruz, do PS, disse: “Pronunciar-me sobre a moção pelo reforço dos cuidados de saúde
prestados pelo HGO, para melhor sistematização é que contém vários problemas nesta moção para
não dizer inverdades vou seguir a ordem da própria moção começa por dizer que tem vindo a
público durante várias semanas, convém esclarecer qual é a fonte, a fonte é um comunicado de
imprensa do sindicato independente dos médicos presidido pelo Dr. Jorge Cunha aliás como eu
penso que é sabido e comum para este deputado do PSD e vereador do PSD na Câmara da
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Ata nº 05/2020
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Amadora, enfim é inédito ver o PCP andar a reboque do PSD, mas sim há sempre uma primeira vez
para tudo, depois perceber-se aquilo que move o sindicato de facto o diretor do serviço de
obstetrícia foi demitido no dia 30 de maio portanto o sindicato fez o seu papel não é papel desta
Assembleia associar-se a esse tipo tentar intervir nas relações laborais ainda para mais desfasado
como veremos afinal já estão resolvidas, mas diz 2º parágrafo, erro de capital, aliás não foi o que
aqui foi dito, entre aquilo que aqui foi dito pelo Dr. Rui Algarvio e o que está escrito há uma certa
diferença, ocorreu o encerramento durante o período noturno do serviço, é mentira já
(Impercetível) Moreira dizia isto de forma mais efusiva mas de facto é uma inverdade que não
corresponde à realidade, nunca o serviço encerrou, e se dúvidas houvesse hoje mesmo contactei a
administração do Hospital Garcia de Orta que me confirmou o sucedido (e que tenho aqui à minha
frente) não existe qualquer tipo de dúvida, o serviço nunca encerrou e portanto peço ao
proponente para corrigir tanto mais que é trabalhador desta entidade para corrigir aquilo que aqui
escreveu, a única coisa que aconteceu foi que pela a equipa não estar completa no dia 6 e 7 de
julho foram dadas instruções ao CODU para não levar as emergências para o hospital, é uma coisa
diferente, havia uma equipa que não estava completa e todos os hospitais trabalham em rede
como não podia deixar de ser é nesta especialidade como é em todas, a verdade é que nunca
encerrou, bem, mais à frente diz que na verdade estão asseguradas os serviços portanto é um
facto desde que o problema está resolvido tem uma semana absolutamente controlada aliás o Dr.
Alcides Pereira retomou as suas funções agora foi adjuvado para não tomar determinado tipo de
atitudes intempestivas e não há qualquer tipo de anormalidade no serviço como é sabido, vamos à
pediatria, e é importante perceber o que se passa com a pediatria do Hospital Garcia de Orta que é
de facto uma coisa algo diferente, a urgência de pediatria encerrou porque nos últimos 3 anos
rescindiram contrato 10 pediatras do HGO e do seu quadro que corresponde a 40, nesta altura
pediatras, 1 está em fase de aposentação, 2 em fase de pré-aposentação, 10 têm mais de 55 anos,
2 têm mais de 60 anos , 1 doutora está em ausência por gravidez de risco e 1 tem licença parental
o que é que isto significa? que apenas fazem urgência, dos 40 pediatras do HGO, 17, 11 em
cuidados intensivos neo-natais, 6 em urgência pediátrica, propriamente dita, e portanto o que
aconteceu com o covid dá-nos aquilo que são as urgências no nosso País e que deve ser a
prioridade de todos nós, as urgências no HGO caíram de 130 antes do covid para as tais 30
ocorrências dia e não houve falta de prestação de cuidados, apenas houve encaminhamento das
pulseiras menos graves para as unidades locais de apoio ao local e, portanto, esta é aquela
mudança pela qual nós, enquanto políticos, devemos mudar, mas depois disto nada está a ser
feito, mentira, aconteceu uma coisa que altera tudo aqui, até ao momento em que encerraram as
urgências pediátricas do HGO tinha que existir na urgência 1 assistente hospitalar e 2 internos, a
lei, o Sr. Doutor muito bem sabe foi alterada o despacho foi alterado e diz agora que que são
necessários 2 assistentes hospitalares e 2 internos para a urgência poder funcionar, o que quer
dizer que a equipa que ia assegurar ou que já não assegurava antes agora tem que ser duplicada e
portanto isso não é fácil no entanto há ainda mais um problema porque iam ser internos que iam
fazer o exame em março por causa do covid não fizeram e vão fazer no presente mês de julho e
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portanto a equipa poderá ser reforçada de imediato com mais 3 a 5 (depende de passarem no
exame ou não) e depois disso passam a assistentes hospitalares primeira coisa, segunda estão
identificadas mais 4 na mesma situação para integrarem os hospitais, a necessidade é 10 e há 7,
praticamente prontos, para entrarem e isso, pensa-se que já assegurará o funcionamento das
urgências pediátricas e portanto o que há a dizer acerca desta moção, eu penso que todos estão
mais esclarecidos neste momento, é que não corresponde à verdade daquilo que aconteceu e
como não corresponde à verdade não deve de ser aprovada.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Não há mais inscrições? Não havendo tem a palavra
o Sr. Presidente da Câmara.”
O Presidente da Câmara Municipal disse: “De facto nós também endereçamos um ofício à Sra.
Ministra da Saúde com preocupação onde referimos que nós somos alguma força que valoriza de
facto o trabalho e todos os profissionais do Serviço Nacional de Saúde e nesta fase de pandemia
todos percebemos quem ficou e quem resolveu o problema e quem está a resolver o problema é o
Serviço Nacional de Saúde não é o Sistema Nacional de Saúde, é o Serviço Nacional de Saúde, e
por isso todas as medidas que forem tomadas no sentido do seu reforço são de facto muito
importantes para a população e aquilo que se tem assistido não só desde que a Sra. Ministra é
Ministra mas nos últimos tempos de governação do Partido Socialista é que ao contrário desse
investimento a ser concretizado assiste-se a um desinvestimento foi o encerramento noturno da
urgência pediátrica e agora o possível encerramento da urgência portanto de obstetrícia, acresce a
informação que hoje mesmo a Sra. Delegada de Saúde chamou a atenção da comissão de proteção
civil dizendo que já tinha sido colocada na outra reunião da comissão municipal do HGO dizendo
que encerram as urgências do Hospital de Setúbal e do Hospital do Barreiro e portanto carregam
na urgência do HGO, ou seja portanto na televisão ouvimos a Sra. Ministra e ouvimos os
responsáveis políticos de saúde dizer que o SNS é uma prioridade mas na prática o que acontece é
exatamente o inverso, por isso é tempo de não só aprovarmos moções como estas no ponto de
vista político para a afirmação da importância portanto de inverter este processo como também é
tempo dos responsáveis políticos fazerem aquilo que dizem e isso não tem acontecido e é muito
importante que aconteça para a saúde da população da região e claro do concelho do Seixal.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Pergunto aos senhores proponentes se desejam
usar da palavra para as intervenções respetivas e finais? Sr. Deputado Rui Algarvio se faz favor.”
Rui Algarvio, da CDU, disse: “Eu queria só esclarecer em relação aqui à questão do encerramento
realmente eu acho que isto acaba por ser é um pormenor quer dizer o encerramento portanto o
CODU não enviava para lá as grávidas o que é que é isto senão um encerramento, isto é
obviamente um encerramento evidentemente que é um encerramento a equipa não estava
completa e qual é que é o problema eu acho que o Sr. membro da Assembleia Municipal não
compreendeu o problema, o problema é que isto se vai perpetuar e vai acontecer mais vezes e isso
é que é dramático, o que é dramático aqui é perceber que no serviço de obstetrícia e ginecologia
existem imensos médicos acima dos 55 anos e que se vão reformar e muitos deles já nem sequer
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tinham obrigação de fazer o serviço de urgência e continuam a fazê-lo e muitos deles já
ultrapassaram o limite das 150 horas extraordinárias por ano que está previsto na legislação,
portanto isto vai agravar-se e é importante que nós aqui tomemos nota disto que informe-mos as
populações e que alertemos porque isto não pode acontecer, a saúde, e eu aproveito aqui para
saudar a relação fluída que existe entre o Sr. membro da Assembleia Municipal e o presidente do
conselho ou do conselho de administração do Hospital Garcia de Orta porque consegue obter
tanta informação que nós profissionais de saúde, membros das organizações médicas membros
das organizações sindicais não conseguimos obter de facto é bom saber que há pessoas muito bem
informadas acerca da realidade do que se passa no HGO infelizmente não é o caso dos
profissionais, disse.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Tem a palavra Maria Luísa Gama, a outra
proponente.”
Maria Luísa Gama, do PSD, disse: “Nós ficámos satisfeitos com os dados do eleito Samuel Cruz
aqui do Partido Socialista que aqui nos apresentou, portanto, dá-nos aqui uma onda de otimismo
mas, mesmo assim o mesmo não elimina as nossas preocupações, portanto continuamos com o
mesmo receio e chamo também à atenção que estas notícias constantes que vêm a lume e mesmo
o encerramento da urgência pediátrica durante a noite afasta as pessoas retira a confiança dos
utentes no serviço de saúde, no HGO enviando-as para outros lados ou procurando outras
alternativas, obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Então vamos colocar à votação estes dois
documentos portanto primeiro a moção pelo esforço dos cuidados de saúde prestados pelo HGO
às populações, é da CDU.”
Votação do Ponto II.1.

Aprovada a Tomada de Posição 25/XII/2020 por maioria e em minuta com:

 Vinte e cinco ( 25) votos a favor dos seguintes eleitos:

- Do grupo municipal da CDU: 16

- Do grupo municipal do PSD: 4

- Do grupo municipal do BE: 3

- Do grupo municipal do PAN: 1

- Do grupo municipal do CDS-PP: 1

 Onze(11) votos contra dos seguintes eleitos:

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- Do grupo municipal do PS: 11
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “portanto a moção foi aprovada com os votos a
favor da CDU, do PSD, do BE, do PAN, e do CDS, e o voto contra do PS. Há alguma declaração de
voto? Não. Então passamos para a votação do documento seguinte que é do PSD, moção pelo
reforço dos serviços de urgência do Hospital Garcia de Orta.”
Votação do ponto II.7.

Aprovada a Tomada de Posição nº 31/XII/2020 por maioria e em minuta com:

 Vinte e cinco ( 25) votos a favor dos seguintes eleitos:

- Do grupo municipal da CDU: 16

- Do grupo municipal do PSD: 4

- Do grupo municipal do BE: 3

- Do grupo municipal do PAN: 1

- Do grupo municipal do CDS-PP: 1

 Onze(11) votos contra dos seguintes eleitos:

- Do grupo municipal do PS: 11


O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Portanto esta moção é aprovada com os votos a
favor da CDU, do PSD, do BE, do PAN e do CDS, e o voto contra do PS. Alguma declaração de voto?
Não. Então passamos para o documento seguinte.”
II.2. O Grupo Municipal do PS, apresentou a Moção «Pela melhoria do funcionamento das
Comissões da Assembleia Municipal do Seixal», subscrita por Tomás Santos.
(Documento anexo à ata com o número 2)
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “É uma moção do PS «Pela melhoria do
funcionamento das Comissões da Assembleia Municipal do Seixal», é subscrita por Tomás Santos
que tem a palavra se faz favor.”
Tomás Santos, do PS, disse: “Bom a moção é clara o PS vem defendendo nesta Assembleia um
entendimento diferente acerca do funcionamento das comissões achamos que estas devem de ter
um funcionamento próprio autónomo da presença do vereador da comissão para que lhe sejam
dirigidas perguntas e a realidade é que o PCP tem nos dado razão nesta matéria porque na
verdade as comissões funcionam mal à comissões que ainda não reuniram as que reúnem reúnem
pouco nunca cumprem com os objetivos que internamente se propõem a cumprir não cumprem
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Ata nº 05/2020
2ª Sessão Extraordinária – 23 de julho de 2020
com as responsabilidades para com esta Assembleia Municipal e esta situação já foi várias vezes
debatida inclusive em comissões em que eu já estive já foi várias vezes trazida a debate na reunião
de líderes pelo nosso líder o Samuel na reunião de líderes nunca teve acolhimento e portanto
pensamos que ela deve de ser trazida ao plenário para o plenário debater este assunto.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Intervenções em relação a esta moção? Paulo Silva
se faz favor.”
Paulo Silva, da CDU, disse: “Em primeiro mostrar o agrado de estarmos hoje aqui a reunir neste
pavilhão, mais uma obra do poder local democrático ao serviço das populações, sobre a matéria
aqui assim desta moção dizer que eu não entendo onde é que o eleito Tomás Santos vai dizer que
as competências da comissão são exatamente as mesmas que do plenário quando a lei, e ele
reproduziu, a lei é bem clara dizer que o plenário da Assembleia pode deliberar sobre a
constituição de delegações de comissões ou grupos de trabalho para o estudo de matérias
relacionadas ou seja as comissões as delegações ou os grupos de trabalho é para o estudo das
matérias relacionadas com as atribuições do município a lei a mim parece-me que é bastante clara
quanto a isso, depois dizer que o nosso regimento diz que as normas internas de funcionamento
de cada comissão ou grupo de trabalho é adotada pelas mesmas que têm essa competência não o
plenário.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais intervenções? Samuel Cruz se faz favor.”
Samuel Cruz, do PS, disse: “Telegraficamente, o problema é que as comissões não funcionam, mais
uma vez a CDU tentou fugir ao tema aqui com pormenores formais, de facto as comissões podem
abranger todo o trabalho são específicas ou mais direcionadas mas é a mesma coisa mas o que
aqui se quer discutir é o não trabalho das comissões se dúvidas houvessem há comissões que
foram criadas no início do mandato e nunca reuniram, vou dizer outra vez, nunca reuniram.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais intervenções? Não há mais pedidos de
intervenção é isso? Bom, cabe ao Presidente da Assembleia apenas uma breve nota, não é para
entrar no debate, mas no quadro que é a competência da mesa e da Assembleia que não pode
deixar de ser dito porque a responsabilidade naturalmente que é da mesa e neste quadro em
termos do Presidente da Assembleia de forma clara no quadro das competências próprias é
porque tanto a mesa como o Presidente da Assembleia têm competências próprias consignadas
em lei e que vêm expressas no regimento que todos conhecem, bom e em relação às comissões
uma matéria tem sido regularmente discutida apreciada na conferência de líderes que é também
regimental e em sede própria não que o plenário não se possa prenunciar não é isso que está em
questão, agora a questão que se coloca é qual é que é o papel da conferência de líderes e se vale a
pena discutir isto ou não na próxima conferência de líderes, depois segunda nota, as comissões
não têm no quadro da lei, muito menos regimental porque o regimento não substitui a lei como
sabemos, competências próprias portanto as competências ou são do órgão ou são em termos de
funcionamento da Assembleia da mesa e do Presidente da Assembleia portanto as comissões não
têm competências próprias são órgãos de apoio isto não tem nada a ver com a Assembleia da
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Ata nº 05/2020
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República, são órgãos de apoio é o que está na lei e portanto quem tiver dúvidas leia a lei e o
regimento, convém ler o regimento porque às vezes fica-se com a ideia que alguns eleitos da
Assembleia nem sequer leram o regimento (houve aqui uma pequena interrupção do eleito
Samuel Cruz) não, eu só estava porque o Tomás estava a abanar a cabeça que não e portanto só
por causa disso, isto é um esclarecimento do Presidente que é o responsável pelo funcionamento,
no fundo ó Tomás desculpe lá sem entrarmos em diálogo, esta intervenção também contesta o
Presidente da Assembleia e o Presidente da Assembleia intervém, que fique claro, há... está bem
conta, faz favor de contar o tempo, quando o Presidente da Assembleia intervém está sempre a ser
posto em causa, vejamos quem é que é o responsável e o resto é conversa, portanto a 2.ª questão
é esta, 3.ª questão naturalmente que tem a ver com a dinâmica que todos têm também
responsabilidade no funcionamento das comissões, depois deste período do confinamento estão a
funcionar as comissões aliás a comissão de desenvolvimento estratégico reuniu regularmente fez
várias reuniões com a presença do Sr. Presidente da Câmara, reuniu à dias a comissão do ambiente
até a solicitação de um eleito do Partido Socialista é remetido para o coordenar e portanto depois
naturalmente para o Sr. Presidente para a agenda com o vereador, que era isso que era pedido,
estão mais duas reuniões por agendar porque também foi proposto que fosse com o vereador
porque as reuniões podem reunir só por si, bom mais duas a do património creio e a comissão de
urbanismo e educação está aqui aliás o Sr. primeiro secretário ou o coordenador, e as reuniões das
comissões específicas tinham uma agenda que pelo período que vivemos não foi possível
concretizar vai ser retomada há uma agenda para conhecimento dos líderes uma agenda feita ou
melhor vista na conferência de líderes que vai ser retomada a partir de setembro, bom era este
ponto de situação que o Presidente da Assembleia Municipal não poderia deixar de fazer já que
implicitamente é visado, portanto não havendo mais intervenções o esclarecimento foi no fim das
intervenções pergunto ao proponente naturalmente se pretende intervir? Se faz favor.”
Tomás Santos, do PS, disse: “Bom, telegraficamente Sr. Presidente se a carapuça lhe serviu tudo
bem é consigo, mas não era uma resposta à mesa não era uma crítica à mesa é um entendimento
geral que existe nesta Assembleia Municipal ou melhor na CDU se estou em crer e com o qual nós
não partilhamos sobre a forma como as comissões funcionam no entanto não é verdade de que as
comissões sejam órgãos de apoio da Assembleia Municipal, de apoio são os trabalhadores da
Assembleia Municipal, são os serviços da Câmara Municipal e do município, as comissões não são
nem um órgão sequer dentro da Assembleia Municipal, são sim formas que a Assembleia
Municipal tem, específicas de trabalhar, de trabalhar em termos de forma mais específica mais
pormenorizada com mais trabalho direto e menos trabalho de intervenção, mais trabalho escrito
etc. etc. e por isso é que e mais uma vez o eleito Paulo Silva não soube compreender esta questão
mais uma vez que é que as competências das comissões são as mesmas que as competências da
Assembleia Municipal e é isso que está dito na lei.”

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O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Vamos colocar à votação, nós sabemos muito bem
o que é que estamos a votar, a moção pela melhoria do funcionamento das Comissões da
Assembleia Municipal do Seixal .”

Rejeitada a Tomada de Posição 26/XII/2020 por maioria e em minuta com:

 Dezasseis ( 16) votos a favor dos seguintes eleitos:

- Do grupo municipal do PS: 11

- Do grupo municipal do BE: 3

- Do grupo municipal do PAN: 1

- Do grupo municipal do CDS-PP: 1

 Dezassete (17) votos contra dos seguintes eleitos:

- Do grupo municipal da CDU: 16

- Do Presidente da Junta de Fernão Ferro: 1

 Quatro (4) abstenções dos seguintes eleitos

- Do grupo municipal do PSD: 4


O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Bom, então a moção é rejeitada com os votos a
favor do PS, do BE, do CDS, do PAN, a abstenção do PSD, e os votos contra da CDU e do SFF. Há
alguma declaração de voto? Se faz favor Rui Belchior.”
Rui Belchior, do PSD, disse, em declaração de voto: “Nós abstivemo-nos com muitas hesitações é
verdade e até com alguma divisão devo dizê-lo, mas porquê? porque de facto nós também
consideramos que é verdade que há um desinteresse generalizado em relação ao funcionamento
das comissões de facto há reuniões ó reuniram uma vez ou nem sequer reuniram, contudo
também nós estamos convencidos que se as discussões que tem havido em sede de reunião de
líderes não têm sido capazes de resolver este problema também não é numa Assembleia
Extraordinária que se vai digamos assim resolver esta questão e portanto creio que a sede própria
é de facto as reuniões de líderes e há aqui posições que no nosso entender são inultrapassáveis e
não estamos a ver ou não estamos a conseguir perceber em que medidas é que esta Assembleia
Extraordinária iria resolver o quer que fosse e é nessa medida e por isto que nós nos abstivemos.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais alguma declaração de voto? Não, então
passamos para o documento seguinte.”

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II.3. O Grupo Municipal do PSD, apresentou a moção «Pelo cancelamento da edição 2020 da
Festa do Avante», subscrita por Rui Belchior.
(Documento anexo à ata com o número 3)
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “É uma moção do PSD «Pelo cancelamento da
edição 2020 da Festa do Avante», subscrita por Rui Belchior que tem a palavra se faz favor.”
Rui Belchior, do PSD, disse: “Deixando desde logo uma nota prévia que nós ao contrário
provavelmente e continuamos a afirmar que nada temos que nada nos move contra a Festa do
Avante, aliás a moção é específica é clara e refere-se em exclusivo a esta edição da Festa do
Avante, aliás ainda hoje já por diversas ocasiões o Sr. Presidente se referiu aos constrangimentos
da pandemia e das dificuldades das aberturas faseadas etc. etc. e portanto para além disso nós
não podemos tolerar comportamentos discriminatórios, haver para uns a concessão e a
possibilidade de fazer isto ou aquilo e para outros não se poder fazer nada e estar tudo proibido,
aliás ainda à bem pouco tempo até o passeio ribeirinho estava proibido a sua circulação os serviços
estavam fechados etc. etc. é evidente que não sabemos o que é que vai suceder em setembro ou
até lá ainda o que é que ainda vai acontecer, mas nesta altura poder considerar que um evento
com milhares de pessoas e não é só depois as medidas que alegadamente vão garantir com
imaginação diga-se como foi feito passar dentro do espaço da festa mas sim aquilo que sucede fora
do espaço da festa e isso é incontrolável e portanto para além de tudo a nossa posição é que a
Assembleia deva assumir a mesma, digamos passo a redundância, a mesma posição que tem tido
em relação a outros eventos e a outro tipo de iniciativas, para já é tudo, obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Intervenções em relação a esta moção? Quem é
que pretende intervir? João Rebelo se faz favor.”
João Rebelo, do CDS-PP, disse: “Nós votaremos favoravelmente esta moção e eu acho que têm
que entender que não é nada contra o Partido Comunista Português que tem o direito de fechar e
é uma festa indiscutivelmente uma referência em termos de eventos políticos mas, nós já nos
pronunciámos em relação ao que foi feito no 1º de Maio e o que foi feito até em manifestações e
foi feito pelo líder do CDS e, só a ultima manifestação foi do Partido Chega que nós também
criticámos tal evento que, juntou cerca de mil pessoas em condições absolutamente
irresponsáveis, achámos que neste momento que seria prudente que o PCP pudesse reorganizar a
sua festa de outra maneira e fazê-la noutros termos e, portanto, eu acho que este apelo que é feito
aqui pelo PSD se encaixa perfeitamente nestas posições reiteradas pelo CDS ao longo destes
últimos meses e, portanto, fica aqui a manifestação do nosso voto favorável desta proposta do
PSD.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais intervenções?Não há mais intervenções sobre
esta moção? Paula Santos se faz favor.”
Paula Santos, da CDU, disse: “Sobre esta moção gostaríamos de dizer o seguinte: Em primeiro
lugar a festa do Avante é uma iniciativa política não é qualquer, e é nesses termos que ela tem que
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ser tratada e vista como uma iniciativa política e do que nós conhecemos no nosso País que em
boa hora assim o é, vivemos num regime democrático e mesmo enfrentando uma pandemia mas
no nosso País não há qualquer limitação às atividades e às iniciativas dos partidos políticos
relembro que até no momento em que foi declarado o estado de emergência no nosso País nesse
mesmo período não houve qualquer limitação e condicionamento proibição de atividades e
iniciativas políticas e por isso num regime democrático não concebemos nem consideramos que
seja adequado limitar a atividade dos partidos, a atividade dos partidos cada um define aquela que
é a sua, ao PCP cabe definir a sua própria atividade, aliás, eu relembro até que o PCP um partido
histórico o que está a fazer é a comemorar, neste momento, o seu centenário por isso tem de facto
esta longa experiência de viver em vários períodos, nenhum fascismo impediu a intervenção e a
ação política por parte do PCP não será agora também, no regime democrático, que serão outros a
definir o que o PCP irá fazer ou não irá fazer, isso cabe naturalmente ao próprio PCP, um segundo
aspeto que gostaria de referir de facto estamos a preparar esta festa do Avante num contexto
diferente num contexto que isso tem um conjunto de particularidades que de facto ela não se vai
realizar nos mesmos termos que dos anos anteriores isso está mais que assumido estão a ser
estabelecidos contactos com a autoridade sanitária e o PCP está a preparar a festa do Avante no
sentido de assegurar o distanciamento entre as pessoas de assegurar circulações para impedir que
haja cruzamentos entre as pessoas de assegurar a desinfeção do próprio espaço alargou a área
para a realização de um conjunto de iniciativas espaços mais amplos menos construção e um
conjunto de espaços que anteriormente estavam no regime ou seja que eram recintos fechados
vão ser em espaços abertos como por exemplo o cinema ou o teatro que está previsto realizar,
também é preciso ter presente que as atividades que estão previstas realizar na festa do Avante
são atividades que hoje em tempos de pandemia qualquer cidadão pode usufruir hoje é possível ir
a um espetáculo de música hoje é possível assistir a uma peça de teatro hoje é possível ir assistir a
filme, e é possível irmos a um restaurante, qual é que é o condicionamento? É o cumprimento das
normas sanitárias e é nestes termos que está a ser preparada ou seja não há aqui nenhuma
atividade que esteja prevista realizar que não seja possível qualquer cidadão do nosso País fazê-lo
hoje já, e isso é permitido, e um terceiro aspeto ainda para clarificar, a legislação que foi aprovada
na Assembleia da República é uma legislação que não se aplica a esta iniciativa o que foi aprovado
na Assembleia da República relativamente aos espetáculos e aos festivais é isso é dirigido aos
espetáculos e aos festivais não é dirigido à atividade política dos partidos, mas é bom que tenham
presente o seguinte a lei o que diz é proibida a realização ao vivo em recintos cobertos ou ao ar
livre de espetáculos e festivais de natureza análoga mas tem um segundo número que diz logo a
seguir: os espetáculos referidos no número anterior podem excecionalmente ter lugar em recinto
coberto ou ao ar livre com lugar marcado respeitando a lotação cumprindo as regras de
distanciamento físico, percebemos bem porque é que esta legislação existe é de facto para os
grandes grupos económicos que organizam grandes espetáculos no nosso País poderem ficar
libertos de um conjunto de obrigações que tinham já com os compromissos já assumidos por isso é
que existe esta lei e não se aplica aos partidos políticos, sim vivemos em democracia por isso
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vivemos numa democracia numa democracia solidária e por isso por partidos políticos livres que
podem intervir e por isso consideramos que também a expressão que aqui está, a realização de um
evento unicamente à criatividade e à vontade de um partido político o regime democrático
permite que efetivamente haja essa participação haja essa intervenção e haja a possibilidade de
cada partido político definir a sua intervenção, aquilo que nós estamos aqui a dizer é que vamos
cumprir com tudo aquilo que são as normas e as recomendações que neste momento estão
implementadas no nosso País.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Tem a palavra o Vítor Cavalinhos se faz favor.”
Vítor Cavalinhos, do BE, disse: “Sobre esta moção à umas considerações a moção abre um
precedente perigoso seria a primeira vez que uma Assembleia Municipal proibia a realização de
um partido político hoje é por estas razões amanhã seria por qualquer outra, os diversos partidos
os direitos políticos não estão e não podem ser restringidos, no dia em que a Assembleia
Municipal proibir um evento político estamos mal, não é por acaso que o parlamento não tomou
posição nem nenhum partido propôs que se tomasse no sentido da restrição dos direitos políticos,
a Direção Geral de Saúde não se prenunciou contra a realização da festa do Avante não nos
devemos substituir à DGS que se entender emitir pareceres favoráveis à realização da festa ainda o
poderá o vir a fazer, o Bloco de Esquerda acha que a DGS é confiável e aguardamos as suas
orientações, para o BE o caminho foi suspender as iniciativas que tínhamos programadas o caso da
nossa convenção nacional, do acampamento de jovens, do fórum socialismo e de outras iniciativas
que temos substituído por videoconferência, estamos à vontade demonstrámos a nossa forma de
estar perante a pandemia cada um deve assumir as suas responsabilidades, na opinião do BE o PCP
não devia realizar a festa do Avante mas não apoiaremos nenhuma medida aproveitando-se da
excecionalidade da situação sanitária para restringir este direito do PCP ou de qualquer outro
partido não é uma Assembleia Municipal que deve decidir aquilo que o Governo, o Parlamento e a
Direção Geral de Saúde não julgarem premente decidir.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais alguma intervenção? Não. Então sim tem a
palavra o proponente.”
Rui Belchior, do PSD, disse: “Gostava inicialmente congratular a deputada Paula Santos pela
criatividade dos argumentos que, de facto, são fascinantes, essa forma e essa conceção de
interpretar estes mecanismos e de facto eu fico fascinado, porque o que se percebe, e aliás é isso
que nós temos que resolver não só aqui nesta Assembleia como também para a nossa vida em
geral ou estamos numa pandemia e umas coisas servem para umas ocasiões e não servem para
outras ou estamos numa pandemia ou não estamos numa pandemia portanto temos que perceber
porque como medidas de segurança restrições e afastamento social todos os eventos se
conseguiriam organizar eu recordo que ainda agora na semana passada foi proibida a
concentração de motos de Faro e eles também prometeram essa criatividade na organização mas
ninguém permitiu e nem sequer que adiassem aliás a lei em vigor não permite a realização de
qualquer espetáculos e similares até 30 de setembro é a lei que está em vigor podemos agora fazer
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os exercícios que entendermos e utilizar a questão política mas a festa do Avante tem um
extensíssimo cartaz de atividades musicais, portanto, se isto não é, também um festival de música,
quer dizer eu, também não compreendo deixou-o de ser este anos ou não vai ser este ano? E
portanto ainda dizer outra coisa, bem podem os senhores trazerem aqui as alusões que quiserem,
maldosamente diga-se, com ironia sobre o fascismo e sobre os reacionários que eu não visto essa
camisa eu para mim a lei é igual para todos e deve de ser aplicada a todos de forma igual e
portanto de outra forma não se consegue perceber e não se consegue estar e interpretar esta
democracia porque essa lateralidade foi criada para as iniciativas políticas e devo dizer que o meu
partido por exemplo cancelou todas as atividades políticas a festa do pontal o chão da lagoa etc.
como aliás fizeram outros partidos e o PCP quer dizer é uma ilha isolada e faz o que bem entende,
eu à pouco fui claro quando me referi tal facto nem sequer estar a apontar o que é que vai suceder
dentro do espaço da festa, mas é cá fora o que é que os senhores vão garantir em termos de
transporte da circulação das pessoas milhares de pessoas quer dizer se isto não é brincar com as
pessoas quando andaram a dizer que não podemos estar, e em Lisboa e Vale do Tejo é isto que
sucede ao dia de hoje não podem estar 10 pessoas juntas não podem fazer isto não podem fazer
aquilo mas a festa do Avante é uma questão excecional e portanto não há problema nenhum
ninguém consegue aceitar isto, é este o ponto, depois para terminar dizia o Vítor Cavalinhos que
nunca tinha visto ou não entende como é que uma Assembleia proíbe, nós não proibimos nada e
nem pretendemos proibir coisa nenhuma, bom aqui aliás se ler bem o que está aqui é repudiar a
organização da festa a edição deste ano, já agora sublinho este ano e portanto para já e para
concluir disse.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Vamos colocar à votação.”

Rejeitada a Tomada de Posição 27/XII/2020 pelo voto de qualidade do Presidente da


Assembleia e em minuta com:

 Dezassete (17) votos a favor dos seguintes eleitos:

- Do grupo municipal do PS: 11

- Do grupo municipal do PSD: 4

- Do grupo municipal do PAN: 1

- Do grupo municipal do CDS-PP: 1

Dezassete (17) votos contra dos seguintes eleitos:

- Do grupo municipal da CDU: 16

- Do presidente da JFFF: 1
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 Três (3) abstenções dos seguintes eleitos:

- Do grupo municipal do BE: 3


O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Portanto a moção foi rejeitada, sim senhora, eu
adiantei-me à rejeição mas que vai acontecer há portanto nesta altura um empate porque há 17
votos a favor da moção e 17 votos contra, e as abstenções do BE, e portanto neste quadro ao
abrigo da lei e do regimento vou usar a prerrogativa do voto de qualidade do Presidente da
Assembleia que é de rejeição da moção. Há alguma declaração de voto? Samuel Cruz se faz favor.”
Samuel Cruz, do PS, disse, em declaração de voto: “O Partido Socialista votou contra porque o que
está dito é que se repudia o evento na medida em que é um risco grave para a saúde pública
jamais o Partido Socialista repudia qualquer que fosse que beliscasse o direito para a livre
expressão de cada um não é isso que está em causa o Partido Comunista Português pode
expressar de muitas outras formas sem pôr em causa a saúde da população em particular e a
saúde da população do Concelho do Seixal da Freguesia de Amora.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais alguma declaração de voto?Não, sim senhora,
antes de passarmos para o próximo documento têm nos painéis portanto a informação dos
tempos, mas transmitir, a CDU tem 4 minutos e 52, PS tem 3,58, o PSD tem 1,15, o BE tem 5,10,
PAN tem 5, o CDS tem 3,47, e o Presidente de Fernão Ferro tem 4 minutos. Passamos para o
documento seguinte.”
II.4. O Grupo Municipal do PAN, apresentou a recomendação: «Pela melhoria de respostas de
bem estar e proteção animal no Concelho do Seixal», subscrita por André Nunes.
(Documento anexo à ata com o número 4)
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “É do PAN é uma recomendação «Pela melhoria de
respostas de bem estar e proteção animal no Concelho do Seixal», é subscrita por André Nunes
que tem a palavra se faz favor.”
André Nunes, do PAN, disse: “A recomendação que o Grupo Municipal do PAN apresenta aqui
hoje acontece num momento particularmente difícil para quem gosta de animais e o que se
passou em Santo Tirso é sobejamente conhecido não que esteja relacionada diretamente mas tem
as suas ligações sendo que o orçamento de 2020 já contemplava uma verba para ser destinada por
parte das autarquias políticas de bem estar e proteção animal verba essa que no Município do
Seixal é em vários Municípios mas no Município do Seixal não foi totalmente gasta e portanto com
a votação do orçamento suplementar abriu-se uma nova janela de oportunidade na medida em
que foram aprovadas propostas que vão no sentido de o poder local ter mais verba para gastar e
portanto nesse sentido a recomendação que nós viemos aqui fazer ao executivo é justamente que
esgote desta feita todas as ferramentas que tem ao dispor por forma a que sejam garantidas
melhores respostas do bem estar e proteção animal.”

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Assembleia Municipal do Seixal
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O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Intervenções em relação a esta recomendação,
quem é que pretende intervir? Ó André estávamos aqui e foi o 1º secretário que referiu isso e isto
tem sentido é que nós, é uma questão de exatidão, é que nós não temos orçamento suplementar,
quem tem orçamento suplementar é o orçamento de Estado portanto é uma questão não temos
orçamento suplementar não existe essa figura no poder local nas Câmaras Municipais, pronto é
uma chamada de atenção em termos de exatidão há é revisões orçamentais é portanto digamos é
a figura legal do poder local. Ora, à alguma intervenção sobre esta recomendação? Não. Pergunto
ao proponente se pretende intervir? Também não, então vamos colocar à votação:”

Aprovada a Tomada de Posição 28/XII/2020 por unanimidade e em minuta com:

 Trinta e sete (21) votos a favor dos seguintes eleitos:

- Do grupo municipal da CDU: 16

- Do grupo municipal do PS: 11

- Do grupo municipal do PSD: 4

- Do grupo municipal do BE: 3

- Do grupo municipal do PAN: 1

- Do grupo municipal do CDS-PP: 1

- Do presidente da JFFF: 1
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Portanto a recomendação foi aprovada por
unanimidade. Há alguma declaração de voto? Não. Então passamos para o documento seguinte.”
II.5. O Grupo Municipal da CDU, apresentou a moção «Descargas ilegais de águas residuais
pela Simarsul na baía do Seixal», subscrita por Nuno Graça.”
(Documento anexo à ata com o número 5).
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “É uma moção da CDU «Descargas ilegais de águas
residuais pela Simarsul na baía do Seixal», subscrita por Nuno Graça que tem a palavra se faz
favor.”
Nuno Graça, da CDU, disse: “Queria só registar aqui uma alteração portanto no quarto parágrafo
coincide com a 1ª linha da 2ª página onde diz: É mais um crime ambiental cometido pela Simarsul,
que, esta frase é para retirar, eu vou ler este parágrafo para ficar portanto corretamente, eu leio o
parágrafo corretamente, o 4.º parágrafo: Acontece que tem sucedidas descargas de águas residuais
na Baía do Seixal sem qualquer tratamento sendo que a Câmara Municipal do Seixal paga à
Simarsul mais de 5 milhões de euros por ano para o tratamento de esgotos não para o seu
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lançamento para a Baía do Seixal ou noutro local sem qualquer tratamento, cada descarga de
águas residuais na nossa baía merece o nosso repúdio e já motivou uma queixa crime apresentada
pela Câmara Municipal do Seixal junto da inspeção geral do ambiente, mas uma vez que todos têm
o documento vou ler só a parte deliberativa. Pelo exposto a Câmara Municipal do Seixal reunida no
dia 23 de julho por proposta dos eleitos da CDU delibera: Exigir que a Simarsul encontre
alternativas urgentes à descarga de águas residuais sem tratamento na Baía do Seixal e investir em
medidas que evitem este atentado ambiental, que a Simarsul invista em sistemas preventivos
associados à regularidade na manutenção conjugada com os sistemas de reservas que acautelem o
funcionamento em situação de avaria de equipamentos principais e que a Simarsul assuma a
responsabilidade pelos seus atos naquilo que é o principal recurso natural do Concelho e que tem
repercussões biológicas paisagísticas e desenvolvimento económico social,disse.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Intervenções? Samuel Cruz e depois a seguir André
Nunes.”
Samuel Cruz, do PS, disse: “Bom, telegraficamente que o tempo é pouco esta moção insere
exatamente os mesmos vícios que falava anterior da moção da CDU tem verdades e meias
verdades senão vejamos, começa por dizer que a Simarsul é uma sociedade de capitais
exclusivamente públicos, é verdade, agora aquilo que se esquece de dizer é que pertence uma
parte do capital às águas de Portugal uma empresa estatal e a outra metade do capital é às
Câmaras Municipais, Câmaras Municipais essas que estão representadas no Conselho de
Administração que tem três membros por um seu representante que é o Sr. João Luz e que é o
líder da Assembleia Municipal da CDU em Setúbal para ficarmos todos esclarecidos à cerca disto
porque quem lê parece que a CDU não tem nada a ver com esta empresa, tem, e tem tanto que
em três administradores indica um 1ª questão. 2ª questão (aqui uma pequena interrupção)
portanto a 1ª questão é que de facto é uma empresa na qual a Câmara Municipal do Seixal tem
responsabilidades assim como as outras Câmaras porque indicou um administrador não consta
que este administrador tenha ainda em sede de conselho administração tomado qualquer medida
portanto impõe-se que a Câmara Municipal do Seixal ou que retire a confiança a este
administrador ou que lhe imponha que tome medidas urgentes sobre este assunto 1ª questão. 2ª
questão, em boa hora retiraram a questão do crime ambiental a verdade é que a Câmara
Municipal do Seixal deu declarações ao Diário do Distrito disse que , e não foi só aqui na moção,
era mais um crime ambiental a verdade é que consultada a inspeção a entidade própria diz que
não existe qualquer queixa por parte da Câmara Municipal do Seixal, portanto é importante Sr.
Presidente da Câmara e daqui me dirijo a si diretamente para esclarecer existe ou não existe
queixa sobre esta matéria de acordo com aquilo que disse as informações prestadas ao Diário da
Região? Mais, esclarece a Simarsul que não existiu no último ano ou seja no ano de 2020 qualquer
descarga na Baía do Seixal o que existe junto ao porto da raposa é uma vala de águas pluviais que
corre a céu aberto e que polui a Baía, como é bom de ver a responsabilidade sobre esta situação
não é da Simarsul mas sim da Câmara Municipal do Seixal, disse.”

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O Presidente da Assembleia Municipal disse: “André Nunes se faz favor.”
André Nunes, do PAN, disse: “Parte do que tinha para dizer já foi dito e subscrevo, considero que
esta moção padece até de um certo revisionismo no dia 14/07, o grupo municipal do PAN foi
visitar um conjunto de estações elevatórias e teve oportunidade de falar com os representantes da
Simarsul e, de facto, aquilo que nos foi dito na altura é que existia efetivamente uma falta de
comunicação para com a Câmara Municipal no caso do Seixal mas que recusavam grande parte das
acusações que estavam a ser feitas ou que tinham vindo a ser feitas recentemente e portanto
antecipando que ambas as partes porque é disso que dá a nota a qualquer pessoa que vá à Baía e
percebe efetivamente de onde é que vêm as descargas hora vêm das águas pluviais hora das
residuais é bom que as partes se entendam e é bom essencialmente que no caso estamos numa
Assembleia Municipal que a Câmara Municipal faça aquilo que lhe compete e não é somente
responsabilizar terceiros é também fazer a sua parte e a sua parte passa por, por exemplo fazer
uma campanha de sensibilização para o descarte indevido que é feito diariamente de detritos que
acabam invariavelmente por ir ter à Baía mas também que sejam adquiridos um serviço ou que
contrate algum serviço via telescópicas algo que o Sr. Presidente em tempos no âmbito do direito
da oposição fez referência e que tanto quanto sei esse serviço esse investimento não foi feito isto a
fazer fé por exemplo naquilo que me foi dito justamente no dia 14 deste mês, e portanto
independentemente de se reconhecer e daí ter começado por dizer que esta moção padece de um
certo revisionismo justamente porque só olha para um dos lados, portanto convinha para bem da
Baía que se olhasse para os dois lados porque efetivamente não é ela que perde mas somos nós
todos que perdemos.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais intervenções? Duarte Correia se faz favor.”
Duarte Correia, do PSD, disse: “De facto a Câmara Municipal do Seixal tem poderes dentro da
Simarsul não pode escamotear isso e se há descargas ilegais o município tem que intervir quer
internamente dentro da Simarsul que tem poderes para isso quer externamente, ou seja se tem
notícia de um crime deve denuncia-la ao ministério público é essa a sua obrigação a Câmara
Municipal não é a CDU trazer uma moção desresponsabilizando a Câmara Municipal do Seixal e
passando todas as culpas para a Simarsul, preocupa-me o facto de também do eleito do Partido
Socialista vir aqui dizer que não há nenhuma queixa junto da inspeção geral do ambiente gostaria
sinceramente de saber se há ou não há se deu entrada ou se não deu entrada essa queixa, o PSD
vê com grande apreensão a continuidade da atividade alegadamente criminosa que a Simarsul
anda a fazer no Concelho com a passividade da Câmara Municipal do Seixal.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Samuel Cruz se faz favor.”
Samuel Cruz, do PS, disse: “Apenas para precisar o que disse e para dizer o seguinte: A Simarsul
questionada pelo Diário da Região sobre as descargas disse e passo a citar: A estação elevatória do
Porto da Raposa encontra-se a funcionar em pleno sem qualquer registo de avaria, sem qualquer
registo de descarga de emergência nem, tão pouco, foi objeto de manutenção de limpeza ou
manutenção que justificasse o ponto alto de descarga de afluentes, após uma análise técnica mais
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Ata nº 05/2020
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aprofundada a Simarsul constatou que a situação ilustrada nas fotos se refere a um ponto de
descarga da rede de águas pluviais pelo que a Simarsul não tem quaisquer responsabilidades. A
Câmara imputou estas responsabilidades à Simarsul fez declarações a dizer que tinha feito uma
queixa junto da IGAMAOT e a IGAMAOT diz: No decurso do ano de 2020 e até à presente data não
deu entrada na IGAMAOT nem qualquer pedido de esclarecimento por parte da Câmara Municipal
do Seixal sobre a matéria em análise e ou em identificação de novo episódio de descarga no
mesmo local, questionada a Câmara Municipal do Seixal sobre estas realidades não se quis
prenunciar.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais alguma intervenção? Não. Sr. Presidente da
Câmara.”
O Presidente da Câmara Municipal disse: “De facto esta empresa pública do Estado não tem
desenvolvido a sua missão de acordo com aquilo que era a expetativa quer da sua criação quer a
expetativa do poder local e da população, em primeiro lugar desde logo porque não tem feito os
investimentos que são necessários para o tratamento do saneamento e esse tratamento envolve
recolha encaminhamento e tratamento e portanto se há esgotos na Baía do Seixal é porque a
Simarsul não fez corretamente o seu trabalho, a Câmara Municipal do Seixal e os munícipes deste
Concelho pagam mais de 5 milhões de euros para o tratamento de esgotos ser efetivado, foi em
2008 que conseguimos graças a um investimento de mais de 200 milhões de euros que estamos a
pagar o Estado pôs zero nesta empresa aliás retira lucros da empresa há um fim de gestão que é
pago na tarifa para alimentar as Águas de Portugal e os seus técnicos os seus gestores e os seus
administradores que são nomeados pelos Governos do PS e do PSD e portanto nós pagamos tudo
para que a empresa possa fazer o seu trabalho e a empresa tem falhado ao longo de anos não é só
neste último exemplo e noutros anteriores e já não bastava a Simarsul não fazer o seu trabalho não
gerir corretamente os intercetores não fazer os investimentos e a limpeza dos intercetores não
fazer a limpeza e a manutenção nas estações elevatórias não fazer a manutenção e o tratamento
correto nas estações de tratamento das águas residuais e como se isso não bastasse temos agora a
Câmara de Almada a poluir a Baía do Seixal a poluir a vala de Corroios e a poluir o sapal de
Corroios, é inadmissível os valores de poluentes que nós estamos a registar das análises que
estamos a fazer à saída da ETAR na Quinta da Bomba em Miratejo é inadmissível o nível de
tratamento baixíssimo das águas residuais que são tratadas na Quinta do Bombeiro e a Câmara do
Seixal está a pagar esse tratamento a Câmara de Almada as ETARES de Almada não estão a tratar
as águas residuais e ainda por cima mandaram esgotos do Feijó para a vala de Corroios o que é
totalmente inaceitável, portanto se há crimes ambientais que estão a ser feitos a responsabilidade
são dos senhores do PS, não são competentes para gerir as empresas demitam-se, não são
competentes para estarem nas Câmaras Municipais demitam-se, não são competentes para
estarem nos serviços municipalizados demitam-se, agora não venham é conspurcar o Município
do Seixal nem cometer crimes ambientais, portanto esta é a realidade e por isso nós iremos
sempre estar ao lado das populações na defesa de um serviço de qualidade que a Simarsul pode e

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deveria fazer os recursos que são colocados pelos municípios volto a dizer com 5 milhões de euros
qual foi o último investimento que a Simarsul fez no Concelho do Seixal? É possível o intercetor da
Arrentela esse onde aparece as descargas ilegais está completamente roto com várias ocorrências
para a Baía sem uma intervenção quando isso estava no plano de investimentos, por isso senhores
eleitos faremos todas as queixas que sejam possíveis e imaginárias, e por isso dizer aos senhores
eleitos da parte da Câmara Municipal do Seixal continuaremos a defender que a empresa
desenvolva a missão para a qual foi constituída que é tratar dos esgotos tratar do saneamento.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “É pá sem comentários, não estamos num café, ó Sr.
eleito para si e para qualquer um, à bocadinho foi para a CDU agora é para o PS nós não estamos
num café estamos na Assembleia Municipal, estamos de acordo não é? O Presidente da
Assembleia pode continuar ou não? Não sei se é possível continuar! Ora muito bem vamos, não,
pergunto ao proponente, não. Vamos colocar à votação esta moção «Descargas ilegais de águas
residuais pela Simarsul na baía do Seixal».”

Aprovada a Tomada de Posição 29/XII/2020 por maioria e em minuta com:

 Vinte e um (21) votos a favor dos seguintes eleitos:

- Do grupo municipal da CDU: 16

- Do grupo municipal do BE: 3

- Do grupo municipal do PAN: 1

- Do presidente da JFFF: 1

 Cinco (5) Abstenções dos seguintes eleitos:

- Do grupo municipal do PSD: 4

- Do grupo municipal do CDS -PP: 1

 Onze (11) votos contra dos seguintes eleitos:

- Do grupo municipal do PS: 11


O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Portanto a moção foi aprovada com os votos a favor
da CDU, do BE, e do PAN, e do presidente da JFFF, a abstenção do PSD e do CDS, e o voto contra do
PS. Alguma declaração de voto? Não percebi! É pá peço desculpa Sr. Presidente de Fernão Ferro, os
votos a favor da CDU, BE, PAN, e Presidente Fernão Ferro, as abstenções já disse e o voto contra
também, falta o quê? Certo, certo, o erro foi meu peço desculpa ao Sr. Presidente de Fernão Ferro

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antes de mais e agradeço a chamada de atenção. Portanto declarações de voto Duarte Correia e a
seguir André Nunes, Duarte Correia se faz favor.”
Duarte Correia, do PSD, disse, em declaração de voto: “O PSD absteve-se nesta moção porque à
pergunta que fez ao executivo se tinham sido feitas denúncias quer ao Ministério Público quer à
Inspeção Geral do ambiente o Sr. Presidente da Câmara acabou por não responder concretamente
dizendo que fariam, foram estas as palavras, fariam todas as denúncias que teriam que fazer mas,
até há data, em concreto, o PSD não foi esclarecido se fez ou não fez as denúncias.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “André Nunes se faz favor.”
André Nunes, do PAN, disse, em declaração de voto: “É só para anunciar que vou enviar uma
declaração de voto por escrito.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Informação de tempos, eu estou a dizer isto porque
se calhar os painéis não é possível não deram mais não houve condições para isso e alguns eleitos
podem não ter a melhor visualização, portanto a CDU tem 3 minutos e 1 segundo, o PS 43
segundos, o PSD esgotou, o BE 5 minutos e 10 segundos, o PAN tem 1 minuto e 17 segundos, o
CDS 3 minutos e 47 segundos e o PFF tem 4 minutos. Passamos para o documento seguinte.”
II.6. O Grupo Municipal do PS apresentou a recomendação «Maior eficiência na gestão da
água», subscrita por Nelson Patriarca.
(Documento anexo à ata com o número 6)
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “É uma recomendação «Maior eficiência na gestão
da água», é do PS e subscrita por Nelson Patriarca que tem a palavra se faz favor.”
Nelson Patriarca, do PS, disse: “Então em muito pouco tempo a moção está presente os
indicadores foram reportados pela Câmara Municipal do Seixal a um pedido nosso entendemos
que há um caminho a fazer o vereador Joaquim Tavares já nos esclareceu em reuniões anteriores
de algumas das situações que estão em curso neste momento para tentar levar este problema
ainda assim tendo em conta que esta é uma situação que achamos que pode ser melhorada tanto
que o município tem a total gestão do ciclo da água desde a captação até à parte do consumidor e
que quaisquer poupanças seja na gestão de perdas seja na redução do volume captado porque se
poupa nas perdas implica milhares de euros em poupanças que nós acreditamos que o próprio
município ao fazê-lo poderá aplicar noutros locais, noutros investimentos ou noutro tipo de custos
ou gastos que venha a ter.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Estão abertas as inscrições, não há inscrições? Não
há. Assim sendo Sr. Presidente da Câmara se faz favor.”
O Presidente da Câmara Municipal disse: “De facto esta área é gerida pelo Município e gostava de
de dizer que de facto é uma grande diferença entre a gestão municipal e a gestão da Simarsul,
ainda bem que ao contrário de outras regiões do País onde privatizaram os serviços públicos de
água nós aqui no Concelho do Seixal continuamos a ter uma gestão direta pública deste bem
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precioso e os resultados são evidentes não só na elevada qualidade no abastecimento como para
além da abrangência que temos cumprido com as taxas de cobertura como também ao nível do
investimento que temos estado a realizar basta dizer que estamos a concluir uma obra
importantíssima o centro distribuidor de água de Fernão Ferro que vai tornar aquela Freguesia de
Fernão Ferro com 20 mil habitantes na Freguesia que terá a maior capacidade em termos de
reserva por habitante no Concelho do Seixal, e é um investimento integralmente custeado pelo
Município do Seixal, tantos fundos Europeus que existem para tantas matérias e, mais uma vez, o
Governo do PS e do PSD zero euros de fundos europeus para a alta da água, mas podia-se pensar
que, e face a esta preocupação que o Partido Socialista aqui manifesta nesta Assembleia Municipal
de que tanta preocupação que existe com este bem precioso que poderia haver fundos para a
necessária reabilitação ao nível das chamadas redes em baixa, pasme-se a conclusão, zero euros
de fundos europeus para a remodelação das redes em baixa, zero euros para a remodelação das
redes que nós precisamos de concretizar e com serviço público para portanto desenvolvermos e
continuarmos com este combate que temos quer às perdas quer também portanto à qualidade
queremos máxima portanto no abastecimento público de água, por isso para dizer aos senhores
eleitos que de facto o município tem tido um trabalho exemplar nesta matéria estamos com um
projeto chamado Hiperdas, onde estamos a avaliar e monitorizar as perdas no Município do Seixal,
fizemos uma resposta bastante completa à Assembleia Municipal que motivou esta pergunta, ou
esta tomada de posição, ou moção da parte do Partido Socialista e, portanto, é sinónimo da grande
atenção que damos àquilo que é a gestão deste recurso natural muito importante, mas também
gostava de informar a Assembleia Municipal de que, de facto, os sistemas urbanos no consumo
total da água no País os termos urbanos consomem sempre 30% os outros 70% são
essencialmente na indústria e na agricultura e aí não vejo ninguém preocupado com aquilo que é
portanto a gestão deste bem escasso é que se nós multiplicarmos os 30% vezes os 13% chegamos
a uma percentagem total da água na ordem dos 3% o Partido Socialista está muito preocupado
com os 3% que a Câmara do Seixal tem de perdas de deficiência mas não está preocupado com os
outros 96% ou 97% da água que é utilizada no País, na Região e também nos Concelhos, como é
natural, nós também temos agricultura e também temos indústria, e portanto, não são só as
Câmaras Municipais que captam água nós captamos, somos os gestores para captação de uso
humano, agora muitas outras entidades captam, seja para a agricultura ,seja para a indústria, seja
para outros fins e quem gere esse processo são as CCDR’s que utilizam essas matérias e é uma
questão muito importante que temos que continuar a procurar aprofundar, mas ainda dizer isto,
máxima qualidade no abastecimento de consumo de água no Concelho do Seixal, máximo
combate e prioridade das perdas, mais gostaríamos de fazer, precisamos de facto do apoio dos
fundos europeus para, também, nesta matéria podermos ir mais longe, obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Naturalmente a palavra se o desejar para o Sr.
Nelson Patriarca, esgotou o tempo, e não podendo usar da palavra vamos passar à votação desta
recomendação «Maior eficiência na gestão da água».”

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Aprovada a Tomada de Posição 30/XII/2020 por maioria e em minuta com:

 Vinte (20) votos a favor dos seguintes eleitos:

- Do grupo municipal do PS: 11

- Do grupo municipal do PSD: 4

- Do grupo municipal do BE: 3

- Do grupo municipal do PAN: 1

- Do grupo municipal do CDS-PP: 1

 Dezassete (17) votos contra dos seguintes eleitos:

- Do grupo municipal da CDU: 16

- Do presidente da JFFF: 1
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “A recomendação foi aprovada com os votos a favor
do PS do PSD do BE do PAN do CDS e o voto contra da CDU e do PFF. Uma declaração de voto, se
faz favor Paula Santos, e Samuel Cruz também.”
Paula Santos, da CDU, disse, em declaração de voto: “A CDU votou contra esta moção porque ela é
de facto muito parcial e porque não remete aqui todos os elementos que deveriam ser
considerados na apreciação relativamente a esta questão da gestão da água, e eu gostaria aqui de
trazer um desses elementos e, deixo até como sugestão, porque se a intenção é de facto que haja
mais investimento porque no nosso Concelho o investimento que tem sido feito tem sido de facto
tem sido feito com o esforço do município porque os programas que existem do PO SEUR,
relativamente ao ciclo urbano da água, não só não contemplam a vertente da alta como, em
relação à baixa, faz uma descriminação totalmente inaceitável desrespeitando a autonomia do
poder local portanto estamos perante uma competência que é dos municípios, por isso cabe aos
municípios a cada um deles como deve exercer e não o Governo impor soluções que não
defendem os interesses dos próprios municípios, e por isso se de facto o Partido Socialista quer
contribuir para que haja ainda mais investimento no nosso Concelho nesta área revejam então
aquilo que tem sido esses avisos de candidatura que referem um conjunto de limitações obrigando
a agregação e a União Europeia a Comissão Europeia em nada obriga a que assim seja é uma
decisão única e exclusiva do Governo do PS.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Samuel Cruz.”
Samuel Cruz, do PS, disse, em declaração de voto: “Usar a liberdade foi aqui dada à eleita Paula
Santos anterior na declaração de voto para fazer uma declaração de voto semelhante mas muito
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mais telegráfica, em primeiro lugar para frisar a injustiça deste modelo em que nós temos no
período de antes da ordem do dia em que a Câmara não tem tempo e os partidos têm tempo o
que aconteceu nesta altura foi uma decisão que se quer entre os grupos parlamentares o Partido
Comunista não interveio a resposta foi integralmente dada em nome do Partido Comunista pelo Sr.
Presidente da Câmara, é igual à da Paula Santos já disse, e portanto com este introito prévio,
(houve aqui uma pequena interrupção do Sr. Presidente da Assembleia) vou ser muito telegráfico
portanto é algo que temos que refletir porque este modelo não é justo, penso que ficou neste caso
concreto à vista de todos a injustiça, mas para dizer o seguinte e muito telegraficamente veio aqui
o Sr. Presidente da Câmara e depois a Sra. eleita queixar-se de que não havia fundos e o Sr.
Presidente da Câmara disse mas há aqui uma grande obra que é a CDA de Fernão Ferro a obra de
Santa Engrácia deste executivo porque se esperava que estivesse pronta em 2017 e estamos em
2020 e nunca mais inaugura, mas pior esta obra é uma obra que teve fundos comunitários
aprovados em 2007 não minta sr. Presidente, a obra a principal ordem que aqui a obra que aqui
referiu que é a obra do CDA de Fernão Ferro teve fundos comunitários aprovados que não foram
utilizados pela Câmara Municipal por falta de capacidade portanto não se venha queixar por falta
de fundos europeus quando o que existe aqui é falta de capacidade da Câmara os executar,
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Ó Samuel uma chamada de atenção para não se
repetir, não utilizem adjetivações que são desadequadas, nomeadamente esta do Sr. Presidente,
não minta, porque isso até me obrigaria aqui a dizer a contradizer tudo aquilo que disse porque eu
conheço muito bem esse processo que na altura era Presidente da Câmara e não é nada disso, aqui
o que estamos a dizer é que o Governo deste País não meteu aqui nada, e o resto é conversa, a
Câmara do Seixal é que investiu, não, não, investiu 25 milhões, está a ver ó Samuel isso obrigava-
me agora aqui a ter, e retire-se adjetivações, o Sr. Presidente podia ter intervindo em defesa da
honra, é pá nós andarmos aqui a chamar-mos mentiroso uns aos outros acho que é a pior coisa
que se pode fazer, é a pior coisa que se pode fazer, ó Samuel seja para si seja para quem for,
mentirosos é uma coisa muita chata, pronto, ó Samuel mas é o quê agora? está bem, está bem, é
uma correção.”
Samuel Cruz, do PS, disse: “Eu pedi aos serviços que na ata da minha intervenção não constasse
que o Sr. Presidente da Câmara mentiu mas antes que faltou à verdade.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Sem risos aí desse lado direito que não tem piada
nenhuma, a malta que se quiser rir que saia e ria-se lá fora, vai lá fora ri-se e volta, a educação é
uma coisa muito bonita em qualquer lado. Vamos aos tempos, a CDU tem 3 minutos e 1 segundo,
o PS esgotou, o PSD esgotou, o BE 5,10, o PAN 1,17, CDS 3,47, PFF 4 minutos, vamos para o
documento seguinte.”

II.8. O Grupo Municipal do PAN apresentou a moção «Por um Concelho do Seixal


efetivamente ciclável», subscrita por André Nunes.

(Documento anexo à ata com o número 8)


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O Presidente da Assembleia Municipal disse: “É do PAN e é uma moção «Por um Concelho do
Seixal efetivamente ciclável», é subscrita por André Nunes que tem a palavra se faz favor.”
André Nunes, do PAN, disse: “A última moção que trazemos hoje prende-se com o desejo de ver o
nosso Concelho com uma mobilidade mais saudável mais amiga do ambiente e nesse sentido e
uma vez que a pandemia veio não apenas trazer desafios ao nível sanitário mas também trouxe
outros nomeadamente ao nível da mobilidade estima-se que só na cidade de Lisboa fruto portanto
do vírus o recurso ao transporte individual aumentou bastante por consequência o transporte
público reduziu na casa dos 70% e portanto como a crise epidemiológica não afastou a crise
climática e uma vez que todos os desígnios nomeadamente o da estratégia nacional para a
mobilidade ativa deixam claro que o Governo em parceria com os diversos autores nomeadamente
as Câmaras Municipais os municípios que devem promover o transporte público a eletrificação dos
veículos mas também meios de deslocação mais sustentável nomeadamente a bicicleta
apresentamos hoje aqui apresentamos neste momento um conjunto de sugestões sendo que
pertence que o município adote uma visão estratégica para a mobilidade que concretize uma
proposta efetiva na mobilidade suave e que passe por nomeadamente aumentar a rede ciclável da
extensão mas também que garanta a incentivos a aquisição de bicicletas a disponibilidade de
bicicletas partilhadas e nesse caso efetivamente há uma rubrica inscrita no orçamento municipal
para esse fim proposta pelo PAN a criação de parque de estacionamento de bicicletas
preferencialmente filmado e cobertos junto daqueles espaços que são preferencialmente mais
favoráveis, dar só nota para terminar uma vez que a moção seguinte versará também sobre
mobilidade e eu já não terei tempo para fazer qualquer tipo de intervenção constatar o óbvio que
é para a CDU a mobilidade suave a mobilidade sustentável não tem efetivamente lugar nas suas
políticas de mobilidade e sem prejuízo de reconhecer as preocupações que são atentadas na sua
moção razão pela qual votarei favoravelmente não queria deixar de dar nota disso mesmo e
portanto espero que esta moção do PAN seja bem atendida por parte do executivo.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Intervenções em relação a esta moção? Quem é
que pretende intervir? João Rebelo se faz favor.”
João Rebelo, do CDS-PP, disse: “Eu não tenho nada a opor a esta proposta, tenho uma pergunta
mas o André, não tem tempo e eu não sei se depois posso ceder algum para ele responder, vem
aqui não na parte deliberativa mas na exposição a criação de uma rede bicicletas partilhadas e a
verba que se fala é um fundo não inferior a 1 milhão e meio de euros, estás a falar aqui do
orçamento municipal do Seixal, certo? 1 milhão e meio parece-me uma verba substancial para um
orçamento que ronda os 40 milhões, portanto, era esta a questão que estamos aqui a falar, eu
acho que Lisboa tem um sistema que é muito eficaz são três empresas que neste momento,
privadas, três empresas que fornecem disponibilizam desde motas, bicicletas e outro tipo de coisas
a preços muito baixos portanto aqui podia haver também um apelo a perceber se no mercado
existem também potenciais parceiros para implementar o sistema de bicicletas mas também de
motas elétricas e outro tipo de meios para evitar, de facto, que é este o apelo que é aqui feito
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nesta proposta a redução brutal de atualização de meios de locomoção que recorrem a gasolina a
diesel e outro tipo de poluentes que há por aí, portanto era uma pergunta que eu tinha a fazer
objetivamente sobre as verbas que estamos aqui a falar.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais intervenções em relação a esta moção? Vítor
Cavalinhos se faz favor.”
Vítor Cavalinhos, do BE, disse: “Eu ia falar exatamente sobre aquilo que falou o João Rebelo aqui,
nós de facto o Bloco de Esquerda parece-nos falar no argumentário dos considerandos da moção a
necessidade de investir de um fundo nunca inferior a 1 milhão e meio de euros para colocação de
bicicletas e a criação de uma rede de bicicletas partilhadas portanto isto para já carecia ou carece
qual é a base qual é o critério para que o PAN chegue a este valor, porque nós desconhecemos, e
de qualquer modo e para além de mais parece-nos para o orçamento da Câmara do Seixal parece-
nos que é uma verba exagerada e portanto o que nós sugeríamos ao PAN era que este parágrafo
terminasse igualmente importante é a concessão de incentivar a aquisição de bicicletas e a criação
de uma rede de bicicletas partilhada e terminava aqui, era a nossa sugestão e o fundo a criação do
fundo e o valor discutiríamos essa situação em sede do próximo orçamento municipal porque
mesmo que esta moção seja aqui aprovada nós vamos votar a favor da moção, para além disso,
sendo a moção aprovada qual é a consequência da sua aprovação? é que a moção decide que vai
ser criado um fundo de 1 milhão e meio de euros até ao fim do ano, não pode decidir não há
forma de tomar essa decisão, portanto a sugestão era que este considerando terminasse onde eu
propus que terminasse o PAN dirá se aceita ou não, e portanto o valor do seu fundo discutiremos
em sede do próximo orçamento municipal e o PAN fará as propostas que muito bem entender e os
diversos partidos farão o mesmo e depois chegar-se-à a uma conclusão, era esta a sugestão que
fazíamos.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais alguma intervenção? Paulo Silva se faz favor.”
Paulo Silva, da CDU, disse: “Entendemos que esta questão de um fundo de 1 milhão e meio de
euros isto não faz qualquer sentido isto é quase o valor da comparticipação para o passe social por
parte do município, que são 2 milhões de euros, portanto para termos uma noção aqui dos
números e a questão do passe social tem uma importância muito superior para a população,
sendo certo que a estratégia da rede ciclável do Concelho está decidida pela Câmara, está em
concretização e por isso solicitávamos ao PAN que retirasse este parágrafo porque entendemos
que não faz aqui qualquer sentido ou isto de estar aqui com uma recomendação de um valor deste
montante para esta rede.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Para terminar mais alguma intervenção? Não.
Então o Sr. Presidente da Câmara se faz favor.”
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Antes de mais eu prezo muito a elevação e não posso
deixar de responder àquilo que foi a forma pouco educada como o Sr. Eleito do PS se dirigiu à
minha pessoa e portanto para dizer que não jogo nesse nível e nesse campeonato. Depois, as

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obras de Santa Engrácia deve de estar a falar da escola secundária João de Barros que há 10 anos
que o Governo do PS não consegue concluir, e depois não há mesmo fundos europeus a apoiar a
obra e a financiar a obra do centro de distribuição de água de Fernão Ferro que fique muito claro e
portanto não aceito esse tipo de acusações. Sobre a matéria em concreto desta tomada de posição
e desta moção de facto a mobilidade sustentável é algo que o município está a trabalhar estamos
neste momento em desenvolvimento de um projeto que chamamos Seixal on onde estamos a
implantar um conjunto de medidas em torno da Baía do Seixal enquanto laboratório vivo para a
descarbonização e que incluem também medidas de mobilidade sustentável e é nesse quadro que
se encere não só a matéria relacionada com as ciclovias e o uso de bicicleta como outros veículos
de portanto de chamados de mobilidade suave é uma aposta que estamos neste momento a
desenvolver estamos a criar este laboratório e a partir do mesmo iremos retirar importantes
conclusões que nos vão permitir depois então avançar de forma decisiva para portanto aqueles
que de facto forem os que melhor corresponderem à nossa perspetiva relativamente à chamada
descarbonização e onde se encere a mobilidade suave, nessa perspetiva dizer que o município está
já a desenvolver as matérias ganhou uma candidatura ao fundo ambiental que, foi digamos assim,
com maior valor possível e estamos nesse momento nessa concretização e é de facto um projeto
muitíssimo importante para a população do Concelho do Seixal.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Pergunto ao proponente, o proponente já não tem
tempo, André já esgotou o tempo! há... está bem foi colocada a questão e é pertinente tendo em
conta o que vamos votar, André se faz favor, concisamente.”
André Nunes, do PAN, disse: “Nós não cedemos ao repto por um simples motivo, na parte
deliberativa, em parte alguma fala na verba que está na exposição de motivos portanto essa é uma
posição do PAN, que o PAN assume mas, puramente programática na parte deliberativa não há
qualquer menção a esse montante e portanto entendemos que não há necessidade de estar a
alterar, é só isso.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Bom, está dita a posição, vamos colocar à votação.”

Aprovada a Tomada de Posição 32/XII/2020 por maioria e em minuta com:

 Dezasseis (16) votos a favor dos seguintes eleitos:

- Do grupo municipal do PS: 11

- Do grupo municipal do BE: 3

- Do grupo municipal do PAN: 1

- Do presidente da JFFF: 1

 Vinte e Uma (21) abstenções dos seguintes eleitos:


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- Do grupo municipal da CDU: 16

- Do grupo municipal do PSD: 4

- Do grupo municipal do CDS-PP: 1


O Presidente da Assembleia Municipal disse: “A moção foi aprovada com os votos a favor do PS do
BE do PAN e do Presidente FF, a abstenção da CDU, do PSD e do CDS. Há alguma declaração de
voto? Vítor Cavalinhos se faz favor, e a seguir Paulo Silva.”
Vítor Cavalinhos, do BE, disse, em declaração de voto: “O Bloco de Esquerda votou a favor desta
moção, de qualquer modo nós queremos dizer que o sentido da declaração de voto é que não
estamos de acordo que nos considerandos continue lá, e o repto não tenha sido aceite que
continue lá a verba do fundo de 1 milhão e meio de euros porque as coisas não estão escritas por
acaso o que cá está escrito não está na parte deliberativa mas transmite uma ideia uma mensagem
e transmite um sentido porque senão não estava cá se as coisas estivessem cá por estar portanto
estava uma coisa como esta o seu contrário e as coisas estão escritas que tem um sentido político
estamos num órgão político e têm um sentido de compromisso quem vota e quem vota a favor
portanto associa-se a esse compromisso a essa perspetiva de compromisso que é colocada,
portanto votámos a favor mas não estamos de acordo que nos considerandos continue portanto
esta formulação e a verba de 1 milhão e meio para o fundo que não está portanto sustentado e
nem justificado em sítio nenhum, era só.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Paulo Silva.”
Paulo Silva, da CDU, disse, em declaração de voto: “A CDU absteve-se porque por um lado
considera que é importante aumentarmos a rede ciclável no Concelho do Seixal mas também que
essa estratégia já está em curso portanto e em concretização por parte da Câmara depois não
concordamos minimamente com a questão de 1 milhão e meio de euros para apoiar a aquisição de
bicicletas achamos a verba muito avultada e sem qualquer sentido e por isso não podíamos estar a
favor, não é isto que está na parte deliberativa mas está nos considerandos e que fica para
memória futura.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Sim senhora, então passamos para o documento
seguinte.”
II.9. O Grupo Municipal da CDU apresentou a moção «Para uma mobilidade efetiva e em segurança em
tempos de pandemia», subscrita por Paulo Silva.

(Documento anexo à ata com o número 9)


O Presidente da Assembleia Municipal disse: “É da CDU é uma moção «Para uma mobilidade
efetiva e em segurança em tempos de pandemia», é subscrita por Paulo Silva que tem a palavra.
Tempos, a CDU tem 2,12, já esgotou o PS, PSD e o PAN, o BE 2,54, o CDS 2,16, PFF 4 minutos. Se faz
favor.”
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Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 05/2020
2ª Sessão Extraordinária – 23 de julho de 2020
Paulo Silva, da CDU, disse: “Portanto em tempos de pandemia os transportes da Área
Metropolitana de Lisboa estão a ser feitos sem qualquer regras de segurança não há qualquer
distanciamento entre o utente não tendo sido seguidas as ordens de segurança aconselhadas pela
direção geral de saúde, isto tem levado elevada inquietação social principalmente com o aumento
de novos casos de covid19 em toda a Área Metropolitana de Lisboa, em face destes considerandos
a Assembleia Municipal do Seixal delibera: - Exigir que a TST cumpra o serviço público a que está
vinculado e que reponha todas as carreiras extintas nos últimos 12 meses, ao Governo que
diligencie pela força imediata da oferta de transportes articulando os horários entre os diferentes
operadores para melhoria de redução do tempo de deslocação e de modo a assegurar aos utentes
deslocações em segurança respeitando o distanciamento social recomendado pela DGS, o
arranque imediato das obras de ampliação do metro de transportes do Sul com o prolongamento
da linha até ao Seixal ligação estruturante para criar no Concelho do Seixal mobilidade alternativa
de modo a aumentar a segurança e o distanciamento social dos utentes de transporte público.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Bem, intervenções dentro dos tempos? João Rebelo
se faz favor.”
João Rebelo, do CDS/PP, disse: “Não deixo de ver esta proposta da CDU tal como uma ironia não
por causa do tema que é importante é justo e é uma exigência que nós devemos todos considerar
que é das partes em que mais queixas existem dos utentes e de facto temos esta questão do covid
que obriga a um investimento e a uma aposta em reforço dos meios de transporte das pessoas
que necessitam para chegar às suas escolas aos seus trabalhos ou por outras razões, mas a ironia é
que nós a CDU votou à bocado contra uma proposta do PSD sobre a festa do Avante nas
preocupações se estavam garantidas precisamente o distanciamento social, garantir a segurança,
garantir evitar a propagação de contágios, mas para a festa do Avante essas preocupações já não
são tão prementes só nesta questão específica dos transportes, e bem, evocando o covid a exigir
mais coisas, mas não deixo de ver com alguma ironia esta proposta da CDU no entanto votaremos
favoravelmente porque o pedido e o que é explicado e o que é sugerido e a alerta que é dada
parece-nos que é correto, tenho dito.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais intervenções? Quem é que pretende intervir?
Não há mais pedidos de intervenção pergunto ao Sr. Presidente da Câmara se pretende intervir?
Não. Então pergunto ao proponente? Sim, se faz favor.”
Paulo Silva, da CDU, disse: “Só aqui assim responder ao eleito João Rebelo, é dizer que ele está a
antecipar que a festa do Avante vai ser um grande sucesso com milhares de pessoas os transportes
apinhados de gente para trazerem pessoas para a festa pronto não imaginava assim um fã tão
grande da festa do Avante como se está aqui a revelar.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Ora muito bem, vamos colocar à votação a moção
«Para uma mobilidade efetiva e em segurança em tempos de pandemia».”

Aprovada a Tomada de Posição 33/XII/2020 por maioria e em minuta com:


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Ata nº 05/2020
2ª Sessão Extraordinária – 23 de julho de 2020
 Vinte e dois (22) votos a favor dos seguintes eleitos:

- Do grupo municipal da CDU: 16

- Do grupo municipal do BE: 3

- Do grupo municipal do PAN: 1

- Do grupo municipal do CDS-PP: 1

- Do presidente da JFFF: 1

 Quinze (15) abstenções dos seguintes eleitos:

- Do grupo municipal da PS: 11

- Do grupo municipal do PSD: 4


O Presidente da Assembleia Municipal disse: “A moção foi aprovada com os votos a favor da CDU
do BE do PAN do CDS e do Presidente FF, e a abstenção do PS e do PSD. À alguma declaração de
voto? Rui Belchior e depois João Rebelo se faz favor.”
Rui Belchior do PSD, em declaração de voto, disse: “Para dizer que a nossa abstenção funda-se em
vários pontos desde logo a TST por exemplo é uma empresa privada a criação do passe intermodal
foi uma excelente medida não haja dúvida mas era óbvio nós avisámos para isso se não fosse
acompanhado do reforço dos meios que não se verificou estava toda a gente a ver que iria resultar
exatamente nesta questão, que é evocada aqui, que é referida aqui, na moção de as pessoas terem
que viajar como se fossem sardinha em lata, era um resultado óbvio de uma mediada que tem a
sua bondade, é certo, mas que obviamente ia trazer mais pessoas para aqueles que são os
mesmos meios insuficientes de transportes, e nós avisámos para isso, pior, esta medida traduziu-se
num aumento significativo, em função disto que estava a dizer dos custos das carreiras para as
empresas, mais, os consabidos atrasos das compensações do Estado a estas empresas de
transportes vão criar, obviamente, por uma razão de sustentabilidade de sobrevivência este
problema que estamos hoje a assistir nesta dificuldade da disponibilidade dos meios, portanto era
um resultado óbvio que infelizmente apesar da medida de ser uma excelente medida, que
favoreceu em muito as famílias mas, se não se traduzindo em mais meios de transportes iria
obviamente resultar nesta situação.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Pronto, é o João Rebelo e depois o Samuel, nós
hoje estamos numa linha que as declarações de voto estão a ser autenticas intervenções, todas no
geral, mas estão a ser todas, isto hoje passa, a mesa está magnânima porque não falhou um foram
todos não falhou um, bom se calhar o Duarte foi o mais… João desculpe lá, força.”

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Ata nº 05/2020
2ª Sessão Extraordinária – 23 de julho de 2020
João Rebelo, do CDS/PP, em declaração de voto, disse: “Estava a dizer que o Presidente está um
mãos largas hoje, eu vou responder com ironia ao Paulo Silva que disse que eu estava com
otimismo e que vai ser um sucesso estrondoso mas pelos vistos o Paulo Silva está pessimista em
relação ao que vai acontecer na Festa do Avante e acha que vai ser um fracasso total que não vai
permitir contagem de ninguém olha fica aqui os registos sobre, já agora gostava de saber quantos
bilhetes é que já foram vendidos para a festa do avante? Esse dado é que que se calhar seria
importante saber para exatamente corresponder à nossa preocupação da festa do avante vai ser
realizada nos termos a realizar, é só isso.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Samuel.”
Samuel Cruz, do PS, em declaração de voto, disse: “O Partido Socialista absteve-se por quanto
concorda com o ponto 1 da deliberação, pese embora tenha a informação de que todas as
carreiras já foram repostas, concordo igualmente com o ponto 2 mas considera que não existem
condições para o arranque imediato das obras do metro transportes do sul como aqui é
reivindicado, portanto, não faria sentido no entanto no geral como geral abstém-se.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Paulo Silva.”
Paulo Silva, da CDU, em declaração de voto, disse: “Primeiro não é verdade que todas as carreiras
já foram repostas, Samuel as tuas fontes aí assim falharam já vi que tens ligações diretas se é
preciso falar com a administração do hospital Garcia de Orta falas na hora se é preciso falar com a
administração da Simarsul falas na hora se é preciso falar com a administração dos TST falas na
hora, bem deve haver aí assim um grupo de administradores de empresas públicas, do qual tu
também fazes parte, juntam-se as empresas privadas e têm contacto direto entre todos, mas aqui
assim os da TST informou-te mal, quanto à Festa do Avante eu não estou otimista nem pessimista
estou expectante, até porque o PCP ainda não disse a última palavra se a mesma se iria realizar ou
não e sempre tem dito que depende da evolução da questão da pandemia para ver essas
condições, portanto, estou expectante, quanto à venda de bilhetes posso-lhe garantir uma coisa,
há muitos anos que compro 10 bilhetes para a minha família já comprei esses bilhetes, haja ou não
festa, é o meu contributo para a Festa do Avante, terei todo o gosto se quiserem oferecer-lhe um
bilhete, no caso de que haja festa, para poder ver se as regras estão a ser cumpridas ou não.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Bom, de facto hoje a mesa está a dar aqui uma
abertura, desculpem lá, ó Paulo, ó Paulo já acabou a intervenção ou não? Já acabou a intervenção.
Hoje de facto as declarações de voto no geral, esta última não a anterior foi intervenção, esta
última não, vamos aos tempos, como estamos quase a acabar a CDU tem 52 segundos, PS, PSD,
PAN não têm, BE 2,54, CDS 1 minuto, e PFF 4 minutos. A moção seguinte é do PS que não tem
tempo, o que é que a mesa pode fazer? É pá a mesa não tem solução para isto, sim se houver
concordância a mesa não coloca nenhuma questão, pronto mas o Paulo Silva não concorda não
temos concordância e se não temos não conseguimos resolver, bom, há uma saudação da CDU, Ao
centenário do nascimento de Amália Rodrigues .”

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II.10. O Grupo Municipal do PS apresentou a moção «Pelo planeamento para, e concretização
da aplicação de painéis fotovoltaicos em edifícios camarários e espaços do movimento
associativo», subscrita por Luís Gonçalves.
(Documento anexo à Ata com o número 10 )
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Este documento não foi apresentado por falta de
tempo do Grupo Municipal do PS.”
II.11. O Grupo Municipal da CDU apresentou a saudação «Ao centenário do nascimento de
Amália Rodrigues», subscrita por Maria Júlia Freire.
(Documento anexo à Ata com o número 11 )
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “A saudação da CDU «Ao centenário do nascimento
de Amália Rodrigues», subscrita por Maria Júlia Freire. Se faz favor.”
Maria Júlia Freire, da CDU, disse: “Para terminar-mos então este período uma saudação, ao
centenário do nascimento de Amália Rodrigues, que se fosse viva faria este ano e concretamente
hoje apesar de ter comemorado sempre o seu aniversário a 1 de julho mas é hoje de facto que se
comemoram os cem anos do seu nascimento, portanto a Amália foi uma fadista que levou a
música à língua e a cultura Portuguesa aos 4 cantos do Mundo com um talento excecional
contribuiu de forma notável para a história do Fado foi a primeira a cantar poemas de grandes
autores portugueses consagrados, mulher, fadista, cantora, poetisa, constituiu uma referência para
todas as gerações portuguesas sendo ainda destacado o seu lado humanista da vida demonstrado
pelo apoio que dava às famílias dos presos políticos durante a ditadura fascista. A Assembleia
Municipal, reunida a 23 de julho de 2020 por proposta dos eleitos da CDU associa-se através desta
saudação à comemoração do centenário do nascimento de Amália Rodrigues e propõe à Câmara
Municipal que promova uma iniciativa que visa homenagear Amália Rodrigues neste ano do seu
centenário, obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Intervenções dentro do possível? Quem é que
pretende intervir dentro dos tempos? Não há pedidos de intervenção é isso? Então não havendo
vamos colocar à votação.”

Aprovada a Tomada de Posição 34/XII/2020 por unanimidade e em minuta com:

 Trinta e sete (37) votos a favor dos seguintes eleitos:

- Do grupo municipal da CDU: 16

- Do grupo municipal do PS: 11

- Do grupo municipal do PSD: 4

- Do grupo municipal do BE: 3


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- Do grupo municipal do PAN: 1

- Do grupo municipal do CDS-PP: 1

- Do presidente da JFFF: 1
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Bem, esta saudação ao centenário do aniversário
de Amália Rodrigues foi aprovada por unanimidade. Alguma declaração de voto? Sim, Samuel Cruz
se faz favor.”
Samuel Cruz, do PS, em declaração de voto, disse: “O PS saúda a apresentação desta saudação por
quanto de alguma forma repõe também uma injustiça histórica que foi feita a Amália Rodrigues
que foi a colagem ao antigo regime.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais alguma declaração? Não, ora muito bem,
terminamos o Período de Antes da Ordem do Dia. Vamos fazer um intervalo de 15 minutos
rigorosamente, começamos daqui a 15 minutos.”
II.12. O Grupo Municipal do PAN, apresentou a saudação «À Assembleia da República pela
aprovação, na generalidade, dos 5 projetos de lei que despenalizam a morte medicamente
assistida», subscrita por André Nunes.
(Documento anexo à ata com o número 12)
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Este documento não foi apresentado por falta de
tempo do Grupo Municipal do PAN.”
II.13. O Grupo Municipal da CDU apresentou a saudação «Ao Dia Internacional da Mulher»,
subscrita por Almira Santos.
(Documento anexo à Ata com o número 13)
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Este documento não foi apresentado por falta de
tempo do Grupo Municipal da CDU.”
II.14. O Grupo Municipal do PS apresentou a saudação «Às medidas políticas inscritas no OE
2020 de reforço do poder local», subscrita por Bruno Barata.
(Documento anexo à Ata com o número 14)
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Este documento não foi apresentado por falta de
tempo do Grupo Municipal do PS.”
II.15. O Grupo Municipal do PS apresentou voto de pesar «Pelo falecimento de Joaquim Pina
Moura, subscrita por Bruno Barata.
(Documento anexo à Ata com o número 15)
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Este documento não foi apresentado por falta de
tempo do Grupo Municipal do PS.”
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III. PERÍODO DA ORDEM DO DIA


III.3. O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Uma informação da Mesa, do Presidente
Assembleia Municipal, informação breve, antes de iniciarmos os pontos, como os lideres
acompanharam, circula pelos lideres dos grupos municipais e aliás também formulada pelos
lideres dos grupos municipais, houve duas propostas, uma do PAN e uma do PS para inclusão na
ordem de trabalhos que foram indeferidas pelo Presidente da Assembleia, sustentadas em
pareceres jurídicos, mas é uma decisão considerando que não integram as competências da
Assembleia Municipal e houve pedidos de recurso do PAN e do PS, primeiro do PAN e depois do
PS. O nosso entendimento é de que os recursos integram a ordem de trabalhos, tendo em conta
que vão ser apreciados e é uma deliberação do órgão, é da lei e é regimental mas é o nosso
entendimento daí que o despacho de resposta foi no sentido de integrar na próxima Assembleia
Municipal como pontos da ordem de trabalhos e tendo em conta que mesmo com as alterações da
Lei 75/2013 continua a consagrar o que está também no regimento que é as sessões
extraordinárias não admitem aditamentos e nesse sentido, estes dois recursos estão integrados na
ordem de trabalhos da próxima Assembleia, mas tendo em conta que a próxima Assembleia em
termos ordinais é setembro, mas tendo em conta as questões formuladas pelos líderes, falámos
com todos, com os proponentes e também o sentimento que é possível perceber do que temos
conversado, digamos do interesse de ter naturalmente, interesse face às matérias que elas possam
ser apreciadas mais cedo, nós vamos reunir as condições porque se trata de agosto, convocar uma
Assembleia Municipal para agosto, vou ver com o Sr. Presidente da Câmara datas porque
entretanto isso é possível de ver, já conversei com o Sr. Presidente, vamos ver a data, digamos que
amanhã 2.ª feira já é possível tratar disso porque entretanto se existirem pontos ou alguma
matéria de proposta da câmara, naturalmente que integramos também na ordem de trabalhos
como não pode deixar de ser, como é evidente. Reuniremos também sobre estas matérias em
concreto porque o justificam, embora nós tenhamos uma reunião de líderes já convocada para 9
de setembro, no quadro de apreciação do regimento faremos também uma reunião de lideres
sobre esta matéria especifica, porque tem todo o sentido até porque é uma questão nova, estando
consagrada na lei e no regimento está de forma genérica, portanto tem todo o sentido aprecia-la.
Era esta a informação, é evidente que agosto é um período de férias, eu creio que se consegue
arranjar solução para isto, vamos avançar com uma data e ver se com essa data temos solução,
senão ajustaremos. A informação em relação à data da Assembleia e à reunião de lideres prévia
haverá condições se não for amanhã, 2.ª feira chega-se essa informação aos lideres para termos
tempo de se necessário ajustar a data, mas isto creio que responde às questões colocadas no
sentido destas matérias terem uma apreciação mais próxima, temos data, portanto já a seguir em
agosto e não ficar para setembro. Era esta informação que queria dar e sendo assim, avançamos
para o primeiro ponto”.
III.1. Informação do trabalho em curso das Comissões da Assembleia Municipal.
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O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Coloco aos srs. coordenadores quem é que preten-
de intervir sobre esta matéria? Paulo Silva”.
Paulo Silva, da CDU, disse: “Quando oiço dizer que as comissões não funcionam e já ouvi isso aqui
hoje, dizer que a comissão de desenvolvimento estratégico nos últimos três meses tivemos quatro/
cinco reuniões, portanto temos reunido com bastante regularidade, tratando dos assuntos que são
necessários e portanto, tem havido esse trabalho da comissão, ainda antes desta assembleia
tivemos uma reunião com a presença do Sr. Presidente da Câmara em que foi falado e esclarecido
e aprofundado o tema que irá a discussão e será objeto de deliberação no ponto seguinte desta
assembleia”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Américo Costa, aqui na qualidade de coordenador”.
Américo Costa, da CDU, disse: “A comissão de cultura, educação e urbanismo teve data marcada
para a sua reunião em 27 de março, os momentos que vivemos levaram ao adiamento e está
solicitada ao Sr. Presidente a marcação de uma reunião que será realizada tão rápido quanto
possível e em função da disponibilidade da Sra. Vereadora que neste momento se encontra de
férias”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais informação? Temos Nuno Graça e depois a
seguir Custódio de Carvalho”.
Nuno Graça, da CDU, disse: “Dizer apenas que a comissão permanente de ambiente, serviços
urbanos, energia e espaço publico também reúne com alguma frequência, tivemos uma reunião
recentemente, antes da ultima assembleia municipal e agora outra esta semana. Na ordem de
trabalhos tinha informações sobre medidas implementadas pela proteção civil, instalação de
contentores semi-enterrados na freguesia de Amora e a recolha seletiva de bio-resíduos, contou
com a presença do Vereador Joaquim Tavares e com o adjunto Raul Machado. Estas questões
foram tratadas e outras que surgiram que não estavam na ordem de trabalhos”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Custódio Carvalho”.
Custódio Carvalho, da CDU, disse: “A nossa comissão reuniu em janeiro e tínhamos outra reunião
marcada para 17 de março e com a pandemia tivemos que anular a comissão. Ficámos de marcar
outra reunião da comissão na assembleia anterior, não foi marcada e durante este mês com a
impossibilidade do vereador porque está de férias marcamos agora que ele regressou de férias,
marcamos para 10 de agosto às 18 horas com o tema obras”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais alguma intervenção? Samuel Cruz”.
Samuel Cruz, do PS, disse: “Sobre esta matéria dizer que os esclarecimentos que aqui nos foram
dados, e ainda faltam algumas comissões são curtos agradece-se normalmente neste ponto os
coordenadores nem sequer sentem a necessidade de vir aqui dizer o que têm feito, a verdade é
que têm feito pouco, o modelo que encontrámos para trabalhar na assembleia municipal através
de reuniões de forma telemática não inviabilizava que existissem reuniões das comissões e

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portanto, podiam e deveriam ter continuado a existir reuniões das comissões. Peço desculpa a
minha intervenção aqui hoje foi para dizer o seguinte: tem se seguido até agora o modelo que
neste ponto da ordem de trabalhos falam apenas os coordenadores das comissões, não é assim!
Não há nada no nosso regimento, não há nada na lei que diga que neste ponto da ordem de
trabalhos não possa vir qualquer pessoa daqui dizer que eu pedi para reunir, não reunimos,
qualquer um fazer a sua apreciação do trabalho que é feito na comissão. Portanto, dizer em
primeiro lugar que em relação às comissões que acompanham os pelouros que não há explicação
plausível para não terem reunido desde janeiro, desde fevereiro, não há nada que o justifique no
entendimento do Partido Socialista, se os plenários da assembleia municipal se continuaram a
realizar por maioria de razão mais simples seria realizar as reuniões das comissões e portanto aí,
não há outra forma de fazer os presidentes das comissões falharam e espero que consigam
desempenhar melhor a vossa função no futuro tal e qual. Reitero o que foi dito pelo Paulo que de
facto, a comissão que acompanha o Sr. Presidente reuniu bastantes vezes e é também a prova de
que as outras poderiam e deveriam reunir e não fizeram, é pena. Pronto! Essa é a primeira
questão.
A segunda do modelo, a assembleia tem mais competências do que fiscalizar o trabalho da
câmara. Espera-se das comissões especificas reúnam sem o vereador, não há necessidade do
vereador estar presente, quando estiver presente convoca-se mas na maioria das vezes não há
qualquer tipo de necessidade do vereador estar presente. É expetável que as comissões produzam
documentos próprios, que tenham opinião e que façam chegar essa opinião ao próprio vereador,
essa é a razão de ser. É importante por exemplo há requerimentos que não são respondidos etc,
que tudo isso fosse tratado e que fossem tratadas todas as matérias com profundidade que vêm
aqui das moções nesta assembleia municipal, não é expetável que são aprovadas moções aqui
nesta assembleia, não é expetável que cada comissão, costuma-se dizer que moções é que foram
aprovadas, chame o vereador e dizer o que é que está a ser feito sobre isto? Isto foi aprovado no
plenário da assembleia e agora o que é que está a ser feito? Está a ser realizado, não está a ser
realizado? Porque há imensas coisas que foram aprovadas há três anos, no inicio do mandato e
não há qualquer tipo de desenvolvimento e quem é presidente da comissão, se lhe perguntarmos
tem que saber vir aqui responder, mas o mais grave é nas comissões especificas que foi as
questões que resolvemos criar, dissemos assim: há problemas que são tão graves e muito
importantes no concelho do seixal que há necessidade de terem uma comissão só para esse
assunto e esses não reúnem há anos ou reuniram muito poucas vezes, estou a falar do Hospital do
Seixal, esta ainda reuniu uma vez, penso eu. A restauração das freguesias que até é uma bandeira
do PCP, não consigo perceber, nunca reuniu! O Presidente da União também faz parte, não está
preocupado com este assunto? Cria-se uma comissão especifica ao longo de três anos nunca reúne
deve querer dizer que é um assunto sem importância afinal! Ninguém se queixa! Quem diz isso, diz
também os problemas ambientais da Siderurgia Nacional, houve uma reunião com a Siderurgia e
houve uma reunião na APA e nunca mais se soube nada. O acompanhamento das questões da
habitação social houve uma reunião para dizerem o que iam fazer na Jamaica. A Jamaica parou e
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ninguém soube, a comissão não reuniu para dizer porque que tinham parado a demolição. A
Jamaica não é o único bairro do concelho do Seixal! O que é que se passa em Santa Marta de
Corroios? Era PER já devia estar resolvido há tantos anos! O que é que se passa? Mas há muitos
mais! A problemática habitacional o bairro da Cucena tem graves problemas estruturais, isso é
importante e até diria que nestas matérias que é mais importante e mais fundamental reunir e que
não tem acontecido. Duas coisas. Em primeiro lugar como é evidente tem que haver reuniões que
é uma coisa que é raro existir e quando existirem tem que produzir mais e trabalhar mais! Já nem
digo mais, é preciso trabalhar! Para além de ouvir o vereador quando aparece lá, aquela posição
meramente passiva do que é que o vereador tem para dizer. Ah já disse, então pronto vamos para
casa. Não! A comissão tem obrigação de produzir documentos que vêm até aqui”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Nós até já estamos num espaço que em termos de
aprofundamento compete também à conferência de líderes. Não vamos fazer aqui um debate que
temos que aprofundar nos lideres e na Assembleia Municipal em termos de órgão quando for o
momento apropriado. Duas notas. As comissões não têm que funcionar obrigatoriamente com a
presença do Sr. Vereador, a do Presidente da Câmara tem funcionado regularmente, aqui tem a ver
com a iniciativa até de eleitos, por exemplo há 2 comissões que foram convocadas, a mesa e os
serviços tratam com o coordenador e as comissões funcionam em termos de matéria própria ou
quando for esse o entendimento propõe-se o agendamento ao Sr. Presidente da Câmara com os
vereadores respetivos. Havia um calendário para as comissões especificas que não se concretizou e
vamos retomar a partir de setembro e veremos isso também na reunião de lideres. Mais alguma
questão? Nuno Graça”.
Nuno Graça, da CDU, disse: “O sr. eleito anterior englobou todas as comissões no mesmo saco, em
menos de seis meses a comissão que eu referi reuniu quatro vezes não me parece assim tão pouco
regular”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Essa é uma matéria que em sede de conferência de
lideres que iremos fazer o ponto de situação e retomar calendários. Não há mais intervenções”.

III.2. Contrato promessa de permuta e de cedência a celebrar entre a Identiperímetro,


Sociedade Imobiliária, SA e o Município do Seixal. Aprovação.
(Documento anexo à ata com o número )
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Sr. Presidente da Câmara”.
O Presidente da Câmara Municipal disse: “O tema e a deliberação que está proposta para a
Assembleia Municipal visa permutar duas parcelas, uma propriedade da Câmara Municipal do
Seixal, outra propriedade do Sport Lisboa e Benfica e com beneficio para todos, para o município,
para a população e também claro para o Sport Lisboa e Benfica. No concreto o Sport Lisboa e
Benfica tem o interesse de realizar e de edificar uma parcela municipal, um colégio para dar
resposta às necessidades educativas, quer dos jovens jogadores que estão a treinar no centro de
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estágios em formação no Seixal no Sport Lisboa e Benfica, quer também para toda a comunidade
que decida e tenha capacidade para integrar este projeto educativo privado.
O município procura terrenos para desenvolvimento de um projeto de habitação a custos
controlados que permita podermos corrigir uma deficiência que os mercados não corrigem como é
natural, os mercados procuram a maximização do lucro e a especulação imobiliária é uma
realidade em todo o território nacional e também no concelho do seixal e por isso, aquilo que nos
propomos fazer e a estratégia municipal de habitação está a ser neste momento desenvolvida e
teremos a primeira proposta em setembro próximo, dentro de dois meses, o que estamos a prever
é que consigamos avançar com um conjunto de edifícios a custos controlados onde o município irá
desenvolver um projeto que vai por um lado, concursar um determinado edifício com um conjunto
de frações habitacionais com uma determinada configuração que o município irá decidir, irá
concursá-la para que construtores o possam fazer. Claro que ganham a sua margem mas aí a ideia
é fazer ao mais baixo custo para a melhor qualidade possível e iremos fazer um outro concurso,
onde iremos também aí com critérios definidos selecionar as pessoas que poderão adquirir essas
habitações e é claro, que as pessoas dessas habitações em principio são todas aquelas que são
residentes no concelho do Seixal ou são oriundas ou nascidas no concelho do Seixal, têm baixos
rendimentos não conseguem fazer face com os seus rendimentos ao mercado imobiliário do
município e que procuram uma habitação. Nós temos que ter lugar para todos no concelho do
Seixal, para as pessoas com maior capacidade financeira mas também para as pessoas com menor
capacidade financeira. Claro que é um problema do país, os baixos salários não iremos resolver
esse problema mas iremos dar uma ajuda no sentido de permitir que no concelho um casal de
jovens operários que ganhe um salário mínimo nacional possa ter uma casa digna para si e para a
sua família adquirida sem preços especulativos, vamos tentar através do nosso projeto anular a
especulação imobiliária e que abrange todo o território nacional. Para o efeito, precisamos de
terrenos urbanos e também é conhecido que o município do Seixal na urbanização que promove
através do seu Plano Diretor Municipal o que recebe não são terrenos urbanos, a câmara
municipal recebe das operações urbanísticas terrenos de equipamento ou espaço verde, não há
lugar à receção, por via de uma urbanização, de terrenos urbanos. É de facto, uma carência que
temos, esta operação permite-nos ceder um terreno de cada equipamento, onde estava previsto
fazer uma escola pública, prevista na carta educativa municipal, e eu já vou também detalhar este
aspeto. Vamos então, receber o terreno urbano mais de 30 mil metros quadrados que nos vai
permitir concretizar este objetivo político que temos de desenvolvimento deste chamado bairro
jovem ou algo semelhante que está a ser neste momento construido. Esta é a parte importante do
beneficio, o município terá, e consequentemente a população.
Voltando à parte da escola da parcela municipal alvo de permuta onde estava prevista fazer uma
escola 2, 3. Na verdade, a nossa carta educativa, aprovada em 2006 e homologada em 2006, fez
uma previsão relativamente aquilo que era a trajetória de crescimento populacional que vinha dos
ano 90 e dos censos de 2001. Como sabem o município anos 80 e anos 90 e anos de 2001 nesses

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censos foi dos municípios que mais cresceu em termos populacionais. Ora bem, a trajetória que se
desenvolveu do ponto de vista da programação de equipamentos e, não só na área educativa, mas
em muitas áreas da nossa intervenção social fez uma projeção com base naquilo que eram as taxas
de crescimento que eram de dois dígitos nessas décadas. Sabemos todos hoje que isso não se
verificou no concelho do Seixal e portanto, essas projeções diriam que em 2020 teriam cerca de
220 mil pessoas e no concelho do Seixal temos cerca de 170 mil pessoas, isto é menos de 100 mil
pessoas daquilo que eram as projeções feitas nesses anos. É claro que isto influenciou com o sobre
dimensionamento das infraestruturas, quer a programação de equipamentos educativos, quer de
outros. Vou dar o exemplo da Simarsul. Já se falou da Simarsul pelos motivos de não fazer o seu
trabalho como deve ser mas também posso falar da Simarsul quando se edificaram investimentos
na ordem dos 200 milhões de euros para populações equivalentes e muito superiores aquelas que
hoje são registadas e é por isso, também que muitos equipamentos da Simarsul, falo em concreto
de estações de tratamento de águas residuais, não têm a eficiência que é necessária porque não
têm os caudais mínimos adequados para uma dimensão tão grande de infraestruturas. Falo da
ETAR do Seixal e posso falar da ETAR do Barreiro Moita ou outras estações de tratamento de água
residuais porque nessa altura, no ano 2000, fizeram-se projeções que eram aquelas que se
pensaria que iam acontecer e de facto, não foram essas que aconteceram, nem no município do
Seixal, nem na própria região de Setúbal, talvez no caso da Simarsul não fossem precisos 200
milhões de euros, talvez com 120 milhões de euros, fosse suficiente. Tivemos um problema de
sobre-dimensionamento de infraestruturas e tivemos um problema de sub financiamento porque
enquanto outros sistemas tiveram 70 ou 80% de fundos europeus, a Simarsul só teve 30% o que
mais obra, menos apoio. Portanto, ficou uma tarifa muito mais cara que nós estamos a pagar
quando não deveria acontecer.
Voltando aqui à questão das escolas fizemos aquilo que era o nosso trabalho, programação da
carta educativa. A Carta Educativa neste momento neste momento está em revisão, aguardamos
orientações do Ministério da Educação para a concretização dos princípios que serão os
norteadores desta revisão, mas enquanto isso não aparece nós estamos a trabalhar na revisão. E
de facto, conhecendo o concelho e conhecendo hoje as necessidades, aquilo que da programação
da carta educativa e das várias escolas e equipamentos escolares que estavam previstos de facto,
hoje o que são necessários, em primeiro lugar, é uma escola 2, 3 e secundária em Fernão Ferro
porque a Escola Básica Carlos Ribeiro em Pinhal de Frades tem entre 10 a 13 turmas a mais e, o
problema a seguir que existe para além desta primeira prioridade, eu diria em termos
semelhantes, é exatamente no outro extremo do concelho é em Vale de Milhaços onde temos
também cerca de 10 a 13 turmas a mais na EB 2,3 de Vale de Milhaços e para isso estava previsto
também uma escola 2,3 em Santa Marta do Pinhal. Aliás, a Câmara Municipal fez a escola EB1/JI e
estava previsto fazer uma EB 1, 2, 3 se se recordam na altura com a Ministra da Educação Maria de
Lurdes Rodrigues que depois fizemos um acordo para depois não houve dinheiro para a sua
concretização e foi a câmara assim que fez, tínhamos um projeto conjunto e depois a câmara teve
de destacar esse projeto e fazer a EB1 que já está construida e que está em operação. Portanto,
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hoje, atualmente, a prioridade é uma escola 2, 3 e secundária em Fernão Ferro e uma escola 2, 3 e
secundária em Vale de Milhaços, não é necessária mais uma escola 2, 3 e secundária no território
nesta área da Arrentela, Seixal, Paio Pires. Por isso, e existindo também uma carta educativa,
outros espaços parece-nos que o município ficará a ganhar em virtude desse equipamento
educativo que de facto, é privado mas que também vai servir uma parte da população que a ele
pode aceder e ao mesmo tempo teremos essa contraparte publica que será este terreno que nos
permitirá efetivar esta política publica de habitação que queremos desenvolver para as pessoas
com menores condições económicas e financeiras. Por isso, parece-nos uma operação equilibrada
do ponto de vista político e social. Do ponto de vista dos benefícios que irão resultar para as
entidades e nessa perspetiva dizer também que de facto, é verdade o Sport Lisboa e Benfica tem
feito um investimento muito forte no município do Seixal, muitos concelhos gostariam de ter no
seu município o centro de estágios e formação deste clube que é um dos maiores de Portugal. E
também este investimento que o Sport Lisboa e Benfica quer fazer no concelho é mais uma ancora
de desenvolvimento que vamos concretizar, é investimento privado com certeza mas vai abrir
portas para que o nós possamos também fazer o nosso investimento publico na componente
habitacional. Esperemos que o Benfica queira desenvolver outros projetos, isso será muito
importante para a consolidação desta raiz que o Benfica firmou no Seixal e que continua a
aprofundar-se porque de facto, com o Benfica o concelho do Seixal ganhou uma notoriedade
também em termos não só nacionais mas também, internacionais que é preciso assinalar ou seja
não só a Festa do Avante desde 1990 é uma bandeira do concelho do Seixal, em termos nacionais
e internacionais como também o Sport Lisboa e Benfica a partir de 2005 é também uma bandeira
em termos nacionais e internacionais do que é o concelho do Seixal. Um território com qualidade
de vida, com potencial, com infraestruturas qualificadas e cada vez mais direcionado para o futuro
e é por isso que esta permuta que a câmara municipal deliberou e que a assembleia municipal irá
deliberar é muito importante para continuarmos este caminho de consolidação deste projeto
avançado que temos para o nosso município”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Inscrições? João Rebelo”.
João Rebelo do CDS/PP, disse: “Já o afirmei na reunião da comissão que discutiu este assunto,
parece-nos que a parceria e a aposta, sou sócio do SLB fica registado também aqui em ata, mas
dizia eu que a aposta que o Benfica fez em parceria com o município do Seixal de por cá o centro
de estágio tem trazido mais valias para o concelho que parecem ser indiscutíveis. Para além da
presença de centenas de jovens que aqui fazem a sua formação a projeção do nome Seixal
associada a um centro de estágio que já ganhou por duas vezes consecutivamente o prémio da
melhoria academia do mundo, traz os holofotes mediáticos sobre o concelho, parece-me que é
indiscutível. Cabe depois ao município, a quem vive aqui no concelho aproveitar esse mediatismo e
esses holofotes que esta parceria traz. Por outro lado, deixam parecer de que foi tudo cedido e não
houve mais valias para o município ou a câmara, não é verdade! O Sport Lisboa e Benfica paga
impostos para estar cá, o Sport Lisboa e Benfica pagou e investiu dezenas de milhares de euros

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neste centro de estágios, foram eles que pagaram e permitiu o desenvolvimento da área perto do
centro de estágio, nós vemos agora como é que está. É uma área viva, desenvolvida com qualidade
habitacional indiscutível e que permite à câmara municipal ter mais cativação de IMI porque são
habitação de qualidade e pode-se cobrar mais IMI, objetivamente do que em relação a outro tipo
de habitação. Tudo isto somado parece-me indiscutível que a presença do Benfica aqui no Seixal e
neste centro de estágios tem sido altamente vantajoso para o concelho e para os seus habitantes
mas também vantajoso para o Sport Lisboa e Benfica que encontrou aqui um espaço com área
suficiente e à época nunca se imaginaria que seja um projeto tão grande, basta ver que são 14
campos de futebol que já lá estão. Depois, obviamente que estas parcerias permitem pensar ir
mais longe e a câmara municipal na minha opinião está disponível para o alargamento dessas
mesmas valências e nós na Assembleia Municipal também apoiarmos essa possibilidade e estou a
falar do quê, nomeadamente, houve aquela possibilidade que foi, infelizmente um clube de
futebol aqui do concelho ter entrado em falência que era o Seixal, estava com dividas à Autoridade
Tributária, e foi colocado o estádio em penhora e à venda, foi o Benfica que comprou o estádio
porque a Autoridade Tributária pôs à venda, recuperou o estádio e entregou aquilo à câmara
municipal. As contrapartidas que a câmara discutiu com o Benfica, numa das fases de alargamento,
foi a construção de mais terrenos de futebol, se estão recordados foi que o Benfica teve que fazer
um campo sintético e que entregou à câmara municipal e que joguem jovens das escolas lá perto,
podem utilizar para a prática desportiva e agora estamos na terceira fase do desenvolvimento do
centro de estágio do Sport Lisboa e Benfica. Foi o alargamento das infraestruturas que já estavam
presentes, garantindo a possibilidade de mais jovens viverem no centro de estágios e a equipa
profissional ter as estruturas únicas no mundo como é reconhecido indiscutivelmente e agora esta
é a parte dessa terceira fase que faltava que era o próprio Benfica ter um colégio tem que pagar
para construir esse colégio porque não vem um tostão da Câmara Municipal ou dos nossos
impostos, é tudo investimento feito pelo próprio clube e a razão que eles invocam e é muitas vezes
sugerida é que vêm muitos jovens fora do concelho de todas as áreas do país. Aliás, ainda
recentemente, há alguns dias a trás, o jovem que marcou 2 golos e que tem 19 anos vinha do
Algarve e esteve aqui a viver no Seixal durante 7 anos, a família teve que o deixar vir cá, o Ferro
veio de S. João da Madeira e a família também o cá deixou. Portanto, o clube acaba por ser
responsável por um conjunto de jovens que vem de todo o lado do pais, para além do treino, da
formação profissional e tudo o que lhes é entregue, mas também tem que fazer a formação
educacional e garantir que isso assim aconteça e é difícil quando estão em escolas publicas ou
colégios privados adaptar os horários, porque já há um grande grau de profissionalismo mesmo
quando estamos a falar de jovens e a necessidade de treinos diários e etc, é muito difícil encaixar
que os horários das escolas publicas ou que os colégios privados podem oferecer a esses jovens.
Portanto, a ideia de ter um colégio que segundo o projeto pode ir até 1200 jovens permite e
garante que por um lado o acompanhamento desportivo e a formação desportiva seja
necessariamente acompanhada pela formação a nível de educação que é essencial que os jovens

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têm que crescer com estas duas valências. Portanto, este projeto também tenta abraçar essa
possibilidade de garantir uma educação para todos.
Este colégio e como disse aqui o Sr. Presidente da Câmara não está fechado exclusivamente aos
jovens que são atletas do Sport Lisboa e Benfica que não pagarão nada para essa formação, será o
clube a pagar, está aberto também a pessoas que venham de fora, ou habitantes e residentes em
concelhos aqui próximos ou também e a ideia era essa que viessem estudantes de fora fazer a sua
formação aqui e há a possibilidade eventualmente do projeto até alargar para uma formação
profissional na área desportiva, cursos e valências pré universitárias na área do desporto. Este é
um projeto que pode alargar a nível das infraestruturas a nível de educação. E porquê esta
permuta? Porque de facto, o terreno que o Benfica já tem fica um bocadinho mais longe, não me
quero enganar mas chama-se Quinta do Algarve, penso que é isso que se chama, estamos a falar
de um terreno que fica a alguns quilómetros do centro de estágios. Este terreno é contiguo, é
colado ao próprio centro de estágios o que permite uma área, não é um enclave, não se vai criar
um enclave no meio de um potencial cheio de construção para habitação jovem a preços
moderados, isto também acomoda o próprio município que tem disponível terrenos
exclusivamente para isso e no meio de áreas desportivas e habitação de um certo luxo, portanto
ficam as coisas claramente definidas para as áreas desportivas, certo tipo de habitação e
finalmente disponibilizar aos jovens essa mesma possibilidade.
Parece-me que esta solução é vantajosa para o município e para os seus habitantes, é vantajosa
para o Sport Lisboa e Benfica e é vantajosa obviamente para a prática desportiva, como eu disse na
reunião é essencial. O Seixal deve também apostar em todas as outras modalidades, não pode ser
só o futebol. O Seixal também nunca fechou as suas portas a outros clubes quererem por cá os
seus centros de estágios, se tivéssemos cá o Sporting apesar de eu não ser sportinguista ou que
tivéssemos também cá alguma unidade ligada ao Futebol Clube do Porto porque assim também
fazíamos o pleno dos grandes clubes nacionais. Também o Seixal é rico em outras modalidades e
elas não podem ser esquecidas, eventualmente estas parcerias podem potenciar que o Seixal
conhecido como o centro de excelência a nível da promoção e treino dos jovens, a nível do futebol
também possa servir como plataforma para a formação dos jovens na canoagem, no hóquei em
patins como estamos aqui e etc… e finalmente, quando ainda recentemente, também votei a
favor, fizemos um projeto não era igual mas do género com o clube Amora, também não esquecer
que há clubes locais históricos importantíssimos que podem até só ter 200 adeptos mas têm esta
força de ser do concelho que também têm a ganhar com uma presença forte, um clube forte aqui
porque isto acaba sempre por irradiar por todos os lados. Não esquecer que é necessário garantir
a vida e o coração desportivo de todas as modalidades, garantir que isso aconteça, também é
verdade que este projeto tem sido altamente benéfico para o concelho do Seixal. Portanto, este
novo passo que é dado parece que devia merecer concordância e eu votarei a favor, eu fiz alias
também com o projeto do Amora e não tenho a apontar que isto esteja em desencontro com os

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interesses do coletivo que acaba sempre porque nós correspondemos à vontade e ao impacto
positivo na população.
Finalmente, foi sugerido pelo Samuel e peço desculpa estar a tomar agora uma das tuas notas, a
Assembleia Municipal tem o direito e o dever de acompanhar as outras fase todas que acontecem
depois do que aqui aprovaremos aqui hoje, eu acho que é importante a continuação da
fiscalização por parte da Assembleia Municipal que isto tudo vai acontecer, ou seja, vamos ter de
facto a construção de habitação jovem a preços moderados para garantir que as pessoas que não
tenham possibilidades porque o mercado está absolutamente descontrolado, eu estava com
esperança que o Covid fosse pelo menos bater e que isso recuasse tremendamente mas isto está a
crescer brutalmente não tarda nada quando a primeira noticia que a vacina funciona e vocês vão
ver como é que isto vai evoluir os preços voltam a descambar infelizmente como sabem. Estes
projetos são muito necessários para garantir que os jovens na sua primeira habitação a preços
reduzidos possam ter essa”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “João esgotou o tempo”.
João Rebelo do CDS/PP, disse: “Eu também esgotei a minha intervenção”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Inscrições? Duarte Correia, mais? Vítor Cavalinhos,
mais? André Nunes. Duarte Correia”.
Duarte Correia do PSD, disse: “É apenas uma retificação ao que aqui tem sido dito, é que este
protocolo não é com o Sport Lisboa e Benfica é com o Sport Lisboa e Benfica Futebol SAD, não é o
clube. Nós temos tido alguns problemas, que são públicos, o caso do Belenenses, agora
recentemente o Desportivo das Aves, Cova da Piedade problemas entre as SAD´s e os próprios
clubes e quero aqui deixar um alerta que este protocolo não é entre o Sport Lisboa e Benfica, é
entre a SAD do Sport Lisboa e Benfica. Portanto, o Futebol SAD do Sport Lisboa e Benfica, o que no
futuro pode não ser a mesma coisa”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Vítor Cavalinhos”.
Vítor Cavalinhos do BE, disse: “Eu gostava de ser esclarecido fiquei aqui com alguma confusão com
a intervenção do Duarte, ele diz que não é o Benfica que entra nesta permuta mas é o Benfica SAD,
é só esclarecer porque os documentos que cá vêm é que é a Identiperímetro é propriedade do
Sport Lisboa e Benfica, era só para esclarecermos.
O executivo municipal propõe para deliberação desta Assembleia Municipal o contrato promessa
de permuta e de cedência a celebrar entre a Câmara Municipal e a Identiperímetro, se tal tiver a
aprovação desta Assembleia Municipal. Importa tecer algumas considerações: o Benfica pretende
tomar posse da parcela C2 para aí construir um colégio privado, dando em troca os lotes 67 e 68 e
uma parcela a desanexar da Quinta do Algarve, a parcela C2 vale 1 milhão e 600 mil euros, os lotes
67 e 68 e a parcela da Quinta do Algarve valem exatamente o mesmo valor, é um rigor curioso. O
Bloco de Esquerda manifesta algumas reservas quanto ao valor atribuído à parcela C2, tendemos a
considerar que está subavaliada mas veremos.
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A parcela C2 e agora cito, é uma área de cedência para equipamento escolar definido na carta
educativa do município do Seixal, em 2006, como reserva de terreno para construção de
estabelecimento de ensino publico. A Câmara Municipal aceita a permuta com o argumento de
que finalmente poderá cumprir um compromisso que tem há vários anos e que é construir
habitações a custos controlados na parcela a desanexar da Quinta do Algarve. Há anos sucessivos
que sucessivas GOP´s prometem edificar habitações a custos controlados para jovens, felizmente
com o Benfica isso acho que vai ser possível.
A propósito a construção de habitação a custos controlados, informa o executivo, tem vindo a
adquirir vários imóveis localizados em várias freguesias do concelho com o mesmo objetivo e
onerou com habitação a custos controlados as opg´s 7, 8, 25, 28, 36, 37, 40, 44 e 59 pergunta-se
quantos terrenos foram adquiridos pelo município? Qual a sua dimensão e localização? Qual o
valor do investimento? Quantas habitações já foram construidas e disponibilizadas ao abrigo do
mecanismo da onerarão das OPG´s. Parece que temos que dar graças ao Benfica que permite
finalmente ao município cumprir um compromisso que já tem barbas. O BE quer deixar
perfeitamente claro que não tem nada contra o Colégio Internacional do Benfica desde que o
construa em terrenos de sua propriedade. Pode perfeitamente construir na Quinta do Algarve que
não é longe do Centro de Estágios e também era uma forma de valorizar aquela zona e até de
valorizar o património da Siderurgia Nacional que aquilo é ali ao pé. Se calhar é uma forma de se
acabar com a poluição da Siderurgia Nacional.
O BE não deixa de referir, com apreço e muita ironia, a posição magnânima da Identiperímetro
Benfica, desde que a parcela C2 não tem 30 mil e 200 metros quadrados mas sim 26 mil metros
quadrados de acordo com o levantamento topográfico, mas não se importa do valor a considerar
ser os 30 mil e 92 metros quadrados é extraordinário. O Benfica diz que a parcela de terreno tem
menos de 4 mil metros mas isso não tem importância. O Benfica dá ao município 3 milhões 335 mil
741 euros resultante do valor da parcela a destacar da Quinta do Algarve e respetivas áreas de
cedência para equipamentos e recebe em troca o valor de 1 milhão e 600 mil euros o valor da
parcela c2, o Benfica dá 3 milhões e 300 mil e recebe 1 600 mil que é o valor da parcela C 2,
portanto o Benfica é mãos largas pelo menos para o município do Seixal.
Na parcela C2 deverá ser construido um estabelecimento de ensino público, pode ser secundário
ou universitário ou politécnico seja de que tipo for o Bloco propõe que na parcela C2 seja
construido um estabelecimento de ensino publico que pode ser secundário, universitário ou
politécnico até pode ser a Universidade Aberta que já durante muito tempo foi objetivo deste
município, se tal for possível. Seja qual for esse tipo de estabelecimento na proximidade do Benfica
Campus torna-se num ápice numa atração mundial é a nossa perspetiva. Outra alternativa é fazer
uma revisão cirúrgica do PDM se tal for necessário, para alterar o uso de solo da parcela C2 para
permitir a construção de habitações a custos controlados de habitações para jovens, a zona em
referencia tem infraestruturas e transportes o que não acontece na Quinta do Algarve. A zona em
referencia não deve estar reservada para quem tem posses para adquirir habitações a preços
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proibitivos, nesta zona, na parcela C2, os jovens e as famílias com menor poder económico
também têm o direito de habitar desde que as habitações aí construidas sejam compatíveis com o
seu nível de rendimento. Na reunião do executivo municipal que apreciou esta proposta de
contrato promessa o BE absteve-se porque o tempo disponível para analisar este assunto foi
diminuto, nessa reunião do executivo foram analisados documentos que versavam 841 páginas
entre os quais este. A vereadora do Bloco de Esquerda informou que o Bloco reservava para a
Assembleia Municipal a tomada de posição final sobre este assunto. O Bloco está contra a
construção de um colégio privado na parcela C2. O Bloco considera que a concretizar-se a
aprovação pela Assembleia Municipal deste contrato promessa tal redundará num excelente
negócio para o Benfica e um péssimo negócio para o município do Seixal. Por isso, o Bloco de
Esquerda votará contra este contrato promessa de permuta e cedência para a Identiperímetro e o
município do Seixal e mais três observações. Veremos se formos todos vivos e vivas no futuro
quantos jovens que não sejam atletas do Benfica é que irão frequentar o colégio internacional.
Estamos cá para ver.
Os lotes 67 e 68 são apresentados como parte desta contrapartida, são 2 taludes de 20 mil metros
quadrados de forte declive destinados apenas a zonas verdes segundo o PDM e que recentemente
nelas foram depositados, despejados volumosas quantidades de inertes. Que tipo de
equipamento, que tipo de uso e qual a mais valia que pode a população ambicionar e usufruir num
terreno com estas caraterísticas, abdicando da parcela C2 poderá ter isto tudo e muito mais.
Ultima questão, ao aceitar a proposta da Identiperímetro o executivo abdica de 30 mil metros
urbanos para 40 mil metros não urbanos, dos quais sendo 10 mil metros parte das cedências
obrigatórias devidas à construção dos 7 mil e 500 metros quadrados e que deveriam ser atribuídas
no local, na parcela C2, não é obrigatório mas é a norma. Tem sido norma que as cedências sejam
feitas no local onde vai ser edificado o equipamento”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “André Nunes se faz favor”.
André Nunes do PAN, disse: “Dizer que no PAN não olhamos com preconceito para os negócios
celebrados com a entidades desportivas instaladas no concelho, olhamos sim, como fazemos em
relação a todos os outros, com um espírito critico que avalie caso a caso se os interesses da
população estão a ser efetivamente acautelados. Dito isto e à semelhança do que já havíamos
referido no passado relativamente a outro projeto cuja execução suscita duvidas do ponto de vista
ambiental, consideramos que todo e qualquer negócio a envolver o município que não esteja
totalmente consolidada ao nível dos impactos ambientais e sociais merecer-nos-á sempre no
mínimo a nossa reserva. Para o PAN os valores naturais não são algo para se ir acomodando em
função da conveniência e interesses de uns por mais que seja vendida a ideia às vezes até em jeito
de chantagem do progresso e da urgência do negócio. A verdade é que um dos terrenos em
questão é parte integrante de reserva ecológica nacional do município algo que deveria merecer
ao executivo mais do que considerações estéreis como a de afirmar não parecer existir no terreno
questões de grande valor ambiental e paisagístico em virtude de nele existirem edifícios e campos
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de futebol, fazê-lo à parte da desconsideração que transparece pelo que é património comum de
todos, deixa antever qual é o espírito e os valores que o executivo quer primordialmente acautelar
o negócio, o que nos leva à segunda questão, a social. Se no domínio ambiental se compreende
atenta a posição utilitarista do PCP face ao ambiente a leviandade com que admite a
inevitabilidade do negocio, no que tange à questão social e mais concretamente à leviandade com
que é admitida a não construção de uma escola publica é a demonstração maior da incoerência
entre o discurso e a ideologia, é uma espécie de homenagem ao proverbio, bem prega freire
tomas, olha para o que ele diz, não olhes para o que ele faz, sendo caso para dizer que a defesa da
escola pública tem dias para o PCP”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Paulo Silva”.
Paulo Silva, da CDU, disse: “Primeira questão é que não estamos aqui, e o eleito do PSD veio aqui
com a sua intervenção demonstrar que não tinha lido a documentação que foi fornecida pela
Câmara porque, no anexo 3, vem lá bem claro logo no ponto 1) que a Identiperímetro é uma
sociedade comercial cujo capital social é na sua totalidade pelo Sport Lisboa e Benfica – SLB pessoa
coletiva de utilidade publica não é a questão da SAD é sim, o clube e isto era logo nas primeiras
páginas nem era preciso ler tudo.
Quanto à matéria aqui em analise, penso que ninguém de boa fé e que conheça a realidade pode
pôr em causa que o Centro de Estágio do Sport Lisboa Benfica tem sido um projeto estratégico
para o concelho do Seixal e que tem contribuído para o seu desenvolvimento mas também para a
projeção do nome Seixal em Portugal e no Mundo, indubitavelmente o Seixal é falado no mundo
inteiro e deve-o à questão do centro de estágios do Sport Lisboa e Benfica. Eu costumo dizer que
defendo o meu concelho acima de tudo e que muito contente ficaria se por exemplo o centro de
estágios do Sporting também fosse aqui no concelho do Seixal porque isso contribuiria também
para o desenvolvimento do concelho do Seixal.
Depois, analisando o negocio em concreto, a câmara tem um terreno que está destinado à
construção de uma escola 2,3. É uma tipologia que não há necessidades de construção de novas
escolas até porque há escolas na zona que respondem às necessidades. Também não tenho
conhecimento que o Governo alguma vez tivesse contactado a câmara a dizer a escola não faz falta
mas a gente quer construir a escola. Deviam sim construir as escolas onde elas fazem falta e que o
Sr. Presidente da Câmara já disse e não era preciso dizer que quem tivesse conhecimento sabia a
questão de Fernão Ferro e Santa Marta é um caso paradigmático em que dá para ver o trabalho da
Câmara Municipal e o trabalho do Governo, a escola que é responsabilidade da Câmara Municipal
está construida a escola que era responsabilidade do Governo não saiu do papel e isto é uma
verdade insofismável. Lembro-me que quando um eleito do PS veio falar nos 100 milhões de euros
que o PS iria investir aqui no concelho do Seixal pois a verdade é que mais depressa ele saiu do
concelho do Seixal do que os 100 milhões aqui chegaram porque até ao momento ainda não
chegaram cá e continuamos na expetativa. Portanto, vir aqui dizer que isto é um ataque à escola
publica, essa não pega, evidentemente não é, só seria se a câmara dissesse faz falta a escola
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publica mas nós não vamos construir queremos que seja uma escola privada ali, aí sim haveria
essa questão a por-se não há essa questão, o Sr. eleito André Nunes com o seu anti comunismo
primário que já nos habituou veio aqui com mais essa mas não pega nessa situação, mas temos
sim senhora ali um terreno que é para uma escola, escola essa que não é prioritária, vamos ver
então o que é que é prioritário e a questão habitacional é uma questão prioritária principalmente
habitação a custos controlados então, vamos fazer a permuta de um terreno que se destina a uma
escola que não está a fazer falta por um terreno onde podemos fazer construção para suprir uma
necessidade da população do concelho do Seixal que é habitação a custos controlados. Estamos
aqui indubitavelmente com mais um excelente ato de gestão da câmara municipal do Seixal e
conseguimos isto sem alterações do PDM, sem outras situações, negociando, conseguindo ver
quais são as necessidades .
A questão da Universidade Aberta, indubitavelmente era um projeto estratégico que o município
apostou e que o Governo não cumpriu mais uma vez os compromissos que tinham sido assumidos
com o concelho do Seixal.
A questão levantada pelo João Rebelo o clube que faliu e que o Benfica comprou, era uma questão
que, penso, devia ter sido evitada porque equipamentos desportivos que estão ao serviço da
população não deviam ser vendidos por uma entidade com a responsabilidade como é o serviço de
finanças que se devia de preocupar também com a população e não fazer adendas e dissipar esses
equipamentos, isso conseguiu-se quanto ao estádio do Bravo a Câmara conseguiu recuperar para a
população o mesmo, lembro o pavilhão do Seixal Futebol Clube que continua fechado sem
qualquer utilização e que podia e devia de estar ao serviço da população deste concelho. Em
relação ao negócio e que aqui nos traz indubitavelmente mais uma vez a câmara demonstra aqui a
sua visão estratégica para o município e está de parabéns pela proposta que aqui apresenta”.
O 1.º Secretário da Assembleia Municipal disse: “Não temos inscrições. Sr. deputado Samuel Cruz
faz favor”.
Samuel Cruz, do PS, disse: “Uma declaração prévia para dizer que eu sou benfiquista mas para
dizer que o PS considera o Benfica importante para o concelho do Seixal e é melhor para o
concelho do Seixal ter um colégio internacional na sua área do que não ter, independentemente da
entidade que o promove. Posto isto dizer aquilo que o PS sempre disse o Benfica ou qualquer
outra entidade que entra no concelho do Seixal que investe no pais tem que cumprir as regras
como todas as outras instituições que têm que cumprir as regras. Há um dado que nos leva a
querer que a relação da Câmara Municipal do Seixal com o Benfica ou com a Identiperímetro ou
com os representantes do Benfica aquilo que se quiser continua a não cumprir as mesmas regras
que tem para com os demais agentes económicos que atuam no concelho. Se consultarem o
documento que têm à vossa frente e, o PS diz o seguinte, os requerimentos apresentados em 8 de
junho de 2020 e em 22 de junho de 2020 e hoje é 23 de julho de 2020, passaram desde o segundo
requerimento um mês e três dias vamos celebrar este requerimento. O ponto prévio é o Benfica é
importante, o colégio é importante mas há uma coisa que tem que presidir a toda a administração
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Ata nº 05/2020
2ª Sessão Extraordinária – 23 de julho de 2020
publica que é o tratamento de igualdade entre todos e não há mais nenhuma entidade no
concelho do Seixal que consiga fazer um qualquer negócio com a câmara em 33 dias e muito
menos um negócio deste montante, isto é um facto e é preocupante.
Mais! Diga-se que há algo que se eu estivesse no lugar do Sr. Presidente da Câmara diria aos
responsáveis do Benfica ou poria como condição sine qua non para se realizar o negocio. Não se
pretende que o clube Benfica deixe de ter a sua sede no estádio da Luz mas toda esta mi-dia de
empresas que giram à sua volta nomeadamente esta Identiperímetro que quer ter um colégio no
concelho do Seixal, deve ter a sua sede no concelho do seixal e por uma razão muito simples é
porque se tiver a sua sede no concelho do Seixal irá pagar os seus impostos nomeadamente a
derrama no concelho do Seixal e devo dizer Sr. Presidente da Câmara que, até em relação à Benfica
SAD, patrão dos jogadores de futebol, seria muito útil porque existem mecanismos que afetam a
folha salarial das empresas ao local onde efetivamente o trabalho é prestado e, isso é possível que
fosse requerido ao ministro das Finanças, que a Benfica SAD pagasse derrama no Concelho do
Seixal de acordo com os seus lucros, de acordo com a folha salarial dos seus jogadores que
trabalham no concelho do seixal e não no concelho de Lisboa onde apenas vão jogar uma vez de
15 em 15 dias, é importante, é algo que deve ser feito é exigir aos responsáveis do Benfica que as
empresas que têm a sua atividade no concelho do Seixal tenham a sua sede no concelho do Seixal
porque não é justo que exerçam a sua atividade aqui e não paguem impostos em Lisboa, é a
segunda questão.
Terceira, este facto do Benfica conseguir aprovar processos desta complexidade em 33 dias leva a
que a reflexão necessária não seja tão profícua, é um bocadinho difícil e, levantam-se aqui algumas
questões, desde logo diz-se aqui que assumiu-se que o terreno é para uma escola. O terreno está
classificado como equipamento e a câmara em algum momento disse que seria uma escola 2,3. Eu
também ainda sou do tempo em que o Centro de Estágios do Benfica ia ser a cidade desportiva do
Seixal que foi aliás aquilo que serviu em sede de plano de pormenor como contrapartida para se
deixar construir naqueles sítios porque aquele processo urbanístico estava bastante errado, para
não dizer mais. É para equipamento e pode ser educativo, pode ser desportivo mais uma vez e
gostava de ver o Sr. Presidente de Junta da União vir aqui dizer se não é necessário nenhum
equipamento, melhor do que eu saberá. O repto está lançado venha aqui defender a sua
população Sr. Presidente e dizer o que faz falta e dizer que equipamento, se desportivo, educativo,
é um crematório há tantos tipos de equipamentos, pelos vistos não faz falta nenhum porque a
escola já foi justificada, mas não faz falta nenhum porque se pode vender a privados porque não
há nenhum equipamento em falta na cidade do Seixal, é assim não é?. Era importante termos
discutido isto! É necessário para instalar um equipamento, qualquer que ele seja para aquele
terreno ou não. Admito que a justificação da escola é plausível mas se calhar o terreno é
necessário para outras coisas, mas mais! A tal comissão especifica de habitação que a gente criou
mas não reunimos deveria no mínimo ter reunido para dizer olhe as opg´s estão delimitadas, mas é
importante ser na Quinta do Algarve, não tive tempo, não sou técnico da autarquia mas assim de

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Ata nº 05/2020
2ª Sessão Extraordinária – 23 de julho de 2020
repente parece-me que se vai criar mais um gueto, já temos a Cucena que não é um bom exemplo
e agora vamos criar mais um bloco de habitação sem nada à volta. Enfim, tem lá a escola mas a
própria escola António Augusto Louro já está isolada de tudo e agora vamos fazer mais uns blocos
que é tudo aquilo que a câmara tem vindo a dizer que não deve ser a habitação, aquilo que não
deve ser construido. Falta esta reflexão e efetivamente temos que fazer essa reflexão entre nós
que a pressa e o privilégio que o Benfica tem em andar com os processos tão rápido na câmara,
não estou a dizer que é mau, estou a dizer que faz falta mais reflexão sobre todas estas questões.
Falta equipamentos, é melhor solução em termos de habitação, o que é que está previsto para a
frente ribeirinha, não sabemos nada disto!
Estamos aqui a dar um cheque em branco para um processo sobre o qual refletimos muito pouco.
Dito isto o PS propôs algo que não foi aceite. Porquê? Diga-se, não é preciso contextualizar isto, eu
próprio apresentei um requerimento no inicio do mandato, recebi o mês passado ou há dois meses
a resposta ao requerimento que eu tinha apresentado, ou seja, até é curioso para um eleito da
Assembleia Municipal saber o estado da execução dos protocolos anteriores celebrados pelo
Benfica com o município demorou-se dois anos, é uma coisa complicadíssima, para se aprovar um
documento deste tipo são 33 dias. Posto isto, o PS tem boa vontade, acredita nos homens e nas
mulheres que dirigem tudo isto, vamos votar favoravelmente mas esperamos não nos arrepender
deste voto, esperamos que alguém que não eu que seja daqui a 4, 6, 10 anos a perguntar ao então,
Presidente de Câmara onde é que estão os fogos de custos controlados, onde é que está a
habitação para as pessoas que precisa e que agora aqui hoje nos é oferecido e apresentado como a
motivação deste negócio. Esperemos que isso aconteça, essa é a motivação do PS para aprovar
este processo e esperamos que exista mais consideração no futuro da Câmara Municipal do Seixal
pelos eleitos que agora dão o seu aval a este processo do que aquela consideração que existiu no
passado com demoras de respostas a requerimentos de dois anos. Era melhor e é importante que
isto fique dito era melhor que a proposta apresentada pelo PS tivesse sido apresentada mas foi
rejeitada na generalidade pelos lideres das bancadas e a proposta do PS era tão simples quanto
isto, no segundo ponto da deliberação onde se diz conferir poderes ao Sr. Presidente da Câmara
para assinar a escritura dizia-se o seguinte: que antes de se assinar a escritura o processo deveria
ser de novo presente a esta Assembleia para que esta Assembleia se pronunciasse de novo e aí
sim, outorgar-se os poderes necessários ao Sr. Presidente da Câmara o fazer. O que seria possível
aí? Seria possível vermos se a habitação estava a andar para a frente, consultar há problemas
ecológicos que podem ser graves, consultar em que termos é que a CCDR se pronunciou sobre este
assunto que nos pode levantar novas duvidas, mas cada um assume as suas responsabilidades. O
que o PS queria e aquilo que o PS defende é que deveria ser a escritura autorizada depois de
verificarmos que tudo o que tinha sido apresentado hoje tinha sido cumprido. Não percebo muito
bem, em nome do que esta Assembleia abdica desse poder, mas enfim, sai o perdedor dessa
contenda, acredito na democracia e respeito mas não acho que seja a melhor solução”.

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Ata nº 05/2020
2ª Sessão Extraordinária – 23 de julho de 2020
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Paulo Silva”. Prescindes? Mais inscrições? Vamos
passar à intervenção do Sr. Presidente da Câmara”.
O Presidente da Câmara Municipal, disse: “Antes de mais explicar esta questão da coincidência de
valores que há pouco aparentemente foi utilizada como argumento para de certa forma deixar
implícito que haveria aqui qualquer questão que os valores são iguais, claro que têm que ser
iguais, ou seja, faz-se uma avaliação sobre uma parcela a permutar determinam-se quais é que são
as compensações da operação urbanística que se quer apreender e que está na posse do
município, e depois claro calcula-se qual é que é o valor correspondente em metros quadrados de
terreno que tem que ser dado ao município para fazer aquele valor, por isso é que tem que ser
igual. Como é natural. É apurado o valor e tem que a parcela que vier para o município ser do valor
do que se quer permutar.
Também dizer que a construção de escolas 2, 3 não é uma responsabilidade da Câmara Municipal
do Seixal é uma responsabilidade dos ministérios de educação e dos governos. De facto, o
município muito pouco tem investido para a necessária, não só requalificação do parque escolar
existente, veja-se o caso da Escola Secundária João de Barros, há 10 anos com crianças em aulas
em contentores. Imaginem que era uma obra da Câmara o que é que já nesta Assembleia
Municipal não se teria dito, mas como é do Governo parece que está toda a gente confortável com
a situação. Toda a gente, excetuando a bancada do PCP e da CDU. A verdade é que este terreno
apesar de ter esse objeto, essa programação que o município lhe atribuiu em 2006, a verdade é
que desde essa data e já passaram 14 anos não houve qualquer iniciativa, nem da parte do
município, nem da parte do Ministério da Educação para a construção de uma escola 2, 3 naquela
localidade, houve sim a iniciativa para a construção de uma escola 2, 3 e secundária em Fernão
Ferro. Aliás, foi alvo de uma petição, que está na Assembleia da República a aguardar
agendamento para ser discutido em plenário em que nós esperemos que existam iniciativas dos
partidos para dar força a esta necessidade ou como existe esta necessidade objetiva em Vale de
Milhaços para uma nova escola 2, 3 que será em Santa Marta do Pinhal porque esse território
depois necessita de ter mais escolas 2, 3 e é verdade que com a revisão da Carta Educativa
Municipal que está desatualizada e sobre a qual nós precisamos de ter as orientações do
Ministério para essa revisão e esse novo olhar à luz daquilo que é a realidade atual e aquilo que é a
perspetiva de crescimento do concelho, é claro que precisaremos de definir e reequacionar aquilo
que são as prioridades. Nós sabemos hoje e somos os primeiros a dizer que os serviços públicos
são essenciais, a escola pública é essencial. Agora, nós vivemos num momento em que a
redundância criada pelos serviços privados existe e no caso em concreto, percebemos também
que para a instituição Sport Lisboa e Benfica para o seu projeto formativo que tem de jovens será
mais confortável e quando se conseguirá melhores resultados do ponto de vista educativo e
formativo para esses jovens se de facto, tiver as condições perto do centro de estágio que é onde
estão esses jovens a fazer a sua vida, muitos estão alojados até no próprio centro de estágios e por
isso, isto não se trata de um colégio privado qualquer, não é nessa perspetiva que está a ser

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colocado, trata-se de mais um equipamento formativo, dentro do complexo do centro de estágios
e do Benfica para esse objetivo que o Benfica tem de dar melhores condições aos seus jovens, tal
como já aconteceu com os campos de futebol que foram feitos especiais e com as zonas técnicas
especiais, os balneários especiais, as piscinas especiais, tudo especial para dar as melhores
condições para a maximização das potencialidades dos jovens. Por isso, é um equipamento
também importante desse ponto de vista.
Também dizer que aqui nós primamos pela máxima transparência. Aliás, esta deliberação foi
preparada para que nenhum aspeto que pudesse ser deixado de fora para justificar o
planeamento, quer do ponto de vista político, quer do ponto de vista formal e técnico todas as
opções que estão em cima da mesa. Todas as avaliações foram feitas, todas as matérias
relacionadas com a construção e a operação do ponto de vista das matérias urbanísticas foram
todas antecipadas e vistas e validadas para que tenhamos aqui um processo completamente
transparente e consequente. Também é verdade que a responsabilidade de estarmos perante um
dos maiores clubes nacionais e de facto, também a Câmara Municipal do Seixal ter esta tradição
histórica de estar à frente no seu tempo, também nos dá esta responsabilidade. Dizer que esta
deliberação também está em consonância com esta realidade, por isso srs. eleitos quero dizer que
de acordo em continuarmos a ter aqui um acompanhamento em termos informativos
relativamente a este processo porque isso foi de certa forma já expresso por alguns dos srs. eleitos
e com esta deliberação estamos a iniciar um caminho, como perceberam e se leram todos os
considerandos e todas as matérias existem aqui ainda vários passos a fazer até chegarmos ao final
que será à permuta dos terrenos. Veremos se se concretiza porque nem tudo depende da câmara,
nem tudo depende do Benfica, existem aqui entidades externas à entidades externas à câmara e
ao Benfica que têm de se pronunciar, com a sua prenuncia o projeto avançará. Cada um assume as
suas responsabilidade. A Câmara Municipal aprovou e tem essa responsabilidade, a Assembleia
Municipal se aprovar terá também uma responsabilidade, mas existem aqui entidades exteriores à
e à Assembleia Municipal e ao Sport Lisboa e Benfica que irão dar pareceres esta matéria para se
poder efetivar e é isso que cada um terá que fazer e naturalmente que irei quer no âmbito da
comissão, se entenderem, quer no âmbito da Assembleia também como pretenderem iremos com
certeza dar toda a informação que seja necessária sobre esta matéria.
Em conclusão, esta operação de permuta que iremos concretizar, se a conseguirmos fazer irá
beneficiar claramente a formação e a educação do município do Seixal mas acima de tudo dará
condições ao município para avançar de forma decisiva nesse projeto que temos de habitação a
custos controlados de uma política não especulativa em termos habitacionais, eu penso que todos
estarão de acordo e que nos permitirá avançar, espero que nessa altura se diga afinal somos contra
o colégio privado mas somos a favor da habitação não especulativa. Eu espero que na altura e
quando se concretizar essa habitação, se faça essa afirmação pela positiva e não só a afirmação
pela negativa, há várias formas de olharmos para o processo e nós queremos olha-lo naquilo que
tem a ver com estas duas expressões relativamente a esta matéria. Por isso e para concluir Sr.

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Presidente da Assembleia Municipal e srs. eleitos estamos perante uma deliberação importante
para a vida do município e como eu referi também irá ser cimentar cada vez mais a realidade do
Benfica no concelho do Seixal e isso é muito importante também para o nosso presente e para o
nosso futuro”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Vamos colocar à votação a permuta com a
Identiperímetro que permitirá concretizar o projeto do colégio internacional e habitação a custos
controlados na Quinta do Algarve. Quem vota a favor”.

Aprovada a Deliberação nº 15/XII/2020 por maioria e em minuta com:

Vinte e um (33) votos a favor dos seguintes eleitos:

Do grupo municipal da CDU: 16

Do grupo municipal do PS: 11

Do grupo municipal do PSD: 4

Do grupo municipal do CDS-PP: 1

Do presidente da JFFF: 1

Três (3) votos contra dos seguintes eleitos:

Do grupo municipal do BE: 3

Uma (1) abstenções dos seguintes eleitos:

Do grupo municipal do PAN: 1


O Presidente da Assembleia Municipal disse: “A proposta foi aprovada com os votos a favor da
CDU, do PS, do PSD, do CDS e do Presidente da Junta de Freguesia de Fernão Ferro, a abstenção do
PAN e o voto contra do Bloco de Esquerda. Declarações de voto? Não há declarações de voto”.
III. 8. Minuta da Ata – Aprovação.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Consideramos a ata aprovada em minuta.
Terminamos esta 2.ª sessão extraordinária da Assembleia Municipal. Cumprimentos para todos,
tudo a correr bem com saúde e o agradecimento uma vez mais aos trabalhadores da Câmara e da
Assembleia Municipal. Obrigado e boa noite a todos”.
Aprovada a deliberação nº 16/XII/2020, por unanimidade, com:
• Trinta e sete (37)votos a favor dos seguintes eleitos:

- Do grupo municipal da CDU: 16


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Ata nº 05/2020
2ª Sessão Extraordinária – 23 de julho de 2020
- Do grupo municipal do PS: 11

- Do grupo municipal do PSD: 4

- Do grupo municipal do BE: 3

- Do grupo municipal do CDS: 1


- Do presidente da JFFF: 1
- Do grupo municipal do PAN: 1
Nada mais havendo a tratar, O Presidente da Assembleia Municipal deu os trabalhos por
encerrados, agradecendo a presença do executivo municipal e dos membros deste Órgão.
A sessão terminou cerca da 0:30 horas do dia 10 de dezembro.
Nos termos do art.º 5.º do Decreto-Lei nº 45362 de 21 de Novembro de 1963 (com a redação
atualizada pelo Decreto-Lei nº 334/82 de 19 de Agosto, e de acordo com uma interpretação
extensiva), os documentos mencionados são arquivados, ora em pasta anexa à presente ata, ora
no respetivo processo.
Sempre que se indicou ter sido tomada qualquer deliberação, dever-se-á entender ter sido
aprovado nos termos e para efeitos do disposto no art.º 92.º da Lei nº 169/99, de 18 de setembro,
com a redação atualizada pela Lei nº 5-A/2002, de 11 de janeiro, e com as alterações introduzidas
pela Lei nº 67/2007, de 31 de dezembro e pela Lei nº 75/2013, de 12 de setembro.
Para constar se lavrou a presente ata que vai ser assinada pelo Presidente e Secretários em
exercício:
O Presidente da Assembleia Municipal:

O Primeiro Secretário:

A Segunda Secretária:

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Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 06/2020
3ª Sessão extraordinária – 24 de agosto de 2020

A T A nº 06/2020
Aos vinte e quatro dias de agosto de dois mil e vinte, reuniu a Assembleia Municipal do Seixal, na
sua 3ª sessão extraordinária de 2020, nas instalações do Pavilhão do Portugal Cultura e Recreio,
sitas no Seixal, presidida por Alfredo José Monteiro da Costa e secretariada pelo 1º Secretário,
Américo Augusto de Oliveira da Costa, e pela 2ª secretária, Sara Sofia Oliveira da Silva Lopes
Oliveira, com a seguinte Ordem de Trabalhos, divulgada pelo edital nº 17/2020, de 17 de agosto.
III.1. Informação sobre o trabalho em curso das Comissões da Assembleia Municipal.
III.2. Pedido de Recurso para o Plenário apresentado pelo grupo municipal do PAN.
III.3. Pedido de Recurso para o Plenário apresentado pelo grupo municipal do PS.
III.4. Grandes Opções do Plano e Orçamento 2020. 2ª revisão. Aprovação.
III.5. Mapa de pessoal aprovado por deliberação da Assembleia Municipal nº57/XII/2019, de 25
e 26 de novembro, mediante proposta aprovada pela deliberação da Câmara Municipal nº
320/2019, de 31 de outubro de 2019. 1ª Alteração.

III.6. Desafetação do domínio público municipal para o domínio privado municipal da parcela e
terreno com área de 3.743 metros quadrados, com localização contígua à Avenida Libertadores de
Timor Loro Sae – Proc. 98/A/89. Aprovação de proposta.

Estiveram presentes, para além dos membros da Mesa:


Da CDU: Paulo Alexandre da Conceição Silva, Paula Alexandra Sobral Guerreiro Santos Barbosa,
Custódio Luís Quaresma Jesus de Carvalho, Maria Júlia dos Santos Freire, Nuno Filipe Oliveira
Graça, Fernando Júlio da Silva e Sousa, Carlos Alberto de Sousa Pereira, Rui Fernando Valente
Algarvio, Maria João Evaristo de Oliveira Santos, Gonçalo Rui de Oliveira e Almira Maria Machado
dos Santos.
Do PS: Samuel Pedro da Silva Cruz, Tomás Baptista Costa dos Santos, Luís Pedro de Seia Gonçalves,
Nelson Filipe Lampreia de Oliveira Patriarca, Rui Miguel Santos Brás, Sérgio Miguel Carreiro
Ramalhete, Marta Sofia Valadas Barão, Rui Jorge Guerreiro Parreira, José Carlos Chora e Cláudio
Manuel Maurício Anaia.
Do PSD: Rui Miguel Lança Belchior Pereira, Maria Luísa Marques da Gama, Duarte Sérgio dos
Santos Melo Correia e Ricardo Manuel de Barboza Marques de Moraes e Soares.
Do BE: Vítor Cavalinhos, Eduardo Manuel Lino Grêlo.
Do PAN: António Joaquim Sota Martins
Do CDS-PP: João Guilherme Nobre Prata Fragoso Rebelo.

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Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 06/2020
3ª Sessão extraordinária – 24 de agosto de 2020
Estiveram ainda presentes os Presidentes de Junta de Freguesia de Amora, Fernão Ferro e da
União das Freguesias do Seixal, Arrentela e Aldeia de Paio Pires, respetivamente, Manuel Ferreira
Araújo, Carlos Reis e António Santos e Joaquim Garcia em representação de Eduardo Rosa,
Presidente da Junta de Freguesia de Corroios.
Registaram-se as seguintes substituições:
No grupo municipal da CDU: Hernâni Magalhães por Gonçalo Rui Oliveira e Ana Inácio por Almira
Santos.
No grupo municipal do PS: Bruno Barata por Cláudio Anaia em virtude de Virgínia Dias, Ricardo
Rodrigues e Sara Pires terem também solicitado a sua substituição, e Célia Cunha por José Chora.
No grupo municipal do PAN: André Nunes por António Martins.
O Presidente da Junta de Freguesia de Corroios foi substituído pelo secretário daquela junta, Sr.
Joaquim Garcia.
Para além do Presidente da Câmara Municipal do Seixal, Joaquim Cesário Cardador dos Santos,
estiveram presentes os seguintes Vereadores:
Maria Manuela Palmeiro Calado, José Carlos Marques Gomes, Maria João Varela Macau, Eduardo
Rodrigues, Elizabete Pereira Adrião, Cláudia Marina Guerreiro, Fátima Aidil Carvalho e Francisco
Morais.

A Sessão teve início cerca das 20:40h.

I. PERÍODO DE INTERVENÇÃO DA POPULAÇÃO.


O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Damos inicio àquela que é a 3ª Sessão
Extraordinária de 2020. Iniciamos com o primeiro ponto da ordem de trabalhos que é o período
de intervenção da população, temos dois pedidos de intervenção, primeiro é o Sr. Rui Sado, e eu
pedia ao presidente António Santos que apoiasse como é costume e com a sua disponibilidade,
Senhor Presidente.”
I.1. Rui Sado disse: “Exmo. Senhor Presidente da Assembleia Municipal, Exmo. Senhor Presidente
da Câmara Municipal, Exmos. Senhores Eleitos, Exmos. Senhores Vereadores, população em geral,
diz o Rui Sado, desculpe-me senhor Presidente de comentar uma parte da anterior Assembleia
Municipal, porque sempre que posso, sempre que posso, porque sou Ser Humano e como tal, não
sou perfeito, mas nessa sessão vi uma incoerência por parte da bancada do Bloco de Esquerda.
Quando o PSD apresentou uma moção contra a Festa do Avante, após a sua apresentação o eleito
Vítor Cavalinhos usou da palavra e disse que a Assembleia Municipal não devia aprovar tal
documento porque tornava-se um precedente para outras atividade políticas. Muito certo, mas o
meu maior espanto foi na votação do mesmo, quando o BE se absteve, absteve-se para não votar a
favor do PSD. Meus senhores, como a minha bíblia é o livro O partido com Paredes de Vidro, do
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Ata nº 06/2020
3ª Sessão extraordinária – 24 de agosto de 2020
meu saudoso camarada Álvaro Cunhal, vamos lá falar olhos nos olhos. Comunistas ou não, quem
não gosta da Festa do Avante? Ninguém! Todas as pessoas gostam, só que muitas delas não
admitem que o Partido Comunista Português já está nas comemorações do seu centenário, que
completa a 6 de março de 2021. muita gente fala contra a Festa do Avante mas, na comunicação
social e nas redes sociais ainda não vi nenhum comentário contra a tourada dos Açores, ao rali da
Madeira, à manifestação do Chega , em Lisboa e ao seu almoço em Leiria. Mas a final que moral
tem os senhores de esquerda e de direita a estarem contra a Festa do Avante? Na minha opinião
pessoal a Festa do Avante já está a dar bons frutos em Portugal, porque para o fim deste mês os
bares já pode, estar abertos até à 1h da manhã. Desde que começou a epidemia nunca ouvimos
falar dos deficientes mas estes cidadãos também são afetados e muito pelo covid-19. Até ontem,
dia 23 de agosto de 2020, ia apanhar a carreira 195, estava na paragem às 12h e o motorista não
quis abrir a rampa por causa do coronavírus, disse que a empresa não lhe paga para tal. Se diziam
que com covid-19iamos ficar mais juntos do que nunca, onde está essa união? Exmos senhores já
falei aqui hoje do Álvaro Cunhal e agora vou falar dum grande poeta, que muitos cedo nos deixou,
José Carlos Ary dos Santos que escreveu Nas Portas que Abril Abriu: de tudo o que abril abriu
ainda pouco disse. Pois é meus senhores, já se falou muito do coronavírus mas o mais importante
ainda não se falou, há pouco tempo Francisco Assis, do PS, disse: “Portugal deve muito a Pedro
Passos Coelho”, fax-me lembrar aquela anedota do Joãozinho, claro não vou contar a original nesta
sessão. Hoje esta passagem já não se usa porque já temos o Pinhal de Leiria devido ao fogo de 15
de Outubro de 2017, mas duma aula de história de Portugal e a professora perguntou: “A quem se
deve o Pinhal de Leiria? Joãozinho levantou o braço para dizer: Fonix essa trampa também é para
pagar? É o mesmo que digo ao Francisco Assis. Disse o Rui Sado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Obrigado, tem a palavra Adriana Bernardino, por
favor intervenha ali.”
I.2. Adriana Bernardino disse: “Boa noite, chamo-me Adriana da Silva Bernardino e de momento
estou a morar de favor na Rua Júlio Augusto Henriques nº 58, 1º D, Cavadas e venho
humildemente uma casinha para mim e para os meus quatro filhos menores porque estou numa
casa de favor, casa essa que há pouco tempo ardeu e o dono já me disse que tinha dois meses para
sair porque queria fazer obras, como estão dando casinhas no realojamento do Jamaica e como
tiraram há cerca de 19 anos, era o meu filho pequenino, que eu morava lá naquela casinha da
IHRU, na Travessa Pero Covilhã, na Arrentela, venho pedir que me deem uma casinha, na qual
aquela está abandonada, se me derem outra aceito o que for, desde que tenha um teto e quatro
paredes, realmente estou a precisar e na qual me comprometo a pagar uma renda justa de acordo
com o agregado familiar, é só, desculpem lá não saber muito bem falar, boa noite e obrigada”7:53
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Obrigado, Senhor Presidente da Câmara, um
apontamento, se faz favor.”
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Boa noite a todos, uma palavra antes de mais, se me
permitem, para a Direção do Portugal Cultura e Recreio que gentilmente nos cedeu as suas novas
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instalações, este novo pavilhão desportivo , para podermos realizar esta sessão da Assembleia
Municipal do Seixal e, também, através deles cumprimentar todo o movimento associativo do
Concelho do Seixal e, de facto, obras como esta que tem a participação da Câmara e da Assembleia
Municipal nascem, constroem-se, são sonhadas e são partilhadas e é um caminho que se faz até
chegar aqui e gostaria por isso de enaltecer todo o trabalho que o Portugal Cultura e Recreio teve
na gestão dos dinheiros públicos que lhe foram confiados e que de facto temos perante nós um
pavilhão com um custo por metro quadrado dos mais baixos de todos aqueles que já foram feitos
no Município do Seixal e, ainda por cima num valor de cerca de um milhão de euros que o
município colocou neste investimento, deu, não só, para fazer esta intervenção que todos estamos
a testemunhar, como também os próprios arranjos exteriores onde chegamos e podemos
parquear com condições e conforto, é mais um bom exemplo da parceria existente, neste
município de abril, entre o movimento associativo e o poder local democrático, e é um exemplo a
nível nacional. Ainda não foi inaugurado porque o covid veio atrapalhar a agenda que tínhamos
estabelecido para este efeito, mas estamos convictos que muito próximo vamos comemorar e
celebrar com a população, aqui da Arrentela, esta nova infraestrutura que vem qualificar, não só o
desporto, mas também para a cultura e o associativismo aqui na nossa freguesia de Arrentela e na
Concelho do Seixal. Permita-me Senhor Presidente da Assembleia Municipal dar também uma
nota sobra a situação do covid porque penso que é importante antes de entrar propriamente nas
questões colocadas pelos munícipes, em primeiro lugar para dizer que a situação no concelho tem
vindo a estabilizar, temos nesta data, segundo dados da DGS, 912 casos mas. Em doze dias foram
registados vinte casos, é uma situação que está controlada, isso mesmo foi testemunhado nas
várias reuniões realizadas com as entidades de saúde mas, também na ultima Comissão Municipal
de Proteção Civil e, apesar disso, o Governo decidiu manter o Estado de contingência na Área
Metropolitana de Lisboa, por isso nós mantemos o nosso Plano Municipal de Emergência ainda
ativado, até 31 de agosto, mas a verdade é que. Neste momento, com a situação controlada de
decréscimo não vemos razão para continuarmos com Plano Municipal de Emergência ativado.
Dizer ainda que foi intenção da Câmara Municipal na sequência da última resolução do Conselho
de Ministros poder alargar o funcionamento dos estabelecimentos, equipará-los a restaurantes,
principalmente os cafés, que são os mais prejudicados mas, de facto, as entidades de saúde do
concelho, GNR e PSP não assinaram essa proposta da autarquia mas em Mafra e em Cascais
aceitaram. Quanto a nós havia todas as condições para que os cafés e outros estabelecimentos
similares pudessem funcionar com o mesmo regime dos restaurantes, encerramento à uma da
manhã, admissão do último cliente até à meia noite, este não foi o entendimento, neste momento
das autoridades de saúde e forças de segurança mas, no entanto estamos em crer que, na próxima
reunião da Comissão Municipal da Proteção Civil e se, o Governo ainda endereçar essas
competências para a Câmara Municipal, possamos decidir nesse sentido se, de facto, a situação se
mantiver controlada, como está. Por último, dizer ainda em relação ao covid, somos o 13º
Município, em 18, em numero de infetados, ou seja, com menos infetados, o Seixal continua longe
da média da Área Metropolitana e, cada vez, mais distante e por isso significa que todos os
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Ata nº 06/2020
3ª Sessão extraordinária – 24 de agosto de 2020
agentes de proteção civil que tem estado numa missão incansável, durante todos estes meses,
estão de parabéns, porque de facto temos conseguido em parceria avançar para mitigação deste
contágio. Última nota, para concluir, antes de entrar mesmo nas matérias relacionadas com a
população, para dizer que desde a semana passado começamos também a colaborar com as
autoridades de saúde e da segurança social na visitação dos infetados, dos novos infetados com
covid, é mais uma forma que o Serviço Municipal de Proteção Civil, tendo sido solicitado, e a Ação
Social da Câmara está, então, a colaborar para que possamos visitar essas pessoas e essas famílias,
perceber se tem outras carências, outras necessidades para podermos ajudar tecnicamente, para
que esse confinamento se faça com o menor risco para as pessoas e para essas famílias, por isso
Senhor presidente da Assembleia Municipal, Senhores Eleitos, dizer que, no ponto de vista do
covid, temos neste momento os valores mais baixos de sempre, desde que a pandemia surgiu no
nosso concelho. Sobra as matérias colocadas pela população, sobre a primeira intervenção são
opiniões legitimas de um munícipe, que quis expressar perante a Assembleia Municipal, a Câmara
Municipal não tem que se pronunciar sobre aquilo que foi dito, não fomos visados sobre as
questões colocadas. Sobra as questões da habitação penso que também é conhecido que a
habitação não é uma competência direta das câmaras municipais, pode vir a ser, o Governo que
transferir essas competências para as câmara municipais, mas isso ainda não aconteceu, no
entanto, o que as câmaras municipais tem feito é colaborado com os Estado Central, colaborado
com o Governo, para que possamos efetivar soluções de realojamento social, é isso que está a
acontecer em Vale de Chicharos, é isso que está a acontecer noutras situações, por isso, há que,
não só, sinalizar junto da Câmara Municipal, como muito bem a senhora munícipe o fez, nesta
assembleia, mas principalmente junto do Estado, e quem é o instituto do Estado que trata destas
matérias, o que tem a responsabilidade primeira em Portugal para as resolver é o Instituto da
Habitação e da Reabilitação Urbana, designado por IHRU, é ao IHRU que compete, efetivamente,
coordenar as políticas públicas de habitação, no país, em colaboração com as autarquias. Da nossa
parte estamos disponíveis em poder apoiar e é esse caminho que propomos à senhora munícipe
de encaminhar também para junto do IHRU para poder sinalizar mais esta necessidade. Senhor
presidente da Assembleia Municipal, penso ter respondido às questões, muito Obrigado.” 15:52
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Obrigado Senhor Presidente da Câmara, damos
assim por terminado o Período de Intervenção da População.

II. PERÍODO DE ANTES DA ORDEM DO DIA.


O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Passamos para o período de Antes da Ordem do
Dia; temos um conjunto de intervenções e documentos; um conjunto de treze; o primeiro por
ordem regimental é da CDU é uma declaração política que vai ser apresentada por Paula Santos; se
faz favor.”

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Ata nº 06/2020
3ª Sessão extraordinária – 24 de agosto de 2020
II.1. O Grupo Municipal da CDU apresentou uma declaração política, por Paula Santos.

Paula Santos, da CDU, disse: “Desde a 1ª edição da Festa do Avante em 1976 até aos dias de hoje
44 anos depois que se afirmou como um grande espaço de liberdade e fraternidade de amizade e
solidariedade e de resistência e luta; um espaço para todos onde todos visitem e se sentem bem; a
partir de 1990 a Festa do Avante realiza-se na Quinta da Atalaia no Concelho do Seixal e em 2016 o
espaço é alargado com a compra da Quinta do Cabo da Marinha; a festa do avante é o maior
evento político cultural desportivo do País e realizado no Concelho do Seixal, ao longo destes anos
deu um contributo inestimável na promoção do Concelho do Seixal pelo País e trouxe ao Seixal os
maiores nomes da cultura; pessoas oriundas de todo o País e também do estrangeiro contribuindo
para o seu desenvolvimento e a sua projeção; o PCP realiza a Festa do Avante porque no momento
em que se aprofundam as injustiças e as desigualdades e crescem as dificuldades na vida dos
trabalhadores e do povo; dá confiança, esperança e ânimo na luta que é preciso travar; e porque é
um estimulo à atividade à cultura à arte ao desporto ao lazer à solidariedade à camaradagem à
promoção da vida hoje essencial à saúde e ao bem estar da população respeitando-se sempre as
medidas de proteção que são necessárias; a realização da Festa do Avante constitui a afirmação de
direitos políticos e democráticos; de liberdade que caracteriza o regime democrático do 25 de
Abril; não pretendemos privilégios nem exceções nem o que nos move são aspetos financeiros;
contrariamente ao que procuram vincular não desvalorizamos em tempo algum as circunstâncias
em que vivemos devido à pandemia da covid19 é preciso se tomar todas as medidas para prevenir
e proteger a saúde das pessoas e ao mesmo tempo criar as condições para a luta e intervenção
política; e é isto que verdadeiramente incomoda os grupos económicos e as forças políticas que
defendem os seus interesses; a capacidade de unidade de organização e a luta dos trabalhadores e
do seu partido o PCP; porque somos responsáveis e porque nos importam as condições de vida e a
saúde dos trabalhadores; estamos a trabalhar para garantir o cumprimento das recomendações de
saúde pública emanadas pela Direção Geral de Saúde e é neste sentido que estamos em contacto
com a mesma Direção Geral de Saúde; alargámos o espaço da festa cuja área não tem comparação
com qualquer outro espaço de espetáculos ou estádios de futebol como ridiculamente alguém
quis comparar sem saber sequer do que estava a falar; os espaços serão mais abertos e as
atividades culturais, concertos, teatro ou cinema ou a feira do livro; serão ao ar livre; os espaços de
restauração serão mais amplos e cancelou-se a realização de algumas atividades que contribuam
para um maior ajuntamento de pessoas; como a corrida da festa, o ciclo-turismo ou o ato de
abertura da festa; será disponibilizado gel desinfetante será obrigatório o uso de máscara nos
espaços, haverá definição dos corredores de circulação e haverá lugares marcados para os
espetáculos; estamos a trabalhar para assegurar a tranquilidade e a segurança de quem visita a
festa, grande iniciativas políticas irão decorrer durante os três dias da festa estando previsto mais
de 50 debates além do comício; todas as atividades que se irão realizar na festa do avante são
permitidas realizar hoje no nosso País; é possível irmos em família a um restaurante é possível ir a

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um concerto ou assistir a uma peça de teatro é possível desfrutar num parque; há milhares de
pessoas nas praias e bem realizam-se concertos, festivais e várias cerimónias religiosas; mas para
as forças de direita o único perigo é a Festa do Avante; obviamente que a realização da festa do
avante neste ano está marcada pelas condições concretas em que vivemos; mas a sua realização
tem uma importância e um valor acrescido na afirmação da nossa vida democrática e o seu êxito
serão um contributo para a luta do nosso povo para combater o medo e a resignação; por isso o
PCP não desistiu e nem desistirá de lutar por uma vida melhor para os trabalhadores e o povo e cá
estará para nos dar esperança e confiança na luta pelo futuro.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “O segundo documento ou a segunda intervenção é
uma saudação do PS.”
II.2. O Grupo Municipal do PS, apresentou a saudação «Ao movimento liberal oitocentista, à
Revolução Liberal do Porto de 1820 e aos liberais que a protagonizaram», subscrita por Tomás
Santos.
(Documento anexo à ata com o número 2)
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “A saudação do PS é sobre «Ao movimento liberal
oitocentista, à Revolução Liberal do Porto de 1820 e aos liberais que a protagonizaram», é
subscrita por Tomás Santos, que tem a palavra se faz favor.”
Tomás Santos, do PS, disse: “Bom, suscita-mente esta saudação é para comemorar os 200 anos da
revolução liberal que institui a 1ª constituição em Portugal e que no fundo formou aquilo que são
os princípios constitucionais muitos deles que ainda hoje nos regem; como por exemplo; a
separação de poderes; penso que é um documento consensual com o qual somos todos capazes
de concordar.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Intervenções? Quem é que pretende intervir? Não
há pedidos de intervenção é isso; confirma-se? Portanto não há mesmo, sendo assim pergunto ao
proponente se ainda quer apresentar mais algum registo? Não, então vamos colocar à votação.”

Aprovada a Tomada de Posição nº35/XII/2020 por unanimidade e em minuta com:

 Trinta e cinco (35) votos a favor dos seguintes eleitos:

- Do grupo municipal da CDU: 15

- Do grupo municipal do PS: 11

- Do grupo municipal do PSD: 4

- Do grupo municipal do BE: 2

- Do grupo municipal do PAN: 1

- Do grupo municipal do CDS-PP: 1


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- Do presidente da JFFF: 1
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Portanto a saudação foi aprovada por unanimidade.
Alguma declaração de voto? Não há declarações de voto; passamos para o documento seguinte.”
II.3. O Grupo Municipal do PSD, apresentou a moção «Mais participação democrática no boletim
municipal», subscrita por Rui Belchior.
(Documento anexo à ata com o número 3)
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “É uma moção do PSD «Mais participação
democrática no boletim municipal», subscrita por Rui Belchior que tem a palavra se faz favor.”
Rui Belchior, do PSD, disse: “Este tema, naturalmente, não é tão consensual como o anterior e,
reflete isto, só agora nesta introdução sumária reflete a necessidade de existir, ou de haver mais,
pluralidade, aliás, como já foi aqui aprovado em Assembleia Municipal no Boletim Municipal;
portanto esta moção versa sobre a necessidade de ser atribuído à oposição um espaço à
semelhança como tem agora o Presidente da Câmara um editorial e portanto é disto que versa
esta moção, para já é tudo.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Intervenções? Paulo Silva. Mais alguma intervenção
para já? Paulo se faz favor.””
Paulo Silva, da CDU, disse: “Saudar o Portugal Cultura e Recreio por nos ter cedido as instalações
para a realização desta Assembleia Municipal e principalmente pela obra que aqui está, mais uma
obra do Poder Locar Democrático de Abril e das coletividades e que demonstra que todos juntos
continuamos a construir este Concelho; um Concelho em que dá gosto viver. Sobre esta moção
apresentada pelo PSD em primeiro lugar referir-me que o PSD demonstra que conhece o regime
jurídico das Assembleias Municipais e que este assunto é para ser tratado no Período de Antes da
Ordem do Dia e no Período da Ordem do Dia e quanto a isso por demonstrar esse conhecimento
felicitar o PSD porque parece que nem todos têm igual conhecimento; depois quanto a esta
matéria é uma situação que já não é nova já debatemos isto só aqui assim referir-me que o PSD
vem dizer que a aposta que é preciso apostar na produção Nacional e no emprego com direitos e
que isto é para o PSD um velho título ideológico o que nos surpreende por quanto ainda
recentemente o presidente do PSD Rui Rio disse que para a recuperação económica tinha-mos que
aumentar a capacidade produtiva do País; ou seja; apostar na produção Nacional e dar prioridade
à qualificação e formação dos trabalhadores ou seja emprego com direitos; deste modo vemos que
não são velhos chavões ideológicos são realidades concretas que é necessário implementar num
Portugal melhor.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais intervenções? Vítor Cavalinhos se faz favor.”
Vítor Cavalinhos, do BE, disse: “ Sobre esta temática que já foi tratada aqui por diversas vezes dizer
o seguinte; O Bloco de Esquerda foi o primeiro partido que nesta Assembleia Municipal defendeu
que o Boletim Municipal devia de ter colunas com a opinião dos partidos, é só ir ver o histórico,

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portanto, não há mais nenhum partido; para além daqueles que estão contra; nenhum que seja a
favor primeiro que o Bloco de Esquerda que tivesse defendido isso; mantemos a mesma opinião o
Boletim Municipal deve ter colunas em que os diversos partidos representados na Assembleia
Municipal emitam as suas opiniões não é sequer nenhuma novidade porque independentemente
das forças políticas a Câmara Municipal de Alcochete que durante anos foi de maioria CDU foi o 1º
Boletim Municipal inclusive que eu vi que os diversos partidos tinham lá uma coluna de opinião e
há outros municípios que têm, é evidente e é rigorosamente factual que a esmagadora maioria dos
Municípios Portugueses não têm Boletins Municipais abertos a diversos partidos; eu já fiz aqui o
desafio e volto a repeti-lo que ainda demora muito tempo; eu já desafiei aqui o Partido Socialista
que tem 105 autarquias e que traga aqui a esta Assembleia Municipal quantos municípios dirigidos
pelo PS têm os Boletins Municipais abertos a todos os partidos; fiz o mesmo desafio ao PSD que
tem dezenas e dezenas de autarquias era importante que também trouxesse aqui um relatório
uma relação dos Boletins Municipais das autarquias que têm o poder que tivessem abertos aos
partidos isto para que nós não façamos como o São Tomás; bem prega o São Tomás faz o que ele
diz e não fazes o que ele faz; portanto para a discussão ser séria, rigorosa, acho que esta questão é
importante e nós, sobre isto, é a nossa posição de fundo, está clara, continuamos a ter a mesma
posição exatamente a mesma posição e para acabar era o seguinte: Nós não defendemos o BE não
defende que no Boletim Municipal esse espaço deve de ser aberto a todos os partidos do Concelho
independentemente de terem ou não representação Municipal defendemos que devem ter uma
opinião os partidos que estão representados nesta Assembleia Municipal 1ª, e a 2ª questão nós
não partilhamos da opinião que aqui está dita porque o PSD diz que por outro lado os partidos da
oposição sempre defenderam que o Boletim Municipal é um verdadeiro veículo de propaganda
política utilizado pela CDU e pelo Sr. Presidente da Câmara à custa dos dinheiros dos munícipes; e
em boa verdade eles têm razão; esta é a opinião do PSD nós não temos exatamente a mesma
opinião e portanto o PSD tenta aqui interpretar a posição de todos os partidos da oposição e esta
posição é a posição do PSD não é exatamente a posição do BE, era só.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais intervenções? Samuel Cruz se faz favor.”
Samuel Cruz, do PS, disse: “Começar por enquadrar esta questão, existe em Portugal uma
entidade reguladora para a comunicação social naturalmente com responsabilidades sobre esta
matéria; entidade que já se pronunciou sobre este assunto e vejamos então o que é que é dito na
diretiva 1/2008 da ERC sobre Boletins Municipais; tratando-se de publicações de titularidade
pública e sujeitos ao respeito pelo princípio do pluralismo e ao princípio do equilíbrio do
tratamento entre as várias forças políticas presentes nos órgãos municipais encontram-se
obrigados; Boletins Municipais; a veicular a expressão dessas diferentes forças e sensibilidades e
matérias relativas à atividade autárquica; mais os responsáveis das publicações periódicas
autárquicas deverão respeitar o princípio do equilíbrio de tratamento entre as várias forças
políticas presentes nos órgãos municipais o que poderá consubstanciar-se na criação de espaços
editoriais dedicados à intervenção dessas mesmas forças; o Partido Comunista não pensa todo

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como o Partido Comunista do Seixal; felizmente; por exemplo aqui bem perto de nós em Palmela
o Partido Comunista tem no seu Boletim Municipal um espaço dedicado às outras forças políticas
assim como Alcochete tinha enquanto era PC e continua a ter agora que é PS, o Montijo desde
sempre teve e francamente não sei agora responder a mais à pergunta do Vítor mas prometo não
no País inteiro que será exaustivo mas pelo menos no Distrito de Setúbal fazer esse levantamento
porque quero crer que voltaremos a esta questão; mas mais, também em Gaia o Vereador da CDU
se queixou à ERC porque não tinha espaço no Boletim Municipal; diz o expoente nos Boletins
Municipais publicados mais recentemente ocorreu por duas vezes a solicitação da CDU de textos
para neles serem incluídas sendo que no entanto tal não foi cumprido vem a Câmara de Gaia
justificar-se e dizer, bem no passado já foram incluídos neste um entretanto já foi publicado e o
outro só não foi por dificuldades técnicas uma vez que houve novo concurso público, portanto este
Vereador Comunista em Gaia não só se queixa apesar de serem publicados os seus artigos queixa-
se porque não são atempadamente, vejam bem, mas mesmo assim a ERC deliberou o seguinte
sobre esta queixa; Considerar que os princípios consagrados na diretiva 1/2008; que eu já li; com
especial ênfase do respeito à defesa do princípio do pluralismo consignada no seu ponto 8; foi o
que eu li; e à obrigação de vincular a expressão das diferentes forças e sensibilidades políticas que
integram os órgãos autárquicos e quanto à inserção de artigos de opinião e à participação dos
munícipes das associações e de outras instituições locais não se encontra a ser observado no
Boletim de Gaia informação municipal, bem, mas também a ERC já se pronunciou sobre o caso
específico do Seixal, no caso na instância, a mim próprio enquanto vereador, e disse na deliberação
a ERC; Instar a Câmara Municipal do Seixal a pugnar por uma maior abertura às diferentes forças
políticas que intervêm na vida pública da Autarquia promovendo o pluralismo através da
participação daquelas sensibilidades políticas nos meios de comunicação autárquicos
designadamente o Boletim Municipal; 19 de outubro de 2011; o Sr. Presidente da Câmara conhece
muito bem mas insiste em não respeitar as diretivas da ERC.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais alguma intervenção sobre esta moção? Paulo
Silva se faz favor.”
Paulo Silva, da CDU, disse: “Muito rápido, só em complemento da intervenção do eleito Samuel
Cruz dizer que se o vereador da CDU em Gaia fez queixa foi da Câmara Municipal que é do PS que
não publicou, portanto esqueceu-se dessa informação de dizer que a Câmara Municipal de Gaia é
do PS.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Creio que não há mais intervenções, Sr. Presidente
da Câmara se faz favor.”
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Bom, de facto nós estamos perante um uso do Boletim
Municipal que tem uma tradição uma história na publicação deste Município de facto dar conta
das atividades do Município do Seixal e exatamente da Câmara Municipal do Seixal portanto não é
um jornal partidário portanto não foi esse o objetivo inicial desta publicação não tem sido esse o
objetivo desta publicação e quanto a nós não faz nenhum sentido transformar-mos o Boletim
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Ata nº 06/2020
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Municipal num Avante; um Boletim Municipal num povo livre ou força Socialista ou algo
semelhante; por isso à que separar bem o que são portanto o que é em termos de comunicação
partidária do que é portanto comunicação institucional; e parece-me que esta confusão entre
partido e instituições da qual o PCP tem sido acusado de fazer nalguns locais mas parece que
alguns eleitos da Assembleia Municipal não aprenderam com a história portanto pretendem
utilizar meios públicos para fins partidários; eu fui eleito Presidente da Câmara Municipal do Seixal
sou o Presidente da Câmara Municipal de todos os habitantes deste município como os senhores
vereadores que estão aqui deste lado todos são eleitos pela população; portanto os vereadores no
âmbito dos seus exercícios, quer os vereadores, quer outras entidades, surgem no Boletim
Municipal de acordo com a atividade, portanto, não são só os eleitos da CDU, são os que têm
funções executivas de alguma maneira, mas por exemplo é frequente o vereador Manuel Pires,
que é um vereador não eleito pela CDU, ter lugar no Boletim Municipal, de acordo com as suas
funções em representação da Câmara Municipal do Seixal, portanto isto é uma questão outra é
transformar o Boletim Municipal num instrumento partidário, nunca foi não é e quanto a nós não
será por isso Sr. Presidente da Assembleia Municipal Srs. Eleitos de facto temos aqui uma diferença
de fundo relativamente aos objetivos ao conteúdo desta publicação sendo que a mesma deverá
continuar a dar expressão àquilo que é o trabalho da Câmara Municipal e de todos aqueles que
com o município colaboram em fazer desenvolver o Concelho, sejam instituições sejam empresas
sejam pessoas sejam iniciativas sejam obras sejam o conjunto daquilo que de facto faz avançar o
Concelho, penso que os senhores querem aproveitar o Boletim Municipal para de certa forma
compensar o que não conseguem fazer; pois bem, acho que é melhor fazerem o vosso trabalho e
não portanto desvirtuarem um instrumento constitucional e não transformando-o num
instrumento de informação partidário.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Pergunto ao proponente se pretende intervir? Se
faz favor.”
Rui Belchior, do PSD, disse: “Olhe, a necessidade desta moção, isto numa forma muito sumária e
sintética, advém dos seguintes factos; a 8/5/2018 esta Assembleia Municipal aprovou um espaço
de intervenção para os partidos da oposição no Boletim Municipal, facto nº 1, a CDU e o Sr.
Presidente da Câmara sempre recusaram, com o argumento que o Boletim Municipal é para
divulgar a atividade da Câmara e não é para intervenção política, pois bem, era o que sucedia até
31/10/2019 porque a partir daí e acredito que muitos nem sequer tenham ainda reparado porque,
de facto, a grande maioria das pessoas não liga nenhuma ao Boletim Municipal, é uma pena; a
partir de 31/10/2019 o Sr. Presidente tem um editorial neste Boletim Municipal onde se pronuncia
sobre tudo o que é tema político, portanto, este argumento cai com estrondo; faz intervenção
política, intervenção política à séria, portanto deliberada, objetiva, opinando sobre os temas, e
portanto esta é que é a diferença, nós aqui o que pedimos é que a partir do momento em que este
argumento caí, que seja de facto dada a possibilidade de intervenção dos outros partidos até por
uma razão muito simples apesar de todos os argumentos que aqui podem vir a ser referidos são

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todos legítimos, há aqui um problema que de certa forma põe-nos aqui um pouco em pé de
igualdade, é que isto é feito com o dinheiro de todos nós com o dinheiro dos munícipes com o
dinheiro de todos os que estão aqui nesta Câmara e portanto nós temos exatamente os mesmos
direitos independentemente deste desempenhar este ou aquele cargo.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Vamos colocar à votação portanto esta moção.”

Aprovada a Tomada de Posição nº36/XII/2020 por maioria e em minuta com:

 Dezanove (19) votos a favor dos seguintes eleitos:

- Do grupo municipal do PS: 11

- Do grupo municipal do PSD: 4

- Do grupo municipal do BE: 2

- Do grupo municipal do PAN: 1

- Do grupo municipal do CDS-PP: 1

 Dezassete (17) votos contra dos seguintes eleitos:

- Do grupo municipal da CDU: 16

- Do presidente da JFFF: 1
O Presidente da Assembleia Municipal disse: "Portanto a moção foi aprovada com os votos a favor
do PS, do PSD, do BE, do PAN e do CDS, e os votos contra da CDU e do senhor PFF. Há alguma
declaração de voto? O Vítor Cavalinhos e o João Rebelo, Ok força.”

Vítor Cavalinhos, do BE, em declaração de voto disse : “O Bloco de Esquerda votou a favor desta
moção porque está de acordo com o princípio que é aquele que nós sempre defendemos, contudo
e rapidamente dizer que nós o BE não está de acordo que o Boletim Municipal seja aberto a todos
os partidos e só está de acordo que esteja aberto aos partidos que estejam representados nesta
Assembleia Municipal desde que tenham membros eleitos terão esse direito, no nosso ponto de
vista, e o BE também não está de acordo com muita da argumentação que aqui está na moção
como eu à bocado disse, portanto nós não partilhamos de todos os partidos da oposição não
partilham e não estamos de acordo do nosso ponto de vista e as mesmas considerações sobre o
que é o Boletim Municipal, e é principalmente estas as razões que nos levaram a tomar a posição
que tivemos e de qualquer modo apesar desta declaração de voto assim em cima do
acontecimento nós circunstancial-mente faremos uma declaração de voto no prazo regimental que
espelhe ainda melhor e mais profundamente a nossa argumentação, era só.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: "João Rebelo se faz favor.”

João Rebelo, do CDS-PP, em declaração de voto disse : “Eu, a declaração de voto é muito simples,
foi aprovada compete agora à Câmara cumprir, nós já votámos isto em 2018 e não foi cumprido
portanto à aqui uma aprovação já houve várias deliberações que foram aprovadas na Assembleia
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Municipal do Seixal que não foram cumpridas pela Câmara Municipal e eu espero que esta seja
cumprida; é Boletim Municipal a Assembleia Municipal é um verbo de encher, se há uma maioria
que tomou aqui uma decisão deve de ser aplicada; portanto eu espero que a partir de agora passe
a haver espaço nos termos exatamente como foi aqui dito pelo Rui Belchior; segundo eu até
concordo com o que foi dito também aqui pelo Vítor Cavalinhos parece-me que as forças que
devem de estar presentes são as forças que têm representação municipal podem ser até nas
Assembleias de Freguesia e são as que nós sabemos que têm representação municipal e já há
prova viva que há muita democracia no Seixal que há muitos partidos que estão representados na
Assembleia Municipal como eu disse no meu discurso de tomada de posse como também nas
Assembleias de Freguesia aos vários partidos; quem tem de facto representação municipal
partidária tem direito a ter um espaço no Boletim Municipal que o Boletim não é do Presidente da
Câmara, lamento muito e espero que seja cumprido agora.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: "Passamos para o documento seguinte.”
II.4. O Grupo Municipal do BE, apresentou a recomendação «Atribuição automática da tarifa
social da água e resíduos», subscrita por Vítor Cavalinhos.”
(Documento anexo à ata com o número 4)
O Presidente da Assembleia Municipal disse: "É uma recomendação do Bloco de Esquerda
«Atribuição automática da tarifa social da água e resíduos», é subscrita por Vítor Cavalinhos que
tem a palavra se faz favor.”
Vítor Cavalinhos, do BE, disse: “Rapidamente, o objetivo da recomendação, eu acho, que a única
deliberação proposta, concentra perfeitamente do sentido e torna entendível do que se propõe, e
é a deliberação: Propõe-se que Assembleia Municipal delibere propor à Câmara Municipal do
Seixal que tornar a atribuição da tarifa social da água automática através dos mecanismos
previstos para o efeito dispensando a apresentação de requerimento nos termos do decreto lei nº
147/2017 como se faz já com o caso da tarifa social da energia, é preciso dizer que neste momento
estão atribuídos os munícipes que têm direito à tarifa social da água são 600 e com este
mecanismo os munícipes e os agregados familiares que podem ter direito a este benefício poderão
ser mais de 12 mil, há 600 neste momento com a tarifa social da energia poderão passar a ser mais
de 12 mil portanto acho que torna-se perfeitamente claro a urgência e a premência e a justiça na
tomada de posição deste tipo, era só.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Intervenções para apreciação desta recomendação?
Quem é que pretende intervir? Paulo Silva se faz favor.”
Paulo Silva, da CDU, disse: “Quanto a esta questão é sabido que no Concelho do Seixal é o
Concelho das Áreas Metropolitanas onde as tarifas de águas e resíduos são mais baratas; sempre
tivemos essa preocupação social, mas consideramos que esta atribuição desta tarifa social que já
existe no nosso Concelho mas a atribuição tem que ser justificada e tem que se fazer a devida
prova, não estamos de acordo contra a atribuições automáticas sendo ainda certo; e o Sr.
Presidente poderá esclarecer sobre isso; que já houve situações de agregados familiares que
vieram requerer a tarifa social de água e que se viu face à situação de carência económica
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existente de se poder ver outros apoios por parte do município que foram de imediato canalizados
os respetivos processos para a área social, portanto há com isto uma maior justeza social e
também a possibilidade de se abrir outros apoios por parte do município a quem efetivamente
deles carece.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais intervenções? Não há mais pedidos de
intervenções é isso? Confirma-se. Sr. Presidente da Câmara se faz favor.”
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Bom, na verdade esta medida o que iria fazer era, de
facto, colocar sobre a Câmara Municipal uma responsabilidade pela qual os serviços não
conseguiam conferir da veracidade da informação que é apresentada e, todos sabemos que de
facto que cada vez que uma família ou uma pessoa recorre à Câmara Municipal sobre qualquer
aspeto social é feita uma entrevista e nessa entrevista é visto, não só, a questão específica da água
como são vistas outras matérias quer do âmbito da Câmara quer também do âmbito do Estado, ou
mesmo apoios de instituições; portanto nós consideramos que é muito importante este contacto
com as famílias, com as pessoas conhecer, aquilo que de facto são as suas fragilidades sociais e
encaminhá-las para, portanto, não só beneficiar da água como de outros matérias que as pessoas
necessitam; este é um aspeto que considero importante, mas também, todos sabem que existe
uma fraude com pessoas que dizem que recebem o salário mínimo e depois andam de Mercedes e
há sempre aquelas histórias de que a pessoa não teve acesso por muito pouco à bolsa para
estudar mas o filho do construtor que nesse caso cometeu a fraude e declarava que tinha só
recebia o salário mínimo, tinha essa bolsa e cá está, há esses automatismos, depois sequenciais,
sem controlo redundou em injustiças; nós não acreditamos em processos deste género,
acreditamos que as pessoas não são números, são rostos, são situações particulares e têm que ser
encaradas dessa forma, a Câmara está preparada para as receber e para as encaminhar do ponto
de vista do que são as suas necessidades sociais e, por isso, mais do que robotizações, precisamos
cada vez mais é de interações pessoais e sociais com as pessoas, por isso, esta proposta não nos
parece que seja adequada ao Município do Seixal.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “O proponente, Vítor Cavalinhos se entender; se faz
favor.”
Vítor Cavalinhos, do BE, disse: “Bem, rapidamente, eu não sei se há aqui algum partido que seja
contra à atribuição automática da tarifa social de energia? Porque a atribuição da tarifa automática
social de energia já é automática portanto se há algum partido que seja contra eu estou à espera
que proponha na Assembleia Municipal que na Assembleia da República isso seja proibido se a
atribuição automática tem esses defeitos todos e tem esses perigos então legitimamente os
partidos que são contra devem na casa da democracia alertar para esses perigos e propor que isso
seja proibido, se algum partido pensa assim, quer dizer eu para mim é surpreendente, portanto se
a atribuição automática da tarifa social de energia é possível porque é que não é possível a
atribuição da tarifa automática na água, no consumo da água, portanto nós achamos que é uma
coisa que é, como diz o outro, é elementar, caro Watson, o que diz a lei o que está aqui, estou a
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Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 06/2020
3ª Sessão extraordinária – 24 de agosto de 2020
falar de leis do decreto lei nº 147/2017 que estabeleceu o regime da atribuição da tarifa social
atribuída pelo município territorialmente competente e a aplicar a clientes finais do consumo dos
serviços de águas o Bloco de Esquerda não inventou nada o Bloco de Esquerda só está a defender
que se aplique a lei e é evidente que pode haver esses perigos os municípios têm forma de
aquilatar o rendimento dos munícipes, para esse efeitos os municípios obtêm informação sobre
ilegibilidade dos potenciais beneficiários mediante o nº de identificação fiscal do titular do
contrato e do código legal de consumo através da DEGAL para que este efeito consulte os serviços
da segurança social e da autoridade tributária e aduaneira, portanto a lei define as normas como
deve de ser atribuída esta tarifa social, é só isto que o Bloco defende, é na energia deve de ser na
água e deve de ser a atribuição automática sem o requerimento das pessoas porque para a tarifa
social de energia não é preciso nenhum requerimento dos utentes dos cidadãos para que lhe seja
atribuído, é só isto que a gente defende.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Vamos colocar à votação a recomendação.”

Aprovada a Tomada de Posição nº37/XII/2020 por maioria e em minuta com:

 Vinte (20) votos a favor dos seguintes eleitos:

- Do grupo municipal do PS: 11

- Do grupo municipal do PSD: 4

- Do grupo municipal do BE: 2

- Do grupo municipal do PAN: 1

- Do grupo municipal do CDS-PP: 1

- Do presidente da JFFF: 1

 Dezasseis (16) votos contra dos seguintes eleitos:

- Do grupo municipal da CDU: 16


O Presidente da Assembleia Municipal disse: “A recomendação foi aprovada com os votos a favor
do PS, PSD, BE, PAN, CDS e PFF, e os votos contra da CDU. Há alguma declaração de voto? Não há
declarações de voto. Passamos para o documento seguinte que é do PAN é uma declaração política
por António Souta Martins, que tem a palavra se faz favor.”
II.5. O Grupo Municipal do PAN apresentou uma declaração política, por António Martins.
António Martins, do PAN, disse: “Ora, a declaração de voto que aqui venho apresentar tem a ver
com a Aldeia de Paio Pires com a Siderurgia Nacional e os estudos que foram efetuados e que
foram finalmente divulgados e diz o seguinte: No passado dia 5 de agosto foi finalmente
apresentado o estudo encomendado à escola nacional de saúde pública da Universidade Nova de

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Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 06/2020
3ª Sessão extraordinária – 24 de agosto de 2020
Lisboa de avaliação do estado de saúde e mortalidade da população da União de Freguesias do
Seixal, Arrentela e Aldeia de Paio Pires, depois do estudo de partículas encomendado ao Instituto
Superior Técnico ter dado à população mais motivos para desacreditar na investigação; para nela
acreditar eis senão quando a população da Aldeia de Paio Pires é presenteada com mais um
exercício de branqueamento que, nos faz duvidar se a motivação por de trás da contratação destes
estudos foi efetivamente descobrir o impacto da Siderurgia Nacional do Seixal na população da
Aldeia de Paio Pires; é importante deixar perfeitamente claro que o estudo que tinha por objeto
avaliar o impacto da Siderurgia Nacional nos habitantes da Freguesia da Aldeia de Paio Pires foi
transformado num estudo que visa analisar o estado de saúde e mortalidade de toda a população
da União de Freguesias do Seixal, Arrentela e Aldeia de Paio Pires, ou seja, um estudo
supostamente destinado a estudar uma população em particular foi transformado num estudo
para estudar uma população abrangente sem relação direta com a poluição industrial, na prática o
que seria um estudo sobre 13 mil pessoas transformou-se num estudo sobre 39 que é, como a
título meramente ilustrativo, se pegássemos num copo com veneno e lhe juntássemos água, ao
juntar aos habitantes da Aldeia de Paio Pires elementos de uma população maior, não exposta ao
problemas da população contaminada, o estudo dilui os problemas da população da Aldeia de Paio
Pires, facto que muito possivelmente conduz a resultados diferentes do que seriam obtidos se a
zona exposta fosse apenas e tão somente Paio Pires; depois há todo um conjunto de dúvidas que
alimentam ainda mais a nossa desconfiança como o facto de o estudo não incluir as partículas PM
2,5 de não se perceber qual o critério para a seleção dos indicadores ou de se constatar que os
cuidados de saúde primários têm inconsistências de informação, com influência nos resultados
assim como os dados de mobilidade, algo que é, inclusivamente, conhecido na apresentação do
estudo; diz o Sr. Presidente da Câmara que a atividade económica não se pode sobrepor àquela
que é a qualidade de vida e a saúde das populações, que esse era o modelo do século XIX e XX o
modelo do século XXI tem que ser, em primeiro lugar, a qualidade de vida e a saúde das
populações, as atividades económicas têm que respeitar essa qualidade de vida e saúde das
populações e nós não podíamos estar mais de acordo, mas se assim é, se a convicção do executivo
é efetivamente essa, então este não pode, com propriedade, aceitar as conclusões do estudo
apresentado; da mesma maneira que no passado o executivo recusou estudos por conterem erros
ortográficos, este é o momento para a Câmara Municipal demonstrar que está intransigente na
defesa dos valores de saúde e ambientais, mais, quando é reconhecida a existência de
inconsistências, e por conseguinte, não é rejeitada a hipótese de haver impacto ambiental
deixando-se expresso que são precisos mais estudos para se chegar a essas conclusões; o PAN
defende a realização de um estudo de maior profundidade de dimensão um estudo
epidemiológico individual com medição de bio demarcadores dos indivíduos e questionar os mais
abrangentes a incidir sobre a população da Aldeia de Paio Pires pois só dessa forma se conseguirá
apurar com relativo grau de certeza qual o impacto que a poluição industrial tem nas populações
por aquela afetadas, não o fazer e ao invés de dar aso a estudos que dão uma falsa sensação de

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Ata nº 06/2020
3ª Sessão extraordinária – 24 de agosto de 2020
segurança é prestar um mau serviço às populações e neste caso talvez seja melhor a Câmara
Municipal continuar a fingir que o problema não existe.”

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Passamos para o ponto seguinte.”


II.6. O Grupo Municipal da CDU apresentou a moção «Pela atribuição do nome “Professor
Doutor Carlos Ribeiro” ao futuro Hospital do Seixal», subscrita por Rui Algarvio.
(Documento anexo à ata com o número 6)
O 1º Secretário da Assembleia Municipal disse: “É uma moção da CDU cujo o título é «Pela
atribuição do nome “Professor Doutor Carlos Ribeiro” ao futuro Hospital do Seixal», subscrita pelo
Sr. Deputado Rui Algarvio que tem a palavra se faz favor.”
Rui Algarvio, da CDU, disse: “O Professor Doutor Carlos Ribeiro é um do mais reputados médicos e
humanistas Portugueses, natural do Seixal desempenhou uma carreira de cardiologista e professor
universitário inigualável foi diretor da unidade de tratamento intensivo para coronários; teve um
papel fulcral na diminuição da mortalidade associada aos eventos cardíacos esquemáticos
desempenhou múltiplos cargos escreveu artigos científicos desenvolveu -se com a sua terra e com
a sua gente numa altura em que se está a concluir a fase de decisão sobre o projeto do Hospital do
Seixal é da maior pertinência o reconhecimento da vida mérito e contributos do Professor Doutor
Carlos Ribeiro para a construção deste equipamento; Assim a Assembleia Municipal reunida em
sessão extraordinária por proposta dos eleitos da CDU delibera: Propor ao Ministério da Saúde a
atribuição do nome Professor Doutor Carlos Ribeiro à futura unidade hospitalar do Seixal a
merecida homenagem por todo o trabalho desenvolvido em prol da população do nosso concelho
e pela excelência da sua colaboração com o município aclamando a extraordinária dimensão da
intervenção cívica assegurada pela sua pessoa que no seu percurso local nacional e internacional
granjeou admiração, simpatia e apreço por todos com quem se relacionou.”
O 1º Secretário da Assembleia Municipal disse: “Passamos à fase de inscrições quem é que
pretende intervir? Uma intervenção do Sr. Deputado Samuel Cruz, se faz favor.”
Samuel Cruz, do PS, disse: “Começo por dizer que o Partido Socialista subscreve esta proposta
tanto mais que se trata de um exímio militante do PS, várias vezes mandatário da listas legislativas
do PS, várias vezes mandatário das listas locais do PS, eu próprio concorri tendo o Professor Doutor
Carlos Ribeiro como mandatário, portanto, será uma honra votar favoravelmente esta moção.”
O 1º Secretário da Assembleia Municipal disse: “Mais inscrições? Sr. Deputado Paulo Silva se faz
favor.”
Paulo Silva, da CDU, disse: “Hoje parece que ando aqui a complementar as intervenções do eleito
Samuel Cruz, mas dizer que em função do que ele disse da nossa proposta só demonstra a nossa
pluralidade ideológica e de pensamento, não nos interessa para nós, quando fazemos esta
proposta, se é apoiante ou não, se foi mandatário ou não, interessa-nos a pessoa o trabalho

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Ata nº 06/2020
3ª Sessão extraordinária – 24 de agosto de 2020
desenvolvido e o que tem defendido no Concelho do Seixal , são esses os princípios que nos
movem, primeiro o Concelho do Seixal.”
O 1º Secretário da Assembleia Municipal disse: “Tem a palavra o Sr. Deputado João Rebelo.”
João Rebelo, do CDS-PP, disse: “Dois aspetos em relação a isto, nós não discordamos da escolha do
nome, mas isto recorda outra coisa,se calhar muito mais importante, é que ainda não há hospital e
já estão a escolher o nome; portanto convinha o Partido Socialista que está no Governo e a CDU
que governa o Município do Seixal empenharem-se, ainda mais, para que, de facto o Doutor Carlos
Ribeiro tenha a possibilidade de assistir em vida a ter o nome dele colocado no hospital, era isso
que eu vinha lembrar que já estão a tomar uma decisão de algo que nem sequer ainda está feito.”
O 1º Secretário da Assembleia Municipal disse: “Tem a palavra o Deputado Vítor Cavalinhos.”
Vítor Cavalinhos, do BE, disse: “Portanto sobre esta matéria isto é uma coisa curiosa é que nós
nesta Assembleia Municipal já aprovou uma moção proposta pelo Partido Socialista a dar o nome
do Dr. António Arnout ao hospital e portanto agora o Partido Socialista também está de acordo
com o Sr. Professor Doutor Carlos Ribeiro; nós também estamos de acordo com o Dr. António
Arnout com o Professor Doutor Carlos Ribeiro e com , já agora se isto é assim, com quem vier eu
não me proponho ser o nome do hospital porque não tenho méritos para isso, mas já agora de
facto isto é uma coisa curiosa portanto o Partido Socialista aqui na Assembleia Municipal terá que
dizer vamos propor uma moção que anule a moção que propusemos porque estar de acordo com
as duas coisas ao mesmo tempo é que me parece um bocado esquisito, agora do ponto de vista do
Bloco de Esquerda não temos nenhum problema que o hospital seja o Dr. António Arnout ou seja o
Professor Doutor Carlos Ribeiro o que é fundamental é que o hospital seja construido e é evidente
que é importantíssimo que o nome do hospital seja um nome com dignidade e com mérito; tanto
um como o outro são reconhecidos; agora de facto estamos a assistir a uma coisa curiosa não sei
se é preciso a gente ter memória nestas coisas; já agora para terminar, se calhar não era má ideia
da parte da constituição o referendo local no regimento da Assembleia Municipal existe esse
mecanismo, se calhar era bom a gente refletir em fazer um referendo local no Concelho do Seixal
para definir o nome do hospital; se calhar era bom, era só.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais alguma intervenção? Samuel Cruz se faz
favor.”
Samuel Cruz, do PS, disse: “Apenas para subscrever a intervenção do Vítor Cavalinhos do Bloco de
Esquerda na parte em que diz que o BE concorda que seja António Arnout, concorda que seja
Carlos Ribeiro, o Partido Socialista concorda com ambas as propostas e é isso mesmo propostas
caberá ao Ministério da Saúde decidir.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais alguma intervenção ou não? Então Sr.
Presidente da Câmara se faz favor.”
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Bom de facto esta proposta foi também já votada na
Câmara Municipal do Seixal na altura com a abstenção do PS, curiosamente hoje aqui é grande
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Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 06/2020
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entusiasta desta proposta, ainda bem porque, de facto, o Professor Doutor Carlos Ribeiro é uma
figura incontornável do nosso Concelho, no âmbito da medicina mas também de todo o percurso
profissional que teve a nível nacional e internacional, é uma referência do nosso País na área da
cardiologia e, de facto, tem estado também ao nosso lado na luta pela construção do hospital no
Seixal, pensamos que a designação do hospital do Seixal com o seu nome perpetuará, portanto,
este exemplo que nos deixou, uma pessoa humilde que, o primeiro licenciado da família, que fez
uma carreira académica e profissional notável e que chegou muito longe sempre residindo no
Seixal e sempre fazendo jus à sua origem e ao Concelho onde nasceu onde vive atualmente e onde
sempre viveu; por isso é uma afirmação que, de facto, o município reconhece as pessoas que
deram um grande contributo ao País e ao nosso Concelho, temos tido outras homenagens também
ao longo dos anos e esta é mais uma, mas inteiramente justa para de facto darmos essa dimensão
de um hospital de proximidade que, também o Professor Doutor Carlos Ribeiro entende, que a
medicina deve de ser também uma medicina de proximidade para as populações; o estado do
processo neste momento é de adjudicação do projeto que, ainda não foi concluído, e de facto,
apesar do protocolo de 2009 e o protocolo de 2018, 11 anos depois continuamos ainda sem o
projeto de execução aprovado; o CDS, aqui na pessoa do seu eleito e deputado da Assembleia da
República, muito bem aqui veio dizer que é preciso avançar com o processo do hospital, mas
também é preciso recordar que foi no tempo do Governo PSD/CDS que o processo foi posto na
gaveta pelo, na altura, Ministro da Saúde, Macedo e portanto veio atrasar o processo, mas, não
fica, digamos assim, sozinho na galeria dos responsáveis, claro que o Partido Socialista e os seus
Governos têm tido também grande responsabilidade porque de facto não desenvolveram quando
deviam ter desenvolvido e mesmo agora estamos a ver que mesmo após o protocolo em 2018 e
grande celeridade ao processo estamos em 2020 e ainda nem sequer o projeto de execução foi
adjudicado, esperemos que o seja em breve e esperemos que de facto se avance depois para
concurso público internacional da construção deste hospital e que não seja meramente para
calendário eleitoral porque vamos ter autárquicas daqui a um ano e portanto isto vai mesmo
calhar portanto no calendário que o Partido Socialista de certeza que pretende mas as pessoas de
facto aquilo que querem não é jogos táticos políticos ou partidários querem de facto um hospital e
é isso que nós precisamos com todos os problemas que já existem no hospital Garcia de Orta,
nessa perspetiva vamos então apesar da história não ser muito positiva relativamente à construção
deste hospital mas vamos agora com base na referência do professor Carlos Vilã digamos dar o
empurrão final para que de facto consigamos este grande objetivo que une toda a população do
Concelho e todos os partidos aqui representados na nossa Assembleia Municipal.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Tem a palavra o proponente Rui Algarvio se
pretender; Não. Então vamos colocar à votação. (Houve aqui uma interrupção do eleito Vítor
Cavalinhos), Ó Vítor a questão foi colocada não houve resposta passou o tempo interveio o
Presidente da Câmara e passámos para o proponente e terminámos a intervenções, Ok Vítor eu
percebo a insatisfação ao considerares que não foi respondido; é para o Presidente? Mas é uma
questão a colocar ao Presidente da Assembleia? É uma interpelação? Se é uma interpelação ao
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Ata nº 06/2020
3ª Sessão extraordinária – 24 de agosto de 2020
Presidente se faz favor, se é interpelação, figura regimental, não pode ser outra figura, pois aliás o
Bloco de Esquerda também já não tem tempo, só tem tempo para esta figura que está no
regimento.”
Vítor Cavalinhos, do BE, disse: “A interpelação é o seguinte: Esta Assembleia Municipal aprovou
duas moções, esta moção é para ser enviada com proposta ao Ministério da Saúde esta assembleia
aprovou anteriormente uma moção com outro nome e a pergunta é a seguinte: Esta Assembleia
Municipal, no nosso ponto de vista, tem que enviar as duas moções ao Ministério da Saúde,
porque esta Assembleia Municipal aprovou dois nomes diferentes para o hospital não pode enviar
esta e deixar de enviar a outra, é só este problema, e se não enviarem a gente depois analisará a
situação, isto é uma coisa objetiva, ou então esta Assembleia Municipal tem que voltar a discutir e
reprovar a moção que aprovou cá, se não isto é uma coisa que não faz sentido nenhum, há duas
moções aprovadas por este órgão a aprovar dois nomes diferentes para a mesma coisa as duas
moções ou são as duas enviadas ou então esta Assembleia Municipal tem que desdizer aquilo que
disse sobre uma delas, é só.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Bom, outra interpelação à mesa? Bom, vá lá está no
regimento, esperemos é que sejam interpelações, o Vítor já não era propriamente uma
interpelação, mas está bem.”
Samuel Cruz, do PS, disse: “É interpelação à mesa, só para dizer; o Partido Socialista entende
perfeitamente o mau estar do Bloco de Esquerda que, de alguma forma subscrevo, o que levou até
à abstenção na Câmara, é interpelação à mesa porque a mesa não deveria ter aceite este
documento sobre uma deliberação sobre este tema da Assembleia Municipal, das duas uma, ou
havia uma moção que desdizia a anterior ou esta não deveria de sido aprovada não deveria se
quer ter sido apresentada, caberia à mesa reprová-la, agora o Partido Socialista não tem nada
contra o Professor Doutor Carlos Ribeiro, não se sente à vontade para votar contra ou nem sequer
abster-se aqui, mas há verdadeiramente uma falha da mesa que deveria de ter recusado este
documento, uma vez que já havia uma deliberação sobre a matéria, agora é a Assembleia
Municipal do Seixal que fará um bocadinho figura de tonta, todos nós globalmente, a mesa em
particular que envia uma segunda, a ser aprovada que ainda não foi, mas envia uma segunda
proposta sobre o mesmo assunto ao Ministério da Saúde, mas pronto enfim isto aqui não depende
do PS, sendo certo uma coisa aquilo que o Vítor Cavalinhos disse é absolutamente certo esta
moção não revoga a anterior e portanto são as duas propostas, não revoga a anterior em parte
alguma e se disserem isso ou se acrescentarem isso o Partido Socialista vota contra.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Bom, estamos num período fértil em interpelações,
bom, interpelação também? É só possível assim, Paulo Silva.”
Paulo Silva, da CDU, disse: “Para mim não sei qual é que é a dúvida, esta se for aprovada revoga-se
à anterior, isto é dos princípios gerais de direito a revogação tácita portanto acho que não há
dúvidas quanto a isso.”

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Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 06/2020
3ª Sessão extraordinária – 24 de agosto de 2020
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Bom, terminaram as interpelações certo? Vamos lá
a ver a questão é muito clara, esta matéria não é competência da Assembleia Municipal é
competência da Câmara e, portanto, na competência da Câmara aprovou remeteu para o
Ministério, a decisão é do Ministério, aliás a designação de equipamentos é da competência da
Câmara, quer seja do hospital, quer seja para escolas, é assim que se passa nos processos em
relação às escolas, a designação, a atribuição de nomes às escolas, e a Assembleia Municipal o que
faz fez bem, fez no Período de Antes da Ordem do Dia, antes do Período da Ordem do Dia não é
verdade; não há nenhuma deliberação do Período da Ordem do Dia, não tem essa competência,
aprovou uma moção há uns tempos atrás com a atribuição do nome do hospital de António
Arnout, bom, foi uma posição uma posição política da Assembleia, é uma posição política e agora
aprovou outra; bem ,nem o Presidente da mesa tem a competência de impedir que a legitimidade
dos grupos municipais tenham lugar e, portanto, tenham colocado na Assembleia Municipal
posições, sobre as várias matérias, e esta em concreto e não há aqui questão nenhuma de
revogação ou não revogação, as moções não se revogam não há figura nenhuma legal nem
regimental nessa matéria, foi aprovada uma, uma posição agora foi aprovada outra, outra posição
é uma posição política, bom eu diria que esta que hoje foi aprovada de uma figura da terra eu acho
que naturalmente é uma posição política unânime da Assembleia Municipal e tem todo o sentido
uma figura com a relevância que tem o Professor Doutor Carlos Ribeiro, incontornável, apenas é
uma figura do Município mas também uma figura nacional como o Sr. Presidente referiu e
internacional, portanto, 1.º lugar competência da Câmara, 2.º lugar as moções da Assembleia
Municipal tiveram lugar uma anteriormente outra hoje, não há revogação nas moções, nem uma
substitui a outra como é evidente parece evidente para toda a gente e portanto são posições
políticas sobre esta matéria e é legitimidade da Assembleia Municipal que o Presidente que nem a
mesa nem o presidente podem, como é evidente, quer dizer se não teríamos um caso da mesa
impediria a legitimidade democrática e os direitos legais que são consignados em Período de Antes
da Ordem do Dia, que é disso que estamos a falar, e é onde estamos, portanto creio que está
esclarecidas as interpolações, portanto vamos a votos nesse ponto em que estávamos.”

Aprovada a Tomada de Posição nº38/XII/2020 por maioria e em minuta com:

 Trinta e um (31) votos a favor dos seguintes eleitos:

- Do grupo municipal da CDU: 16

- Do grupo municipal do PS: 11

- Do grupo municipal do BE: 2

- Do grupo municipal do CDS-PP: 1

- Do presidente da JFFF: 1

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Ata nº 06/2020
3ª Sessão extraordinária – 24 de agosto de 2020
 Quatro (4) votos contra dos seguintes eleitos:

- Do grupo municipal do PSD: 4

 Uma (1) abstenção dos seguintes eleitos:

- Do grupo municipal do PAN: 1


O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Portanto foi aprovada a atribuição do nome do
Professor Doutor Carlos Ribeiro com os votos a favor da CDU, do PS do BE do CDS e do PFF, a
abstenção do PAN e os votos contra do PSD que tem uma declaração de voto, se faz favor.”
Rui Belchior, do PSD, em declaração de voto disse: “A declaração de voto do Partido Social
Democrata votámos contra e assumimo-lo, primeiro desde logo recusamos a batizar algo que
ainda não existe, este hospital ainda não existe, e o PSD de facto nunca o prometeu quem o
prometeu foi o Partido Socialista, desde sempre, portanto desse ponto de vista também não
levamos recados; entendemos ainda que caso um dia este hospital exista ou venha a existir não
deve de ser feito o referendo porque seria muito dispendioso, talvez exagerado, mas uma consulta
pública nós não reconhecemos legitimidade a nenhum partido e a nenhum executivo para decidir
do nome de uma infraestrutura desta importância caso ela viesse a existir e, portanto, esta é a
razão pela qual nós votámos contra porque acho que há aqui uma antecipação é uma estratégia
política é uma jogada política, como tem sido sempre, no que toca a este tema do hospital do
Seixal, mas nós como já temos dito sempre não alinhamos nisso até porque as nossas
preocupações são desde logo a falta de médicos na urgência pediátrica do hospital Garcia de Orta
e portanto não conseguimos entender esta sofreguidão com o hospital do Seixal quando temos
outras estruturas em que não estão sequer a funcionar e portanto quem diz a urgência pediátrica
diz outros setores naturalmente que é do conhecimento de todos, e depois para terminar, de facto,
o PS já aqui propôs dois nomes, isto não pretende ser nenhum comentário lateral nem de ter
piada, ou seja, o que for, mas talvez o PS já aprovou aqui o António Arnout hoje aprovou aqui o
Professor Doutor Carlos Ribeiro talvez seja a ideia do PS a compensar a população do Seixal a
propor este ato intemporal em que não fez, (Aqui o Sr. Presidente da Assembleia interrompeu para
chamar a atenção que já não estava a ser uma declaração de voto mas sim uma intervenção),
talvez o PS esteja a pensar fazer dois hospitais e por isso a questão dos dois nomes.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Portanto foi para além da declaração de voto; ora
tempos, a CDU tem 8 minutos e 51 segundos, o PS tem 7,55, o PSD tem 5,43, PAN tem 23
segundos, CDS tem 4,07, o PFF tem 4 minutos. Quem? A Câmara aqui não tem, ó Sara sabemos
sabe a mesa que no Período de Antes da Ordem do Dia não é contado o tempo da Câmara,
portanto tem que se limpar do quadro se faz favor. Passamos para o documento seguinte.”
II.7. O Grupo Municipal do PS apresentou a moção «Pelo planeamento para e concretização da
aplicação de painéis fotovoltaicos em edifícios camarários e espaços do movimento associativo»,
subscrita por Luís Pedro Gonçalves.

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Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 06/2020
3ª Sessão extraordinária – 24 de agosto de 2020
(Documento anexo à ata com o número 8)
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “É do PS é uma moção «Pelo planeamento para e
concretização da aplicação de painéis fotovoltaicos em edifícios camarários e espaços do
movimento associativo», é subscrita por Luís Pedro Gonçalves que tem a palavra se faz favor.”
Luís Pedro Gonçalves, do PS, disse: “Esta moção visa portanto recomendar à Câmara que proceda
ao planeamento para poder aplicar painéis solares em edifícios que são camarários e também para
entrar em contacto com o movimento associativo para que conjuntamente com as associações
poder fazer exatamente o mesmo nas sedes das respetivas coletividades.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Intervenções, quem é que pretende intervir? Paulo
Silva se faz favor.”
Paulo Silva, da CDU, disse: “Sobre esta questão eu pergunto ao Partido Socialista se não tem
conhecimento, porque foi aprovado na Câmara Municipal, que existe um regulamento municipal
de apoio ao movimento associativo no Município do Seixal para instalação de sistemas
fotovoltaicos que inclusive já foi publicado no Diário da República através do aviso 15316/2019.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais intervenções? Não há mais intervenções é
isso? Creio que não; pergunto ao Sr. Presidente da Câmara se pretende intervir? Se faz favor.”
O Presidente da Câmara Municipal disse: “De facto parece-me redundante esta moção apesar da
Assembleia poder sempre requisitar todos os temas que entenderem em cada tempo porque a sua
dinâmica e a apreciação política é sempre dinâmica com certeza, isto para dizer que o município já
tem o regulamento municipal aprovado e já publicado em Diário da República, onde financia a
fundo perdido, portanto, até 4.500,00 euros em instalação de sistemas fotovoltaicos em
instituições no Concelho, é uma medida que já avançámos desde outubro último e também a
própria Câmara Municipal está a desenvolver um conjunto de medidas para poder implementar
nos edifícios municipais soluções de instalação sistemas de pressão de energia através de painéis
fotovoltaicos; temos também apoiado instituições, quer do movimento associativo, quer do
movimento portanto social, a União Arrentelense é um exemplo, a ARIFA é outro exemplo de
processos que estão a ser desenvolvidos pelas instituições, contam também, com o apoio da
Câmara Municipal, com apoio técnico e financeiro, estamos a dar esses passos e nessa perspetiva
dizer que, também, com a assinatura do novo pacto para o ambiente e o clima queremos
efetivamente continuar na senda da redução das emissões de CO2 do município, sendo que, de
facto, neste período já conseguimos uma enorme redução e esse novo compromisso que
estabelecemos também para este ano até 2030 continuarmos nesta perspetiva; por isso aqui
afirmar que estamos efetivamente já na concretização das medidas que aqui estão esplanadas
nesta iniciativa política do Partido Socialista.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Luís Pedro o proponente se pretende intervir? Se
faz favor.”

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Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 06/2020
3ª Sessão extraordinária – 24 de agosto de 2020
Luis Pedro Gonçalves, do PS, disse: “Gostava de deixar nota que é de referir que até 4.500,00
euros a Câmara entra com 50%, ora tendo em conta as dificuldades financeiras que as
coletividades têm podia ser, quer dizer, portanto vamos lá ser sérios com aquilo que estamos a
fazer a ideia mesmo é alavancar e concretizar a instalação dos painéis solares; e já agora a título de
curiosidade, posso-vos dar aqui um dado se nós procurarmos no Seixal o Sr. Presidente tem lá um
pequeno vídeo pela comemoração dos 10 anos que até já está desatualizado refere que alguns
pontos altos e um dos pontos altos era que em 2002 portanto à 18 anos atrás a Câmara foi
parceira no curso de instaladores de painéis solares pelo FP desde 2002 até 2020 qual é que é o
estado do processo; a Câmara tem mesmo que pegar no processo e arrancar com as obras.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Vamos colocar à votação esta moção.”

Aprovada a Tomada de Posição nº39/XII/2020 por maioria e em minuta com:

 Vinte (20) votos a favor dos seguintes eleitos:

- Do grupo municipal do PS: 11

- Do grupo municipal do PSD: 4

- Do grupo municipal do BE: 2

- Do grupo municipal do PAN: 1

- Do grupo municipal do CDS-PP: 1

- Do presidente da JFFF: 1

 Dezasseis (16) votos contra dos seguintes eleitos:

- Do grupo municipal da CDU: 16


O Presidente da Assembleia Municipal disse: “A moção foi aprovada com os votos a favor do PS,
do PSD, do BE, do PAN, do CDS, e do PFF, e os votos contra da CDU. Declaração de voto de Paulo
Silva se faz favor.”
Paulo Silva, da CDU, em declaração de voto disse: “A CDU votou contra não por não concordar
que pode-se utilizar os edifícios camarários para utilizar os sistemas fotovoltaicos e o movimento
associativo, mas porque são medidas que já estão a ser incrementadas pelo executivo municipal
dizer que o aviso é de 2019 portanto já está em curso isto que vem aqui assim nesta moção o PS
não inova nada vem unicamente apresentar aquilo que já está a ser desenvolvido pelo executivo
camarário.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais alguma declaração de voto? Samuel Cruz.”
Samuel Cruz, do PS, em declaração de voto disse: “O Partido Socialista apresenta e vota a favor
desta moção porque pretende alterar o tipo de apoios que são concedidos o artigo 4º do aviso na
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sua alínea A) diz; O apoio financeiro a fundo perdido será concedido até 50% do investimento total
e é muito concretamente este ponto que o Sr. Presidente da Câmara se esqueceu de referir e que o
Partido Socialista pretende ver alterado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais alguma declaração de voto? Não, Ok; então
passamos para a intervenção seguinte que é uma declaração política, é do PSD, Rui Belchior tem a
palavra se faz favor.”

II.8. O Grupo Municipal do PSD apresentou uma declaração política, por Rui Belchior.

Rui Belchior, do PSD, disse: “O Partido Social Democrata já aqui se pronunciou nesta Assembleia
manifestando o seu repúdio contra a realização da edição deste ano da Festa do Avante; voltamos
hoje ao tema primeiro porque não temos nenhum receio ou constrangimento de afirmar as nossas
posições e segundo porque ao contrário do Governo para nós não há exceções ou tratamentos
preferenciais para nós não há, e passo a expressão, vacas sagradas ou neste caso festas sagradas;
posto isto dizemos alto e bom som que a realização desta edição da festa do avante constitui um
verdadeiro e incompreensível escândalo assente na teimosia de um partido que tem como já se viu
a pretensão de estar acima de todos quer do ponto de vista legal quer do ponto de vista moral,
não temos dúvidas que a edição deste ano da festa do avante fará história na mediada em que esta
vai marcar de forma definitiva aquilo que é o absoluto falhanço do Estado de Direito Democrático e
a sua mais completa decadência, o PCP por seu turno, que como sempre, adotou uma postura de
vitimização, refugia-se no palavreado habitual, os trabalhadores e o povo precisam desta festa do
avante; afirma ainda o PCP que não aceita a descriminação em relação a outras iniciativas, no
entanto. é caso para se perguntar, que outras iniciativas? Que iniciativas tem reunido no mesmo
espaço 33 mil pessoas por dia, como se sabe nenhumas, zero, de resto está ainda em vigor a
norma que impede os ajuntamentos de mais de 10 pessoas em Lisboa e Vale do Tejo, bem como
estão ainda em vigor várias restrições à liberdade da ação das pessoas, porém o Partido Socialista
e o Governo numa atitude de profunda hipocrisia a que não escapa à DGS a rainha das
contradições lavam as mãos como pila-tos e afirmam que seria inconstitucional proibir a festa,
inconstitucional o mesmo Governo que tem legislado com afinco sobretudo o que é controle e
restrição sobre tudo aquilo que representa as garantias mais básicas das pessoas afirma agora
angélica-mente e assobiando para o lado que a festa é uma iniciativa política e como tal não pode
ser proibida, fica claro que o Governo se ajoelhou ao PCP seu parceiro essencial à aprovação dos
seus orçamentos e das suas políticas, já o PCP movido a superioridade moral e apenas com
respeito pela sua própria cartilha nada o demove, não hesitam sequer em ameaçar e insultar os
contra a edição da festa que se têm prenunciado, impondo à força a sua vontade e uma ditadura
de opinião, mas a maior das ironias é a edição da festa, como sempre se realizar neste Concelho
onde o executivo da CDU tem, desde o início, despendido milhões de euros para o Seixal, estar
como dizem na linha da frente e na luta contra a pandemia, como é do conhecimento geral este
executivo adotou, e ainda adota, medidas de forte restrição na liberdade dos seus munícipes,
esses mesmos munícipes que assistem agora boca aberta à insistência da realização desta festa,
alguns deles proprietários de espaços comerciais que já anunciaram o seu encerramento durante
os três dias da festa por receio de não conseguirem controlar os aglomerados e de não
conseguirem fazer respeitar as normas de saúde pública; como já afirmámos nada temos contra a
Festa do Avante, queremos apenas sublinhar, nas vésperas da sua realização, que somos
frontalmente contra a edição deste ano da Festa do Avante, não admitimos que num Estado de

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Direito haja regimes excecionais dependendo se somos este ou aquele partido; se aprovamos ou
deixamos de aprovar este ou aquele orçamento, disse.”
1º secretário da Assembleia Municipal disse: “Passamos ao ponto seguinte que é precisamente
um voto de pesar «Pelo falecimento de Victor Manuel Marques Valente».”
II.9. O Grupo Municipal da CDU apresentou um voto de pesar «Pelo falecimento de Victor
Manuel Marques Valente», subscrito por Paulo Silva.
(Documento anexo à ata com o número 9)
1º Secretário da Assembleia Municipal disse: “Um voto de pesar «Pelo falecimento de Victor
Manuel Marques Valente», subscrito pelos eleitos da CDU, Paulo Silva tem a palavra se faz favor.”
Paulo Silva, da CDU, em declaração de voto disse: “Portanto é um voto de pesar pelo falecimento
do Victor Manuel Marques Valente que foi eleito desta Assembleia Municipal durante 5 mandatos
de 1979 a 19 97, foi um dos construtores do poder local democrático neste Concelho e por isso é
da mais elementar justiça apresentar este voto de pesar aos familiares do Victor Manuel Marques
Valente que apresentamos as mais sinceras condolências manifestando o nosso profundo pesar e
respeito extensivo às instituições onde trabalhou e guardar 1 minuto de silêncio em sua
homenagem.”
1º Secretário da Assembleia Municipal disse: “Portanto tem a palavra quem a solicitar, não temos
intervenções solicitadas pelo que passaremos à votação.”

Aprovada a Tomada de Posição nº40/XII/2020 por unanimidade e em minuta com:

 Trinta e seis (36) votos a favor dos seguintes eleitos:

- Do grupo municipal da CDU: 16

- Do grupo municipal do PS: 11

- Do grupo municipal do PSD: 4

- Do grupo municipal do BE: 2

- Do grupo municipal do PAN: 1

- Do grupo municipal do CDS-PP: 1

- Do presidente da JFFF: 1
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Foi aprovado por unanimidade, e vamos fazer um
minuto de silêncio. Obrigado a todos. Passamos para o documento seguinte.”
II.10. O Grupo Municipal do PS apresentou uma saudação «35 anos da assinatura do tratado de
adesão de Portugal à CEE», subscrita por Nelson Patriarca.
(Documento anexo à Ata com o número 10)
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O Presidente da Assembleia Municipal disse: “É uma saudação «35 anos da assinatura do tratado
de adesão de Portugal à CEE», é do PS e subscrita por Nelson Patriarca que tem a palavra se faz
favor.”
Nelson Patriarca, do PS, disse: “Saudar também o Portugal Cultura e Recreio por este
equipamento e não posso deixar de dizer que também se fazem equipamentos sem ser apenas do
Amora Futebol Clube; lamento não poderia deixar passar isto em claro, e é um bom investimento
este. Esta saudação é basicamente para assinalar esta data fez este mês de junho 35 anos da
assinatura deste tratado de adesão de facto o Portugal de 85 e o que temos hoje com todas as
dificuldades e com todas as melhorias poderíamos ter não é comparável sequer em termos de
desenvolvimento económico e social mesmo que pudesse ser melhor ou diferente e em face disto
achamos que é importante deixar que a Assembleia Municipal fizesse esta saudação conforme
aqui está descrita.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Intervenções em relação a esta saudação? Quem é
que pretende intervir? João Rebelo se faz favor.”
João Rebelo, do CDS-PP, disse: “O CDS votará favoravelmente a esta saudação foi um dos
partidos que em 1986 defendeu a entrada de Portugal na época da CEE, teve depois algumas
reservas porque votou contra o Tratado de Maastricht, como estão recordados, mas depois votou
favoravelmente a todos os outros tratados que foram alterando os tratados da União Europeia,
mas esse marco de 1986 mereceu o voto favorável do CDS na época e foi, de facto, uma das
decisões mais importantes que Portugal teve na história moderna recente, a entrada de Portugal
na CEE depois União Europeia permitiu, de facto, como está aqui escrito, a consolidação das suas
(impercetível) democráticas, mas também, um progresso muito importante, preciso recordar o
Portugal 85 e passamos depois a ver o Portugal que foi a seguir que foi um avanço de facto enorme
graças à solidariedade, que é um ponto chave, na União Europeia que existe nos Países para
permitir que Países com menor desenvolvimento recebam mais fundos e com isso possam
aproximar-se progressivamente, claro que esta história ela foi feita sem problemas, recordemos a
crise financeira que atravessou a Europa toda em anos recentes, o que neste momento está a
acontecer também com o covid, os problemas dos ressurgimentos dos nacionalismos ,que levam
países como na Hungria, há outros que com viram para soluções que dificultam a própria fluidez
democrática da própria União Europeia, a saída recente da Inglaterra, também com o BREXIT mas
são problemas que lançam desafios à União Europeia e que permite ela própria reinventar-se e, de
facto, não é dizer que não há alternativa à União Europeia, porque parece que estamos aqui
porque parece que não há outra maneira, mas sim dentro da União Europeia Portugal pode ser
maior e aproveitar essa possibilidade para ser maior e ,portanto, votaremos favoravelmente esta
proposta do Partido Socialista.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Intervenções? Paula Santos.”
Paula Santos, da CDU, disse: “A CDU não irá acompanhar esta moção e esta saudação proposta
pelo Partido Socialista porque a adesão de Portugal à Comunidade Europeia hoje União Europeia
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teve consequências desastrosas no nosso País em particular até na Península e no nosso concelho
com a destruição do aparelho produtivo a destruição de postos de trabalho nós vimos aqui o que é
que foi no nosso Concelho a destruição da Siderurgia Nacional ou a destruição de um conjunto de
empresas também na Península de Setúbal que levou à fome milhares e milhares de famílias os
seus trabalhadores e as suas famílias, mas teve também consequências no ataque aos direitos dos
trabalhadores e às funções sociais do Estado à retirada de parcelas da nossa soberania e uma
maior dependência e retrocessos económico e social e que levou também a um conjunto de
posição um conjunto de condicionalismos que de facto; quando falamos nesta retirada de parcelas
da nossa soberania no que diz respeito nomeadamente às questões monetárias e orçamentais e
que nós consideramos que deve de ser recuperado para o nosso País, por isso não é verdade que
tenha sido positivo muito pelo contrário criou de facto uma dependência maior no nosso País e
destruiu muito da nossa capacidade produtiva.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Cláudio Anaia, certo? Se faz favor.”
Cláudio Anaia, do PS, disse: “É com tristeza que eu vejo estes discursos do PCP, o PCP não
aprende; Portugal hoje é o que é deve-o à União Europeia e a incoerência do Partido Comunista
nesta matéria é longa, se são contra a União Europeia se foram contra ao tratado da União
Europeia porque é que as autarquias da CDU continuam a candidatar-se aos fundos Europeus, é
lamentável este tipo de intervenção, mas pronto é importante lembrar e saudar Portugal que pela
mão de Mário Soares aderiu à União Europeia e ainda bem que o fez.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais intervenções para fecharmos, quem é que
pretende intervir mais dentro dos tempos claro, obviamente? Não há mais intervenções? Pergunto
ao proponente se pretende intervir? Também não, então vamos colocar à votação.”

Rejeitada a Tomada de Posição nº41/XII/2020 pelo voto de qualidade do Presidente da


Assembleia, por empate na votação com:

 Dezassete (17) votos a favor dos seguintes eleitos:

- Do grupo municipal do PS: 11

- Do grupo municipal do PSD: 4

- Do grupo municipal do PAN: 1

- Do grupo municipal do CDS-PP: 1

 Dezassete (17) votos contra dos seguintes eleitos:

- Do grupo municipal da CDU: 16

- Do presidente da JFFF: 1

 Duas (2) abstenções dos seguintes eleitos:


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- Do grupo municipal do BE: 2
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Portanto a proposta teve 17 votos a favor, portanto
do PS, PSD, PAN, CDS, e teve 17 votos contra, portanto da CDU e do Presidente FF, e 2 abstenções
do BE, e usando a prerrogativa legal do Presidente da Assembleia Municipal do uso do voto de
qualidade, portanto esta moção é rejeitada. Há alguma declaração de voto? Vítor Cavalinhos se faz
favor.”
Vítor Cavalinhos, do BE, em declaração de voto disse: “O BE absteve-se na votação desta moção
pelas seguintes razões: A primeira delas do ponto de vista a adesão à Comunidade hoje União
Europeia teve vantagens do nosso ponto de vista teve, mas também teve consequências a frota
pesqueira desapareceu do mapa, mérito do Professor Cavaco Silva do PSD; o encerramento de
fábricas foi aquilo que se sabe e a deslocalização da maioria da industria têxtil e do calçado para a
Ásia e norte de África, a industria naval reduziu-se drasticamente portanto a Lisnave chegou a ter
10 mil trabalhadores já não existe hoje, existe a Setnave os estaleiros de Viana do Castelo hoje são
aquilo que são e o próprio Arsenal do Alfeite reduziu drasticamente o número de trabalhadores e
hoje deixou de ser uma escola de formação e há quem defenda que deve de deixar de existir, a
industria siderúrgica é aquilo que se sabe e no nosso Concelho é a ilustração disso, a Siderurgia
Nacional chegou a ter 10 mil trabalhadores, a agricultura sofreu danos irreparáveis o arranque da
vinha portanto a redução da produção pecuária e aquilo que acho que todos nós mais ou menos
conhecemos; quando Portugal aderiu à CEE na altura Portugal tinha 90 mil desempregados e hoje
são mais de 900 mil; e a principal reserva que nós temos sobre esta questão é o seguinte: Portugal
transformou-se num País em que a principal industria é o turismo, aliás o turismo ser uma
industria é uma inovação terminológica; o turismo não é industria nenhuma, mas enfim, Portugal
transformou-se num País em que a principal é o turismo e hoje com o covid porque é que muitos
partidos chegaram hoje à conclusão é que Portugal descobriram que se desindustrializou e é
preciso reindustrializar o País para não estarmos dependentes da China e de outros Países,
portanto agora verifica-se que os Países que melhor resistem à pandemia são os Países que nunca
perderam a sua capacidade industrial, portanto acho que este debate democrático é preciso
manter-se sempre presente, era só.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais alguma declaração de voto? Não, creio que
não, então passamos para o documento seguinte.”
II.11. O Grupo Municipal da CDU apresentou a recomendação «Por seriedade na política»,
subscrita por Paulo Silva.
(Documento anexo à Ata com o número 11)
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “É da CDU, moção «Por seriedade na política», é
subscrita por Paulo Silva que tem a palavra.”
Paulo Silva, da CDU, em declaração de voto disse: “É do conhecimento de todos que as coberturas
de fibrocimento com amianto são um problema de saúde pública que urge resolver principalmente
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aquelas como acontece aqui no Concelho, escolas do 2º e 3º ciclo e secundárias como a António
Augusto Louro e a Manuel Cargaleiro que essas coberturas apresentam uma degradação grande e
libertam fibras de amianto particularmente perigosas para a população escolar, o Governo
anunciou recentemente um programa para a remoção das coberturas de amianto de todas as
escolas do País, dizendo que passando a obra para os municípios mas dizendo que não teriam
custos com o mesmo por quanto haveria financiamentos a 100% e aliás o Partido Socialista
apresentou aqui uma moção em que disse que o Governo já tinha até removido, quando havia
esse propósito unicamente, amianto em mais de 440 mil metros quadrados de coberturas
constituídas por placas de fibrocimento, o aviso, portanto, do programa das candidaturas foi
publicado através do aviso 73/2020/26 que estipula que há uma dotação financeira para o mesmo
de 18 milhões 794 mil 483 e mete um valor indicativo de 55 euros por metro quadrado, se
dividirmos a dotação financeira pelo valor indicativo verificamos que dará apenas para remover
340 mil metros quadrados de coberturas de amianto, ou seja, cerca de 125% abaixo dos 440 mil
metros existentes nas escolas e que o Governo se propunha remover, acresce todavia ainda que os
55 euros por metro quadrado é completamente real porque nenhuma empresa está a praticar
esses preços e aqui no Concelho do Seixal onde já houve trabalhos adjudicados o valor médio está
a ser cerca de 108 euros o metro quadrado, portanto em face destes considerandos a Assembleia
Municipal do Seixal, reunida no dia 24 de agosto de 2020 por proposta dos eleitos da CDU
delibera:Exigir ao Governo que seja sério e cumpra o compromisso assumido que os municípios
não terão custos com a remoção das coberturas de fibrocimento existentes no parque escolar; por
os trabalhos de remoção serem financiados a 100% no âmbito do programa supra referido o que
só será possível se a dotação orçamental do programa for aumentado ou caso não seja possível
por ausência de fundos comunitários disponíveis que os trabalhos esgotada a dotação orçamental
do programa passem a ser financiados pelo Orçamento de Estado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Intervenções em relação a esta moção, quem é que
pretende intervir? Se faz favor Nelson Patriarca.”
Nelson Patriarca, do PS, disse: “Não deixa de ser irónico, é quase um bocado o Karma, estarmos a
falar de fundos comunitários, de repente, depois de termos percebido que há saudades dos
escudos e do Bloco de Leste, mas enfim; isto para dizer aqui várias situações, esta moção em si
própria revela uma falta de seriedade ela própria porque critica a toda a hora a falta de
investimento do Governo no Concelho do Seixal e quando o há não o aproveitam ou aproveitam
sobre protesto; além disso já há aqui várias situações a ter em conta; estas lacunas apenas servem
para manter esta luta acesa e esta guerrilha constante até porque nenhuma Autarquia do PCP, ou
o que julgo apenas a de Loures assinou este protocolo com o Governo; a própria Ministra da
Coesão já disse que não há desculpa; e cito o que foi dito em meios de comunicação social pela
própria não há desculpa para não se fazerem rapidamente as obras porque a obra a verba
orçamentada pode-se ser reforçada, isto porquê, porque estes programas operacionais são de
total gestão do Governo e o Governo tem autonomia para reforçar estes programas operacionais

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caso haja necessidade nesse sentido, o que o Paulo aqui veio dizer e que a Autarquia está a fazer é
que fez uma série de, enfim, de procedimentos, consultando o mercado para uma série de escolas
e fê-lo escola a escola, como é evidente todos nós sabemos que se perguntarmos cada obra
individualmente vamos ter um preço por metro quadrado diferente do que questionar um lote,
fazer um concurso por lote e depois fazer a candidatura, escola a escola uma vez que os
procedimentos e a própria candidatura o permitem, além disso estamos perante uma moção em
que acusamos o Governo de seriedade, mas eu pergunto a Câmara já tem o projeto? Qual é a área
que vai ser intervencionadas? Já têm a noção destes custos? Qual é o custo médio por metro
quadrado? Quando pensa fazer a candidatura? Se já lançou o concurso ou não? por esta altura
conta o prazo de 30 de outubro que temos para entregar as candidaturas tendo em conta que
pode haver reclamações ou tudo o mais já deveríamos estar nessa fase adiantada, ou seja, é-nos
apresentada aqui uma proposta acusando o Governo de falta de seriedade quando não temos
noção desses dados; estamos a contar escola a escola em que cada um oferece o seu preço ou
estamos a oferecer um concurso que eram aí seriam 100, 150 metros ou estamos a falar de mil
metros quadrados o que obviamente o interesse de qualquer concorrente sendo maior logo o
preço baixa, portanto a moção em si a carece também de alguma falta de consequência.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais intervenções em relação a esta moção? Não
há mais intervenções é isso? Confirma-se, Sr. Presidente da Câmara se faz favor.”
O Presidente da Câmara Municipal disse: “De facto estamos perante de mais uma ação de
marketing e propaganda de quem nada faz e que só sabe é portanto usar a comunicação e a
propaganda para fingir que faz, e de facto aqui nesta matéria é notório o desinvestimento ao longo
de décadas que os vários Governos têm introduzido na escola pública que é exemplo
paradigmático a escola secundária João de Barros que 10 anos em obras nem sequer tem ainda
perspetiva de conclusão à vista, portanto isto é o Ministério da Educação dos Governos do PSD,
CDS e do PS é isto portanto incompetência total e como se tal não bastasse nas outras escolas com
uma matéria importante que tem a ver com as coberturas com fibras de amianto para além de
nada fazerem durante décadas resolveram agora usar parte dos fundos comunitários para que as
autarquias então possam avançar para essa concretização e para o efeito de forma expedita
lançaram logo então essa ação de Marketing para assinatura de protocolos que enviaram para o
Municípios na sexta-feira e uma sessão na terça-feira seguinte para portanto a sua assinatura
quando penso que sabem que qualquer protocolo para ser assinado deve ser previamente não só
analisado por ficha técnica e também político e deliberado em sede própria que será a Câmara
Municipal; bom, nesta sequência o que fizemos foi antes ainda da assinatura do protocolo dessa
terça-feira endereçamos uma contra proposta no texto do protocolo que dizia de forma muito
sintética o seguinte: Que era que o Governo se comprometia a pagar o custo integral das
intervenções de sua responsabilidade do parque escolar do 2º e 3º ciclo e secundário, a resposta
veio, não, claro, portanto no dia do protocolo foi uns tempos depois da adjunta da Sra. Secretária
de Estado da Educação dizendo que afinal o protocolo era um pro-forma, cá está, a tese a

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propaganda que não serviu para nada, a não ser para aparecer nas fotografias para dizer que se
está a fazer alguma coisa mas não se está a resolver nada e portanto dizendo que os municípios o
que tinham que fazer era concorrer ao aviso de abertura que estava feito e que, atenção, o preço
por metro quadrado é de 55€ por m2, bom e depois a diferença entre quem fala e quem faz, está
ilustrada na intervenção, que há pouco acabamos de ouvir, porque toda a gente sabe que, se
queremos intervir nas escolas, é neste momento que teremos que o fazer, é na interrupção letiva
que se substituem coberturas com amianto porque de facto, sendo matéria perigosa exige, não só,
elevado nível de especialização para a sua concretização, como a escola não pode estar em
funcionamento, aliás, mais nenhuma intervenção, de qualquer especialidade, pode estar no palco
da obra quando se está a intervir sobre estas matérias. Então a Câmara Municipal, muito antes
disso, lançou várias empreitadas, para que várias empresas pudessem, ao mesmo tempo,
intervirem nas 14 escolas que temos, do 1º ciclo, com esse problema. Foi isso que aconteceu a
Câmara Municipal adjudicou as 14 intervenções, uma já está concluída, várias estão em execução,
outras estão para começar e claro iremos concorrer, naturalmente, aquilo que é o concurso, mas
de facto, das adjudicações colocadas para concurso, verifica-se o preço médio é mais do dobro
daquilo que é o preço de referência, este é um aspeto relacionado com as escolas do 1º ciclo,
agora temos as escola 2,3 e secundárias, como sabem, tem áreas de coberturas muito superiores
às do 1º ciclo e também tem que ser intervencionadas num determinado período de interrupção
letiva para que se possa, de facto, garantir, isto é, é quando não há escola que se vai fazer a
intervenção, portanto eu não acredito que o preço de mercado, da diferença de uma escola de 1º
ciclo para uma escola 2,3 ou secundária, que o preço será metade do que aquele que está neste
momento a aparecer de várias empresas, não é uma, são várias empresas, e não é só na câmara
do Seixal, são de várias câmaras municipais, que estão a lançar concursos e a fazer adjudicações.
Por isso, nós estamos neste momento a resolver os problemas que são da nossa competência, que
é o 1º ciclo, e estamos a preparar-nos para a escolas 2,3 e secundárias mas, todos sabem que são
valores significativos para cada intervenção. Obedecem às regras de contratação pública e, como
sabem, um valor superior a, neste momento, a 750 mil euros obriga a um visto do Tribunal de
Contas, por causa do Covid, por até aqui eram 350 mil euros e, por isso, nem a nossa câmara vai
conseguir fazer estas intervenções nas escolas 2,3 e secundárias já nesta interrupção letiva, é
preciso lançar os concursos, os concursos decorrerem e serem adjudicados e possivelmente o visto
do Tribunal de contas, depois tem que se ter o parecer da ACT, sem este parecer não se pode
intervir na escola, demora 30 dias, e só depois se pode consignar a obra. Não convém, volto a
dizer, estarem crianças nem professores, nem ninguém no recinto escolar, por isso, esta suposta
maravilha, que foi encontrada pelo governo do PS não é mais que uma mera ação de comunicação
e marketing para enganar as pessoas porque, de facto, no fim quem vai trabalhar somos nós,
quem resolve o problema, somos nós, quem é que aparece na televisão é a Secretária de Estado
ou a Ministra que diz que vai fazer e etc, mas, mais uma vez é bem patente que temos um governo
que fala, fala, fala, mas fazer está quieto. Disse.”

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O Presidente da Assembleia Municipal disse: “O proponente Paulo Silva se faz favor.”
Paulo Silva, da CDU, disse: “Vamos lá a ver relativamente a isto; se o objetivo fosse mesmo
remover os 440 mil metros quadrados de amianto existente nas coberturas tinha-se feito uma
dotação orçamental para o mesmo pelo menos de acordo com o valor indicativo no concurso do
programa, mas nem isso foi feito, o que diz o aviso do programa operacional é que quando esgotar
o cotamento do programa fecha, é isto que diz, se a Ministra diz outra coisa porque é que não
meteu logo, isso assim é que era sermos sérios, se há dinheiro porque é que os acordos, o
despacho 1583 diz que nestes acordos de colaboração não há encargos orçamentais para o
Orçamento de Estado, porquê? O que se pretende será a assinatura dos acordos de colaboração
passar a batata quente para as autarquias e depois dizer que já não há dinheiro, mas que
Autarquia é que assumiu fazer? E que autarquia é que tem que fazer? É isto que se pretende? É
isto que nós não podemos aceitar e que temos que ser esclarecidos e não é mandarem um acordo
de colaboração para ser logo com dia e hora marcada sem qualquer negociação porque as coisas
têm que ser negociadas e não impostas, é isso que é o diálogo e é isso que devia de acontecer na
política.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “ Vamos colocar à votação. Não, não, agora já não
pode, tinha que se inscrever até poder, ou seja quando terminou o período de inscrições intervém
o Sr. Presidente da Câmara se o entender e o proponente fecha, Ok. Ora muito bem, então vamos
colocar à votação.”

Aprovada a Tomada de Posição nº42/XII/2020 por maioria e em minuta com:

 Dezanove (19) votos a favor dos seguintes eleitos:

- Do grupo municipal da CDU: 16

- Do grupo municipal do BE: 2

- Do presidente da JFFF: 1

 Onze (11) votos contra dos seguintes eleitos:

- Do grupo municipal do PS: 11

 Seis (6) abstenções dos seguintes eleitos:

- Do grupo municipal do PSD: 4

- Do grupo municipal do PAN: 1

- Do grupo municipal do CDS-PP: 1

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O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Portanto a proposta foi aprovada com os votos a
favor da CDU, do BE, do PFF, a abstenção do PSD, do PAN, e do CDS, e o voto contra do PS. Há
alguma declaração de voto? Samuel Cruz se faz favor.”
Samuel Cruz, do PS, disse: “O Partido Socialista vota contra e vota veemente contra porque isto é o
pior representa o pior que a CDU Seixal tem, ou o mote quanto pior melhor, a CDU e o PCP
alimentam-se do descontentamento com esta posição da Câmara Municipal do Seixal uma certeza
temos este primeiro aviso porque outros haverão e mais dinheiro haverá este primeiro aviso é de
84 milhões de euros outros municípios os vão gastar; para o município do Seixal a posição da
Câmara Municipal do Seixal muito ou pouco não virá nenhum.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Cláudio Anaia, ok declaração de voto, sim senhor,
atenção não são coletivas. Paulo Silva.”
Paulo Silva, da CDU, em declaração de voto disse: “A CDU votou a favor por quanto esta moção, a
necessidade de apresentar-mos esta moção representa o pior que existe no Partido Socialista, e
viu-se pela declaração de voto do eleito Samuel vem aqui dizer que há uma dotação de 84 milhões
de euros quando a verdade; está aqui assim o aviso, quem quiser ler; a dotação financeira são 18
milhões 794 mil, 483 euros, o que demonstra é que estamos aqui assim a querer mandar areia
para os olhos das pessoas.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais alguma declaração de voto? Se faz favor, são
individuais.”
Tomás Santos, do PS, em declaração de voto, disse: “Eu queria apenas dizer que quando o pior do
Partido Socialista é resolver o problema das pessoas estamos nós muito bem, (O Sr. Presidente da
Assembleia interrompeu para dizer o seguinte: Isto não é declaração de voto coisa nenhuma isto é
um abuso, é um abuso que não é admissível na Assembleia Municipal; levantou-se para fazer uma
declaração de voto? Está bem se é uma interpolação à mesa, agora isto é um abuso e não é
admissível).”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Pode, interpolação pode.”
Samuel Cruz, do PS, disse: “Sr. Presidente interpolação à mesa é o seguinte: O Sr. Presidente da
mesa não pode ter um peso e duas medidas, eu reconheço que aquilo com o eleito do Partido
Socialista fez não é uma declaração de voto, mas aquilo que anteriormente o eleito do Partido
Comunista tinha feito também não é uma declaração de voto porque o eleito do Partido
Comunista disse foi, aquilo que o eleito Samuel Cruz disse na declaração de voto, era uma resposta
à declaração de voto e isso não existe e era aí que o Sr. Presidente para não perder a autoridade
tinha que ter intervido.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “E devia logo de ter intervido quando o Samuel Cruz
logo à bocado de início fez uma intervenção em vez de uma declaração de voto. Portanto vocês,
desculpem lá, e agora com alguma graça, acho que está na altura dos líderes fazerem um período
sabático e verem o que é que é uma declaração de voto ou não, porque de facto à do Samuel Cruz
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Ata nº 06/2020
3ª Sessão extraordinária – 24 de agosto de 2020
não foi uma declaração de voto à bocado, a maioria delas não foram, a do Paulo Silva ainda teve
esta pequena coisa; a minha declaração de voto nós votamos a favor porque, pelo menos disse
isso; você disse mas à uma hora atrás não disse; à uma hora atrás fez uma intervenção Samuel
você e vários outros, a sua foi para dizer, é pá não pode ser, não pode ser pronto, e agora na
Assembleia não adiantamos mais, mas não pode temos que melhorar nisto temos que melhorar
todos, todos pronto, melhorar todos, é extensivo às bancadas todas não é dirigido ao PS é a todos,
todos, bom, então passamos para o penúltimo documento.”
II.12. O Grupo Municipal do PS, apresentou a saudação «65.º aniversário do Manifesto Russell
- Einstein», subscrita por Samuel Cruz.
(Documento anexo à ata com o número 12)
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “É uma saudação «65.º aniversário do Manifesto
Russell - Einstein», subscrita por Samuel Cruz que tem a palavra se faz favor. Deixe-me Samuel
dizer os tempos, CDU 2 minutos e 28, PS tem 2,37, PSD tem 1,54, PAN tem 23 segundos, CDS tem
2,10, PFF tem 4 minutos, pronto Samuel se faz favor.”
Samuel Cruz, do PS, disse: “Bem, isto é um manifesto passe vista no mês em que se comemora,
que se comemora não enfim, que se relembra 75 anos do lançamento das bombas atómicas aquilo
que aqui se vai enaltecer é a via do diálogo ao invés da via da monitorização.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Intervenções em relação a esta saudação? quem é
que pretende intervir? Paula Santos se faz favor.”
Paula Santos, da CDU, disse: “Pedi a palavra Sr. Presidente só para fazer uma breve referência que
acompanharemos esta moção mas tinha interesse também em fazer uma referência ao tratado da
proibição das armas nucleares que foi adotado pela ONU em sete de julho de 2017 que o Governo
Português ainda não retificou, o PCP já fez várias vezes esta proposta e que foi rejeitado pelo
Partido Socialista, mas este seria também um contributo importante para a paz.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Intervenções mais? Não há pedidos de intervenção
isso confirma-se, pergunto ao proponente? Também não, então vamos colocar à votação.”

Aprovada a Tomada de Posição nº43/XII/2020 por unanimidade e em minuta com:

 Trinta e seis (36) votos a favor dos seguintes eleitos:

- Do grupo municipal da CDU: 16

- Do grupo municipal do PS: 11

- Do grupo municipal do PSD: 4

- Do grupo municipal do BE: 2

- Do grupo municipal do PAN: 1


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- Do grupo municipal do CDS-PP: 1

- Do presidente da JFFF: 1
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Portanto foi aprovada por unanimidade. Há
declarações de voto? Não. Portanto vamos para o último documento.
II.13. O Grupo Municipal da CDU apresentou a saudação «A persistência e a luta
compensam», subscrita por Júlia Freire.
(Documento anexo à ata com o número 13)
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “É da CDU uma saudação «A persistência e a luta
compensam», é subscrita por Júlia Freire que tem a palavra se faz favor.”
Júlia Freire, da CDU, disse: “A loja do Cidadão do Concelho do Seixal é um equipamento essencial
de proximidade de diversos serviços do Estado apesar disso a sua concretização está associada a
um longo e difícil processo com a assinatura de um primeiro acordo de colaboração a 22 de julho
de 2009, a Câmara Municipal do Seixal mostrou-se sempre totalmente empenhada no processo de
instalação e a entrada em funcionamento da loja do cidadão do Concelho de Seixal apesar de
todos os constrangimentos, não nos podemos esquecer que o Governo do PSD/CDS abandonou
este modelo substituindo-o pelos espaços do cidadão no que foi acompanhado pelos Governos do
PS, a loja do Cidadão do Seixal é das últimas com este modelo o que realmente serve os interesses
das populações pela tipologia e variedade de serviços que oferece e tal só foi possível devida à
persistência e luta da Câmara Municipal do Seixal, apenas em janeiro de 2018 foi possível a
assinatura do novo protocolo que possibilitou a abertura do concurso público para a empreitada
da instalação da loja do cidadão do concelho do Seixal; estando este processo praticamente
concluído podemos dizer que em breve a loja do Cidadão do Seixal será uma realidade; Assim a
Assembleia Municipal do Seixal reunida na sua 3ª Sessão Extraordinária em 24 de agosto de 2020
por proposta dos eleitos da CDU saúda a adjudicação da empreitada de construção da loja do
cidadão e o empenho e persistência e capacidade reivindicativa da Câmara Municipal do Seixal
para levar a bom porto este projeto prioritário para a prestação de um serviço público de
proximidade à população.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Intervenções sobre esta saudação quem é que
pretende intervir? Rui Belchior se faz favor.”

Rui Belchior, do PSD, disse: “De forma muito breve queria dizer o seguinte: Nesta saudação
portanto a CDU aqui já não se alimenta, digamos, como dizia à pouco o eleito Samuel Cruz, do
descontentamento alimenta-se do eventual contentamento e da expetativa que é criado nos
munícipes e acho extraordinário que até utilizem títulos como este; A persistência e a luta
compensam, mas em que aspeto? Já está lá a loja do Cidadão? É que é preciso que se diga às
pessoas desde para aí em 2008 para não dizer antes que se promete a loja do Cidadão no
Concelho do Seixal, portanto há para aí 12 anos ou 13, e agora o que temos aqui é a adjudicação
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Ata nº 06/2020
3ª Sessão extraordinária – 24 de agosto de 2020
da empreitada ou a minuta do contrato, mas cria-se a ideia e devo dizer que a CDU neste
momento até foi menos concreta que foi por exemplo o Sr. Presidente da Câmara que no seu
editorial deste mês que eu tive o cuidado de ler refere mesmo que dentro de 3 meses começa a
construção da obra depois do visto do tribunal de contas, como se o Sr. Presidente soubesse
adivinhar quando é que vem o visto do tribunal de contas, eu aí reconheço a vossa cautela porque
só falam é para breve, para breve não é para já e devo dizer que isto só serve para uma coisa,
primeiro porque estamos a entrar no ano derradeiro que antecipa as eleições portanto no ano
anterior às eleições só serve para uma coisa para aquilo que tem estado a acontecer que é dezenas
de pessoas que têm estado a deslocar ao espaço a pensar que já lá está a loja do Cidadão é pena
que os senhores não estejam lá para explicar às pessoas em que fase é que isto está porque as
pessoas precisam de ser esclarecidas e é isto que tem estado a acontecer são relatos verídicos e
portanto é que o breve tem muito que se lhe diga, obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Samuel Cruz se faz favor.”
Samuel Cruz, do PS, disse: “Esta saudação intitula-se, a persistência e a luta compensam, e a
minha intervenção intitula-se por, seriedade na política, a saudação saúda o empenho e a
persistência da capacidade reivindicativa da Câmara Municipal do Seixal para levar a bom porto
este projeto, vamos então fazer a história cronologicamente; Primeiro protocolo 2017, o que é que
acontece antes de 2017 consultando o processo uma nota para o Sr. Presidente da Câmara que diz;
Sr. Presidente a loja do Cidadão tem insistido no contacto telefónico eu não tenho atendido, mas
agora começa a ser complicado não atender eles querem uma reunião, precisamos de uma data,
portanto insistência da Câmara Municipal do Seixal no assunto, bem a verdade é que o Sr.
Presidente despacha a 25 de junho e a 22 de julho está a acontecer a assinatura do primeiro
protocolo para a loja do Cidadão temos em setembro eleições legislativas e o processo começa a
andar, em 2011 como sabemos é interrompido e há eleições é eleito o Governo do PSD, o
Governo do PSD tem um novo modelo que é espaço do Cidadão, o Governo PSD em janeiro de
2013 reúne com a Câmara e informa disto; Em julho de 2013 em nova reunião apresenta a
proposta e a solução encontrada, em agosto de 2013 a AMA formaliza a proposta; nota em agosto
de 2013 após várias insistências na Câmara sem resposta o Partido Socialista em fevereiro de 2015,
ou seja, quase 2 anos depois apresenta na Assembleia da República um requerimento ao Governo
a perguntar qual é o ponto da situação, o Governo não responde e o Partido Socialista em maio de
2015 insiste, em julho de 2015 o Governo responde e diz desde julho de 2013 que a proposta foi
apresentada à Câmara e ainda não temos resposta; parado 2 anos por responsabilidade da
Câmara; em 2016 o Partido Socialista interveio várias vezes em todas as instâncias sobre este
assunto, não houve nada; em 2017 a Câmara e a AMA voltaram ao diálogo e culminou com a
assinatura do protocolo em 2018, agora digam-me quem é que insistiu e quem é que deve ser
saudado em todo este processo.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Bom, mais inscrições? Paulo Silva se faz favor.”

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Paulo Silva, da CDU, disse: “Não há dúvida que a persistência e a luta compensam, porquê?
Porque se tivéssemos um espaço cidadão a tipologia e a variedade de serviços para a população
seria mais reduzido iremos ter um melhor serviço público para a população é isso que nos move é
isso que vamos conseguir com a nossa persistência e com a nossa luta e é pena e lamento isso que
nem todos os partidos tenham estado ao nosso lado em defesa da população do Concelho do
Seixal como a CDU esteve ao longo deste processo.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “ Não está mais ninguém inscrito creio? Bem, eu
inscrevo-me para uma coisa brevíssima porque eu fui aqui citado pelo Samuel Cruz, foi foi todos
sabemos o que estamos aqui a falar porque não somos tolos, ninguém aqui é tolo nem o Samuel
que era Vereador nem eu que era Presidente da Câmara e assinei o protocolo, bom, e portanto a
referência a primeira que eu disse aqui à bocadinho o elogio ao Sr. Presidente da Câmara é
perfeitamente justificado porque de facto nestes anos foi a persistência da Câmara, quem esteve
aqui em falta, e nós já fizemos aqui este debate, foi o Governo os vários Governos que têm
competência na matéria isto é uma competência do Governo da Administração Central por
incapacidade, ainda vem a história do post-it que é uma perfeita falácia que eu não acho
admissível e que é uma falácia completa e portanto nestes anos todos isto vai acabar e agora está
adjudicado fazer esta breve referência e bem, felicito o Sr. Presidente da Câmara como disse à
pouco e que estava de acordo e é a Câmara que vai financiar uma obra do Poder Central e vai
pagar em 15 anos, o Poder Central bestial sem juros em 15 anos, mas que maravilha de Poder
Central, e portanto nesse sentido quem é que está aqui em falta no Concelho do Seixal? É a
Câmara Municipal do Seixal que persistiu ao longo do tempo que o Sr. Presidente conduziu assim
que foi eleito e que vem do meu tempo portanto quem está em falta é o Governo que de facto nós
pagamos os impostos e ainda por cima o Governo vai pagar a obra em 15 anos, bestial isto é uma
maravilha. Se faz favor Sr. Presidente da Câmara.”
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Bem, de facto penso que ninguém tem dúvidas que
esta loja do Cidadão a ser concretizada é de facto pela nossa persistência e pela nossa capacidade
não só reivindicativa como capacidade concretizadora, e há pouco eu referi relativamente à
questão do amianto o Governo fala fala mas não faz nada e mais vez acontece o mesmo quem tem
competência de fazer lojas de Cidadão portanto num País não são as Câmaras Municipais são os
Governos; e o que é que este Governo faz; mais uma vez, bom, para além de protelar o processo
durante anos porque é mesmo durante anos uns supostos jogos entre as várias entidades para
caberem no mesmo espaço entre as várias entidades o Governo não conseguiu vamos dizer assim
em tempo razoável dar uma resposta ao Município para fechar o projeto que depois permitiu fazer
as especialidades e depois o concurso para a obra mas foram anos para que a AMA – Agência de
Mobilização Administrativa desse ao Município os espaços que as entidades do Estado necessitam
para poderem instalar a loja do Cidadão, portanto isso foram anos foram anos e não foi por falta
de persistência da Câmara aliás só chegámos até aqui porque de facto nós nunca desistimos e
trabalhámos com os vários Secretários de Estado com as suas equipas de apoio para esta

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concretização, depois uma outra matéria que tem a ver com as verbas, diz agora o PS que as
rendas vão ser pagas cobrem os custos de financiamento e de investimento da loja do Cidadão,
pois bem, estão mais uma vez completamente equivocados fazendo as contas nós, neste caso a
Câmara Municipal do Seixal num investimento global para 14 anos de 4 milhões de euros caberá a
Câmara Municipal pagar 2 milhões e meio de euros e o Estado em rendas pagará menos de 1
milhão e meio de euros estas são as contas se colocarmos o investimento da obra, projeto de
execução, a revisão de projeto, os arranjos exteriores, o mobiliário, a informática, eletricidade, a
água, segurança, limpeza, os seguros, os recursos humanos afetos à gestão são impostos no
protocolo para além dos dois técnicos de informática que estão também previstos na cláusula
sétima, tudo somado durante 14 anos Srs. Eleitos a conta final é esta: 4 milhões de euros custa vai
custar a loja do Cidadão ao Estado e à Câmara Municipal, a Câmara assume 2 milhões e meio de
euros e o Estado menos de 1 milhão e meio, portanto estas são as contas que portanto foram
apuradas e por isso é falso quando se diz que o Estado vai pagar à Câmara Municipal, mentira não
paga nem metade portanto do investimento que será feito investimento e funcionamento da loja
do Cidadão, mais uma vez estamos perante quem faz e quem diz que faz, quem faz é a Câmara e
quem diz que faz é o Governo do PS, nada faz comunica só e falha e falha e fala e não os vejo a
fazer nada.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Afinal o Governo até não vai pagar estava
equivocado. A proponente Júlia Freire não pretende intervir? Não, vamos colocar à votação.”

Aprovada a Tomada de Posição nº 44/XII/2020 por maioria e em minuta com:

 Dezassete (17) votos a favor dos seguintes eleitos:

- Do grupo municipal da CDU: 16

- Do presidente da JFFF: 1

 Dezasseis (16) votos contra dos seguintes eleitos:

- Do grupo municipal do PS: 11

- Do grupo municipal do PSD: 4

- Do grupo municipal do CDS-PP: 1

 Três (3) abstenções dos seguintes eleitos:

- Do grupo municipal do BE: 2

- Do grupo municipal do PAN: 1

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O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Portanto a moção foi aprovada com os votos a favor
da CDU e do PFF, a abstenção do BE e do PAN, e os votos contra do PS, PSD e CDS, há alguma
declaração de voto? Vítor Cavalinhos se faz favor.”
Vítor Cavalinhos, do BE, em declaração de voto disse: “O Bloco absteve-se na votação desta
moção porque o Bloco de Esquerda não vota elogios e saudações nem ao Governo nem à Câmara
Municipal do Seixal, só em razões muitos especiais é que poderemos mudar de posição, mas a
tradição que nós temos aqui na Assembleia Municipal é que não o fazemos, só uma última nota é
que, bom, campanha eleitoral essa é válida para todos, quando se vem aqui falar de campanha
eleitoral quando o tiro de partida está tudo em campanha eleitoral está nas Autarquias está no
Governo está em todo o lado portanto essa coisa da campanha eleitoral interessa pouco para aqui,
bom, e a última nota é o seguinte: É que esta saudação saúda a adjudicação da empreitada de
construção é que se calhar depois quando começarem a empreitada também fazemos saudamos o
início da empreitada e depois podemos saudar o meio da empreitada e depois podemos saudar o
fim da empreitada, bom, quando aquilo acabar fazemos 30 moções sobre a mesma coisa, isto
agora foi só uma brincadeira, mas isto também faz parte do processo, mas a razão principal pelo
qual se abstivemos é aquela que eu disse aqui.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais alguma declaração de voto? Não há. Então
fazemos um intervalo de 15 minutos mesmo, para a gente descansar um bocadinho agora.”

III. PERÍODO DA ORDEM DO DIA.


III.1. Informação do trabalho em curso das Comissões da Assembleia Municipal.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Quem é que pretende intervir? Paulo Silva, se faz
favor”.
Paulo Silva, da CDU, disse: “Só para dar a informação de que a comissão de desenvolvimento
estratégico reuniu antes desta assembleia com o Sr. Presidente da Câmara onde foram
apresentadas pelo Sr. Presidente da Câmara pormenorizadamente as questões que estão hoje aqui
em discussão na assembleia, no período da ordem do dia, e foram suscitadas várias duvidas pelos
membros da comissão que foram esclarecidas”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais alguma intervenção? Custódio Carvalho”.
Custódio Carvalho, da CDU, disse: “No dia 10 de agosto reuniu a comissão permanente de
desporto, obras municipais, fiscalização e trânsito com a ordem de trabalhos: obras municipais e
tínhamos agendado para dia 24, só que temos nesse dia assembleia municipal. Então, passamos a
próxima reunião com o tema da ordem de trabalhos: desporto e será no dia 12 de setembro”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais algum coordenador que pretenda intervir?
Samuel Cruz”.

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Ata nº 06/2020
3ª Sessão extraordinária – 24 de agosto de 2020
Samuel Cruz, do PS, disse: “O Partido Socialista neste ponto tinha mais intervenções preparadas
mas atendendo ao adiantado da hora cingir-nos a esta hoje para dizer o seguinte: eu já disse na
ultima assembleia que no inicio do ano e pela importância dos assuntos, resolvemos todos nós
porque aprovámos nesta assembleia criar quatro comissões especificas, para além daquelas que
acompanham os pelouros e que são permanentes, não vou dizer os nomes completos para
facilitar, mas para todos percebermos uma comissão para tratar a problemática do tal hospital do
Seixal, outra comissão para tratar a problemática das freguesias, uma comissão para tratar a
problemática da poluição da Siderurgia Nacional e uma comissão para tratar a problemática da
habitação no concelho do Seixal que engloba desde a Jamaica, Santa Marta, a falta de habitação
para jovens, tudo o que tenha a ver com isso. Foram os quatro temas que esta assembleia
entendeu mais importantes para ao futuro do concelho e qual foi o trabalho desenvolvido até ao
momento, agora que falta um ano para as eleições e já passaram três. A comissão do hospital
nunca reuniu. A comissão das freguesias nunca reuniu. A comissão da Siderurgia reuniu uma vez e
fez três visitas, a ultima das quais a 8 de novembro de 2018 e deu-se, o PAN já aqui falou hoje, o
caricato para ser simpático, porque é mesmo inadmissível que a câmara tenha apresentado no dia
5 de agosto de 2020, o estudo sobre esta matéria e que não tenha tido sequer a consideração de
primeiramente reunir a comissão para lhe apresentar o estudo. Quanto à problemática
habitacional reuniu duas vezes, uma em janeiro de 2019 e outra em maio de 2019. O Partido
Socialista, pela minha pessoa, tem insistido várias vezes, enviei e-mails para o Presidente da
Assembleia que é o responsável por convocar estas reuniões e digo que temos que reunir e temos
que ver isto e aquilo, mas infelizmente não é ouvido e vem aqui hoje lavrar o seu veemente
protesto, se entendermos que estas são as principais questões do concelho, pura e simplesmente
não fazemos uma única reunião ao longo de todo o mandato, eu não direi vergonhoso para não ser
confundido com ninguém mas é de facto, inadmissível”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Em relação às comissões não é exatamente assim,
por exemplo a do hospital reuniu. É uma questão de memória e houve várias reuniões com
entidades. Infelizmente a do hospital podia ter reunido mais se o processo não tivesse andado nas
gavetas como nós sabemos e a demorar vergonhosamente, com prazos inadmissíveis, foi dito na
última não era agora em agosto e nós em setembro teremos uma reunião de lideres, teremos uma
agenda em relação às comissões especificas, fica o registo de um interesse que se sublinha por
parte do Partido Socialista é importante esse empenhamento do Partido Socialista. Iremos ter uma
agenda das comissões especificas. Terminado este ponto passamos para os dois pontos seguintes”.
III.2. Pedido de Recurso para o Plenário apresentado pelo grupo municipal do PAN.
(Documento anexo à ata com o número 14 )
III.3. Pedido de Recurso para o Plenário apresentado pelo grupo municipal do PS.
(Documento anexo à ata com o número 15 )

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Ata nº 06/2020
3ª Sessão extraordinária – 24 de agosto de 2020
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “São pedidos de recursos para plenário um apresen-
tado pelo Grupo Municipal do PAN, o ponto III.2 e o III.3. o pedido de recurso para o plenário apre-
sentado pelo grupo municipal do PS. Portanto, estes pedidos são ao abrigo da lei 75/2013 e do ar-
tigo 6.º do regimento. Estes recursos vêm ao abrigo dessa prerrogativa legal e são recursos coloca -
dos para plenário e por isso agendados na ordem de trabalhos, não poderia ser de outra maneira
porque se trata de uma apreciação e de uma deliberação no período da ordem do dia e veem na
sequencia de propostas, quer num caso, quer noutro de propostas que foram apresentadas pelos
respetivos grupos municipais paras serem deliberadas no período da ordem do dia e o entendi-
mento foi de que essas propostas não têm cabimento de apreciação do período da ordem do dia
porque não se tratam de matérias que integrem as competências da Assembleia Municipal. Há
uma alínea que é a alínea k) que diz que os eleitos podem apresentar propostas, é esse o meu en-
tendimento sobre isso não tenho nenhumas duvidas, é o meu entendimento face ao quadro legal
face às competências do órgãos, das competências da Câmara Municipal, como órgão executivo e
às competências da Assembleia Municipal que estão claramente listadas e propostas de delibera-
ção, não estamos a falar de propostas que se coloquem no ponto de vista da intervenção política
no período antes da ordem do dia, mas no período da ordem do dia e dai a não aceitação por par-
te do Presidente da Assembleia e a não inclusão na ordem de trabalhos, quer tanto da proposta do
PAN, em relação ao Boletim Municipal, quer da proposta do PS em relação ao conselho municipal
da juventude e neste caso é a criação e regulamento do conselho municipal de juventude. O inde-
ferimento de inclusão na ordem, de trabalhos para além, de para mim ser uma coisa muito clara,
não se enquadrar nas competências do órgão deliberativo, foi enquadrada no quadro de um pare-
cer jurídico, do gabinete jurídico da câmara Dr. João Salazar, que é o gabinete que no quadro legal
apoia e em termos do apoio à Assembleia Municipal ele é efetuado através dos serviços da câma-
ra, está definido legalmente como sabemos e portanto, o indeferimento da presidente da assem-
bleia assenta num parecer jurídico e portanto, a questão é eminentemente jurídica porque nós
hoje aqui e só para terminar não vamos apreciar o conteúdo, nem de uma proposta, nem de outra,
mas sim o seu enquadramento legal em termos de apreciação e deliberação no período da ordem
do dia e por isso, está fora da nossa apreciação hoje aqui a discussão dos conteúdos tanto de uma
matéria como de outra matéria e se isso acontecer eu intervirei porque iremos estar a fazer uma
discussão que não é a discussão, a discussão é a do procedimento. Os documentos estão convosco
tanto num caso como noutro, os documentos tem a proposta de recurso que vem a plenário no
quadro em que ela se situa, tem a transcrição do despacho do Presidente de não aceitação e a
transcrição do parecer jurídico e tem as propostas que foram apresentadas. Foi sugerido no inter-
valo pelos lideres e a nós parece-nos bem, não vimos nenhuma questão em relação a isso que a
apreciação seja feita em conjunto e nesse sentido, assim interviremos. Em termos de metodologia
os proponentes do recurso intervém: PAN e PS e a seguir faz-se a apreciação conjunta destes recur-
sos. Nesse sentido, avançamos e tem a palavra o António Sota Martins que hoje está a substituir o
eleito André Nunes que foi quem apresentou a proposta em concreto e apresentou o recurso”.

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Ata nº 06/2020
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António Sota Martins, do PAN, disse: “Em primeiro lugar queria dizer que lamento que o PAN te-
nha que recorrer ao plenário para aceitar que este assunto seja levado a sério hoje novamente vo-
támos uma moção que vai no mesmo sentido de uma moção que apresentámos há 2 anos atrás e
lamento profundamente que a CDU não tenha percebido ao fim de 3 anos de mandato que já não
tem maioria absoluta e que não pode gerir esta câmara sozinha como quer, como lhe apetece, não
respeitando aquilo que são as decisões desta Assembleia. Assim, passo a ler a justificação do recur-
so que foi apresentado pelo André e que tinha como objetivo a integração deste tema na ordem
de trabalhos uma vez que aquilo que foi apresentado no período antes da ordem de trabalhos em
2018 tem vindo a ser sistematicamente nem é anulado, é rejeitado pelo Sr. Presidente da Câmara.
Então, passo a ler: Passaram mais de 2 anos desde que a moção que reivindicava pluralidade no
Boletim Municipal do Seixal foi aprovada por um ampla maioria nesta Assembleia. Desde então, e
num claro sinal de falta de espírito antidemocrático o executivo da Câmara Municipal, não apenas
não implementou a moção em apreço como manifestou reiteradamente a sua intenção de não
cumprir com a mesma. O recurso hoje apreciado tem por base uma proposta de deliberação entre-
gue pelo PAN e visa consumar a moção que foi votada favoravelmente pela maioria, sendo que os
fundamentos do recurso, são simples. Segundo o artigo 25.º, n.º 2, alínea k) da Lei 75/2013 com-
pete à Assembleia Municipal pronunciar-se e deliberar-se sob todos os assuntos que visem a pros-
secução das atribuições do município, sendo que segundo o artigo 23.º, n.º 1 da mesma lei assegu-
ra que constituem atribuições do município a promoção e salvaguarda dos interesses próprios das
respetivas populações em articulação com as freguesias. Ora, um Boletim Municipal aberto a ou-
tras forças políticas possibilita aos munícipes conhecerem outras visões para o concelho, podendo
ser uma ferramenta importante para as populações e para os interesses destas enquadrando-se
pois, no quadro das atribuições do município, não ver isto é ter uma visão bastante limitada do pa-
pel das assembleias municipais e reduzir as mesmas a um lugar marginal do aspeto democrático
local justamente o oposto do que é desejável, de resto são vários os exemplos de boletins munici-
pais que integram espaços como aquele que é objeto da proposta de deliberação apresentada.
Veja-se a titulo de exemplo o caso do município do Montijo. Na troca de e-mails com os serviços
da Assembleia Municipal julgamos que ficou perfeitamente claro, não apenas os fundamentos do
presente recurso como e igualmente relevante a falta de base legal para a apreciação no devido
tempo do mesmo. Temos que votar hoje favoravelmente este recurso é acima de tudo consumar a
vontade da maioria dos grupos municipais que desde dia 8 de maio de 2018 aguardam que o exe-
cutivo cumpra o vertido na moção aprovada e simultaneamente uma clara afirmação da assem-
bleia municipal e da sua pluralidade. Dizer por ultimo, antecipando que virá à coação a deliberação
da ERC relativamente ao Seixal que a diretiva comunitária 1/2008 prevê que as publicações perió-
dicas autárquicas que se distinguem das publicações periódicas informativas e doutrinárias previs-
tas na lei de imprensa encontram-se sujeitas ao respeito pelo principio do pluralismo, sendo obri-
gadas a veicular a expressão das diferentes forças e sensibilidades políticas que integram os órgãos
autárquicos, bem como adotar mecanismos de participação pública. De resto, a própria ERC disso

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Assembleia Municipal do Seixal
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deu nota na deliberação 6/PLU-I de 2010 e nos termos em que uma vez mais urge democratizar o
Boletim Municipal pelo que o voto desta assembleia ao presente recurso só pode favorável”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Apenas um breve comentário, de facto esta inter-
venção é muito mais sobre o conteúdo e sobre a competência da assembleia. Eu gostava que se
pronunciassem se a assembleia tem competência para deliberar isto. Isso é que era importante
nesta e noutras matérias, mas não. Estamos aqui a discutir o conteúdo e sublinho que não é para
discutir os conteúdos é para em concreto a competência da Assembleia Municipal porque nós não
tomaremos nenhuma deliberação, ou melhor podemos tomar mas depois a eficácia se ela não ti-
ver enquadramento legal é outra matéria e naturalmente que o Presidente da Assembleia não
prescinde disso, do enquadramento legal, nenhum de nós, mas quem tem essas competências de
execução não pode deixar de refletir a competência da Assembleia Municipal, pedia-vos que inter-
viessem sobre isso. Desculpem lá mas é isso que estamos aqui a fazer! Samuel Cruz se faz favor.
Nós temos aqui os tempos registados. A nossa 2.ª secretária tem a contabilidade”.
Samuel Cruz, do PS, disse: “E tem feito um excelente trabalho Sr. Presidente”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Com certeza que isso é extensivo à Mesa!”
Samuel Cruz, do PS, disse: “Com certeza! Aliás, a temática que nós aqui vamos discutir hoje se
uma alínea exclui as restantes ou não? Começar por dizer o seguinte: o sentimento que me invade
ao vir hoje aqui, é misto, porque é um sentimento bom por um lado, mas algo negativo pelo outro.
A parte boa é que a assembleia está viva e está a exercer os seus poderes, algo que nunca tinha
acontecido no passado de facto, os grupos municipais nunca tinham apresentado propostas para
aqui serem discutidas. Enfim, há no geral uma certa reação de aversão ao novo, e eu percebo que
enfim, é um bocadinho como a coca cola, como dizia o (impercetível), primeiro estranha-se depois
entranha-se, quando isto é novo a malta tende de alguma forma desconfiar, mas não há que haver
desconfiança e já demos um passo que é, já não estamos a discutir se é possível os grupos munici-
pais trazerem propostas para serem deliberadas aqui, não estamos a falar no período antes da or-
dem do dia, estamos a falar na ordem de trabalhos, já assentámos algo, é possível os grupos muni-
cipais trazerem propostas para deliberação na ordem de trabalhos e com isso vincularem o municí-
pio, primeiro ponto assente, isso é bom. É mau que a mesa tenha imediatamente excluído isso.
Nada de mal advém da discussão. Aliás, o Sr. Presidente já deu aqui o lamiré. Podemos discutir, po -
demos votar, podemos aprovar porque a discussão aqui é política, não é jurídica e o sistema em si,
tem contra pesos para fiscalizarem isso. Se esta assembleia aprovar algo que é contra a lei, cá es-
tão os tribunais para dizer atenção essa proposta não é válida, não cumpriu as condições da legali-
dade. Este é o primeiro ponto e importante que o tenhamos presente para entender tudo o resto.
Por outro lado, é importante que tenhamos também presente e aqui discordo do Sr. Presidente
que a discussão desta assembleia é uma discussão política, não é uma discussão jurídica. A discus-
são estritamente jurídica faz-se noutro fórum, não é aqui que se faz. Aliás, sobre essa matéria diga-
se que vale o que vale porque o jurista da câmara que fez o parecer é tão jurista como eu e nestas
coisas do direito é como as malas das mulheres, das malas das mulheres e das cabeças dos juristas
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agente nunca sabe o que é que sai, cada um tem a sua opinião. Enfim, eu costumo dizer que essas
coisas das opiniões numa certa brincadeira são como as vaginas, quem quer dar, dá-las.
Nós temos aqui que nos prenunciar-nos do ponto de vista político sobre dois pontos de vista que é
o formal e o material. Temos duas propostas, onde é que se enquadram estas propostas? A Lei diz
o seguinte, compete à Assembleia Municipal pronunciar-se e deliberar sobre todos os assuntos
que visem a persecução das atribuições do município. O legislador se quisesse excluir algum assun-
to não teria escrito sobre todos os assuntos e atribuições do município. Há aqui uma exclusão e
qual é ela? A assembleia não pode deliberar sobre aquelas que não são as atribuições do municí -
pio, parece-me que isto é claro. Depois, o legislador elenca alguma especificamente mas não que
excluir em parte nenhuma, enfim haverá intervenções, depois de mim que vêm dizer que há uma
exclusão. Em direito é fácil haver uma exclusão, tem que haver uma simples palavra de duas letras
é “ou”. Sempre que aparece ou ou é uma coisa ou é outra. Sempre que aparece e são cumulativas.
Aqui temos um caso que é todas as atribuições do município e especificamente estas e estas, pen-
so que estou a ser claro.
Depois, a decisão política aqui é esta formalmente o que temos aqui é possível deliberar é, o legis-
lador diz sobre todos os assuntos que sejam atribuições do município. As competências do Boletim
Municipal é uma atribuição do município, as competências sobre o conselho municipal da juventu-
de é uma atribuição do município, naturalmente. A lei prevê que o município o crie, isto também
do ponto de vista formal está garantido e materialmente, deve, mais politicamente deve a assem-
bleia pronunciar-se sobre estes assuntos ou não? Deve, por duas ordens de razão. A primeira que
nos conduziu a isto é que esta assembleia aprova documentos, esses documentos porque são a
vontade do coletivo deviam ser seguidos pela câmara e a câmara pura e simplesmente não segue.
Aliás, tive ocasião de presenciar há pouco o eleito João Rebelo veio aqui justamente fazer essa
nota e o Sr. Presidente da Câmara riu-se com algum escárnio dando a entender o que já todos sa-
bemos, podem deliberar o que quiserem que eu faço aquilo que eu quero. O que é muito estranho
para quem acredita no coletivo. Sr. Presidente, o coletivo deste município é o coletivo aqui reunido
e a sua vontade pessoal ou a vontade pessoal do coletivo do PCP e da CDU não se deve nem pode
sobrepor à vontade deste coletivo e nestas duas matérias em concreto a vontade do coletivo é di-
ferente da sua, na questão do Boletim Municipal que aqui já foi aprovado e na questão do Conse-
lho Municipal de Juventude e essa é também a razão política e portanto, o que temos que decidir
aqui hoje é se esta assembleia se quer castrar, quer dizer não! Não! Nós não podemos deliberar
sobre isso, vai haver sempre uma razão. Ora é porque está fora como na questão do PAN as atribui-
ções ou na questão do PS a câmara tem que deliberar primeiro e pronunciar-se do ponto de vista
jurídico sobre esta matéria e não é verdade e existem acórdãos do Tribunal Constitucional sobre
esta matéria, quando uma deliberação tem que ser aprovada na câmara e aprovada na Assembleia
Municipal é um ato administrativo da Assembleia Municipal e não da câmara, se a câmara não faz
aquilo que tem a fazer, deverá a Assembleia Municipal suprimir essa omissão é isso que o Partido
Socialista está aqui a querer fazer. Aliás, uma pergunta concreta, a lei prevê a obrigatoriedade do

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conselho municipal da juventude esta assembleia já deliberou maioritariamente que quer a cria-
ção do conselho municipal da juventude há alguma razão para não deliberarmos? Não! Não existe!
A haver ilegalidade que seja um tribunal que a redima e que a explicite, não nós. Nós decidimos
politicamente e a nossa vontade é que ela exista. Sr. Presidente penso que não excedi a minha in-
tervenção mas vou dizer uma última coisa. Registo a duplicidade e vou-vos contar uma história
para perceberem como é que esta coisa funciona, a duplicidade de critérios. Rapidamente uma
proposta deste tipo surgiu um parecer dos serviços jurídicos da autarquia a dizer que não, daqui
del rei que nada disto pode ser, são estas duas mas eu tenho para mim convictamente que pode-
mos apresentar 10, 20, 30 haverá sempre uma razão para não serem aqui discutidas, haverá sem-
pre mas nesta matéria e rapidamente os serviços jurídicos disseram que andamos há 1 ano nos li-
deres a discutir uma questão que é como é que se pode apresentar propostas nesta assembleia, a
alteração a propostas vindas da assembleia, a lei também prevê isso. A proposta é apresentada na
câmara e vai à assembleia e a assembleia pode alterar mas aí, não houve serviços jurídicos da câ-
mara para se pronunciarem, aí a proposta foi contra a minha vontade diga-se primeiro, para a
DGAL, eu disse eu não percebo porque é que vai para a DGAL se toda a gente sabe que quem se
pronuncia sobre estas matérias são as CCDR´s mas foi para a DGAL. Em dezembro passado a DGAL
fez aquilo que era evidente, que é enviou para a CCDR ao principio da economia dos atos e escre-
veu à câmara a dizer assim, isto não é connosco é com a CCDR, nós já enviámos para lá e a CCDR
escreveu à câmara e disse olhe: isto tem um custo paguem! É irrisório para os valores da câmara e
a partir daqui na reunião de lideres uma vergonha a CCDR não responde. Fomos apurar o que é
que se passava em junho, afinal a CCDR não responde porque a câmara nunca pagou o parecer
mas mais estranho! Os serviços alertados para isto há 15 dias ...
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Oh Samuel isso faz parte do tema?”
Samuel Cruz, do PS, disse: “Faz! Faz! É para toda a gente perceber! Há 15 dias voltei a questionar e
a câmara continuou sem pagar, ou seja, estão a ver o refinamento e aquilo que fazemos para as
coisas não acontecerem, aquilo que eu vos digo é: como o Ary dizia: poeta castrado não!”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Eu inscrevi-me como não estava mais ninguém, e
como isto tem a ver comigo, por acaso o tempo do Presidente não devia de contar nisto. Não! Nes-
ta matéria porque o Presidente é contraparte. Atenção, o tempo do Presidente não conta aqui. O
Presidente é contraparte, claro! O Presidente aqui não é grupo municipal, não é CDU, de tal manei-
ra que está a ser questionado. Não está a ser questionado como CDU! Está a ser questionado por-
que indeferiu duas propostas e há uma questão aqui muito clara, a Assembleia Municipal não
manda na Câmara Municipal são órgãos autónomos, com competências próprias, tanto a câmara
como a assembleia municipal. A assembleia é o órgão fiscalizador, não é o órgão executivo. Portan-
to, essa coisa de que a câmara não faz e a assembleia substituiu-se não está em lei nenhuma, não
está escrito em lado nenhum e é uma falácia completa, falácia de advogado, isso serve para o tri -
bunal, isso no tribunal é bestial, aqui não serve na minha opinião porque também o que está dito e
a intervenção que agora teve lugar do Samuel Cruz passou por cima completamente das compe-
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tências da câmara. Então, a assembleia agora é que passa a ter competências da câmara e compe-
tências executivas, qualquer dia vem uma proposta a dizer a câmara municipal o sr. presidente tem
que fazer um regulamento de urbanismo diferente, a Câmara Municipal tem que dar um apoio di-
ferente ao movimento associativo. Então, mas quais são as competências da câmara e as compe-
tências da assembleia? Isso é que está em questão e o que se pretende aqui é subverter por com-
pleto as competências da câmara tornando a assembleia um órgão executivo, não é? Mais, no caso
do Conselho Municipal e nos conselhos a legislação é clarinha, diz quais são os conselhos, que é o
conselho municipal de segurança, em que eu estou a dizer o que está escrito, não estou a dizer
nada de novo. Estou a dizer o que vos chegou o conselho municipal de segurança sim, é competên-
cia da assembleia, está na lei em termos de regulamento, criação é a câmara e o conselho local de
educação também no regulamento são as duas, a lei é clara não se venha cá com invenções que
agora a Assembleia Municipal já pode criar e já pode fazer o regulamento do conselho municipal
da juventude, isto é completamente ilegal, não tenho qualquer duvida enquanto autarca, em 30
anos de autarca e não precisava de jurista nenhum para isto, eu nunca assinaria uma ilegalidade
destas. Nós podemos discutir e bem aqui tudo na assembleia, os recursos é uma figura da lei e do
regimento, muito bem, é a democracia e a vivacidade da assembleia, isso tudo bem! Agora, por
cima da lei não! Nunca por cima da lei. O executivo tem competências próprias e a Assembleia Mu-
nicipal tem competências próprias. A assembleia é um órgão fiscalizador não é o órgão executivo e
não manda na câmara, como a câmara não manda na assembleia, nem nas juntas de freguesia. É
bom ver o que são os órgãos do poder local, a sua autonomia e as suas competências e esta é que
é a verdadeira discussão, é uma questão política, mas é uma questão de ordem legal que não haja
duvidas sobre essa matéria. O Presidente da Assembleia é aqui questionado em concreto, não só
nas intervenções mas em relação ao recurso apresentado, isto não tem nenhuma questão é a de-
mocracia, não apenas o cumprimento da lei como é evidente nesta apreciação que estamos a fazer
mas vamos fazê-la sobre a matéria em concreto e não sobre os conteúdos que não estamos aqui a
discutir, estamos a discutir um recurso. Intervenções sobre esta matéria? Tomás, faz favor” 33:55
Tomás Santos, do PS, disse: “Sr. Presidente da Assembleia da Assembleia Municipal ainda bem que
fala em legalidade e eu fico sinceramente estupefacto em vê-lo falar com essa soberba sobre o
cumprimento da lei e depois quando nós vamos falar sobre o conselho municipal da juventude que
é uma lei que diz que a Assembleia Municipal deve aprovar o regulamento do conselho municipal
da juventude e o Código de Procedimento Administrativo, que eu não sei se vocês sabem, é lei diz
que quando a adoção de regulamento seja necessária para dar exequibilidade ao ato legislativo
carente de regulamentação o prazo para emissão do regulamento é, no silêncio da lei, 90 dias. A lei
dos conselhos municipais de juventude foi aprovada a 18 de fevereiro de 2009 são 11 anos e quase
3 semanas de ilegalidade, de não cumprimento da lei e o Sr. Presidente da Assembleia Municipal
vem agora falar de lei? Do cumprimento da lei? Mas afinal aqui quem é que aqui não cumpre a lei?
Não cabe à Assembleia Municipal a propositura desse regulamento, e eu pergunto quando ao final
de 11 anos, quem é responsável por produzir um ato que está obrigado a fazê-lo por lei não o faz,
qual é a solução? Vamos ficar eternamente até ao final dos nossos dias até ao dia em que nenhum
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de nós que aqui está hoje aqui esteja à espera que a câmara decida propor o regulamento é isso
que me está a dizer? Pois olhe, está contra a lei se é isso que me está a dizer porque o mesmo
artigo 187 que fala dos 90 dias diz no seu n.º 2) se o regulamento não for emitido no prazo devido
os interessados diretamente prejudicados pela situação de omissão podem requer a emissão de
um regulamento ao órgão em competência na matéria sem prejuízo da possibilidade do recusado
jurisdicional, é isto que o nº2 do artigo 187 do CPA, diz. Ora, parece-me mais que plausível que
esta Assembleia Municipal e os partidos aqui representados são diretamente interessados, são
diretamente prejudicados, mesmo que não seja pela lei porque já aprovaram há bem mais do que
90 dias uma moção que define isso, que não foi ainda implementada. Eu acho que é evidente que
esta Assembleia Municipal tem competência para essa decisão. Dizer apenas, por fim, que há
sempre possibilidade da tutela jurisdicional, agora eu pergunto se este município quer passar pela
situação no mínimo embaraçosa de ver esta situação resolvida nos tribunais com toda a exposição
publica por não ser capaz de produzir um ato administrativo e aquilo que o PS fez foi
voluntariamente dar um contributo, que não precisava de ser aquele contributo porque é preciso
perceber aqui uma coisa que é, havia uma proposta de implementação e havia um regulamento
anexo, esse regulamento não precisava de ser aprovado, podia ser implementado e discutido o
regulamento, aquele documento servia para que não faltasse nada a esta câmara e à câmara
municipal poder discutir o regulamento e apresenta-lo, não tendo uma alternativa melhor pode
apresentar aquela e discutirmos”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais intervenções? João Rebelo, depois Cláudio
Anaia. João Rebelo se faz favor”.
João Rebelo, do CDS-PP, disse: “Sobre esta matéria existe primeiro uma análise que eu fiz à
bocado e como o Samuel já falou que parece-me que ao longo destes três anos e porque é a
primeira vez que a CDU não tem maioria absoluta nesta Assembleia Municipal desde 1976 perante
este quadro novo o Sr. Presidente da Câmara atua exatamente como se ainda tivesse a maioria
absoluta e peço desculpa Sr. Presidente, eu agora estou a falar com o Sr. Presidente da Assembleia
Municipal o Sr. Presidente é membro desta assembleia como todos nós aqui somos e parece-me
que era o mínimo que perante deliberações aqui aprovadas por maioria não cumpridas pela
Câmara que o Sr. Presidente devia de ser o primeiro a exigir que essas deliberações fossem
respeitadas pela câmara porque senão volto a repetir a palavra com o que eu disse à bocado
estamos a transformar a Assembleia Municipal um verbo de encher, estamos aqui a reunir,
aprovamos recomendações à câmara, maioritárias porque tem uma maioria absoluta que aprova
isso e às vezes as maiorias são diferentes como se viu, há muitas coisas que a CDU propõe aqui que
são aprovadas e que eu já votei favoravelmente e essas são cumpridas, portanto às vezes as
maiorias até são diferentes, temos aqui uma vida democrática profunda e depois não são
cumpridas. Portanto, a questão aqui também é política neste sentido, a Assembleia Municipal se
dar ao respeito em relação a deliberações que são aqui tomadas. Eu acompanho o Sr. Presidente
neste caso de facto, é difícil perceber, eu não sou jurista mas trabalhei durante 25 anos com leis,

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portanto sei alguma coisa do trabalho que tive na Assembleia da República, também sei uma coisa
que é verdade, estou a olhar ali para uma coisa que é vermelha, um jurista terá sempre maneira de
consoante o lado em que estiver de dizer que não é bem vermelho, se calhar é encarnado, mas
aquilo está vermelho, mas ontem estava amarelo, ou seja desculpas para dizer uma coisa
totalmente diferente sobre uma coisa que parece óbvia perante toda a gente. Portanto, é fácil
quem é perito na técnica do direito de arranjar argumentos contra ou a favor do que estamos aqui
a discutir. Eu acompanho de certa maneira o que foi aqui explicado pelo Samuel Cruz e parece-me
que à pergunta que o Sr. Presidente da Assembleia Municipal nos fez qual era a nossa opinião, eu
não considero salvo melhor respeito, respeito quem tenha uma opinião diferente é que eu
também não tenho certezas absolutas sobre esta matéria, mas inclino-me a pensar que nós não
estamos a violar a lei, nem a passar por cima das atribuições que são da assembleia municipal ou
da câmara municipal quando estamos a discutir estas dois assuntos específicos e também a
Assembleia Municipal e corrijo uma coisa, também é o órgão deliberativo, nós aprovamos os
orçamentos da câmara municipal não estamos só aqui a fiscalizar a ação da Assembleia Municipal,
nós aprovamos objetivamente decisões muito importantes é o caso do orçamento, é evidente
como aconteceu há 2 anos o orçamento não foi aprovado e a câmara teve que trabalhar durante 8
meses em duodécimos. Eu acho que há uma questão política indiscutível que é como é que
deliberações que são aprovadas na Assembleia Municipal não são cumpridas pela câmara e por
outro lado, não me parece, salvo melhor opinião que estamos a ir para além das nossas
competências, aceitando os argumentos que são apresentados pelo Partido Socialista e pelo PAN
para recorrer da decisão do Sr. Presidente”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Cláudio Anaia”.
Cláudio Anaia, do PS, disse: “Sr. Presidente deixe-me dizer com toda a clareza, esta é a minha
primeira Assembleia Municipal no Seixal, eu já fui deputado municipal num outro concelho há
muitos anos atrás e acredito e digo-lhe com toda a frontalidade que eu estou estupefacto porque
eu cresci com pessoas do Partido Comunista, porque eu sou do Barreiro como Hélder Madeira,
Álvaro Monteiro, pessoas que fizeram parte da minha criação, não só política, mas cívica, eu
aprendi com muitas pessoas do PC que devemos discutir sempre, devemos partilhar ideias, um
deles ensinou-me que a Assembleia Municipal e Câmara Municipal são irmãos que se auto ajudam
foram com pessoas do seu partido, camaradas seus que me ensinaram isso e aquilo que eu tenho
visto aqui e desculpe, dizer-lhe com toda a frontalidade e com todo o respeito que tenho por si
que tem tido um comportamento quase de minimização desta Assembleia Municipal. A
Assembleia Municipal é um órgão não só fiscalizador mas também pode sugerir, também pode
apoiar e colaborar com a Câmara. Sr. Presidente da Câmara, eu não consigo perceber, isto vem ao
encontro da proposta. Já há tantos municípios neste distrito onde vários partidos podem participar
onde podem colaborar e onde podem sugerir e onde podem inclusive vereadores com pelouros
que dão a conhecer à sua população aquilo que têm feito, partidos que não têm nada a ver neste
caso com a força dominante e Presidente Joaquim Santos porquê? Porque sabe uma coisa? O sr. foi

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eleito e os outros vereadores também foram eleitos. O sr. tem tanta legitimidade como têm os
outros e dizer que as pessoas vão para o Boletim Municipal fazer aproveitamento político e chicana
política estão ali ambos com atenção ao último Boletim Municipal, porquê esta guerra? Dê-em
oportunidade para que todos se possam expressar livremente e possam dar a sua opinião. O
Conselho Municipal de Juventude também já existem muitos conselhos no nosso distrito. Tarda!
Já devia ter sido organizado e estruturado e aprovado há muitos anos, porque na verdade a
juventude é o futuro e é muito bom que eles participem com as suas opiniões”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Nós estamos a ter várias intervenções e não estão a
discutir recurso nenhum. Paulo Silva”.tal para o que estamos aqui hoje a discutir, não estamos a
discutir a questão da pluralidade do Boletim Municipal, não estamos a discutir a criação do
Conselho Municipal da Juventude, não é isso que nós aqui aqui a deliberar esta noite. O que nós
aqui estamos a deliberar é se a decisão da Mesa por considerar que nas competências da
assembleia não estão compreendidas estas matérias é legalmente admissível ou não? A questão é
unicamente jurídica que nós temos aqui a discutir hoje, se nas competências estão ou não estas
atribuições e virmos aqui com argumentos que eu sinceramente pensava que em 2020 já não
aconteceria do estilo as opiniões jurídicas são como as vaginas, quem quiser dar dá-las. Epá, acho
que isto é de um mau gosto extraordinário e, do ponto de vista jurídico não tem nada a ver.
Depois, vir aqui dizer que sobre esta matéria há acórdãos do Tribunal Constitucional então que se
identifiquem esses acórdãos! A questão do parecer sobre as alterações à proposta vinda da
câmara, lembrar o Sr. eleito Samuel Cruz que foi ele próprio que disse que não queria um parecer
vindo dos serviços jurídicos da câmara, não foi a questão dos serviços jurídicos da câmara se
recusarem ou não estarem disponíveis para dar o parecer, foi o eleito Samuel Cruz que disse isso.
Portanto, vir agora aqui dizer como é que para esta matéria há logo um parecer e sobre aquela não
houve porque o sr. eleito Samuel Cruz disse que não queria um parecer dos serviços jurídicos da
câmara. Depois vem-ase aqui afirmar que há uma omissão da Câmara Municipal e que a
Assembleia Municipal tem que suprir essa omissão, ou seja, o que é aqui afirmado com isto é que
a Assembleia Municipal do Seixal seria um órgão de substituição. A competência é do órgão
câmara municipal, o órgão câmara municipal não delibera sobre isso, não cria o tal ato
administrativo e a Assembleia Municipal fica com competências automaticamente para deliberar
sobre o mesmo, substituindo o órgão que era competente. Ora, a Assembleia Municipal não é
nenhum órgão de substituição. O regime jurídico das autarquias locais Lei 75/2013 diz no seu
artigo 6.º que a Assembleia Municipal é um órgão deliberativo e a Câmara Municipal é um órgão
executivo não há aqui uma questão de substituição do outro órgão como um não faz o outro ficar
com as competências. Mais, se vamos analisar as competências da Assembleia Municipal e da
Câmara Municipal vemos que o artigo 25.º que trata das competências da Assembleia Municipal
diz no seu titulo que são competências da apreciação e fiscalização e nem alínea alguma diz que
tem competências para se substituir a Câmara Municipal em qualquer matéria não tem, já o artigo
33 da lei ao referir-se às competências da Câmara Municipal diz que são competências materiais,

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ou seja enquanto um é o órgão executivo, que pode apreciar e fiscalizar o órgão deliberativo que
esse sim tem competências materiais é isto que resulta do regime jurídico das autarquias locais.
É claro que sabemos que a alínea k) do numero 2 do art. 25.º diz que a Assembleia Municipal pode
pronunciar-se e deliberar sobre todos os assuntos que visem a prossecução das atribuições do
município, disse aqui o eleito Samuel Cruz que ao estar a pronunciar-se e deliberar é sobre todas
as competências, nada está excluído. Tive o cuidado de verificar se é isto que a doutrina entende e
encontrei um estudo na revista das assembleias municipais, o n.º 10 de abril/junho de 2019,
estudo da autoria do professor catedrático jubilado da escola de direito da universidade do Minho,
o professor Cândido de Oliveira e sobre esta questão quem está por dentro do mundo do direito
sabe que a escola de direito da Universidade do Minho indubitavelmente tem sido a que mais tem
estudado o direito das autarquias locais e mais tem aprofundado esta matéria pois, sobre a alínea
k) o professor Cândido de Oliveira diz neste estudo que estes assuntos têm uma limitação e qual é?
A limitação apenas de não invadir a competência de outros órgãos do município, nomeadamente
da câmara. Portanto, a doutrina sobre isto teve a estudar a legislação o regime jurídico das
autarquias locais e considera que há esta limitação do ponto de vista jurídico que é não invadir a
competência da Câmara Municipal. A Assembleia Municipal pode deliberar mas sobre matéria que
não seja da competência da Câmara Municipal porque senão estaríamos a violar um principio
fundamental de qualquer ordenamento jurídico que é a separação de poderes, do poder
executivo, do poder deliberativo. Portanto, acho que quanto a esta questão não sendo a
Assembleia Municipal um órgão de substituição, tendo competências de fiscalização e de
apreciação não tendo competências executivas que são da Câmara Municipal não pode na alínea
k) deliberar sobre matérias que são da competência da Câmara Municipal.
O que a proposta do PS vem e diz e é muito clara sobre isso é a criação do Conselho Municipal de
juventude do município do Seixal e a aprovação do respetivo regulamento indubitavelmente
questões executivas e quanto à questão do regulamento interno o artigo 33.º do regime jurídico
das autarquias locais que estabelece as competências da Câmara Municipal, as tais competências
materiais é claro ao dizer que é competência da Câmara Municipal, isto na alínea k) do n.º1
compete à Câmara Municipal elaborar e submeter à aprovação da Assembleia Municipal os
projetos de regulamentos externos do município, bem como aprovar regulamentos internos, ou
seja, estamos aqui assim numa matéria que é competência da Câmara Municipal. Portanto, assim
do ponto de vista jurídico e é este que estamos aqui assim a deliberar, sendo estas matérias
competência do órgão executivo Câmara Municipal não pode a Assembleia Municipal deliberar
sobre os mesmos em substituição”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Vítor Cavalinhos”.
Vítor Cavalinhos, do BE, disse: “É possível a Assembleia Municipal discutir matérias apresentadas
pelos partidos na ordem do dia? É! É possível o regimento prevê essa possibilidade, não é a
primeira vez que a Assembleia Municipal discute propostas dos partidos para a ordem do dia, será
a segunda vez, a primeira vez foi quando o Bloco de Esquerda propôs na introdução da ordem de
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trabalhos para se discutir um referendo local sobre a agregação de freguesias, curiosamente teve o
voto favorável exclusivamente do Bloco de Esquerda, os outros partidos votaram todos contra mas
isso faz parte da história e se os partidos não propuseram assuntos para discutir na ordem de
trabalhos foi simplesmente porque não quiseram, nós quisemos dessa vez, propusemos, é assim!
Agora, nós achamos que este assunto é complicado, eu também tenho, se calhar os outros
membros da Assembleia Municipal não terão, eu tenho muitas duvidas sobre este problema,
portanto acho que é difícil ter uma posição perfeitamente clara sobre o que aqui está em causa,
mas algumas reflexões se é da competência da Câmara Municipal apresentar o regulamento
interno do Conselho municipal da juventude, do ponto de vista legal, se é da competência da
câmara e parece que é, apresentar esse regulamento, do ponto de vista legal pode a Assembleia
Municipal aprovar um regulamento e impô-lo à câmara? Tenho as maiores duvidas que possa. Por
exemplo, a Câmara Municipal do Seixal tem um regimento de funcionamento mas, imaginemos
que a Câmara Municipal não tem intenção de aprovar um regimento interno do seu
funcionamento, pode a Assembleia Municipal aprovar um regimento de funcionamento interno da
câmara e impor à câmara? Porque aqui pode-se sempre utilizar o argumento que esse assunto é
do interesse municipal. Eu acho que a Câmara Municipal tem um regulamento interno é do
interesse municipal, acho que ela funciona melhor há mais democracia é uma interpretação é
porque o ser do interesse municipal dá para tudo e para um par de botas, esse argumento é um
chapéu que dá para tudo, para nós tomarmos decisões contraditórias e contrárias, umas em
janeiro outras em novembro, com esse argumento, isto é uma coisa objetiva, pode a Assembleia
Municipal aprovar um regulamento interno e dizer à câmara está aqui o vosso regulamento e
vocês têm que funcionar porque a Câmara Municipal achou que o executivo não tem um
regulamento interno, é uma falha que está a prejudicar o debate democrático da câmara e está a
prejudicar os vereadores e o direitos dos outros vereadores e a câmara que fiscaliza a atividade
municipal pode chegar aqui e dizer vamos lá fazer um regulamento interno, tomem lá e vão passar
a funcionar assim porque isso melhora a democracia pode? Eu acho que não pode! Não podemos
utilizar o argumento que a Assembleia Municipal aprove o que quiser e os tribunais depois
decidem o que é legal e o que não é, eu não aceito isso! Quer dizer, posso ser obrigado a aceitar,
eu não sou jurista nem de perto nem de longe mas o Samuel é advogado, não é jurista, mas é
advogado conhece isto, eu sou um azelha nessa matéria, não é minha competência, mas o Samuel
é, nós aprovamos aqui, isso é legal? Se calhar não é e se calhar também interessa pouco que seja,
a gente aprova aqui o que aprovar e depois o Tribunal vai decidir mas isto é assim? Então, eu não
sou jurista mas tenho a obrigação e o dever de conhecer as leis, o regimento. Estou aqui, tenho um
mandato que me foi atribuído, tenho o direito de me informar das coisas quando venho aqui
tomar uma decisão, não posso dizer tomo eu a decisão que tomar e o tribunal depois decidirá
então, estou aqui a fazer o quê? Se estamos a tomar decisões que a sua sustentação é pouca clara,
mas se não é o caso acho que devemos toma-la de acordo com aquilo que conhecemos. Eu acho
que não podemos utilizar o argumento do meu ponto de vista, a câmara não cumpriu a lei, se a
câmara não cumpriu a lei a Assembleia Municipal pode não cumpri-la também? Eu acho que a
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Ata nº 06/2020
3ª Sessão extraordinária – 24 de agosto de 2020
câmara devia de cumprir as deliberações da Assembleia Municipal, nomeadamente sobre o
Boletim Municipal acho que deve cumprir, agora se eu tenho o argumento a câmara não cumpriu a
lei então, a Assembleia Municipal pode também não cumprir a lei? Se a câmara não cumprir
durante anos e anos porquê que eu sou obrigado a cumpri-la agora. Também não cumpro. Pode
ser esse argumento? Acho que não podemos utilizar esse argumento do meu ponto de vista, por
exemplo a Assembleia Municipal chumba o orçamento, a Assembleia Municipal 2 meses depois
pode impor um orçamento à Câmara Municipal? Do ponto de vista formal, pode! É chumbado o
orçamento e quando é que a câmara apresenta o orçamento, foi chumbado já passou um, dois,
três meses nunca mais apresenta o orçamento espera aí que a gente já trata do assunto. A cãmara
chega aqui aprova um orçamento e agora o orçamento que vocês têm que cumprir é este. Não
pode! Porquê? Porque a lei diz que a assembleia municipal só pode rejeitar ou aprovar o
orçamento não pode fazer um orçamento novo e propo-lo ao poder executivo. Pode rejeita-lo ou
não! Não é o que diz a lei mas com esse argumento a gente pode chegar aqui e se passar a valer
tudo, chegamos aqui rejeita-se um orçamento e há uma maioria diferente na Assembleia
Municipal com o executivo a gente discute um orçamento alternativo e impõe ao executivo. Eu
tenho sérias duvidas que isso possa acontecer, estou a por exemplos que são de acordo com aquilo
que eu penso.

Mais duas notas finais, não sei se recordam todos os partidos aprovaram na comissão de educação
uma proposta para repor a carreira dos professores e o que fez o Governo do PS? Ameaçou
demitir-se e abriu uma crise política porquê? Porque os partidos da oposição estavam a invadir as
competências do governo, nomeadamente aumentar a despesa prevista no orçamento e o
Governo disse ai é assim? Então, vou-me embora ! Ameaçou, podia ser a fingir ou não, uma crise
política porque os partidos numa comissão de educação tinham aprovado uma medida que era
contra, já agora o orçamento e a opinião do Governo. Eu estou a utilizar este argumento que é
uma coisa que vocês todos conhecem.

Já agora, eu também faço uma pergunta, democraticamente isto não tem nenhum problema,
porquê é que o PS tem 4 vereadores e não propôs no executivo uma proposta de regulamento
para o Conselho Municipal da Juventude? Tem toda a competência para o fazer. O PS ou qualquer
partido ou o Bloco de Esquerda ou o PSD no executivo municipal para chegar lá e fazer uma
proposta para o regulamento para o conselho municipal de juventude. Penso que pode, posso
estar a errar mas isto é uma questão que à bocado na minha reflexão pus aqui.

Por ultimo, eu solicitava o seguinte: se os partidos entenderem muito bem, ao PS e ao PAN que
retirassem estes dois recursos da ordem de trabalhos de hoje que isto fosse discutido na
conferência de lideres que fosse fornecida toda a informação e pareceres que os diversos partidos
conhecem sobre esta matéria uns contra, outros não, já agora, toda a informação que os partidos
tivessem, para analisar esta situação fazia todo o sentido para que sejam pareceres diferentes do
Tribunal Constitucional, tudo o que existe sobre essa matéria e para nós depois voltarmos a
discutir este problema e a traze-lo à Assembleia Municipal se assim forem a vontade dos partidos
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Ata nº 06/2020
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proponentes. Eu acho que é um assunto complicado e eu acho que devemos tomar decisões
baseados nas leis que existem independentemente de nós estarmos de acordo com elas ou não,
isso já é outra conversa”.

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Tem a palavra o Rui Belchior, se faz favor”.

Rui Belchior, do PSD, disse: “Eu estava ali a assistir fascinado às diversas posições que foram aqui
sendo assumidas e de facto, o direito não é cada um tem a sua opinião, mas o direito também não
é matemática e eu como jurista de formação que sou e advogado, não me atrevo como alguns já
aqui se atreveram a tomar posições definidas sobre este assunto. Creio que inclusive esta proposta
do Vítor Cavalinhos é uma proposta na qual eu concordo porque permitiria um período de reflexão
que eu creio que este tema merece porque apesar da aparente simplicidade e a pergunta seria se
é legalmente admissível o recurso ou não, mas quer dizer as pessoas para sustentarem isto têm
que estar aqui quase meia hora a cada um com a caixa de pandora já aberta, até atendendo à
hora, sobre uma matéria que não é assim tão linear e tão simples. Ouvindo o Samuel, diria bom é
uma leitura plausível, é uma interpretação possível, pode ser. Ouvindo o Paulo Silva com recurso a
uma pessoa catedrática faz uma interpretação mas eu aí diria bom: isso é a opinião dele, a lei não
o define, a lei não explicita de forma objetiva e depois há os professores catedráticos para fazer
essas interpretações mas como todos sabemos se fosse assim tão simples, não andariam processos
no Tribunal Administrativo 15/20 anos e toda a gente sabe que é verdade aquilo que eu estou a
dizer. É no Tribunal Administrativo e no direito administrativo que é apesar da aparente
simplicidade dos assuntos, é dos assuntos mais complexos e de mais difícil interpretação. Eu não
ouso, embora admita que as leituras e as interpretações, as diversas que aqui foram feitas sejam
todas plausíveis, eu não estou em condições de assumir aqui uma posição se isto é legalmente
admissível, se as competências colidem umas com as outras etc, uma coisa e para terminar eu sei,
e nós estamos particularmente à vontade o PSD porque olhe vocês também saberão nós não
recorremos aos pedidos de esclarecimento, não fazemos requerimentos ou raramente fazemos
requerimentos, portanto nesse capitulo estou perfeitamente à vontade para fazer esta afirmação e
nós até estamos convencidos que esta não é a forma de se modificar seja o que for. É nas eleições
obtendo outros resultados, ganhando as eleições e aí sim, poderemos um dia mudar o status quo
e a forma como as coisas funcionam, mas queria dizer isto para terminar isto só sucede estas
tentativas ou estas interpretações que são feitas à legislação, só se sucede porque a câmara
municipal e este executivo não têm acatado as deliberações que são aqui aprovadas por maioria
nesta assembleia e portanto, não admira que os partidos na posse de algum inconformismo
procurem por todos os meios obter e implementar essas medidas que não foram aqui aprovadas e
é a razão de ser de estarmos hoje aqui a discutir este assunto, é exatamente esta e não custava
nada até do ponto de vista do sistema democrático a câmara acatar, não diria todas, mas já são
dezenas aquelas que foram aqui aprovadas e que não são acatadas, são ignoradas e muitas vezes
até publicamente desprezadas mas para já, é o que tenho para dizer, creio que para terminar acho
que esta sugestão até atendendo ao adiantado da hora do Vítor Cavalinhos é razoável de virmos
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voltar a discutir este tema, dar tempo também aos partidos para o estudarem melhor. Alguns dirão
mas já tiveram tempo. Não! Este é um tema com alguma complexidade e portanto, creio que era a
melhor solução até para podermos evitar de vir cá amanhã”.

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Paulo Silva”.

Paulo Silva, da CDU, disse: “Só sobre o historial desta Assembleia, já houve outras situações em
que por proposta de eleitos houve assuntos que foram incluídos na ordem do dia. Lembro-me até
de uma situação concreta do CDS/PP que apresentou no período de antes da ordem do dia uma
moção de censura e que foi visto, no mandato anterior, que era uma matéria que devia de estar no
período da ordem do dia e passou para a assembleia seguinte para não estar com as limitações
que poderia haver no período de antes da ordem do dia. Agora o que penso é que temos que ser
sérios na matéria a maneira como discutir isso e eu estava aqui a ver as atribuições do município,
indo pelo que a posição jurídica aqui defendida pelo Samuel é que a Assembleia Municipal teria
poderes para deliberar sobre tudo aquilo que a Câmara não deliberasse. Ora, uma das atribuições
do município que está no artigo 23.º, n.º 2 é a criação da policia municipal. Então, a seguir vem
uma proposta para a Assembleia Municipal deliberar sobre isso? Não, não pode ser! São matérias
que é da competência da Câmara Municipal o facto, de a alínea k) dizer que a prossecução das
atribuições do município, esta é uma atribuição do município! Então, aí a Assembleia Municipal
tem poderes para criar ela a policia municipal porque a câmara municipal entendeu até ao
presente não criar e no meu ponto de vista muito bem. Não! Não tem essas competências, não
pode fazer e não vamos aqui dizer porque temos que ser um órgão responsável aprovamos e
depois logo se vê, vai para tribunal discutir porque daqui a 15 ou 20 anos, como disse aqui o Rui
Belchior da maneira como estão os tribunais administrativos que estão um caos haver uma
deliberação sobre isto. Acho que temos que ir e que deliberar, temos que saber as atribuições
deste órgão, termos em atenção o professor Cândido de Oliveira foi o único que eu encontrei
porque tive o cuidado de ir estudar esta matéria para ver e é o único em que encontrei a escrever
sobre as competências da Assembleia Municipal e o que diz é muito claro, o que seja competência
da Câmara Municipal não cai dentro da alínea k) do n.º 2. Portanto, quanto a isso é claro que não
podemos deliberar sobre estas matérias e volto a dizer, o que estamos aqui assim é um recurso
que tem que ser analisado unicamente do ponto de vista jurídico, não se concorde ou não com a
criação do conselho municipal da juventude, não é isso que está aqui em discussão, é se do ponto
de vista jurídico a Assembleia Municipal tem competências para se substituir ao órgão executivo
do município que é a Câmara Municipal e efetivamente não as tem”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “É altura de por à consideração da assembleia
porque estamos a chegar à uma da manhã e portanto à hora regimental qual é a opinião e o nosso
procedimento é os lideres, ou seja prosseguimos a assembleia porque estamos ainda nestes dois
pontos e temos as propostas da câmara a seguir ou passamos para amanhã também no quadro da
convocatória que é sempre uma convocatória que a sessão pode prosseguir. Portanto, qual é a
opinião? Não percebi Samuel. O PS prossegue. CDU? CDU prossegue. Rui, o PSD? Eu não consigo
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dizer mas acho que se este ponto estiver a fechar, qualquer que seja a forma que estiver a fechar,
creio que as outras matérias diria uma hora, não? Portanto, às duas acho que há condições de ter
isto. Bloco, Vítor? Sim! António? João? Prosseguimos? Carlos? Sim?
Pronto, é prosseguir é a opinião. Ora, então estamos com intervenções ainda neste ponto dos
recursos. Quem é que pretende intervir mais? Não há mais intervenções nos recursos? O
preponente e o visado. Entretanto, houve aqui duas intervenções a do Vítor Cavalinhos e a do Rui
Belchior que fizeram, mas quem decide são os proponentes como é óbvio não é, mas que fizeram
uma proposta, uma sugestão de retirada dos recursos para apreciação na próxima conferencia de
lideres que está marcada para 9 de setembro face à complexidade da matéria e à necessidade e à
importância do seu aprofundamento de se tirarem duvidas, estou a dizer o que foi a proposta do
cavalinhos e corroborada pelo Rui Belchior, certo? Vejam lá se os proponentes querem sobre esta
matéria. Preponente, Samuel”.
Samuel Cruz, do PS, disse: “Começar por dizer que os pareceres jurídicos têm o valor que têm e
acima de tudo o valor que quisermos dar, este por exemplo era algo que eu tentei evitar dizer que
remete por exemplo para legislação revogada, ou seja o parecer jurídico que foi feito em concreto
em relação à proposta do PAN que foi apresentado pelos serviços jurídicos da câmara remete para
legislação que já não está em vigor, tem essa credibilidade ou a falta dela como quisermos
interpretar essa é a primeira questão.
Segunda, esclarecer e isso é importante que o PS apresentou esta proposta para deliberação da
câmara mas o Sr. Presidente da Câmara recusou-se a agendar o ponto na ordem de trabalhos e
portanto, esta discussão aqui foi muito útil. De facto, o que se passa e estamos a chegar aqui
porque vivemos numa asfixia democrática, os partidos da oposição tentam por todos os meios e
não querem à força aprovar as suas propostas, mas tem o direito que elas sejam discutidas e que
cada um apresente a sua posição, ainda que seja reprovando isto é clarificador do debate
democrático e é importante. O que não é democrático é fugir ao debate, na medida em que não é
é aceitável. Depois, Vítor Cavalinhos deu aqui um exemplo que serve bem para ilustrar esta
questão, o Governo disse estão a entrar nas nossas competências demitimo-nos, não disse não
fazemos, que é o que se passa aqui. O Presidente da Câmara diz não fazemos não é a mesma coisa,
se fizerem isso e entra-se num ponto, é evidente que há aqui uma fronteira que é clara naquilo que
são as competências da assembleia, se tiverem implicações orçamentais a assembleia não pode
deliberar porque não pode alterar o orçamento, podem em circunstancias especificas mas em
concreto, não é depois de estar aprovado fazer alterações, essa é a reserva e é a fronteira. É
importante que se entenda isso, depois a discussão jurídica é muito complexa e tem a ver qual é o
órgão que pratica o ato administrativo e todos os atos que implicam a sua deliberação na
assembleia como é a criação do conselho municipal da juventude são atos administrativos da
assembleia, nunca da câmara. Portanto, a competência para deliberar é da assembleia e não da
câmara. O que se pode depois discutir é se o ato é autónomo ou não é autónomo, ou seja se
precisa de proposta ou se não precisa de proposta, esta é a questão jurídica. O PS propõe uma
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decisão salomónica 1_20:50 e qual é a decisão, não retirar o recurso, retirar o recurso tem para já
uma leitura política que não deve ser feita e tem um efeito que é para podermos voltar a discutir
este assunto teria que ser apresentado novo recurso e não é isso que eu percebi das propostas.
Portanto, a decisão salomónica que nos parece mais justa e que o PS desde já diz que aceita é que
o ponto seja retirado, ou seja que a assembleia reconheça que não há condições ainda que foi
aquilo que foi dito, de deliberar em consciência sobre este ponto, o ponto é retirado e vai a
conferencia de lideres e se for caso disso volta para ser de novo debatido ou os recorrentes
retiram em sede de lideres o recurso e deixa de ser necessário manter aqui o ponto da ordem de
trabalhos. Agora o que não é justo é dizerem aos “recorretes” tirem lá o recurso porque nós não
estamos em condições de deliberar. Não! Então, se não se está em condições de deliberar o ponto
deve ser retirado e nós aceitamos isso. Há um recurso, se o recurso não for deliberado hoje tem
que ser deliberado no futuro nós propomos que seja deliberado quando estivermos todos mais
conscientes disso, não é justo ser ao PS e ao PAN olhem retirem lá porque ainda não estamos em
condições de votar em consciência, parece que o que protege melhor o interesse de todos e o
interesse da assembleia é que se voto quando todos estivermos esclarecidos, foi isso que aqui foi
dito”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “António Sota Martins”.
Ricardo Soares, do PSD, abandonou os trabalhos neste ponto, pela 1.00h e comunicou o facto à
mesa.
António Sota Martins, do PAN, disse: “Como é óbvio o recurso que foi apresentado pelo PAN
também foi feito por alguém que é jurista, o André Nunes é jurista, portanto podemos continuar a
discutir, haverá de certeza imensas opiniões sobre a situação mas desde já aceitamos a proposta
do PS de que o ponto seja discutido novamente em conferencia de lideres para futuro
agendamento em Assembleia Municipal “.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Os proponentes aceitaram tanto o Samuel Cruz
como o António retirar, não há aqui eufemismos nesta coisa, um ponto é um ponto, o que é
retirado é da ordem de trabalhos, o que é retirado é o ponto 2) pedidos de recurso para o plenário
apresentado pelo grupo municipal do PAN não é votado.
Ponto 3) pedido de recurso para o plenário apresentado pelo grupo municipal do PS não é votado
e baixa à comissão de lideres que tem lugar no dia 9, já estava agendada e entra esta matéria e
portanto, é discutida na conferencia de lideres, é isso? É o preponente que foi já ali intervir e dizer
sim sra. quero que retirem da votação. Então, mas os proponentes podem ou não retirar as
propostas? Podem retirar. O que estamos a falar é que retira o recurso da votação. Isto agora é
com os lideres senão, entramos aqui desculpe lá Tomás, senão às tantas. Então, precisamos de
parar aqui para ver isto? Vítor, podes!”
Vítor Cavalinhos, do BE, disse: “Eu acho que a gente não precisa de ligar nenhum complicador, os
proponentes, eu fiz a proposta dos pontos, estes dois pontos serem retirados da ordem de

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trabalhos e hoje são retirados da ordem de trabalhos não são debatidos e baixam à conferência de
lideres. Depois, onde de explicar qual é o problema, é preciso a Assembleia Municipal prenunciar
se aceita ou não a retirada dos pontos? Acho que não! Diz.

Discurso inaudível de Samuel Cruz.

Vítor Cavalinhos, do BE, disse: “É retirado e vamos para a conferencia de lideres. O que eu propus
e que vocês aceitaram é que a Assembleia Municipal hoje não se prenuncia sobre os dois recursos
apresentados, é isto não é? E vamos discutir em conferencia de lideres esta matéria”.

Paulo Silva, da CDU, disse: “Houve uma decisão da mesa, houve um recurso dessa decisão e há um
prazo para a assembleia deliberar sobre o recurso que são os 30 dias, eu não tenho aqui todas as
questões, mas penso que temos que ir e que analisar esta questão sobre este prisma. Não há sob
pena da assembleia não deliberar dentro do prazo previsto legalmente dos 30 dias e é essa
questão aqui que se mete”.

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Nós já estamos a falar de Código de Procedimento


Administrativo e temos que ver no código como é que é os prazos e se o código se aplica aqui. A
questão em concreto é os pontos 2 e 3 não são votados nesta assembleia e foi a proposta que
agora os proponentes fizeram, não são votados na assembleia e terão analise na conferencia de
lideres dia 9. Depois, vamos ver se voltam ou não à assembleia, podem não voltar à assembleia. Os
prazos a gente vê depois. Sim Vítor”.
Vítor Cavalinhos, do BE, disse: “Eu acho que a gente deve resolver este problema, os pontos são
retirados, a conferência de lideres vai discutir o problema se os partidos que hoje aceitam a
retirada destes pontos, se não se sentirem satisfeitos com a discussão quem é que os pode impedir
de eles voltarem a colocar cá o problema. Hoje estamos aqui a discutir o problema, se daqui a 2
meses ou 1 mês o PAN e o PS não se acharem que a discussão não teve o percurso que quiseram
eles podem por o problema aqui outra vez e a gente volta ao inicio. Interpretar a retirada destes
pontos da ordem de trabalhos que a Assembleia Municipal não se prenuncia sobre esta matéria eu
não fiz essa sugestão e a conversa acabou, está encerrada a discussão e isso agora logo se há-de
ver, não é esse o sentido eu disse as minhas opiniões, o sentido é termos tempo suficiente para
estudar o problema para termos todos os elementos, os pareceres, as opiniões que existem sobre
esta matéria e depois a conferencia de lideres, os partidos proponentes podem chegar à conclusão
no debate que vai haver lá que não tinham razão ou podem não ficar convencidos e continuar com
a mesma opinião. Nós precisamos de tempo para refletir melhor sobre isto, acho que é o essencial
desta decisão.”.

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Os pontos 2 e 3 não são apreciados, são retirados
da ordem de trabalhos e baixam à conferencia de lideres”.

III.4. Grandes Opções do Plano e Orçamento 2020. 2.ª revisão. Aprovação.


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(Documento anexo à ata com o número 14)
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Tem a palavra o Sr. Presidente da Câmara”.
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Este ponto prende-se com a aquisição dos serviços
operacionais da Câmara Municipal do Seixal, para o efeito é necessário adequar o orçamento do
ano presente e de anos futuros para essa aquisição e esta proposta enquadra-se exatamente nas
competências da AM e nessa perspetiva compete à Assembleia Municipal e nessa perspetiva
compete à Assembleia Municipal aprovar esta segunda revisão que tem este objetivo”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Intervenções sobre esta matéria, quem é que
pretende intervir? Vítor Cavalinhos”.
Vítor Cavalinhos, do BE, disse: “Sobre esta matéria o Bloco vai abster-se na revisão orçamental,
nós no executivo abstivemo-nos também como acho que todos temos presente, se ainda não
temos vamos passar a ter, este é um dos momentos ainda haverão outros, esta decisão vai voltar
ao executivo municipal e depois há-de voltar à Assembleia Municipal para uma decisão final.
Portanto, vamo-nos abster hoje não significa que essa será a nossa posição final, veremos depois
porque ainda há mais tempo e há um tempo para debate, com um debate mais informado com o
valor dos empréstimos contratados, com as condições desses empréstimos, com mais informação
sobre o assunto, com uma reunião que há-de haver que foi o compromisso do Sr. Presidente, uma
reunião que há-de haver com os vereadores, com os lideres dos grupos municipais e com a equipa
técnica também no sentido daquilo que foi feito com os Serviços Centrais, portanto, este é um dos
tempos deste debate e o tempo das decisões finais não será hoje”.

O 1.º Secretário da Assembleia Municipal disse: “Inscrições, ainda? Parece que era só o Sr.
deputado Vítor Cavalinhos que queria intervir, assim sendo o Sr. Presidente da Câmara se quiser
usar da palavra e encerraríamos o ponto desta forma”.

O Presidente da Câmara Municipal disse: “Sim, iremos propor à Assembleia Municipal a realização
dessa reunião com a equipa técnica e o executivo da Câmara Municipal, na sequencia da primeira
que já tivemos que foi no inicio do processo, agora no final do processo de aquisição dos serviços
operacionais iremos agendar essa reunião, antes da próxima assembleia que irá aprovar o
empréstimo para a aquisição dos serviços operacionais”.
O 1.º Secretário Assembleia Municipal disse: “Vamos votar. Quem vota a favor (...)”.

Aprovada a Deliberação nº17/XII/2019 por maioria e em minuta com:

 Dezassete (17) votos a favor dos seguintes eleitos:

- Do grupo municipal da CDU: 16

- Do presidente da JFFF: 1

 Dezoito (18) abstenções dos seguintes eleitos:


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- Do grupo municipal do PS: 11

- Do grupo municipal do PSD: 3

- Do grupo municipal do BE: 2

- Do grupo municipal do PAN: 1

- Do grupo municipal do CDS-PP:

O 1.º Secretário da Assembleia Municipal disse: “Este ponto foi aprovado com os votos favoráveis
da CDU, do Sr. Presidente de Fernão Ferro e com as abstenções dos restantes partidos”.

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Declarações de voto? Samuel Cruz”.

Samuel Cruz, do PS, disse: “O Partido Socialista absteve-se que não seja a favor da compra dos
serviços operacionais mas sim porque esta é a sua posição de principio em relação ao orçamento
municipal e esta revisão na verdade não altera os pressupostos políticos do documento“.

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais? Não.”

III.5. Mapa de pessoal aprovado por deliberação da Assembleia Municipal n.º 57/XII/2019, de 25
e 26 de novembro, mediante proposta aprovada pela deliberação da Câmara Municipal n.º
320/2019, de 31 de outubro de 2019. 1.ª Alteração.
(Documento anexo à ata com o número 15)
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Sr. Presidente da Câmara se faz favor”.
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Trata-se de adequar o mapa de pessoal da Câmara
Municipal do Seixal para o processo de recrutamento que estamos a realizar e de mobilidade, no
caso em concreto são três postos de trabalho de técnico superior que adicionamos ao mapa de
pessoal que já tínhamos anteriormente aprovado. Havia a duvida na ultima reunião da comissão,
se tínhamos substituído estes 3 por outros 3 ou se tínhamos adicionado a resposta que chegou dos
recursos humanos é que adicionamos“.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Intervenções em relação ao mapa de pessoal?
Samuel”.
Samuel Cruz, do PS, disse: “Apenas para formular de novo a questão que já tinha feito ao Sr.
Presidente da câmara na reunião da comissão especifica e que o sr. presidente ficou de analisar a
questão porque não tinha a resposta na altura que é, há uma alteração no mapa de pessoal ou
seja, existem aqui técnicos superiores com formações diferentes que são necessários mas para que
se introduzissem esses lugares foi preciso acabar com outros lugares no mapa de pessoal e é
importante para a nossa deliberação perceber que técnicos superiores é que a câmara está a
prescindir em que áreas e porquê que não faz falta. A Sra. Vereadora está a dizer que não mas eu
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já vi que o Sr. Presidente da câmara, o anexo 1 se quiser ler, e se tiver aí à frente veja o parecer que
diz que é por alteração o número de trabalhadores final não aumenta, a especificação técnica é
que é alterada é importante perceber o reforço desta área, representa o desinvestimento em que
área”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais intervenções? Não há, então Sr. Presidente da
Câmara”.
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Vou repetir o que disse na minha intervenção inicial,
houve uma questão na última comissão municipal relativamente se a Câmara Municipal tinha
alterado, isto é suprimido 3 lugares para colocar estes ou se tinha adicionado e a resposta que nos
chegou dos recursos humanos é que a câmara adicionou, portanto não tirámos nenhum lugar de
técnico superior já existente no mapa de pessoal antes pelo contrário, adicionámos estes 3
lugares”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Vamos então colocar à votação”.

Aprovada a Deliberação nº18/XII/2019 por maioria e em minuta com:

 Trinta (30) votos a favor dos seguintes eleitos:

- Do grupo municipal da CDU: 16

- Do grupo municipal do PS: 10

- Do grupo municipal do BE: 2

- Do grupo municipal do PAN: 1

- Do presidente da JFFF: 1

 Cinco (5) abstenções dos seguintes eleitos:

- Do grupo municipal do PS: 1 (Cláudio Anaia)

- Do grupo municipal do PSD: 3

- Do grupo municipal do CDS-PP: 1

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Esta proposta do mapa de pessoal foi aprovada com
os votos a favor da CDU, do PS, (menos 1) do PAN, do Bloco e do Presidente de Fernão Ferro e a
abstenção do PSD e do membro Cláudio Anaia do PS e do João Rebelo do CDS/PP. Alguma
declaração de voto? Não.”

III.6. Desafetação do domínio público municipal para o domínio privado municipal da parcela de
terreno com área de 3.743 metros quadrados, com localização contigua à Avenida Libertadores
de Timor Loro Sae – Proc. 98/A/89. Aprovação de proposta.
(Documento anexo à ata com o número 16)
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O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Sr. Presidente da Câmara”.
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Trata-se da desafetação de uma área do domínio
municipal para privado para podermos concretizar um protocolo de 10 de setembro de 2001
relativamente à cedência de uma parcela a um privado. Efetivamente e também na sequencia da
reunião da comissão eu fiz chegar ao Sr. Presidente da Assembleia Municipal que terá remetido a
todos os srs. eleitos a outra deliberação que foi à Câmara, para além desta que vem à Assembleia
que é competência da Câmara e é competência da Assembleia Municipal onde é especificado todo
o processo que levou a que só agora fosse possível à Câmara e à Assembleia Municipal terem
condições para poderem deliberar e para efetivar este protocolo, havendo aprovação marcaremos
a escritura para a concretização desse protocolo de 2001”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Intervenções sobre este ponto? Samuel Cruz”.
Samuel Cruz, do PS, disse: “Isto devia dar um case study e há uma coisa que eu não consegui
perceber de facto, que é basicamente o que aconteceu aqui é que a câmara fez uma permuta há
19 anos e até ao momento não conseguiu executar essa permuta e não conseguiu, para quem não
está é à cerca daquela rotunda ao pé do Lidl das Paivas e não conseguiu executar porque a CCDR
considerou a urbanização nula, esse procedimento está explicado no processo, agora aquilo que eu
não consigo perceber é como é que no século XXI ou no fim do século XX foi possível no Seixal a
câmara urbanizar uma área sem pedir os pareceres necessários, deixar construir, depois vir uma
entidade dizer que é nulo, há aqui qualquer coisa do ponto de vista dos procedimentos do
município que é gravíssimo. O normal é a câmara aprova um loteamento, pede uns pareceres às
entidades e a seguir é construir. Aqui o que é que foi feito? A câmara aprovou o loteamento e
deixou construir e não pediu pareceres a ninguém, depois quando vieram as entidades
perceberam que isso é nulo, já tivemos aqui muita conversa jurídica, em direito existe uma
diferença muito grande entre aquilo que é nulo e aquilo que é anulável. Aquilo que é nulo não
produz efeitos nenhuns, durante estes 19 anos foi preciso por acaso, alterou-se o PDM e tentou-se
ali atamancar a coisa mas o que é que aconteceu? O que é que é possível? Tem que se apurar
responsabilidades à cerca disto. Quanto mais não seja, para que não seja possível voltar a
acontecer, mas é tudo mal não há aqui nada que se aproveite”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Intervenções? Paulo Silva”.
Paulo Silva, da CDU, disse: “Só aqui uma questão, Samuel é que os pareceres são pedidos antes
da aprovação do loteamento não são à posteriori. Quando é aprovado o loteamento o construtor
pode avançar com a construção, agora o loteamento para ser aprovado é que precisaria de
pareceres, não sei a situação em concreto. Portanto, é só essa ordem que não estava correta para
depois não caíres nesse erro novamente, agora é o que está assim é que se está a resolver essa
situação e finalmente vai-se conseguir que o protocolo seja cumprido e é isso que temos que
felicitar a Câmara por conseguir resolver mais este problema”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Nelson”.

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Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 06/2020
3ª Sessão extraordinária – 24 de agosto de 2020
Nelson Patriarca, do PS, disse: “Eu queria aqui vir só para e até para ficar registado em ata porque
estamos aqui a falar de uma série coisas, mas toda esta confusão alterou a vida à pessoa que fez
este protocolo com a câmara e nos vários momentos autárquicos que eu fui tendo em vários
momentos autárquicos eu vi o Sr. Vítor a vir dezenas, provavelmente centenas de vezes a reuniões
da Assembleia Municipal da Câmara Municipal sempre com a pergunta o meu processo? Neste
momento, eu gostaria de deixar isso registado nesta ata que independentemente de todas as
responsabilidades que sim deveriam ser aprovadas coisas que não correram bem, estamos hoje a
resolver literalmente um problema de um munícipe e essa é a maior vantagem daquilo que
podemos votar aqui hoje e eu gostava de deixar em ata e eu aprecio muito o contacto com as
pessoas, estamos todos hoje a tentar resolver um problema a uma pessoa que por várias
vicissitudes andou 19 anos nisto”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais alguma intervenção? Não. Sr. Presidente da
Câmara”.
O Presidente da Câmara Municipal disse: “O histórico é o que está presente, quer nesta
deliberação, quer na anterior que eu à pouco fiz menção que foi alvo de deliberação na Câmara
Municipal, de facto o loteamento foi considerado nulo pela CCDR por falta de pareceres favoráveis
das entidades da CCDR e da APA, mas que se veio posteriormente, a resolver e estamos em
condições de concretizar esse protocolo. Também é preciso dizer que o senhor sempre fruiu do
terreno, ou seja, o terreno esteve sempre na sua esfera de utilização privativa, não transmitimos,
podemos agora fazê-lo após a deliberação da Assembleia Municipal e estaremos disponíveis para a
fase subsequente que será porventura com o uso que lhe demos para este terreno e o restante do
plano Diretor Municipal poder desenvolver uma operação de atividades económicas que permite
também ter uma mais valia para o Sr. Vítor Neves e para a família, de certa forma também para
minimizar todo o tempo que demorámos até conseguir concretizar este protocolo”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Vamos colocar à votação”.

Aprovada a Deliberação nº19/XII/2019 por maioria e em minuta com:

 Trinta e dois (31) votos a favor dos seguintes eleitos:

- Do grupo municipal da CDU: 16

- Do grupo municipal do PS: 11

- Do grupo municipal do BE: 2

- Do grupo municipal do CDS-PP: 1

- Do presidente da JFFF: 1

 Quatro (4) abstenções dos seguintes eleitos:

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Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 06/2020
3ª Sessão extraordinária – 24 de agosto de 2020
- Do grupo municipal do PSD: 3

- Do grupo municipal do PAN: 1


O Presidente da Assembleia Municipal disse: “A proposta foi aprovada com os votos a favor da
CDU, do PS, do Bloco de Esquerda, do Presidente de Fernão Ferro e do CDS e a abstenção do PSD e
do PAN, certo? Alguma declaração de voto? Então, uma nota que já falamos aqui hoje conferencia
de lideres a 9, já estava marcada, Assembleia Municipal a 28 de setembro, assembleia ordinária de
setembro, depois teremos a agenda da comissão também. Uma palavra final também para os
nossos trabalhadores da assembleia e da câmara para o Portugal Cultura e Recreio uma vez mais
por este excelente equipamento e por este grande investimento da câmara, do poder local”.
III. 7. Minuta da Ata – Aprovação.

Aprovada a Deliberação nº20/XII/2019 por unanimidade e em minuta com:

 Trinta e cinco (35) votos a favor dos seguintes eleitos:

- Do grupo municipal da CDU: 16

- Do grupo municipal do PS: 11

- Do grupo municipal do PSD: 3

- Do grupo municipal do BE: 2

- Do grupo municipal do PAN: 1

- Do grupo municipal do CDS-PP: 1

- Do presidente da JFFF: 1

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Consideramos a minuta aprovada, tudo a correr


bem com todos, antes de mais com saúde”.
Nada mais havendo a tratar, O Presidente da Assembleia Municipal deu os trabalhos por
encerrados, agradecendo a presença do executivo municipal e dos membros deste Órgão.
A sessão terminou cerca da 0:30 horas do dia 10 de dezembro.
Nos termos do art.º 5.º do Decreto-Lei nº 45362 de 21 de Novembro de 1963 (com a redação
atualizada pelo Decreto-Lei nº 334/82 de 19 de Agosto, e de acordo com uma interpretação
extensiva), os documentos mencionados são arquivados, ora em pasta anexa à presente ata, ora
no respetivo processo.
Sempre que se indicou ter sido tomada qualquer deliberação, dever-se-á entender ter sido
aprovado nos termos e para efeitos do disposto no art.º 92.º da Lei nº 169/99, de 18 de setembro,
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Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 06/2020
3ª Sessão extraordinária – 24 de agosto de 2020
com a redação atualizada pela Lei nº 5-A/2002, de 11 de janeiro, e com as alterações introduzidas
pela Lei nº 67/2007, de 31 de dezembro e pela Lei nº 75/2013, de 12 de setembro.
Para constar se lavrou a presente ata que vai ser assinada pelo Presidente e Secretários em
exercício:
O Presidente da Assembleia Municipal:

O Primeiro Secretário:

A Segunda Secretária:

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Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 07/2020
4ª Sessão ordinária – 28 de setembro de 2020

A T A nº 07/2020
Aos vinte e oito dias de setembro de dois mil e vinte, reuniu a Assembleia Municipal do Seixal, na
sua 4ª sessão ordinária de 2020, nas instalações do Pavilhão do Clube de Pessoal da Siderurgia
Nacional, sitas em Paio Pires, presidida por Alfredo José Monteiro da Costa e secretariada pelo 1º
Secretário, Américo Augusto de Oliveira da Costa, e pela 2ª secretária, Sara Sofia Oliveira da Silva
Lopes Oliveira, com a seguinte Ordem de Trabalhos, divulgada pelo edital nº 20/2020, de 24 de
setembro.
I. PERÍODO DE INTERVENÇÃO DA POPULAÇÃO.

II – PERÍODO DE ANTES DA ORDEM DO DIA.

III – PERÍODO DA ORDEM DO DIA.

III.1. Informação sobre o trabalho em curso das Comissões da Assembleia Municipal.


III.2. Ata da Sessão Ordinária de 27 de Junho de 2019.
III.3. Ata da Sessão Extraordinária de 5 de Agosto de 2019.
III.4. Ata da Sessão Extraordinária de 4 de Setembro de 2019.
III.5. Ata da Sessão Ordinária de 20 de Setembro de 2019.
III.6. Pedido de Recurso para o Plenário apresentado pelo grupo municipal do PAN.
III.7. Apreciação de informação da Câmara, sobre a atividade desta, nos termos e para efeitos
das alíneas a) e b) do n.º2 do art. 25.º do Anexo I à Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro.
III.8. Apreciação de informação do Presidente da Câmara, sobre a atividade do município e
situação financeira do mesmo, nos termos e para efeitos da alínea c) do n.º 2 do art.º 25.º do
Anexo I à Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro.
III.9. Aquisição do edifício dos Serviços Operacionais da Câmara Municipal do Seixal, sito no lote
número cinco do loteamento industrial da Quinta Nova, Cucena, Aldeia de Paio Pires, descrito na
Conservatória do Registo Predial do Seixal sob o número 1522/20000522 da freguesia da Aldeia de
Paio Pires e inscrito na matriz predial da dita freguesia sob o artigo 1928, com recurso à contrata-
ção de empréstimo. Relatório final e adjudicação. Aprovação.

III.10. Fixação do valor da taxa do imposto municipal sobre imóveis (IMI), nos termos da alínea d)
do n.º1 do art. 25.º do Anexo à Lei n.º 75/2013 de 12 de setembro e alínea a) do art. 14.º da Lei n.º
73/2013 de 3 de setembro. Aprovação

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Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 07/2020
4ª Sessão ordinária – 28 de setembro de 2020
III.11. Definição da participação percentual no IRS, nos termos do art. 26.º da Lei n.º 73/2013 de
3 de setembro e alínea b) do n.º 1 do art. 25.º do Anexo à Lei n.º 75/2013 de 12 de setembro.
Aprovação.

III.12. Lançamento da derrama, nos termos da alínea d) do n.º1 do art. 25.º do Anexo à Lei b,º
75/2013, de 12 de setembro e alínea b) do art. 14.º e 18.º da Lei n.º 73/2013 de 3 de setembro.
Aprovação.

III.13. Fixação da taxa municipal de direitos de passagem para o ano de 2021, nos termos do art.
106.º da Lei das Comunicações Eletrónicas, aprovada pela Lei n.º 5/2004 de 10 de fevereiro, que
vigora com a redação do Dec-Lei n.º 49/2020 de 4 de agosto, e alínea b) do n.º 1 do art, 25.º do
Anexo à Lei n.º 75/2013 de 12 de setembro. Aprovação.
Estiveram presentes, para além dos membros da Mesa:
Da CDU: Paulo Alexandre da Conceição Silva, Custódio Luís Quaresma Jesus de Carvalho, Maria
Júlia dos Santos Freire, Hernâni Magalhães, Nuno Filipe Oliveira Graça, Fernando Júlio da Silva e
Sousa, Carlos Alberto de Sousa Pereira, Ana Luísa Pereira Inácio, Rui Fernando Valente Algarvio,
Gonçalo Rui de Oliveira e Almira Maria Machado dos Santos.
Do PS: Samuel Pedro da Silva Cruz, Tomás Baptista Costa dos Santos, Luís Pedro de Seia Gonçalves,
Nelson Filipe Lampreia de Oliveira Patriarca, Rui Miguel Santos Brás, Sérgio Miguel Carreiro
Ramalhete, Marta Sofia Valadas Barão, Maria Virgínia Dias, José Carlos Elizeu Chora e Ricardo
Rodrigues.
Do PSD: Rui Miguel Lança Belchior Pereira, Maria Luísa Marques da Gama, Duarte Sérgio dos
Santos Melo Correia e Carlos Alberto Ferreira.
Do BE: Vítor Cavalinhos, Eduardo Manuel Lino Grêlo e Sandra Anabela Alves de Sousa.
Do PAN: Nuno André Batista Nunes.
Do CDS-PP: João Guilherme Nobre Prata Fragoso Rebelo.
Estiveram ainda presentes os Presidentes de Junta de Fernão Ferro e da União das Freguesias do
Seixal, Arrentela e Aldeia de Paio Pires, respetivamente, Carlos Reis e António Santos e Orlando
Ribeiro em representação de Eduardo Rosa, Presidente da Junta de Freguesia de Corroios e Maria
Helena Quinta em representação de Manuel Araújo, Presidente da Junta de Freguesia de Amora.
Registaram-se as seguintes substituições:
No grupo municipal da CDU:Maria João Oliveira Santos por Gonçalo Rui Oliveira e Paula Santos por
Almira Santos.
No grupo municipal do PS: Bruno Barata por Maria Virgínia Dias, Célia Cunha por José Carlos Chora
e Rui Parreira por Ricardo Rodrigues.

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Ata nº 07/2020
4ª Sessão ordinária – 28 de setembro de 2020
No grupo municipal do PSD: Ricardo Moraes por Carlos Ferreira, em virtude de Fátima Prior e
Xavier Simões também terem pedido substituição..
O Presidente da Junta de Freguesia de Amora será substituído pelo secretária daquela junta, Sra.
Maria Helena Quinta.

Para além do Presidente da Câmara Municipal do Seixal, Joaquim Cesário Cardador dos Santos,
estiveram presentes os seguintes Vereadores:
Maria Manuela Palmeiro Calado, Joaquim Carlos Coelho Tavares, José Carlos Marques Gomes,
Eduardo Rodrigues, Marco Teles, Elizabete Pereira Adrião, Nuno Moreira, Manuel Pires e Francisco
Morais.

A Sessão teve início cerca das 20:28h.


O 1º Secretário da Assembleia disse: “ Boa noite, vamos dar inicio à 4ª Sessão Extraordinária de
2020.

I. PERÍODO DE INTERVENÇÃO DA POPULAÇÃO.


O 1º Secretário da Assembleia disse: “começamos com o primeiro ponto que é intervenção da
população, temos duas inscrições , eu chamava a primeira delas que é o senhor Bruno Oliveira que
quer falar sobre o loteamento da Vila Alegre, está presente o senhor Bruno Oliveira? Eu aproveito
para dizer que o Presidente da Assembleia Municipal está a chegar e, pediu-me para iniciarmos os
trabalhos. Então o senhor Bruno Oliveira não está? Passamos então para o segunda pedido de
inscrição que é o senhor António Conte, sobre “ Mais saúde no Seixal”. Faça favor de intervir.”
I.1. António Conde disse: “Boa noite a todos, no passado 15 de setembro o SNS fez 41 anos,
como forma de celebrar a data foi iniciada uma petição pública para “Mais saúde no Concelho do
Seixal” há neste momento um cada vez mais alargado conjunto de municípios movimentos e forças
democráticas que defendem a aposta na defesa dos cuidados de saúde primários, no seu reforço e
na sua capacidade de resposta para as nossas populações. Enquanto no Seixal aguardamos
sentados a construção de um hospital, prometido há mais de uma década, outros municípios,
como por exemplo, Oeiras ou Sintra, avançaram e construiram Centros de Saúde, através de
contratos programa com o Governo e reforçaram a sua política de saúde e proximidade, no Seixal
preferimos ao invés de construirmos, reivindicar, reclamar e protestar com os resultados que se
veem, nem mesmo a geringonça logrou a construção do hospital . Em face disto as populações não
podem esperar mais e precisam de efetivas e realistas soluções, assim, considerando que, a atual
estratégia nacional de saúde centra-se na aposta dos cuidados de saúde primários, defesa dum
SNS para todos de acesso e resposta equitativos, sustentabilidade do SNS. As principais doenças da
atualidade são doenças crónicas ou doenças cuja aposta deve passar pela prevenção, assim, estes
utentes precisam sobretudo de ter a uma unidade que promova o seu acompanhamento
permanente, a necessidade de melhorar o acesso aos cuidados de saúde na situação de doença
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Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 07/2020
4ª Sessão ordinária – 28 de setembro de 2020
não urgente, pulseiras verdes e azuis, promovendo o seu tratamento nos cuidados de saúde
primários. Face à conjuntura económica atual, os orçamentos e investimentos na área da saúde
são limitados, assim, os recursos disponíveis devem ser investidos onde possa haver uma resposta
mais adequada às necessidades da população. Em termos de serviço de saúde, a população do
Seixal é, atualmente, servida por um hospital de nível 2, Hospital Garcia d’Horta, e um
agrupamento de centros de saúde com três unidades de cuidados de saúde personalizados,
integrados em três centros de saúde, uma unidade de cuidados da comunidade, nove unidades de
saúde familiar, um centro de diagnostico pneumonológico e um serviço complementar. A ausência
de resposta no que concerne aos cuidados de saúde primários por vezes, implica que a nossa
população recorra ao serviço de urgência do hospital que, como qualquer serviço urgência, não
está vocacionado para o atendimento de doença crónica, não aguda ou não emergente. A ausência
de alternativas leva à sobrecarga de uma unidade de saúde cujo objetivo é dar resposta em
especialidades mais diferenciadas a toda a zona sul do país. Com o consequente aumento da
insatisfação do utente não urgente que ele o que recorre por não ter outra resposta do serviço
público de cuidados de saúde. O facto dos utentes não urgentes recorrerem ao serviço de urgência
do Hospital Garcia d’Horta, por falta de capacidade de resposta das unidades de cuidados saúde
primários tem sido noticia, por conta do aumento considerável dos tempos de espera para atender
e dar a resolução satisfatória a esses casos. Deve existir maior aposta na pro atividade de cada
utente na prevenção de doença do que na reação à doença, tal passa pela consciencialização que
cada utente deve ter sobre o seu projeto de saúde. Deve ser privilegiada a relação de proximidade
entre os profissionais de saúde das unidades de saúde locais e dos respetivos utentes. Por
conseguinte, à semelhança da petição pública já em curso, a presente exposição reclama, junto do
executivo da Câmara Municipal do Seixal, no âmbito das sua competências próprias, ou através das
entidades competentes, tendo em conta o espelho das preocupações das populações do Seixal, o
seguinte; a criação de novos centros de saúde, melhorando as condições da capacidade de
resposta aos utentes da região do Seixal; na freguesia de Amora pela distribuição geográfica da sua
população, justifica-se a criação do Centro de Saúde de Foros de Amora que, por ventura, já conta
com um terreno cedido para o efeito; na União de Freguesias, na Aldeia de paio Pires, devido a
uma inspeção demográfica recente, verifica-se a necessidade de extensão do atual Centro de
Saúde do Seixal; Segundo, a necessidade de recuperar a existência, no concelho do Seixal, de um
serviço de atendimento permanente, que dê resposta a situações de doença aguda, não urgente;
outra opção poderá passar pelo funcionamento dos Centros de Saúde em horário alargado, com
consulta aberta, aos utentes nele inscritos, dotando estas unidades de todos os meios para que
seja possível o funcionamento destas. Posto isto, está na altura do município, que tem um
orçamento de 100 milhões de euros, canalizar uma verba para a construção de um centro de
saúde, usando designadamente a verba do IRS, que anualmente não devolve aos seus munícipes,
cerca de 8 milhões de euros. Se a verdade que a construção dos centros de saúde não é
competência da Câmara, não é menos verdade que, como se disse, há Câmara que o fazem, como
é também verdade que a CDU, pelo menos, de 4 em 4 anos, promete fazer obras que não são da
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sua competência , nomeadamente, a eterna estrada alternativa à Estrada Nacional 10, é, portanto,
mais do que tempo de o fazer, respeitando as verdadeiras necessidades das pessoas do Concelho
do Seixal, neste caso o seu direito ao acesso à sua saúde. É tempo de fazer e não reclamar, pelo
menos uma vez, pelo menos desta vez, disse.”
O 1º Secretário da Assembleia disse: “Obrigado, eu chamava novamente, para intervir, o Sr. Bruno
Oliveira, obrigado, se faz favor.”
I.2. Bruno Oliveira disse: “Olá boa noite, eu tenho um terreno em Vila Alegre de 1775 m2 onde a
Câmara do Seixal só permite implantar 150 m2, ou seja, cerca de 8% da área do terreno, tudo isto
estava dentro da lei caso naquele loteamento todas as casas lá construidas respeitassem esses
parâmetros, o que não acontece. O SR. Joaquim Santos, na última reunião de Câmara de dia 23 de
setembro disse: “ só posso responder desde que faço parte do executivo camarário”, pois bem, eu
tinha aqui escrito que aqui estavam representados 22 anos do executivo mas, o Presidente
anterior não está presente e, esperava, hoje então, uma resposta, já que estavam aqui 22 anos do
executivo. Disseram-me há dois anos que existe um processo de alteração de alvará e, há 2 anos
que oiço sempre que falta qualquer coisa da empresa AXL . No dia 29 de julho, levantei a questão
em reunião de câmara e, a Senhora Vereadora afirmou que, no fim de junho, tinham recebido toda
a documentação para os técnicos avaliarem, no fim dessa reunião, a Sra. Maria João Macau e o Sr.
Joaquim Santos, disseram, em reunião fora da reunião de câmara, que era uma questão de dias e,
no limite, no fim de agosto, eu teria a resposta; no dia 9 de setembro, minutos antes da reunião de
câmara, a Senhora Vereadora disse-me que os técnicos já tinham dado o parecer positivo e no
inicio da semana seguinte eu teria a resposta, agora voltam a dizer que falta documentação por
parte da AXL, falta sempre qualquer coisa e, nunca é culpa da Câmara, nunca. Então posso concluir
que os técnicos deram parecer positivo sem a documentação toda, eu chamava a isto, se calhar,
alguma irresponsabilidade. E qual o motivo de eu ter um requerimento, igual a todos os outros já
aceites pela Câmara sem qualquer resposta desde o dia 14 de maio. Qual o motivo de eu solicitar,
no dia 20 de julho, para consultar o processo Vila Alegre e não ter resposta? Melhor ainda, o meu
pedido já andou por vários setores, agora está no Setor de Prados, Sequeiro e Relvados, tem tudo
a ver, eu acho que posso dizer que me mandaram para as urtigas. E qual o motiva para que os
meus vizinhos possam construir acima de 150 m e eu não? Qual o motiva de aceitarem a alguns e
a outros não. Senhor Presidente isto são cadernetas prediais de algumas das casas de Vila Alegre,
todas elas acima dos 150m de implantação. Um lote tem um tamanho de 2000 m2, implantação
218 m2; outro lote tem 1600 m2 e de implantação 166 m2; outro lote 1521 m2, relembro que o
meu é de1775, área de implantação 257 m2; eu vou arranjar mais, arranjarei de todas as casas
porque elas estão todas a não respeitar a lei que o senhor tanto apregoa. Perante isto a única coisa
que eu quero é todos os direitos que os outros tiveram. A minha vida está parada há um ano
devido à inercia alheia, ou do AXL ou da câmara, ou de ambos. Esta imagem é uma imagem que
fica do que se passou há 15 dias na Câmara em que eu estive presente, um munícipe que teve que
se ajoelhar para pedir, está no Jornal de Noticias, isto é a imagem que fica deste concelho em que

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eu vivo há 4 anos, é a imagem de alguém que suplica para ter os ordenados, o histórico que eu já
vi, um senhor que, recorrentemente, vai à Câmara por falta de licenças e afim. É isto que o
Urbanismo tem e é esta a cultura do Seixal, as pessoas esperam e desesperam por respostas.
Muito obrigado.”
O 1º Secretário da Assembleia disse: “Muito obrigado nós, não temos mais pedidos de
intervenção da população, pelo que dou a palavra ao Senhor Presidente da Câmara, se faz favor de
usar da palavra.”
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Muito obrigado Senhor Presidente em exercício,
cumprimento os senhores eleitos da Assembleia Municipal, senhores vereadores, cumprimento a
população, os trabalhadores da Câmara Municipal e um cumprimento especial ao Clube de Pessoal
da Siderurgia Nacional, clube que tem uma grande historia neste município e que neste pavilhão já
fizemos aqui realizações históricas, de facto temos vindo a investir também, aliás a cobertura foi
intervencionada, (impercetível). Sobre as questões colocadas pelos seus munícipes dizer que a
questão que o sr. Bruno Oliveira aqui nos vem colocar, prende-se com o facto de ter comprado um
terreno, que ele decidiu comprar, mas que só permite construir uma área de implantação de
150m2, este é o problema, tudo o resto são, eu diria, questões menos corretas e apropriadas para
serem colocadas, é a minha opinião. De facto, o município tem um alvará que obriga a esta
configuração e, para ser alterada está a ser tratado com o promotor do loteamento para fazer essa
alteração, infelizmente, para todos nós, o mesmo ainda não entregou todos os elementos
necessários para esse efeito, assim esperemos que o faça em breve porque, de facto, estamos de
acordo que o empreendimento de Vila Alegre deverá ter, poderá permitir a utilização maior, em
termos daquilo que será a área de construção a nível do solo. Depois sobre a outra intervenção do
munícipe António Conde, que também agradecemos, de facto testemunhou aquilo que este
concelho e de muitos concelhos deste país que é o desinvestimento do poder central. Governos do
PS, do PSD e do CDS que, desde o 25 de abril, têm governado este país e os respetivos Ministérios
da Saúde, tem desinvestido de forma expressiva em todo o território nacional. No Concelho do
Seixal, fruto do seu crescimento populacional graças à qualidade de vida que tem, não houve esse
acompanhamento em termos do investimento na área da saúde e por isso temos essa necessidade
ao nível dos cuidados de saúde primários, ao nível dos cuidados de saúde hospitalares e, a Câmara
Municipal do Seixal, tem, não só lutado ao lado da populações para que estes equipamentos se
concretizem, como também tem apresentado soluções e tem também partilhado investimentos, é
o caso do novo Centro de Saúde de Corroios, onde a Câmara Municipal do Seixal já cedeu o
terreno e está a executar as obras de arranjos exteriores para além de outras infraestruturas de
acesso, aliás, vamos também fazer um novo parque de estacionamento, não estava previsto, na
zona envolvente a este centro de saúde e é um investimento de mais de 500 mil euros que é da
Câmara Municipal do Seixal, do seu orçamento, do tal IRS ou do orçamento na totalidade
como quiserem. Depois também é verdade e participamos no processo do novo centro de Saúde
de Foros de Amora, para o qual a Câmara Municipal já cedeu um terreno, há mais de 20 anos, e

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pasme-se, os governos do PSD, do CDS e do PS nada fizeram para a sua concretização e, estamos
disponíveis para ajudar, mais uma vez, para que sejam concretizados. O mesmo se passa para o
centro de saúde que vai substituir a Unidade de Saúde Familiar da Rosinha, a Câmara Municipal do
Seixal também cedeu um terreno, já indicou um terreno, na Quinta do Cruzeiro na Amora, para ele
ser feito e estamos disponíveis também para poder partilhar esse investimento com o Estado
Central, aliás, hoje mesmo, da parte da manhã, houve uma visita entre a câmara e a autoridade de
saúde local para vermos um espaço provisório para esta nova fase de combate à pandemia, que vai
ter investimentos exclusivamente da Câmara Municipal do Seixal, já para não falar do Hospital do
Seixal, que foi o Governo do PSD e do CDS, o seu Ministro Paulo Macedo, Ministro da Saúde, pôs o
projeto na gaveta, foi esse ministro do Governo do PSD e do CDS, que pôs o projeto do hospital na
gaveta e de facto, o Governo do PS ainda não o tirou da gaveta, porque ainda, nem seque o projeto
de execução foi adjudicado, por isso, o Governo do PSD e do CDS é que tem grandes
responsabilidades relativamente ao facto do hospital estar parado, mas também quero dizer que,
relativamente a este projeto, a Câmara Municipal comprometeu-se e compromete-se com a
execução das infraestruturas de acessos exteriores e das acessibilidades coisa que, assim que o
projeto estiver concluído iremos avançar com o concurso público para a sua concretização. Mas
preocupa-nos, de facto, o Hospital Garcia d’Horta continuar a não ter respostas para aquilo que
são as necessidades das populações, nomeadamente, a urgência pediátrica, que continua
encerrada, e também, em termos de obstetrícia, ouvimos há algum tempo atrás, dizer que
existiam também problemas graves, de facto o que precisamos é, que a câmara, com os 5% de IRS,
continue a participar nos investimentos, mas com os governos do PSD, do PS e o CDS, que com
95% de IRS, façam algum investimento na saúde neste concelho. É isto que precisamos todos de
fazer. Muito obrigado.”
O 1º Secretário da Assembleia disse: “Obrigado Senhor presidente da Câmara, Iremos passar ao
nosso II ponto. Vamos passar para os documentos recebidos até às 12h de hoje e distribuídos a
todos os membros; que não necessitam de leitura, se os proponentes assim o entenderem; são um
conjunto de 12 documentos; Portanto chamava a atenção do 1º documento.”
II.1. O Grupo Municipal da CDU apresentou a moção «No 41º aniversário do Serviço Nacional de
Saúde, urge a sua defesa intransigente», subscrita por Rui Algarvio.
(Documento anexo à ata com o número 1)
O 1º Secretário da Assembleia disse: “É uma moção da CDU, «No 41º aniversário do Serviço
Nacional de Saúde, urge a sua defesa intransigente», é subscrita pelo Sr. Deputado Rui Algarvio
que tem a palavra para apresentação desta moção.”
Rui Algarvio, da CDU, disse: “A moção intitula-se no 41º aniversário do Serviço Nacional de Saúde,
urge a sua defesa intransigente, numa altura caraterizada pelo contexto epidemiológico e
pandémica que todos conhecemos, a resposta que o Serviço Nacional de Saúde deu ao povo
Português foi um exemplo e importa por isso valorizar a resposta quer dos seus profissionais quer
do próprio Serviço Nacional de Saúde, no entanto sabemos que existem ainda uma série de
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Assembleia Municipal do Seixal
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constrangimentos nomeadamente aqui a nível do nosso Concelho como já foram aqui referidos
anteriormente pelo Sr. Presidente da Câmara, que importa de facto corrigir e lutar nomeadamente
junto do Poder Central que este sim é responsabilidade do Poder Central assegurar o direito
constitucional à saúde; passo então a ler as deliberações: Assim a Assembleia Municipal do Seixal
reunida no dia 24 de setembro de 2020 delibera: Saudar os trabalhadores do SNS, que ao longo
destes 41 anos, construíram um Serviço que permitiu atingir enormes ganhos em saúde para as
populações, e indicadores de elevada qualidade assistencial; Saudar todos os profissionais do SNS,
que diariamente têm demonstrado uma extraordinária resiliência no combate à Covid-19,
apelando à valorização das suas progressões e carreiras; Saudar as lutas das populações,
comissões de utentes e autarquias locais na defesa do direito constitucional à proteção na Saúde;
Exigir ao Governo do PS que sejam cumpridos os Protocolos entre o Ministério da Saúde e a
Câmara Municipal do Seixal para a construção urgente do Hospital no Concelho do Seixal; Reiterar
ao Governo do PS a necessidade de construção de novas unidades de saúde em Foros de Amora e
Aldeia de Paio Pires; E finalmente apelar ao Governo do PS para um reforço do investimento nas
unidades de cuidados de saúde primários do concelho, numa estratégia integrada de promoção da
saúde e prevenção da doença, disse.”
O 1º Secretário da Assembleia disse: “Solicita-se inscrições para efeito de debate? Deputado João
Rebelo.”
João Rebelo, do CDS-PP, disse: “Muito rapidamente em relação a este voto, lendo o que é
proposto para ser deliberado, acho que toda a gente concorda, que havemos de ter um hospital
são lutas que a população quer e deseja, mas a minha intervenção tem um bocado a ver, senti-me
picado, simplificando a expressão, eu sou uma pessoa, por natureza, muito calma, pelo que foi
dito pelo Sr. Presidente no período anterior sobre estas questões saúde, eu já começo enfim, a ver
falta absoluta de topete, de vir dizer, que o Governo do PSD/CDS que já saiu há 5 anos é
responsável por não haver aqui o hospital e como se a CDU do Seixal não tem nada a ver com a
CDU que está na Assembleia da República, quem aprovou foi, aliás toda a abstenção ou
favoravelmente todos os orçamentos que Governam este País, portanto, se há responsabilidades
são sim do Partido Socialista mas com a CDU e com o BE e, obviamente, votaram em todos os
orçamentos que governam Portugal, portanto vamos lá todos ser responsáveis, porque realmente
são os atos e as práticas, a CDU Seixal é a mesma CDU que está na Assembleia da República e se
não temos um avanço significativo nas questões da saúde aqui no concelho deve-se exatamente
por causa dessa união que temos a Governar este País e que nada de bom trouxe para o Seixal.”
O 1º Secretário da Assembleia disse: “Chegou aqui à mesa uma informação que talvez se tivesse a
ouvir um bocadinho mal lá para trás; agora está melhor? Suspeitava-se que era de eu estar a falar
um bocadinho distante aqui em relação ao microfone tentarei recuperar isso; obrigado, solicitam-
se mais intervenções?Sr. Deputado Samuel Cruz se faz favor.”
Samuel Cruz, do PS, disse: “Saúdo com um agradecimento especial ao Clube do pessoal da
Siderurgia Nacional, quanto a esta moção já muitas verdades foram aqui ditas hoje sobre o Sistema
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Ata nº 07/2020
4ª Sessão ordinária – 28 de setembro de 2020
Nacional de Saúde e sobre o estado de saúde do nosso Concelho, mas umas breves notas, começa
a moção por saudar o Serviço Nacional de Saúde o Partido Socialista enquanto criador do SNS
através do ministro da saúde António Arnout, também conhecido como pai do SNS agradece e
junta-se naturalmente a essa referência, quanto ao desinvestimento no SNS não é verdade pelo
menos nos tempos mais recentes como todos sabemos, é verdade que houve desinvestimento
transversal a todos os setores no tempo do Governo do PSD/CDS e da troika, mas não é verdade
atualmente; quanto ao número insuficiente de profissionais de saúde isso é uma meia verdade
porque não é verdade que existem enfermeiros a menos, antes pelo contrário, mas é verdade que
existem médicos em falta, mas isso não se responsabiliza o Governo falta aqui dizer e o principal
responsável de falta de médicos no nosso País chama-se ordem dos médicos e portanto achamos
que esta moção estaria mais completa que aqui se dissesse, sobre, não o Hospital Garcia de Orta
mas sobre as urgências do Hospital Garcia de Orta é um facto, e aquilo que mais ajudou a colmatar
esse facto nos últimos anos foi a criação de unidades de saúde familiar ou melhor saúde familiar
provaram ser um sucesso mas o Partido Comunista nomeadamente o Partido Comunista do Seixal
esteve absolutamente contra, dizem que em Corroios foi disponibilizado um terreno há 20 anos,
bem, eu já contei aqui a história deste terreno e é preciso um bocadinho de falta de vergonha para
continuarem a insistir mas certamente que se lembram; primeiro o terreno era curto depois fez-se
um projeto que era um quadrado e a Câmara trocou o terreno por um retângulo, naquilo que a
Câmara Municipal do Seixal é eximia, portanto, quanto pior melhor nunca é parceiro, a Câmara
Municipal do Seixal coloca-se sempre do lado do problema, quando não é ela que os cria, como foi
o caso com o terreno do Centro de Saúde de Corroios; depois diz que cedeu um terreno na Amora,
temos dúvidas, o Partido Socialista desconhece a escritura de cedência do terreno e, isto não é
bonito, porque, dizer-vos apenas esta nota, a Câmara Municipal do Seixal diz está ali o terreno e
agora construam em tempos, porque esta discussão existia à cerca de Corroios, eu falei com os
responsáveis da ARS sobre este assunto, a Câmara diz que cedeu porque é que vocês não
constroem, não, é porque noutros sítios fazemos, não no Seixal, porque já caímos uma vez nesse
erro, construímos em Fernão Ferro e no verão apareceu aqui um emigrante que construiram o
centro de saúde no meu terreno; e portanto há sítios onde há parceiros e que se pode confiar
naquilo que se faz, há sítios onde não há parceiros e tem que se ter outras cautelas; por fim
naturalmente que o Partido Socialista deseja saudar os trabalhadores do Sistema Nacional de
Saúde; saudar todos os profissionais do SNS; à luta das populações às quais sempre se aliou e exige
ao Governo do PS o Partido Socialista do Seixal aquilo que construa o que prometeu e portanto
nós votamos a favor desta moção.”
O 1º Secretário da Assembleia disse: “Não há mais inscrições? Confirma-se, então tem a palavra o
Sr. Presidente da Câmara se faz favor.”
O Presidente da Câmara Municipal disse: “De facto sobre esta moção dizer que retrata aquilo que
é a qualidade de antigamente das necessidades do Concelho e também do País, é preciso
simplesmente reforçar a aposta no Serviço Nacional de Saúde e o Serviço Nacional de Saúde

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Ata nº 07/2020
4ª Sessão ordinária – 28 de setembro de 2020
público porque de facto agora também na pandemia foi verificado que de facto foi o sector público
que deu a melhor resposta foi a resposta que a população precisava e precisa e, esta resposta
precisa ser efetivamente ampliada e qualificada, no ponto de vista da Câmara Municipal para nós
um quadrado não é um retângulo, é verdade que, também, o terreno da Qta. do Cruzeiro já foi
indicado, teve apreciação técnica, pediram-nos levantamento topográfico, foi enviado e estamos à
espera de ver, aliás, e propusemos até integração, nessa nova unidade, de duas valências que
estão atualmente arrendadas pelo ministério público, em condições péssimas para os profissionais
e para os utentes e por aqui se vê que a parceria é real e que se concretiza e há confiança entre as
partes, ao contrário daquilo que disse o Sr. Eleito do PS, para dizer de facto que o Município do
Seixal o que precisa é que, efetivamente, o Governo concretize aquilo que são as opções que foram
decididas em termos do nosso município e a população assim o exige, obrigado.”
O 1º Secretário da Assembleia disse: “Dava a palavra ao Sr. Proponente Rui Algarvio se quiser usar
da palavra faça favor.”
Rui Algarvio, da CDU, disse: “Respondendo ao colega João Rebelo relativamente às considerações
que fez de facto é inevitável nós recordarmos o passado do Governo do PSD/CDS no que toca aos
cuidados de saúde, nomeadamente aqui no nosso Concelho, porque e olhando para os dados e
realmente até é curioso que venham aqui apresentar uma petição pública, dirigentes do PSD,
quando nós sabemos que foi durante o Governo do PSD/CDS que ocorreu uma brutal diminuição
da atividade assistencial a nível dos cuidados de saúde primários no nosso Concelho e, eu vou dar
aqui alguns dados, só para nos recordar-mos, de 2012 para 2014 o número de consultas do ACES
de Almada/Seixal, de vigilância de utentes diabéticos, passou de 65 mil para 60 mil, hipertensos
158 mil para 151 mil, de medicina geral e familiar de 742 mil consultas para 669 mil, como é que é
possível virem falar do reforço do SNS e na aposta de cuidados de saúde primários quando o vosso
histórico é este histórico vergonhoso, como é que é possível falarem na aposta da prevenção da
doença e na promoção da saúde quando foram vocês que, enquanto Governo, aumentaram as
taxas moderadoras dos cuidados de saúde primários para 5 euros e, aumentaram os domicílios
para 9 euros, fazendo com que muita gente ficasse privada no acesso aos cuidados de saúde
prometidos económicos; é bom termos memória; relativamente àquilo que foi referido pela parte
do eleito do Partido Socialista, de facto, não é propriamente uma questão da Ordem dos Médicos
que é o grande entrave à colocação de médicos, é, nomeadamente, os Governos, os sucessivos
Governos que não têm tido capacidade para fixar os médicos no Serviço Nacional de Saúde, esse é
que é o grande problema, porque, e basta olharmos para este concurso, aqui os médicos por
exemplo de medicina geral e familiar, que acabaram, aqui na nosso ACES, a sua especialidade em
março, estão até agora, e só agora é que estão a fazer o concurso, e, portanto, de março até agora
quantos é que não foram já para o privado, isto é inaceitável, as pessoas têm que ser fixadas, o
Governo tem que criar as condições para abrir os concursos, atempadamente, para as pessoas se
afixarem no SNS é essa a missão do Governo, aliás e olhando agora também para o concurso é
curioso abriram 13 vagas aqui para o ACES de Almada/Seixal, vão todas ser preenchidas, todas,

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mais abrissem mais seriam preenchidas e temos que assinalar como um facto muito negativo o
Governo do Partido Socialista não considerou o ACES Almada/Seixal como uma zona carenciada,
ao contrário do que aconteceu por exemplo ao ACES arco ribeirinho, aqui ao lado no Barreiro, e o
ACES Arrábida em Setúbal, Palmela e Sesimbra, não se percebe também esta decisão, disse.”
O 1º Secretário da Assembleia disse: “Penso que estamos todos em condições de passarmos à
votação a moção está à vossa consideração, é da CDU sobre o 41º aniversário do Serviço Nacional
de Saúde, urge a sua defesa intransigente.”

Aprovada a Tomada de Posição nº45/XII/2020 por maioria e em minuta com:

. Trinta (30) votos a favor dos seguintes eleitos:

Do grupo municipal da CDU: 15

Do grupo municipal do PS: 10

Do grupo municipal do BE: 3

Do grupo municipal do PAN: 1

Do presidente da JFFF: 1

. Cinco (5) abstenções dos seguintes eleitos:

Do grupo municipal do PSD: 4

Do grupo municipal do CDS-PP: 1


O 1º Secretário da Assembleia disse: “A moção foi aprovada por maioria com os votos a favor da
CDU, PS, BE, PAN e PFF, e 5 abstenções do PSD e CDS. Declarações de voto? Se faz favor Sr.
Deputado Rui Belchior e peço desculpa não estava a ver o seu pedido de intervenção.”

Rui Belchior, do PSD, em declaração de voto, disse: “Nós abstivemo-nos nesta moção porque, no
nosso entendimento, como estamos a ver e veremos ainda ao longo de toda esta noite, começou o
período de pré-campanha eleitoral estamos no último ano de mandato e aquilo que era uma lua
de mel entre o PS e a CDU durante estes últimos 5 anos e quando falo aqui nesta moção ou
quando se fala aqui nesta moção dos sucessivos Governos queremos, embora a ideia não seja
essa, quem aqui a fez refletir mas esperamos bem que se esteja também a referir aos últimos 5
orçamentos que a CDU aprovou e de facto a CDU não é diferente aqui no Seixal daquela que está
na Assembleia da República, e por isso nós abstivemo-nos embora naturalmente que concordemos
com algum do teor desta moção se ela tivesse de facto a seriedade intelectual, mas queria dizer
ainda outra coisa; de facto o PSD e o CDS tiveram os problemas decorrentes de onze; eu já disse
isto aqui dezenas de vezes, mas repito; que a memória é curta e portanto essa questão não é séria
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fazer-se desse modo, 11,5 % de défice de intervenção externa pela troika no nosso País; portanto
era muito difícil fazer melhor.”
O 1º Secretário da Assembleia disse: “Portanto vamos passar à 2ª das moções, Sr. Presidente se
faz favor.”
II.2. O Grupo Municipal do PS, apresentou a saudação «À Assembleia de Freguesia de Amora
pela emissão publica das suas sessões», subscrita por Nelson Patriarca.
(Documento anexo à ata com o número 2)
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “passamos para o 2º documento é do PS, é uma
saudação à Assembleia de Freguesia de Amora pela emissão publica das suas sessões; é subscrita
por Nelson Patriarca que tem a palavra se faz favor.”
Nelson Patriarca, do PS, disse: “Esta saudação, portanto, está disponível para todos é muito
simples, tem havido várias iniciativas ao longo dos vários mandatos e nos vários órgãos onde
eleitos municipais têm procurado que estas reuniões, como a que estamos aqui, possam ser
transmitidas publicamente mas têm sido levantadas pela maioria que tem governado os vários
órgãos municipais, no Seixal, têm sido levantadas várias dificuldades que têm impossibilitado que
isso aconteça, nos tempos que correm até com o acesso de banda larga que existe não há razões
para isso mais ainda quando os próprios municípios sejam Câmara Municipal ou sejam Juntas de
Freguesia utilizam meios eletrónicos para divulgar as suas iniciativas muitas das quais em direto; à
menos de um ano a Assembleia de Freguesia de Amora deu um passo importante nessa situação
consagrando em regimento a possibilidade da transmissão das suas sessões e no fundo é isso que
o Partido Socialista aqui saúda esperando que do regimento à realidade possa haver uma
efetividade e que a Assembleia Municipal e a Câmara Municipal possam seguir iguais passos;
apenas uma retificação Sr. Presidente na parte final onde diz; em face do exposto onde está a 3.ª
sessão ordinária naturalmente é a 4ª, apenas isso.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Quem é que pretende intervir? Paulo Silva.”
Paulo Silva, da CDU, disse: “A CDU irá votar contra esta saudação porque consideramos que não
faz sentido nenhum a Assembleia Municipal saudar a Assembleia de Freguesia depois a
Assembleia de Freguesia saudar a Assembleia Municipal e depois andarmos aqui a saudar-nos uns
aos outros acho que não é este o objetivo desta Assembleia andar-mos aqui assim isto depois fica
uma pescadinha de rabo na boca andar-mos aqui assim a auto-saudar-nos uns aos outros.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais intervenções? Não há mais pedidos de
intervenção é isso? Então vamos colocar à votação.”

Aprovada a Tomada de Posição nº46/XII/2020 por maioria e em minuta com:

. Dezanove (19) votos a favor dos seguintes eleitos:

Do grupo municipal do PS: 10


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Do grupo municipal do PSD: 4

Do grupo municipal do BE: 3

Do grupo municipal do PAN: 1

Do grupo municipal do CDS-PP: 1

. Dezasseis votos (16) votos contra dos seguintes eleitos:

Do grupo municipal da CDU: 15

Do presidente da JFFF: 1
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Portanto a saudação foi aprovada com os votos a
favor do PS, PSD, BE, PAN, e CDS, e os votos contra da CDU e do JFFF. Alguma declaração de voto?
Não há, então passamos para o documento seguinte.”
II.3. O Grupo Municipal do PSD, apresentou a moção «Apoio aos comerciantes da Freguesia de
Amora.», subscrita por Maria Luisa Gama.
(Documento anexo à ata com o número 3)
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “É uma moção «Apoio aos comerciantes da
Freguesia de Amora.», é do PSD e subscrita por Rui Belchior que tem a palavra.”
Rui Belchior, do PSD, disse: “De facto o som está muito mau, lá para baixo sobretudo, enfim
aguenta-se como diria o outro; a nossa moção de facto é também uma moção que entendemos
fazer porque a pedido de muitas pessoas, a solicitação de muita gente, os comerciantes, e neste
caso falo dos comerciantes da Amora que sobretudo aqueles que optaram por fechar os seus
estabelecimentos durante a edição da Festa do Avante, com medo ou com receio da afluência de
100 mil pessoas, que era o número anunciado pelo PCP, numa fase inicial muitos fecharam, alguns
manifestaram-se publicamente e viram as suas lojas vandalizadas, as suas viaturas vandalizadas, é
preciso ver isto, e portanto nesse sentido o Município, no nosso entendimento, devia compensar
os comerciantes da Amora com uma isenção de taxas e da fatura da água durante o período de 1
ano e para já é o que temos para dizer.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Intervenções sobre esta moção? Paulo Silva se faz
favor.”
Paulo Silva, da CDU, disse: “À bocado na discussão da moção do Serviço Nacional de Saúde o
eleito do PSD, o eleito Rui Belchior, falou em seriedade intelectual, pois eu ao ler esta moção não
vejo onde é que está a seriedade intelectual do PSD, desde logo porque não foi sério quando
apresentou aqui a moção e quando disse que era a isenção das taxas para os comerciantes da
Freguesia de Amora, o que diz aqui assim o texto da moção é, apenas para os comerciantes que
encerraram as suas portas dia 4, 5 e 6, ou seja estamos a falar de um universo cerca de 2 mil
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comerciantes em que foram cerca de 40 que encerraram, querendo aqui, assim, o PSD apresentar
um benefício injustificável a quem encerrou e que não tem qualquer justificação e mais, porque é
que estes comerciantes seriam beneficiados em relação aos comerciantes de Corroios da União de
Freguesias e de Fernão Ferro? não vemos qualquer justificação para isto, onde queremos aqui
assim criar privilégios e benefícios injustificados para alguns comerciantes que, no exercício
democrático, quiseram encerrar, são livres de o fazer, e dizer que quem esteve aberto, houve
alguém a fazer-se passar por fiscal e andou a ir aos comerciantes da Amora que estavam abertos
nestes dias a dizer que eram fiscais e estavam lá a fiscalizar o seu estabelecimento por estarem
abertos, também aqui dizer isto, por último nunca foi dito pelo PCP que este ano iriam estar na
Festa do Avante 100 mil pessoas porque desde o início foi dito que era apenas ⅓ da capacidade 33
mil pessoas.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais intervenções? Vítor Cavalinhos.”
Vítor Cavalinhos, do BE, disse: “O BE vai votar contra esta moção, os comerciantes que fecharam
na Amora fecharam porque quiseram, tal como aqueles que se mantiveram abertos também
mantiveram-se abertos porque quiseram, portanto é óbvio, era assim um bocadinho exagerado e
portanto o PSD não é fraco a pedir, era durante um ano, um ano os comerciantes não pagavam
taxas não pagavam … era um espetáculo, portanto é evidente que nós não estamos nada de
acordo, e já agora, porque há coisas que também se tornam um bocado irritantes, eu queria
perguntar ao PSD que faz a moção o seguinte: três coisas, em Fátima se puseram lá alguns
outdoors, em Fátima para alertar para o problema; a outra questão é, se houve uma marcha lenta
em Fátima era importante que, já agora se estamos a tratar de saúde pública, independentemente
do que está aqui ; este problema o PSD sabe se esta medida vai ser, ou se alguém vai reivindicar
esta medida, que é aqui proposta, em Fátima, portanto isto é para que a conversa tenha o mínimo
de seriedade, portanto nós vamos votar contra e está dito.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais intervenções? Sr. Presidente de Fernão Ferro
se faz favor.”
Carlos Reis, Presidente da JFFF, disse: “Eu venho fazer uma proposta de alteração de esta moção,
no 2.º parágrafo diz que esta festa realizou-se com a complacência do Governo e falta dizer
também com a complacência do Sr. Presidente da República, esqueceram-se.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais intervenções? Não há mais intervenções? Não
há. Pergunto ao proponente se pretende intervir? Se faz favor.”
Rui Belchior, do PSD, disse: “Respondendo, a seriedade intelectual, no seu conceito, creio que é
determinado por cada um, cada um terá o seu, e aquilo que é a seriedade intelectual para uns não
será para outros, aliás, estavam a dizer, já imensas vezes aqui e essa confrontação surgiu, portanto,
isso não é nenhuma novidade, depois são apenas e é evidente que se calhar não me soube
explicar e admito que talvez não tenha sabido explicar é evidente que o benefício que é solicitado
é para aqueles que fecharam não é para todos em geral, agora se foram só 40, como a CDU tem

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repetidamente afirmado, ainda mais fica facilitado a vossa vida, mas também ficamos a saber qual
é a vossa posição, ficamos a saber que a vossa posição é de total incompreensão para com as
pessoas e já agora foi sim no recinto da festa e em conferência de imprensa numa primeira fase,
em agosto, anunciada as 100 mil pessoas, isso está gravado, isso está aí por todo o lado não vale a
pena, 100 mil pessoas, só depois, mas enfim se puder continuar se me deixarem continuar; e
portanto essa é a resposta da CDU em relação aos comerciantes da Amora ficamos todos a saber,
depois relativamente a Fátima, eu sei que o Vítor poderá ter-nos em muito boa conta, e nós
agradecemos essa consideração, mas o PSD Seixal naturalmente fará a sua interferência política no
Seixal e não em Fátima, isso a nós em Fátima o que lá se passa não nos compete a nós interferir,
depois por último, o Presidente Carlos Reis também tem revelado uma espécie de obsessão,
digamos assim, com o Presidente da República, é evidente que podemos considerar que também
com a sua complacência, mas devo recordar que o Presidente da República não tem funções
executivas o Presidente da República não decide nada, obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Vamos colocar à votação.”

Rejeitada a Tomada de Posição nº47/XII/2020 por maioria e em minuta com:

. Quinze (15) votos a favor dos seguintes eleitos:

Do grupo municipal do PS: 10

Do grupo municipal do PSD: 4

Do grupo municipal do CDS-PP: 1

. Vinte (20) votos contra dos seguintes eleitos:

Do grupo municipal da CDU: 15

Do grupo municipal do BE: 3

Do grupo municipal do PAN: 1

Do presidente da JFFF: 1
O Presidente da Assembleia Municipal disse: "A moção foi rejeitada com os votos a favor do PS,
PSD e CDS, e os votos contra da CDU; BE, PAN e PJFFF. Há alguma declaração de voto? Não há,
então passamos para o documento seguinte.”
II.4. O Grupo Municipal do BE, apresentou a saudação «À escola pública», subscrita por Vítor
Cavalinhos.
(Documento anexo à ata com o número 4)

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O Presidente da Assembleia Municipal disse: "É do Bloco de Esquerda é uma saudação «À escola
pública» é subscrita pelo Vítor Cavalinhos que tem a palavra.”
Vítor Cavalinhos, do BE, disse: “ É uma saudação à escola pública que eu vou dispensar de ler os
considerando e vou ler sim a parte resolutiva para que se entenda; Assim, a Assembleia Municipal
do Seixal reunida em sessão ordinária em 28 de Setembro de 2020 delibera: Saudar a mobilização
e o empenho da Escola Pública na resposta aos desafios lançados pela pandemia da covid-19,
demonstrando uma vez mais o seu papel essencial no cumprimento dos ideais democráticos da
igualdade e da justiça social; Saudar os professores e as professoras, os profissionais não-docentes,
as alunas e os alunos e as suas famílias pelo esforço coletivo para garantir a missão pedagógica e
comunitária da Escola Pública. Declarar o compromisso desta autarquia na defesa da Escola Pública
e no apoio a todos os Agrupamentos de Escolas e Escolas não agrupadas para enfrentar os desafios
da pandemia de COVID-19, o Bloco de Esquerda.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Intervenções para esta saudação? Samuel Cruz.”
Samuel Cruz, do PS, disse: “Devo dizer que, enquanto membro do Partido Socialista, estou quase
comovido com tanta gentileza hoje, depois de uma saudação ao Sistema Nacional de Saúde por
parte da CDU e uma saudação à Escola Pública, por parte do Bloco de Esquerda, não esquecendo
que o Partido Socialista é o Partido do Governo e, portanto, ainda que indiretamente são
saudações também ao PS, pela minha parte muito obrigado, e retornarei a gentileza naturalmente
votando a favor; mas apenas aqui alguma notas, quanto à instabilidade criada por um corpo
docente envelhecido, enfim, é o que é, não sei se BE quer que se dispense os professores mais
velhos, ou qual é a solução para uma questão destas, mas enfim, é um facto, há depois dois factos
porque o BE, efetivamente, tem razão que é a necessidade de mais funcionários e os rácios
desadequados, quanto aos funcionários, mas tinha, mas já não tem porque, hoje mesmo, e não
tinham como saber, foi publicado a portaria que, de imediato, injeta mais de 1500 funcionários e
faz o reforço do rácio quanto aos funcionários e portanto é isto que me apraz dizer.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais intervenções? Paulo Silva.”
Paulo Silva, da CDU, disse: “Eu acho que se fala aqui em 1500 funcionários como se fosse um
número excelente e que a partir dai se resolve tudo, só quem não conhece a realidade das escolas
é que sabe que falta muitos funcionários, dividir 1500 funcionários pelo número de escolas dá
quanto? 4 ou 5 funcionários por escola isso resolve alguma coisa; não.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Ora, mais intervenções para esta saudação? Não há
mais pedidos? O Sr. Presidente pediu, se faz favor.”
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Gostava de aproveitar esta saudação para de facto dar
conta do desafio presente que temos para além do contexto de abertura do lançamento do novo
ano letivo com todas as vicissitudes que estão associadas a este processo que é de facto complexo
mas que é decisivo para formação e educação dos nossos jovens, é de referir de facto que a
Câmara Municipal não só tem acompanhado como acompanha no investimento na área do pré-
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escolar e do 1º ciclo como também temos vindo a desenvolver esforços para acompanhar também
aquilo, que são as necessidades das escolas do 2º ciclo e secundárias prova disso foi a reunião
realizada com a autoridades de saúde local e os diretores dos agrupamentos de escolas
(Impercetível) para de facto podermos acertar e esclarecer sobre o procedimento da relação de
contactos as mecânicas relacionadas com esta nova realidade da covid-19 nas escolas e de facto
dizer que que por parte de todos os agrupamentos, e claro as autoridades de saúde local essa
reunião foi uma reunião de várias horas mas, muito proveitosa, podemos estabelecer mecanismos
e formas de agilização relativamente a esta matéria, em segundo lugar também para referir-me à
questão dos dados conhecidos, dos mais recentes conhecidos, relativamente à proporção de casos
covid no Concelho, analisando o quadro dos 308 municípios a nível nacional verificamos que o
Seixal é o Concelho que menos casos tem dos municípios com mais de 150 mil habitantes, o Seixal
é o município que menos casos tem dos municípios com mais de 150 mil habitantes, de facto nos
15 maiores municípios nacionais o Seixal é o que representa a menor proporção de infetados por
habitante, temos 67 infetados por 10 mil habitantes, quando a Amadora, que é o primeiro, tem
167 infetados por 10 mil habitantes, mais cem do que o Seixal, isto para dizer que de facto muita
dramatização foi feita à volta de muitas das realidades, agora das escolas,para dizer que de facto
aqui no município graças a uma excelente averiguação a todas as entidades tem havido, e claro um
cumprimento escrupuloso da população, tem havido esta mitigação este, vamos dizer assim,
crescimento controlado da expansão do vírus, estes dados não significam, que amanhã ou depois,
não possam vir a alterar-se mas a verdade é que no quadro desde o início da pandemia até ao dia
de hoje e já passaram vários meses, o Seixal tem sido talvez o mais exemplares naquilo que são as
orientações da DGS e, de facto, uma vez mais aqui nesta Assembleia Municipal se verifica esse
cumprimento escrupuloso e por isso também já agora estes bons resultados.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Tem a palavra Vítor Cavalinhos
Vítor Cavalinhos, do BE, disse: “Quando as coisas precisam de solução saca-se de uma portaria e
está tudo resolvido, faltam 1500 funcionários não há 1500 funcionários mas o Samuel diz ; não há
mas já passaram a haver, porquê, porque há uma portaria à a portaria mas não há ainda os 1500
funcionários quando eles estiverem colocados a gente volta a falar desta conversa, portanto hoje
falhou, o problema central e essencial da escola pública é a falta de funcionários e não há 1500
funcionários colocados nas escolas públicas, hoje há uma portaria agora vamos a ver quando é que
eles são colocados, era só.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Vamos colocar à votação a saudação sobre a Escola
Pública.”

Aprovada a Tomada de Posição nº48/XII/2020 por unanimidade e em minuta com:

. Trinta e cinco (35) votos a favor dos seguintes eleitos:

Do grupo municipal da CDU: 15


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Do grupo municipal do PS: 10

Do grupo municipal do PSD: 4

Do grupo municipal do BE: 3

Do grupo municipal do PAN: 1

Do grupo municipal do CDS-PP: 1

Do presidente da JFFF: 1
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Esta saudação foi aprovada por unanimidade. À
alguma declaração de voto? Não, então passamos para o documento seguinte."
II.5. O Grupo Municipal do PAN apresentou uma declaração política, por André Nunes.
O Presidente da Câmara Municipal disse: “É uma declaração política do PAN, subscrita por André
Nunes que tem a palavra.”
André Nunes, do PAN, disse: “Em março deste ano, quando ainda o covid-19 não tinha chegado a
Portugal, apresentámos nesta Assembleia Municipal uma questão ao Sr. Presidente da Câmara
sobre códigos de conduta no Município, nessa altura ainda não se debatia a questão ética de
titulares de cargos públicos integrarem a comissão de honra de um candidato à Presidência do
Benfica; àquele tempo recordo-me a resposta do Sr. Presidente foi a que iria analisar a questão de
maneira a não incumprir a lei, vários meses passaram desde que a pergunta foi feita e de lá para cá
que se conheça nenhum código de conduta foi aprovada pela Câmara Municipal, pelo menos não
está publicado no Diário da República, há umas semanas ficámos a saber que o nome do Sr.
Presidente da Câmara Municipal constava na lista de apoiantes da candidatura de Filipe Vieira ao
Benfica, ao que parece já não consta, por impulso deste último, que retirou o nome de todos os
titulares de cargos públicos da lista, independentemente, de o ter feito, suscitam-se várias
questões, nomeadamente éticas, mas não apenas, começando pelas primeiras, impõe-se
questionar se é legítimo que um titular de um cargo público apoia um candidato presencial a um
clube desportivo e convenhamos não é um clube qualquer; ou por outras palavras se pode um
presidente de Câmara em exercício que representa um universo de munícipes de um município
imiscuir-se e tomar posição pública sobre uma matéria que não está relacionada com a vida do
município e que é pelas paixões que gera pouco ou nada consensual; dir-me-á quem acha que sim,
que um cidadão, pelo simples facto de ser Presidente de Câmara, não deixa de ter os seus gostos e
convicções pessoais, porém, é justamente aí que reside a divergência, pois, para nós, no PAN o
compromisso com a causa pública pressupõe, entre outras coisas, que os titulares sejam capaz de
assumir uma postura equidistante do exercício do seu cargo; de resto bem sabemos que nesta
coisa da vida pública não existe a realidade pessoa-na de várias pessoas dentro de uma pessoa; o
cidadão Joaquim Santos e o Presidente da Câmara Municipal do Seixal Joaquim Santos são durante
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o exercício do seu mandato uma e só uma pessoa o mesmo valendo naturalmente para o
Presidente da Câmara Municipal de Lisboa ou para o Primeiro Ministro; mas existem igualmente
questões estratégicas e políticas que a opção de apoiar um candidato, qualquer que ele seja,
acarreta e que pode, em última instância, lesar grandemente o Município, senão vejamos, todos
reconhecem o peso da marca do Benfica e, consequentemente, a mais valia que é poder contar
com a presença do clube no Concelho, através do seu Centro de Estágio, é justo depois questionar
se é ajuizado que o Presidente da Câmara Municipal tome partido por um candidato em particular
quando outros há, atentos à realidade do Benfica, ser um clube democrático, poderem vencer as
eleições; o que se diz é que a decisão de apoiar um candidato em especial pode ir contra os
interesses do Município se por ventura o candidato vitorioso for outro que não aquele que o
Presidente da Câmara apoiava, termino por onde comecei códigos de conduta a história recente da
nossa democracia está cheia por maus exemplos por promiscuidade entre política e futebol, o que
desejamos, sinceramente, é que o atraso verificado na criação do código de conduta do Município
do Seixal, se deva à necessidade de consagrar, expressamente, estes e outros comportamentos
que, sendo no mínimo eticamente questionáveis podem lesar gravemente o município.”

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Em defesa da honra o Sr. Presidente se faz favor.”
O Presidente da Câmara Municipal disse: “ Para dizer aqui nesta Assembleia Municipal que não fui
convidado para nenhuma comissão de honra a não ser do centésimo aniversário do Amora Futebol
Clube; número dois, só aceitei o convite que me fizeram; número três, não podemos acreditar nas
notícias falsas que nos últimos tempos têm como veem caluniando a Câmara Municipal do Seixal e
o Presidente da Câmara, obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Passamos para o documento seguinte.”
II.6. O Grupo Municipal do CDS-PP apresentou um voto de pesar «Pelo falecimento de João
Noronha», subscrita por João Rebelo.
(Documento anexo à ata com o número 5)
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “É um voto de pesar «pelo falecimento de João
Noronha», é do CDS João Rebelo tem a palavra.”
João Rebelo, do CDS-PP, disse: “Voto de pesar pelo falecimento de João Noronha. No dia 4 de
Setembro faleceu João Carlos Filipe Noronha Marques de Oliveira ,com 43 anos de idade. Viveu no
concelho do Seixal desde que nasceu, até se ter mudado para a Madeira, onde veio a falecer,
vítima de doença prolongada João Noronha, como era conhecido por todos, nasceu dia 26 de
setembro de 1974, e bem cedo começou a se dedicar a fazer política no Seixal. Foi presidente da
Juventude Centrista do Seixal, fez parte de várias Comissões Políticas da Distrital de Setúbal do
CDS, e foi Presidente da Comissão Política Concelhia do CDS-PP Seixal por diversos mandatos. Foi
igualmente membro da Assembleia Municipal do Seixal durante 8 anos, nos mandatos de 2001-
2005 e 2009-2013. Nos últimos anos vivia na Madeira e era dirigente do PPM. Ao longo da sua vida
destacou-se como um exemplo de coragem e de determinação nas lutas políticas em que se
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envolveu. Lembramos a paixão que tinha pela política e a sua preocupação com os seus próximos.
Sr. Presidente antes de passar à parte deliberativa gostava de informar a Assembleia Municipal que
se encontra aqui, entre nós, o seu filho Guilherme a sua ex-esposa Cármen o seu filho Salvador
Costa e o seu filho (Impercetível) . Portanto proponho Sr. Presidente que a Assembleia Municipal
do Seixal, reunida a 28 de Setembro de 2020, delibera: 1.Aprovar este voto de pesar e guardando
um minuto de silêncio em sua homenagem; 2.Manifestar à sua família as mais sentidas
condolências, obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Pedidos de intervenção? Paulo Silva se faz favor.”
Paulo Silva, da CDU, disse: “A CDU associa-se a este voto de pesar, sendo que, e recordarei sempre
essa questão, o João Noronha foi daqueles políticos que, entre o seu Concelho e o seu Partido
nunca hesitou em apoiar o seu Concelho, e lembro duas questões concretas em que ele esteve
contra o seu Partido, o CDS-PP, que estava na altura no Governo, o Hospital do Seixal, apesar do
CDS no Governo ter congelado o hospital ele sempre continuou a defender e, aqui assim nas várias
moções que foram apresentadas, sempre defendeu e sempre votou favoravelmente a construção
do Hospital do Seixal, 2º ponto, as extinções das Freguesias do Seixal, Arrentela e Aldeia de Paio
Pires que, apesar de ter sido uma decisão do Governo do PSD/CDS, o João Noronha sempre esteve
e debateu-se contra nesta extinção e sempre esteve ao lado da população do Concelho do Seixal,
são dois exemplos de fazer política pela positiva em que, indubitavelmente, o seu coração a sua
razão pelo Seixal falou mais alto e por isso merece que aprovemos aqui assim este voto de pesar; à
família os meus sentimentos.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Vítor Cavalinhos.”
Vítor Cavalinhos, do BE, disse: “Eu venho, nós fomos aqui nesta Assembleia Municipal durante
muitos anos companheiros de luta política ele e muitos de nós dos que aqui estamos, o João
Noronha, eu sou do Bloco de Esquerda deve de ser difícil concordarmos em alguma coisa, o
normal era estarmos sempre a discordar, mas eu recordo o João Noronha, que era uma pessoa que
era convicto nos seus pontos de vista, defendia o seu Partido defendia as suas ideias, e era possível
ter com ele um debate político renovado, eu recordo-o de outro facto e a verdade é que lá nas
festas de Corroios sempre tivemos um pavilhão do BE passámos lá alguns serões eu, o João
Noronha e o Rui Belchior e outros de outros partidos; passámos lá alguns serões a falar de política
e a beber umas “bejecas” e, portanto, recordo isso agora e é assim a vida, e associo-me a este voto
de pesar e os meus sentimentos para a família que aqui está presente.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais alguma intervenção? Força Duarte Correia.”
Duarte Correia, do PSD, disse: “rapidamente, porque o Partido Social Democrata também não
tem muito tempo para fazer intervenções, eu conheci o João Noronha fiz parte com ele da
Assembleia Municipal nos dois mandatos que ele esteve na Assembleia Municipal, gostava muito
do João Noronha era uma pessoa que tinha os seus ideais, era um bom homem, era um bom

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companheiro e era um excelente político, que descanse em paz, em nome do Partido Social
Democrata aceita este voto de pesar com muita mágoa por ele ter partido tão cedo, obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais alguma intervenção? Não, vamos colocar à
votação.”

Aprovada a Tomada de Posição nº49/XII/2020 por unanimidade e em minuta com:

. Trinta e cinco (35) votos a favor dos seguintes eleitos:

Do grupo municipal da CDU: 15

Do grupo municipal do PS: 10

Do grupo municipal do PSD: 4

Do grupo municipal do BE: 3

Do grupo municipal do PAN: 1

Do grupo municipal do CDS-PP: 1

Do presidente da JFFF: 1
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Este voto de pesar ao falecimento de João Noronha
foi aprovado por unanimidade, vamos aguardar um minuto de silêncio. Obrigado. Alguma
declaração de voto? Samuel se faz favor.”
Samuel Cruz, do PS, em declaração de voto, disse: “A declaração de voto do Partido Socialista para
dizer que naturalmente o Partido Socialista associa-se a este voto e queria acrescentar duas coisas
para todos os eleitos e em especial para a família; o João tinha duas características absolutamente
fundamentais e são exemplo para todos nós, a primeira é que não escolhia o caminho mais fácil e
se não era fácil ser do CDS no Seixal não era e não é, na Madeira seria um bocadinho mais fácil,
mas o João não mudou só para a Madeira mudou também para PPM e, portanto, nunca escolheu o
caminho mais fácil mas escolheu sempre o caminho da verdade que era aquele que ele acreditava
naquele momento, essa era a primeira nota que é digna de realçar e de nos ficar como uma das
suas memórias; a outra também à cerca de não escolher o caminho mais fácil, e quem está na
política sabe isso, muitas vezes, já aqui foi dito escolher entre o Partido e a Terra não é fácil porque
nem sempre os caminhos são coincidentes, é mais difícil escolher o caminho da Terra, mas era e
sempre foi, aquilo que o João aqui fez, em segundo lugar tinha uma característica que é aquela
que é mais marcante e que todos nós recordamos, é aquele sorriso transbordante que o João fazia
sempre com alegria e por isso aqui entre nós eu próprio me incluo, fez muitos amigos.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Passamos para o documento seguinte.”

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II.7. O Grupo Municipal da CDU apresentou a moção «Em defesa de uma escola pública de
qualidade», subscrita por Maria Júlia Freire.
(Documento anexo à ata com o número 6)
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “É uma moção da CDU «Em defesa de uma escola
pública de qualidade», é subscrita por Maria Júlia Freire que tem a palavra.”
Júlia Freire, da CDU, disse: “Em defesa de uma escola pública de qualidade nela reafirmamos
sobretudo a impressibilidade de regresso ao ensino presencial apresentamos os constrangimentos
que este ano letivo apresenta e que já aqui foram referidos, nomeadamente, a necessidade de
auxiliares de ação educativa, professores, técnicos, psicólogos, que foram apregoados mas que
afinal de contas estão a faltar, mais condições de segurança, reafirmamos o facto da redução de
alunos por turma tão necessária já antes da crise pandémica não ter acontecido e voltamos a
afirmar no quarto parágrafo a necessidade dos auxiliares de ação educativa que neste momento
viram as suas condições de trabalho extraordinariamente agravadas, já agora dizer que faltam 3
mil auxiliares de ação educativa na escola pública, dizer que a portaria de facto pode ter sido
publicada mas, até chegarem às escolas fazem falta, estão a fazer falta neste momento e estão de
facto com condições de trabalho muito agravado e, de certa forma, são eles o pilar da segurança
nas escolas neste momento e não conseguem fazer o seu trabalho, no que respeita aos
equipamentos temos uma referência às obras, ou a algumas obras, que foram postas em prática
pela autarquia e fazemos o paralelo com aquilo que não foi feito pelo poder central, em todas as
coisas que faltam, e estão aí referidas, como é evidente que não poderíamos deixar de referenciar
aquilo que se passa na escola João de Barros, onde as obras como sabemos começaram há 10 anos
e estão paradas e a escola está reduzida a um terço da sua capacidade, o que, neste momento, na
situação em que as escolas vivem é de facto verdadeiramente dramático para aquela comunidade
educativa, claro que continua proposto a construção dos pavilhões desportivos escolares das
escolas aí referidas e passemos assim às deliberações; Assim, a Assembleia Municipal do Seixal
reunida na sua 4.ª Sessão Ordinária de 2020, no dia 28 de Setembro, por proposta dos eleitos da
CDU, delibera: Saudar a comunidade educativa do nosso concelho pela forma responsável e
empenhada como se preparou para este ano letivo; Denunciar as graves dificuldades resultantes
da falta de pessoal não docente que põem em causa o regular funcionamento das escolas e a
qualidade do serviço público de Educação; Reafirmar a necessidade de investimento em meios
técnicos e materiais, nomeadamente com a modernização do parque informático das escolas;
Exigir a rápida conclusão das obras na Escola Secundária João de Barros; Exigir ao Ministério da
Educação que apresente um estudo de intervenções no parque escolar do 2º e 3º ciclos do ensino
básico e secundário de modo a que possa garantir a realização da requalificação das escolas
existentes; Exigir a construção dos pavilhões desportivos escolares das Escolas Básicas de 2º e 3º
Ciclos de Pinhal de Frades, Corroios, Cruz de Pau , Vale de Milhaços e Secundária João de Barros.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Intervenções? Quem pretende intervir? Samuel
Cruz.”
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Samuel Cruz, do PS, disse: “Nem de propósito, o Partido Comunista traz aqui uma moção e o
Partido Socialista traz outra que corresponde praticamente na integra, de facto, aquilo que o
Partido comunista sempre faz é enaltecer o pouco que faz e esquece-se daquilo que são as suas
responsabilidades ainda por fazer e escarnece dos pontos dos outros, se não vejamos, vivemos
tempos difíceis o que se exige de todos nós é um dialogo constante entre as escolas a
administração e a Autarquia Loca,l como vimos sempre no caso do protocolo do amianto, mais
uma vez, a Câmara do Seixal coloca-se no lado do problema e não do lado da solução ao contrário
por exemplo daquilo que fez, até o edil de Loures, que assinou o protocolo com o Ministério da
Educação para tirar o amianto integralmente, não o fez, faz campanha, mas estou certo que vai
pedir agora o dinheiro ao Ministério da Educação para este fim, apesar de não dizer, nesta
propaganda barata que faz e que não convence ninguém a não ser os mais incautos, diz depois ou
fala sempre da escola João de Barros, enfim diz-se que Deus escreve direito por linhas tortas, tem
agora exatamente o mesmo problema na escola de Paio Pires, escola essa que viu o seu
empréstimo aprovado em 2008, o dinheiro para construir aquela escola que agora foi interrompida
chegou em 2008 a esta casa, passaram 12 anos e a obra continua por realizar, bem, muito perto da
escola João de Barros temos também a escola de Santa Marta, competirá talvez ao Sr. Presidente
da Câmara explicar-nos porque é que não teve ainda inauguração oficial, o que é que falta naquela
escola para ter licença e para funcionar; há a questão da ação social escolar muitos alunos deste
município, por exclusiva teimosia da Câmara, continuam sem ter aquilo a que têm direito, alguns,
poucos, depois de 2 anos de pressão, talvez do Partido Socialista, têm agora durante as pausas
letivas os mesmos direitos que todos os outros alunos do País, mas, que a Câmara durante anos se
recusou a que tivessem; temos algo que apenas acontece no município do Seixal, contam-se pelos
dedos de uma mão dos 308 Câmaras do País aquelas que ainda têm turno duplo; fala a moção das
necessidades de Fernão Ferro, e as necessidades de Fernão Ferro do 1º ciclo porque é que há
ainda turno duplo em Fernão Ferro no 1º ciclo? É isto que importa responder; fala-se aqui nos
assistentes operacionais; quantos assistentes operacionais contratou a Câmara neste período difícil
para as escolas do 1º ciclo; não basta a propaganda é preciso fazer obra e nesse campo aí o CDU
Seixal deixa muito a desejar.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Intervenções? Não há mais pedidos de
intervenções é isso? Não, Sr. Presidente da Câmara.”
O Presidente da Câmara Municipal disse: “De facto esta questão do amianto traz aqui várias
questões de propaganda, quando se diz as meias verdades e afirmam-se mentiras; 1º lugar não é
preciso nenhum protocolo com o Ministério da Educação ou com o Governo para aceder aos
fundos Europeus, a linha de fundos Europeus foi disponibilizada para a substituição das estruturas
de fibrocimento, por isso, não é verdade que se peça dinheiro ao Ministério da Educação, não é
verdade, o dinheiro é totalmente de fundos Europeus e nada impede que o Governo faça aquilo
que não tem feito e que não quer fazer, uma vez mais demonstrando uma total incompetência, é
que somente está a intervir nos telheiros da escola 2-3 António Augusto Louro e a questão é, já

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agora, que está a intervir nos telheiros porque é que não faz toda a intervenção na escola, e quer
que seja a Câmara do Seixal a fazer essa intervenção, bom, da nossa parte da Câmara, nós não
dissemos que não faríamos essas intervenções, agora o que estamos a fazer em primeiro lugar é
resolver aquelas que são da nossa responsabilidade e, até ao final deste mês de setembro,
praticamente todas as 14 intervenções, ou seja as nossas escolas, vão ficar concluídas, grande
parte já estão concluídas, faltam apenas poucas para serem terminadas, em termos da nossa
intervenção e estamos agora a debruçar-nos, após a conclusão daquelas que são da nossa
responsabilidade, estamos agora a debruçar-nos sobre as escolas da responsabilidade do
Ministério da Educação, por isso virem aqui dizer os representantes do Partido do Governo que a
Câmara não quer fazer e que a Câmara não faz, eu diria que, de facto deviam de olhar em primeiro
lugar para o vosso Governo, que durante décadas desinvestiu nas escolas do Concelho, basta ver o
estado das escolas 2-3 e secundárias comparadas com as do 1º ciclo e pré-escolar, basta ver essa
diferença, para demonstrar que de facto os vossos Governos levam 95% do IRS e do IVA e de
muitos impostos e nada investem no nosso Concelho e querem que seja a Câmara Municipal a
desenvolver essa tarefa, pois bem nós vamos avaliar essa intervenção e se tivermos as condições
materiais e financeiras para as executar cá estaremos para o fazer, mas não precisamos assinar
nenhum protocolo, aliás, nem sequer é o Presidente da Câmara que o está a dizer, foi a resposta
que recebi da Sra. Adjunta da Sra. Secretária de Estado da Educação, que foi demitida, recebi uma
carta dizendo o seguinte: recebemos uma proposta de protocolo há sexta-feira para assinar há
terça-feira, é assim que funciona o Governo do PS, não há cá discussão para ninguém, quais
respeito pelos órgãos institucionais, imagina o que seria se a Câmara enviasse para a Junta de
Freguesia aqui da Amora, olha tomem lá esta proposta na sexta-feira para assinarmos na terça-
feira o não diriam os Srs. Eleitos, e com razão, ou mesmo para a Assembleia Municipal o que não
se diria, e com razão, mas é a própria adjunta, que em face da nossa proposta, que enviamos uma
contra proposta de protocolo que enviámos onde éramos claros relativamente às matérias com a
comparticipação e custos que disse que, Presidente não se preocupe que o protocolo é só um pro-
forma, nós temos este e-mail escrito da Sra. adjunta da Sra. Secretária de Estado que foi demitida,
portanto não é o Presidente da Câmara que está a dizer, são os próprios Governantes e as suas
equipas técnicas que dizem, que era apenas show off, era apenas propaganda, esse protocolo,
depois, também, não recebemos lições sobre a ação social escolar, de facto esta Câmara
Municipal, para além, de todos os apoios que já presta às famílias e às crianças mais necessitadas,
na fase mais complexa da covid19, tomámos uma decisão que foi isentar qualquer pagamento das
refeições do escalão A e escalão B, talvez tenhamos sido das poucas Câmaras Municipais que o
fizemos, mas concretizámos essa opção porque de facto entendemos que era um momento muito
difícil para as famílias que, não tendo condições, as crianças não podendo ir à escola essas
refeições ser-lhe-ão devidas e decidimos de facto, para o escalão A já não se paga, mas para o
escalão B assumir, integralmente o custo, por parte da Câmara Municipal, e depois sobre obras
sobre propaganda, basta andar no Concelho de facto os Srs. Eleitos não devem andar no Concelho,
não devem olhar as escolas eu próprio com a nossa equipa da vereação temos visitado todas as
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escolas e há lá obras, é propaganda; olhem para a realidade, propaganda é o que faz o Governo diz
que promete milhões e afinal o dinheiro nem sequer é do Estado nem do Ministério da Educação;
são de fundos Europeus; que está a desviar de outras áreas para investir na educação dizemos nós
e ainda bem que está a fazê-lo, mas não é dinheiro nenhum do Ministério da Educação como foi
aqui dito; é falso; nem sequer portanto é dinheiro do Governo; e sobre as escolas as nossas escolas
do 1º ciclo e jardim de infância senhores eleitos nós assumimos as nossas responsabilidades e
estamos,a fazer tudo para que os equipamentos escolares, do nosso município, tenham as
melhores condições, não nos interessam as inaugurações, isso é mais para a propaganda para os
srs. do PS, interessa-nos é que as escolas funcionem, cumpram o seu carácter pedagógico e
educativo, dê boas condições às crianças e aos professores e os corta fitas fica para vossas
excelências, obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “A seguir; Samuel em defesa da honra? se faz favor.
Samuel Cruz, do PS, disse: “Para dizer duas breves notas e demora cerca de 30 segundos; à cerca
de propaganda, Sr. Presidente da Câmara, o meu filho tem 11 anos, quando a mãe estava grávida
vivíamos em Corroios e foi lá fixado um placard que dizia; aqui vai nascer o futuro equipamento
pré-escolar na quinta de São Nicolau, pensei em lá por o meu filho, já tem 11 anos e a obra ainda
não começou, estou convicto que ainda vai para a universidade e a obra continua por concluir, mas
já que a Câmara é tão boa, aceite a descentralização de competências e faça melhor se for capaz.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Bom, proponente se faz favor.”
Júlia Freire, da CDU, disse: “Eu não venho praticamente acrescentar nada daquilo que disse a não
ser reafirmar tudo aquilo que já foi dito, mas há aqui uma dúvida é que eu não percebi o que é que
o eleito Samuel Cruz veio aqui falar naquilo que diz a sua moção e veio aqui dizer coisas que não
são verdade no momento em que se estava a discutir outra moção, é porque se vai dispensar de
apresentar a sua eu vou ter que responder a algumas coisas, não me parece que seja o caso
aguardo depois quando for a do PS, mas parece-me assim um bocadinho estranha de discutir as
coisas.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Vamos colocar à votação esta moção.”

Aprovada a Tomada de Posição nº50/XII/2020 por maioria e em minuta com:

. Dezanove (19) votos a favor dos seguintes eleitos:

Do grupo municipal da CDU: 15

Do grupo municipal do BE: 3

Do presidente da JFFF: 1

. Dez (10) votos contra dos seguintes eleitos:

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Do grupo municipal do PS: 10

. Seis (6) abstenções dos seguintes eleitos:

Do grupo municipal do PSD: 4

Do grupo municipal do PAN: 1

Do grupo municipal do CDS-PP: 1


O Presidente da Assembleia Municipal disse: “A moção foi aprovada com os votos a favor da CDU,
BE e PFF, a abstenção do PSD e CDS e PAN, e os votos contra do PS. Alguma declaração de voto?
Nelson Patriarca.”
Nelson Patriarca, do PS, em declaração de voto disse: “O Partido Socialista votou contra este
documento não por não considerar naturalmente esta importância, mas porque, até na sequência
da intervenção do Sr. Presidente, há aqui uma série de coisas que são irrealistas, o Sr. Presidente
fala, fala, mas enrola o discurso, o que aqui estamos a falar não é mais protocolo nem menos
protocolo, é vontade ou não de se fazer obra, e o programa operacional regional de Lisboa de
2014/2020 mandava, que se apresente candidaturas, que se apresente a adjudicação, nos termos
do código dos contratos públicos,que execute a obra em 12 meses, aludindo para tal valor por
metros quadrados, ou não, depois pode ser ajustado; o Sr. Presidente disse também aqui que o
Governo utiliza isto como uma forma de propaganda, desviando dinheiro para outras áreas, ora
para quem conheça fundos comunitários sabe que isto não é verdade, este programa operacional
pode ser reforçado por iniciativa do Governo e o dinheiro que é utilizado neste programa
operacional não pode ser utilizado noutras áreas, assim como as verbas do POSEUR não podem ser
usadas noutras áreas, portanto aquilo que o Sr. Presidente aqui fez acaba por nos iludir, daí a nosso
voto contra.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Nelson Patriarca é uma chamada de atenção não
apenas para si mas para todo o coletivo da Assembleia Municipal, o que o Sr. fez, fez uma
intervenção, toda a gente ouviu toda a gente que está aqui na sala ouviu, não foi uma declaração
foi uma intervenção; Nelson quando for para fazer uma intervenção pede para fazer uma
intervenção; teve tempo para isso, não é para aqui é no tempo das intervenções; há mais alguma
declaração de voto? Não, passamos para o documento seguinte.”

II.8. O Grupo Municipal do PS apresentou um voto de condenação «Pelas declarações do Sr.


Presidente da Câmara Municipal do Seixal acerca de alegado perigo ambiental», subscrito por
por Samuel Cruz.
(Documento anexo à ata com o número 7)

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Aqui a pedido do PS sobre o documento que era a
seguir, porque o eleito que é para apresentar ainda não chegou, vamos fazer uma troca,
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esperemos é que o eleito chegue ainda hoje! Então se faz favor para apresentar o voto de
condenação pelas declarações do Sr. Presidente da Câmara Municipal do Seixal acerca de alegado
perigo ambiental; portanto Samuel Cruz.”

Samuel Cruz, do PS, disse: “Muito rapidamente para explicar este voto de condenação adica-se em
dois casos, eu servi como vereador sobre ou sendo dirigido por Alfredo Monteiro, era impensável o
respeito institucional que sempre o pautou, ataques às Câmaras vizinhas e aos edis, legitimamente
e democraticamente eleitos nas Câmaras vizinhas; o Sr. Presidente Joaquim Santos inaugurou um
novo estilo que é intrometer-se na política partidária dos Concelhos vizinhos, enfim é uma escolha,
que não lhe fica bem daqui a nossa condenação; mas ainda menos lhe fica bem fugir às suas
responsabilidades e enxotá-las para os outros, sempre tentou primeiro com a SIMARSUL, como
vimos aqui numa Assembleia Municipal passada, e hoje veio justificar que era mentira, disse que
tinha feito uma queixa crime contra a SIMARSUL, depois até numa moção, aqui apresentada pela
bancada da CDU, tiveram que riscar essa parte apressadamente porque bem sabia que era
mentira, mas talvez, porque tenha nomeado também um administrador na SIMARSUL e porque a
SIMARSUL negou veemente o facto que tinha,entre aspas, acusada porque diziam que era o
reservatório da Quinta da Raposa que não estava a funcionar, bem e a SIMARSUL disse que em
visita ao local identificou outros poluentes que não a sua estação elevatória não tinha qualquer
tipo de problemas; também agora, veio dizer o mesmo em relação à Câmara Municipal de Almada
e a ETAR de Miratejo, também a Câmara Municipal de Almada veemente nega, diz que a sua
fiscalização já sabe que existem naquele local outros focos de contaminação, e mais grave,
levianamente, não estabeleceu o nexo de casualidade entre análises feitas no local e o foco de
contaminação limita-se e aqui é bem aplicado a lançar lama por todos os lados; daqui a
condenação veemente do Partido Socialista dessa forma de fazer política.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Intervenções? Paulo Silva.”
Paulo Silva, da CDU, disse: “Penso que está equivocado, as declarações do Sr. Presidente da
Câmara não tem a ver com política partidária no Concelho, mas sim com questões concretas que
afetam a população do Concelho do Seixal e que ele tem um mandato para defender, aliás como o
Sr. Eleito também tem para defender a população do Concelho do Seixal mas ignora a população
do Concelho do Seixal e vem aqui defender os autarcas do Partido Socialista de Almada, mesmo
quando eles têm políticas que são lesivas para população do Concelho do Seixal, vá falar com a
população de Miratejo sobre os problemas e os cheiros que vêm da ETAR da Quinta da Bomba cuja
gestão é da Câmara Municipal de Almada, vem com umas descargas poluentes que já foi muito
denunciada que vêm de Almada e que estão a afetar a Freguesia de Corroios, portanto, vá ao local
fale com as populações e não venha aqui assim defender os autarcas do seu Partido, atacando e
estando contra as populações do Concelho do Seixal, que devia defender.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais intervenções? Não há mais pedidos de
intervenção? Não, então Sr. Presidente da Câmara se faz favor.”

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O Presidente da Câmara Municipal disse: “Bom, de facto estamos perante crimes ambientais, é
isto que se trata, e o que eu gostaria só de imaginar se fosse a CDU a Câmara Municipal que
estivesse a boicotar estes crimes ambientais num Município o que não seria nesta Assembleia, até
porque alguns estão calados e que defendem o ambiente; em primeiro lugar descargas indevidas
na Baía do Seixal cujo maior evento aconteceu em novembro de 2019 como difusa divulgação em
muitos meios, acusando a Câmara Municipal de ser o responsável por aquela descarga,
imediatamente fizemos queixa à Inspeção Geral do Ambiente, por denuncia dessa descarga ilegal
que, de facto a responsável é a SIMARSUL, disto mesmo demos nota à Sra. Secretária de Estado do
Ambiente e porquê, porque o Governo é o concedente da concessão do tratamento de águas
residuais em alta na Península de Setúbal, o Governo do PS e a Sra. Secretária de Estado têm essa
responsabilidade e calcular que o dinheiro que nós pagamos os 6 milhões de euros que pagam a
população do Concelho do Seixal que, deveria servir para tratar os esgotos nesta empresa multi-
municipal que, é gerida pelo Estado, com 51%, onde estão vários elementos do PS, desde o
Presidente ao Diretor Financeiro e outros elementos, é preciso dizê-lo, e de facto esta empresa não
tem realizado os investimentos necessários, por um lado, e por outro não tem as pessoas,
necessárias os trabalhadores necessários, para manter o funcionamento em pleno deste sistema,
foi exatamente isso que dissemos à Sra. Secretária de Estado, eu e o Sr. Vereador do ambiente, é
que Sra. Secretária de Estado, a SIMARSUL precisa não só de investir mais cedo naquilo que
precisamos nos vários órgãos de saneamento, em redor da Baía do Seixal, já o deveria de o ter
feito e não o fez, na Amora e na Arrentela, e também precisa de ter os trabalhadores necessários
que aguardam um despacho de autorização da parte do Governo e das finanças para admitir esses
trabalhadores, portanto, se há responsabilidade política nesta matéria sobre as descargas é
exatamente toda do PS, eu falei em responsabilidade política, é do PS, do Governo e quem dirige
aquela empresa que é um elemento do PS, é uma pessoa nomeada pelo Partido Socialista, aliás
era o adjunto do anterior Secretário de Estado do Ambiente; era o adjunto do anterior Secretário
de Estado do Ambiente que também foi demitido, o seu adjunto foi promovido para Presidente da
SIMARSUL, aliás é muito recorrente esse tipo de promoções de empresas públicas do Estado de
vários elementos ligados ao PS, vários, vários, tudo, bom para não me desviar daquilo que é
importante e dos factos; sobre a ETAR da Quinta da Bomba temos vindo a recolher várias análise
relativamente à qualidade da água da Baía do Seixal e em vários locais, com o objetivo de ter ou
obter novamente a qualidade balnear que as águas da Baía já tiveram no passado recente diga-se,
mas a verdade é que após 200 milhões euros de investimento na Península de Setúbal, uma parte
significativa também aqui no município do Seixal, nós estamos a obter, portanto, análises da
qualidade da água na zona do Moinho de Maré de Corroios há saída da ETAR da Quinta da Bomba
com a ultrapassagem em larga escala dos coliformes fecais, portanto lama, lançar lama: à bocado
ouvi a expressão lançar lama, é lançar lama fecal, que Almada está a fazer para o Seixal e a receber
dinheiro por isso, e a não tratar convenientemente os esgotos, está a cometer um crime ambiental
e portanto não se trata de nenhuma questão política, nenhum ataque político, trata-se,
efetivamente, de uma situação que já não acontecia há mais de uma década, que é queixas da
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população de maus odores junto à ETAR de Miratejo, então o que é que aconteceu nestes 3 ou 4
anos, o que é que aconteceu naquela ETAR para, novamente, não só se assistir a maus cheiros,
como também a uma degradação da qualidade do efluente que, supostamente, deveria ser tratada
por isso quem dirige a ETAR na Quinta da Bomba é um eleito do PSD com uma coligação em
Almada com o PS, portanto a responsabilidade política de mau funcionamento é do PS e do PSD,
aqui a geringonça é uma gerigonça laranja e, de facto, cheira mal essa geringonça quero-vos dizer,
em Miratejo cheira mal; depois ainda uma outra nota sobre uma visita de eleitos do PS que fizeram
a uma vala em Corroios dizendo que era uma vergonha estes esgotos e no Seixal etc. etc. Ora bem,
de onde é que vinham os esgotos? Vinham de Almada, tinha entupido portanto uma caixa junto a
uma escola em Almada os esgotos vieram parar a Corroios ao Seixal, e os eleitos do PS estavam a
dizer que a culpa era Câmara Municipal, portanto isto para referir-me que de facto esta é uma
questão muito séria que não deve ser lida como uma questão partidária, não deve ser lida, mas de
facto, tem que haver responsabilidades quer da SIMARSUL que deveria tratar dos esgotos e tem
essa responsabilidade e tem essa missão quer dos SMAS de Almada, a quem nós pagamos à
SIMARSUL e a SIMARSUL para aos SMAS de Almada para tratar, convenientemente, esses esgotos
na ETAR da Quinta da Bomba e, ainda por cima, foi totalmente renovada uma obra de mais de 12
milhões de euros; de facto é lamentável que exista esta regressão em termos ambientais no
concelho do Seixal; espero que a Sra. Secretária de Estado ponha ordem na SIMARSUL e nos SMAS
de Almada, espero que ponha ordem ,porque de facto ,o que se está a passar é lamentável e nós
não podemos aceitar, por isso, senhores eleitos, da parte da Câmara Municipal tudo iremos fazer
para que a SIMARSUL funcione da melhor forma e claro a ETAR da Quinta da Bomba também
funcione da melhor forma é isso que nós pretendemos; questões partidárias isso será
naturalmente com os senhores eleitos dos partidos.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Pergunto ao proponente se pretende intervir? Sim,
Samuel Cruz.

Samuel Cruz, do PS, disse: “Se o voto de condenação é injustificado muito mais injustificado
depois desta intervenção do Sr. Presidente da Câmara, portanto colocado perante uma dificuldade
o que é que faz o Presidente da Câmara; em vez de dialogar com o seu parceiro do lado com a Sra.
Presidente da Câmara de Almada que, por sinal, até é bastante simpática, vai até à Sra. Secretária
de Estado fazer queixinhas e vem-nos aqui dizer eu fui fazer queixinhas e agora quero que a Sra.
Secretária de Estado os meta na ordem, parafraseando aquilo que aqui foi dito, não é a forma
correta do Sr. Presidente da Câmara se comportar, aquilo que eu esperava era que tivesse sido
nexo de causalidade das análises que são feitas na Baía do Seixal e os factos que ocorrem na ETAR;
assim não foi, é pena teve a sua oportunidade, e aquilo que é a forma do Sr. Presidente da Câmara
fazer política é esta, ataca o Concelho de Administração da SIMARSUL e do PS esquecendo-se que
a Câmara Municipal nomeou um membro, é o líder da bancada da CDU em Setúbal; é membro do
Conselho de Administração da SIMARSUL, também vai gostar de saber que o Sr. Presidente da
Câmara foi fazer queixa à Sra. Secretária de Estado para o meter na ordem.”
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O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Vamos colocar à votação.”

Rejeitada a Tomada de Posição nº51/XII/2020 por maioria e em minuta com:

.Quinze (15) votos a favor dos seguintes eleitos:

Do grupo municipal do PS: 10

Do grupo municipal do PSD: 4

Do grupo municipal do CDS-PP: 1

.Dezasseis (16) votos contra dos seguintes eleitos

Do grupo municipal da CDU: 15

Do presidente da JFFF: 1

.Quatro (4) Abstenções dos seguintes eleitos:

Do grupo municipal do BE: 3

Do grupo municipal do PAN: 1


O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Este documento foi rejeitado com os votos a favor
do PS, PSD e do CDS, e o voto contra da CDU e PFF, e a abstenção do BE e do PAN. Alguma
declaração de voto? Não há declarações de voto, passamos para o documento seguinte. Dar uma
informação de tempos, portanto a CDU tem 3 minutos e 51 segundos, o PS tem 12 segundos, PSD
tem 4,08, o BE tem 2,51, o PAN tem 1,36, o CDS tem 2,27, e o PJFF tem 3,45;”
II.9. O Grupo Municipal do PSD apresentou a moção «Alargamento do acesso a bolsas de
estudo», subscrita por Maria Luísa Gama.
(Documento anexo à ata com o número 8)
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “É uma moção do PSD «Alargamento do acesso a
bolsas de estudo», é subscrita por Maria Luísa Gama que tem a palavra.”
Maria Luísa Gama, do PSD, disse: “Penso que todos os grupos têm o documento que foi
previamente escrevido quero dizer apenas que o tema sobre a atribuição de bolsas de estudo a
estudantes do ensino superior sendo que foi uma preocupação manifestada pelo PSD nesta
Assembleia temos olhado com atenção para outros exemplos nomeadamente noutros Concelhos
da Área Metropolitana de Lisboa e vimos então a propor sabendo já que a Câmara Municipal
atribui 10 bolsas de estudo vimos aqui propor ou, no sentido de deliberar, o alargamento da
quantidade de atribuição de bolsas, consoante uma amostra mais significativa do número total de
alunos que integram ou frequentam o ensino superior, Um ajusto quantitativo relativamente ao
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valor das bolsas atribuídas para que estes montantes cheguem a um maior número de
beneficiários, Alteração do processo de seleção dos bolseiros através da consulta e análise dos
rendimentos das famílias, bem como do aproveitamento escolar do estudante. Isto também tendo
em conta já a situação que este ano de 2020 nos trouxe e certamente que vai continuar e que vai
agravar a situação das famílias.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “ Intervenções para este documento, quem é que
pretende intervir? Paulo Silva.”
Paulo Silva, da CDU, disse: “A seleção dos bolseiros é através da área dos rendimentos das famílias
e dos resultados escolares portanto isto não sei que alteração é que o PSD quer quanto a isso, isso
já acontece é esse o critério para seleção, depois dizer que estas bolsas do ensino superior é uma
responsabilidade que não é do Município mas que o Município já está a fazer mais do que aquilo
que lhe competia e está a apoiar o PSD quer aqui assim o alargamento a gente tem que ver no
âmbito de todas as necessidades concelhias se se justifica mais o desviar de verbas de assuntos
que são competências do Município para assuntos que são de competência do Poder Central.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais intervenções? Não há mais pedidos de
intervenção? Sr. Presidente.”
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Permita-me só uma pequena nota que há pouco não
referi, não é uma justificação, mas parece-me importante dizer aqui que no dia 1 de julho mesmo
com a maré alta junto ao moinho de maré de Corroios levou ao limite de ecoli, ultrapassado em
459 vezes, e de enterococos intestinais, 763 vezes foi o limite ultrapassado 763 vezes o valor
mínimo, é esta magnitude que estamos a falar. Bom, sobre a questão em concreto e sobre esta
proposta, de facto, a Câmara Municipal tem, não só, um conjunto de bolsas que são atribuídas e
seguramente e que contem os critérios de distribuição e de afetação desses recursos, são
efetivamente não só do resultado escolar mas da atividade sócia-económica do agregado familiar
do educando, nessa medida parece-nos que será naturalmente a, queremos sempre mais isso, eu
diria que faz parte da necessidade humana, mais isso são recursos positivos mas, no entanto claro,
é uma matéria que, naturalmente, será discutida em sede das grandes opções do plano e
orçamento para 2021, de facto, aquilo que foi decidido em 2020, aliás não recordo o PSD fez esta
proposta nas grandes opções do plano, não me recordo de 2020, veremos o que é que acontecerá
nas grandes opções do plano e orçamento para 2021 só é depois da sua votação.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Pergunto à proponente se pretende intervir? Se faz
favor.”
Maria Luísa Gama, do PSD, disse: “Ouvimos com atenção as explicações do Sr. Presidente da
Câmara, naturalmente que tudo isto são opções políticas, onde gastar o dinheiro, o que é que
queremos para o nosso Concelho, lembro que há outros Concelhos que o fazem se queremos
verdadeiramente uma aposta na educação, porque não também ajudar neste sentido, 10, parece-
nos manifestamente insuficiente para um Concelho com uma população jovem que tem crescido,

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assistimos este ano a um aumento de estudantes universitários que entraram na universidade,
gostaria ainda de termos acesso a essa estatística do nosso Concelho mas parece-nos que é uma
opção que sito que pode e deve-se fazer, obrigado.”,
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Vamos colocar à votação.”

Aprovada a Tomada de Posição nº52/XII/2020 por unanimidade e em minuta com:

.Dezanove (19) votos a favor dos seguintes eleitos:

Do grupo municipal do PS: 10

Do grupo municipal do PSD: 4

Do grupo municipal do BE: 3

Do grupo municipal do PAN: 1

Do grupo municipal do CDS-PP: 1

.Dezasseis (16) votos contra dos seguintes eleitos:

Do grupo municipal da CDU: 15

Do presidente da JFFF: 1
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Portanto a moção foi aprovada com os votos a favor
do PS, do PSD, do BE, do PAN, do CDS, e os votos contra da CDU e JFFF. Alguma declaração de
voto? Não, então passamos para o documento seguinte.”
II.10. O Grupo Municipal da CDU apresentou a moção «Por uma verdadeira descentralização
administrativa», subscrita por Paulo Silva.
(Documento anexo à Ata com o número 9)
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “É uma moção é da CDU «Por uma verdadeira
descentralização administrativa», é subscrita por Paulo Silva que tem a palavra.
Paulo Silva, da CDU, disse: “ A regionalização é um objetivo constitucional, tal objetivo nunca será
alcançado através das CCDR porque não são verdadeiras autarquias mas são meras estruturas da
administração central e, por isso a Assembleia Municipal por proposta dos eleitos da CDU,
delibera: Exigir aos órgãos de soberania que seja concretizada a regionalização prevista na
Constituição da Republica Portuguesa, que passará pela criação de Regiões Administrativas, com
órgãos próprios eleitos pelas populações através de sufrágio direto e universal, sem subordinação
jurídica e política à Administração Central: Repudiar o processo de eleição parcial de órgãos da

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CCDR pelos eleitos autarcas, porquanto a mesma se destina unicamente a iludir o desígnio
constitucional de criação das Regiões Administrativas.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Intervenções? João Rebelo.”
João Rebelo, do CDS-PP, disse: “Nós votaremos contra esta proposta da CDU como é sabido e
conhecido o CDS é contra a regionalização, mas acompanhamos o segundo ponto que aqui dito de
facto esta eleição parcial que temos assistido, ou vamos assistir, eleição destas CCDRs, é um ato
absolutamente caótico, enfim, não poderemos pôr em causa a sua democraticidade e é deitar
areia para o facto do Partido Socialista estar não estar a cumprir a sua promessa de levar a cabo
com a regionalização; neste caso até é um aspeto que será positivo, lembro que o (impercetível)
constitucional que existe é verdade também tem o segundo ponto que diz que quando houver
outra vez referendo é que poderá haver regionalização, portanto, será tempo, acho que é tempo
de testar outra vez a população Portuguesa se quer ou não quer a regionalização, foi o que
aconteceu em 1998, se não me engano, já passaram 22 anos e, portanto, há época o não do povo
português foi claro e indiscutível, mas a verdade é que já passaram 22 anos, já é tempo
eventualmente de pensar-mos em saber se neste momento a população portuguesa acompanha,
ou não, essa vontade de regionalização, o que temos neste momento é uma má descentralização
de funções para as autarquias, que está a correr mal e, por outro lado, a quem defende, como para
o Partido Socialista, não existe definitivamente regionalização temos este processo híbrido, pouco
democrático e pouco transparente, a nosso ver que não corresponde a nenhum (Impercetível)
eleitoral claro que foi apresentada há um ano atrás votamos contra somos contra a regionalização
e esta primeira parte da moção é aquela que apela à regionalização.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais intervenções? Nelson Patriarca.”
Nelson Patriarca, do PS, disse: “Ora bem, o trabalho da CCDR nada tem a ver apenas com a sua
origem no Estado Central mas, com aquilo que pode fazer em articulação entre as autarquias, o
Estado, os fundos comunitários, a gestão do território, na busca de uma melhor coesão, as CCDRs
não são e não devem de ser um entrave para a regionalização consagrada na constituição, tanto
que, o Partido Socialista entende que estas eleições são como um reforço para a autonomia deste
poder local, até aqui o presidente da CCDR era nomeado, agora só é resultado de uma votação de
eleitos que se sujeitam a uma votação democrática, este processo como disse não coloca de lado a
regionalização, é um passo apenas no reforço destas competências das regiões das CCDRs e, são
de facto importantes estas eleições, não nos podemos deixar levar por lutas deste tipo com
moções que são apresentadas por todo o País pela CDU exatamente iguais a esta.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais intervenções sobre este ponto, esta moção?
Não há mais pedidos de intervenção? Sr. Presidente da Câmara.”
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Só para me associar de facto aquilo que foram as
conclusões do último congresso da Associação Nacional de Municípios, onde a regionalização foi
um dos temas que teve larga aprovação por maioria, todos os quadrantes políticos e, de facto

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aquilo que constatamos é que essa ideia de regionalização é necessária como nós sabemos para
quebrar a inercia do Estado Central e poder ter um papel intermédio do Estado democrático
participado e mais interventivo não é concretizado com esta proposta de eleições de CCDR; de
facto o PS e o PSD já escolheram quem vão ser os próximos gestores, vamos chamar assim, destas
comissões coordenadoras de âmbito regional; e por isso aquilo que se impõe não é esta forma o
que se impõe verdadeiramente não é dado, desculpem a expressão, lugares aos amigos do Partido,
o que interessava verdadeiramente ao País era uma reforma de alargamento democrática e que
contasse naturalmente não só com as permissões e competências e recursos claro, mas também
com o voto popular isso é que era determinante.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Pergunto ao proponente se pretende intervir? Não,
então vamos passar à votação.”

Aprovada a Tomada de Posição nº53/XII/2020 por maioria e em minuta com:

Dezanove (19) votos a favor dos seguintes eleitos:

Do grupo municipal da CDU: 15

Do grupo municipal do BE: 3

Do presidente da JFFF: 1

.Quinze (15) votos contra dos seguintes eleitos:

Do grupo municipal do PS: 10

Do grupo municipal do PSD: 4

Do grupo municipal do CDS-PP: 1

.Uma (1) abstenção dos seguintes eleitos:

Do grupo municipal do PAN: 1


O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Portanto a moção foi aprovada com os votos a favor
da CDU,do BE, do PFF, a abstenção do PAN, e os votos contra do PS, do PSD, do CDS. Alguma
declaração de voto? Rui Belchior.”
Rui Belchior, do PSD, em declaração de voto disse: “Para que não fiquem dúvidas quanto à forma
desta declaração de voto, nós votámos contra porque, como é habitual, a CDU acha-se dotada de
um certo laxismo, acha isto, acha aquilo, e quando é para exigir dos outros usa sempre a mesma
expressão, exatamente essa, exigir, repudiar, e nós, por isso mesmo e porque entendemos que até
as expressões usadas; os amigos do partido e a reforma que havia de ser feita deveria ser uma

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reforma democrática, para além destes conceitos, eu diria, não falemos de amigos acho que é uma
matéria que alguns não deveriam falar desse tipo de itens, portanto e por isso mesmo nós
votámos contra, exatamente pelo conteúdo e pelo teor desta moção, obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Paulo Silva.”
Paulo Silva, da CDU, em declaração de voto disse: “A CDU votou a favor desta moção não só
porque a apresentou, mas também, porque em momento algum do texto fala em amigos, não sei
onde é que o eleito Rui Belchior foi buscar essa questão à moção que foi apresentada, portanto ele
se calhar leu outra e daí assim fez a confusão.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais alguma declaração? Não há mais nenhuma
declaração? Não, então nós temos 2 documentos do PS, mas o Partido Socialista esgotou o tempo,
o líder está a acompanhar? Duas moções esgotou o tempo, nada a fazer, se entenderem trazem na
próxima; sim senhora então está terminado o Período de Antes da Ordem do Dia e vamos fazer um
intervalo de 15 minutos.”
III. PERÍODO DA ORDEM DO DIA
Orlando Ribeiro, substituto do Presidente da Junta de Freguesia de Corroios e Tomás Santos, do
PS, integraram os trabalhos no início deste ponto.
III.1. Informação do trabalho em curso das Comissões da Assembleia Municipal.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: ““Quem é que pretende intervir? Paulo Silva”
Paulo Silva, da CDU, disse: “A informação aos eleitos à semelhança do que costuma acontecer a
comissão de desenvolvimento estratégico reuniu para preparar esta assembleia, eu por acaso não
pude estar presente porque nesse dia o meu filho fez anos, mas fui muito bem substituído e foram
esclarecidos vários pontos que vão estar hoje aqui em discussão nesta assembleia municipal”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais intervenções em relação às comissões. Não
há”
III.2. Ata da Sessão Ordinária de 27 de Junho de 2019.
(Documento anexo à ata com o número 10 )
O Presidente da Assembleia Municipal disse: ““É importante ficar o registo que na ata III.2 não
podem votar por não terem estado na sessão, da CDU: Custódio Carvalho, Gonçalo Oliveira,
Hernâni Magalhães, Ana Inácio e Nuno Graça. Do PS: Tomás Santos, Samuel Cruz, Ricardo
Rodrigues e José Chora, do PSD: Carlos Ferreira, do Bloco de Esquerda: Sandra Sousa e António
Santos, Presidente da União de Freguesias. Pergunto em relação a esta ata se há alguma questão?
Coloco à votação. Uma abstenção do André Nunes”

Aprovada a Deliberação nº21/XII/2020 por unanimidade e em minuta com:

. Dezanove (19) votos a favor dos seguintes eleitos:


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Do grupo municipal da CDU: 7

Do grupo municipal do PS: 6

Do grupo municipal do PSD: 2

Do grupo municipal do BE: 2

Do grupo municipal do CDS-PP: 1

Do presidente da JFFF: 1

. Uma (1) abstenção dos seguintes eleitos:

Do grupo municipal do PAN: 1

Não votaram por não terem estado presentes na sessão referida: da CDU: Rui Algarvio e Nuno
Graça; do PS: Ricardo Rodrigues, José Chora e Maria Virgínia Dias; do PSD: Carlos Ferreira; do BE:
Sandra Sousa; Carlos Reis, Presidente da Junta de Fernão Ferro, Orlando Ribeiro, substituto do
Presidente da JF Corroios e Maria Helena Quinta, substituta do Presidente da JF Amora.
III.3. Ata da Sessão Extraordinária de 5 de Agosto de 2019.
(Documento anexo à ata com o número 11 )
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “ Não podem votar por não terem estado na sessão,
da CDU: Gonçalo Oliveira, Almira Santos e Nuno Graça. Do PS: Ricardo Rodrigues, José Chora e
Maria Virgínia Dias, do PSD: Carlos Ferreira, do Bloco de Esquerda: Sandra Sousa. Pergunto em
relação a esta ata se há alguma consideração? Coloco à votação. Portanto, está aprovada

Aprovada a Deliberação nº22/XII/2020 por unanimidade e em minuta com:

Vinte e sete (27) votos a favor dos seguintes eleitos:

Do grupo municipal da CDU: 11

Do grupo municipal do PS: 8

Do grupo municipal do PSD: 3

Do grupo municipal do BE: 2

Do grupo municipal do PAN: 1

Do grupo municipal do CDS-PP: 1

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4ª Sessão ordinária – 28 de setembro de 2020
Do presidente da JFFF: 1
Não votaram por não terem estado na sessão em causa: da CDU: Gonçalo Oliveira, Almira Santos e
Nuno Graça; do PS: Ricardo Rodrigues, José Chora e Maria Virgínia Dias; do PSD: Carlos Ferreira; do
BE: Sandra Sousa; Orlando Ribeiro, substituto do Presidente da JF Corroios e Maria Helena Quinta,
substituta do Presidente da JF Amora.
III.4. Ata da Sessão Extraordinária de 4 de setembro de 2019.
(Documento anexo à ata com o número 12)
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Não podem votar por não terem estado na sessão,
da CDU: Rui Algarvio, Júlia Freire, Fernando Sousa e Nuno Graça. Do PS: Rui Brás, Samuel Cruz e
Nelson Patriarca. Do PSD: Carlos Ferreira, do Bloco de Esquerda: Sandra Sousa e Eduardo Grelo, do
PAN, André Nunes. Pergunto se há alguma questão em relação a esta ata? Coloco à votação. Está
aprovada a ata. Nesta também não esteve na sessão o João Rebelo, do CDS”

Aprovada a Deliberação nº23/XII/2020 por unanimidade e em minuta com:

. Vinte e sete (27) votos a favor dos seguintes eleitos:

Do grupo municipal da CDU: 11

Do grupo municipal do PS: 8

Do grupo municipal do PSD: 3

Do grupo municipal do BE: 1

Do presidente da JFFF: 1
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “
Não votaram por não terem estado presentes na sessão em causa: da CDU: Rui Algarvio, Júlia
Freire e Fernando Sousa; do PS: Rui Brás, Samuel Cruz e Nelson Patriarca; do PSD: Carlos Ferreira;
do BE: Sandra Sousa e Eduardo Grêlo; do PAN: André Nunes; do CDS-PP: João Rebelo; Orlando
Ribeiro, substituto do Presidente da JF Corroios e Maria Helena Quinta, substituta do Presidente da
JF Amora.
III.5. Ata da Sessão Ordinária de 20 de Setembro de 2019.
(Documento anexo à ata com o número 13)
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Não podem votar por não terem estado na sessão,
da CDU: Rui Algarvio e Nuno Graça. Do PS: Ricardo Rodrigues, José Chora e Maria Virgínia Dias.
Do PSD: Carlos Ferreira, do Bloco de Esquerda: Sandra Sousa e ainda Carlos Reis, Presidente de

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Junta de Freguesia de Fernão Ferro. Pergunto se há alguma questão? Coloco à votação. Está
aprovada também”

Aprovada a Deliberação nº24/XII/2020 por unanimidade e em minuta com:

.Vinte e oito (27) votos a favor dos seguintes eleitos:

Do grupo municipal da CDU: 12

Do grupo municipal do PS: 8

Do grupo municipal do PSD: 3

Do grupo municipal do BE: 2

Do grupo municipal do PAN: 1

Do grupo municipal do CDS-PP: 1


Não votaram por não terem estado presentes na sessão em causa: da CDU: Rui Algarvio e Nuno
Graça; do PS: Ricardo Rodrigues, José Chora e Maria Virgínia Dias; do PSD: Carlos Ferreira; do BE:
Sandra Sousa; Carlos Reis, Presidente da Junta de Fernão Ferro, Orlando Ribeiro, substituto do
Presidente da JF Corroios e Maria Helena Quinta, substituta do Presidente da JF Amora.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Passamos ao ponto III.6.”
III.6. Pedido de Recurso para o Plenário apresentado pelo grupo municipal do PAN.
(Documento anexo à ata com o número 14)
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Intervenções neste ponto? André Nunes
André Nunes, do PAN, disse: “Dizer que a lei aplicável às autarquias locais deixa claro que compete
a esta assembleia municipal e vou citar: pronunciar-se e deliberar sobre todos os assuntos que
visem a prossecução das atribuições do município, com base nisso a Lei n.º 75/2003 esclarece que
constituem atribuições do município a promoção e a salvaguarda dos interesses próprios das
respetivas populações em articulação com as freguesias , qualquer acórdão que encontremos
sobre a matéria esclarecerá que os órgãos representativos do município são a assembleia
municipal e a câmara municipal, ou seja, esta assembleia enquanto órgão representativo do
município pode pronunciar-se e deliberar sobre as atribuições que a lei confere aos municípios.
Existem atribuições que são da reserva do órgão executivo, outras que sendo o órgão executivo
carecem de intervenção do órgão deliberativo e outras como é o caso que visto serem do
interesse das populações podem ser de ambos os órgãos.
No nosso entendimento, o Boletim Municipal aberto a outras forças políticas possibilita os
munícipes conhecerem outras visões para o concelho e pode ser uma ferramenta importante para
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as mesmas, enquadrando-se depois no quadro das atribuições do município, mas caros eleitos e
caras eleitas este já não é um assunto só sobre o Boletim Municipal e sobre o desrespeito pela
vontade da assembleia municipal, da parte do executivo camarário, este é hoje um assunto de luta
pelo funcionamento democrático dos órgãos autárquicos no Seixal. Durante todo o mandato não
se conheceu uma posição pública ao Sr. Presidente da assembleia municipal pelo desrespeito
reiterado do executivo para com a vontade desta assembleia, durante todo este processo nunca o
Sr. Presidente da assembleia municipal questionou os grupos sobre o mérito da proposta de
deliberação que o PAN propôs ou invés preferiu perder-se em expedientes dilatórios que foram no
sentido de esvaziar o instrumento que integra as ferramentas dos eleitos locais, desde a invocação
de artigos revogados com legislação inaplicável, falta de identificação dos autores dos pareces
jurídicos, tudo serviu para impedir a proposta de ser apreciada por esta assembleia municipal.
Porventura, habituado ainda aos tempos das maiorias absolutas , o Sr. Presidente da Assembleia
Municipal insiste em substituir-se a todos nós e impede-nos de nos pronunciarmos sobre matérias
para as quais estamos todos legitimamente mandatados. Portanto, caras e caros eleitos num
município que se diz de Abril, não devia ser necessário que a oposição utilizasse propostas de
deliberação no sentido de fazer a câmara municipal cumprir as decisões aprovadas pela maioria da
assembleia, também não deveria ser necessário que um grupo municipal necessitasse de recorrer
para o plenário para apreciar decisões discricionárias e não unilaterais sem fundamentação legal e
menos necessário deveria ser que em reunião de lideres o ónus da rejeição do recurso coubesse
não a quem indeferiu o mesmo, mas a quem o apresentou. Hoje não se está somente a votar um
recurso, está-se a votar a democracia local e o que queremos dela”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Intervenções? Samuel Cruz”.
Samuel Cruz, do PS, disse: “Começar por uma questão prévia que é esta: Este é um ponto que é
uma continuação do ponto discutido na última assembleia, em que havia um recurso do PS e um
recurso do PAN. Esclarecer que o recurso do PS não está aqui hoje, continua em discussão nos
líderes por opção própria mas não apresenta aqui nenhuma divergência de fundo em relação à
discussão deste recurso. A questão do PS é um pouco mais profunda e carece de mais ponderação
porque tem haver com o dever de decisão da câmara, ou seja, como todos sabem a o conselho
municipal de juventude, existe uma lei que obriga a câmara a criar, a câmara não criou e portanto,
nessa medida é para além daquilo que aqui estamos a discutir hoje é discutível quando é violado
o dever de decisão por parte da câmara está obrigado por lei, à cerca disto não há duvida, como é
que se deve comportar a assembleia municipal que em ultima análise é quem tem obrigação, o ato
administrativo depende da sua deliberação, ou seja, compete em última análise à assembleia
municipal criar o conselho municipal da juventude. Não é isso que aqui está hoje em discussão, o
que está aqui hoje em discussão é a pluralidade no Boletim Municipal e muito concretamente a
forma, podemos ter opiniões num sentido ou noutro e eu já lá irei mas o que aqui está muito
concretamente é cumprir Abril e cumprir Abril é deixar discutir e depois vota-se, mas mais grave, é
cumprir Abril porque esta assembleia já se pronunciou num determinado sentido e a câmara

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ostensivamente, eu digo ostensivamente porque não se preocupou sequer em nos dar uma
desculpa. A câmara poderia ter dito, olhe estamos a estudar como é que isto se vai fazer, estamos
a tentar, costuma-se dizer que são aquelas mentiras piedosas mas todos sabíamos que era mentira
mas pelo menos tentavam salvar a face, mas não. O Sr. Presidente da Câmara não quer, peço
desculpa entre parêntesis estes palhaços que aqui estão podem decidir o que quiserem, porque
aquilo que se faz em última análise é o que o Sr. Presidente da Câmara quer. Isto, não é a
democracia. E os eleitos do Partido Comunista que têm pergaminhos nesta matéria, eu não
acredito que aceitem ou que pelo menos se sintam confortáveis com este tipo de decisão, mas o
André já explicitou tudo muito bem, porque existe um artigo na lei que diz a assembleia municipal
pode deliberar sobre as competências do município e vamos ver quais são as competências do
município e se está lá enquadrado a questão que aqui estamos a discutir e não está na reserva da
absoluta da câmara e portanto, pode aqui discutir-se aliás, nós ainda vamos voltar a ter essa
discussão, já fizemos uma ou outra experiência, entretanto já foi apresentada uma outra proposta
para deliberação que também já foi recusada pelo Sr. Presidente da Assembleia Municipal e
também já foi apresentado recurso e há-de aqui vir. Então, o que é que é essa proposta? Essa
proposta é a adesão à Associação Nacional das Assembleias Municipais também foi recusado
pasme-se, pergunto-vos a todos vós, se esta assembleia municipal não pode deliberar sobre aderir
à Associação Nacional das Assembleias Municipais, pode deliberar sobre o quê? Esta é
formalmente a primeira decisão que temos que tomar e fundamental, que é, esta assembleia tem
ou não tem capacidade de deliberar conforme a lei diz. A posição do Sr. Presidente da da
Assembleia Municipal é que não, e portanto, temos duas leituras, ou não pode sobre nada porque
já vimos, não pode sobre o Boletim Municipal, não pode sobre a ANAM, não pode o conselho
municipal de juventude, não pode nada! Portanto, deve votar contra a aceitação deste recurso
porque entende isso, esta assembleia não pode nada! Não serve para nada! Quem interpretar a lei
como deve ser interpretada que é está dentro das deliberações do município? Está! Então, se está
vamos aqui discutir entre nós e cada um (impercetível) mas há uma outra questão e metam a mão
na vossa consciência se é isto que querem continuar a ter do Boletim Municipal, muito
rapidamente, já não se trata da pluralidade, trata-se do mínimo de vergonha. Assembleia
Municipal da Mundet, todos estão recordados em que o Boletim Municipal fez a reportagem uma
delicia, diz assim: o novo pavilhão municipal Leonel Fernandes na Mundet para a 2.ª sessão
extraordinária da Assembleia Municipal que já decorreu presencialmente, assim pode incluir o
período de intervenção da população onde intervieram três munícipes e terminou o primeiro
parágrafo, e terminou tudo aquilo que se disse à cerca da intervenção dos munícipes, ou seja, não
interessa o que a população nos veio aqui dizer. Isso às malvas, porque é criticar a câmara e isso
não pode ser, no Boletim Municipal, o que interessa é noticiar que vieram três munícipes falar ao
novo pavilhão. Isto é digno do Estado novo. A opinião da população não conta, o que conta é que
falaram num pavilhão novo. É isto que os membros do PCP querem? Mas, mais! O Período Antes
da Ordem do Dia teve diversos documentos, aprovada por maioria uma recomendação por maior
eficiência na gestão da água, foi o PS que apresentou, foi o Nelson Patriarca em que dizia
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basicamente que era essa a recomenda que haja a máxima de perdas de 20%, no concelho do
seixal há 35% de perdas e portanto, deve haver um uso mais eficiente da água. Esta assembleia
pronunciou-se e aprovou o que é que o Boletim Municipal tem a dizer sobre isto? Diz que
aprovada por maioria justificou o esclarecimento o Presidente Joaquim Santos, considerou que a
gestão publica da água faça grande diferença face a municípios que privatizaram esta área,
salientou o investimento municipal na construção do Centro Distribuidor de Água de Fernão Ferro
e assim, o projeto perdas monitorizar e avaliar as perdas de água no concelho e entre outras
medidas tomadas pela autarquia, ou seja, o Nelson Patriarca é que teve o trabalho de a escrever e
vem aqui apresentar, que viu aprovada, “nikles”, não interessa a opinião dele, a opinião desta
assembleia que era maioritariamente criticar o executivo, ou pelo menos exorta-lo para haver
menos perdas, nada! O que interessa é as loas que o Sr. Presidente da Câmara Municipal tece a a
si próprio. Mas continuamos!
A moção por um concelho efetivamente ciclável, criticava a falta de ciclovias no concelho, também
foi aprovada e mereceu uma intervenção de quem? Joaquim Santos, pois claro! O qual recordou
que a mobilidade sustentável é algo em que estamos a trabalhar no âmbito do laboratório vivo
para a descarbonização. O que é que dizia a moção? Não interessa! Depois podemos continuar
com o Período da Ordem do Dia teve como ponto um contrato promessa de compra e cedência a
celebrar, com quem?,Benfica como todos nós sabemos, o que é que os partidos nesta assembleia
que são quem interessa verdadeiramente a esta Assembleia Municipal disseram? três colunas de
texto. Zero! O que os eleitos da assembleia municipal disseram, zero! O que o Sr. Presidente da
Câmara Municipal disse três colunas de texto. Ora, se isto é aquilo com que se sentem
confortáveis, se acham que é isto que é a liberdade de informação pois, continuem! Eu próprio há
10 anos fiz queixa para a ERC que instou a câmara municipal a maior pluralidade. O que é que foi
feito? Nada! As situações da república não interessa, o que interessa é a vontade do Sr. Presidente
da Câmara”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: ““Vítor Cavalinhos”.
Vítor Cavalinhos, do BE, disse: “Na ultima assembleia municipal foi colocado para analisar dois
recursos para a assembleia municipal. Um apresentado pelo Partido Socialista e o outro pelo PAN.
Depois tivemos uma reunião de lideres no dia 9, tivemos este tema e esta problemática carece de
aprofundamento, é difícil e nós tivemos a debater na reunião de líderes o andamento até onde já
tínhamos chegado no aprofundamento deste assunto e nessa reunião foi decidido e o Samuel líder
do PS decidiu que nesta assembleia municipal não iria apresentar o seu recurso porque achava que
a matéria precisava de mais aprofundamento. O André Nunes do PAN não achou assim. Achou que
ele ia apresentar o assunto como apresentou e estamos aqui a considera-lo, apesar de que
houvesse aprofundamento da matéria ele iria apresentar o assunto como apresenta, é evidente
que tem esse direito e isso é inalienável.
Nessa reunião de 9 de setembro vou citar o André Nunes disse assim: o PAN está a usar um
expediente para obrigar a câmara a cumprir outras deliberações da assembleia municipal e disse
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esta é a ferramenta que o PAN irá utilizar no futuro por obrigar a câmara a cumprir as decisões da
assembleia municipal. Portanto, e passo à frente o André Nunes e tem todo o direito de pensar
assim, em nome do PAN acha que isto é um expediente. A primeira nota é que com o Bloco de
Esquerda não podem contar para que a gente trave luta política através de expediente. A
assembleia municipal pode obrigar a câmara a por em prática aquilo que ela decide? Do nosso
ponto de vista não pode e isto não é um problema de opinião política porque ambos os órgãos são
eleitos por voto dos cidadãos e têm legitimidade própria, nem a assembleia manda na câmara,
nem a câmara manda na assembleia municipal, são os dois órgãos eleitos por voto livre dos
cidadãos. Outra coisa é o Governo da nação que emana da assembleia legislativa, cumpre e emana
do voto dos cidadãos neste sentido. Estamos num estado de direito e as leis são para cumprir
embora possamos não concordar com elas, o PAN citou aqui artigo 25, n.º 2 alínea k) da Lei n.º
75/2013 de 12 de setembro e que diz «compete ainda à Assembleia Municipal pronunciar-se e
deliberar sobre todos os assuntos que visem a prossecução das atribuições do município e esta é a
base teórica para que o PAN ache que a assembleia municipal tem competência para fazer quase
tudo, mas é imprescindível sobre este assunto citar o artigo 24.º sobre a mesma alínea e que diz
sobre competências , sem prejuízo das demais competências legais e de acordo com o disposto no
artigo 3.º, a assembleia municipal tem competências de apreciação e fiscalização e as
competências de funcionamento administrativo na presente lei. E o que diz o artigo 3.º sobre
competências, as autarquias locais prosseguem as suas atribuições através de um exercício pelos
respetivos órgãos das competências legalmente previstas designadamente: de consulta, de
planeamento, de investimento, de gestão e de licenciamento do controlo prévio e de fiscalização.
De acordo com a interpretação do PAN, a alínea k) a assembleia terá todas as competências e há a
f), no artigo 25 da Lei 75/2013 tem também o n.º1, cita-se abundantemente nesta assembleia
municipal o n.º 2 do artigo 25.º mas curiosamente nunca ouvi aqui citar o n.º 1 do mesmo artigo e
diz assim: competências de apreciação e de fiscalização, compete à assembleia municipal sob
proposta da câmara municipal, aliás, isto não está no regimento da assembleia municipal e para
que o regimento seja de acordo com a lei devia de lá estar, este sob proposta da câmara municipal
nunca é citado é convenientemente não citado. Portanto, compete à assembleia municipal sob
proposta da câmara municipal exercer as competências de a) a w). No n.º 2 tem e compete ainda à
assembleia municipal, ainda é uma sequência do que diz o n.º1 do artigo 25.º e importa também
citar o artigo 53.º da lei 75/2013 que diz: Um) a ordem do dia deve incluir os assuntos indicados
pelos membros dos respetivos órgãos e desde que sejam da competência destes, a ordem do dia e
eu repito deve incluir os assuntos indicados pelos membros do respetivo órgão, desde que sejam
da competência deste e o pedido correspondente seja apresentado por escrito com uma
antecedência mínima de alínea a) 5 dias úteis, diz a lei 75/2013, sobre a data da sessão ou reunião,
no caso de sessões ou reuniões ordinárias e alínea b) 8 dias úteis sobre a data da sessão ou
reunião no caso de sessões ou reuniões extraordinárias. Se tudo é do interesse municipal, tudo é
competência da assembleia municipal na interpretação do PAN, não faz então, sentido a

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advertência do artigo 53 em matéria de competências era desnecessário elenca-las e bastava a
alínea k) do n.º 2 do artigo 25 da lei 75/2013 para resolver a questão da competência dos órgãos.
Em conclusão, interpretando de uma forma linear a famosa alínea k) esta assembleia municipal
tem competências para tudo, pode decidir tudo, pode deliberar sobre tudo, só não pode deliberar
sobre quatro assuntos. As grandes opções do plano e orçamento, a prestação de contas e mais
outros dois que eu agora não me recordo, só não pode deliberar sobre quatro assuntos que a lei
75/2013 e o regimento nos proíbem, de resto podemos fazer tudo. Esta assembleia pode fazer
aqui um Plano Diretor Municipal, pode apresentar aqui um regulamento de taxas sem que a
câmara municipal proponha, pode tudo e mais um par de botas e agora concluo, o Boletim
Municipal deve ser aberto a todas as forças políticas? Deve! O Bloco de Esquerda é o primeiro
partido que nesta assembleia municipal ao longo dos anos a colocar nos seus programas eleitorais,
sempre defendemos isso e continuamos a defender. O primeiro partido aqui que disse e escreveu
nos seus programas eleitorais. O Boletim Municipal do nosso ponto de vista deve ser aberto. O
Boletim Municipal como ele está é espelho do que se passa na assembleia municipal? Não é! O
Samuel, a citação e a análise que ele fez do último Boletim Municipal eu assino por baixo de facto,
já aconteceram e eu não gosto muito de utilizar adjetivos fortes, é a minha forma de estar na
política e no mínimo é altamente censurável, se vocês leram o Boletim Municipal de facto, o que lá
está do que se passou na Assembleia Municipal, aliás, já agora existiram dois assembleias
municipais e aquilo só fala de uma e até faz uma confusão com a moção sobre o nome para o
hospital diz que foi numa e foi noutra. Bom! Resumindo e concluindo é uma pobreza franciscana o
relato que o Boletim Municipal faz dos trabalhos desta Assembleia Municipal, das moções
apresentadas pelos diversos partidos e das opiniões apresentadas pelos diversos partidos. Mas, e
acabo por aqui o problema principal e o problema essencial que aqui está no nosso debate é se a
Assembleia Municipal, esta tem poderes para obrigar a câmara a fazer determinada coisa fora das
competências que lhe são atribuídas pela lei e isto é que é o problema. E o estado do nosso debate
é este e eu acho que já argumentei suficientemente aquilo que eu penso sobre esta matéria com
as falhas normais da incompetência ou das insuficiências que eu terei para analisar estas coisas”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Quem é que pretende intervir mais? Paulo Silva”.
Paulo Silva, da CDU, disse: “O que estamos aqui a deliberar é se na ordem do dia da assembleia
devia de constar um ponto para deliberar se todas as forças políticas podiam escrever o que
entendessem no Boletim Municipal e o fundamento para isso, a alínea k) do n.º 2, do artigo 25
pronunciar-se e deliberar sobre todos os assuntos que visem a prossecução das atribuições do
município e por isso, a Assembleia Municipal tinha competências. Em primeiro lugar, temos que
ver que o município e para se analisar devidamente esta questão, o município tem e nos termos do
artigo 5.º da lei 75/2013 tem dois órgãos: A Assembleia Municipal e a Câmara Municipal. Depois o
artigo 6.º estipula que a assembleia municipal é o órgão deliberativo do município e a câmara
municipal é o órgão executivo do município.

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Portanto, quando vamos a ver as competências de cada um dos órgãos o artigo 24.º diz que a
assembleia municipal tem competências de apreciação e fiscalização e competências de
funcionamento previstas na presente lei. As competências de funcionamento é o funcionamento
interno desta assembleia municipal e relativamente ao outro órgão autárquico, o órgão executivo
tem competência para apreciar o trabalho desenvolvido e fiscalizar o mesmo. E depois, o artigo
25.º e dá substrato a estas competências explica. Portanto, e é no âmbito deste artigo 25 que vem
essa tal alínea k), já a câmara municipal no artigo 33 tem competências materiais sobre a execução
da política municipal. Ora, já aqui falei na última assembleia que a doutrina sobre esta questão da
alínea k) e nomeadamente uma voz autorizada o prof. Cândido de Oliveira, sem duvida um dos
professores universitários do ramo de direito que mais tem aprofundado a parte do direito
autárquico, é claro quanto a isto que esta alínea k) tem uma limitação ou seja, que isto não é uma
competência que dá para tudo, não! Tem que respeitar as competências de outros órgãos,
nomeadamente da câmara municipal. Ora, vamos agora ver a questão do Boletim Municipal é
competência de quem?
Vamos, ao Boletim Municipal que está-se aqui muito a falar. Primeira página o que é que vem aqui
a dizer? Edição quinzenal da Câmara Municipal do Seixal, ou seja o próprio Boletim Municipal diz
que é da Câmara Municipal do Seixal, portanto, é o órgão executivo o responsável pelo Boletim
Municipal pela sua produção e pelo seu conteúdo. Mais! A ficha técnica do Boletim Municipal que
é obrigatório diz e muito claro que a propriedade e a edição do Boletim Municipal é da Câmara
Municipal do Seixal. Mais uma vez, portanto a própria ficha técnica do boletim diz que não é o
município, é apenas o órgão executivo que é a propriedade e edição da Câmara Municipal do
Seixal. Já vimos aqui hoje que o Partido Socialista vem aqui já com moções a repudiar as
declarações do Sr. Presidente querendo com isto limitar a capacidade interventiva e de execução
do Presidente da Câmara Municipal o que no meu entendimento temos que respeitar os poderes
de cada um dos órgãos. Ora, se o Boletim Municipal é propriedade e edição da Câmara Municipal
do Seixal é evidente que a Assembleia Municipal não tem competências editoriais sobre o Boletim
Municipal. Pode como já foi feito sem duvida fazer uma recomendação à câmara, não pode ir e
deliberar de período da ordem do dia porque a ordem do dia tem que ir e tem como limitação que
tem que ser sobre competências deste órgão, No período de antes da ordem do dia conforme está
no artigo 52 é que diz que em cada sessão ou reunião ordinária das autarquias locais é fixado um
período de antes da ordem do dia com a duração máxima de 60 minutos para tratamentos de
assuntos gerais de interesse autárquico, no período antes da ordem do dia e aqui dizer que
aqueles que dizem que à falta de democracia no Seixal dizer que que a lei estipula é que apenas
as reuniões ordinárias deviam de ter um período de antes da ordem do dia. Ora, aqui no Seixal
todas as assembleias municipais têm este período o que é um exemplo da democracia que se vive
aqui neste concelho. Em todas as assembleias, quer sejam ordinárias ou extraordinárias há este
ponto para discutir assuntos autárquicos onde podemos deliberar sobre recomendações à câmara
sobre matérias que sejam da competência delas. Não temos competência para no período da
ordem do dia deliberarmos e muito menos impormos à câmara municipal qualquer deliberação
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sobre questões que tenham haver com o desenvolvimento das suas competências próprias como é
o caso, do Boletim Municipal que é propriedade e edição da câmara e cujo conteúdo é
consequentemente da sua exclusiva competência, portanto penso que e bem o Sr. Presidente da
Assembleia Municipal não aceitou este ponto para ser discutido na ordem do dia porque extrava
as competências deste órgão assembleia municipal”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Intervenções? Samuel Cruz e depois Rui Belchior”.
Samuel Cruz, do PS, disse: “Muito rapidamente para dizer o seguinte, efetivamente o artigo 5.º diz
que existe um órgão deliberativo e um órgão executivo, o facto da assembleia municipal deliberar
que está é um órgão deliberativo, já a execução da deliberação é algo que compete à câmara
municipal, ou seja, a assembleia municipal pode deliberar que o Boletim Municipal deve ser plural
e depois quem executa essa deliberação é a câmara municipal, não há aqui duvidas à cerca do que
é que é deliberativo e do que é que executivo, há cerca da leitura que se deve fazer do artigo 25 e
das competências, existem competências, de fiscalização e de funcionamento e admito que a
redação não é mais feliz, mas a interpretação deve ser feita da seguinte forma,as competências de
funcionamento é fácil é apreciar o regimento é isto que estamos aqui a fazer, está arrumado. As de
apreciação e de fiscalização estão previstas no artigo 25.º, numero 1, compete à assembleia
municipal sob proposta em epigrafe compete à assembleia municipal sob proposta da câmara
municipal e depois aqui está a reserva da câmara aqui, mas depois diz compete ainda à assembleia
municipal, e é aí que se enquadra a alínea k) pronunciar e deliberar sobre todos os assuntos que
visem a prossecução das atribuições do município. Portanto, não há dúvida, há o órgão
deliberativo assembleia, o órgão executivo é a câmara, a assembleia delibera e a câmara executa.
As de apreciação e fiscalização estão num grupo bem expressas. As restantes aquilo que o
legislador quis aqui dizer é que o limite é se é da competência do município ou não, nada mais do
que isso. Bem! Mal seria porque se não podia deliberar sobre o boletim municipal, das duas, uma
ou não é da competência do município e a câmara não pode ter um boletim municipal ou se é a
assembleia pode deliberar”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Rui Belchior”.
Rui Belchior, do PSD, disse: “Nós depois de refletirmos em conjunto no nosso partido pretendo
acima de tudo deixar aqui hoje vincada uma posição sobre estas temáticas que eu temo virem a
eternizar-se no tempo, aliás hoje já se estão a eternizar é quase meia noite e estamos aqui a fazer
uma coisa que eu tenho vindo a adivinhar nas ultimas semanas que é discutir uma política assente
em formalismos e na nossa opinião, na nossa conceção discutir assuntos que no fundo
independente da razão que uns possam ter ou não, aliás fico impressionado com e eu ajoelho-me
para utilizar assim uma expressão usual nos últimos dias, ajoelho-me à interpretação
verdadeiramente extraordinária que alguns fazem aqui da lei administrativa e da forma como
importa olhar para estes assuntos e de facto, não tenho essa capacidade, nem pretendo ter, nem
tenho essa pretensão de fazer essas interpretações paladinas, o que nós desejávamos, sobretudo
é que não caíssemos e estamos a cair nesta discussão eterna que não nos vai conduzir a lado
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nenhum. Também não quero com isto, estar aqui a dar alguma espécie de recados a este ou
aquele, eu queria sobretudo afirmar aqui a posição do meu partido que inclusive nos últimos
tempos tem vindo na nossa opinião e injustamente na boca de alguns membros destacados da
CDU terem pretendido colocar e inclusive e o PS tem usado a expressão que o PSD devia de pagar
caro a colagem ao PS neste mandato que é uma coisa extraordinária, depois de toda a gente e
ainda hoje olhando para a mesa da assembleia está ali ilustrado aquele que foi o acordo entre a
CDU e o PS mas há pessoas que são capazes de fazer este tipo de afirmações. Nós queríamos
deixar hoje bem vincado porque não nos queremos sentir, para já não queremos dar um
contributo para esta discussão, não nos vai levar a lado nenhum, repito! Depois não nos queremos
sentir uma bola de ping pong que por tomar esta ou aquela atitude por votar neste ou naquele
sentido, está colado a este ou colado àquele, nós não vamos admitir isso, porque a nossa posição é
aquela que tem sido sempre e como eu já disse aqui algumas vezes nós fazemos aquilo que
queremos e não aquilo que outros gostavam que nós fizéssemos, isso eu queria deixar claro e
portanto, fico impressionado volto a dizer como é que é possível fazer estas interpretações sobre
estes assuntos. Mais, uma vez e gostava ainda hoje porque recebemos um parecer através dos
serviços da assembleia e um parecer que nem vem assinado sobre um pedido conjunto entre o
PAN e o PS e também agora têm congeminado alguma estratégia e que já agora não tem
articulado, nem se quer tem informado ou participado o teor das suas iniciativas aos outros e
portanto, também não se pode pedir aos outros que apanhados no meio deste turbilhão, verdade
seja dita, agora possamos aqui decidir ou tomar posições com a magnitude que foi aqui
apresentada, nós não, perante este cenário o que queremos dizer é que isto tem que tomar outro
rumo porque senão vamos passar o resto do mandato nisto. Amanhã já há aí a promessa de mais
propostas de alteração e nunca mais vamos sair disto”.

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “João Rebelo”.


João Rebelo, do CDS-PP, disse: “Eu acompanho o Rui Belchior na analise que ele fez sobre esta
questão, acho que corremos um sério risco e temos ainda cerca de um ano ou menos de um ano
ainda de assembleia municipal até às próximas eleições, se partimos do pressuposto que a ultima
assembleia municipal deverá ser em meados de setembro do próximo ano. Ter repetidamente
assembleias municipais onde vamos discutir estes recursos. São legítimos, não digo que não, mas
acabamos por perder muito tempo em discussões que, eu acho que lá fora, a população em geral,
não compreende, aqueles assuntos que não levam a lado nenhum. Um certo cansaço regimental,
processual, jurídico e outros e físico, mantenho a opinião que eu tenho dito em relação a esta
matéria, as deliberações que foram tomadas e que são aqui levadas pelo Partido Socialista são
deliberações que, na nossa opinião, não violam em nada os poderes e as atribuições da câmara
municipal e da assembleia municipal, compete a quem dirige a assembleia municipal fazer cumprir
essas mesmas deliberações, estamos a falar neste caso concreto do Boletim Municipal e que foi
dit,o e bem pelo Samuel Cruz, a questão da adesão a uma associação que são das assembleias
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municipais, isto não é funções especificas da assembleia municipal então, o que será? Portanto,
cumprir as deliberações democraticamente aprovadas, por todos nós, mandatados pelo povo do
Seixal e, são maiorias absolutas que aprovaram estas deliberações, e depois não vão ser cumpridas
pela câmara municipal. é algo que não é democrática, portanto, Sr. Presidente deixando estas
duas, e estou a repetir o que já disse na anterior assembleia municipal, e o que tenho dito também
nas reuniões de lideres, em sede de comissão, na minha opinião mais do que a questão jurídica, a
questão que mais me choca, são deliberações aprovadas pela assembleia municipal e depois não
serem cumpridas pela câmara Municipal, é algo que é absolutamente inacreditável, mas a verdade
é que os mecanismos como funciona a relação de forças entre câmara municipal e assembleia
municipal permite que isto aconteça, o PAN e o PS nas atribuições que têm deste facto, indiscutível
poderão dizer que não, quer dizer e o CDS o que é que pensa? É impossível reverter esta decisão,
eu acho que só em eleições democráticas, com a alteração de correlações de força é que isso irá
acontecer e que permitirá depois esta mudança, e é isso que se impõe, se a CDU perder a Câmara
Municipal do Seixal vão ser os primeiros defensores do Boletim Municipal participado por todas as
forças políticas, que as decisões aprovadas em assembleias municipais sejam concretizadas pelo
executivo etc, como fazem e bem nas outras assembleias municipais onde estão na oposição e por
vezes executivo maioritários, sem maioria absoluta na assembleia municipal tem às vezes decisões
em assembleias municipais que eu não concordam mas que depois têm que cumprir porque é essa
a vontade da maioritária da assembleia municipal”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Paulo Silva”.
Paulo Silva, da CDU, disse: “O que o eleito Samuel Cruz aqui veio dizer é que no fundo os órgãos
do município, a assembleia municipal é o órgão que delibera e a câmara municipal é um mero
executor das deliberações da assembleia municipal, isto é completamente errado, ou seja, o que
está aqui a ser defendido pelo sr. eleito Samuel Cruz é que há um órgão que tem todos os poderes
e que delibera sobre tudo e o outro, esse órgão seria a assembleia municipal e a câmara municipal
não passaria de um pau mandado da assembleia municipal que tinha como única competência
executar as deliberações da assembleia municipal, isto é totalmente errado, o que estamos aqui a
querer fazer é entrar nas competências da câmara municipal e se isto for aprovado, não tenho
duvidas que o PAN e o PS irão a seguir vir aqui com propostas sobre a utilização de equipamentos
desportivos dizendo que a assembleia municipal é que tem que deliberar sobre isso e a câmara
municipal executar o que a assembleia delibera. Sobre a utilização de equipamentos culturais,
sobre tudo o que são equipamentos e políticas do município. Portanto, é isto que se está aqui a
defender e que o PS vem aqui defender que a assembleia municipal pode deliberar sobre tudo e a
partir daqui abre-se uma caixa de pandora que a câmara municipal tem um único poder que é
executar aquilo que a gente aqui delibera. Quem conhece a lei das atribuições e das competências
dos órgãos municipais, sabe que isto é profundamente errado. As competências da câmara
municipal estão bem definidas e são as competências do órgão executivo, a assembleia municipal
tem competências principalmente de apreciação do trabalho desenvolvido pela câmara municipal

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e de fiscalização desse trabalho, não tem o poder de ir e de estipular regras sobre as políticas
definidas pela câmara municipal, nomeadamente sobre a questão do Boletim Municipal,
equipamentos desportivos, equipamentos culturais, temos que respeitar as competências de cada
um dos órgãos, se queremos que também respeitem as nossas competências”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais intervenções? Tomás Santos”.
Tomás Santos, do PS, disse: “Voltamos a ter aqui esta discussão uma vez mais e se é facto, que
esta discussão é uma discussão que em nada é sobre ideias e sobre ideias para o futuro do nosso
município. Também é um facto que a culpa não é de quem trás esses assuntos cá, isto é os eleitos
da assembleia municipal é sim de quem não entende o principio simples de uma questão que tem
a ver com democracia que é uma questão de separação de poderes muito antiga e que vale para
qualquer órgão e para qualquer organização, instituição ou entidade do estado que é nós estamos
a falar, a assembleia municipal é um órgão deliberativo e deliberativo significa deliberar é por essa
razão que nós trazemos aqui moções a esta assembleia, porque esta assembleia tem a capacidade
para deliberar e eu faço uma pergunta e esta pergunta é dirigida ao eleito Paulo Silva que, eu
acredito sinceramente, que há muita coisa que aqui diz que não acredita verdadeiramente e que
sabe que não é verdade. Agora eu pergunto, a Assembleia da República delibera, toma decisões
sobre o futuro do nosso país, esvaziou a esfera de competências do Governo? O eleito, que é
licenciado em direito como eu sou, o eleito Paulo Silva sabe a diferença entre o poder executivo e
o poder deliberativo e sabe que os exemplos que trouxe aqui são casos de escola, de decisões do
poder executivo e, portanto, sabe que isso não é uma questão para trazer aqui, o executivo
camarário não vai passar a necessitar de vir aqui e perguntar se pode ceder este espaço à
utilização de uma associação, um espaço do município meu caro quer-se reger por detalhes que é
um habito que você faz muito, é consigo, eu não estou aqui para reger-me por detalhes, portanto,
sabe bem a diferença entre poder executivo e poder deliberativo e sabe muito bem que o que está
aqui em causa é o reforço dos poderes da assembleia municipal que é uma coisa que você que se
diz defensor de abril que deveria defender”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Paulo Silva”.
Paulo Silva, da CDU, disse: “O eleito Tomás Santos na sua intervenção até concordo com algumas
coisas, há o poder executivo, há o poder deliberativo. Agora temos que ver as competências de
cada um dos poderes no âmbito da lei própria que regula cada um dos órgãos. A Assembleia da
República quando delibera sobre matérias que são da sua exclusiva competência, sobre matérias
que são da sua competência relativa e há outras matérias que são da competência do Governo e
sobre as quais não pode deliberar. Portanto, a mesma coisa com a assembleia municipal, há
matérias que pode deliberar e há matérias que não pode deliberar porque não são da sua
competência, mas pode pronunciar-se no período antes da ordem do dia, fazendo recomendações
nomeadamente à câmara sobre elas e é isso que tem que se ter em consideração e que o sr. eleito
se esqueceu na sua intervenção. É que na assembleia municipal há 2 períodos: Um período antes
da ordem do dia e um período da ordem do dia e temos que saber distinguir o que é que pode ser
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discutido sobre cada um destes períodos, não é tudo ao molho e fé em deus como pretendem. É
respeitando as competências de cada um dos órgãos e é isso que vocês estão agora com a questão
do Boletim Municipal para depois virem com outras questões, como seja e dei aqui o exemplo da
utilização dos pavilhões e virem aqui dizer que a assembleia também tem poderes sobre isso e de
outros equipamentos municipais porque a partir deste momento passaria a ter poderes para tudo
e mais um par de botas e a câmara municipal não teria poderes para nada a não ser executar
aquilo que já nós aqui deliberássemos o que é profundamente errado e que se aprende na
faculdade”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais alguma intervenção? Vítor”.
Vítor Cavalinhos, do BE, disse: “Muito rapidamente Paulo Silva. O Boletim Municipal é
propriedade da câmara municipal como são todos, a sua edição é da responsabilidade da câmara
municipal, todos são assim! Mas isso não impede no nosso ponto de vista que o boletim municipal
possa ter opiniões de outras forças políticas como têm vários no pais, há boletins municipais em
que os partidos lá têm uma pagina, aqui não têm e isso é uma opção política e tem sido a vontade
da câmara municipal, eu respeito mas não estou de acordo. A assembleia municipal pode deliberar
sobre tudo? Não pode! Ou melhor pode mas não tem é eficácia. A assembleia municipal pode
deitar abaixo um executivo municipal? Esta assembleia municipal pode apresentar uma moção de
censura e a moção de censura deita abaixo o executivo? Não deita! E o parlamento se apresentar
uma moção de censura deita abaixo o Governo ou não é? Então, é a mesma coisa? Este órgão é
deliberativo, é deliberativo de facto, só que pode deliberar sobre tudo e um par de botas mas se
deliberar sobre competências que não são competências próprias, não tem eficácia, e este é que é
o problema”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Tomás Santos”.
Tomás Santos, do PS, disse: “Eu só queria dizer isto, competência absoluta, competência legislativa
partilhada, etc, é tudo certo, só que quem define isso é a lei não é o Governo”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “André Nunes”.
André Nunes, do PAN, disse: “Era importante começar por uma contextualização, este assunto
surgiu quando numa reunião de lideres interpelei o Sr. Presidente da Assembleia Municipal sobre o
porquê da adesão da ANAM ainda não ter sido feita, na altura o que o Sr. Presidente nos disse a
todos, basicamente, era que as moções não eram vinculativas, que aquilo não se tratava de uma
proposta de deliberação da assembleia municipal e, portanto, foi com base nesta premissa que se
adotou esta estratégia. Se alguma vez falei em obrigar, respondendo ao Vítor Cavalinhos, o que
duvido mas que vou conceber, foi no sentido de ver se era realmente assim, como o Sr. Presidente
tinha dito, se uma vez efetivada a deliberação nos termos em que ela seria aceite, se essa
deliberação seria implementada ou não.
Depois eu não sei qual é a parte em que existem duvidas, eu disse na minha intervenção inicial,
existem atribuições que são da reserva do órgão executivo, outras que sendo do órgão executivo
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carecem de intervenção do órgão deliberativo e outras como é o caso, que desde sendo do
interesse das populações podem ser de ambos os órgãos e aquilo que eu gostava que o Paulo
viesse aqui dizer é: em que parte da 75/2003 é que está escrito que a assembleia não pode
deliberar sobre esta matéria ou então, que me diga onde é que está que é da competência
absoluta da câmara municipal.
Depois e porque há aqui duas intervenções que merecem alguma nota, a primeira do Bloco de
Esquerda e a segunda do PSD. Vou começar pela do PSD que é mais curta, dizer que basicamente o
que o Rui por quem eu tenho uma estima pessoal, o que veio aqui dizer é como vocês não nos
convidaram, peço desculpa mas não podemos tomar posição. É bom que tomem porque vocês são
juntamente com outras forças da oposição aquelas que denunciam e bem a falta de pluralidade no
boletim municipal. Em relação ao Bloco de Esquerda, não quero de forma alguma ofender mas a
ideia que dá é mais uma oportunidade para o Bloco de Esquerda estender a mão aquilo que é o
seu parceiro de coligação informal, portanto, nós somos contra o estado do boletim mas votamos
contra a proposta, o Bloco acha que o boletim não é plural? Mas vota contra o recurso. É uma
questão de se entenderem e de saber efetivamente, aquilo que nós estamos aqui objetivamente a
falar tem ou não tem razão de ser e em função disso, definir o seu posicionamento.
Para terminar se de alguma forma a oposição causa maçada que nós tenhamos que vir aqui outras
forças políticas e eu falo pelo PAN, não falo pelo Partido Socialista mas se causa de alguma forma,
alguma maçada o que eu posso dizer é lamento, é uma prerrogativa que todos temos de exercer o
nosso mandato, eu entendi que podia exerce-lo desta forma e aqui estou a fazê-lo.
Por ultimo, uma ultima nota que nem de propósito, isto é um Boletim Municipal do Montijo, posso
deixar a cópia a cada um dos grupos e numa edição cá está espaço oposição por ocasião Ricardo
Caçoila do Bloco de Esquerda do Montijo. Portanto, só aqui no Seixal é que existe um conjunto de
verbas que não se podem verificar mas que noutros sítios estranhamente se verificam”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais alguma intervenção? Paulo Silva.”
Paulo Silva, da CDU, disse: “Eleito André Nunes, eu penso que, tinha já respondido a essa questão.
Se o Boletim diz que a propriedade e a edição é da câmara municipal, evidentemente que o seu
conteúdo é da câmara municipal que o define. Se a câmara municipal e como disse aqui o eleito
Vítor Cavalinhos delibera abrir o Boletim Municipal que é sua propriedade e é responsável pela
edição da mesma e pelo conteúdo editorial a opinião a diferentes forças políticas é a câmara
municipal que pode tomar essa deliberação. É a câmara municipal, não é a assembleia municipal
que tem poderes para obrigar a câmara municipal a tomar essa deliberação, é tão simples quanto
isto”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Samuel Cruz e depois André Nunes”.
Samuel Cruz, do PS, disse: “Muito brevemente para finalizar a discussão da nossa parte. Duas
notas, uma do ponto de vista jurídico e a outra do ponto de vista político. Do ponto de vista
jurídico o André Nunes colocou muito bem a questão e fez aqui uma pergunta que o Paulo Silva
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veio cá e não respondeu porque não tem resposta. A lei diz que tem competência deliberativa, as
duas questões são: onde é que está a proibição da assembleia municipal deliberar sobre esta
matéria onde é que está estipulada a reserva absoluta desta matéria da câmara, não está. O que
diz o artigo é se é de competência do município o limite do ponto de vista jurídico é as
competências do município, mas isso não é relevante para nós aqui. O que é relevante para nós
aqui é o ponto de vista político e do ponto de vista político não existem duvidas à cerca do que é
poder deliberativo, e do que é poder executivo e eu vou-vos dar um exemplo: esta passa agora
aqui a hipótese de podermos discutir o tema, aceita-se o recurso e diz-se vai-se agendar, na
próxima assembleia municipal este ponto vai estar para agendamento, hipoteticamente a maioria
desta assembleia vota que o Boletim Municipal deve ter a participação das outras forças políticas,
como aliás, já votou. Reparem que a razão para se trazer este tema aqui hoje é que isto já foi
deliberado maioritariamente por esta assembleia. Imaginem, o recurso passa, a deliberação é
discutida e passa também o que é que acontece? Nada! E porquê? Porque o poder executivo é da
câmara e a câmara vai continuar sem fazer, o que é que acontece do ponto político a pressão
política sobre a câmara para executar a vontade desta assembleia municipal que já foi expressa
uma vez, cresce é isso que se pretende com esta deliberação”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “André Nunes”.
André Nunes, do PAN, disse: “Em parte, eu vinha dizer aquilo que o Samuel acabou agora mesmo
de dizer, mas depois esqueci-me, à pouco de referir também ao eleito Paulo Silva porque quero
acreditar que foi um lapso, que não foi propositado mas a caixa de pandora vai-se abrir e daqui
para a frente vamos ter a assembleia municipal por exemplo a criar e a decidir sobre
equipamentos, artigo 33.º, alínea ee, da 75/2013”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Paulo Silva”.
Paulo Silva, da CDU, disse: “Primeira questão a assembleia municipal já teve uma deliberação
sobre este assunto no período antes da ordem do dia, não no período da ordem do dia, são coisas
diferentes como eu já aqui expliquei. O eleito André Nunes podia ter lido a seguir a equipamentos
o que vem a seguir. Serviços o Boletim Municipal é um serviço que a câmara municipal presta à
população”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Rui Belchior”.
Rui Belchior, do PSD, disse: “Eu agora não era para cá vir, mas sou obrigado a vir porque face aos
últimos testemunhos dizer aqui mais qualquer coisa. André, eu também tenho grande
consideração e respeito por ti e pelo teu partido, a nossa divergência é na estratégia a seguir. Nós
entendemos tal como tu, como o teu partido que também há falta de pluralidade isso é evidente e
temo-lo dito muitas vezes não o dizemos agora, nem desta forma. Temos até dito que há falta de
democracia. Temos até dito que o sistema democrático está por cumprir e abril está por cumprir
no Seixal. Temos dito isso inúmeras vezes. Aliás, a ultima vez em que o fizemos foi exatamente no
25 de abril quando este executivo, a assembleia municipal, quem quer que seja negou até um

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pedido do Vítor Cavalinhos a participação dos eleitos da oposição em vídeo testemunhos, foi
concedido a uma panóplia enorme de personalidades do concelho, nós não tivemos esse direito,
mas o que é que aconteceu, no dia da comemoração, quando houve o discurso do Sr. Presidente,
todos os partidos expectando, o PSD estava lá a ouvir o Sr. Presidente, quais marionetas,
desculpem-me a expressão, e é nessas alturas em que se faz a afirmação e o protesto de
considerar que há ou deixa de haver pluralidade. Não é através deste tipo de formalismos, em bom
rigor, a esta hora estar a discutir e a fazer este flik flak para cá e para lá que não nos leva a lado
nenhum, uma política subterrânea digamos assim, para as pessoas como disse bem o João Rebelo
diz zero e portanto, ainda queria dizer isto e ninguém me pode levar a mal, é evidente que haverá
por aí exceções, mas a bancada do PSD não tem profissionais da política, nenhum de nós. Nós
temos todos que trabalhar amanhã de manhã e em vidas bastante preenchidas, isto não é
nenhuma ofensa ainda bem para quem é, não somos assessores, nem do Governo, nem de
partidos, nem de coisa nenhuma e portanto, não estamos disponíveis para estar aqui nesta
discussão eterna, em formalismos, em detalhes jurídicos etc. Aonde é que nos vai levar? Ao
Tribunal Administrativo? É isso que vocês pretendem? Eu não consigo perceber! Se não cumprem
as deliberações da assembleia as consequências serão evidentemente de natureza política e não
jurídicas ou administrativas, parece-me que é óbvio e a nossa posição é esta”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Pergunto ainda se há mais alguma intervenção?
Não! Então, apenas uma breve referência, na medida em que é o Presidente da Assembleia que
indeferiu a proposta. O que estamos aqui agora em votação a apreciar o recurso é o cumprimento
da lei, essa é a questão. Aliás, é um exercício democrático que estamos a fazer, na assembleia
anterior, em reunião de lideres, debatemos esta matéria e portanto, se há falta de democracia
está aqui um bom exemplo de resposta à falta de democracia, este município sempre foi
exemplar nessa matéria. Aliás, a população tem achado que sim desde 1976. Portanto, está aqui
em questão o cumprimento da lei. Aliás, nas várias intervenções as que se referiram ao
cumprimento da lei, a do Vítor Cavalinhos foi absolutamente metódica em relação ao
cumprimento da lei, às atribuições do município é a lista que conhece logo no inicio da lei 75 mas
com as competências da câmara e as competências da assembleia municipal. Aliás, quero-vos
dizer sobre esta matéria, e que já tinha dito em reunião de lideres vi na Associação Nacional de
Municípios, nem no Conselho Diretivo, nem no Conselho Geral nenhum um exemplo destes! Nem
na estrutura, recomeçando no Secretário Geral um autarca com trinta e tal anos e atualmente
Secretário Geral não se conhece nenhum exemplo onde a interpretação seja que não o contrário
de cumprir as competências que estão bem discriminadas. Eu aliás, sobre esta matéria creio que
não é um problema de interpretação jurídica, aliás os pareces jurídicos e os parecer e como o
despacho teve por base como não podia deixar de ser, no quadro da lei está aqui connosco o Dr.
João Salazar que é do gabinete jurídico da câmara e apoia a assembleia municipal e também tem
as suas experiências, no caso do gabinete da câmara e no caso concreto do Dr. João Salazar tem
uma experiência autárquica de muitos anos e portanto, aqui é o cumprimento da lei e o
indeferimento do Presidente da Câmara é exatamente nesse sentido e a lei é muito clara, na
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definição das competências da câmara e nas competências da assembleia municipal. Aliás, houve
intervenções que referiram isso, começando na do Vítor Cavalinhos que na minha opinião
sistematizou muito bem e portanto, nesse sentido e para terminar já se leram aqui vários artigos,
mas a questão não é de interpretação, está na lei! A listagem de competências da câmara está na
lei, a listagem de competências da assembleia municipal está descriminada e portanto, não é
possível deliberar no período da ordem do dia fora das competências, sabem porquê? Era ilegal e
anula o efeito da deliberação, sem qualquer duvida. O resto já foi dito no período da ordem do dia
são as posições políticas então, e aí é esse o quadro. Aqui é o quadro deliberativo no âmbito das
competências. O artigo 45.º que é o principio da especialidade é muito claro, os órgãos das
autarquias locais só podem deliberar no quadro da prossecução das atribuições desta e no âmbito
do exercício das suas competências nos termos da lei tão simples quanto isso, já foi dito aqui na
assembleia municipal e portanto, nesse sentido vamos colocar à votação o recurso do PAN e eu
pergunto quem vota a favor?

Rejeitada a Deliberação nº25/XII/2020 por maioria e em minuta com:

. Treze (13) votos a favor dos seguintes eleitos:

Do grupo municipal do PS: 11

Do grupo municipal do PAN: 1

Do grupo municipal do CDS-PP: 1

. Dezassete (17) votos contra dos seguintes eleitos:

Do presidente da JFFF: 1

Do grupo municipal da CDU: 16

. Sete (7) abstenções dos seguintes eleitos:

Do grupo municipal do PSD: 4

Do grupo municipal do BE: 3


O Presidente da Assembleia Municipal disse: “O recurso foi rejeitado com os votos contra da CDU
e do Presidente de Fernão Ferro, a abstenção do PSD e do Bloco de Esquerda e os votos a favor do
PS, CDS e PAN. Declarações de voto? Vítor Cavalinhos”.
Vítor Cavalinhos, do BE, em declaração de voto, disse: “Nós abstivemo-nos na votação deste
recurso porque a argumentação que aqui utilizámos, temos algumas certezas mas o espaço para
existirem dúvidas continua a existir e não é por acaso que nós na assembleia anterior solicitámos
que esta matéria fosse retirada da assembleia municipal e na última reunião de lideres nós
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defendemos que o aprofundamento desta matéria deve continuar porque do nosso ponto de vista
a maior parte dos pressupostos deste debate são claros mas a nossa apreciação significa que não
temos a certeza absoluta do caminho que é preciso seguir e não temos a certeza absoluta de uma
coisa, nem de outra. O tomar uma posição a favor ou contra era tomarmos aqui uma posição
definitiva e nós não temos condições para tomar sobre esta matéria uma posição definitiva,
estamos inclinados, a argumentação que aqui utilizei acho que foi clara, a nossa inclinação é que
de facto no sentido daquilo que aqui afirmamos mas acho que é democraticamente do nosso
ponto de vista, é importante que continue a haver espaço para que nós aprofundemos esta
temática. Se isto não for feito e isto começou desde a ultima assembleia municipal, se este debate
não for aprofundado e não decidido com toda a segurança nós podemos entrar num espírito, não
é guerra civil que é um exagero mas é em cada assembleia municipal transformar-se num debate
interminável sobre recursos intermináveis. Aliás, o André Nunes eu citei aqui e acho que não falhei
a citação não falhei nada do que ele disse, o André Nunes pretende usar este expediente”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais alguma declaração de voto? Samuel Cruz”.
Samuel Cruz, do PS, em declaração de voto, disse: “O PS votou a favor do recurso porque entende
ser essa a melhor solução jurídica, no entanto entende também que não compete a esta
assembleia fazer este tipo de discussão e não é desejável que se eternize nesse tipo de discussão.
Mas, para que isso aconteça mais importante do que a discussão jurídica é que não vigore a lei da
rolha, que não se possa fazer isto, que não se possa fazer aquilo e ainda durante esta assembleia
vamos também ver se é possível alterar-se propostas, algo que se faz em todo o distrito, em todo o
país mas que eu ou muito me engano ou no Seixal também não se pode, para resolvermos isto,
não podem colocar o ónus em quem quer exercer a discussão tem que se colocar o ónus em quem
sistematicamente barra a discussão”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais alguma declaração de voto? Então passamos
para o ponto seguinte com um apontamento, é vinte para a uma e terminamos à uma e portanto,
a assembleia continua amanhã, a questão é se achamos que Vítor era sobre isso não é? Então, faz
favor”.
Vítor Cavalinhos, do BE, disse: “Como é evidente a assembleia municipal não vai acabar hoje e eu
sugiro à mesa que a assembleia seja interrompida agora, nós vamos para casa, à nossa vida e
continuamos amanhã porque não conseguimos acaba-la hoje e já agora as pessoas podem ir
descansar um bocadinho e quem vai trabalhar amanhã pode descansar mais um bocadote, a
sugestão é que interrompemos a assembleia agora”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Então, eu percebi que por parte dos eleitos da
assembleia que esta sugestão é adequada e sendo assim, interrompemos agora e retomamos
amanhã às 20 horas. Então, boa noite a todos”.

Dia 29 de setembro
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O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Vamos reiniciar a assembleia, é a continuação da
sessão e nesse sentido estamos nos pontos 7 e 8 que apreciamos em conjunto e portanto, irei dar
a palavra ao Sr. Presidente da Câmara, mas entretanto colocar aqui uma questão, nós utilizámos
ontem em relação ao período da ordem do dia 70 minutos, o período da ordem do dia para as
sessões ordinárias são 180 minutos portanto, estamos quase em metade, é claro que isso
significou a utilização de tempos evidentemente pelos grupos municipais e tendo em conta que
ficamos nos recursos, estamos agora a entrar nos pontos de informação e propostas da câmara.
Estes 110 minutos são curtos, qual é a sugestão, o que propomos em concreto? É acrescentar ao
período da ordem do dia mais 60 minutos e distribuir os tempos proporcionalmente, mais ⅓ a
cada um de forma a que não haja aqui dificuldades de intervenção face aos tempos já utilizados na
sessão de ontem. Este é o entendimento que tivemos aqui a ver, significava que daqui a 1 hora e
10 esgotou o tempo, acabou a assembleia municipal tivéssemos onde estivéssemos. Já temos
utilizado esta prática, só é possível com o entendimento de todos, se não houver entendimento de
todos ficamos como estamos. É a sugestão da mesa. João Rebelo?”
João Rebelo, do CDS-PP, disse: “Eu não vou dar o meu acordo a este aumento de tempo, lamento
muito mas já é problemático a duplicação sempre destas assembleias municipais porque nunca se
cumpre os tempos, se ainda por cima vamos agora aumentar sobre a responsabilidade do tempo
que está usado é exclusivamente dos grupos parlamentares, se ontem perderem muito do seu
tempo a discutir um recurso problema deles, eu não concordo com esta alteração de tempo, fica
aqui o registo que nós andamos há 2 anos e meio a tentar alterar o regimento, exatamente para
evitar este género de contratempos, estamos a tentar mudar o regimento para se calhar organizar
as assembleias municipais de uma forma totalmente diferente do futuro e não conseguimos ainda
fazer isso. Eu tenho pouco tempo também vou utilizar com parcimónia, será feito com certeza com
os outros grupos da mesma maneira e a única coisa com que podia-me preocupar Sr. Presidente,
era o Sr. Presidente da câmara não ter tempo suficiente para responder e tem. Tem duas formas:
tem o tempo todo disponível, tem 40 minutos e também terá mais um acrescento acho eu que
tem a ver com as respostas diretas às perguntas que serão feitas. Como também há pouco tempo
para se fazer perguntas como é habitual, provavelmente não vai ter que dispor assim tanto tempo,
eu discordo com esta. Agora, normalmente é por consenso, sempre foi por consenso e eu não
ofereço esse consenso”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Esta matéria é de consenso basta a intervenção do
João Rebelo e está resolvido. Agora quero que entendam por parte da mesa um exercício de
democracia da assembleia e de condições de intervenção de todos. Também não foi dito o
contrário, a verdade é essa. Não é a primeira vez que o fazemos, portanto significava que a
assembleia passaria a ter mais 60 minutos, portanto os 110 estávamos a falar em 3 horas de
funcionamento ainda mas então, o quadro é este. Restam-nos 110 minutos da assembleia
municipal e portanto é uma matéria que é por consenso não é por maioria ou há entendimento de
todos, a intervenção do João Rebelo resolve logo isso. Sendo assim os tempos de duração, repito

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do período da ordem do dia 110 minutos e os tempos dos grupos municipais, a CDU tem 24,8, o PS
13,50, PSD 11,16, Bloco de Esquerda 4,16, PAN 4,1, CDS 7,8, Presidente da Junta de Fernão Ferro
11 e o Sr. Presidente da Câmara 46 minutos. Nesse sentido, tem a palavra o Sr. Presidente da
Câmara para apresentação dos pontos III.7 e II.8”.

III. 7. Apreciação de informação da Câmara, sobre a atividade desta, nos termos e para efeitos
das alíneas a) e b) do n.º2 do art. 25.º do Anexo I à Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro.
(Documento anexo à ata com o número 15)
III.8. Apreciação de informação do Presidente da Câmara, sobre a atividade do município e
situação financeira do mesmo, nos termos e para efeitos da alínea c) do n.º 2 do art.º 25.º do
Anexo I à Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro.
(Documento anexo à ata com o número 16)
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Sobre o primeiro ponto dizer que a informação é
suficientemente esclarecedora, se houver alguma questão que queiram colocar relativamente,
quer à atividade do Presidente da Câmara, quer relativamente às principais deliberações tomadas
neste período em reunião de câmara, estarei disponível para prestar os esclarecimentos
necessários.
Relativamente à execução orçamental estamos com um alerta amarelo, se até fevereiro/março a
situação financeira da câmara era de certa forma equilibrada, podemos dizer que com a pandemia
do covid 19 e as medidas que tomamos, é preciso também dizer que a câmara municipal decidiu
encerrar as piscinas municipais, isso é menos 1 milhão de euros por ano de receita. A câmara
municipal decidiu não cobrar taxas aos comerciantes até ao final do ano e são 170 mil euros por
ano, a câmara municipal decidiu reduzir de forma muito significativa o 2.º escalão e isso foi uma
redução significativa das nossas receitas: água, saneamento e resíduos. A câmara municipal
decidiu também prolongar os pagamentos para o abastecimento publico de água para a
população, isso também traz um impacto negativo e gostava por isso de dizer que se retirarem os
os 77 milhões de receitas, os 20 milhões de saldo que tivemos, temos 57 milhões o que prefaz 53%
da receita que devíamos ter quando nesta altura até final de agosto devíamos ter pelo menos mais
12%. 12% num orçamento de 100 milhões, basta ver estamos a falar de muitos milhões de euros
que faltam ao orçamento da câmara municipal e nessa medida, dizer que do ponto de vista
financeiro estamos a acompanhar e a avaliar a situação. Do ponto de vista da despesa, é claro
também a avaliar criteriosamente todos os investimentos e todas as áreas da despesa de forma a
podermos neste período difícil ajudar a população, ajudar as instituições mas claro, não podemos
por em causa o principio do equilíbrio financeiro da câmara municipal, mas gostava só de deixar
este primeiro alerta, após a pandemia, relativamente à situação económica e financeira da câmara
municipal que, até aqui estava numa situação equilibrada e que neste momento está numa
situação desequilibrada mas no principio, e claro temos todas as condições para a equilibrar”.
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O 1º Secretário da Assembleia Municipal disse: “Os deputados que queiram intervir façam o favor
de o solicitar. Rui Belchior tem o uso da palavra”.
Rui Belchior, do PSD, disse: “O que me traz aqui hoje e nem é muito comum a utilização deste
período são basicamente três queixas. A primeira é de vários munícipes que referem um grande
constrangimento no Pinhal Conde da Cunha novamente com aludidos cheiros nauseabundos e que
segundo eles dura há semanas, que se entranha na respiração e na garganta e que têm muitas
dificuldades em respirar normalmente, gostaria de lhe perguntar se sabe ou se tem alguma
informação sobre aquilo que lá sucede e se isto corresponde à verdade.
Depois, queria-lhe também perguntar porque razão é que nos serviços da câmara, em geral, há
uma extrema dificuldade em as pessoas conseguirem que alguém atenda um telefone ou,
sobretudo que responda a um e-mail. Há relatos de pessoas que chegam a ligar às 50 e 60 vezes
sem obterem qualquer resposta ou sem conseguirem que lhe atendam o telefone. Nós
perguntamos quando é que isto vai terminar ou se vai terminar? Porque as pessoas desesperam
para conseguirem fazer a vida dentro da normalidade, inclusive creio que na semana passada
chegou-nos o relato de uma sra. que saiu de casa para poder pagar a fatura da agua na loja do
munícipe no Centro Comercial d´Amora, depois de ter feito dezenas de tentativas, de telefonemas
para a loja, nunca foi atendida, deslocou-se a pé creio que ainda teve que fazer uma boa meia
hora de caminhada, chegou lá e as três funcionárias, eu evidentemente não sei quem são, o que
disseram à sra. foi que voltasse para casa e ligasse novamente para fazer a marcação para poder
pagar a água, isto é completamente inacreditável e portanto, queria-lhe perguntar se o Sr.
Presidente se está a par deste tipo de situações e se sim, o que é que vai fazer para acabar com
elas porque isto não é compreensível sobretudo quando ninguém estava na loja e estavam as três
funcionárias lá.
Finalmente, uma ultima questão que também foi conhecida queria perguntar ao Sr. Presidente da
Câmara se já devolveu ou quando é que vai devolver as estruturas da JSD, os outdoors foram
colocados na zona da Festa do Avante e foram retiradas pela câmara municipal, perguntamos se já
devolveu ou quando é que vai devolver?”.
O 1º Secretário da Assembleia Municipal disse: “Tem a palavra o sr. deputado Luís Gonçalves”.
Luís Gonçalves, do PS, disse: “Eu gostava de colocar 4 perguntas. Primeira: no inicio do mês
tivemos a Festa do Avante no concelho do Seixal. A Festa do Avante é feita na Quinta da Atalaia,
uma área grande arranjada e que tem potencialidades, eu gostava de saber se este executivo
alguma vez tentou ou se tem conhecimento de alguns executivos anteriores da Câmara Municipal
do Seixal ter tentado alguma parceria com o PCP no sentido da câmara poder usufruir do espaço
da Quinta da Atalaia e naturalmente numa parceria. Se sim, quais foram as conversações, qual foi o
feedback?

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Segunda questão, eu gostava de saber qual a percentagem, gostava de ter uma noção de qual é a
percentagem de carros elétricos que a autarquia tem ao seu dispor, falo de automóveis e
carrinhas, é maioria ou minoria? São 25%, ¼, são 10% ou não temos sequer algum?
Terceiro ponto, está na documentação que houve um encontro com os proprietários da fábrica de
lanifícios da Arrentela, eu gostava de saber se a câmara equaciona ou não a aquisição do terreno,
do imóvel, e nesse caso se estamos a falar de uma compra ou de uma permuta e para que valores
é que estamos a falar? E já agora com que agendamento?
Para terminar, o PS apresentou um requerimento no dia 31 de janeiro deste ano, se a câmara tinha
conhecimento e quais seriam os momentos de descargas de esgotos para a baía do Seixal, a
resposta foi que a câmara não tem a noção exata de quantos foram e qual foi a data em que tal
ocorreu sendo que nos deram uma relação de alguns problemas que houve em alguns
equipamentos mas não informação exata do que tinha acontecido. A resposta ao requerimento foi
a câmara não sabe quantas foram as descargas de esgotos na baía do seixal, nem quando
ocorreram isto é, a situação atual, vamos fazer alguma coisa para saber o numero de descargas e
quando é que elas vão acontecer de forma a poder agir sobre o problema ou nem por isso?”.
O 1º Secretário da Assembleia Municipal disse: “Tem a palavra o sr. deputado João Rebelo”.
João Rebelo, do CDS-PP, disse: “Sr. Presidente da Câmara a minha intervenção tem um bocado a
ver com o que disse agora sobre o ponto de situação financeira da Câmara Municipal,
compreensivelmente houve uma quebra de receitas resultante da situação de emergência e
confinamento que tivemos, é uma coisa indiscutível e também foi necessário investimento em
áreas que não estavam previstas, nomeadamente mascaras e outro tipo de investimento que é
sempre caro. A minha pergunta tem a ver com o seguinte: Nós estamos no mês de setembro se o
Sr. Presidente já podia fazer um ponto de situação sobre o plano de investimento ao longo do ano,
a segunda questão foi a partir do momento que temos uma situação complicada em termos
financeiros, eventualmente que investimentos é que poderão ser postos em causa por causa dessa
situação resultante da Covid”.
O 1º Secretário da Assembleia Municipal disse: “Sra. deputada Maria Luísa Gama se faz favor”.
Maria Luísa Gama, do PSD, disse: “São questões muito rápidas. Em primeiro lugar, no que diz
respeito ao arranque do ano letivo, gostaríamos de saber neste momento qual é o apoio que a
câmara está a fornecer às escolas, em particular aos jardins de infância e escolas básicas no que diz
respeito à limpeza e desinfeção das escolas se é que nos podem informar mais sobre esse assunto.
No que diz respeito ao fornecimento das refeições, sabemos que foi pedido que sempre que fosse
possível as mesmas fossem servidas em regime de takeway, não sei se têm alguma referencia
neste momento sobre a quantidade de alunos que está a utilizar o serviço, aqueles que comem
nas escolas, enfim algumas indicações neste sentido. Depois, em relação a Fernão Ferro chegou-
nos algumas informações sobre queixas de baratas e ratos nas ruas, está prevista alguma
desbaratização para breve uma vez que chegou uma ideia de uma certa urgência e finalmente

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também nos constou que nalgumas zonas da freguesia de Amora, nomeadamente nas Paivas
foram colocados alguns moloques mas que ainda estão trancados, como retiraram os caixotes de
lixo antigos alguns pessoas estão a por lixo encostado aos caixotes, deixando o lixo na rua se há
alguma previsão para a resolução deste problema?”.
O 1º Secretário da Assembleia Municipal disse: “Faz favor”.
Nelson Patriarca, do PS, disse: “Duas perguntas apenas Sr. Presidente, mas antes delas deixar aqui
um reforço à saudação que foi ontem apresentada porque precisamente há 10 minutos que está
online a Assembleia de Freguesia de Amora e eu acho que isso devia ser um motivo de regozijo
para toda a gente. Principalmente para quem anda anos e anos que possibilitou ou tentou que
elas fossem transmitidas, está neste momento online no canal youtube da Junta de Freguesia.
As perguntas Sr. Presidente é se conseguirá encontrar na Junta de Freguesia de Amora um exemplo
para que também aqui na câmara municipal isso possa acontecer, se o pensa fazer e quando?
A segunda pergunta tem a ver com quando é que o Sr. Presidente e os seus serviços de informática
consideram alterar o site do Boletim Municipal, funciona com base numa tecnologia de flash que
basicamente não se usa há 10 anos e que torna eu diria 80% das vezes o acesso ao próprio site e
aos próprios documentos absolutamente impossível, visto que grande parte da tecnologia atual
dos web browser limitam o acesso a sites com flash”.
O 1º Secretário da Assembleia Municipal disse: “Sr. deputado Paulo Silva se faz favor”.
Paulo Silva, da CDU, disse: “Cinco questões rápidas. A primeira foi noticia que a Associação de Pais
da escola secundária João de Barros realizou recentemente uma manifestação à porta da escola
pela conclusão das obras naquela escola, foi também noticia que a câmara esteve presente e por
isso pergunto ao Sr. Presidente qual o ponto de situação da retoma das obras que estão paradas há
10 anos se há alguma novidade ou não?
A segunda pergunta, constatámos que a câmara municipal lançou um novo projeto denominado
por desconcentra quais os objetivos e a avaliação deste novo projeto cultural?
Terceira pergunta, foi também noticia que o município do Seixal teve em destaque no Portugal
Smart cities Summit 2020, quais os projetos apresentados e os seus objetivos?
Quarta pergunta, aqui felicitar não só a câmara, mas o município do Seixal e o nosso concelho pela
inauguração este fim de semana de mais um pavilhão desportivo, desta vez o Portugal Cultura e
Recreio, sendo que é o quarto pavilhão desportivo inaugurado neste mandato. Qual foi o
investimento da câmara municipal nesta obra, bem como se esta política de construção de novos
equipamentos desportivos em prol da população se vai continuar e quais são os próximos
equipamentos desportivos que estão em construção e em projeto?
Quinta pergunta também a questão do impacto do covid, o Sr. Presidente já deu aí assim que nas
receitas da câmara que diminuíram acentuadamente mas também agora sabermos qual tem sido
o aumento da despesa, é do conhecimento publico que tem havido um grande apoio às
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associações, nomeadamente em equipamentos de proteção individual, portanto, tudo isso qual
tem sido o impacto na despesa por causa do covid”.
O 1.º secretário da Assembleia Municipal disse: “Intervenções? Não havendo eu dava a palavra ao
Sr. Presidente da Câmara para responder. Um momento. Faz favor de usar da palavra Sr. deputado
Paulo Silva”.
Paulo Silva, da CDU, disse: “Ponto de ordem à mesa, foi visto aqui que o Sr. Presidente da Câmara
tinha um tempo igual para responder às perguntas que lhe fossem feitas igual à que levou os
partidos políticos a fazerem as perguntas e por isso, questionei para saber qual é esse tempo,
porque esse tempo não conta para o tempo da câmara, Sra. Secretária. É essa a minha pergunta!”.
O 1.º secretário da Assembleia Municipal disse: “Está esclarecido? Faz favor”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Nem se percebe bem qual é mas agora o Sr.
Presidente vai responder às questões com o tempo que for necessário para responder”.
Paulo Silva, da CDU, disse: “Já tinha sido visto e tinha-se chegado a esse consenso que o Sr.
Presidente da Câmara tinha um tempo igual ao que os partidos políticos demoraram a fazer as
perguntas para responder às mesmas e que isso não contaria para o tempo da câmara, é essa a
questão até para ir e para saber qual é que é o tempo que o Sr. Presidente tem”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Esse entendimento chegou-se de facto na reunião
de lideres, eu confirmo isso. Samuel diga lá!”.
Samuel Cruz, do PS, disse: “Isto não pode ser quando dá jeito é o novo regimento, quando dá jeito
é o antigo regimento, o atual quadro é o regimento em vigor, com o regimento em vigor o tempo
da câmara é o tempo que consta do quadro e mais nada. Não há nenhum outro regimento, não há
nada, há a lei e há o regimento, já num momento anterior eu várias vezes respeitei, houve um
momento em que tu Paulo Silva não respeitaste o entendimento e eu disse a partir de hoje escrevi
estou desobrigado de todos os entendimentos, escrevi e cumpro porque só tenho uma palavra”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Sobre esta matéria, não há mais a dizer, há um
entendimento se os Srs. lideres quiserem manter esse entendimento a que se chegou por
consenso, mas andamos de assembleia em assembleia assim porque há um conjunto de matérias
que chegámos a consenso para alteração do regimento, esta e várias outras e esta consenso
absoluto porque aqui foi entendimento de todos os grupos, os lideres de que não tem sentido o
Presidente da Câmara não ter o tempo de resposta correspondente às perguntas, chegámos a esse
entendimento agora é verdade que não está no regimento porque não aprovámos a alteração do
regimento, sendo assim mantém-se o regimento, quer dizer se houvesse entendimento de todos
hoje aqui naturalmente, funcionaríamos assim que era o que era correto e o que tinha sentido,
não foi por acaso que chegámos a esse entendimento. Oh Samuel está visto o que é que se vai
dizer mais sobre isto? Estão terminadas as questões, Sr. Presidente da Câmara se faz favor”.

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O Presidente da Câmara Municipal disse: “Eu ia pedir aos srs. vereadores que me ajudassem nas
respostas aos Srs. eleitos da assembleia municipal e também da forma mais sucinta possível para
não gastarmos tempo. Pedia ao Vereador José Carlos Gomes que pudesse responder sobre o
investimento no pavilhão do Portugal Cultura e Recreio e os investimentos que estão previstos em
novos equipamentos. Pedia ao Vereador Joaquim Tavares que pudesse falar sobre o aterro
sanitário da Amarsul, junto ao Pinhal Conde da Cunha e os seus impactos, já ontem aqui
abordámos isso. Também sobre a aquisição de veículos elétricos na Câmara Municipal. Sobre
baratas e ratos nas ruas de Fernão Ferro, sobre os moloques fechados nas Paivas e ainda sobre o
Portugal Smart Cities Summit onde o Seixal esteve em lugar de destaque. Pedia à vereadora
Manuela Calado que pudesse dar uma nota sobre as questões do atendimento e aquilo que foi
referido foi sobre a loja do munícipe, bem como sobre a questão relacionada com o projeto
desconcentra esse novo projeto cultural, eu responderei às restantes questões”.
O Vereador José Carlos Gomes disse: “Em relação à questão colocada pelo Sr. eleito Paulo Silva,
sobre a inauguração do pavilhão do Portugal Cultura e Recreio, dizer que foi mais um investimento
ao serviço da comunidade, da população, da direção do clube, criando melhores condições de
trabalho para poderem usufruir do trabalho que fazem à comunidade mas fundamentalmente
pensando nas nossas crianças, nos nossos jovens, mais um investimento de qualidade cujo valor
rondou 1 milhão e 9 mil euros 912.64 isto também tendo em conta os investimentos que se têm
feito no município, nomeadamente no Centro de Solidariedade de Pinhal de Frades, no Clube
Recreativo e Desportivo Águias Unidas, no Clube Associativo de Santa Marta do Pinhal que está em
fase de evolução o seu pavilhão e também o pavilhão de hóquei em patins, foram investimentos
muito grandes que se fizeram, tendo em conta a nossa população, tendo em conta criar melhores
condições para os nossos jovens e para os nossos atletas. Temos também no nosso horizonte mais
investimentos no movimento associativo e mais investimentos para proporcionar aos nossos
jovens nas atividades que praticam com melhores condições para poderem usufruir do espaço e
das suas atividades desportivas, nomeadamente está no nosso horizonte a construção dos centros
náuticos de Amora para serviço do Clube de Canoagem de Amora e da Associação Naval
Amorense, assim como também, está no nosso horizonte a construção do pavilhão na Amora, no
Parque do Serrado muito direcionado para a modalidade de voleibol, são estes investimentos que
nós temos para já no nosso horizonte para continuar a investir no movimento associativo”.
O Vereador Joaquim Tavares disse: “Relativamente ao requerimento de descargas que nos chegou
por via da mesa (impercetível) de acordo com a informação que tínhamos, e nada mais que isso,
também não posso acrescentar porque não temos mais informação que aquela que transmitimos,
estamos a parametrizar as situações, ao mesmo tempo que exigimos as obras, aliás ontem nesta
mesma sessão mas ao dia de ontem, o Sr. Presidente da Câmara deu nota dessa reunião que
tivemos com a Sra. Secretária de Estado onde relembrámos que as obras (impercetível) Amora já
deveriam estar concluídas e, as de Arrentela em desenvolvimento, nós temos uma reunião da

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comissão de ambiente com uma visita à Simarsul podemos também abordar essas questões nesse
contexto e ver se conseguimos contribuir para acelerar essas obras que são tão necessárias.
Em relação às questões das baratas, dos ratos que foram colocadas em Fernão Ferro, há um plano
de desbaratização e de desratização que a câmara tem e que está disponível para além de ser
distribuído em formato papel, também está disponível e que dá nota daquilo que são as diferentes
intervenções ao longo do ano para conter estas pragas, mas para além disso há intervenções
pontuais e sempre que nos chegam esses relatos dos munícipes tratamos de dar a respetiva
resposta, não sei no concreto o que é também, não posso dizer se já foi respondido ou não, mas se
chegou à câmara isso é tratado de imediato, temos um contrato com uma empresa especializada
que dá essas respostas.
Relativamente aos veículos elétricos, como sabem, nós temos na frota municipal, aliás fomos dos
primeiros municípios do país a utilizar esse tipo de equipamentos na limpeza urbana, com a
compra de triciclos, agora com monociclos e também com viaturas elétricas, de apoio a essa
atividade e também na frota municipal ligeira já iniciámos a aquisição de viaturas elétricas, sendo
que o grosso da frota ainda não é elétrico e teremos que ir alterando é esse o nosso objetivo.
Em relação à questão dos moloques, nós instalámos recentemente, quer na freguesia de Amora,
quer na União de Freguesias, temos vindo a consolidar essa instalação nos sítios onde existiam os
contentores verdes e os moloques ainda não estão abertos, os mesmos ainda estão no terreno e
só foram retirados nos locais onde ainda não estão abertos os respetivos moloques, ainda há
alguns trabalhos de construção civil, designadamente a consolidação dos passeios em torno desses
equipamentos e depois de termos consolidados esses passeios e esses equipamentos então,
passaremos a utiliza-los e a retirar da via pública os contentores convencionais aqueles verdes de
1800 e de 1000 litros.

Tivemos presentes na Smart Citie Summit em Lisboa, para além do município do Seixal ter vindo
nestes últimos anos a assumir maior relevância neste evento, dando o destaque que é merecido ao
município que tem uma visão da cidade inteligente na sua construção e não apenas na propaganda
da mesma e levámos com a incidência para este certame o Seixal On que em grande medida é a
explicação sobre a implementação do laboratório vivo associado a outras medidas como são os bio
residuos, o wifi enfim, um conjunto de atividades que são desenvolvidas no nosso concelho e que
se integram neste conceito de cidade inteligente”.
A Vereadora Manuela Calado disse: “Para responder às duas questões que me foram colocadas,
começo pelo atendimento publico, quer nos serviços centrais, quer nas lojas do munícipe. O
atendimento é feito por marcação para os diferentes serviços, quer seja para a área das águas,
quer para a área do atendimento ou para o geral. Em termos de atendimento telefónico o
procedimento também está a ser efetuado para as diferentes áreas, para o geral, para o urbanismo
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e para as águas. É verdade que temos tido algumas dificuldades no que diz respeito ao
atendimento telefónico mas também estamos a evidenciar e a desenvolver todos os
procedimentos para que com a aquisição de alguns serviços para que o atendimento telefónico
possa dar uma melhor resposta e mais célere e pensamos que estará tudo mais ou menos
equacionado até ao próximo mês de outubro com novos serviços e novas medidas de
atendimento.
No que diz respeito às lojas do munícipe, como eu já fiz referencia o atendimento é por marcação.
Contudo, sempre que haja alguém que chega à loja e os atendimentos prioritários, como a terceira
idade, grávidas ou deficientes, esse têm atendimento mesmo sem marcação, mesmo não estando
dentro desta área quem chega à loja para pagar nesse atendimento também será atendida, claro
está esperando a sua vez. Neste caso concreto na Amora, isto vale o que vale, a informação que
temos é que não tinham conhecimento deste caso. Também achamos um bocado estranho, sendo
a Amora, quer a loja da Amora, quer a loja do Centro Comercial do Rio Sul as duas maiores lojas
com um atendimento bastante grande que tivesse acontecido isto. Não vou dizer que aconteceu
porque a informação que nós temos dos serviços é que não tiveram conhecimento. Aquilo que
está padronizado é que toda a gente é atendida com agendamento, prioritários, quem não tem
agendamento também terá que esperar pela sua vez, se tiver muita pressa e o agendamento não
corresponder à expetativa do dia e da necessidade também lhes é indicado as diferentes lojas que
pode recorrer para poder tratar do seu assunto.
No que diz respeito ao projeto desconcentra, é um projeto cultural como o próprio nome indica
desconcentra foi a sua primeira edição, teve dois propósitos que foi retomar novamente as
atividades culturais que o concelho desenvolve mas que face à situação de pandemia tiveram que
ser adiadas e também dar aqui algum sinal positivo a esta camada técnica, quer seja dos artistas
mas também, quer seja dos técnicos que a acompanham estes processos dar-lhes também aqui
um alento visto que é uma área em que os seus profissionais têm tido um acompanhamento muito
deficitário e com graves problemas no que diz respeito também aos ordenados e à falta de
espetáculos. Portanto, quisemos também levar às diferentes freguesias uma oferta cultural que
teve uma grande aceitação por parte do publico e por parte das pessoas, ela começou no dia 11 e
o ultimo espetáculo vai decorrer agora no dia 3 de outubro no parque do Serrado, obedecendo a
todas as regras, tem que haver marcação, as pessoas para poderem assistir ao espetáculo têm que
telefonar para os serviços da cultura e fazerem a sua marcação para que nós possamos poder
controlar quem entra e para visualizar o espetáculo, até agora nas diferentes sessões que
decorreram nas quatro freguesias tivemos cerca de 300 espetadores, o balanço que podemos fazer
é que foi muito positivo e portanto, é mais um projeto cultural que nós pretendemos dinamizar e
que vem ao encontro do que é a descentralização cultural que nós pretendemos continuar a correr
nas diferentes freguesias”.
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Sobre as estruturas que foram colocadas nos acessos
junto à Festa do Avante, acho que o sr. eleito não representa a JSD e portanto não vou fazer
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nenhum comentário sobre isso, a não ser com os próprios que são responsáveis por aquela
estrutura.
Sobre as descargas na baía do Seixal e sobre o aterro sanitário eu parece-me que ontem não houve
uma assembleia municipal e que não falámos sobre estes dois temas, quer sobre as descargas na
baía do Seixal, quer sobre o aterro sanitário e os seus impactos. Aliás, ontem ouvi aqui dizer que o
Presidente da Câmara é um queixinhas. Então, e o sr. eleito agora, o que foi ali fazer? Foi queixar-
se? Compete ao Estado resolver este problema, o aterro sanitário intermunicipal do Seixal já não
tem mais condições para poder servir como uma solução ambientalmente equilibrada para os
resíduos sólidos urbanos e por isso, pedimos ao Estado Central, pedimos ao Governo para que
encontre uma solução alternativa para terminar com estes impactos junto da população no Pinhal
Conde da Cunha e não só.
Sobre as descargas da baía do Seixal, voltamos a dizer que o maior responsável de descargas na
baía do Seixal são duas entidades: a Simarsul e os SMAS de Almada estão dados como provados
com análises e com visualizações, com imagens, com vídeo e com fotografias. É claro que depois
existem um conjunto de outras escorrências, equipamentos de outra natureza esses de menor
dimensão mas os principais e aqueles que têm grande impacto são de facto, dos coletores de
saneamento que em vez de irem para tratamento são rejeitados na baía do Seixal.
Depois sobre a Quinta da Atalaia, nós já tivemos um projeto desportivo que era realizado também
por dentro da Quinta da Atalaia que era o corta mato internacional da cidade de Amora mas por
opção da organização deixou de fazer dentro da instalação da Quinta da Atalaia e porquê? Porque
o corta mato deve ser em terra batida e a Quinta da Atalaia começou a ter muitos pisos já
pavimentados e por isso, da parte da Federação Portuguesa de Atletismo transmitiram-nos que
não se devia fazer naquele espaço e por isso ficou só no Parque do Serrado. Sobre outras
iniciativas existe por exemplo uma iniciativa muito interessante com as escolas e a Junta de
Freguesia de Amora que é o dia da árvore, todos os anos levava centenas de crianças até à Quinta
da Atalaia e eram plantadas árvores pelos professores e com os alunos, é apenas uma iniciativa
entre várias que são realizadas ao longo do ano naquele espaço. Sobre se devia ser mais utilizado,
estamos de acordo, deveria ser mais utilizado e por parte da câmara existe esse interesse e
também temos conhecimento que da parte do PCP também existe esse interesse, agora temos é
que ver no concreto quais é que são as iniciativas, outras, que podemos desenvolver em conjunto.
Sobre a situação financeira e a questão dos investimentos, nós estamos com cerca de 6 meses
após a pandemia e a tomar medidas extraordinárias que levaram a uma redução da receita e a um
aumento da despesa não prevista que obrigou também a uma revisão orçamental onde
inscrevemos 3 milhões de euros para a Covid. Aliás, preparamo-nos dentro de algumas semanas
para criar mais um centro da área da saúde para resposta à área do covid, dentro de 2 ou 3
semanas vamos investir mais umas centenas de milhares de euros na criação de um novo espaço
que o concelho do Seixal precisa e que as autoridades de saúde não conseguem resolver, será a
câmara que vai resolver com esse investimento, para além de tudo o resto que já temos vindo a
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fornecer, equipamentos de proteção individual às forças de segurança, aos bombeiros, à área
social, o apoio que fizemos de 1 milhão de mascaras para a população, as refeições escolares que
demos gratuitas às crianças que são do escalão a) e b), também as próprias refeições no quadro da
proteção civil aos bombeiros, quer do concelho do seixal, quer bombeiros de Amora, fornecemos
durante vários meses refeições, almoço, lanche e jantar todos os dias da semana e fins de semana,
representou um grande investimento da câmara municipal, um aumento de despesa não previsto
para este efeito. Estamos com uma redução das receitas do IMI, já era expetável porque descemos
a taxa do IMT que por via das reduções das transações de imóveis há uma quebra do IMT, há uma
redução como eu referi nos equipamentos desportivos, há uma redução na venda, neste caso da
tarifa de água e saneamento e resíduos, são as maiores em termos do bolo onde há maior
redução, e de facto estamos a fazer essa reprogramação em termos de investimentos mas sem
afastar qualquer investimento. Estamos a recalendarizar no tempo os investimentos que em vez de
fazerem todos ao mesmo tempo, fazemos um e passado algum tempo é que faremos o outro de
acordo com as disponibilidades orçamentais, não há neste momento nenhuma perspetiva de
abandono de qualquer investimento o que há é uma adequação em termos de prioridades e por
vezes também em estado de maturação dos próprios investimentos que avançam em função
daquilo que é as condições, quer prioridade, quer efetivamente da sua concretização. A situação
para já não exige mais do que este acompanhamento e esta sinalização, veremos se com o
continuar da situação se continuar a agravar iremos ver. Vou marcar reuniões ao abrigo do estatuto
do direito da oposição para análise das condições para a construção das grandes opções do plano
e orçamento para 2021 e a nossa expetativa, da primeira abordagem que fizemos é que vamos ter
se calhar ao contrário do que era expetável um menor orçamento para 2021 do que o orçamento
de 2020, se calhar muitos de vós o ano das eleições era o ano onde havia o maior orçamento, pois
bem, não é essa a nossa expetativa, a nossa expetativa e aquilo que estamos a trabalhar é para um
orçamento de 2021 menor do que foi o orçamento para 2020 exatamente por esta quebra de
receita que tem que ter a despesa ajustada a essa redução. De facto, para preservar-mos o
equilíbrio financeiro da câmara que como sabem foi objeto de uma estratégia que a câmara criou o
Plano de Consolidação Orçamental e que graças ao seu cumprimento foi criado em 2012 e foi
efetivado a partir de 2014 e graças ao seu cumprimento escrupuloso conseguimos todos os
objetivos e até ultrapassar aquilo que era expetável em termos quer de divida, quer de encargos,
quer dos próprios impostos e com condições de reduzi-los e se o PAEL tivesse em vigor ainda
estaríamos na taxa máxima do IMI com certeza, se tivéssemos ido para o PAEL e não fomos.
Sobre a questão das tecnologias agradeço a informação do Sr. eleito sobre o nosso site do Boletim
Municipal, agradeço essa informação e sobre o apoio às escolas estamos a apoiar as nossas
escolas, com os nossos trabalhadores, com os nossos auxiliares de ação educativa em termos dos
epi´s, equipamentos de limpeza também das próprias sinaléticas que foram concretizadas, os
planos de segurança, as próprias refeições na articulação que é necessário fazer com a empresa
fornecedora para que possamos ter a máxima segurança, quer na confeção, quer depois na própria
toma da refeição, tudo isso está a ser acompanhado pela área da educação, não tenho nota de
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qualquer situação anómala que tenha surgido, temos uma equipa muito forte na educação, está a
acompanhar diariamente tudo aquilo que se passa nas nossas escolas e podemos pugnar pela
máxima segurança”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Obrigado Sr. Presidente da Câmara, passamos para
ao ponto seguinte”
III.9. Aquisição do edifício dos Serviços Operacionais da Câmara Municipal do Seixal, sito no lote
número cinco do loteamento industrial da Quinta Nova, Cucena, Aldeia de Paio Pires, descrito na
Conservatória do Registo Predial do Seixal sob o número 1522/20000522 da freguesia da Aldeia
de Paio Pires e inscrito na matriz predial da dita freguesia sob o artigo 1928, com recurso à con -
tratação de empréstimo. Relatório final e adjudicação. Aprovação.
(Documento anexo à ata com o número 17)
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Sr. Presidente da Câmara”.
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Para muitos de vós vai ser fastidioso novamente a
minha intervenção, mas para muitos dos outros eleito,s que não estiveram nas reuniões
preparatórias, nem na comissão especifica que acompanhou este processo será uma vez mais
revisitar um processo que já conhecem. A câmara municipal e a assembleia decidiram desenvolver
os procedimentos para a aquisição do edifício dos Serviços Operacionais e desde o inicio deste
processo até agora que estamos no fim houve aqui um conjunto de desenvolvimentos,
nomeadamente a verificação da qualidade das obras que foram concretizadas e aquilo que
constatámos foi que as obras foram concretizadas de forma correta e corresponderam aquilo que é
a necessidade da câmara municipal e dos seus trabalhadores, mas também foi identificado um
aspeto relacionado com patologias no edifício que não tinham sido intervencionadas e que
precisavam de intervenção e também foram perspetivadas em áreas não intervencionadas e sem
observação de anomalias possibilidades de poderem surgir e foram quantificadas. Perante isto nós
colocámos esta questão perante o proprietário do imóvel que nos transmitiu que já tinha feito
obras suficientes e já tinham investido muitos milhões de euros nestas intervenções e que não
podia fazê-lo o que nós dissemos foi que não poderíamos com certeza adquirir um imóvel sem
essas intervenções concretizadas, isso obrigou a um conjunto de troca de informações e de ofícios
durante algum tempo até que o fundo acedeu a poder custear essas intervenções que já são
visíveis e após uma consulta que promovemos junto de uma grande empresa nacional no fim de
todo este processo vieram aceder a pagar essas intervenções, ou seja não o fazem mas pagam esse
valor à câmara municipal para poderemos efetivar a assinatura desta aquisição. Este foi o processo
que desenvolveu entretanto, em paralelo tinha-se desenvolvido também um concurso para o
financiamento de um credito de 25 milhões de euros a 20 anos, venceu a Caixa Geral de Depósitos
como consta do processo com um spread de 0,5% o que é muito baixo e isso significa que se
efetivarmos esta aquisição entre aquilo que pagamos anualmente e o que vamos passar a pagar
poupamos 1 milhão de euros e o edifício é da câmara. Eu acho que não é difícil nós percebermos

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esta questão que é hoje pagamos um valor e o edifício não é nosso, amanhã pagamos menos 1
milhão de euros e o edifício é nosso, eu acho que isso é claramente visível que esta opção é
vantajosa para a câmara municipal entre o cenário atual do contrato de arrendamento com opção
de compra e o cenário futuro de aquisição de exercício dessa opção de compra e aquisição do
imóvel. Acautelada a questão funcional, tendo o contrato de empréstimo, precisamos agora e a
câmara já tem deliberado favoravelmente a aquisição, precisamos agora da assembleia municipal
que aprove esta operação e possamos pedir ao Governo o despacho conjunto dos srs. secretários
de estado das autarquias locais e das finanças para a utilização do artigo 123.º da Lei do
Orçamento de Estado que nos permite mobilizar 60% da nossa margem liquida de endividamento
para a aquisição deste imóvel e depois o processo vai para visto do Tribunal de Contas, se o
Tribunal de Contas nos autorizar como é nossa expetativa iremos concretizar esta operação e neste
mandato concretizaremos dois objetivos importantíssimos para a câmara do ponto de vista
funcional adquirimos a propriedade de dois imóveis que garantem o presente e o futuro da câmara
municipal e dos seus trabalhadores enquanto grande força de serviço publico à população e
também do ponto de vista patrimonial inscrevemos dois ativos no nosso património e reduzimos
os encargos anuais com a sua utilização, eu acho que é notável e isso significa que trabalhamos
bem a câmara e a assembleia municipal para conseguirmos neste mandato esta concretização
deste objetivo. Basta também dizer que observando o panorama nacional estes dois edifícios não
encontram paralelo, eu diria em quase nenhuma câmara ou às vezes até em nenhum governo. Isso
quer dizer que nós temos para os nossos trabalhadores e para a nossa população as melhores
condições possíveis para trabalhar no serviço publico que nós prestamos em termos de autarquia
local e nessa perspetiva Sr. Presidente da Assembleia Municipal e srs. eleitos consideramos que a
assembleia deve tomar esta decisão, eu não referi, mas é também uma recomendação vinculativa
do Tribunal de Contas para nos dar esse mandato de minimizar os encargos com os contratos de
arrendamento dos edifícios, um dos Serviços Centrais já está garantido, o dos Serviços
Operacionais esperemos que com esta deliberação estamos mesmo à porta de o conseguir
também garantir”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Inscrições para este ponto? Quem é que pretende
intervir? Samuel Cruz”.
Samuel Cruz, do PS, disse: “Um ponto prévio é importante saudarmos a atuação da Inspeção Geral
de Finanças, do Tribunal de Contas e do Governo previamente porque senão não estávamos aqui a
ter esta discussão, continuávamos a ouvir como ouvimos durante anos que isto era um projet
finance, uma coisa excelente, enfim que o comum dos mortais aqui sentado não conseguia
entender mas um excelente negócio ouvi várias vezes nesta sede, mas porquê a Inspeção Geral de
Finanças que muito bem elencou o conjunto de negócios ruinosos que a câmara fez, primeiro com
o bairro da Cucena, depois com os Serviços Operacionais e terminou nos Serviços Centrais, o
relatório da Inspeção Geral de Finanças estabelece um nexo causal e explica isso muito bem, vai ao
Tribunal de Contas e o Tribunal de Contas o que é que nos diz? É preciso fazer o que estamos aqui

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a fazer hoje para obrigar à minimização dos efeitos económicos e financeiros perversos é aquilo
que o Tribunal de Contas considerou deste negócio e portanto, as finanças já temos e o Tribunal de
Contas também e ao Governo que em sede de Orçamento de Estado abriu espaço e criou um
regime especial quanto à margem de endividamento das câmaras municipais para aquisição de
objetos de contrato de locação, a chamada clausula Seixal. Foi feito à medida e ainda mais
ninguém usou, há aqui três entidades que ajudaram a resolver este problema porque a câmara,
aliás como se viu antes disto teve 20 anos o menino nas mãos e sempre achou que era bom, mas
vamos ao negócio em si, o que é que fazemos quando vamos comprar casa? Procurar uma casa a
bom preço! A avaliação diz que vale 22 milhões 475 mil vamos pagar 24 milhões 172 mil, ou seja,
mais 7,5%, mais 1 milhão 697 mil euros, isto se tivermos em conta o atual porque se for o
efetivamente pago, já pagámos 30 milhões de rendas, vamos pagar mais 24 milhões, dá um total
de 54 milhões 172 mil euros, ou seja, este edifício tendo em conta aquilo que é o valor de
avaliação vai custar à Câmara Municipal do Seixal 241% do seu valor de avaliação, Ricardo Salgado
não faria melhor. Aliás, vejam isto de renda estamos a pagar atualmente 2 milhões 412 mil 219
euros, no empréstimo vamos pagar 1 milhão e 308 mil, ou seja os srs. do fundo pedem um
empréstimo para fazer aquilo pagam e ainda têm um retorno de 100%, quais são os negócios que
se fazem para o projet finance brutal que tem um retorno em alguns anos superior a 100%, do
ponto de vista financeiro é difícil imaginar pior, mas podia-se dizer a casa é cara mas é um
espetáculo. Na verdade foi feita em cima de um pântano e em vez de se por tudo (impercetível),
que era aquilo que lá se devia ter posto, pôs-se escórias que, por acaso, dilatam ou expandem com
a humidade, não sou eu que digo é o relatório do técnico do LNEC. O que é que diz o relatório
concretamente? Não é possível identificar os locais onde o fenómeno de expansão já terá
terminado, ou seja, vai continuar, apresentava danos estruturais graves todos sabemos isto. Em
suma, vamos comprar um edifício mais caro do que se fosse novo com anomalias e sem garantia. E
venho aqui dizer que é um bom negócio? Não! É um mau negócio, é melhor que o anterior que as
mesmas pessoas que nos estão aqui a propor isto fizeram que a
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “André Nunes”.
André Nunes, do PAN, disse: “Estamos hoje a debater a aquisição dos Serviços Operacionais, 15
anos após a realização de um contrato de arrendamento e após muitos milhões desbaratados em
rendas, quase 31 milhões, para ser mais preciso, sendo que somos agora chamados a participar na
correção do erro que foi aquele negócio e não haveria mal nisso, se mesmo perante o descartar
das responsabilidades do executivo e a difusão do mito do excelente negócio o concelho ficasse a
ganhar com a opção de adquirir o imóvel mas temos duvidas que fique, senão vejamos: atira o
executivo para a previsão de 1 milhão de euros de poupança ao ano em rendas mas quando foi
perguntado ao Sr. Presidente de Câmara em reunião de comissão qual o valor final da compra o
mesmo afirmou que depende de vários fatores e que só no dia da escritura esse valor seria
determinado. Afirma o Sr. Presidente de Câmara que o custo máximo do imóvel não ultrapassará
os 25 milhões de euros. Porem, quando perguntámos se a câmara já tinha feito benfeitorias no

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imóvel, o que nos foi respondido é que não mas que havia um conjunto de obras já identificadas
para fazer logo, depois do negócio concluído. Em sentido idêntico é afirmado que depois de
concluído o negócio o município ficará com um imóvel de enorme valor, perguntamos que valor é
esse? No edifício que precisou de obras para que o negócio pudesse ser concretizado, vai
continuar a precisar de obras logo depois de ser concretizado e como se não bastasse já não vai
para novo. Pode o executivo garantir que não está a comprar um elefante branco, pode um edifício
com as anomalias que este apresentou garantir a satisfação do interesse público. Afirma a câmara
em jeito de chantagem que o Tribunal de Contas obriga o município a adquirir o imóvel. Porem,
este limita-se a fazer uma recomendação que minimize os prejuízos ao erário publico, não se
vinculando ao modelo para o conseguir. A recomendação respeita à autonomia local e apenas
prevê que deverão ser desenvolvidos procedimentos adequados à minimização dos efeitos
económicos e financeiros perversos emergentes dos denominados contratos de arrendamento
com opção de compra. Adaptabilidade e obrigatoriedade são coisas distintas. De entre as
possibilidades em momento algum logrou o executivo demonstrar que a aquisição era a melhor
opção. Aliás, sobre a possibilidade de renegociação de divida o executivo limitou-se a afirmar pela
voz dos advogados contratados que a mesma não interessava ao proprietário omitindo-se o facto
do município gozar de posição privilegiada dada não apenas a conjuntura atual, mas também o
facto do imóvel estar especialmente adaptado à realidade atual de acolhimento dos Serviços
Operacionais. De resto foi a própria jurista contratada que admitiu às páginas tantas que o acordo
extrajudicial para redução de rendas poderia reduzir os custos a incorrer pelo município. É caso
para questionar que esforço empregou a câmara a tentar reduzir o valor da renda parece-nos
pouco. Em suma resulta evidente que o executivo quer adquirir o imóvel, quer fazer uso da
possibilidade que a lei do Orçamento de Estado para 2020 concede. De resto, é o próprio Sr.
Presidente que refere que a proposta se insere numa estratégia denunciando que aquilo que sub
jaz ao negócio não é tanto a obrigatoriedade mas sim a opção pelo negócio. Nada obsta a que o
faça mas então, que o assuma sem mais, sendo que nesse caso importará essencialmente perceber
se pode o município com as necessidades do Seixal dar-se ao luxo de investir 25 milhões de euros
ou mais num edifício para acolher serviços quando vivemos num contexto absolutamente
excecional em que o Estado nas suas diferentes dimensões vai ser chamado a intervir para fazer
face às necessidades da população, acreditamos que não e para o PAN o ótimo é inimigo do bom.
O mesmo será dizer que ter os Serviços Operacionais concentrados num único local é positivo e
seguramente uma mais valia mas não é imprescindível a partir do momento em que para
continuar a conseguir é necessário afetar 25 milhões ou mais de euros que deixarão
inevitavelmente de ser gastos noutros domínios, como sejam as respostas sociais por exemplo ao
nível da habitação ou dos transportes”.
O 1.º Secretário da Assembleia Municipal disse: “Tem a palavra o deputado Vítor Cavalinhos”.
Vítor Cavalinhos, do BE, disse: “Numa situação normal o Bloco de Esquerda votaria a favor da
proposta de aquisição dos Serviços Operacionais. O Bloco votou a favor da compra dos Serviços

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Centrais porque entendeu que era um mal menor, ou seja, era a única forma de serem mitigados
para os munícipes os custos de um negócio que o Bloco sempre considerou um negócio ruinoso. O
Bloco considera que a proposta de aquisição dos Serviços Operacionais permite poupanças que
têm que ser tidas em consideração. Contudo, o Bloco continua a ter sérias e fundadas duvidas se a
opção de aquisição é a melhor solução de futuro. O Bloco sempre colocou a hipótese de estudar
outras soluções que passavam por construir novas instalações em terrenos municipais. O executivo
nunca manifestou verdadeiramente qualquer interesse em estudar outras hipóteses porque desde
sempre quis que esta fosse a única possibilidade de solução. O Bloco não ignora as recomendações
do Tribunal de Contas que fossem tomadas medidas no sentido da minimização dos efeitos
económicos e financeiros dos contratos de arrendamento celebrados, estamos perante uma
decisão de aquisição dos Serviços Operacionais que vai ser tomada num mar de incertezas. O
município propõe-se adquirir os Serviços Operacionais por um valor entre os 23 e os 24 milhões de
euros, mas o município pode ter que vir gastar em reparações pelo menos 4 milhões 630 mil
euros, no caso de uma intervenção global ou se optar por uma intervenção por fases, a primeira
fase terá um custo de 960 mil euros. A peritagem às anomalias do piso térreo das instalações dos
Serviços Operacionais que revelou estes riscos é que é o fator que determina o elevadíssimo grau
de incerteza e risco na opção que esta assembleia municipal se prepara para tomar. Importa
sublinhar e relevar as contradições manifestas constantes dos documentos que nos são
apresentados para sustentar a deliberação. Diz a proposta de deliberação, por outro lado cito «os
problemas estruturais que afligiam o edifício e cuja correção era condição prévia para poder
avançar para a opção de compra, encontram-se neste momento sanados, isto mesmo é validado
pelo relatório do Instituto Superior Técnico de dezembro de 2019 que considera resolvidas no geral
as anomalias anteriormente detetadas pelo LNEC em 2017». Diz a peritagem às anomalias do piso
térreo das instalações dos Serviços Operacionais da Câmara Municipal do Seixal cito «nos ensaios
realizados o LENC concluiu que não é possível identificar os locais onde o fenómeno da expansão
das escórias da assearia já terá terminado onde eventualmente nunca ocorrerá ou onde ainda se
está a desenvolver». Continuo a citar «tendo em conta este tipo de escórias em função do teor de
humidade e da sua composição química pode apresentar expansões até 100% constata-se que as
deformações dos pisos podem facilmente atingir dezenas de centímetros provocando a fissuração
da sua camada de betão superior e deslocando as paredes sobre o piso que naturalmente
inclinam, fissuram ou desligam-se entre si, podendo mesmo gerar esforços de compressão debaixo
para cima sobre elementos estruturais colocados sob as paredes, os efeitos do movimento dos
pavimentos podem mesmo provocar grandes deformações noutros elementos, nomeadamente
nas paredes. Este problema apresenta um risco particular no caso dos pavilhões por terem paredes
bastante altas com reduzido travamento estrutural». É evidente a contradição e é evidente que os
Serviços Operacionais estão doentes, ninguém pode assegurar que se os 4 milhões 630 mil euros
se serão mais do que suficientes ou se serão insuficientes para debelar a doença do edifício. Se o
município tiver que gastar as verbas equacionadas não haverá qualquer poupança e nesse caso,
não será possível cumprir a recomendação do Tribunal de Contas. Perante este grau de incerteza
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amplamente demonstrado, o Bloco não tem condições para votar favoravelmente a proposta de
aquisição dos Serviços Operacionais pelo que se irá abster, e ainda acrescento, e coloco algumas
questões, a primeira delas: A Assimec não cumpriu o projeto inicial colocação de tout venan em
vez de escórias. A câmara teve conhecimento deste facto? A câmara faz alguma ideia de quanto
ganhou a ASSIMEC com esta operação? A interfundos obriga-se a pagar 422 mil 537 euros e 38
cêntimos, mas tal circunstancia não consubstancia a assunção de qualquer tipo de
responsabilidades, segundo a interfundos. Então, paga porquê? Estamos perante um fundo
benemérito? Ou paga para se ver livre dos edifícios com a maior urgência possível? Aprovada a
aquisição a mesma determina que o município renuncia a qualquer reivindicação futura de
indemnização devida por reparações que se venham a verificar, nem para comprar um carro em
segunda mão, se aceitam tais condições quanto mais num negócio que envolve milhões porque
aceita o executivo esta condição? E a última nota, o Bloco pensa que os trabalhadores municipais
que trabalham nos Serviços Operacionais deviam ter sido ouvidos sobre este processo”.
O 1.º Secretário da Assembleia Municipal disse: ““Tem a palavra o deputado Rui Belchior”.
Rui Belchior, do PSD, disse: “Começava por fazer minhas as palavras das outras forças políticas
porque nós ipsis verbis fazemos esse espelho dos argumentos que aqui foram referidos, estamos
em perfeita concordância, naturalmente que por défice de tempo não vamos poder alongar-nos
muito mas ainda assim gostaríamos de revisitar aqui as razões que nos fizeram chegar até aqui, à
necessidade desta aquisição que configura mais de 25 milhões para as gerações futuras, fala o
documento em equidade intergeracional ou o que quer que isso seja, eu diria que infelizmente
daqui a 20 anos muitos de nós nem estaremos vivos, daqui a 20 anos quando este edifício
finalmente estiver pago. Todavia, esta é uma opção que é uma necessidade imposta pelo Tribunal
obrigava e por isso a uma retratação, finalmente a uma retratação efetiva deste executivo pela má
opção, pela opção megalómana que fizeram na escolha destes edifícios na altura em que o fizeram
e como o fizeram, isso nunca aqui se viu, antes pelo contrário continuamos a dizer que os edifícios
são extraordinários e eu aqui diria, eu também gostaria de ter um Ferrari mas tem que andar
noutro veiculo de inferior categoria embora entendesse que o Ferrari era mais adequado aquilo
que seriam os meus interesses. Nós temos que calçar os sapatos que podemos calçar e não
inventar e entrar por este tipo de opções que levaram a estes resultados e de facto, essa retratação
não acontece, fizemos sempre tudo bem e portanto, é coisa que nunca muda. Desta feita e ao
contrario dos Serviços Centrais entendemos que o processo tem demasiadas vicissitudes e sobre o
valor destes 25 milhões de euros podem vir ainda a ser pagos mais cerca de 4 milhões de euros
caso as coisas não corram bem aquilo e por aquilo que já foi aqui dito há uma grande
probabilidade de isso vir a suceder.
Depois falta ainda muita coisa, falta a autorização especial do Governo para mais endividamento,
falta o visto do tribunal e portanto em face destas situações que referimos, nem as sugestões de
eventuais penalizações a quem não viabilize ou a quem obstaculize esta opção desta vez, nem isso
nos intimida”.
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O Presidente da Assembleia Municipal disse: “João Rebelo se faz favor”.
João Rebelo, do CDS-PP, disse: “Nós o ano passado senão me engano, votamos favoravelmente a
proposta que a câmara trouxe sobre os Serviços Centrais. Em relação a esta matéria não é muito
diferente, tem um passado absolutamente desastroso a opção feita há cerca de 15 anos atrás e
nesse caso tão ruinosa como a outra, ficou claro para toda a gente surpreende mais passado este
tempo todo como foi evidente, foi uma má escolha feita pelo executivo da CDU à época
continuamos a ouvir a retórica que ainda se ouviu agora do Sr. Presidente da Câmara. A verdade é
que esta proposta tenta resolver o mal que já tem muitos anos e que vai permitir de certa maneira
remediar uma situação que era muito negativa, mas ao contrário da proposta que nos chegou e eu
não sou muito favorável aquela ideia que bom vamos pensar outra solução que seria a de criar de
raiz outras instalações porque aí entramos num processo mais complicado que seria
eventualmente, lançar um concurso e depois arranjar os terrenos e depois toda a gente vai
impugnar os concursos … à espera 6 ou 7 anos a pagar temos uma renda de 2 milhões e meio
entretanto. Temos o que temos e é com isso é que temos que apostar mas a verdade é que
enquanto há um ano atrás era clarinho para toda a gente os valores que estavam em cima da mesa
e foi por isso que nós votamos a favor, em relação a esta matéria não é bem o caso. Como nos foi
dito pelas explicações do Sr. Presidente nas reuniões da comissão e como foi aqui muito bem dito
pelo Vítor Cavalinhos nunca ficamos com ideias claras no final de qual seria o custo que isto teria
para a câmara municipal e por causa desta razão apesar da solução vem remediar os problemas
feitos há uns anos atrás, como não é tão claro como a solução que nos foi apresentada à cerca de
um ano atrás para os Serviços Centrais da câmara o CDS irá abster-se”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Tem a palavra Hernâni Magalhães”.
Hernâni Magalhães, da CDU, disse: “Eu vou dividir a minha intervenção em duas partes e na
primeira o que eu gostaria de referir é o seguinte, nós temos um relatório elaborado pelo Técnico
onde é analisado todo o o edifício e em que no final mais ou menos são referidas as patologias já
visíveis e potenciais patologias que podem vir a ocorrer, estão claramente escritas, estão
valorizadas e eu considero que está o relatório e bem valoriza de uma forma conservativa o
trabalho que é feito. Temos depois um parecer jurídico e eu não teço considerações, não sou
advogado, mas em que relevo aqui assim o seguinte no parecer jurídico: são avaliadas as várias
possibilidades, são analisadas as vantagens e desvantagens de cada uma delas e no final a jurista
aponta para determinado quadro conhecendo melhor. E o quadro que ela apresenta conhecendo
melhor é a aquisição mesmo considerando a hipótese conservativa do relatório do técnico que
refere os 4 milhões e 700 mil de potenciais obras que venham a ser feitas, comparativamente com
o levar o contrato até ao final e depois ter que comprar um terreno ou sendo mesmo da câmara o
que quer dizer que o terreno também tem o valor, mandar fazer projetos, fazer concursos e
construir o edifício e mesmo neste quadro esta elencagem dava vantagem para a solução agora
posta à nossa votação. Independentemente de compreender algumas das questões que são aqui
levantadas também acho que é a melhor solução.
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Primeiro, pela análise conservativa que o técnico faz e verificando que a primeira fatia dos
trabalhos que o técnico avaliava mais ou menos em 900 mil euros a câmara de um empreiteiro de
obras publicas conceituado obteve um preço que aponta para metade. Claro que isso não garante
que no futuro trabalhos que venham a ocorrer não venham a ser muito mais caros, claro que não!
Como também ninguém aqui pode garantir que uma obra nova que venha a ser feita em vez de
custar os 25 milhões não possa custar 30 milhões ou 40 milhões porque ninguém tem o domínio
do mercado, nem dos preços da construção civil daqui a 5/6 anos e portanto, o receio que é lógico
que exista deve ser utilizado para as duas situações, quer para as obras potenciais que venham a
ser feitas no futuro, se saírem mais caras também o edifício novo poderá vir a sair bastante mais
caro. Há um aspeto que para mim releva também de importante, é que nós estamos a falar de
umas instalações que existem, que são importantes, não se pode pensar mesmo que pudéssemos
amanhã fechar o contrato não se podem por os trabalhadores na rua, as viaturas na rua e vamos
agora pensar em arranjar um edifício que demorará ¾ anos a existir, isso é impensável! Quer dizer
é de uma irrealidade total, se quiséssemos construir o edifício hoje nós éramos obrigados a levar o
contrato de arrendamento até ao final, isso é clarinho como a água e, portanto, não se venha para
aqui com ilusões de que os 25 milhões é muito dinheiro, claro que é, mas é o dinheiro que custa
um edifício desta dimensão com a agravante de provavelmente edifícios no futuro atendendo aos
requisitos técnicos e ambientais que eles têm ainda poder vir a ser muito mais caro e é isso que
nós temos aqui que verificar.
Por ultimo, um aspeto que para mim é determinante temos ou não temos um edifício que garante
dignidade aos trabalhadores que o frequentam? Temos ou não temos um edifício que garante
resposta de trabalho aos trabalhadores da câmara municipal? Eu acho que nenhum de nós é capaz
de dizer que não temos. Podia haver outras soluções pois, poderia eu costumo dizer que se a
minha avó não tivesse morrido ainda hoje era viva, mas a realidade parte daquilo que temos e não
daquilo que poderíamos ter ou do deveríamos de ter ou do quer que seja. Temos esta realidade,
esta realidade existe, os trabalhadores têm ali um edifício digno, dá-lhes dignidade natureza e
esse é um aspeto para mim fundamental”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais intervenções? Não há mais pedidos de
intervenção? Tem a palavra o Sr. Presidente da Câmara”.
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Agradeço as notas que os srs. eleitos aqui nos
transmitiram mas há que trazer à realidade, até à realidade jurídica e formal algumas das
afirmações que aqui foram feitas que não são corretas. Em primeiro lugar, estamos perante um
contrato de arrendamento com opção de compra. Se eu arrendo uma casa e depois passado uns
anos é que tenho as condições para adquirir posso sempre fazer as contas às rendas que paguei
mas eu não adquiri a casa, só arrendei porque não consegui, podia ser uma opção, convém
recordar que a câmara municipal e a assembleia municipal há uns anos atrás aprovaram essa
opção, vir agora dizer que não se deveria, é preciso olhar para a realidade como ela é.

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Segundo lugar, sobre a questão das obras adicionais vejamos, o que eu referi ao sr. eleito e
destrocem as palavras e tiram do contexto, o que eu disse ao sr. eleito é que passados 15 anos de
funcionamento dos Serviços Operacionais existem novas necessidades do ponto de vista, quer das
tecnologias, quer de equipamentos que nós precisamos de introduzir naquele complexo e não
introduzimos porque o complexo não é nosso, como é natural. Assim, que o complexo for da
câmara municipal iremos investir para que essas novas tecnologias e essas novas necessidades
sejam colocadas no terreno e possamos servir melhor, quer os nossos trabalhadores, quer o
serviço publico que prestamos, que é uma coisa um bocadinho diferente, deu a ideia que haviam
obras adicionais que eram preciso fazer e que não foram feitas, não é verdade.
Terceiro lugar, sobre a questão do esforço mínimo da câmara municipal para reduzir rendas é
inaceitável esta expressão. Fomos nós que correndo riscos jurídicos decidimos unilateralmente
reduzir a renda durante vários anos por falta de segurança dos espaços que estavam em risco e
depois conseguimos que o Laboratório Nacional de Engenharia Civil através do relatório que fez
que nos desse razão e a partir desse momento o proprietário mudou a sua estratégia porque
percebeu juridicamente que já iria perder, mas corremos o risco porque reduzimos a renda de
forma unilateral porque a renda como sabem estava calculada de acordo com a superfície de
pavimento, era de acordo com o metro quadrado, pavimento é assim que é calculada a renda, e
existiam vários metros quadrados que estavam em risco, que não podiam ser utilizados, e nós
reduzimos de forma unilateral. Decidimos não pagar até que se fizessem as obras, portanto vir
dizer que o esforço mínimo da câmara municipal para reduzir rendas é, no mínimo puro
desconhecimento.
Depois esta outra ideia de que a câmara nunca quis estudar outras soluções então, o relatório está
apenso a esta deliberação, que estuda todas as soluções, que aponta todas as soluções e que faz o
estudo exaustivo e comparativo das soluções então, vem-se agora dizer que a câmara não estudou
as soluções? A câmara estudou as soluções contratou uma equipa externa para estudar e apoiar a
câmara municipal e a assembleia municipal na procura das melhores soluções e elas estão
patentes, depois sobre a questão das peritagens, eu aceitaria, talvez, alguma critica se da parte da
câmara não tivéssemos acautelado com este parecer do técnico ou de outra entidade idónea
relativamente a esta matéria de nós não termos feito uma avaliação após as intervenções e após as
obras. Eu até poderia aceitar essa critica que a câmara não acautelou de forma suficiente aquilo
que foi o resultado presente e futuro daquele imóvel em termos de funcionalidade, mas de facto
está tudo expresso de forma completamente transparente e mesmo na pior hipótese de ser
necessário investir mais 4,6 milhões de euros, mesmo na pior hipótese comparativamente com
outras opções esta é a que tem maior beneficio, quer económico, quer social do ponto de vista
daquilo que é a missão da câmara, não percebo qual é que é a dificuldade e sobre contradições
não há qualquer contradição neste processo. Por isso, os srs. eleitos em vez de procurarem
problemas deviam estar disponíveis para encontrar as soluções porque é isso que é exigido a cada
eleito da assembleia municipal, é que perante as questões concretas se decida sobre os melhores

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caminhos não são as ideais, sobre questões concretas decidamos o melhor caminho e os srs.
eleitos não temos nenhuma duvida que perante todo o trabalho que foi feito, todo o apuramento
que foi feito, todos os estudos comparativos que foram feitos que esta é a melhor opção para o
presente e para o futuro da Câmara Municipal do Seixal”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Vamos colocar à votação”.

Aprovada a Deliberação nº26/XII/2020por unanimidade e em minuta com:

.Vinte e oito (28) votos a favor dos seguintes eleitos:

Do grupo municipal da CDU: 16

Do grupo municipal do PS: 11


Do Presidente da JFFF: 1

.Nove (9) abstenções dos seguintes eleitos:

Do grupo municipal do PSD: 4

Do grupo municipal do BE: 3

Do grupo municipal do PAN: 1

Do grupo municipal do CDS-PP: 1


O Presidente da Assembleia Municipal disse: “A proposta foi aprovada com os votos a favor da
CDU e do PS e do Sr. Presidente de Fernão Ferro e a abstenção do PSD, do Bloco de Esquerda, do
CDS e do PAN. Alguma declaração de voto? Samuel Cruz”.
Samuel Cruz, do PS, em declaração de voto, disse: “O PS votou favoravelmente porque se sente a
isso obrigado pelo Tribunal de Contas, não fosse a decisão do Tribunal de Contas diferente seria a
decisão do PS”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais alguma declaração de voto? André Nunes”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais declarações de voto? Nós terminámos o
ponto III.9 e temos um conjunto de pontos do III.10 ao III.13 entretanto, coloca-se a questão que
eu inicialmente tinha colocado, ou seja, nós temos 7/8 minutos do termino do tempo do período
da ordem do dia da assembleia municipal e portanto, a questão é objetiva ou prolongamos o
período da ordem do dia acrescentando eu tinha proposto isso de inicio ou temos aqui uma
dificuldade que é a alternativa de realizar uma nova assembleia municipal coloca aqui um
problema sério porque a aprovação nos impostos é até 30 de setembro e é na sessão ordinária da
assembleia municipal, mas para além deste quadro naturalmente que significaria uma dificuldade
acrescida para o executivo municipal na elaboração do orçamento porque esta é uma definição das
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Grandes Opções do Plano e do Orçamento para 2021 porque naturalmente que os impostos e
taxas que temos aqui em apreciação são uma componente importante em relação às receitas
municipais e imprescindível na elaboração do orçamento. Estamos perante esta questão em
concreto que temos aqui que decidir os srs. eleitos e neste caso lideres municipais, Vítor
Cavalinhos pediu a palavra”.
Vítor Cavalinhos, do BE, disse: “O Bloco de Esquerda não aceita prolongamentos e a sessão da
assembleia municipal terá que terminar daqui a 8 minutos e temos que nestes 8 minutos resolver
o que há para resolver. Esse problema colocou-se no inicio o CDS não aceitou e nós agora não
aceitamos prolongamentos”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Srs. líderes já agora gostava de vos ouvir. Samuel
Cruz”.
Samuel Cruz, do PS, em declaração de voto, disse: “Duas notas apenas. A primeira, o PS quer fazer
parte da solução e não do problema e portanto, está disponível para qualquer solução que
apresentem para essa situação. Há aqui uma coisa no entanto, que eu não estou a perceber muito
bem mas se calhar é deficiência minha. Nós sempre interpretamos a questão do tempo, quer do
período antes da ordem do dia, quer do período da ordem do dia como sendo o tempo útil, ou
seja, não parando e hoje a contagem está a ser toda corrida e isso parece-me que há uma inovação
Sr. Presidente, se calhar se os tempos que existem que são os que perfazem a totalidade do tempo
da ordem do dia como sempre os contámos até hoje, já seja uma forma de ajudar a ultrapassar.
Enfim, mas se quisermos alterar isso hoje o PS está disponível para tudo”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Sr. eleito Samuel Cruz e para todos, naturalmente
que eu percebo mesmo os lideres municipais possam ter alguma dificuldade no conhecimento do
regimento e dos tempos atribuídos e para suprir essas dificuldades está o Presidente e a Mesa,
estamos cá para isso, porque sobre isso não há nenhuma duvida- Em relação ao período antes da
ordem do dia é uma questão legal em termos do funcionamento da assembleia municipal para que
não tenhamos nenhum constrangimento que se possa colocar a seguir, em relação às deliberações
e ao regime de funcionamento da assembleia. Em relação ao período de antes da ordem do dia é
contado o tempo dos partidos e não há limite que foi o que ficou no regimento. Em relação ao
período da ordem do dia está no regimento. O tempo de funcionamento são 180 minutos o que
subordina é o tempo de funcionamento, não é o tempo dos partidos, podem nem esgotar que é o
caso, não está esgotado, ou seja não é o tempo dos partidos que manda no período de duração do
período da ordem do dia, é a explicação que façam o favor de ver. Eu percebo que nem todos os
dias vêm o regimento mas daí a explicação, nós teremos fora do regime de funcionamento. O que
é que já temos feito? Não é a primeira vez, é esgotado o tempo se houver entendimento há uma
prorrogação de tempo mas para isso é preciso haver entendimento da assembleia, não é a
primeira vez que o fazemos. Agora meus srs. está nas vossas mãos perante matérias, ainda por
cima nem sequer estamos desculpem lá é evidente que já vimos de uma reunião de ontem de
continuação da sessão da assembleia hoje mas nem sequer estamos aqui na questão de
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atingirmos o limite de hora, são 10:30 portanto, não é essa a questão. O que está aqui em cima da
Mesa e isso é o papel do Presidente da Assembleia e o papel da mesa de colocar a questão em
concreto perante a importância destas matérias para o município, para além dos prazos que temos
que cumprir, para além de ser a sessão ordinária de setembro e para além da repercussão que tem
em relação ao trabalho da câmara, sem esta decisão não pode elaborar o orçamento e como
sabem a câmara tem por limite temporal a aprovação do orçamento até 30 de outubro. Meus srs,
ah mas isso o orçamento, sabemos que não é assim! A elaboração do orçamento não é uma coisa
que se faça numa tarde, tem muito trabalho por trás como é óbvio e como todos compreenderão.
Fica aqui a questão colocada desta maneira que é o que o Presidente da Assembleia e a Mesa têm
que colocar à Assembleia como não pode deixar de ser. Vítor Cavalinhos”.
Vítor Cavalinhos, do BE, disse: “O problema é o seguinte quando iniciámos a assembleia municipal
foi proposto pelo Sr. Presidente prolongar por uma hora o tempo da ordem do dia, isso não foi
aceite porque o membro do CDS não aceitou, isso teve consequências. Quais as consequências? O
Bloco de Esquerda tinha 4 minutos, não utilizou o direito que tem de fazer perguntas ao executivo
e não as fez porque guardou o tempo para intervir sobre a compra dos Serviços Centrais e agora
estamos perante esta situação. E agora vai ser prolongada a assembleia municipal eu ainda não
vou repetir aquilo que disse à bocado mas não vou dizer a minha posição final. Isto aqui é o quê?”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Paulo Silva. Não, esta parte não está a contar para
decidirmos! Temos 8 minutos”.
Paulo Silva, da CDU, disse: “Acho que temos que ser práticos temos 8 minutos, eu proponho
juntarmos os 4 pontos, fazemos a discussão em conjunto, 1 minuto para a CDU, 1 minuto para o
PS, 30 segundos para cada uma das forças e 3,30 minutos para a câmara e resolvemos isto”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “André Nunes se faz favor”.
André Nunes, do PAN, disse: “Eu acabo só por não perceber Sr. Presidente porque nós não somos
obrigados a debater, ou seja hoje estamos em condições de votar e o facto de haver grupos
municipais sem tempo no qual eu me incluo, embora ainda tenha um segundo, mas quero dizer
não fica precludido o direito de voto dos grupos municipais sem tempo, portanto isto é uma não
questão, senão há concordância de todos os grupos municipais e isso sempre foi uma regra pela
qual nós nos pautamos aqui dentro, não me parece que seja independentemente da importância
da matéria, não me parece que seja agora o momento para estarmos a subverter isso. Portanto,
estar a atirar para cima, no caso do João Rebelo numa primeira fase e numa segunda fase para
cima do Vítor Cavalinhos o ónus de neste momento os grupos municipais no qual eu me incluo não
terem sabido gerir o tempo de forma conveniente, parece-me pouco razoável independentemente
de eu reconhecer que os temas que vão ser discutidos mereciam um debate e mereciam de
alguma forma que nós pudéssemos esgrimir argumentos mas quero dizer o voto, esse direito não
ficou precludido pelo facto de neste momento haver grupos sem tempos e não vejo de que forma
é que o problema se coloque tal e qual como o Sr. Presidente o colocou.

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O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mas eu não percebi a sua proposta, desculpe lá.
Qual é a sua proposta? É passar à votação sem apresentação e sem discussão?”.
André Nunes, do PAN, disse: “A minha proposta é que quem tem tempos faça uso deles, quem
não tem exerça o direito de voto tal e qual como eu vou exercer, fazendo depois uma declaração
de voto na qual exprimo qual foi o meu sentido de voto e explico o porquê de ter votado como
votei, é tão simples como isso. Agora, estar a atirar para cima do João Rebelo e do Vítor Cavalinhos
o ónus neste momento da questão estar complicada isso não parece correto e aliás, eu
pessoalmente partilho exatamente aquilo que o Vítor Cavalinhos disse. Eu ontem senti
necessidade de encurtar as minhas intervenções, senti necessidade de vir aqui uma segunda vez
no âmbito do recurso, gastar tempo que não gostaria de ter gasto e fiz mesmo essa ressalva logo
ao inicio e portanto, a estratégia de cada grupo municipal é de cada grupo municipal”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mas não é isso que está em questão, não é o tempo
dos partidos que estamos aqui a discutir, o que está em questão é que terminou o tempo
regimental da ordem do dia. A assembleia municipal tem que decidir! Para prosseguirmos a
assembleia, a assembleia tem que dizer que prorroga o tempo do período da ordem do dia, não é
o tempo dos partidos, mas em termos regimentais e disso a mesa não abre mão, senão amanhã
vem-se dizer que a assembleia decorreu fora do regimento. A mesa apela e já vamos nisto há 15
minutos nisto que não está a contar para uma questão que já fizemos, não é a primeira vez, parece
absolutamente sensata e que temos tempo, se tivéssemos aqui há 1 da manhã, eu ainda
compreendia mas a esta hora de a assembleia estar de acordo em prorrogar 1 hora e distribuir
tempos proporcionais a cada partido e acrescentar aos que têm mais que tem menos, tempo
proporcional a 1/3 para cada partido em relação ao seu tempo que é 1 hora é 60 minutos, período
da ordem do dia são 180 é esta a questão, não é o tempo dos partidos. Não há nenhuma questão
com o tempo dos partidos! Há uma questão regimental e os srs. lideres façam favor senão
observam a mesa é que tem que observar, senão estaremos a funcionar na ilegalidade e isso, não
pode ser. Portanto, qual é o problema de prorrogar a assembleia? Rui Belchior. Os tempos dos
partidos é outra coisa, cada um tempo o tempo que tem e acrescentará ⅓. Entretanto, houve duas
propostas, creio que do Paulo Silva e o André também nesse sentido que é passar à votação, se for
esse o entendimento passamos à votação. Rui desculpe lá”
Rui Belchior, do PSD, disse: “Esta proposta do Paulo de facto houve uma má interpretação do
regimento, eu próprio assumo isso, e faço essa retratação e tanto assim é que eu há pouco apoiei
o João quando ele referiu que não concedia mais tempo. Nós entendemos que na altura que seria
só depois de votados o tempo dos partidos é que acabaria, o Sr. Presidente já explicou, houve essa
interpretação errada daquilo que é a realidade e não queremos questionar isso. Portanto, das duas
uma, e eu sabia que o tempo de ontem ia fazer falta hoje ou adotamos esta sugestão do Paulo que
não me parece descabida é uma coisa mais sumária ou então, em nome da importância do assunto
acho que qualquer solução é melhor do que virmos aqui, uma outra vez, num destes dias com
prejuízo e até com os transtornos que isso nos causa. Portanto, das duas uma ou vamos para a
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proposta do Paulo com uma intervenção mais sumária ou então, eu apelo que todos aceitem
alargar por mais uma hora ainda que nesta fase e já depois do Vítor ter gerido o seu tempo etc,
mas é que qualquer outra solução é pior. Portanto, eu apelo a essa sensibilidade”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “vamos concluir, não é? Há estas sugestões já de três
lideres, nesse sentido”.
Samuel Cruz, do PS, disse: “só queria dar uma informação na assembleia da republica dadas as
contingências do covid não está em vigor para ser discutido e aprovado mas parece que os
orçamentos municipais este ano, excecionalmente, poderão ser aprovados até ao fim de
novembro, penso que o Sr. Presidente da Assembleia deverá ter conhecimento, não sei se ajuda à
discussão ou não mas queria dar esse contributo”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mas o problema é que ainda não existe, eu sei
disso. Aliás, a Associação propôs isso só que ainda não existe e há tanta matéria na Assembleia da
República que não sabemos, ainda hoje tive na Assembleia da República. Mas para já não existe e
portanto, o Sr. Presidente da Câmara não se pode regular por uma coisa que não existe. Então, três
propostas, o Samuel estaria também de acordo com isto da votação? Cada um tem um minuto.
Vítor avançamos assim? Ah, Vítor estás a dizer que não percebeste? Apresenta lá Paulo se faz
favor”.
Paulo Silva, da CDU, disse: “Temos 8 minutos, a minha proposta é juntarmos os 4 pontos dos
impostos num único, fazemos a discussão em conjunto e a votação em separado, nesses 8 minutos
repartir o tempo: 1 minuto para a CDU, 1 minuto para o PS, 30 segundos para o BE, mais 30
segundos para o CDS, 30 segundos para o PSD, 30 segundos para o PAN, 30 segundos para Somos
Fernão Ferro, sobram 3 minutos e 30 para a câmara esclarecer as dúvidas colocadas e apresentar o
tema. É ser muito claro, ir direto ao assunto e apresentar uma proposta concreta”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Vítor? João? Então, estão todos de acordo, certo?
Sr. Presidente nestes magríssimos minutos para tão importante matéria”.
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Estas matérias são de facto, importantes, em 20
segundos dizer apenas que da reflexão que fizemos e apesar da situação financeira vamos dizer
assim, tendencialmente desequilibrada da Câmara Municipal entendemos que neste momento a
população precisa também de um sinal do município em termos daquilo que é o imposto mais
representativo para a maioria das famílias e nessa perspetiva, a proposta que foi aprovada na
Câmara foi de redução de 1,5 de 0,38 para 0,365 da taxa do IMI, sobre as restantes taxas é manter
até no quadro daquilo que tem sido a importante receita que temos do IRS para obras
fundamentais para a população, sem as quais não conseguiríamos concretiza-las e também quer a
derrama, quer a taxa municipal de direitos de passagem de acordo com o quadro que tem sido
normal”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Nós nestes pontos estamos a aprecia-los em
conjunto. Entretanto, tínhamos visto na reunião de lideres, o líder do PS Samuel Cruz na altura não
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manifestou essa posição mas na assembleia transmitiu isso e portanto, estamos de acordo. Aliás, já
foi assim até no quadro das intervenções agora aqui, mas é para que isto fique claro. Entretanto,
em relação a três destes pontos já chegaram à mesa três propostas do grupo municipal do PS,
subscritas por Samuel Cruz, propostas para cada um dos pontos, são três propostas. Nós temos
vindo a debater esta matéria e não chegámos a uma conclusão em relação às propostas de
alteração, temos já um conjunto de reuniões e agora aqui não interessa os detalhes, com certeza
que os grupos municipais têm acompanhado através dos lideres. Não chegámos a uma conclusão
em termos regimentais e sendo que esta matéria é a primeira vez que se coloca na assembleia nós
vamos interromper a assembleia, até serve como intervalozinho, mas para a mesa reunir. A mesa
vai reunir, está interrompida a assembleia municipal 15 minutos. Têm ali um lanchinho, oferta da
câmara municipal”.
Intervalo de 15’
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “A Mesa reuniu e decidiu por maioria com 2 votos a
favor e 1 contra a metodologia em relação às propostas, são três propostas para três pontos e a
metodologia é a votação da admissão posta a proposta no quadro do artigo 50 da Lei 75 e do
artigo 22, n.º 1 do regimento. Significa portanto a votação de admissão que é de aditamento à
ordem de trabalhos, ou seja nós não podemos ter qualquer deliberação que não esteja incluída na
ordem de trabalhos ou é previamente os 5 dias anteriores ou é com a inclusão através de
aditamento e portanto, a legislação é clara o artigo 50.º, só podem ser objeto de deliberação os
assuntos incluídos ma ordem do dia da sessão ou reunião, assuntos são propostas e tratando-se de
sessão ordinária do órgão deliberativo até colocada a questão da urgência, as urgências são
apresentadas na sessão por ⅔ dos seus membros. O regimento diz a mesma coisa o artigo 22.º .
Uma coisa é clara não há deliberações sem inclusão na ordem do dia porque senão seriam
deliberações nulas. A ordem do dia é a que existe não há outra disposição regimental, se houvesse
haveria é isso que estamos a discutir e não o concluímos e não alterámos o regimento nesta
matéria, alteraríamos sim ou não para chegarmos a uma conclusão e portanto, é este o quadro
que temos de aplicação da lei, estamos aqui para cumprir a lei e não teremos nenhuma
deliberação que não seja cumprir inscrevendo na ordem do dia. Aliás, o legislador não coloca isto
por acaso, independentemente das outras disposições da legislação, o 75 o que tem claro nesta
matéria é a ordem do dia para as sessões ordinárias estabelece o prazo do artigo 53.º, como
temos no artigo 16.º do regimento e no funcionamento da assembleia municipal por novas
propostas é o que estamos a falar em concreto têm que estar incluídas na ordem de trabalhos e é
por aditamento. Já agora só um parênteses, o exemplo do Montijo dizer mas pratica-se claro! Na
ata da sessão de câmara que eu tive que até foi o Samuel Cruz que forneceu a metodologia é
exatamente essa. Na assembleia municipal um momento a admissão ao plenário, a admissão ao
plenário no quadro da lei é esta disposição, não há outra. Aliás, já agora dizer-vos que na
assembleia do Montijo assim procedeu-se à votação da admissão, eram propostas do Bloco e da
CDU.

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O Samuel pediu a palavra eu darei a palavra aos lideres e este tempo não conta para os 8 minutos,
mas a decisão da mesa é , no quadro da lei, não há outra no quadro da lei. A Mesa não abre mão
disso. Aliás, se tiverem no quadro da lei outra disposição de admissão de propostas, durante o
funcionamento da assembleia, façam o favor de dizer. Nós não encontramos na lei. Aliás, não é por
acaso que o legislador mete isto para que isto não fosse de qualquer maneira. Samuel Cruz se faz
favor”.
Samuel Cruz, do PS, disse: “Penso que importa fazer um enquadramento é que existe um artigo no
regime de funcionamento das autarquias locais que diz o seguinte: As deliberações da câmara
sobre orçamento, mapa de pessoal e aquisições de imóveis a partir de um determinado valor não
podem ser alteradas pela assembleia municipal. Isto significa que se estas não podem, todas as
outras podem. Esta é o ponto de partida e com este ponto de partida na maior boa fé e na
discussão que estamos a ter no quadro do regimento eu disse era importante à cerca de 2 anos
talvez operacionalizar esta questão, para sabermos como é que fazemos isso e também aqui
chegámos a um relativo consenso que é necessário haver tempo para que se analisem as
alterações às propostas e nesse sentido, 4 dias que se recebe a ordem de trabalhos não se podem
apresentar acho que isso é evidente, não se podem apresentar alterações a propostas não
conhecendo as propostas. Só quando vem a ordem de trabalhos e as respetivas propostas é que
começa a contar, estabeleceu-se aqui que era equitativo que um ponto intermédio entre o
momento que conhecemos a ordem de trabalhos e os documentos e a realização da assembleia
para que se apresentassem, pré acordo entre nós mas não existiam nada e já aqui foi dito hoje que
quando há maioria as coisas fazem-se por maioria, quando há maioria mas o PC está contra a coisa
empata, foi o caso desta e é relevante nesta matéria dizer-se o consenso a que se chegou em
novembro, dezembro do ano passado é que era importante pedir um parecer jurídico sobre esta
matéria e o Sr. Presidente foi na altura da opinião que se devia pedir à DGAL, na altura eu disse não
é a DGAL que trata disso é as CCDR`s. Insistiu-se com a DGAL, a DGAL remeteu para a CCDR em
dezembro do ano passado e a partir daí nas nossas discussões, então o parecer da CCDR veio?
Não, o parecer da CCDR não veio, os tipos são uns malandros, paga-se ainda por cima e não vem o
parecer! Em maio/junho percebeu-se que a câmara nunca tinha pago o parecer e foi dito que foi
um lapso, uma chatice e vai-se tratar disso. Chegámos a agosto e continuava por pagar e agora a
ultima conversa que tivemos a semana passada foi afinal não queremos pagar e achamos que não
se deve pagar, acho que todos podem ter opinião mas acho que se esta era a opinião do Sr.
Presidente da Assembleia Municipal devia a ter transmitido há um ano atrás, não nos devia ter
feito perder 1 ano com estes expedientes dilatórios e que já não são comuns em pleno século XXI.
Todos temos direito a ter opiniões diferentes mas exprimimos com frontalidade. Só chegamos aqui
hoje porque há este ponto prévio e só chegamos aqui muito em concreto hoje e a este momento
porque na ultima reunião de lideres que se destina a discutir este tipo de questões, é para isso que
funciona a reunião de lideres antes da assembleia para discutir questões práticas de
funcionamento da assembleia e eu disse atenção, o Partido Socialista vai apresentar propostas de
alteração é importante que se discuta como é que vamos fazer isto. Não! Entendeu-se que não era
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necessário. Pois bem! Sábado de manhã eu remeti a proposta, qual é o meu espanto quando na
2.ª feira de manhã veio dizer que não cumpriu os prazos evocando o prazo para apresentação de
propostas para deliberação na assembleia municipal. Isto é delicioso, eu nem me vou alongar
muito mas acho que todos vão perceber isto. Então, é o seguinte: para se apresentar propostas é
necessário 5 dias úteis, nos termos do código administrativo o dia em que se pratica o ato não
conta. Portanto, vamos começar de ontem que era o dia em que começava a contar os 5 dias. 2.ª
feira um dia, sábado e domingo não conta não é útil, 6.ª feira 2 dias, quinta 3 dias. Na 5 feira foi
quando eu recebi a proposta que agora pretendo alterar, na 4.ª feira, 4 dias foi quando a câmara
deliberou a proposta que hoje o PS pretende alterar. 3.ª feira foi o primeiro dia do prazo, quer dizer
que de acordo com a norma que o sr. Presidente da Assembleia Municipal invocou na 2.ª feira de
manhã, ou seja, ontem para recusar a proposta do Partido Socialista, o Partido Socialista deveria
ter enviado a proposta de alteração na 2.ª feira, era o último dia do prazo para uma deliberação
que aconteceu na câmara na quarta e que os eleitos da assembleia municipal só conheceram na
quinta. Portanto, temos que começar a ter poderes para em (impercetível), recebemos as
propostas na 5.ª feira e na 2.ª feira antes temos que apresentar a alteração à proposta que
recebemos na quinta. É o entendimento, o direito pode ter várias interpretações mas à uma coisa
que tem que ser que é lógico e todos verão que não é lógico apresentar alterações à segunda para
propostas que são conhecidas à quinta.
Curiosamente a proposta da mesa alterou-se agora mas dizer-vos aqui a CCDR Centro LVT não são
curiosamente que era aquilo que nós tínhamos pedido já se pronunciou sobre isto. Parecer de 23
de janeiro de 2014, n.º 31,14 e o que diz esse parecer? Debruça-se justamente sobre apresentação
de propostas e sobre apresentação de propostas de IMI para não haver duvidas à cerca da matéria.
Obviamente que a alteração das propostas apresentadas pela câmara municipal, não
consubstanciam uma alteração à ordem do dia passando a vigorar a alteração aprovada pela
assembleia municipal. A alteração das propostas apresentadas pela câmara, aquilo que o PS aqui
está a propor diz: não é uma proposta nova é uma proposta de alteração, se o termo proposta criar
confusão o PS está disponível para retirar e passa a dizer apenas alteração para não haver duvidas.
Portanto, não há aqui um parecer que não consubstancia a alteração à ordem de trabalhos, nem
podia ser de outra maneira, vejamos foi aqui invocado período ordem do dia, 22 do nosso
regimento que diz: o período da ordem do dia é destinado à matéria constante do edital respetivo
o que é a matéria? Taxa de IMI. O que vamos deliberar? Qual é a taxa de IMI, salve se tratando de
reunião ordinária pelo menos ⅔ do numero legal dos membros da assembleia reconhecer a
urgência da deliberação imediata sobre outros assuntos. O PS não está aqui a dizer para se
deliberar sobre a utilização de pavilhões, sobre o mapa de pessoal. Não! A proposta é sobre o IMI,
sobre a derrama e sobre IRS e a proposta sobre a taxa de IMI, a taxa de IRS a cobrar ou a taxa de
derrama é ordem de trabalhos, não há duvida nenhuma que aquilo que aqui está é dentro da
ordem de trabalhos, aliás nem outra coisa poderia ser. O PS pretende apenas na proposta de IMI
da câmara onde diz 0,385 passe a dizer 0,350. A proposta é a mesma tem é um valor diferente.
Portanto, não há nenhuma alteração à ordem de trabalhos, a ordem de trabalhos é para deliberar
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a taxa de IMI e esta assembleia é soberana para dizer se quer uma taxa ou se quer a outra. A
deliberação que se toma no Montijo é diferente é para aferir da eventual legalidade, ou seja se for
sobre outra matéria pode-se votar que não se aceita ou estranha à ordem do dia, se fosse por
exemplo propor uma taxa de IMI de 2% ou 0,2 é ilegal não se pode. Portanto, devia ser rejeitada é
esse o âmbito da deliberação, não há aqui alteração à ordem de trabalhos, não pode haver, é
evidente que não existe e portanto, nesse sentido o que o PS recorre de imediato da deliberação
da mesa para o plenário, entende que a deliberação da mesa está ferida de ilegalidade porque dá a
entender que há uma alteração à ordem de trabalhos, quando não há e portanto, este plenário
deve-se pronunciar em momento posterior, em assembleia municipal naturalmente que o Sr.
Presidente da Assembleia marcará para esse efeito como tem feito até ao momento”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Dou a palavra a todos mas uma nota, o líder
municipal Samuel Cruz veio para aqui como se estivesse numa reunião de lideres, se calhar os srs.
membros do grupo municipal do PS não conhecem e deve ter estado a falar para eles com certeza.
Depois, que fique claro não está em questão porque está na lei a possibilidade no artigo que citou
de alteração de propostas. O que está em questão aqui é a admissão da proposta e ela tem que
estar na ordem de trabalhos senão a deliberação é ilegal porque é de facto, uma proposta e é uma
proposta alternativa diz o Samuel Cruz assim em vez de 3,65 para 3,5 menos 2 milhões e tal no
orçamento da câmara é uma coisa muito simples o que se está aqui a fazer, as outras também são
todas muito simples é como se estivéssemos aqui, quer dizer a gerir a câmara no café e o
município no café, desculpem lá esta expressão mais corriqueira, isto é um assunto muito sério e é
por isso que o legislador põe isso e é por isso que o Montijo que é uma proposta de alteração do
IMI tenho aqui a ata porque foi até o Samuel Cruz que enviou para os lideres como exemplo. Claro,
é votada a admissão porque senão a deliberação é ilegal. Não pode haver deliberação sem que
esteja incluído na ordem de trabalhos, se não está antes é um aditamento à ordem de trabalhos é
o que está na lei. Isto agora era o quê? Deliberamos sobre o que queremos, não inscrevemos na
ordem de trabalhos e a deliberação depois passa a ser efetiva, passa para a ata em minuta, é
extraída uma certidão do quê? E onde é que está na ordem de trabalhos? Samuel Cruz não troque
as voltas aqui ao seu bom jeito de se expressar mas isso não serve, como não serve a outra
argumentação dos 5 dias, o que está no regimento são 5 dias o Samuel Cruz acabou por dizer há
bocadinho logo no inicio cumpra-se o regimento, é o que está lá! É o que está no regimento são 5
dias. E portanto, uma proposta de alteração para incluir na ordem de trabalhos porque senão não
existe é virtual que é apresentada fora deste prazo não pode entrar foi a resposta do Presidente, é
óbvio! A lei é assim ou é assado conforme eu quero e gosto, não! É o que está cá escrito. Se tivesse
havido entendimento e estando no regimento é a questão porque esta assembleia funciona na
legalidade, os srs. podem ter as opiniões que entenderem, podem ter interpretações que
entenderem mas funciona na legalidade e no respeito pela legalidade não tenham duvidas
nenhumas, era o que faltava meus srs. discute-se tudo a legalidade é que não.

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Depois, só para terminar porque parece que estamos numa reunião de lideres e não é nada disso.
Aliás, temos uma marcada para o dia 7, em relação à história da CCDR, à DGAL que eu não tenho
duvidas, enquanto membro da direção e vice Presidente da Associação Nacional de Municípios
Portugueses não tenho nenhumas duvidas que quem tem que regular é a DGAL que é a direção
geral das autarquias locais e é quem tem competência na matéria e assuma a competência até
porque os pareceres sejam da CCDR de Lisboa, sejam do centro são pareceres indicativos e depois
para terminar porque estamos a repetir o que há 8 dias atrás, se calhar é útil para a assembleia
municipal porque afinal parece que nem todos os eleitos têm tido a possibilidade de acompanhar
o que é o trabalho das reuniões de lideres.
Depois há de facto aqui esta questão também da contribuição de todos no caso concreto, andamos
há meses, desde 3 meses para trás, 3 vezes que marcámos reuniões de lideres e o Presidente da
Assembleia pediu contributos, o PS entregou os contributos na semana passada. Samuel se está a
dizer que andamos há meses, só enviou contributos há uma semana e passaram os prazos todos 3
vezes, contributos é para chegarmos a um caminho e a uma conclusão porque assim é difícil, quer
dizer fala-se e já parece a anedota que não percebe nada de mecânica, isto no bom sentido. Isso é
o que temos debatido, apreciado democraticamente construtivamente nas reuniões de lideres que
tem a responsabilidade de ser os lideres dos grupos municipais e não chegámos a uma conclusão,
então eu diria Samuel é o que disse no inicio da sessão aplique-se o regimento! Aplique-se o que
está no regimento e o que está na lei e sobre esta matéria é clarinho a admissão em aditamento,
votação e conforme o resultado da votação extrairemos a conclusão, a votação dirá tal como fez o
Montijo que fez uma alteração ao IMI, uma proposta da CDU, aliás uma foi rejeitada e a outra não
foi rejeitada, isso já foi depois mas primeiro está a admissão a Sra. Presidente da Assembleia
Municipal, ex- Secretária de Estado por quem temos devido apreço, já agora quero registar.
Portanto, não é a questão das propostas de alteração é o método de inclusão na ordem de
trabalhos é o que a lei diz, doutra maneira é uma deliberação que é nula porque não está inscrita
na ordem do dia. Tão simples quanto isso. Agora eu peço-vos que sejam concisos, se calhar eu não
fui tanto, o Samuel Cruz também não foi, concisos o mais possível. Quem é que pretende intervir?
Paulo Silva”.
Paulo Silva, da CDU, disse: “Vou tentar ser conciso, sendo certo que tínhamos deliberado que era
8 minutos e depois o Samuel teve quase 30 minutos a intervir”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Desculpa interromper eu disse se calhar terei dito
no momento e nem todos perceberam que estas intervenções não contam para os 8 minutos”.
Paulo Silva, da CDU, disse: “Eu sei que não contam mas também temos que ser comedidos, não
vamos ter 8 minutos de discussão e depois 2 horas com um prévio à discussão, é essa situação que
eu acho que todos temos que ter noção. Dizer aqui três questões. Primeiro, a decisão do Montijo é
diferente mas não explicou porquê, é exatamente o mesmo que o PS aqui propõe, foi votada a
admissão e aqui acho que também tem que ser votada a admissão como diz o Sr. Presidente.
Depois, vem dizer que a proposta que o PS apresenta é exatamente igual à da câmara só o valor é
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que é diferente, se o valor é diferente é porque não é exatamente igual, tem diferenças e
acabando por dizer que se retira da proposta do PS o termo proposta para ficar só uma alteração.
Ora, só depois de aprovada é que será uma alteração enquanto não é aprovada é uma proposta de
alteração e não há outra maneira de se tratar o assunto e sendo uma proposta de alteração tem
que ser votada a sua admissão e se for admitida irá ser discutida nos 8 minutos”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais alguma intervenção dos srs. líderes sobre esta
matéria? Vítor se faz favor”.
Vítor Cavalinhos, do BE, disse: “O regimento tem o prazo de 5 dias e não fala em 5 dias úteis como
faça a lei, portanto, o regimento que gere aqui nesta assembleia municipal, 5 dias e não 5 dias
úteis. O Partido Socialista podia ter enviado a proposta na 5 feira e não havia problema nenhum, se
não enviou foi porque não quis. Quando discutimos aqui o processo de agregação das freguesias já
aqui há uns anos, o Bloco de Esquerda fez a proposta de um referendo local e o que é que fez?
Enviou essa proposta no prazo regimental e essa proposta foi incluída na ordem de trabalhos e foi
discutida, já agora o único partido que votou favoravelmente o referendo local à agregação de
freguesias até foi o Bloco de Esquerda mas isso só faz parte da história. A lei que vigora hoje é
exatamente igual à lei que vigorava, não foi alterada, quando discutimos aqui o problema dos
contratos interadministrativos e nessa altura, o Bloco de Esquerda fez uma proposta e qual foi a
proposta que fez a esta assembleia municipal? Fez na câmara e fez em assembleia municipal e fez
em reunião de lideres e não fez de repente, fez na câmara, numa assembleia municipal anterior,
em reunião de lideres, em reunião de comissão qual era a proposta? É que os quatro contratos
interadministrativos em vez de serem votados em bloco, era a proposta da câmara que fossem
votados um a um e nessa altura quem é que esteve de acordo com isso? O Bloco de Esquerda! O
PS achou que não se podia alterar, o CDS achou que não se podia alterar, o PSD achou que não se
podia alterar, todos os partidos acharam que não se podia alterar e agora acham que se pode
alterar mas a lei é exatamente a mesma! Ou o pessoal andava a dormir? Não conheciam a lei?
Conhecem tudo e mais alguma coisa! E nessa altura não conheciam? Conheciam! A lei é
exatamente a mesma”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “João Rebelo”.
João Rebelo, do CDS/PP, disse: “Eu não vou ao detalhe das intervenções vou dar a minha opinião.
Eu concordo com o que foi exposto pelo Samuel Cruz, eu acho que as propostas deviam ser
admitidas e votadas em separado mas já percebemos que há artigos para tudo. Eu gostaria de
corrigir o eleito Vítor Cavalinhos, que o CDS não discordou do Bloco de Esquerda nas votações
separadas, eu até disse na intervenção e está gravada porquê que a câmara não adere à proposta
feita pelo Bloco de Esquerda, à época eu disse isso é só para corrigir isso. Eu achei que devíamos
de votar as quatro propostas em separado porque eram quatro freguesias diferentes e cada
proposta era diferente, eu não sei porquê que foi dizer isto agora porque objetivamente não foi
isso que aconteceu. Nós fomos favoráveis a que a votação fosse feita em separado e que Fernão
Ferro fosse em separado, que a Amora fosse em separado e que as outras freguesias também
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Ata nº 07/2020
4ª Sessão ordinária – 28 de setembro de 2020
fossem separadas, mas em relação a esta matéria já percebemos que vamos para a frente e haverá
sempre artigos diferentes para sustentar esta questão e não perder muito mais tempo já está
formada uma maioria para não permitir a entrada das propostas, vamos para a frente e votemos”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Intervenções de líderes? Não? Então, vamos colocar
à votação. Samuel a gente vai fechar isto. Vá lá, agora é rapidinho”.
Samuel Cruz, do PS, disse: “Apenas para dizer o seguinte: hoje já tive ocasião mas para ficar aqui
claro que o Partido Socialista mudou de opinião à cerca da matéria das alterações, nem mudou de
opinião, eu não sabia, eu não conhecia, estava eleito na assembleia municipal há 1 mês ou 2
quando esta questão se colocou eu não conhecia a lei, o Vítor invoca sempre isso, eu só se
comprar um silício porque não sei como penitenciar mais isto. Agora a questão é o PS mudou de
opinião e agora entende que se podem apresentar propostas de alteração. O Bloco mudou de
opinião e agora entende que já não se pode. Enfim, a questão para o Partido Socialista neste
momento é esta e vou ser claro Sr. Presidente, entendemos que há lugar à votação para admissão,
em nenhuma parte da proposta do Montijo se fala em maioria qualificada. A proposta pode ser
admitida por maioria simples, se for rejeitada o Partido Socialista conforma-se naturalmente
porque há uma maioria política que não pretende ver discutidas as propostas, se for aprovada mas
sem maioria de ⅔ o Partido Socialista entende que devem ser discutidas e votadas, se a mesa
decidir de maneira diferente apresentaremos o devido recurso da decisão”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Vítor Cavalinhos”.
Vítor Cavalinhos, do BE, disse: “A primeira nota eu quero pedir desculpa ao João Rebelo se a
minha intervenção omitiu esse facto, eu quero-lhe pedir aqui na assembleia municipal desculpa
porque a falha é minha.
O Bloco de Esquerda não mudou de opinião, o Bloco de Esquerda tem opinião que a assembleia
municipal pode alterar as propostas da câmara mas o Bloco de Esquerda mantém-se fiel à
discussão que temos tido na reunião de lideres e ainda não chegámos a um acordo e que diz o
seguinte, desde que os membros da assembleia municipal tenham tempo para estudar as
propostas e o que nós temos defendido e que continuamos a defender é os partidos podem
apresentar propostas desde que as enviem para os eleitos nas sessões extraordinárias com 2 dias
de antecedência, metade do tempo em que elas são convocadas, têm que ser convocadas com 4
dias e nas sessões ordinárias com 4 dias de antecedência para que todos os membros da
assembleia municipal delas tenham conhecimento. O Bloco de Esquerda continua a dizer que não
está de acordo que se entreguem propostas de alteração à boca da urna porque uma coisa é
alterar uma virgula ou um paragrafo e outra coisa é apresentarem-se propostas que alteram
significativamente o que se propõe e que os membros da assembleia municipal nem sequer
tenham tempo de as estudar para se pronunciarem sobre elas. Não mudámos de posição, é clara a
posição do Bloco de Esquerda e é aquilo que temos defendido e que continuamos a defender”.

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Ata nº 07/2020
4ª Sessão ordinária – 28 de setembro de 2020
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Creio que estamos em condições de por à votação.
Portanto, a admissão em aditamento na ordem de trabalhos ao abrigo do artigo 50.º Quem vota a
favor da admissão?”

Rejeitada a Deliberação nº28/XII/2020 por maioria e em minuta com:

.Dezassete (17) votos a favor dos seguintes eleitos:

Do grupo municipal do PS: 11

Do grupo municipal do PSD: 4

Do grupo municipal do PAN: 1

Do grupo municipal do CDS-PP: 1

.Vinte (20) votos contra

Do grupo municipal da CDU: 16

Do grupo municipal do BE: 3

Do presidente da JFFF: 1
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “A proposta foi rejeitada a admissão com os votos a
favor do PS, do PSD, do CDS e do PAN e os votos contra da CDU, do Bloco de Esquerda e do
Presidente de Fernão Ferro. Passamos à segunda que é a proposta de alteração do ponto III.11.
Quem vota a favor da admissão?”

Rejeitada a Deliberação nº30/XII/2020 por maioria e em minuta com:

.Dezassete (17) votos a favor dos seguintes eleitos:

Do grupo municipal do PS: 11

Do grupo municipal do PSD: 4

Do grupo municipal do PAN: 1

Do grupo municipal do CDS-PP: 1

.Vinte (20) votos contra

Do grupo municipal da CDU: 16

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Ata nº 07/2020
4ª Sessão ordinária – 28 de setembro de 2020
Do grupo municipal do BE: 3
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “A admissão foi rejeitada com os votos a favor do PS,
do PSD, do CDS e do PAN e os votos contra da CDU, do Bloco de Esquerda e do Presidente de
Fernão Ferro. Terceira: que é a proposta de alteração do ponto III.12. Quem vota a favor da
admissão ao abrigo do artigo 50.º?”

Rejeitada a Deliberação nº 32/XII/2020 por maioria e em minuta com:

.Dezassete (17) votos a favor dos seguintes eleitos:

Do grupo municipal do PS: 11

Do grupo municipal do PSD: 4

Do grupo municipal do PAN: 1

Do grupo municipal do CDS-PP: 1

.Vinte (20) votos contra

Do grupo municipal da CDU: 16

Do grupo municipal do BE: 3


O Presidente da Assembleia Municipal disse: “A admissão foi rejeitada com os votos a favor do PS,
do PSD, do CDS e do PAN e os votos contra da CDU, do Bloco de Esquerda e do Presidente de
Fernão Ferro. Procedida à votação das propostas de alteração da admissão passamos ao conjunto
das taxas que são os pontos III.10, III.11, III.12 e III.13”
III.10. Fixação do valor da taxa do imposto municipal sobre imóveis (IMI), nos termos da alínea
d) do n.º1 do art. 25.º do Anexo à Lei n.º 75/2013 de 12 de setembro e alínea a) do art. 14.º da
Lei n.º 73/2013 de 3 de setembro. Aprovação.
(Documento anexo à ata com o número 18)
III.11. Definição da participação percentual no IRS, nos termos do art. 26.º da Lei n.º 73/2013
de 3 de setembro e alínea b) do n.º 1 do art. 25.º do Anexo à Lei n.º 75/2013 de 12 de setembro.
Aprovação.
(Documento anexo à ata com o número 19)
III.12. Lançamento da derrama, nos termos da alínea d) do n.º1 do art. 25.º do Anexo à Lei b,º
75/2013, de 12 de setembro e alínea b) do art. 14.º e 18.º da Lei n.º 73/2013 de 3 de setembro.
Aprovação.
(Documento anexo à ata com o número 20)
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Ata nº 07/2020
4ª Sessão ordinária – 28 de setembro de 2020
III.13. Fixação da taxa municipal de direitos de passagem para o ano de 2021, nos termos do
art. 106.º da Lei das Comunicações Eletrónicas, aprovada pela Lei n.º 5/2004 de 10 de fevereiro,
que vigora com a redação do Dec-Lei n.º 49/2020 de 4 de agosto, e alínea b) do n.º 1 do art, 25.º
do Anexo à Lei n.º 75/2013 de 12 de setembro. Aprovação.
(Documento anexo à ata com o número 21)
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “A proposta que vimos é 1 minuto para a CDU e para
o PS e 30 segundos para os restantes. Intervenções? Samuel Cruz”
Samuel Cruz, do PS, em declaração de voto, disse: “Aquilo que o Partido Socialista tinha para
propor à população do Seixal e que esta assembleia municipal não quis discutir era basicamente o
seguinte: para garantir as condições de competitividade com Almada que é o território que mais
compete connosco na atratividade das empresas e na consequente criação de emprego propunha-
se que existisse uma taxa de derrama igual à de Almada o que é que isso significa? Significa baixar
a atual taxa de 1,5 para 1,2 mantendo as isenções para as pequenas empresas, isto representava
para o concelho do Seixal 500 mil euros, a gente ouve sempre falar em tantos milhões quando
chega os lucros aqui eram apenas 500 mil euros. No IRS propúnhamos baixar de 5 para 4, isto
representava pouco mais de 1 milhão e meio de euros para os cofres da câmara, mas muito para as
famílias. Em relação ao IMI propomos baixar dos atuais 365, proposta da câmara, para os 35 , isto
representa 1 milhão de euros, isto é perfeitamente copulado pela resiliência do sistema, ou seja
com novos fogos a entrar, pelos saldos de gerência pela nova receita do IMI, pelo IVA e pelo IMT
que quadruplicou nos últimos 5 anos”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Intervenções? João Rebelo”.
João Rebelo, do CDS-PP, disse: “Votaremos contra a proposta do IMI a câmara municipal ainda não
aderiu ao IMI familiar que são propostas que fizemos em duas assembleias municipais. Em relação
à derrama votaremos contra exatamente porque não é competitivo em relação a vários concelhos
que estão aqui à volta e em relação à participação variável do IRS mais uma vez não vai ao
encontro das nossas expetativas e portanto, também votaremos contra. Em relação à última taxa é
a apreciação”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais intervenções? Paulo Silva”.
Paulo Silva, da CDU, disse: “O que o PS aqui pretendeu foi cortar a receita da câmara para não
haver dinheiro para investimento e a seguir vir dizer que não havia investimento da câmara, era
isto que o PS aqui queria fazer unicamente porque se está tão preocupado com as famílias, está no
Governo pode baixar o IRS, pode baixar outros impostos, estamos a falar de 5% do IRS quando o
Governo do Partido Socialista fica com 95% do IRS, o que são 150 milhões e vemos o que é que faz
aqui no Seixal que é praticamente zero. Faz a câmara muito mais com 5% do que o Partido
Socialista no Governo com 95% do IRS fora tudo o resto. O que temos aqui é investimento para as
famílias, o IRS nas grandes opções do plano de 2020 ficou consignado para o investimento nas
escolas que está a ser feito e o PS bem pode dizer que bem prega que quer aqui no Seixal a descida
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do IMI mas no Montijo onde é Governo as taxas pelo que se viu aqui destas atas são muito
superiores ao Seixal”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais intervenções? Não há! Pergunto ao Sr.
Presidente da Câmara se faz favor”.
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Eu penso que podemos valorizar esta descida do IMI
que a câmara municipal aprovou e que a assembleia municipal vai deliberar, é um grande esforço
que estamos a fazer num contexto de dificuldades e ficaremos com as taxas mais baixas de toda a
península de Setúbal e com uma redução notável, em cerca de 6 anos reduzimos sempre a taxa de
IMI, julgo que mais nenhuma câmara o terá feito também no distrito de Setúbal e mesmo noutras
regiões do país. É um esforço que estamos a fazer mas é um sinal político importante para que a
população reconheça que há um esforço da gestão da câmara municipal, no sentido de com menos
receitas mas continuar a apostar, não só um excelente serviço publico, como manter o quadro
elevado de investimento. É mais um desafio para a gestão presente e futura da câmara municipal”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Vamos então colocar à votação. Fixação do valor da
taxa do imposto municipal sobre imóveis”.
Votação do ponto III.10

Aprovada a Deliberação nº27/XII/2020 por maioria e em minuta com:

Vinte e um (21) votos a favor dos seguintes eleitos:

Do grupo municipal da CDU: 16

Do grupo municipal do BE: 3

Do grupo municipal do PAN: 1


Do Presidente da JFFF: 1
. Um (1) voto contra dos seguinte eleitos:
Do grupo municipal do CDS-PP: 1

Quinze (15) abstenções dos seguintes eleitos:

Do grupo municipal do PS: 11

Do grupo municipal do PSD: 4


O Presidente da Assembleia Municipal disse: “A proposta foi aprovada com os votos a favor da
CDU, do Bloco de Esquerda, do PAN e do Presidente de Freguesia de Fernão Ferro, a abstenção do
PS, do PSD e o voto contra do CDS/PP. Alguma declaração de voto? André Nunes, depois Vítor e
Samuel Cruz».
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André Nunes, do PAN, em declaração de voto disse: “A declaração de voto é para todos os
impostos, sem deixar de reconhecer a prerrogativa legal e consequentemente a legitimidade dos
partidos da oposição poderem fazer propostas de alteração às propostas efetuadas pelo executivo,
o PAN considera que deve prevalecer a proposta do executivo porquanto é a esta que incumbe a
execução do orçamento, sem prejuízo para o PAN a definição dos impostos municipais deve ter por
base a garantia de execução e a qualidade das políticas publicas municipais e paralelamente
caminhar num sentido da redução progressiva dos impostos tendo por base estas duas premissas,
consideramos que no tocante ao IMI a proposta de redução daquela taxa pelo executivo é a
assunção de que a verba que deixará entrar nos cofres do município não colocará em risco a
prossecução das políticas municipais de desenvolvimento pelo que votaremos a favor. Estaremos,
no entanto, particularmente atentos à recetividade para a implementação de certas respostas
sociais que urge dar em contexto de crise sanitária. No que respeita ao IRS é a proposta de 5% de
participação variável apresentada pela câmara, pese embora questionamos o critério que leva
nuns casos a autarquia a prescindir receita que como bem reconhecem é necessária à realização
de investimento público, reiteramos até o principio que o órgão executivo saberá qual a sua
capacidade para prescindir de receita o nosso voto favorável.
Relativamente à derrama constatamos que se mantém somente o critério do volume de negócios
para a aplicação da isenção ou de taxas reduzidas, continuando a não haver como a lei permite o
critério do setor de atratividade e porquanto mantemos a posição de outros anos de lamentar no
município que afirma apostar forte na descarbonização que não haja a estratégia de atrair
empresas sustentáveis”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Vítor Cavalinhos”.
Vítor Cavalinhos, do BE, em declaração de voto disse: “O Bloco de Esquerda votou a favor das
propostas sobre o IMI 0,80 prédios rústicos e 365 para o IMI e quero dar nota do seguinte: o
executivo a proposta que tinha feito no executivo, a proposta do Sr. Presidente era reduzir o IMI
para 375 e por propostas do Vereador do Bloco de Esquerda e do vereador Manuel Pires chegou-
se à proposta final de 365 e é esse consenso que foi possível que o vereador do Bloco de Esquerda
votou a favor e aqui nós sequencialmente e logicamente também aqui votamos a favor a proposta
que o executivo aqui trás”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Votação do ponto III.11 definição da participação
percentual do IRS”.
Votação do ponto III.11

Aprovada a Deliberação nº29/XII/2020 por maioria e em minuta com:

.Vinte e um (21) votos a favor dos seguintes eleitos:

Do grupo municipal da CDU: 16

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Do grupo municipal do BE: 3

Do grupo municipal do PAN: 1


Do Presidente da JFFF: 1

.Dezasseis (16) votos a favor dos seguintes eleitos:

Do grupo municipal do PS: 11

Do grupo municipal do PSD: 4

Do grupo municipal do CDS-PP: 1


O Presidente da Assembleia Municipal disse: “A proposta foi aprovada com os votos a favor da
CDU, do Bloco de Esquerda, do PAN e do Presidente de Fernão Ferro e o voto contra do PS, do PSD
e do CDS/PP”.
Vítor Cavalinhos, do BE, em declaração de voto disse: “O Bloco de Esquerda mantém a sua
posição de votar favoravelmente a participação variável no IRS porquê? Pela redução dessa
participação variável não traria qualquer beneficio a quase metade dos munícipes que não pagam
IRS porque não têm rendimentos para tal, porque tal redução beneficiaria principalmente os
cidadãos de maiores rendimentos, embora a lei não obrigue, o Bloco defende como sempre tem
defendido que a redução proposta devia ser associada a uma obra, a uma escola, ou beneficiação
de várias escolas que beneficiam de todos os cidadãos independentemente dos seus
rendimentos”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Há mais alguma declaração de voto do ponto III.11
do IRS? Não, então passamos para a votação do ponto III.12. Lançamento da derrama”.
Votação do ponto III.12

Aprovada a Deliberação nº31/XII/2020 por maioria e em minuta com:

Vinte (20) votos a favor dos seguintes eleitos:

Do grupo municipal da CDU: 16

Do grupo municipal do BE: 3


Do Presidente da JFFF: 1

Cinco (5) votos contra dos seguintes eleitos:

Do grupo municipal do PSD: 4

Do grupo municipal do CDS-PP: 1


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Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 07/2020
4ª Sessão ordinária – 28 de setembro de 2020
Doze (12) abstenções dos seguintes eleitos:

Do grupo municipal do PS: 11

Do grupo municipal do PAN: 1


O Presidente da Assembleia Municipal disse: “A proposta foi aprovada com os votos a favor da
CDU, do Bloco de Esquerda e do Presidente de Freguesia de Fernão Ferro e a abstenção do PS e do
PAN e o voto contra do PSD e do CDS/PP. Declaração de voto, Vítor Cavalinhos”.
Vítor Cavalinhos, do BE, em declaração de voto disse: “O Bloco de Esquerda votou a favor desta
proposta mas não está de acordo com a alínea a) da mesma. O Bloco de Esquerda não está de
acordo que seja isento das taxas de derrama as empresas que constituem residência fiscal ou fixem
a sua sede social no município do Seixal durante o ano de 2020 e cumulativamente tenham criado
ou mantido durante este período de três ou mais postos de trabalho. O Bloco de Esquerda não
está de acordo com este ponto, mas o Bloco de Esquerda está de acordo com a alínea b) e com a
alínea c) e essa é a razão pela qual votámos a favor da proposta”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Rui Belchior declaração de voto? Faz favor”.
Rui Belchior, do PSD, disse: “O PSD apresentará nos termos regimentais as três declarações de
voto sobre este ponto no prazo que é concedido pelo regimento”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Passamos a votação do ponto III.13.
Votação ponto III.13
(Documento anexo à ata com o número 21)

Aprovada a Deliberação nº33/XII/2020 por maioria e em minuta com:

Trinta e dois (32) votos a favor dos seguintes eleitos:

Do grupo municipal da CDU: 16

Do grupo municipal do PS: 11

Do grupo municipal do BE: 3

Do grupo municipal do PAN: 1


Do Presidente da JFFF: 1

Cinco (5) abstenções dos seguintes eleitos:

Do grupo municipal do PSD: 4


Do grupo municipal do CDS-PP: 1
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Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 07/2020
4ª Sessão ordinária – 28 de setembro de 2020
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “A proposta foi aprovada com os votos a favor da
CDU, do PS do Bloco de Esquerda e do Presidente da Junta de Freguesia de Fernão Ferro e a
abstenção, do PSD e do CDS. Declarações de voto? Força Samuel”.
Samuel Cruz, do PS, em declaração de voto, disse: “É a declaração de voto do Partido Socialista
quanto às votações do IMI, do IRS e da derrama. No que concerne ao IMI o Partido Socialista
absteve-se porque considera que era possível ir mais longe sem comprometer a capacidade de
investimento da câmara e que a atual situação de pandemia assim o exigia como já demonstrou na
sua intervenção. No entanto, é melhor descer um bocadinho do que não descer nada e isso
justifica a nossa abstenção. No que concerne ao IRS, o PS votou contra porque rejeita liminarmente
a argumentação que é feita para não descer, quando se diz que há quem não pague IRS é verdade
mas paga IRS neste país todas as pessoas que tenham rendimento superior a 658,22 € por mês,
isto quer dizer que, basta qualquer pessoa com o ordenado mínimo fazer meia dúzia de horas
extraordinárias para imediatamente entrar no (impercetível) do IRS e dizer que isto é favorecer os
mais ricos é um entendimento que não conseguimos alcançar. Para além disso, esta redução
representava para os cofres do município 1660 euros, de grosso modo, e só 2 milhões a mais vai
receber a câmara a titulo de participação no IVA, algo que nunca tinha recebido no passado e que
foi introduzido pela atual lei das finanças locais.
Por fim, na derrama a razão da nossa abstenção é que as propostas que estão para além da taxa
fixa de derrama foram apresentadas pelo Partido Socialista eu próprio e não vos quero desiludir
mas é a prova da minha resiliência apresentei durante 9 anos aquelas propostas e ao 9.º ano foi
aprovado e portanto, abstemo-nos porque essa parte é boa mas estamos a perder competitividade
em Almada e isso é mau”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Declarações de voto? Paulo Silva”
Paulo Silva, da CDU, disse: “A CDU votou todas as propostas favoráveis, nomeadamente a questão
do IRS, não faz qualquer sentido de reduzir-se 1% para toda a gente, sendo que quem paga 100 €
só veria 1 € de poupança, quem paga 100 € de IRS e quem paga 10 mil € de IRS que são os mais
ricos veriam uma poupança de 100 €. Portanto, pensamos que é mais importante e que contribui
mais para a redistribuição utilizarmos este dinheiro para fazer escolas, para fazer equipamentos
que sirvam toda a gente, vão ser principalmente as classes mais desfavorecidas aqueles que iriam
poupar 1 € e que vão ganhar muito mais do que se houvesse esta redução. Quanto à
competitividade e à derrama gostaríamos que o Partido Socialista desse o exemplo de uma
empresa que não veio para o Seixal por causa da derrama. Não conheço em Almada que haja um
investimento empresarial tão forte como aqui no Seixal, nomeadamente do enquadramento como
o investimento como a Hovionne quer fazer aqui no Seixal”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais alguma declaração de voto? Não há mais
declarações de voto? Então, consideramos a ata aprovada em minuta. Muito obrigada, está
concluída a nossa sessão, saúde para todos”.

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Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 07/2020
4ª Sessão ordinária – 28 de setembro de 2020
III. 14. Minuta da Ata – Aprovação.

Aprovada a Deliberação nº34/XII/2019 por unanimidade e em minuta com:

Trinta e sete (37) votos a favor dos seguintes eleitos:

Do grupo municipal da CDU: 16

Do grupo municipal do PS: 11

Do grupo municipal do PSD: 4

Do grupo municipal do BE: 3

Do grupo municipal do PAN: 1

Do grupo municipal do CDS-PP: 1

Do presidente da JFFF: 1

Nada mais havendo a tratar, O Presidente da Assembleia Municipal deu os trabalhos por
encerrados, agradecendo a presença do executivo municipal e dos membros deste Órgão.
A sessão terminou cerca da 23:58 horas do dia 29 de setembro de 2020
Nos termos do art.º 5.º do Decreto-Lei nº 45362 de 21 de Novembro de 1963 (com a redação
atualizada pelo Decreto-Lei nº 334/82 de 19 de Agosto, e de acordo com uma interpretação
extensiva), os documentos mencionados são arquivados, ora em pasta anexa à presente ata, ora
no respetivo processo.
Sempre que se indicou ter sido tomada qualquer deliberação, dever-se-á entender ter sido
aprovado nos termos e para efeitos do disposto no art.º 92.º da Lei nº 169/99, de 18 de setembro,
com a redação atualizada pela Lei nº 5-A/2002, de 11 de janeiro, e com as alterações introduzidas
pela Lei nº 67/2007, de 31 de dezembro e pela Lei nº 75/2013, de 12 de setembro.
Para constar se lavrou a presente ata que vai ser assinada pelo Presidente e Secretários em
exercício:
O Presidente da Assembleia Municipal:

O Primeiro Secretário:

A Segunda Secretária:

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Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 08/2020
5ª Sessão Extraordinária – 16 de novembro de 2020

A T A nº 08/2020
Aos dezasseis dias de novembro de dois mil e vinte, reuniu a Assembleia Municipal do Seixal, na
sua 5ª sessão extraordinária de 2020, por videoconferência, presidida por Alfredo José Monteiro
da Costa e secretariada pelo 1º Secretário, Américo Augusto de Oliveira da Costa, e pela 2ª
secretária, Sara Sofia Oliveira da Silva Lopes Oliveira, com a seguinte Ordem de Trabalhos,
divulgada pelo edital nº 24/2020, de 12 de novembro.
I - PERÍODO DE ANTES DE ORDEM DO DIA.

II – PERÍODO DA ORDEM DO DIA.

II.1. Suspensão de Mandato de Bruno António Ribeiro Barata.

II. 2 Informação sobre o trabalho em curso das Comissões da Assembleia Municipal.

II.3. Ata da 5ª Sessão Ordinária de 25 de Novembro de 2019.

II.4. Recurso para o Plenário de decisão da Mesa sobre proposta de adesão à ANAM.

II.5. Delegação contratual de competências nas Juntas de Freguesia. Reforço dos meios financeiros
do contrato interadministrativo celebrado com a Junta de Freguesia de Amora. Aprovação.

II.6. Opções do plano e proposta de orçamento em vigor, nos termos da alínea a) do n.º 1 do art.
33.º, ambos do Anexo à Lei n.º 75/2013 de 12 de setembro, alterada pela Lei n.º 50/2018 de 16 de
agosto. Revisão. Aprovação.

II.7. Desafetação do domínio público para o domínio privado municipal, de uma parcela de terreno,
com a área de 2252m2, sita na Rua Serra do Caramulo, Freguesia de Fernão Ferro, que integrou o
domínio público municipal, através do Alvará de Loteamento n.º7/2010 correspondente ao proces-
so n.º 6/A/06, para constituição do direito de superfície a favor de Universo autista – Associação de
Jovens e Adultos. Aprovação.

II.8. The International Molinological Society (TIMS). Aceitação dos Estatutos. Adesão.

Estiveram presentes, para além dos membros da Mesa:


Da CDU: Carlos Alberto de Sousa Pereira, Custódio Luís Quaresma Jesus de Carvalho, Fernando
Júlio da Silva e Sousa, Gonçalo Rui de Oliveira, Hernâni José Pereira Peixoto Magalhães, Maria João
Evaristo de Oliveira Santos, Maria Júlia dos Santos Freire, Nuno Filipe Oliveira Graça, Paula
Alexandra Sobral Guerreiro santos Barbosa, Paulo Alexandre da Conceição Silva e Rui Fernando
Valente Algarvio.
Do PS: Célia Maria Martins da Cunha, Luís Pedro de Seia Gonçalves, Maria Virgínia de Sousa
Andrade Dias, Marta Sofia Valente Barão, Nelson Filipe Lampreia de Oliveira Patriarca, Rui Jorge
1/61
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 08/2020
5ª Sessão Extraordinária – 16 de novembro de 2020
Guerreiro Parreira, Rui Miguel Santos Brás, Samuel Pedro da Silva Cruz, Sérgio Miguel Carreiro
Ramalhete e Tomás Baptista Costa dos Santos.
Do PSD: Duarte Sérgio dos Santos Melo Correia, Maria Luísa Marques da Gama, Ricardo Manuel de
Morais Soares e Rui Miguel Lança Belchior Pereira.
Do BE: Eduardo Manuel Lino Grêlo, Sandra Anabela Alves de Sousa e Vítor Manuel Cavalinhos.
Do PAN: Nuno André Batista Nunes.
Do CDS-PP: João Guilherme Nobre Prata Fragoso Rebelo.
Estiveram ainda presentes os Presidentes de Junta de Amora, Fernão Ferro, Corroios e da União
das Freguesias do Seixal, Arrentela e Aldeia de Paio Pires, respetivamente, Manuel Araújo, Carlos
Reis, Eduardo Rosa e António Santos.
Registaram-se as seguintes substituições:
No grupo municipal da CDU: Ana Inácio por Gonçalo Rui Oliveira.
Para além do Presidente da Câmara Municipal do Seixal, Joaquim Cesário Cardador dos Santos,
estiveram presentes os seguintes Vereadores:
Maria Manuela Palmeiro Calado, Joaquim Carlos Coelho Tavares, José Carlos Marques Gomes,
Eduardo Rodrigues, Marco Teles, Elizabete Pereira Adrião, Nuno Moreira, Manuel Pires e Francisco
Morais.

A Sessão teve início cerca das 20:30h.


I. PERÍODO DE ANTES DA ORDEM DO DIA.
O áudio quando inicia já a assembleia está a decorrer.
II.1. O Grupo Municipal da CDU, apresentou um voto de pesar por Augusto da Silva Carreto,
subscrito por Custódio Carvalho.
(Documento anexo à ata com o número 1).
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Colocou à votação”.

Aprovada a Tomada de Posição nº 54/XII/2020 por unanimidade e em minuta com:

. Trinta e seis (36) votos a favor dos seguintes eleitos:

Do grupo municipal da CDU: 16

Do grupo municipal do PS: 10

Do grupo municipal do PSD: 4

Do grupo municipal do BE: 3


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Ata nº 08/2020
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Do grupo municipal do PAN: 1

Do grupo municipal do CDS/PP: 1

Do presidente da JFFF: 1
II.2. O Grupo Municipal do PS, apresentou um voto de pesar por Gonçalo Ribeiro Teles, subscrita
por Rui Brás.
(Documento anexo à ata com o número 2).
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “É aprovado por unanimidade e a CDU tem uma
declaração de voto, se faz favor Paulo Silva”.

Aprovada a Tomada de Posição n.º 60/XII/2020 por unanimidade e em minuta com:

. Trinta e seis (36) votos a favor dos seguintes eleitos:

Do grupo municipal da CDU: 16

Do grupo municipal do PS: 10

Do grupo municipal do PSD: 4

Do grupo municipal do BE: 3

Do grupo municipal do PAN: 1

Do grupo municipal do CDS/PP: 1

Do presidente da JFFF: 1
Paulo Silva, da CDU, disse: “A CDU votou a favor o voto de pesar e não se revê na questão da
atribuição do nome do arquiteto Ribeiro Teles ao parque da Biodiversidade no Seixal, pelo que nos
reservamos o direito de no futuro apresentarmos outra proposta para o nome do parque da
Biodiversidade, alguém com ligações ao concelho do Seixal”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais alguma declaração de voto, em relação aos
votos de pesar? Vamos proceder a um minuto de silêncio”.
II.3. O Grupo Municipal do PS, apresentou a recomendação «Por mais medidas de apoio às
famílias e à economia local no concelho do Seixal», subscrita por Sérgio Ramalhete.
(Documento anexo à ata com o número 3).
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Tem a palavra Sérgio Ramalhete”.

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Ata nº 08/2020
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Sérgio Ramalhete, do PS, disse: “Eu vou dar só os contornos gerais, não vou ler toda a
recomendação, ela está na presença de todos os eleitos. Toda a gente tem a perceção que esta
crise económica e pandémica essencialmente criada pelo vírus criou constrangimentos ao nível da
economia a nível local e a nível nacional para populações, instituições e empresas. A relevância
não é só importante de tomada de medidas pelo Governo, como acho que também as câmaras
têm um grande contributo a dar no combate a esta pandemia. Nesse sentido, acho que podemos ir
muito para além daquilo que já foi feito e também na senda que outras autarquias já têm vindo a
fazer e achamos que neste momento, face à estrutura financeira da câmara que é possível
investirmos em mais medidas de combate a esta questão pandémica. Nesse sentido, nós
propomos nesta recomendação medidas extraordinárias, com uma dotação mínima de 1 milhão de
euros em que se compreende o seguinte: isenção de taxa das esplanadas para o ano 2021,
planeamento e realização de uma campanha de comunicação de apoio à restauração e ao
comércio local, com o intuito de promover o tecido empresarial do concelho; criação de um
gabinete com o intuito de esclarecer sobre os apoios do Estado para a criação de empresas e para
apoio à retoma económica; criação de um Fundo de Emergência para as famílias com rendimentos
reduzidos, com o intuito de as apoiar face às despesas básicas como o pagamento de luz, água e
gás, bem como para a aquisição de alimentos e medicamentos; distribuição de refeições solidárias
com o apoio do comércio local e reforço do apoio às instituições de cariz social, de forma a
permitir que estas mantenham as suas atividades de proteção contra a exclusão social, assim como
o reforço do apoio às famílias carenciadas a seu cargo. Acho que podemos ir muito mais além do
que as medidas que já foram feitas pela câmara e pelo seu executivo, podemos fazer muito mais e
podemos demonstrar que estamos na frente do combate a esta pandemia relativamente a outros
municípios do país”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Intervenções em relação à apreciação desta
recomendação? Quem é que pretende intervir? Paula Santos. Mais intervenções? João Rebelo
também. Mais intervenções? Tem a palavra Paula Santos”.
Paula Santos, da CDU, disse: “Sobre esta moção gostaríamos de dizer o seguinte, só por má
consciência é que o Partido Socialista pode trazer uma moção com este conteúdo à assembleia
municipal. De facto, quem está na linha da frente do combate é a câmara municipal, infelizmente
em várias frentes de intervenção. Por parte do Governo não podemos dizer o mesmo porque
aquilo que o Partido Socialista traz hoje a esta assembleia é por toda uma responsabilidade sobre a
câmara municipal, desresponsabilizando o Governo daquilo que são as suas responsabilidades
nesta área. Depois dos apoios serem suficientes para apoiar as micro, pequenas e médias
empresas não chegarem a quem devia de chegar. O Governo com as alterações dos horários de
funcionamento que impôs para os fins de semana só veio acrescentar problemas aos problemas já
existentes e aquilo que se passou neste fim de semana revela bem, quão são desajustadas e
desproporcionais, as medidas que foram impostas e que são muito prejudiciais para as micro,
pequenas e médias empresas. Faltam respostas, é inaceitável o atraso para a concretização de um

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conjunto de medidas. Há medidas que foram aprovadas e que não estão a ser cumpridas, como
por exemplo, os pagamentos por conta, há dificuldades no acesso no apoio aos sócios gerentes,
dificuldade no acesso às linhas de crédito das micro, pequenas e médias empresas, ou seja há aqui
um conjunto de problemas e que o Governo não responde, mas sobre o Partido Socialista perante
dificuldades concretas que existem procurar responsabilizar a autarquia o que é absolutamente
inaceitável neste momento, procurando aqui também contornar os impactos profundamente
negativos das decisões por parte do Governo. Por isso, esta é uma moção que não pode ser levada
a sério, tendo em conta aquilo que tem sido a atuação por parte do Governo que não fez aquilo
que deveria fazer e que ainda veio dificultar a vida às micro, pequenas e médias empresas e
procurar lavar daí as mãos pondo a responsabilidade nas autarquias e é uma questão que não
podemos acompanhar”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Tem a palavra o João Rebelo”.
João Rebelo, do CDS/PP, disse: “Sobre esta questão, eu acho que as soluções a encontrar para
ajudar a mitigar os efeitos desta desgraça da pandemia devem acontecer a vários níveis também
acompanhamos o que foi aqui dito pela Paula Santos que a nível governamental deve ser feito
muito mais, nomeadamente para tudo o que tem a ver com a restauração e hotelaria que têm um
aspeto catastrófico, mas também o pequeno comércio e o comércio de proximidade que têm
sofrido muito com esta crise. Também achamos que a nível local devem também ser tomadas
medidas das possibilidades, os municípios não têm os meios que têm o Governo ou o Estado para
ajudar nestas questões mais graves mas tem possibilidades e há alguns bons exemplos de algumas
câmaras municipais que se anteciparam a outras medidas mais fortes que terão que acontecer. As
pessoas vivem situações dramáticas e parece-me que a Câmara do Seixal também pode e deve ser
parceira na medida das suas possibilidades, obviamente em ajudar as economias (Distorção no
som) Nós votaremos favoravelmente esta proposta”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Tem a palavra Samuel Cruz”.
Samuel Cruz, do PS, disse: “A intervenção da eleita Paula Santos em nome do PCP/CDU é
paradigmática daquilo que é a vontade do Partido Comunista Português para o concelho, quando
pior melhor. Vivemos uma situação de grave saúde pública que originou uma grave situação
económica, uma intervenção inteira sem fazer uma proposta, sem ter uma palavra positiva, sem
ter nada a acrescentar aquilo que é a discussão. A reivindicação permanente até parece que dá um
certo gozo que as coisas corram mal. Enquanto uns têm esse tipo de postura, propõem, fazem
quando podem é o caso do Partido Socialista. As medidas que aqui são propostas são em tudo
igual aquilo que já foi aprovado pela Câmara Municipal de Lisboa, hoje mesmo saíram noticias que
a Câmara Municipal de Almada já gastou mais de 2 milhões de euros motivados pelo Covid. No
Seixal dizem mal do Governo! Já estamos habituados”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais intervenções? Rui Belchior. Quem é que
pretende intervir mais? Rui Belchior”.

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Rui Belchior, do PSD, disse: “Sobre a recomendação dizer o seguinte: Estamos de acordo que a
autarquia deve dar o contributo possível e dentro daquilo que são o seu nível de competências e
de possibilidades, estamos completamente de acordo. Aliás, ainda recentemente nós aprovámos
aqui se não estou em erro, não um pacote de 2 milhões como falou agora o Samuel sobre Almada
mas um de 3 milhões no combate à pandemia. Creio que esse dinheiro ainda não estará todo gasto
e em termos de medidas concretas, também creio mas com certeza quem poderá definir melhor
será o Sr. Presidente da Câmara, têm sido tomadas algumas medidas parece-me indiscutível e
algumas já enunciadas, mas isso vou deixar para quem de direito.
Agora, a verdade é que a gestão desta dita pandemia pelo Governo tem sido aquilo que se sabe e
estas medidas tomadas neste fim de semana, sobretudo em incidir sobre a restauração e os
pequenos comerciantes e médios comerciantes não resolve problema nenhum. Aliás, só agrava
problemas e nem sequer se consegue perceber qual é a ideia de fundo do Governo com este tipo
de medidas. Aliás, que revela uma desorientação absoluta neste processo e estamos em crer que
esta recomendação sendo válida também escamoteia ou sacode alguma da responsabilidade que
o Governo também deveria assumir. Portanto, nessa medida nós PSD vamo-nos abster”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais intervenções? Vítor Cavalinhos”.
Vítor Cavalinhos, do BE, disse: “Duas notas. A primeira é que a principal responsabilidade do
nosso ponto de vista na resposta à crise social, pandémica e económica é do Governo e isso é
preciso ficar claro. Agora a outra ideia que nós sabemos é que a Câmara do Seixal pode e deve
fazer mais. Aliás, o Bloco de Esquerda defende a elaboração de um plano de emergência social
para responder a esta crise, não confundindo os patamares, não confundindo com as principais
responsabilidades. A principal responsabilidade de resposta à crise é do Governo. Queremos
contudo, afirmar que as autarquias e nomeadamente, a Câmara do Seixal pode e deve fazer mais e
defendemos a elaboração de um plano de emergência social para responder a esta pandemia e a
esta crise que estamos a viver”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Pergunto e há mais alguma intervenção? Não
havendo, tem a palavra o Sr. Presidente da Câmara”.
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Esta moção do Partido Socialista revela que o Governo,
o PS não tem estratégia, nem tem capacidade de reação perante as causas e consequências da
pandemia, isso tem sido visível a vários níveis. Hoje mesmo recebemos a informação que o
Hospital Garcia de Orta uma vez mais fechou a sua urgência geral. É bem notório que o Partido
Socialista, o Governo, através dos seus ministérios não tem tido a capacidade, não só na área da
saúde, mas também na área social, na área da economia para tomar as medidas para poder travar
as consequências negativas, não do ponto de vista sanitário neste momento, mas estamos a falar
das questões sociais e económicas e aquilo que o Partido Socialista entende é que as câmaras
municipais é que deverão substituir os governos. É isso que aqui está expresso nesta moção do
Partido Socialista o que revela bem, o caráter de desresponsabilização deste partido e deste
Governo que nos tem empurrado e vai-nos continuar a empurrar se outras medidas não forem
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tomadas, como é evidente para uma nova crise económica e social, para além da crise sanitária
que estamos a atravessar. Da parte da câmara municipal, com a capacidade de resposta que temos
conseguido dar, temos tomado medidas que julgamos que têm sido à nossa escala importantes,
desde logo para as micro, pequenas e médias empresas do município, o apoio na isenção de várias
taxas de ocupação de espaço público e publicidade até ao final deste ano, iremos rever de acordo
com aquilo que for a perspetiva para 2021 da nossa ação. Também pudemos através de um plano
social que foi a câmara municipal com os seus parceiros que montou, não ficámos à espera de
ninguém da Segurança Social para nos vir explicar como fazer, foi graças a esse plano e a essa
coordenação que conseguimos numa fase critica avançar para um conjunto de apoios sociais que
não só foram realizados, como também agora estamos também a concretizar, isto para além de
todo um conjunto de apoios que o município tem dado no sentido de conseguirmos fazer face a
essa situação.
Dizer que a câmara municipal continua atenta ao evoluir da situação e também a tomar medidas e
por isso, hoje mesmo está a ser instalado no Complexo de Atletismo Carla Sacramento, na sua
parte exterior, um complexo de módulos para poder funcionar como uma área de despiste à
doença respiratória que será mais um apoio da câmara municipal às entidades de saúde visto que
os centros de saúde não têm espaços disponíveis, nem capacidade para o poder fazer. Há outros
aspetos que estamos a analisar com o Hospital Garcia de Orta em termos de outros apoios, isto
para dizer que a Câmara do Seixal, como há pouco foi dito pelos srs. eleitos do Partido Socialista,
não se coloca de fora da situação, estamos a tentar fazer face à mesma com as nossas armas mas
na verdade, quem tem as competências em termos de economia é o Governo que detém os
instrumentos legais e de ação executiva. Do ponto de vista da ação social, é de facto o Governo
que tem através do Ministério da Segurança Social também essa intervenção e no âmbito da saúde
através do Ministério da Saúde. Se não sabem fazer, se não têm competência não podem sempre
passar as culpas para as autarquias como está expresso nesta moção. O que temos que fazer é
uma ação coordenada e conjunta como nós temos de boa fé, tentado realizar aqui no município do
Seixal e penso que também com algum sucesso.
Dizer ainda, Sr. Presidente da Assembleia Municipal se me permite nesta primeira intervenção falar
sobre a questão dos dados do Covid 19, a situação no município evoluiu de forma negativa,
estamos neste momento com um rácio, hoje conhecidos, de 483 por 100 mil habitantes nos
últimos 15 dias. É uma situação que evoluiu de forma significativa o crescimento do número de
casos no concelho mas continuamos com uma distância relativa idêntica àquela que estava numa
fase anterior à cerca de um mês relativamente a outros municípios. Basta ver municípios do Norte,
neste momento estão com 3, 4, 5, 6, 7, 8 vezes mais incidência da Covid, quer no Seixal, quer
noutros municípios e da Área Metropolitana de Lisboa, isto não nos deve com certeza fazer
sossegar, pelo contrário estamos a preparar essa resposta, apoiamos as entidades de saúde e
também participando neste processo agora de resguardo relativamente às atividades, claro que

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preservando aquilo que é a função essencial da autarquia, como um prestador essencial à vida das
populações”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Tem a palavra se o entender o preponente, Sérgio
Ramalhete”.
Sérgio Ramalhete, do PS, disse: “Há a referir que isto é uma recomendação e não uma moção
como disse a sra. eleita Paula Santos. Esta recomendação não desresponsabiliza o Governo da sua
atuação diz é que para além do Governo, as câmaras também têm uma resposta a dar e isso é
possível, porque outras câmaras também o fizeram. A Câmara Municipal de Lisboa, a Câmara
Municipal de Famalicão, vi hoje a noticia, vai construir um pavilhão para dar apoio ao hospital que
já está sem capacidade. Temos a Câmara Municipal de Almada e perentoriamente os elementos da
CDU na Câmara Municipal de Lisboa votaram a favor é incrível que isto no Seixal nunca se parece,
é sempre uma critica destrutiva. Eu aqui quando fiz essa recomendação foi no sentido de
podermos ir mais além, não dizendo que as câmaras têm essa responsabilidade que o Governo
não tenha, não é isso que é dito nesta recomendação, por isso não desvirtuem o que está aqui
escrito, nem o Sr. Presidente, nem a Sra. eleita Paula Santos porque não é isso que está aqui
escrito. Fala-se em incapacidade de reação, eu digo-lhe uma coisa, capacidade de reação devia ter
a câmara para já ter tomado este tipo de medidas nesta recomendação que até agora não foram
feitas. Essa é que é a falta de capacidade de reação da Câmara Municipal do Seixal porque eu
costumo dizer que é uma grande verdade, uns fazem, os outros criticam e o Sr. Presidente fala
muito em números de 400 casos por 100 mil habitantes, eu quero que me diga é o numero de
casos totais em vez de fazer essas comparações”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Vamos proceder à votação, apenas o voto dos
grupos municipais se faz favor”.

Rejeitada a Tomada de Posição n.º 55/XII/2020 por maioria e em minuta com:

. Quinze (15) votos a favor dos seguintes eleitos:

Do grupo municipal do PS: 10

Do grupo municipal do BE: 3

Do grupo municipal do PAN: 1

Do grupo municipal do CDS-PP: 1

. Dezassete (17) votos contra dos seguintes eleitos:

Do grupo municipal da CDU: 16

Do presidente da JFFF: 1
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. Quatro (4) abstenções dos seguintes eleitos:

Do grupo municipal do PSD: 4


Dra. Madalena Silva disse: “Foi rejeitada com 17 votos contra da CDU e do Presidente de Fernão
Ferro, com 4 abstenções do PSD e votos a favor do PS, do Bloco, do PAN e do CDS, se não estou em
erro”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “É isso é. Portanto, rejeitada com os votos a favor do
PS, Bloco de Esquerda, PAN e CDS, a abstenção do PSD e os votos contra da CDU e do Sr.
Presidente de Fernão Ferro. Declarações de voto? CDU, Paulo Silva”.
Paulo Silva, da CDU, disse: “A CDU votou contra por considerar que a Câmara Municipal do Seixal
já está a fazer mais do que é a sua obrigação, considerando que o Governo é que tem a parte de
leão disto. O que foi aqui dito que a Câmara Municipal de Almada tem apoios de 2 milhões, aqui
no Seixal são 3 milhões que estão orçamentados. Que em Famalicão foi construido um pavilhão de
apoio ao hospital a Câmara Municipal do Seixal já tinha feito esse pavilhão de apoio ao Hospital
Garcia de Orta há uns meses atrás. Portanto, os apoios que foi aqui dito de outras câmaras já o
Seixal está a fazer, os apoios às instituições de cariz social são enormes e portanto, está haver um
apoio muito grande da Câmara Municipal, com um grande fluxo de recursos camarários para a luta
contra a Covid e por isso, consideramos que a câmara municipal já está a fazer a sua obrigação
quanto a isto, cumpre agora ao Governo dar mais apoios aos portugueses e principalmente tomar
medidas que não sejam tão gravosas para os portugueses por não ter tomado”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Não há mais declarações de voto? Não há! Então,
informação sobre os tempos restantes: CDU 12’30’’; PS 5’30”; PSD 7’; BE 5’; CDS 2’30”; PAN 5’ e
Presidente da Junta de Fernão Ferro 4 minutos”.
II.4. O Grupo Municipal do PSD apresentou a moção «Pela requalificação Urgente do Complexo
Municipal de Atletismo Carla Sacramento».
(Documento anexo à ata com o número 4).
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Tem a palavra Rui Belchior”.
Rui Belchior, do PSD, disse: “Nós tendo dado conta do estado em que neste momento se encontra
todo o complexo, não é só a pista mas todo o complexo profundamente degradado, a pista em
condições profundamente lastimáveis e demo-nos ao trabalho de fazer uma retrospetiva e
perceber que por exemplo em 2017, em véspera de eleições, a CDU na página 21 do seu programa
eleitoral já apresentava como proposta requalificar o Complexo Municipal de Atletismo Carla
Sacramento, isto para não ir mais para trás.
Em 28 de novembro de 2018, já durante este mandato numa apresentação da prova de atletismo
São Silvestre de Corroios o executivo municipal pelo seu vereador afirmava: a intervenção vai
consistir no alargamento do campo relvado, reparação da pista de atletismo e obras nas
instalações de apoio como os balneários. Ora, só esta comunicação revela bem que nós temos
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razão nestes apontamentos que fazemos porque é um apontamento transversal a tudo o que são
as condições da pista. Portanto, o que nós pretendemos é que se faça uma intervenção embora
evidentemente, reconhecendo o quadro atual mas que é impossível na nossa ótica que aquele
complexo desportivo que devia ter outra estima e ser estimado de outra forma, podia inclusive ser
um ex-libris e foi prometido que era, mas nas atuais condições não o é infelizmente porque se
assim não for, vamos continuar a assistir a espetáculos também eles degradantes, com baldes por
todo o complexo para suster a chuva e a completa inutilidade daquele complexo quando podia ter
muita utilidade para as coletividades do concelho”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Intervenções em relação a esta moção? Tem a
palavra Paulo Silva”.
Paulo Silva, da CDU, disse: “O PSD tem razão, está a precisar de obras de reabilitação o complexo
municipal de atletismo Carla Sacramento. Todavia, segundo o conhecimento que temos está para
deliberação na reunião de câmara da próxima 4.ª feira, um dos pontos é a aprovação da proposta
de abertura do concurso público para a empreitada de reabilitação do piso da pista desportiva do
complexo municipal de atletismo Carla Sacramento. Portanto, isto vai na próxima 4.ª feira à
reunião de câmara, não se diga que foi pelo PSD ter apresentado esta moção que vai à reunião de
câmara, já estava feito o agendamento e por isso, consideramos que é desnecessário nesta altura
quando está marcada reunião de câmara em que esse ponto já está contemplado porquanto fazia
parte do programa eleitoral da CDU e que gostamos de cumprir aquilo que prometemos e daí,
assim ainda durante este mandato, estarmos a fazer esta empreitada e abrir este procedimento
concursal para a empreitada de reabilitação pelo que não se justifica estar-se agora a aprovar esta
moção aqui na Assembleia Municipal”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais intervenções? Quem pretende intervir? Não
há mais pedidos de intervenção. Sr. Presidente da Câmara se faz favor”.
O Presidente da Câmara Municipal disse: “A pista de atletismo necessita de obras de
requalificação temos essa questão já agendada a algum tempo e vamos iniciar com o processo de
lançamento de concurso publico na próxima reunião de câmara municipal, será a parte exterior
aquela que é mais critica para a atividade desportiva. Basta dizer que vai ser mais um investimento
exclusivo da câmara municipal. Infelizmente os governos, além de não fazerem aquilo que devem,
também não investem e nem apoiam as autarquias da requalificação dos seus equipamentos
desportivos. Por exemplo, estamos a construir uma nova piscina municipal, a piscina municipal de
Paio Pires, exclusivamente com o orçamento da câmara municipal, sem qualquer apoio, nem do
Governo, nem de fundos europeus e por isso, aqui está o Governo do PSD/CDS não deu qualquer
apoio à câmara municipal, nem a nenhuma câmara municipal para a requalificação de
equipamentos desportivos e nessa perspetiva penso que esta proposta falta-lhe a credibilidade
porque o PSD/CDS não apoia a construção de equipamentos desportivos e por isso, não apoiou no
passado e não apoiou quando podia fazer e agora vir dizer que está para ser concretizada e tendo

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já uma proposta para abertura de concurso na próxima reunião de câmara municipal. De facto,
parece-me que não deveria merecer sequer discussão desta assembleia municipal”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Pergunto ao preponente se pretende intervir?”
Rui Belchior, do PSD, disse: “Sim, com certeza. A começar pelos comentários do eleito Paulo Silva
dizer que evidentemente, nós apesar da oportunidade pelos vistos da apresentação deste
documento e eu digo aqui com toda a frontalidade não fazia a mínima ideia que tal ponto iria ser
submetido à aprovação na sessão de câmara. Não fazíamos a mínima ideia até porque todos
sabem que nós neste momento não temos nenhuma representação na câmara e portanto,
também não temos essa informação. Aliás, este documento surge depois de uma visita que foi
feita às instalações, uma visita de iniciativa particular e da aferição do estado, não é só a pista, é de
todo o complexo desportivo.
Depois, dizer o seguinte: anda por aí uma página nas redes sociais que se chama, isto agora
respondendo ao Sr. Presidente da Câmara, a culpa é do Passos e de facto, o Sr. Presidente da
Câmara apesar do Passos ter saído em 2015, todos os males do mundo e sobretudo deste
executivo, todas as dificuldades pelos vistos ficam a dever-se ao Governo PSD/CDS, é
verdadeiramente inacreditável e até inaceitável, desde 2015, já passaram 5 anos e a degradação da
pista é aquilo que se vê. Creio que não será responsabilidade direta do PSD/CDS, embora possa tê-
la tido em momento anterior mas não agora, passados que está meia década deste Governo. De
qualquer modo, fica registada, pelo menos no que diz respeito ao eleito Paulo Silva, um raro
momento de reconhecimento da adequação e do estado em que a pista está e da necessidade de
haver uma requalificação e isso já fico satisfeito com esse momento raro”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Vamos colocar à votação?”

Aprovada a Tomada de Posição n.º 56/XII/2020 por maioria e em minuta com:

. Dezanove (19) votos a favor dos seguintes eleitos:

Do grupo municipal do PS: 10

Do grupo municipal do PSD: 4

Do grupo municipal do BE: 3

Do grupo municipal do CDS-PP: 1

Do grupo municipal do PAN: 1

. Dezassete (17) votos contra dos seguintes eleitos:

Do grupo municipal da CDU: 16

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Do presidente da JFFF: 1
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Esta moção foi aprovada com os votos a favor do
PS, PSD, CDS, PAN e Bloco de Esquerda e os votos contra da CDU e do Presidente da Junta de
Fernão Ferro . Há alguma declaração de voto? CDU faz favor”
Paulo Silva, da CDU, disse: “Conforme a minha intervenção a CDU votou contra, não porque não
considere que é necessário a requalificação do complexo municipal de atletismo, aliás se não fosse
necessário, não estava no nosso programa eleitoral e muito menos vinha à reunião da próxima 4.ª
feira, o inicio do procedimento concursal para a obra. No entanto, consideramos que estando já
em curso todos os procedimentos da câmara não faz sentido nenhum esta moção ser apresentada
na assembleia municipal”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais alguma declaração de voto? Não”.
II.5. Declaração Política apresentada por André Nunes do Grupo Municipal do PAN.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “André Nunes tem a palavra”.
André Nunes, do PAN, disse: “A implementação de medidas restritivas para estacar a propagação
da Covid 19 no âmbito da declaração de um novo estádio de emergência, veio agravar ainda mais
o estado da economia e em particular o estado de alguns setores. Dois dos setores mais fustigados
pela crise sanitária, a saúde, a restauração e o da cultura, os quais praticamente pararam em
resultado das medidas de contenção do vírus. Por esse motivo, o PAN considera verdadeiramente
urgente a implementação de respostas cabais por parte do Estado, aqui entendido nas suas
múltiplas dimensões, ou seja, não circunscrito ao Estado Central mas estendido também ao Poder
Local. No momento como o atual, todos somos poucos para travar o flagelo social e económico
causado pela Covid 19. De resto, são já vários os exemplos de municípios como Lisboa, Porto ou
Cascais que se chegaram à frente e complementaram a resposta insuficiente desenhada pelo
Governo, sendo que sem misturar competências, tanto assim que temos defendido a nível
nacional medidas de apoio a estes dois setores, nomeadamente através de apoios que permitam
fazer face aos custos fixos, mas também medidas mais equilibradas como por exemplo, a
revisitação dos horários de funcionamento que devem ser mais dilatados, defendemos também a
nível municipal que pode e deve haver espaço a apoios cirúrgicos às pequenas e médias empresas
do concelho, em concreto as ligadas àqueles dois setores com políticas municipais que ajudem o
estabelecimentos a não fechar portas e a manter os postos de trabalho.
O PAN tem defendido a criação de um apoio municipal extraordinário entre os 4 mil e os 10 mil
euros a prestar às empresas de restauração do concelho com perdas de faturação em 2020 acima
dos 25%, bem como medidas pontuais, como por exemplo a isenção do pagamento de taxas,
isenção de rendas para estabelecimentos, equipamentos camarários, aquisição de mobiliário e
aquecedores para as esplanadas, apoio à criação de novas esplanadas, modernização e
conservação das lojas, apoio à digitalização, produção de iniciativas culturais ou mesmo
criação de uma campanha focada na promoção da economia local e na economia circular.
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Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 08/2020
5ª Sessão Extraordinária – 16 de novembro de 2020
Consideramos que a câmara pode e deve reforçar a programação virtual e meios, garantir a
prossecução de um programa cultural adaptado à realidade atual, isto a par do reagendamento de
espetáculos já concretizado. Não podemos deixar de estranhar por isso, que no dia em que se
procede à terceira revisão das Grandes Opções do Plano para 2020 não haja a preocupação de
acautelar uma resposta neste domínio. Temos sérias reservas quanto às palavras do Presidente da
Câmara quando diz e cito que o orçamento que a câmara dispõe responde e que não se vê
necessidade de alocar mais recursos a esta frente. Pois, que a verdade é que só não alimentamos
a ideia do Seixal viver numa bolha face aos demais municípios, como a ausência de ações que
demonstrem estar à autarquia conhecedora da realidade e a adoção de medidas concretas para
acudir às necessidades da economia local sugerem que estamos perante uma falta de visão e um
alheamento flagrante, esperamos estar enganados, embora desconfiemos que infelizmente não
estamos”.
II.6. Moção apresentada pelo Grupo Municipal da CDU: «Em defesa do Serviço Nacional de
Saúde e contra o saque dos privados».
(Documento anexo à ata com o número 5).
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Se faz favor.”
Rui Algarvio, da CDU, disse: “Como sabemos face à crise pandémica provocada pelo vírus Sars Cov
2, o Serviço Nacional de Saúde demonstrou uma enorme capacidade de resiliência, não obstante a
política de desinvestimento e permanente sub orçamentação. A política de desinvestimento do
SNS em favor dos grupos privados teve consequências que agora estamos a verificar nesta resposta
à crise provocada pelo Covid 19. A nível local temos vindo a assistir ao progressivo agravamento da
situação e dos constrangimentos no Hospital Garcia de Orta com o caos instalado a nível do serviço
de urgência, mas também neste momento já a nível dos internamentos a somar ao encerramento
noturno do serviço de urgência pediátrica, o que já dura há mais de um ano.
No que diz respeito aos cuidados de saúde primários, também se tem verificado uma diminuição,
aqui ao nível do ACES Almada Seixal, da capacidade assistencial que muito tem prejudicado o
seguimento dos doentes assistindo-se a diagnósticos tardios e descompensações de patologia
crónica. Assim, a Assembleia Municipal reunida a 16 de novembro por proposta dos eleitos da CDU
delibera: manifestar-se pela reabertura plena dos centros de saúde, em condições de segurança
para utentes e profissionais com recuperação dos atrasos nos cuidados de saúde primários, exigir a
reabertura da urgência pediátrica no Hospital Garcia de Orta 24 horas por dia e que sejam
encontrados todos os esforços de cooperação das consultas, exames e cirurgias atrasadas, apelar
ao reforço do SNS em numero de profissionais e ao fim da sua contratação a prazo com valorização
das suas carreiras, apelar ao reforço no investimento nos equipamentos e na maioria das
instalações e construção das que estão em falta e apelar finalmente à participação da população
na concentração do próximo dia 17 de novembro, às 18 horas, em frente ao Hospital Garcia de
Orta que visa defender o SNS contra o saque dos privados”.

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Ata nº 08/2020
5ª Sessão Extraordinária – 16 de novembro de 2020
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Intervenções? Samuel Cruz, mais? Não há mais
inscrições para já. Samuel Cruz”.
Samuel Cruz, do PS, disse: “Tem cinco pontos esta moção, dizer que em relação ao quinto parece-
nos que não compete a esta assembleia municipal apelar à mobilização para manifestações e
quanto ao primeiro devo dizer que até tenho alguma dificuldade em perceber o que é que é
pretendido, uma vez que sim, há limitações ao serviço decorrentes da pandemia em que vivemos
mas que dentro do possível têm sido conferidas. Agora, quero muito concretamente em relação
aos restantes pontos explica-los e dizer que é mais uma vez o PCP a fazer o seu número do quanto
pior melhor sem qualquer adesão à realidade. Senão vejamos: Ponto dois diz: exigir a reabertura
da urgência pediátrica do Garcia de Orta 24 horas por dia e que sejam enviados todos os esforços
na recuperação das consultas, exames e cirurgias atrasadas. Ao longo do último ano, o Hospital
Garcia de Orta tem trabalhado ativamente para reunir as melhores condições para a reabertura do
serviço de urgência pediátrica durante o período da noite, ou seja entre as 20 e as 8:30. Nesse
sentido, foram contratados mais cinco médicos especialistas para reforçar o serviço de pediatria
num esforço continuado para futuramente se atingir a plena capacidade do serviço e assegurar a
sua estabilidade. Por outro lado, o Hospital Garcia de Orta tem realizado uma aposta na
valorização e na diferenciação dos seus especialistas com o objetivo de aumentar e melhorar a
capacidade de resposta aos utentes, paralelamente tem sido articulado com a tutela a capacidade
de atração de médicos especialistas e de retenção de recém especialistas para o serviço. O serviço
de urgência pediátrica do Garcia da Orta mantém o atendimento todos os dias da semana, de 2.ª
feira a domingo, das 8:30 às 20, estamos melhor servidos no respeito pelos níveis de qualidade e
de segurança estabelecidos. O serviço de pediatria do Garcia da Orta continua a ser uma referência
para as unidades hospitalares a sul do país, colaborando ainda com outros hospitais da região de
Lisboa e Vale do Tejo em áreas de elevada diferenciação diagnóstica e terapêutica. Durante o atual
contexto de pandemia o serviço de pediatria do Garcia da Orta tem mantido toda a sua capacidade
de resposta nas áreas de consultas, de apoio à atividade de ambulatório e serviços cirúrgicos,
garantindo ainda o acompanhamento permanente a todas as crianças internadas. O ponto 3, apela
ao reforço do sistema nacional de saúde em número de profissionais e ao fim da sua contratação a
prazo, períodos de 4 meses com valorização efetiva das suas carreiras profissionais. Ora, dos 150
contratos a termo que o Hospital Garcia de Orta celebrou naquele âmbito, refiro 150, no âmbito
do reforço da pandemia já deram lugar a 37 contratos sem termo. O Hospital Garcia de Orta vai
continuar a converter contratos a termo em conformidade com as orientações que venham a ser
emanadas da tutela.
Ponto quatro e último, apelar ao reforço do investimento dos equipamentos e na melhoria das
instalações e construções daquelas que estão em falta. O que é que já foi feito? Para responder ao
aumento do número de casos positivos à SarCov2 e permitir a retoma da atividade e promover a
acessibilidade também dos doentes não Covid, o Hospital Garcia de Orta tem adotado várias
medidas que correspondem a investimento global na ordem dos 5 milhões de euros, a capacidade

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Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 08/2020
5ª Sessão Extraordinária – 16 de novembro de 2020
laboratorial do hospital tem sido reforçada e expandida para dar resposta no que concerne ao
aumento de recolhas e testes Covid 19, no combate à infeção o Garcia da Orta possui 13
enfermarias Covid e vai abrir uma quarta e até ao final do ano está prevista a expansão da
capacidade de internamento de doentes com patologia Covid através de uma nova estrutura
modelar para tratamento de doenças infecciosas com mais 30 camas, o que vai permitir aumentar
a capacidade de tratamento de doentes infetados em condições de segurança para utentes e
profissionais. Foram concluídos recentemente as obras dos quartos de isolamento da unidade de
cuidados intensivos e assim sendo, o Garcia de Orta passou para 12 quartos de isolamento. Está
prevista a instalação de uma nova ressonância magnética e um novo equipamento de TAC, o que
consistirá a um verdadeiro upgrade da capacidade de diagnóstico nesta unidade hospitalar. Na
área de diagnóstico decorrem ainda obras no serviço de medicina transfuncional de remodelação
e ampliação do espaço. Prevê-se a instalação de uma nova estrutura modelar para acompanhar as
consultas externas do hospital que inclui a estrutura e equipamentos com capacidade para 48
gabinetes, consultas de diferentes especialidades. Paralelamente durante este período o Hospital
Garcia de Orta contratou mais especialistas para reforçar a multidisciplinariedade da sua oferta, ao
mesmo tempo foi feito um esforço em articulação com a tutela para reforçar a capacidade de
atração de profissionais. 0 Hospital procedeu ainda à pintura e revestimento do edifício que irá
permitir uma autonomização energética do mesmo, foram estabelecidos protocolos com entidades
externas para assegurar a retoma da atividade cirúrgica convidando profissionais do Garcia de Orta
com profissionais de outras instituições. No respeito à atividade cirúrgica programada o Garcia de
Orta está a priorizar os atendimentos nos casos urgentes de doentes oncológicos e os mais
prioritários na nossa lista de inscritos para cirurgia, implementando para o efeito o recurso
sistemático à produção adicional, inclui sábados e adicionalmente o Garcia de Orta estabeleceu
protocolos com entidades externas para assegurar a resposta cirurgia necessária aos seus utentes
não Covid, quer por subcontratação da produção cirúrgica, quer pela disponibilização de blocos
operatórios a serem utilizados pelos (imprescritível) do Garcia da Orta, com o Hospital da Cruz
Vermelha Portuguesa e a partir de novembro com o hospital do SMAS e a Clínica de S. João de
Deus”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Tem a palavra o Rui Belchior”.
Rui Belchior, do PSD, disse: “O titulo da moção é desde logo profundamente ideológico «e contra
o saque dos privados», pois eu tenho algumas duvidas se o problema é o saque dos privados ou o
saque do público. É que ainda há bem pouco tempo vieram a público alguns números e também
fiquei surpreendido é que por exemplo, se é verdade que o número de enfermeiros Portugal está
em 20.º lugar em relação aos 28 da União Europeia, já em número de médicos que é uma coisa
espantosa, porque dá a sensação que não há médicos em lado nenhum, Portugal está em 8.º lugar
e portanto, isto revela bem, que tipo de saque é que estamos a falar, desde logo o organizativo. O
saque que se verifica com a péssima organização do Sistema Nacional de Saúde e que
evidentemente o Governo aqui tem muitas responsabilidades, apesar do elenco extraordinário que

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Ata nº 08/2020
5ª Sessão Extraordinária – 16 de novembro de 2020
fez agora aqui o eleito Samuel Cruz, quem o ouvisse ficaria com a ideia que o que não está
resolvido vai ficar resolvido em breve mas não é isso que se vê no terreno. O terreno é a
desorganização, o caos total, a confusão total e não vimos nenhumas melhoras e já o disse aqui
várias vezes e volto a repetir, eu gostava de saber de qual seria a reação dos partidos de esquerda
se fosse num Governo do PSD/CDS como à pouco foi referido em que as urgências pediátricas do
Hospital Garcia de Orta estivessem fechadas há não sei quantos meses e agora as gerais terem as
intermitências que têm. Eu gostava de saber se haveria manifestações ou se haveria mesmo
revoltas já para não lhe dizer outras coisas. É extraordinário algumas das afirmações que se fazem
aqui e já agora ainda uma outra coisa, se a situação está no caos em que está deve-se exatamente
a estes preconceitos ideológicos que a Sra. Ministra que aliás, já devia ter sido demitida Marta
Temido, tardou em tomar a iniciativa de protocolar com os hospitais privados, provavelmente a
situação não estaria como está neste momento”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Tem a palavra o João Rebelo”.
João Rebelo, do CDS/PP, disse: “Perante esta emergência que o país enfrenta é natural e óbvio que
será exigível uma parceria com os privados e com a rede de saúde social e das misericórdias para
acudirem aos problemas que nós neste momento estamos a enfrentar. Portanto, falar do saque
quando daqui mais cedo ou mais tarde vamos ter que recorrer a parcerias com os privados para
responder a um número cada vez maior de doentes nos hospitais, acho no mínimo esquisito, não é
esquisito vindo de um partido que nunca negou que as pessoas tivessem a ADSE e pudessem
recorrer e que são como lhe digo servidores do Estado que recorressem aos hospitais privados
para fazer as suas consultas e cirurgias, mas por outro lado já acham que há saque para os
privados é alguma coisa que não percebo. Num país ideal, isto é algo que nem sequer mereceria
de discurso e de discordância que a existência de um sistema público a par de um sistema privado
e que coabitariam naturalmente e sem quaisquer problemas, só mesmo com bloqueios ideológicos
e extremistas é que pudemos continuar a ter este tipo de moções a serem aqui discutidos na
Assembleia Municipal do Seixal”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais inscrições? Com uma informação de tempos,
o CDS tem que se retirar esta intervenção. O PSD 2:30, o Bloco 5 minutos, o CDS 2:30 menos esta
intervenção, o PAN 5 minutos, o Presidente da Junta de Fernão Ferro 4 minutos, a CDU tem 9
minutos. Sara confirme lá o tempo do PS se faz favor”.
A 2.ª Secretária da Mesa disse: “25 segundos, Sr. Presidente”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais inscrições em relação a esta moção? Quem é
que pretende intervir? Não há mais inscrições. Eu pergunto ao Sr. Presidente da Câmara se
pretende também intervir?”.
O Presidente da Câmara Municipal disse: “É com preocupação que nós observamos o que está a
acontecer não só no Hospital Garcia de Orta, mas também na rede de cuidados de saúde
primários. A situação é complexa, é grave, isso mesmo deu-nos conta o Conselho de Administração

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do Hospital na última reunião que tivemos e onde constatámos que o Hospital Garcia de Orta a
nível nacional é dos hospitais com maior pressão Covid e agora também com a situação do
encerramento da urgência geral, podemos dizer que quer para o Covid e não Covid o Hospital está
muito pressionado. Isto é revelador do desinvestimento que ao longo de décadas os Governos do
PS e do PSD, CDS fizeram no Serviço Nacional de Saúde e ao contrário daquilo que se calhar nas
intervenções que vieram a nossa posição é de apoio e valorização do Serviço Nacional de Saúde
dos seus profissionais, auxiliares, enfermeiros, médicos e outros profissionais que precisam de ter
outras condições e os meios para poderem tratar da população. Os privados já ficou demonstrado
na primeira fase da pandemia limitaram-se a ganhar dinheiro (Imprescritível) que os laboratórios
fizeram e que o Estado não teve condições, não foram criadas essas condições para poder fazer
essa testagem pública mas, como eu dizia, a grande preocupação é que vemos que estas décadas
de desinvestimento no Serviço Nacional de Saúde para uso dessa prática com constrangimentos
muito complexos que neste momento o Hospital Garcia de Orta está a viver e por isso, justifica
uma aposta decisiva no Serviço Nacional de Saúde. Mais do que medidas restritivas relativamente
à população o que precisamos é de melhor investimento no Serviço Nacional de Saúde. Ouvimos
com atenção aquilo que disse o Sr. eleito do PS relativamente a algumas medidas que o hospital
está a tomar (Imprescritível) estas medidas digamos assim, paliativas que vão resolver o problema
há de facto, uma questão estrutural e que passa entre outras também pela construção do hospital
do Seixal, já agora é um processo que continua a marcar passo. O processo não está ainda
adjudicado relativamente ao projeto de execução, é uma questão que também estamos a
acompanhar com a ARSLVT mas é para dizer que os anos passam, os investimentos não são
concretizados, as condições degradam-se e os responsáveis têm projetos políticos e têm rostos e
têm nomes e o Partido Socialista é um dos maiores responsáveis pela situação que se vive hoje
naquele hospital e também no Serviço Nacional de Saúde a nível nacional”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Tem a palavra o preponente se entender. Rui
Algarvio se faz favor”.
Rui Algarvio, da CDU, disse: “Só queria referir em relação aquilo que foi dito pelos representantes
do PSD e do CDS em relação à questão dos hospitais privados, recordar que logo no inicio da
pandemia os hospitais privados recusaram-se pura e simplesmente a prestar cuidados de saúde a
utentes Covid, eram diretamente enviados para os hospitais do Serviço Nacional de Saúde.
Portanto, quando a coisa aperta já sabemos que vai tudo parar ao público. Lembra-mo-nos
também do triste episódio do hospital do SAMS que pura e simplesmente o grupo SAMS entrou
em lay off, assim que foi decretado o estado de emergência há uma grande quebra nas receitas,
todos os doentes do SAMS reencaminhados para o Serviços Nacional de Saúde. Portanto, o único
caminho é o reforço do Serviço Nacional de Saúde. Os privados têm o seu papel seguramente mas
não pode é ser à custa do dinheiro dos trabalhadores e do povo português porque os privados
fazem mais caro e fazem com pior qualidade”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Vamos proceder à votação”.
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Aprovada a Tomada de Posição n.º 57/XII/2020 por maioria e em minuta com:

. Vinte (20) votos a favor dos seguintes eleitos:

Do grupo municipal da CDU: 16

Do grupo municipal do BE: 3

Do grupo municipal da JFFF: 1

. Quinze votos (15) votos contra dos seguintes eleitos:

Do grupo municipal do PS: 10

Do grupo municipal do PSD: 4

Do grupo municipal do CDS-PP: 1

. Uma (1) abstenção dos seguintes eleitos:

Do grupo municipal do PAN: 1


O Presidente da Assembleia Municipal disse: “A moção foi aprovada com os votos a favor da CDU,
do Bloco de Esquerda e do Presidente de Fernão Ferro, a abstenção do PAN e os votos contra do
PS, do PSD e do CDS. Declarações de voto? Há uma declaração de voto do André Nunes”. 1:08:39
André Nunes, do PAN, disse: “Telegraficamente para dizer que no PAN nós não viabilizamos o
privado e não obstante de reconhecermos que é urgente investir no SNS e esse tem que ser um
desígnio de todos. Não nos revemos numa visão que omite o papel importante que os privados
podem e devem assumir, também pelo facto de o último ponto, um apelo à mobilização numa
altura em que vivemos uma crise sanitária, também nos parece totalmente descontextualizado e
desnecessário”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais alguma declaração de voto? Não temos
registo de mais nenhuma declaração de voto. Vamos fazer agora o ponto de situação aos tempos.
CDU 8 minutos e 40; PS 25 segundos. Sara Bloco de Esquerda? 5 minutos é isso confirma? Ok. PSD
2,25, o PAN é 5, é?
A 2.ª Secretária da Assembleia Municipal disse: “Quer que eu diga?”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “É melhor dizer a Sara”.
A 2.ª Secretária da Assembleia Municipal disse: “Então, a CDU tem 8 minutos e 40 segundos; o PS
tem 25 segundos; o PSD tem 2 minutos e 25 segundos; o Bloco de Esquerda tem 5 minutos, o CDS
tem 1 minuto, o PAN tem 2 minutos e 40 segundos e o Presidente da Junta de Freguesia de Fernão
Ferro tem 4 minutos”.
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Ata nº 08/2020
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O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Obrigado”.
II.7. Saudação apresentada pelo Grupo Municipal do PS: «Transtejo».
(Documento anexo à ata com o número 6).
I.8. Moção apresentada pelo Grupo Municipal da CDU: «O pontão de embarque no terminal flu-
vial do Seixal ou de como se criam problemas desnecessários às pessoas e se faz com que elas
desacreditem na ação política».
(Documento anexo à ata com o número 7).
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Tem a palavra Nelson Patriarca, tem é 25
segundos”.
Samuel Cruz, do PS, disse: “Eu acho que ele caiu, se calhar o Paulo apresenta primeiro e depois ele
apresenta a outra”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “De acordo. Paulo Silva”.
Paulo Silva, da CDU, disse: “Não é o Paulo Silva, sobre a Transtejo é o Hernâni Magalhães”.
Hernâni Magalhães, da CDU, disse: “Sobre a moção eu não irei dizer quase nada porque ela foi o
impressa e todos têm conhecimento. Dizer só meramente mais uma questão que eu acho que tem
alguma relevância, no prazo mínimo de 45 dias vamos ter mais pessoas a andarem nos transportes
públicos já lotados. Eu vou dar o meu exemplo pessoal, estou a ir três vezes por semana a Lisboa
fazer tratamentos médicos e se eu apanhar por exemplo o comboio das 16h43 que sai da
Roma/Areeiro para Setúbal o comboio chega a Entrecampos e logo a seguir Sete Rios fica
completamente cheio de gente que não cabe nem mais uma pessoa. É isso que se está a oferecer
às pessoas também como a alternativa à questão do pontão ter desaparecido. Por agora é a única
coisa que eu tenho a dizer, o resto já é conhecido, naturalmente que iremos votar contra a
saudação do Partido Socialista”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Nelson Patriarca”.
Nelson Patriarca, do PS, disse: “Eu ia só fazer uma nota antes dos 25 segundos que me restam, nós
vamos enviar um documento visto que na parte final existem duas incorreções na data e no
número da sessão. Portanto, queria fazer essa chamada de atenção. O documento vai-se manter
todo igual, apenas vamos corrigir onde diz 5.ª sessão extraordinária, e a data naturalmente será a
de hoje.
Agora sim e contabilizando o tempo a saudação é clara evidencia um investimento em curso há 15
dias, um trabalho do Governo da República que diz respeito também ao concurso de novas
embarcações, bem sabemos que no caso da plataforma a mesma causa constrangimentos, isso é
evidente durante dois meses, mas é um mal necessário para que a obra possa ser feita e para que
o cais volte a ter um certificado de navegabilidade. As obras do centro histórico do Seixal também
“empancaram”, peço desculpa pela palavra, o centro histórico durante mais de um ano e tiveram
que ser feitas, causaram constrangimentos e ainda assim, estão agora ao serviço de todos, assim
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como o cais que voltará a estar ao serviço de todos. A proposta da CDU não colhe tanto mais
porque vai a reunião de câmara um próximo documento para aloca-lo o velho cais a restauração,
imagino que nós utilizaríamos esse velho cais como … “.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Terminou o tempo”.
Nelson Patriarca, do PS, disse: “Vou terminar a frase então, Sr. Presidente, se me permite, haveria
um acidente durante esta utilização estaríamos a abrir o concurso para algo que poderia até vir a
ter um problema”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Intervenções para a saudação e a moção? Quem é
que pretende intervir? Tem a palavra Vítor Cavalinhos e depois a seguir Rui Belchior”.
Vítor Cavalinhos, do BE, disse: “Na opinião do Bloco de Esquerda a Transtejo não merece
nenhuma saudação. A Transtejo merece é uma reprovação. Aliás, é um bocado sádico. A Transtejo
fez, interrompe as circulações para Lisboa e prejudica milhares de pessoas e a assembleia
municipal ia apresentar uma saudação. Nós achamos que não faz sentido nenhum e nós votamos
contra esta proposta do PS. Quanto à proposta da CDU, a única coisa que vamos votar a favor e o
que queríamos solicitar é que a câmara municipal fizesse chegar à assembleia municipal a proposta
que foi apresentada pelo construtor naval, pretensamente como uma alternativa, essa proposta
que é do conhecimento da câmara a assembleia municipal tem o direito de a conhecer também e
solicitava que a câmara fizesse chegar à Assembleia Municipal essa proposta”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Tem a palavra Rui Belchior”.
Rui Belchior, do PSD, disse: “Relativamente à moção da CDU o Sr. Presidente é que poderá explicar,
foi veiculado em vários órgãos de comunicação social e há aqui esta censura veemente é um dos
pontos da moção ao Sr. Ministro do Ambiente João Pedro Marques Fernandes, sucede que ele
próprio, o gabinete afirmou ter tentado contactar diversas vezes a autarquia do Seixal e nunca
foram atendidos, queria saber se isto corresponde ou não à verdade.
Quanto à saudação do PS à Transtejo, nós também entendemos que a Transtejo não merecerá
nesta fase nenhuma saudação, até porque a oportunidade, a escolha do momento não podia ter
sido melhor, passando a ironia. É que na altura em que o número de contágios está a aumentar,
em plena entrada do outono para o inverno, tivemos todo o verão para trás e a primavera não se
fez nada e agora escolheu-se exatamente este momento para abarrotar os transportes mas o que
nos têm vendido desde o Sr. Presidente da República ao Governo é que é no seio familiar é que se
apanham os contágios e não nos transportes, completamente a abarrotar como estão neste
momento da Margem Sul para Lisboa. Isto para nós, é absolutamente extraordinário que seja
precisamente nesta altura que venham com uma intervenção quando já tiveram tanto tempo para
trás para fazer e aliás, fazendo-a tinham que ter arranjado uma alternativa que possibilitasse às
pessoas continuar a ir de barco para Lisboa”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais intervenções em relação a estes documentos?
André Nunes”.
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André Nunes, do PAN, disse: “Apenas para dizer que de alguma forma acompanho aquilo que foi a
intervenção do Bloco de Esquerda. Não me parece que a Transtejo mereça louvores, agora
também não podemos acompanhar aquilo que é a visão da CDU, na medida em que existem
questões de segurança ou pelo menos estão a ser invocadas questões de segurança, essas devem
ser primordialmente acauteladas e se existe uma visão alternativa a mesma que seja dada a
conhecer por parte do executivo da câmara municipal, a verdade é que nunca existe um bom
momento para fazer este tipo de intervenções. Portanto, qualquer que seja a altura em que se faça
uma intervenção desta natureza vai naturalmente causar impacto, mais a mais num contexto como
aquele que estamos a viver atualmente. Ainda assim, também me parece e não é desvalorizar que
atendendo ao facto de estarmos em estado de emergência e de alguma forma estar a ser dada por
força daquilo que foi a declaração de primazia ao teletrabalho, esta também não é o bicho papão
que está a ser criado a meu ver com efeito, puramente político, como arma de arremesso pois, que
não há na nossa opinião momentos propícios a fazer este tipo de intervenção e portanto, acautela-
se a segurança dos utentes e faça-se os investimentos que são necessários fazer ao nível do
transporte público porque dele depende, não só a qualidade de vida das pessoas mas também e
igualmente importante aquilo que são as metas de descarbonização que tanto precisamos e
portanto, nestes dois pontos em particular não tomaremos uma posição, nem favorável, nem
contrária a nenhum deles porque entendemos que ambas as visões têm de alguma forma uma
base e uma justificação, embora não as acompanhemos de todo na sua plenitude”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Pergunto pela ultima vez se há mais alguma
intervenção para estes documentos? Não havendo tem a palavra o Sr. Presidente da Câmara”.
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Eu acho que saudar um Governo e uma empresa que
encerra um serviço fluvial prejudicando mais de 2500 pessoas de forma direta, parece uma
brincadeira de mau gosto e penso que o PS comete um erro político grave ao apresentar uma
saudação perante algo que prejudica milhares de pessoas do concelho do Seixal. Claro que estando
longe, no Alentejo é fácil falar mas aqui no concelho do Seixal, onde as pessoas têm que se
deslocar para Lisboa e as alternativas estão bastante sobrecarregadas, o serviço fluvial devia
permanecer ainda mais em tempo de pandemia e foi isso que a câmara do Seixal procurou fazer ao
garantir não só o veemente protesto, relativamente aquilo que foi uma obra que já se sabia que ia
executar mas apenas dois dias antes ou três antes do anúncio do seu encerramento é que se
contactou a câmara municipal. É falso que tenham ligado para o Presidente da Câmara e para o seu
telemóvel e só revela da parte do Sr. Ministro que ficou bastante incomodado com o facto, da
câmara do Seixal não só a contestar de forma expressiva aquilo que foi este encerramento. Chamar
a atenção para a impreparação por parte da Transtejo e do Governo relativamente a uma matéria
que era facilmente resolvida e em terceiro lugar, a posição da Câmara do Seixal não só de estar no
gabinete do Sr. Ministro na 2.ª feira do encerramento, ele também não gostou e também o facto,
de termos contactado uma das maiores empresas a nível nacional, do ponto de vista da gestão
marítima e portuária e de ter apresentado em sete dias o que o Governo não foi capaz de fazer

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em sete meses. Claro que esse documento poderá ser enviado à Assembleia Municipal visto que
foi enviado para o Sr. Ministro e nem sequer houve qualquer tipo de resposta relativamente a esta
matéria. Lamentamos que assim seja, e demonstra uma vez mais a insensibilidade deste Governo
que prefere encerrar serviços em vez de os requalificar e manter, sabendo nós que de facto a obra
é importante e era necessária mas poderia ter sido feita com certeza mas com alternativas que não
impedissem o serviço fluvial. Não houve qualquer resposta da parte do Governo, vamos continuar
a insistir sobre esta necessidade e é por isso que é importante que os eleitos estejam nos locais
onde as pessoas vivem e para fazer propostas que tenham o mínimo de sentido”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Pergunto ao preponente, o PS não tem tempo”.
Hernâni Magalhães, da CDU, disse: “Ponto um, só quem não anda nos transportes públicos é que
pode afirmar aquilo que o nosso colega deputado André Nunes disse relativamente aos
transportes públicos. Eu tenho andado e sei como é que eles andam às horas que frequento e nem
sempre os frequento às horas de ponta, primeiro aspeto.
Segundo aspeto, todos nós ainda estamos lembrados do pandemónio que foi a ausência de
transporte fluvial motivado pela não injeção de dinheiro na Transtejo, todos nós estamos
recordados disso, isto é só mais um fenómeno, é pura e simplesmente o desprezo pelas pessoas o
está-se nas tintas, a preguiça, a inteligência, seja lá o que quer que seja, está-se nas tintas para o
problema das pessoas e é isso que nós temos que condenar, naturalmente que a manutenção tem
que ser feita, manutenção preventiva, corretiva, toda ela tem que ser feita, programada, com
certeza! Tem que haver alternativas, se as alternativas não são criadas é preciso perceber porquê.
É porque não existem ou porque não se quer? Neste caso, através daquilo que a câmara municipal
fez ficou claro que a alternativa não existe porque não se quis”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Ponto de ordem? André Nunes”.
André Nunes, do PAN, disse: “Eu queria invocar a figura regimental da defesa da honra”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Faz favor”.
André Nunes, do PAN, disse: “O eleito Hernâni Magalhães faz uma consideração dando a entender
que eu não conheço a realidade dos transportes públicos, o que é falso porquanto eu para me
deslocar para Lisboa muitas vezes utilizo os transportes públicos e nessa medida, fica essa ressalva
sempre acautelando que naquilo que é verdadeiramente essencial a questão da segurança, nada
foi dito e portanto, quanto a isso fica a defesa de honra feita”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Vamos colocar à votação estes documentos.
Saudação do PS Transtejo”.

Rejeitada a Tomada de Posição n.º 58/XII/2020 por maioria e em minuta com:

. Dez (10) votos a favor dos seguintes eleitos:

Do grupo municipal do PS: 10


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Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 08/2020
5ª Sessão Extraordinária – 16 de novembro de 2020
. Vinte (20) votos contra dos seguintes eleitos:

Do grupo municipal da CDU: 16

Do grupo municipal do BE: 3

Do presidente da JFFF: 1

. Seis (6) abstenções dos seguintes eleitos:

Do grupo municipal do PSD: 4

Do grupo municipal do PAN: 1

Do grupo municipal do CDS-PP: 1


O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Esta saudação foi rejeitada com os votos a favor do
PS, a abstenção do PSD, do PAN e do CDS e o voto contra da CDU, do Bloco de Esquerda e do
Presidente de Fernão Ferro. Alguma declaração de voto? Não há declarações de voto em relação à
saudação do PS. Passamos para a votação da moção da CDU”.

Aprovada a Tomada de Posição n.º 59/XII/2020 por maioria e em minuta com:

. Vinte (20) votos a favor dos seguintes eleitos:

Do grupo municipal da CDU: 16

Do grupo municipal do BE: 3

Do presidente da JFFF: 1

. Dez (10) votos contra dos seguintes eleitos:

Do grupo municipal do PS: 10

. Seis (6) abstenções dos seguintes eleitos:

Do grupo municipal do PSD: 4

Do Grupo Municipal do PAN: 1

Do Grupo Municipal do CDS-PP: 1


Dra. Madalena Silva disse: “Aprovada com os votos a favor da CDU, do Bloco e do Presidente de
Junta de Fernão Ferro, votos contra do PS e a abstenção do PSD, do PAN e do CDS, confere?”.

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Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 08/2020
5ª Sessão Extraordinária – 16 de novembro de 2020
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Confere! Declarações de voto? Não há declarações
de voto. Sara, vamos fazer o ponto de situação dos tempos”.
A 2.ª Secretária disse: “Temos a CDU com 6 minutos e 10 segundos, o PS não tem tempo, o PSD
tem 45 segundos, o Bloco de Esquerda tem 3 minutos e 50 segundos, o PAN tem 36 segundos, o
CDS tem 1 minuto e o Presidente da Junta de Freguesia de Fernão Ferro tem 4 minutos”.
I.9. Moção apresentada pelo Grupo Municipal da CDU: «Por seriedade na política – Parte II».
(Documento anexo à ata com o número 8).
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “É subscrita por Paulo Silva, tem a palavra”.
Paulo Silva, da CDU, disse: “Esta moção é a parte II da moção que já tínhamos apresentado em
anterior assembleia municipal a dizer que o Governo estava a faltar à verdade quando dizia que
havia financiamento a 100% para a remoção das coberturas de amianto na escola. A câmara
municipal apresentou as candidaturas das escolas do 1.º ciclo e depois das candidaturas estarem
aprovadas com contratos assinados veio uma alteração às regras do jogo a dizer que o montante
máximo elegível é de 65 euros por metro quadrado, valor esse que é sabido que não é o valor da
remoção. Portanto, o que o PS tanto anunciou de que era financiamento a 100% não passou de
publicidade enganosa. Assim, e quanto às escolas do 1.º ciclo que a câmara já está em todas com
obras, verifica-se que a cobertura do financiamento do Governo, que não é do Governo é de
fundos comunitários será de cerca de 60% até um pouco menos, ficando os outros 40% para a
câmara municipal. Assim não há condições para a câmara fazer a remoção das coberturas de
amianto nas escolas do 2.º e 3.º ciclo e secundárias que são da responsabilidade do Governo. Não
há garantia de ser a 100%. Era uma fatura muito pesada que iria ser para a câmara até porque os
valores são muito diferentes, as quantidades de amianto que existem nessas escolas, são muito
superiores às escolas do 1.º ciclo na sua globalidade e o pior estão com um nível de degradação
muito elevado e consequentemente são custos mais avultados. Por isso, a CDU apresenta esta
moção que exije ao Governo que seja sério e que cumpra o compromisso assumido que os
municípios não terão custos com a remoção das coberturas de fibrocimento existentes no parque
escolar por os trabalhos de remoção são financiados a 100% e que exige que o Governo faça a
remoção do amianto nas escolas do 2.º e 3.º ciclo e secundárias do concelho do Seixal, porquanto
a remoção dessas coberturas é da sua exclusiva responsabilidade e a câmara municipal não tem
que assumir custos com obras que não são da sua responsabilidade”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Intervenções para a apreciação desta moção?
Quem é que pretende intervir? Vítor Cavalinhos e a seguir Rui Belchior”.
Vítor Cavalinhos, do BE, disse: “É preciso esclarecer aqui um assunto nesta moção e é sobre as
escolas da responsabilidade do município para ser retirado o amianto. O que esta moção aqui nos
traz é uma novidade, o cenário com que estávamos a trabalhar e o que sabíamos era as escolas do
1.º ciclo da responsabilidade do município o amianto era retirado custeado pelo orçamento
municipal. Aliás, até tinha havido o compromisso da câmara, antes do inicio do ano letivo retirar o
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Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 08/2020
5ª Sessão Extraordinária – 16 de novembro de 2020
amianto das escolas. O que agora esta moção aqui trás é que afinal a retirada de amianto das
escolas do 1.º ciclo também foram sujeitas a este concurso e isto para nós é uma novidade. Para já
é preciso que isso seja esclarecido porque é uma surpresa para o Bloco de Esquerda esta ideia tem
de ser colocada na moção, este facto, para nós é uma completa novidade. O Bloco de Esquerda
com os elementos de trabalho que tinha e o cenário que tinha era que a retirada do amianto
destas 14 escolas não estavam dependentes de fundos comunitários, nem estavam dependentes
de serem submetidas a nenhum concurso, mas seria retirado o amianto das dispensas do
orçamento municipal, a questão é o Sr. Presidente esclarecer esta situação perante a assembleia
municipal”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Um preâmbulo de esclarecimento mesmo, não é
uma intervenção, o Sr. Presidente depois naturalmente intervirá, mas e a propósito desta questão
que o Vítor Cavalinhos colocou. Foi anunciado pelo Governo e assinado um protocolo com a
Associação Nacional de Municípios Portugueses, na altura eu tomei posição porque entendi que o
protocolo não dava as garantias, mas isso é outra questão, não interessa para aqui agora, e
portanto votei contra já agora dizer-vos porque entendi e não fui só eu a votar contra, houve
outros membros do conselho diretivo mas isso, é apenas um parêntesis muito breve mas foi
assinado um protocolo e foi o anuncio que o Governo fez para a retirada de amianto com
financiamento comunitário, não é financiamento do Orçamento de Estado, financiamento dos
fundos comunitários e abriram os respetivos avisos e isso, abrangendo todo o parque escolar do
país. Portanto, o 1.º ciclo, o 2.º ciclo, o 3.º ciclo e ensino secundário e o que o Governo colocou no
protocolo que a associação aceitou é que os municípios fariam toda a intervenção, mas não há
dúvida nenhuma de que o financiamento comunitário abrangia o anuncio, foi anunciado pelo
Primeiro Ministro para o parque escolar nacional, ou seja, e também já agora dizer-vos o seguinte:
não tinha sentido nenhum que houvesse financiamento comunitário para as escolas da
responsabilidade do Governo e não houvesse financiamento comunitário para as escolas da
responsabilidade das câmaras. Apenas mais uma questão, no protocolo que foi assinado era
garantido o financiamento a 100% do investimento efetuado e portanto, está-se a ver que não foi
nada assim, é apenas esta explicação. Rui Belchior se faz favor”.
Rui Belchior, do PSD, disse: “Esta moção, esta parte II como foi referida é assim uma espécie de
sequela cinematográfica e eu não posso deixar de registar, que o Governo é muito hábil na
publicidade e até na manipulação já todos nós sabemos, o que para nós é mais intrigante e eu sei
que isto já trás algum fastio, alguma saturação mas a verdade é esta, não podemos deixar de o
sublinhar, o que é verdade e mais intrigante para nós, esta duplicidade da CDU porque já vamos no
6.º orçamento, este ainda na generalidade que a CDU cauciona e patrocina este Governo.
Portanto, isto retira-lhe qualquer autoridade moral para vir aqui com este tipo de assuntos mas é o
que temos tido nos últimos tempos”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais intervenções? Não há inscrições e não
havendo tem a palavra o Sr. Presidente da Câmara”.
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Ata nº 08/2020
5ª Sessão Extraordinária – 16 de novembro de 2020
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Basta esclarecer, a cronologia e a história está feita a
câmara municipal decidiu avançar ainda antes do Governo ter anunciado este programa da
substituição de coberturas com a substituição das nossas coberturas. Aliás, é por isso que a câmara
do Seixal é a câmara mais avançada do país em termos de substituição de coberturas, tendo já
executado neste momento doze escolas, tendo duas já adjudicadas e estando à espera da
interrupção letiva do natal para para as conseguir concluir. Doze porque onze foram candidatadas,
uma já tinha tido auto de receção provisório e por isso, não pode ser candidatada a este processo.
Para dizer que número um) A Câmara do Seixal avançou no seu orçamento com esta intervenção.
Número 2) A seguir o Governo vem dizer que havia um quadro especifico para apoiar estas
intervenções. Número 3) Foram mobilizados fundos europeus, quer nas autarquias para este
efeito. Número 4) A Câmara do Seixal foi das primeiras a avançar com candidaturas. Temos neste
momento onze processos de candidatura completamente fechados e com contratos assinados
onde dizia que apoiavam 5% e no último dia da candidatura, 30 de outubro vem a CCDR e o
Secretário de Estado vem dizer que afinal já não eram os 5% era um valor inferior a esse. Isto são
os factos, não percebo qual é que é a dúvida do Sr. eleito Belchior colocou. Penso que os factos
que referem claramente a intenção da câmara municipal e depois claro, a candidatura assim que
for possível, nós avançámos com as candidaturas aos fundos europeus.
Aquilo que gostava de dizer é que entre aquilo que o Governo disse no inicio e o que comunicou e
depois como as coisas acontecem há uma grande diferença e essa diferença no nosso caso são
mais de 400 mil euros que o município poderia captar de fundos europeus para reinvestir na
educação, de facto estamos com um grande investimento nesta área também de mais de 8
milhões de euros e de facto, com essas verbas, se viessem, nós conseguiríamos alocar para mais
investimentos na área da educação. O que aconteceu foi que o Governo subtraiu-nos 400 mil euros
com os quais já tínhamos até, como disse, esses contratos estabelecidos. Por isso, cá está de facto
este tipo de parcerias com o Governo, onde se diz uma coisa ao inicio e depois a meio já é outra e
no fim será outra, veremos o que acontecerá. Ainda não recebemos nenhum dinheiro de fundos
europeus relativamente a esta matéria, veremos o que irá acontecer mas isto não nos dá nenhuma
confiança para avançar para um processo de maior dimensão relacionado com as escolas 2, 3 e
secundárias. Este investimento destina-se a cerca de 3 milhões de euros. É um grande
investimento. A câmara do Seixal teria que fazer face do seu orçamento para poder lançar esses
concursos, não havendo garantia que seriam financiados, a 100% não seriam, mas não há garantia
porque a informação que temos é que foi esgotado o valor previsto para a área de Lisboa em
termos de fibrocimento e se de facto, o país se encontra confrontado com uma situação de baixo
nível de execução de fundos europeus não compreendemos porque é que o Governo não aloca
mais fundos a esta matéria até porque vejam o caso do Seixal, nós fomos dos primeiros a avançar,
executámos, tínhamos contratos financiados a 100% e agora vêm dizer que já não é assim. Não
compreendemos o porquê desta situação, disso mesmo demos conta, quer à CCDR, quer à
Secretaria de Estado, quer aos ministros da educação e da coesão territorial dos quais aguardamos
que corrijam esta injustiça e aloquem mais fundos para este objetivo que é bastante importante.
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Ata nº 08/2020
5ª Sessão Extraordinária – 16 de novembro de 2020
Por fim, dizer como disse no inicio, não foi pela iniciativa do Governo que a câmara decidiu
avançar, foi a nossa própria iniciativa, antes do Governo ter anunciado essa medida, a câmara
municipal já tinha desenvolvido os procedimentos para estas 14 intervenções que com mais duas
que faltam ficaremos totalmente com os nossos equipamentos escolares sem coberturas com
fibrocimento. Por isso, cá está uma boa medida da câmara municipal feita de forma tempestiva,
isto é foi no período principalmente do verão que conseguimos intervir em 14 escolas, neste caso
duas ficaram para atrás, mas em doze escolas e demonstra bem a nossa capacidade, dos nossos
trabalhadores, um reconhecimento para os trabalhadores da Câmara do Seixal da área de
habitação e das obras municipais, essencialmente estas duas áreas que tiveram aqui um papel
muito importante para em período de férias podermos ter este nível de concretização”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Tem a palavra Paulo Silva“.
Paulo Silva, da CDU disse: “Não tenho mais nada a acrescentar”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Vamos proceder à votação”.

Aprovada a Tomada de Posição n.º 61/XII/2020 por maioria e em minuta com:

. Vinte e um (21) votos a favor dos seguintes eleitos:

Do grupo municipal da CDU: 16

Do grupo municipal do BE: 3

Do grupo municipal do PAN: 1

Do presidente da JFFF: 1

. Dez (10) votos contra dos seguintes eleitos:

Do grupo municipal do PS: 10

. Cinco (5) abstenções dos seguintes eleitos:

Do grupo municipal do PSD: 4

Do grupo municipal do CDS-PP: 1


Dra. Madalena Silva, disse: “A favor CDU, Bloco de Esquerda, PAN e o Presidente da Junta de
Fernão Ferro, PS contra, o PSD e o CDS abstiveram-se”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Há alguma declaração de voto? Tomás Santos”.
Samuel Cruz, do PS, disse: “Eu em defesa da honra do Partido Socialista”.

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O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Está bem, a declaração de voto e a defesa da honra.
Tomás Santos, a declaração de voto”.
Tomás Santos, do PS, disse: “O PS apresenta esta declaração de voto aquilo que foi dito durante a
apresentação da moção não corresponde com a verdade, senão vejamos no dia 7 de julho o
Governo apresenta um plano de 60 milhões de euros, criando condições para a retirada do
amianto em 568 escolas, no final do mês de julho (impercetível) com todas as câmaras PS e porque
é que é com todas as câmaras PS? Porque todas as câmaras CDU recusaram-se a assinar esses
acordos, porque será pergunto eu?”
Paulo Silva, da CDU, disse: “Sr. Presidente, isto é uma declaração de voto?”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Isso é uma intervenção, não é uma declaração de
voto!”.
Tomás Santos, do PS, disse: “Só estou a fazer a cronologia para explicar o ponto, termino já, dê-me
um minuto que eu termino. No dia 27 de julho são avançadas as operações de remoção de
amianto em 100 escolas da zona centro, no inicio deste ano letivo a Ministra da Coesão Territorial
esteve em Almeirim e em S. Brás de Alportel garantindo que as escolas que estabeleceram acordos
com o Ministério da Educação e da Coesão Territorial que o amianto iria ser retirado. Portanto, a
declaração de voto é para dizer que aquilo que é dito na moção é mentira porque ou há um
problema de valores na ilha que é o concelho do Seixal em que aqui os valores operam de forma
diferente e os valores aqui são diferentes de tudo o resto do país, mas como podem ver o que na
verdade se passa é que enquanto que nos outros sítios o mundo avança, aqui ficamos estagnados”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Samuel Cruz”.
Samuel Cruz, do PS, disse: “A defesa da honra é em nome do Partido Socialista e é acompanhada
de um veemente protesto porque o Sr. Presidente da Câmara deliberadamente e conscientemente
como adiante se verá na minha intervenção, quis criar a confusão bem sabendo que faltava à
verdade, se não vejamos o que eu vou ler é a ata da audição do Ministério da Coesão Territorial no
âmbito da proposta do Orçamento de Estado do ano 2021, na Assembleia da República, em
concreto a intervenção do Secretário de Estado Adjunto e do Desenvolvimento Regional Carlos
Miguel a respeito do programa da remoção do amianto nas escolas. Diz então, o Secretário de
Estado é fácil comparar o que é desigual mas não é justo fazer essa comparação. Nós temos que
comparar os que sejam iguais ou semelhantes, senão fizermos isto temos sempre aqui resultados
divergentes, nós temos para falar de coisas pelos próprios nomes, municípios como Sintra que
substituiu o amianto a 44 euros, a Amadora substituiu o amianto a 52 e só estou a falar aqui na
região de Lisboa, para depois termos o Seixal que substituiu a 110 euros. Aqui ao lado em
Almeirim, embora também faça parte da CCDRLVT substituam a 98, estamos a falar da mesma
coisa? Não! Não estamos a falar da mesma coisa! Estamos a falar em substituição mas o material
aplicável na substituição do amianto é muito diferente, não revela nenhum segredo porque ainda
na sexta feira passada tive ao telefone com o Sr. Presidente da Câmara do Seixal que estava

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indignado porque tinha a expetativa de ser ressarcido a 100% quando o seu custo representa 110
euros o metro quadrado, mas também fiquei a saber, se bem que já sabia, mas confirmou-me que
a opção do Seixal foi substituir o amianto por placas sandwich com 100 milímetros de espessura
quando a indicação era de 30 milímetros de espessura que é aquilo que é indicado e por isso, o
Seixal fez muito bem em substituir por 100 milímetros de grossura só que estamos a falar em
coisas desiguais e não estamos a falar em coisas iguais, não é justo fazer política assim”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Eu pedi a intervenção também para defesa da
honra. A defesa da honra aqui passa um bocadinho as funções de Presidente da Assembleia mas
não posso deixar de dizer isto: A Associação Nacional de Municípios e aliás esta é uma matéria
para discussão no próximo conselho diretivo porque a realidade do país, não é a que foi aqui dita e
o que o Sr. Presidente da Câmara do Seixal disse é uma experiência intolerável quando a
Associação Nacional de Municípios foi enganada e a Câmara do Seixal foi enganada porque o
compromisso do protocolo que foi assinado era financiamento a 100% e de facto, não se aceita de
certeza absoluta que se faça obras sem nenhuma qualidade por causa do preço que é o que parece
que está aqui em questão. Isto é uma coisa séria, em nome do Seixal permitam-me e permita-me o
Sr. Presidente que tem toda a razão, foi enganado, a Câmara do Seixal foi enganada e a Associação
Nacional de Municípios foi enganada miseravelmente, desculpem lá a dureza da expressão quando
o Presidente da Associação assina um protocolo de financiamento a 100%. Portanto, é matéria
para o próximo Conselho Diretivo, esta é que é a realidade e esta é que é a verdade, não a outra
que se contou, nem a dessa ata que não tem a ver com os compromissos que o Governo assumiu
com a Associação Nacional de Municípios e portanto, defendida a honra do Seixal permitam-me e
também da Associação Nacional de Municípios Portugueses”.
Vítor Cavalinhos, do BE, disse: “O Bloco votou a favor e fará chegar uma declaração de voto sobre
esta matéria”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Tempos?”
A 2.º Secretária da Assembleia Municipal disse: “Na CDU temos 3 minutos e 40 segundos, o PS e
o PSD não têm tempo, o Bloco de Esquerda tem 2 minutos e 1 segundo, o CDS tem 1 minuto, o
PAN tem 36 segundos e o Presidente da Junta de Fernão Ferro tem 4 minutos.”
I.10. Moção apresentada pelo Grupo Municipal da CDU: «Combater a Pobreza e a Exclusão Soci-
al».
(Documento anexo à ata com o número 9).
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Palavra à CDU, esta moção é subscrita por Paula
Santos, tem a palavra”.
Paula Santos, da CDU, disse: “De uma forma muito breve porque o texto é conhecido uma moção
sobre o combate à pobreza e a exclusão social, a propósito do Dia Internacional da Erradicação da
Pobreza que se assinalou no passado dia 17 de outubro. O risco de pobreza no nosso país continua
a ter uma dimensão preocupante sendo mais expressivo nas crianças e nos jovens mas também
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nas pessoas com mais de 65 anos, é também nas famílias com filhos em particular as famílias
monoparentais, ou famílias com mais de 3 filhos, são estas as famílias que estão mais expostas ao
risco de pobreza e a realidade do nosso país revela também que o risco de pobreza aumentou para
os trabalhadores empregados e para os trabalhadores desempregados. O nosso país continua a ter
esta realidade que mesmo trabalhando os trabalhadores não conseguem sair das malhas da
pobreza. A pobreza e a exclusão social são fenómenos que se continuam a verificar de forma
acentuada no nosso país e que não estão desligados das desigualdades sociais, da concentração da
riqueza como também não estão desligados do desemprego, da precariedade dos baixos salários e
das baixas pensões e nas dificuldades no acesso às prestações sociais. A realidade que vivemos
hoje no contexto de pandemia se não forem tomadas as medidas eficazes podem contribuir para
um agravamento desta realidade no nosso país. A erradicação da pobreza passa por políticas
integradas, de uma justa distribuição da riqueza, da valorização dos salários e das pensões, da
garantia do acesso aos serviços públicos, do reforço da própria prestação social e por isso, aquilo
que a CDU propõe nesta moção é no sentido de exortar o Governo a adotar uma estratégia
nacional de combate à erradicação da pobreza e da exclusão social, tendo em conta a necessidade
de adotar políticas integradas para combater esta realidade e que no atual contexto da pandemia
da Covid 19 que sejam adotadas medidas para proteger o emprego e os rendimentos, em especial
o aumento dos salários, o aumento do salário mínimo nacional, a proibição dos despedimentos e o
reforço das prestações sociais dirigidas aos trabalhadores e às famílias”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Intervenções em relação a esta moção? Quem é
que pretende intervir? Vítor Cavalinhos”.
Vítor Cavalinhos, do BE, disse: “O que o Bloco de Esquerda tem a dizer sobre esta matéria é o
seguinte, nós vamos votar a favor da moção, estamos de acordo com ela. Agora a estratégia de
combate à pobreza e à exclusão social não é só da responsabilidade do Governo, as autarquias e o
município do Seixal é evidente que têm que fazer parte dessa estratégia e tomar medidas para
além das que já tem tomado ao longo do tempo, mas a dimensão deste problema e o combate à
pobreza e à exclusão social obriga a que os municípios façam parte dessa estratégia, por isso é que
o Bloco de Esquerda tem defendido e vai continuar a defender que no concelho do Seixal deve ser
elaborado um plano de emergência social, um plano de resposta à crise. Para dizer, no
fundamental está dito, é que deve-se apontar e deve-se reivindicar, o Bloco de Esquerda acha
muito bem que o Governo assuma as suas responsabilidades mas esse facto, não pode iludir que o
município tem que também tomar para além das medidas que tomou, tem que pensar nas outras
medidas e tem que ajudar, tem que ser parceiro no combate à exclusão social para diminuir a
pobreza. Portanto, esta tarefa é de tal modo importante que exija a participação de todos os
poderes”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Pergunto se há mais alguma intervenção em
relação a esta moção? Não há mais pedidos de intervenção. Pergunto ao Sr. Presidente se quer
intervir?”.
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O Presidente da Câmara Municipal disse: “Apenas uma nota, é evidente que a questão da pobreza
é um flagelo antes de mais social da sociedade capitalista e por isso, o seu combate não pode ser
uma vez mais, apenas das competências da ação das autarquias. Deve ser antes encarado como
um problema estrutural da sociedade e do país e a existirem medidas robustas inter setoriais ao
nível dos governos para a sua resolução onde também, claro as autarquias e outras entidades
farão parte dessa estratégia. Agora este tipo de propostas um pouco, podemos dizer assim,
populistas apenas para marcar politicamente algumas bandeiras e fazer recair sobre as autarquias
competências que não são as suas de forma exclusiva, penso que são uma vez mais enganadoras
daquilo que são os verdadeiros responsáveis pela pobreza no país e uma vez mais saem incómodos
enquanto que mais uma vez os autarcas é que são chamados para enfrentarem esta situação,
quando volto a dizer a competência não é das autarquias, não é do Poder Local apesar de
sabermos que o Poder Local está disponível como aqui no Seixal, temos sempre estados
disponíveis para apoiar os parceiros sociais que combatem todos os dias a pobreza. Já agora, só
para dar um último exemplo daquilo que fizemos, a Associação de Reformados, Pensionistas e
Idosos da Torre da Marinha é uma das entidades que foi selecionada para poder fornecer
alimentos a um conjunto vasto de famílias e a Câmara do Seixal é que adquiriu uma nova viatura
para que a associação possa fazer este trabalho benévolo e solidário em prol de outros. Por isso, cá
está, podemos dizer que temos planos, podemos dizer isto, aquilo e aqueloutro, mas os
verdadeiros responsáveis, esses sim que têm essa responsabilidade devem fazer os planos, esses
não contam para algumas das forças políticas da assembleia municipal”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Vítor defesa da honra”.
Vítor Cavalinhos, do BE, disse: “O Bloco de Esquerda não apresentou aqui nenhuma proposta
populista e a conversa do populismo às vezes também chateia um bocado, sempre que uma
pessoa tem uma opinião que não é confortável ou que não está de acordo com quem não gosta de
ouvir agora chama-se populista. O que eu queria perguntar ao Sr. Presidente em que é que a
defesa de um plano de emergência social é uma proposta populista e isso, não adianta nada ao
debate, só dá é para uma pessoa se chatear um bocado e às duas por três a pessoa não tem que
ter paciência para tudo. Portanto, o Bloco de Esquerda não aceita que o Sr. Presidente intervenha
dessa forma no debate porque o Bloco não apresentou aqui nenhuma proposta populista.
Apresentou uma ideia que existem em muitos concelhos e existe em muitos países. Portanto, não
há nenhuma proposta populista. Nós precisamos de ser todos parceiros de uma solução, se há
pessoas, se há partidos que têm todas as soluções e sabem todas as respostas e têm condições
para resolver todos os problemas do mundo, ainda bem para a humanidade”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Tem a palavra Paula Santos, proponente”.
Paula Santos, da CDU, disse: “Obviamente que numa estratégia de combate à pobreza e à exclusão
social devem se envolver o conjunto de entidades, incluindo as autarquias e o Poder Local, isso é
uma coisa. Outra coisa e é bem diferente desta é aproveitar até o momento em que vivemos no
nosso país da pandemia e que a pretexto da pandemia se procure transferir para as autarquias um
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conjunto de competências e de encargos que não são seus e que se desresponsabilize o Governo.
Podemos dar aqui um exemplo, uma das coisas que por exemplo, o apoio social a pessoas com
maior vulnerabilidade e com maior carência económica, aquilo que deve ser feito não é esse apoio
ficar dependente da capacidade de cada um dos municípios e em vez de termos uma política
universal para apoiar todas essas pessoas, passamos a ter 278 que são um numero de municípios
do território nacional. Estas são questões de grande importância e são problemas estruturais que
temos no nosso país que não vai lá para transferir para outros, não vai lá com linhas e políticas
caritativas e assistencialistas para manter a pobreza no fundamental. Aquilo que é necessário é
como nós colocámos que é a necessidade de uma política de rendimentos que permitam uma
justa distribuição e uma distribuição equitativa da riqueza criada, mais salários porque aquilo que
se pretende não é manter as pessoas na pobreza mas sim superar e para superar é preciso dar-lhes
dignidade, é preciso dar condições de vida e aí quer do ponto de vista do apoio social, quer do
ponto de vista do acesso a serviços públicos, quer as questões relacionadas com a valorização dos
salários e de pensões é fundamental para ultrapassar esta realidade e aqui estamos a falar num
conjunto de competências do plano que são de facto, da Administração Central e do Governo.
Envolver todos nas soluções sim, mas isso não pode significar a desresponsabilização e passar para
outros os encargos que são neste caso concreto, da responsabilidade do Governo assumir este
conjunto de responsabilidades e problemas estruturais que temos no nosso concelho mas é um
problema estrutural do país”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Passamos para a votação”.

Aprovada a Tomada de Posição n. º 62/XII/2020 por maioria e em minuta com:

. Vinte e um (21) votos a favor dos seguintes eleitos:

Do grupo municipal da CDU: 16

Do grupo municipal do BE: 3

Do grupo municipal do PAN: 1

Do presidente da JFFF: 1

. Quatorze (14) votos contra dos seguintes eleitos:

Do grupo municipal do PS: 10

Do grupo Municipal do PSD: 4

. Uma (1) abstenção dos seguintes eleitos:

Do grupo municipal do CDS/PP.


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Dra. Madalena Silva disse: “Temos os votos a favor da CDU, do Bloco de Esquerda, do PAN e do
Presidente de Fernão Ferro, os votos contra do PS e do PSD e a abstenção do CDS”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Declaração de voto de Sara”.
Sara Lopes, do PS, disse: “A nossa posição do voto é contra visto que existe um plano já de
emergência nacional e existe também a nossa linha de emergência nacional social que é a linha
144 que envolve qualquer fenómeno, como envolve também a Covid 19. Esse plano está montado.
No ponto dois da moção que é apresentada já existem medidas aplicadas, a proteger tanto as
entidades patronais como os trabalhadores no regime contributivo como umas pessoas quando
não estão no regime contributivo, essas medidas já existem e carecem de ser alteradas consoante
houver alterações com o evoluir da epidemia ou não e se existem. Nós aprofundaremos mais por
escrito a nossa declaração de voto”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “João Rebelo”.
João Rebelo, do CDS-PP, disse: “A nossa abstenção tem a ver que qualquer ideia que visa combater
a pobreza e a exclusão e as causas que levam a que isso perdure não podem merecer um voto
contra por razões puramente (impercetível) Fica o registo de que ainda há muito por fazer neste
país, não deixa de ser curioso que depois de tantos ataques ao Governo PSD/CDS os últimos
números sobre o agravamento das condições sociais e da pobreza em Portugal têm aumentado
nos últimos dois anos e nos últimos dois anos não havia Covid. Não deixa de ser curioso também
esse facto e lamentável, aliás. A abstenção vai nesse sentido Sr. Presidente que todos se devem
unir, isto não é uma ideologia, todos se devem unir para o combate à pobreza e à exclusão social”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Rui Belchior”
Rui Belchior, do PSD, disse: “Nós votámos contra pese embora estejamos de acordo que deve
haver um plano de combate à pobreza e à exclusão social. Até porque nos próximos cinco anos,
muito provavelmente seremos o 27.º, estaremos no carro vassoura da Europa como o país mais
pobre e isto foi o que nos levou ou que nos está a conduzir determinadas políticas socialistas. De
qualquer modo, votamos contra esta moção porque não podemos votar a favor de uma moção
que tenha uma medida digamos assim, tão venezuelana ou cubana como a proibição de
despedimentos porque isto no nosso entendimento é conduzir ainda a mais desemprego e à
falência de mais empresas. É preciso recordar que 85% ou 90% do tecido empresarial são
pequenas e médias empresas, se as empresas em momento de crise, em momentos de
dificuldades não podem dispor dos seus recursos humanos porque estão proibidos isto é levar ao
fim daquilo que resta e portanto, com uma deliberação destas nós nunca poderíamos votar a
favor”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Vítor Cavalinhos”
Vítor Cavalinhos, do BE, disse: “O Bloco informa que fará chegar uma declaração de voto”.

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Ata nº 08/2020
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O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Terminámos agora o Período de Antes da Ordem do
Dia e fazemos um intervalo de 10 minutos”.

III. PERÍODO DA ORDEM DO DIA


III.1. Pedido de suspensão de mandato de Bruno Barata.
(Documento anexo à ata com o número 10).

Aprovada a Deliberação n.º 35/XII/2020 por unanimidade e em minuta com:

. Trinta e seis (36) votos a favor dos seguintes eleitos:

Do grupo municipal da CDU: 16

Do grupo municipal do PS: 10

Do grupo municipal do PSD: 4

Do grupo municipal do BE: 3

Do grupo municipal do PAN: 1

Do grupo municipal do CDS/PP: 1

Do presidente da JFFF: 1
Sem som
III.2. Informação sobre o trabalho em curso das Comissões da Assembleia Municipal.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Paulo Silva”.
Paulo Silva, da CDU, disse: “Só para informar que a comissão de desenvolvimento estratégico
continua com as suas reuniões periódicas e antes desta assembleia teve uma reunião a preparar a
assembleia municipal”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Custódio Carvalho”.
Custódio Carvalho, da CDU, disse: “No dia 12 de outubro reuniu a comissão de desporto com a
presença do Vereador, o tema da reunião foi o desporto em que o vereador primeiro explicou o
que se fazia no pelouro e depois respondeu às perguntas feitas pelos participantes. Agora ficou de
agendar uma próxima reunião que é uma visita às piscinas de Paio Pires em que a data será
marcada pelo Sr. Vereador”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Nuno Graça”.

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Ata nº 08/2020
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Nuno Graça, da CDU, disse: “A comissão de ambiente, bem estar animal e serviços urbanos e
proteção civil como tem sido o seu apanágio tem estado bastante ativa, tivemos uma reunião no
dia 8/10 que no fundo foi uma visita à ETAR do Seixal. Foi importante esta visita porque já é a
segunda vez que visitamos e permitiu acompanhar a evolução e todo o processo desde então.
Posteriormente, no dia 12/10 uma visita ao CROAC, também me pareceu bastante importante
porque pudemos compreender um pouco mais estas tarefas que são lá feitas e acompanhar as
obras de melhoramento. Salientar que ambas as visitas devido à Covid tivemos por exemplo na
primeira visita, nem todos os elementos da comissão puderam participar porque havia um limite
de participantes, sendo que pelo menos um de cada força política poderia estar representado”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Júlia vamos ver se conseguimos agora”.
Dra. Madalena Silva disse: “Ela deu uma informação no bate papo se conseguir escrever mais
alguma coisa, talvez seja suficiente”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “É isso temos que substituir pela informação no bate
papo e uma informação depois mais desenvolvida pode ser dada na próxima sessão da assembleia,
mas está a informação no bate papo.
Uma nota, naturalmente importante é que a Virgínia Dias a partir da aprovação do pedido de
suspensão participa na assembleia e naturalmente já pode votar depois quando for os momentos
de votação”.
III.3. Ata da Sessão Ordinária de 25 de novembro de 2019.
(Documento anexo à ata com o número 11).
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Não podem votar por não terem estado nesta
sessão: Custódio Carvalho, Maria João Santos, Maria Júlia Freire, Hernâni Magalhães e Nuno Graça,
da CDU. Do PS: Sara Lopes e do Bloco de Esquerda, Sandra Sousa. Eu pergunto se há alguma
consideração em relação a esta ata? Não havendo, considera-mo-la aprovada”.

Aprovada a Deliberação nº 36/XII/2019 por unanimidade e em minuta com:

. Trinta (30) votos a favor dos seguintes eleitos:

Do grupo municipal da CDU: 11

Do grupo municipal do PS: 10

Do grupo municipal do PSD: 4

Do grupo municipal do BE: 2

Do grupo municipal do PAN: 1

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Do grupo municipal do CDS/PP: 1

Do presidente da JFFF: 1
III.4. Pedido de Recurso para o Plenário apresentado pelos Grupos Municipais do PAN e do PS.
(Documento anexo à ata com o número 12).
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “É uma proposta conjunta do PAN e do PS, foi
indeferida a sua inclusão na ordem de trabalhos com um despacho de indeferimento que
conhecem, sustentado também juridicamente pelos serviços de apoio da câmara e da assembleia
municipal e no fundamental o indeferimento é por não cumprir a Lei 75/2013 creio que
dispensamos a leitura do despacho que todos conhecem por não cumprir a Lei 75/2013 nos
artigos 108.º a 110.º que tem a ver com a constituição de associações municipais de fins
específicos e no quadro das competências dos órgãos: câmara municipal e assembleia municipal.
Passamos para o que vai estar em apreciação é o recurso para o plenário no quadro da Lei 75/2013
e consignado em regimento e sendo a proposta do PAN subscrita pelo PS, tem a palavra o André
Nunes”.
André Nunes, do PAN, disse: “Na verdade é subscrita pelos dois. Eu este tempo não quero
intervir”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Não quer intervir André, é isso?”
André Nunes, do PAN, disse: “Não, Presidente”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Ok, estava a dar-lhe a prerrogativa como
proponente”.
André Nunes, do PAN, disse: “Sim, eu agradeço”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Então, como é conjunta pergunto ao Samuel Cruz
se pretende intervir”.
Samuel Cruz, do PS, disse: “Pretendo sim, Sr. Presidente”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Faz favor, Samuel”.
Samuel Cruz, do PS, disse: “Como já disse o Sr. Presidente esta proposta é apresentada no quadro
da Lei 75/2013, as competências dos órgãos das autarquias locais e a celebre alínea k) que permite
que os eleitos apresentem propostas para serem discutidas na assembleia municipal. Eu não vou
maçar a assembleia com a discussão jurídica, tanto que já a tivemos na ultima assembleia
municipal à cerca da possibilidade ou não de apresentar propostas. O rácio que teve por trás da
apresentação desta proposta tem a ver com o demonstrar na prática que não há a intenção de
cumprir a lei, por parte da mesa, eventualmente não sei se por parte da assembleia ou não, na
medida em que vamos ver qual é o resultado da votação. O quê que eu quero dizer com isto?
Quero dizer que não há dúvidas de que os membros da assembleia podem apresentar propostas
para serem discutidas no plenário. Já apresentámos propostas e são sempre excluídas e
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resolvemos apresentar esta porque é bastante evidente, ou seja se a assembleia municipal não
puder deliberar sobre a sua adesão a um órgão representativo pode o quê? É a câmara que vai
dizer se a assembleia municipal quer aderir ou não? É evidente que não! Aliás, é tão evidente que
no caso presente a assembleia municipal quer aderir à Associação Nacional de Assembleias
Municipais e a Câmara não adere. Aliás, este é o entendimento da democracia da CDU podem
discutir o que vocês quiserem desde que se faça aquilo que a gente quer. Isto é tão ridículo quanto
outra coisa é que a Associação Nacional de Assembleias Municipais tem 169 associadas, mais de
metade de assembleias municipais do país e todas fizeram assim. Aliás, não cabe na cabeça de
ninguém que uma assembleia municipal que seja associada de uma associação nacional e que não
delibere sobre o assunto. Portanto, fazendo aqui a síntese, estamos a discutir se é possível
apresentar propostas à assembleia municipal e aqui bifurca em dois sentidos, se mais de metade
dos municípios deste país já o fizeram porque é que no Seixal não se pode fazer? Essa é uma
questão. A outra questão é de facto, esta que é, vou por a questão ao contrário gostava que o Sr.
Presidente da Assembleia Municipal respondesse que é sobre o que é que se pode deliberar? Já
percebemos qualquer coisa que se traga aqui, gostávamos de saber o que é que se pode deliberar?
Uma questão um bocadinho ao contrário.
Agora, outra questão diferente diz o Sr. Presidente da Câmara porque já há a Associação Nacional
de Municípios. Não! A Associação Nacional das Assembleias Municipais foi criada justamente por
isso, então eu pergunto quais são os municípios do nosso país com as câmaras municipais são as
assembleias municipais e são as juntas de freguesia, quantos presidentes de junta estão
representados no conselho diretivo na Associação Nacional de Municípios Portugueses? Nenhum!
Quantos Presidentes de Assembleia Municipal estão representados? Está o Presidente Alfredo
Monteiro e mais nenhum. A exigência da Associação Nacional das Assembleias Municipais é
justamente a correta representatividade e a correta representatividade na Associação nacional de
Municípios Portugueses tem que ser ⅓ do Conselho Diretivo deve ser Presidentes de Câmara, ⅓
deve ser Presidentes de assembleias municipais e ⅓ deve ser presidentes de junta, isto sim é uma
associação de municípios o que nós temos atualmente é uma associação de câmaras municipais
mas isso é uma coisa diferente. Aliás, pede-me o Sr. Presidente Albino Pinto de Almeida que mais
uma vez reforce junto do Sr. Presidente da Assembleia Municipal, uma vez que é o único que
representa as assembleias municipais no seio da Associação Nacional de Municípios que a
Associação das Assembleias Municipais aguarda a marcação de uma reunião que pelos vistos já foi
tentado várias vezes mas que não tem sido possível acontecer ao longo deste mandato.
Para terminar, a minha intervenção gostava de perguntar ao Sr. Presidente da Câmara Municipal o
seguinte: esta assembleia municipal já deliberou que quer aderir à Associação Nacional de
Assembleias Municipais. É necessária agora uma deliberação da câmara para que se formalize essa
questão e a questão muito direta ao Sr. Presidente da Câmara é porquê que não respeita a decisão
desta assembleia e não agenda o competente ponto na ordem de trabalhos para que se possa
proceder. Isto não é a democracia Sr. Presidente, há questões que você pode dizer. Enfim, isto é

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uma decisão da câmara, há um programa eleitoral, há dificuldades financeiras, não é possível fazer,
admito! Podemos e devemos que estamos cá, discutir isso e devemos discutir até mais, mas esta
não é uma questão que se coloque desta forma. Esta é uma questão de legitimidade democrática.
A Assembleia Municipal tem o direito a deliberar que quer pertencer a uma associação e o Sr.
Presidente da Câmara se for um democrata aquilo que faz é agenda e vota a favor para que a
vontade legitima e democrática da assem, municipal seja respeitada. Fiz-lhe a pergunta
diretamente Sr. Presidente da Câmara porquê que não fez até ao momento? Porquê que não
respeitou a vontade desta assembleia municipal?”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Está inscrito o Paulo Silva. Apenas um
esclarecimento. Em primeiro lugar, Samuel é de facto, esta referência em relação ao Samuel Cruz é
interessante que interceda no Presidente da ANAM para uma reunião, não é necessário interceder,
a reunião creio que foi pedida agora recentemente, foi informado o Conselho Diretivo e vai ser
agendada, a Associação reúne com toda a gente, a Associação Nacional de Municípios. Aliás, há
que dizer, já agora que o quadro da lei a Associação Nacional Municípios é que é o interlocutor
legal perante o Governo.
Segundo esclarecimento não sei o numero de associados, mas posso-lhe garantir é que no quadro
da Lei 75/2013 só é possível a associação e isso é uma questão que com certeza virá aqui nas
intervenções, se for necessário algum esclarecimento também farei, tem que ter deliberação dos
órgãos, isto no quadro legal mas isso é matéria que com certeza de debate, mas não foram
deliberações das assembleias municipais, tiveram que ser deliberações da assembleia municipal
por proposta da câmara, só assim é que é possível no quadro legal para constituir associações de
municípios.
Em relação ao número de associados com certeza que na listagem que se pode consultar no site da
ANAM, com certeza que os associados que lá estão, eu diria na sua grande maioria serão corretos
mas há antes de mais e já fiz um oficio para a ANAM, uma incorreção, está lá o Seixal como
associado da ANAM. Como é que aparece o Seixal na listagem de associados, basta consultar!
Consultem o site, de associados da ANAM quando não há nenhuma deliberação dos órgãos nesse
sentido. Até nos pediram as quotas! Vejam lá! Isto é apenas um apontamento que tem a ver
connosco, que tem a ver com o Seixal que não aderiu à ANAM mas está na listagem de associados
da ANAM e pedem-nos para pagar as quotas. Tem a palavra o Paulo Silva”.
Paulo Silva, da CDU, disse: “Não sei o que estamos aqui a votar porque ao preparar-me para esta
assembleia municipal tive o cuidado de ir ao site da ANAM e qual não é o meu espanto que vejo
que o Seixal faz parte da ANAM. Não tenho conhecimento disso e como autarca há muitos anos do
Seixal e estou bem informado que não faça parte da ANAM mas para a ANAM já fazemos parte.
Isto dá um bocadinho para rir e para ver a própria credibilidade desta associação que divulga como
fazendo parte municípios que não fazem parte e o Seixal é desde logo um, por isso quando o
Samuel diz que fazem parte 169 municípios eu pergunto, isto é verdade? 169 não serão! No
máximo 168 mas quantos mais é que poderão lá estar como o Seixal?
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Depois dizer que o Samuel não leu os estatutos da ANAM porque se lesse, não dizia que faziam
parte 169 assembleias municipais porque o artigo 3.º dos estatutos da ANAM é claro ao dizer que
os associados não são as assembleias municipais, são os municípios. Artigo 3.º – associados, são
associados da ANAM os municípios. É uma associação de cariz municipal e isto é muito importante
e ainda em termos do artigo 1.º é uma entidade de direito privado e isto é fundamental para
depois se ver quem é a competência para a questão da adesão à ANAM, se a assembleia municipal
só por si pode deliberar validamente esta associação. Ora, quanto à questão das autarquias locais
não há duvidas nenhumas que o município tem dois órgãos: um órgão deliberativo e um órgão
executivo. O órgão deliberativo, assembleia municipal, o órgão executivo, câmara municipal, como
ensinam os professores Gomes Canotilho e Vital Moreira tem que se atender quando se vê os
poderes de cada um dos órgãos à teoria do núcleo essencial, que aqueles professores definem
como a que é a nenhum órgão de soberania podem ser reconhecidas funções da qual resulta o
esvaziamento das funções materiais especificas e principalmente atribuídas a outro órgão, isto
significa que nenhum dos órgãos de soberania pode intrometer-se no núcleo essencial das funções
pertencentes a outro órgão. Por outras palavras, e no que respeita aos municípios, aos órgãos
municipais: câmara municipal e assembleia municipal diremos que são autónomos, não podendo
cada um deles assumir as competências do outro. Isto é muito importante porque na ultima
discussão que tivemos sobre o ultra recurso houve alguém que disse: como a câmara municipal
não deliberou a assembleia tem poderes para deliberar. Um erro crasso que não respeita esta
teoria do núcleo essencial e por isso, nenhum na assembleia municipal, não pode assumir as
competências do outro.
Sobre esta questão da adesão a associações de municípios de direito privado, temos o artigo 25,
n.º 1 alínea n) da Lei 75/2013 estipula que compete à assembleia municipal sob proposta da
câmara municipal deliberar sobre a criação de serviços municipalizados e todas as matérias
previstas no regime jurídico da atividade empresarial, local e das participações locais que o mesmo
não atribui à câmara municipal. Ora o regime jurídico da atividade empresarial local e das
participações locais foi aprovado pela Lei 50/2012 de 31/8 que no seu capitulo 15 com epigrafe
outras participações, artigos 56 e seguintes diz que a participação dos municípios, nomeadamente
em associações municipais de direito privado artigo 59.º. Ora, a participação dos municípios em
associações de municípios de direito privado encontra-se sujeita com as necessárias adaptações
aos normativos que regem a aquisição de participações locais em sociedades comerciais,
celebração de contratos programas com empresas locais de serviços e interesses geral. Nesta
medida dispõe aqueles normativos que a deliberação relativamente à participação em associações
de municípios de direito privado compete ao órgão deliberativo assembleia municipal da entidade
pública participante o município sob proposta do respetivo órgão executivo câmara municipal
defende a sua fundamentação para integrar os pressupostos justificativos do relevante interesse
publico local subjacente a tal participação. Penso que do ponto de vista jurídico duvidas não
restam para o Seixal, o município não é a assembleia municipal que vai aderir à ANAM é sim o
município do Seixal que poderá aderir à ANAM e por isso esta adesão do município do Seixal à
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ANAM é aprovada pela assembleia municipal sob proposta da câmara municipal, sob pena de
estarmos aqui em vicio de violação de lei. Acho que é importante os eleitos terem a noção do que
estamos aqui a votar, das competências deste órgão, não quererem extravasar a competência
deste órgão para votando questões que não podem ser só por si e por nós decidido. Portanto, nós
podemos ir e fazer uma proposta à câmara municipal para ela se o entender, é dela que depende e
que tem este poder de aderir ou não o município do Seixal, de celebrar esta proposta de adesão
do município do Seixal à ANAM e depois dessa proposta vir é que a assembleia municipal poderá
deliberar sobre esta proposta da câmara. Só por si a assembleia municipal e penso que esclareci do
ponto de vista jurídico e é isso que estamos aqui a votar, é a questão do ponto de vista jurídico de
adesão do município do Seixal à Associação Nacional de Assembleias Municipais. Portanto, sem
esta proposta da câmara municipal a assembleia municipal não pode deliberar sobre este ponto e
por isso, bem esteve a mesa da assembleia municipal quando não aceitou este ponto para
discussão, não havendo qualquer censura do ponto de vista jurídico e repito, o que estamos aqui a
votar é uma questão unicamente jurídica, se temos ou não poderes para esta deliberação”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais intervenções? João Rebelo se faz favor”.
João Rebelo, da CDS/PP, disse: “Em primeiro lugar, nós votámos favoravelmente a adesão do
município do Seixal a esta associação. Em segundo lugar, compreendo aqui o recurso do Partido
Socialista e do PAN porque enquadra-se numa decisão que esses partidos tiverem em tentar o
máximo possível defender as suas convicções nesta matéria. Em terceiro lugar, eu já disse isso ao
Sr. Presidente e volto a repetir, caberia ao Sr. Presidente ser o primeiro grande defensor das
decisões da assembleia municipal, mesmo quando não concorda com elas. Eu não aceito, apesar
de ter sido bem defendido mas não tenho esta visão que tem o Paulo Silva mas mesmo partindo
de um pressuposto que haveria alguma razão que era necessário uma deliberação da câmara o
que nós perguntamos então, se é só uma questão de formalidade pelos vistos porquê de facto a
câmara não aprova também esta adesão à Associação Nacional das Assembleias Municipais.
(impercetível) Apesar de eu achar que a nossa deliberação há uns tempos atrás está perfeitamente
certa o que tem a ver exatamente com a adesão a uma Associação Nacional de Assembleias
Municipais. Eu lamento muito é mais uma deliberação da assembleia municipal que não vai ser
cumprida, apesar de ter sido aprovada por maioria. Estamos a falar de uma adesão à Associação
Nacional de Assembleias Municipais, se fosse alguma coisa que fosse um choque frontal com
convicções importantíssimas da CDU em relação a esta matéria eu compreendia, agora uma
associação destas, tenho alguma dificuldade em perceber esta atitude e reafirmo o que eu disse Sr.
Presidente, se a questão é do enquadramento legal na interpretação do Presidente da Assembleia
Municipal e também da CDU for que deve ser primeiro uma proposta da câmara municipal levada
à assembleia municipal então que seja feita, se essa questão é só de formalismos vamos então
resolver isso rapidamente. Agora, nós votamos favoravelmente este recurso do Partido Socialista e
do PAN porque este é aquele caso típico, para quem analisaria este debate de fora e não sendo
eleito municipal, não andando na política à muito tempo a ver como a assembleia municipal

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aprovou a adesão do município do Seixal a uma associação de assembleias nacionais que isto não
é levado em causa por estas questões aqui levantadas, sinceramente acho que é completamente
incompreensível mas isto é uma daquelas coisas que pode com outra maioria e as próximas
eleições o dirão ficará rapidamente resolvido, o município do Seixal será mais um a entrar na
associação. Eu acho que é um erro, indiscutivelmente de estar presente o Seixal na lista desta
associação. Deverá até haver com o facto, de ter sido noticiada a votação da Assembleia Municipal
da adesão porque realmente eles ficaram a achar que a partir daí estava plenamente cumprido o
desejo do município do Seixal fazer parte desta associação, erradamente porque o processo não
está concluído e portanto, é um erro indiscutivelmente mas eu acho que a lógica que eles tiveram
faz sentido, se uma assembleia municipal delibera tal coisa é que de facto, há vontade maioritária
de quase todos os partidos da assembleia municipal para que isto seja um facto. Portanto, Sr.
Presidente a explicação aqui do nosso voto favorável aqui apresentado por parte do CDS”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais intervenções intervenções sobre este ponto?”.
André Nunes, do PAN, disse: “Sr. Presidente se me permitir gostava de fazer uma pequena
intervenção, sem prejuízo depois no final poder fechar”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Com certeza, se faz favor”.
André Nunes, do PAN, disse: “Eu gostava só de dedicar dois os três segundos e dirigindo-me em
concreto ao PSD e ao Bloco de Esquerda dando nota de que o que está verdadeiramente aqui em
jogo são duas coisas, isto é pouco aquilo que foi a minha intervenção no último recurso que é por
um lado, aquilo que deve ser o respeito pela vontade manifestada pela assembleia municipal
relativamente a matérias que são deliberadas pelo coletivo e pela maioria dos partidos políticos e
portanto, aquilo que de alguma forma o João disse quando manifestou a tristeza pelo facto, do
Presidente da Assembleia Municipal não ser o portador da mensagem da assembleia municipal,
junto do executivo municipal é de alguma forma uma das coisas que hoje vai ser votado,
concordando com esta forma de não valorizar aquilo que é a posição dos grupos municipais e a
vontade da maioria estão de alguma forma a validar este tipo de posição e depois à a questão
propriamente dita sobre a questão de fundo. Portanto, o que me está a ser vendido é que uma
assembleia municipal quer pertencer a uma assembleia municipal está efetivamente dependente
daquilo que é o impulso por parte do executivo municipal. Eu ouvi atentamente a exposição do
Paulo, não a vou rebater não que não tenha argumentos. Aliás, a fundamentação jurídica já foi
feita oportunamente, o que eu acho que tem que ser valorizado hoje é a posição política que se
extrai de uma assembleia que em tempo se pronunciou pela adesão a uma associação e que hoje
incompreensivelmente poderá retroceder nessa pretensão em função, mais uma vez daquilo que é
a falta de vontade de uma minoria para concretizar e respeitar as vontades de uma maioria e
portanto, dirigindo-me em concreto ao PSD e ao Bloco de Esquerda que são quem efetivamente
tem o poder de tornar esta deliberação possível faço este apelo neste tempo”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Paulo Silva”.

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Paulo Silva, da CDU, disse: “Tanto o João Rebelo como o André estão a partir de um erro crasso
por não conhecerem os estatutos da ANAM estão sempre a referir-se à ANAM como sendo uma
associação de assembleias municipais, o que não corresponde à verdade. Vão ver os estatutos da
ANAM e vejam qual é que é o objeto da ANAM? É uma associação de municípios e é muito clara,
no seu artigo 3.º e que os associados são o município, portanto não é a assembleia municipal não
ter poderes para aderir a uma associação de assembleias municipais, é uma associação de
municípios é isto que está nos estatutos da ANAM e é isto que todos os eleitos têm que ter uma
noção que estão a votar a adesão do município do Seixal a uma associação de municípios privados,
não é o órgão de uma associação de órgãos de assembleia municipal, não! É uma associação de
municípios e a questão não é política, a questão é jurídica que tem que ser vista.
Depois e não foi aqui dito se nada justificar e porquê estarmos a aderir a uma outra associação de
municípios quando já fazemos parte de uma associação de municípios que é a associação nacional
de municípios portugueses. É bom que a gente tenha noção do que estamos aqui a votar a questão
das competências do órgão assembleia municipal, não é no Seixal que se discutem, não é uma
questão da democracia da CDU, é uma questão da democracia do estado português e da
assembleia da república que delibera sobre os poderes das assembleias municipais e sobre o modo
como se estrutura o funcionamento no âmbito do município dos órgãos assembleia municipal e
câmara municipal. Portanto, é isto tudo que nós temos aqui que ver e é isso tudo que temos que ir
votar”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Samuel Cruz”.
Samuel Cruz, do PS, disse: “Esclarecer esta questão em relação ao eleito Paulo Silva que é o
seguinte: não é preciso ler os estatutos da ANAM para saber que os associados são os municípios,
pela simples razão que as assembleias municipais não têm personalidade jurídica e os municípios
têm, portanto os associados teriam independentemente daquilo que dissessem os estatutos
teriam que ser os municípios, o que é importante para isto, não é tanto quem é o associado
porque é uma questão da personalidade jurídica mas sim, do objeto e pelos vistos o Paulo Silva faz
uma leitura muito focada porque senão vejamos: artigo 2.º, antes do artigo 3.º, imediatamente
atrás, diz o seguinte: A ANAM tem por objeto valorizar o papel das assembleias municipais na
organização democrática dos municípios, ou seja, é verdade que só os municípios mas o objeto
não é representar os municípios e portanto, a assembleia municipal não é um tribunal e eu
quando estou num tribunal utilizo um determinado tipo de linguagem jurídica adequada aquele
fórum, quando estão na assembleia municipal utilizo uma determinada linguagem que todos
possam entender adequada ao fórum que é a assembleia municipal. Ainda mais grave parece ser o
facto do Paulo Silva nem os artigos completos consegue ler porque se conseguisse ler os artigos
completos tinha conseguido ver que o artigo 3.º já está farto de invocar esta noite, diz o seguinte:
são associados da ANAM os municípios, representados pelos respetivos presidentes da assembleia
municipal, cujas assembleias municipais hajam deliberado a sua adesão a esta associação. Era só
ler a frase toda Paulo e tinhas percebido”.
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O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais intervenções? Rui se faz favor”.
Rui Belchior, do PSD, disse: “Está a suceder outra vez aquilo que sucedeu na última que se discutiu
este assunto e na altura o PSD absteve-se considerando que esta discussão não nos ia levar a lado
nenhum. Apesar de manter essa ideia já percebi que isto não vai chegar a lado nenhum. Contudo,
e não por conta do apelo do André Nunes do PAN, não deixo de dar razão à interpretação que o
Samuel faz aqui dos estatutos, desta vez discordo do Paulo porque creio que é indiscutível esta
interpretação do Samuel aqui do artigo 3.º e daqueles que referi. Nós também somos da mesma
opinião. E dizer o seguinte: isto só sucede realmente porque não só nesta mas em todas as
deliberações não tem havido por parte do executivo o respeito pelas mesmas e portanto,
chegámos aqui a isto exatamente por conta desse pequeno grande aspeto que nos conduz a estas
tentativas de furar e de conseguir obter aquilo que afinal os representados nesta assembleia
consideram que são os seus direitos e com isto afirmar que o PSD hoje vai mudar a sua posição
votando a favor deste recurso”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais intervenções? Paulo Silva”.
Paulo Silva, da CDU, disse: “Sobre esta questão aqui da votação a assembleia municipal e a câmara
municipal e todos os órgãos autárquicos portugueses regem-se pelas leis da república e não pelos
estatutos, nenhuma associação de direito privado e o que o Samuel aqui veio dizer é que por o
artigo 3.º dizer que cujas assembleias municipais hajam deliberado a sua adesão, isto basta para a
adesão, isto não é verdade. O artigo 3.º o que diz é que são associados da ANAM os municípios.
Depois que basta a deliberação da assembleia municipal isto tem que se ver no contexto da lei e
penso quanto a isso que fiz aqui o enquadramento jurídico e que não restam duvidas de que tem
que ser por proposta da câmara municipal e qualquer deliberação que se venha aqui a tomar a
contrário é uma deliberação que é inválida e só vem desprestigiar o órgão assembleia municipal
que não sabe a legislação pelo qual se deve reger. O que está aqui a ser proposto é algo que vai
desprestigiar este órgão ao querer que façamos uma dotação que será inválida por se desconhecer
o normativo que rege o funcionamento da assembleia municipal e as competências da assembleia
municipal”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Vítor Cavalinhos””.
Vítor Cavalinhos, do BE, disse: “Sobre este assunto, na ultima assembleia municipal de 28 de
setembro o Bloco teve ocasião de argumentar sobre a sua visão que tem sobre esta matéria e não
vou repetir essa argumentação que é para não gastar o tempo todo. O Bloco de Esquerda já votou
a favor de uma moção sobre a adesão à Associação Nacional das Assembleias Municipais mas há
um facto importante é que desde o voto que tivemos numa moção sobre a adesão as dúvidas não
se vão desvanecendo mas foram-se acrescentando dúvidas. Aliás, cada vez que nós discutimos este
problema acrescentam-se dúvidas às dúvidas que já tínhamos. Aliás, o Bloco de Esquerda já
solicitou mais que uma vez para os diversos partidos que enviem para os líderes os pareceres e as
opiniões sobre estes assuntos, o debate que têm tido os diversos partidos, as conclusões a que
chegaram e as diversas opiniões, pareceres e até onde o pensamento sobre esta matéria já
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Ata nº 08/2020
5ª Sessão Extraordinária – 16 de novembro de 2020
chegou, o problema é que isso, não sei se é por acaso o facto, é que nada tem chegado, o pessoal
tem sempre capacidade argumentativa e eu também tenho, mas guarda os documentos, os
pareceres, as bases em que formulam as suas opiniões para si próprios e isso eu não tenho pena
mas a vida é mesmo assim. Portanto, hoje aqui mais duas novidades: a ANAM é uma associação de
municípios e afinal não é uma associação de assembleias municipais, de acordo com o artigo 3.º
dos seus estatutos e é uma associação de direito privado, outra novidade. Mais duas novidades
para acrescentarem dúvidas às duvidas que nós já tínhamos e não para acrescentaram
esclarecimento aquilo que é preciso. Aquilo que eu tinha dito, cada vez que nós debatemos este
assunto ele não fica mais transparente mas fica do meu ponto de vista, estou a falar do Bloco de
Esquerda, fica mais nebuloso. E é o eterno problema que nós não nos cansamos de argumentar e
que está aqui, não é um elefante no meio da sala mas é quase, que é o problema das
competências. Isto é um problema político, a assembleia decidiu e se decidiu maioritariamente
tem que se cumprir mas o problema não é só assim. O problema é se a assembleia municipal tem
ou não competências para decidir o que decidiu, este é que é o problema essencial e até hoje as
dúvidas que nós tínhamos continuamos a te-las e acrescentar outras duvidas a essas. Este é que é
o problema essencial. Não nos causa um problema de maior a adesão a esta associação mas no
decorrer dos meses nós vamos tentando aprofundar o conhecimento sobre a situação e vamos
ouvindo opiniões diversas e as coisas não se têm tornado mais claras. Se querem que vos diga, nós
estamos no tempo que o Mundo está a atravessar perante os tempos que nós vivemos uma crise
pandémica na Europa e no Mundo e também aqui eu tenho toda a paciência do mundo para
discutir estas coisas e pelo que temos de debater e a democracia não ficou suspensa mas
mantenho a mesma disponibilidade intelectual noutra situação que a nossa sociedade que eu
acredito que vai viver no futuro em que não tivéssemos focalizados no meu ponto de vista nas
preocupações que nos submergem a todos. Isto para dizer que isto é uma questão importante
como todas, não é uma questão decidível como nos parecem querer, mas cada um tem as suas
opiniões. Agora para já e para acabar e depois poderemos voltar ao assunto, talvez sim ou talvez
não é o seguinte: vou voltar a citar que foi na reunião de 9 de setembro o André Nunes que lançou
o desafio, já agora não me comove de maneira nenhuma mas eu vou citar o André Nunes, vou cita-
lo como tal, está a utilizar um expediente para obrigar a câmara a cumprir outras obrigações da
assembleia municipal. Fica claro o seguinte: o Bloco de Esquerda não partilha, não é
instrumentalizado para participar na utilização de expedientes, cada um que faça como quiser o
Bloco não faz. O Bloco não está disponível para isso. O Bloco não está disponível para dar para o
peditório, de participar e de apoiar expedientes, nós não andamos cá com expedientes. As coisas
são todas claras, nós não partilhamos disso e connosco não contam para transformar a luta política
em expedientes para atingir os objetivos que são todos legítimos, cada um tem os seus objetivos,
desde que tenham força para os por em prática. Se não tiver as eleições dirão, mas a vida é esta.
Portanto, sobre esta matéria para já, nós não alteramos a posição de voto na assembleia
municipal, hoje ainda temos mais duvidas daquelas que tínhamos em 28 de setembro”.

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O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Há mais alguma intervenção? Não há! Uma
intervenção breve, apenas algumas notas e no quadro das intervenções quero-vos dizer, antes de
mais intervenções que situam bem esta questão. Nós não estamos aqui a apreciar a ANAM,
embora eu diria ainda duas notas em relação a isso mas o que estamos aqui a apreciar é de facto,
o quadro legal e esse é inequívoco e não é uma questão de democracia da CDU ou de democracia
do Presidente da Assembleia Municipal ou da Mesa que no que se refere à inclusão de propostas
no período da ordem do dia ao abrigo da alínea k), é o que temos estado a discutir já no recurso
anterior, quer também na reunião de lideres e com as duvidas mas uma conclusão clara que é o
cumprimento da lei, independentemente da opinião de cada um, que naturalmente a pode
expressar, não pode é mudar a lei, isso é o estado de direito e a democracia é isso e leis que
estamos a falar da Assembleia da República e que são naturalmente, corpo do Poder Local em
Portugal como é o 75/2015 e as outras nomeadamente, a Lei 50/2012 já aqui referida.
Portanto, não é um problema de democracia que fique claro, essa não colhe. É uma questão de
cumprimento da lei e a Mesa e o Presidente da Assembleia Municipal fará sempre isso, tem essa
responsabilidade. Aliás, quero-vos dizer que para mim é claro e até no quadro e da fundamentação
da intervenções que tiveram aqui lugar que uma deliberação destas tem carácter nulo. Não tenho
nenhuma duvida sobre isso. Não se trata de um caso típico como aqui foi expressado, nem está a
ser vendido e como se uma moção que foi aprovada de adesão à ANAM fosse uma deliberação da
assembleia, não é nenhum deliberação da assembleia. É uma posição política com o entendimento
que tiveram os grupos municipais sobre esta matéria. Já foi dito e repito não são os estatutos da
ANAM que mandam, o que manda é o quadro legal, a Lei 75/2013 que antes de mais diz de forma
clara, é iniciativa da criação ou a adesão a uma associação de municípios é da competência da
câmara municipal, formula tal proposta à assembleia municipal. A associação de municípios é
criada ou participada por iniciativa municipal através de deliberações dos órgãos representativos:
câmara municipal e assembleia municipal e a criação ou a participação dos municípios em
associações de direito privado que é o caso desta rege-se pelas normas do capitulo 5 da Lei 50 de
2012. Portanto, pode-se ter as pretensões que se tiver, o entendimento que se tiver, cumpra-se é a
lei e a assembleia municipal não pode ter deliberações que não cumpram a lei e que sejam de nulo
efeito e neste caso eu diria de forma clara, ilegais. Aliás, ainda uma referência em concreto em
relação à Lei 75/2013 ao artigo 25 que no que são competências de apreciação e fiscalização,
artigo 25.º é o quadro de competências da assembleia municipal que no primeiro numero diz
compete à assembleia municipal sob proposta da câmara municipal e na alínea u) autorizar o
município a constituir as associações previstas no capitulo 5 que é este que eu já referi que é a
criação ou a participação dos municípios em associações de direito privado que é a Lei 50/2012.
Então, mas a assembleia municipal não tem que deliberar em conformidade legal?
Independentemente da opinião que se tenha, quer dizer e da opinião política, partidária e
portanto, sobre isto uma questão clara! A convicção clara, fundamentada juridicamente numa
matéria que nós temos apreciado, neste caso em sede da Associação Nacional de Municípios
Portugueses sobre esta matéria e sobre as competências dos órgãos da câmara e da assembleia
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municipal. Portanto, eu repito uma deliberação hoje aqui e neste caso, a aprovação do recurso
levaria a uma proposta de adesão à ANAM é de nulo efeito. Não cumpre a lei! Não cumpre as
competências dos órgãos municipais, sobre isso não há nenhuma duvida. Apenas mais duas
considerações, em relação a esta questão do Seixal e não é uma questão qualquer é uma questão
de credibilidade, neste caso de uma entidade que é a ANAM. Então, mas o Seixal aparece na
listagem só porque se soube que foi aprovada uma moção, não foi uma deliberação de adesão, foi
uma moção. Então, mas que raio de responsabilidade é que tem uma instituição destas que tem
no site na listagem o Seixal e eu aqui também sou daqueles que diria, será que os restantes que
estão nas listagens é tudo assim? Tem deliberações da câmara e da assembleia municipal para
cumprir a Lei 75/2013 e a Lei 50/2012? Mas no caso do Seixal, ainda fizeram mais! Pediram as
quotas. Então, mas a ANAM tem algum documento da câmara do seixal e da assembleia municipal
para formalizar a adesão? Eu considero isto uma irresponsabilidade que não é aceitável.
Nota final, o país tem um património de uma associação, a Associação Nacional de Municípios
Portugueses com mais de três décadas que repito é o interlocutor no quadro da lei, não há
nenhuma proposta de lei que tenha a ver com o Poder local que não tenha que ser ouvida no
quadro legal previamente à Associação Nacional de Municípios Portugueses, tem este
enquadramento legal de interlocutor com o Poder Central, a ANAM não tem. A ANAM nem sequer
vida ainda tem, como é evidente.
Depois, quero-vos dizer francamente a constituição da ANAM, esta não é já a apreciação do
recurso, não é o que estamos aqui a fazer, já é mais de conteúdo é verdade, mas não posso deixar
de dizer isto, conhecendo o Poder Local em Portugal, conhecendo a Associação Nacional de
Municípios Portugueses a ANAM faz parte de um movimento de enfraquecimento do Poder Local,
isso não é aceitável em Portugal!. Os autarcas portugueses não podem aceitar isto porque a
Associação Nacional de Municípios Portugueses para terminar, ao contrário do que aqui foi dito
numa intervenção, os presidentes de assembleias estão representados nos órgãos, no conselho
diretivo está o Presidente da Assembleia Municipal do Seixal que é também um dos vices
Presidente da Associação Nacional de Municípios e tem participado nesse quadro na esmagadora
maioria do que têm sido as iniciativas e as relações com o Governo e com a Assembleia da
República, ainda na semana passada tivemos com todos os grupos parlamentares e na audição
com a comissão do Poder Local numa matéria tão importante como é o Orçamento de Estado e
tem presidentes de assembleias municipais nos restantes órgãos sociais, no conselho geral e no
conselho fiscal e depois, há que explicar aqui uma outra questão que de facto, só pode ter sido
dito por desconhecimento. Então, mas as juntas de freguesia não estão nos órgãos sociais da
associação? Conselho diretivo, no conselho geral? Não estão no quadro do que é o estatuto da
Associação Nacional de Municípios e da ANAFRE. As freguesias têm uma associação própria, como
todos sabem. Estão é sim representadas em ⅓ no Congresso da Associação Nacional de
Municípios, isto é os estatutos da Associação Nacional de Municípios Portugueses e é os estatutos
da Associação Nacional de Freguesias que nos merecem toda a consideração que têm tido um

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papel fundamental no Poder Local e repito para acabar a ANAM e aqui excedi-me em relação ao
recurso, portanto é conteúdo, é opinião não deixo de aqui a transmitir porque é essa a convicção
que tenho a ANAM. Aliás, já conversei com o Presidente da ANAM, conheço bem e ele sabe a
minha opinião sobre esta matéria, sobre isso é clarinho, olhos nos olhos! É um movimento
divisionista inaceitável do Poder Local em Portugal, independentemente da legitimidade das
adesões e das deliberações que não são das assembleias municipais, as deliberações para terem
eficácia são no quadro da lei, como aqui já foi dito, eu disse e repito cumprindo a 75/2013 da
câmara municipal e por proposta da câmara na assembleia municipal.
Eu pergunto ao Sr. Presidente da Câmara se quer também intervir?”.
O Presidente da Câmara Municipal disse: “É mais um comentário de certa forma mais de natureza
política, as questões jurídicas são evidentes, todo o modo eu penso que a questão de fundo, é
exatamente essa que o Sr. Presidente da Assembleia Municipal agora enfatizou é que na verdade
estas associações que surgem visam enfraquecer o Poder Local e este grande corpo que somos:
câmara, assembleia e juntas de freguesia e que temos na nossa Associação Nacional de
Municípios, o nosso representante para não só as matérias que dizem respeito do ponto de vista
direto e das competências que temos e da reflexão que fazemos, mas também naquilo que são as
relações com outros órgãos, nomeadamente: quer com a Assembleia da República, quer com o
próprio Governo. Existirem outros interlocutores, pensamos que não ajudam a esta unidade que
precisamos de ter relativamente às matérias, sendo que dentro da Associação Nacional de
Municípios como se sabe existem muitas divergências mas existe um denominador comum que é a
procura da melhoria daquilo que são os objetivos do Poder Local Democrático no nosso país que
também como sabemos tem sido um dos grandes obreiros da revolução e da transformação pós
abril de 74. Por isso é apenas esta nota, a Câmara do Seixal não deliberou a adesão a esta
entidade, do ponto de vista político não concordamos com a mesma, de facto enfraquece o Poder
Local democrático do nosso país, não ajuda a esta construção de uma unidade que precisamos de
ter em termos dos órgãos autárquicos, isso ajuda a aceitar clivagens entre órgãos que também não
é positivo, portanto não percebo o porquê desta insistência em se manter este braço de ferro por
parte de um ou dois partidos na assembleia municipal, sem vantagens para ninguém porque de
facto, como já alguém disse e bem, estamos neste momento numa grave crise sanitária,
económica e social e a assembleia municipal do seixal está com questões jurídicas e outras para
aderir a uma associação de municípios que pensamos que também não é neste momento a
questão prioritária para o nosso município, nem para a região, nem para o país”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Em relação aos proponentes quem é que pretende
intervir? Samuel”.
Samuel Cruz, do PS, disse: “Dividir aqui a minha intervenção em três aspetos distintos. O primeiro
é jurídico e o direito não visa gerar a confusão jurídica, para isso estão cá os advogados e em
particular aqui no nosso fórum o Paulo Silva que bem se esforçou por isso, mas vou dar o exemplo
prático do que é que se iria passar no que está em discussão e porque é que não está correta a
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forma que aqui foi exposta pelo Paulo Silva e de resto pelo Sr. Presidente da mesa também. A
questão é qual é o órgão do ponto de vista jurídico que se deve pronunciar primeiro, câmara
municipal ou assembleia municipal? Então, vejamos o que é que acontece? Se a Assembleia
Municipal iniciar o processo, como digo foi feito por mais de metade das câmaras deste país, mas
aqui no seixal inventam-se sempre a pólvora, somos sempre diferentes, esse pioneirismo de fazer
aquilo que os outros não fazem e depois dá mau resultado como irei demonstrar. A assembleia
Municipal delibera, a Câmara sabendo que a assembleia municipal quer aderir à Associação
Nacional de Assembleias Municipais delibera também e sendo a favor é concretizada a adesão do
município. Até aqui tudo bem. Ao contrário se a assembleia municipal não votar a favor, nem
sequer chega a ir à câmara. Portanto, não há aqui qualquer tipo de confusão possível. É tudo muito
claro. Agora, vamos ver o processo contrário, a câmara sem saber qual é a vontade da assembleia
municipal é prévia a deliberação da câmara, a câmara delibera que o município vai aderir à
Associação Nacional de Assembleias Municipais a seguir parece que é evidente que será a vez da
assembleia decidir e a assembleia decide que não quer. Não nos interessa, qual é o resultado
disto? Como a câmara veicula do ponto de vista jurídico o município vai associar o município e a a
sua assembleia municipal por maioria de razão a uma organização à qual a assembleia municipal
nem sequer quer estar presente, ou seja não é esta a forma correta. Já disse que do ponto de vista
jurídico, o direito nunca visa criar a confusão jurídica. Portanto, a câmara deliberar previamente e a
assembleia municipal numa questão destas é meio caminho andado para dar asneira e portanto,
não é esse o entendimento do direito, por mais voltas que queiram dar, acho que ficou claro que
não é assim, não é assim por duas razões porque não faz sentido e porque se quiserem já todos os
outros, mais de metade dos municípios deste país viram que não faziam sentido e fizeram de
forma diferente, isto é a questão jurídica.
Depois há a questão da democracia foi aqui abordado de alguma forma pelo Sr. Presidente da
Câmara e pelo Sr. Presidente da Assembleia Municipal. O Sr. Presidente da Câmara foi claro e nisso
nada a dizer, nós não concordamos e como não concordamos, não deliberamos e não aderimos
mas também é verdade de que está subjacente a essa sua afirmação nós não respeitamos a
vontade também ela democrática e também ela legitima da Assembleia Municipal. Não há aqui um
entendimento de respeito entre os órgãos, de cooperação, há um entendimento que aquilo que a
câmara entende, nem sabemos se a câmara entende porque a prepotência é tanta que nem
sequer vai dar discussão, até podia levar à discussão e chumbar, mas não pura e simplesmente não
se leva, não se discute, enfim ao melhor estilo dos regimes totalitários. Se mais não fosse esta
discussão também já foi boa. O Sr. Presidente da Câmara veio aqui assumir, nós não concordamos
portanto, não fazemos. Depois, vem aqui Alfredo Monteiro também um bocadinho na mesma
senda e há aqui um problema de legitimidade e há aqui um problema que não foi dito, mas que
está subjacente, a Associação Nacional das Assembleias Municipais defende que ⅓ dos membros
dos órgãos da Associação Nacional de Municípios devem pertencer a membros da assembleia
municipal e depois do outro lado, por acaso até o Presidente da Assembleia Municipal do Seixal diz
não, mas em representação há aqui um ou dois. Há aqui uma malta que até representa. Não
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representa, Sr. Presidente! A verdade é que o Sr. Presidente da Assembleia Municipal está lá a
representar supostamente as assembleias municipais, mas a maioria das assembleias municipais
deste país não o reconhece como seu representante e esta é uma questão democrática também e
é uma questão de representatividade e legitimidade e que não está correta. Podemos aqui arranjar
todos os artifícios que quisermos mas a verdade é que aquilo que resulta da vontade dos órgãos e
aquilo que resulta da legitimidade democrática, não está a ser respeitado e não está a ser
respeitado por formalismos e o João Rebelo explicou isso muito bem. Se o problema é quem deve
deliberar primeiro então, arranja-se uma solução, a câmara delibera e a seguir a assembleia
municipal delibera não é isso que está em causa. O que está em causa é qual é a vontade deste
órgão? Quis colocar tudo noutra orbita e eu também o sei fazer e irei fazê-lo no fim da minha
intervenção.
Em relação ao Vítor Cavalinhos que disse ao fim ao cabo e bem que era uma questão de
competências da assembleia municipal, mas também disse na sua intervenção que os outros
partidos, nomeadamente os partidos que apresentam aqui o recurso que é o PAN e o PS que
tinham obrigação de apresentar parecer jurídico. Oh Vítor Cavalinhos eu sou tão eleito como o
Vítor e como qualquer outro membro da bancada do Bloco de Esquerda ou da CDU. Somos todos
iguais aqui e a obrigação de todos nós sabermos qual é a competência do órgão a que
pertencemos é exatamente igual e há um filosofo e também jurista que viveu há mais ou menos
1300 anos antes de Cristo que explicou isto de alguma maneira, que é Hermes Trismegisto, as suas
sete leis fundamentais, uma delas é a Lei da correspondência e diz o seguinte: o que está em cima
é como o que está em baixo e o que está dentro é como o que está fora, isso significa que o que
está em cima e ao seu consciente é como o que está em baixo, é o seu subconsciente e o que está
dentro, as emoções geradas pela ideia imposta no seu subconsciente é como o que está fora que é
o resultado do mundo físico gerado pelo universo, com base nas emoções e vibrações geradas pelo
seu corpo segundo o seu subconsciente, ou seja, a perspetiva muda de acordo com o referencial. A
perspetiva da terra, normalmente impede-nos de ver os outros domínios acima e abaixo de nós
também. A nossa (Impercetível) está tão concentrada no microcosmo que não nos apercebemos
do imenso macrocosmo à nossa volta. O principio da correspondência diz-nos que o que é
verdadeiro no macrocosmo é também num verdadeiro macrocosmo e vice versa”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Se faz favor, André”.
André Nunes, do PAN, disse: “Três breves notas, não há necessidade de estarmos a gastar o latim,
já se percebeu qual é o desfecho desta votação, mas de alguma forma saudar o PSD, bem sei que
não foi pelo apelo sentido diga-se que lhes dirigi mas louva-se que desta feita se tenha juntado à
oposição e de alguma forma tomado partido por aquilo que é o poder discricionário da CDU na
assembleia.
Relativamente ao Bloco de Esquerda começa a ser caricato ver as voltas que o partido dá para
sistematicamente dar a mão à CDU. Eu não sei se motivado por alguma animosidade para com o
Partido Socialista e para com o seu representante da bancada, se verdadeiramente por gosto
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relativamente aquilo que é a CDU, mas não deixei de achar curioso o argumento de que o ónus é
dos partidos proponentes, quer dizer tantas vezes ouvimos aqui o Bloco de Esquerda a dizer que o
Partido Socialista é o partido com mais representações autárquicas, tem meios e fundos e o Bloco
de Esquerda com três eleitos nesta assembleia municipal não é capaz de fazer o trabalho que um
grupo municipal com um elemento faz. É bem elucidativo, pelo menos na minha perspetiva.
Relativamente ao Bloco de Esquerda, o que me espanta verdadeiramente aqui é que tenham
votado a favor há 1 ou 2 anos atrás relativamente a esta iniciativa. Portanto, hoje mais uma vez
inverte a sua posição, é legitimo está na sua legitimidade, mas não deixa de ser caricato. Dizer
agora num tom mais frontal que eu bem sei que não tenho a capacidade oratória do Vítor
Cavalinhos mas já por mais do que uma oportunidade disse que o termo expediente não foi no
sentido literal, no sentido de obstaculizar ou de sobrepor, mas portanto o Vítor Cavalinhos que é
tão dotado de oralidade seguramente que me vai perdoar por eu ter utilizado esta expressão e
depois, para aquilo que verdadeiramente consta é que sobre a questão de fundo e aqui dirijo-me
ao Sr. Presidente da Assembleia Municipal sobre a questão de fundo que é o facto desta
assembleia se ter em tempos pronunciado sobre aquilo que foi a vontade expressa da maioria dos
grupos municipais, o que eu lhe gostava de perguntar era, o que é que foi feito para junto do
executivo municipal admitindo hipoteticamente que é este quem tem a prerrogativa de vincular o
município à associação, o que é que foi feito por si para junto do executivo levar, acautelar aquilo
que foi a vontade expressa da assembleia municipal e isso, mais uma vez não foi respondido, já
não tinha sido respondido no último recurso e hoje voltou a não ser e não é nada pessoal, já o
disse várias vezes mas para um Presidente de todos os eleitos exigia-se mais pluralidade, mais
sentido democrático e é com muita pena que mais uma vez vamos ver a assembleia caminhar em
sentido oposto aquilo que foi uma deliberação da maioria, mas faça-se o voto e decida-se”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Vítor Cavalinhos defesa da honra”.
Vítor Cavalinhos, do BE, disse: “Eu ainda tenho tempo”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Foram os proponentes”.
Vítor Cavalinhos, do BE, disse: “Ah, então não tenho nada para dizer!”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Não? Então, dois minutos!”
Vítor Cavalinhos, do BE, disse: “Eu não sinto a minha honra afetada. Posso utilizar aquela com a
minha capacidade de argumentativa aqui há um problema latim, grego, essas coisas todas, há só aí
um problema é que a argumentação pode demorar 24 horas...”
André Nunes, do PAN, disse:“Oh Presidente, mas está haver uma intervenção, peço desculpa”.
Vítor Cavalinhos, do BE, disse: “Peço desculpa, eu defendo a honra como eu quero!”
André Nunes, do PAN, disse: “Mas tem que utilizar a figura regimental defesa da honra! Não foi
utilizada!”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mas está na defesa da honra!”
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Vítor Cavalinhos, do BE, disse: “Defesa da honra”.
Samuel Cruz, do PS, disse: “Mas que fique registado que ele não queria e foi praticamente
obrigado pelo Presidente da Mesa”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “O Presidente da Mesa é prepotente”.
Samuel Cruz, do PS, disse: “É um facto, de democrata tem pouco!”
Vítor Cavalinhos, do BE, disse: “Mas agora qual é o problema do Samuel? Queres-me obrigar a ter
a tua posição? Podes argumentar 24 horas ou tu achas que tens uma capacidade argumentativa
que vais obrigar as pessoas a terem a tua posição? Tu tens a tua e eu tenho a minha!”
Samuel Cruz, do PS, disse: “Tu não percebeste o que eu disse!”
Vítor Cavalinhos, do BE, disse: “Então, mas eu não percebi o quê?! Ando aqui a dormir ou quê?
Sobre este argumento eu tinha argumentado e tu, o PSD tem a sua posição e o Bloco de Esquerda
tem a sua, a dele e depois qual é que é o problema ou vocês querem obrigar o Bloco de Esquerda a
ter a vossa posição? E acabou a conversa! E não tenho mais nada para dizer.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Defesa da honra, apenas duas coisas. Estas
acusações de totalitarismo dirigidas ao Presidente da Assembleia, também foram ao Sr. Presidente
da Câmara na intervenção do Samuel Cruz e este fait divers de primeiro, quem é que delibera
primeiro, parece que o Samuel nos está a dizer aqui para não cumprir a lei. Epá, que fique claro
que nesta casa cumpriremos a lei e esta história de que os 168, pelo menos, fizeram diferente, não
é verdade! Houve deliberações dos órgãos e portanto, fica aqui até uma pergunta o que é que faz
correr o PS e o PAN? O PS, eu não posso deixar de dizer isto, e também dirigido ao PSD, a propósito
dos presidentes das assembleias municipais na Associação Nacional de Municípios, quem indica os
autarcas para os órgãos são os partidos. Samuel trate disso no PS e o Rui Belchior veja lá se
influencia o PSD e já não estou a falar do CDS que não está nos órgãos autárquicos, cuja
participação é em termos dos resultados eleitorais pelo método de hont, em relação à
representação dos partidos, mas a escolha dos autarcas é da responsabilidade dos respetivos
partidos, senão há mais presidentes de assembleia municipal na Associação Nacional de
Municípios é responsabilidade do PS e do PSD. Sobre esta matéria eu até também aconselharia
para terminar que em próxima oportunidade o PS e o PSD e agora o PAN também está na
Assembleia da República acolham as propostas do PCP e também do Bloco de Esquerda que já o
fizeram em termos de competências da assembleia municipal e até de alargamento de
competências e para isso não precisamos de ANAM nenhuma, o que precisamos é do PS e do PSD
a defenderem o Poder Local na Assembleia da República”.
Vamos passar à votação”.

Rejeitada, a Deliberação nº 37/XII/2020 por maioria com pelo voto de qualidade do Presidente, e
em minuta com:

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. Dezassete (17) votos a favor dos seguintes eleitos:

Do grupo municipal do PS: 11

Do grupo municipal do PSD: 4

Do grupo municipal do PAN: 1

Do grupo municipal do CDS-PP: 1

. Dezassete (17) votos contra dos seguintes eleitos:

Do grupo municipal da CDU: 16

Do presidente da JFFF: 1

. Três (3) abstenções dos seguintes eleitos:

Do grupo municipal do BE: 3


O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Dra. Madalena temos a votação de todos, certo?”
Dra. Madalena Silva disse: “Temos os votos a favor o PS, o PSD, o PAN e o CDS, o Bloco de
Esquerda absteve-se, a CDU e o Presidente de Junta de Freguesia de Fernão Ferro votaram contra”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Dá 17/17 com a abstenção do Bloco e portanto,
com o voto de qualidade do Presidente da assembleia o recurso é rejeitado. Há uma declaração de
voto”.
Paulo Silva, da CDU, disse: “Sr. Presidente, eu penso que pode ter sido engano mas a Sara Lopes
votou contra”.
Dra. Madalena Silva, disse: “Ela já escreveu a dizer que foi engano”.
Paulo Silva, da CDU, disse: “Eu pus a hipótese de ter sido engano mas que apareceu ...”
Sara Lopes, do PS, disse: “Paulo não te motives tanto, enganei-me!”
Paulo Silva, da CDU, disse: “Eu não!
Sara Lopes, do PS, disse: “Que pena a vibrar tanto!”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Há alguma declaração de voto?
Sara Lopes, do PS, disse: “Foi um engano”.
Paulo Silva, da CDU, disse: “Eu disse logo que podia ter sido um engano”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Não entrem em diálogos. Não há declarações de
voto”.

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Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 08/2020
5ª Sessão Extraordinária – 16 de novembro de 2020
III.5. Delegação contratual de competências nas Juntas de Freguesia. Reforço dos meios
financeiros do contrato interadministrativo celebrado com a Junta de Freguesia de Amora.
Aprovação.
(Documento anexo à ata com o número 13).
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Sr. Presidente da Câmara se faz favor”.
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Trata-se de um reforço do contrato interadministrativo
celebrado com a Junta de Freguesia de Amora para a execução de duas intervenções, uma
requalificação do espaço de jogo e de recreio na Quinta da Princesa e outro de apoio à
requalificação do mercado da Cruz de Pau que vai ser realizado pela junta de freguesia”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Intervenções em relação a este ponto?”
André Nunes, do PAN, disse: “Presidente, pode dar-nos os tempos por favor”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Sara tempos?”.
A 2.ª Secretária da Mesa, disse: “A câmara tem 27 minutos, a CDU tem 22 minutos e 50 segundos,
o PS tem 9 minutos e 50 segundos, o PSD tem 14 minutos e 25 segundos, o Bloco de Esquerda tem
7 minutos e 7 segundos, o PAN tem 3 minutos e 13 segundos, CDS tem 5 minutos e 20 segundos e
o Presidente da Junta de Fernão Ferro ainda não utilizou nenhum dos tempos”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Intervenções sobre este ponto. Manuel Araújo se
faz favor”.
O Presidente da Junta de Freguesia de Amora disse: “Estava a ver que não discutamos este ponto
hoje e para nós era bastante importante porque temos a reunião de executivo amanhã onde eu
pretendo levar esta proposta caso ela seja votada favoravelmente.
Sobre esta questão dos reforços dos meios financeiros do contrato interadministrativo que a junta
tem com a câmara, eu gostava de começar por dizer o seguinte: se não fossem estes contratos
interadministrativos as juntas de freguesia não teriam qualquer possibilidade de fazer obra, já que
aquilo que recebem do fundo de financiamento das freguesias praticamente ou não cobre mesmo,
as despesas com pessoal. Daí que este contrato é bastante importante para nós que nos permite
fazer algumas pequenas obras, neste caso uma grande intervenção no Mercado da Cruz de Pau.
Uma requalificação que há muito que está definida para nós e pela câmara municipal como uma
prioridade. O historial especialmente de 2017 para cá, a questão do concurso, a questão da
empresa e da contestação que houve está bastante bem referido na proposta que a câmara
municipal apresentou e dizer em relação a esta intervenção que é uma necessidade urgente
porque de facto, irmos para um novo concurso, com todo o tempo, todos os procedimentos que
isso implica, com possíveis recursos, com o visto do Tribunal de Contas, se fosse uma intervenção
maior, estamos a falar se calhar em mais um ano ou dois, portanto há situações no mercado que
não podem esperar esse tempo. As infraestruturas como a rede elétrica, a rede de águas e a rede
de saneamento que estão com diversos problemas. Posso dizer que por exemplo em relação à rede
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Ata nº 08/2020
5ª Sessão Extraordinária – 16 de novembro de 2020
elétrica nós necessitamos de um aumento de potência, sabemos que o ramal permite esse
aumento de potência mas necessitamos de uma instalação elétrica certificada para poder solicitar
esse aumento de potência.
A rede de águas e de saneamento também tem vários problemas, várias roturas. Portanto, a nível
das instalações sanitárias a mesma necessidade também de serem remodeladas e requalificadas e
esta intervenção sendo apenas a remodelação do interior do edifício vai permitir instalar estas
infraestruturas todas novas e mais ainda, vai permitir melhores condições de trabalho aos
operadores que ali trabalham, nomeadamente com a instalação de um pequeno armazém de frio e
de frescos que sem duvida alguma vai melhorar bastante a qualidade do próprio mercado em si. É
uma obra importante, esperamos apenas que a assembleia municipal se pronuncie para depois
passarmos para os órgãos, da assembleia de freguesia e executivo para depois se poder iniciar os
procedimentos contratuais para dar inicio a estas obras.
Estamos já a preparar a tenda que ali está instalada à mais de dois anos para poder transferir os
vendedores do edifício e logo que essa fase esteja concluída, esperamos no final do mês poderá
dar-se inicio às obras, assim que a contratação esteja feita. Assim, haja o parecer favorável dos
órgãos que ainda se têm que pronunciar sobre esta questão.
A outra obra que o Sr. Presidente da Câmara referiu tem a ver com a Quinta da Princesa onde
pretendemos instalar, construir de raiz um parque que designamos por parque multigeracional já
que é constituído por um parque infantil com diversos equipamentos geriátricos para a população
mais sénior e também com equipamentos para jovens. É uma necessidade que também se sente
naquele parque não tem absolutamente equipamentos nenhuns e com certeza que será uma
melhoria significativa para todas estas pessoas, estas classes que eu falei. Portanto, contempla
desde as crianças até aos mais velhos, é um espaço a exemplo daquele que fizemos em Vale de
Gatos, na Cruz de Pau, mas este até com uma dimensão maior, pensamos que se está a dar uma
resposta bastante importante às necessidades deste bairro. Esperamos que quando ele estiver
construido que especialmente as crianças já o possam usar, como sabemos são espaços que
atualmente estão interditos mas esperamos que tudo possa correr pelo melhor e que as crianças
possam vir a usufruir deste espaço o mais rápido possível”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais intervenções em relação a este ponto? Não há
mais pedidos de intervenção. Sr. Presidente da Câmara”.
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Só valorizar o trabalho das juntas de freguesia que têm
feito um trabalho excelente no município e esta parceria é mais uma das muitas que temos vindo
a concretizar e que ainda iremos fazer até ao final do mandato”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Vamos colocar à votação”.

Aprovada a Deliberação nº 38/XII/2020 por maioria e em minuta com:

. Trinta e três (33) votos a favor dos seguintes eleitos:


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5ª Sessão Extraordinária – 16 de novembro de 2020
Do grupo municipal da CDU: 16

Do grupo municipal do PS: 11

Do grupo municipal do BE: 3

Do grupo municipal do PAN: 1

Do grupo municipal do CDS-PP: 1

Do presidente da JFFF: 1

. Quatro (4) abstenções dos seguintes eleitos:

Do grupo municipal do PSD: 4


Dra. Madalena Silva disse: “Temos a abstenção do PSD e os outros todos a favor”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Exato. Alguma declaração de voto? Não há
declarações de voto.”
III.6. Opções do plano e proposta de orçamento em vigor, nos termos da alínea a) do n.º 1 do art.
33.º ambos do Anexo à Lei n.º 75/2013 de 12 de setembro, alterada pela Lei n.º 50/2018 de 16
de agosto. Revisão. Aprovação.
(Documento anexo à ata com o número 14).
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Tem a palavra o Sr. Presidente da Câmara se faz
favor”.
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Trata-se de uma revisão orçamental para efeitos do
concurso que pretendemos levar a deliberação na próxima reunião de câmara municipal, nessa
perspetiva precisamos desta revisão para o poder fazer e esse concurso tem por objetivo
alterarmos todas as luminárias do município que ainda não são led e passar todas para led através
de um concurso de eficiência energética, onde há um terceiro que concorre, que faz o
investimento e o município durante um determinado período pagará uma verba mas aquilo que
vai pagar nesse período é inferior ao que hoje já gastamos em termos de consumo de energia
elétrica. Após esses anos, após esse período do concurso passar então, a câmara ficará com a
poupança integral daquilo que foi este investimento. Pensamos que se trata de uma boa medida, o
nosso objetivo é remodelarmos e requalificarmos todo o parque de luminárias do concelho do
Seixal. É verdade que competiria à EDP a sua concretização, isso não aconteceu como seria
expetável e por isso é um recurso que o município tem e é isso que vamos fazer. Vou enviar para o
Sr. Presidente da Assembleia Municipal um documento que ajuda a perceber melhor aquilo que
será o concurso que virá a ser colocado a deliberação na câmara municipal”.

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Ata nº 08/2020
5ª Sessão Extraordinária – 16 de novembro de 2020
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Intervenções em relação a este ponto? Hernâni
Magalhães se faz favor.”
Hernâni Magalhães, da CDU, disse: “Tanto quanto é apreendido de toda a documentação a
informação que o Sr. Presidente deu na comissão, estamos perante meramente uma alteração para
garantir a possibilidade da substituição de todas as luminárias existentes na via pública por
luminárias led, como é do conhecimento geral um consumo bastante mais baixo. Trata-se do ponto
de vista ambiental de uma boa medida que permitirá que do ponto de vista das emissões de co 2,
o município do Seixal ainda se posicione mais à frente e ainda mais interessante porque com as
poupanças que vão ser criadas toda esta substituição é auto sustentável do ponto de vista
financeiro, verificando-se mesmo que no final o município vai poupar algum dinheiro no trajeto
dos vários anos em que este projeto se vai desenvolver, vai poupar algum dinheiro face à
expetativa do consumo que iria ter mantendo-se estas luminárias atuais. Portanto, trata-se
obviamente de uma boa solução e vamos naturalmente aprovar”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Intervenções. Samuel se faz favor”.
Samuel Cruz, do PS, disse: “O Partido Socialista tinha esta medida no seu programa e nessa
medida entende como uma boa medida, apenas não vota a favor por uma questão de formalismo,
é uma alteração orçamental, apesar de ser uma boa medida não altera de fundo todo o orçamento
e por isso, a incoerência mantém a sua abstenção que é o voto inicial no orçamento”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais intervenções? Não há inscrições. Sr.
Presidente da Câmara.”
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Como não houve nenhum pedido de esclarecimento,
eu penso que os elementos foram suficientes para poderemos deliberar”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Sim, o Sr. Presidente enviou na sequência da
reunião da comissão um quadro explicativo ao longo dos anos da evolução como há pouco referiu,
que naturalmente ajudou a perceber o alcance e é uma medida estratégica de enorme importância
para o município e nesse sentido, vamos colocar à votação”.

Aprovada a Deliberação n.º 39/XII/2020 por maioria e em minuta com:

. Vinte e um (21) votos a favor dos seguintes eleitos:

Do grupo municipal da CDU: 16

Do grupo municipal do BE: 3

Do grupo municipal do PAN: 1

Do presidente da JFFF: 1

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5ª Sessão Extraordinária – 16 de novembro de 2020
. Dezasseis (16) abstenções dos seguintes eleitos:

Do grupo municipal do PS: 11

Do grupo municipal do PSD: 4

Do grupo municipal do CDS/PP: 1


Dra. Madalena Silva disse: “Temos a favor CDU, o Bloco, o Presidente da Junta de Fernão Ferro, o
PAN e depois a abstenção do PS, PSD e CDS, certo?”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Certo! Alguma declaração de voto? Não há pedidos
de declaração de voto. É uma da manhã o tempo regimental mas a sugestão que fazia, faltam
ainda dois pontos: o III.7 e o III.8 e que prosseguíssemos e que concluíssemos a assembleia
municipal”.
III.7. Desafetação do domínio público para o domínio privado municipal, de uma parcela de
terreno, com a área de 2252 m2, sita na Rua Serra do Caramulo, Freguesia de Fernão Ferro, que
integrou o domínio público municipal, através do Alvará de Loteamento n.º 7/2010
correspondente ao processo n.º6/A/06, para constituição do direito de superfície a favor de
Universo autista – Associação de Jovens e Adultos. Aprovação”.
(Documento anexo à ata com o número 15).
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Sr. Presidente da Câmara se faz favor”.
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Esta deliberação é importante em virtude de uma
candidatura desta associação que pretende construir um terreno municipal, uma resposta para
crianças e jovens autistas que é uma necessidade em todo o concelho mas também da própria
região e por isso será importante a deliberação da assembleia municipal e da câmara para
podermos ceder este terreno sito nos Redondos para este efeito e depois esperar que a
candidatura ao programa PARES seja aceite pelo Governo, para apoiar a concretização deste
importante projeto”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Intervenções? Temos já uma inscrição do
Presidente de Fernão Ferro, Carlos Reis faz favor”.
O Presidente da Junta de Freguesia de Fernão Ferro disse: “Obviamente que não podia deixar
passar este momento, sem fazer aqui um breve enquadramento institucional entre a Junta de
Freguesia de Fernão Ferro e a Associação Universo Autista, bem como o enquadramento do
equipamento que será construido no terreno, agora proposto para a cedência a esta associação
pela Câmara Municipal do Seixal. A Associação Universo Autista tem sede na freguesia de Fernão
Fernão e desde 2017, 2018 que foi estabelecida uma relação de apoio por parte da junta de
freguesia a esta associação, através da cedência gratuita de um espaço numa loja do mercado
municipal para a receção, ajuda, apoio aos pais com filhos autistas. Foi ainda realizada uma

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5ª Sessão Extraordinária – 16 de novembro de 2020
caminhada pelas ruas da freguesia com inicio no Parque das Lagoas, para a qual a junta de
freguesia deu um apoio financeiro e logístico e teve como objetivo dar a conhecer a associação
autista à comunidade e juntar nesta caminhada outros pais, familiares e amigos numa clara
demonstração de que não estão sozinhos nesta luta e chegámos ao dia de hoje, 16 de novembro
de 2020, com uma proposta em cima da mesa da responsabilidade do executivo municipal com
vista à cedência de um terreno com aproximadamente 2 mil metros quadrados para a construção
de um centro de atividades ocupacionais e lar residencial com capacidade até 30 utentes. Obra
que eu espero que venha a ter através do programa PARES 3 financiamento pelo menos, uma boa
percentagem do seu custo. Também sei que a câmara municipal do seixal sensível aos assuntos de
natureza social, para além do terreno irá desenvolver todos os esforços necessários para poder
estar presente do ponto de vista financeiro, caso a segurança social não cumpra com a sua parte. É
sem duvida um dia histórico para a freguesia de Fernão Ferro e para o concelho do Seixal e acima
de tudo um dia muito importante para o autismo, para aqueles que infelizmente são portadores
deste transtorno e para os seus familiares, que muitas das vezes são obrigados a deixar as suas
carreiras profissionais para se tornarem cuidadores a tempo inteiro, onde a resposta do Estado
tem sido desadequada às necessidades destas famílias. Hoje é sem duvida um dia muito
importante, o equipamento que a Associação autista se propõe construir neste terreno em Fernão
ferro pretende dar uma resposta completa para o autismo e será pioneira no distrito de Setúbal.
Com a cedência deste terreno a câmara municipal do seixal abrirá caminho para a criação de uma
resposta inexistente e muito necessária para fazer face aos muitos pedidos de ajuda de famílias
desesperadas e demonstram efetivamente, a câmara municipal quais são as linhas condutoras das
políticas sociais que defende para o concelho, mesmo quando a segurança social vai olhando para
o lado, a dor e o sofrimento dos que mais precisam. São os órgãos do Poder Local, freguesias e
municípios mesmo sem terem competências nestas matérias que vão dando corpo e voz a estes
pais que sem respostas de quem de direito vêm nos eleitos locais uma luz ao fundo do túnel e é
aqui que começam a acreditar que ainda é possível.
Para terminar, os meus sinceros parabéns aos membros da direção da associação Universo Autista
pela resiliência em todo este processo, muita das vezes é um percurso incompreendido e sem
respostas, a junta e a câmara tiveram a postura correta, apoiar quem precisa. Eu estou muito
satisfeito e irei obviamente votar a favor da proposta do executivo municipal”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Tem a palavra Fernando Sousa”.
Fernando Sousa, da CDU, disse: som distorcido
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais alguma intervenção? André Nunes se faz
favor”.
André Nunes, do PAN, disse: “É só para de forma telegráfica parabenizar a associação
essencialmente, mas também o Presidente Carlos Reis por esta conquista, não tenho duvidas que
foi bastante sofrida mas inteiramente merecida, aplaudo por essa vitória, valeu a pena alguns anos
atrás ter de alguma forma feito vingar a sua posição junto do executivo”.
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O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais alguma intervenção? Sr. Presidente da
Câmara”.
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Assim esperamos que com estas forças positivas da
nossa parte consigamos ajudar esta instituição juntos dos pais, das famílias e das crianças e jovens
atingirem este objetivo que será muito importante para as famílias e também para nós”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Vamos proceder à votação”.

Aprovada a Deliberação nº40/XII/2020 por maioria e em minuta com:

. Trinta e três (33) votos a favor dos seguintes eleitos:

Do grupo municipal da CDU: 16

Do grupo municipal do PS: 11

Do grupo municipal do BE: 3

Do grupo municipal do PAN: 1

Do grupo municipal do CDS-PP: 1

Do presidente da JFFF: 1

. Quatro (4) abstenções dos seguintes eleitos:

Do grupo municipal do PSD: 4


O Presidente da Assembleia Municipal disse: “A proposta foi aprovada pelos restantes grupos
municipais com a abstenção do PSD. Alguma declaração de voto? Não há declarações de voto”.
III.8. The International Molinological Society (TIMS). Aceitação de Estatutos. Adesão.
(Documento anexo à ata com o número 16).
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Sr. Presidente se faz favor”.
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Esta deliberação prende-se com uma alteração em
termos daquilo que seria a entidade em Portugal a quem nós estávamos associados do ponto de
vista deste importante sociedade relacionada com o património mas gostava só de chamar a
atenção para a particularidade da agenda desta assembleia municipal para o último paragrafo,
onde diz que compete à assembleia sob proposta da câmara deliberar sobre a participação
municipal em associações de direito privado, é isso que estamos a fazer respeitando a assembleia
municipal”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Vamos colocar à votação”.

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Ata nº 08/2020
5ª Sessão Extraordinária – 16 de novembro de 2020
Aprovada a Deliberação nº 41/XII/2020 por maioria e em minuta com:

. Trinta e três (33) votos a favor dos seguintes eleitos:

Do grupo municipal da CDU: 16

Do grupo municipal do PS: 11

Do grupo municipal do BE: 3

Do grupo municipal do PAN: 1

Do grupo municipal do CDS-PP: 1

Do presidente da JFFF: 1

. Quatro (4) abstenções dos seguintes eleitos:

Do grupo municipal do PSD. 4


Dra. Madalena Silva disse: “Abstenção do PSD e a favor dos outros todos”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Abstenção do PSD e os restantes grupos municipais
a favor. Alguma declaração de voto? Não há pedidos de declaração de voto”.
III. 9. Minuta da Ata – Aprovação.
(Documento anexo à ata com o numero 17).
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Consideramos a ata aprovada em minuta e a nossa
próxima agenda é a que têm: dia 19 reunião de lideres e a comissão de desenvolvimento
estratégico e no dia 25 a assembleia municipal em sessão ordinária para apreciação das grandes
opções do plano e orçamento. Boa noite a todos”.
Dra. Madalena Silva disse: “Dê-me licença, só uma nota para dizer penso que terão dado por isso
mas entretanto a documentação da próxima sessão, do orçamento já foi distribuída”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Todos receberam não é? Já distribuída até na 6.ª
feira”.
Dra. Madalena Silva disse: “Exatamente, se alguém não tiver recebido ou tiver algum problema
pode contactar-me amanhã e vemos o que é que se passa Eu dou esta nota porque nós
antecipámos em relação ao prazo”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “A câmara já tinha aprovado e havia condições de
antecipar e faremos sempre, ainda por cima numa matéria destas que é o orçamento. Agora sim,
boa noite a todos e a todas e tudo a correr bem, antes de mais com muita saúde”.

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Ata nº 08/2020
5ª Sessão Extraordinária – 16 de novembro de 2020
Aprovada a Deliberação nº 42/XII/2020 por unanimidade e em minuta com:

. Trinta e sete (37) votos a favor dos seguintes eleitos:

Do grupo municipal da CDU: 16

Do grupo municipal do PS: 11

Do grupo municipal do PSD: 4

Do grupo municipal do BE: 3

Do grupo municipal do PAN: 1

Do grupo municipal do CDS-PP: 1

Do presidente da JFFF: 1

Nada mais havendo a tratar, O Presidente da Assembleia Municipal deu os trabalhos por
encerrados, agradecendo a presença do executivo municipal e dos membros deste Órgão.
A sessão terminou cerca da 01:15 horas do dia 17 de novembro.
Nos termos do art.º 5.º do Decreto-Lei nº 45362 de 21 de Novembro de 1963 (com a redação
atualizada pelo Decreto-Lei nº 334/82 de 19 de Agosto, e de acordo com uma interpretação
extensiva), os documentos mencionados são arquivados, ora em pasta anexa à presente ata, ora
no respetivo processo.
Sempre que se indicou ter sido tomada qualquer deliberação, dever-se-á entender ter sido
aprovado nos termos e para efeitos do disposto no art.º 92.º da Lei nº 169/99, de 18 de setembro,
com a redação atualizada pela Lei nº 5-A/2002, de 11 de janeiro, e com as alterações introduzidas
pela Lei nº 67/2007, de 31 de dezembro e pela Lei nº 75/2013, de 12 de setembro.
Para constar se lavrou a presente ata que vai ser assinada pelo Presidente e Secretários em
exercício:
O Presidente da Assembleia Municipal:

O Primeiro Secretário:

A Segunda Secretária:

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Ata nº 09/2020
5ª Sessão Ordinária – 25 de novembro de 2020

A T A nº 09/2020
Aos vinte e cinco dias de novembro de dois mil e vinte, reuniu a Assembleia Municipal do Seixal,
na sua 5ª sessão ordinária de 2020, por videoconferência, presidida por Alfredo José Monteiro da
Costa e secretariada pelo 1º Secretário, Américo Augusto de Oliveira da Costa, e pela 2ª secretária,
Sara Sofia Oliveira da Silva Lopes Oliveira, com a seguinte Ordem de Trabalhos, divulgada pelo
edital nº 26/2020, de 21 de agosto.
I – PERÍODO DE ANTES DA ORDEM DO DIA.
II – PERÍODO DA ORDEM DO DIA.
II.1. Informação sobre o trabalho em curso das Comissões da Assembleia Municipal.
II.2. Ata da 5ª Sessão Ordinária de 9 de dezembro de 2019.
II.3. Apreciação de informação da Câmara, sobre a atividade desta, nos termos e para efeitos
das alíneas a) e b) do n.º 2 do art.º 25.º do Anexo I à Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro.
II.4. Apreciação de informação do Presidente da Câmara, sobre a atividade do município e
situação financeira do mesmo, nos termos e para efeitos da alínea c) do n.º 2 do art.º 25.º
do Anexo I à Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro.
II.5. Opções do plano e proposta de orçamento para 2021, nos termos da alínea a) do n.º1 do
art. 25º, por força da alínea c) do n.º 1 do art. 33º, ambos do Anexo à Lei n.º 75/2013, de
12 de setembro, alterado pela Lei nº 50/2018, de 16 de agosto, autorização para a
contratação de empréstimo de curto prazo, nos termos da alínea f) do nº 1 do art. 25º do
Anexo à Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro, atualização dos valores da Tabela de Taxas
anexa ao Regulamento de Taxas do Município do Seixal, nos termos do art. 44º do
Regulamento de Taxas do Município do Seixal e do n.º 1 do art. 9.º da Lei n.º 53-E/2006, de
29 de dezembro, alterada pela Lei n.º 117/2009, de 29 dezembro, mapa de pessoal, nos
termos da alínea o), do n.º 1, do art. 25º do Anexo da Lei n.º 75/2013, de 12 setembro, e
autorização genérica para a assunção de compromissos plurianuais nos termos do art. 6º
da Lei n.º 8/2012, de 21 de fevereiro, alterada pela Lei n.º 22/2015, de 17 de março.
Aprovação.
Estiveram presentes, para além dos membros da Mesa:
Da CDU: Paulo Alexandre da Conceição Silva, Custódio Luís Quaresma Jesus de Carvalho, Maria
Júlia dos Santos Freire, Hernâni José Pereira Peixoto Magalhães, Nuno Filipe Oliveira Graça,
Fernando Júlio da Silva e Sousa, Carlos Alberto de Sousa Pereira, Ana Luísa Pereira Inácio, Maria
João Evaristo Oliveira Santos, Gonçalo Rui de Oliveira e Almira Maria Machado dos Santos.
Do PS: Samuel Pedro da Silva Cruz, Tomás Baptista Costa dos Santos, Luís Pedro de Seia Gonçalves,
Célia Maria Martins Cunha, Nelson Filipe Lampreia de Oliveira Patriarca, Rui Miguel Santos Brás,
1/80
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 09/2020
5ª Sessão Ordinária – 25 de novembro de 2020
Sérgio Miguel Carreiro Ramalhete, Marta Sofia Valadas Barão, Rui Jorge Guerreiro Parreira e Maria
Virgínia de Sousa Andrade Dias.
Do PSD: Rui Miguel Lança Belchior Pereira, Maria Luisa Marques da Gama, Duarte Sérgio dos
Santos Melo Correia e Ricardo Manuel de Moraes e Soares.
Do BE: Vítor Cavalinhos, Eduardo Manuel Lino Grêlo e Sandra Anabela Alves de Sousa.
Do PAN: Nuno André Baptista Nunes
Do CDS-PP: João Guilherme Nobre Prata Fragoso Rebelo.
Estiveram ainda presentes os Presidentes de Junta de Freguesia de Corroios, Fernão Ferro e da
União das Freguesias do Seixal, Arrentela e Aldeia de Paio Pires, respetivamente, Eduardo Rosa,
Carlos Reis e António Santos e Maria Helena Quinta em substituição do Presidente da Junta de
Freguesia de Amora.
Registaram-se as seguintes substituições:
No grupo municipal da CDU: Rui Algarvio por Almira Santos. e Paula Santos por Gonçalo Rui
Oliveira
O Presidente da Junta de Freguesia de Amora, Manuel Araújo, por Maria Helena Quinta.
Para além do Presidente da Câmara Municipal do Seixal, Joaquim Cesário Cardador dos Santos,
estiveram presentes os seguintes Vereadores:
Maria Manuela Palmeiro Calado, Joaquim Carlos Coelho Tavares, José Carlos Marques Gomes,
Maria João Varela Macau, Eduardo Rodrigues, Marco Fernandes, Elizabete Pereira Adrião, Nuno
Moreira e Francisco Morais.

A Sessão teve início cerca das 20:25h.


O Presidente da Assembleia Municipal disse: “ Devido à situação que estamos a viver, irá decorrer
por videoconferência. É a quinta sessão ordinária de 2020, e que tem um ponto, como conhecem,
digamos, a matéria de fundo que é a apreciação das opções de plano e da proposta de orçamento
para 2021. Dizer-vos que no que se refere aos pedidos de substituição da CDU, a Paula Santos, será
substituída por Gonçalo Rui Oliveira. O Rui Algarvio, será substituído por Almira Santos. No que se
refere aos senhores presidentes de junta, o presidente da Junta de Freguesia de Amora, será
substituído pela secretária Maria Helena Quintas.

I. PERÍODO DE ANTES DA ORDEM DO DIA.


O Presidente da Assembleia Municipal disse: “passando para o período de antes da ordem do dia,
dizer-vos que temos onze documentos, e eu pergunto aos líderes se há alguma questão que
queiram colocar em relação aos documentos, e no que se refere ao modelo de apreciação?”
Paulo Silva, da CDU – disse :”Paulo Silva.”
2/80
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 09/2020
5ª Sessão Ordinária – 25 de novembro de 2020
Presidente da Assembleia Municipal – disse “Paulo Silva, se faz favor?”

Paulo Silva, da CDU – disse “Eu penso que em relação aos documentos, que podia haver discussão
conjunta, da moção do Bloco de Esquerda – “Uma pandemia esquecida”, com uma moção, que
apesar de não ter título, do PS, sobre o dia internacional, para a eliminação da violência contra as
mulheres, e o tema é comum a ambos os documentos, e igualmente sobre a discussão conjunta,
sobre duas saudações, uma apresentada pelo PSD, e outra pelo PS, sobre o 25 de novembro.”

Presidente da Assembleia Municipal – disse:”Sim, senhor. Eu pergunto aos proponentes, ao Bloco,


ao Vítor Cavalinhos, se está de acordo? Vítor, boa noite!”

Vítor Cavalinhos, do BE – disse:”Boa noite, a todos e a todas! Por nós, tudo bem.”

Presidente da Assembleia Municipal – disse :”Ao partido Socialista – Samuel Cruz, se está de acor-
do? Samuel, boa noite?”

Tomás Santos do PS – disse:”Não sei se o Samuel está presente.”

Presidente da Assembleia – disse :”Ai, é?”

Doutora Madalena – disse :”Mas ele está aqui como presente. Agora pode é não estar junto do
computador.”

Rui Belchior, do PSD – disse :”Eu aproveito já para economizar tempo, e digo já que também estou
de acordo. O PSD.”

Presidente da Assembleia Municipal – disse :”Portanto, o PSD está de acordo, falta o Samuel
Cruz.”

Samuel Cruz, do PS – disse :”Eu estou aqui, mas não ouvi a proposta, presidente.”

Presidente da Assembleia Municipal – disse :”A proposta é… são, aliás, duas. Que a apreciação em
conjunto, as saudações ao 25 de novembro. portanto, é uma do PSD, e outra do PS, não é?”

Samuel Cruz do PS – disse :”O 25 de novembro, não é? É para aprovar as duas do 25 de novembro,
em conjunto? A do Bloco de Esquerda, e a do PS. E a do PS, e a do PSD.”

Presidente da Assembleia Municipal– disse :”Pronto. Então, em relação ao 25 de novembro, não


há acordo.“

Paulo Silva, da CDU – disse :”O Bloco não tem nenhuma sobre o 25 de novembro”.

Samuel Cruz, PS – disse :”Sim, senhor. 25 de novembro, a violência sobre as mulheres?”

Samuel Cruz do PS – disse :”Então, não é dia 25 de novembro, o dia internacional? É? “

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Ata nº 09/2020
5ª Sessão Ordinária – 25 de novembro de 2020
Vítor Cavalinhos, do BE – disse :”Que é o único 25 de novembro que interessa.”

Presidente da Assembleia Municipal – disse:”Desculpem lá. A moção do Bloco, é – “Uma pande-


mia esquecida”. É o título da moção. É disso que estamos a falar, não é?”

Samuel Cruz , do PS– disse:”Sim, sim. Mas eu ouvi dia 25 de novembro, como o dia da violência
contra as mulheres.”

Presidente da Assembleia Municipal – disse:”Mas são coisas diferentes, Samuel. Portanto, uma
tem a ver com saudações ao 25 de novembro, e aí estamos de acordo. Portanto, os líderes estão
de acordo, e a mesa também. Outra, que foi proposta, são moções, uma do Bloco, sendo o dia 25
de novembro, mas não tem a ver a saudação ao 25 de novembro. E outra que é do PS, o dia inter-
nacional pela eliminação da violência. Bom! Portanto, a questão em concreto, é se estamos de
acordo que estas duas, a do Bloco, e a do PS, que sejam discutidas em conjunto. Estamos de acor -
do? O Vítor Cavalinhos, já disse que sim. Samuel Cruz, de acordo?”

Samuel Cruz , do PS– disse :”Sim, sim.”

Presidente da Assembleia Municipal – disse :”Sim, senhor. Pronto. Então avançamos assim.”

I.1. O Grupo Municipal da CDU apresentou a moção «Pela suspensão imediata da Lei das
competências», subscrita por Paulo Silva.
(Documento anexo à ata com o número 1)
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “E o primeiro documento, é uma moção da CDU,
“Pela suspensão imediata da lei das competências”, subscrita pelo Paulo Silva, e que tem a palavra.
Faça o favor, Paulo Silva.”
Paulo Silva, da CDU, disse: “Boa noite, a todos! A questão das competências, a transferência de
competências, para as autarquias locais, (Impercetível), e que é uma matéria que já foi
suficientemente discutida. Está previsto, em 2021, acontecer que essas transferências sejam
aceites, ou não, pelas autarquias. Ora, consideramos que face a toda a pandemia que houve
durante este ano, em que foi necessário mobilizar meios, e equipamentos e serviços, para o
combate à pandemia, não faz sentido haver agora esta transferência,em 2021, porque todos os
meios das autarquias, estiveram viradas para este assunto do Covid, e para este problema de
saúde pública, e, por isso, a CDU, propõe: Ponto 1 – exortar o governo a fazer cessar a vigência dos
diplomas de transferência de competências, impulsionar o início do processo das regiões
administrativas, previstas na Constituição da República, dotadas de órgãos próprios eleitos pelas
populações respetivas, e que concorreria para eliminar os desequilíbrios políticos, administrativos
e sociais, que resultam de injustiças na repartição dos recursos. Desfasamento na promoção da
igualdade de oportunidades, e de instruções da qualidade de vida, entre as populações de todo o
território nacional. Impulsionar o processo de descentralização de competências, com carácter
universal, que garanta a todos condições de igualdade, que transfira competências para os
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Ata nº 09/2020
5ª Sessão Ordinária – 25 de novembro de 2020
Municípios, mas que, simultaneamente, lhes propicie os meios necessários e suficientes, ao
exercício desses poderes, em benefício dos cidadãos, e rever de forma global, a lei das finanças
locais, com o objetivo de repor a capacidade financeira dos municípios, perdida nos últimos anos.
Acabei.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Obrigado. Passamos para as inscrições. Eu pedia-
vos que as inscrições que fizessem por blocos, e não individualmente. Porque senão arrastamo-nos
neste período. E, portanto, o primeiro bloco de inscrições, para apreciação desta moção. Quem é
que pretende intervir? Há uma inscrição, duas… Mais inscrições? Tem a palavra o João Rebelo. Se
faz favor”
João Rebelo, do CDS-PP, disse: “Muito obrigado senhor presidente. Boa noite, a todos! Boa noite
ao senhor presidente da Câmara, às senhoras, e aos senhores vereadores, às minhas ilustres
colegas, e também às funcionárias da Câmara, que nos estão aqui a ajudar, hoje, neste dia, e
espero que estejam todos bem de saúde. Eu, muito rapidamente, em relação a esta moção, será a
abstenção da nossa parte, sendo que eu acompanho alguma das preocupações que foram aqui
manifestadas. O processo foi muito mal feito, desde o início, nós já o dissemos e repetimos isso,
várias vezes. Nós concordamos com a ideia da descentralização das funções administrativas,
funções para as autarquias locais, e é algo que nós defendemos. Mas o processo como foi feito, foi
feito cheio de erros, e muitas indefinições. Neste momento, com este problema grave de
pandemia, que tem alterado todos os orçamentos, não só das Câmaras, mas também do próprio
Estado, e para corresponder à crise económica, e à crise social, e à crise sanitária, que esta
pandemia trouxe ao país, parece-me que há alguma prudência no futuro, nas transferências destas
competências, e que possa ser repensado. Sei que algumas Câmaras, muitas delas, aliás, estão
preparadas, e querem receber, outras estão a repensar. Mas a minha preocupação é saber se
também a nossa Câmara, a Câmara do Seixal, está preparada, ou não, neste momento, para poder
acomodar essas mesmas competências. E, portanto, eu acompanho, em parte, aqui a
argumentação que foi explicada pelo Paulo Silva, pela CDU. Muito obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Agora tem a palavra o André Nunes, se faz favor ”
André Nunes, do PAN disse: “Boa noite, a todos! É só também para dar nota, um pouco em linha,
com aquilo que foi a intervenção do João Rebelo, de que acompanhamos, efetivamente, as
preocupações, tanto assim que no passado estávamos alinhados com o PCP, nesta matéria, mas
não podemos deixar de notar, daquilo que nos parece ser o facto do PCP, no Seixal, estar agora a
acordar para uma realidade para a qual tem vindo a ser avisada sistematicamente, mas que
durante os últimos anos andou a empurrar, a empurrar, sabendo que a realidade nos iria, mais
cedo, ou mais tarde, colocar perante uma questão delicada, como esta. E, portanto, sem prejuízo
de reconhecermos legitimidade, portanto, no apelo que é feito, a verdade é que gostaríamos que
no seu devido tempo, pudesse ter sido feita pressão. E agora, de repente, estou-me a lembrar, por
exemplo, que na Assembleia da República, o PAN, propôs o adiamento da conclusão do processo

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de descentralização de 2021, para 2023, e, na altura, o PCP, até ficou contra. Portanto, estamos
relativamente alinhados em relação ao posicionamento. Obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Tem a palavra o Rui Belchior. Faça o favor, Rui.”
Rui Belchior, do PSD, disse: "Obrigado, senhor presidente. Boa noite a todos! Enfim, eu também
estou de acordo com o que já foi dito, sobretudo, com o que agora acabou de dizer o André Nunes,
e também o João Rebelo. E quero até dizer mais duas, ou três coisas. De facto, a lei, nesta
legislação, é péssima, é má, foi um processo em que nós também tivemos a oportunidade de
referir que foi muito mal conduzido, e, portanto, não é possível fazer-se nenhum processo de
transferência de competências, sem se conhecer, evidentemente, os envelopes financeiros. É
completamente descabido, sobretudo, se estivermos a falar na saúde, e na educação. De qualquer
modo, eu não quero ser repetitivo, mas enfim, tenho que, mais uma vez, que voltar a dizer,
provavelmente, ainda esta noite, e ainda direi mais uma série de vezes. É a CDU, quem… É verdade
que esta foi uma legislação consertada com o PSD. Isso é verdade. Mas tem sido a CDU, que tem
apoiado, neste últimos seis anos. Aliás, mais uma vez, absteve-se neste orçamento, há seis anos. E
dá-me a ideia que a capacidade, ou seja, a CDU, faz isto praticamente a troco de nada. Porque não
consegue obter coisíssima nenhuma. Mas continua a suportar este governo. Quer dizer, é uma
coisa que, sinceramente, eu não entendi. E depois ainda há outra situação que eu não posso deixar
de referir. O que é que nós, aqui na assembleia municipal temos a ver com isto? Quer dizer, não
vão mexer, e seguramente, nós vamos decidir sobre esta matéria. Portanto, eu percebo a ideia. É
de marcar uma posição, mas nós aqui somos completamente insuficientes, para utilizar esta
expressão, para resolver este problema. De qualquer modo, só para terminar. Não tenho nenhuma
dúvida, atendendo às vicissitudes e à conjuntura, que a lei vai mesmo que ter suspensa, não é?
Porque nós, hoje, aqui, vamos aprovar, ou deixar de aprovar esta moção, que ela vai ser suspensa.
Ela vai ter mesmo que ser suspensa, porque não há condições para a sua aplicação. Portanto, em
grosso modo é isto. Muito obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Agora dou a palavra ao Samuel Cruz. Faça o favor,
Samuel.”
Samuel Cruz, do PS, disse: "Muito obrigado, senhor presidente. Cumprimentar em si, e toda a
assembleia municipal, para dizer o seguinte, portanto, desde logo, seria importante que o título da
moção, corresponda aquilo que se está a discutir. E, portanto, eu proporia ao proponente, que não
fosse pela suspensão imediata da lei das competências, que quase não se percebe o que é que
estamos a falar, mas que fosse pela suspensão imediata da lei de quadro da transferência de
competências, que é assim que, de facto, se designa a legislação aqui em discussão. Essa é a
primeira questão. A segunda, dizer que quando se quer discutir a transferência de competências, e
não me parece cordial, que depois na parte deliberativa, se venha falar em impulsionar o processo
da criação de regiões administrativas, que é um processo, sem dúvida, importante, mas que não
devemos misturar, para não metermos tudo no mesmo saco, e tão pouco a lei da finanças locais,
que também é um assunto importante, e que não é o que aqui está a ser discutido. Isso é o
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segundo erro, que me parece que esta moção enfrenta. Terceiro erro, e também grave, este
material, porque diz a moção que – “Excetuando posições de seguidismo partidário, há hoje um
grande consenso que as transferências previstas, não constituem um processo de
descentralização.” Mas, vejamos então o que é que é o (Corte de som) autárquico, e não só, mas
ainda não tem votações Norte Coreanas, e, portanto, o que existe sobre esta matéria, é que
duzentos e setenta e oito municípios, ou seja, 86%, dos municípios portugueses, já aderiram a este
processo. Aquele consenso de que se fala que esta descentralização não é positiva, é o consenso
de 14% dos municípios portugueses, onde se englobam todos aqueles que são do Partido
Comunista Português. E destes, ainda assim, é importante dizer que sessenta autarquias, sessenta,
já aceitaram exercer todas as competências. Ao passo, que só quarenta e quatro, nas quais se
inclui o município do Seixal, não assumiram qualquer competência. Ou seja, assumiram
competências duzentos e setenta e oito municípios, sessenta assumiram todas as competências,
(Corte de som),isto é, há um consenso, mas não é um consenso, no sentido em que o eleito Paulo
Silva, aqui nos traz. Há um conceito, no sentido de aceitar, ou de não aceitar, como já se viu até já
são menos as Câmaras que não aceitaram qualquer competência, do que aquelas que aceitaram
todas. Mas há mais, e para que não restem dúvidas. Cento e dezanove municípios aceitaram pelo
menos dez competências. Noventa e nove municípios, já aceitaram as transferências na área da
educação e cinquenta e um municípios, aceitaram transferências na área da saúde, portanto, como
vemos, até nas matérias mais difíceis que são a educação, e que são a saúde, também já começa a
haver um elevado número de municípios que aceitaram. No entanto, devia estar referido nesta
moção, e não está. O governo já adiou a transferência automática destas posições, ou seja, nestas
matérias da saúde e da educação, para 31 de março, de 2022. Senão, vejamos. Em todo o resto, é
muito simples. Na saúde, e na educação, há questões difíceis a resolver. Está adiado até 31 de
março, de 2022, e irá ter… nas outras só não percebe quem não quer, e eu dou pequenos
exemplos, património, o que se diz acerca do património, há questões do património, não é o que
é a descentralização da área do património. Existe o património da administração central, na área
do município. O município está interessado em explorá-lo, a administração central (Corte de som).
As competências são exatamente as mesmas. Qual é que é a diferença? O que resulta das coimas,
passa a ficar na autarquia. Qual é que é a dificuldade neste processo? Nenhuma! Proteção civil? Há
um sistema que, enfim, vai um envelope financeiro para a Câmara, e que a Câmara entrega aos
bombeiros, e passa a ser direto. Qual é a dificuldade disto? Nenhuma! Diz-se que devemos fugir de
pessoas complicadas, porque arranjam um problema para cada solução que tentamos. É o caso.
Portanto, há várias questões que estão toda a gente percebe como é que funciona, e só quem não
quer é que não percebe. Pelos vistos, é o caso da Câmara do Seixal. Existem áreas difíceis que são
a saúde e a educação, e que já passaram para março de 2022, e parece-me que só por má-fé, é
que não se refere isso na moção. Aliás, na apresentação até foi dito o contrário. Por fim, o Seixal
está a ficar para trás. Está a ficar para trás, e este ano já se vai discutir novas áreas de
transferência. E mais, uma vez, nós continuamos a ficar para trás, em relação aos municípios, e isso
quem perde com isso, é a população do concelho de Seixal. Disse!”
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O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais intervenções? Segunda volta, para fecharmos.
Quem é que pretende intervir? Não há inscrições, é isso? Muito bem. Confirma-se que não há
inscrições?”
Samuel Cruz, do PS disse:”Fale lá o presidente, porque gosta sempre de falar sobre isto.
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Não… Ó Samuel… Sim… Mas isso é uma conversa longa,
sabe? Porque os dados que, e é apenas um apontamento brevíssimo. No quadro, naturalmente na
Associação Nacional de Municípios, os dados que o Samuel referiu, precisam ser explicados,
porque a realidade não é essa. De qualquer maneira, mesmo na educação, estamos a falar dum
terço, e na saúde um sexto dos municípios. E mesmo nas outras matérias que parecem mais
simples, nesta altura, o quadro, e a associação, reunimos, recentemente com a senhora Ministra,
onde foi apresentado um documento da associação, porque, nesta altura, a grande dificuldade dos
municípios, é que não têm respostas nenhumas da administração central, mesmo nas matérias
que parecem mais simples. Não têm dados em termos das receitas. Não têm dados em termos das
despesas. Não conseguem reunir as comissões, na esmagadora maioria dos casos, não é? As
respetivas comissões de acompanhamento, município, a município. E mais que isso. A própria
comissão de descentralização, com vários setores do governo, e a Associação Nacional de
Municípios, não reúne há meses. Portanto, não há acompanhamento nenhum do processo da
descentralização. Essa é a realidade, e é, mesmo nos que aderiram, não é, e que já se viu que nas
matérias de fundo a percentagem é muito baixa, exatamente porque não estão reunidas as
condições, e a administração central, não fornece dados que são essenciais para que aqueles que
aderiram pudessem concretizar. Ou seja, o que é que eu quero dizer com isto? Esses números, não
correspondem a uma realidade objetiva, porque mesmo aqueles que já têm um conjunto,
aderiram a um conjunto de competências, à exceção da educação, e da ação social, que importa
dizer, não é, foram publicadas as portarias recentemente, mesmo esses municípios, não
conseguem sequer concretizar porque não há resposta da administração central. E, para terminar,
este orçamento é a prova evidente disso, do que está em discussão na assembleia da república,
quando, uma vez mais, não integra o fundo de financiamento da descentralização, ao abrigo da lei
de quadros, já aqui referida, e nem sequer tem os mapas anexos das dotações a transferir para os
municípios. Pronto. Creio que esta é a questão objetiva, e que é isso que importa discutir. E, no
fundo, a moção, coloca isso, coloca essa questão. É necessário um processo sério que sirva o país,
e as populações. E no caso do Seixal, na minha opinião, é evidente que, como muitos outros, que
até agora, não foram reunidas quaisquer condições para que pudesse fazer a opção de aceitar
competências. Mas tem a palavra o senhor presidente da Câmara. Faça o favor, senhor presidente.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Muito obrigado, senhor presidente da assembleia
municipal, e os seus eleitos. Muito boa noite a todos! De facto, esta moção traduz bem aquilo que
foi, desde o início, e que sempre a CDU, e os órgãos autárquicos, do município, sempre colocaram,
de facto, este processo que nasceu torto, cresceu torto, e agora isto vai ser implementado de
forma, portanto, torta, isto é, nós temos previsto ficar com dezanove áreas de competência a partir
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de 01 de janeiro, e não conhecemos nada ainda sobre nenhuma delas. Aliás, excetuando as das
Juntas de Freguesia, com as quais nós já temos contratualização, através de contratos, quer
administrativos, e acordos de execução, sobre as praias que vamos receber, não temos, da
autoridade que gere hoje as praias, não temos qualquer contacto, ou qualquer proposta,
relativamente à transferência dessas competências, podemos dizer o mesmo para a exploração das
as modalidades, enfim fortuna e azar, ou ainda na área do turismo. Será que entidade regional de
turismo de Lisboa, e Vale do Tejo, vai deixar de ter as competências que tem hoje, e passar para os
municípios? Quais são? Que encargos? Competências? Que receitas? Que despesas? O mesmo
sobre as vias de comunicação. Nós não sabemos que vias de comunicação é que vamos receber a
partir de 01 de janeiro, de 2021. Ou ainda na área da justiça. Que competências ficaremos na área
da justiça? Temos hoje, já, competências na área do julgado de paz, com um protocolo que
assinamos, e que decidimos, de forma voluntária, aderir a esse processo. Mas este não é
voluntário, nem sequer sabemos que competências, que tarefas, que custos, que recursos estão
associados. O mesmo sobre fundos Europeus, e a captação de investimento. Ou ainda sobre
associações de bombeiros, competências, em associações de bombeiros ou estruturas de
atendimento ao cidadão, ou mesmo na área da habitação, do património imobiliário público, do
estacionamento público. Será que é desta que vamos ficar com os parques de estacionamento
afetados da Transtejo? Proteção e saúde animal, cultura, policiamento de proximidade, proteção
civil, transporte de passageiros em vias navegáveis interiores, e ainda nas áreas protegidas, ou
mesmo nas áreas pecuário-marítimas. É isto que estamos a falar. Duma lei, dum conjunto de
diplomas subsequentes que nada traduziram, de facto, em termos concretos aquilo que serão as
competências que os municípios vão exercer, e que mostram uma total opacidade, uma total
irresponsabilidade relativamente às competências, à transferência de competências, e que traduz
bem a forma ligeira, como este governo, ou este governo, exatamente, tem tratado todo este
processo, e, de facto, os autarcas do PS, são, pronto, são aquilo que nós conhecemos. São pessoas
que colocam os interesses partidários acima daquilo que são os interesses das populações, e é por
isso que, alguns perceberam as competências, só porque sim, e hoje falamos com eles, como aqui,
no caso, vários vizinhos, com quem tive a oportunidade de contactar e dizem – Bem, nós também
não sabemos. Temos as competências, mas também não sabemos. E é assim. E parece que está
tudo bem. E, de facto, é o país que temos. O partido socialista a governar, ou melhor, a
desgovernar aquilo que devem ser matérias tratadas, portanto, com responsabilidade. Por isso,
este processo de transferência de competências, como disse, começou mal, tramitou mal, parece
que está a concluir, aliás, parece que está a concluir, isto é, vai concluir de forma negativa, e, de
facto, veremos o que é que vai acontecer. Na proposta das grandes opções do plano e orçamento
para 2021, como constataram, nós, para cada uma destas áreas, colocamos uma dotação, uma
rubrica, com uma pequena verba, para 2021, desconhecendo, em absoluto, o que vai suceder.
Imaginem os seus eleitos na assembleia municipal, se a Câmara Municipal, tivesse feito isto, por
exemplo, para as Juntas de Freguesia? O que os senhores não teriam dito, e escrito, e bem, se, de
facto houvesse um processo de transferência de competências, sem o mínimo de conhecimento, e
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sem o mínimo, portanto, de informação, relativamente às matérias que iam ser transferidas. Nesse
sentido, de facto, estamos perante uma situação verdadeiramente inacreditável, inaceitável, e
onde, no fim do dia, quem vai pagar, é, de facto, o cidadão.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Está, senhor presidente da Câmara? Obrigado. Tem
a palavra o preponente, se faz favor. Paulo Silva? “
Paulo Silva, da CDU, disse: "Penso que não há muito mais a acrescentar. Só dar aqui assim um
exemplo de descentralização de competências, que o Samuel diz que é para descomplicar. A
questão dos bombeiros. Atualmente, há uma verba que o governo transfere diretamente para os
bombeiros. O que se propõe é passar a transferir para a Câmara, para a Câmara transferir para os
bombeiros. Isto é aumentar a burocracia aqui no meio. Os bombeiros estão sempre, e quem
conhece a realidade dos bombeiros, a precisar de dinheiro, o que vai estar, em vez duma
transferência que demora sempre dois dias, vir do estado central, do governo, para os bombeiros,
passa a vir para as câmaras municipais, para chegar e ser processado, e para depois ser dada uma
ordem de transferência para os bombeiros, ou seja, o que se pode fazer com uma simples
transferência do Estado, diretamente para os bombeiros, passa a ser muito mais burocrático, e a
demorar muito mais tempo, e isto sim, a complicar. É este o estilo de transferência de
competências que o PS quer fazer. É complicar as situações, e este dos bombeiros, é um caso
paradigmático, ainda bem que o Samuel deu esse exemplo, porque é para todos verem o que é
esta transferência de competências, que é a complicação total. Tenho dito!”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Obrigado. Vamos colocar à votação, com a
metodologia que seguimos na última assembleia municipal, ou seja, os grupos municipais indicam
a votação, a seguir à indicação que é inscrita pela Doutora Madalena, portanto, a seguir à
indicação, os grupos municipais, inscrevem a sua votação. E a votação individual, porque senão
criamos aqui um problema de acompanhamento no “bate papo” muito difícil de controlar. O voto
individual é feito apenas na votação do documento seguinte. Portanto, agora é apenas o voto dos
grupos municipais. Doutora Madalena, a inscrição para a votação, se faz favor?”
Doutora Madalena disse:”Já está, presidente.

Presidente da Assembleia da Assembleia disse:”Está?”

Doutora Madalena disse:”Falta o PS. Falta o PS. Portanto, o PSD, e o Samuel contra.”

Presidente da Assembleia da Assembleia – Ok. A favor: CDU, Bloco, e o presidente de Fernão Fer-
ro. A abstenção do PSD, do CDS, e do…”

Doutora Madalena – disse:”PAN. “

Presidente da Assembleia da Assembleia disse:” E do PAN. E o voto contra…”

Doutora Madalena disse:” Do PS. “

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Presidente da Assembleia da Assembleia disse:”Do PS. Portanto, a moção está rejeitada com esta
votação. Há alguma declaração de voto? “

Aprovada a Tomada de Posiçãoº 63/XII/2020 por maioria e em minuta com:

• Vinte (20) votos a favor dos seguintes eleitos:

• Do grupo municipal da CDU: 16

• Do grupo municipal do BE: 3

• Do presidente da JFFF: 1

• Onze (11) votos contra dos seguintes eleitos:

• Do grupo municipal do PS: 11

• Seis (6) abstenções dos seguintes eleitos:

• Do grupo municipal do PSD: 4

• Do grupo municipal do PAN: 1

• Do grupo municipal do CDS-PP: 1


Presidente da Assembleia Municipal disse: ”Do PS. Portanto, a moção está aprovada com esta vo-
tação. Há alguma declaração de voto? “
Samuel Cruz, do PS, disse:"Sim, presidente. Eu apresentarei, no sentido em que aquilo que o Paulo
Silva disse, não corresponde à realidade.”
Presidente da Assembleia Municipal disse: ”Sim, senhor. Mais alguma? “
Nelson Patriarca, do PS disse: ”Senhor presidente?”

Presidente da Assembleia da Assembleia disse: ”Sim?”

Nelson Patriarca, do PS disse: ”Eu não cheguei a escrever no “bate papo”.

Presidente da Assembleia Municipal disse: ”Vejam lá quem é que está aí com som? Diga, diga?”

Nelson Patriarca, do PS disse: ”Presidente, é Nelson Patriarca. Eu não estou a conseguir escrever
no “bate papo”. Comuniquei com a Doutora Madalena, e ela pediu-me que visto que, e eu não sei
porquê? Porque eu estou a ver o vídeo e som em condições, portanto, teria de fazer verbalmente
esse voto, o meu voto particular, também é contra, naturalmente. A Doutora Madalena…

Presidente da Assembleia Municipal disse: ”Portanto, fica o registo que como não conseguiu,
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como é o caso, fica o registo feito desta forma. Bom, ia repetir…”

Paulo Silva da CDU disse: ”Senhor presidente? Posso fazer uma proposta sobre a questão das vota-
ções?”

Presidente da Assembleia Municipal disse: ”Faça o favor?”

Paulo Silva da CDU disse: ”Penso que, se calhar, seria melhor o líder da bancada escreve o sentido
de voto da bancada. Se algum dos eleitos dessa bancada, não estiver de acordo, é que exprime o
seu voto. Se não expressar o seu voto, é porque está de acordo com o que foi indicado pelo líder
da bancada.”

Presidente da Assembleia Municipal disse: ”Não. Paulo Silva, isso não pode ser.”

Paulo Silva da CDU disse: ”Não pode ser? Pronto.”

Presidente da Assembleia Municipal disse: ”Não, não.”

Paulo Silva da CDU disse: ” Era só uma proposta, senhor presidente.”

Presidente da Assembleia Municipal disse: ”Certo. Mas, não pode. Eu agradeço a proposta, mas
não pode. Porque tem de ficar registado. Fica registado, fica gravado, é impresso, e é anexo à ata.”

Paulo Silva da CDU disse: ”Certo.”

Presidente da Assembleia Municipal disse: ”As votações, têm de estar inscritas formalmente, e in-
dividualmente. Portanto, eu percebo a proposta. Era para simplificar, naturalmente. Bom! Mas,
não. Repito o que disse há bocadinho. Há aqui já um conjunto de votação que foi feita, e não era
agora o momento. É no documento seguinte que inscrevem os votos individuais. Bom! E, portanto,
passamos para o documento seguinte que é designado por – “Saudação à AML, e ao fundo ambi-
ental.” É do PS, e o subscritor… Vou só confirmar aqui o subscritor, é o Samuel Cruz. Tem a palavra,
Samuel Cruz. E podem votar, se faz favor.”
I.2. O Grupo Municipal do PS, apresentou a saudação «À AML e ao Fundo Ambiental», subscrita
por Samuel Cruz.
(Documento anexo à ata com o número 2)
Samuel Cruz, do PS, disse: "Bem, trata-se, portanto, duma saudação à Área Metropolitana de
Lisboa, e ao fundo ambiental, um fundo da dependência orgânica do Ministério do Ambiente, que,
porquanto, em conjunto, criaram este programa, que é um programa de reforço à oferta dos
transportes públicos urbanos, e suburbanos, nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto, e que
surge como mais uma resposta à emergência de saúde pública, e que exige a aplicação de medidas
extraordinárias, de carácter urgente, que visa limitar a proliferação da pandemia Covid19. Em
concreto trata-se de colocar setecentos autocarros de turismo, ao serviço às populações,
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Ata nº 09/2020
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nomeadamente nas horas de ponta. Trata-se de um investimento de setecentos e cinquenta mil
euros, e irá permitir tirar sessenta trabalhadores de layoff, que estavam em layoff, e deixam de
estar. E, portanto, nesse sentido, saúda-se as entidades que tomaram esta medida. Disse!”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Obrigado. Intervenções para este documento?
Quem é que pretende intervir? [00:36:00] Há uma inscrição do Paulo Silva. Em primeiro lugar, do
Vítor Cavalinhos. Mais inscrições? E o Belchior, também? Portanto, tem a palavra o Vítor
Cavalinhos. Se faz favor?”
Vítor Cavalinhos , do BE disse:”Boa noite, a todos, e a todas! Eu não quero intervir sobre esta
moção. Só quero deixar completamente esclarecido, porque eu acho que ficou aqui uma dúvida, A
votação, do documento seguinte, a votação individual da moção seguinte, é feita quando se está a
discutir a moção? Peço desculpa. A votação individual, da moção anterior, é feita durante a
apresentação da moção seguinte. É isso?”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Exato. Para facilitar Vítor. É isso. Para facilitar aqui o
acompanhamento do “bate papo”. Porque senão, misturamos, portanto, os grupos municipais,
com as votações, e com pedidos de intervenção que irão ocorrer a seguir, a metodologia é essa.
Facilita o acompanhamento. E não tem nenhuma questão, não é? É apenas uma questão de
atenção, não é? Pronto. E, portanto, agora que estamos a discutir este documento, tem lugar a
inscrição da votação individual. Certo? Portanto, em relação ao documento está definido pelos
grupos municipais. Agora, a inscrição individual, devem fazê-la nesta altura. Está bem? Está
esclarecido?”
Sara Lopes, do PS disse: “Senhor presidente?”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Sim? Faça o favor?”
Sara Lopes, do PS disse: “Senhor presidente, pedia autorização para não contar este tempo ao Ví-
tor Cavalinhos, visto ser uma pergunta, para ele esclarecer uma dúvida sobre a votação.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse:“Com certeza! Ele até podia utilizar a figura
regimental do ponto de honra, não é? Pronto. Muito bem. Então, tem a palavra o Paulo Silva, se faz
favor?”
Paulo Silva, da CDU disse:”Boa noite! Nós vamos votar a favor desta saudação. É uma medida que
tem o cunho do primeiro secretário metropolitano Carlos Humberto, que foi o grande
impulsionador da mesma, e tudo o que seja para melhorar os transportes públicos, e o serviço
público de transportes, nós estamos a favor. Não somos como outras forças políticas que, como se
viu na última assembleia, estão contra a maioria dos serviços públicos de transporte. Nós estamos
a favor, e queremos aqui parabenizar, principalmente o primeiro secretário metropolitano Carlos
Humberto, pelo trabalho que tem vindo a desenvolver na questão dos transportes na área
metropolitana de Lisboa.”

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Ata nº 09/2020
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O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Obrigado. Tem a palavra o Rui Belchior. Faça o
favor.“
Rui Belchior, do PSD, disse: "Muito obrigado, senhor presidente. Pois nós, vamo-nos abster sem
nenhum tipo de preconceito, porque nós não saudamos expectativas futuras. E, francamente,
atendendo ao percurso deste governo, nós não temos essa crença que as coisas se vão concretizar,
e, portanto, não vamos saudar algo que, de facto, ainda não está, ainda não foi implementado. São
expetativas futuras, digamos assim, e digo mais! Pecam por absoluta, por muito tardias. Porque
isto já devia estar preparado logo no início do regresso à escola, e do regresso ao trabalho, e não
agora. Não é agora já em dezembro, ou sabe Deus quando, é que vão implementar estas medidas.
Portanto, nós não saudamos algo que ainda não aconteceu. Muito obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Obrigado. Mais intervenções? Uma segunda ronda
de intervenções. Quem é que pretende intervir? Não há mais pedidos de inscrição? Sendo assim, e
não havendo mais pedidos de inscrição, tem a palavra o senhor presidente da Câmara, se faz fa-
vor.”
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Muito obrigado. Só uma breve nota. De facto dizer que
amanhã no concelho metropolitano de Lisboa, é uma das matérias que vai estar em discussão, em
debate, e deliberação. De facto, têm sido os municípios que têm, portanto, estado na linha da fren-
te naquilo que é esta autêntica revolução dos transportes públicos da área metropolitana de Lis-
boa, aliás, correspondendo a uma visão política que tem sido demarcadamente da CDU. Ao longo
de décadas, tínhamos vindo a defender a implementação dum novo modelo de passe social. Mais
barato, mais abrangente, para os operadores, e isso foi conseguido. E agora estamos na batalha
por mais transportes, um curso de transporte rodoviário que está em tramitação, com a constitui-
ção da empresa de transportes da zona metropolitana de Lisboa, que também amanhã vamos vo-
tar a sua composição da sua direção, bem como doutras medidas como esta que foi explanada na
intervenção, nas intervenções, relativamente também a medidas complementares, relativamente
ao momento atual da pandemia, por isso, de facto, o mérito aqui é dos municípios, e é, sem dúvi-
da, o primeiro secretário metropolitano, o Carlos Humberto, que tem dirigido de forma extraordi-
nária aquele organismo, e de facto, imprimido uma direção consequente relativamente à melhoria
das condições de vida da população da área metropolitana. Deve-se não só ao primeiro secretário,
e à sua equipa, mas também claro, que aos municípios, que estão a apoiar e também a trabalhar
em parceira para estes objetivos.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Obrigado, senhor presidente. Tem a palavra o
proponente. Samuel Cruz, faça o favor.”
Samuel Cruz, do PS, disse: "Obrigado. São duas breves notas. Uma, era dizer que percebo as
desconfianças do PSD, mas peço que considere (Corte de som), em vigor. E, portanto, já durante o
dia de hoje esteve em prática, pelo que, em concreto, em relação a esta medida, a desconfiança
apresentada, não é fundamentada. Por um lado… Bem, já que se tratou de tantos (Impercetível),

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ao primeiro secretário, já agora, também faço o elogio do Emanuel Costa, quanto mais não seja
porque é meu amigo. Também membro, naturalmente,...” (Corte de som).
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Está? Sim, Samuel?”
Samuel Cruz, do PS, disse: "Terminei, senhor presidente.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse:“Terminou? Obrigado. Então, vamos colocar à
votação, portanto, dos grupos municipais. Exclusivamente dos grupos municipais. Façam o favor?
Doutora Madalena, já temos o registo da votação.”
Doutora Madalena disse:”Portanto, temos a abstenção do CDS, do PSD…do Bloco. E temos a favor
a CDU, o PS, o PAN, e o presidente Carlos Reis.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse:“
Aprovada a Tomada de Posição 64/XII/2020 por maioria e em minuta com:
• Vinte e nove (29) votos a favor dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal da CDU: 16
• Do grupo municipal do PS: 11
• Do grupo municipal do PAN: 1
• Do presidente da JFFF: 1
• Oito (8) abstenções dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal do PSD: 4
• Do grupo municipal do BE: 3
• Do grupo municipal do CDS-PP: 1

O Presidente da Assembleia Municipal disse:“Sim, senhor. Portanto, a saudação foi aprovada com
os votos a favor da CDU, do PS, do PAN, e do presidente Fernão Ferro, e a abstenção do PSD, do
Bloco, e do CDS. Há alguma declaração de voto? Há alguma declaração de voto? Não há registo de
declarações de voto. Passamos para… “
Nelson Patriarca, do PS disse:”Presidente, peço desculpa. Mas é a mesma situação a pedido da
Doutora Madalena, e o meu voto, naturalmente, é a favor. Nelson Patriarca.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Ah! Ok. Sim, senhor.”
Sara Lopes, do PS disse:”Senhor presidente.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse:“Sim, Sara?”
Sara Lopes, do PS disse:”O senhor presidente, dá-me licença?”
O Presidente da Assembleia Municipal disse:“Faça o favor. Vamos aos tempos.”

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Sara Lopes, do PS disse:”Sim, sim. Temos a CDU, com onze minutos e cinquenta segundos. Temos
o PS, com seis minutos e trinta e cinco segundos. Temos o PSD, com quatro minutos e cinquenta e
cinco segundos. O Bloco de Esquerda, mantém os sete minutos. O PAN, tem três minutos e
quarenta segundos. O CDS, tem três minutos e trinta e cinco segundos. E o senhor presidente da
Junta de Fernão Ferro, tem quatro minutos.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse:“Sara, obrigado. Passamos para o documento
seguinte, que é uma apreciação conjunta, conforme foi decidido. Portanto, são as saudações. Uma
do PSD, ao quadragésimo quinto aniversário do 25 de novembro, de 1975, que é subscrita pelo Rui
Belchior, e a outra trata-se duma moção, do PS – “Saudar o levantamento militar de 25 de
novembro, de 1975”, com os seus intervenientes, e é subscrita pelo Rui Gonçalves. Tem a palavra o
Rui Belchior. Se faz favor?
I.3. O Grupo Municipal do PSD, apresentou a saudação «Ao 45.º aniversário do 25 de Novembro
de 1975» , subscrita por Rui Belchior.
(Documento anexo à ata com o número 3)
Rui Belchior, do PSD, disse: "Muito obrigado, senhor presidente. Bem, inicialmente não tínhamos
equacionado apresentar esta saudação, mas atendendo que hoje é precisamente dia 25,
entendemos que era importante comemorar, e, portanto, fazer a saudação, e comemorar o
quadragésimo quinto aniversário do dia 25 de novembro. Entendemos que os acontecimentos do
dia 25 de novembro, acabaram por garantir ao povo português o caminho pacífico, e a
consolidação da sua liberdade, e, para já, não quero dizer mais nada, e vou aguardar os
comentários. Muito obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “em a palavra o Luís Gonçalves. Faça o favor?
II.7. O Grupo Municipal do PS apresentou a moção «Saudar o levantamento militar do 25 de
novembro de 1975 e seus intervenientes», subscrita por Luís Gonçalves.
(Documento anexo à ata com o número 7)
Luís Gonçalves, do PS, disse: “Ora, boa noite! Nós, o Partido Socialista, pretendemos saudar, pelos
quarenta e cinco anos, do 25 de novembro, de 1975, pelos seus intervenientes e a república
democrática portuguesa em que vivemos. Eu gostava, pessoalmente, aqui de sublinhar que nós
vivemos, exatamente, numa república democrática, e chamava a atenção para o facto de hoje
estarmos aqui pessoas de diferentes partidos, com diferentes visões, na assembleia da república.
Também é possível para quem quer formar partidos novos. Isso também aconteceu recentemente.
E, pronto. Não é que concordemos todos uns com os outros, mas convivemos e conseguimos
decidir, lá está, pela democracia. E agora gostava de frisar aqui uma questão da democracia e não
de uma qualquer ditadura, seja ela o regime a que nos opomos, seja ela uma ditadura de
esquerda, ou seja ela uma ditadura de direita. E viva a república democrática portuguesa!
Obrigado.”

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O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Inscrições para a apreciação destes documentos?
Quem é que pretende intervir? Temos duas inscrições. Eu pergunto quem é que pretende intervir
nesta primeira ronda? Bom! Tem a palavra o Hernâni Magalhães. Faça o favor.”
Hernâni Magalhães, da CDU, disse: "Ora, muito boa noite a todos. Iremos votar contra as duas
saudações. A do PS, e a do PSD. Hoje, já não é preciso argumentar sobre o que é realmente
aconteceu naquela data. Portanto, passados quarenta e cinco anos, de sucessivas mentiras,
omissões, eis que os seus autores esclarecem como tudo se passou. Um golpe em que estiveram
irmanados. De facto, os nove conselheiros da revolução, o partido socialista, o PPD, o CDS, e nas
próprias palavras de Vasco Lourenço, um dos seus autores, apelidados por tudo quanto era gente
de direita, incluindo pides e fascistas, e serviços secretos estrangeiros. É isto que vocês querem
comemorar? É isto que nós condenamos! Obrigado, e boa noite.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Obrigado. Tem a palavra o João Rebelo.”
João Rebelo, do CDS-PP, disse: "Senhor presidente, muito obrigado. Nós votaremos
favoravelmente aos dois votos. O ano passado, coube ao CDS, apresentar a proposta similar, mas
que foi chumbada. Lamento muito que o concelho do Seixal, seja um dos poucos concelhos do país
que ainda não têm um voto de louvor ao 25 de novembro aprovado, o que também demonstra
muita coisa. Esta data foi importantíssima, e é clara para toda a gente que apresentou um caminho
para a democracia pluralista ocidental, europeísta, e atlântista, que garantiu a salvaguarda dos
direitos de todos, que garantiu esse mesmo pluralismo, que permitiu que vários partidos se
apresentassem às eleições depois de 1976, quer para candidaturas presenciais, autárquicas, e as
legislativas que aconteceram em 1976, e permitiu depois Portugal entrar no caminho da adesão à
União Europeia, e do desenvolvimento sustentado. Esse facto é indiscutível, é indesmentível, é
claro o caminho que a revolução estava a ter, nomeadamente com os governos Vasco Gonçalves e
doutro tipo de acontecimentos sinistros, que aconteceram ao país, e que as nacionalizações, e
outros fatores que, pura e simplesmente deram cabo do país, e esse caminho de retrocesso, e esse
caminho antidemocrático que estava a acontecer, e foi graças ao 25 de novembro, que permitiu
que Portugal seja uma democracia avançada, com os seus defeitos, com certeza, mas pluralista, e
que respeita todos. Muito obrigado, senhor presidente.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Obrigado. Mais inscrições? Eu pergunto quem é
que pretende intervir numa segunda ronda? Não há mais registos de pré-intervenções? É isso, não
é? Bom! Confirmando que não há mais pedidos de inscrição, tem a palavra os proponentes.
Portanto, Rui Belchior, faça o favor.”
Rui Belchior, do PSD, disse: " Muito obrigado, senhor presidente. É só aqui dois ou três
apontamentos. Dizer que evidentemente que não estamos de acordo, aliás, este tema tem sido
debatido ao longo dos anos, e nós não estamos nada de acordo, com o devido respeito, e que é
muito, com a intervenção do Sr. Hernâni. O que aliás, o que aqui ele demonstrou é aquilo que tem
sempre feito o PCP, que é negar, e rever a história, e a forma como os factos aconteceram. A
verdade é que para além daquilo que ele afirmou, Portugal, mal ou bem, construiu um caminho de
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democracia. Uma democracia europeia, como aquilo que se pretendia, ou se pretendeu fazer
naquele dia, mas, sem nenhuma espécie de provocação, vou terminar a intervenção, com uma
citação de um autor Francês, que diz o seguinte – “O comunismo destrói a democracia. Mas a
democracia também pode destruir o comunismo”, que é, aliás, aquilo que sucedeu a 25 de
novembro. Muito obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “ Tem a palavra o Luís Gonçalves. Faça o favor.”
Luís Gonçalves, do PS, disse: “Senhor presidente, prescindo. Não sei se me ouviu? Eu prescindo.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse:“Ah! Prescinde. Não tinha percebido. Então vamos
colocar à votação.”
Doutora Madalena disse:”Senhor presidente, é necessário dar a nota que agora têm que votar os
dois pontos. Primeiro os grupos, e depois cada uma das pessoas tem que dizer se está a votar num,
ou no outro.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Vamos ouvir primeiro os grupos, não é?”
Doutora Madalena disse:”Primeiro os grupos.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Portanto, para saudação do PSD, grupos municipais,
votação, se faz favor.”
Doutora Madalena disse:”CDU, PSD, Bloco, Carlos Reis, CDS… Falta o PAN.”
André Nunes, do PAN disse:”Eu já votei.”
Doutora Madalena disse:”Pronto. Ok”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Está bem? O Samuel também disse ambas, as duas,
e não conta. Portanto, é a saudação do PSD.”
Doutora Madalena disse:”Ok. Portanto, então vamos lá ver. O PS, votou a favor, o PAN, também, o
PSD, a favor, a CDU, contra, Bloco, contra, presidente da junta de Fernão Ferro, contra, e o CDS, a
favor. Certo?
Votação do Ponto 3
Rejeitada a Tomada de Posição nº65/XII/2020 por maioria e em minuta com:
• Dezassete (17) votos a favor dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal do PS: 11
• Do grupo municipal do PSD: 4
• Do grupo municipal do PAN: 1
• Do grupo municipal do CDS-PP: 1
• Vinte (20) votos contra dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal da CDU: 16
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• Do grupo municipal do BE: 3
• Do presidente da JFFF: 1
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Portanto, é a votação, e repito, a favor, o PS, PSD,
CDS, e PAN. Dezassete. E contra: CDU, Bloco de Esquerda, e presidente de Fernão Ferro. Dezassete.
Não. Peço desculpa. Dezanove. Dezasseis, dezassete, vinte. Sim, senhor. Portanto, a moção é
rejeitada com dezassete votos a favor, e vinte, contra.”
Doutora Madalena disse:”Exatamente.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Agora passamos então, para a votação da saudação
do partido socialista. Portanto, votos dos grupos municipais, se faz favor. Votos dos grupos
municipais?”
Doutora Madalena disse:”Portanto, PSD, a favor, PAN a favor, Bloco, contra. CDU, contra.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Paulo Silva – “Voto, e voto contra. E viva o 25 de
abril!”
Doutora Madalena disse:”PS, a favor. Eu creio que a votação é igual à anterior.”
Votação do Ponto 7.
Rejeitada a Tomada de Posição nº66/XII/2020 por maioria e em minuta com:
• Dezassete (17) votos a favor dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal do PS: 11
• Do grupo municipal do PSD: 4
• Do grupo municipal do PAN: 1
• Do grupo municipal do CDS-PP: 1
• Vinte (20) votos contra dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal da CDU: 16
• Do grupo municipal do BE: 3
• Do presidente da JFFF: 1

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “A votação é igual à anterior. Exatamente. É. Sim, se-
nhor. Portanto, a favor, PS, PSD, CDS, e PAN, dezassete votos. Contra: CDU, Bloco de Esquerda, e
presidente Fernão Ferro, vinte votos. A moção está rejeitada. Declarações de voto?”
Doutora Madalena disse:”E o Nelson?
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Vamos lá ver. Eu, agora, não percebi o Nelson. O
que disse foi uma declaração de voto. É isso?”

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Nelson Patriarca, do PS disse:”Não, presidente. Eventualmente antecipei-me, e peço desculpa,
porque eu estaria a fazer ainda a votação individual, a pedido, lá está, da Doutora Madalena. Mas
eu apercebi-me que me antecipei, porque o presidente estava a falar de declarações de voto. Não
era o caso, neste momento.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Pronto. A votação, fica o registo em relação às duas
moções do Nelson. Agora, declarações de voto. Há alguma declaração de voto? Não há
declarações de voto. Então, passamos para o documento seguinte, que é uma moção com a
designação – “Uma pandemia esquecida?” É do Bloco de Esquerda, e tem a palavra o Vítor
Cavalinhos. Faça o favor.”
II.4. O Grupo Municipal do BE, apresentou a moção «Uma Pandemia esquecida?», subscrita por
Sandra Sousa.
(Documento anexo à ata com o número 4)
Vítor Cavalinhos, do BE disse: “Senhor presidente, é a Sandra Sousa, que apresenta.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “ Sim, senhor. Com certeza. Estava aqui, e nós
tínhamos Vítor Cavalinhos. Mas Sandra Sousa, tem a palavra, se faz favor.”
Sandra Sousa, do BE, disse: “Então, boa noite a todos e a todas. Hoje, dia 25 de novembro,
assinala-se o dia, pela eliminação de todas as formas de violência contra as mulheres. Nós não
aceitamos uma sociedade em que todos os anos mulheres são assassinadas em contexto de
relações de intimidade, e em que, todos os anos, há crianças que ficam órfãs, vítimas dessa
violência. Não aceitamos uma sociedade, em que uma em cada três mulheres, foi, ou é vítima de
violência física, ou sexual. De relembrar que este ano, até ao dia 15 de novembro, foram
contabilizados trinta assassinatos de mulheres em Portugal. Estas mulheres deixaram vinte e uma
crianças órfão. O Bloco de Esquerda apresenta, a esta assembleia, uma moção de – “Pandemia
esquecida?”, para denunciar os crimes de violência doméstica, reiterando a sua postura de não os
normalizar, e apelar aos órgãos do poder local, que promovam campanhas de sensibilização, e
informação da população, para esta problemática. Disse!
II.10. O Grupo Municipal do PS apresentou a moção «Dia Internacional para a eliminação da
violência contra as mulheres», subscrita por Marta Barão.
(Documento anexo à Ata com o número 10)
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Muito obrigado. Para apresentação, que é a
apreciação em conjunto da moção do PS – “O dia internacional para a eliminação da violência
contra as mulheres”, e é subscrita por Marta Barão, e que tem a palavra, se faz favor.”
Marta Barão, do PS disse: ”Boa noite ao presidente da mesa. Boa noite ao presidente da câmara.
Boa noite a todos os presentes. Portanto, a moção que eu trago hoje, é sobre – “O dia
internacional para eliminação da violência contra as mulheres.” Como nós sabemos, eu vou
resumir a moção, como nós sabemos, a mulher ainda é alvo de vários tipos de descriminações e
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violência. Desde violência em criança, em meninas, como em mulher. Desde problemas a nível de
violência doméstica, como mulheres casadas, uniões de facto. As próprias crianças são mais
vítimas ainda de violência. Não só nesse aspeto, como a nível laboral, a nível sexual, a nível da
descriminação no trabalho. Contemplando toda a nossa sociedade patriarcal, a mulher, realmente,
ainda é bastante descriminada em vários níveis, e, celebrando hoje o dia 25 de novembro, que nos
vem celebrar o momento contra a violência contra as mulheres, neste aspeto, vimos então, o
grupo do PS, vem assim propor uma forma de refrear todas as formas de violência exercida sobre
as mulheres, e solidariedade para com todas as ativistas e defensoras dos direitos das mulheres.
Apelo a todos, e a todas, a tomarem uma posição firme contra todas as formas de descriminação,
promovendo os direitos e a afetiva igualdade de oportunidade entre as mulheres, e homens,
incluindo o empoderamento das mulheres, dependendo do governo e das autarquias locais, o
compromisso no combate a este flagelo, com medidas e políticas públicas, e respostas técnicas
especializadas, consertadas e articuladas, através de projetos que combatam os fenómenos de
violência contra as mulheres no seu território. Tenho dito!”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Obrigado. Intervenções para a apreciação destas
duas moções. Quem é que pretende intervir? Não há pedidos de intervenção, é isso? Bom!
Confirmando-se que não há pedidos de intervenção, iremos passar à votação. Documento, a
documento, e primeiro a votação dos grupos municipais, para o documento do Bloco de Esquerda.
A moção – “Uma pandemia esquecida?” A votação? Portanto, falta-nos…”
Doutora Madalena disse: “Eu creio que não faltará ninguém. PS, está…Falta o CDS. Já está. Já está.
Pronto. Portanto, é unanimidade a favor.“
Votação do ponto 4
Aprovada a Tomada de Posição nº68/XII/2020 por unanimidade e em minuta com:
• Trinta e sete (37) votos a favor dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal da CDU: 16
• Do grupo municipal do PS: 11
• Do grupo municipal do PSD: 4
• Do grupo municipal do BE: 3
• Do grupo municipal do PAN: 1
• Do grupo municipal do CDS-PP: 1
• Do presidente da JFFF: 1
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Ok. Portanto, esta moção foi aprovada por
unanimidade. Declarações de voto. Paulo Silva, se faz favor? Paulo Silva?”

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Paulo Silva, da CDU, disse: “A CDU, votou favoravelmente, porquanto sempre condenamos todos
os tipos de violência doméstica, e estamos solidários com a luta de todas as mulheres, pela
igualdade de direitos, e contra a violência de que são vítimas.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais alguma declaração de voto? Não. Vamos votar
o documento do partido socialista. – “Dia internacional para a eliminação contra a violência das
mulheres.” Votação dos grupos municipais, se faz favor? Portanto, já está registada a de todos,
creio?”
Doutora Madalena disse: “PSD, a favor. PS, a favor. PAN, a favor. BE, a favor. A CDU, a favor. É tam-
bém por unanimidade, a favor.”
Votação do Ponto 10.
Aprovada a Tomada de Posição nº67/XII/2020 por unanimidade e em minuta com:
• Trinta e sete (37) votos a favor dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal da CDU: 16
• Do grupo municipal do PS: 11
• Do grupo municipal do PSD: 4
• Do grupo municipal do BE: 3
• Do grupo municipal do PAN: 1
• Do grupo municipal do CDS-PP: 1
• Do presidente da JFFF: 1
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Pronto. Portanto, esta moção foi também aprovada
por unanimidade. Há alguma declaração de voto, em relação a esta moção? Não há declarações de
votos. Não registamos.”
Nelson Patriarca, do PS disse: “Senhor presidente, mais uma vez, desculpe o incómodo, mas, de
facto, não consegui escrever. Era apenas para votar, naturalmente, a favor, em ambas as moções. ”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Obrigado, Nelson. Está registado. Passamos para
o…”
Sara Lopes, do PS disse: “Senhor presidente…”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Tempos, Sara? Com certeza, Sara. Se faz favor.”
Sara Lopes, do PS disse: “Então, a CDU tem onze minutos, e cinco segundos. O PS, tem três
minutos e cinquenta segundos. O PSD, tem três minutos, e cinquenta segundos, também. O BE,
tem seis minutos. O PAN, tem três minutos e quarenta segundos. O CDS, tem dois minutos. E o
senhor presidente da junta de Fernão Ferro, tem quatro.”
“O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Sara, obrigado.”

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I.5. O Grupo Municipal do PAN, apresentou uma recomendação «Criação do Portal Municipal da
Transparência», subscrita por André Nunes.
(Documento anexo à ata com o número 5).
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Passemos para apreciação do documento seguinte.
É uma recomendação, com a designação – “Criação do portal municipal da transparência.” É do
PAN, e tem a palavra o André Nunes, se faz favor.
André Nunes, do PAN, disse: “Obrigado, senhor presidente. A Covid19, e a necessidade de agir
com rapidez, não pode ser um pretexto para se atuar, contratar e adjudicar, sem clareza e
apreciação de contas, que garanta que todos os cidadãos e cidadãs, conseguem participar, debater,
e verificar a utilização dos recursos públicos. A falta de disponibilização, e informação de forma
clara, acessível e atual, sobre a forma como está a ser gerida a crise, e os recursos públicos
alocados ao combate à mesma, poderá colocar em causa os princípios da transparência, e de
acesso à informação. E, portanto, nesse sentido estamos a propor a criação de um portal da
transparência, relativamente às medidas tomadas pelo município, no âmbito do combate à crise
de saúde pública, começada pela Covid19, e apresentamos mais um conjunto de sete medidas,
que devem englobar esse pacote da criação do portal da transparência. E, para já, é tudo.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Obrigado. Inscrições para esta recomendação, para
apreciação desta recomendação? Quem é que pretende intervir? emos uma inscrição. Pergunto
quem é que pretende intervir? Pronto. Tem a palavra o Paulo Silva, se faz favor.”
Paulo Silva, da CDU, disse: "A CDU, vai votar contra esta recomendação. Porquanto, não pode
aceitar que se queira regulamentar uma atividade como lobbying. E ainda por cima, a nível
nacional, ela não está regulamentada. Há uma discussão, e que ainda não houve consenso na
assembleia da república, para avançar, e penso que, não havendo, não estando regulamentada
essa atividade a nível nacional, não pode ser também regulamentada aqui no concelho do Seixal.
Para além disso, para nós, isso é estarmos a ir institucionalizar a figura dos influenciadores, e nós
gostamos que sejam os eleitos a decidir, sem que haja entidades externas a influenciar as decisões
tomadas pelos políticos. Portanto, é a fase do ponto três que tem aqui assim, e que penso que,
para além do mais, que é ilegal, e nós iremos votar contra.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais inscrições? Ou melhor, segunda ronda. Bom!
André Nunes, se faz favor? “
André Nunes, do PAN, disse: “Presidente, é só para indicar que retiramos o ponto três.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais inscrições? Não há mais pedidos de
intervenção. É isso? Bom! Confirma-se que não há mais pedidos de intervenção. Eu pergunto ao
senhor presidente da Câmara, se quer… Espere aí! Antes de mais, o Paulo Silva, pediu a palavra.
Vejam lá, para não demorarmos muito tempo. Tem a palavra o Paulo Silva, e depois tem a palavra
o Vítor Cavalinhos. Paulo Silva?

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Paulo Silva, da CDU, disse: "Uma pergunta. O que é que pretende o PAN, com esta questão, o
ponto cinco? – “Divulgação pública, no portal do município do registo e ofertas institucionais?”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Está? Vítor Cavalinhos, se faz favor.”
Vítor Cavalinhos, do BE, disse: " O Bloco de Esquerda, vai votar a favor desta moção, pela simples
razão que, há pouco, a sociedade portuguesa não tem excesso de transparência, tem é deficit. E,
portanto, não há nenhum problema, por nós, desde que seja transparente, e que haja essa
transparência nos votos públicos, e que tudo seja o máximo transparente possível, e, portanto, o
que nós precisamos é de aumentar essas regras de controlo, aumentar a transparência, e sentir
que as pessoas têm conhecimento de tudo o que podem ter, de acordo com as leis vigentes, e é
assim. E, por isso, nós íamos solicitar ao PAN, que retirasse o ponto três, da moção. Se não o
retirasse, nós votaríamos a favor, na mesma, mas faríamos uma declaração de voto sobre esse
assunto, e como ele já foi retirado, nós votamos a favor. Há outros aspetos que nós consideramos
que nos merecem algumas reservas. Mas, no essencial, nós estamos de acordo com o princípio.
Estamos de acordo com o princípio da transparência, e por isso, votamos a favor da moção. Era só
isso
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Obrigado. Alguma pergunta em relação às
intervenções? Creio que não há mais pedidos de intervenção. Não sei se o senhor presidente da
câmara, pretende intervir?
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Muito obrigado, senhor presidente. De facto, tudo
aquilo que seja para contribuir para processos de transparência, quer na vida política, quer na vida
democrática, e quer na vida, podemos dizer assim das entidades, onde participamos enquanto
cidadãos, ou enquanto trabalhadores, são medidas bem-vindas. Infelizmente aquilo a que, muitas
vezes assistimos, é que haja uma tentativa de criminalização da atividade política, e dos políticos.
De facto, é preciso dizer que nós não somos iguais a vocês. Não somos iguais a vocês. Não somos
iguais ao Sócrates. Eleito pelo partido socialista, como ministro de Portugal. Não somos iguais ao
Isaltino Morais, eleito ministro pelo PSD, eleito como presidente da câmara, muitos anos pelo PSD.
Nós não somos iguais ao Valentim Loureiro, o autarca do PSD, muito prestigiado no norte do país,
chegou a ser presidente da área metropolitana do Porto. Não somos como Fátima Felgueiras,
presidente da câmara de Felgueiras, eleita pelo partido socialista. Não somos iguais a Duarte Lima,
outro ministro do PSD, ou mesmo, o Armando Vara, portanto, o ministro…
Vereador Eduardo Rodrigues, do PS, disse:”Ó presidente, há-de explicar quem é que são – “Os vo-
cês.” Já uma vez lhe disse. O senhor com essa conversa... “Vocês”, o quê? Vocês, é uma casa de fa -
mília! Mas – “Vocês”, quem? O senhor quando faz essas acusações, é – “Vocês”, quem?Falo para
defender a minha honra. É – “Vocês”, quem?O senhor está constantemente a puxar esta conversa.
De cada vez que o senhor disser…”
O Presidente da Câmara Municipal disse: “ Não admito que o senhor… vereador”
Vereador Eduardo Rodrigues, do PS, disse:”e comparar com Duartes Lima, e Sócrates e companhia
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limitada, com essas pessoas. Está a perceber!
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Não admito que o senhor… O senhor ponha-se no seu
lugar.”
Vereador Eduardo Rodrigues, do PS, disse:”Eu é que não lhe admito. E já lhe disse. O senhor não
faz essa insinuação.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “O senhor tenha vergonha, e ponha-se no seu lugar,
ou eu corto-lhe o microfone. Isto é inaceitável! Se volta a interromper uma intervenção de quem
quer que seja, e desculpe lá, senhor presidente, se volta a fazer isso, com a má educação, com algo
que é inaceitável no funcionamento duma assembleia municipal, e eu diria que em qualquer
circunstância democrática, eu corto-lhe o microfone, e o senhor não fala! Portanto, devia era ter
que pedir desculpa por ter interrompido.”
Vereador Eduardo Rodrigues, do PS, disse:”Eu é que exijo um pedido de desculpas do senhor pre-
sidente. O senhor presidente fez insinuações graves!”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Doutora Madalena, corte o microfone, se faz favor.”
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Esteja calado, se faz favor!”
O Presidente da Assembleia Municipal disse:“Corte lá o microfone. Faça o favor, senhor
presidente.”
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Obrigado. Agradecia.
O Presidente da Assembleia Municipal disse:“Depois desta má educação…O senhor tem
regimentalmente, pode utilizar a figura regimental que quiser. Pode defender a honra se entender.
Agora, não pode é interromper! Isso é má educação! Isso não é um exercício democrático, e eu
não permito isso. Faça o favor, senhor presidente. E que Não se Repita”
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Muito obrigado. A carapuça parece que serve a muita
gente. Mas eu vou volto a dizer. Não somos iguais a José Sócrates, eleito pelo partido socialista.
Isaltino Morais, eleito pelo PSD. Valentim Loureiro, eleito pelo PSD. Fátima Felgueiras, eleita pelo
PS. Duarte Lima, eleito pelo PSD. Armando Vara, eleito pelo PS. Para não nomear muitos outros,
que estão, neste momento, ou indiciados, ou mesmo condenados por crimes de corrupção. Por
isso, de facto, este tipo de iniciativas, aparentemente benévolas, tentam branquear um histórico
que existe, nalguns partidos políticos, e que, de facto, têm de ser, devidamente, portanto, tratado,
e que, na minha opinião, não é com este tipo de procedimentos, como aquele que o PAN, aqui está
a propor. É preciso fazer muito mais, para que, de facto, a corrupção termine, em Portugal e
pessoas desqualificadas, que, de facto, não conseguem, portanto, estar dum outro modo na vida,
que possam aproveitar-se dos seus cargos políticos, para fins pessoais, como nós, infelizmente
vemos em muitos partidos, e eu não posso, portanto, colocar-me ao lado daqueles que, portanto,
fazem este tipo de situações. Por isso, dizer que, no caso em concreto, a câmara municipal, e os
seus eleitos, todos os seus eleitos, portanto, nós agimos com o máximo dever daquilo que é a
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defesa do interesse público, e a defesa do interesse dos cidadãos, e não quaisquer outros
interesses. Gostava de deixar isto muito claro. Porque, de facto, quando põem em causa, ou
tentam pôr em causa a nossa seriedade, temos que ser muito firmes na defesa daquilo que são,
não só os nossos princípios de atuação, como também os nossos princípios de vida. De vida, e não
só. Do ponto de vista do exercício daquilo eu são as funções atuais, mas também ao longo de toda
uma vida, de exercício de cidadania. Muito obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Tem a palavra o preponente. André Nunes, faça o
favor.”
André Nunes, do PAN, disse: “Senhor presidente, eu quero só fazer um ponto de ordem. Gostava
de saber se aquilo que foi a intervenção do senhor presidente da câmara, vai merecer ao
presidente da assembleia municipal, algum tipo de leitura, e algum tipo de posicionamento, na
medida em que (Corte de som). E penso que é por demais evidente o que se passou aqui!
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Não. Não tenho. Não tenho nenhuma intervenção.”
André Nunes, do PAN, disse: “Então quero fazer um ponto de defesa da honra.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mas escute, tem a palavra, André Nunes.”
André Nunes, do PAN, disse: “Não, não. Mas, eu não quero gastar o meu tempo. Quero fazer um
ponto… Quero fazer a defesa da honra.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Faça o favor, faça!”
Tomás Santos, do PS, disse:"Senhor presidente, e depois o partido socialista, através da minha
pessoa, faz uma defesa de honra, também, sobres este ponto.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Sim, senhor. Assim está bem. Está a ver! Assim
podem intervir ao abrigo do regimento. Doutra maneira, não pode. Faça o favor, André Nunes.”
André Nunes, do PAN, disse: “Obrigado. Aquilo que o senhor presidente da câmara aqui faz, e que,
grosso modo, nós já estamos habituados, é querer fugir ao debate, é querer, essencialmente,
escudar-se em aspetos que não estão a ser discutidos, para, de forma baixa, fazer acusações
infundadas. E, portanto, elencou um conjunto de nomes, e está na livre e espontânea vontade de o
fazer, que indique um elemento do PAN, que é proponente desta iniciativa que conste desse lote.
Mas, independentemente de haver, ou não haver, que não existe, mas mesmo que houvesse, em
que é que isso retira a pertinência desta iniciativa, e em que é que retira e esvazia a legitimidade
do grupo municipal do PAN, apresentar esta iniciativa. Aquilo que aqui o senhor presidente faz é
um ataque vergonhoso, ao carácter de muitos eleitos que aqui estão dentro desta assembleia, e a
pergunta que lhe dirijo a si, senhor presidente da assembleia, e já lhe disse, várias vezes, o senhor
aqui é o defensor de todos os eleitos, e não de apenas alguns, devia partir da defesa da honra de
toda esta assembleia, da sua pessoa, e não da minha, mas, portanto, gostava que o senhor
presidente da câmara municipal se retratasse do que aqui fez, daquilo que foi a sua intervenção,
porque foi simplesmente vergonhosa! Vergonhosa!”
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O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Tem a palavra o Tomás Santos, para defesa da
honra. Faça o favor.”
Tomás Santos, do PS, disse:"Senhor presidente, o partido socialista, vem aqui condenar as
afirmações do presidente da Câmara Municipal do Seixal. O que acabou de acontecer é algo que
como o eleito André Nunes, classificou, e bem, é algo vergonhoso, e que não dignifica em nada a
nossa câmara, o nosso município, e que deve deixar-nos claro sobre aquilo que são os objetivos, e
os intentos, do senhor presidente de câmara. O senhor presidente da câmara, com isto, acaba de
demonstrar que acha que está acima, não é dos eleitos aqui presentes, é acima da justiça, é acima
da lei, e eu lamento dizer ao presidente da Câmara Municipal do Seixal, que eu lamento, mas não
está acima da lei, e está em pé de igualdade, como qualquer eleito nesta assembleia municipal,
porque é isso que significa a democracia. Com isto, o senhor presidente de câmara demonstra que
não é um democrata. Demonstra que não respeita o estado de direito, e a única pessoa que
envergonhou foi ele, e o seu partido com esta afirmação, demonstrando, claramente, que esta
solução política está gasta e precisa duma mudança. Obrigado.
Presidente da Assembleia Municipal disse: “Tem a palavra o Rui Belchior. Faça o favor.”
Rui Belchior, do PSD, disse: "Senhor presidente, muito obrigado. Eu pedi a defesa da honra, para
poder aqui intervir. Mas, olhe, ao contrário dos meus antecessores que falaram antes de mim, eu
não vou pedir para o senhor presidente da câmara, se retratar. E não vou, porquê? Porque é a
opinião dele. Ele disse as certezas nas suas afirmações que entende serem condizentes com aquilo
que ele pensa, e que é a sua opinião. E eu respeito isso. Agora, a minha intervenção vem no
sentido de fazer, e que fique aqui registado, e agora dirijo-me ao presidente da assembleia, em
concreto, que fique aqui registado, que eu tantas vezes, eu, e outras forças da oposição, e outros
partidos, que também já da CDU, também já aconteceu, que fomos interrompidos, e fomos
repreendidos por algumas afirmações que também passaram por aquilo que nós pensávamos, eu
espero que depois da intervenção do senhor presidente da câmara, que isso não se volte a repetir.
Porque fica aqui inaugurada uma espécie de registo, que eu não discordo, e digo-lhe já. Porque eu
acho que é um exercício democrático, cada um dizer aquilo que pensa. Eu sou absolutamente
contra interrupções e repreensões, e retratações, quando com certos limites. Porque, vamos lá ver,
eu próprio, porque é aquilo que eu também penso, considero que nesta Câmara do Seixal, como
noutras, e também já fiz estas afirmações em público, e em vários fóruns, é público, e vocês sabem
bem disso, já fiz afirmações sugerindo que também havia compadrio, que havia clientela, que
havia avenças aos autarcas derrotados noutros municípios que depois vêm para o Seixal, já fiz
essas afirmações, porque é aquilo que eu também penso, e, portanto, nessa medida, queria só
deixar esta afirmação, para que, no futuro, não se volte a interromper o orador, para se fazer
repreensões deste género. Porque depois disto, creio que não se justificará. Mas era só isto que eu
queria dizer.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Paulo Silva, também em defesa da honra. É a figura.
Paulo Silva?
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Paulo Silva, da CDU disse: ”Tenho que dizer que fiquei surpreendido com as intervenções dos
eleitos André Nunes, e Tomás Santos. Porque o que o senhor presidente da Câmara disse, é que
não pretende confundir os eleitos, com alguns autarcas, e deu exemplos, concretos, de autarcas, e
de não autarcas, mas um primeiro-ministro, com problemas graves com a justiça. E que não
ponderamos isso. E que não é essa a nossa atuação. E quanto a Isaltino e Valentim Loureiro, dizer
que o próprio PSD, se demarcou dele, e retirou-lhes a confiança política. Portanto, não vejo… E
quanto ao Sócrates, penso também que o próprio PS, já se demarcou do mesmo, pelo que não
entendo porque é que estão o eleito André Nunes, e Tomás Santos, tão furiosos com a intervenção
do senhor presidente da câmara, que acho que foi muito correto, de pôr a verdade, e de dizer que
não somos todos iguais, os políticos, como alguns querem fazer pensar. Especialmente correntes
de extrema-direita…”
André Nunes, do PAN, disse: “Senhor presidente, eu vou abandonar a sessão. Eu vou abandonar a
sessão.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “ponto de ordem. Não interrompa, pá! Ok. Já
acabou? Paulo Silva, acabou?
Paulo Silva, da CDU disse: ”Portanto, demonstramos que não somos todos iguais, e que não
podemos querer que nos metam todos no mesmo saco. E, portanto, o André Nunes, e o Tomás
Santos, a virem aqui fazer a defesa e a sentirem-se… ”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Paulo Silva, terminou? O André Nunes, tem um
ponto de ordem. Faça o favor.”
André Nunes, do PAN, disse: “Eu gostava que o senhor presidente nos desse a defesa da honra, e
de o Paulo Silva, nos ter ofendido, e por ele ter feito a intervenção que fez. Gostava de perceber
em que é que a honra do eleito Paulo Silva, foi ofendida, para ter sido possível que ele tivesse feito
a intervenção que fez?”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Bom! A leitura que fiz é que foi em honra da CDU. O
senhor presidente da câmara é da CDU, como todos sabemos. Portanto, foi a honra da CDU. Foi o
que eu percebi, não é? Tal como esta interpretação que fazemos em relação às defesas de honra.
Portanto, André, creio que em relação a isso que estamos esclarecidos. Eu pergunto se há mais
alguma, ou melhor, neste quadro onde estamos, não é, e dizer uma nota. O presidente da
assembleia não interrompeu o presidente de câmara, porque não tinha que interromper. Foi a
opinião do senhor presidente, que, já agora, ou melhor, que eu quero dizer que estou de acordo. E
estou de acordo, por uma razão essencial. E estou a intervir enquanto presidente da assembleia
municipal. Estou, por uma questão essencial que é que neste país, o quadro com que se tratam os
autarcas, e há esta coisa agora, esta moda, e não é nenhuma apreciação em relação, e não me
competia fazer, nesta altura, em relação à recomendação. É de que há aí muitos movimentos, e até
há um portal nacional, da transparência, que tem dados que não correspondem a realidade
nenhuma do poder local, mas a grande questão é que muitas vezes se quer meter todos no mesmo

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saco. E, felizmente, que o poder local democrático em Portugal, que tendo maus exemplos, alguns
referidos, e que são do conhecimento da opinião pública, que passaram em tribunais, que tiveram
condenações. Não se pode meter todos os autarcas, nem todos os municípios, nem o município do
Seixal, nesse saco. E daí, eu compreendo a intervenção do senhor presidente da câmara, e que não
tinha que interromper. É a opinião do senhor presidente da câmara. Considero que não foi
ofendida a assembleia municipal, não é, e interromperei, quero-vos dizer, a propósito também da
intervenção do Rui Belchior, e estamos a falar de coisas diferentes, na minha opinião, Rui. As vezes
que o presidente da assembleia, interrompeu intervenções, é porque elas passaram as medidas,
em relação à ética, em relação à forma democrática, e até de acusações pessoais, que não podem
ser permitidas na assembleia municipal. E aí interrompi, e interromperei, porque é o meu papel, e
compete-me, a mim, fazer isso, não é? De modo a dignificar o funcionamento da assembleia
municipal. Portanto, os autarcas não estão todos no mesmo saco, neste país, e felizmente que é
assim. Felizmente que o património do poder local democrático, e da dignidade dos autarcas, tem
servido o país e as populações, com resultados que todos conhecemos. E, de facto, o senhor
presidente citou, e eu estou de acordo, estou a dizer a minha opinião, um quadro de situações, e
que essas sim, essas não dignificam, não dignificaram, e esperemos que não voltem a acontecer,
em relação ao quadro do poder local, em Portugal. E, portanto, este é o meu entendimento sobre
esta matéria, e que estava aqui a ver… Sara, um ponto de ordem?”
Sara Lopes, do PS disse: “Sim. Eu tenho uma pergunta, senhor presidente. O senhor falou como
presidente da assembleia municipal, ou em representação da mesa? Eu não consegui perceber. ”

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Falei como presidente da assembleia municipal só,
e, portanto, é um tempo do presidente da assembleia municipal, que não conta para o tempo da
CDU, se há dúvidas sobre a matéria. Está esclarecido. Está esclarecido. Portanto, um minuto para
ver e confirmar aqui uma questão. Há aqui um pedido de defesa da honra, do senhor vereador
Marco Teles, que não é membro da assembleia municipal, é vereador, e ele tem a palavra se for
dada pelo presidente da câmara, e não estou a ver que tenha havido uma questão pessoal, em re -
lação ao senhor vereador, para defesa da honra. E, portanto… “

Vereador Marco Teles, do PS disse:” O senhor presidente da câmara disse – “Vocês são iguais”, e
nomeou uma quantidade de militantes do partido socialista, indiciados, ou condenados por crime.
Eu peço ao senhor presidente da câmara que ou pede desculpa, ou então vai ter dizer onde é que
eu fui indiciado, ou condenado, por qualquer crime como o José Sócrates, ou como os outros elei-
tos. E continuo à espera que o senhor presidente...”

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Ó Doutora Madalena, desligue o microfone, por fa-
vor. Desligue o microfone, porque o senhor vereador não é membro da assembleia municipal.”

Samuel Cruz, do PS disse: “Ó senhor presidente, mas os vereadores, nos termos do regimento da
assembleia municipal, têm o direito…
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Presidente da Assembleia Municipal disse: “Quando é a defesa da honra, em relação às funções.
Veja lá o que está no regimento. Certo?

Samuel Cruz, do PS disse: “Não. É defesa da honra, e não me parece…

Presidente da Assembleia Municipal disse: “Ó Samuel, desculpe lá. O debate político, são os
membros da assembleia. Os senhores vereadores têm a palavra que é dada pelo presidente da câ-
mara. Se houver uma questão pessoal, porque senão, doutra maneira passavam a ser membros da
assembleia em qualquer momento. Isso está claro.”

Vereador Marco Teles, do PS disse: “Então não é pessoal? O senhor disse – “Vocês, militantes do
PS”. Se são os militantes do PS, então é pessoal!”

Presidente da Assembleia Municipal disse: “ O senhor está a ser mal-educado, pá! O senhor não
tem a palavra.”

Vereador Marco Teles, do PS disse: “ E o senhor está a ser antidemocrata, porque não dá a palavra
para defender…

Presidente da Assembleia Municipal disse: “Não, não. O senhor é que é antidemocrata, porque in-
terrompe. Você é que é! Tem a veleidade de interromper. E nem sequer é membro da assembleia
municipal. Se quer ser membro, candidate-se à assembleia municipal, nas próximas eleições. Por-
tanto, vamos passar…

Samuel – Ó presidente, desculpe lá. Ponto de ordem?

Presidente da Assembleia Municipal disse: “ O que é, Samuel? É algum ponto de ordem?”

Samuel – Ponto de ordem. É um ponto de ordem.”

Presidente da Assembleia Municipal disse: “ O que é? “

Samuel Cruz, do PS disse: “ O ponto de ordem, é aquele que peço ao presidente… O meu entendi-
mento, é que os vereadores têm direito a pedir a palavra para defesa da honra. E isso, não diz em
parte nenhuma, que é em relação às funções, ou em relação aquilo que quer que seja. O Rui (Cor -
te de som) é um peso e duas medidas. Não pode ser, para aquilo que lhe agrada pode-se dizer
tudo, para aquilo que não lhe agrada, inventa regras. Não pode! O que diz o regimento da assem-
bleia municipal, é que os vereadores têm direito a intervir. Exatamente. O que diz no regimento é
que os vereadores têm direito à defesa da honra. O vereador Marco Teles Fernandes, pediu a defe-
sa da honra, e não há nenhuma razão para lhe ser negada. Nenhuma! E se existir, eu peço recurso
para o plenário, da decisão da mesa não dar a palavra. ”

Presidente da Assembleia Municipal disse: “Então, faça o favor de pedir recurso para o plenário.
Envie, formalize, para ser apreciado.”
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Samuel Cruz, do PS disse: “Não é preciso formalizar. Não vou fazer por escrito. Não é para a sema-
na. O recurso é imediato. ”

Presidente da Assembleia Municipal disse: “Os recursos têm de ser escritos. Ó Samuel, acabou a
conversa.”

Samuel Cruz, do PS disse: “Qual é o artigo, que artigos é que invoca para não dar a palavra ao ve-
reador Marco Teles Fernandes? Qual é? Quando acabou de dar a defesa da honra ao Paulo Silva,
quando não teve nada de defesa da honra, zero! Nada! Não defendeu nada. Fez uma intervenção.
O que é isto? Somos democratas, ou não somos democratas?”

Presidente da Assembleia Municipal disse: “Ó Samuel, acabou. O Samuel, é que entende que é
quem dirige a assembleia, e que é o dono da verdade, e da democracia. O Samuel, é que é o ver -
dadeiro democrata.”

Samuel Cruz, do PS disse: “Eu não entendo que devo ser eu a dirigir a assembleia. Eu entendo que
há regras, e que as regras têm de ser respeitadas, e que não pode ser o presidente da assembleia a
fazer as regras.”

Presidente da Assembleia Municipal disse: “Acabou o ponto de ordem. Passou o tempo, não é?
Bom! Nós vamos votar a assembleia, em pontos de ordem, não é? Paulo Silva, faça o favor.”

Paulo Silva, da CDU disse:”Primeiro ponto. A intervenção do senhor presidente da câmara, em


lado algum visou diretamente, o eleito Marco Teles Fernandes. Não se referiu a ele. A questão do
partido socialista, se ter sentido que ele ofendeu a honra do próprio partido socialista, dizer que o
partido socialista, já teve a defesa da honra, através do Tomás Santos. A defesa da honra é um ele-
mento da bancada, a não ser que seja uma coisa pessoal, e que não foi. Porque senão, todos os
eleitos da bancada, vão intervir dois minutos em defesa da honra, e não se faz mais nada a não ser
isto. Portanto, é bom que se tenha a noção que o partido socialista, e o senhor presidente da câ-
mara, já deu a palavra ao eleito do partido socialista, para, em nome da bancada, falar na defesa
da honra.”

Tomás Santos do PS disse: “Senhor presidente, peço um ponto de ordem à mesa, por favor.”

Presidente da Assembleia – Faça o favor, Tomás Santos. Ponto de ordem, dois minutos.”

Tomás Santos do PS disse: “Senhor presidente, é rápido. É só para dizer que acho que é óbvio, que
devia ser óbvio, para todos, que uma defesa de honra, seja de quem for, não precisa de versar o
nome dessa pessoa. Basta essa pessoa sentir que estão a pôr em causa algo lhe diz respeito. E o
que o senhor vereador Marco Teles Fernandes disse, não era que queria defender a honra do PS.
Disse que se sentia visado pela afirmação, e que queria defender a sua honra. E eu acho que tem
todo o direito em o fazer. E as defesas da honra, não é o senhor presidente dar a palavra. Isso é
mais um ato antidemocrático. Obrigado.”
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Presidente da Assembleia Municipal disse:”lhe, e para acabarmos, não é esse o meu entendimen-
to. Está enganado. É a sua opinião. Mas não é a sua opinião, que rege o funcionamento da assem-
bleia municipal, não é? E, portanto, aliás, o Paulo Silva, digamos, caracterizou bem o entendimento
do regimento, também. O ponto de ordem, em nome do PS, tinha sido feito, ou melhor, a defesa
da honra, em nome do PS, tinha sido feita, e os senhores vereadores, em termos de defesa da hon -
ra, intervêm… E a Sara escusa de estar a meter, pá, o que está a colocar aí, porque não precisamos,
pá. Deixe lá o espaço para as votações, e tirem-se os comentários, que também não ajudam nada,
não é? Bom! E, portanto, a intervenção dos senhores vereadores, em defesa da honra, não substi-
tui a intervenção política, dos membros da assembleia, em defesa da honra. É essa a leitura do re -
gimento. Se forem visados pessoalmente, e que não foi o caso. Não foi o caso. Tanto mais, que o
próprio PS, já o tinha feito, não é? E eu pergunto quantos PS´s, é que afinal temos? Mas a questão
fundamental, e estamos a falar duma questão, claramente separada, não é? A intervenção é dos
membros da assembleia. Foi feita pelo PS. Os senhores vereadores, não tendo a palavra do senhor
presidente da câmara, não é, e, neste caso, pretendendo intervir, em termos de defesa da honra,
fazem-no, podem-no fazer ao abrigo do regimento, se forem visados. A defesa da honra, dum vere-
ador, não substitui, e era o que faltava, a intervenção da assembleia municipal. Qualquer dia passa-
mos a ter aqui, não apenas a intervir os membros da assembleia municipal, mas também os seus
vereadores. Isso não está na lei, e não está no regimento, e ponto final sobre esta matéria. Passa-
mos para a votação da recomendação.

André Nunes, do PAN disse:”Presidente, eu ainda tenho a palavra. Ainda não fechei.”

Presidente da Assembleia Municipal disse:”Ah! Tem razão. Com tudo isto, não é? O André, inter-
veio, há bocadinho, mas foi em defesa da honra. Um ponto de ordem. Um ponto de ordem. Por-
tanto, André, para a intervenção, então, de fecho. Se faz favor, André.”

André Nunes, do PAN disse:”Presidente, eu não tenho nada a dizer sobre a recomendação. É só
para que todos ouçam de viva voz, que o presidente, a mim, não me representa.”

Presidente da Assembleia Municipal disse:”Com certeza. É só isso? Está, André? André Nunes?
Pois. Não o representa, mas é o presidente eleito, e é a democracia, Samuel Cruz, e André Nunes. E
o André Nunes, que é um, em trinta e seis, não representa a assembleia municipal. Que fique cla-
ro! Nem o PS, onze, em trinta e seis. A democracia, e o presidente da assembleia, foi democratica-
mente eleito, pá! E, portanto, assume essa responsabilidade. Que fique claro! Ou também há algu -
ma dúvida sobre isso?”

Samuel Cruz, do PS disse: “Mas não é isso que lhe dá poderes absolutos.”

Presidente da Assembleia Municipal disse:”É agora o André Nunes que faz leis da assembleia mu-
nicipal, e que dirige a assembleia municipal?”

Samuel Cruz, do PS disse: “Sim. Mas o presidente da assembleia municipal não tem poderes abso-
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lutos, e tem que respeitar a lei.”

Presidente da Assembleia Municipal disse:”Era o que faltava! Era o que faltava! Já agora! Pois, é!
Eu percebo a vossa democracia! A vossa democracia, quer dizer, quem é eleito, quem tem essa le-
gitimidade, e vocês têm a vossa, enquanto eleitos, mas querem, exatamente fazer o contrário. Ser
eles que dirigem. Era o que faltava!”

Samuel Cruz, do PS disse: “ Não. Mas quem tem mais um voto, não tem direito a fazer tudo o que
lhe apetece.”

Presidente da Assembleia Municipal disse:”Vamos proceder á votação. – “Recomendação, criação


do portal municipal da transparência.”Quem vota… Portanto, grupos municipais, se faz favor. Vota-
ção. Falta-nos ainda aqui a votação do PSD. Já está. Do CDS.”

Doutora Madalena, disse:” Falta o Carlos Reis.”

Presidente da Assembleia Municipal disse:”Carlos Reis. O senhor presidente Fernão Ferro. Já está,
também. Portanto, temos os votos a favor do PS, do PSD…

Doutora Madalena, disse:” São os votos a favor de todos, menos da CDU, e o Carlos Reis, que se
abstiveram.

Presidente da Assembleia Municipal disse:”Sim. Mas vamos dizer. Portanto, votos a favor: do PS,
do PSD, do Bloco de Esquerda, do PAN, e do CDS. E abstenção da CDU, e do presidente Fernão Fer -
ro. Declaração de voto. Paulo Silva, se faz favor.

Paulo Silva, da CDU disse:” A CDU, absteve-se, porque não podia votar favoravelmente, a algo que
não foi devidamente explicado aos presentes. Fizemos a pergunta – O que é que o PAN, queria
com o ponto cinco? Divulgação pública no portal do município do registo de ofertas institucionais?
E não sabemos o que é que é isto – de ofertas institucionais? O que é que tem de ser divulgado pu -
blicamente? E por isso, face a ausência de resposta por parte do PAN, e que foi devidamente, que
lhe foi feita a pergunta, e feito o pedido de esclarecimento, para podermos votar em consciência, e
o PAN, recusou-se a responder quanto a isto. E, portanto, a CDU, que gosta de votar em consciên-
cia, e que vota em consciência, e sabendo todos os pontos do que é que está a votar, optou pela
abstenção, face a ausência de respostas. Dizer ainda que ao menos o André, podia ter feito algu-
mas correções. Não podemos estar votar algo para ser integrado no site da CML, que eu presumo
que é a Câmara Municipal de Lisboa. Não temos competência quanto a isso. E quanto ao ponto
sete, no Seixal, não há setor empresarial municipal.”

Presidente da Assembleia Municipal disse:” Mais alguma declaração de voto? Não. Então, passa-
mos para o documento seguinte.”

Nelson Patriarca, do PS disse: “Senhor presidente, eu queria deixar o meu registo. Peço desculpa.
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Como a Doutora Madalena pediu, eu queria deixar o meu voto a favor.”

Presidente da Assembleia Municipal disse:” Sim, senhor. Ok. Está registado, Nelson. Passamos
para o documento seguinte, que é uma moção… Sara, tempos?”

Sara Lopes, do PS disse: “Era isso mesmo que eu lhe ia perguntar. Então, a CDU, tem nove minutos
e cinquenta segundos. O PS, tem três e minutos, e cinquenta segundos. Mantém. Porque o que fez
foi em defesa da honra. O PSD, tem três minutos, e cinquenta segundos, o Bloco de Esquerda, tem
quatro minutos e quarenta e cinco segundos. O PAN, tem dois minutos, e trinta e oito segundos. O
CDS, tem dois minutos. E o senhor presidente Fernão Ferro, tem quatro minutos.”

Presidente da Assembleia Municipal disse:”Ok, Sara. Obrigado.”

Aprovada a Tomada de Posição nº69/XII/2020 por maioria e em minuta com:

• Vinte (20) votos a favor dos seguintes eleitos:

• Do grupo municipal do PS: 11

• Do grupo municipal do PSD: 4

• Do grupo municipal do BE: 3

• Do grupo municipal do PAN: 1

• Do grupo municipal do CDS-PP: 1

• Dezassete (17) abstenções dos seguintes eleitos:

• Do grupo municipal da CDU: 16

• Do presidente da JFFF: 1
I.6. O Grupo Municipal da CDU apresentou a moção «Pela revogação da decisão de duplicação
do valor da taxa de gestão de resíduos (TGR)», subscrita por Paulo Silva.
(Documento anexo à ata com o número 6)
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “ Sim, senhor. Passamos então, agora sim, para o
documento seguinte, que é uma moção da CDU, pela – “Revogação da decisão de duplicação, do
valor da taxa de gestão de resíduos (TGR). Tem a palavra o Paulo Silva, se faz favor”
Paulo Silva, da CDU, disse: "Portanto, sobre este tema, o governo prepara-se para aumentar a taxa
de gestão de resíduos, para o dobro, e isto ainda é mais chocante, se virmos que entre 2015, e
2020, já houve um aumento da taxa em 100%, e agora de 2020, para 2021, há novo aumento, e
este aumento da taxa, que é mais de 100%. Tendo em consideração que nos termos das
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determinações da entidade relacionada com a gestão de resíduos, esta taxa tem de ser
internalizada na tarifa praticada significa, por isso, que são os cidadãos, os munícipes, que vão
pagar o dobro da taxa de gestão de resíduos. Assim sendo, num ano em que as famílias já estão
muito penalizadas, e em que há uma quebra acentuada dos rendimentos dos portugueses, este
aumento, para o dobro, desta taxa, é indubitavelmente, um agravar da situação dos portugueses,
que vão ter que, na fatura da água, pagar esta taxa em dobro. Por isso, a CDU propõe exigir ao
governo a revogação da decisão de duplicar o valor da taxa de gestão de resíduos, pois duplicar o
valor da (TGR), quando o mesmo será pago pelos munícipes, é ignorar a situação das famílias, e
das empresas. Dois: defender que se mantenham, e reforcem as receitas extra tarifárias,
decorrentes da venda dos recicláveis, e da energia. Três: exigir ao governo, uma urgente
clarificação da estratégia nacional para os resíduos urbanos, em particular uma política de
financiamento que alivie a pressão sobre as tarifas, suportadas pelas munícipes, e pelos
munícipes.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Intervenções, em relação a esta moção. Quem é
que pretende intervir? Pergunto, intervenções? Há alguma inscrição? Samuel Cruz, faça o favor.”
Samuel Cruz, do PS, disse; "Muito obrigado, senhor presidente. Antes de mais, dizer que esta
decisão do governo, destina-se apenas, a corrigir um lapso que aconteceu aquando da votação, da
votação não, da publicação do orçamento de estado, para 2020. Ou seja, esta trata-se duma
proposta do PAN, com o orçamento de estado para 2020, que foi votado na assembleia de
república, feita em sede de orçamento de estado para o ano de 2020, e que foi votada na
assembleia da república, que foi [01:48:00] votada favoravelmente, e por um azar, daqueles dos
Távoras, não apareceu na versão final do orçamento de estado, apesar de ter sido aprovado em
sede da assembleia da república. E, portanto, aquilo que o governo fez agora, foi apenas corrigir
esse lapso. Essa é a primeira nota. A segunda, é que a taxa de gestão de resíduos, é uma taxa que é
paga ao estado, em função da quantidade de resíduos, que são depositados em aterro.
Incinerados, e valorizados energeticamente. Sendo que a eliminação em aterro paga o valor
correspondente a 100% da taxa. Se for o preço de instalação paga 70% (Corte de som). E o produto
dessa taxa é distribuído pela APA, que subdivide o produto pelo fundamental, pelas entidades
licenciadoras, as instalações relacionadas com resíduos, até 40%. 5% para a (Impercetível), e 5%
para os municípios, que são as entidades que têm a responsabilidade pela recolha e
reencaminhamento de resíduos, para destino final. Nos termos da lei, as entidades da
administração central do estado, têm essas receitas consignadas ao cumprimento de metas
ambientais, referentes à gestão de resíduos, em concreto. E isso significa que quanto menos
resíduos produzirem, e destes mais terão como destino a reciclagem, menos se paga a taxa de
gestão de resíduos. E que, no fundo, este objetivo principal, desce a taxa. Como a taxa dos sacos
plásticos a que se destina, é que não se utilizem os sacos plásticos, que visem incentivar a
mudança de comportamentos. Agora, há aqui um problema em relação ao nosso país. É que em
2004, quando a taxa média, esta taxa aplicada a nível da União Europeia, era de 80€, por tonelada,

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nós pagávamos 5€, por tonelada. E, hoje em dia, e não tenho valores atualizados, seis anos depois,
estamos a aumentar para 22€. Mas, certamente que a média Europeia, deve andar aí pelos 100€.
E, portanto, sendo que as Câmaras, não se podem colocar de fora, eu penso que estarão mais
preocupadas com o ser um ano eleitoral, do que ser propriamente um ano de Covid, mas a
verdade é que tem de ser feito um esforço, e que definitivamente a mentalidade nesta matéria
que tem de ser alterada. Disse!
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais intervenções? Não há mais pedidos de
intervenção, é isso? Confirma-se? Creio que sim. Bem, eu inscrevo-me apenas para três notas, e
antes de dar a palavra ao senhor presidente da Câmara. Nós estamos perante, e aliás, a moção
situa isso muito bem. Estamos perante um problema muito grave. Eu diria algo que se pode tornar
insustentável, em termos da gestão dos sistemas, e com uma preocupação acrescida. É que a
gestão dos sistemas de resíduos, na sua maioria em Portugal, a média do capital é privado. E os
privados não estão a investir, como sabemos, não é? Portanto, houve a privatização. A privatização
escandalosa, completamente, entre eles. O privado, um património enorme de investimento
municipal, e da comunidade europeia, sem investimento do orçamento do estado, há que dizer,
em termos das instalações, nomeadamente dos aterros sanitários, não é? Bom! Entrega à gestão
de privados. Não se passa a responsabilidade para os munícipes, e muito menos para as pessoas.
Eu estou a dizer isto, e isto é a posição da associação nacional dos municípios, que já foi entregue
ao governo, foi pedida uma reunião com carácter de urgência ao senhor ministro do ambiente,
independentemente do histórico. Foi à assembleia da república. É verdade, não é, quer dizer. Bom!
Mas o governo tem aqui uma responsabilidade central sobre esta matéria. Depois uma nota. É
evidente que o objetivo é reduzir, portanto, a posição de resíduos, nos aterros que estão também
em fim de vida, e o que é a economia circular, não é? Naturalmente que estamos de acordo em
relação a isso. Mas o que está aqui em questão, é qual é a política do país, tanto mais… Então, mas
isto pode coexistir, e para terminar, pode coexistir com algo que é absolutamente escandaloso, e
que é a importação de resíduos. Então, à medida em que se quer reduzir, não é, a deposição em
aterros, e se quer responsabilizar as Câmaras com isso, Portugal permite, não é? Eu não sei qual
foi, por exemplo, a intervenção do PAN, nesta matéria. Há-de ter levantado, espero eu, não é? O
que é certo é que a assembleia da república aprovou, não é? Mas, nós importamos resíduos de
Nápoles, de Malta, do Reino Unido, e de mais não sei quantos países da Europa, que são
depositados nos nossos aterros, pagos pelos municípios, e pelas populações, e esta é que é a
questão central, ou uma das questões centrais. E esta é a posição da associação nacional de
municípios, e aguardamos que o senhor ministro, marque a reunião já pedida há algum tempo
sobre esta matéria. E isto é absolutamente escandaloso, e inaceitável! Tem a palavra o senhor
presidente da câmara, se faz favor.”
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Muito obrigado, senhor presidente. De facto, estamos
perante mais medidas, do partido socialista, inaceitáveis, quer do ponto de vista ético, quer do
ponto de vista técnico, quer do ponto de vista político. Neste caso, quem comete o crime, é (Corte

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de som). E, na verdade, o concedente do processo e tratamento de resíduos, em Portugal, é o
Estado. E fez concessões, através das empresas, neste caso, umas intermunicipais, e outras multi-
municipais. A nossa empresa, portanto, a que somos obrigados a pertencer e a entregar esses
resíduos, é uma empresa multi-municipal, e onde o acionista maioritário, neste momento, já não é
o Estado, é um privado. Uma negociata, feita no tempo do governo do PSD/CDS, com certeza, com
lucros para ambas as partes, e não para a população. Dizer que, neste caso, mais uma vez, quem,
de facto, vai pagar, são as populações, e são as autarquias, naturalmente. Porque compete ao
Estado definir quais é que são as melhores soluções para a valorização dos resíduos sólidos em
Portugal. Se para o Estado, a utilização de aterros sanitários já não é uma boa solução, não
compreendemos porque é que na península de Setúbal, não se avançou já, com outras soluções,
que não a deposição em aterro. Onde o Estado, de facto, invista, ou então que analise linhas de
investimento, para essas novas soluções. Mas o que é que o Estado faz? Não. Não faz isto. O que o
Estado faz, é: cria uma taxa, penaliza, e ganha dinheiro com essa taxa. Ou seja, não faz o que devia
fazer. Isto é: encontrar as melhores soluções técnicas e ambientais, para a (Impercetível) dos
resíduos sólidos no país. Deixa nas mãos dos privados este processo. E os privados o que querem
fazer é lucrar o máximo, e, portanto, investir o mínimo. Isso está a acontecer no aterro sanitário na
Câmara Municipal do Seixal. Neste momento, está com uma quota altíssima, e as coisas são
depositadas de forma indiscriminada, e sem critério. E é bem visível a grande diferença que existe
entre o que era uma empresa pública, e agora uma empresa, podemos dizer assim, privada, ou
com gestão privada. Mas, de facto, é o Estado que beneficia e lucra, com a ineficiência que o
próprio Estado permite, e autoriza. O que é extraordinário! E, portanto, eu acho inacreditável,
como é que o partido Socialista, não só promove esta política, como ainda a defende. E eu quero
ver, na próxima reunião da Câmara Municipal, quando nós levarmos a proposta de utilização dos
tarifários da água e sistema de resíduos, e onde vamos fazer refletir, não toda a parte (TGR), mas
uma parte da taxa da gestão de resíduos, eu quero ver qual é que vai ser a posição dos eleitos do
partido socialista. Porque aqui, parece que defendem, portanto, esta situação, onde o Estado não
cria as condições para investirmos em novas situações tecnológicas, penaliza as populações por
uma sua irresponsabilidade, e ainda lucra com isso. Porquê? Toda a gente sabe que o fundamental,
neste momento, é um “saco verde”. Já não é “saco azul”. É um “saco verde”, que dá para tudo.
Basta ver a listagem de projetos financiados pelo “saco azul”, do ministro do ambiente. Ou melhor,
“saco verde” do ministro do ambiente. E basta ver, e de facto, os municípios que lá estão, ou são
amigos do PS, do partido socialista, ou então, há muito pouca verba do fundamental que é
destinado aos municípios, e a que existe há um conjunto de critérios, muito complexos, que têm
de ser ultrapassados. Dizer as verdades, custa a muitos, a mim, não custa nada. E, por isso, a
democracia conquistada pelo 25 de abril, permite-me como presidente da câmara, emitir a minha
opinião, na assembleia municipal, pelos seus eleitos. Infelizmente nem todos gostam. Paciência! É
a democracia conquistada com a revolução.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Obrigado, senhor presidente da câmara. Tem a
palavra o preponente. Paulo Silva, faça o favor.”
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Paulo Silva, da CDU, disse: "Dizer só aqui assim dois dados, que eu acho que são importantes aqui
para a discussão. Portanto, neste ano, prevê-se que a Câmara Municipal do Seixal, vá pagar, da taxa
de gestão de resíduos, setecentos e setenta mil euros. Para o próximo ano a manter-se este
aumento brutal desta taxa, será um milhão, quinhentos e quarenta mil euros. É um valor muito
grande, e que acho que não se justifica. Quando ainda, os privados, quando chegaram à Amarsul,
havia cerca de seis milhões de resultados transitados, ou seja, de lucros que estavam para
investimento, e a primeira coisa que eles fizeram, foi retirar esse dinheiro da empresa, o dinheiro
que era para investimento, e passar para os bolsos deles. Portanto, são medidas que são
contraditórias, e que demonstram não haver uma política de resíduos no nosso país. A última
questão. O eleito Samuel Cruz, veio com a questão da média europeia desta taxa. É muito fácil ir
ver qual é a média europeia, e dizer que estamos a pagar abaixo da média europeia. Mas, para
sermos justos e corretos quanto a essa análise, também temos que pôr uma outra variante, para
vermos se estamos a pagar a menos, ou a mais. Que é a média europeia dos salários. Não
podemos apenas ver qual é que é a média europeia desta taxa, sem termos em consideração a
média europeia dos salários. Para então aí se poder concluir, se os portugueses estão a pagar
menos, ou mais, do que os países europeus. E indubitavelmente, se formos pelos salários, e se
tivermos essa componente, estamos a pagar muito mais do que os outros países, porque a média
dos salários, é muito superior à nossa. Portanto, quando e quem deve fazer estas comparações de
médias, vamos começar pela questão dos salários. Dar salários dignos aos portugueses, que é isso
que é importante, para os portugueses passarem a ter condições de vida mais dignas.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Obrigado. Vamos proceder à votação. Grupos
municipais, se faz favor.”
Aprovada a Tomada de Posição nº70/XII/2020 por maioria e em minuta com:
• Vinte (20) votos a favor dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal da CDU: 16
• Do grupo municipal do BE: 3
• Do presidente da JFFF: 1
• Treze (13) votos contra dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal do PS: 11
• Do grupo municipal do PAN: 1
• Do grupo municipal do CDS-PP: 1
• Quatro (4) abstenções dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal do PSD: 4
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Sim, senhor. Portanto, esta moção foi aprovada com
os votos a favor da CDU, do Bloco de Esquerda, e do presidente de Fernão Ferro. A abstenção do

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PSD, e o voto contra do PS, do PAN, e do CDS. Há alguma declaração de voto? Portanto, não há
registos de declaração de voto. Passamos para o documento seguinte.”
Nelson Patriarca do PS disse:” Senhor presidente, peço interromper, mais uma vez. Mas é só para
ficar registado. Eu voto contra.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Ok, Nelson. Está registado.”

I.8. O Grupo Municipal do PSD apresentou a recomendação «Adesão do Município do Seixal ao


Plano Local de Leitura», subscrita por Luísa Gama.

(Documento anexo à ata com o número 8)


O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Passamos para a recomendação do PSD – “Adesão
ao município do Seixal ao plano local de leitura.” É subscrita pela Maria Luísa Gama, e tem a
palavra, se faz favor.”
Luísa Gama disse: “Boa noite! Boa noite a todos! Vou resumir o documento, pois penso que ele se
encontra disponível para todos. É inegável o quanto a leitura é importante no desenvolvimento das
competências chave, penso eu, para todos os cidadãos. Desde o desenvolvimento de aptidões
sociais, políticas, económicas, culturais, entre outras, e isto desde a primeira infância. Penso que
também é indiscutível, a importância que tem tido o plano nacional de leitura, criado, salvo erro,
em 2006, e o plano local de leitura poderá ser, e é, na nossa opinião, mais uma ferramenta para
promover a leitura a nível local. Penso que a par desta adesão, ou no local de leitura, poderiam ser
feitas também, portanto, em conjunto, um estudo que, de alguma forma, divulgasse os hábitos de
leitura, no concelho, também para melhor permitir e direcionar as aquisições bibliográficas na
biblioteca central, e também desenvolver, melhorar, o sistema de pesquisa bibliográfica, na
biblioteca, para permitir que fosse simples e eficaz a identificação dos livros recomendados pelo
plano nacional de leitura. Já não vou a outras melhorias, que penso, pelo menos na minha opinião,
que eram necessárias no catálogo, mas, pelo menos, para que os livros do plano nacional de
leitura, fossem, de facto, identificados logo, numa primeira busca, à semelhança do que acontece,
por exemplo, nas bibliotecas centrais, do município de Lisboa. Obrigada.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Obrigado. Quem é que pretende intervir nesta
apreciação, recomendação? Portanto, não há inscrições. Pergunto ao senhor presidente da
câmara, se quer intervir? Faça o favor, senhor presidente. Presidente, eu penso que o Doutor Paulo
Silva, terá pedido a palavra. Ah! Eu creio que passou. Não tinha esse registo aqui. Mas pediu, sim
senhor. Obrigado, senhor presidente. Paulo Silva, se faz favor.”
Paulo Silva, da CDU, disse: "Boa noite! Por acaso, era para fazer outra pergunta à câmara, que
tenho que há muito que a câmara integra ações do plano nacional de leitura. Portanto, queria
saber se isto, se a Câmara, esta recomendação, é por a Câmara nunca ter feito parte do plano
nacional de leitura, ou se a Câmara já faz parte, e estamos aqui perante uma recomendação que
não tem muito sentido de ser, porquanto, já é uma realidade no concelho do Seixal.”
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O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Bom! Então, novamente a pergunta se há mais
alguma intervenção? Não há? É isso? Confirma-se? Estou aqui a ver, e não vejo nenhum registo.
Então, tem a palavra o senhor presidente.”
O Presidente da Câmara Municipal disse: “ Muito bem. De facto, assim é, como estava a dizer o
Doutor Paulo Silva. Nós, todos os anos, aderimos ao plano nacional de leitura. Aliás, é uma das
competências da biblioteca Municipal do Seixal, portanto, nos serviços centrais, no fórum cultural,
e fazemos o trabalho com os vários professores bibliotecários, com os vários núcleos da biblioteca
municipal. E, nessa perspetiva, é uma prática já de vários anos que o município tem. Por isso, esta
recomendação será para continuarmos, naturalmente, a desenvolver este trabalho, e a melhorá-lo,
se possível.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “ Está? Obrigado, senhor presidente. Tem a palavra a
proponente, se entender. Maria Luísa Gama, se faz favor.”
Luísa Gama disse: “Respondendo, ou complementando aquilo que o eleito Paulo Silva, disse, o
plano local de leitura, vai além de ações, em conjunto com o plano nacional de leitura. Portanto,
procura uma dinamização, uma colaboração mais efetiva, e mais direcionada. Portanto, são coisas
diferentes. E daquilo que eu vi, portanto, no site do plano nacional de leitura, e que diz respeito à
adesão a estes acordos de parceria, o nosso município não está nos municípios que já aderiram.
Daí, a nossa recomendação nesse sentido. Estão outros. Neste momento, estão cinquenta e um
municípios, e uma comunidade inter-municipal. Portanto, está Sesimbra, está Tavira, está Torres
Vedras. Sei lá… Está Cascais, por exemplo. Óbidos. Mas o Seixal, não consta como estando presente
neste protocolo de colaboração, e repito, com municípios. Não se trata tanto de iniciativas com a
biblioteca, mas duma parceira efetiva com o município, mais direcionada. Portanto, para a
promoção da leitura. E, nesse aspeto, continuamos a achar que esse protocolo seria mais um
passo, mais um caminho a favor da promoção da literacia no concelho. Obrigada.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Obrigado, também. Vamos colocar à votação.
Quem vota, os grupos municipais, claro? Quem vota a favor? Quem se abstém? Quem vota contra?
Não está a votação de todos, ainda.”
Aprovada a Tomada de Posição nº 71/XII/2020 por unanimidade e em minuta com:
• Trinta e sete (37) votos a favor dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal da CDU: 16
• Do grupo municipal do PS: 11
• Do grupo municipal do PSD: 4
• Do grupo municipal do BE: 3
• Do grupo municipal do PAN: 1
• Do grupo municipal do CDS-PP: 1

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• Do presidente da JFFF: 1
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Sim, senhor. Então a proposta foi aprovada por
unanimidade. Há uma declaração de voto? Paulo Silva, se faz favor.”
Paulo Silva, da CDU, disse: " A CDU, votou a favor, apesar de considerar que já é uma realidade do
nosso concelho, mas tudo o que for para aumentar a cultura dos habitantes Seixalenses, nós
estamos sempre a favor.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “ Mais alguma declaração de voto? Não.”
I.9. O Grupo Municipal do PAN apresentou um voto de congratulação «Pelo aumento da verba
para a implementação de respostas de proteção e bem estar animal no OE 2021», subscrita por
André Nunes.
(Documento anexo à ata com o número 9)
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Passamos para o documento seguinte, que é do
PAN. – “Voto de congratulação pelo aumento da verba, para a implementação da resposta de
proteções e bem estar animal, no orçamento de estado para 2021.” Quem é que pretende… Ou
melhor, a representação é subscrita por André Nunes. Tem a palavra, se faz favor.”
André Nunes, do PAN, disse: "Uma das propostas que o PAN fez aprovar em matéria animal,
garantiu dez milhões de euros, para a implementação de políticas públicas de proteção e bem-
estar, dos quais sete milhões são para investimento nos centros de recolha oficial, e no apoio da
melhoria das instalações de associações legalmente constituídas. Um milhão e oitocentos mil
euros, para melhorar a perceção de serviços veterinários de assistência a animais detidos por
famílias carenciadas, e ações zoófilas através de protocolos com os hospitais veterinários
universitários. Um milhão de euros, para apoiar os centros de recolha oficial de animais, nos
processos de esterilização de animais. Cem mil euros, para sensibilizar para os benefícios da
esterilização. E por último. Outros cem mil euros, para investir no registo eletrónico do animal de
companhia. E, portanto, o que se pretende é que a assembleia municipal, congratule a assembleia
da república, por esse passo importante, naquilo que são as políticas necessárias da proteção e
bem-estar animal, e também, nessa medida, de apoio aos municípios.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Obrigado. Apenas um brevíssimo comentário, antes
de dar a palavra para intervenções neste voto. Houve outros partidos que fizeram propostas,
nomeadamente o PCP, e eu estou a dizer isto porque nos reunimos com todos os grupos
parlamentares, eu participei em várias reuniões, na assembleia da república, e, portanto, espero
que tenham sido aprovadas, e cujo resultado conjunto das várias propostas, possa ser ainda mais
significativo. Aliás, conheço as propostas, nomeadamente a do PCP, que propunha verbas
superiores sobre esta matéria. E esperemos que o orçamento seja aprovado, naturalmente. Porque
estamos a falar numa congratulação no orçamento, que não está aprovado, não é? Portanto, quem
é que pretende intervir? Ora, temos três inscrições. João Rebelo, Paulo Silva, e Vítor Cavalinhos.
João rebelo, faça o favor.”
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João Rebelo, do CDS-PP, disse: "Obrigado, senhor presidente. Em relação a esta proposta, eu vou
ter a mesma opinião que já tive em relação a outras parecidas com isso, e que é andarmos a
congratular coisas que ainda não aconteceram. Tem acontecido muito isso, nesta nossa assembleia
municipal. Esta proposta foi aprovada na especialidade, e não foi votada, na generalidade, e não
está em ação. Portanto, acho isto um bocado esquisito, entrarmos neste tipo de procedimentos. E,
ainda por cima, e isto basicamente, se lermos o texto, é mais saudar o PAN, por ter apresentado a
proposta do que por ter sido aprovada. Mas, o que está aqui em causa, é que nós entramos em
procedimentos, e votações, e de votos, mas não foi só o PAN. Outros partidos também já o fizeram
noutro tema, e, portanto, eu não vou, e não é contra o partido. O André sabe, e as pessoas que me
conhecem na assembleia da república, e dos muitos anos que eu estive lá presente, sempre
defendi, e fui apoiante de legislação, e mesmo de questões financeiras, e orçamentais, de apoio ao
bem-estar animal, e aos próprios deveres que nós (Corte de som).Já terminei, senhor presidente.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Paulo Silva. Paulo Silva, se faz favor.”
Paulo Silva, da CDU, disse: “Boa noite, mais uma vez! Isto é estarmos a votar algo que ainda pode
não acontecer. Houve uma votação na especialidade. Dizer aí que quanto a esta proposta do PAN,
foi redutora. Porquanto, havia outras propostas bem mais generosas, para o bem-estar animal,
como era a proposta apresentada pelo PCP, que previa vinte milhões, e quinhentos mil euros, que
seriam necessários, nomeadamente, para os Proac’s, serem uma realidade, e não foi aprovada, foi
a do PAN, que era mais redutora. Mas, pronto. Estamos aqui, agora, a congratularmo-nos por algo
que ainda não aconteceu. Amanhã pode ser chumbado na votação final do orçamento, e não
haver milhões, e milhões para ninguém. Portanto, acho que, como prática, não é a mais correta.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “ Tem a palavra o Vítor Cavalinhos, se faz favor.”
Vítor Cavalinhos, do BE, disse: "Só três, ou quatro notas muito breves. Eu, a primeira questão, eu
não sei se o André Nunes, já sabe se o orçamento vai ser aprovado amanhã? E portanto, se ele, por
acaso, tivesse essa informação, ficávamos já nós, hoje a saber, em primeira mão que o orçamento
seria aprovado. A votação final só será amanhã, mas essa, acho que é uma questão importante de
saber, não é? Porque esta proposta, de facto, só faz sentido, e só terá eficácia, se o orçamento for
aprovado. Como nós não sabemos se vai ser, é a “pescadinha de rabo na boca”. Portanto, é um
voto por antecipação. E a outra nota, é que isto é um voto de congratulação ao PAN. É um… Não é
uma artimanha, que essa palavra, é uma forma habilidosa, a esta palavra, que assim é mais
interessante, é uma forma habilidosa, de o PAN, querer que a assembleia o congratule. Mas isso
faz-se com toda a clareza, numa coisa sem problemas nenhuns. Com toda a clareza, o PAN, pode
propor o voto de (Impercetível) e nós discutirmos. Agora este, de facto, é mais isso, que outra
coisa, portanto, o Bloco não acompanha este voto. Nós vamo-nos abster neste voto de
congratulação, apresentado pelo PAN. Era só.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Obrigado. Pergunto se há mais alguma
intervenção? Nelson, se faz favor”

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Ata nº 09/2020
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Nelson Patriarca, do PS disse:”Ora bem, independentemente da situação de voto ser viabilizado
amanhã, ou não, ou do orçamento ser amanhã viabilizado, ou não, com o Bloco de Esquerda, não
me parece haver vontade de contar para tal, tudo aquilo que seja, nesta área, de manter apoios
ativos, para a reconstrução, a melhoria, ou até mesmo a instalação de (Impercetível), parece-nos
sempre positivo. E, nesse sentido, não deixa de ser simpático congratular-nos, por uma área,
também daquilo que é uma área societária, e que, muitas vezes, é esquecida. Obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais alguma intervenção? Não há registos de
intervenções, pedidos de intervenção. Dou a palavra ao senhor presidente da Câmara, se entender.
Faça o favor, senhor presidente. Não. Peço… Sim, senhor presidente. Não há…Estava aqui… Parecia
que havia um pedido de intervenção, mas não é. Faça o favor, senhor presidente.”
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Senhor presidente, como é sabido, a Câmara Municipal,
está, neste momento, a desenvolver o projeto para o novo Centro de Recolha Oficial de Animais de
Companhia do Seixal. Através do fórum do Seixal, não recebemos nenhuma participação, no
momento em que avançamos com a sua divulgação pública do projeto. Apenas felicitações
relativamente à nossa iniciativa. Claro que se existirem verbas nacionais para apoiar novos centros
de recolha oficial de animais de companhia, de facto, isso é bastante importante. Agora, aquilo que
tem acontecido, é que os meios, portanto, que têm sido colocados à nossa disposição, via direção
geral de alimentação veterinária, têm sido muito parcos, e muito poucos e reduzidos, para aquilo
que são as necessidades. Nessa perspetiva, todas as verbas que possam ser, portanto, canalizadas
para este objetivo, claro que serão bem vindas, e nós iremos utilizá-las de forma conveniente.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Obrigado, senhor presidente. Eu pergunto ao
proponente se pretende intervir? André Nunes, se faz favor. “
André Nunes, do PAN, disse: "Sim. Só para, efetivamente, dar nota de que é importante que se
passe para um valor desta grandeza, na medida em que estávamos até aqui na ordem dos quatro
milhões de euros / ano, e passamos, duplicamos o valor. E, portanto, é muito importante que
tenhamos, em Portugal, duas políticas públicas de proteção e bem-estar animal, e, portanto, agora
compete aos municípios, serem capazes de executar a verba que terão, naturalmente direito, e,
portanto, fazemos votos que a Câmara Municipal do Seixal, ao contrário do que aconteceu, tanto
quanto sei, no último ano, que execute a totalidade da verba. Para já, é tudo.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Vamos colocar à votação, o voto dos grupos
municipais. Façam o favor.”

Aprovada a Tomada de Posição nº 72/XII/2020: por maioria e em minuta com:

• Vinte e nove (29) votos a favor dos seguintes eleitos:

• Do grupo municipal da CDU: 16

• Do grupo municipal do PS: 11


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• Do grupo municipal do PAN: 1

• Do presidente da JFFF: 1

• Oito (8) abstenções dos seguintes eleitos:

• Do grupo municipal do PSD: 4

• Do grupo municipal do BE: 3

• Do grupo municipal do CDS-PP: 1

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Bom! Exatamente. Portanto, votos a favor: da CDU,
do PS, do PAN, e do presidente da Junta de Fernão Ferro, e a abstenção do PSD, do Bloco, e do
CDS. Declaração de voto, Paulo Silva, se faz favor. “
Paulo Silva, da CDU, disse: “A CDU, votou favoravelmente pela parte deliberativa deste voto. Ou
seja, pela transferência para a administração local, na verba de dez milhões de euros, para a
implementação de políticas públicas, de proteção e bem-estar animal. Não se revê da exposição de
motivos deste voto, nem sequer da metodologia. Porque isto, é estarmos a atirar foguetes antes da
festa, uma vez que ainda não foi aprovado o orçamento de final, e pode haver, não sei se haverá,
mas pode ainda haver algum chumbo, e aí não vai haver esta verba, e já estivemos a aprovar, como
se ela já estivesse disponível para os municípios, quando ainda não é verdade.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais alguma declaração de voto? Não há registo
disso.”
Nelson Patriarca, do PS disse: “Eu queria deixar o meu voto a favor.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Nelson, muito obrigado. Passamos para o último
documento. Mas, com os tempos, Sara, então.”
Sara Lopes, do PS disse: “Então, a CDU, tem quatro minutos e quarenta e cinco segundos. O PS,
tem sete segundos. O PSD, tem trinta segundos. O Bloco de Esquerda, tem três minutos e dez
segundos. O PAN, tem cinquenta e seis segundos. O CDS, tem trinta segundos. E o presidente da
Junta de Fernão Ferro, tem quatro minutos.”
I.11.O Grupo Municipal do PS apresentou a recomendação «IEFP - Seixal - Estacionamento para
deficiente», subscrita por Rui Parreira.
(Documento anexo à Ata com o número 11)
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “O último documento é do PS, e é uma
recomendação – “IEFP Seixal – estacionamento para deficientes.” E é subscrita por Rui Parreira, e
que tem sete segundos. Rui, faça o favor.”

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Ata nº 09/2020
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Rui Parreira, do PS, disse: “Boa noite, a todos, e senhor presidente, na sua pessoa. Ora bem, é
rápido. Não tenho grande preocupação. A recomendação é fácil de entender. É uma coisa que eu
escuso de ler. E eu agradecia a atenção do senhor presidente da Câmara, e do executivo, para este
pormenor. Porque todas as quartas-feiras, existem pessoas em cadeira de rodas, a deslocarem-se
ao IEFP, e faz mesmo falta um lugar para estacionar a viatura também correspondente. Como é
evidente. E é só. Obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Obrigado. Intervenções relativamente a esta
recomendação? Quem é que pretende intervir? Há aqui uma correção. É que diz que a assembleia
municipal do Seixal, reunirá a 15 de abril, de 2019. Bom! Portanto, nós estamos a 25 de novembro,
de 2020, não é? Essa correção, naturalmente que o proponente o fará. Como é evidente. Paulo
Silva, se faz favor.”
Paulo Silva, da CDU, disse: “Eu acho que temos que ter mais cuidado, na apresentação de
documentos do PAOD, nomeadamente, sabermos o que estamos a apresentar. Esta
recomendação, na sua substância, faz sentido. Mas, depois, o seu português, é tudo, menos fácil
de entender. O que é que aqui está? Portanto, qual é que é a recomendação? É que o grupo
municipal, do partido Socialista, recomenda à assembleia municipal, a disponibilização de um lugar
de estacionamento para deficientes. A assembleia municipal, que eu saiba, não tem lugar para
estacionamento, nem tem competências sobre esta matéria, para disponibilizar um lugar. Eu acho
que temos que ir, e saber o que é que estamos aqui assim a fazer. E volto a dizer. O conteúdo da
recomendação é importante, tem razão de ser, mas depois temos que saber escrever, e não tratar
a nossa língua, o português, como aqui está. E temos que saber as competências de cada um dos
órgãos. Portanto, eu acho que devia ser a assembleia municipal, por proposta dos eleitos do grupo
municipal, do partido socialista, recomenda à Câmara Municipal, a disponibilização de um lugar de
estacionamento para deficientes, em frente ao Instituto de Emprego e Formação Profissional do
Seixal. Portanto, sabermos o que estamos, e sermos corretos, sobre o conteúdo das
recomendações, para não se transformar uma recomendação com um conteúdo, e volto a dizer,
importante, mas que depois por não se saber escrever o português, se desvirtua por completo.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Ok, Paulo Silva .E estou de acordo com a questão
colocada pelo Paulo Silva. De facto, a formulação desta recomendação, não é adequada, não é? E,
portanto, tem que ser… aliás, coloco, desde já, a questão para poder, digamos, ser concretizada,
tem de ser adequada, não é? Samuel Cruz, tem a palavra, se faz favor.”
Samuel Cruz, do PS, disse: “Muito obrigado. Naturalmente tratou-se de um lapso, em vez de
assembleia devi dizer que câmara, mas não deixo de registar a indelicadeza do eleito Paulo Silva,
para quem apresenta, pela primeira vez, um documento perante a assembleia municipal. O que
podia ser muito mais pedagógico em vez da escola do antigamente.”
Paulo Silva, da CDU, disse: “ Defesa da honra.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Defesa da honra, Paulo Silva. Vamos lá!”

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Paulo Silva, da CDU, disse: “A recomendação, é entregue pelo grupo do partido socialista,
portanto, o grupo do partido socialista, é que tem de ter atenção ao que escreve nos seus
documentos. Portanto, não estou aqui a ir, não é do grupo, ou do (A), do (B), ou do (C), do grupo
do partido socialista. E que não é a primeira vez que o grupo do partido socialista apresenta
documentos nesta assembleia municipal.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “tem a palavra o Vítor Cavalinhos. Faça o favor.”
Vítor Cavalinhos, do BE, disse: “Senhor presidente, não querendo por a foice em seara alheia,
acho que o mais razoável é dar ao Partido Socialista o tempo suficiente, nós esperamos, fazermos
uma pausa, esperamos uns minutos, para o Partido Socialista, se for a sua intenção, reescrever a
moção, reescrever a moção, nos termos corretos, e nós depois votá-la-emos. Acho que é a única,
também não vale a pena a gente estar aqui a cerrar mais presunto sobre esta matéria."
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Ok, mas isso eu acho que não é preciso muito
tempo, estou de acordo com isso, com a intervenção de Paulo Silva e de Vítor Cavalinhos e é
preciso que o PS então diga o que quer fazer, porque de facto esta recomendação como está, não
está em condições de ser apreciada, de ser vetada, porque isto não recomenda coisa nenhuma,
quer dizer, ou melhor, recomenda a própria Assembleia Municipal não tem competência na
matéria, não é? Quer dizer, aliás, ela termina, sendo esta recomendação aprovada, o conteúdo da
mesma deverá ser transmitido ao Instituto de Emprego, mas transmitido o quê? A Assembleia
Municipal não é um órgão executivo. Bom, portanto, mesmo sem tempo, mas para resolvermos
esta coisa, qual é o entendimento do PS, afinal.”
Samuel Cruz, do PS, disse: “Então onde diz Assembleia Municipal, onde diz Assembleia, passa a
Câmara. O grupo municipal do Partido Socialista recomendar à Câmara Municipal do Seixal.”
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Então, mas não pode, não é a Câmara reunir, não é? A
Câmara Municipal do Seixal, sim.”
Samuel Cruz, do PS, disse: “recomendar à Câmara Municipal do Seixal, em reunião da Assembleia
Municipal...Sendo esta recomendação aprovada, deverá a Câmara proceder em conformidade,
pronto. A Câmara é que tem de criar.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Então leia lá outra vez.”
Samuel Cruz, do PS, disse: “Bem, vem o Grupo Municipal, um, dois, três, quarta linha, vem o
Grupo Municipal, do Partido Socialista, não é? Um, dois, três, quatro, cinco, na quinta linha melhor
recomendar à Câmara Municipal do Seixal. Assembleia Municipal realizada em vinte de novembro
de dois mil e vinte, depois continua tudo igual. ”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Vai aqui uma salganhada. Bom, perceberam todos?
Quem é que pediu a palavra? Sim Vítor.”
Vítor Cavalinhos, do BE, disse: “O Senhor Presidente do Grupo Municipal do Partido Socialista, não
pode recomendar nada à Câmara Municipal.”
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O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Pois não, tem razão.”
Vítor Cavalinhos, do BE, disse: “ O Grupo Municipal do Partido Socialista, pode é recomendar à
Assembleia Municipal e esta é que recomenda à Câmara Municipal.”
Samuel Cruz, do PS, disse: “Eu proponho, quarta linha, edifícios habitacionais, vem a Assembleia
Municipal do Seixal, com o propósito do Grupo Municipal do Partido Socialista, recomendar à
Câmara Municipal do Seixal a disponibilização de um lugar de estacionamento para deficientes. E
depois o segundo parágrafo também é preciso alterar. Sendo esta recomendação aprovada, depois
da virgula é que altera, deverá a Câmara Municipal do Seixal proceder em conformidade, pronto.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Ok. Está entendido, com esta redação. Pronto, está
entendido agora, sim, certo? É essa a proposta do Partido Socialista. E aqui um apontamento, a
propósito disto, mas é para todos, é necessário de facto rever estes textos antecipadamente, nós
estivemos aqui dez minutos, na Assembleia Municipal, com isto, vamos para dez minutos, e,
portanto, não estou a referir, a partir deste exemplo, desta situação, naturalmente há um cuidado
que todos devem ter, não é. E portanto, sendo assim, nós terminávamos as intervenções, certo, é
isso? Senhor Presidente da Câmara, se faz favor. ”
O Presidente da Câmara Municipal disse: “ Senhor Presidente, nada a referir.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Muito bem, obrigado, Senhor Presidente. O
proponente já não tem tempo, portanto, passamos à votação.”
Aprovada a Tomada de Posição nº 73/XII/2020 por unanimidade e em minuta com:
• Trinta e sete (37) votos a favor dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal da CDU: 16
• Do grupo municipal do PS: 11
• Do grupo municipal do PSD: 4
• Do grupo municipal do BE: 3
• Do grupo municipal do PAN: 1
• Do grupo municipal do CDS-PP: 1
• Do presidente da JFFF: 1
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Portanto, a proposta foi aprovada por
unanimidade, terminou o período das ordens do dia, vamos fazer um intervalo de dez minutos. Até
já.”
II. PERÍODO DA ORDEM DO DIA
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Senhor Vereadores, Membros da Assembleia,
vamos recomeçar os nossos trabalhos, com o período da ordem do dia, informação sobre o
trabalho em curso das comissões da Assembleia Municipal.”
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II.1. Informação do trabalho em curso das Comissões da Assembleia Municipal.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Pergunto se há alguma intervenção. Não há
nenhuma intervenção? Paulo Silva, se faz favor.”
Paulo Silva, da CDU, disse: “só para dar conhecimento que e como sempre acontece, a comissão
de desenvolvimento estratégico teve uma reunião com a presença do Senhor Presidente da
Câmara antes da Assembleia Municipal onde foram prestados todos os esclarecimentos pedidos
pelos membros da comissão ao Senhor Presidente, sobre os pontos que estavam aqui em
discussão, nesta ordem de trabalhos, nesta ordem de trabalhos desta Assembleia.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “ Obrigado, Paulo Silva, mais alguma intervenção?
Nós tivemos uma sessão recente, não será caso disso, não é. “
II.2. Ata n.º10/2019 – 5.ª Sessão Ordinária de 9 de dezembro de 2019. Aprovação.
(Documento anexo à ata com o número 12)
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “E passamos para o ponto dois que é a ata da quinta
sessão ordinária, dezanove de dezembro de dois mil e dezanove, não podem votar por não terem
estado na reunião da CDU, Maria João Evaristo Santos e Maria Helena Quinta, do PS, Tomás
Santos, e do PAN, André Nunes. Alguma questão, alguma consideração, sobre esta ata? Não
havendo está dada aprovada.”
Aprovada a Tomada a Deliberação nº 43/XII/2020 por unanimidade e em minuta com:
• Trinta e três (37) votos a favor dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal da CDU: 16
• Do grupo municipal do PS: 11
• Do grupo municipal do PSD: 4
• Do grupo municipal do BE: 3
• Do grupo municipal do PAN: 1
• Do grupo municipal do CDS-PP: 1
• Do presidente da JFFF: 1
Nos termos do Código do Procedimento Administrativo, não votaram por não terem estado
presentes na reunião em causa, da CDU, Maria João Evaristo Santos e Maria Helena Quinta; do PS,
Tomás Santos e do PAN, André Nunes.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “ Passamos para o ponto três, três e quatro, como é
normal juntamos, que é a apreciação de informação da Câmara, sobre a atividade desta e a
apreciação de informação do Presidente da Câmara sobre a atividade do Município e situação
financeira do mesmo e tem a palavra o Senhor Presidente da Câmara, se faz favor.”

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II.3. Apreciação de informação da Câmara, sobre a atividade desta, nos termos e para efeitos das
alíneas a) e b) do n.º 2 do art.º 25.º do Anexo I à Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro.
(Documento anexo à ata com o número 13)
II.4. Apreciação de informação do Presidente da Câmara, sobre a atividade do município e
situação financeira do mesmo, nos termos e para efeitos da alínea c) do n.º 2 do art.º 25.º do
Anexo I à Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro.
(Documento anexo à ata com o número 14)
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Relativamente à informação da Câmara, estou
disponível para responder a questões que os eleitos entendam, já sobre a situação financeira, de
facto, a Covid tem empatado de forma negativa a nossa capacidade receita, como seria de esperar,
e na verdade aquilo que dissemos no início da crise, estimámos um impacto de quebra de receita
de menos de 13,6 milhões de euros, neste momento estamos com, digamos assim, uma quebra de
dez milhões e meio de euros, é de facto um valor significativo, portanto, a Câmara neste momento
está em piores condições que estava há um ano atrás, isso é evidente, no entanto, claro, a posição
em que estamos, é continuar, a apoiar a população, quer com redução de taxas e subvenção, como
tem acontecido, quer com mais apoios como estamos a fazer neste momento, por exemplo, na
área da saúde estamos a montar uma resposta dos centros de saúde do concelho para a Covid,
neste momento, junto ao complexo de atletismo [impercetível] entre muitas outras iniciativas de
apoio que estamos a desenvolver, mas, no entanto, dar nota que de facto em termos financeiros a
situação neste momento, portanto, tende a degradar-se com um acumulado neste ano já de dez
milhões e meio.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Obrigado, Senhor Presidente da Câmara. Portanto,
intervenções nestes dois pontos, quem é que pretende intervir, primeira ronda. Peço para se
inscreverem, para termos já um conjunto de intervenções. Mais inscrições. Bom. Então temos três
inscrições, primeiro André Nunes, se faz favor.
André Nunes, do PAN disse: “Senhor Presidente da Câmara, cinco questões, a primeira,
[impercetível] ambientais, em tempos foi anunciado de que haveria estudos sobre passivos
ambientais no concelho e recordo do poço do Talaminho, do areeiro J. Caetano, era importante
perceber em que ponto é que está essa situação. Uma segunda questão, relativamente ao descarte
indevido de resíduos na via pública, um pouco por todo o concelho estão-se a repetir situações de
descarte ilegal em zonas muito cirúrgicas, recordo-me Fernão Ferro, junto à Quinta da Lobateira,
na Marisol, também na Verdizela, o que lhe gostava de perguntar era, nós PAN temos defendido a
instalação de pontos de recolha em locais estratégicos do concelho, se há ou não há, abertura por
parte da Câmara Municipal para equacionar essa solução. Relativamente à poluição na baía do
Seixal, é um assunto já recorrente e aparentemente sem fim à vista, a troca de acusações entre a
Câmara Municipal e a SIMARSUL tem relegado para segundo plano aquilo que devia ser o foco
principal que era a baía do Seixal e a fauna que nela existe, nós temos defendido a aquisição de

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guias telescópicas para evitar ligações clandestinas à rede de águas residuais e, em relação às
estações elevatórias, fruto daquilo que foi uma visita que fizemos à Associação do Porto da
Raposa, temos defendido a necessidade de haver campanhas de sensibilização sobre o descarte
indevido de resíduos que uma vez na rede, obrigam as estações elevatórias a parar, e, portanto, o
que queremos perguntar é o que tenciona fazer a Câmara em relação a estas questões.
Relativamente ao ruído na zona industrial da aldeia de Paio Pires, queria saber quando é que foi
feita a última mediação e quais as conclusões a que se chegou. E, por último, sobre aquilo que é a
crise sanitária que estamos a viver e por arrasto a crise económica e social, se está algo pensado,
algum apoio direto ao pequeno comércio e aos sectores mais fustigados pelas medidas de
confinamento, nomeadamente, o setor da restauração e da cultura, nós temos defendido a criação
de um apoio municipal extraordinário, queríamos perceber se há ou não há abertura por parte da
Câmara Municipal para garantir esses mesmos, essas mesmas respostas, e se sim, quais. E para já
são estas as perguntas.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Tem a palavra o Luís Pedro Gonçalves, se faz favor.”
Luís Pedro Gonçalves, do PS disse:” Ora então, boa noite queria incidir sobre três temáticas, a
primeira tem que ver com o CROACS, eu gostava de saber qual é a atual atuação do nosso CROACS,
depois gostava de saber o que é que é dito a alguém quando atingirmos a lotação, o que é que é
dito a alguém que tem um animal, que já não tem condições e quer deixá-lo, o que é que é dito a
essa pessoa. E em terceiro lugar gostava de saber se a Câmara no seu [impercetível] ou nos seus
serviços veterinários, disponibiliza algum tipo de serviços aos donos de animais, nomeadamente,
por exemplo, valores mais baixos. O segundo ponto que gostava de saber tem que ver com o
número de pontos de carregamento de veículos elétricos, eu gostava de saber quantos postos de
carregamento de veículos elétricos é que nós temos no nosso concelho e chegando ao final deste
mandato quantos serão os pontos de carregamento elétricos que estimamos ter. Terceiro ponto,
tem que ver com propaganda e publicidade, quando nós temos uma equipa privada, um
comerciante, que quer publicitar o seu negócio, ele paga seja outdoor, seja Mupis, seja o que for,
eu gostaria de saber se for um partido a colocar numa parede o seu slogan, isto
independentemente dos grafitis que são feitos por indivíduos, se for uma organização partidária a
pintar numa parede o seu slogan ou a sua palavra de ordem ou apenas o seu símbolo, qual é a
posição da Câmara relativamente a esta concessão de espaço público. E é isto, obrigado”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Tem a palavra António Santos, se faz favor. António
Santos.”
António Santos, Presidente da União de Freguesias disse: “Muito boa noite para todos, muito
obrigado, Senhor Presidente. Tenho aqui também uma questão para colocar ao Senhor Presidente
da Câmara, recentemente assistimos à supressão das carreiras fluviais Seixal – Lisboa, em virtude
da necessidade de realização de obras, escolheu-se o pior momento possível para as mesmas
serem realizadas, já deveriam ter sido feito antes, não sei se poderiam ser feitas depois, agora este
realmente será o pior momento possível. Não houve nenhuma previsão da parte do Ministério do
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ambiente a nível de localização ou da possibilidade de arranjar uma alternativa de funcionamento
das carreiras, dos barcos, e isso seria eventualmente possível, os autocarros que estão de facto a
servir como possível alternativa saem constantemente vazios como já era previsível da estação
fluvial, o que leva também a que as duas mil e quinhentas, três mil pessoas que diariamente
utilizavam os barcos para Lisboa se dirijam para os comboios, acabando por na hora de ponta lotar
os já lotadíssimos comboios da Fertagus para Lisboa. Mas a questão objetiva que eu queria colocar
era outra, é um receio que eu tenho no próprio atraso das obras, das obras a realizar, eu gostaria,
se o Senhor Presidente soubesse, se me pudesse esclarecer, se existe algum problema, algum
problema, algum litígio entre a Transtejo e o Ministério da Cultura, e volto a referir, mesmo
Ministério da Cultura, gostaria se o Senhor Presidente tivesse alguma informação que nos pudesse
realmente transmitir. Muito obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Tem a palavra o Rui Belchior, se faz favor.
Rui Belchior, do PSD disse: “Muito obrigado, Senhor Presidente. Olhe as minhas questões são três
ou quatro e predem-se todas com trabalhadores. É oportuno na medida em que o Senhor
Presidente da Câmara, tenho reparado nos últimos tempos, tem adotado um discurso de opção de
classe em nome dos trabalhadores, etc. e eu tenho aqui várias questões exatamente respeitantes a
trabalhadores. E a primeira questão é, se tendo em conta o quadro pandémico, o Senhor
Presidente, está a aplicar ou o seu executivo está a aplicar ou não o desfasamento de horários nos
horários dos trabalhadores da Câmara. Essa é a primeira questão. A segunda, a segunda questão
que já lhe tinha feito na Comissão, mas considero que a resposta, além de lacónica, não respondeu
à pergunta e, portanto, vou voltar a perguntar, porque razão é que há trabalhadores,
reconhecidamente há trabalhadores, que na Câmara, e são vários, com atestado médico de risco,
não, ou melhor, é-lhe recusada a possibilidade de ir para casa em teletrabalho, sendo este regime,
neste momento, obrigatório no quadro da lei quando não houver alternativa. Pergunto se não há
alternativa ou se a resposta que me tinha dado era que não preenchiam os requisitos, gostava de
saber que requisitos é que têm de ser preenchidos, quando estamos face a um atestado médico de
risco, portanto, perguntava-lhe que outros requisitos têm de ser preenchidos. Depois, uma terceira
questão, quantos trabalhadores da Câmara pediram transferência para outros Municípios no
decurso do último ano. E, finalmente, uma última questão, quero também perguntar ao Senhor
Presidente da Câmara muito objetivamente, porque razão, e este é um trabalhador em específico,
tem nome, e é bem conhecido da generalidade das pessoas, chama-se Luís Pedro, pediu uma
licença sem vencimento, licença prolongada, sem vencimento, em dois mil e treze, e pede para
regressar ao serviço desde trinta de setembro de dois mil e quinze, portanto, já mandou seis
comunicações e foi sempre, a resposta que foi obtendo nas primeiras é que não era oportuno o
seu reingresso e nas últimas nem sequer lhe responderam. Portanto, e eu gostava de saber qual é
a situação deste trabalhador e se este, já agora, se este é que é a forma e é que é, portanto, a
consideração de classe ou conceito de consideração de classe que o Senhor Presidente tem
quando não se responde sequer a um trabalhador que está fora, no estrangeiro, e precisa de

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regressar ao seu país e ao seu trabalho. Muito obrigado. “
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Tem a palavra, Custódio Carvalho, se faz favor.”
Custódio Carvalho, da CDU disse: “Boa noite a todos. Portanto, nós, no passado, já tínhamos várias
vezes feito esta questão, a questão da falta de funcionários nas escolas do primeiro ciclo, portanto,
tendo chegado a nós novas várias informações da falta de trabalhadores nas escolas do concelho,
mais uma vez, e face a este panorama, face ao panorama de pandemia, portanto, qual é o
panorama no concelho nesta matéria, portanto, em termos da falta de trabalhadores. Obrigada.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Tem a palavra Almira Santos, se faz favor.”
Almira Santos , da CDU disse: “Boa noite a todos. Portanto, com a segunda vaga da pandemia tem
sido notória o trabalho da autarquia na área cultural e social. O que eu queria perguntar é que
projeto merecem destaque. Obrigada.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Obrigado. Segunda ronda de intervenções, eu peço
que façam as inscrições agora, está bem? Ora, já estamos na segunda ronda, quem é que pretende
intervir? Se não há mais pedidos de intervenção, Senhor Samuel Cruz inscrito, mais inscrições.
Vítor Cavalinhos, João Rebelo, mais. Fechamos assim? Confirma-se? Bom, confirma-se, então
fechamos assim, é isso? Ora muito bem, então tem a palavra Samuel Cruz, se faz favor. Samuel
Cruz.”
Samuel Cruz, do PS disse: “Sim, Presidente, são duas breves perguntas. A primeira é até é mais
pessoal, eu vi que há um problema de limpar os [impercetível] e eu gostava de saber como é que
me inscrevia para limpar aqui a parede de casa, que está a precisar. Essa é uma. A outra, é a mais
importante, sem dúvida, quais são os horários previstos e pediram-me justamente para esclarecer
esta questão, parece que há uma confusão nos comerciantes do concelho, quais são os horários
previstos de fim de semana, agora durante este estado que vivemos. Disse.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “ Vítor Cavalinhos, se faz favor. Vítor.”
Vítor Cavalinhos, do BE disse: “Duas questões. A primeira delas é sobre a Escola Básica Paio Pires,
como é de conhecimento, é do nosso conhecimento e também será da Câmara, portanto, a escola
desde início, esta escola desde o início do ano que não tem internet, e os professores que lá
trabalham têm que pagar e trazer a própria net para poderem dar aulas quando elas tiverem esse
enquadramento. A outra questão relacionada com esta escola, é quando é que pretende a Câmara,
quando pensa a Câmara, terminar as obras do jardim de infância. Ainda relacionado com este
assunto, a Câmara tinha assumido ou assumiu o compromisso de ter a remodelação da escola
pronta em fevereiro, feita com trabalhadores municipais, ora o orçamento que nós vamos votar, o
orçamento de 2021 tem inscrita a verba de cinquenta mil euros, sobre para remodelação desta
escola e depois trezentos e cinquenta mil euros em dois mil e vinte e três e quinhentos mil euros
para dois mil e vinte e três. A questão é como é que sendo este o quadro, qual é a resposta que a
Câmara tem para dar à Assembleia Municipal sobre esta remodelação urgente, portanto, o fim da
remodelação urgente desta escola. A outra questão é sobre a questão do teletrabalho, portanto, a
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Câmara, que a Câmara não está a praticar o desfasamento de horários, segundo informações que
nós temos, não estará, mas se estiver o Senhor Presidente que procure esclarecer. E outra questão
é que de acordo com o novo regime do estado de emergência, esse regime obriga as autarquias,
nomeadamente, as autarquias a porém em prática o sistema de teletrabalho, a questão concreta é
como é que pensa a Câmara pôr em prática esta determinação. Era só.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “João Rebelo.”
João Rebelo, do CDS disse: “Obrigado, Senhor Presidente. Eu tenho, houve duas perguntas que
foram colocadas e que já foram ao encontro com o que queria, com algumas dúvidas que eu tinha,
mas eu volto aqui a fazer uma pergunta que coloquei há coisa de dois meses atrás e que o Senhor
Presidente da Câmara respondeu-me que de facto estava muito preocupado com esse facto e que
teria números mais claros a dizer mais perto do fim deste ano, e tem a ver com o impacto muito
negativo, que esta pandemia está a ter na economia e obviamente também está a ter nas próprias
receitas da Câmara, e esse é um fator que quando o orçamento foi aprovado no ano passado, não
estava nas previsões de ninguém. A pergunta que eu queria deixar é, estando já no final do mês de
novembro, se já temos alguma ideia de tudo o que ficou por fazer em termos de investimentos,
por causa desta quebra de receita orçamental, mas também por causa dos próprios
constrangimentos que a própria pandemia provoca no processo adjudicatório, no início de obras,
no início de investimentos, o que é que ficou para trás, resultante desta mesma situação
pandémica. Muito obrigado, Senhor Presidente.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Obrigado. Bom terminado o período de
intervenções, tem a palavra o Senhor Presidente da Câmara, se faz favor, Senhor Presidente.”
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Obrigado, Senhor Presidente, eu ia pedir aos Senhores
Vereadores, que foram visados nas intervenções, que me pudessem apoiar aqui nas respostas,
desde logo Vereadora Maria João Macau quanto às matérias relacionadas com a falta de
funcionários nas escolas do concelho e a questão da internet na Escola de Paio e Pires. Pedia ao
Vereador Joaquim Tavares que pudesse responder às matérias relacionadas com a parte do
saneamento e do tratamento das águas, e, ainda, relativamente às questões dos resíduos sólidos
urbanos e o canil municipal. E, por fim, Vereadora Manuela Calado, a questão relacionada com,
neste momento, com o Covid e a pandemia, os projetos na área da cultura e na área social. Depois
responderei às outras questões.”
Vereadora Maria João Macau, disse: “Então boa noite a todos. Eu vou então começar exatamente
sobre aquela questão relacionada com os trabalhadores das escolas, dizer que nós temos vindo a
acompanhar junto do conselho de ministros municipal de educação e com os diretores dos
agrupamentos de escolas, escolas secundárias, uma necessidade que está realmente identificada
há vários anos, contudo, ainda por resolver. Nós temos realmente nas nossas escolas do concelho
uma falta de pessoal auxiliar e assim como pessoal assistente técnico. É evidente que com esta
situação do Covid, com a abertura do novo ano letivo, [impercetível], tendo em conta os ratios que
estão, portanto, na legislação nem sequer são cumpridos porque de facto há um conjunto de
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trabalhadores que estão há muito tempo, portanto, em situações de baixa, não estão, estão a
contar para o número, para o compute do ratio, mas que há muito que não vão à escola. Por outro
lado, também muitas pessoas que se vão aposentando e o sentir o que as escolas nos
transmitiram, é que mesmo numa situação pandémica quanto esta, para além da alteração do
número de alunos por turma, que não se registou para este ano letivo, assim como a questão de
não ter havido um ratio suficiente para a abertura de muitas das valências, tem as escolas que
estão a fechar alguns dos blocos. Portanto, desde o início do ano letivo aconteceu isso, assim como
também no primeiro ciclo. O que significa que a nível de admissão de AOs e ATs começaram pois a
decorrer alguns processos concursais já depois do ano letivo ter iniciado e que são processos que
têm sido os agrupamentos a recorrer a um conjunto de auxiliares operacionais com um conjunto
de horas e, portanto, com meios tempos, não estão a ser colmatadas as bolsas de recrutamento
todas, porque também não têm indicação de que o poderão fazer. Eu tenho neste momento a
escola secundária da Amora, que na altura, quando fizemos este conselho municipal, não foi há
muito tempo, portanto, tinha doze funcionários em falta e estavam realmente para contratar
quatro funcionários a meio tempo, a tempo parcial e, portanto, são tudo contratos, portanto, que
vão só até ao dia nove de junho e não se sabe exatamente em que situações é que se consegue
abrir as várias valências, quer de bar, de biblioteca, etc. Também o ensino noturno nesta escola
não funcionou desde o início do ano letivo. Teve uma falta de pessoal a nível de funcionários que
não permitiu, portanto, que o ensino noturno pudesse ter iniciado e, portanto, só veio a conseguir
esta semana. Isto significa que está a haver um conjunto de procedimentos para recrutar AOs para
reforçar o quadro de, as necessidades das escolas, mas são tudo contratos precários e que de
meios tempos e que alguns deles ainda nem sequer estão concluídos em termos de procedimento
concursal, para aqueles que são de tempo inteiro. Portanto, aquilo que nós ao longo de vários anos
temos vindo a reivindicar junto do Ministério da Educação, eu também própria fiz chegar isto ao
Senhor Diretor Regional, é que há um défice muito grande ao nível do funcionamento regular da
atividade e que importa olhar para aqueles ratios e fazer uma alteração, ao nível da Portaria. Por
outro lado, uma das questões que para nós também nos preocupa, porque estamos a falar de
escola pública, é que muitos dos agrupamentos, estiveram na expetativa de que as crianças com
necessidades educativas especiais teriam deferimento da parte do Ministério da Educação para
poderem ter o acompanhamento a nível do pessoal auxiliar e isso não aconteceu de facto. Dos
sete pedidos, por exemplo, de que foram apresentados por parte dos agrupamentos, dizer que só
dois é que foram deferidos, cinco não terão o acompanhamento da parte de apoios que são
importantes do ponto de vista da escola inclusiva e de uma escola para todos. Portanto, tem sido
realmente difícil trabalhar numa situação destas, o que nós temos vindo a fazer é colocar também
junto do Ministério esta necessidade de poder-se dar aqui um sinal, sobretudo a nível das crianças,
nomeadamente, até do pré-escolar, porque as crianças com necessidades educativas especiais
também merecem da parte do Ministério essa autorização para que a Câmara possa colocar as
auxiliares e nós temos no ano passado colocámos, sem que tivesse havido ainda o consentimento
do Ministério, para poder fazê-lo, e depois não fomos ressarcidos por parte do Ministério, uma vez
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que colocámos por opção política, mas as escolas estão também elas a reforçar os seus pedidos e a
pedir a reavaliação, portanto, dos critérios, porque realmente assim não estamos a ter uma escola
inclusiva, uma escola para todos. Dizer, ainda, que a nível do pessoal auxiliar, a faixa etária é
bastante elevada e com esta questão do Covid está a notar-se e a sentir-se cada vez mais uma
ausência dos trabalhadores nas escolas, assim como tem sido também muito preocupante a falta
de docentes a nível das escolas do segundo e terceiro ciclo e secundário, nomeadamente, em
algumas das disciplinas, geografia, informática e o caso da escola secundária da Amora, também
não abriu no noturno porque não tinha professores. Este tema da classe docente nas escolas da
rede pública tem sido muito, muito debatido, quer com o Ministério da Educação, quer mesmo a
nível dos grupos de vereadores da área metropolitana de Lisboa, porque não vale a pena pensar-se
que nós teremos professores para todas as escolas quando não houve uma aposta na formação
dos professores, houve aqui uma, uma desacreditação da classe de docente, e hoje em dia não há
pessoas que queiram ir para este tipo de profissão. Para além disso, chamámos por muitos anos a
atenção do Ministério para esta questão de aposentação de muitos dos docentes e, portanto,
como é que se poderia depois substituir estes docentes, uma vez que estão há muitos anos nas
escolas e sabemos que muitos vão sair, portanto, quando estes professores saírem dentro de mais
dois, três anos, não haverá professores para as escolas da rede pública, a nível do ensino
secundário, nem do segundo e terceiro ciclos. Quanto à questão da escola básica de Paio Pires, e
sobre a questão da internet, eu tenho a dizer que nós estamos a fazer um investimento, um
procedimento, para onze escolas da rede pública do primeiro ciclo, mas vamos fazê-lo, portanto,
de forma faseada, e esta primeira fase tem já onze escolas integradas no procedimento. Contudo,
todas as escolas têm um ponto de internet, nomeadamente, a nível da biblioteca e alguns deles
até em outras salas de aula. Portanto, dizer que este processo está neste momento em curso e que
cremos que no ano de 2021, portanto, todas as escolas estejam cobertas, em todas as salas,
portanto, com a internet. Para além disso, fizemos, já agora, também, uma dotação importante, do
ponto de vista da informática, dos computadores e agora também ainda com mais umas webcams
e isto vai poder ajudar, portanto, nas escolas, naqueles que não possam ter aulas presenciais. Em
relação às obras do jardim de infância de Paio Pires, eu queria apenas também informar que,
portanto, estamos a prever, portanto, o início de obras, uma vez que já cessou, portanto, o
contrato com a aquela empresa e está também em golpe 2021 a abertura deste concurso para o
primeiro ciclo e, portanto, para o novo edifício, para a requalificação do edifício da EB Paio Pires,
que era para ter sido feito e que não foi possível, como os Senhores sabem e como já foi aqui
informado, por diversas ocasiões. Muito obrigada, Senhor Presidente.”
Vereador Joaquim Tavares, disse: “Muito boa noite a todos, então, Senhor Presidente de acordo
com aquilo que tinha sido solicitado, desde logo, dar nota sobre as descargas da baía e aquilo que
são as notícias ou a tentativa de notícias que se fazem sobre matéria. Portanto, o que tem
acontecido é que tem havido uma redução daquilo que são as descargas originárias da SIMARSUL e
isso resulta das ações coletivas que têm vindo a ser feitas, mas está marcada a atenção de todos
por excessivas descargas que aconteceram durante o ano passado e também durante este ano, é
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um problema que temos vindo a acompanhar com a empresa, que carece de investimentos, carece
também da parte do Governo de libertar as autorizações para a entrada dos trabalhadores que
ainda estão em falta e de recuperar daquilo que foi um período médio, em que houve uma cessão
da empresa que levou a um abandono da manutenção dos seus equipamentos. No que diz
respeito àquilo que são as redes municipais, procuramos conservá-las e encontrar aquilo que são
ligações, ligações indevidas a linhas de água, e sempre que o encontramos, tratamos de as
resolver, e, portanto, não há, em nosso entender, nenhuma situação de descarga em permanência
para a baía, podem haver coisas pontuais, que procuramos sempre dar a melhor resposta, aliás,
como é do conhecimento da Assembleia Municipal e da população em geral, nós comprámos
equipamento que custou trezentos e cinquenta mil euros, precisamente para fazermos uma
melhor manutenção das nossas redes de efluentes domésticos. Relativamente às questões de
utilização ilegal de resíduos, dar nota que existe um centro de, existe um ecocentro, na freguesia
de Corroios, foi aquilo que foi construído no quadro da conceção e existe um trabalho que a
Câmara tem vindo a fazer, desde logo com candidaturas aos fundos comunitários, para a
construção de centros de [impercetível], que não foram contempladas, qualquer forma
desenvolvemos o projeto, estamos à espera de um estudo geotécnico, para no início do anos
podermos lançar um concurso para a construção de um centro de deposição de resíduos de
resíduos, em Fernão Ferro. Em Fernão Ferro é das freguesias mais afetadas por essa situação ilegal,
e, portanto, é o local ideal para iniciarmos a construção deste tipo de equipamentos. Esta situação
da AMARSUL, esta situação da deposição de resíduos também está associada na malha urbana
aquilo que é a atividade da AMARSUL, desde logo a AMARSUL hoje é o resultado das opções do
PSD e CDS, na altura em que caminharam para entregar a empresa a privados, mas também da
falta de coragem do Partido Socialista, porque poderia ter posto fim a este negócio e não o fez, e o
resultado é um mau serviço e não é mais notado porque há uma expressiva atuação da autarquia
a retirar expressão a esse abandono da recolha da envolvente dos contentores e dos contentores
sobrecarregados, mas mais grave são as questões dos odores no aterro sanitário da montanha e da
perspetiva que está criada de ocupar as áreas entre células, aliás, tenho muita curiosidade em ver
quem vai legitimar essa situação, porque não tem sentido fazê-lo e também as questões do ruído e
das gaivotas, a somar aos seis milhões que retiraram daquilo que eram os resultados transitados
da empresa, para benefício da própria entidade gestora, neste caso a empresa privada. Enfim, os
resultados da privatização não foram maus, são péssimos. Relativamente ao [impercetível], para
além daquilo que já hoje foi falado pelo Senhor Presidente e do projeto que também os seus
eleitos conhecem, no atual, nas atuais instalações, neste momento, temos à volta de cento e dez
gatos e vinte e poucos cães, vinte e poucos gatos e cento e dez cães. E, portanto, estamos com a
lotação esgotada, isto é uma situação recorrente, sendo que, quase todos os dias saem e entram
novos animais. E sobre as questões colocadas, penso que é tudo, Senhor Presidente.”
Vereadora Manuela Calado, disse: “boa noite a todos, então das questões colocadas, sobre a área
da cultura e do social, referir que na área da cultura, dizer que no município do Seixal a cultura não
esteve parada e face a esta situação que os agentes culturais [impercetível] e todos aqueles que da
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cultura vivem, portanto, o [impercetível] deu aqui algum contributo para minimizar também
alguns, esta situação tão difícil, estes atores e agentes da cultura atravessam. Foi com, desde a
pandemia, portanto, desde março, abril, com as comemorações de abril, com abril à janela,
passamos pelas festas populares e já em julho, agosto, realizámos, portanto, o verão na fidalga,
portanto, com a reabertura das atividades na quinta da fidalga, com concertos de música, cinema
ao ar livre, e que tiveram uma grande adesão da população. Em setembro realizámos o projeto
desconcentra, artes contemporâneas de rua, portanto, um projeto que foi todo ele pensado para
esta fase de pandemia em que os agentes culturais, portanto, aproveitando os espaços públicos
que existem no concelho, trazer para esses mesmos espaços, outro tipo de atividades, que foram
desde o teatro, a arte circense, que se realizou em diferentes áreas do concelho e que, portanto,
foi bastante demonstrativo de que muitos dos projetos que estavam pensados e que foram
reagendados para dois mil e vinte e um, pudessem também serem repensados e aplicados depois
também de outro modo e trazendo às pessoas uma nova, também a possibilidade de irem para a
rua, para os espaços e aproveitarem também aquilo que lhes é oferecido. Foi também retomada a
programação no âmbito da oficina de artes Manuel Cargaleiro e também da própria quinta da
fidalga, onde esteve também já incluído o projeto “Este Verão na Fidalga”. Em outubro, reabrindo o
armazém cinquenta e seis, já com os candidatos e, portanto, já tudo o que lhes foi permitido
realizarem as suas atividades. Foi também retomada a programação regular dos auditórios
municipais, com alguns concertos. A realização do Festival Internacional do Seixal, que este ano
teve, dedicou-se exclusivamente à programação portuguesa, portanto, um [impercetível]
considerando toda esta situação pandémica teve uma grande adesão por parte do público, com
todas as sessões cheias, e, portanto, também foi aqui um momento alto da nossa programação e
também desta atividade que já vem no seu, foi, portanto, realizada há mais de vinte anos no seu
[impercetível], no, há vinte de anos a esta parte. Depois retomada a programação também do
teatro da terra, o teatro residente que também teve a possibilidade de participar no projeto
desconcentra, portanto, apelando também à cena no teatro São Vicente, outras peças de teatro. O
festival teatro no auditório que está a decorrer neste momento, não só no auditório, mas também
em diferentes áreas, em diferentes espaços de movimento associativo do concelho. E, para além
disso, para além dessas atividades, também construímos e apresentámos uma proposta de
candidatura à área metropolitana de Lisboa, integrada na programação em rede e que foi
aprovada e que no dia vinte e sete de novembro, portanto, vamos apresentar o primeiro
espetáculo, portanto, dessa programação. Ainda no âmbito dos serviços educativos da cultura,
continuamos a manter as ofertas dos projetos educativos a “Seixal vai à escola” e “Aprender o
teatro”, portanto, com participação de algumas escolas nos diferentes níveis de ensino. Também a
reabertura dos equipamentos culturais, a biblioteca municipal, o Ecomuseu, dá-se continuidade
aos projetos educativos com as escolas, aquelas que o pretendem. Estamos a realizar a estação, a
estação do livro, também com grande adesão por parte das escolas do concelho e também
integrada no aniversário do Fórum Cultural do Seixal, que termina este ano, em dois mil e vinte. E
abrimos desde setembro, reabrimos desde setembro, as exposições nas Galerias Municipais, do
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nosso concelho. Para além disso, a nível do movimento associativo cultural, portanto, para além
daquilo das verbas, dos apoios que foram atribuídos, também previstos, também foram realizados
e atribuídos um conjunto de apoios a nível financeiro para a manutenção e requalificação das
sedes, e estamos também neste momento a desenvolver os procedimentos para o
desenvolvimento, para o inerentes ao desenvolvimento do projeto Centro Internacional de
Medalha Contemporânea, com o objetivo de abrir em abril de dois mil e vinte e um. Portanto, na
área da cultura, contribuímos, portanto, com um conjunto de iniciativas bastante, bastante grande,
com uma adesão do público também muito elevada. No que diz respeito ao social, para além
daquilo que, dos projetos que dinamizámos, e que, e, portanto, que apoiámos, desde fevereiro a
esta parte, quer seja na elaboração do plano, do plano de contingência, com as nossas, o plano de
emergência social, portanto, que prestava apoio às diferentes entidades com a criação da linha
cento e cinco ou reforço da linha cento e cinco, a linha de apoio psicológico, portanto, um conjunto
de apoios que foram dados e que, portanto, vieram também contribuir para a, prestar uma maior
ajuda àqueles que mais necessitavam. Para além destas, deste trabalho, que foi desenvolvido,
também paralelamente continuámos a trabalhar com as instituições, a programação que estava
prevista, projetos que estavam previstos ser desenvolvidos, tiveram que ser reagendados e outros
tiveram que ser readaptados a esta nova situação. Dizer que, portanto, alguns deles, em julho,
portanto, reiniciaram-se como o mês do idoso que teve também aqui alguma adesão, dentro
daquilo que foi o expetável e daquilo que foi possível, uma adesão também de algumas
instituições, com o programa teclar, a idade mais e agora temos um novo projeto que, portanto,
tendo integrado neste programa, também é desenvolver com as escolas e com as associações de
reformados. O apoio à infância também continua a ser dado e o apoio também aos projetos que
estas instituições desenvolvem, quer na área do desporto, quer também na área das boas práticas,
tanto que as instituições desenvolvem com a população em geral. Outros projetos que temos
vindo a desenvolver e que vão dar continuidade em dois mil e vinte e um, portanto, a continuidade
do apoio, da linha de apoio social, até que seja mesmo necessário, os projetos da idade mais,
como desdramatizar, a tele assistência e atividades inter-geracionais, como eu já fiz referência,
com as associações de reformados e com as escolas, também estamos a desenvolver, a dar
continuidade, portanto, em parceria, aos projetos da infância, e a intervenção social, que também
estamos agora a acompanhar com as candidaturas aos bairros saudáveis e também as
candidaturas das instituições ao programa PARES. Portanto, depois de termos projetos para
comunidades específicas, como o projeto EMPODERAR, o Plano Municipal de Integração das
Comunidades Imigrantes, o projeto de diálogo diversos com todos. Portanto, um conjunto de
iniciativas e de projetos muitos deles que têm vindo a ser implementados há já algum tempo e
que, face a esta... Toda esta situação, houve necessidade de reprogramar com as próprias
instituições, portanto, a pedido das próprias instituições, para que não deixassem de ser
reorganizados. Estamos a fazer alguns webinars, workshops por videoconferência e, portanto,
também para manter aqui a ligação entre os nossos projetos, que eram dinamizados pela, pela,
pela, pelas nossas, portanto, pela Divisão de Ação Social, em parceria com as instituições e que,
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portanto, estamos em crer que em 2021, portanto, iremos dar continuidade, provavelmente
retomando as características iniciais de alguns deles. Anda referente a outro projeto que também
já temos no presente, que é o Limpa Tetos, eu diria, portanto, para dar resposta ao vereador… ao
eleito Samuel, portanto, na página da Câmara, na página da Câmara Municipal está lá a informação
necessária, portanto, para se candidatarem a este, a este, a este programa e está o regulamento e
está o email para aonde… para o qual se deve, deve fazer a sua candidatura. Portanto, é um
programa à semelhança do que já temos para o Reabilite o seu Prédio, com características
diferentes, é claro. Mas pronto, também de bastante fácil acesso e que, portanto, também irá
permitir a quem se candidata receber um kit, e com esse kit poder também fazer a limpeza dos
tetos e dar aqui…. Permitir que o espaço público também se torne mais, mais agradável, visto que
daquilo que já fizemos e de, e do que já fizemos, portanto, tem sido bastante aceitável.”
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Obrigado. Obrigado, Vereadora. Também, agora de
forma também sucinta, outras questões colocadas pelos seus eleitos. O estudo sobre os solos
contaminados, esses estudos competiam à Agência Portuguesa do Ambiente fazer. Levámos à
última reunião de Câmara Municipal um protocolo onde a Câmara assume essa responsabilidade,
através de uma candidatura ao POSEUR, onde seremos ressarcidos, esperemos, de uma parte dos
custos que importam no trabalho de nova caracterização dos solos contaminados no Município do
Seixal. Depois também sobre as questões do ruído, mantêm-se as conclusões do nosso estudo que
fizemos sobre o ruído,não temos outro, para já. E também vamos lançar no próximo, portanto,
neste domingo, vamos lançar também discussão do Fórum Seixal, Carta da qualidade do ar, vai ser
apresentada pela Universidade de Aveiro. Vamos apresentá-la e colocá-la à discussão pública. Dizer
que em termos daquilo que são os apoios às coletividades, a Câmara e (Impercetível) a senhora
Vereadora acabou agora de referir. De facto, a Câmara não parou, do ponto de vista cultural, entre
outras áreas, continuamos a apoiar os nossos agentes culturais, os espetáculos que foram… Que
tiveram adiamento, portanto, nós contratualizamos o pagamento antecipado de metade desse
espetáculo. E sobre a restauração, para além da isenção que já existe até final do ano, de várias
taxas relacionadas com a ocupação de espaço público, mesmo publicidade, estamos agora com um
novo, com um projeto de promoção da restauração que é o Tour do Pitéu, que vai começar agora,
e que visa, de facto, dar, pronto, uma nova, Um novo alento às nossas PMEs da área da
restauração. Depois sobre os postos carregamento eléctricos, já existem, a Câmara já tem 3.
Aguardam a ligação da EDP. De facto, esta empresa continua a não prestar os serviços que devia e
no tempo devido. Mas para além desses, já existem várias superfícies comerciais, quer postos de
combustível, quer outro tipo de atividades, que já dispõem destes equipamentos, e a Câmara
também aprovou na última reunião uma hasta pública para a colocação de 20 lugares no concelho,
20 lugares com acesso a carregamento elétrico no espaço público. Sobre os slogans dos partidos,
aqui uma vez mais, a democracia e a revolução de abril permitem-nos que possamos expressar-nos
livremente. Também nas paredes dos territórios. E, por isso, digamos assim, essa, essa mensagem
está, portanto, defendida pela Constituição e não compete aos Municípios intervir sobre a
questão, a não ser do ponto de vista da sensibilização que poderá existir. Sobre o cais da Transtejo,
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de facto, verificou-se uma vez mais que o problema se prende, efetivamente, com a falta de
planeamento e a falta de sensibilidade relativamente a um serviço que é essencial à população do
concelho e que este Governo do PS demonstrou uma vez mais, não só a falta de respeito pelas
pessoas, falta de respeito pela Câmara e falta de respeito também pelos outros membros do
Governo, nomeadamente, nas questões relacionadas com o património. É porque, de facto, os
senhores eleitos do PS, muitas vezes questionam-nos sobre questões relacionadas com os
trabalhos arqueológicos, e desta vez é o próprio Governo do PS que não respeita as matérias
relacionadas com o acompanhamento arqueológico, e que recebeu uma reprimenda da DGPC, da
Direção Geral de Património… De Cultura e Património, que alertou para que esta obra não está a
cumprir aquilo que são as leis de acordo com estas questões. Esperemos que isto não atrase mais
a obra e esperemos que esta obra se faça no mais curto espaço de tempo, visto que a Câmara
apresentou uma solução a 29 de outubro, hoje é 25 de novembro, passou quase um mês e o
senhor Ministro está muito calado relativamente à nossa proposta. Não atende o telemóvel, o
senhor Ministro, infelizmente, ao presidente da Câmara, para poder ter a solução que nós
precisávamos. Depois sobre os horários na Câmara Municipal e os desfasamentos. Nós temos mais
de 93% dos nossos trabalhadores em sistemas de horários desfasados. Ou em turnos ou em
horários flexíveis. Por isso, a nossa organização está bem-adaptada à nova realidade da COVID, e
temos também vários trabalhadores em teletrabalho. O senhor eleito perguntou-me o que é que é
preciso, eu diria, leia a lei e a Resolução de Conselho de Ministros 92A/2020 e está lá expresso
como é que se tem acesso ao teletrabalho. Todas as pessoas que tenham, que cumpram os
requisitos legais têm acesso, naturalmente, ao teletrabalho. Depois sobre os trabalhadores que
querem sair, todos os que querem sair, com certeza, se assim o entendermos, poderão fazer
através de mobilidade. Mas notei que, afinal, querem é regressar. Porque o senhor eleito
perguntou-me um trabalhador quer regressar, portanto, entre muitos outros que querem, querem
regressar, nem sempre temos condições para acolher todos. Veremos, não sei qual o caso em
concreto, mas veremos, veremos todos os casos, e serão analisados, com certeza, pelo nosso
Departamento de Recursos Humanos. Depois ainda sobre a questão dos horários no fim-de-
semana. De facto, é curioso que o próprio eleito do Partido Socialista está a perguntar ao
Presidente da Câmara, portanto, qual é que é a situação no concelho, porque isto é tão confuso
que nem os próprios eleitos da Assembleia Municipal e do Partido Socialista percebem aquilo que
o Governo dispõe. Bom, então vamos tentar ajudar. A resolução de Conselho de Ministros de 21 de
novembro colocou-nos num risco muito elevado, e diria de forma errada, essa é a primeira.
Porque, de facto, o concelho do Seixal neste momento tem 382 infetados por 100.000 habitantes.
Ou seja, não estamos no risco muito elevado, estamos no, portanto, no risco elevado. No entanto,
isso coloca-nos como, mas o Governo não quer saber dos números, ao que parece, quer é colocar
os concelhos… uns que nem sequer estavam na lista que saiu, nem sequer existiam. Outros que
têm números inferiores, mas que constam nos números superiores. Já nem vamos discutir isso.
Aqui… Isso já não é relevante, saiu na lei, já não vamos questionar. E, por isso, aquilo que está….
Aquilo que, portanto, dispõe o Presidente, o Presidente de Resolução, o Presidente de Decreto,
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perdão, é que, de facto, nós, portanto, continuamos nos fins-de-semana… Nos fins-de-semana
continuamos com restrições entre, portanto, a parte da tarde e as 5 da manhã, do ponto de vista
do confinamento, e também no próprio funcionamento que temos, portanto, em termos daquilo
que são ss atividades também encerram às 22 horas, excetuando-se a parte, a parte cultural e de
restauração que deve encerrar até às 22:30. Por isso, é mais ou menos idêntico aquilo que já
acontece, acontece hoje. Agora, o que lamentamos é que, de facto , o concelho do Seixal esteja
numa situação de risco inferior, mas coloquem-nos numa situação de risco, de risco superior.
Última questão relativamente aos trabalhos, aos projetos que têm sido adiados, ou algo
semelhante, sobretudo à pandemia. Bom, eu diria aqui que não há, digamos assim, um ou dois
projetos que estejam impactados e que tenham sido adiados por via desta questão. Todos, todos
os projetos. Ou seja, ou por nossa responsabilidade da Câmara que não conseguiu tratar por algum
motivo. Outro porque as empresas, o COVID, nem sempre conseguem ter a resposta agora mais
célere, ou porque falta um documento e a repartição está , portanto, só em atendimento prévio e
só daqui a duas semanas é que coloca o papel, etc. Há um conjunto de, neste momento, de,
digamos assim, de tempos perdidos devido à COVID, que resultam em que os impedimentos ,
portanto, possam, possam, portanto, diferir. Mas, no entanto, temos, temos tido boas, boas
notícias. Esta segunda-feira começou a obra da Loja do Cidadão do concelho do Seixal. Cá está,
conseguimos, portanto, concretizar esse objetivo. A obra, portanto, vai iniciar, iniciou na segunda-
feira e há de concluir no próximo, no próximo ano. Entre, portanto, muitas outras. Eu diria que não
há assim nada de especial que eu possa referir. No entanto, é preciso também dizer que, claro que
a situação financeira, como disse, degradou-se. Estamos a acompanhá-la. Temos soluções para
apresentar aos senhores eleitos da Assembleia Municipal, e da Câmara, claro, relativamente à
manutenção dos elevados níveis de investimento que a Câmara Municipal pretende continuar a
concretizar, para que nada fique para trás, nem os apoios, que são necessários prestar neste
momento, nem os projetos que precisamos de continuar a fazer, nem os investimentos que, de
facto, queremos concretizar. Muito obrigado, senhor presidente.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Senhor Presidente da Câmara, obrigado. Inscrições?
Não há? Terminou…. Terminámos, portanto, este ponto, o 3 e o 4. E passamos para o ponto 5.”
Vítor Cavalinhos, do BE disse: “Senhor presidente, eu pretendia insistir num esclarecimento. Está
bom? Pode ser?”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Sim. Força. Faz favor.”
Vítor Cavalinhos, do BE disse: “Ó senhor presidente, é muito rápido [3:43:00]. E é ainda sobre a
escola de Paio Pires. Porque a Vereadora Manuela (Impercetível) informou que a Câmara está a
prever no início da obra. E a Vereadora disse também todas as escolas… Todas as escolas têm
internet na biblioteca. O problema é que a escola não tem biblioteca, foi transformada numa sala
de pré-escolar. O espaço que até foi reduzido para metade. E foi por o motivo o pré-escolar estaria
pronto em setembro. Com essa promessa, abriram mais duas turmas, ficaram três turmas. Como
só havia uma sala, a outra teve que ir para a biblioteca. Por isso é que não há biblioteca. A outra
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turma foi para a Quinta da Courela. A mim parece-me, e estava... E insisto em mais esclarecimento,
a mim parece-me, parece-nos a nós, isto é uma situação de emergência e acho que precisa de uma
resposta de emergência. Era só e pretendia esclarecimento suplementar, por favor.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Senhor Presidente face ainda a esta questão”
Luís Gonçalves, do PS disse: “Peço desculpa senhor Presidente da Assembleia, já que abrimos este
precedente, eu gostava aqui de lembrar duas coisas. É que eu…”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Bom, então vamos lá, é que não podemos abrir
mais. Só mais este, só mais esse. Vá, diga, diga.”
Luís Gonçalves, do PS disse: “Não, é que…. Tem a ver com as questões que não foram respondidas.
Tinha a ver com a minha questão, relativamente a qual é que é o número de pontos de
carregamento para veículos elétricos no Concelho, atualmente, e no final do mandato qual é que
se prevê que seja? E, adicionalmente, tem a ver com aquela questão que não foi respondida, que
tem a ver com quais é que são, se houver alguns, cuidados prestados pelo CROACS a qualquer
dono de um animal, que leve o seu cãozinho ou o seu gatinho, que o leve até ao CROACS e peça
para fazer um determinado tipo de cuidado médico. Existe algum tipo de serviço que a Câmara…
Que a Câmara faça gratuitamente ou um valor mais baixo daquilo que é o valor de mercado? Ou
nem por isso? Ou não fazemos nada? Obrigado. Era isto.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “pronto, epá, e, portanto, não se colocam mais
questões. Tivemos…. abrimos esses precedentes, digamos assim. Senhor Presidente. Senhor
Presidente da Câmara.”
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Muito bem. Dizer, relativamente à questão de Paio
Pires, da escola de Paio Pires. É conhecido que, de facto, quem cometeu um erro, vamos dizer
assim, cometeu um erro, vamos só ficar por aqui. Foi a Direção do Agrupamento, quando
informada de que a escola não estaria concluída em setembro, porque era visível para todos,
menos para aqueles que não queriam ver, ou que queriam arranjar problemas. Porque a obra só
estava concluída, aliás, só está, neste momento, concluída em cerca de 15%. E isto está igual,
praticamente igual aquilo que estava em maio e ao que estava em março, por isso, naquela altura,
era perfeitamente visível para todos que o jardim de infância não estaria concluído. Aliás, a própria
Câmara informou ao Agrupamento que não era possível abrir no período que estava previsto,
porque o empreiteiro não cumpriu, e, portanto, estamos a tratar. Rescindimos o contrato com a
empresa e estamos a tratar para tomar posse administrativa da obra, que ainda não aconteceu. E
só após isso é que vamos conseguir concluir aquela intervenção. Por isso, o problema foi criado
pelo Agrupamento das Escolas, ao abrir salas de jardim de infância, que não era possível abrir,
porque as obras não estariam concluídas. E, por isso, essa precipitação gerou todo este, todo este,
este problema. Por isso, aquilo que podemos dizer é que neste momento a Câmara está a
trabalhar para que possamos tomar posse administrativa da obra, possamos retomar a obra do
jardim de infância e depois o jardim de infância, então, intervir no plano centenário com o projeto

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de ampliação e requalificação que está previsto. Sobre os serviços do CROACS. Aquilo que nós,
portanto, prestamos serviço é essencialmente a pessoas que queiram, digamos assim, alguns
apoios do ponto de vista de algumas áreas dos animais, designadamente, o caso quando, portanto,
os animais precisam de algumas intervenções mais, mais problemáticas, a Câmara Municipal pode
intervir. Mas, no entanto, digamos assim, essa é uma área que não nos diz diretamente respeito. A
Câmara Municipal o que faz é, portanto, tratar e cuidar daqueles animais que são os animais
errantes, e que nós recolhemos no nosso canil municipal, e colocamos para adoção. Esse é,
digamos assim, o principal foco do nosso trabalho.”
Luís Gonçalves, do PS disse: “Acabou com os postos de carregamento para veículos elétricos.”
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Bem, eu respondi há pouco. Foram vinte, eu disse
vinte. Vinte. São vinte, portanto, lugares de estacionamento com abastecimento de energia
elétrica, que foram colocados a concurso pela Câmara Municipal, na última reunião de Câmara. Se
estivessem com atenção o que eu digo, seria mais fácil”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “O senhor Presidente já tinha dito isso, de facto.
Estamos.... Terminámos, portanto, este ponto de apreciação da informação da Câmara. Já lá
vamos. Sim senhor. E a questão que se coloca, que vos queria colocar, portanto, são 00:25, não é?
Já passa até. Quase 00:30 e, portanto, a questão é se continuamos? Qual é o entendimento em
relação à continuação da sessão? Nós temos agora a apreciação das opções do plano, não é? E a
proposta do orçamento. E, portanto, a esta hora, ou prolongamos a Assembleia, quer dizer, o que
for necessário, não é? Portanto, temos que prolongar a Assembleia pelo tempo suficiente. Ou
então, bom, terminamos aqui e retomamos amanhã. Portanto, gostava de ouvir uma opinião dos
senhores líderes sobre esta matéria. Paulo Silva?”
Paulo Silva, da CDU disse: “ Eu acho que não há condições para… De a gente entrarmos no ponto
seguinte, ora em trabalhos. 00:30 se… De certeza que não vamos conseguir em 15 minutos nem…
Em 45 minutos, quero eu dizer, para irmos até à 1:15, 1:30. Que vai demorar mais tempo a
discutirmos esse ponto. Portanto, penso que…. Acho que o mais aconselhável era suspendermos
agora e continuarmos amanhã.”
Rui Belchior, do PSD disse: “Eu também estou de acordo com o Paulo Silva. Creio que já não há
condições, atendendo à delonga que este ponto com certeza vai merecer. É impossível, só lá para
as 3 e tal, e as pessoas amanhã têm que trabalhar. Também estou de acordo que se adie para
amanhã.
Vítor Cavalinhos, do BE disse: “Eu também estou de acordo que se adie para amanhã. Porque, de
facto, no tempo disponível que temos, vai ser uma discussão… Não vai ser discussão nenhuma, vai
ser uma coisa assim um bocadinho à mata cavalo, e acho que não é uma coisa com pouca
qualidade, portanto, eu acho que devemos continuar amanhã. E acho que se não houver nenhum
membro aqui da Assembleia Municipal, que tenha algum impedimento intransponível, acho que
continuávamos amanhã. É a melhor solução do nosso ponto de vista. Nem há… Não há condições
para outra coisa.”
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André Nunes, do PAN disse: “Eu também concordo com o Paulo”
João Rebelo, do CDS disse: “Pois, eu estou convencido, mais uma vez, sobre estas questões, eu
bem avisei na, na última reunião que devíamos reduzir ao máximo possível os documentos, reparei
que a CDU só apresentou dois, tenho que agradecer isso ao Paulo Silva. Que fez um…. cumpriu o
que disse que ia fazer. Agora a verdade é que nós perdemos três horas com aquele período, perder
não, gastar os três, mais de três horas naquele período, e depois claro, chegamos ao orçamento,
que é a parte mais importante da discussão anual. Gostaria de recordar aqui às pessoas que é a
parte… função mais importante de uma Assembleia Municipal é aprovar o orçamento, que é o que
tem mais impacto na vida das pessoas. E vai ser adiado mais…. adiado não, vai ser passado para
amanhã, mas paciência.”
Carlos Reis, Presidente da Junta de Freguesia de Fernão Ferro, disse: “ Senhor Presidente, eu
também sou da opinião que, neste, neste momento, não estão reunidas as condições para
podermos prosseguir com a reunião. Pelo que penso que continuarmos amanhã seria a melhor
opção.”
Samuel Cruz, do PS disse: “Para amanhã.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Sim, estamos de acordo. Estamos de acordo.”
João Rebelo, do CDS disse: “Senhor Presidente posso sugerir uma metodologia para amanhã?
Hoje reparei como positivo que acabámos por começar às 20:22, que foi, acho, a mais… A sessão
que mais cedo começou este ano. Já que… Isto é um bom princípio para tentar de amanhã
também começar, o mais tardar, às 20:20, para não atrasar muito. É o que eu sugiro também.
Porque eu depois tenho que sair muito cedo, na sexta-feira, para o Porto. Tenho que sair às 5:30 da
manhã e não me convinha muito estar a demorar muito tempo amanhã. Muito obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Ok. Vamos trabalhar nesse sentido. Aliás, as
questões agora técnicas, em termos de que cada um conseguir participar, também já estão,
digamos, que resolvidas, e, portanto, teremos com certeza condições para começar amanhã o mais
cedo possível, não é? Quer dizer, hoje já começámos às 20:22 e amanhã, se calhar, temos
condições de começar antes. Deem-me só um minuto. Nós, entretanto, em relação aos tempos.
Sara, os tempos se faz favor.”
Sara Lopes, do PS disse: “Existe aqui um assunto que carece da sua intervenção, que é o seguinte.
A Câmara Municipal do Seixal, atualmente, está com 20 segundos de tempo, portanto, há aqui
alguma atitude a tomar e cabe-lhe a si fazer essa... Ok. Então vamos lá. A CDU tem 35 minutos e 40
segundos. O PS tem 26 minutos e 50 segundos. O PSD tem 15 e 3 segundos. O Bloco de Esquerda
tem 14 minutos e 5 segundos. O PAN tem 8 minutos e 26 segundos. O CDS tem 9 minutos e 40
segundos. O Presidente da Junta de Fernão Ferro tem 11 minutos e a Câmara tem 20 segundos.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Sim senhor. Eu a sugestão que queria fazer. Nós
vamos, portanto, começar a hora de início da sessão da Assembleia. A matéria, a matéria de fundo,
tal como o João Rebelo dizia há pouco, há questões importantes da vida do município, não é? Esta
é, bom, é a mais importante, convenhamos, não é? Portanto, é o orçamento, as opções do plano e
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orçamento, e, tendo em conta que nós, em termos do regimento, já tendo chegado a um
entendimento, ainda não o concretizámos. Que tem a ver com o tempo da Câmara em relação aos
pontos de apreciação da informação da Câmara, e, portanto… Mas essa matéria, tendo havido um
consenso em relação a um modelo, não tem ainda expressão regimental, portanto, não o podemos
aplicar. Eu a sugestão que fazia é que, face à importância da matéria, amanhã, ou melhor hoje, não
é? Hoje, recomeçássemos com os tempos de partida, o tempo da Câmara e o tempo dos partidos
que também já gastaram, e teriam, voltariam aos seus tempos, integralmente, não é? Portanto,
parece-me que era a metodologia indicada, não é? Face à importância da matéria que vai estar em
apreciação. Mas queria-vos perguntar a opinião”
Samuel Cruz, do PS disse: “Presidente, eu não concordo. Isso não tem equidade. A minha
sugestão…Eu penso, por exemplo, os tempos que cada grupo e a Câmara tem, sejam cortados ao
meio, por exemplo, em 50% e que sejam dados a todos os grupos, somando aquele que cada um
tem, nesta altura, naturalmente. A equidade tem que ser mantida. A proporcionalidade, distribuir
50% de cada um.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Chegar a um entendimento. Portanto, o que está a
dizer é 50% e distribuir 50%. Eu parece-me curto em relação à Câmara.”
Samuel Cruz, do PS disse: “ A Câmara tem que aprender o gerir o seu tempo Presidente”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Ó Samuel, está bem. A gente agora não vai discutir
o que já discutiu. Tem várias reuniões…que tinham uma solução regimental e que até houve
consenso nessa matéria, mas que não a aplicámos. Que resolvia a questão do período de
perguntas à Câmara, não é? E do tempo. Portanto, mas como não chegámos a isso. Se tivéssemos
colocado no regimento, a questão estava resolvida, não é? Está a ver? Não chegámos a isso.
Pronto, portanto, temos que encontrar aqui. Paulo Silva.”
Paulo Silva da CDU disse: “ Eu acho… Eu acho que o Partido Socialista está, com a proposta que faz
de querer limitar o tempo da Câmara, é para termos um debate sobre o orçamento e as grandes
opções do plano do último ano de mandato, um debate coxo, em que irá haver perguntas que não
irão ser respondidas porque não haverá tempo para responder e para esclarecer as coisas. É o que
me parece, o que, no meu entendimento, é profundamente antidemocrático para quem tanto fala
em democracia. Acho que devemos criar condições para amanhã termos um debate que possa
dignificar o Órgão, o Concelho, e todos estarmos aqui assim em condições de podermos fazer
perguntas e que haver condições para nos poderem esclarecer e responder. Se não, não vai haver
esse…essas condições e a Câmara, sem tempo, vai ter que dar respostas curtas e
consequentemente haverá situações que não poderão ser esclarecidas.”
Samuel Cruz, do PS disse: “Então faz uma proposta que mantenha a equidade.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Ok. Belchior. Rui Belchior.”
Rui Belchior, do PSD disse: “ Muito obrigado senhor Presidente. Bem, enfim, eu também
considero que atendendo o debate, que a Câmara, evidentemente, deve ter tempo. Embora o que
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o Samuel tenha dito, faça sentido, deve aprender a gerir o tempo, mas em rigor, olhe, em relação,
sobretudo às questões que nós fizemos, eu até creio que elas foram respondidas de forma até
bastante, até sintética demais. Portanto, até nesse caso, devia ter prolongado mais, mas enfim, e,
portanto, estou de acordo com qualquer proposta que passe por, evidentemente, a Câmara
também ter a hipótese de debater uma matéria tão importante.”
Vítor Cavalinhos, do BE disse: “A minha opinião é semelhante à do Rui Belchior, de facto, nós
não…. o problema de gestão dos tempos é que há aqui uma série de… barulhos, barulhos
paralelos. eu, como já disse, temos que ter, tem que haver este debate, acho que o debate tem
que ser feito e é evidente, não podemos, pelo menos para nós, é evidente um debate deste… ou
então fazíamos um debate destes só com os partidos da Assembleia Municipal e com a
participação limitada da Câmara, portanto, é irrenegociável que a única solução possível é que os…
Que nós tenhamos um tempo, que temos que ter, e a Câmara tenha tempo suficiente para… Já
agora, para intervir, para apresentar os documentos e para responder aquilo que lhe é
perguntado. Não há outra forma, não há outra forma o debate sem ser assim. É aquilo que eu
tenho a dizer. É isso.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “André Nunes.”
André Nunes, do PAN disse: “Eu acompanho a proposta do Samuel.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “João Rebelo.”
João Rebelo do CDS disse: “Sim senhor Presidente. Eu, se percebi bem a proposta do Samuel, é
que se dava metade do tempo à Câmara Municipal, que é… São 15 minutos, certo? Não, é 23,eu
estava a ver os tempos das sessões extraordinárias. Peço desculpa. 23, exatamente. E para os
outros partidos, metade do tempo que eles têm, é isso? Por exemplo, somar aos 9 que o CDS ainda
tem, 5 e meio.”
Samuel Cruz, do PS disse: “Não, não é ao que tem. É ao que tem de início. Ou seja, eu não sei… A
Câmara tem 46 minutos para intervir no ponto. Tem direito a 23. Qual é o tempo que o CDS tem
nestas reuniões?”
João Rebelo do CDS disse: “Tem 11. Mas neste momento temos 9. Eu pensava que estava …”
Samuel Cruz, do PS disse: “tem 11, é 5 e meio. Ou seja, é pegar nos tempos iniciais de cada força
política. Cortar 50% e somar a isso ao tempo que cada um tem. Cortamos ao meio o tempo.
Somamos ao que cada um tem hoje. Tu tens 9. É somares 5 e meio aos 9.Pronto.”
João Rebelo do CDS disse: “Exatamente. Pois, é o que eu estava a dizer. Ok, correto. Parece-me
bem.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “residente de Fernão Ferro.”
Carlos Reis, Presidente da Junta de Freguesia de Fernão Ferro, disse: “Senhor Presidente, de
facto, temos que dar condições à Câmara para poder responder aquilo que serão as nossas
perguntas. Porque se não, às tantas, tínhamos nós mais tempo para fazer perguntas do que a

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Câmara para responder. Portanto, não pode ser. Ainda para mais, sendo o orçamento um
momento importante para o Concelho conforme já, e para a vida das pessoas, conforme já foi, já
foi referido, portanto, eu acompanho, de certa forma, as propostas que estão aqui a surgir, em
função daquilo também que o Paulo Silva tinha, tinha dito na sua intervenção.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Bem, eu colocava novamente a questão. Nós
amanhã vamos começar a sessão às 8 horas. 8, 8 e pouco, não é? Como é evidente. Temos o
próprio… Se colocarmos o tempo que teríamos para a sessão ordinária no máximo, no período da
ordem do dia, evidente, são 3 horas. 180 minutos. Isso dá 11 da noite. De facto, para uma matéria
desta importância, não é? Creio que tinha mais sentido retomar os tempos. Não é? Dando….Espera
aí. Está bem. Mas ó Samuel, significa.... é evidente que essa posição significa que a apreciação que
nós fizemos em várias reuniões, e chegámos a um consenso, que, de facto, o modelo atual do
regimento para o período para os pontos de apreciação da informação da Câmara, não é? E para a
Câmara, para o senhor Presidente ter condições para responder. Ainda há pouco o Rui Belchior
acabou…. Disse que o senhor… Que a resposta da Câmara, quer do senhor Presidente, quer dos
senhores vereadores e vereadoras foi até concisa, bom, ou nós nesta questão tão importante
como é o orçamento, colocamos acima da equidade… Uma questão, que no fundo é a equidade,
que é a democracia, que é termos condições. Formal da coisa, e se não se quer dar condições,
como o Paulo Silva disse, e bem, para que a apreciação do orçamento, com a importância que tem,
possa significar um debate com condições para todos e condições para a Câmara e para o senhor
Presidente da Câmara poder responder. Pá, se não se querem entender assim, eu não vejo qual é o
problema. Mais, acho que isso só... Iria valorizar o debate sobre esta matéria. Ou seja, todos têm
os tempos. Tem a Câmara e têm os grupos municipais. Alguns já gastaram, mas voltariam… Que é o
caso do PS também. Já utilizou tempo. Voltaria ao seu tempo normal. Qual é aqui a questão? Ainda
por cima, quando nós já discutimos esta matéria e chegámos consensualmente, creio com a
opinião de todos, não é? Não houve divergências nesta matéria. Chegámos a esse consenso de
que, de facto, há aqui.... Havia aqui uma…. Há aqui uma distorção regimental em relação às
condições e ao tempo de resposta da Câmara. Se não se quer ver assim, pronto… Eu acho que
estamos, não acho que estamos a desvalorizar a discussão do orçamento e as condições para a
Câmara poder responder. Então, às tantas, estamos nós a debater o orçamento da Assembleia
Municipal, não é? Não é? Quer dizer. Eu não vejo qual é a dificuldade. Temos tempo. Começamos
às 8. São três horas, o tempo limite.
Samuel Cruz: Posso partilhar qual é a dificuldade Presidente?
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “ Pronto. Eu já percebi que o Samuel não quer… Não
quer abrir ...”
Samuel Cruz: Não, mas eu vou explicar qual é…. Você disse, agora ouve-me. Pode ser?
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Pode. Eu oiço.
Samuel Cruz: Claro. Então, a primeira questão. O regimento não está despachado porque há lá
dois assuntos (Impercetível) se não andasse ali a ver, a ver, a ver até…”

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O Presidente da Assembleia Municipal disse: “ Não, não, não é… Ó Samuel, não o interrompo.”
Samuel Cruz: Pronto.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “ A gente não vai é discutir isso agora aqui.”
Samuel Cruz: Não, não vamos. Mas pronto. O regimento só não está aprovado porque o Presiden-
te não dá andamento aquilo. Porque já está tudo discutido,, primeiro ponto, e, portanto, essa…
Não pode invocar o consenso para aquilo que não quer, e arranjar todos os problemas para aquilo
que não quer, essa conversa comigo não conta. Primeira. (corte de som)e a Câmara num ponto...
numa ordem de trabalhos falou o dobro. E eu também fiquei sem tempo e quando chegou à mi-
nha vez de ficar sem tempo, disse, ai, não, não, acabou, acabou. Ou seja, há democracia para a Câ-
mara falar à vontade e falar tudo o quer, para o PS, é o tempo, é o tempo. Não. Mas eu até digo, se
querem, soma-se os tempos iniciais a todos. O tempo inicial que têm todos e mete-se em cima de
todos para a Câmara ter mais tempo . Agora, quer dizer, a Câmara fala o que quer e depois volta
tudo a zeros. Isso não é justo. E mais, o Presidente não disse, é porque também não é justo aquilo
que está a dizer. Porque a solução que nós… A solução que foi encontrada em líderes, para resolver
essa situação, também não é a que está a propor agora aqui. Porque quem esteja a ouvir até pare-
ce, ah, ele já acordou com isto que está a ser dito e agora não quer. Não, não foi nada disto que a
gente falou. A solução é outra. A equidade na discussão tem que ser mantida. Há uma grelha de
tempos. E essa grelha de tempos tem que ser replicada. Não pode voltar tudo a zeros. Porque isso,
na prática, equivale a Câmara no fim do dia, ou seja, no fim da sessão da Assembleia Municipal, a
Câmara teve o dobro do tempo e, por exemplo, o PS não gastou quase tempo, teve metade. Não
pode ser, isso não é justiça. E, portanto, desde que seja proporcional. Eu admito, não quero castrar
discussão nenhuma. O PS não quer castrar a discussão, mas as regras têm que ser cumpridas. E a
regra aqui é, proporcionalmente ao tempo, ou ao tempo todo, o que quiserem, mas em cima dos
tempos que existem. Não é voltar tudo a zeros. Disse.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Bom, sim senhor. É evidente que esta matéria tem
que haver entendimento, não é? Não pode ser de outra maneira. Mas, dois apontamentos Samuel.
E não continuamos o diálogo, porque se não, às tantas, está a Assembleia a ouvir aos dois, não é?
Quer dizer, e a Câmara e o senhor Presidente e os senhores Vereadores, isso é matéria para a reu-
nião de líderes e vamos ver se vale a pena continuar. Eu acho que vale sempre, porque eu tenho
esse entendimento, que o caminho se faz caminhando e a democracia é isso mesmo, não é? Quer
dizer. E, portanto, estou sempre disponível para isso. Agora, dois apontamentos. Primeiro, nós tive-
mos um entendimento que é da equidade em relação ao tempo de respostas da Câmara ] em rela -
ção às questões colocadas e às condições para responder. Foi esse o entendimento a que chegá-
mos, e foi o que eu disse, não disse outra coisa. Não é? Pronto. Como não está no regimento, bom,
de facto não é possível se não houver entendimento sobre esta matéria aplicar essa reflexão a que
chegámos e que consensualizamos. Condições para a Câmara poder responder e não pôr em causa
o resto da ordem de trabalhos em relação ao tempo que dispõe. É... Foi a conclusão a que chegá-
mos. Segunda questão. Porque deu aqui o apontamento e estamos numa sessão da Assembleia,
de que as questões do regimento que faltam para fechar não estão porque o Presidente da Assem-
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bleia não quer. Isso é uma questão absolutamente falsa, que eu não aceito, nem de si nem de nin-
guém, não é? Como é evidente. Agora, há aqui uma questão clara. Não é o PS que impõe, não é o
Samuel Cruz que impõe. O que parece, o que acabou de dizer é que na sua opinião o Presidente ti-
nha que fazer o que o PS quer e o Samuel Cruz quer. Aliás, sobre esta matéria já tivemos quatro vo-
tações na Assembleia Municipal onde o entendimento do Samuel não calhou, não passou. Não é?
E, portanto, quer dizer, não é o entendimento do PS nem do Samuel Cruz que, mesmo na democra-
cia, ou melhor, em democracia, não tem, de facto, essa legitimidade à Assembleia Municipal, não
é? Quer dizer, bom. E, portanto, não avançou porque, efetivamente, não é por vontade do Presi-
dente, é porque não se reuniram as condições em termos de entendimento. Tão simples quanto
isso. Para agora fazemos um intervalo de dois minutos. Então retomamos, para fecharmos…. Va-
mos lá ver, aqui pensar e a pensar com… Não podemos estar… A mesa toda ao mesmo tempo,
mas… Mas com o 1º Secretário, eu espero que a Sara esteja de acordo. Então, julgo que podíamos
ficar aqui no meio de uma solução que era 2/3 do tempo à Câmara, e, distribuir esses 2/3 pelos
grupos municipais. No fundo, o Samuel tinha proposto 50, 50 parece-me curto, não é? Temos tem-
po, portanto, isto, no máximo, somando termina à meia-noite. Se utilizar os tempos todos. Todos
utilizarem os tempos todos, não é? De grosso modo. Nós fazemos as contas aos 2/3 para cada gru-
po municipal que acrescenta. Portanto… Tempo, 2/3 da Câmara e 2/3 acrescentando aos grupos
municipais. Estamos de acordo com isto?”
André Nunes: “Senhor Presidente, eu não estou de acordo. Para mim é mesmo os 50%.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “ Mas porquê? Porque imbicou para os 50?”
André Nunes: Sim, sim.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Então está bem. Se imbicou para os 50. Quer dizer,
portanto, não quer que a Câmara tenha tempo suficiente, não é? É isso, não é André? Está percebi-
do. Está percebido. Eu já tinha percebido muita coisa há muito tempo. Paulo Silva? Ronda final.
Paulo Silva: Vamos lá ver. Eu penso que alguns querem cortar o tempo da Câmara para depois fa-
zerem política dizendo que a Câmara não esclareceu. É o que me parece das intervenções e da tei -
mosia de alguns. Da nossa parte, concordamos com essa proposta. Aliás, isto parece incrível que já
aqui estamos há meia hora a discutir essa questão.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “ Samuel? Ronda final.
Samuel Cruz: Sim, sim. Sim, Presidente. Estava eu aqui a dizer, porque estou em conferência aqui
com o meu grupo. Já digo, está bem? Pode seguir.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “ Muito bem. Rui? Aceleremos isto.”
Rui Belchior: Nós não temos nada a opor. Queremos é despachar-nos.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “ O André, o André já disse. O João Rebelo?
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “ Vítor Cavalinhos.
Vítor Cavalinhos: Nós estamos de acordo com essa proposta.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “ Com esta? Com a proposta que eu fiz, não é?

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Vítor Cavalinhos: Sim. Sim, sim. Essa... Se a discussão… Se o (Impercetível) é o problema da equi-
dade, essa proposta é…. É equidade, acrescenta tempo para todos, portanto, não tenho nada a
opor.
João Rebelo: Concordo com a proposta senhor Presidente.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “ Carlos? Senhor Presidente de Fernão Ferro.
Presidente de Fernão Ferro: Eu também concordo com a proposta do senhor Presidente da As-
sembleia.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “ Samuel já temos posição do grupo?
Samuel Cruz: Não tenho, não tenho. Estou aqui… Preciso de um minuto ou dois Presidente, está
bem?
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “ Então vá lá. Dois minutos.

Sara Lopes: Presidente só para eu ir fazendo contas. Portanto, a proposta é os 2/3 do tempo inicial,
não é? Do tempo total? Mais em cima daquilo que eles têm agora, é isso?
Samuel Cruz: Estou Presidente? Sim?
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “ Sim Samuel.”
Samuel Cruz: Estão-me aqui a lembrar, por exemplo, na última, penso eu, numa Assembleia Muni-
cipal, o PS ficou sem tempo para, para defender as proposta referentes aos impostos e etc., e não
foi por isso que ninguém se preocupou com a democracia e que se entendeu que devia me dar
mais tempo. Lembra-se da proposta do IMI, do IMT, etc.? Pura e simplesmente não falámos. E toda
a gente achou normal. E acho que a contribuição do senhor Presidente da Câmara para a democra-
cia da Assembleia Municipal é importante, mas a dos eleitos da Assembleia Municipal ainda mais.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “: Sim, mas qual é?”
Samuel Cruz: Portanto, nós mantemos nos 50%.
Vítor Cavalinhos, do BE disse: “Ó Samuel, não te deram oportunidade e não deram oportunidade
ao Bloco de Esquerda. E eu não estou a queixar de nada. Olha ó Samuel, então eu vou fazer uma
proposta, é rigor, é rigor. Vou fazer uma proposta rigorosa. É assim, amanhã continua e a Câmara
tem 25… 20 segundos e a gente estamos todos, e vamos discutir o orçamento. É a minha proposta.
Então pronto. Então é a proposta que eu faço. E está o assunto resolvido. A Câmara tem 20 segun -
dos e nós temos o outro tempo e está o assunto arrumado. Rigor é rigor e está… Assim é que é bo-
nito.”
Samuel Cruz: E o PCP, se quiser, pode dar à Câmara. Não me oponho a isso.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “ Epá, desculpem lá, a esta hora, a esta hora da noite
eu acho que isto já não está… Escutem lá. A esta hora da noite, já não está a correr bem isto. Não
está a correr bem. Não há outra maneira de dizer isto, não é? Quer dizer… Como é evidente, não
é? Só um minuto, só um minuto. Bom, epá, ficamos… Isto…. Temos que chegar aqui a um entendi-
mento de partida, não é? Uma (Impercetível) de consenso nesta matéria, não é? E vamos ficar, es-
pero eu. Percebi o que o Cavalinhos disse, mas o que o Cavalinhos o que pretende é que haja con-

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dições para debater o orçamento e para a Câmara, para o senhor Presidente da Câmara intervir e
responder às questões (Impercetível) não é?
Vítor Cavalinhos: Senhor Presidente. Posso dizer mais…. Só uma coisa?”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Sim Vítor.
Vítor Cavalinhos: Agora é assim. Eu acho que estamos todos de acordo com esta… E às vezes tam-
bém estamos em desacordo. Agora há um problema. Se o Samuel coloca o problema da equidade,
se a proposta que fez o Presidente da Assembleia Municipal é de equidade, então (Impercetível)
afinal não é um problema de equidade. É um problema de…. É aquele…. É um bocadinho da vin-
gança do chinês. Como ele diz, é atitude gera atitude. Mas acho que isso para o debate político não
adianta nada, mas isso cada um, cada um pensa como pensa. Agora o que... Se o problema da
equidade… Se a proposta apresenta... Se a proposta feita não fere o princípio da equidade reivindi-
cada, agora é que já também não estou a perceber. Pronto, mas se calhar hoje, se calhar já tam-
bém não adiantamos nada.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “ Ok. Eu também não estou a perceber Cavalinhos.
Não é? Porque, exatamente, estou de acordo. Se estamos a falar da equidade. Portanto, 50% distri-
buídos será…. Terá equidade. 2/3 distribuídos também, seriam melhores condições evidentemen-
te. Com mais tempo e dignificando o debate, a apreciação, o debate sobre uma matéria tão impor -
tante para a vida do Município. Mas não é esse o entendimento. E, portanto, ficamos nos 50%. Eu
espero que os restantes estejam de acordo, para a gente ter aqui uma base. Paulo Silva, Rui Belchi -
or, Vítor. E ficamos nos 50% para a Câmara e 50% distribuídos para os restantes grupos municipais.
É pena não haver um entendimento quer da equidade. Os 2/3 melhorávamos, de facto, o debate,
mas não é esse o entendimento do PS nem o entendimento do PAN. Bom, então ficamos assim. A
sessão continua às 20:00. Faremos a distribuição dos tempos. E boa noite a todos e até daqui bo-
cado, não é? Boa noite a todos

A sessão terminou cerca da 01:10 horas do dia 26 de Novembro .

2ª Reunião - Dia 26/11/2020 – 20:20h

Devido a um problema técnico, a gravação áudio da sessão não apresenta condições para ser
possível a sua transcrição, pelo que a presente ata é redigida a partir da minuta da ata elaborada
pelo 1º Secretário Américo Costa, durante a sessão, minuta aprovada por unanimidade no final da
mesma.
II.5. Opções do plano e proposta de orçamento para 2021, nos termos da alínea a) do n.º1 do
art. 25º, por força da alínea c) do n.º 1 do art. 33º, ambos do Anexo à Lei n.º 75/2013, de 12 de
setembro, alterado pela Lei nº 50/2018, de 16 de agosto, autorização para a contratação de
empréstimo de curto prazo, nos termos da alínea f) do nº 1 do art. 25º do Anexo à Lei n.º
75/2013, de 12 de setembro, atualização dos valores da Tabela de Taxas anexa ao Regulamento

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de Taxas do Município do Seixal, nos termos do art. 44º do Regulamento de Taxas do Município
do Seixal e do n.º 1 do art. 9.º da Lei n.º 53-E/2006, de 29 de dezembro, alterada pela Lei n.º
117/2009, de 29 dezembro, mapa de pessoal, nos termos da alínea o), do n.º 1, do art. 25º do
Anexo da Lei n.º 75/2013, de 12 setembro, e autorização genérica para a assunção de
compromissos plurianuais nos termos do art. 6º da Lei n.º 8/2012, de 21 de fevereiro, alterada
pela Lei n.º 22/2015, de 17 de março. Aprovação.
(Documento anexo à ata com o número 15)
O Presidente da Assembleia Municipal: deu inicio aos trabalhos saudando os presentes,
informando que, sobre os tempos, se aplicaria o critério definido no dia anterior na 1º reunião,
50% para a Câmara Municipal, 50% para cada grupo municipal, tempo estes acrescidos aos tempos
não utilizados, deu a palavra ao presidente Joaquim santos
O Presidente da Câmara Municipal afirmou que esse seria o ultimo orçamento do mandato
havendo diversos projetos em conclusão acompanhados de lançamentos de novos projetos. O
orçamento reduziria o valor global, uma vez que a situação do covid afetava em cerca de 4 milhões
de euros, relativamente a 2020. Afirmou que das 19 competências que iriam ser recebidas pelo
município a câmara, em relação a 18 delas, não teria nenhum conhecimento, tendo, no entanto
deixado um valor residual orçamentado para esses competências, colocando-se também a questão
dos serviços operacionais , aguardava-se o despacho do Ministério das Finanças para se poder
colocar, posteriormente, à apreciação do Tribunal de contas. O orçamento estava marcada para um
ajuste nos salários e nas condições dos trabalhadores, pois seria considerada a hipótese da opção
gestionária e a possibilidade do subsidio de penosidade e risco. Sobre o Covid o município do seixal
estava colocado em lugar de risco, estariam registados 302 casos por 100 mil habitantes.
Relativamente à integração das propostas dos partidos foram considerados 84% das propostas
apresentadas. Era um orçamento plural . Em matéria de investimentos foram diversos os casos
enunciados; desde a loja do cidadão , na Amora, cuja obra teria inicio na 2º feira seguinte, o
cemitério de Fernão Ferro, as requalificações dos mercados municipais, o Parque da
Biodiversidade, Centro Cultural de Amora , um balanço bastante pormenorizado em matéria de
investimentos. Tinham sido integradas 117 das 140 propostas apresentadas pelos partidos: PAN
90%; PS 83%, PSD 77%, CDS 84%. Seria um orçamento muito plural que contemplava serviço aos
cidadãos, aos mais vulneráveis, acompanhando do ponto de vista do progresso os valores
constitucionais de transformação da sociedade.
O Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra a Sérgio Ramalhete
Sérgio Ramalhete, do PS, afirmou que os últimos 3 anos tinham sido de “muita parra e pouca uva”,
muitas promessas da CDU que tinham falhado com os compromissos com a população do
concelho. Questionou se a CDU acreditaria no que escrevia. Disse que a redução na quebra de
receita de 4 milhões de euros não tinha desculpa, era utilizada para culpar o governo. Sobre o
edifício central tinha custado muitos milhões a mais, considerando os 55 milhões, fora das rendas.
O dinheiro dos edifícios poderia ter sido canalizado para outras prioridades. Quanto ao Mercado
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da Cruz de Pau a situação estaria cada vez pior, mas nem tudo seria mau pois Fernão Ferro iria ter
o seu cemitério. Estaria a verificar-se uma campanha partidária com o dinheiro dos contribuintes,
nas GOP não haviam nenhumas novidades, eram cassetes, mais do mesmo.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “ deu a palavra a Hernâni Magalhães
Hernâni Magalhães, da CDU, disse que "voz de burro não chega aos céus” uma vez que existia
vários sinais de desenvolvimento e sustentabilidade, nomeadamente no aumento do turismo e
valores patrimoniais, com boa afirmação na área do planeamento urbanístico/desenvolvimento
lembrando o PDM de 2015, quanto às GOP 2021 enumerou um conjunto de situações desde a
requalificação dos mercados municipais, aos centros náuticos de Amora e Seixal, ao investimento
da HOVIONE, tudo encaminhado para honrar o compromisso com a população.
O Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra a Rui Parreira
Rui Parreira, do PS, disse que tudo o que o Hernâni tinha justificado era obrigação da CM, não
havia grande inovação, o risco seria sempre o mesmo; o estacionamento para residentes não
funcionava; quanto à rede ciclável seriam preciso duas décadas para se fazer uma rede razoável e
que só avançaria quando fosse o PS a tratar do assunto. Relativamente às rotundas as mini
rotundas eram as projetadas pelo município, sendo as grandes incorporadas pelos supermercados.
Sobra a ponte da Fraternidade existia um erro que já deveria ter sido corrigido, seria necessário
fazer um estudo mas, para a CDU não havia nenhum problema, sobre o plano de mobilidade
questionou como se poderia concluir com aquela verba, terminando a referir que não importava
dizer que o governo nada fazia, importava era trabalhar em prol da população.
O Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra a Samuel Cruz
Samuel Cruz, do PS, disse que avançava com duas notas prévias, que a proposta apresentada no
dia anterior teria sido sábia, pois tinham ficado com 5 horas de assembleia. Agradeceu ao
presidente da Câmara os números que referiu e que permitiam concluir que se 86% das propostas
são da oposição, somente 14 seriam da CDU; sobre o planeamento afirmou que os núcleos
urbanos antigos eram para preservar e dever-se-ia concluir a requalificação desses núcleos, mas só
agora iriam desenvolver os projetos, afirmou que nem para mentir era capaz. Sobre o Plano
Municipal do Ruído o silêncio seria a lei, sobre a Vala Real do Rio Judeu, dois anos após a conclusão
de um estudo ir-se-ia elaborar o atual; no que diz respeito à área da educação disse que a
Vereadora Maria João Macau, tinha afirmado que em abril estaria tudo concluído a cobertura em
fibrocimento das escolas. O PCP e a CDU já não eram o eram, ou seria só no Seixal. O documento
“cheirava a bafio”.
O Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra a Rui Belchior
Rui Belchior, do PSD, disse que não iria referir questões de natureza técnica, abordando somente
aspetos de natureza política. Os 45 anos de governação comunista do Seixal deixariam marca. Não
existe uma única área em que se podia ser referencia, o Seixal ainda não era uma terra em que
dava gosto viver. O espaço publico estava degradado. Nesta vez é que iria ser pura propaganda,
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que era um verdadeiro sorvedouro de dinheiro público. Já existia uma página de figura pública do
Presidente Joaquim Santos, e ele votava contra isso, porque o dinheiro não era do executivo mas
sim dos cidadãos. Os 45 anos poderiam tirar a capacidade de ignorar a realidade. Sobre 25 de abril
gravavam-se dezenas de testemunhos de personalidades mas a oposição era ignorada, democracia
e abril, continuavam por cumprir no concelho do Seixal. A CDU apoiava o governo socialista e ainda
não tinha conseguido para o Seixal uma só obra, um investimento. A Loja do cidadão, tinham
começado as obras mas ir-se-ia ver como acabariam. Questionou onde estaria o hospital; a
descentralização para as freguesias, o realojamento em Vale de Chicharos, a esquadra de policia,
tudo isto seria pura demagogia. Em outubro de 2021 o executivo da CDU estaria em perigo de
morte, estava com um enorme desgaste, só tapava buracos, o Seixal estaria no top 5 do
endividamento dos municípios. As diferenças entre este executivo CDU e o governo não seriam
nenhumas. O município estava a recorrer ao direito de preferência na aquisição de prédios, o
executivo deveria usar boas práticas. O mercado imobiliário era a galinha dos ovos de ouro do
concelho. Como seria possível esperar horas a fazer 50 ou 60 ligações para que um cidadão fosse
atendido, ou para um empreiteiro ter que esperar um ano por uma licença. Sobre o teletrabalho
afirmou que o executivo não dava resposta e disse para se aplicar a lei. Existiam trabalhadores que
pediam para sair para outras câmaras uma vez que não eram bem tratados nesta. Tinham feito
propostas para servir a população, 2 dezenas. O PSD não se comprometeria com esse orçamento,
não se identificava com a atual situação iriam votar contra.
O Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra a Carlos Pereiras, no entanto não houve
condições de audição. Solicitou a resolução técnica do problema. Dando a palavra a João Rebelo
João Rebelo, do CDS-PP, afirmou que o orçamento era o documento mais importante para a
gestão do município, mas a conversa seria a mesma, as notas introdutórias e dialética justificativa
seriam sempre as mesmas e a culpa seria sempre do outro, nunca seria do executivo camarário da
CDU. Era lamentável que a CDU, aprovando os orçamentos do PS, aqui se demarcava da sua
governação e fazia exigências ao poder central. A política da CDU no Seixal era
desresponsabilizante e até se tinha uma deputada na Assembleia da Republica que aprovava essa
políticas. As percas de receitas por causa do COVID eram evidentes e não se podiam negar, mas
por outro lado o orçamento eram promessas que nunca mais acabavam o que eram uma
contradição. Disse que a aceitação de muitas propostas dos partidas oposição era afirmada mas
questionou o que garantiria que seriam cumpridas e realizadas quanto às questões ambientais
continuavam por resolver na sua grande maioria. As queixas em relação aos serviços municipais
eram cada vez mais graves. A imagem do presidente da câmara era lamentável, a utilização de
recursos públicos para a promoção de uma força política colocava a questão da opacidade na
gestão da câmara municipal. A CDU tinha ganho as eleições sem maioria absoluta, não
conseguindo que o Presidente de Fernão Ferro e o BE apoiassem o orçamento. Isto era uma coisa,
a outra coisa era passar por cima da oposição. Sempre tinha havido uma forma de desrespeitar a
vida democrática que estava a precisar de uma mudança.

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O Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra a Nelson Patriarca.
Nelson Patriarca, do PS disse que nos 3 anos , em matéria do ambiente, coisas que são sequência
das GOP anteriores , muitas das sugestões do PS podiam já estar em prática. O Parque da
Biodiversidade e o Parque Urbano do Seixal já vinham de há muitos anos. Fernão Ferro estava
bloqueado não se sabendo bem porquê. A reformulação da infraestrutura de saneamento não
existia . Quando à segurança alimentar houveram alguns avanços mas muito pontuais.
O Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra a Rui Brás
Rui Brás, do PS, disse que o executivo comunista avançava com projetos mas, raramente os
consegue realizar, a CDU tinha baixo investimento municipal, as forças de segurança eram copia de
orçamentos anteriores. Perguntou se tinham sido elaborados os planos de segurança e emergência
dos edifícios municipais. Tinha passado mais um ano e o executivo da CDU pouco tinha feito pela
população.
O Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra a Vítor Cavalinhos
Vítor Cavalinhos, do BE, disse que no seixal havia consciência do COVID e da diminuição de
recursos mas, isso não levava à alteração do rumo, tinha que se rever o orçamento uma vez que
não havia plano de habitação nem estratégia, era necessário um plano de emergência de apoio à
população. Apresentou diversas sugestões, nomeadamente o apoio às mulheres em caso de
violência domestica; um plano de habitação/estratégia local de habitação; apoio a quem dormia na
rua; as refeições serem responsabilidade do município e a sua confeção ser nas escola; uma rede
clicável ; cancelamento de investimento de 3 milhos de euros na alternativa à EN10, solicitou o
relatório de execução do PDM, o Boletim Municipal devia ser aberto a todas as forças políticas com
acento na Assembleia Municipal. As propostas do BE não tinham tido acolhimento mas, meia dúzia
delas tinham aparecido “mal amanhadas”. Considerou positivo a redução da divida; os 8 milhões
para o parque escolar, os 2 milhões para o passe social, a construção da loja do cidadão e o apoio
aos bombeiros referindo como negativo o fraco investimento, a manutenção dos turno duplo, a
verba irrisória para a habitação e os sucessivos atrasos na requalificação do Mercado da Cruz de
Pau. Informou que o BE se iria abster.
O Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra a Nuno Graça
Nuno Graça, da CDU, afirmou que os munícipes beneficiavam da baixa tarifa e da qualidade da
água no concelho do seixal, referiu a requalificação dos espaços públicos, e a prioridade de
atuação na área do bem estar animal, salientou ainda o investimento no laboratório, no Parque
Metropolitano da Biodiversidade e no Parque de Miratejo, congratulando-se com a finalização das
obras do CDA de Fernão Ferro.
O Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra a Carlos Pereira
Carlos Pereira, da CDU, manifestou o apoio da Câmara Municipal aos Bombeiros Municipais que
representam cerca de 35 % das suas despesas mensais, em matéria de serviços públicos referiu

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como positiva a construção da loja do cidadão, da nova Loja do Munícipe e do Cemitério de Fernão
Ferro.
O Presidente da Assembleia Municipal solicitou à segunda secretária a informação sobre os
tempos.
Sara Lopes do PS, informou que a CDU tinha 33’33”; o PS tinha 9’31”; o PSD tinha 8’50”; o BE tinha
15’13”; o PAN tinha 13’07”; o CDS tinha 23” ; o Presidente de Fernão Ferro tinha 16’30” e a
câmara municipal tinha 8’07”.
O Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra a Fernando Sousa
Fernando Sousa, da CDU, disse que a CM realizou grandes intervenções na área social,
nomeadamente no apoio a candidaturas a projetos e, apoios pontuais, a instituições, merecendo
referencia o apoio à população em matéria de covid 19, na área da saúde, a câmara esteve
empenhada em diversos apoios até em áreas de responsabilidade do poder central. O voto era a
favor dessa proposta de orçamento
O Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra a André Nunes
André Nunes, do PAN, considerou este orçamento o mais decisivo da historia recente, pelas
grandes repercussões emergentes do Covid que se refletem no tecido social e na economia, disse
que seria importante criar um grupo de trabalho para essa matéria. O orçamente estaria longe de
ser o que o Seixal precisa, mas não o contaria com o voto do PAN.
Paulo Silva da CDU disse que se não houvesse inscrições se deveria passar à ronda final prevista no
regimento.
Vítor Cavalinhos do BE solicitou intervalo de 5’
O Presidente da Assembleia Municipal interrompeu os trabalhos por um período de 10’

Os trabalhos foram retomados pelas 22:45h


O Presidente da Assembleia Municipal retomou os trabalhos e solicitou a intervenção dos lideres
para a intervenção final pela ordem inversa da representatividade municipal. Dando a palavra
Carlos Reis
Carlos Reis Presidente da Junta Freguesia de Fernão Ferro, disse ser do entendimento do
Presidente da Junta de Freguesia de Fernão Ferro e do seu executivo que a câmara municipal tem
desenvolvido uma atividade importante para a freguesia de Fernão Ferro, nomeadamente com os
apoios para a construção do Lar de idosos (terreno e financiamento); para o lar para crianças
autistas (terreno e financiamento). Houve um trabalho de proximidade com a população, em
matéria de água pública, no CDA tinha havido grandes avanços, estando esse praticamente
concluído; o quartel dos bombeiros estava construido, o cemitério e o pavilhão desportivo eram
intenções de desenvolvimento, e essas ações tem satisfeito as populações. Estavam a aguardar a

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parte do governo, acordo sobra algumas questões importantes para a freguesia: a escola
preparatória, a Unidade de Saúde de Fernão Ferro, o quartel da GNR, a abertura balcão Caixa Geral
de Depósitos, causava satisfação o orçamento da câmara municipal. Iria votar favoravelmente.
João Rebelo, do CDS questionou sobre o seu tempo.
Vítor Cavalinhos, do BE, disse ceder 5 ‘ a João Rebelo .
O Presidente da Assembleia Municipal informou que a regra era 2’ para completar intervenção, o
eleito João Rebelo teria 2’23.”
João Rebelo, do CDS disse que as grandes responsabilidades iam para a câmara municipal, o
recursos teriam dominado (corte de som).
O Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra a André Nunes.
André Nunes, do PAN, disse que o Presidente da câmara municipal tinha dito que 90% das
propostas apresentadas estavam incluídas e ele gostava que o explicasse. Sobre a situação
sanitária não estavam alocados os recursos. A resposta à crise domestica já tinha defeitos e agora
tinha mais.
João Rebelo, do CDS pediu um ponto de ordem à mesa para agradecer o tempo que o Vítor
Cavalinhos lhe deu em termos de disponibilidade democrática.
O Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra a Vítor Cavalinhos
Vítor Cavalinhos, do BE, disse que o plano estava desenvolvido para uma situação normal. Havia
um risco das forças políticas poderem aproveitar-se do descontentamento e, o poder local
democrático estava que estar atento a essa situação, tinha que se apoiar o pequeno comércio/
muito pequenas e médias empresas. O plano de emergência social devia ser apresentado. A
câmara municipal do Seixal devia ter em conta o que se estava a fazer noutros municípios no que
se referia a medidas concretas de aproveitar boas praticas .
Rui Belchior do PSD dispensou o uso da palavra
O Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra a Samuel Cruz
Samuel Cruz:disse havia duas fases diferentes mas ilustrativas, 1º a analise que apresentaram para
participação, 2º comparar a situação e ação social com a câmara municipal é ter pés de barro, isso
era propaganda e relações publicas. Os eleitos da CDU foram muito ativos, pois leram as intenções
que os vereadores lhes propuseram, devia ter-se analisado pelouro a pelouro, a ação completa,
para melhorar o trabalho. 94% das propostas aceites: mas haveria um tempo para analisar essa
matéria e a câmara municipal do Seixal não cumpria a lei porque não apresentava relatório de
execução. O Fórum Seixal era uma fantasia. Participação: havia grande sentimento da população,
expectativas sobre as obras. Devia comparar-se o que se gastava em ação social/administração e o
que se gastava nas relações publicas/propaganda. Quanto ao parque de habitação municipal devia
fazer-se estudos de custos para melhor se enquadrar as populações necessitadas.

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Paulo Silva disse que foram necessárias 3 horas para se discutir orçamentos e GOP para 2021 ,o PS
estava equivocado ao afirmar que 86% são da oposição e 14% da CDU. O que o presidente da
câmara afirmou foi que que “das propostas apresentadas 86% tinham sido consideradas”.
Questionou se o PAN, CDS, PSD e PS iam votar contra, e 86% das suas propostas foram
consideradas porque seria. Seria porque eles próprios tinham reconhecido que as suas propostas
não eram boas, sendo assim no concelho do Seixal não havia alternativa à CDU, o PS e o PSD já
tinham reconhecido que iam continuar a ser oposição e como tal consideravam-se derrotados em
2021. Sobre a substituição da placas de fibrocimento nas escolas, as da responsabilidade da
câmara tinham sido removidas. Existiam escolas com grande degradação na cobertura e o governo
nada tinha feiro para resolver o problema. A CDU tinha feito melhor trabalho em prol dos
seixalenses .
Rui Belchior, disse que no seixal não dava gosto viver, há dois anos o expresso tinha publicado uma
reportagem onde afirmava que o concelho do pais onde havia mais gosto de se viver era o
concelho só Seixal. Esta afirmação era grave e desmentível.
Paulo Silva questionou sobre a legitimidade moral do PS e PSD uma vez que em Almada foram 100
os Boys do PS que tinham vindo de Lisboa para ocupar chefias, e, contratados em regime de
avença, isto era trabalho paras os Boys do seu partido. Sobre o endividamento do concelho do
Seixal referido pelo anuário financeiro por causa da aquisição dos serviços centrais mas era o 2º
em (impercetível), o 3º na amortização do empréstimo e o 7º no volume da receita cobrada . Disse
que o orçamento ia concretizar o trabalho em curso, era um excelente orçamento, esperavas-se a
sua aprovação era um passo em frente.
O Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra ao Presidente da Câmara
O Presidente da Câmara Municipal disse que as metas não foram cumpridas pelos governos PS,
PSD e CDS: Hospital, Esquadra PSP, Escola João de Barros, reforma de transportes sociais. os eleitos
tinham uma visão instrumental, apenas olhavam para a responsabilidade da Câmara Municipal
Seixal. Sobre o combate à pandemia as oposições tinham oposição pouco sérias, seria só comparar.
Até houve investimento para o Centro de Saúde do concelho. Quanto a descentralização a moção
de censura criticou o que desde inicio se apresentou como um processo que tinha nascido torto,
tendo sido previsto ficar com competências e nada se conhecer sobre elas, nenhumas propostas
ou contactos, turismo igual, vias de comunicação igual, justiça nada se sabia, fundos de empresas
igual, competências de bombeiros igual, habitação/património igual, os diplomas nada traduziam,
havia uma total opacidade e total irresponsabilidade, que se traduzia na forma ligeira como o
governo tinha tratado essa matéria. Os autarcas do PS tinham posto os interesses partidários
acima dos interesses das populações. Nas GOP a Câmara Municipal do Seixal colocou um rubrica
para cada área atribuindo-lhe uma pequena verba, era fácil imaginar o que aconteceria se a
câmara municipal tivesse igual procedimento para com as suas freguesias, essa era uma situação
verdadeiramente inacreditável e inaceitável.

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Paulo Silva da CDU, disse ter pouco a acrescentar mas na descentralização de competências
gostaria de referir que o que tinha dito o Samuel era para complicar a transferências para
bombeiros, ou seja a transferência para os bombeiros era para ser feita para ao câmaras
municipais e depois estas transferiam para os bombeiros; isto era mais burocracias na
transferência de competências, era a complicação total.
O Presidente da Assembleia Municipal diz não se aceitar a desresponsabilização do governo e o
desconhecimento sobre as propostas concretas, a propaganda do PS era enganosa em matéria do
fibrocimento nas escolas verificam-se algumas limitações para apreciar o orçamento. Colocou de
seguida o documento a votação
Aprovada a Tomada a Deliberação nº44/XII/2020 por maioria, com o voto de qualidade do
Presidente da Assembleia Municipal, e em minuta com:
• Dezassete (17) votos a favor dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal da CDU: 16
• Do presidente da JFFF: 1
•Dezassete (17) votos contra dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal do PS: 11
• Do grupo municipal do PSD: 4
• Do grupo municipal do PAN: 1
• Do grupo municipal do CDS-PP: 1
• Três (3) abstenções dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal do BE: 3
III. 6. Minuta da Ata – Aprovação.
Aprovada a Tomada de Posição/Deliberação nº 45/XII/2020 por unanimidade e em minuta com:
• Trinta e sete ( 37) votos a favor dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal da CDU: 16
• Do grupo municipal do PS: 11
• Do grupo municipal do PSD: 4
• Do grupo municipal do BE: 3
• Do grupo municipal do PAN: 1
• Do grupo municipal do CDS-PP: 1
• Do presidente da JFFF: 1

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Nada mais havendo a tratar, O Presidente da Assembleia Municipal deu os trabalhos por
encerrados, agradecendo a presença do executivo municipal e dos membros deste Órgão.
A sessão terminou cerca das 23:40 horas do dia 26 de Novembro .
Nos termos do art.º 5.º do Decreto-Lei nº 45362 de 21 de Novembro de 1963 (com a redação
atualizada pelo Decreto-Lei nº 334/82 de 19 de Agosto, e de acordo com uma interpretação
extensiva), os documentos mencionados são arquivados, ora em pasta anexa à presente ata, ora
no respetivo processo.
Sempre que se indicou ter sido tomada qualquer deliberação, dever-se-á entender ter sido
aprovado nos termos e para efeitos do disposto no art.º 92.º da Lei nº 169/99, de 18 de setembro,
com a redação atualizada pela Lei nº 5-A/2002, de 11 de janeiro, e com as alterações introduzidas
pela Lei nº 67/2007, de 31 de dezembro e pela Lei nº 75/2013, de 12 de setembro.
Para constar se lavrou a presente ata que vai ser assinada pelo Presidente e Secretários em
exercício:
O Presidente da Assembleia Municipal:

O Primeiro Secretário:

A Segunda Secretária:

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Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº10/2020
6.ª Sessão Extraordinária – 28 de dezembro de 2020

A T A nº 10/2020
Aos vinte e oito dias de dezembro de dois mil e vinte, reuniu a Assembleia Municipal do Seixal, na
sua 6ª sessão extraordinária de 2020, por videoconferência, presidida por Alfredo José Monteiro
da Costa e secretariada pelo 1º Secretário, Américo Augusto de Oliveira da Costa, e pela 2ª
secretária, Sara Sofia Oliveira da Silva Lopes Oliveira, com a seguinte Ordem de Trabalhos,
divulgada pelo edital n.º 30 /2020, de 23 de dezembro.
I – PERÍODO DE ANTES DA ORDEM DO DIA.

II – PERÍODO DA ORDEM DO DIA.

II.1. Transferência de competências da Administração Central para a Administração Local. Não acei-
tação. Aprovação.

II.2. Contrato-promessa de constituição de direito de superfície a favor da Associação de Paralisia


Cerebral de Almada – Seixal (APCAS) sobre o prédio com a área de 26.033,50 m2, sito na Rua Fer-
nando Namora, Verdizela e revogação da deliberação da Câmara Municipal, n.º 352/2005 – CMS,
de 10 de agosto. Aprovação.

II.3. Cedência em direito de superfície de uma parcela de terreno do domínio privado municipal de
5.500 m2, sita na Rua Virgílio Martinho, Quinta das Felícias, Vinha Cabrita, em Aldeia de Paio Pires
a favor da ANPAR – Associação Nacional de Pais e Amigos de Rett. Centro de Atividades Ocupacio-
nais. Aprovação.

II.4. Cedência em direito de superfície de terreno municipal com a área de 3.633 m2, sito em Pi -
nhal de Frades, Seixal, a favor da Associação de Reformados, Pensionistas e Idosos de Pinhal de
Frades, (ARPIFF). Equipamento integrado para pessoas idosas. Aprovação.

II.5. Constituição do Conselho Consultivo Seixal Saudável. Regulamento. Aprovação.

Estiveram presentes, para além dos membros da Mesa:

Da CDU: Ana Luísa Pereira Inácio, Carlos Alberto de Sousa Pereira, Custódio Luís Quaresma Jesus
de Carvalho, Fernando Júlio da Silva e Sousa, Hernâni José Pereira Peixoto Magalhães, Maria João
Evaristo de Oliveira Santos, Maria Júlia dos Santos Freire, Nuno Filipe Oliveira Graça, Paula
Alexandra Sobral Guerreiro Santos Barbosa, Paulo Alexandra da Conceição Silva e Armando da
Costa Farias.
Do PS: Célia Maria Martins da Cunha, Luís Pedro de Seia Gonçalves, Maria Virginia de Sousa
Andrade Dias, Marta Sofia Valadas Barão, Nelson Filipe Lampreia de Oliveira Patriarca, Rui Jorge
Guerreiro Parreira, Rui Miguel Santos Brás, Samuel Pedro da Silva Cruz, Sérgio Miguel Carreiro
Ramalhete e Tomás Baptista Costa dos Santos.
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Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº10/2020
6.ª Sessão Extraordinária – 28 de dezembro de 2020
Do PSD: Duarte Sérgio dos Santos Melo Correia, Maria Luisa Marques da Gama, Ricardo Manuel de
Moraes Soares e Rui Miguel Lança Belchior Pereira.
Do BE: Eduardo Manuel Lino Grêlo, Sandra Anabela Alves de Sousa e Vitor Manuel Cavalinhos..
Do PAN: Nuno André Batista Nunes.
Do CDS-PP: João Guilherme Nobre Prata Fragoso Rebelo.
Estiveram ainda presentes Carlos Reis, Presidente de Junta de Freguesia de Fernão Ferro, e Manuel
António Carvalho em representação de António Santos, Presidente da União das Freguesias de
Aldeia de Paio Pires, Arrentela e Seixal, Eduardo Rosa, Presidente da Junta de Freguesia de
Corroios e Manuel Araújo, Presidente da Junta de Freguesia de Amora.
Registaram-se as seguintes substituições:
No grupo municipal da CDU: Rui Algarvio por Armando da Costa Farias.
O Presidente da União de Freguesias de Aldeia de Paio Pires, Arrentela e Seixal Seixal, Arrentela e
Aldeia de Paio Pires foi substituído por Manuel António Carvalho.
Para além do Presidente da Câmara Municipal do Seixal, Joaquim Cesário Cardador dos Santos,
estiveram presentes os seguintes Vereadores:
Joaquim Carlos Coelho Tavares, Maria João Varela Macau, Eduardo Manuel Rodrigues, Marco
Paulo Teles Fernandes, Elizabete Pereira Adrião, Nuno Miguel Moreira, Manuel Pires de Andrade e
Francisco Miguel Morais.

A Sessão teve início cerca das 20h30.

I. PERÍODO DE ANTES DA ORDEM DO DIA.


Com recurso à minuta uma vez que a gravação só inicia na discussão do ponto I.2 – Saudação
«Feliz Natal sempre! Viva o 25 de dezembro».
I.1. O Grupo Municipal da CDU apresentou uma moção «Escola dos 2.º e 3.º ciclos do ensino
básico e ensino secundário em Fernão Ferro mais próxima de ser concretizada?», subscrita por
Júlia Freire.
(Documento anexo à ata com o número 1).
O Presidente da Assembleia Municipal Abriu os trabalhos saudando os presentes, dando a palavra
a Júlia Freire
Júlia Freire do PS. Fez a presentação sumária da moção dizendo que na Assembleia da República o
documento apresentado teve aprovação, o PS congratulou-se mas absteve-se o que levantou
duvidas, fez a leitura da parte deliberativa.

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Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº10/2020
6.ª Sessão Extraordinária – 28 de dezembro de 2020
O Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra a Duarte Correia, apresentação não
registada, dando de seguida a Tomás Santos apresentação não registada.
O Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra a Paulo Silva
Paulo Silva, da CDU, refere que o PS não se preocupa com a população do Seixal. Na Assembleia
da República todos menos o PS votaram a favor ao lado da população do concelho e na defesa da
escola pública.
O Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra a Carlos Reis
Carlos Reis Presidente da Junta de Freguesia de Fernão Ferro questionou o eleito Tomás santos o
PS é a favor ou contra a construção da escola em Fernão Ferro
O Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra a Samuel Cruz
Samuel Cruz do PS, disse existir um problema que era mais complexo do que era caracterizado na
moção, se fosse retirada uma determinada parte (não percetível) o PS votaria a favor
O Presidente da Assembleia Municipal, deu a palavra ao Presidente da Câmara Municipal
Presidente da Câmara Municipal disse ser mais uma escola 2,3/secundária numa freguesia que
não tem essa resposta, nas áreas envolventes, dentro e fora do concelho também não tinham essa
resposta. Faria todo o sentido continuar essa luta.
O Presidente da Assembleia Municipal, deu a palavra à proponente
Júlia Freire disse que a CDU não iria considerar a proposta da PS
João Rebelo do CDS/PP e Vítor Cavalinhos, do BE apresentaram declarações de voto
O Presidente da Assembleia Municipal, colocou o documento a votação

Aprovada a Tomada de Posição nº 74/XII/2020 por maioria e em minuta com:

• Vinte e cinco (25) votos a favor dos seguintes eleitos:

• Do grupo municipal da CDU: 15

• Do grupo municipal do PSD: 4

• Do grupo municipal do BE: 3

• Do grupo municipal do PAN: 1

• Do grupo municipal do CDS/PP: 1

• Do presidente da JFFF: 1

• Onze (11) abstenções dos seguintes eleitos:

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• Do grupo municipal do PS: 11

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Passamos para o segundo documento”.


I.2. O Grupo Municipal do PS, apresentou Saudação «Feliz Natal Sempre! Viva o 25 de
Dezembro», subscrita por Samuel Cruz.
(Documento anexo à ata com o número 2).
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Intervenções? João Rebelo tem a palavra e depois
Paulo Silva a seguir. João Rebelo se faz favor.”
João Rebelo, do CDS-PP, disse: “Só para me associar a este voto do Partido Socialista. É importante
neste período quando este Natal foi passado por muitas pessoas e muitas famílias em modos
diferentes, tendo em conta o momento em que vivemos. Eu tive o prazer de passar com a minha
família, sobretudo com os meus pais que têm os dois 85 anos e neste momento, em que por vezes
tentamos quase por dever ou de impossibilitar por vezes os contactos com as pessoas com mais
idade por causa das razões objetivas da pandemia. Nós nunca podemos esquecer que eles são
parte integrante das nossas vidas e que o Natal que é de família para quem como eu é crente
também tem a sua dimensão espiritual e católica, a verdade é que é um momento muito
importante, e realçar isso acho que faz bem o Partido Socialista e tenho pena de não me ter
lembrado, sobretudo neste período em que foi muito difícil para muitas famílias estar totalmente
juntas neste período.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Paulo Silva se faz favor. Está primeiro o Vítor
Cavalinhos? Peço desculpa não tinha reparado. Vítor Cavalinhos, se faz favor”.
Vítor Cavalinhos, do BE, disse: “A primeira nota e só uma precisão o Solstício de inverno 2020
comemora-se no dia 22 de dezembro, não é agora nesta data. Esta saudação apela à harmonia
aliás, nós tivemos já um bocadinho aqui no início das discussões das moções, já tivemos um
bocado o quadro da harmonia que nós vivemos aqui. O Bloco de Esquerda não se associa a esta
moção porque não quero carregar nas palavras, mas acho que não vale a pena, durante 360 dias
andamos mais ou menos, o espírito do Natal assim um bocado postiço, pessoalmente acho que
não leva a lado nenhum. Andamos mais ou menos durante o ano todo em estilo de guerra civil, às
vezes aproxima-se desse espírito, e chegamos ao Natal somos todos irmãos e apelamos à
harmonia e nós no Bloco de Esquerda não partilhamos desta dualidade de ver a vida.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Tem a palavra o Paulo Silva, se faz favor.”
Paulo Silva, da CDU, disse: “Quase que posso dizer que faço minhas as palavras do Vítor
Cavalinhos porque não nos associamos a estes solstícios de inverno, preferimos o verão e
consequentemente vamo-nos abster desta moção cujo conteúdo prefiro não comentar.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais intervenções em relação a esta moção? Não
há mais pedidos de intervenção, confirma-se isso? Rui Belchior se faz favor.”

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Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº10/2020
6.ª Sessão Extraordinária – 28 de dezembro de 2020
Rui Belchior, do PSD, disse: “Nós não levamos esta moção da mesma forma que levou o Bloco e a
CDU, consideramos que a época sim é propícia às reconciliações que forem necessárias, também
não creio que seja esse o caso e nem creio que tenhamos andado em guerra ou que andamos em
guerra isso é uma lógica de quem não consegue distinguir, portanto aquela que é a atividade
política da vida pessoal de cada um que temos e devemos ter. De qualquer modo, eu confesso que
já li a moção algumas vezes e é uma moção bastante elaborada e que tem aqui algumas
expressões que eu numa primeira fase não compreendi e agora já compreendi melhor mas de
qualquer modo nós associamo-nos porque a época é propícia a isso repito, a esta saudação.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Vítor Cavalinhos”.
Vítor Cavalinhos, do BE, disse: “Para falar claro eu não gosto de hipocrisia e acho que este
problema isto é tudo muito giro mas é hipocrisia, eu não gosto disso e nós Bloco também não
gostamos e portanto, vamos nos abster e está dito.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Não há mais pedidos de intervenção é isso? Então
tem a palavra o proponente se faz favor.”
Samuel Cruz, do PS, disse: “Apenas para fazer aqui uma correção à intervenção do Vítor
Cavalinhos, na verdade, o solstício de inverno foi dia 21 de dezembro e não dia 22, às 10h12, o
solstício de inverno enquanto acontecimento astronómico mas enfim, a moção não é isso que fala
a moção é uma moção que fala de amor na humanidade e daquilo que nos une muito para além
do Natal no caso concreto é a altura em que os dias deixam de minguar constantemente e passam
a aumentar é o símbolo de esperança que isso representa enfim, temos pena que não seja possível
obter a unanimidade, mas respeitamos a diferença de opiniões e existindo aqui são diferenças de
opiniões, às vezes, mais acaloradas outras até posso admitir excessivas, mas nunca mais do que
isso portanto nada que tenha a ver com uma guerra civil”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Vamos colocar à votação esta saudação”.

Aprovada a Tomada de Posição nº75/XII/2020 por maioria e em minuta com:

• Dezoito (18) votos a favor dos seguintes eleitos:

•Do grupo municipal do PS: 11

•Do grupo municipal do PSD: 4

•Do grupo municipal do PAN: 1

•Do grupo municipal do CDS-PP: 1

•Do presidente da JFFF: 1

• Dezanove (19) abstenções dos seguintes eleitos:


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• Do grupo municipal da CDU: 16

• Do grupo municipal do BE: 3


O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Esta saudação foi aprovada com os votos a favor do
PS, PSD, PAN, CDS e do Presidente da Junta de Freguesia de Fernão Ferro e a abstenção da CDU e
do Bloco de Esquerda. Há alguma declaração de voto? Não há declarações de voto. Então
passamos para o documento seguinte”.
I.3. O Grupo Municipal do PSD, apresentou a moção «Pela criação da Polícia Municipal».
subscrita por Rui Belchior.
(Documento anexo à ata com o número 3).
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “É uma moção do PSD «Pela criação da Polícia
Municipal», subscrita por Rui Belchior tem a palavra se faz favor.”
Rui Belchior, do PSD, disse: “Este é um tema antigo que o PSD tem defendido, voltamos a
recuperá-lo nesta fase porque entendemos que uma polícia municipal seria útil às necessidades
dos munícipes, ainda mais nos tempos mais conturbados que temos vivido ultimamente. Sabemos
que não é essa a função da polícia municipal acorrerem aos incidentes de vária ordem, alguns
graves que têm sucedido no nosso concelho, mas serviria, como polícia administrativa que é para
digamos dar mais espaço às polícias: à PSP e à GNR para ter uma atuação mais incisiva,
naturalmente que isso não dispensará aquilo que está por fazer da Divisão Policial do Seixal ou o
Quartel da GNR de Fernão Ferro, por exemplo, que sabemos serem competências do Poder
Central, mas entendemos que a polícia municipal, repito, podia ser muito útil pelo que lançamos
novamente este tema”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Intervenções para apreciação desta moção?
Inscrições se faz favor? Paulo Silva.”
Paulo Silva, da CDU, disse: “Não é a primeira vez que o PSD trás este tema da criação da polícia
municipal a esta Assembleia, nós entendemos que a polícia municipal quase não tem
competências é uma polícia administrativa, como aliás o Rui Belchior disse que é uma polícia
administrativa. Portanto, na questão da criminalidade violenta, que ele faz aqui referência não tem
qualquer tipo de intervenção e não é com a criação da polícia municipal que se resolve alguns dos
problemas de segurança da população. O que é necessário indubitavelmente são mais meios
humanos e materiais para a PSP e GNR, é dar mais condições às forças policiais existentes mais e
melhores condições é isso que é importante, é isso que temos que reivindicar e não é com a
criação de mais uma entidade que o assunto se pode resolver pelo contrário até pode ser pior
porque vai criar mais uma entidade burocrática, vai criar mais burocracia aqui no meio, na
interligação entre as forças policiais. Quem conhece sabe que as polícias municipais quase sem
competências, quase só para passarem multas e pequenas situações portanto, não vem resolver

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Ata nº10/2020
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qualquer problema de segurança da população do concelho do Seixal e por isso, nós vamos votar
contra.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais intervenções para esta moção? Samuel Cruz
tem a palavra”.
Samuel Cruz, do PS, disse: “A polícia municipal é algo que faz parte dos temas do Partido Socialista
à longos anos e por isso também concordamos com a sua criação e nesse sentido iremos votar a
favor, uma coisa é verdade mal não faz de certeza.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “João Rebelo tem a palavra se faz favor.”
João Rebelo, do CDS-PP, disse: “Também votaremos favoravelmente, noutros concelhos já existe
polícia municipal, o concelho do Seixal é um concelho com muita população e é verdade sendo
esta uma entidade mais administrativa tem possibilidades em colaboração com a GNR e a PSP e
mesmo a proteção civil de dar sinergias e dar trabalhos e ajudar no que é termos um concelho
mais seguro, há bons exemplos e maus exemplos em Portugal de polícia municipal, mas vamos
ficar pelos bons exemplos, por causa da dimensão do concelho e porque nós todos assim o
desejamos no regresso à normalidade que vai obrigar, vai permitir eventualmente que o
crescimento de negócios (impercetível) etc. o concelho do Seixal realmente vai precisar de um
reforço em termos de segurança mais leve neste caso que é a polícia municipal e que pode ajudar
noutro tipo de missões e interagir com as outras forças e serviços de segurança. Nós consideramos
esta proposta válida e votaremos a favor.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais intervenções em relação a esta moção? Carlos
Reis tem a palavra se faz favor.”
Carlos Reis, de SFF, disse: “Eu sou apologista que se deve reforçar os meios, quer das polícias já
existentes, quer da GNR e da PSP e não criar uma outra porque penso que não vai trazer nada de
novo antes pelo contrário, vem é confundir ainda mais a população do ponto de vista das
competências portanto, eu irei votar contra”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais intervenções? Eu inscrevo-me também para
uma breve intervenção enquanto Presidente da Assembleia, para duas notas. Uma, aliás eu
próprio tive oportunidade de participar quando foi a criação das polícias municipais em
representação da Associação, no debate desta matéria e na altura da discussão da lei, e é verdade
que não houve um consenso na Associação Nacional de Municípios e nos autarcas, mas creio que
na altura é possível dizer que uma grande maioria tinha um entendimento que na minha opinião,
já aqui foi expresso em intervenções, que na minha opinião é o caminho. Creio que a questão que
se coloca não é de dispersar forças, nem meios, nem recursos, o País não está em condições disso.
É preciso é apostar e reforçar as forças existentes, as forças de segurança portanto, a polícia de
segurança pública e a GNR nas suas áreas de intervenção que estão definidas, e também não é
claro que o balanço em relação à criação das polícias municipais, o João Rebelo até referiu isso, há
casos de facto, diferentes, situações e experiências diferentes mas que seja um balanço que se diga
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é uma solução para o País, e antes de mais é uma solução para concelhos de grande dimensão
populacional como o concelho do Seixal. De facto a questão não é essa! A questão é investir nas
forças de segurança, investir quando ao longos dos anos se tem assistido a um continuado
desinvestimento nas forças de segurança e o exemplo no concelho do Seixal, o Sr. Presidente da
Câmara dirá com a atualidade que esta matéria tem e que nós conhecemos ao longo dos anos e
fazendo um percurso em relação aos meios às instalações, não apenas à divisão que está por criar
em termos de instalações ao longo de anos, mas onde várias instalações têm, existem porque têm
sido apoiadas pela Câmara ou inclusivamente cedidos pela câmara municipal. A falta de viaturas,
de equipamentos, de agentes de segurança aí é que está o problema. Portanto, o resto ou melhor
uma solução um caminho de criar a polícia municipal é estar aqui digamos a não resolver o
problema e a dispersar meios e recursos e nós não estamos em condições disso. Reforce-se a PSP,
invista-se na PSP e na GNR com os meios que são necessários e veja-se o que há para fazer e que
ao longo de anos os Governos não fizeram no concelho do Seixal. Creio que há mais uma inscrição
é do Vítor Cavalinhos se faz favor.”
Vítor Cavalinhos, do BE, disse: “A propósito desta moção dizer três coisas a primeira delas é o
seguinte: Os maiores episódios de violência no concelho do Seixal, aliás no distrito de Setúbal é a
violência doméstica e para essa situação que é o mais grave problema de segurança em Portugal;
eu vou repetir; o mais grave problema de segurança em Portugal é a violência doméstica, o crime
que mais mata em Portugal é a violência doméstica e para responder a esse crime é o que mais
mata em Portugal, a polícia municipal não é a força para resolver esse problema. A outra questão
as polícias municipais não têm competências nessa área e é preciso é responder a este problema
que eu coloquei. A outra questão para acabar, Portugal não tem falta de polícias para quem gosta
de citar rácios a propósito de nada eu só os desafio a compararem os efetivos de forças de
segurança por habitante que existem nos outros Países com o número de habitantes comparado a
Portugal, portanto Portugal nessa comparação não tem falta de polícias, nem de forças de
segurança, tem falta é de ser um País mais desenvolvido, ter empregos como deve de ser, salários
como devem de ser, respostas sociais como devem ser e as pessoas terem uma vida digna e que
merecem. Portanto, não é solução a criação de uma polícia municipal que não vai resolver nenhum
dos problemas fundamentais da população do concelho do Seixal. O Bloco vai votar contra.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Pergunto se há mais alguma intervenção? Não
tenho registo, sendo assim tem a palavra o Sr. Presidente da Câmara, se faz favor Sr. Presidente.”
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Em termos das estatísticas, porque isso é sempre um
dado importante, de facto a taxa de criminalidade no concelho tem vindo a diminuir a cada ano,
quer do ponto de vista não só do seu número, como também da sua gravidade, é um índice
conjugado canaliza estes dois fatores por um lado, a quantidade de crimes, por outro a sua
gravidade e correlaciona-os e de facto, o município tem em cada ano que passa menor índice, quer
de criminalidade nestas duas dimensões, isso devia mobilizar-nos a todos para podermos ter as
nossas polícias, quer a PSP, quer a GNR mobilizadas para também com competências que têm e
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que infelizmente não atuam da forma como nós entendemos que devia acontecer. Estamos a falar
no concreto da situação relacionada com o posição ilícita de resíduos, de facto os polícias
praticamente não recebemos qualquer ato a não ser da GNR de Fernão Ferro, a verdade seja dita,
de vez em quando nos remete esta matéria mas sobre o ruído, por vezes recebemos muitas
participações da PSP e da GNR, mas sobre os resíduos e a sua posição ilícita há muita pouca
participação. Pensamos que as forças de segurança devem zelar pelo bem da comunidade, pela
sua segurança e o bem estar e a segurança são também a própria salubridade e digamos assim o
ambiente das localidades das povoações e por isso, pensamos que o que deve acontecer em
matéria de segurança é que as forças de segurança existentes tenham os meios e os recursos
necessários para poderem agir melhor em prol da população. Parece-nos que introduzir mais uma
força de segurança neste caso a polícia municipal,l viria ainda trazer digamos assim uma maior
disfuncionalidade a um sistema que se pretende que tenha uma hierarquia, uma direção e não
várias hierarquias e várias direções. Pensamos que serão criadas redundâncias que não são
positivas e hoje as pessoas se têm pouco respeito às polícias e nós verificamos isso, em muitas
situações o que dizem dos polícias municipais seria digamos assim, mais um momento de conflito
ao contrário daquilo que é a proposta aqui do PSD que coloca esta questão. Por outro lado,
permitam-me também dizer que como é referido, precisamos ainda de equipamentos como são a
Esquadra da Divisão Policial do Seixal, como é também o Quartel da GNR de Fernão Ferro, como é
o quartel da GNR de Paio Pires o atual não tem condições e são tudo matérias que temos vindo a
tratar com o Ministério da Administração Interna mas infelizmente o Ministério que nos ficou de
enviar o projeto da Divisão Policial em setembro e já estamos no fim de dezembro e não há projeto
da Esquadra da Divisão Policial por isso, talvez seja mais uma promessa que fica de um Governo
que promete muito mas que faz infelizmente muito pouco.
Uma última nota, só para dizer que este valor dos 350 mil euros, eu gostava de falar depois, claro
em particular, com a pessoa que fez o cálculo dos 350 mil euros para explicar quanto é que custa
ter um polícia com o fardamento, as instalações para poder estar, as viaturas para se poder
deslocar, para depois ver estes 350 mil euros anuais para que força de segurança haveria. Se é só
para ter uma pessoa ou duas talvez desse mas para ter se quisessem ter uma proposta séria e com
operacionalidade este valor ficaria muito aquém daquilo que é a necessidade, talvez seja um
reflexo do pensamento dos governantes do PSD e CDS ao longo de décadas nestes ministérios ao
afastarem portanto, os recursos das forças de segurança não só no concelho do Seixal mas em
todo o País, talvez seja esta visão minimalista e pouco digna daquilo que são as funções do Estado
muito importantes e que devem preservar o bem estar a qualidade de vida e a segurança de
todos”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Tem a palavra o proponente Rui Belchior, se faz
favor.”
Rui Belchior, do PSD, disse: “Eu aliás começava pelo fim porque há sempre esta tentativa de
desvirtuar aquela que é a matéria central que se propõe. Portanto, agarramos-nos logo aqui ao
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valor em concreto para discutir; bom, há polícias municipais com este orçamento era só
meramente indicativo naturalmente que nós ainda estaremos numa fase que íamos apreciar as
necessidades em concreto e portanto, enfim é um ponto de partida, mas se falássemos em 500 mil
ou até num milhão creio que o orçamento do Seixal comportaria seguramente é uma questão de
opção política porque o mesmo dinheiro que é despendido em propaganda, em publicidade e afins
seguramente que davam para comportar uma polícia municipal com a mínima das dignidades isso
eu não tenho nenhuma dúvida. De qualquer maneira ainda dizer o seguinte: uma polícia municipal
também se auto financia, quer na cobrança que faz de contra ordenações, quer em toda a sua
ação e era essa a eficiência que se pretendia com a introdução de uma polícia municipal que ela
própria também aliás à semelhança do que sucederá com a fiscalização da Câmara, esperamos
nós. Portanto, esta polícia também se financia. Contudo, o nosso propósito também não era andar
aí a perseguir os munícipes mas sim, como aliás o Sr. Presidente ainda recentemente tem referido
que esta polícia municipal serve essencialmente ou também e ao contrário do que foi afirmado
não estamos em crer que elas tenham poucas competências. Aliás, são até bastantes
competências mas desde logo fazer cumprir o regulamento municipal, no que diz respeito à
questão do lixo, dos resíduos, até de obras etc. Não vale a pena, nem temos tempo para estar aqui
a dissecar mas ainda há muito mais áreas, a fiscalização do trânsito que nalgumas artérias deste
concelho estão uma autêntica vergonha, com estacionamentos em segunda e primeira fila com as
pessoas a terem que parar para entrarem outros carros porque senão não conseguem passar etc.
Também aí teria uma marca e um elemento dissuasor esperava-se para as pessoas que
constantemente estão em incumprimento. Também na questão da proteção da natureza e
ambiente, a preservação do património municipal, do espaço público, mais policiamento, mais
presença na rua, a ação social, entre outras valências. Dizer-se que é uma polícia que não tem
nenhuma competência, quer dizer não é verdade. É uma questão de opção política e as pessoas
fazem as suas opções políticas e no Seixal o que se verifica é que a opção política aqui é reivindicar
do poder central porque a grande diferença que existe entre e estamos de acordo que as outras
polícias também necessitam de mais meios, quer humanos, quer de infraestruturas mas aqui a
grande diferença é que esta polícia poderia ser o município a cria-la e a geri-la e não estarmos
dependentes do poder central porque é sempre essa a lógica é reivindicar no poder central
quando nós temos à nossa disposição a possibilidade de fazer alguma coisa, portanto colocamos-
nos sempre neste registo. Para terminar é uma opção política, cada um tem as suas, nós temos as
nossas e os outros terão as deles naturalmente”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Vamos colocar à votação.”

Rejeitada a Tomada de Posição nº76/XII/2020 por maioria e em minuta com:

• Dezasseis (16) votos a favor dos seguintes eleitos:

• Do grupo municipal do PS: 11

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• Do grupo municipal do PSD: 4

• Do grupo municipal do CDS-PP: 1

• Vinte (20) votos contra dos seguintes eleitos:

• Do grupo municipal da CDU: 16

• Do grupo municipal do BE: 3

• Do presidente da JFFF: 1

• Uma (1) abstenção dos seguintes eleitos:

• Do grupo municipal do PAN: 1


O Presidente da Assembleia Municipal disse: "Esta moção foi rejeitada com os votos a favor do PS,
PSD, CDS, a abstenção do PAN e os votos contra da CDU, do Bloco de Esquerda e do Presidente da
Junta de Freguesia de Fernão Ferro. Há alguma declaração de voto? Não há declarações de voto
confirma-se. Então, passamos para o documento seguinte.”
I.4. O Grupo Municipal do PAN apresentou Voto de Condenação “Pelo massacre de animais
selvagens numa quinta na Azambuja” Subscrita por André Nunes.
(Documento anexo à ata com o número 4).
O Presidente da Assembleia Municipal disse: "Tem a palavra André Nunes se faz favor. Peço
desculpa, Sara, 2.ª Secretária os tempos, se faz favor.”
Sara Oliveira, do PS, 2.ª Secretária da AM, disse: “Temos a CDU com 9 minutos e 50 segundos,
temos o PS com 8 minutos, temos o PSD com 10 segundos, o Bloco de Esquerda com 3 minutos e
45 segundos, temos o PAN com 5 minutos, o CDS com 2 minutos e 50 segundos, e o Sr. Presidente
da Junta de Fernão Ferro com 3 minutos.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Obrigado. Então, agora sim André Nunes se faz
favor.”
André Nunes, do PAN, disse: “O que se passou na Azambuja há uns dias atrás é do conhecimento
de todos e portanto, não há muito mais a acrescentar daquilo que está no texto do Voto de
Condenação, proponho que a Assembleia hoje o faça e portanto é só mesmo isso.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Intervenções para este voto de condenação? Quem
é que pretende intervir? João Rebelo se faz favor.”
João Rebelo, do CDS-PP, disse: “Votarei favoravelmente este voto... (Daqui para a frente existem
cortes constantes de som)
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Paulo Silva, se faz favor.”
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Ata nº10/2020
6.ª Sessão Extraordinária – 28 de dezembro de 2020
Paulo Silva, da CDU, disse: “A CDU vai votar favoravelmente este voto de condenação, dizer que
desde o primeiro momento que a CDU tem estado contra os projetos que estão a ser
desenvolvidos na herdade da Torre-bela, portanto na Câmara Municipal da Azambuja temos
votado contra esses projetos, estamos contra aquele massacre, não nos revemos naquilo. Aliás,
consideramos que aquilo não é caça aquilo é um exibicionismo, é um ato de crueldade aquilo que
ali aconteceu. Não nos revemos e vamos fazer declaração de voto no último parágrafo desta
moção sobre a questão da caça, porquanto são coisas distintas aquilo que aconteceu não foi caça
para nós é encurralar os animais e matá-los a sangue frio, não tem nada a ver com caça, aquilo é
um ato de pura crueldade o que ali aconteceu e de violência gratuita e com o exibicionismo que o
João Rebelo já falou portanto voto favorável com declaração de voto sobre as questões da caça.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais intervenções? Quem é que pretende intervir?
Não há mais pedidos de intervenção. Dou a palavra ao proponente se faz favor.”
André Nunes, do PAN, disse: “Sr. Presidente também não tenho mais nada a acrescentar”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Então, vamos colocar à votação.”

Aprovada a Tomada de Posição nº77/XII/2020 por unanimidade e em minuta com:

• Trinta e Sete (37) votos a favor dos seguintes eleitos:

• Do grupo municipal da CDU: 16

• Do grupo municipal do PS: 11

• Do grupo municipal do PSD: 4

• Do grupo municipal do BE: 3

• Do grupo municipal do PAN: 1

• Do grupo municipal do CDS-PP: 1

• Do presidente da JFFF: 1
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Foi aprovado por unanimidade. Alguma declaração
de voto? Paulo Silva se faz favor.”
Paulo Silva, da CDU, em declaração de voto, disse: “A CDU votou favoravelmente este voto de
condenação porque condena o que aconteceu na herdade da Torre-bela. Não nos revemos,
todavia na parte do último parágrafo relativamente à questão da caça que consideramos que o
teor da moção não relata o que é a caça.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Há mais alguma declaração de voto? Não
registamos nenhum pedido nesse sentido, portanto passamos para o documento seguinte.”
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Ata nº10/2020
6.ª Sessão Extraordinária – 28 de dezembro de 2020
I.5. O Grupo Municipal da CDU apresentou uma moção “Suplemento de Insalubridade,
Penosidade e Risco”, subscrita por Paula Santos.
(Documento anexo à ata com o número 5).
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Paula Santos tem a palavra se faz favor”.
Paula Santos, da CDU, disse: “A CDU trás uma moção sobre o suplemento de insalubridade,
penosidade e risco. É sabido que há mais de 20 anos que os trabalhadores da Administração
Pública lutam pela regulamentação sobre este suplemento que está previsto na legislação e até ao
momento não tinha tido qualquer regulamentação, prejudicando os trabalhadores ao não verem
os seus direitos devidamente garantidos. No Orçamento de Estado para 2021 está prevista a
atribuição deste suplemento embora esta atribuição esteja limitada aos trabalhadores da carreira
geral de assistente operacional nalgumas áreas como nomeadamente de recolha e tratamento de
resíduos, tratamentos de efluentes e higiene urbana, saneamento, procedimentos de inumações
trasladações, abertura e aterro de sepultura, facto do suplemento e insalubridade penosidade e
risco constar na lei no Orçamento de Estado para 2021, não tenhamos dúvidas resulta da luta dos
trabalhadores de todos estes anos que obrigou a que fossem estabelecidos os critérios para
atribuição deste suplemento, no entanto ele fica aquém porque o que seria justo era a atribuição a
todos os trabalhadores da Administração Pública, quer seja da Administração Local, quer seja da
Administração Central que exerçam funções nestas condições, em condições salubre penosas e
que estejam sujeitos a risco. Por isso, a CDU propõe, no âmbito da Assembleia Municipal, que
estamos agora a reunir, por um lado que saúde a luta dos trabalhadores da Administração Local e
da Administração Pública o suplemento de insalubridade, penosidade e risco e insta o Governo a
alargar a atribuição destes suplementos a todos os trabalhadores da Administração Pública e que
exerçam funções nestas condições”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Quem é que pretende intervir? Não há pedidos de
intervenção, confirma-se? Ah! Se faz favor Samuel Cruz.”
Samuel Cruz, do PS, disse: “Acerca desta moção dizer que nos parece extemporânea, de facto esta
reivindicação foi aceite em sede de orçamento de Estado, o Governo comprometeu-se a negociar
com os sindicatos é isto que está a aconteceu neste momento para negociar, em princípio dentro
dos próximos meses fevereiro e março para que se possa ter até meados do ano colocar em prática
justamente esta proposta e, portanto, dizer antes sequer da comissão, antes sequer das reuniões
começarem, começarmos já a exigir mais parece-me que é um ato de má-fé por parte do PCP e
portanto votaremos contra.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Não há mais pedidos de intervenção creio que é
isso. Nesse sentido, Sr. Presidente da Câmara se faz favor.”
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Nós, Câmara Municipal em agosto enviámos um ofício
à Associação Nacional de Municípios Portugueses e também ao Governo, propondo que fosse
aprovada, ou ,uma regulamentada uma lei, que possibilitasse a atribuição deste subsídio ainda
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Ata nº10/2020
6.ª Sessão Extraordinária – 28 de dezembro de 2020
mais no tempo de pandemia que vivemos e que trouxe riscos acrescidos principalmente a estes
setores da salubridade e também do saneamento e dos cemitérios. Isto foi em agosto, em
setembro na execução do orçamento colocámos 1/2 milhão de euros no orçamento que depois foi
levado à Câmara Municipal em outubro e depois à Assembleia Municipal em final de novembro e
que foi aprovado. Por isso, a Câmara do Seixal poderá ser das primeiras câmaras municipais no País
a implementar na prática a partir 1 de janeiro de 2021 este subsídio e é mais uma conquista e mais
uma luta ganha pelos trabalhadores e por todas as forças que acreditam, valorizam e respeitam os
trabalhadores. Por isso, infelizmente ao longo de décadas este subsídio esteve previsto mas não foi
regulamentado não foi desenvolvida a portaria regulamentada só os municípios do Porto e Lisboa
é que tinham essa capacidade, não conseguimos perceber porquê porque é que há essas
diferenças entre os trabalhadores de Lisboa e do Porto em relação aos outros trabalhadores que
tinham já esse subsídio de risco e por isso é mais uma, como disse é mais uma conquista. Será
mais um fator de motivação das nossas equipas de trabalho e será com certeza um valor que irá
representar uma melhoria da qualidade de vida dos nossos trabalhadores que é muito importante.
A luta contra os salários baixos, a luta contra os salários de miséria que ainda temos como é o
salário mínimo nacional deve ser uma luta presente e não uma luta daqui a várias décadas, deve
de ser feita e é esse o esforço que todos temos que fazer, lutarmos para que consigamos ter
trabalhadores com boas condições de vida e que depois possam oferecer um serviço público que
precisamos.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Tem a palavra a proponente Paula Santos se faz
favor.”
Paula Santos, da CDU, disse: “Creio que é importante reiterar que não acompanhamos
obviamente a posição que foi aqui explicita pelo Partido Socialista. Esta moção não é de forma
alguma extemporânea, foi dado um passo com a consagração da possibilidade da atribuição deste
suplemento previsto no Orçamento de Estado para 2021 e saudamos a luta dos trabalhadores
porque foi isso que possibilitou que esta conquista da atribuição do suplemento de insalubridade
penosidade e risco, mas a luta dos trabalhadores era bem mais vasta, aliás no âmbito do
Orçamento de Estado para 2021 havia inclusivamente propostas bem mais abrangentes como a
proposta do PCP em que previa a atribuição deste suplemento para todos os trabalhadores que
desempenhassem funções nestas circunstâncias na Administração Pública. Por isso, este
suplemento deve ser alargado a todos os trabalhadores, compreendemos que por parte do Partido
Socialista que foi aqui expressa pelo eleito Samuel Cruz o objetivo seja restringir e limitar a
atribuição deste suplemento. Nós consideramos que ele deve de ser bem mais abrangente no
sentido de valorizar e de compensar os trabalhadores que prestam trabalho e que todos nós
reconhecemos no âmbito do contexto de pandemia que vivemos de que eram os trabalhadores
que desempenhavam funções essenciais porque nenhum de nós consegue viver nas nossas casas
se não tivermos o abastecimento de água, se não tivermos saneamento, se não tivermos resíduos
e estes trabalhadores estiveram lá e tiveram nestas áreas em concreto mas noutras áreas que

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Ata nº10/2020
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também são fundamentais para assegurar a nossa vida todos os dias e por isso é justo saudar a
luta dos trabalhadores e é justo que esta luta que este suplemento seja abrangente para todos os
trabalhadores da Administração Pública.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Sim, eu já ouvi, Samuel se faz favor em defesa da
honra.”
Samuel Cruz, do PS, disse: “A defesa da honra é porque a eleita Paula Santos disse que o eleito
Samuel Cruz, eu próprio, tinha dito que o objetivo era restringir a atribuição deste subsídio, é
mentira, eu em parte alguma da minha intervenção disse isso. Eu disse que a moção era
extemporânea que revelava má fé do PCP porque estávamos numa fase de debate entre o
Governo e os sindicatos para ver a quem é que seria atribuído. Portanto, meter na minha boca
palavras que eu não disse parece-me absolutamente desadequado e é nesse sentido a minha
defesa da honra.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Paula Santos também em defesa da honra, se faz
favor.”
Paula Santos, da CDU, disse: “Eu creio que é importante que fique claro neste debate; as intenções
do Partido Socialista são claras, não houve aqui qualquer ataque pessoal, simplesmente houve
uma leitura política daquilo que tem sido o posicionamento do Partido Socialista, mas é preciso
deixar bem claro que aquilo que consta do Orçamento de Estado a não ser que se pretenda adiar a
concretização da atribuição do suplemento, aquilo que se pretende é de facto a atribuição deste
suplemento aos trabalhadores nos critérios que estão estabelecidos.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Passamos para a votação, (houve aqui uma
interrupção por parte do PS) o Sr. Presidente da Assembleia pergunta ao eleito Tomás Santos;
Quem é que lhe deu a palavra a si? O eleito Tomás Santos pede um ponto de ordem à mesa; O Sr.
Presidente concedeu um ponto de ordem ao eleito Tomás Santos.”
Tomás Santos, do PS, em ponto de ordem à mesa, disse: “O Sr. Presidente não pode considerar
que, quando é o Partido Socialista, o critério para as defesas da honra é muito curto é muito
restringido mas quando já é para o PCP o critério é pelo contrário é muito largo é muito extenso,
não houve nenhuma defesa da honra da eleita Paula Santos, não houve nenhuma defesa da honra
de nenhum dos eleitos da qual representaram consideramos pura e simplesmente políticos da
forma da defesa da honra e o Sr. Presidente nada disse.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Pois, olhe em primeiro lugar, e para si, quando
intervir faça-o não interrompendo como o fez. Portanto, não volta a fazer isso, mas se é um ponto
à mesa pode fazê-lo em termos regimentais, não pode intervir assim, não pode de outra maneira,
e depois não entro naquela de que há aqui, digamos, uma questão qualquer da mesa em relação
ao Partido Socialista. Portanto nós já vimos em termos da defesa da honra de facto, várias
situações muitas delas do Partido Socialista e portanto, a mesa vai gerir com bom senso esta
matéria. A intervenção em defesa da honra do membro da Assembleia Paula Santos foi colocada
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de facto em termos da defesa da honra, a resposta com intervenção de defesa da honra do Samuel
Cruz do Partido Socialista, e portanto deixamo-nos destas coisas parece que há aqui uma
perseguição ao PS e portanto não se trata nada disso. Samuel Cruz um ponto de ordem? Se faz
favor.”
Samuel Cruz, do PS, disse: “Em nome do Partido Socialista não posso deixar em claro e acho até
desagradável fazê-lo numa reunião que se queria um espírito diferente, de facto parece-me
inadmissível e falo aqui enquanto líder de bancada do Partido Socialista que o eleito Tomás Santos
tendo feito um reparo perfeitamente justificado porque a intervenção da eleita Paula Santos não
foi em alguma parte em defesa da honra. Sr. Presidente não foi em defesa da honra porque eu
defendi a honra dizendo: aquilo foi colocado na minha boca é mentira, e a defesa da honra só era
em relação àquilo que eu tinha acabado de dizer portanto a única coisa que se poderia ter dito em
defesa da honra em uma situação destas era; não o Sr. disse e está a mentir; não foi isso que foi
dito.
Presidente deixe-me terminar, é inadmissível que o Sr. Presidente perante uma observação que é
perfeitamente justificada porque efetivamente a intervenção da eleita Paula Santos não foi uma
defesa da honra, o Sr. Presidente da Mesa por ter levado uma reprimenda pelo eleito Tomás
Santos e não tenha sequer uma palavra porque inequivocamente não foi em defensa da honra a
eleita Paula Santos esta é a atualidade de critérios quando alguém com razão chama a atenção o
senhor repreende quem tem razão e nada diz a quem abusou da defesa da honra (aqui o Sr.
Presidente da Assembleia interrompeu para avisar que já tinha passado os 2 minutos de
intervenção) está a ver Sr. Presidente uns podem usar o regimento como querem “à Lagardère”
outros é ao milímetro sim senhora terminei.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Vamos lá, está no Natal e não há nenhuma
perseguição, nem a si, nem ao PS que fique bem claro; na harmonia do Natal; vamos ao que
interessa e vamos passar à votação”.

Aprovada a Tomada de Posição nº78/XII/2020 por maioria e em minuta com:

• Vinte e Um (21) votos a favor dos seguintes eleitos:

• Do grupo municipal da CDU: 16

• Do grupo municipal do BE: 3

• Do grupo municipal do PAN: 1

• Do grupo municipal do PJFFF: 1

• Dezasseis (16) abstenções dos seguintes eleitos:

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• Do grupo municipal do PS: 11

• Do grupo municipal do PSD: 4

•Do grupo municipal do CDS-PP: 1

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “A moção foi aprovada com os votos a favor da CDU
do Bloco de Esquerda, do PAN e do Presidente da Junta de Freguesia de Fernão Ferro e a
abstenção do PS, PSD, CDS-PP. Alguma declaração de voto? Não há pedidos de declaração de voto
confirma-se? Então, passamos para o documento seguinte.”
I.6. O Grupo Municipal do PAN apresentou Recomendação “Pela implementação de uma
estratégia de combate ao descarte ilegal de resíduos”, subscrita por André Nunes.”
(Documento anexo à ata com o número 6).
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “André Nunes que tem a palavra se faz favor”.
André Nunes, do PAN, disse: “Utilizámos propositadamente imagens para ilustrar a bondade da
iniciativa e portanto elas de alguma forma demonstram aquilo é relatado, há uma total inoperância
por parte da câmara municipal naquilo que é um problema, não apenas ambiental que espelha a
parte de uma falta de civismo gritante da parte de alguns cidadãos, concidadãos mas espelha
essencialmente a falta de uma estratégia de uma política séria de combate ao descarte ilegal de
resíduos. O que nós gostaríamos que o executivo municipal até tendo provado aquilo que tem sido
quer no âmbito do estatuto de oposição, quer em sucessivas iniciativas perguntas que têm sido
dirigidas à câmara municipal aquilo que é gostaríamos que o executivo a tentar sair deste
problema com outros olhos e essencialmente com outras soluções diferentes daquelas que tem
utilizado porque o facto deste tipo de imagens aconteceram em lugares com pouca visibilidade se
é a minha convicção é a nossa convicção se porventura fossem feitos num local com maior
visibilidade seguramente que a resposta seria outra. Portanto, há efetivamente uma política
propagandista que em sítios como estes que aqui coloco, seja na Marisol, seja em Fernão Ferro
acabam por ser arredados para, não é para 2º plano é para 3º ou 4º plano e quem lá passa e
essencialmente pessoas que estão ou a exercitar-se ou de alguma forma a aceder às suas
propriedades com aquilo com que deparam é vergonhoso num município que se diz preocupado
com o ambiente, e portanto esta recomendação visa essencialmente por um lado apelar que a
estratégia de combate ao descarte ilegal seja revista aquela que está a ser implementada
manifestamente não está a funcionar e simultaneamente porque; mas não de forma (impercetível)
que essa mesma estratégia possa antever e prever, seja pontos de recolha gratuitos em certas
áreas críticas do município onde este tipo de fenómeno acontece com maior acuidade circuitos
que de CCTV prevê se for esse o caso com (impercetível) a resolver e proceder-se ao reforço de
fiscalização e sensibilização, porque, efetivamente o espaço público é de todos tem que ser
preservado”.

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O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Intervenções para esta recomendação? Hernâni
Magalhães se faz favor.”
Hernâni Magalhães, da CDU, disse: “Relativamente a esta moção aquilo que eu gostaria de dizer é
o seguinte: Primeiro aspeto, talvez tenha sido o município do Seixal o primeiro ou um dos
primeiros a criar um sistema de recolha de entulhos porta à porta através do chamado “Sacões”
que as pessoas levantavam nas instalações da câmara municipal e que a câmara municipal depois
ia efetuar a recolha aonde eles estivessem no sistema de porta à porta. Portanto, um sistema novo
de porta a porta, anos uma abordagem estratégica sobre esta questão; existem penalizações, claro
que existem, naturalmente que este entulhos são largados em sítios pouco visíveis naturalmente,
porque se fossem em sítios visíveis qualquer pessoa os veria e iriam tirar nota das matriculas e
rapidamente eram caçados os infratores, agora o que é de alguma forma que não se compreende é
que a moção não toque uma única vez, nem sequer na questão da AMARSUL porque também há
lá detritos que, cientificamente sendo tratados pela AMARSUL, então não toquem nos
responsáveis, os verdadeiros responsáveis contrariamente àquilo que o nosso colega André Nunes
disse, não é a câmara municipal, havendo responsáveis são os infratores que estão a despejar
entulhos aqui e acolá e volto a dizer, naturalmente em sítios pouco visíveis, como é que isto se
resolve? Resolve-se com a fiscalização, resolve-se com a atitude cívica, com campanhas, com a
nossa atitude quando vemos esta situação de imediato tirarmos as matriculas e vamos fazer queixa
à câmara municipal é assim que se resolve. Vamos votar contra esta moção”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais intervenções? Não há mais pedidos de
intervenção? Duarte se faz favor.”
Duarte Correia, do PSD, disse: “Só em 10 segundos e respondendo ao Hernâni resolve-se com a
criação da polícia municipal, é só.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Tem a palavra o Vítor Cavalinhos, se faz favor.”
Vítor Cavalinhos, do BE, disse: “Nós queríamos colocar duas questões ou ao proponente da moção
ou ao André Silva. A primeira questão é que a moção não contém nenhuma crítica aos cidadãos
que prevaricam, o André Silva agora na apresentação da moção referiu-se mas foi “en passant”
desvalorizando completamente essa situação. A primeira questão é se há resíduos depositados
ilegalmente é porque alguém age ilegalmente é um facto, e as pessoas que agem ilegalmente não
têm necessidade nenhuma a ações de sensibilização as pessoas que vão depositando os resíduos
sabem perfeitamente que estão a agir ilegalmente não há nenhuma ação de formação em
cidadania sabem perfeitamente que estão a agir ilegal, e depois isso é uma questão que para nós é
essencial. A moção do nosso ponto de vista não faz sentido apresentar-se aqui com uma moção
que não tem uma crítica ao comportamento de uns cidadãos que prevaricam e que prejudicam a
vida dos outros, para ser justo a moção tem que conter essa crítica, porque senão a moção tem
que conter essa crítica e nós achamos que é elementar essa crítica estar na moção. A outra
questão que queria colocar ao André Silva é se os pontos de recolha gratuitos incluem a
possibilidade dos empreiteiros depositarem os resíduos das suas obras, qual é que é o limite que
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têm que ser depositados porque isto de facto, se o ponto gratuito der para tudo então isso passa a
ser uma maravilha para os empreiteiros de construção civil que fazem obras de reparações e
outras e que os resíduos das obras que estão a efetuar sem ter nenhum custo, isso no nosso ponto
de vista não faz sentido”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Sr. Presidente Carlos Reis se faz favor.”
Carlos Reis, do SFF, disse: “Esta moção peca no meu entender pela falta de referência ou com o
comportamento do cidadão e eu que ando no terreno todos os dias posso-vos dizer que custa-me
imenso perceber que há pessoas que se dirigem aos ecopontos; por exemplo; com caixas de cartão
e nem sequer se dão ao trabalho de as abrir e das colocar lá dentro pura e simplesmente,
abandono-nas ao lado do ecoponto ou seja em espaço municipal e isto não se resolve com criação
de polícia municipal, isso resolve-se com educação, com mais escolas, isso resolve-se com
educação. Para isso é preciso mais escolas com qualidade. Portanto, eu espero honestamente que
a escola 2,3 e secundária que vai ser feita em Fernão Ferro que vá contribuir naturalmente para
uma boa educação neste sentido”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais intervenções? Portanto não há mais pedidos
de intervenção, tem a palavra o Sr. Presidente da Câmara, se faz favor ”.
O Presidente da Câmara Municipal disse: “O problema que é aqui relatado nestas fotos que são
aqui representadas nesta recomendação são infelizmente uma prática que se vê em muitos
concelhos e de facto também aqui no nosso município do Seixal, aquilo que o PAN faz é, pegando
nestas imagens portanto que, foram tiradas de alguns locais tenta concluir que a câmara municipal
numa política ambientalmente sustentável e de facto que seja eficaz, eu gostava de dizer com
factos que isso é completamente errado; isso portanto constata-se com o facto da Câmara
Municipal do Seixal não só neste momento está com os maiores níveis de investimento de sempre
na área do setor de valorização e tratamento de residuos e, efetivamente de resíduos como é o
exemplo da instalação de contentores sumi-enterrados em todas as freguesias com elevada
concentração urbana, Corroios a 100%, Amora praticamente a 100% e agora na União de
Freguesias o trabalho está em curso (corte de som) Miratejo a central de Corroios, Santa Marta do
Pinhal, a zona da Cruz de Pau, a zona das Paivas, a zona da Torre da Marinha etc. todas estas zonas
densamente povoadas sofreram uma intervenção da Câmara Municipal, no sentido, de
conseguirmos adotar um sistema mais adequado de recolha e de posição de resíduos; agora era
preciso que a AMARSUL assuma a sua posição e o seu sistema de recolha ou se tão avançado
quanto o nosso, que ainda não é, não é do ponto de vista quer da contentorização, também não é
do ponto de vista da recolha e agora neste período do Natal, onde estamos, verificamos que
enquanto a Câmara Municipal recolhe os lixos, e mesmo aqueles que estão em redor dos nossos
contentores os da AMARSUL para além da recolha ser tardia estão os contentores muito cheios e
estão com muito material para reciclar ao lado, não deveria acontecer é verdade as pessoas se
estiver cheio deviam colocar noutro ecoponto, mas infelizmente isso não acontece; para além
disso nós estamos agora com um novo sistema implementado de recolha de bio resíduos somos a
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1ª Câmara da região de Setúbal a recolher de porta a porta bio resíduos e isto é de facto
significativo e é um investimento que estamos a fazer não só nos equipamentos mas na
computorização portanto num sistema digital numa plataforma digital onde utilizamos esta recolha
como também nos equipamentos estão a chegar 6 novas viaturas de recolha de RSU já preparadas
para este efeito e podermos dar melhor qualidade àquilo que é o tratamento e recolha de
resíduos, claro que, como disse, o concelho tem 95 quilómetros quadrados muitas zonas verdes e
muitas zonas de enquadramento paisagístico e bem, infelizmente, para nós, não conseguimos com
os 15 fiscais que temos, 15 fiscais municipais não conseguimos naturalmente percorrer os 95
quilómetros quadrados do nosso município e estar em todos os locais para poder portanto agir
sobre os munícipes ou não munícipes que praticam este tipo de ilícito; podemos contactar com as
forças de segurança, e como à pouco referi numa outra intervenção, têm estado muito ausentes
daquilo que é o combate a esta posição ilícita, só a Câmara Municipal é que parece que está
preocupada com esta situação, e também dizer que relativamente à proposta do CCTV, nós temos
um SIG da fiscalização municipal onde temos identificados lugares críticos para além de terem um
tratamento especifico para o dia da recolha, ou seja, com maior frequência também propusemos a
instalação deste tipo de dispositivos; infelizmente por parte dos serviços de segurança quem
compete a um parecer positivo não temos nenhum parecer positivo nem da PSP nem GNR porque
cada um é competente e cada área onde nós queríamos colocar estas câmaras, portanto a ideia
era a Câmara colocava esses dispositivos e essas imagens eram recolhidas e tratadas com os
polícias portanto é o que dizem as leis que no quadro destas matérias mas infelizmente não
conseguimos fazê-lo por isso digamos que de facto aqui uma ajuda na perspetiva se calhar do PAN
para o lado da solução, para já a autorização legislativa para que de facto as Câmaras Municipais
pudessem fazê-lo e até tratarem os dados do ponto de vista daquilo que é a fiscalização destas
áreas isso seria importante, por outro lado também o financiamento para a colocação dos próprios
dispositivos portanto é muito fácil (impercetível) da República fotografar umas matas, tirar uma
fotos por aí e depois fazer aqui uma composição num A4 e mandá-lo para a Assembleia Municipal,
é mais difícil trabalhar nas soluções mas claro o País precisa de pessoas que construam soluções e
não só aqueles que levantam problemas.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Dou a palavra ao proponente, André Nunes se faz
favor”.
André Nunes, do PAN, disse: “Atendendo àquilo que foi a intervenção, parte dela, do Vítor e
também do Carlos Reis eu gostaria de sugerir e vou colocar no chat a redação do 1º parágrafo uma
alteração porque me parece, de facto, que a recomendação é omissa no que diz respeito à questão
do civismo e portanto gostaria que o 1º parágrafo da recomendação fosse alterado para essa
redação que coloquei no Chat, dito isso, há eu coloquei no chat Sr. Presidente, mas se quiser eu
também leio, pronto o que eu estou a propor é que as imagens abaixo foram tiradas nas últimas
semanas na zona da Marisol e Fernão Ferro e constituem apenas alguns exemplos, e essa à parte

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que acrescento, por um lado da parte do civismo, por alguns cidadãos e depois retoma a redação a
seguir, e pronto este é o fim do ponto de ordem.
Para a intervenção final agradecer a leitura histórica ao Hernâni dando duas notas àquilo que foi a
sua intervenção, por um lado dizer que estamos numa sessão da Assembleia Municipal e que tanto
quanto sei pelo menos por mim falo, nós aqui é acionista na AMARSUL e portanto esta é uma sede
é a sede própria para os eleitos porem o que os preocupa via as forças políticas que representam
portanto, também folgo em saber que o Hernâni tem presente como resolver o problema do
descarte ilegal e portanto já só faltou em dizer que as imagens foram faccionadas mas não foram.
Portanto, sabendo o Hernâni como se resolve o que eu aconselho é falar com o Sr. Presidente da
Câmara e dar-lhe essa ajuda porque, manifestamente, como as imagens bem retratam não está a
funcionar e efetivamente a questão e a política que a câmara municipal tem para salvar nesta
matéria em eficaz acaba mesmo por fazer depois aquilo que é a intervenção do Sr. Presidente que
é por um lado assume que a fiscalização é escassa, pergunto-lhe se isso também é da competência
e culpa da Amarsul e quando assume um conjunto de investimentos nomeadamente em zonas
densamente povoadas mas depois nestas que estão à margem em zonas mais resguardadas é o
que se vê e portanto se há coisa que a carapuça não serve ao PAN é não termos a solução tanto na
Assembleia da República como a recomendação o intuito da mesma é sempre de criar soluções do
que o apontar de erros inclusivamente o ponto 2 da recomendação visa justamente isso sem
prejuízo a questão da CCTV pode ser complexa por as questões que foram alentadas mas portanto
o que o PAN apela é que haja de visitar da política que está a ser implementada nesta matéria
porque manifestamente não está a funcionar.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Bom, o André altera a proposta portanto no quadro
da ação que leu e que está também escrita. Portanto há um pedido de intervenção e darei
naturalmente e faremos um ciclo de intervenções; ou seja; quem pretender intervir, porque foi
colocada aqui uma alteração da redação e faremos assim. Carlos Reis se faz favor.”
Carlos Reis, do SFF, disse: “Agradecia ao André Nunes pela disponibilidade que teve em fazer a
alteração desta parte em particular da moção e que vai ao encontro da minha preocupação
relatada na minha intervenção não obstante ao facto de eu verificar no caso de Fernão Ferro no
que diz respeito à Freguesia de Fernão Ferro um esforço enorme de investimento por parte da
câmara municipal ao longo deste mandato no que diz respeito à limpeza urbana e aos meios.
Portanto, para fazer face ao levantamento à recolha de tudo aquilo que é depositado ilegalmente
em espaço de domínio municipal, mas o meu sentido de voto inicialmente; ia manter-se o texto da
moção; iria ser contra, mas tendo em conta a disponibilidade do André em fazer esta alteração eu
portanto, assim já me identifico com ela e vou votar a favor.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “O Vítor Cavalinhos tinha; isto de facto aqui ao fazer
uma leitura do bate-papo nem sempre permite estarmos exatamente em cima da ordem dos
pedidos de intervenção e havia um o Vítor Cavalinhos tinha feito um pedido de ponto de ordem e
agora pediu a palavra, Vítor Cavalinhos se faz favor.”
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Ata nº10/2020
6.ª Sessão Extraordinária – 28 de dezembro de 2020
Vítor Cavalinhos, do BE, disse: “Eu coloquei duas questões e perguntei objetivamente ao André
Nunes e ele não respondeu. Os pontos de recolha gratuita destinam-se a quem? E perguntei
precisamente se esses pontos e recolha gratuita toda a gente lá pode depositar lixo, inclusive
empreiteiros que estejam a fazer obras ou que estejam a fazer obras de construção civil, portanto
se esses pontos de recolha gratuita podem e qualquer munícipe individualmente ou
coletivamente, se lá podem depositar todos e qualquer tipo de resíduos? A pergunta foi esta e o
André não respondeu e eu gostava que isso fosse esclarecido para ficar claro.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Deixem-me dar-vos uma nota, portanto foi feita
uma proposta de alteração e estamos aqui a discuti-la, agora temos que a ajustar para a frente a
metodologia em relação a isto; ou seja, são possíveis naturalmente alterações das propostas
durante o debate é evidente, face ao próprio debate se for esse o entendimento dos proponentes
mas não podem é ser feitas na intervenção final porque a intervenção final é uma intervenção de
fecho; têm que ser feitas atempadamente antes ainda da intervenção do Sr. Presidente porque,
isto está no regimento, a sequência é a intervenção do Sr. Presidente se for caso disso se o
entender e a intervenção do proponente. Portanto, a alteração das propostas têm que ser em sede
do debate, a partir da intervenção do Sr. Presidente e do proponente que fecha já não é sede de
debate; bom, mas como fizemos essa opção, pronto fica aqui, a colocação desta questão que creio
que todos estão de acordo e portanto é o procedimento que queremos para a frente, mas agora
vamos fechar. Portanto, quem é que pretende intervir ainda sobre agora já com esta proposta
também? (aqui houve uma interrupção da 2ª Secretária da mesa que mencionou que o PAN ficou
sem tempo, para responder ao BE, precisa de tempo, depois se o Sr. Presidente quiser antes do
próximo documento posso apresentar os tempos) o Sr. Presidente disse que estava certo que a
seguir a Sara apresentava os tempos.
Estamos aqui com uma questão objetiva que é o PAN não tem tempo se quiser intervir ainda e
neste quadro, vamos fechar não há tempo para intervenção do PAN, certo? há alguma questão?
Não. Então sendo assim vamos colocar à votação.”

Aprovada a Tomada de Posição nº79/XII/2020 por maioria e em minuta com:

Dezoito (18) votos a favor dos seguintes eleitos:

• Do grupo municipal do PS: 11

• Do grupo municipal do PSD: 4

• Do grupo municipal do PAN: 1

• Do grupo municipal do CDS-PP: 1

• Do presidente da JFFF: 1

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Dezasseis (16) votos contra dos seguintes eleitos:

• Do grupo municipal da CDU: 16

Três (3) abstenções dos seguintes eleitos:

• Do grupo municipal do BE: 3


O Presidente da Assembleia Municipal disse: “A recomendação foi aprovada com os votos a favor
do PS, do PSD, do PAN, do Presidente da Junta de Freguesia de Fernão Ferro e do CDS, o voto
contra da CDU, e a abstenção do Bloco de Esquerda. Alguma declaração de voto? Não. Sara
tempos se faz favor.”
Sara Oliveira, do PS, disse: “Temos a CDU com 2 minutos e 20 segundos, o PS com 7,40, o PSD com
6 segundos, o Bloco de Esquerda tem 1,30, o PAN já não tem tempo, o CDS tem 1,10 e o
Presidente da Junta de Freguesia de Fernão Ferro tem 1 minuto.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Passamos para o documento seguinte”.
I.7. O Grupo Municipal da CDU apresentou uma moção “Pela Renacionalização da Empresa CTT
Correios de Portugal”, subscrita por Hernâni Magalhães.
(Documento anexo à ata com o número 7).
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Hernâni Magalhães tem a palavra se faz favor.”
Hernâni Magalhães, da CDU, disse: “Eu queria em primeiro lugar apresentar uma adenda no 4º
ponto que vou pôr uma bate-papo, que já pus bate-papo; em segundo lugar eu queria dizer só
duas pequenas notas, mas duas pequenas nota,s são as seguintes: Em 2019 23 dos 24 indicadores
com que são classificados os CTT e estabelecidos pela ANACOM esses 23 indicadores ficaram
abaixo do estabelecido pela ANACOM (impercetível) recursos cada vez mais externos; centenas de
estações de correios mais de 500 foram encerradas nos últimos 10 anos entre as quais da Cidade
da Amora e Aldeia de Paio Pires acho que isto é suficiente para justificar a moção, disse.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Quem é que pretende intervir? Samuel Cruz se faz
favor.”
Samuel Cruz, do PS, disse: “Dizer o seguinte, se há problemas com a concessão dos CTT existe
ninguém duvida nesse sentido porque este ano foi um ano atípico e porque não se podia
suspender pura e simplesmente o serviço, foi acordado foi uma prorrogação do contrato por um
curto período de tempo para dar tempo para encontrar uma solução, solução essa que o Governo
está a negociar com o PCP como todos sabemos mas que não é apenas uma nacionalização como
aqui vem a ser pedido pela Assembleia Municipal do Seixal é antes a retoma do controlo de
societário de competição de ações em bolsa. Portanto, este sem complexo ideológico isto é o que
está em causa é o que está em cima da mesa, esta moção é também ela perfeitamente

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Ata nº10/2020
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desadequada e o Partido Socialista irá votar contra, nós estamos no tempo das nacionalizações por
mais que o PCP o queira ou queira reviver, a torre bela já lá vai.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais intervenções? Não há mais pedidos de
intervenção é isso? Confirma-se. Então, tem a palavra o Sr. Presidente da Câmara”.
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Relativamente aos CTT no Concelho do Seixal
conhecemos todos o encerramento da loja de Amora e depois da Aldeia de Paio Pires e de facto
ficámos com menor serviço e com serviço mais caro e essa tem sido a história das privatizações do
nosso País. Portanto os sistemas públicos que funcionam que até como neste caso que dão lucro
ao país e ao Estado são vendidos para portanto, interesses privados e normalmente o que
acontece é isso, pior serviço e mais caro. Há aqui de facto uma diferença em termos daquilo que é
a visão política relativamente à construção de um Estado democrático e soberano a nosso ver em
prol das populações, os Governos do PS, PSD e de outros partidos em prol dos privados e de facto
à aqui uma grande diferença infelizmente, vou dizer assim, não em prol do interesse público mas
em prol do interesse privado, temos muita pena que assim seja mas de facto acreditamos que é
possível mudar é possível ganhar mais posições para de facto voltarmos a ter um serviço público
postal de qualidade e eficiente e público é esse o nosso objetivo retomando aquilo que deveria ser
um investimento ter mais estações de correios, funcionários, é esse o nosso desejo e é nisso que a
Câmara Municipal do Seixal está a apostar”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Hernâni.”
Hernâni Magalhães, da CDU, disse: “Eu só gostaria de dizer que de facto há algumas pessoas que
estão muito mais preocupadas com a distribuição dos dividendos do que com a garantia da
prestação de um serviço público de qualidade às populações; infelizmente muitas dessas pessoas
eu não direi todas, mas muitas dessas pessoas estão no Partido Socialista, é uma opção que lhes
fica pela vida fora agora a nossa é completamente inversa a nossa é de facto de serviço público e
estar ao lado das populações”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Então, vamos colocar à votação”.

Aprovada a Tomada de Posição nº80/XII/2020 por maioria e em minuta com:

Vinte (20) votos a favor dos seguintes eleitos:

• Do grupo municipal da CDU: 16

• Do grupo municipal do BE: 3

• Do presidente da JFFF: 1

Dezassete (17) votos contra dos seguintes eleitos:

• Do grupo municipal do PS: 11


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• Do grupo municipal do PSD: 4

• Do grupo municipal do PAN: 1

• Do grupo municipal do CDS-PP: 1


O Presidente da Assembleia Municipal disse: “A moção foi aprovada com os votos a favor da CDU,
do Bloco de Esquerda e do Presidente da Junta de Freguesia de Fernão Ferro, e os votos contra do
PS, PSD, PAN, e CDS. Declarações de voto? André Nunes se faz favor.”
André Nunes, do PAN, em declaração de voto disse: “Anuncio que faremos uma declaração de
voto escrita.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Não há mais nenhuma declaração de voto? Rui
Belchior se faz favor.”
Rui Belchior, do PSD, em declaração de voto disse: “Nós no PSD votámos contra porque somos
contra o documentário profundamente ideológico e estatizante; votámos contra porque
recusamos o controle público e ainda mais a recuperação do controle público, como se pede nesta
moção; votámos contra porque entendemos que deve haver menos Estado e não mais Estado no
controlo das empresas; votámos contra porque estão à vista os péssimos exemplos que
constituíram outras reversões ou privatizações como agora se viu na TAP e cuja reversão da
privatização foi uma autêntica opção da NASA do atual Governo, diga-se que vai conduzir à injeção
de milhões e à perda de milhares de empregos, tudo para fazer o frete aos parceiros que
sustentavam o Governo, Bloco de Esquerda e PCP foi esse o resultado e por isso votámos contra.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais alguma declaração de voto? Não. Então
passamos para o último documento.”

I.8. O Grupo Municipal da CDU apresentou Saudação “Aos 44 Anos de Poder Local Democrático”,
subscrita por Paulo Silva.
(Documento anexo à ata com o número 8).

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Paulo Silva se faz favor.”


Paulo Silva, da CDU, disse: “A CDU apresenta esta saudação aos 44 anos de Poder Local
Democrático. O Poder Local Democrático constitui uma das mais significativas transformações
democráticas operadas com o 25 de Abril. Traduziu-se numa melhoria acentuada e num motor de
desenvolvimento do País e por isso em face desses considerandos a ser na Assembleia Municipal
com proposta dos eleitos da CDU propomos que saúde os 44 anos de Poder Local Democrático no
concelho do Seixal e no País; Saúde todos aqueles que construíram, no concelho do Seixal, o poder
local democrático, saudando o trabalho desenvolvido, a abnegação e espírito coletivo
demonstrado, bem como a obra realizada; Guardar um minuto de silêncio em memória de todos
os autarcas do concelho do Seixal já falecidos.”
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O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Intervenções para apreciação desta saudação? Não
há pedidos de intervenção é isso? Confirma-se? Samuel Cruz se faz favor.” (Aqui a Sara
interrompeu para dizer os tempos).”

Sara Oliveira, do PS, disse: “Peço desculpa ao Samuel; a CDU ficou sem tempo, o PS tem 6,50, o
PSD tem 6 segundos, o Bloco de Esquerda tem 1,30, o PAN não tem tempo, o CDS tem 1,10, o
Presidente da Junta de Freguesia de Fernão Ferro tem 1 minuto.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Samuel Cruz se faz favor.”

Samuel Cruz, do PS, disse: “O PS gostava de se associar a esta saudação mas no entanto pedem
aos proponentes que retirem as alíneas e) e f). A alínea e) porque a questão da regionalização que
parece esquecer-se que houve um referendo porque está em curso agora as iniciativas
nomeadamente a descentralização que o PCP está contra e portanto há aqui algo muito divergente
entre nós; também aquilo o processo de extinção e fusão das Freguesias está de alguma forma em
reversão o Decreto Lei já seguiu para a Assembleia da República portanto também não é a
informação que aqui se deu e muito menos naquilo que tem a ver com o financiamento das
autarquias locais, no caso concreto do Seixal a esse propósito eu quero dar aqui uns dados, para
2021 prevê-se que as transferências correntes da Administração Central para a Câmara Municipal
do Seixal aumentem 10,02%, em 2020 aumentaram 6,27%, em 2019 aumentaram 5,8%, em 2018
aumentaram 5,4% e isto apenas para dizer neste mandato portanto muito acima da faixa da
inflação, não sei o que a Câmara Municipal do Seixal em termos de financiamento quer mais; ai só
haveria que acrescer as taxas de IMI que muito aumentaram e há também que todo o resto são
receitas correntes, não recebem mais é porque não querem; mas a alínea F é pior ainda porque
este exercício (impercetível) dizer que no Seixal tudo corre bem tem muito que se lhe diga senão
vejamos; há que comparar aquilo que é comparável o que é comparável no concelho do Seixal ou
em Guimarães, em Guimarães porque o Seixal é o décimo terceiro maior concelho do País e
Guimarães é o décimo quarto tem uma pequena diferença de população, ambos se situam entre
duas grandes Cidades, Seixal entre Lisboa e Setúbal e Guimarães entre Porto e Braga, ambas têm
um passado industrial importante, então vejamos aquilo que é viver no Seixal e aquilo que é viver
em Guimarães, eu apenas vou dizer o que é que se passa em Guimarães porque no Seixal todos
conhecem, tem universidades, tem a universidade do Minho dos três polos da universidade do
Minho dois localizam-se em Guimarães um deles o Campo de Coros é justamente a recuperação de
um no centro da cidade uma recuperação antiga de fábricas de curtume, quanto a tribunais tem
dois, um de comarca e outro de relação, hospitais tem dois um público e um privado, hospital de
Nossa Senhora de oliveira de Guimarães e hospital da Luz, Freguesias tem 48, museus e agora
aquilo que tinha a ver com o que é dito em relação, há.. espaços do cidadão ou seja lojas do
cidadão 19 em Guimarães e queria aqui referir como sendo um exemplo dos equipamentos no
concelho do Seixal no desporto na cultura e no ambiente; comecemos por exemplo no desporto,
Guimarães tem duas equipas na 1ª liga de futebol; Vitória de Guimarães e o Moreirense; Piscinas

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tem 11, polos desportivos 137 podemos continuar se quiserem, vamos à cultura; em relação à
cultura Guimarães foi por exemplo capital europeia da cultura em 2012; Guimarães tem um
pavilhão multi-usos para 7 mil pessoas de pé e 3 mil lugares sentados, tudo a ver com aquilo que
se passa no Seixal, Câmara de Guimarães oferece um free passe para visita de 11 espaços culturais
na cidade a começar por o seu teleférico, mas também o Castelo de Guimarães, o Parque dos
Duques o percurso museológico etc., diga-se por exemplo que o Centro Histórico está classificado
como património da Humanidade e tem 55 Hotéis, se quisermos também comparar o que se passa
no turismo com aquilo que se passa no Concelho do Seixal, por fim, enfim para além de várias
políticas em termos ambientais que nada tem a ver com o Concelho do Seixal como filtros nos
sumidores das águas pluviais motorização com os leitos de cheia dos cursos de água tudo ao que
aqui ainda se começa a falar mas que não há muito para ser feito aquilo que eu penso que é aqui
enaltecido nesta moção são os Parques Urbanos, Guimarães tem 7 parques urbanos três deles com
prémios nacionais um deles é o cemitério que agora é concelho é o cemitério de Monchique que
aconselho todos a verem na internet, portanto há algo que distingue ainda por fim o Concelho do
Seixal e o Concelho de Guimarães, o Concelho de Guimarães sempre foi governado pelo Partido
Socialista desde que existe Poder Local Democrático, o Concelho do Seixal infelizmente pela CDU e,
como disse, partindo das mesmas condições, com a mesma população, com os mesmos meios está
à vista o que é possível fazer com uma governação Socialista e o que é que acontece com uma
governação Comunista.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais intervenções? João Rebelo se faz favor.”

João Rebelo, do CDS, disse: “Em relação a este voto da CDU esta proposta há o problema objetivo
é falar da regionalização, como é sabido, o CDS é contra a regionalização e, eu próprio também não
concordo e há a questão da apreciação de que a extinção das Freguesias é algo opinião da CDU,
que gostaria que pudesse; portanto o ponto E tem este problema objetivamente quer dizer a
discordância que nós temos com a regionalização e também não acompanhamos a CDU na
apreciação que faz sobre a questão da extinção das Freguesias e por isso nesse sentido não
podemos votar favoravelmente esta proposta vamos abster-nos na parte que é resolutiva, de facto
concordamos que temos que saudar o Poder Local democrático; o Autárquico é uma força
essencial o Municipalismo é o que dá são as veias que correm pelo País inteiro e que alimentam o
funcionamento de proximidade e todas as pessoas que nela trabalham dos funcionários
camarários aos autarcas devem ser saudados; em relação ao 3º ponto que eu aqui referi para
todos os autarcas já falecidos ainda recentemente um antigo autarca do CDS que foi deputado
municipal também; no justo equilíbrio de uma exposição por esses motivos que nós não
concordamos com dois pontos e de uma parte resolutiva que nós concordamos faremos uma
abstenção.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Pergunto se há mais alguma intervenção? Creio que
não. Sr. Presidente da Câmara se faz favor.”

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O Presidente da Câmara Municipal disse: “Eu acho que de facto o Sr. eleito daria um excelente
guia para o Município de Guimarães deverá concorrer ao lugar; mas na verdade para aquilo que
importa é de facto esta situação onde esta saudação se enquadra com a saudação aos homens e às
mulheres que após o 25 de abril tomaram o pulso dos municípios dos territórios nas suas mãos e
com as instituições locais com a população conseguiram transformar esses territórios, de facto o
Seixal para, digamos assim, pena de alguns continua a ser e será sempre um Concelho com
elevados níveis de desenvolvimento e causa social de progresso de notoriedade de modernidade
de avanço de pujança económica um local de cultura de desporto de definição um local qualificado
onde cada vez mais pessoas querem viver, e isso não condiz nada com a visão que alguns eleitos
infelizmente têm do Concelho onde vivem e até são eleitos para o defender e para o promover, é
dessas pessoas que precisamos desses construtores de abril de um projeto autárquico
transformador e não de outros que gostariam de estar noutros sítios; Boa viagem.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Em relação ao proponente não tem tempo. Bom, vá
lá em defesa da honra Samuel.”

Samuel Cruz, do PS, em defesa da honra, disse: “É mesmo em defesa da honra para responder à
deselegância do Sr. Presidente da Câmara que me desejou boa viagem no fim da sua intervenção,
como é evidente não é; e apenas para dizer que muito gostava de ser guia turístico na minha
cidade e no concelho (….) pela simples razão, infelizmente porque eles não existem, disse.”
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Bom, vamos colocar à votação. Portanto façam favor
grupos municipais.”

Aprovada a Tomada de Posição nº 81/XII/2020 por maioria e em minuta com:

Vinte (20) votos a favor dos seguintes eleitos:

• Do grupo municipal da CDU: 16

• Do grupo municipal do BE: 3

• Do presidente da JFFF: 1

Quinze (15) votos contra dos seguintes eleitos

• Do grupo municipal do PS: 11

• Do grupo municipal do PSD: 4

Duas (2) abstenções dos seguintes eleitos:

• Do grupo municipal do PAN: 1

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• Do grupo municipal do CDS/PP: 1
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “A saudação foi aprovada com os votos a favor da
CDU, do Bloco de Esquerda e do Presidente da Junta de Fernão Ferro, e os votos contra do PS, PSD,
e a abstenção do CDS e do PAN. Declarações de voto? Paulo Silva se faz favor.”
Paulo Silva, da CDU, em declaração de voto, disse: “A CDU votou a favor porque consideramos
que todos os que trabalharam e quiseram o Poder Local Democrático no Concelho do Seixal
merecem ser recordados e saudados. Ficámos a saber que o PS vota contra porque nós no Seixal
não há um hospital como em Guimarães tem, era bom que o PS construísse o hospital porque é
incumbência do poder central, ficamos também a saber que o D. Afonso Henriques devia de ser do
PS porque o Samuel Cruz vem aqui dar o exemplo que Guimarães tem um centro histórico,
infelizmente o D. Afonso Henriques não começou a construir Portugal no Seixal começou em
Guimarães porque veio do Norte para Sul, mas eu penso que isso foi por ele ter sido do Partido
Socialista, acabei a minha declaração de voto.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Paulo Silva isto é uma declaração de voto e não
uma intervenção, atenção às declarações de voto, o conteúdo. Mais alguma declaração de voto?
Rui Belchior se faz favor.”
Rui Belchior, do PSD, em declaração de voto, disse: “Nós votámos contra porque entendemos
que esta saudação está distorcida e no fundo como aliás nós temos frequentemente afirmado a
democracia no Concelho do Seixal ainda tem um longo caminho a percorrer temo-lo dito muitas
vezes e reafirmamos nesta ocasião; depois votámos também contra porque esta saudação não é
mais do que isso; um auto elogio aos executivos CDU que é quem tem sempre governado no
Concelho do Seixal e nós para isso também não contribuímos, depois votámos contra porque não
concordamos em especial, entre outros, mas em especial com o ponto F e onde se lê “É um
Concelho moderno onde dá gosto viver e que é hoje na região e no País uma referência no
desenvolvimento social” eu neste capítulo em particular sem crer fazer uso das pessoas que tanto
sofrem eu pergunto se é este o sentimento que têm os habitantes quer do Bairro da Jamaica ou de
Santa Marta; pergunto se essas pessoas têm essa noção do Concelho do Seixal.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais alguma declaração de voto? Se faz favor.”
Samuel Cruz, do PS, em declaração de voto, disse: “O Partido Socialista votou conta porque como
disse no início da sua votação muito gostava de se associar à saudação aos 40 anos do Poder local
Democrático no entanto duas das alíneas nada têm a ver com a saudação ao Poder Local
Democrático e aos homens e mulheres que o construíram antes se dialogam em críticas aos
diferentes Governos e ao auto elogio da Câmara como infelizmente o bom senso não foi procurado
uma matéria que o merecia; outra conclusão não sendo a sugestão do Partido Socialista aceite
outra solução não tinha outro caminho não podia seguir se não estar contra, disse.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Pergunto se há mais alguma declaração? Creio que
não, então vamos proceder no quadro da saudação da proposta a 1 minuto de silêncio, é claro que
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1 minuto de silêncio é evidente significa não haver nenhum registo na videoconferência claro.
Passado o minuto de silêncio obrigado a todos, e recomeçamos às 22h50, para um intervalzinho,
até já então.”
II. PERÍODO DA ORDEM DO DIA.
Orlando Ribeiro, substituto do Presidente da Junta de Freguesia de Corroios e Tomás Santos, do
PS, integraram os trabalhos no início deste ponto.
III.1. Transferência de competências da Administração Central para a Administração Local. Não
aceitação. Aprovação.
(Documento anexo à ata com o número 9).
O Presidente da Assembleia Municipal disse: Sem registo áudio.
Vítor Cavalinhos, do BE, disse: “Acompanhámos estas duas, a associação destes dois problemas à
proposta, acompanhamos no sentido do que é fundamental do nosso ponto de vista neste
momento é portanto de manter essa posição de não aceitar esta regionalização nas competências
nas áreas que estão propostas, era só.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais intervenções em relação a esta proposta? Eu
inscrevo-me para uma breve intervenção e depois podem naturalmente intervir antes de dar a
palavra ao ao Sr. Presidente da Câmara se o entender. Apenas para duas notas que creio que são
úteis neste momento em que estamos portanto aqui a deliberar a não aceitação entre as áreas
essenciais; na educação na saúde e na ação social como o Sr. Presidente disse e bem em outras
intervenções, são funções do Estado essenciais para a vida dos cidadãos naturalmente para as
populações onde logo ao abrigo da constituição são funções sociais têm que garantirem a
universalidade e a equidade de todos os Portugueses e não podem estar digamos dependentes de
dinâmicas num quadro onde não estejam reunidas condições de igualdade de transferências de
competências para todos os municípios Portugueses isso depois depende da própria capacidade e
dinâmica dos municípios que investem mais numa área ou noutra e portanto criam-se situações de
desigualdade, creio que esta é uma questão essencial não é uma questão qualquer é uma questão
de cumprimento da constituição e das funções de Chefe de Estado; o segundo apontamento é que
a opção da Câmara no meu entendimento e como sabem tenho acompanhado esta matéria
digamos desde o seu início e na negociação com o Governo creio que tive praticamente em todas
as reuniões da Associação Nacional de Municípios na qualidade de Vice-presidente com o Governo
na negociação em todas as áreas e na Assembleia da República e de facto há aqui uma questão
essencial creio que não tenho nenhumas dúvidas estou perfeitamente de acordo com a opção da
Câmara do Seixal como muitas outras aliás ainda à pouco foi referido um indicador em relação a
estas áreas com maior importância em relação à educação e à saúde e à ação social, a ação social
vai-se colocar agora porque portanto a respetiva legislação foi aprovada recentemente de que a
atitude é claramente responsável por parte da Câmara; quer dizer, e muitas outras aliás esta
matéria é debatida em todos os Conselhos Diretivos na Associação Nacional de Municípios e creio
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que a última na semana passada e a Associação tem colocado insistentemente deste conjunto de
problemas já aqui enumerado, ao Governo, e fé-lo-o digamos que era útil, aconselhava que lessem
a resolução aprovada por unanimidade nesta matéria não em relação ao processo de transferência
de competências, mas em relação às questões suscitadas face às enormes preocupações e aos
graves problemas de implementação deste processo o documento do congresso da Associação
Nacional de Municípios tem toda a atualidade num congresso realizado à um ano; e de facto nesta
altura o que se assiste é, não há resposta dos serviços da administração central em relação a
nenhuma área mesmo aos municípios que já aceitaram competências não há reuniões das
comissões de acompanhamento na esmagadora maioria dos casos, a comissão de descentralização
de coordenação onde participa a Associação Nacional de Municípios várias áreas do Governo só
reuniu uma vez em todo este processo e portanto nem sequer são agendadas reuniões e não há
respostas em relação às questões essenciais; quanto aos custos às receitas à caracterização de
equipamentos de infraestruturas às despesas correntes à manutenção ao plano de investimento às
obras de recuperação e isso tem antes de mais visível como já foi dito no orçamento de Estado
onde nem sequer a lei de quadro é cumprida porque não tem os mapas no fundo de
financiamento da descentralização, mas em que condições é que responsavelmente se poderiam
aceitar a transferência de competências; olhem por exemplo aceitar transferência de
competências na educação com 20 mil euros por ano para a manutenção de escolas do 2º e 3º
ciclo e do ensino secundário com os graves problemas que todos nós conhecemos quando há falta
gritante e não são cumpridos os rácios em relação aos funcionários das escolas quando não se
conhece nenhum plano de investimento de recuperação das próprias escolas, bom mas eu poderia
enumerar isto da mesma maneira em relação à saúde, bom, e portanto a atitude da Câmara é de
defesa do município e defesa das populações e não seria responsável aceitar transferência de
competências nestas condições onde efetivamente o município nem sequer o envelope financeiro
e portanto os montantes financeiros são conhecidos e como vos disse não há resposta de
nenhuma estrutura da administração central nesta matéria; aliás a Associação Nacional de
Municípios por isso não é uma questão de confiar na sorte é uma questão de responsabilidade de
cada município e já está a fazê-lo tal como o Sr. Presidente da Câmara aqui propôs como a
Associação Nacional de Municípios está a fazer na minha opinião devia ter feito logo de início
sempre colocámos isto porque este processo não teve uma base fundamentada
independentemente do modelo em relação ao qual nós no nosso caso sempre nos opusemos
porque entendemos que descentralização ao abrigo da constituição ou de outra coisa que não é
isto, isto é uma merda de transferência de competências e neste caso sem condições sem meios e
recursos sem responsabilizando claramente a administração central; a terminar, não é por acaso
que o Governo passou o prazo nestas três áreas que são áreas de enorme importância para 2022 é
porque teve que reconhecer que não estavam sequer reunidas as condições e isso significou que
muitos e muitos municípios do País a grande maioria não é por acaso que também as não
aceitaram e portanto não se trata aqui, para terminar, uma questão de confiar na sorte é um
dossier que necessita de continuar a ser negociado com o Governo e necessita por parte do
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Governo o reforço este ou outro qualquer uma resposta que tenha a ver com as condições efetivas
para a transferência de áreas tão importantes para a vida das populações, este apontamento
ainda, eu parece-me bem aqui as questões das Freguesias porque reparem também há
transferência de competências para as Freguesias e portanto esta não é uma questão qualquer é
uma questão também de serviço público às populações e por outro lado que fique claro, isto não é
nenhuma descentralização tal como a constituição protagoniza só há uma efetiva descentralização
do Estado com a regionalização e na minha opinião está aqui muito bem também a questão da
regionalização. Eu pergunto se há mais alguma intervenção? Não havendo tem a palavra o Sr.
Presidente da Câmara, se faz favor Sr. Presidente.”
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Só para também agradecer as várias intervenções e as
várias explicações do Sr. Presidente da Assembleia Municipal também da Sra. eleita e deputada
Paula Santos caracterizaram bem digamos os vários ângulos de abordagem numa matéria que é
muito importante, e só acrescentar relativamente à operacionalização com que estamos a
trabalhar é antes de mais, e está expresso até na documentação, nós não tendo resposta da parte
do Poder Central estamos a contactar as entidades locais que de certa forma participam no
processo da execução destas competências estamos a falar no caso das escolas e dos
agrupamentos estamos a falar do ACCS Almada Seixal e estamos a falar de instituições sociais que
executam várias tarefas em termos da área social na tentativa de podermos obter mais informação
para podermos ter, digamos uma opinião mais conhecedora relativamente àquilo que poderão ser
o exercício dessas futuras competências; agora adequadamente quer dizer é a Câmara Municipal
que está à procura da informação quando o Estado não a dá e é o Estado que exerce essas
competências porque há aqui uma situação deveras irracional e lamento muitos dos senhores
eleitos que por lá andam de outros partidos não tenham sequer colocado em cima da mesa
digamos esta irracionalidade, uns colocaram, mas nem todos, por isso dizer que a Câmara na
medida que tomámos há mais de um ano pela gestão orgânica já produziu essa eventualidade aliás
temos neste momento visão de gestão de equipamentos educativos temos uma divisão também
relacionada com o desenvolvimento social e cidadania na área da habitação exatamente para
termos digam duas competências independentes neste caso entre elas mas subordinadas mesmo à
organização política é claro mas que pudessem trabalhar melhor estas matérias assim como na
área da saúde o Gabinete do Seixal Saudável procura efetivamente com um quadro portanto já
com alguma dimensão, procura pode procurar dar resposta eventual a um exercício de
competências também nesta área para além daquela que já temos hoje; no sentido de apoiar no
ponto de vista do desenvolvimento da saúde, desenvolvimento local e saúde, por isso dizer que da
nossa parte Câmara Municipal estamos a fazer aquilo que é possível mesmo não concordando com
as opções políticas, mas no ponto de vista prático estamos a tomar medidas e temos vindo a tomar
medidas no sentido de podermos estar melhor preparados para corrigir as insuficiências do Estado
Central e uma vez mais demonstra um total alheamento do ponto de vista prático a não ser do
ponto de vista formal e político apenas em termos daquilo que são a legislação que produz mas
depois na prática ninguém se preocupa com isto; eu volto só a referir uma questão que referi
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Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº10/2020
6.ª Sessão Extraordinária – 28 de dezembro de 2020
penso que na reunião preparatória da comissão da Assembleia Municipal é que, para a covid19, o
Governo designou Secretários de Estado; um por região; para poder tratar as matérias
relacionadas com o covid e de alguma articulação que era preciso fazer; isso sobremaneira veio
minorar a ausência do interlocutor regional que se trata de regionalização deveria de resolver com
certeza se existisse, mas como não existe portanto foi designado um Secretário de Estado para
solucionar com as áreas metropolitanas ou com as (impercetível) e podemos fazer o decalque
para esta situação relativamente a este processo de transferência de competências deveríamos der
ter um interlocutor político deste conjunto proposto que nos permitissem ir área a área e a cada
setor o que é a transferência de competências mas isso; a não existência deste processo mesmo
portanto o Governo não teve seguido neste sentido o Governo não está interessado em tratar bem
uma matéria que é tão importante para o País.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Vamos passar à votação, votos dos grupos
municipais”.
Aprovada a Deliberação nº 46 /XII/2020 por maioria e em minuta com:
Vinte e Um (21) votos a favor dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal da CDU: 16
• Do grupo municipal do BE: 3
• Do grupo municipal do PAN: 1
• Do presidente da JFF:
Quinze (15) votos contra dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal do PS: 11
• Do grupo municipal do PSD: 4
Uma (1) abstenção dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal do CDS-PP: 1
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “A proposta foi aprovada com os votos a favor da
CDU, do Bloco de Esquerda, do PAN e do Presidente da Junta de Fernão Ferro, a abstenção do CDS,
e os votos contra do PS e do PSD. Declarações de voto, se for o caso disso? Não há nenhum pedido
de declaração de voto”.
II.2. Contrato-promessa de constituição de direito de superfície a favor da Associação de Paralisia
Cerebral de Almada – Seixal (APCAS) sobre o prédio com a área de 26.033,50 m2, sito na Rua
Fernando Namora, Verdizela e revogação da deliberação da Câmara Municipal, n.º 352/2005 –
CMS, de 10 de agosto. Aprovação.
(Documento anexo à ata com o número 10).

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Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº10/2020
6.ª Sessão Extraordinária – 28 de dezembro de 2020
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Nós acertámos na reunião de líderes que os pontos
II.2., II.3., II.4., porque se tratam de processos de cedência de direito de superfície a várias
instituições que tenham uma apresentação conjunta, uma apreciação conjunta e naturalmente
uma votação ponto a ponto. Tem a palavra o Sr. Presidente da Câmara se faz favor.”
O Presidente da Câmara Municipal disse: “(corte de som) é o processo de candidatura ao
programa PARES 3.0 que está neste momento aberto e que termina no dia 30, e o que
pretendemos é garantir o máximo de portanto de equipamentos sociais o caso em concreto do
que estou a falar dois equipamentos fora da deficiência e um para a área dos idosos estão outros,
outros já estão candidatados outros estão em preparação, estes três necessitam de facto da
aprovação primeiro da Câmara e agora da Assembleia Municipal para instruir o processo de
candidatura e esperar que possa ser garantido neste momento estes equipamentos que de facto
são muito necessários para a nossa população; dizer que através da carta municipal de
equipamentos sociais nós conseguimos garantir uma distribuição com critérios técnicos e políticos
dos equipamentos sociais por todo o território e o que estamos a fazer efetivamente agora que
existe oportunidade de viabilizar uma parte destes equipamentos que estão previstos na nossa
carta municipal essa iniciativa partir das instituições com o apoio da Câmara Municipal vai executá-
lo; só para terminar referir exatamente esta realidade que infelizmente que acontece que é, são os
particulares que têm iniciativa de preencher necessidades sociais que devia ser o Estado a fazer,
são as Câmaras que cedem os terrenos pagam os projetos pagam o financiamento era suposto ser
uma instituição são as Câmaras Municipais que o asseguram e portanto o Estado depois através de
uma parte do financiamento garantida, é garantida através exclusivamente do jogo, são os
Portugueses que pagam jogos (corte de som) não há orçamento de Estado para esta área social,
que é dinheiro bem investido, mas e mais uma vez as políticas do Estado são feitas a partir daí das
iniciativas particulares das instituições o que pode também gerar a tal, digamos assim, a tal
dispersão territorial relativamente às respostas porque em Municípios onde existam menos
condições de apoiar as instituições ou instituições com menos dinâmica de proposta iniciais
podem ficar para trás como todas com mais dinâmica como o nosso caso podem avançar; não
deveria de ser assim um Estado que se quer portanto com políticas universais também de acesso
aos equipamentos sociais, mas no entanto é assim que os Governos têm entendido no nosso País,
não é a nossa forma de visão mas no entanto estamos a acompanhar as instituições sociais para
que fossemos garantir mais e melhores respostas sociais para a nossa população.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Intervenção para apreciação destes pontos? Quem
é que pretende intervir? Portanto intervenções para apreciação destes pontos? Pergunto
novamente, quem é que pretende intervir? Ora, Fernando Sousa se faz favor, tem a palavra.”
Fernando Sousa, da CDU, disse: “A minha intervenção vai no sentido de complementar muito
daquilo que o Sr. Presidente da Câmara referiu mas que de facto este três pontos referem
cedências de terrenos e portanto também alguma participação municipal nesta área mas ficou
alguma coisa para dizer e que eu acho que é importante que se diga; algumas destas situações que
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Ata nº10/2020
6.ª Sessão Extraordinária – 28 de dezembro de 2020
são como aliás foi referido são obrigações do Estado fazem parte da Constituição da República e
neste caso o Concelho do Seixal tem conseguido em ter uma postura diferente, criou até agora e
como é do conhecimento de todos, criou um parque social no nosso Concelho que nos momentos
de crise e neste momento que estamos a atravessar a pandemia deu resposta em muitas situações
às populações que portanto se aproximaram das próprias instituições e em muitas situações o
Estado ficou aquém daquilo que deveria fazer junto das próprias populações, instituições que
garantiram em muita situação, portanto a alimentação, o bem estar a preocupação com as pessoas
mais velhas mas também com as famílias criando portanto algumas alternativas e imaginando em
muitas situações algumas questões que não eram previstas e não foram sequer colocadas por
quem tinha obrigação de estar no terreno a partilhar connosco estas situações; dizer que em
muitas situações que portanto as próprias instituições têm criado em parceria com a Câmara
cedendo portanto terrenos e em muitas situações mesmo a Câmara vai além dos terrenos vai além
dos próprios projetos, projetos de arquitetura projetos de especialidade e também depois pós
construção vai continuando a financiar apoiando as instituições porque aquilo que as instituições
irão portanto protocolar com o Estado são protocolos desajustados da realidade e que de facto
não garantem minimamente as condições para se poder funcional; é uma grande coragem das
instituições avançarem com este de candidaturas mas também só se avança porque de facto
estamos num Concelho, Concelho esse que tem feito ao longo destes anos todo um trabalho em
parceria com as próprias instituições; dizer também que como referiu o Sr. Presidente da Câmara
portanto estes projetos nomeadamente o projeto PARES já vamos no 3º projeto PARES só é
possível avançar com estas candidaturas com estes equipamentos porque a Câmara Municipal
disponibiliza-se para além daquilo que eu já referi disponibiliza-se com uma verba significativa;
dizer também que a Câmara Municipal está sempre presente está dia a dia preocupada também
com as próprias instituições e acrescentando que e facto a descentralização de competências iria
criar muitos problemas a muitas instituições, mas temos a certeza se um dia vier a acontecer no
Concelho do Seixal de certeza absoluta que vamos ser tratados todos da mesma maneira se somos
todos necessários para o nosso Concelho neste sentido a CDU irá votar favoravelmente estes
pontos colocados pela Câmara.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais intervenções em relação a este conjunto de
pontos?Não há mais pedidos de intervenção confirma-se isso, portanto tem a palavra o Sr.
Presidente da Câmara.”
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Estão expressas as motivações também
enquadramentos políticos relativamente às propostas e esperar que de facto que tenhamos mais
projetos apoiados pelo programa PARES, neste momento à duas creches que foram já temos a
informação que vão ter o apoio e isso é importante vamos ter duas novas creches no Concelho do
Seixal que vão ser construídas penso a partir do início do próximo ano de 2021 e queremos ter
mais equipamentos quer na área deficiência quer na área também dos idosos, precisamos de mais

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Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº10/2020
6.ª Sessão Extraordinária – 28 de dezembro de 2020
equipamentos para melhor servir a população e cá está estamos muito empenhados em conseguir
concretizar mais estas respostas sociais para a nossa população.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Vamos passar à votação no ponto II.2.”.

Aprovada a Deliberação nº 47/XII/2020 por maioria e em minuta com:

Trinta e Três (33) votos a favor dos seguintes eleitos:

• Do grupo municipal da CDU: 16

• Do grupo municipal do PS: 11

• Do grupo municipal do BE: 3

• Do grupo municipal do PAN: 1

• Do grupo municipal do CDS-PP: 1

• Do presidente da JFFF: 1

Quatro (4) abstenções dos seguintes eleitos:

• Do grupo municipal do PSD: 4

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “O ponto II.2. foi aprovado com os votos a favor da
CDU, do PS, do Bloco de Esquerda, do PAN, do CDS e do Presidente da Junta de Fernão Ferro, e a
abstenção do PSD. Há alguma declaração de voto? Não, então passamos para a votação do ponto
3.”

II.3. Cedência em direito de superfície de uma parcela de terreno do domínio privado municipal
de 5.500 m2, sita na Rua Virgílio Martinho, Quinta das Felícias, Vinha Cabrita, em Aldeia de Paio
Pires a favor da ANPAR – Associação Nacional de Pais e Amigos de Rett. Centro de Atividades
Ocupacionais. Aprovação.
(Documento anexo à ata com o número 11).
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Portanto a votação do ponto II.3. com os votos a
favor da CDU, do PS, do Bloco de Esquerda, do PAN, do CDS e do Presidente da Junta de Fernão
Ferro e a abstenção do PSD”.

Aprovada a Deliberação nº48/XII/2020 por maioria e em minuta com:

Trinta e Três (33) votos a favor dos seguintes eleitos:

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• Do grupo municipal da CDU: 16

• Do grupo municipal do PS: 11

• Do grupo municipal do BE: 3

• Do grupo municipal do PAN: 1

• Do grupo municipal do CDS-PP: 1

• Do presidente da JFFF: 1

Quatro (4) abstenções dos seguintes eleitos:

• Do grupo municipal do PSD: 4


II.4. Cedência em direito de superfície de terreno municipal com a área de 3.633 m2, sito em
Pinhal de Frades, Seixal, a favor da Associação de Reformados, Pensionistas e Idosos de Pinhal
de Frades, (ARPIFF). Equipamento integrado para pessoas idosas. Aprovação.
(Documento anexo à ata com o número 12).
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Votação do ponto II.4. se faz favor.”

Aprovada a Deliberação nº49 /XII/2020 por maioria e em minuta com:

Trinta e Três (33) votos a favor dos seguintes eleitos:

• Do grupo municipal da CDU: 16

• Do grupo municipal do PS: 11

• Do grupo municipal do BE: 3

• Do grupo municipal do PAN: 1

• Do grupo municipal do CDS: 1

• Do presidente da JFFF: 1

Quatro (4) abstenções dos seguintes eleitos:

• Do grupo municipal do PSD: 4

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “O ponto II.4. foi aprovado com os votos a favor da
CDU, do PS, do Bloco de Esquerda, do PAN, do CDS, e do Presidente da Junta de Freguesia de
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Fernão Ferro e a abstenção do PSD. Há alguma declaração de voto? Eu não perguntei antes mas
também não houve manifestação nesse sentido. Aqui o Eleito Vítor Cavalinhos pediu a palavra
para um esclarecimento.”

Vítor Cavalinhos, do BE, disse: “Sr. Presidente, eu não sei se é possível ou não mas eu gostava de
saber qual era a explicação do PSD porque se absteve nestes pontos, eu tinha curiosidade em
saber, mas o PSD saberá.”

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Pois é, é uma curiosidade muito interessante mas
teria que ser uma declaração de voto, mas dou a palavra ao eleito Rui Belchior, se assim o
entender.”

Rui Belchior, do PSD, em declaração de voto, disse: “Mas Sr. Presidente eu faço sem problema
nenhum e satisfaço as curiosidades, aliás tem sido portanto nós temos optado por esta estratégia
acho que não é segredo para ninguém e a justificação é muito simples, nós não conhecendo nada
do processo não nos queremos comprometer com ele e viabilizamos na mesma com a nossa
abstenção não somos obrigados a votar a favor, a justificação é só essa não conhecemos nada
sobre o processo a não ser aquilo que está na documentação ou aquilo que nos quiseram dizer e
portanto é só por isso não por mais nada é só uma questão de coerência e manter o mesmo
princípio neste tipo de temas que não conhecemos de forma nenhuma, só por isso mais nada.”

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Passamos então para o ponto II.5.”


II.5. Constituição do Conselho Consultivo Seixal Saudável. Regulamento. Aprovação.
(Documento anexo à ata com o número 13).
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Tem a palavra o Sr. Presidente da Câmara se faz
favor.”
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Nós temos estado a criar ou formular um conjunto de
Conselhos Consultivos no sentido de conseguirmos ter a melhor participação de várias entidades
para a comissão e orientação das nossas políticas municipais e na verdade tendo em vista todo o
trabalho que tem vindo a ser feito no âmbito dos municípios Saudáveis e esta edição deste
gabinete, gabinete específico do Seixal Saudável inserido na divisão de desenvolvimento
estratégico da Câmara Municipal, pareceu-nos útil re-visitar o modelo anterior da organização que
existia e torná-lo mais ágil e mais simples, de forma a podermos ter o trabalho mais próximo e
mais eficaz, e por isso, este conselho consultivo na sua composição consta da proposta de
regulamento e que visa essencialmente e não só os órgãos municipais; Câmara e Assembleia
Municipal e juntas de freguesias mas principalmente todos os intervenientes na área da saúde e
relacionados, bem como outros agentes que de forma indireta participam e são importantes neste
processo como são a associação de coletividades associação de idosos para além dos bombeiros
das escolas que também colocámos portanto neste conselho consultivo, o objetivo como disse e
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Ata nº10/2020
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para concluir é de facto podermos ouvir os intervenientes na dinâmica da saúde do Concelho e
podermos também digamos de certa forma consultar melhor as políticas relativamente a esta área
e melhorarmos aquilo que são os indicadores da saúde do Município do Seixal.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Intervenções em relação a este ponto, quem é que
pretende intervir? Não há registos de pedido de intervenção? Temos um, Vítor Cavalinhos se faz
favor Vítor Cavalinhos.”

Vítor Cavalinhos, do BE, disse: “Eu vou falar sobre uma questão da composição do Conselho
Consultivo e é só sobre a linguagem e é para começar pelo seguinte: integra o Conselho o
Presidente da Câmara e o vereador que acompanha, eu penso que acho que é uma vereadora, se é
a vereadora Manuela Calado portanto é uma vereadora e não será um vereador se não estou a
errar; se é uma vereadora não é um vereador portanto e depois as outras coisas todas a seguir, um
representante da Assembleia Municipal, um representante não tem que ser um ou uma ou então
um com uma barrinha e um a porque pode ser perfeitamente uma representante de qualquer uma
destas organizações; e portanto o problema da linguagem aliás num Concelho que tem tido vários
prémios sobre o problema da igualdade de género portanto a linguagem não é uma questão de
pormenor e a linguagem tem um sentido e a proposta que faço porque é elementar é que isto seja
emendado e que portanto seja aqui colocado os dois géneros que qualquer um deles pode
representar qualquer destas instituições, portanto era só isto faz-se facilmente mas para colocar as
coisas como elas devem ser colocadas, era só.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais intervenções? Bom, não há mais pedidos de
intervenção, tem a palavra o Sr. Presidente da Câmara.”
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Sim vamos ver esta situação que o Sr. eleito do Bloco de
Esquerda aqui colocou pronto foi a forma de escrita até foi uma senhora que escreveu por isso
aceitamos essa observação vamos ver na redação final depois a forma de não causarmos nenhum
embaraço a ninguém, um ou uma e outros géneros também não se sabe como escrever por isso
percebe-se que aquilo que é importante é de facto que este conselho consultivo funcione e que a
Câmara Municipal possa beneficiar do acordo com o contributo de todas estas entidades.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Vamos passar à votação, então a votação dos
grupos municipais se faz favor.”
Aprovada a Deliberação nº 50 /XII/2020 por maioria e em minuta com:

Trinta e Três (33) votos a favor dos seguintes eleitos:

• Do grupo municipal da CDU: 16

• Do grupo municipal do PS: 11

• Do grupo municipal do BE: 3


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• Do grupo municipal do PAN: 1

• Do grupo municipal do CDS-PP: 1

• Do grupo municipal do PFF: 1

Quatro (4) abstenções dos seguintes eleitos:

• Do grupo municipal do PSD: 4


O Presidente da Assembleia Municipal disse: “O ponto II.5. do Período da Ordem do Dia foi
aprovado com os fotos a favor da CDU, do PS, do Bloco de Esquerda, do PAN, do CDS e do
Presidente da Junta de Fernão Ferro e a abstenção do PSD. Alguma declaração de voto? Não há
nenhum registo nesse sentido. Antes de terminarmos consideramos a minuta da Ata aprovada.”
III. 6. Minuta da Ata – Aprovação.
(Documento anexo à ata com o numero 14).

Aprovada a Deliberação nº 51/XII/2020 por unanimidade e em minuta com:

Trinta e sete (37) votos a favor dos seguintes eleitos:

• Do grupo municipal da CDU: 16

• Do grupo municipal do PS: 11

• Do grupo municipal do PSD: 4

• Do grupo municipal do BE: 3

• Do grupo municipal do PAN: 1

• Do grupo municipal do CDS-PP: 1

• Do presidente da JFFF: 1
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “E temos uma informação a próxima Assembleia
Municipal que é a 1.ª Sessão Extraordinária terá lugar no dia 20 de janeiro e teremos depois em
fevereiro a 1.ª Sessão Ordinária. Agendem antes de mais isto; depois iremos fazer as respetivas
convocações portanto em relação aos líderes e às comissões que forem caso disso, e terminamos a
nossa Sessão da Assembleia Municipal a última de 2020 com o desejo de continuação de Boas
Festas e de o ano de 2021 que seja um ano onde consigamos e há esperança nesse sentido
começou já o plano de vacinação portanto controlar a assegurar a saúde dos Portugueses e das
Portuguesas a controlar esta pandemia; bom, e por outro lado ao mesmo tempo com o que é

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Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº10/2020
6.ª Sessão Extraordinária – 28 de dezembro de 2020
necessário fazer e o País tem muito por fazer o País e a União Europeia naturalmente na
recuperação económica e social que nós estamos numa situação muito difícil, de desemprego
uma situação com enormes problemas sociais na atividade económica nas micro e pequenas
empresas, bom portanto é um desfio enorme que temos todos, e evidentemente também para os
autarcas e neste concelho continuaremos nos vários órgãos da Câmara na Assembleia nas
Freguesias acima de tudo a defender os interesses, é essa a nossa responsabilidade enquanto
eleitos a defender os interesses da nossa população e a procurar antes de mais também
conseguirmos bom senso em relação à coisas essenciais da vida da nossa população; um bom ano
para todos e com saúde acima de tudo e naturalmente o meu desejo dos melhores sucessos
pessoais e profissionais; boa noite a todos e a todas.”
Nada mais havendo a tratar, O Presidente da Assembleia Municipal deu os trabalhos por
encerrados, agradecendo a presença do executivo municipal e dos membros deste Órgão.
A sessão terminou cerca das 00:03 horas do dia 28 de dezembro.
Nos termos do art.º 5.º do Decreto-Lei nº 45362 de 21 de Novembro de 1963 (com a redação
atualizada pelo Decreto-Lei nº 334/82 de 19 de Agosto, e de acordo com uma interpretação
extensiva), os documentos mencionados são arquivados, ora em pasta anexa à presente ata, ora
no respetivo processo.
Sempre que se indicou ter sido tomada qualquer deliberação, dever-se-á entender ter sido
aprovado nos termos e para efeitos do disposto no art.º 92.º da Lei nº 169/99, de 18 de setembro,
com a redação atualizada pela Lei nº 5-A/2002, de 11 de janeiro, e com as alterações introduzidas
pela Lei nº 67/2007, de 31 de dezembro e pela Lei nº 75/2013, de 12 de setembro.
Para constar se lavrou a presente ata que vai ser assinada pelo Presidente e Secretários em
exercício:
O Presidente da Assembleia Municipal:

O Primeiro Secretário:

A Segunda Secretária:

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Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 01/2021
1ª Sessão Ordinária – 24 de fevereiro de 2021

A T A nº 01/2021
Aos vinte e quatro dias de fevereiro de dois mil e vinte e um, reuniu a Assembleia Municipal do
Seixal, na sua 1ª sessão ordinária de 2021, por videoconferência, presidida por Alfredo José
Monteiro da Costa e secretariada pelo 1º Secretário, Américo Augusto de Oliveira da Costa, e pela
2ª secretária, Sara Sofia Oliveira da Silva Lopes Oliveira, com a seguinte Ordem de Trabalhos,
divulgada pelo edital nº 02/2021, de 19 de fevereiro.
Por se tratar de sessão realizada por videoconferência não houve lugar ao período de intervenção
da população.
I – PERÍODO DE ANTES DA ORDEM DO DIA.
II – PERÍODO DA ORDEM DO DIA.
II.1. Informação sobre o trabalho em curso das Comissões da Assembleia Municipal.
II.2. Ata da 1ª Sessão Ordinária de 28 de fevereiro de 2020.
II.3. Apreciação de informação da Câmara, sobre a atividade desta, nos termos e para efeitos
das alíneas a) e b) do n.º 2 do art.º 25.º do Anexo I à Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro.
II.4. Apreciação de informação do Presidente da Câmara, sobre a atividade do município e
situação financeira do mesmo, nos termos e para efeitos da alínea c) do n.º 2 do art.º 25.º
do Anexo I à Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro.
II.5. Grandes Opções do Plano e Orçamento 2021. 1ª Revisão. Aprovação.
II.6. Procedimento para contratação de empréstimo a médio/longo prazo para investimento -
Relatório final. Adjudicação. Aprovação.
Estiveram presentes, para além dos membros da Mesa:
Da CDU: Almira Maria Machado dos Santos, Armando da Costa Farias, Ana Luísa Pereira Inácio,
Carlos Alberto de Sousa Pereira, Custódio Luís Quaresma Jesus Carvalho, Fernando Júlio da Silva e
Sousa, Hernâni José Pereira Peixoto Magalhães, Maria Júlia dos Santos Freire, Nuno Filipe Oliveira
Graça, Paula Alexandra Sobral Guerreiro Santos Barbosa, Paulo Alexandre da Conceição Silva.
Do PS: Célia Maria Martins Cunha, Luís Pedro de Seia Gonçalves, Maria Virgínia de Sousa Andrade
Dias, Marta Sofia Valadas Barão, Nelson Filipe Lampreia de Oliveira Patriarca, Rui Jorge Guerreiro
Parreira, Rui Miguel Santos Brás, Samuel Pedro da Silva Cruz, Sérgio Miguel Carreiro Ramalhete,
Tomás Baptista Costa dos Santos.
Do PSD: Duarte Sérgio dos Santos Melo Correia, Maria Luisa Marques da Gama, Ricardo Manuel de
Moraes e Soares e Rui Miguel Lança Belchior Pereira.
Do BE: Vítor Cavalinhos, Eduardo Manuel Lino Grêlo e Sandra Anabela Alves de Sousa.
Do PAN: Nuno André Baptista Nunes
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Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 01/2021
1ª Sessão Ordinária – 24 de fevereiro de 2021
Do CDS-PP: João Guilherme Nobre Prata Fragoso Rebelo.
Estiveram ainda presentes os Presidentes de Junta de Freguesia de Amora, Corroios, Fernão Ferro
e da União das Freguesias do Seixal, Arrentela e Aldeia de Paio Pires, respetivamente, Manuel
Araújo, Eduardo Rosa, Carlos Reis e António Santos.
Registaram-se as seguintes substituições:
No grupo municipal da CDU: Rui Algarvio por Almira Santos e Maria João Evaristo Oliveira por
Armando Farias em virtude de Gonçalo Oliveira ter também substituição.
Para além do Presidente da Câmara Municipal do Seixal, Joaquim Cesário Cardador dos Santos,
estiveram presentes os seguintes Vereadores:
Maria Manuela Palmeiro Calado, Joaquim Carlos Coelho Tavares, José Carlos Marques Gomes,
Maria João Varela Macau, Eduardo Rodrigues, Marco Fernandes, Elizabete Pereira Adrião, Nuno
Moreira e Francisco Morais.

Devido a um problema técnico, a gravação áudio da sessão de dia 24 não apresenta condições
para ser possível a sua transcrição, pelo que a presente ata é redigida a partir da minuta da ata ela-
borada pelo 1º Secretário Américo Costa, durante a sessão, minuta aprovada por unanimidade no
final da mesma.
A Sessão teve início cerca das 20:48h.
O Presidente da Assembleia Municipal abriu a sessão saudando os presentes dizendo haver
dificuldade em todos os eleitos entrarem na rede, principalmente no bate papo. Informou ainda
que para além dos lideres, os senhores eleitos deverão fazer o seu voto individual por escrito se
não o conseguirem falo-ao oralmente

I. PERÍODO DE ANTES DA ORDEM DO DIA.


O Presidente da Assembleia Municipal disse: “informou os pedidos de substituição anunciou que
haviam 16 documentos para discussão no período de antes da ordem do dia.
Samuel Cruz, do PS, sugeriu juntar os votos de pesar para que fossem apresentados em conjunto
com votação em separado.
Paulo Silva, da CDU, disse: " não quer juntar o voto de pesar da CDU com o de Marcelino da Mata,
não concorda com abordagem em conjunto, não concordam com a discussão dos 4 em conjunto.
O Presidente da Assembleia Municipal disse que se houvesse concordância de todos de se juntar
os três votos de pesar da CDU avançavam assim.
Samuel Cruz, do PS, disse estar de acordo

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Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 01/2021
1ª Sessão Ordinária – 24 de fevereiro de 2021
I.1. O Grupo Municipal da CDU apresentou o voto de pesar por Carlos do Carmo, subscrito por
Fernando Sousa.
(Documento anexo à ata com o número 1)
O Presidente da Assembleia Municipal informou que iam discutir em primeiro lugar e em
conjunto os 3 os votos apresentados pela CDU e depois o apresentado pelo CDS, com votação em
separado. Deu de seguida a palavra a Fernando Sousa
Fernando Sousa, da CDU, apresentou, lendo o voto de pesar.
O Presidente da Assembleia Municipal perguntou se havia intervenções, dando a palavra a Vítor
Cavalinhos.
Vítor Cavalinhos, do BE, disse que ia votar a favor dos 3 votos de pesar. sim ao voto de Carlos do
Carmo; teve muito prazer em conhecer e conheceu muito bem o Raul Canal, sobre o José Filipe
não conheceu bem.
Fernando Sousa, da CDU, pediu para ser retirada a parte onde dizia: “fez parte da 1ª Comissão de
Trabalhadores da Câmara Municipal do Seixal “ porque tinha duvidas se teria feito parte da
comissão ou se não tinha havido comissão de trabalhadores.
O Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra a Almira Santos.
Almira Santos, da CDU, disse que seria melhor retirar essa parte porque não fazia lógica estender-
se o voto à comissão de trabalhadores.
O Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra a Vítor cavalinhos
Vítor Cavalinhos, do BE, disse que o voto falava do falecido como impulsionador de uma comissão
de trabalhadores e o Bloco valorizava isso, porque as comissões de trabalhadores faziam sentido
tanto no passado como no presente.
O Presidente da Assembleia Municipal disse que uma vez que não havia mais intervenções
passariam ao documento seguinte.
Aprovada a Tomada de Posição nº1/XII/2021 por unanimidade e em minuta com:
Trinta e sete (37) votos a favor dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal da CDU: 16
• Do grupo municipal do PS: 11
• Do grupo municipal do PSD: 4
• Do grupo municipal do BE: 3
• Do grupo municipal do PAN: 1
• Do grupo municipal do CDS-PP: 1
• Do presidente da JFFF: 1

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Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 01/2021
1ª Sessão Ordinária – 24 de fevereiro de 2021
I.7. O Grupo Municipal da CDU, apresentou o voto de pesar por Raul Manuel da Silva Canal,
subscrito por António Santos.
(Documento anexo à ata com o número 7).
O Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra a António Santos
António Santos, Presidente da União fez a apresentação sumária do voto de pesar sobre Raul
Canal.
Aprovada a Tomada de Posição nº2/XII/2021 por unanimidade e em minuta com:
Trinta e sete (37) votos a favor dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal da CDU: 16
• Do grupo municipal do PS: 11
• Do grupo municipal do PSD: 4
• Do grupo municipal do BE: 3
• Do grupo municipal do PAN: 1
• Do grupo municipal do CDS-PP: 1
• Do presidente da JFFF: 1
I.10. O Grupo Municipal da CDU apresentou o voto de pesar por José Filipe da Costa Gomes,
subscrito por Almira Santos.
(Documento anexo à ata com o número 10)
O Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra à proponente.
Almira Santos da CDU fez a apresentação sumária do voto de pesar
Aprovada a Tomada de Posição nº3/XII/2021 por unanimidade e em minuta com:
Trinta e sete (37) votos a favor dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal da CDU: 16
• Do grupo municipal do PS: 11
• Do grupo municipal do PSD: 4
• Do grupo municipal do BE: 3
• Do grupo municipal do PAN: 1
• Do grupo municipal do CDS-PP: 1
• Do presidente da JFFF: 1
I.6. O Grupo Municipal do CDS-PP apresentou o voto de pesar pelo falecimento do Tenente
Coronel Marcelino da Mata, subscrito por João Rebelo.

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Ata nº 01/2021
1ª Sessão Ordinária – 24 de fevereiro de 2021
(Documento anexo à Ata com o número 6)
O Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra ao proponente
João Rebelo do CDS fez a apresentação do documento
O Presidente da Assembleia Municipal perguntou quem queria intervir, registando as
intervenções de Hernâni Magalhães, Américo Costa, Vítor Cavalinhos, Rui Belchior e Tomás
Santos .
Hernâni Magalhães da CDU referiu a ligação do Marcelino da Mata ao regime fascista e à
repressão. O Estado fascista não era um Estado democrático e nunca podiam ser homenageados
pelo estado democrático. Votariam contra.
Américo Costa da CDU referiu que a moção pretendia atingir um objetivo que era o apagar da
historia o que era contrario à vida democrática de qualquer país.
Vítor Cavalinhos do BE disse que o CDS até podia ocupar o lugar do “chefe” continuando esse
caminho o que se estranhava era o papel do PS, nomeadamente, pelas declarações do Ministro da
Defesa e citou Ana Sá Lopes e Mário Cláudio. Informou que ia votar contra.
Rui Belchior do PSD disse que o PSD tinha por principio votar a favor de todos do votos de pesa,r
só tinham tido uma exceção, para Fidel Castro. Os que estavam contra esse voto eram os mesmo
que estavam de acordo com o voto de pesar a Fidel castro. Disse que votariam a favor.
Tomás Santos do PS disse que Marcelino da Mata tinha sido um homem corajoso, com dedicação à
república. Não podia ser retirado dos quadros de oficiais do exercito português, atuou numa
guerra errada. Tinha a sua compreensão e complacência.
O Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra a João Rebelo
João Rebelo do CDS disse que na sua complexidade devia descartar-se o facto de ser um dos
militares mais condecorados de Portugal. Resgatou a vida de portugueses, era esse o destaque que
se devia dar, não era a guerra colonial que estava em jogo, era a vida de Marcelino da Mata. Disse
que estávamos numa democracia e isso levava a não perceber a posição da CDU. No plenário
Assembleia da República e em sede da respetiva comissão o voto de pesar sobre Marcelino da
Mata tinha sido aprovado.
Rejeitada a Tomada de Posição nº4/XII/2019 por maioria e em minuta com:
Dezasseis (16) votos a favor dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal do PS: 11
• Do grupo municipal do PSD: 4
• Do grupo municipal do CDS-PP: 1
Vinte e um (21) votos contra dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal da CDU: 16
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Ata nº 01/2021
1ª Sessão Ordinária – 24 de fevereiro de 2021
• Do grupo municipal do BE: 3
• Do grupo municipal do PAN: 1
• Do presidente da JFFF: 1
O Presidente da Assembleia Municipal pediu a sara Lopes informação sobre os tempos de cada
um dos grupos municipais.
Sara Lopes do PS apresentou o tempo dos partidos :CDU 9’20”; PS 11’40”; PSD 6’50”; BE1’50”;
PAN 5’; CDS 2’40” e PJFF 4’.
I.2. O Grupo Municipal do PS, apresentou a recomendação “Por soluções de mobilidade de mais
longo prazo, de âmbito local e que contribuam para o desenvolvimento do município”, subscrita
por Tomás Santos.
(Documento anexo à ata com o número 2)
O Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra a Tomás Santos que apresentou a
recomendação.
O Presidente da Assembleia Municipal perguntou quem queria intervir, deu a palavra a Hernâni
Magalhães.
Hernâni Magalhães da CDU , disse que iam vota contra.
O Presidente da Assembleia Municipal deu de seguida a palavra a André Nunes.
André Nunes, do PAN, disse que a comissão passava a integrar elementos de cada grupo
municipal.
O Presidente da Assembleia Municipal disse não haver constituição de grupos de trabalho na
câmara e na assembleia, isso não constava do regimento. A assembleia municipal tinha
competência no quadro da suas comissões e era aí que essa matéria devia ser considerada. A
proposta não tinha enquadramento regimental.
Samuel Cruz, do PS, disse que não tinha a mesma interpretação que o Presidente da Assembleia.
Podia-se criar comissões e não se estava impedido de criar outras formas de trabalhar.
O Presidente da Assembleia Municipal disse que a assembleia era soberana para deliberar a
criação de um grupo de trabalho, mas era uma alteração ao regimento, a constituição de um grupo
de trabalho quando havia uma comissão com as mesma funções. Não havia integração da
estrutura técnica da câmara municipal que era da competência da própria câmara
O Presidente da Assembleia Municipal deu de seguida a palavra ao Presidente da Câmara
O Presidente da Câmara Municipal saudou os presentes, dizendo que essas propostas eram
irregulares entre os dois órgãos. O problema estava diagnosticado, estava consideração, iam ter
aumento de mobilidade interna e externa e a ligação a outros tipos de transporte, a câmara

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Ata nº 01/2021
1ª Sessão Ordinária – 24 de fevereiro de 2021
municipal já comparticipava com 2 milhões de euros e já estava além das suas competências. Era
uma proposta que não fazia qualquer tipo de sentido.
O Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra a Tomás Santos.
Tomás Santos, do PS, disse que o PS não estava cá para servir o Presidente da Câmara Municipal
do Seisal, estava para servir a população do concelho. Acolhiam a proposta do PAN, criar um grupo
de trabalho com a presença da câmara e eleitos, a indicar por essa e elementos da sociedade civil,
era uma sugestão que se fazia ao presidente da assembleia municipal. A câmara não conseguia ver
a importância da ligação e mobilidade em todas as áreas do concelho.
O Presidente da Assembleia Municipal realçou as funções e competências de cada órgão e a sua
independência. A Assembleia Municipal não tinha competências para dizer à câmara para integrar
um grupo de trabalho. Não havendo mais intervenções o colocou o documento a votação.
Rejeitada, por voto de qualidade do Presidente da Assembleia, a Tomada de Posição nº
5/XII/2021 e em minuta com:
Dezassete (17) votos a favor dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal do PS: 11
• Do grupo municipal do PSD: 4
• Do grupo municipal do PAN: 1
• Do grupo municipal do CDS-PP: 1
Dezassete (17) votos contra dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal da CDU: 16
• Do presidente da JFFF: 1
Três (3) abstenções dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal do BE: 3
I.3. O Grupo Municipal do PSD, apresentou a moção “Pela Criação de uma NUT III para a
Península de Setúbal”, subscrita por Rui Belchior.
(Documento anexo à ata com o número 3)
O Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra a Rui Belchior.
Rui Belchior, do PSD, apresentou resumidamente a moção.
O Presidente da Assembleia Municipal perguntou quem queria intervindo, tendo-se registado as
inscrições de Paula Santos, Fernando Sousa, Vítor Cavalinhos e Samuel Cruz
Paula Santos, da CDU, disse que a região de Setúbal tinha sido penalizada em 2014,com a abolição
da região de Setúbal pelo governo PSD/CDS. Era preciso vontade política para se fazer
investimento público e o governo não mostrava ter vontade de desenvolvimento do distrito.

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Ata nº 01/2021
1ª Sessão Ordinária – 24 de fevereiro de 2021
Fernando Sousa, da CDU, perguntou se era a região de Setúbal ou Península de Setúbal. Achava
que se estavam a referir à Península de Setúbal.
Vítor Cavalinhos do BE, informou que o BE votaria a favor da moção. Os municípios da região
deviam constituir-se numa NUT III para poderem ficar com os fundos ao seu alcance. Se não havia
NUT III era porque o PSD a retirou com o CDS.
Samuel Cruz, do PS, disse que o problema existia uma vez que a península não tinha acesso aos
fundos comunitários para o seu desenvolvimento. O PS tinha colocado 3 questões, junto da União
Europeia, se a NUT III tinha lugar havia reflexo orçamental a atribuir e devia haver estimulo para os
projetos naturais.
O Presidente da Câmara Municipal disse que a matéria era importante. Com a extinção da NUT III
não havia dados estatísticos da Península de Setúbal. A discriminação desta região era inaceitável,
era preciso encontrar uma solução que desse acesso aos fundos comunitários, tudo dependia do
governo português vir a criar esta NUT. A Auto Europa, em Portugal, tinha tido menos apoio que na
Alemanha. Na componente infraestrutura (833 milhões) não havia nada para Setúbal. Deu a
palavra ao presidente da câmara
O Presidente da Câmara Municipal disse que se estava de fora de mais fundos comunitários,
Lisboa estava a convergir com a União Europeia mas, na Área Metropolitana de Lisboa isso não
acontecia. Tinha que haver vontade política para se criar o acesso aos fundos, a criação de uma
NUT era uma das possibilidades. Era curioso que fosse o PSD a apresentar a oportunidade de criar
a NUT quando, foi o mesmo PSD que eliminou essa possibilidade. As empresas que se queriam
localizar em Setúbal tinham fundos em nível inferior aos das outras regiões. Estavam de acordo
com a proposta.
Rui Belchior, do PSD, disse que esta era uma matéria complexa e merecia debate, não havia
problema com o reconhecimento de um erro, não seguiam cartilha nem sequer do governo
PSD/CDS. Em rigor foi a Comissão Europeia que extingui o modelo anterior.
O Presidente da Assembleia Municipal colocou o documento a votação
Aprovada a Tomada de Posição nº 6/XII/2021 por maioria e em minuta com:
Vinte e seis (26) votos a favor dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal da CDU: 16
• Do grupo municipal do PSD: 4
• Do grupo municipal do BE: 3
• Do grupo municipal do PAN: 1
• Do grupo municipal do CDS-PP: 1
• Do presidente da JFFF: 1
Onze (11) abstenções dos seguintes eleitos:
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• Do grupo municipal do PS: 11
O Presidente da Assembleia Municipal perguntou se havia declarações de voto, não havendo
passava-se ao documento seguinte.
I.4. O Grupo Municipal do BE apresentou a moção “Solidariedade com o Movimento Associativo
Popular», subscrita por Vítor Cavalinhos.
(Documento anexo à ata com o número 4)
O Presidente da Assembleia Municipal informou que seria feita a apreciação em conjunta da
moção I.4 com a I.15. Dando de seguida a palavra a Sara Lopes para informação sobre os tempos.
Sara Lopes disse que a CDU 2’202; o PS 5’402; o PSD 1’50”; o BE 1’; o PAN 40’40”; o CDS 2’40” e o
PFF 4”.
Vítor Cavalinhos, do BE, apresentou de forma sumária a sua moção referindo que era um alerta.
Sara Lopes informou que o BE tinha esgotado o tempo.
O Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra presidente câmara
O Presidente da Câmara Municipal disse que este era um problema já identificado pela a câmara
municipal que o tem vindo a acompanhar. Pretendia-se que as coletividades do concelho tivessem
um regresso o mais rápido possível à sua atividade normal, a câmara tem investido nas
coletividades, para além do apoio para o seu funcionamento. As coletividades deviam ter as
melhores condições para prestaram um bom serviço à população. O governo mais uma vez se
esqueceu deste importante setor social.
Aprovada a Tomada de Posição nº 7/XII/2021 por unanimidade e em minuta com:
Trinta e sete (37) votos a favor dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal da CDU: 16
• Do grupo municipal do PS: 11
• Do grupo municipal do PSD: 4
• Do grupo municipal do BE: 3
• Do grupo municipal do PAN: 1
• Do grupo municipal do CDS/PP: 1
• Do presidente da JFFF: 1

I.15.O Grupo Municipal da CDU apresentou a moção “As coletividades e as associações


recreativas, culturais, e desportivas do nosso concelho estão em risco!”, subscrita por Custódio
Carvalho.
(Documento anexo à Ata com o número 14)
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O Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra a custódio Carvalho


Custódio Carvalho, da CDU, apresentou a moção lendo a parte deliberativa
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “
Aprovada a Tomada de Posição nº 8/XII/2021 por unanimidade e em minuta com:
Trinta e sete (37) votos a favor dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal da CDU: 16
• Do grupo municipal do PS: 11
• Do grupo municipal do PSD: 4
• Do grupo municipal do BE: 3
• Do grupo municipal do PAN: 1
• Do grupo municipal do CDS-PP: 1
• Do presidente da JFFF: 1
I.5. O Grupo Municipal do PAN, apresentou o voto de condenação “Contra o arboricídio no
Seixal», subscrito por André Nunes.
(Documento anexo à ata com o número 5)

André Nunes, do PAN, apresentação sumariamente da moção referindo que não era com a
plantação de novas árvores que se apagava as más práticas, exorta a câmara municipal a rever o
seu património arbóreo.
O Presidente da Assembleia Municipal disse que como não havia pedidos de intervenção dava a
palavra ao presidente da câmara
O Presidente da Câmara Municipal disse que haviam expressões usadas que eram inconvenientes.
Quando se usava o termo “arboricídio” devia justificar-se. A câmara municipal do Seixal tem
investido na arborização e criou um Gabinete Técnico-florestal. Os conteúdos e os adjetivos desta
moção eram negativos.
O Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra ao proponente
André Nunes, do PAN, disse que não tinham conseguido enviar as fotos que comprovavam porque
o ficheiro era demasiado pesado.
Rejeitada, através de voto de qualidade do Presidente da Assembleia, a Tomada de Posição nº 9/
XII/2021 e em minuta com:
Dezassete (17) votos a favor dos seguintes eleitos:

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• Do grupo municipal do PS: 11
• Do grupo municipal do PSD: 4
• Do grupo municipal do PAN: 1
• Do grupo municipal do CDS-PP: 1
Dezassete (17) votos contra dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal da CDU: 16
• Do presidente da JFFF: 1
Três (3) abstenções dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal do BE: 3
O Presidente da Assembleia Municipal perguntou se havia declarações de voto.
I.8. O Grupo Municipal do PS apresentou a moção “Saudar o Festival de Teatro do Seixal e
recomendar que se privilegie a disponibilização dos conteúdos online em futuras edições”,
subscrita por Luís Gonçalves.
(Documento anexo à ata com o número 8)
Luís Gonçalves, do PS, fez a apresentação sumária da moção com a indicação que os conteúdos
deviam estar à disposição on line
O Presidente da Assembleia Municipal disse que como não havia pedidos de intervenção dava a
palavra ao presidente da câmara
O Presidente da Câmara Municipal disse que o festival de teatro tem vindo a crescer e que para o
próximo anos, mas também, ainda este ano, iria ter-se uma grande produção. Era possível,
reconhecendo o trabalho de todos e de todas as companhias, transmitir via internet esses
espetáculos.
O Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra ao proponente que disse nada ter a
acrescentar. Colocou o documento a votação
Aprovada a Tomada de Posição nº 10/XII/2021 por maioria e em minuta com:
Trinta e quatro (34) votos a favor dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal da CDU: 16
• Do grupo municipal do PS: 11
• Do grupo municipal do PSD: 4
• Do grupo municipal do PAN: 1
• Do grupo municipal do CDS-PP: 1
• Do presidente da JFFF: 1

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Ata nº 01/2021
1ª Sessão Ordinária – 24 de fevereiro de 2021
Três (3) abstenções dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal do BE: 3
O Presidente da Assembleia Municipal perguntou se havia declarações de voto , tendo registado a
do Vítor Cavalinhos e Paulo Silva.
Vítor Cavalinhos, do BE, em declaração de voto, disse que a abstenção se deveu ao ponto 2 onde
se falava em “privilegiar” e, com isso não estavam de acordo. O espetáculo devia ser com
expectadores.
Paulo Silva, da CDU, em declaração de voto, disse terem votado a favor porque saudavam o
festival e tinham regozijo em ver o PS a reconhecer o bom trabalho, mas não se reviam no ponto 2
porque o público é que devia ser o prestigiado.
I.9. O Grupo Municipal do PAN apresentou a saudação “Aos cuidadores de animais de rua do
concelho do Seixal”, subscrita por André Nunes.
(Documento anexo à ata com o número 9)
André Nunes, do PAN, apresentou sumariamente a saudação agradecendo a quem se dedicava a
cuidar do próximo, neste caso animais e não humanos.
O Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra ao presidente da Câmara uma vez que não
houve inscrições para intervenções.
O Presidente da Câmara Municipal disse que tinha registado o excelente trabalho que a câmara
tem feito, bem como os seus funcionários. A gestão da adoção devia reconhecer o trabalho dos
cidadãos mas também dos serviços públicos.
O Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra a André Nunes que não teve nada a
acrescentar. Colocou o documento a votação.
Aprovada a Tomada de Posição nº11/XII/2021 por unanimidade e em minuta com:
Trinta e sete (37) votos a favor dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal da CDU: 16
• Do grupo municipal do PS: 11
• Do grupo municipal do PSD: 4
• Do grupo municipal do BE: 3
• Do grupo municipal do PAN: 1
• Do grupo municipal do CDS-PP: 1
• Do presidente da JFFF: 1
I.11.O Grupo Municipal do PS apresentou a recomendação “Promover o desporto em casa”,
subscrita por Rui Brás.

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Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 01/2021
1ª Sessão Ordinária – 24 de fevereiro de 2021
(Documento anexo à Ata com o número 11)

Rui Brás, do PS, apresentou a recomendação lendo as 3 recomendações à Câmara Municipal do


Seixal.
O Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra a Paulo Silva
Paulo Silva, da CDU, aconselhou o PS a ver o site e o Facebook da Câmara Municipal do Seixal
onde estão vários vídeos a convidar os cidadãos, em casa, a fazer desporto.
O Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra ao Presidente da Câmara
O Presidente da Câmara Municipal disse que a câmara e as coletividades tem promovido este tipo
de iniciativas, fazer desporto para as escolas e para as ruas será uma realidade quando tivermos a
pandemia ultrapassada.
Rejeitada, por voto de qualidade do Presidente da Assembleia, a Tomada de Posição nº
12/XII/2021 e em minuta com:
Dezassete (17) votos a favor dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal do PS: 11
• Do grupo municipal do PSD: 4
• Do grupo municipal do PAN: 1
• Do grupo municipal do CDS-PP: 1
Dezassete (17) votos contra dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal da CDU: 16
• Do presidente da JFFF: 1
Três (3) abstenções dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal do BE: 3
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “
I.12.O Grupo Municipal da CDU apresentou a moção “Direito à vacinação, direito de todos, pela
transparência no processo”, subscrita por Paulo Silva.
(Documento anexo à Ata com o número 12)
O Presidente da Assembleia Municipal pediu à segunda secretária informação sobre os tempos.
Sara Lopes do PS. Informou que: CDU 1’09”; PS 3’30”; PSD 1’50”; Bloco tinha esgotado; PAN 1’40”;
CDS 1’24” e PJFF 4’
Paulo Silva, da CDU, fez uma apresentação resumida da moção

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Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 01/2021
1ª Sessão Ordinária – 24 de fevereiro de 2021
O Presidente da Assembleia Municipal perguntou quem queria intervir, tendo-se inscrito o
Samuel Cruz e o Rui Belchior
Samuel Cruz, do PS, pediu esclarecimento sobre a intenção que se relaciona com a perca de
emprego
Paulo Silva, da CDU, perguntou quanto tempo restava à CDU
Sara Lopes do PS informou que tinham 49”
Rui Belchior, do PSD, disse que a moção traduzia uma preocupação geral, no dia anterior em
Corroios, pessoas idosas tinham estado à espera das vacinas mais de uma hora, e que o PSD não
alinhava com isso, e a moção vinha com essa mensagem. Não concordavam com o verdadeiro
assassinato de carácter que foi feito à vereadora Elizabete Adrião. Não lhes competia fazer juízos.
Não aceitavam isso, embora possam censurar as atitudes .
Sara Lopes do PS anunciou que o PSD tinha esgotado o tempo.
O Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra ao Presidente da câmara
O Presidente da Câmara Municipal disse que havia falta de vacinas, a câmara municipal tinha
montado 3 postos de vacinação embora só tenha sido solicitados 2. Estavam preparados para
aumentar o espaço de vacinação. Na sexta anterior tinha havido vacinação para 93 pessoas, não
havendo vacinas para o dia seguinte e tal não devia acontecer. Transmitiram a insatisfação ao
coordenador da vacinação. Os munícipes estavam a ser convocados de forma artesanal. Disse
ainda que tinha sido chamado para que fosse vacinado e tinha recusado. Lamentava que pessoas
utilizassem os seus cargos para passarem à frente. Eram oportunistas. Isso demonstrava falta de
carácter, essas pessoas deviam de ter vergonha de passar à frente dos que mais precisavam.
A vereadora Elizabete Adrião pediu a palavra
O Presidente da Câmara Municipal disse não ter focado nenhuma pessoa em particular afirmando
que o “barrete cabe em quem o enfia”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse que só dava a palavra à câmara na pessoa do senhor
presidente.
Samuel Cruz do PS disse que o PS já esperava que isso fosse acontecer. Devia dar-se à vereadora
Elizabete a possibilidade de se defender. Na defesa da honra quem dava a palavra era o presidente
da assembleia municipal e não o presidente da câmara.
O Presidente da Assembleia Municipal afirmou não considerar razões para a defesa da honra,
passando à votação do documento
Tomás santos pediu um ponto de ordem à mesa que lhe foi concedido e afirmou que era preciso
algum cuidado com o presidente da câmara municipal a intervir na assembleia municipal, fazia
considerações pessoais e usava casos políticos para fazer vingar as suas posições.

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Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 01/2021
1ª Sessão Ordinária – 24 de fevereiro de 2021
Sara Lopes anunciou os tempos, CDU 49”; PS 3’25”; PSD e BE tinham esgotado o tempo; PAN
1’46”; CDS 1’24” e PJFF 4’
Aprovada a Tomada de Posição nº 13/XII/2021 por maioria e em minuta com:
Vinte e um (21) votos a favor dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal da CDU: 16
• Do grupo municipal do BE: 3
• Do grupo municipal do PAN: 1
• Do presidente da JFFF: 1
Dezasseis (16) abstenções dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal do PS: 11
• Do grupo municipal do PSD: 4
• Do grupo municipal do CDS-PP: 1
O Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra a Tomás Santos, a Samuel Cruz, a André
Nunes, a Vítor Cavalinhos e depois a João Rebelo para declarações de voto.
Tomás Santos, do PS, em declaração de voto, disse que uma maior integração europeia devia ter
resposta coletiva, os critérios de vacinação deviam ser claros, quem não cumpria a regra não devia
agir.
Samuel Cruz, do PS, em declaração de voto, disse que a vereadora Elizabete Adrião tinha sido
vitima de assassinato de caráter na praça pública.
André Nunes, do PAN, informou que entregaria declaração de voto nos termos regimental
Vitor Cavalinhos, do BE, informou que entregaria declaração de voto nos termos regimental
João Rebelo, do CDS-PP, em declaração de voto, disse a aceleração da vacinação só era possível
com a associação a privados e que estava a haver uma ataque ”descabelado” à industria
farmacêutica.
I.13. O eleito Nelson Patriarca do Grupo Municipal do PS, fez uma declaração política, que não
entregou por escrito à mesa.
I.14.O Grupo Municipal da CDU apresentou a moção “Pela melhoria das infraestruturas elétricas
na Freguesia de Fernão Ferro”, subscrita por Carlos Pereira.
(Documento anexo à Ata com o número 13)
Carlos Pereira, da CDU, leu a moção de forma sumária
O Presidente da Assembleia Municipal disse que não havendo pedidos de intervenção dava a
palavra ao presidente da câmara.

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Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 01/2021
1ª Sessão Ordinária – 24 de fevereiro de 2021
O Presidente da Câmara Municipal disse que a câmara municipal participou à EDP a situação
concreta da falta de energia em Fernão Ferro e não obteve qualquer resposta por parte daquela
entidade.
O Presidente da Assembleia Municipal colocou o documento a votação
Aprovada a Tomada de Posição nº14/XII/2019 por unanimidade e em minuta com:
Trinta e sete (37) votos a favor dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal da CDU: 16
• Do grupo municipal do PS: 11
• Do grupo municipal do PSD: 4
• Do grupo municipal do BE: 3
• Do grupo municipal do PAN: 1
• Do grupo municipal do CDS-PP: 1
• Do presidente da JFFF: 1
O Presidente da Assembleia Municipal perguntou se havia declarações de voto, dando a palavra a
Rui Belchior
Rui Belchior, do PSD, em declaração de voto, disse que não queria deixar de dizer que em Fernão
Ferro não faltava energia elétrica, o que faltava era agua, saneamento básico, pavilhão, etc.
I.16.O Grupo Municipal da CDU apresentou a saudação “Dia Internacional da Mulher”, subscrita
por Júlia Freire.
(Documento anexo à Ata com o número 15)
Júlia Freire, da CDU, leu a saudação resumidamente.
O Presidente da Assembleia Municipal não havendo pedidos de intervenção colocou o
documento a votação.
Aprovada a Tomada de Posição nº 15/XII/2019 por unanimidade e em minuta com:
Trinta e sete (37) votos a favor dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal da CDU: 16
• Do grupo municipal do PS: 11
• Do grupo municipal do PSD: 4
• Do grupo municipal do BE: 3
• Do grupo municipal do PAN: 1
• Do grupo municipal do CDS-PP: 1
• Do presidente da JFFF: 1
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Os trabalhos foram interrompidos para um intervalo de 15’


Recomeço dos trabalhos às 00:00h

II. PERÍODO DA ORDEM DO DIA


II.1. Informação do trabalho em curso das Comissões da Assembleia Municipal.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “
Paulo Silva, da CDU, informou que a comissão de Desenvolvimento Estratégico, com a presença do
Senhor Presidente da Câmara reuniu, como era habitual, para preparação da assembleia
municipal, onde foram analisados os diversos pontos da ordem de trabalhos.
O Presidente da Assembleia Municipal deu nota da reunião da Comissão das Freguesias onde
estiveram os vários projetos da forças partidárias. Não houve consenso dos grupos municipais. A
lei quadro não possibilitava a resolução do problema.
II.2. Ata n.º1/2020 – 1.ª Sessão Ordinária de 28 de fevereiro de 2020. Aprovação.
(Documento anexo à ata com o número 16)
O Presidente da Assembleia Municipal informou quais dos eleitos presentes que não podiam usar
direito de voto.
Aprovada a Deliberação nº1/XII/2021 por unanimidade e em minuta com:
Trinta e dois (32) votos a favor dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal da CDU: 14
• Do grupo municipal do PS: 10
• Do grupo municipal do PSD: 3
• Do grupo municipal do BE: 2
• Do grupo municipal do PAN: 1
• Do grupo municipal do CDS-PP: 1
• Do presidente da JFFF: 1
Nos termos do Código do Procedimento Administrativo, não votaram por não terem estado
presentes na reunião em causa: da CDU, Hernâni Magalhães e Ana Inácio; do PS, Sara Lopes; do
PSD, Ricardo Soares e do BE, Sandra Sousa.
O Presidente da Assembleia Municipal informou que os pontos II.3 e II.4 iriam ser de apreciação
conjunta
II.3. Apreciação de informação da Câmara, sobre a atividade desta, nos termos e para efeitos das
alíneas a) e b) do n.º 2 do art.º 25.º do Anexo I à Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro.
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(Documento anexo à ata com o número 17)
II.4. Apreciação de informação do Presidente da Câmara, sobre a atividade do município e
situação financeira do mesmo, nos termos e para efeitos da alínea c) do n.º 2 do art.º 25.º do
Anexo I à Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro.
(Documento anexo à ata com o número 18)
O Presidente da Assembleia Municipal deu a a palavra ao presidente da Câmara para
apresentação dos 2 pontos.
O Presidente da Câmara Municipal fez a apresentação da informações sobre as principais
atividade da câmara e das situação financeira do município.
Samuel Cruz do PS, deu um esclarecimento dizendo que o presidente da CMS disse que o PS
defendeu o recurso ao PAEL e, tal não era verdade
João Rebelo, do CDS-PP, disse que o ano de 2020 foi atípico e difícil, gostava de ter um ponto de
situação sobre os investimentos que não foram realizados e sobre o apoio dado à população sobre
a questão do covid e perguntou o que não tinha sido feito por causa das opções impostas pelo
covid. Apesar de tudo a divida continuava a baixar.
Rui Belchior, do PSD, disse ter 2 questões, a 1ª vinha de alguns munícipes: estacionamento e
regulamento da zona de Vale de Gatos se era anual; se era verdade que existiam duas empresa (pai
e filho) a propósito da roda gigante. O filho colocou a roda em Óbidos por 20 mil euros e o pai
colocou no Seixal por 45 mil. Perguntou se este seria esse o mesmo senhor que colocou, na festa
de Avante, uma roda gigante. Perguntou se esses rumores podiam se desmentidos ou
confirmados.
Paula Santos, da CDU, disse que 2020 tinha sido um ano atípico com grandes exigências colocadas
pela pandemia, o governo não tinha dado apoio às medidas tomadas pela câmara municipal. A
execução de receita era de 92% e 80% na despesa, tendo sido positivos esses resultados;
questionou quais tinham sido as medidas foram tomadas pela autarquia.
Luísa Gama, do PSD, perguntou qual era o critério para as escolas que estão abertas. Em Corroios
não existia nenhuma.
Luís Pedro Gonçalves, do PS, questionou quantos fogos faltavam adquirir para completar o
processo de Vale de Chicharos. Na gestão do atual parque habitacional qual o incentivo que existia
ao pagamento das rendas e qual o nível de incumprimento.
Ana Inácio, da CDU, disse apoiar a câmara municipal nos 3 centros de vacinação abertos do
concelho, município merecia uma menção honrosa
Rui Brás, do PS, perguntou se tinha sido aprovado o concurso de 10 postos de abastecimento de
carregamento elétrico se os mesmos já tinham sido instalados, questionou ainda se a rede de
saneamento do Centro de Estágios do Benfica era em alta ou em baixa.

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Armando Farias, da CDU, referiu a importância e o avanço nas obras na universidade sénior e
perguntou quais os apoios da câmara municipal e do governo.
André Nunes, do PAN, sobre a qualidade do ar questionou se havia alguma previsão de
investimento semelhante ao de Lisboa, que ia investir numa rede de sensores (80 estações e mais
de 600 sensores) para monitorizar em tempo real. Perguntou porque é que 2 equídeos
abandonados e com maus tratados não foram apreendidos e se havia algum espaço para esses
animais serem colocados.
Vítor Cavalinhos, do BE, interveio sobre a estratégia local de habitação referindo números de
outros concelhos do nosso distrito, perguntando sobre a nossa situação concelhia.
O Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra ao presidente da câmara
O Presidente da Câmara Municipal solicitou aos vereadores Maria João Macau, Joaquim Tavares e
Manuela Calado para fazerem intervenções em resposta às perguntadas, colocadas pelos senhores
eleitos, referentes às respetivas áreas de intervenção.
A Vereadora Maria João Macau disse que quanto aos critérios, de abertura das escolas, a câmara
municipal desconhecia pois isso era da responsabilidade do Ministério da Educação, sobre a
Universidade Sénior informou que o projeto era da Casa do Educador. A câmara municipal, através
de um contrato programa estva a apoiar, totalmente, as obras, mais ou menos 2 milhões de euros,
existiam 11 salas, um auditório, um lagar de azeite recuperado como área museológica. O estado
devia ter apoios para a população sénior.
O Vereador Joaquim Tavares disse que havia 3 centros de vacinação com capacidade instalada
para vacinar 500 pessoas diariamente, o problema era que as vacinais não chegavam em número
suficiente.
A Vereadora Manuela Calado disse que sobre a estratégia local de habitação o plano ia, até uma
estratégia municipal. Com o PRR teve que se rever o plano de habitação.
O Presidente da Câmara Municipal disse que os investimentos relacionados com o ano de 2020
seriam detalhados nas contas, para já não havia adiamentos. O orçamento de 2020 foi afetado mas
tinham havido reuniões para fazer melhoramentos e adaptações; já tinham sido gastos 3,5 milhões
de euros em despesas covid, com prioridade para o apoio ao Serviço Nacional de Saúde. Quanto
ao estacionamento de Vale de Milhaços o objetivo era reservar estacionamentos para os
moradores. Sobre a roda gigante não tinha ideia do que o Rui Belchior estava a falar. No que dizia
respeito à execução da receita e despesa, grande parte tinha sido para desenvolvimento e apoio
ao serviço público. Sobre os postos de abastecimentos tinham havido 2 concorrentes que não
apresentaram proposta, no entanto iriam continuar com interesse nessa área. A rede do SLB é em
baixa. Quanto à qualidade do ar era da responsabilidade da CCDRLVT. Não teve conhecimento de
nenhum destratamento no que diz respeito à questão dos equídeos.

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O Presidente da Assembleia Municipal informou que era 1:00h faltava dois pontos importantes,
colocou à consideração dos lideres a continuação ou adiamento.
Não se tendo chegado a consenso decidiu-se terminar os trabalhos e retoma-los às 20:00 de 25

Os trabalhos foram interrompidos à 1:03h

2ª Reunião, dia 25 de fevereiro


II.5. Grandes Opções do Plano e Orçamento 2021. 1ª Revisão. Aprovação.
(Documento anexo à ata com o número 19)
O Presidente da Assembleia Municipal disse” Boa noite a todos, Sara, boa noite. Os tempos por
favor.”
Sara Lopes do PS, disse”Boa noite, senhor presidente! Boa noite a todos os presentes! A Câmara
Municipal do Seixal, tem dezassete minutos e quinze segundos. A CDU, tem trinta e cinco minutos
e dez segundos. O PS, tem vinte e seis minutos e quarenta segundos, o PSD, tem onze minutos e
dez segundos. O Bloco de Esquerda, tem catorze minutos. O PAN, tem oito minutos e trinta
segundos. O CDS, tem oito minutos e trinta segundos. O senhor presidente da Junta de Fernão
Ferro, tem onze minutos.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Sara, obrigado. E, portanto, iniciamos a sessão com
o ponto cinco – “Grandes opções do plano e orçamento 2021.” Primeira revisão, tem a palavra o
senhor presidente da Câmara. Faça o favor, senhor presidente.”
O Presidente da Câmara Municipal disse: “ Boa noite, senhor presidente da assembleia municipal!
Boa noite aos senhores eleitos! Espero que todos estejam com saúde. Bom! Esta proposta
enquadra-se no facto de termos tido um ano, como ontem foi possível de afirmar, com uma
elevada execução financeira, quer do ponto de vista da receita, quer do ponto de vista da despesa.
No entanto, tivemos também um saldo de caixa na ordem dos dezoito milhões de euros, a que
acrescerá um aumento nas transferências do orçamento de estado, na participação dos impostos
do estado em cerca de um, vírgula três, sete milhões de euros. Isso significa que, aquando da
execução do orçamento da Câmara Municipal, em agosto de setembro de 2020, não se conhecia o
que seria a participação de impostos do Estado. Também não se conhecia, na altura, claro, e nem
se podia prever o que seria o saldo da Câmara Municipal. Neste momento, com a aprovação de
(Impercetível) e a sua deliberação em Câmara, já esses dados já são conhecidos. E, por isso, a
proposta é de facto que possamos inscrever estes dezanove, ponto, três, sete milhões de euros,
em vários projetos importantes para a nossa população. Eu iria só descrevê-los, até para todos
poderem perceber a transversalidade daquilo que é este reforço orçamental, o orçamento da
Câmara Municipal. Nesse sentido, iria então referir-me a um aumento de quinhentos mil euros,
para medidas de combate à Covid. Também um aumento de quinhentos mil euros, para as
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descentralizações para as Juntas de Freguesia, para obras de parceria que estamos a desenvolver.
Ainda também, quinhentos mil euros, para a requalificação do Mercado da Torre da Marinha.
Outros quinhentos mil euros, para a requalificação do Mercado da Cruz de Pau. Trezentos mil
euros, para o Centro (Impercetível) de Miratejo. Três milhões de euros, para os Centros Náuticos
do Seixal e Amora. Um milhão de euros, para o prolongamento da Rede Ciclável, do concelho do
Seixal. Meio milhão de euros, para o Cemitério Municipal de Fernão Ferro. Idêntico valor, para o
corpo Crematório Municipal do Seixal. Ainda, novecentos mil euros, para a requalificação da Escola
Básica de Aldeia de Paio Pires. Quinhentos mil euros, para o Jardim de Infância de Paio Pires.
Quinhentos mil euros, para a requalificação do Palacete da Quinta da Fidalga. Duzentos mil euros,
para a instalação do espaço oficinal da Oficina de Artes Manuel Cargaleiro. Um milhão e meio de
euros, para o Pavilhão Desportivo Municipal Cidade de Amora. E também um milhão e duzentos
mil euros, para habitação social, quer parte, comparticipação para Vale chicharos, quer outras
necessidades em termos habitacionais. Ainda em termos deste reforço, quinhentos mil euros, para
o Projeto Seixal On, mais quinhentos mil euros, para a requalificação do Parque Lopes Graça, três
rubricas, que totalizam pouco mais de seiscentos mil euros, que tem a ver com a finalização,
portanto, e a operacionalização do Centro Distribuidor de Água de Fernão Ferro, ainda meio
milhão de euros, para ampliação de acumulação de redes de águas domésticas e pluviais, um
milhão e meio, para a recolha de efluentes, e dois milhões e meio, para o tratamento de resíduos
sólidos urbanos, e, por fim, mais meio milhão de euros, para novos parques de estacionamento,
que estamos a construir junto às estações da interfaces, no projeto Seixal Parques. São, portanto,
estes valores que enunciei, totalizam, por isso, estes dezanove, ponto, trinta e sete milhões de
euros. Como veem, os seus eleitos, de facto, são para investimentos concretos e para projetos que
são bastante transversais do ponto de vista do que é a atividade municipal, e por isso, não temos
nenhuma dúvida de que, com uma boa gestão financeira, económica e financeira como está a ser
feita, com, e volto a dizer, elevados níveis de execução da receita, elevados níveis de execução da
despesa, uma fortíssima redução de endividamento e a libertação de meios para podermos fazer
mais investimento. Este é o modelo certo da gestão da CDU, e por isso, estamos muito satisfeitos,
pois apesar da crise pandémica e dos impactos negativos sobre as contas da Câmara Municipal, a
Câmara continua a ter condições para poder apoiar a população, poder continuar a investir na
qualidade de vida e no reforço da oferta social do Município do Seixal. Senhor presidente da
assembleia municipal, estou disponível para questões, se assim os seus eleitos entenderem. Muito
obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Obrigado, senhor presidente da Câmara. Portanto,
vamos dar a palavra aos senhores membros da assembleia. Quem é que pretende intervir?
Portanto inscrição para intervenções? Rui Belchior, se faz favor.”
Rui Belchior, do PSD, disse: "Obrigado, senhor presidente. Boa noite a todos! Bem, de facto, eu
começo logo por uma interrogação, depois de ouvir o senhor presidente invocar os bons
resultados da Câmara Municipal, do executivo municipal, na gestão. Fico sem compreender a

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necessidade do ponto que vem a seguir, que é o pedido de um empréstimo. Bom! Mas isso,
provavelmente, sou eu que… com certeza, que o senhor presidente explicará melhor. Sou eu que
ainda não compreendi. Ainda mais, quando refere termos um saldo de dezoito milhões de euros.
Sinceramente, não entendo por que “cargas de água”, se vai pedir um empréstimo, quando tanta
verba que aí foi referida e canalizada para uma série de infra-estruturas, naturalmente são
necessárias, e até prosseguiria por aqui mesmo, referindo inclusive aquilo que já disse também na
comissão, que, para nós, na nossa perceção, isto é um interminável “déjà-vu”, portanto, ou seja,
em cada alteração, em cada aprovação do orçamento e GOP todos os anos, e de forma sucessiva,
estas obras, estas infira-estruturas, são referidas como - Agora é que vai ser! Agora é que vai ser
canalizada esta verba, para isto e para aquilo, e, portanto, nós, de facto, cada vez estamos mais
intrigados com isto. Vejam a requalificação do Mercado da Torre da Marinha, mais uma vez, o da
Cruz de Pau, eu desde 2009, que sou autarca, e já muito antes se falava na requalificação do
Mercado da Cruz de Pau. Estamos em 2021, agora é que ainda vai haver mais..., agora desta vez é
que vai ser! Desta vez é que se vai concretizar! Agora, o Centro Náutico do Seixal e Amora. A rede
ciclável. Bem, isso então, já nem tenho sequer memória, desde quando é que está prometida essa
rede ciclável, não é? E fala-se até como se ela já existisse. E para nós não existe a não ser que se
considere aquilo que se passa ali na avenida, como uma rede ciclável. No nosso entendimento não
o é, nunca foi, e, portanto, ela está até por começar e por iniciar. E, portanto, não se pode dizer
que se vai, portanto, remeter mais uma verba, creio que quinhentos mil euros, para a rede ciclável,
provavelmente, para iniciar a rede reciclável. O cemitério de Fernão Ferro, tem décadas, esta
promessa., mais do que justa, para a população de Fernão Ferro, que nem sequer tem como
enterrar os entes queridos, próximos da sua localidade, ou na sua localidade, constitui, portanto,
até um facto embaraçoso, não é? O CDA de Fernão Ferro, mais uma vez, vai haver mais uma verba
para o CDA de Fernão Ferro, que não há maneira de ser concluído. Aliás, lembro a propósito do
empréstimo, que vamos falar no ponto a seguir, também foi pedido aqui, creio que em 2008, ou
2009, um empréstimo para o CDA, também. O dinheiro foi, e o CDA ficou por concluir. Agora temos
quinhentos mil euros, para a Quinta da Fidalga. Desta vez é que vai ser também a Quinta da
Fidalga! Oficina de Artes Manuel Cargaleiro, o Pavilhão Municipal de Amora, e agora a última joia
da coroa, ou o novo fetiche, que é o Realojamentos Vale de Chicharos. Bom! Também tinha sido
prometido agora para este ano, ou para 2022 estar concluído, mas, nem por sombras, nem nós
acreditamos que este realojamento seja feito nos próximos anos. E, portanto, isto é prática usual,
habitual, e ainda mais agora, em ano de eleições. Aliás, no boletim municipal, vem anunciado, em
primeira página, que – “Desta vez é que vai ser!” Portanto, é uma promessa que tem sido sucessiva
desde 2001, em todas as eleições autárquicas, ou nas vésperas delas, há esta promessa. Estão aí os
cartazes que demonstram aquilo que eu estou a dizer. Desde 2001. E, portanto, apesar de não ser
da competência da Câmara Municipal, para quando se trata de exibir esta promessa no boletim
municipal, já não há nenhum problema. Portanto, o Centro de Saúde, é uma carga de trabalhos. É
quase uma ofensa, quando nós propomos que a Câmara fizesse, ou encetasse um projeto no
Centro de Saúde, que bem falta nos fazia. Mas, construir alternativa à Nacional 10, já não há
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problema nenhum. Cinco milhões de euros! Aliás, dizem as más-línguas, que, inclusive, esta obra
poderá ser feita em parceria com um grupo económico, não é? E nós também não nos admiramos
com isso. Aliás, nem sequer víamos forma, se essa alternativa, eventualmente, fosse em frente, ser
realizada, que não fosse nesse modo, com uma parceria, ainda que os senhores contestem tanto
os grupos económicos. E portanto, nesta altura e neste período de pré campanha, digamos assim,
na nossa opinião, e vão-me desculpar a nossa franqueza, tudo vale para preservar o “status quo”.
Essa é que é…, eu sei que eu digo isto repetidamente, mas, quer dizer, as formas, e as coisas que se
apresentam nestas assembleias também estão sempre da mesma forma, e, portanto, também não
merecem respostas que sejam também mais imaginativas. E, portanto, até outubro, tudo vai ser
anunciado. Seixal, no papel, será, com certeza, e vai ter, com certeza, as melhores infra-estruturas
do país. Não temos nenhuma dúvida. E para terminar. Ainda continuamos à espera ainda, também,
do investimento do governo. Aliás, o PS, falava ainda há um ano atrás, ou há dois anos, nos cem
milhões, de investimento no concelho de Seixal. Também nem uns, nem outros, apesar de serem
moleta de uns e de outros, nem uns nem outros, fazem o que quer que seja, de forma a concluir
aquilo que são as expectativas das pessoas. Depois, ainda uma nota final, e só para terminar.
Porque ontem evidentemente já não tive oportunidade de responder. O senhor presidente da
Câmara, pronto, resolveu ironizar, com o senhor das castanhas, e com a roda, e eu queria só
concretizar que a pergunta era muito objetiva e apesar de eu ter falado dos rumores nas redes
sociais, é um facto, era saber se a roda que esteve no Seixal, foi a mesma que esteve na festa do
Avante, e se pediram para que um vendedor de castanhas, pagasse mil e quinhentos euros, para
estar vinte e dois dias naquele espaço. Portanto, as perguntas eram objetivas, e eu percebo que
não queira responder, e que se sinta incomodado com isso. Muito obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais intervenções? Façam favor de se inscrever.
Não há, nesta altura, mais nenhum pedido de intervenção. Hernâni Magalhães. Mais
intervenções? É para não ser à peça, não é? Porque se for à peça, temos logo aqui uma série de
tempo para repetir, não é? Quem é pretendido a vir mais, se faz favor? Se não há mais pedidos de
intervenção terminamos aqui. Eu não registo mais nenhum pedido de intervenção e então
acabamos aqui. Portanto, não há mais pedidos de intervenção é isso? Confirma-se? Hernâni
Magalhães, se faz favor.”
Hernâni Magalhães, da CDU, disse: "Boa noite a todos! Estamos a analisar, e seguidamente iremos
votar a primeira realização orçamental do corrente ano, derivada da incorporação saldo de
gerência da execução orçamental, no montante de dezoito milhões de euros, e no ajustamento de
receitas para incorporação de mais cento e quarenta e cinco mil, quinhentos e trinta euros,
relativos ao FEF, e de mais um milhão, duzentos e quarenta e cinco mil, oitocentos e quinze euros,
relativos à participação no IRS, de menos cento e nove mil, trezentos e nove euros, relativos à
participação do IVA, e ainda de mais noventa e dois mil, duzentos e vinte e quatro euros, relativos
à transferência de capital. Cumpre-se aqui a lei em toda a sua dimensão, incluindo a do
financiamento das autarquias locais, o que não é de aplaudir porque de uma obrigação legal se

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trata. E se hoje estamos aqui, é tão-somente, pelo facto de, inúmeras vezes, os sucessivos
governos de várias configurações se têm esquecido, e que o cumprimento da lei também é uma
obrigação para eles. Reafirmo! Não. Não se trata de nenhuma benesse, de nenhum prémio, de
nada, nem ninguém há aqui a congratular pelo simples cumprimento da lei. Esta revisão
orçamental irá permitir efetuar uma série de importantes trabalhos já constantes no orçamento
aprovado para 2021, cuja listagem me dispenso fazer, por fastidiosa, para além de já ter sido
referida pelo senhor presidente. Por outro lado, ela encontra-se descrita de forma clara na
proposta da Câmara, logo é de conhecimento de todos. No entanto, e porque constitui algo de
relevante neste mandato, não podemos deixar de salientar duas verbas. Uma, de um milhão e
duzentos mil euros, para soluções habitacionais e realojamentos de moradores no prédio, nos
prédios chamados de Vale de Chícharos. E a de um milhão de euros, para projetos de proximidade
com envolvimento da população na definição e discussão dos projetos a executar via fóruns
específicos. E uma terceira, de uma natureza diversa e que reputamos de infelizmente necessária,
de um reforço de quinhentos mil euros, para o combate à pandemia. De ressalvar, que a fatia mais
importante está destinada à aquisição de bens de capital no montante de treze mil, quinhentos e
sete, trezentos e quarenta e nove euros. 69,7%, do valor do reforço total, e que nos remanescentes
30,3%, estariam outras verbas destinadas a reforçar os apoios às instituições sem fins lucrativos
dos nossos concelhos, que nesta fase de confinamento sanitário decretado vivem uma situação
extremamente difícil, e verbas para novos contratos com Juntas de Freguesia. Antes de terminar,
se as ações que irão justificar o ponto seguinte estivessem contempladas aqui, existiriam ações
atualmente incluídas nesta revisão que deixariam de ser executadas. É simples esta explicação
nada mas mesmo nada transcendente. Já agora, explicando ao nosso querido deputado Rui
Belchior, se ele quiser saber muito sobre o prolongamento de alternativa à Nacional 10, pode falar
com o senhor ex-deputado Luís Rodrigues, que ele sabe muito bem tudo o que se passou sobre o
caso. Cumpre-se assim um mandato, executando não só o programa sufragado em 2017, mas
ultrapassando em larga escala, apesar das dificuldades nascidas a partir de março de 2020, com a
pandemia e confinamentos sanitários decretados, e com a culminante descida de receitas públicas,
mas também privadas. Seguros, de que este caminho trilhado é o melhor para o nosso concelho,
está, em nossa opinião, de parabéns o executivo pela gestão acautelada dos meios postos à sua
disposição. Estão os trabalhadores da Câmara de parabéns, pelo seu empenho e capacidade de
execução numa demonstração de lealdade para com os munícipes, razão única da sua existência
enquanto prestadores de serviços públicos que se pretendem cada vez mais eficazes e mais
próximos. Disse!”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Vou perguntar uma vez mais quem é que pretende
intervir? Porque se não houver inscrições, tem a palavra o senhor presidente da Câmara, não é?
Bom! É porque assim… Eu não tenho mais pedidos de intervenção. Portanto, mais inscrições? Se
não terminamos aqui. Não havendo mais pedidos de intervenção terminamos com a intervenção
do Tomás Santos. Confirma-se isso? Não há mais? Bom! Portanto, temos mais uma. Portanto,
Tomás Santos, Vítor Cavalinhos, mais? Não há mais pedidos de intervenção? Confirma-se?
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Portanto, não havendo, terminamos com a intervenção do Vítor Cavalinhos. Tem a palavra o Tomás
Santos. Tomás Santos, se faz favor.”
Tomás Santos, do PS, disse: "Boa noite a todos! Eu queria, em primeiro lugar, queria dizer que
convinha melhorar a forma como os documentos, como estes elementos são disponibilizados aos
eleitos. Porque os documentos são feitos de uma forma que me parece que é, são tirados a papel,
e depois são feitas digitalizações para PDF o que torna a consulta muito difícil. Depois, identifiquei
nas páginas seis, e dezassete, na área da participação, a mesma dotação. O que é que isto
significa? E o que é que se referem obras de proximidade no âmbito da participação? E isto levanta
outra pergunta que é como é que está o concelho municipal da juventude? Qual é o andamento?
Em que ponto, em que situação é que essa questão está? Depois, na página treze, relativamente à
habitação social, existe um reforço na rubrica de soluções habitacionais de oitocentos mil euros,
quando a cotação anual, ou atual, ou a cotação antes desta alteração que aqui apresentam era de
cento e setenta e seis mil, quatrocentos e um euros. A que se devem estes valores? E a verdade é
que se fala dos investimentos para Vale dos Chícharos, mas gostava que o senhor presidente fala-
se um bocadinho em pormenor sobre esse processo.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Muito obrigado. Vítor Cavalinhos, se faz favor.”
Vítor Cavalinhos, do BE, disse: " Boa noite a todos, e a todas! A minha intervenção vai ser muito
breve. O objetivo, e a proposta desta revisão orçamental, é integrar o saldo de gerência na
execução orçamental, e é o que obrigatoriamente tem que ser feito. E, portanto, nós, o Bloco de
Esquerda está de acordo. Nós vamos votar a favor desta revisão orçamental principalmente por
esse objetivo, e esse objeto, que o saldo de gerência tem que ser integrado. O que não quer dizer
(Impercetível) vamos fazer o que fizemos na Câmara Municipal, o que não quer dizer que o Bloco
de Esquerda esteja de acordo com as opções de investimento,ou com todas as opções de
investimento, ou com grande parte das opções de investimento, que aqui vêm propostas na
própria revisão orçamental. E nisso uma situação não invalida a outra. E, portanto, esta é no
fundamental, o que temos para dizer, sobre este assunto. E pronto, é isto. O Bloco de Esquerda,
estará a favor da revisão orçamental, e principalmente por estas razões que eu acabei de dizer. Era
só.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Obrigado. Então, tem a palavra o senhor presidente
da Câmara. Eu já tinha dito que terminávamos agora. Desculpem lá, pá! Eu vou, pela última vez
perguntar. Inscreveu-se agora o André Nunes. Eh pá, desculpem lá! Eu estou a dirigir a reunião, e,
portanto, inscrevam-se. Façam o favor de se inscrever. E quando terminamos, terminamos, pá!
Portanto, André Nunes. E eu vou perguntar pela última vez. Quem é que pretende intervir mais?
Está o André Nunes inscrito, estão-me a ouvir todos, não estão? Portanto, pela última vez. Já estou
a repetir o que já tinha dito duas vezes antes. Mais alguma inscrição? Portanto, não há mais
nenhum pedido de inscrição. Então terminamos, neste ponto, as inscrições, com a intervenção do
André Nunes. Faça o favor, André. “

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André Nunes, do PAN, disse: "Muito obrigado, senhor presidente. Boa noite, a todos! Totalmente
de acordo quanto à necessidade legal de avançar para este retificativo, mas sem prejuízo, importa
questionarmos que retificativo é este? E no nosso entender, trata-se de um retificativo que tem a
particularidade de não pretender retificar nada. Antes, insistir numa estratégia que consideramos
errada. Porque, por um lado, faz da Covid, apenas um mero acontecimento. E, por outro, continua
a deixar relegada para uma posição que não é a mais correta, a outra crise constante que estamos
a viver, a crise climática. Mas começando pela primeira, recordando as palavras do senhor
presidente na reunião de comissão da semana passada, quando disse qualquer coisa do género -
Que não precisamos de mais verba para a concretização de medidas de combate à pandemia. E,
portanto, este retificativo continua a não colocar a resposta à crise sanitária e consequentemente,
à crise social e económica no centro das prioridades do município, e a minha leitura, é que isso só
pode ser a consequência da posição algo negacionista, assumida pelo PCP quinzenalmente,
quando insiste em desvalorizar os riscos sanitários provocados pela doença e rejeitar a renovação
do estado de emergência. E, portanto, se a isto acrescentarmos o facto deste retificativo
praticamente omitir a crise climática, a resposta à pergunta - Que retificativo é este? É, mais do
mesmo, uma tentativa desesperada de angariar votos através da política de betão. Em suma, é um
retificativo de salvação política. E dou um exemplo concreto, no âmbito da resposta dos municípios
à crise climática, onde a mobilidade vai necessariamente ter de assumir uma importância muito
destacável, o que é assumido neste retificativo, ao nível, por exemplo, do prolongamento da rede
ciclável do concelho, é que existe uma estratégia de descaracterização subjacente. Tanto assim é
que, aquilo que a Câmara se predispõe a fazer, são trechos isolados em certas zonas, claramente
para “Inglês ver”, como no caso da baía da marginal, que não visa a implementação da bicicleta
como alternativa ao carro, mas sim como mera componente lúdica. E de resto, a aposta continua a
ser o transporte rodoviário individual, como se extrai da oferta de mais estacionamento junto dos
eixos de transporte, algo que é simultaneamente a assunção da incapacidade negocial com os
operadores, e a falta de compromisso com a mobilidade suave e sustentável por outro. “
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Está bem. Então tem a palavra o Sr. Presidente da
Câmara, se faz favor. Senhor presidente?”
O Presidente da Câmara Municipal disse: Sim, sim. Muito obrigado. Muito obrigado pelas
questões. Bom! Talvez começando pela primeira. Porquê a necessidade de um empréstimo? Que é
a segunda deliberação. É porque, de facto, parece que o senhor eleito do PAN não percebeu, e
chamou-lhe retificativo, mas é que todos os anos a Câmara tem saldo. E é normal a Câmara, e
qualquer entidade pública, inscrever o seu saldo para os objetivos que pretende. Isto não é
nenhum retificativo. Isto é, reforçar o orçamento com o saldo que é uma coisa que acontece todos
os anos. Não acontece para salvar eleições, ou para algo semelhante como foi dito. Mas a
realidade é que, a pandemia de facto, afetou-nos do ponto de vista daquilo que são os objetivos da
Câmara de investimento e nesse sentido,há aqui dois dados que gostaria de realçar, e que
justificam esse empréstimo. São o facto de termos menos de dois milhões de euros de saldo

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investido no ano transato, nos dois, e também descemos o orçamento em cinco milhões de euros,
o que somado dá, temos menos sete milhões de euros, o orçamento da Câmara, com mais custos,
ou melhor, com mais encargos com os salários de trabalhadores, e também, com o mesmo nível de
encargos, relativamente aquilo que são, portanto, as nossas prestações, portanto, os nossos
compromissos com a amortização da dívida que temos, e, por isso, isso significa que temos menos
verbas para poder investir. E o nosso objetivo é poder investir, e continuar com o elevado nível de
investimento que temos. Por isso, estes dezoito milhões de euros, são menos que os vinte milhões
de euros, que no passado. Este orçamento de 2021, tem menos cinco milhões de euros, do que o
orçamento do ano passado, e é por isso que a Câmara se quer investir mais, e se quer continuar a
investir e a executar intervenções que são da sua responsabilidade, mas também outras que não
são da sua responsabilidade e que nós queremos ver concretizadas temos que encontrar meios
para o poder fazer. E por isso, e como a Câmara amortiza uma taxa praticamente de nove milhões
de euros por ano, e isto é já a conversa para o próximo ponto, mas, de facto, nós vamos agora
utilizar esse montante, um montante bastante inferior para podermos fazer face a esses dois
objetivos que estão a competir, que estão em concretização. Uma segunda nota que gostava de
dizer relativamente às intervenções. De facto, ficam muito incomodados e o senhor eleito do PSD,
fica muito incomodado, com o facto de perceber que a Câmara e que a CDU está a executar muitas
obras e está a desenvolver um conjunto muito vasto de investimentos, e a concretizá-los. Eu
percebo o seu incómodo, senhor eleito, eu percebo o seu incómodo, mas quero-lhe dizer que
vamos investir mais, vamos fazer mais para a população. Com o vosso voto contra, possivelmente,
mas isso não nos surpreende, (Corte de som) posição muitas vezes não é minha ótica, não é no
sentido de estar de acordo com o que é benéfico à população, mas é muitas vezes apenas uma
visão, que eu diria quase como clubística, não é? Portanto se não é do PSD, se é do PCP somos
contra. Por isso, sim, nós vamos fazer, nós vamos requalificar o Mercado da Torre da Marinha. As
obras vão começar em março. Em março começa as obras de requalificação do Mercado da Torre
da Marinha. O Mercado da Cruz de Pau, já está em obra há algum tempo, alguns meses. Não sei se
já reparou? As obras do Mercado da Cruz de Pau, já iniciaram, e estão com um bom ritmo, e vão
(Corte de som). Sobre Centro Náutico de Amora, sim, as obras, neste momento, estão em
preparação em estaleiro, para começarem a ser desenvolvidas no local da intervenção. Vão mesmo
acontecer, senhor eleito! E sobre a rede ciclável. Sim, também temos preparado o processo, para
que assim que for possível, assim que houver esta deliberação, assim que tivermos esses meios
disponíveis para a parte operacional nós (Corte de som) Sim, no cemitério de Fernão Ferro. Ainda
ontem foi à reunião de Câmara Municipal, a possibilidade de, e tendo o concurso ficado deserto, e
havendo uma empresa interessada, podermos entregar-lhe essa obra para poder ser desenvolvida
pelo preço base do concurso. O concurso ficou deserto? Sim. O cemitério de Fernão Ferro, as obras
vão começar muito em breve. E também sobre o Centro de Distribuição de Água de Fernão Ferro,
sim, vamos concluir essas intervenções, e vamos colocá-lo em operacionalização. E sobre a Quinta
da Fidalga não percebo o qual é que é a questão? Então, a Oficina de Artes Manuel Cargaleiro, não
foi feita? Então, o Centro de Medalha Contemporânea, não está a ser, neste momento,
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concretizado? Qual é que qual é que é a surpresa? Tem dúvidas que conseguimos fazer (Corte de
som) qualificar o palacete da Quinta da Fidalga? E sobre o Pavilhão de Amora? Sim, o projeto está,
neste momento, em fase final de concretização, e vamos construir o Pavilhão Municipal Cidade de
Amora, senhor eleito, por muito que isso lhe custe. Vamos concretizar! E sobre o Realojamento de
Vale dos Chícharos, só não está mais avançado, porque o governo não quer entregar os meios
necessários, para que a Câmara Municipal possa desenvolver a sua parte. É que as contas já estão
feitas, eu já expliquei isso, mas vou voltar a explicar, porque ainda não percebeu. Percebe
castanhas e de rodas, mas não percebe do processo de Realojamento. É que 28%, é o valor que o
Estado, portanto coloca no processo de Realojamento de Vale de Chícharos. E isso, não pode ser!
Não pode ser! O Estado, é o principal responsável pela política de habitação em Portugal, e não
pode ser a Câmara, a arcar a maior parte da responsabilidade. No anterior processo na primeira
fase no realojamento das sessenta e quatro famílias, digamos, a comparticipação das partes foi
60/40. 60, para a autarquia, 40 para o estado central, e agora não pode ser 28. E é isso que temos
vindo a colocar junto da Secretária de Estado da Habitação, para que, de facto, venham mais
meios. Mas não estamos parados. Estamos a construir a política (Corte de som), e estamos
também a adquirir várias habitações. Já adquirimos algumas, vamos adquirir mais, para assim que
possível, assim que houver, assim que existirem condições financeiras, condições políticas,
possamos retomar esse processo e avançar para a segunda fase. Mais ninguém da área
metropolitana está a fazer o que nós estamos a fazer do ponto de vista de realojamento com esta
dimensão. E sobre a alternativa à Nacional 10 – “Dizem as más-línguas”? O senhor é que é a má-
língua,ou os senhores é que são as más-línguas! – “Que vai ser um grupo económico a fazer a
alternativa à Nacional 10.” Então, mas a Câmara lança um concurso público para fazer a alternativa
à Nacional 10, e agora vem uma empresa, um grupo económico, e é que vai fazer a alternativa à
Nacional 10? De facto, há aqui um, digamos, um grande, uma grande desorientação, por parte do
PSD para falar, portanto, sobre estes investimentos. Depois, sobre a roda, a roda gigante que tanto
incomodou o senhor eleito do PSD, parece que o grande problema são as castanhas que se
vendem na aldeia Natal do Seixal, e a roda gigante, e isso incomodou bastante o senhor eleito. Eu
não sei se andou ou não na roda, mas se vier para o ano, ou este ano, eu vou convidá-lo para vir
comigo. Mas para dizer que, segundo sei, segundo creio, esta roda não tem nada a ver com a roda
que esteve na festa do Avante. Nada a ver! É uma roda diferente, maior dimensão, e portanto, não
percebo sempre essas acusações infundadas, relativamente àquilo que é o trabalho dos eleitos
duma autarquia, digamos, um projeto, um partido, e que têm toda a legitimidade democrática de
fazer aquilo que entende, com rodas, sem rodas, aquilo que entender. Depois, não conheço o que
é a página dezasseis, dezassete. Não consegui identificar. O Sr. Tomás Santos, vem aqui falar da
página dezasseis, e dezassete, e eu não consegui identificar. Só vejo páginas de quatro em onze.
Portanto, e números menores. Ou seja, essa página dezasseis e dezassete, eu não conheço. Sobre
as obras do gabinete de participação. É um gabinete que tem tido uma atividade muito dinâmica,
ao executar pequenas intervenções. Por exemplo, a última era necessário fazer uma pequena
rampa de acesso para a eventualidade de haver necessidade de bombeiros se deslocarem uma
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praceta na zona da Cruz de Pau. Foi este gabinete de participação, que rapidamente desenvolveu
esta obra, como muitas outras obras de proximidade, que têm vindo a ser feitas por este gabinete,
por isso, existindo essa necessidade, a Câmara, o que tem que garantir, são os meios para que
essas obras possam aparecer. Depois o Conselho Municipal de Juventude, nós estamos a preparar
o Fórum Seixal Jovem. Isso também já tinha sido (Impercetível), onde vamos incluir, para além das
formais, das instituições formais das associações, juvenis formais também aquelas que são
informais, que a lei não pretende incluir, mas nós queremos incluir, porque isso é o mais
democrático, isso é mais inclusivo, do ponto de vista do trabalho da juventude. Sobre o Covid, diz
que – “O Covid é um mero acontecimento.” Um mero acontecimento? Isso deve ser para si, senhor
eleito do PAN! Porque para a Câmara do Seixal, tem sido a prioridade da nossa intervenção, ao
longo destes últimos meses, aliás, não só na gestão da Câmara Municipal, para que continuemos
na linha da frente dos nossos trabalhadores, na recolha do lixo, no abastecimento público da água,
na intervenção social, na intervenção humanitária, no apoio aos bombeiros, na corporação da
proteção civil, na montagem de várias estruturas para o serviço nacional saúde, até o transporte
agora de munícipes, com três autocarros elétricos que agora adquirimos. Foi falado da crise
climática. Para si, a Covid, é um mero acontecimento. Estamos numa crise na sanitária, numa crise
social, e a seguir talvez numa crise climática. Agora as prioridades são estas (Corte de som) sabe,
para que possamos apoiar o serviço nacional saúde, apoiar a nossa população para fazer face à
Covid...”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Senhor Presidente, estamos com o tempo a
esgotar.”
O Presidente da Câmara Municipal disse: “mentira que é reiteradamente dita, da aposta no
transporte individual. Isso é falso! Porque a Câmara do Seixal, paga dois milhões de euros, para o
novo sistema de transportes coletivos rodoviários, que vai entrar em funcionamento dentro de
muito em breve, com um conjunto de novos autocarros, muitos deles, movidos a eletricidade, ou a
gás. E isso é que é apostar no transporte coletivo de passageiros, no transporte público.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “ Obrigado. Vamos então passar à votação.”
Aprovada a Deliberação nº2/XII/2021 por maioria e em minuta com:
Trinta e dois (32) votos a favor dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal da CDU: 16
• Do grupo municipal do PS: 11
• Do grupo municipal do BE: 3
• Do grupo municipal do PAN: 1
• Do presidente da JFFF: 1
Quatro (4) votos contra dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal do PSD: 4
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Uma (1) abstenção dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal do CDS-PP: 1

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Portanto, a votação das grandes opções do plano e
do orçamento está registada. Alguma declaração de voto? Não há declarações de voto? Confirma-
se isso. Nós passamos para o passamos então para o último ponto seis – “Procedimentos para a
contratação de empréstimos a médio e longo prazo para investimento no relatório final”. A Câma-
ra, senhor presidente da Câmara, o tempo está esgotado. Temos aqui o mesmo problema que já
debatemos e que não se fechou no regimento. Quer dizer, até ficou fechado no regimento, só que
o regimento não está fechado. Para vos dar esta nota do tempo total da Câmara, senhor presiden-
te da Câmara para o período da ordem do dia sucede…”
Paulo Silva da CDU, disse”A CDU cede quinze minutos à Câmara.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “ Eu vou acabar e depois já confirmas isso, Paulo.
Bom! E o que eu estava a dizer é que só para se ter a ideia (Impercetível) segundo a secretária, mas
o senhor presidente da Câmara, foram utilizados trinta minutos, quase trinta minutos para o ponto
três e quatro – “A apreciação de informação e a abstenção da informação do presidente da
Câmara”, e esses trinta minutos foram vinte e sete para respostas, não é, correspondentes também
a vinte e bastantes minutos, na ordem de vinte e três, vinte e quatro minutos. Portanto, idêntico,
não é, das perguntas que foram formuladas. Portanto, esta é uma questão que nós ainda não
resolvemos. Não resolvemos, quer dizer, já nos entendemos em sede de alterações do regimento,
há um entendimento consensual em relação a isso, que o senhor presidente da Câmara deve ter, o
mesmo tempo de resposta, que as perguntas, não é, e esse não ser contabilizado para tempo total,
porque senão acontece invariavelmente a situação de hoje, não é? Ou seja, para os pontos, os
pontos seguintes e das… e hoje até foram… são dois, não é, importantes, naturalmente, mas o
senhor presidente ficou com dezassete minutos, não é? Bom! Portanto, esta é uma situação que
não está a ajudar nada o funcionamento da assembleia municipal, que nós temos debatido e até já
com bom senso e entendimento sobre esta matéria, só que, de facto, o regimento não está
fechado e, portanto, não estando fechado regimentalmente, não está resolvido, não é? Nesse
sentido, portanto, a CDU cede quinze minutos e, portanto, naturalmente nós aceitamos.”
Samuel Cruz, do PS, disse: "Presidente, não concordo.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Não concorda? Não?”
Samuel Cruz, do PS, disse: "Não há legitimidade para fazer isso, no sentido em que isso já há muito
tempo que não é feito na assembleia municipal. Eu, próprio, ontem, tive uma ocasião que era
também da máxima importância, pelo menos para o Partido Socialista era da máxima importância,
e fui (Impercetível) à defesa de honra da Vereadora Elizabete Adrião que eu tentei ler uma
declaração de voto e não foi possível. Eu acho que devia ter sido em defesa da honra. A mesma foi
rígida nisso. Foi rígida nos dois minutos para a leitura da declaração de voto. Não me foi dada a
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possibilidade de pedir tempo a quem quer que seja, aliás, já não me é dada a possibilidade de
pedir tempo a quem quer que seja há muito tempo, e, portanto, não pode haver dois pesos e duas
medidas, o PS, não concorda, e é uma falta regimental que é, do nosso ponto de vista,
inultrapassável. Mais, também consideramos que o fecho ou o não fecho das alterações
regimentais também têm a ver com questões que, neste caso, beneficiam as oposições e que a
mesa e o partido comunista (impercetível) a responsabilidade de não fechar o regimento não se
pode pôr (Corte de som) está fechado, há muito muito tempo. E, portanto, não…
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Ok. Pronto. Então, primeira questão, Samuel.
Primeira questão. Portanto, não havendo entendimento consensual sobre esta matéria, portanto,
de facto, não está no regimento e, portanto, não tem solução, não é? Sobre a outra matéria do
regimento, não é verdade. Eu, aliás, tenho outro entendimento. Não há fecho do regimento, e isso
é uma responsabilidade, uma responsabilidade clara do Partido Socialista, mas isso não é para
aqui discussão para agora. Eu tenho entendimento diferente do seu. Portanto, sobre essa matéria
considero que uma responsabilidade, primeira responsabilidade, ou uma responsabilidade pode
não ser exclusiva, mas é do Partido Socialista. Bom! Mas como abrimos aqui um ponto breve, dada
uma intervenção de um líder, neste caso o Samuel, o Paulo Silva pediu a palavra. Faça o favor.”
Paulo Silva, da CDU, disse: "Boa noite a todos! Se bem me lembro, ontem e o Nelson Patriarca
apesar de ter esgotado tempo, terminou a sua intervenção, e a senhora segunda secretária, não foi
tão veemente como foi hoje com o senhor presidente da Câmara. Agora, temos aqui assim uma
questão. Isto é um ponto da ordem do dia, vai ter que ser votado se a Câmara não apresentar
vamos ter que votar o ponto, sem as explicações da Câmara. É claro que já houve a explicação em
sede de comissão, e pelo menos os líderes e os membros da comissão ficaram devidamente
esclarecidos quanto a este ponto. Se acharem que está toda a gente capacitada para votar sem
haver uma explicação do presidente da Câmara. e sem que ele possa esclarecer as perguntas que
lhe foram colocadas. Portanto, como defende o eleito Samuel Cruz, é isso que está a defender, é
que na casa da democracia Seixalense, se vá votar um assunto com a importância que este tem,
sem que a Câmara Municipal possa explicar o mesmo, pronto, passamos é mais rápido. É isso que,
se calhar, alguns pretendem, passaremos rapidamente à votação. Agora, eu acho que a bem da
democracia, esta cedência de tempo, não prejudica em nada, e sendo que não estamos a falar
entre eleitos estamos a falar com um órgão diferente, para poder explicar melhor este assunto.
Não é para fazer uma intervenção política, é para fazer uma explicação, e para poder responder às
perguntas que os eleitos da assembleia municipal coloquem ao senhor presidente da Câmara.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Samuel, para não se entrar em diálogo, vou
perguntar aos outros líderes que pretendam intervir…”
Samuel Cruz, do PS, disse: " Defesa da honra, presidente.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Defesa da honra?”
Samuel Cruz, do PS, disse: " Sim. Fui citado diretamente. Eu…

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Sara Lopes, do PS, disse: "Eu também pedi a palavra, senhor presidente.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Sim. Calma! Mas eu é que dou a palavra. Está bem?
Faça favor. Se é a defesa da honra, faça favor.
Samuel Cruz, do PS, disse: " Posso? Obrigado, presidente. Sim, é defesa da honra. O eleito Paulo
Silva que colocou, ou tentou colocar palavras na minha boca que eu não disse e, portanto, importa
corrigir. Como é evidente, o PS não quer obstaculizar o quer que seja em relação à Câmara. Mas o
PS exige, e também não exige em nome próprio, exige em nome dos eleitores que representa,
igualdade de tratamento. E aquilo com que o PS não pode compactuar, porque seria falta de
respeito com os eleitores que representa, é que seja tratado de forma desigual em relação aos
outros. Não há eleitores de primeira, não há eleitores de segunda. Não há eleitos de primeira, e
não há eleitos de segunda. Disse!”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Pronto, em relação a essa matéria, eu não sei a
quem é que se está a referir o PS, de ser tratado de forma diferente. Não é isso que está aqui em
questão, o que está aqui em questão…”
Samuel Cruz, do PS, disse: "Não, não. Ontem, o PS, não teve oportunidade de completar uma
questão que era importante. E, portanto, hoje (Impercetível).
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Desculpem lá! O Paulo Silva e o… não entram… não
quero aqui diálogos. Primeira questão. Fala um de cada vez. Não há aqui diálogos. Em relação a
ontem, o que estamos a falar é um entendimento do presidente da assembleia em relação,
portanto, a um pedido defesa da honra que não foi considerado, porque entendi que não houve
nenhuma intervenção que colocasse em causa a honra. Portanto, essa é uma questão. Para
completar no seu caso…”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Pronto, o que estará aqui em questão…”
Samuel Cruz, do PS, disse: "O que está aqui em causa é eu pedir tempo. Se eu tivesse tido a
oportunidade de pedir tempo ontem, não tive hipótese de fazer a intervenção. Não tivesse essa
possibilidade.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mas, ó Samuel! Nunca na vida, nunca na vida, e
para acabarmos esta parte, não é verdade. Nem de regimento, nem de prática, se pediram tempos
para completar declarações de voto. Quer dizer, essa agora! Só faltava essa! Agora, aqui… O que
está aqui em questão, e eu estou de acordo com a intervenção, na minha opinião, do Paulo Silva,
tem a ver com o próprio funcionamento da assembleia municipal e a informação aos membros da
assembleia municipal. Sobre uma matéria importante evidentemente, que é o ponto que vamos
ter em apreciação, não é? Que de facto, o senhor presidente, até já fez uma primeira
apresentação. Desculpem lá! Eu corto os microfones. Falam sem pedir a palavra, quem quer que
seja, e eu corto o microfone. Tão simples quanto isso! É só carregar aqui no botão. Mas não é esse
o nosso modo de funcionamento. Pronto. Portanto, foi colocada uma proposta, que só, digamos,
se concretiza, se houver entendimento consensual, e isso é assim porque, de facto, não está no
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regimento. Porque a questão de fundo essa não está resolvida. E, mais uma vez, nesta sessão da
assembleia municipal, se percebeu que é um problema, não é? E ficamos numa situação onde a
Câmara,o senhor presidente da Câmara, em concreto, fica impedido, não é verdade, impedido de
fazer a apresentação aos membros da assembleia municipal, já o fez na comissão, de uma matéria
que temos em apreciação, todas são importantes e esta é naturalmente muito importante. Bom!
Mas fazendo aqui para não, digamos, prolongarmos muito este espaço, não é, que abrimos a
pediu-me a palavra a Sara Lopes. Faça o favor, a segunda-secretária.”
Sara Lopes, do PS, disse: "Senhor presidente, a nível de contagem de tempos, no âmbito da
contagem de tempo, a minha posição é neutra. Eu sou eleita do PS, mas quando estou a contar
tempos a minha posição é neutra. Facto. A Câmara começou o POD com quarente e seis minutos.
Iniciou este ponto em que esteve em discussão com dezassete minutos, e quinze segundos, aos
quais foi dado mais cinco minutos ao senhor presidente da Câmara, para acabar o seu raciocínio e
terminar a sua apresentação. Agora, se os líderes decidirem, ou em conjunto com o senhor
presidente da assembleia, se deverá dar mais tempo, quem sou eu enquanto membro de mesa,
para dar alguma objeção. Mas, não posso compreender que o Sr. Paulo Silva tenha dito que eu
tenho dado mais tempo ao Patriarca, quando o Partido Socialista terminou o PAOD, com seis
segundos ainda por (Impercetível). Portanto, não é motivo para o Sr. Paulo Silva estar a fazer
qualquer tipo de acusação. Está bem? Disse!”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Sim, senhor. Ok. Portanto, a segunda secretária, a
Sara é que gere os tempos e naturalmente que isso não está em questão. A gestão é, e não podia
deixar de ser, nem podia ser duma outra maneira, rigorosa, como é evidente, em termos do
funcionamento da assembleia, e em relação evidentemente à direção da assembleia, quem dirige
é o presidente da assembleia municipal, não é? Sobre isso, coadjuvada pela mesa, mas a direção é
do presidente da assembleia. Eu pergunto aos líderes, se sobre esta matéria para fecharmos há
mais alguma intervenção? O Paulo Silva pediu ainda a palavra, e, portanto eu pergunto, uma vez
mais, a algum dos seus líderes se pretende intervir? Não. Então, fechamos com o Paulo Silva, este
espaço de intervenção dos líderes. Ok. Sim, senhor. Está inscrito, portanto, está o Paulo Silva, o Rui
Belchior, está o Vítor Cavalinhos, o Samuel e o André, e fechamos assim. Paulo Silva? ”
Paulo Silva, da CDU, disse: "Primeira questão. Ontem, o Partido Socialista apenas pode ir, e dizer
que foi beneficiado, porque teve direito a duas declarações de voto, quando sempre houve uma
única declaração de voto, por votação, por bancada. O Partido Socialista, teve direito a duas
declarações de voto, e ainda se está a queixar. Uma situação que nunca tinha acontecido. Depois,
foi audível ter sido dito que o Nelson tinha acabado o tempo. Foi audível. Se agora ainda tinha seis
segundos, muito me surpreende! Sobre a questão de fundo da cedência de tempo para a Câmara
Municipal já me tinha explicado, o ponto sobre a contratação do empréstimo, já me tinha
pronunciado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Rui Belchior.”

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Rui Belchior, do PSD, disse: "Obrigado, senhor presidente. Nós, já por diversas vezes, afirmámos a
nossa posição. Nós, neste capítulo em concreto, e ao contrário do que é frequentemente
insinuado, ainda há pouco foi, enfim, algumas larachas que são lançadas, nós somos democratas e
nem sequer concebemos, como é evidente, que numa situação destas, num ponto destes, em
concreto, a Câmara, ou o senhor presidente da Câmara esteja impedido de expor o ponto,
portanto, concreto da deliberação. Isso nem sequer nos passa pela cabeça! Porque lá está, nós
somos democratas e olhamos para isto de uma forma, da forma como isto tem que ser visto. E,
portanto, não vamos estar aqui agarrados a um constrangimento, de um regimento e das normas
formais numa circunstância destas. Temos que ter essa capacidade essa flexibilidade de saber
interpretar o momento. Bom! Mas isto só sucede, e eu aqui tenho que dar alguma razão ao Partido
Socialista, e ontem também manifestei a minha opinião, porque ontem, infelizmente, não houve
essa flexibilidade para num momento absolutamente extraordinário de um autarca do nosso
concelho, não lhe ter sido permitida uma intervenção. Se isto se enquadrava, se enquadra ou não
na defesa da honra, bom, eu já vi de tudo, que nesta assembleia todas as interpretações
permissivas que admitiram defesas da honra, portanto, ontem, eu creio que não só eu muitos
eleitos ficaram com… lamentaram o facto de não ter sido dado essa oportunidade e cá está - cá se
fazem, cá se pagam - embora nós não alinhemos por este tipo de diapasão, isto era desnecessário!
E estamos convencidos que isto agora nem se colocaria. Portanto, essa flexibilidade de
interpretação do momento concreto, tem que haver esse entendimento mais permissivo, para
tentar perceber o que é que se pretende e o que é que o órgão pode dar nas alturas (Corte de
som). Mas era agora inadmissível, como é evidente, até eu já estava aqui a ver se perguntavam o
meu tempo que até eu disponibilizaria, nós, Partido Social Democrata, de tempo ao senhor
presidente, para apresentar se tivéssemos tempo para isso. Portanto, acho inconcebível! Acho que
até uma perda de tempo estarmos aqui a discutir este aspeto. Porque, enfim, já todos disseram
quase o mesmo. Mas isto evitava-se, lá está, se ontem não tem acontecido aquele episódio.
Pronto. Por muito que agora não se queira aceitar é um momento extraordinário e devia ter sido
alvo doutro tratamento. Muito obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Tem a palavra o Vítor Cavalinhos.”
Vítor Cavalinhos, do BE, disse: "Eu vou ser breve. Nós estamos perante uma situação, e nem
sequer vou perder tempo com argumentos do que se tem passado, não vou perder tempo com
isso. Acho que não adianta nada agora. Estamos é perante uma situação que é simplesmente esta.
Ou é concedido tempo para o presidente da Câmara dar as explicações que lhe sejam pedidas, ou
se não for concedido esse tempo, os membros da assembleia municipal, não lhe podem colocar
questões. Isso então é que era uma coisa que não tinha sentido nenhum. Eu quero fazer uma
pergunta ao senhor presidente da Câmara, mas como ele não me pode responder, não lhe posso
fazer. Então vamos votar, ou então vamos votar este documento que aqui está sem fazer
perguntas, ou então tiramos este assunto da ordem de trabalhos, e voto noutra assembleia. Quer
dizer, isto não tem sentido absolutamente nenhum. E já agora, eh pá, não faz falta nenhuma

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espírito dos... “Cá se fazem, cá se pagam. Isso, como dizia o Gandhi - É olho por olho… acaba a
gente, tudo cego. Isso agora, não interessa. O que interessa é a gente resolver no regimento,
aquilo que já devíamos ter resolvido. E já foi, mil vezes, colocado o problema. Se se fazem quarenta
perguntas ao presidente da Câmara, ele tem que ter para responder. O que é evidente aqui não
andamos aqui a dormir. E as coisas também se fazem para dar o que dão. A gente inventa as
perguntas, e a gente sabe o que é que estamos aqui todos a fazer. E quem faz perguntas sabe que
está a fazer, sabe o tempo que demora a fazer perguntas, muita gente a fazer perguntas, sabe que
isso vai levar tempo para responder. E depois cria-se esta situação. Parece que é mais difícil
resolver – “que obras, Santa Engrácia.” Eu tinha dito que era rápido, e é para ser rápido. Eu
proponho o seguinte: que a CDU, não deve ceder nenhum tempo ao presidente Câmara, que isso
não é preciso. O que eu proponho é que nós acertemos e que se consensualize que,
extraordinariamente, são concedidos dez minutos ao presidente da Câmara, para explicar a
proposta, para ter tempo para responder às perguntas que lhe façam. É só.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Ok, Vítor. Samuel, se faz favor?”
Samuel Cruz, do PS, disse: "Bom! Começar por dizer que isso não tem nada a ver com o código de
(Impercetível). Não é - olho por olho, dente por dente. Não é esse espírito de vingança que o
Partido Socialista aqui invoca. O que o Partido Socialista invoca é equidade. E não invoca de hoje.
Invoca durante todo este mandato. Diversas vezes, eu fui silenciado na assembleia municipal, e
nunca ninguém veio dizer que a intervenção do Partido Socialista era importante. Ontem, por
acaso, ontem, enfim, já terá havido mais vezes, mas ontem, e eu agradeço, o Rui Belchior e o
André, sem que ninguém lhes pedisse, sem que fosse contada, e isso já é uma diferença de atitude
da mesa, e a mesa tem-se colocado nessa posição ingrata que é de não defender todos os
membros da assembleia. Tem sido uma mesa sectária, é uma mesa que defende a Câmara, e que
defende o Partido Comunista, não é, ontem não foi… Hoje está-se a perguntar a todos o que é que
acham? Porque é que ontem, a mesa, não perguntou a todos os líderes o que é que os líderes
achavam? E porque o os dois que se pronunciaram, ou os três, eu inclusive, porque é que essa
opinião não foi tida em conta? Porque não interessava. Ontem era o Partido Socialista que queria
falar, e era uma coisa importante. Todos sabemos que era uma coisa importante. Porque não foi
perguntada a opinião a todos os líderes? Porque é que não se abriu uma exceção? Porque é que
não se disse que era excecional, e que se estava a pedir mais um tempo? O Partido Socialista,
apresentou propostas de alteração da taxa de IMI, não é, que é uma coisa importante, é uma coisa
importante para a população. Porque é que se fez aquilo? Eu, ainda hoje, devo dizer, que ainda
hoje não percebi. Inventou-se uma regra, ou inventou-se, ou invocou-se uma regra, que ainda hoje
eu não percebi qual era a assembleia que mais se utilizou. Provavelmente se hoje fossemos aí ver
se aqueles tempos, naquela vez, se invocaram, que a assembleia não podia recorrer mais do que
não sei quanto tempo, isto também tinha que acabar já. Porque só aquela assembleia é que teve
de se acabar naquele momento. Mas quantas vezes? [01:06:00] Eu lembro-me da primeira que
tivemos online, que até o Partido Socialista nem participou, porque foi liminarmente cortado. Há

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quanto tempo é que esta possibilidade de dar, ou não dar mais tempo, e há tanto tempo de se
trocar o tempo, há quanto tempo é que isso é impedido ao Partido Socialista, há quanto tempo?
Pergunto? Ontem, o Partido Socialista, criou-se uma regra, e que o Partido Socialista tem
respeitado, ninguém traz mais do que quatro documentos. O Partido Socialista, não trouxe mais do
que quatro documentos. Uma vez a CDU trouxe, e invocou que era um voto de pesar e passou, no
outro a seguir, o PS trouxe mais um, e era um voto de pesar, pensando que, enfim, se tinha feito
direito (Impercetível) que se tinha aberto o precedente, e ia – “Caindo o Carmo e a Trindade.”
Ontem o PC, trouxe sete documentos, sete. Quando o acordado, entre nós, é que sejam quatro, e
eu não disse nada. Pelos vistos, toda a gente olha para o que o Partido Socialista faz, e ninguém
olha para aquilo que o Partido Comunista, faz. Aqui já foi dito ontem, o que Paulo Silva disse não
era verdade. Ontem aquilo que foi chamado a atenção, fui eu a ler dois minutos da declaração de
voto. O Nelson Patriarca, respeitou o tempo e sobraram-lhe seis segundos. O presidente da
Câmara hoje começou o tempo com dezassete minutos, e ultrapassou em cinco, quer dizer que já
gastou vinte e dois, e não tem nada a ver com as perguntas, tem a ver com a apresentação do
ponto anterior. Não tem a ver com as perguntas que tem sido consensualizados entre nós, são as
perguntas da atividade da Câmara. É uma questão diferente.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Ó Samuel, vamos fechar.”
Samuel Cruz, do PS, disse: "O PS, é que tem sempre que se calar. O presidente é irredutível!”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Então, diga lá?”
Samuel Cruz, do PS, disse: " senhor presidente tem que aprender a gerir…”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Diga lá? Porque senão eu vou ter que lhe cortar a
palavra, pá!
Samuel Cruz, do PS, disse: "É que eu estou a dizer. O senhor presidente é irredutível. O senhor
presidente da Câmara, tem que gerir o seu tempo. Todas as forças políticas, têm que gerir o seu
tempo com o mesmo rigor que exigem ao Partido Socialista. Se fossem mais liberais com o Partido
Socialista, o Partido Socialista será mais liberal também. Agora, as regras têm de ser iguais para
todos. Porque como eu já disse, não é por mim, nem pelos eleitos do Partido Socialista, é pelo
respeito que os eleitores do Partido Socialista merecem. Disse!”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Portanto, a posição do Partido Socialista, é então, e
o Vítor Cavalinhos, fez uma proposta concreta de dez minutos. Paulo Silva tinha feito quinze
minutos, e, portanto, do Partido Socialista não há tempo para presidente da Câmara, é isso?
Samuel Cruz, do PS, disse: "Não há! Tal e qual como não há para PS. É o respeito pelos eleitores do
PS que está em causa. “
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Está percebido! Portanto, o Partido Socialista vai
impedir que o presidente da Câmara apresente e que os membros da assembleia façam perguntas.
É o registo feito!

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Ata nº 01/2021
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Samuel Cruz, do PS, disse: " Não. “
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “ É o registo que fica em ata.”
Samuel Cruz, do PS, disse: " Presidente, não seja sectário! Eu não disse isso. Tenho que representa
(impercetível)”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Ó Samuel, vamos lá eliminar aqui as adjetivações
que eu não utilizo consigo, e que não permito. E não admito que (Impercetível)!”
Samuel Cruz, do PS, disse: "O senhor presidente, está a dizer coisas que eu não disse.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Está-me a chamar sectário! Eu não fiz adjetivações
consigo. E, portanto, não admito que utilize comigo, pá!
Samuel Cruz, do PS, disse: "Uma primeira, em relação ao Vítor Cavalinhos. O Vítor disse que as
pessoas estão impedidas de fazer as perguntas. No entanto, as pessoas, quer dizer, que não têm
resposta, podem fazer intervenções sobre a matéria…”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Essa, é absolutamente ridícula! Desculpe lá, ó
Samuel! Estamos a perder aqui, digamos, a dignidade. Estamos a perder a dignidade.”
Samuel Cruz, do PS, disse: "Não, não estamos. (Impercetível)”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Diga lá? Ó Samuel, para concluir. Vá lá!”
Samuel Cruz, do PS, disse: "Pois. Quer dizer, eu não posso ser interrompido. Não me podem cortar
voz! Tudo isso! Comigo, pode-se tudo! Só eu, é que tenho que respeitar as regras. Mais ninguém
respeita as regras, nesta assembleia, pelos vistos. Presidente duas coisas, pode fazer-se
intervenções. O Paulo Silva já disse. Isso já foi apresentado aos líderes as pessoas podem fazer, os
documentos são públicos e, portanto, toda a gente (Corte de som) pode fazer intervenções sobre o
assunto. Pronto. Primeiro ponto. Acerca disso, não há... Eu estou-me a insurgir contra si, e quando
disse que estava a ser parcial, é que o que eu disse foi que por uma questão de equidade, o Partido
Socialista não aceita. E o que o presidente da assembleia municipal tem de dizer, é que o Partido
Socialista, por uma questão de equidade, diz que não aceita. Foi aquilo que eu disse. A afirmação
de que o Partido Socialista quer calar o presidente da Câmara, é abusiva! Não foi isso que eu
disse.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Pronto. Está bem. Mas é o meu entendimento.”
Samuel Cruz, do PS, disse: "É o seu entendimento, mas não é um atendimento que ajude a
representar todos os eleitos da assembleia municipal.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Pronto. Está bem.”
Samuel Cruz, do PS, disse: "Peço desculpa, mas é a nossa (Impercetível).”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “É a posição do PS. Fica clara a posição do PS. Não
era preciso… Está clarinho.”

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Samuel Cruz, do PS, disse: "Sobre o presidente da assembleia municipal, que lhe pedem
responsabilidades de imparcialidade (Impercetível) e você está a violá-las. E assim mete-se numa
posição difícil. Porque desce do seu patamar superior (Impercetível) para que foi eleito, para vir ao
patamar do combate, e depois temos que nos sujeitar às regras do combate. Disse!
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Pronto. Já estamos a entrar em diálogo, e, portanto,
isso…”
Paulo Silva, da CDU, disse: "Defesa da honra, senhor presidente.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Defesa da honra? Faça o favor.”
Paulo Silva, da CDU, disse: "O Samuel Cruz, na sua intervenção, disse que o que eu tinha dito que
o PS ontem tinha tido duas declarações de voto na questão da moção sobre a vacinação que não
era verdade. É verdade. Houve duas declarações de voto do PS, uma do Tomás Santos, e outra do
Samuel Cruz. O tempo que está para declaração de voto de cada força política, são dois minutos. O
PS, utilizou dois minutos de cada uma destas declarações de voto, o que quer dizer que fez
declarações de voto no total de quatro minutos. Isto sim, é violação das regras de imparcialidade, e
o Samuel Cruz, ainda vem aqui fazer-se de vítima e mais, veio dizer que é mentira aquilo que toda
a gente assistiu ontem.”
Samuel Cruz, do PS, disse: “Defesa da honra, presidente.”
Paulo Silva, da CDU, disse: "Isto é muito grave! O Samuel Cruz, vir acusar que é mentira, que não é
verdade, quando tem absoluta certeza que o é. Na política não vale tudo, e muito menos, querer
mandar areia para os olhos dos outros eleitos, e não respeitar os mesmos. Foi um precedente
muito grande que ontem se abriu, ao deixar-se o PS fazer duas declarações políticas. E o PS, ainda
está aqui a fazer-se de vítima. Portanto, isto, não podemos aceitar, porque as regras têm de ser
iguais para todos, e ontem não o foram, em benefício do Partido Socialista. “
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Diga lá, Paulo Silva, se ainda tem mais alguma coisa
em defesa da honra.”
Paulo Silva, da CDU, disse: "Em relação à questão dos documentos, quando o Partido Socialista e
não foi com votos de pesar, tenho a certeza disso, quando o Partido Socialista apresentou
documentos a mais, nós dissemos que a partir desse momento com toda a lealdade e com toda a
frontalidade, a partir desse momento, sentimos desobrigados do compromisso assumido, porque
não tinha sido respeitado. Uma coisa era um voto de pesar e tenha certeza de que nessa vez não
foram votos de pesar, Samuel. E eles serão públicos, e é ir ver as atas, e o que é que aconteceu.
Nós dissemos isso e a partir daí assim estamos desobrigados desse compromisso assumido, e,
portanto, não sei porque é que o Samuel agora (Impercetível). Pronto.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Muito bem. Tem a palavra, o André Nunes. Faça o
favor. “

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Samuel Cruz, do PS, disse: “Eu pedia defesa da honra, presidente. Foi invocado o meu nome. É
perfeitamente plausível.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “ Pronto. Mas vamos acabar com isto das defesas da
honra contínuas, porque senão eu interrompo a assembleia municipal. E, portanto,
interromperemos o tempo que for necessário e retomaremos. Certo?”
Samuel Cruz, do PS, disse: “Sim. Posso começar? Eu devo-lhe dizer que vou defender a honra até
da mesa. Porque o Paulo Silva acabou de dizer que a mesa era mentirosa. Porque aquilo que a
segunda secretária da mesa disse, foi que o PS terminou com seis segundos. Isso foi acabado de
dizer pela mesa. E, portanto, eu aí não me vou pronunciar mais. Acho que quem devia defender a
sua honra, era a mesa, pois o líder da CDU acusou a mesa de ser mentirosa.”
Paulo Silva, da CDU, disse: "Não. Desculpe lá! Mas não meta na minha boca aquilo que eu não
disse. Eu falei nos tempos que, nas declarações de voto, não no tempo de intervenção e sabe
muito bem senhor eleito Samuel Cruz, que as declarações de voto, não contam para (Impercetível).
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Olhem, se vocês continuam assim, eu interrompo já
a assembleia. Se houver mais alguma intervenção em que eu não dê a palavra, a assembleia é
interrompida imediatamente. Porque isto, de facto, está a passar as marcas, e não dignifica o
funcionamento da assembleia municipal. Nem dos líderes nem dos eleitos, e isso não pode ser.
Portanto Samuel, se faz favor. Não o estamos a ouvir. “
Samuel Cruz, do PS, disse: “Peço desculpa. Não me estavam a ouvir. Dizia eu, começando por
agradecer a intervenção (Impercetível), em relação às declarações de voto o que diz no regimento,
(Impercetível).”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Está sem som. Já terminou? Ok. André Nunes, se
faz favor.”
André Nunes, do PAN, disse: "Presidente, duas notas. A primeira, costuma-se dizer que violência
gera, ou atrai violência. Aqui, não. Verdadeiramente, não é violência. Talvez intransigência gera
intransigência. E, portanto, a minha posição, a posição do PAN é, o regimento é claro quanto à
matéria, compre-se o regimento. E, portanto, se para os tempos a cedência de tempos carece de
consenso e se esse consenso não existe, pois, da próxima vez, tem que haver uma melhor gestão
dos tempos por parte da Câmara Municipal.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Pois. Mas eu, de facto, pergunto de que é que têm
servido as reuniões de líderes. Não é no sentido de encontrar um funcionamento da assembleia
municipal, que respeito os órgãos, respeito a Câmara Municipal, respeito o senhor presidente da
Câmara, respeito as competências dos órgãos, e permita ter condições de funcionamento. E,
portanto o que estamos aqui hoje a ver não é isso, evidentemente. Há aqui uma intransigência
que, de facto, eu não considero aceitável, mas se é esse o entendimento, bom, não há solução
para isso, não é? Apenas aqui três notas, porque foram colocadas. Há aqui um conjunto de
matérias, nós vamos ter proximamente, uma reunião de líderes e é naturalmente esse o espaço, e,
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portanto, não há mais nenhumas intervenções hoje em relação a isso, e até já excedemos o que
tinha sentido acontecer. E, portanto, primeiro, foram feitas aqui algumas afirmações, que têm de
ficar claras na assembleia municipal, em relação à própria condução da assembleia municipal, pela
mesa antes de mais pelo presidente da assembleia, não é? No que se refere à taxa, às taxas,
cumpriu-se a lei, cumpriu-se a lei, e o regimento. Tão simples quanto isto, não é? O contrário é que
não podia ter acontecido. Porque se não se cumprisse a lei e o regimento, teríamos uma situação
de ilegalidade que a mesa, e em primeiro lugar do presidente da assembleia não podem permitir.
Depois, em segundo lugar, ainda em relação ao ontem, o PS coloca aqui a questão claro que não
tinha tempo para falar bom, tinha uma declaração política a seguir, tinha todo o tempo e até
terminou com, a faltarem seis segundos, portanto, não se colocava aqui uma questão de problema
do tempo do PS para falar. E a questão da defesa da honra ficou clara ontem, senhora Vereadora,
não é? E, portanto, não foi colocada, quer dizer, esta prorrogativa não pode ser usada
indiscriminadamente. Portanto, o entendimento é que não foi colocado em causa a honra e a
explicação por parte da senhora Vereadora, ao órgão da assembleia também não tem lugar,
porque a explicação é nos respetivos órgãos. Com certeza, que a senhora Vereadora, digo eu, teve
a oportunidade de fazer um órgão próprio na Câmara Municipal ao seu tempo, e, portanto, não
tem que se vir justificar para a assembleia municipal, são órgãos distintos. Eu acho que se continua
aqui, digamos, a confundir as competências dos órgãos e o respeito pela autonomia dos órgãos. E
depois a questão da equidade, eu não aceito isso, e não há aqui uma perseguição ao Partido
Socialista, ou o problema de equidade, quer dizer, em nenhuma circunstância o Partido Socialista
foi silenciado, e, portanto, entendo de forma clara que esta vitimização do Partido Socialista, não
tem qualquer sentido, só se tiver outros objetivos políticos, que parece que se quer dar, não é? Em
relação à questão do tempo, dar mais tempo ao PS? É igual para todos. Foi um entendimento. Em
termos de entendimento de aplicação do regimento e é evidente em parte consensualizado pelos
líderes que os tempos só são possíveis de acrescer entre os grupos municipais e para completar
intervenções que estejam em curso, e, portanto, no sentido de que elas possam ser completadas,
não é? Portanto e depois, a questão, uma vez mais, das perguntas ao presidente da Câmara ainda
há pouco Vítor Cavalinhos o referiu, quer dizer, também é esse o entendimento dos líderes, só que
não tem ainda expressão regimental, não é, de que o tempo de resposta do senhor presidente da
Câmara, deve ser o mesmo tempo ou um tempo equitativo em relação às suas questões que são
colocadas. E nós agora interrompemos a assembleia municipal cinco minutos.
intervalo de 5’.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Vamos iniciar o último ponto – “As grandes opções
do plano e orçamento de 2021.” Não houve consenso para uma questão fundamental que era o
presidente da Câmara, portanto apresentar este ponto, não é, e ter condições, também ter tempo
para responder às questões, e aos esclarecimentos que os senhores membros da assembleia
entendessem. Naturalmente, que isso significa um prejuízo para o esclarecimento da assembleia
municipal. E em boa hora, o senhor presidente no ponto anterior deu um enquadramento e já o

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tinha feito na comissão. Portanto, esta explicação foi feita na comissão aos senhores líderes, não
é? Os restantes membros da assembleia é que não vão ter porque ao não haver este, digamos,
este entendimento, o mais importante é o funcionamento da assembleia, não é, e as condições de
apreciação dos membros da assembleia, a própria dignidade e democraticidade de funcionamento
da assembleia municipal, houve essa intransigência, no meu entendimento, houve esta posição
por parte do Partido Socialista e do PAN que é o que se regista, porque em relação, creio que aos
restantes líderes o entendimento era no sentido, aliás, as propostas e as intervenções nesse
sentido, para que o presidente da Câmara tivesse tempo para poder apresentar. Não é, assim, mas
é uma pena! Mas fica registado que o Partido Socialista e o PAN, não tiveram esse entendimento. E
sendo assim, há tempo dos partidos, mas há aqui uma questão clara, não se chega ao ponto de
estar a fazer perguntas ao presidente da Câmara quando ele não pode responder, não tem tempo
para responder. Portanto se houver a intenção de intervenções, que fique aqui, antes de mais, de
forma clara, se não isso seria absolutamente ridículo, não é? Quer dizer, que se estivessem a
colocar, a fazer perguntas ao presidente da Câmara, quando ele não vai poder responder. Portanto,
eu pergunto se há alguma intervenção neste ponto? “
Fernando Sousa, da CDU, disse: “Senhor presidente, eu tinha-lhe pedido a palavra talvez não
muito ajustada dentro da circunstância, mas eu gostaria de falar, se poder. “
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Em relação a este ponto, não é, Fernando? Sim,
sim, Fernando. Faça o favor.”
Fernando Sousa, da CDU, disse: “Muito obrigado, senhor presidente. Eu queria pôr aqui uma
questão, eu como eleito da assembleia municipal, fico deveras transtornado por não poder ouvir
as explicações. Portanto, a apresentação do ponto do senhor presidente da Câmara. Acho que faz
todo o sentido, porque respeitando, portanto, o trabalho dos líderes e, portanto, a explicação que
houve própria, em sede própria, mas eu como membro da assembleia, gostaria de ouvir por parte
do senhor presidente da Câmara, as explicações ao ponto que, portanto, não me está a ser
permitido. Acho que faria todo o sentido, portanto, os líderes da assembleia, os líderes
parlamentares, pudessem, portanto, ultrapassar essa situação e dar a possibilidade aos restantes
membros da assembleia de ouvirem as explicações do senhor presidente. Portanto, sinto-me
incomodado por essa situação, e sinceramente não partilho desse tipo de atitudes. Lamento que
estivéssemos estado tanto tempo a discutir assuntos, alguns problemas de “lana-caprina”, é a
minha opinião, e acho que o senhor presidente… Bom! Muito obrigado por me ter dado a palavra,
e estou incomodado com esta situação. Disse!”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Fernando, obrigado. Eu também lamento que não
seja possível, já o disse. Mais alguma intervenção? André Nunes, faça o favor.”
André Nunes, do PAN, disse: "Obrigado, senhor presidente. Quer começar com um apontamento
inicial, para dar nota que com a opção hoje aqui tomada, a narrativa da culpabilização de terceiros
e de auto desresponsabilização tão característica dos sucessivos executivos comunistas do Seixal,
ficará, doravante, invariavelmente prejudicada, porquanto o seu executivo que tem, e sempre teve
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margem de manobra para atuar em matérias para as quais o estado central se demitiu ou
sucessivamente incumpre. Infelizmente, e a fazer fé no exemplo como que ainda ontem nos foi
dado pelo senhor presidente da Câmara, quando recusou a possibilidade de o município fazer um
investimento em estações de medição da qualidade do ar, por ser essa uma incumbência da CCDR,
receamos bem que esta pública opção com investimentos que não são responsabilidade sua, é
verdade, mas que é na verdade um episódio isolado que tem provado não um interesse público,
mas antes a realização de mera propaganda política. E, por isso, o PAN, votará a favor neste ponto,
e fá-lo-á em coerência, porque há muito que defendo que as sucessivas reivindicações junto do
estado central, mesmo quando legítimas não resolvem os problemas da população, e devem ser
preteridas em detrimento de ações concretas. Para nós é muito claro, se o município tem
capacidade para se substituir ao estado central e com isso não levar o conselho à estagnação, deve
fazê-lo em matérias que sejam do interesse da população. E a verdade é que tanto a Loja do
Cidadão como o Centro de Saúde de Corroios, ainda que neste caso, face à proposta esteja
limitada aos arranjos exteriores contrariamente ao que os outros municípios já fizeram, são obras
que trarão valor ao município, e que beneficiarão as populações, pelo que devem ser
concretizadas. E se a isso acrescer o facto das condições de endividamento serem aceitáveis tal só
reforça esta nossa convicção.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais intervenções? Pergunto se há mais
intervenções sobre esta matéria? Hernâni Magalhães, se faz favor.
Hernâni Magalhães, da CDU, disse: "Eu queria dividir a minha intervenção em três aspetos. O
primeiro, que já respondi na intervenção anterior, é clara qual é a opção da Câmara, ao publicitar a
autorização para este empréstimo. Se não o fizesse queria dizer que para fazer os trabalhos estaria
a retirar outras ações que quer fazer, e, portanto, não as poderia executar. Poderia amanhã pelas
mesmas pessoas que agora acusam de que deveria fazer isto tudo aquilo que o governo não faz
[01:32:00] e que deveria fazer, que eu acho que é uma acusação ditirâmbica, e perfeitamente tola!
Perfeitamente tola! Não encontro outra justificação. Vir a ser acusado que não cumpre seu
programa eleitoral, por exemplo, que foi sufragado pela população. E, portanto, naturalmente, que
a Câmara consegue para fazer determinado tipo de trabalhos para os quais vai ser ressarcida de
acordo com o esquema que está protocolado ao longo dos tempos, vai naturalmente fazer,
digamos, um empréstimo e vai fazer os trabalhos. Esta era a primeira nota que eu gostaria de
referir. A segunda nota prende-se com a questão das reivindicações. Pois claro que os municípios
têm que reivindicar e devem reivindicar, o mal não está na reivindicação, o mal está nos sucessivos
governos que em vez de se sentarem à mesa como órgãos institucionais que são e discutirem de
“Coração e peito aberto” com as autarquias as possibilidades, não o fazem, e jogam,e, já agora,
talvez, digamos, e há bocadinho não solicitei a intervenção porque já estavam fechadas, eu
gostaria de dizer ao nosso colega André Nunes, que da próxima vez que falar no PCP para dizer que
é negacionista, que ao menos comprove. Porque senão, será no mínimo acusado de estar a mentir.
O PCP, nunca foi negacionista. O PCP, vota contra o estado de emergência porque considerou haver

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razões objetivas, para o qual ele não era necessário. E ele sabe perfeitamente, e se não sabe é
porque não quer saber, quais foram as razões pelo qual o meu camarada João Oliveira, defendeu
em sede própria, por que razão é que não votava o estado de emergência. Portanto, não
falsifiquemos as posições dos outros porque não é bonito. Disse!”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais intervenções? Samuel, faça o favor.”
Samuel Cruz, do PS, disse: "Bem! Mais uma vez boa noite a todos! Esta é que é verdadeiramente a
minha primeira intervenção neste processo e nesta segunda sessão da assembleia, e espero que
continuem a encontrar-se de boa saúde. E para dizer o seguinte: o Partido Socialista tem boa-fé, e
é um espírito aberto. E, por isso, com um grande, grande voto confiança, e eu vou justificar de
seguida, o Partido Socialista vai votar a favor deste empréstimo. E vai votar a favor, tal como fez na
anterior proposta de alteração orçamental, uma coisa está intimamente ligada à outra, porque
gostava muito de ver os projetos aqui anunciados feitos aliás, a maioria deles comuns aos
programas eleitorais do Partido Socialista e do Partido Comunista Português. Agora, o que o
Partido Socialista tem, é sinceras dúvidas de que isso venha a acontecer, e eu passo a justificar.
Olhe, eu ainda sou do tempo em que a assembleia, a rede ciclável foi anunciada. E a rede ciclável
foi anunciada pelo Vereador Carlos Mateus que disse que ia fazer, e não é vereador desde 2009. Eu
tive essa discussão. Aliás, ainda me lembro do caricato que foi que é, o passeio ribeirinho
conflituava os peões e os ciclistas, ainda antes de haver aquele improviso que agora existe, e a que
chamam ciclovia. E fui apelidado, de, enfim, pouco… não diria pouco inteligente, mas pouco sábio,
e que eu sabia aquilo que era a vanguarda das ciclovias, e a vanguarda das ciclovias eram enfim,
ciclovias mistas, em que os peões e os ciclistas se atropelavam. E, aliás, como bem se viu e foi
depois preciso fazer aquele improviso. Mas ainda sou do tempo também em 2007, penso eu, em
que o empréstimo para o CDA foi pedido para fazer o CDA. E isso pasma-me um bocadinho, que o
CDA que era um CDA muito maior, e que agora é um CDAzinho, e que o dinheiro já vem de 2007,
ou seja, há catorze anos, e que em agora ainda se esteja a pedir mais dinheiro, para se fazer o CDA.
É, de facto, estranho! Mas, o Partido Socialista dá o benefício da dúvida e sabe que a população de
Fernão Ferro, efetivamente, precisa daquele equipamento. É pena que o PCP, apenas olhe para
aquilo que não é responsabilidade da Câmara, e também devia olhar para isso. Também o Partido
Socialista, quer o Mercado da Cruz de Pau, efetivamente concluído e feito. E também acho
estranhíssimo! Já, neste mandato, o senhor presidente da Câmara veio aqui dizer – “O Mercado da
Cruz de Pau, a obra só não está pronta, porque os empreiteiros são uns malandros, e não têm
capacidade, abandonam as obras, não fazem as obras. E só por isso, é que não estava feito.” Nós já
ouvimos esta explicação aqui. Mas afinal parece que não é só por isso, porque até é preciso ir
pedir mais dinheiro para acabar a obra. Enfim, eu podia continuar com N exemplos destes. Não era
necessário! O Partido Socialista espera que o Partido Comunista, desta vez, consiga fazer a obra, e
espero, sinceramente. Tenho muitas dúvidas, e não é por má vontade, é pelo exemplo que já nos
deram durante anos, anos e anos. Disse! Terminei.”

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O Presidente da Assembleia Municipal disse: “O Samuel terminou. É isso, não é? Tem a palavra o
Rui Belchior.”
Rui Belchior, do PSD, disse: "Obrigado, senhor presidente. Queria saber primeiro se podia dar o
tempo, por favor?”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Sara, se faz favor, o tempo do PSD?”
Sara Lopes do PS, disse: Com certeza. O PSD tem quatro minutos e onze segundos.”
Rui Belchior, do PSD, disse: "Muito obrigado, Sara. Muito obrigado, senhor presidente. Bem, eu
estava aqui, de facto, concordo com o senhor presidente da mesa, quando diz que é ridículo, não
é? E, aliás, nós já não pensávamos intervir, e vamos fazê-lo porque, entretanto, houve pessoas que
o fizeram até a falar sobre a matéria e nós nesse sentido, até na expectativa, ou na esperança que
não podendo o senhor presidente responder, elas o possam fazer, enfim, não era isto também que
desejávamos e até estava aqui a refletir uma possibilidade, não é, caso eu aqui fosse um bocadinho
mais longe, o senhor presidente talvez pudesse usar a defesa da honra para se defender, não é,
que é assim um expediente de utilização reiterada. Bom! Eu vou tentar não o fazer. Enfim. Gostava
muito de debater com ele ainda aqui a questão das castanhas, mas não vai ser possível e bem
como a da roda, também não vai ser possível, portanto também não vou, já que ele não pode
responder, não vou tocar nisso, vou deixar isto para outro calendário. Não é que seja uma
obstinação, nem que esteja obcecado com isso, mas acho que considero que há coisas por
esclarecer. Queria-lhe dizer também que aceitaria de bom gosto o convite dele, mas como estou
convencido que já não será o presidente da Câmara, esse convite não faz grande sentido. Nessa
altura, para o ano no Natal. Mas, enfim. Queria dizer sobre o empréstimo, ainda duas coisas, e
tinha aqui uma interrogação, e como o eleito Hernâni, é de Corroios, o Sr. Hernâni, pode ser que
ele até tenha uma resposta para me dar sobre isto. Dizer, e apesar de todos os elogios, e todas as
exultações que foram feitas à boa governação, e aos excedentes orçamentais, etc… a verdade é
que vamos contrair mais um empréstimo, a dez anos. Também foi exultado, o facto da taxa de juro,
ser muito… portanto, quase no mínimo. É verdade também, mas também é verdade, que nunca as
taxas de juro estiveram tão baixas como agora. E se não se empresta a Câmara, não sei a quem se
empresta mais. Há a questão da proteção institucional, alguém sempre que pagará o empréstimo.
Portanto, não sei porque é que se exulta esse aspeto. Mas, enfim. E o que é certo é que, com, ou
sem, que também tem sido feito esse exercício, essa equação de: se não tivéssemos adquirido os
serviços centrais a nossa dívida isto, isto, e aquilo… Bom! Se não tivéssemos partido para o
arrendamento. Se não tivéssemos dado “um passo maior que a perna”, se… se… se… e por aí
vamos, não é? E, portanto, acho que não é por aí. O que é certo, é que a autarquia do Seixal, com
estes (ses) todos, está no top 5, das autarquias mais endividadas, e vamos contrair mais um
empréstimo, e alegremente. Para terminar, e era isto que eu tinha esperança, e era o senhor
presidente, naturalmente, que iria responder, assim vou, de qualquer modo, não fazendo uma
pergunta, lançando só esta incoerência, na expectativa de alguém me poder responder. Na
documentação da deliberação, é referido que no Centro de Saúde, nos espaços exteriores, será
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despendido duzentos setenta e um mil euros, e setecentos deste empréstimo. Eu, como agora, leio
religiosamente o editorial do senhor presidente da Câmara, no boletim municipal, onde ele diz,
onde ele escreve, espero eu – “A Câmara Municipal é responsável pelos arranjos exteriores, infra-
estruturas, e estacionamento de apoio, com a criação de duzentos e sessenta novos lugares, na
envolvente do Centro de Saúde, num investimento de mais quinhentos e cinquenta mil euros.
Bom! Eu aqui imagino que o investimento seja este, e que da parte do empréstimo seja aquele.
Porque senão, haveria aqui uma contradição. Enfim. Ele, infelizmente, não vai conseguir responder,
mas tenho esta curiosidade, e gostava de saber. E termino. Tenho dito! Muito obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Pediu a palavra o Paulo Silva. Faça o favor, Paulo.”
Paulo Silva, da CDU, disse: "Boa noite, a todos! Depois da intervenção do eleito Samuel Cruz, eu
fiquei um bocado confuso, porque a deliberação que vem aqui assim, é que o empréstimo é para
financiar a obra da instalação da Loja do Cidadão do concelho do Seixal, e o Centro de Saúde de
Corroios, espaços exteriores. É o que está aqui a fundamentação. Mas, o eleito Samuel Cruz, diz
que vamos pedir mais dinheiro para fazer o CDA, para o Mercado da Cruz de Pau, e eu não sei se
haverá aqui assim um outro empréstimo, que o eleito Samuel Cruz, esteja a votar, e que os outros
eleitos, não. Porque o que nós vamos votar é a proposta que vem aqui da Câmara, e é para estas
duas obras específicas. Não para o CDA, não para o Mercado da Cruz de Pau, porque essas são
obras da responsabilidade da Câmara e que estão a ser financiadas, como o senhor presidente já
explicou, o senhor presidente da Câmara, com fundos próprios da Câmara Municipal do Seixal.
Estamos aqui assim, a contrair este empréstimo para obras que não são da responsabilidade do
município do Seixal, são obras da responsabilidade do poder central, mas que o poder central não
faz, e que por isso, a Câmara, se está a substituir ao poder central, e como não tem fundos
próprios para isso, mas são obras fundamentais para a população, a Câmara vai contrair este
empréstimo para efetuar estas obra, portanto, é bom que a gente saiba o que estamos a votar, e
que não nos venhamos fazer só de vítimas, mas também estejamos com atenção às propostas que
vêm da Câmara Municipal. Quanto à questão deste empréstimo dizer as condições muito
vantajosas que a Câmara Municipal consegue obter, e só consegue essas condições muito
vantajosas, não é por as taxas de juro estarem muito baixas, é porque a Câmara tem uma boa
situação financeira, e os Bancos quando apresentam as propostas têm em consideração a taxa de
risco, e em função da taxa de risco, apresentam as suas propostas financeiras para tentarem que a
sua proposta seja a melhor, e que venha a ser a escolhida pela Câmara Municipal. Eu estive a fazer
uma busca sobre empréstimos que outras Câmaras Municipais recorreram, no curto prazo, nos
últimos tempos, melhor dizendo, e a Câmara do Funchal, que é do Partido Socialista, em novembro
de 2000, portanto, há três meses, sensivelmente, e até numa notícia no Diário de Notícias, da
Madeira, o senhor presidente da Câmara Municipal do Funchal, regozijou-se por conseguirem um
empréstimo, e que isto demonstrava a grande saúde financeira da Câmara do Funchal, por
conseguirem um empréstimo com um spread de 0,6%. Ora, a Câmara Municipal do Seixal,
consegue um empréstimo com uma taxa, um spread, sensivelmente, de um terço desse – zero,

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vinte, e dois, quatro. Portanto, isto é que demonstra, que não é por ser um município, é porque os
Bancos entendem que é um risco praticamente nulo, e daí assim, uma taxa de juro, com um
spread destes, que comparando com o Funchal – zero, vírgula, seis. Também encontrei Belmonte,
em outubro de 2020, com um spread – zero, vírgula, setenta e sete, portanto, tudo spreads muito
superiores, ao que a Câmara Municipal do Seixal, está aqui assim a conseguir, neste empréstimo,
que demonstra, indubitavelmente, a excelente saúde financeira da Câmara, a grande gestão que
está a ser feita, e por isso, os Bancos cortam ao máximo, para conseguirem emprestar à Câmara
Municipal do Seixal, com taxas de juro que não propõe a outras Câmaras Municipais, que como eu
já aqui disse, o caso da Câmara do Funchal, é quase o triplo do spread que Câmara Municipal do
Seixal, consegue obter. Portanto, estamos aqui assim de parabéns, pelas condições que se
conseguiram para este empréstimo, que estão, indubitavelmente, ligadas à gestão que está a ser
feita pelo município do Seixal, pela CDU, aqui assim. E dizer que continuamos à espera que o
Partido Socialista, portanto, o eleito Barata, falou aqui assim no investimento dos cem milhões de
euros, que o governo do Partido Socialista ia fazer aqui no concelho do Seixal, mais depressa ele foi
para o outro lado do que o que o Partido Socialista investiu aqui assim esses milhões, e os
Seixalenses, os habitantes do concelho do Seixal, continuam à espera que o governo do Partido
Socialista cumpra com as suas obrigações para estes habitantes. Tenho dito!”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Tem a palavra o Samuel Cruz. Faça o favor.”
Samuel Cruz, do PS, disse: "Presidente, começar por dizer se o Paulo Silva viu, de facto, um
empréstimo da Câmara do Funchal de novembro de 2000, não foi há três meses, foi há 20 anos, e,
nessa altura, a Câmara nem sequer era do PS.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Hernâni Magalhães, faça o favor.”
Hernâni Magalhães, da CDU, disse: "Ora, mais uma vez boa noite! Tentando ajudar na discussão, e
respondendo ao nosso amigo Vereador Rui Belchior. Eu penso que a diferença que se encontra,
deve-se ao seguinte: os arranjos exteriores foram alvo de um concurso público, e, entretanto, a
Câmara resolveu fazer do outro lado, um parque de estacionamento que é preciso garantir que
além, portanto, do acesso ao Centro de Saúde, que os utentes que lá vão, e que se desloquem nas
suas viaturas, tenham um sítio onde estacionar, e a Câmara resolveu fazer. E, portanto, o tal
excesso de verba deve-se a estes trabalhos a mais, que não estão na empreitada, e, portanto,
correm em total conta e risco da Câmara Municipal, e não estão na empreitada adjudicada por
concurso público, para os arranjos exteriores do Centro de Saúde. Obrigado, e boa noite. Com
licença.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais alguma intervenção? Sara, quanto tempo é
que tem a CDU?”
Sara Lopes do PS, disse: “A CDU tem vinte e cinco minutos, e dez segundos.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Então, eu inscrevo-me com o tempo da CDU, claro,
e não podia ser doutra maneira, para breves notas também de ajuda de esclarecimento. Que não
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substituem, de forma nenhuma, e é lamentável que o senhor presidente da Câmara, esteja
impedido de poder responder. Mas, notas muito breves. Em relação à Loja do Cidadão, que é uma
competência da administração central, que tem investido no país, há Lojas do Cidadão, antes de
mais, nas capitais de distrito, e em grandes cidades, e, portanto, esta é uma reivindicação antiga do
poder local, aliás, foi comigo que foi assinado o primeiro protocolo em 2009, e demorou-se esses
anos todos, a administração central, ou poder central dos vários governos, que não investiu até
agora, de tal forma que a Câmara, porque se trata, de facto, de um equipamento de fundamental
importância para a nossa população, que a Câmara, portanto, avançou com obra e avançou, de tal
forma, como têm na proposta este apontamento, em relação à proposta, que nem sequer vai ser
ressarcida deste investimento. Portanto, a Câmara está a contrair este empréstimo, para responder
a competências da administração central que não cumpriu as suas obrigações. Neste caso
concreto, a Loja do Cidadão. A Câmara não vai ser ressarcida, e inclusivamente, as entidades, vão
pagar em termos de rendas, as várias entidades da administração central, cobra apenas um terço,
e tem isso na proposta, que cobram apenas um terço, leram, com certeza, um terço, dos custos de
funcionamento. Depois, estamos a falar de equipamentos, neste caso em concreto, da Loja de
Cidadão… Há dúvidas? Havia dúvida, se se vai concretizar, ou não, e está em curso adiantado,
como pelo senhor presidente da Câmara informou, na reunião da comissão, e creio que até na
assembleia municipal, já nesta assembleia municipal, não é, os arranjos exteriores do Centro de
Saúde também, e, portanto, é um processo que está em curso, como todos conhecem. Portanto,
sobre esta matéria não há qualquer dúvida, como é evidente. Ainda um apontamento, em relação
a esta questão do empréstimo do CDA, e que agora um CDAzinho, e eu não tenho nada essa ideia.
É um equipamento de grande capacidade, que faz parte, portanto, do plano de abastecimento do
concelho em alta, e que é um equipamento idêntico ao do CDA de Santa Marta, portanto, chamar-
se de CDAzinho, eu creio que é uma menorização que não têm sentido, não é? E não é com
certeza por desconhecimento do projeto. Bom! Sobre isso é bom, portanto, ver o projeto e do que
estamos a falar. Ele não avançou porque não houve financiamento comunitário, não é? Aliás, esta
é uma das matérias, e claro que o empréstimo, na altura, foi utilizado para realizar outras obras,
não é? Isso, não é um problema. O dinheiro não tem cor. O dinheiro, é para servir as populações e
foi isso que a Câmara Municipal fez ao longo do tempo naturalmente, não é? E dizer-vos ainda
como nota também de esclarecimento, não é, com certeza que conhecem, mas tem sempre
sentido este tipo de esclarecimentos, que este problema do investimento no país não é apenas no
conselho do Seixal, e do apoio aos municípios em relação ao ciclo urbano da água, se mantém até
neste quadro comunitário. Podem consultar, as posições da Associação Nacional de Municípios,
sobre esta matéria, e até há uma declaração, por exemplo, do presidente da Câmara de Viseu, não
é, sobre esta matéria, e a reivindicação que a associação tem feito, e os municípios, junto do poder
central, face à insuficiência de investimento no ciclo urbano da água, onde no caso do Seixal, esse
investimento está a ser realizado pela Câmara, sem fundos comunitários, e exclusivamente pelo
município. E, pronto. Depois uma outra nota ainda, que tem a ver com as questões, com a questão
da reivindicação ao poder central e se o poder central não faz o que é de sua competência, e há
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aqui o exemplo concreto da Loja de Cidadão, entre tantos outros. Bom! Então, os municípios que o
façam. Eu creio que em relação a esta matéria importante, todos nós devíamos fazer uma reflexão.
E todos nós fazermos uma reflexão, antes de mais no nosso concelho. É que nós, o município, os
cidadãos, as empresas, pagam impostos ao Estado, e que são esses impostos, para além do que
está no quadro da lei das finanças locais, naturalmente, que não podem deixar de ter um quadro
de investimento do poder central, obras municipais no país inteiro, ou melhor, obras que são da
competência do poder central, é porque se nós deixarmos de reivindicar, e se por outro lado,
seguirmos esta linha que é - Então a Câmara faz. Sabem qual é a pergunta que a população deve
fazer, e que nós nos devemos questionar? É para onde é que vão os nossos impostos? Porque, às
tantas, o que se coloca aqui é que o esforço dos cidadãos do concelho, das empresas, em relação
ao que contribuem para as receitas do estado, a nível de impostos, vai para outros concelhos. Pode
ir para o concelho ao lado, pode ir para outro sítio qualquer. E nós aceitamos isso? Nós aceitamos
que o poder central não invista no concelho de Seixal? Aliás, no concelho de Seixal, está muito
melhor no investimento da Câmara, do que no investimento do poder central, e ainda, há pouco,
foi referido aqui que, aquela longa lista dos cem milhões, se pergunta onde é que está o
investimento? O da Câmara, conhecesse. Ainda hoje, no ponto anterior, é uma lista de enorme
importância em relação a um conjunto de obras que a Câmara reforça em termos orçamentais,
para garantir a sua realização, não é, com a importância que tem para resposta a necessidades
concretas da população. Portanto, o concelho do Seixal, a população, em termos de qualidade de
vida, está muito melhor com o investimento da Câmara no quadro das suas competências, e no
que substitui o poder central, e está de facto pior na ausência total de investimento do poder
central. Aliás, nós, nessa matéria, e ainda ontem isso foi referido, está em discussão pública, a
chamada bazuca, que não é… não sei, bazuca do quê? Quer dizer, quando está muito aquém das
necessidades em termos da Europa, não é só de Portugal, da resolução dos problemas, não é
verdade, dos dezasseis mil, quase dezasseis mil, milhões de euros, não há nenhum investimento no
concelho do Seixal, e na península de Setúbal que tem novecentos mil habitantes, o único
investimento que aparece, é uma ligação de poucos quilómetros, de, há muito necessária, é
verdade, e, portanto, é verdade entre Setúbal e Mitrena, mais nada! Em duas rúbricas, em que
uma são as infra-estruturas, e investimento em infra-estruturas no país, outra é a mobilidade
sustentável que são dois mil milhões de euros, para o concelho de Seixal. Nada para a península de
Setúbal! Nada! Nota final, em relação à questão do endividamento, e que o Rui Belchior, aqui
referiu, quando estaria, que estará, e isto é uma leitura a partir do anuário, aquele anuário, que é
publicado anualmente, que a Câmara do Seixal, estaria no rácio de endividamento, entre os
primeiros cinco. Não sei se foi isso que foi dito, mas, pelo menos, foi essa a leitura. Há aqui um
aspeto que é importante, pá! É que, em primeiro lugar, o endividamento não pode ser lido de
forma quantitativa. Essa é a primeira questão. Mas, por rácio do número de habitantes. Segunda
questão. É preciso ver o anuário com cuidado, nos seus diversos itens. É que o endividamento tem
que ser consolidado, com o endividamento das empresas municipais, com o endividamento das
empresas do setor da água, que o município do Seixal, não tem, como sabem, não empresas
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municipais, quaisquer, não é, nem um setor da água, que muitos outros municípios têm, e ainda
mais, ainda também em relação ao financiamento que era o que existe ainda do (FAM), quer o que
existe do fundo de apoio municipal, que até é pago pelo conjunto dos municípios, não é, o tal
fundo, onde todos contribuem, digamos, para uma coesão nacional, mas que coloca muitas
interrogações, não é? Porque é que o Seixal, financia Portimão? Porque é que o Seixal, financia
Aveiro, por exemplo, não é?, e, onde quaisquer destes municípios, até com o exemplo que eu
referi, têm endividamento, só do fundo de apoio municipal, na ordem, próximos dos cem milhões
de euros. Ou seja, aqui a leitura pelo anuário, é uma leitura que tem de ser feito com todos os
itens. Portanto, isso significa que o município de Seixal, tem um rácio de endividamento
consolidado, ao não ter empresas municipais, ao não ter empresas da água, ao não ter
financiamento do (FAM), ou do (PAEL), que está nos melhores níveis do país. Isto, portanto, eu
aconselho-vos uma leitura cuidada do anuário, e uma leitura rigorosa do anuário. E para isso é que
serve, naturalmente, digamos, a leitura dum livro, uma informação que para todos é importante,
mas tem que ser rigorosa. E pediu a palavra… O Paulo Silva, tinha… aqui, agora, não tenho a
certeza. Pediu agora, ou era a anterior? Foi a anterior intervenção? Paulo Silva?
II.6. Procedimento para contratação de empréstimo a médio/longo prazo para investimento -
Relatório final. Adjudicação. Aprovação.
(Documento anexo à ata com o número 20)
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Então, Paulo Silva, faça o favor. “
Paulo Silva, da CDU, disse: " Portanto, o eleito Samuel Cruz, falou para ver sobre as taxas de juro
de outras Câmaras Municipais, e eu acabei aqui de encontrar de Lisboa, de Agosto de 2020,
portanto, poucos meses, as taxas de juro que conseguiu, taxas fixas de dois, vírgula dois, três, ou
com taxas variáveis, com spreads zero, nove, sete, cinco; zero, seis, nove, zero. Isto foram as
propostas. Portanto, zero, sete, seis, nove, e acabou com o BEI, que foi quem apresentou a melhor
proposta: zero, vírgula, dois, doze, no regime da taxa fixa, ou um spread de zero, vírgula, seis, zero,
dois, sobre a Euribor. Portanto, quase o triplo do que consegue o Seixal, e foi o melhor que Lisboa
também conseguiu. Por agora, tenho dito!”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Samuel Cruz?”
Samuel Cruz, do PS, disse: "Presidente, eu queria antes de mais fazer aqui uma intervenção, um
pedido de esclarecimento. Eu fui informado, durante a minha primeira intervenção, que o senhor
Presidente da Câmara saiu, certamente não foi desrespeito pela minha intervenção, deve ter sido
algum problema técnico de maneira que se ele quiser, basta escrever no “bate papo”, que eu
repito a minha primeira intervenção. Essa era a primeira nota. Depois, em relação à Loja do
Cidadão. Em relação à Loja do Cidadão, senhor presidente, lamento, sabe que tenho imensa
consideração por si, mas atendendo à sua intervenção, não posso deixar de dizer aquilo que tenho
para dizer, e já o disse, várias vezes, nesta assembleia, e toda a gente sabe. A Loja do Cidadão, não
está feita por inércia da Câmara. E recordo a todos aqui a famosa história do post-it. Se o

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Secretário de Estado liga para o presidente da Câmara, o presidente da Câmara não atende o
telefone, e atendendo ao teor do post-it, até não atende o telefone propositadamente, e
reiteradamente, assim é difícil fazer obra e realizar o que quer que seja. Mas, enfim. Eu tenho uma
tese, acerca disto. Eu acho que, se nos outros concelhos que não são do PSD se faz, e aqui não se
faz, é porque o PCP não quer. E não quer, porque se alimenta do descontentamento. Quanto pior,
melhor! E, portanto, essa é a minha tese. Agora também se diz aqui que é para financiar o
alojamento na Jamaica. Também esse programa já foi feito, era o PER. Toda a… e isto já vem desde
os anos 90, nos anos 90, o programa PER financiava a totalidade do realojamento da Jamaica. A
Câmara, não o fez! Os da margem, não o fizeram! Oeiras, que tinha um problema mais grave, tem
tudo feito! E até aí em suspeito, porque não é do meu partido, não é? Mas, continuando. A Loja do
Cidadão, ainda vamos ter aqui, que voltar a falar dela, e falar com atenção! Porque vamos lá ver!
Aquele edifício foi comprado para ser a sede da assembleia municipal. E agora reunimo-nos ali, no
átrio da Câmara. Quando foi adquirido, aquele edifício destinava-se a ser a sede da assembleia
municipal. E agora, eu compreendo que não saibam o que hão-de fazer ao edifício, e que tentem
aqui arranjar uma solução. Mas, a solução que está à vista, e aqui de acordo com o documento que
o senhor presidente da Câmara nos forneceu, é que é para instalar um serviço de Finanças, e um
Instituto de Registos e Notariado. Ou seja, estes dois serviços, vão mudar do lado da rua, porque
atualmente estão do outro lado da rua. Eu não consigo ver grande vantagem para a população
nisso, mas, se calhar, existe. A Segurança Social, também vai mudar para lá, mas não é para o outro
lado da rua, mas são meia dúzia de ruas de lá para cá, e depois, ainda mais fantástico, há um
quarto serviço que há-de vir, mas não se sabe qual é, e dá a entender que tanto faz. Eu não sei se
isto é um conceito de prestar grande serviço à população, e se vale a pena o investimento. Mas,
enfim. Não tivemos ocasião de fazer essa discussão. Em relação ao CDA, eu recordo que, em 2007,
havia fundos para a totalidade daquilo que foi pedido em empréstimo, aquele quadro comunitário
que estava em vigor, e foi por isso, aliás, que justificou o pedido dos empréstimos. Agora, que
quase nenhuma obra tenha sido feita, que a Câmara não tinha conseguido fazer as obras, que
tenha gasto o dinheiro, noutros sítios, como muito bem o senhor presidente disse, isso é que
ninguém tem culpa mas, na altura, os fundos comunitários existiam. A Câmara concorreu, pediu os
vistos ao Tribunal de Contas, o Tribunal de Contas, deu os vistos, e disse – Sim, senhor, que eram
para completar o investimento dos fundos comunitários, e o dinheiro veio. Agora, se não fizeram a
obra querem culpar quem, e do quê? Agora claro, já não há dinheiro! E porque é que eu disse que
era um CDAzinho? Bem, não há dúvida de que é mais pequeno, mas, acima de tudo, custa
metade. Quer dizer, das duas, uma: ou estavam a comprar muito caro, ou então estamos a falar
doutra coisa. Porque um equipamento daquele tipo, não muda assim de valor e de preço de um
dia para o outro. Aliás, em princípio, treze anos depois, o preço sobe, não diminui, como é
evidente, não é? Por fim, o senhor eleito Paulo Silva, e os empréstimos? O que eu lhe disse foi para
ir ver o de Almada, mas não lhe vou facilitar a vida, vou-lhe apenas dar uma pista: a Caixa Agrícola,
em Almada, não ganhou. Disse, senhor presidente!”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Hernâni Magalhães, faça o favor.”
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Hernâni Magalhães, da CDU, disse: "Só duas pequenas notas. Primeiro: o programa PER, o
programa PER, nunca financiou a 100%. O Estado entrava com 40%, as Câmaras 60%, e era sobre
um valor por metro2, estipulado. E informo mais que, nestes valores, no programa PER, não
estavam incluídos os arranjos exteriores. Os arranjos exteriores só vieram posteriormente, mais ou
menos, no ano de 2002, a serem considerados no programa PROHABITA, se não estou em erro, já
no governo de Durão Barroso. Isto, se não estou em erro. Portanto, não é verdade essa questão do
programa PER, porque o programa PER, de facto, foi criado no tempo de Cavaco Silva, e do
Ministro Ferreira do Amaral, e era esta a forma de financiamento. Câmaras, 60%, Estado, 40%, e
os arranjos exteriores não entravam, e isto era sobre um preço por metro 2, estipulado. Segunda
questão: a vantagem de concentrar uma serie de serviços, é para mim óbvia, mesmo quando as
pessoas não tenham que andar muito. Estão juntos, e as pessoas quando tiverem de tratar de
várias coisas não têm que andar para trás e para a frente. Isto parece-me, mais ou menos,
evidente. Obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “De forma muito breve também, mas eu inscrevo-
me ainda, para breves, brevíssimos esclarecimentos. Porque, entre nós, de facto, e é um órgão
com esta responsabilidade, e, naturalmente, com as responsabilidades que possuímos enquanto
eleitos, e responsabilidades políticas, é importante que as questões sejam esclarecidas. O PER, e
neste caso, foi Samuel que colocou estas questões, o Samuel que já foi Vereador, portanto, está cá
há uns anos, e é alguém inteligente, que conhece as coisas, mas tem uma interpretação que não
corresponde, muitas vezes, à realidade. E admito que não conheça tudo. Admito que não conheça
tudo. E pode ser por isso que faça determinadas afirmações, não é? Em relação ao CDA, não é
verdade. Não houve fundos comunitários. Tão simples, quanto isso. E, portanto, a questão é
objetiva. Se o Samuel conseguir, e agora não vale a pena, o que interessa agora é ter o CDA, como
senhor Presidente, há pouco, explicou, e agora é sem fundos comunitários, não há duvida
nenhuma, porque não houve, como sabem, como o Samuel, sabe. Aliás, coloca-se a questão, e
ainda ontem apreciamos, debatemos essa matéria, em relação à península de Setúbal, mas, se
tiver alguma prova que havia fundos comunitários, era interessante até trazer isso, era
interessante. Afirma que sim! É que estas afirmações, a este nível do nosso debate, vem a ser
naturalmente improvável, não é? Depois, em relação ao modelo das Lojas do Cidadão, eu, aliás,
estive, participei, na época, quando foi constituída na Agência de Modernização Administrativa,
com uma presidente que depois foi Secretária de Estado, até ainda recentemente, eu participei no
início do processo da nova geração de Lojas do Cidadão e a opção da Câmara Municipal em 2009, e
que o Samuel conhece, antes de mais, até melhor do que eu, que estava cá na altura. No protocolo
que foi assinado comigo, eu era o presidente da Câmara, já a opção que era pelo edifício Alentejo.
Inicialmente era, de facto, a sede da assembleia municipal. ,Mas quando se colocou a possibilidade
de ter no concelho uma Loja do Cidadão, esta opção foi o edifício Alentejo, que a Câmara tinha
adquirido. E porquê? Pela sua centralidade, no centro do concelho, junto a um eixo viário
fundamental que é estrada Nacional 10, e por reunir, em termos de área, as condições para isso. E
depois, eh pá, a história do post-it, é uma história que até desmerece, desmerece completamente
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as responsabilidades, as minhas, enquanto presidente da Câmara, na altura, e até do Samuel,
enquanto eleito, há época, e agora também. Se o problema da Loja do Cidadão, fosse dum simples
post-it, infelizmente não foi, infelizmente o governo adiou anos e anos. E, eu, sobre esta matéria,
com toda a responsabilidade, conheço muito bem o processo ao detalhe, com o Secretário de
Estado da altura, que eu também conheço bem, não sei até, se calhar, estive em mais ocasiões
com o Secretário de Estado, na altura, do que teve o Samuel Cruz, e eu não sou do Partido
Socialista, como se sabe, quer dizer, era presidente de Câmara. E, portanto, não foi nada disso. Nós
já tivemos assembleias municipais sobre esta matéria, em um mandato anterior, e não foi nada
disso. Foi o governo que não investiu e discriminou o concelho do Seixal. E o resto não é verdade.
A verdade é a Câmara que vai substituir o poder central, fazer uma obra que competia ao poder
central, para servir a população do concelho. E depois, eu, esta não posso deixar passar. Quer
dizer, quando não se compreende que ter serviços concentrados, é esse o modelo das Lojas
Cidadão, serviços onde as pessoas não necessitam de andar de um lado para o outro, com o
Instituto de Registos e Notariado, com o Instituto de Segurança Social, com a Administração
Tributária, e a possibilidade de outros serviços, só depende da administração central, porque vai
ter a Loja do Munícipe, como o senhor presidente da Câmara anunciou, isto até é um atestado de
menoridade às pessoas. Então, é preferível que elas andem de um lado para o outro, em serviços
concentrados? Então acabe-se com as Lojas do Cidadão. Esta, de facto, não é mesmo nada
entendível, e parece apenas uma coisa, não é, digamos, de “faits divers político”. Desculpem lá, a
expressão, é (entre aspas) como é evidente. Finamente em relação ao PER. O PER, de Vale de
Chícharos, o que, na altura, foi possível ficar no PER, e o Samuel Cruz conhece bem isto, foi
totalmente realojado, na (Impercetível). Totalmente! O resto não foi possível legalmente possível,
legalmente, há época, ser legível ao PER, caso contrário a Câmara teria colocado no PER, como é
evidente. A situação de Vale de Chícharos, é ilegível, em mil novecentos e noventa… Eh pá, não
consigo agora dizer o ano, mas eu já era presidente da Câmara. Portanto, é depois de 1997.
Portanto, o PER, totalmente realojado. As restantes situações, não foi possível, não era ilegível no
PER. Bom! E depois o problema arrastou-se ao longo dos anos, porque não houve, infelizmente,
uma política habitacional no país e esperemos que agora, desta vez, ela vá acontecer. Aliás, há um
compromisso do Senhor Primeiro Ministro, para investimento, alguns já no PRR, muito aquém do
que irá ser necessário, como sabemos, mil milhões de euros, não dá para isto, não é, para resolver
o problema no país, nas áreas metropolitanas, e a norte do Tejo, há muitos problemas por resolver,
na área metropolitano do Porto e também em outros locais do país, para vinte cinco mil
realojamentos. Ou seja, vinte e cinco mil habitações condignas, para os portugueses e para as
portuguesas. Esta é que é a verdade dos factos. Disse! Ora, Samuel Cruz, outra vez? Vamos estar
aqui os dois, já percebi. Mas, eu, por mim, está dito! Samuel Cruz, faça o favor.”
Samuel Cruz, do PS, disse: "Eu também, presidente. Não vou dizer… Quando o confinamento
acabar, vamos almoçar os dois, e discutimos isto tudo.”

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Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 01/2021
1ª Sessão Ordinária – 24 de fevereiro de 2021
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Está bem. Com certeza. Sim, senhor. Com certeza.
Vamos almoçar.”
Samuel Cruz, do PS, disse: "Eu sei algumas coisas, mas não sei todas. O senhor presidente sabe
muito mais do que eu, e não tenho dúvidas disso. É sincero. Agora há uma coisa que eu sei. É que
nos outros sítios as coisas vão-se fazendo, e aqui não acontecem. E isso é que me chateia. Disse!”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Não é uma intervenção, é apenas um comentário,
com boa disposição. Era bom que a realidade do país fosse essa, portanto com radiografia que
temos na Associação dos Municípios, não é essa. Olhe, veja-se, por exemplo, tivemos conselho
diretivo esta semana, e a propósito do PRR, e as intervenções e até em termos de documentos
escritos, estou a lembrar, por exemplo, do presidente da Câmara Municipal de Viseu, que, em
relação ao PRR, também coloca interrogações, e também tem muitos problemas por resolver, em
Viseu, e é urgente. Portanto, a realidade do país não é essa. Agora, nós, não podemos deixar de
reivindicar aquilo que é necessário para a nossa população. Era o que faltava, enquanto eleitos,
enquanto representantes da população do concelho. Ora, creio que não há mais nenhuma
intervenção. É mesmo isso, não é? Não há mesmo. Então vamos colocar à votação. Infelizmente,
não é possível termos o senhor presidente a intervir e a responder às questões. Havemos de
resolver essa questão porque, de facto, isso não se não serve a assembleia municipal, nem serve,
de facto, o nosso papel, evidentemente. Ora, estamos já a proceder à votação. Doutora Madalena,
como é que estamos?”
Doutora Madalena: Portanto, pelas minhas contas, temos a votação idêntica à anterior. O CDS,
absteve-se, e o voto contra do PSD.
Aprovada a Deliberação nº3/XII/2021 por maioria e em minuta com:
Trinta e dois (32) votos a favor dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal da CDU: 16
• Do grupo municipal do PS: 11
• Do grupo municipal do BE: 3
• Do grupo municipal do PAN: 1
• Do presidente da JFFF: 1
Quatro (4) votos contra dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal do PSD: 4
Uma (1) abstenção dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal do CDS-PP: 1
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Peço desculpa. Abstenção do CDS e voto contra do
PSD. Alguma declaração de voto? Não há registo de declaração de voto, não é?

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Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 01/2021
1ª Sessão Ordinária – 24 de fevereiro de 2021
II.7. Minuta da Ata – Aprovação.
Aprovada a Deliberação nº 4/XII/2021 por unanimidade e em minuta com:
Trinta e sete (37) votos a favor dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal da CDU: 16
• Do grupo municipal do PS: 11
• Do grupo municipal do PSD: 4
• Do grupo municipal do BE: 3
• Do grupo municipal do PAN: 1
• Do grupo municipal do CDS-PP: 1
• Do presidente da JFFF: 1
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Portanto, consideramos a ata aprovada, em minuta.
Há reuniões por agendar com as comissões, e com os líderes, vamos fazê-lo. Bom! E terminamos a
nossa primeira sessão ordinária da Assembleia Municipal,
Nada mais havendo a tratar, O Presidente da Assembleia Municipal deu os trabalhos por
encerrados, agradecendo a presença do executivo municipal e dos membros deste Órgão.
A sessão terminou cerca da 22:47 horas do dia 25 de fevereiro.
Nos termos do art.º 5.º do Decreto-Lei nº 45362 de 21 de Novembro de 1963 (com a redação
atualizada pelo Decreto-Lei nº 334/82 de 19 de Agosto, e de acordo com uma interpretação
extensiva), os documentos mencionados são arquivados, ora em pasta anexa à presente ata, ora
no respetivo processo.
Sempre que se indicou ter sido tomada qualquer deliberação, dever-se-á entender ter sido
aprovado nos termos e para efeitos do disposto no art.º 92.º da Lei nº 169/99, de 18 de setembro,
com a redação atualizada pela Lei nº 5-A/2002, de 11 de janeiro, e com as alterações introduzidas
pela Lei nº 67/2007, de 31 de dezembro e pela Lei nº 75/2013, de 12 de setembro.
Para constar se lavrou a presente ata que vai ser assinada pelo Presidente e Secretários em
exercício:
O Presidente da Assembleia Municipal:

O Primeiro Secretário:

A Segunda Secretária:

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Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 02/2021
2ª Sessão ordinária – 29 de abril de 2021

A T A nº 02/2021
Aos 29 dias de abril de dois mil e vinte e um, reuniu a Assembleia Municipal do Seixal, na sua 2ª
sessão ordinária de 2021, por videoconferência, presidida por Alfredo José Monteiro da Costa e
secretariada pelo 1º Secretário, Américo Augusto de Oliveira da Costa, e pela 2ª secretária, Sara
Sofia Oliveira da Silva Lopes Oliveira, com a seguinte Ordem de Trabalhos, divulgada pelo edital nº
7/2021, de 23 de abril.
I – PERÍODO DE ANTES DA ORDEM DO DIA.
II – PERÍODO DA ORDEM DO DIA.
II.1. Informação sobre o trabalho em curso das Comissões da Assembleia Municipal.
II.2. Apreciação de informação da Câmara, sobre a atividade desta, nos termos e para efeitos
das alíneas a) e b) do n.º 2 do art.º 25.º do Anexo I à Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro.
II.3. Apreciação de informação do Presidente da Câmara, sobre a atividade do município e
situação financeira do mesmo, nos termos e para efeitos da alínea c) do n.º 2 do art.º 25.º do
Anexo I à Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro.
II.4. Plano Municipal de Habitação do Concelho do Seixal. Aprovação.
II.5. Regulamento do uso do fogo e limpeza de terrenos. Versão definitiva. Aprovação.
II.6. Novo Regulamento da Rede de Hortas Urbanas do Município do Seixal. Aprovação.
II.7. Regulamento da Zona de Estacionamento Automóvel Condicionado na Urbanização de Vale
de Gatos e Envolvente. Versão definitiva. Aprovação.
II.8. Regulamento Municipal de Apoio ao Movimento Associativo do Município do Seixal para
Instalação de Sistemas Fotovoltaicos. Versão definitiva. Aprovação.
II.9. Adesão ao Acordo Cidade Verde. Aprovação.
II.10. Adesão à Rede Mayors for Peace. Aprovação.
II.11. Adesão ao ODSlocal. Plataforma Municipal dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
Aprovação.
II.12. Prorrogação do prazo de constituição de direito de superfície sobre uma parcela de terreno,
a favor da Santa Casa da Misericórdia, para a construção de uma Unidade de Cuidados Integrados
do Seixal. Aprovação.
Estiveram presentes, para além dos membros da Mesa:
Da CDU: Almira Maria Machado dos Santos, Carlos Alberto de Sousa Pereira, Custódio Luís
Quaresma Jesus de Carvalho, Fernando Júlio da Silva e Sousa, Gonçalo Rui de Oliveira, Hernâni José
Pereira Peixoto Magalhães, Maria João Evaristo Oliveira Santos, Maria Júlia dos Santos Freire, Nuno
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Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 02/2021
2ª Sessão ordinária – 29 de abril de 2021
Filipe Oliveira Graça, Paula Alexandra Sobral Guerreiro Santos Barbosa e Paulo Alexandre da
Conceição Silva.
Do PS: Célia Maria Martins Cunha, Luís Pedro de Seia Gonçalves, José Carlos Elizeu Chora, Maria
Virgínia de Sousa Andrade Dias, Marta Sofia Valadas Barão, Nelson Filipe Lampreia de Oliveira
Patriarca, Rui Miguel Santos Brás, Samuel Pedro da Silva Cruz, Sérgio Miguel Carreiro Ramalhete e
Rui Jorge Guerreiro Parreira.
Do PSD: Duarte Sérgio dos Santos Melo Correia, Maria Luisa Marques da Gama, Rui Miguel Lança
Belchior Pereira e Ricardo Manuel de Moraes e Soares.
Do BE: Eduardo Manuel Lino Grelo, Sandra Anabela Alves de Sousa e Vítor Manuel Cavalinhos.
Do PAN: António Joaquim Sota Martins.
Do CDS-PP: João Guilherme Nobre Prata Fragoso Rebelo.
Estiveram ainda presentes os Presidentes de Junta de Freguesia de Amora, Fernão Ferro e da
União das Freguesias do Seixal, Arrentela e Aldeia de Paio Pires, respetivamente, Manuel Araújo,
Carlos Reis e António Santos e Orlando Ribeiro em substituição do Presidente da Junta de
Freguesia de Corroios.
Registaram-se as seguintes substituições:
No grupo municipal da CDU: Rui Algarvio por Gonçalo Rui Oliveira e Ana Inácio por Almira Santos.
No grupo municipal do PS: Tomás Santos por José Chora.
No grupo municipal do PAN: André Nunes por António Martins.
O Presidente da Junta de Freguesia de Corroios, Eduardo Rosa, por Orlando Ribeiro.
Para além do Presidente da Câmara Municipal do Seixal, Joaquim Cesário Cardador dos Santos,
estiveram presentes os seguintes Vereadores:
Maria Manuela Palmeiro Calado, Joaquim Carlos Coelho Tavares, José Carlos Marques Gomes,
Maria João Varela Macau, Eduardo Rodrigues, Marco Fernandes, Elizabete Pereira Adrião, Nuno
Moreira e Francisco Morais.

A Sessão teve início cerca das 20:30h.


I. PERÍODO DE ANTES DA ORDEM DO DIA.
I.1. O Grupo Municipal da CDU apresentou a saudação «47.º aniversário da Revolução de 25 de
Abril e às Comemorações do 1º Maio, Dia do Trabalhador», subscrita por Paula Santos.
(Documento anexo à ata com o número 1)
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Muito bem. Sim senhora, então a ordem no quadro
de organização proposta, primeiro o conjunto de saudações, fizemos aqui uma pequena alteração,
saudações ao 25 de abril e 1º de maio do Bloco. Depois a seguir declaração política do PAN, a

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Ata nº 02/2021
2ª Sessão ordinária – 29 de abril de 2021
seguir voto pesar pelas vítimas das forças populares, a seguir as saudações ao Amora Futebol
Clube, depois as moções pelo aeroporto, a seguir saudação ao 75º aniversário do Ginásio Clube de
Corroios, obras na Secundária João de Barros, as que tem a ver com a Ponte da Fraternidade, são
duas, a declaração política do BE, e antes eu passei, mas está antes as duas do aeroporto, ok? E
finalmente a moção de atribuição de toponímia “Parque das Lagoas”, ok? Estamos de acordo, não
é? Sim, senhor. Ora muito bem. Então dizer-vos pedidos de substituição da CDU Rui Algarvio por
Gonçalo Rui Oliveira, Ana Inácio por Almira Santos, do PS Tomás Santos por José Chora, do PAN
André Nunes por Joaquim Sôta Martins. Pedidos de substituição de presidentes de junta,
presidente da junta de freguesia de Corroios por Orlando Ribeiro. E, portanto, vamos dar início
com o conjunto de saudações ao 25 de Abril e o 1º de Maio, portanto, primeira a CDU, é subscrita
por Paula Santos se faz favor. Paula Santos?
Paula Santos, da CDU, disse: “Eu queria começar por corrigir a moção porque naquela parte em
que refere a Assembleia Municipal do Seixal, peço que seja corrigida reunida na segunda sessão
ordinária no dia 29 de abril e não no dia 29 de novembro como está lá escrito. A CDU traz esta
moção de saudação da revolução de abril, de facto um acontecimento maior nos últimos anos no
nosso país e que permitiu a conquista de direitos, liberdades e garantias que ficaram consagradas
na nossa constituição e uma dessas conquistas foi de facto o poder local, o poder local
democrático. E o poder local democrático ao longo destes anos deu um grande contributo para a
melhoria das condições de vida das populações e no nosso concelho isso é bem visível nos
investimentos que foram feitos nas infraestruturas, na qualificação de espaço público, nos
equipamentos dos quais destacamos os investimentos em novos equipamentos coletivos que
foram ou serão inaugurados no âmbito das comemorações do 25 de abril em 2021,
nomeadamente a loja do munícipe, a segunda fase do Parque Urbano do Seixal, a Piscina
Municipal da Aldeia de Paio Pires, o Centro Internacional da Medalha Contemporânea, o Centro de
Treinos do Amora Futebol Clube, requalificação do Mercado Municipal da Cruz de Pau, o núcleo do
Sporting do Seixal ou o Centro de Saúde Corroios em que a Câmara foi determinante para a sua
concretização. Saudamos também as comemorações do 1º de Maio, dia do trabalhador e que
constituem de facto um importante momento de luta na valorização do trabalho dos trabalhadores
e por melhorias da sua condições de vida. E aquilo que propomos nesta moção é exatamente isso
uma saudação ao 47º aniversário do 25 de abril, ao 45º aniversário da Constituição e ao 1º de
maio, uma saudação aos autarcas, aos trabalhadores, ao movimento associativo que se associaram
às comemorações do 25 de abril na afirmação do poder local democrático como conquista de abril.
Um apelo à participação nas comemorações do 1º de maio e a defesa dos valores e conquistas de
abril. Disse.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Passamos à segunda moção é do PS, e é subscrita
por Samuel Cruz, faz favor.
Samuel Cruz, do PS, disse: “Muito obrigado Sr. Presidente. O enquadramento é de facto,
acompanhamos aqui aquele que já foi dito pela eleita Paula Santos. O único sítio em que, ou
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Ata nº 02/2021
2ª Sessão ordinária – 29 de abril de 2021
divergimos é de facto não acompanhamos os icónicos ou o exercício (Impercetível) se quisermos
em relação ao trabalho da Câmara, mas pomos em destaque aquilo que é a grande conquista do
25 de abril são, aliás, é a atual Constituição da República Portuguesa, e de facto é também
chamada à colação pelo Bloco de Esquerda. E de facto, quanto aos direitos constitucionais, o Seixal
ficou ou está a ficar bastante para trás, desde logo no direito da réplica política porque o direito do
contraditório (impercetível) constitui atualmente hoje, provavelmente, a situação mais grave do
país, o direito à saúde enfim, todos sabemos que é uma luta comum, a responsabilidade não será
exclusiva da Câmara, mas entendemos que a Câmara podia fazer muito mais, o direito ao
Ambiente mais uma vez aparecemos na cauda dos concelhos do país quanto a esta matéria, tal
como naquele que é a atuação na área da educação por parte da Câmara Municipal do Seixal,
enfim. Damos factos concretos quanto a isso. Mas para além da análise daquilo que se passa no
nosso concelho o que é importante é saudar o 25 de abril, o dia da Liberdade e as suas conquistas,
e é isso que visa esta saudação. Disse.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “A moção a seguir é do PSD a saudação, tem a
palavra o Rui Belchior se faz favor.”
Rui Belchior, do PSD, disse: “Sr. Presidente olhe também começava por fazer uma retificação no
título da moção. Naturalmente que não foi em 75, foi em 74 e, portanto, eu pedia que fizessem
essa correção, por favor. Pronto, no mais, já é um hábito nesta altura do ano, neste mês em que se
comemora, portanto, digamos a Liberdade e o 25 de abril, o Partido Social Democrata também não
se pode deixar de associar a estas, portanto, a esta data e a esta celebração. Ainda que fazendo
menção, como temos feito todos os anos, que no nosso entendimento ainda há muitas coisas para
cumprir, para fazer cumprir abril e inclusive neste concelho, mas para já não me queria alongar
muito mais. Muito obrigado.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Com certeza. A seguinte é a saudação do Bloco de
Esquerda tem palavra o Vítor Cavalinhos, se faz favor.”
Vítor Cavalinhos, do BE, disse: “Eu, o voto que fazemos é também é o voto tradicional de
saudação ao 25 de abril, portanto, não vou ler os consideramos, e a intenção é saudar a luta dos
trabalhadores e das trabalhadoras em defesa da saúde, e saudar o trabalho de todos os
profissionais da área, nós centramos a nossa ultima parte da saudação à luta dos trabalhadores,
dos trabalhadores e das trabalhadoras que tem estado na linha da frente no combate a esta
pandemia. E, portanto, achamos e que e é evidente que é a defesa do Serviço Nacional da Saúde e
dos serviços públicos como determinantes para resposta à crise pandémica e à crise social e é este
o sentido da nossa moção.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Vítor Cavalinhos, e a seguinte é a saudação ao 1º de
maio, se faz favor.”
Vítor Cavalinhos, do BE, disse: “E a saudação ao 1º de maio é outra tradição que acho que, é uma
tradição, uma boa tradição. Que é nós recordarmos das datas fundadores da nossa, da dignidade

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dos trabalhadores e da nossa sociedade, que tem anos, mas mantém-se sempre atual. Os objetivos
por que lutaram em Chicago em 1986 milhares de trabalhadores e alguns pagaram com a vida essa
luta, mantém-se perfeitamente atuais nos dias de hoje. É esse o sentido que queremos dar ao
nosso voto e como referiram a parte resolutiva repete-se nas duas moções e saudamos o 1º de
maio, que esperemos que agregue as diversas gerações e saudar nele a coragem de todos os
Homens que lutaram com o desejo de um mundo melhor. Era esse o sentido deste voto.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Muito bem. Então terminadas as apresentações das
saudações ao 25 de abril e ao 1º de maio. Intervenções? João Rebelo se faz favor.”
João Rebelo, do CDS/PP, disse: “Muito bem, muito rapidamente são muitos votos. Nós não
concordamos com o voto da CDU porque tem, quer na linguagem quer referências que tem a ver
com a sua ideologia que nós temos de respeitar, mas que discordamos. Por outro lado, faz uma
apreciação, mistura a data e faz uma campanha a favor da Câmara Municipal do Seixal e das suas
obras que nós não fazemos também a mesma leitura sobre o alcance e o sucesso. Votaremos
favoravelmente ao voto do Partido Socialista que faz uma análise correta e ao nosso ver relembra
também que o 25 de abril só ficou totalmente preenchido com o 25 de novembro e, portanto,
votaremos favoravelmente ao voto do Partido Socialista. Votaremos também favoravelmente ao
voto do PSD porque recorda os timings e quer também na elaboração, está de acordo com o que
nós acreditamos. Estranhamente vão achar que vamos votar contra o do Bloco, mas aqui abstemo-
nos que achamos que o Bloco fez um esforço para procurar trazer para a discussão aspetos
importantes que é o esforço muito grande que foi feito pela população portuguesa, e pelas
pessoas que trabalham na linha da frente no combate ao Covid19. E aos pequenos e médios
empresários, e aos trabalhadores e a toda a gente que se uniu para fazer este combate. Apesar de
ter uma linguagem que eu posso discordar, e dizemos, tentar recordar o Bloco de Esquerda que as
políticas de austeridade que foram necessárias no nosso tempo do PSD/CDS foram o que salvaram
o país, é a nossa opinião não será a do Bloco com certeza. Mas de qualquer maneira registamos o
esforço de um voto que lembra aspetos importantes, portanto, não vamos abster no Bloco.
Portanto, contra o da CDU, a favor do PS e do PSD e abstenção no do Bloco de Esquerda. Muito
obrigado, Sr. Presidente.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Pergunto se há mais intervenções? Nuno Graça, se
faz favor.”
Nuno Graça, da CDU, disse: “Eu peço, queria só intervir. Peço só para não contarem o tempo, só
queria dar nota do seguinte, eu há imagem do que já aconteceu anteriormente, eu não consigo
escrever no bate-papo para todos. Não sei se mais alguém está nesta condição, isto já me
aconteceu antes só consigo enviar mensagens para C.M.Seixal privadamente. Portanto, não sei
como proceder quando for altura de votar e tudo mais.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “O Nuno diz, anuncia o voto, tá bem? Como há
gravação fica registado.”

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Ata nº 02/2021
2ª Sessão ordinária – 29 de abril de 2021
Nuno Graça, da CDU, disse: “Pronto, então era isso, peço desculpa então pela interrupção.
Obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Nenhum problema. Mais alguma intervenção? Não
há mais pedidos de intervenção?
Paulo Silva, da CDU, disse: ”Não, há pedidos de informação. O António Souta Martins está escrito
no bate-papo e estou eu também.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Sim, mas eu não tenho nenhum registo, não sei
porquê. Dra. Madalena, sabe porquê? O meu bate papo não tem registo?
Dra. Madalena Silva disse: “Presidente não faço ideia. Acionou o bate papo, certo?
Rui Belchior, do PSD, disse: “Eu estou a ver os dois. Presidente, aí no balãozinho, no balãozinho cá
em baixo no canto inferior direito. Carregue aí no (Impercetível).
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Epá eu não tenho um mestrado em informática,
mas não sou propriamente info-excluído, quer dizer, que fique claro. Pronto, a gente vai andar
para a frente, pois é isso que tem que ser, não há outra maneira, não é? Então pronto, o António
Sôta Martins quer intervir, não é verdade? Está inscrito, depois a seguir o Paulo Silva. ”
António Sota Martins, do PAN, disse: “Eu vou intervir só para dizer ou para dar uma justificação de
qual vai ser o nosso voto. A questão é o seguinte, nós iremos abster nas saudações da CDU e do PS
não porque estejamos contra ou que tenhamos algum problema em relação ao 25 de abril, pelo
contrário. Mas porque ambas façam considerandos em relação ao trabalho da Câmara que não nos
parecem corretos numa saudação deste tipo que merecia um apoio unânime de todos os eleitos
desta autarquia. Por essa razão também iremos votar a favor da moção ou da saudação do PSD e
do Bloco de Esquerda, das duas saudações. É só isto. Muito obrigado.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Paulo Silva.”
Paulo Silva, da CDU, disse: “Portanto, a CDU vai votar contra a saudação do Partido Socialista, tem
questões históricas com as quais não concordamos nomeadamente a ditadura desta vez
comunista. Tem depois considerações sobre algumas questões que pensamos que o que o Partido
Socialista queria era que o poder central, o Governo, se demitisse completamente das suas
obrigações no Concelho do Seixal, portanto, deixava de, passava a ser tudo responsabilidade da
Câmara apesar do grosso dos nossos impostos ir para o poder central, mas o poder central
demitia-se e tinha de ser a Câmara a fazer tudo. Não deixando de ser caricato que o Partido
Socialista venha aqui dizer que a poluição atmosférica é elevada no Concelho do Seixal e ao
mesmo tempo defenda o aeroporto no Montijo que vai ter repercussões na poluição atmosférica
no Concelho do Seixal. Isto demonstra a profunda contradição que existe no Partido Socialista.
Quanto ao PSD iremos votar favoravelmente a sua saudação, fazendo aqui uma referência ao
penúltimo parágrafo em que diz, os traços de grande intolerância que por vezes existem em alguns
detentores do poder político, em compreensão e comportamentos totalitários, anti populares e

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Ata nº 02/2021
2ª Sessão ordinária – 29 de abril de 2021
antidemocráticos e nós concordamos com isto, na verdade quando o PSD foi Governo, o Governo
do Passos Coelho em que a questão da extinção das freguesias foi claramente um comportamento
totalitário do Governo do PSD, com traços de grande intolerância e incompreensão, anti populares,
antidemocráticos, em que não tiveram em consideração os votos das assembleias de freguesias,
das assembleias municipais e decidiram fazer a extinção das freguesias contra tudo e contra todos
o que é claramente o comportamento totalitário e que nós devemos combater. Quanto às do Bloco
iremos votar favoravelmente tanto à saudação ao 25 de abril como ao 1º de maio.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais alguma intervenção? Rui Belchior se faz favor.”
Rui Belchior, do PSD, disse: “Bem, nós gostávamos muito de retorquir digamos assim a simpatia à
CDU e votar favoravelmente. Enfim, nós consideramos que esta moção mais uma vez, é mais do
que uma saudação ao 25 de abril é uma saudação ao executivo e portanto nós, enfim, estamos
convictos que o momento não é, embora isto agora até outubro seja esta a cadência, entendemos
que não era o documento apropriado para isto, e portanto, não podemos votar favoravelmente. E
depois há mais outra coisa. Tendo em conta o ponto 2 da deliberação número 2 percebo a
subtileza de saudar os autarcas, não há uma única referência aos autarcas doutras forças
partidárias. Os autarcas pode ser entendido em geral, mas percebo a subtileza porque isso já é
uma marca característica. E digo mais, este ano como no ano anterior, o ano passado foi nos
recusado a possibilidade ao contrário de centenas de personalidades, de fazer um vídeo sobre o 25
de abril, este ano fomos convidados por e-mail na sexta-feira antes das comemorações do 25 de
abril. E portanto, a responder também sim, ainda há comportamentos totalitários evidentemente
no poder central, mas no poder local aliás estamos todos ainda a aprender e a fazer um caminho
longo, ainda muito longo, para em termos daquilo que é o alcance da democracia plena. Obrigado.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Pergunto uma vez mais, mais alguma intervenção?
Vítor Cavalinhos, do BE, disse: “ Eu estou inscrito, o proponente está inscrito.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Ó Vítor eu estou aqui com um problema, que não
tenho registo não sei porque, já dei 3 voltas a isto, portanto... Ó Dra. Madalena, ou então diz-me a
Dra. Madalena, tá bem?
Dra. Madalena Silva – Sim, eu vou dizendo. Neste momento só tá inscrito o Vítor Cavalinhos.
Entretanto, eu vou telefonar ao Vítor Mourão a ver se conseguimos resolver esta questão para
mais tarde.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mas ficamos assim. Fica resolvido assim a Dra. Ma-
dalena vai dizendo ok. Portanto, Vítor Cavalinhos se faz favor.”
Vítor Cavalinhos, do BE, disse: “Eu queria fazer um, vou ligar a minha câmara, descontem este
tempo, e eu queria se fosse possível, ver as pessoas, isto reuniões sem estarmos a ver-nos uns aos
outros, isto parece que uma pessoa está a falar para o boneco. Eu vou também ligar a minha
câmara, e fazia um apelo que se pudessem ligar as câmaras para a gente se estar a ver todos uns
aos outros, era se pudessem fazer isso, eu vou fazer isso e vou. Não estava a contar com este
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Ata nº 02/2021
2ª Sessão ordinária – 29 de abril de 2021
tempinho e agora vou dizer aquilo que eu penso dizer. Bom, sobre isto rapidamente. A primeira
questão, nós vamos votar a favor da moção da CDU com uma declaração de voto, vamos votar
contra a moção do PS porque não tem nada a ver com o 25 de abril, já agora, considerando o pré
uma ditadura, isso põe nos logo (Impercetível) portanto, e depois, portanto, o 25 de abril não tem
nada a ver com o 25 de abril mas é um ataque à gestão da CDU, o PS tem o direito de o fazer, mas
de facto a moção tem pouco a ver com o 25 de abril. E 25 de abril é uma coisa, aproveita-se a
boleia de saudar o 25 de abril para ter outros objetivos. E vamos votar a favor da moção do PSD e
também vamos votar a favor da nossa. Achamos que a moção do PSD de facto é uma moção
completamente equilibrada nesta situação e é uma moção no espírito do 25 de abril, portanto
vamos votar a favor da moção do PSD. E vamos votar a favor da moção da CDU, e votar a favor da
nossa. Era só.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Dra. Madalena mais alguma inscrição ou não?

Dra. Madalena Silva disse: “Não, Sr. Presidente para já não há mais ninguém.

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Não, para já e acabou, já terminamos as inscrições,


não é? É isso confirma-se, não é?

Dra. Madalena Silva disse: “Confirma-se sim, Presidente.

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “ Muito bem, então vamos colocar à votação.”
Samuel Cruz, do PS, disse: “Não, Presidente, agora falta a última intervenção dos proponentes.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Tem toda a razão. Sim, senhora. Então proponentes
por ordem, se o entenderem é evidente, não é? Portanto, Paula Santos?
Paula Santos, da CDU, disse: “Sr. Presidente eu não pretendo utilizar da palavra.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Sim, senhora. A seguir, Samuel Cruz.”
Samuel Cruz, do PS, disse: “Posso usar a palavra para combater aqui alguns argumentos. Para dizer
desde logo que não há nenhum tipo de incoerência em relação ao documento que trazemos mais
à frente acerca do aeroporto, porque defendemos exatamente o contrário daquilo que o Paulo
Silva aqui veio dizer. Que era que dizíamos que o aeroporto poluía aqui o concelho do Seixal, e nós
não defendemos isso, e, portanto, defendemos o aeroporto e não usamos esse argumento,
portanto não há incoerência nenhuma. Em relação às competências ou ao querer que o PS que o
Governo faça tudo não é verdade, o que nós queremos é que a Câmara do Seixal faça mais, e não é
que faça nada impossível, é só que faça aquilo que as outras Câmaras Municipais já fazem, e,
portanto, é possível fazer. Em relação à crítica do Bloco de Esquerda, eu compreendo-a, mas aí sim
eu acho que há uma certa incoerência porque naquilo que corresponde à CDU, acontece
exatamente a mesma coisa, mas em sentido contrário, mas aí o Bloco de Esquerda já não vê que
haja uma fuga ao espírito de abril e, portanto, eu percebo os argumentos do Bloco de Esquerda,
não percebo é como esse argumento é válido para o PS e não é válido para aquilo que a CDU aqui
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faz. De qualquer das formas o Partido Socialista como é tradição (Impercetível) é a deliberação e já
muitas vezes passou ao lado daqueles considerandos com que não concorda, e, portanto, irá votar
a favor de todas as moções e propostas, excluindo a moção da CDU que se irá abster e eu passo a
explicar porquê. Fundamentalmente por duas questões, ou fundamentalmente por uma. É
evidente que o, como já disse o PS não acompanha aquele que são os auto elogios da CDU ao seu
trabalho, antes pelo contrário, e a resposta está dada na nossa moção, mas fundamentalmente
porque achamos importante que se comemore o 1º de maio, mas não achamos ainda ou que já
seja o momento do apelo a grandes manifestações públicas num 1º de maio, e portanto, achamos
isso pouco seguro, pouco seguro em termos de segurança pública, de saúde pública, e portanto,
iremos abster-nos. Disse.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Tem a palavra o Rui Belchior, se entender.”
Rui Belchior, do PSD, disse: “Muito brevemente porque há pouco não referi o voto de saudação do
Bloco de Esquerda. Enfim, nós gostaríamos muito de votar a favor, mas recusamos esta ideia de,
embora concordemos com ela, sim combater todos os populismos, o extrema direita
evidentemente, mas também os de extrema esquerda. E, portanto, por esta unilateralidade vamo-
nos abster. Já relativamente à sua saudação do 1º de maio também não temos nada que dizer e
votaremos a favor. Relativamente à do PS, isto que há pouco também não referi, votaremos
também a favor. Muito obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Vítor Cavalinho. Para as duas 25 de Abril e 1º de
maio.”
Vítor Cavalinhos, do BE, disse: "Eu não quero dizer nada.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Está bem. Obrigado. Então vamos colocar à vota-
ção, primeira a saudação da CDU ao 25 de abril, portanto, vamos.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Dra. Madalena, o resultado? É que eu não tenho
bate-papo hoje.”
Dra. Madalena Silva disse: ”Votos a favor, CDU, BE, e PJFF. Votos contra, CDS, PSD. E abstenção do
PS e do PAN.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Sim senhora. Pedia que falasse só a Dra. Madalena
está bem.
1.1. Saudação «47.º aniversário da Revolução de 25 de Abril e às Comemorações do 1º Maio, Dia
do Trabalhador», é da CDU, subscrita por Paula Santos.
Aprovada a Tomada de Posição nº16/XII/2021 por maioria e em minuta com:
Vinte (20) votos a favor dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal da CDU: 16
• Do grupo municipal do BE: 3

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• Do presidente da JFFF: 1
Cinco (5) votos contra dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal do PSD: 4
• Do grupo municipal do CDS/PP: 1
Doze (12) abstenções dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal do PS: 11
• Do grupo municipal do PAN: 1
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Esta saudação foi aprovada com os votos a favor,
CDU, BE, e PJFF. Votos contra, CDS, PSD. E abstenção do PS e do PAN. Declarações de voto? Vítor
Cavalinhos se faz favor.
Vítor Cavalinhos, do BE, em declaração de voto, disse: “Vamos apresentar uma declaração de voto
por escrito.
(Documento anexo à ata com o número 1A).
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Pronto, então agora passamos para a votação do
ponto 2 que é a moção, a saudação do PS.”
I.2. O Grupo Municipal do PS, apresentou a saudação «25 de Abril – Dia da Liberdade – e às suas
conquistas», subscrita por Samuel Cruz.
(Documento anexo à ata com o número 2)
Dra. Madalena Silva disse: ”Agora eu vou escrever votação do ponto 2.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Só os líderes por enquanto, deixem os líderes todos
votar que é para eu, só depois é que votam os outros, quando eu disser votam os outros.”
Dra. Madalena Silva disse: ”Portanto, a votação do ponto 2 é, a favor votou o CDS e o PSD e o PS.
Contra votou o Bloco e a CDU. E o PAN absteve-se e o Carlos Reis votou a favor, foi Carlos? Que eu
não...

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “ É a favor sim, acabou de dizer isso.”

Carlos Reis, PJFF, disse: ”Correto e afirmativo Sr. Presidente, muito obrigado.

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Portanto, temos votos a favor, do PS, do PSD, do
CDS e do Presidente de Fernão Ferro. Abstenção do PAN e os votos contra da CDU e do Bloco de
Esquerda. Confirma-se isto, certo?

Dra. Madalena Silva disse: ”Certo.”

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mas é, desculpe lá Sara, isto não é assim que
funciona, desculpem lá todos, vamos lá fazer um ponto de ordem aqui, todos nós estamos com
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dificuldades técnicas, eu próprio estou, mas 1ª questão, quem diz a votação do ponto que vamos
votar sou eu e depois tenho o apoio da Dra. Madalena que vai dizer os resultados porque eu não
tenho, e só votam os grupos municipais quando tiveram a indicação do bate-papo do ponto e
ninguém diz a votação de outros tenho que ser eu próprio a dizer ok. Então vamos lá repetir a
votação do ponto 2.
Rejeitada a Tomada de Posição nº17/XII/2021 por maioria e em minuta com:
Dezassete (17) votos a favor dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal do PS: 11
• Do grupo municipal do PSD: 4
• Do grupo municipal do CDS/PP: 1
• Do presidente da JFFF: 1
Dezanove (19) votos contra dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal da CDU: 16
• Do Grupo Municipal do BE: 3
Uma (1) abstenção dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal do PAN: 1
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Portanto esta saudação foi rejeitada com os votos a
favor do PS, PSD, CDS e do JFFF, a abstenção do PAN e os votos contra da CDU e do BE.
I.3. O Grupo Municipal do PSD, apresentou a saudação «47.º aniversário do 25 de Abril de
1975», subscrita por Rui Belchior.
(Documento anexo à ata com o número 3)
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Passamos para a votação da saudação 3, que é do
PSD. Dra. Madalena, inscrição?
Dra. Madalena Silva disse: ”Portanto, já cá está ponto 3. Foi aprovada por unanimidade.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Portanto o ponto 3; foi aprovado por unanimidade.
Aprovada a Tomada de Posição nº18/XII/2021 por unanimidade e em minuta com:
Trinta e sete (37) votos a favor dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal da CDU: 16
• Do grupo municipal do PS: 11
• Do grupo municipal do PSD: 4
• Do grupo municipal do BE: 3
• Do grupo municipal do PAN: 1

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• Do grupo municipal do CDS/PP: 1
• Do presidente da JFFF: 1
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Portanto esta saudação foi aprovada por
unanimidade com os votos a favor do PS, PSD, CDS, JFFF, PAN, CDU e BE. Há alguma declaração de
voto? Declaração de voto da CDU, há mais alguma declaração de voto? Vamos perguntar sempre
as declarações de voto para não haver, aqui dúvidas sobre isso. Não há mais nenhuma declaração
de voto. Passamos para o ponto 4.
I.4. O Grupo Municipal do BE, apresentou a saudação «25 de Abril», subscrita por Sandra Sousa.
(Documento anexo à ata com o número 4)
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Passamos para o ponto 4, que é a saudação do
Bloco de Esquerda. Dra. Madalena, inscrição.”
Dra. Madalena Silva, disse: “Votação ponto 4 já cá está. Temos a abstenção do PSD e do CDS. E os
restantes votaram a favor.”
Aprovada a Tomada de Posição nº19/XII/2021 por maioria e em minuta com:
Trinta e dois (32) votos a favor dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal da CDU: 16
• Do grupo municipal do PS: 11
• Do grupo municipal do BE: 3
• Do grupo municipal do PAN: 1
• Do presidente da JFFF: 1
Cinco (5) abstenções dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal do PSD: 4
• Do grupo municipal do CDS/PP: 1
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Bem, foi aprovada com duas abstenções. Do PSD e
do CDS. E os restantes votaram a favor. Declarações de voto? Portanto, declarações de voto grupos
municipais.? PSD e CDS. Mais alguma declaração de voto? Não há declarações de voto. Passamos
para a declaração ao 1.º de maio.
I.9. O Grupo Municipal do BE apresentou a saudação ao «1.º de Maio», subscrita por Vítor
Cavalinhos.
(Documento anexo à Ata com o número 9).
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Passamos para a votação do documento seguinte,
a saudação ao 1º de maio. É o ponto 9. Passa a 5 agora. Portanto, Votação.

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Dra. Madalena Silva disse: “Presidente creio que está aprovada por unanimidade. Porque tenho os
votos todos a favor, PAN, PS, PSD, CDS, CDU, BE e Fernão Ferro.”

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Sim senhor.


Aprovada a Tomada de Posição nº24/XII/2021 por unanimidade e em minuta com:
Trinta e sete (37) votos a favor dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal da CDU: 16
• Do grupo municipal do PS: 11
• Do grupo municipal do PSD: 4
• Do grupo municipal do BE: 3
• Do grupo municipal do PAN: 1
• Do grupo municipal do CDS/PP: 1
• Do presidente da JFFF: 1
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Portanto esta saudação ao 1º de maio do BE, foi
aprovada por unanimidade. Alguma declaração de voto? Não há declarações de voto. Então
passamos para o ponto seguinte.
Paulo Silva, da CDU, disse: “Ó Sr. Presidente? Sr. Presidente?
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Diga, diga.
Paulo Silva, da CDU, disse: “A CDU disse quanto á saudação do PSD tinha uma declaração de voto.
Pensei que era no final. Não disse que o fazia por escrito.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Pois, ok. Está bem, mas eu se calhar aí ainda não
tinha perguntado. Admito isso. Admito isso. Então, pode fazer agora, se faz favor.
Paulo Silva, da CDU, disse: “A CDU votou a favor a saudação do PSD... realçando o mea culpa que o
PSD aqui faz ao reconhecer que os detentores do poder político, do poder central por vezes têm
comportamentos totalitários, anti populares e antidemocráticos, o que é um reconhecimento
pelos erros que cometeu no Governo, nomeadamente na questão da extinção das freguesias que
teve efeitos nefastos para as populações.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Está feita a declaração de voto. Houve mais alguma
declaração de voto nestes 5 pontos que tenha passado? Além dos registos já feitos? Não. Então
passamos…
Nuno Graça da CDU, disse: “Sr. Presidente?
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Diga.

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Nuno Graça da CDU, disse: “Sr. Presidente, eu não queria estar a interromper. É só para fazer, dar
nota dos meus votos. São de acordo com a CDU, no ponto 1 a favor, no ponto 2 contra, no ponto 3,
4 e 5 a favor.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Muito bem, está registado. Nuno obrigado.
Nuno Graça da CDU, disse: “Pronto, obrigado.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Sim senhora, obrigado. Vamos fazer assim, registar
sempre. Passamos então para o ponto seguinte nesta nova ordem. É a declaração política…
Rui Belchior, do PSD, disse: “Sr. Presidente?
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Sim?
Rui Belchior, do PSD, disse: “Desculpe, eu não sei como é que hei-de classificar, mas eu preciso de
fazer uma intervenção em minha defesa. Chamo-lhe defesa da honra face à declaração de voto da
CDU.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Se for declaração de honra é regimental.
Rui Belchior, do PSD, disse: “Então, é isso, é isso.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Como é a primeira vez eu não assumo declaração
de voto, mas tá bem, é regimental se faz favor Rui.
Rui Belchior, do PSD, disse: “Era só para, digamos, para clarificar. Naturalmente que nós, ou aquilo
que eu disse foi que como é evidente também o poder central tem esse tipo de atitudes,
dependendo dos intérpretes e das épocas e dos governos. E, portanto, não pretendi cingir-se
exclusivamente ao Governo Passos Coelho, embora nós saibamos que a culpa de tudo o que se
tem de mal passado neste país se fica a dever, pelo menos na boca de alguns, a esse governo. Mas
não pretendi fazer nenhum mea culpa nem nenhum reconhecimento a esse nível, porque o que eu
pretendi foi generalizar, naturalmente. Porque os comportamentos totalitários não os há só no
poder local, há também no poder central. Era isto, de uma forma genérica. Muito obrigado.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Pronto, está defendida a honra.
Rui Belchior, do PSD, disse: “Muito obrigado.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Então passamos, agora sim, para a declaração
política do PAN. Que é o António Sôta Martins, se faz favor.”
I.5. O Grupo Municipal do PAN, apresentou uma Declaração Política.
António Sôta Martins, do PAN, disse: “Muito obrigado Sr. Presidente. Obrigado a todos. A nossa
declaração política é a seguinte. Já sabíamos que com o aproximar das eleições autárquicas o
executivo do Seixal intensificaria as suas ações de propaganda junto da população e que essas
ações seriam simultaneamente no exercício de auto-promoção com fundos públicos e uma
tentativa desesperada de desresponsabilização perante aquilo que de mal acontece no concelho. O
que não sabíamos ainda é que a narrativa utilizada nesse exercício de desresponsabilização seria
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em alguns casos com a assunção cabal de toda a sua inoperância. O outdoor colocado na Aldeia de
Paio Pires sobre os impactos da poluição industrial é um exemplo perfeito da desfaçatez com que o
PCP gere a Câmara Municipal há décadas. É-o desde logo na forma. Quando se recorrem de uma
expressão genérica, poluição industrial, para evitar chamar os bois pelos nomes, leia-se dizer a
origem da poluição. Mas é-o também do ponto de vista material, nomeadamente quando
pretendem fazer querer que estiveram sempre ao lado da população, quando na verdade mais não
fizeram do que colocar-se à margem. Colocaram-se à margem quando recusaram constituir-se
assistentes num determinado processo judicial intentando por uma associação local. Colocaram-se
à margem porque não avançaram no devido tempo com os estudos que nos ajudariam a
descortinar a origem da poluição, ou pelo menos, a condicionar a ação dos poluidores. Colocaram-
se à margem quando avançando finalmente para esses estudos não lhes deram o devido
seguimento, meios e publicidade. E não o fizeram porque na verdade nunca este executivo
pretendeu resolver o problema ambiental e de saúde pública existente na Aldeia de Paio Pires.
Antes e tão somente procuraram fazer crer à população que tentaram mas não conseguiram.
Acontece que a população acordou e não é hoje mais possível, felizmente continuar com tamanha
ficção. Não é hoje mais possível prosseguir com uma política de faz de conta. Em matéria
ambiental, e em concreto com o que se tem passado ao longo da última década na aldeia de Paio
Pires, a Câmara Municipal mais não tem feito do que sob o manto das omissões do poder local
eximir-se àquela que é a sua responsabilidade maior, estar ao lado das populações. Por mais que
procurem vender o contrário, nada impedia esta Câmara Municipal de ter avançado com estudos
mais cedo. Tanto assim que acabou por os contratar. Ainda que. Com pouco critério. Assim como
nada impedia esta Câmara de estar ao lado da população e das associações locais nesta luta
legítima que a todos aproveita. Não o fez e este é o tempo de ser responsabilizado por isso. Tenho
dito, obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Passamos para o ponto seguinte, que são, é um
conjunto também, em relação ao aniversário do Amora Futebol Clube. Em relação ao 100º
aniversário do Amora Futebol Clube e a saudação ao Amora Futebol Clube. E, portanto, a primeira,
ai não, peço desculpa. Há aqui um engano, com estas alterações houve aqui um salto. Houve aqui
um salto. E de facto, o ponto 7, o ponto 7 da nova ordem é o designado voto de pesar pelas
vítimas das forças populares do 25 de abril. FP 25, é do CDS, subscrita por João Rebelo. Tem a
palavra, se faz favor.”
I.6. O Grupo Municipal do CDS-PP apresentou o voto de pesar «Pelas vítimas das forças
populares 25 de Abril (FP 25)», subscrita por João Rebelo.
(Documento anexo à ata com o número 6)
João Rebelo, do CDS-PP, disse: “Muito obrigado Sr. Presidente. Apresentámos este voto porque, já
na Assembleia da República e noutros locais, a recordação dos atos terroristas das FP 25 foram
feitas através de votos de pesar. E, portanto, achámos que também é tempo da Assembleia
Municipal do Seixal aprovar um voto também nessa medida. Vários estudos recentes têm
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aparecido sobre estas, sobre estes eventos que aconteceram nos anos 80 e que foram... eventos...
tenebrosos para a democracia portuguesa. Quando um grupo de extrema esquerda terrorista
provocou um período de grande terror em que, como é aqui referido no voto, 18 pessoas
morreram, entre elas um bebé de 4 meses, onde foram cometidos assaltos a bancos e intuito de
destruição a bens por vários locais do país. Não, e achamos, portanto, que depois destes anos
todos em que sistematicamente recordamos, e bem, a democracia que o 25 de abril, e
posteriormente o 25 de novembro, consolidaram em Portugal, achamos que também devemos
recordar as vítimas desse movimento das FP 25 e o CDS propõe nesse sentido que a Assembleia
Municipal aprove este voto, expressando o seu pesar pelas vítimas das forças populares do 25 de
abril, apresentando às famílias as sentidas condolências e prestar homenagem às vitimas
aguardando um minuto de silêncio. Muito obrigado, Sr. Presidente.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Intervenções para este voto de pesar, quem é que
pretende intervir? Dra. Madalena, temos inscrições?”
Rui Belchior, do PSD, disse: “Sr. Presidente, queria pedir-lhe para fazer uma atualização dos
tempos, por favor. Se fosse possível.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Nós o que temos, mas tá bem, já se faz. Vamos lá
ver, o que está combinado, e a nossa segunda secretária tem essa tarefa, é quando chegarmos a
50%. Sara, temos alguma situação dessas?”
Sara Oliveira, 2ª Secretária da Assembleia Municipal disse: “Temos sim, Sr. Presidente.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Bom, então fazemos aqui uma paragem para a
atualização dos tempos. Chegado a 50%, não é? Já tendo havido situações que chegaram a 50%. Se
faz favor, Sara.”
Sara Oliveira, 2ª Secretária da Assembleia Municipal disse: “Muito bem. Posso dizer todos, não
posso?”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Pode, pode. Diz todos, diz todos Sara.”

Sara Oliveira, 2ª Secretária da Assembleia Municipal disse: “Então, a CDU tem 13 minutos e 30 se-
gundos, o PS tem 9 minutos e 20 segundos, o PSD tem 4 minutos e 50 segundos, o Bloco de Es-
querda tem 3 minutos e 40 segundos, o PAN tem 2 minutos e 15 segundos, o CDS tem 1 minuto e
30 segundos, e o Presidente da Junta de Fernão Ferro tem 4 minutos.”

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Ok. Sim senhora. Está Rui? Portanto, já tem a infor-
mação. Portanto, intervenções?”

Dra. Madalena Silva disse: “Sr. Presidente, não, intervenções não temos ninguém para já inscrito
no bate-papo.

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O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Bom, portanto pergunto novamente, intervenções
para este voto de pesar, quem é que pretende intervir? Se não houve passamos à votação, não é?
Confirma-se Dra. Madalena, não temos nenhuma inscrição?”

Dra. Madalena Silva disse: “O Paulo Silva. Pediu agora.”

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Ah. Paulo Silva, se faz favor.”

Paulo Silva, da CDU, disse: “A CDU vai votar contra este voto de pesar por considerar que na mes-
ma altura houve também violência de extrema direita, grupos terroristas de extrema direita que
também foram causadores de várias mortes e que parece que estão aqui a querer ser branquea-
dos ao referirem-se apenas a questões de extrema esquerda. A CDU sempre foi contra a violência,
a CDU condenou a violência das FPs 25 de abril, mas não pode compactuar com uma situação em
que apenas é referida a violência de um lado, não sendo referida a violência de outro lado. E nós
estaremos disponíveis se for para uma moção em que todas as violências, toda a violência que
houve neste período seja condenado.

Dra. Madalena Silva disse: “Vítor cavalinhos pediu a palavra também Presidente.

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Ok, obrigado. Vítor Cavalinhos.

Vítor Cavalinhos, do BE, – disse: “Rapidamente. O Bloco é contra todas as formas de violência, mas
o Bloco acha que esta moção é um direito que o CDS tem, mas entendemo-la como uma provoca-
ção. É um voto que se insere no tempo que nós estamos a viver, de acionar ódios e de, que nós
não partilhamos. Os membros das FPs foram julgados e cumpriram pena de prisão. E é uma conde-
nação de violência selecionada, porque não fala da violência de extrema direita. Os mesmos da
MDLP assaltaram sedes de partidos de esquerda, incendiaram sedes e assassinaram à bomba. O
padre (Impercetível) e Maria de Lurdes foram assassinados à bomba pelo MDLP, o general Spínola,
que foi chefe da MDLP acabou serenamente a sua vida promovido a Marshall. Ninguém do MDLP
cumpriu pena de prisão pelos crimes que cometeu. E encerrando, o Sr. Diogo Pacheco de Amorim,
que é hoje o ideal do Chega, foi assessor dos (Impercetível). E portanto, deve ser por isso que o
MDLP é perfeitamente silenciado dessas moções que aqui são apresentadas. Era só.

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais alguma intervenção?

Dra. Madalena Silva disse: “Neste momento não há mais ninguém inscrito Presidente.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Se não há mais ninguém inscrito passamos à
votação.
Dra. Madalena Silva disse: “Ponto 7, certo?

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Certo.

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Dra. Madalena Silva disse: “Pelas suas contas.

João Rebelo, do CDS-PP, disse: "Sr. Presidente?

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Sim? Tem a palavra João Rebelo.

João Rebelo, do CDS-PP, disse: "Ó Sr. Presidente, eu gostaria de distinguir aqui os momentos
históricos para explicar à CDU e ao Bloco de Esquerda que os atos de violência que falam, e que
aconteceram efetivamente, e eu (Impercetível) seja de que lado for, o CDS também teve sedes
ocupadas por outras forças revolucionárias em 74, 75 e 76. Mas esses atos de violência da extrema
direita que aconteceram foram todos nos anos 70. A grande diferença das FP 25 foi que
apareceram já quando a democracia parecia consolidar-se em Portugal. Em que havia alternância
democrática, em que as eleições estavam a decorrer tranquilamente, em que os períodos mais
radicais tinham acontecido entre 74 e 77, entre os dois lados, já estavam terminados. Se me
lembrarem algum ato de violência extrema perpetuado por o MDLP ou o (Impercetível) para os
anos 80, eu não conheço nenhum. Isto refere-se a esse período exatamente (Impercetível)
democracia, ou seja, quando a democracia já estava consolidada. E eu conheço, sim, qual foi a
atitude do PCP em relação às FP 25. Aliás, condenou e é verdade, tem toda a razão o Paulo Silva, e
fez mais. Segundo o historiador Pacheco Pereira, foi graças ao PCP que algumas informações
relevantíssimas levaram à identificação dos cabecilhas dos FP 25 e da sua posterior detenção.
Portanto, eu também não pus isso em causa, de associar a CDU ou o PCP a estes movimentos
porque é absolutamente falso. Eu falo deste movimentos agora porque eles aconteceram nos anos
80 onde nada levava a acontecer este radicalismo que aconteceu e que levou a muitas mortes, 18,
coisas que não se pode falar de números tão elevados no período, e graças a deus não houve esse
número tão elevado no período extremista dos dois lados entre 74 e 77. Isto aconteceu já quando
Portugal estava a caminho da União Europeia, quando Portugal tinha as suas, perdão, as suas... as
suas... instituições consolidadas. E é por isso que eu faço esta referência. Portanto, lamento muito
que não tenha o apoio do Bloco de Esquerda e da CDU para este voto. Muito obrigado.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Sim senhora. Agora é que passamos à votação. Ora,
portanto, ponto 7 votação.

Sara Oliveira, 2ª Secretária da Assembleia Municipal disse: “Sr. Presidente?

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Sim Sara.

Sara Oliveira, 2ª Secretária da Assembleia Municipal disse: “O CDS terminou o tempo.

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Ok, sim senhora. CDS, CDS terminou o tempo.

Dra. Madalena Silva disse: “PS a favor. CDU contra. CDS a favor. Carlos Reis? Falta o seu voto. Falta-
me o voto do Carlos Reis. Já votou?

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2ª Sessão ordinária – 29 de abril de 2021
Paulo Silva, da CDU, disse: “ Madalena, já apareceu no bate-papo que é abstenção.

Dra. Madalena Silva disse: “Ah tá aqui, ok. Pronto ok. Então, Presidente, creio que estão todos.

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Sim senhor.

Dra. Madalena Silva disse: “Temos votos a favor do PSD, do PS e do CDS. Temos votos contra da
CDU, com uma declaração de voto, e do Bloco de Esquerda. E temos a abstenção do PAN e do Pre-
sidente de Fernão Ferro.

Rejeitada a Tomada de Posição nº20/XII/2021 por maioria e em minuta com:


Dezasseis (16) votos a favor dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal do PS: 11
• Do grupo municipal do PSD: 4
• Do grupo municipal do CDS/PP: 1
Dezanove (19) votos contra dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal da CDU: 16
• Do grupo municipal do BE: 3
Duas (2) abstenções dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal do PAN: 1
• Do presidente da JFFF: 1
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Sim senhor. Portanto, esta, este voto de pesar foi
rejeitado. Com a votação já anunciada. E tem uma declaração de voto de CDU, faz favor.
Paulo Silva, da CDU, em declaração de voto disse: "Portanto, conforme eu disse na minha inter-
venção, a CDU votou contra pela forma como está redigida este voto de pesar, pelo facto de ter es-
quecido a violência que houve de extrema direita e que matou também muitos portugueses, se ca-
lhar até em número superior, eu não tenho esses dados. E por considerar que apesar de estarmos
contra todo o tipo de violência, sempre tivemos, sempre condenamos todo o tipo de violência vi -
esse da extrema esquerda ou da extrema direita, mas consideramos que se é para fazer votos con-
denatórios tem que ser tanto a violência de extrema direita como a violência de extrema esquerda
que têm de ser referidas.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais alguma declaração de voto? Não. Então,
passamos para... agora sim, o conjunto de saudações ao 100º aniversário ao Amora Futebol Clube.
Portanto, se a saudação da CDU, a saudação do PSD e a saudação do PS. Portanto, primeira
saudação da CDU, 100º aniversário do Amora Futebol Clube.”
I.7. O Grupo Municipal da CDU apresentou a saudação «100.º aniversário do Amora Futebol
Clube», subscrita por Manuel Araújo.
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Ata nº 02/2021
2ª Sessão ordinária – 29 de abril de 2021
(Documento anexo à ata com o número 7)
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Manuel Araújo, se faz favor. Manuel Araújo?
Manuel Araújo, Presidente da Junta de Freguesia de Amora disse: “Sim boa noite. Boa noite a
todos e a todas. Esta saudação ao 100º aniversário do Amora Futebol Clube, parecendo uma longa
saudação é apenas um pequeno resumo dos 100 anos da longa história que o Amora de facto tem.
Eu passava apenas a destacar portanto alguns pontos, desde o período que precedeu portanto a
formação do Amora em 1921. A importância da construção do campo da Medideira em 1926,
permitindo ao clube o início da participação regular, portanto em provas oficiais. Depois, portanto,
a participação regular do Amora em mais de 40 provas, mas de 40 campeonatos nacionais,
portanto, o que demonstra bem a regularidade com que o clube anda, portanto, nas provas
nacionais. Refiro, portanto, o ponto alto do Amora Futebol Clube foi de facto a sua presença
durante 3 épocas na primeira divisão. E depois de facto, o período menos bom, portanto, a que
levou até 2013, portanto em que refiro, portanto que, Carlos Henriques, portanto, e um grupo de
Amorenses, portanto, unidos pelo, de facto, o Amora à terra e ao clube têm consigo reerguer,
portanto, o clube e procurar coloca-lo, portanto, no lugar que merece. Portanto, de referir que
hoje o Amora tem mais de, tem cerca de 20 equipas de futebol. 6 delas a competir, portanto, em
provas nacionais, em campeonatos nacionais. Com destaque para a equipa feminina sénior,
portanto, que está a competir, portanto, na primeira divisão nacional onde se manteve, portanto, a
disputar o campeonato com os grandes emblemas, portanto, do nosso futebol. E depois, por fim,
portanto, de referir, portanto, o forte investimento que o município tem feito, no clube, portanto,
nas suas infraestruturas. Desde a academia, portanto, a contribuição que deu para o relvado
sintético, desde o centro de treinos do Cerrado que vai ser inaugurado agora no dia de aniversário,
no 1º de maio. E também o contributo em ternos de projeto e contribuição para o futuro estádio
da Medideira, portanto, que terá, portanto, início em, muito em breve. Terminando, portanto,
saudando de facto todos os homens e mulheres que ao longos destes 100 anos deram o seu
melhor, portanto, ao Amora Futebol Clube e saudando, por fim, portanto, todos os atuais
jogadores, atletas, técnicos, corpos sociais, portanto e que de facto estão a fazer o trabalho
excelente que todos pudemos constatar. Portanto, parabéns ao Amora Futebol Clube. Disse, Sr.
Presidente.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Muito bem obrigado. A seguir é a saudação do PSD
ao Amora Futebol Clube, pelo seu centenário. Rui Belchior, se faz favor.
Rui Belchior, do PSD, disse: “Muito obrigado Sr. Presidente, mais uma vez. Eu também queria
começar por fazer uma retificação. Na segunda linha, esta data histórica que marca o seu
centenário será efusivamente celebrada. Portanto, retiramos o (Impercetível) maior da margem
sul. Não sei se captou?
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Sim, sim, está registado.

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Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 02/2021
2ª Sessão ordinária – 29 de abril de 2021
Rui Belchior, do PSD, disse: “Depois dizer só duas ou três considerações. O Presidente Manuel
Araújo já fez também ao Amorense naturalmente, inclusive é associado. Já fez aí um percurso em
que explicou aquele que é o sentimento geral. Queremos inclusive dizer que o Amora Futebol
Clube desde 2013 conseguiu uma espécie de fórmula mágica e em que se demonstra que mesmo
as pessoas sendo de outras cores partidárias umas inclusive incompatibilizadas entre elas, que é
possível, eu diria mesmo que o Amora é um clube extremamente democrático, deu uma grande
lição de democracia a todos os que não acreditavam. Conseguiu criar uma dinâmica com a sinergia
de forças das mais diversas pessoas dos mais diversos quadrantes e tem hoje 1600 sócios, cerca de
1600 sócios, mais de 600 atletas, e, portanto, é um autêntico, na nossa perspetiva, um autêntico
milagre feito em tão pouco tempo. Deixo uma última palavra, uma última nota porque não me
caem os parentes na lama por admitir e reconhecer que de facto o executivo camarário, junta de
freguesia têm dado um contributo essencial nesta evolução. E portanto, a César o que é de César.
Todavia, o Amora fez por merecer e faz por merecer, porque as pessoas percebem que o clube é
credível, tem pessoas credíveis, tem massa humana que justifica todo o investimento. Muito
obrigado.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “A seguir é a saudação ao centenário do Amora
Futebol Clube, é do PS, Nelson Patriarca. Se faz favor.
Nelson Patriarca, do PS, disse: “Boa noite a todos. Esta saudação em muito já foi aqui também
apontada pelo Rui Belchior e pelo nosso presidente de junta de freguesia de Amora. Eu queria
apenas pedir uma correção, de facto há aqui um erro. No início da segunda página onde está 1800
é 1600. E vou ler apenas um parágrafo porque a história dos clubes e das coletividades faz-se de
todos os sócios, mas também os mais visíveis são os seus presidentes. E, portanto, o Amora como
clube popular que é, é o clube dos seus fundadores, do seu primeiro presidente João Batista
Cunha. Mas também o presidente José da Medideira. E faço aqui uma nota para informar que era
o avô da nossa Sara Oliveira. Que cedeu o cabo da marinha para o espaço de jogo e foi também o
clube de ilustres Amorenses, António Tiago, Teodemiro Costa, Joaquim Calhas, Joaquim Pinheiro,
Ifigénio Sousa, Joaquim Malta, Fernando Rocha, Cesário Henriques, Sebastião Pinheiro, Mário Rui
Ribeiro, António De Ourives Pereira, Fernando Paixão e o nosso Carlos Henriques só para citar
alguns. É seguramente um momento de comemoração, um momento de justiça, um momento de
merecermos tudo aquilo que temos conseguido construir e um momento de vivenciar um clube
que tem o mesmo nome desde 1921 e que hoje, felizmente, honra e sabe honrar contra todos os
velhos do Restelo, as tradições populares que tem, mas também a formação e o número de atletas
que semanalmente e diariamente praticam desporto no Amora. Portanto, merecidíssimo este, esta
saudação que todos aqui trazemos. Obrigado.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Intervenções para este conjunto de saudações.
Quem é que pretende intervir? Dra. Madalena, temos registo?
Dra. Madalena Silva disse: “Não, não temos registo de ninguém Presidente.

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2ª Sessão ordinária – 29 de abril de 2021
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Confirmando-se que não há pedidos de interven-
ção, é isso? Vamos passar à votação. A saudação da CDU. Portanto, votação.

Dra. Madalena Silva disse: “CDU a favor, está a favor. PS a favor. Bloco a favor, PSD a favor, CDS a
favor, Carlos Reis a favor.

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Muito bem, se está...

Dra. Madalena Silva disse: “Por unanimidade Sr. Presidente.

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Não percebi? Por unanimidade.

Dra. Madalena Silva disse: “Aprovada por unanimidade. Portanto, agora votação do ponto 9.

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Votação do ponto 9, que é a saudação do PSD.

Dra. Madalena Silva disse: “Pois. É, põe agora votação da CDU e eu apanho-os assim. Portanto, te-
mos o PAN a favor, o Bloco a favor. CDS a favor, PSD a favor, Carlos Reis a favor, CDU a favor. Estão
todos, não estão?

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “E PS?

Dra. Madalena Silva disse: “PS é que eu não vejo. PAN, Bloco. Samuel, já votou? Ponto 9.

Samuel Cruz, do PS, disse: “Eu penso que sim, que já tinha votado, mas repeti.

Dra. Madalena Silva disse: “E é a? Favor, cá está. Ok. Então também aprovado por unanimidade.

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Aprovado por unanimidade. Votação do ponto 18.

Dra. Madalena Silva disse: “Eu vou agora escrever, votação ponto 18

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Ponto 18.Que é a saudação do PS, se faz favor.

Dra. Madalena Silva disse: “CDS a favor com declaração de voto, OS a favor, Carlos Reis a favor,
PAN a favor. PSD a favor, CDU a favor. Fernão Ferro a favor, também cá está. Então temos também
unanimidade com uma declaração de voto do CDS.

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Pronto. Podem fazer alguma declaração do CDS, eu
pergunto se para este conjunto de pontos há mais alguma declaração de voto? Pode ser feita. Por-
tanto, João Rebelo, se faz favor.

João Rebelo, do CDS-PP disse: “Muito obrigado Sr. Presidente. Utilizo este meio porque não tenho
mais tempo para me juntar a todos os votos aqui apresentados pelo aniversário dos 100 anos do
Amora e desejar que o clube cresça e que... a possibilidade de ver, quanto mais cedo, na segunda

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divisão e depois na primeira. E que de facto eu achei que este ano, fui vendo alguns jogos, o Amora
foi roubado várias vezes. Só esse comentário.

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Vítor Cavalinhos

Vítor Cavalinhos, do BE, disse: “É para dizer que vamos apresentar uma declaração de voto no
ponto 8.

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Sim senhor, tá registado.

Vítor Cavalinhos, do BE, disse: “CDU, vamos apresentar uma declaração de voto.

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Sim senhor. Nuno Graça.

Nuno Graça, da CDU, disse: “Portanto, no ponto 7 não tive oportunidade de dar o meu voto, de-
pois avançamos. Era portanto, voto contra. Nos pontos,9 e 18 voto a favor, naturalmente.

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Está, obrigado. Bom...

Paulo Silva, da CDU, disse: “Sr. Presidente? A CDU pediu uma declaração de voto.

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Pediu sim senhor, se faz favor.

Paulo Silva, da CDU, disse: “Eu vou fazer aqui assim a declaração de voto. Digo desde já que não é
uma declaração de voto, é sim, mas é por causa da questão do tempo, é para convidar todos os
eleitos a participarem nas comemorações do centenário e na inauguração do complexo de treinos
do Cerrado que vai ter lugar no próximo sábado a partir das 10 da manhã no complexo de treinos
do Cerrado. Portanto, seria um prazer, daria muita honra ao Amora Futebol Clube, e eu agora estou
a intervir enquanto presidente da

Assembleia Geral, ter lá todos os eleitos da Assembleia e da Câmara Municipal presentes. Obriga-
do desde já a todos.

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Sim senhora, fica o convite e não conta o tempo,
porque é por uma boa causa. Grande causa aliás. Bom, então passamos para, não havendo mais
nenhuma declaração de voto, é isso? Certo? Sara, um ponto de situação dos tempos, começamo-
nos a aproximar do fim. Diga lá Sara.

Sara Oliveira, 2ª Secretária da Assembleia Municipal disse: “Com certeza Sr. Presidente. Então, a
CDU tem 10 minutos, o PS tem 7 minutos e 50 segundos, o PSD tem 2 minutos e 30 segundos, o
Bloco de Esquerda tem 2 minutos e 30 segundos e o PAN tem 2 minutos e 15 segundos, o CDS já
não tem tempo, o Sr. Presidente da Junta de Fernão Ferro tem 4 minutos.

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Sim senhora. Está, Sara obrigado.

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I.7. O Grupo Municipal da CDU apresentou a saudação «100.º aniversário do Amora Futebol
Clube», subscrita por Manuel Araújo.
(Documento anexo à ata com o número 7)
Votação do ponto I.7.
Aprovada a Tomada de Posição nº21/XII/2021 por unanimidade e em minuta com:
Trinta e sete (37) votos a favor dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal da CDU: 16
• Do grupo municipal do PS: 11
• Do grupo municipal do PSD: 4
• Do grupo municipal do BE: 3
• Do grupo municipal do PAN: 1
• Do grupo municipal do CDS/PP: 1
• Do Presidente da JFFF: 1
Vítor Cavalinhos, do BE, em declaração de voto, disse: “Vamos apresentar uma declaração de voto
por escrito.
(Documento anexo à ata com o numero 7 A).
I.9. O Grupo Municipal do PSD apresentou uma saudação ao «Amora Futebol Clube pelo seu
Centenário», subscrita por Rui Belchior.
(Documento anexo à ata com o número 9)
Votação do ponto I.9.
Aprovada a Tomada de Posição nº23/XII/2021 por unanimidade e em minuta com:
Trinta e sete (37) votos a favor dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal da CDU: 16
• Do grupo municipal do PS: 11
• Do grupo municipal do PSD: 4
• Do grupo municipal do BE: 3
• Do grupo municipal do PAN: 1
• Do grupo municipal do CDS/PP: 1
• Do Presidente da JFFF: 1
I.18. O Grupo Municipal do PS apresentou a saudação ao «Centenário do Amora Futebol Clube»,
subscrita por Nelson Patriarca.

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(Documento anexo à Ata com o número 18)
Votação do ponto I.18.
Aprovada a Tomada de Posição nº31/XII/2021 por unanimidade e em minuta com:
Trinta e sete (37) votos a favor dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal da CDU: 16
• Do grupo municipal do PS: 11
• Do grupo municipal do PSD: 4
• Do grupo municipal do BE: 3
• Do grupo municipal do PAN: 1
• Do grupo municipal do CDS/PP: 1
• Do Presidente da JFFF: 1

I.8. O Grupo Municipal do PS apresentou a moção «Pela construção do novo aeroporto no


Montijo», subscrita por Rui Brás.

(Documento anexo à ata com o número 8)


O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Passamos para o ponto 8 e depois a seguir o 19,
que são as moções referentes ao aeroporto. Portanto, 8 é a moção pela construção do novo aero-
porto no Montijo e Rui Brás tem a palavra. Portanto, Rui Brás, se faz favor.
Rui Brás, do PS, disse: “Então, boa noite a todos os presentes. Falando sobre a construção do novo
aeroporto do Montijo, desde o ano de 1968 que se fala na expansão da capacidade aeroportuária
de Lisboa. A realidade é que passado 52 anos ainda continua a discussão. O setor do turismo cons -
tituiu-se na última década como um dos mais significativos vetores para o crescimento da riqueza
nacional. E um dos fatores mais decisivos para colocar Portugal a crescer consistentemente acima
da média europeia. A expansão da capacidade aeroportuária da área metropolitana de Lisboa é
premente e necessária. A oposição do Município do Seixal do ponto de vista técnico baseou-se
apenas no facto de uma das rotas de aproximação ao aeroporto se iniciar por cima do Pinhal do
General em Fernão Ferro, que é uma altitude de 10 mil, 12 mil metros de altitude. E no potencial
incómodo que esse ruído poderá constituir para os habitantes do concelho. A realidade é que não
vai causar grande perturbação além do normal (Impercetível) dos aviões voarem. Esta posição é
desproporcional e inaceitável, socorrendo-se de um decreto-lei tão antigo quanto desajustado
para bloquear o investimento de 1.15 milhões de euros que seria gerador de milhares de postos de
trabalho diretos e indiretos. O novo aeroporto do Montijo é o maior potenciador, ou e o mais po -
tenciador desenvolvimento da economia Seixalense, porque é mais próximo e consequentemente
dará mais emprego do que a construção de um aeroporto em Alcochete. A atuação do Partido Co-
munista representa um desrespeito pela vontade maioritariamente expressa pelos munícipes que
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irão beneficiar da transformação inerente a uma infraestrutura desta dimensão. Esta é uma opção
territorialmente egoísta que promete ascetismo político que bloqueia o desenvolvimento de toda
uma região. Assim, a Assembleia Municipal do Seixal, reunida em 29 de abril de 2021, na sua se -
gunda sessão ordinária, por proposta do Partido Socialista delibera repudiar a posição da Câmara
Municipal do Seixal contra o aeroporto do Montijo porque não tem sustentação técnica, se baseia
em mero ascetismo político e impede o desenvolvimento dos concelhos vizinhos que se pronuncia-
ram maioritariamente favoráveis. Disse.

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Intervenções em relação a esta... a esta, moção,


não é?

Paulo Silva, da CDU, disse: “Não, ó Sr. Presidente?

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Peço desculpa, peço desculpa. É a moção da CDU,
Conselho de Seixal diz não ao Aeroporto do Montijo. E é o Paulo Silva.

Paulo Silva, da CDU, disse: “Boa noite a todos. Portanto, a área geográfica da freguesia de Fernão
Ferro e da Aldeia de Paio Pires, onde residem cerca de 30 mil pessoas está abrangida no cone de
aterragem do projeto do aeroporto do Montijo. Isto terá como consequência que as aeronaves so-
brevoem tais áreas de residência a baixa altitude com consequente aumento do nível de ruído e de
poluição do ar dessas zonas do concelho do Seixal. Por isso, pelos impactos prejudiciais para a po-
pulação do concelho do Seixal, em especial para as populações da freguesia de Fernão Ferro e da
Aldeia de Paio Pires, bem esteve a Câmara Municipal do Seixal ao dar parecer negativo à constru-
ção do aeroporto no Montijo, defendendo que o novo aeroporto se localize no campo de tiro de
Alcochete. Fê-lo não por ser contra o progresso e desenvolvimento como propagandeado por uma
força política concelhia, mas unicamente porque as populações do concelho do Seixal (Impercetí-
vel) uma das incumbências da Câmara Municipal do Seixal. Em face destes, consideramos a Assem-
bleia Municipal do Seixal reunida em sessão ordinária no dia 29 de abril de 2021 por proposta dos
eleitos da CDU delibera manifestar o seu repúdio pela construção do novo aeroporto no Montijo,
pelo impacto negativo que o mesmo terá para as populações da freguesia de Fernão ferro e Aldeia
de Paio Pires e exortar a Câmara Municipal do Seixal a realizar sessões públicas na freguesia de
Fernão Ferro e na aldeia de Paio Pires para divulgar às populações os efeitos nefastos que as mes-
mas sofrerão se o novo aeroporto for construído no Montijo.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Ok. Agora sim, intervenções em relação a estas
duas moções. Quem é que pretende intervir?

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Muito bem. Então, tem a palavra o Hernâni Maga-
lhães.

Hernâni Magalhães, da CDU, disse: “Ok. Estava eu a dizer que moção do PS tem um erro de base,
que é dizer que passam sobre Fernão Ferro a 10 mil metros de altitude, que são sensivelmente a
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33 mil pés, que é a altura de cruzeiro dos voos, de qualquer voo de jatos. Está errado esse valor.
Segunda questão, só para dizer uma coisa muito simples. Independente de construir no Montijo
uma base aérea, portanto, um aeroporto para aviões de curto e médio, e médias deslocações,
sabe-se que os boeings 737 não podem utilizar a pista a plena carga. Tem que partir ou com menos
combustível ou com menos passageiros ou com menos carga. Portanto, está tudo dito e eu espero
que mais cedo que mais tarde se venha a saber quais as razões que estão por trás deste imbróglio
todo. Disse.

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Tem a palavra o António Sôta Martins.

António Sota Martins, do PAN, disse: “À moção do PS nós estamos completamente contra. É co-
nhecida a posição do PAN em relação à construção de novos aeroportos na zona de Lisboa. E a
nossa defesa do desenvolvimento do aeroporto de Beja. Por isso, irei votar contra a moção do PS,
irei votar a favor da moção da CDU, mas realçando que estamos contra o ponto “N” da moção da
CDU que apresenta como alternativa Alcochete, que para nós não é alternativa pelas mesmas ra-
zões, ou muito semelhantes, à questão do Montijo. Obrigado.

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Tem a palavra o Paulo Silva, se faz favor.

Paulo Silva, da CDU, disse: “Sobre a moção do PS, é óbvio que o PS está a querer enganar a popu-
lação do concelho do Seixal quando diz que será sobrevoada, as aeronaves sobrevoam em caso de
construção do aeroporto do Montijo, a zona de Fernão Ferro a uma altitude de 10 mil metros. Os
estudos apontam que a partir do momento em que entra no cone de aterragem ou de levanta -
mento, portanto, a altitude andará entre os 600 a 900 metros, ou seja, a baixa altitude com um au-
mento exponencial do ruído. Mas o PS como mete os interesses do partido Socialista e do Governo
e também os interesses de uma multinacional estrangeira à frente dos interesses da população do
concelho do Seixal, vem aqui com falsa argumentação a querer enganar, dizendo que a altitude
será de 10 mil metros, o que é manifestamente falso. Quanto à questão dos investimentos, eles
também serão feitos se a solução Alcochete for a escolhida. Agora, temos é que defender a popu-
lação do concelho do Seixal. É isso que tem que mover os eleitos, todos nós, e a posição do Partido
Socialista é lamentável e penso que tem de ser reconhecido e tem que ser dada a conhecer à po -
pulação que deve ter, deve-lhe ser dado a conhecer todo o que irá sofrer, todos os prejuízos que
irá ter na sua qualidade de vida em caso de a solução do Montijo avançar. Obrigado.

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Samuel Cruz, se faz favor, faz favor.

Samuel Cruz, do PS, disse: “Muito obrigado Sr. Presidente. Então, contra opiniões cada um dá as
que quer. Contra factos não há argumentos. Então, a primeira questão é página 95 da declaração
de impacto ambiental, a posição da Câmara Municipal do Seixal que é vergonhosa. A Câmara Mu-
nicipal do Seixal não emitiu nenhum parecer acerca disto. A Câmara Municipal do Seixal enviou
para a Agência Portuguesa do Ambiente uma moção da CDU que rejeitava o aeroporto na base aé -

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rea do Montijo. Portanto não me parece, isto é uma atitude provocatória, não é a forma correta
das instituições se relacionarem e não era isto que a Câmara Municipal do Seixal devia ter feito e
não se dá sequer ao respeito desta forma. E aquilo que diz, era o que dizia essa moção, nem se -
quer é que o cone de aterragem fica no conselho do Seixal. Diz que se situa no cone de aterragem
e descolagem previsto... sobre a Quinta do Conde quando em Palhais na Baixa da Banheira, Vale da
Amoreira, Lavradio, zonas residenciais do concelho do Seixal. E, portanto, ficam contiguas a esta
área afetada por este referido cone. E portanto, desde aí para aquilo que a primeira questão que
não é verdade aquilo que a CDU aqui diz e também não é verdade que circulem a 600 metros, isso
é absolutamente errado para perceberem e para toda a gente ter a noção, o cone de aterragem do
aeroporto de Lisboa começa por cima da Aldeia dos Capuchos, na Costa da Caparica. E, portanto,
vejam quantos aviões é que se veem a 600 metros de altitude ali. Nenhum, zero. Depois, dizer que
em relação às partículas finas que o Paulo aqui falou, a questão nem é explorada na declaração de
impacto ambiental. Não existem, existe um estudo, mas não existem evidências científicas de que
assim seja. E a ser, apenas se pode considerar na zona muito junto ao aeroporto. E diz o comentá-
rio, é que ainda assim, portanto, a questão das partículas, vão ser monitorizadas nas zonas de habi-
tações do Montijo e do Samouco, no Samouco, mas mesmos estas para terem em conta o que diz
respeito aos meios de transporte usados pelos passageiros e trabalhadores, e não aquilo que tem
a ver com as emissões dos aviões. E, portanto, nada que aqui foi dito pela CDU é verdade, é menti-
ra, é explorar a população para defender os interesses do PCP que nesta matéria nem se percebe
bem quais são, mas não são de certeza os interesses da população do Seixal. Dizer que na declara-
ção de impacto ambiental a palavra “Seixal” é referida 23 vezes. Uma para os disparates da Câmara
e outros 23 para, outras 22 vezes para referir infraestruturas e obras de infraestrutura que afetam
diretamente, afetam no bom sentido, que vão ser feitas no concelho do Seixal, ponte Seixal-Barrei-
ro, terceira travessia do Tejo, todo um conjunto de (Impercetível) novas, ou o aproveitamento do
Tejo para complexo logístico. Esta é a verdade, este é que é o desenvolvimento do concelho do Sei-
xal. Disse.

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Dra. Madalena, mais alguma inscrição?

Dra. Madalena Silva, disse: “ Até ao momento não, Sr. Presidente.

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Eu inscrevo-me, naturalmente com o tempo da


CDU para (Impercetível) muito breve, antes de dar a palavra ao Sr. Presidente da Câmara. Para ape-
nas 3 notas. A primeira é para saudar o Sr. Presidente e a Câmara Municipal do Seixal por uma po -
sição que foi firme, intransigente, sustentada e que antes de mais serviu a população do concelho,
é verdade. Mas também a da região e do país. Porque foi com esta posição e da Câmara da Moita
que o Governo foi obrigado a recuar. Quando este Governo, e, portanto, não vem só deste Gover-
no, mas este tem responsabilidades inequívocas, deixou de lado uma decisão de localização do ae-
roporto no Montijo, decisão que foi decisão de Governo, e decisão de um estudo comparativo com
a Lota. E uma decisão, se é quem conhece bem o processo sou eu, há outras pessoas que conhe-
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cem bem, eu era presidente da Associação de Municípios da Região de Setúbal, e participei ativa-
mente e acompanhei este processo. E de facto a solução Alcochete é a solução que serve o país e
teve por base um estudo muito rigoroso, que envolveu todas as entidades e com o parecer positi -
vo de todos os municípios, incluindo do PS da Península de Setúbal e, antes de mais, numa solução
que é a solução de futuro para o país. Ou seja, este Governo fez tábua rasa com vergonhosamente,
não tenho outra maneira de dizer isto, porque não serve o país. Não serve a população do conce-
lho de Seixal e não serve o país. E de facto o aeroporto de Alcochete que pode ser construído fase-
adamente, teve um estudo de avaliação ambiental estratégica que este não teve. Bom, e ao fim
deste tempo como é que é possível para resolver o problema do aeroporto de Lisboa dentro da ci -
dade e de construir um aeroportozinho, que não é aeroporto nenhum como todos sabemos, com
gravíssimos impactos ambientais junto à população. Quer dizer, bom, portanto, o que está aqui em
causa é de facto uma subordinação aos interesses da ANA. Não há outra justificação para isto. Ain-
da bem que a posição da Câmara do Seixal e da Câmara de Moita obrigou a recuar o processo. E
que agora se faça novamente um estudo comparativo sério para ter um resultado que é o resulta-
do que serve não apenas o concelho do Seixal, não apenas a região, mas apenas o país. E portanto,
o grande responsável por esta situação é o Governo do Partido Socialista. Se não houver mais in-
tervenções, Sr. Presidente da Câmara, se faz favor.

Dra. Madalena Silva, disse: “Não há mais intervenções Sr. Presidente, aqui.

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “ Pronto. Então, dou a palavra ao Sr. Presidente da
Câmara. Se faz favor, Sr. Presidente.

O Presidente da Câmara Municipal disse: “Muito obrigado Sr. Presidente da Assembleia Municipal,
Srs. Eleitos, boa noite. Cumprimento todos, esperando que todos estejam com saúde e também a
equipa de apoio da Câmara Municipal. Da Assembleia Municipal, peço desculpa. Bom, antes de
mais também dizer que a Câmara Municipal associa-se e têm, e pronto e estamos de facto estamos
com um conjunto de comemorações do 25 de abril, 1º de maio. O poder local democrático foi uma
das maiores conquistas da revolução de abril e temos vindo não só todos os dias a demonstrar
essa importância, como agora também neste momento celebrativo e de comemoração, com vári-
os... com vários momentos importantes. Depois também relativamente a esta matéria do aeropor-
to do Montijo, de facto, acrescentar que na verdade aquilo que se, o Governo pretende fazer é um
atentado às populações, é um atentado ao ambiente e é um atentado, já agora, à inteligência. E
por isso, essas expressões como ouvimos há pouco de que os aviões para aterrar no Montijo pas-
sam a 10 mil metros de altitude do território do Seixal... são fantasiosas, são erradas, admito que
seja por ignorância que são transmitidas, mas eu penso que um partido como... os partidos têm
que ter responsabilidade e quando fazem afirmações têm que, no mínimo, conhecer os dados com
que emitem as suas opiniões ou as suas informações. E de facto eu gostaria que isso fosse corrigi-
do. A nossa posição é uma posição de defesa das populações, na verdade, em primeiro lugar esta
proposta vem trazer impactos sobre a saúde e sobre aquilo que é a vida das populações, ruído, po-
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luição. Também vem afetar outras zonas protegidas do estuário do Tejo com importante fauna. E
vem também ser o obstáculo ao desenvolvimento, até porque todos sabemos que o país necessita,
para ser competitivo em termos internacionais, precisa de ter um aeroporto que funcione 24 horas
e que tenha amplos movimentos do ponto de vista aeronáutico. Coisa que não acontece com o
atual aeroporto Humberto Delgado, nem acontecerá com esse pequeno terminal aeroportuário do
Montijo porque não poderá funcionar 24 horas e nem terá a capacidade que o país precisa. Defen -
der o aeroporto do Montijo é defender que o hub ibérico funcione em Madrid e não funcione em
Portugal. E por isso toda a gente compreende que isso corresponde aos interesses não do país,
mas de outros países estrangeiros. E temos, portanto, aqui partidos que defendem não o interesse
nacional, mas o interesse alheio. Não defendem nem o interesse das populações que representam,
nem o interesse nacional. E é isso que, é nesse espírito que vamos continuar a esclarecer a popula-
ção e muito bem, das propostas. Exorta-nos para a realização de debates e de esclarecimentos so-
bre essa matéria. Iremos com certeza avançar nesse sentido, convidando especialistas e convidan-
do, tal como já aconteceu no passado, novamente para debatermos esta matéria e trazermos toda
a verdade relativamente àquilo que deve ser a solução aeroportuária na região de Lisboa. Obriga-
do.

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Obrigado Sr. Presidente. Tem a palavra, portanto, o
proponente, tem a palavra o PS, não é? Se o entender, em relação à moção. Rui Brás.

Rui Brás, do PS, disse: “Sr. Presidente, prescindo.

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Pergunto ao Paulo Silva se pretende intervir?

Paulo Silva, da CDU, disse: “Prescindo Sr. Presidente.

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Muito bem, muito bem. Sim senhora, então vamos
passar à votação, ponto 8. Que é a moção do PS.

Dra. Madalena Silva, disse: “Portanto, temos a favor o PS, PSD e CDS. Contra o Bloco, o PAN, a CDU
e o Presidente Carlos Reis.

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Portanto, esta moção está rejeitada. A votação da
moção que é 8...

Dra. Madalena Silva, disse: “Então, a votação é a favor o PS, o PSD e o CDS. E todos os outros con-
tra, Bloco, PAN, CDU e Carlos Reis.

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Sim senhora. Passamos para... passamos para...

Dra. Madalena Silva, disse: “Votação do ponto 15.

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O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Passamos para a votação da 15, que é da CDU. Vo-
tação.

Dra. Madalena Silva, disse: “Pronto, são duas moções Carlos. Portanto, nesta Presidente, temos
CDU a favor, PAN a favor, Bloco a favor, Fernão Ferro a favor. Temos contra PS, PSD e CDS, sendo
que o CDS tem uma declaração de voto.

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Com esta votação. Agora, declarações de voto da 8
e da 15, quem é que pretende fazer? Bom, antes de mais João Rebelo, se faz favor.

Vítor Cavalinhos, do BE, disse: “E nós apresentaremos também uma declaração de voto. Mas...

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Declaração de voto do Bloco de Esquerda. Declara-


ção de voto do CDS, em primeiro João Rebelo.

João Rebelo, do CDS/PP disse: “Sim, muito obrigado Sr. Presidente, mais uma vez é porque esta-
mos sem tempo. Sobre as duas propostas aqui que estão em causa, o CDS sempre defendeu a so-
lução do Montijo por ser a solução mais viável economicamente e ambientalmente. E é uma ne-
cessidade que o país tem por causa do turismo, que é um dos maiores responsáveis do nosso PIB.
A necessidade de a Portela (Impercetível) foi identificado como a forma mais rápida e menos cus-
tosa, não sendo feito no Montijo, pelos vários estudos feitos. E acompanhei bem este assunto
quando estava na comissão de defesa no Parlamento. Alcochete não é viável, apesar de ter sido
também estudado, não tem essa viabilidade. E a questão de Beja que poderia ser uma solução a
ter em conta, como foi aqui referido pelo PAN, tem o problema de ser distante de mais e as low
cost não vão porque as pessoas pagam pouco para fazer essas viagens, não vão aterrar em Beja
para voltar a fazer deslocações de duas horas ou três horas para outros locais do país, encarecendo
obviamente esse tipo de turismo. E portanto, para o turismo português que necessita de mais, que
está predito para isso, agora não obviamente neste momento de crise, mas até 2019 os números
indicavam uma necessidade urgentíssima de uma maior oferta aeroportuária por Portugal, Montijo
foi sempre a solução mais viável. E daí a nossa, o nosso voto a favor da moção do PS e a nossa, o
voto contra em relação à moção da CDU. Muito obrigado, Sr. Presidente.

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais alguma declaração de voto?

Samuel Cruz, do PS, disse: “Sim Presidente, eu pedi no bate-papo. Não deve ter visto.

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Pois, tem que ser... Dra. Madalena, temos mais al-
guma?

Marta Barão, do PS, disse: “Sr. Presidente, só uma intervenção, não tem a ver com uma declaração
de voto, mas eu estou aqui com um problema no chat. Eu não sei se as minhas votações estão a
aparecer, só que eu tenho uma única opção como CM Seixal, não sei se toda a gente tá a conseguir
ver as minhas votações.
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O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Dra. Madalena?

Dra. Madalena Silva, disse: “Estamos a falar, quem interveio agora?

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Marta Barão.

Marta Barão, do PS, disse: “CM- Seixal. Eu dei entrada, pronto, dei um presente e tudo só que eu
penso que isto não deve estar a aparecer para todas as pessoas, está um bocado estranho. Não sei
se está a conseguir ver.

Dra. Madalena Silva, disse: “De facto não encontro aqui nenhuma votação sua.

Marta Barão, do PS, disse: “Eu tenho estado a votar. Eu vou escrever, podem só verificar se estão a
ver?

Sandra Sousa, do BE, disse: “Peço desculpa, mas também comigo, é Sandra Sousa do Bloco de Es-
querda, comigo também está a acontecer exatamente o mesmo. Eu estou a enviar mensagem para
o privado CM-Seixal. Não estou a conseguir colocar para todos.

Dra. Madalena Silva, disse: “Não consegue colocar para todos?

Sandra Sousa, do BE, disse: “Não, não. Já saí, já entrei e não consigo.

Dra. Madalena Silva, disse: “Pois, e o CM-Seixal ainda por cima hoje, creio que é o Presidente que
não tem acesso ao bate-papo.

Paulo Silva, da CDU, disse: “Sr. Presidente? Eu sugeria, é uma mera sugestão, que quem não con-
segue ter acesso ao bate-papo para meter a sua votação individual presume-se que seja a votação
da bancada e se não for então intervêm a dizer que tem um sentido de voto diferente.

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Sim senhor, eu estou de acordo e agradeço esta aju-
da do Paulo Silva, que me parece boa.

Marta Barão, do PS, disse: “Fica só aí a minha presença, já que por escrito não ficou definida, dou
assim verbalmente, pode ser?

Dra. Madalena Silva, disse: “Sim, mas de qualquer forma a sua presença tinha registado.

Marta Barão, do PS, disse: “Ah então tem estado a receber, que eu tenho... que estranho.

Dra. Madalena Silva, disse: “Não, porque a sua presença aparece nos participantes em cima. No
bate-papo é que não.

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Pronto, muito bem. Então, fazemos assim, pre-
sume-se que a votação individual corresponde às votações dos grupos municipais, do respetivo

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grupo municipal, e se não for assim nalgum caso... portanto, manifestam isso, naturalmente. Está
bem? Ok? Funcionamos assim.

Sandra Silva, do BE, disse: “Sim, concordo, obrigada.

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Portanto, não há mais declarações de voto, é isso?
Sara, tempos?

Dra. Madalena Silva, disse: “Há Presidente, do Samuel.

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “É o Samuel, faltava o Samuel. Faça favor Samuel.

Samuel Cruz, do PS, disse: “Muito obrigado Presidente. Para dizer que o Partido Socialista votou
contra a moção da CDU porquanto a CDU mente à população. E mente nos próprios documentos
que apresenta. A moção que a CDU hoje aqui apresenta diz que a área geográfica da freguesia de
Fernão Ferro e da Aldeia de Paio Pires está abrangida no cone de aterragem do projeto do aero-
porto. E à frente diz que isso originará um aumento dos níveis sonoros nessas áreas residenciais
com consequências prejudiciais para a população. Mas, naquilo que foi o parecer da Câmara Muni-
cipal do Seixal... eu peço desculpa...

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Nós estamos aí com um som. Desativem lá se faz fa-
vor. Samuel.

Samuel Cruz, do PS, disse: “Dizia eu que a CDU hoje vem aqui afirmar na sua moção que o cone de
aterragem se situa sobre o concelho do Seixal, mas na moção da CDU, a que também nesta Assem-
bleia Municipal, que foi enviada à Agência Portuguesa do Ambiente o que diz é que o cone se situa
numa zona contígua às freguesias de Fernão Ferro e da Aldeia de Paio Pires. Portanto, a CDU tem
que de uma vez por todas tentar perceber se é uma coisa se é outra. Mas mais, a CDU não ignora e
não pode ignorar que a declaração de impacto ambiental esclareceu esta questão nos seguintes
termos. Passo a citar, de acordo com o estudo de modelação efetuado no estudo de impacto ambi-
ental, as áreas com impacto mais relevante serão Alcochete e Montijo junto ao aeroporto, não
sendo expectável que mesmo estes locais (Impercetível). Disse.

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais alguma declaração de voto?

Dra. Madalena Silva, disse: “Que eu tenha dado por isso mais ninguém pediu Presidente.

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Pronto. Então está fechado. Passamos para o ponto
13.

Dra. Madalena Silva, disse: “Presidente, tinha pedido à Sara para dar os tempos, não foi?

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Tinha sim senhora. Sara, se faz favor.

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Sara Oliveira 2ª Secretária da Assembleia Municipal, disse: “Obrigada. Então, a CDU tem 4 minu-
tos e 50 segundos, o PS tem 2 minutos, o PSD tem 2 minutos e 30 segundos, o Bloco de Esquerda
tem 2 minutos e 30 segundos, o PAN tem 1 minuto e 35 segundos, CDS não tem tempo e o Sr. Pre -
sidente da Junta de Fernão Ferro tem 4 minutos.

Votação do ponto I.8.

I.8. O Grupo Municipal do PS apresentou a moção «Pela construção do novo aeroporto no


Montijo», subscrita por Rui Brás.
Rejeitada a Tomada de Posição nº22/XII/2021 por maioria e em minuta com:
Dezasseis (16) votos a favor dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal do PS: 11
• Do grupo municipal do PSD: 4
• Do grupo municipal do CDS/PP: 1
Vinte e um (21) votos contra dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal da CDU: 16
• Do grupo municipal do BE: 3
• Do grupo municipal do PAN: 1
• Do Presidente da JFFF: 1
Votação do ponto I.15.
I.15. O Grupo Municipal da CDU apresentou a moção «Concelho do Seixal diz não ao Aeroporto
do Montijo», subscrita por Paulo Silva.
Aprovada a Tomada de Posição nº28/XII/2021 por maioria e em minuta com:
Vinte um (21) votos a favor dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal da CDU: 16
• Do grupo municipal do BE: 3
• Do grupo municipal do PAN: 1
• Do presidente da JFFF: 1
Dezasseis (16) votos contra dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal do PS: 11
• Do grupo municipal do PSD: 4
• Do grupo municipal do CDS/PP: 1

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O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Sim senhor. Passamos então para o ponto 11 que é
a saudação ao 75º aniversário do Ginásio Clube de Corroios, é da CDU. Orlando Ribeiro, se faz
favor.
I.11. O Grupo Municipal da CDU apresentou a saudação ao «75.º aniversário do Ginásio Clube de
Corroios», subscrita por Orlando Ribeiro.
(Documento anexo à Ata com o número 11)
Orlando Ribeiro, da CDU, disse: “Boa noite a todos. O Ginásio Clube de Corroios, um clube com
uma rica história, com um trabalho de excelência realizado nas áreas da cultura, desporto e recreio
com um palmarés invejável celebrou em fevereiro 75 anos de existência. Estranhamos nós que
apenas os eleitos da CDU saúdem o aniversário deste histórico clube do concelho de Seixal. Assim,
em Assembleia Municipal saudamos o Ginásio Clube de Corroios pelo seu 75º aniversário ao
serviço da cultura, do desporto e do recreio. Os eleitos da CDU.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Intervenções para esta saudação, quem é que pre-
tende intervir?

Dra. Madalena Silva, disse: “Até este momento não tenho ninguém.

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Portanto confirma-se que não há intervenções. Per-
gunto ao proponente se pretende intervir novamente?

Orlando Ribeiro, da CDU, disse: “Não, não.

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Então vamos passar à votação. Votação do ponto
11.

Dra. Madalena Silva, disse: “PJFF a favor. PAN a favor, PSD a favor, CDS a favor, CDU a favor, BE a fa-
vor. Falta o PS. PS a favor. Aprovada por unanimidade Sr. Presidente.

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Alguma declaração de voto? Não há declarações de


voto, é isso?

Dra. Madalena Silva, disse: “Até agora ninguém pediu.


Aprovada a Tomada de Posição nº25/XII/2021 por unanimidade e em minuta com:
Trinta e sete (37) votos a favor dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal da CDU: 16
• Do grupo municipal do PS: 11
• Do grupo municipal do PSD: 4
• Do grupo municipal do BE: 3
• Do grupo municipal do PAN: 1
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• Do grupo municipal do CDS/PP: 1
• Do Presidente da JFFF: 1
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Sim senhora. Aprovada por unanimidade. Então,
passamos para o ponto seguinte.
I.12. O Grupo Municipal do PS apresentou a moção «Arrancam as obras na Secundária João de
Barros», subscrita por José Carlos Chora.
(Documento anexo à Ata com o número 12)
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “É uma moção «Arrancam as obras na Secundária
João de Barros”, do PS. E é subscrito por José Carlos Chora, tem a palavra se faz favor. José Carlos
Chora? Está a ouvir-nos ou não? José Carlos? José Carlos Chora? Samuel, estamos com esta
dificuldade. Samuel, como é que resolvemos isto?
Dra. Madalena Silva, disse: “Samuel também não tem som.

Samuel Cruz, do PS, disse: “O som não está presente, o Chora não se importa, falo eu.

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Samuel, se faz favor.

Samuel Cruz, do PS, disse: “Esta moção é muito simples, saúda o pré-arranque das obras na escola
João de Barros, que são muito necessárias e é apenas esse o seu propósito. Disse.

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Intervenções para esta moção, quem é que preten-
de intervir?

Dra. Madalena Silva, disse: “Até ao momento não tenho nenhum registo Presidente. Ah o Paulo
Silva inscreveu-se agora.

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Paulo Silva, se faz favor.

Paulo Silva, da CDU, disse: “As obras na secundária João de Barros é um exemplo da incompetên-
cia do Governo na execução de obras. Há 6 anos que o PS está no Governo e só agora parece que o
assunto irá avançar. Vamos ver se isto não é mais uma falsa partida como já houve outras em que o
PS também se veio regozijar com o arranque das obras e depois as obras pararam logo de seguida.
Acho que o que o PS aqui devia de fazer é um pedido de desculpa aos jovens de Corroios que têm
sido altamente prejudicados com a situação da ausência da conclusão das obras na secundária
João de Barros.

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Intervenções?

Dra. Madalena Silva, disse: “Não tenho ninguém, Presidente.

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O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Não há mais pedidos de intervenção. Eu pergunto
ao Sr. Presidente da Câmara, face à importância desta matéria e à intervenção da Câmara, se o Sr.
Presidente pretende intervir?

O Presidente da Câmara Municipal disse: “Muito obrigado Sr. Presidente da Assembleia Municipal.
Nós estivemos há cerca de 1 mês a visitar as obras, as obras da João de Barros e tivemos contactos
com o parque escolar que nos transmitiu o calendário, até 2022, para a sua execução. Esperemos
que desta vez isso aconteça, que se consigam concluir obras que duram à 10 anos. Mas também
constatámos que há uma questão que não vai ficar resolvida, que é o pavilhão desportivo. Não foi
previsto um pavilhão desportivo escolar para a prática de atividade física, o que consideramos que
é mais uma incompetência de quem planeou aquele equipamento, ao não prever numa obra de
grande dimensão, com, de facto bastante morosa, não prever um pavilhão gimnodesportivo para a
prática da educação física. Por isso também me gostaria de associar a este, portanto, moto de, di-
gamos assim, repetir relativamente àquilo que tem sido todo este processo da escola João de Bar-
ros. Esperemos que desta seja concluído.

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Pergunto ao proponente se pretende intervir?

Samuel Cruz, do PS, disse: “Sim Presidente.

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Faz favor.

Samuel Cruz, do PS, disse: “Para dizer que de alguma forma a crítica feita pelo Paulo Silva tem ra-
zão. De facto esta obra parece a obra da escola de Paio Pires, a do mercado da Cruz de Pau, do CDA
de Fernão Ferro, ou mesmo, e a pior de todas, o Centro da Medalha Contemporânea que já come-
çou a ser construído há mais do dobro do tempo do que começou a ser construída a escola e ainda
está por acabar. Acho que a escola vai acabar ainda antes. Disse.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Portanto, passamos à votação. Ponto 12, votação.
Aprovada a Tomada de Posição nº26/XII/2021 por maioria e em minuta com:
Trinta (30) votos a favor dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal da CDU: 16
• Do grupo municipal do PS: 11
• Do grupo municipal do PAN: 1
• Do grupo municipal do CDS/PP: 1
• Do Presidente da JFFF: 1
Sete (7) abstenções dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal do PSD: 4
• Do grupo municipal do BE: 3
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O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Esta saudação foi aprovada por maioria com os vo-
tos a favor da CDU, PS, PAN CDS/PP e PJFF. Depois a abstenção do PSD e do BE. Alguma declaração
de voto? Sim, CDU, com declaração de voto, PSD, e CDS/PP. Então Paulo Silva se faz favor.

Paulo Silva, da CDU, em declaração de voto disse: “A CDU votou a favor porque coloca os interes-
ses da população acima de quaisquer outros interesses. E indubitavelmente a população do conce-
lho do Seixal, mais propriamente da freguesia de Corroios, os jovens da freguesia necessitam pre -
mente-mente que as obras sejam concluídas da escola João de Barros, porquanto a escola não tem
condições. Estão dezenas ou centenas de jovens a ter que irem concluir os seus estudos do secun-
dário, do terceiro ciclo e secundário para Almada, porquanto a escola que é uma responsabilidade,
a escola do terceiro ciclo e secundárias, é uma responsabilidade do Governo e o Governo não dá
resposta às necessidades das populações. Parece que o Partido Socialista só se preocupa com o
primeiro ciclo no concelho do Seixal a nível de educação. O segundo, terceiro ciclo e secundário é
como se não existisse. Estão problemas atrás de problemas...

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Estamos sem som, sem som Paulo Silva.

Paulo Silva, da CDU, em declaração de voto disse: “Está sim?

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Agora já temos som outra vez pá.

Paulo Silva, da CDU, em declaração de voto disse: “Eu não sei se...

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Não apanhámos, não apanhámos esta parte final.

Paulo Silva, da CDU, em declaração de voto disse: “Portanto, o Partido Socialista só se preocupa
no concelho com as escolas do primeiro ciclo, não se preocupa com as escolas do segundo, tercei-
ro ciclo e secundário que estão num estado calamitoso e nós preocupamo-nos com todo o sistema
de ensino, e por isso votámos a favor desta... saudação, moção, ela não está sequer identificada,
porquanto, como disse no início, os interesses da população são aqueles que nos interessam e o
interesse da população é que a obra seja concluída.

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Rui Belchior, se faz favor.

Rui Belchior, do PSD, em declaração de voto disse: “Obrigado Sr. Presidente. Uma declaração de
voto. Nós abstivemo-nos porque realmente em 2005 convenceram-nos, ou pretenderam conven-
cer o país, que aquela solução governativa ia resolver todos os problemas, ia cortar com a tão pro-
palada austeridade, justificada com intervenção externa. Todos tiveram e sofreram na pele, que to-
dos tiveram conhecimento e que todos sofremos na pele. Mas esta situação demonstra claramen-
te que após 6 anos de governo PS que as coisas continuam por resolver. E isto é uma situação com-
pletamente inexplicável e inaceitável. São gerações de alunos que ficam prejudicados porque al-
guém lhe fez crer que a partir de 2015 é que era, mas o PS tá no Governo e é com a ajuda da CDU,
com a ajuda da CDU e com a ajuda do Bloco de Esquerda. E a CDU neste aspeto não pode lavar as
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mãos, como não pode, nem nós pelo menos não reconhecemos essa autoridade moral, fazer refe-
rências sobre o facto de não se preverem situações ou sobre conclusões de obras, porque real -
mente a CDU nesse panorama e nesse plano também tem muitas contas a prestar. E, portanto,
mais uma vez o que é aqui referido é o lançamento de um concurso. E nós temos sido muito críti -
cos quanto a lançamentos de concursos e mais ainda em retas finais de mandato, e, portanto, nós
mais uma vez não acreditamos e pronto. Isto é só mais umas obras de Santa Engrácia que nós te -
mos no nosso concelho. Muito obrigado.

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “João Rebelo, se faz favor.

João Rebelo, do CDS/PP em declaração de voto disse: “Obrigado Sr. Presidente. O nosso voto a fa-
vor, perdão da abstenção, é... perdão, a favor, é uma... uma alteração. Habitualmente seguimos
aqui o critério que foi dito pelo Rui. Mas por isso mesmo, como estamos muito perto das eleições
nós acreditamos que o PS está com muita vontade de mostrar trabalho e finalmente vai fazer algu-
ma coisa nesta escola. E é por isso que, nós todos concordamos da necessidade, nós todos os par-
tidos aqui presentes, concordam com as obras. Temos demonstrada repetidamente, por várias
ações,quer na nossa Assembleia Municipal quer em visitas feitas pelos eleitos para a necessidade e
(Impercetível) dessas obras. Quando há finalmente aqui a possibilidade de vermos a luz ao fundo
do túnel, cremos marcar esta posição que sim desta vez poderá ser verdade. E porque estamos
perto de eleições eu acho que vai haver um esforço muito grande por parte do Governo para que
isto de facto apareça. Espero não estar, sinceramente, enganado, mais uma vez, e que as popula -
ções ficarem desiludidas com mais uma promessa que não é cumprida. Concordo também com o
Rui quando diz que aqui a CDU não pode lavar as mãos. Ou seja, há corresponsabilização entre o
Governo Central e a autarquia (Impercetível) responsabilidades que devem ser aqui alertadas. Fica
aqui então a declaração de voto. Muito obrigado, Sr. Presidente.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais alguma declaração de voto, Dra. Madalena?

Vítor Cavalinhos, do BE, disse: “Sr. Presidente, nós o BE apresentaremos uma declaração de voto
por escrito.

Dra. Madalena Silva, disse: “Pronto.

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Muito bem, está registado. Agora é que não há
mais declarações de voto, certo?

Dra. Madalena Silva, disse: “Eu não tenho cá mais registo nenhum Presidente.

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Então passamos para o ponto seguinte. décimo ter-
ceiro, 13º.
I.13. O Grupo Municipal do PSD apresentou a moção «Pela reparação imediata do “buraco” na
rotunda junto da Ponte da Fraternidade», subscrita por Rui Belchior.

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(Documento anexo à Ata com o número 13)
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “É uma moção «Pela reparação imediata do buraco
na rotunda junto da Ponte da Fraternidade, que é do PSD e... também com a 17ª, que é uma
moção da CDU que exige às Infraestruturas de Portugal e ao Governo rápida resolução da rotunda,
de uma passagem hidráulica na rotunda da estrada nacional 378 e (Impercetível) Avenida da
República (Impercetível)e Ponte da Fraternidade. Bom, portanto, tem a palavra o Rui Belchior, se
faz favor.
Rui Belchior, do PSD, disse: “ Muito obrigado Sr. Presidente. Nós queremos, antes de mais nada,
deixar uma nota prévia, adivinhando, enfim, todo o descortino que por aí venha, queremos deixar
claro que esta moção pretende apenas dar eco daqueles que tem sido os mais variados
testemunhos, pelo menos a mim, variadíssimas pessoas têm-me inclusive telefonado para saber
porque é que, quais são as razões pelas quais aquela situação está por resolver há quase 60 dias.
Neste tipo de, porque aliás há inclusive pessoas, eu não percebo muito bem porquê, talvez porque
as pessoas não procuram saber a fundo o funcionamento dos órgãos, mas há inclusive pessoas que
consideram que alguns autarcas que estão na oposição têm que ver ou têm... portanto, uma ação
direta naquilo que se passa aqui no concelho, portanto, e como é sabido nós não temos nenhuma
dessas capacidades. Apenas temos esta, que é o exercício do nosso mandato, da denúncia e,
portanto, da nossa ação enquanto autarcas, neste caso da oposição. E consideramos que também
neste caso, também nesta situação, há aquele habitual ping-pong de responsabilidades. Portanto,
nós, se nós que andamos aqui já há alguns anos ficamos confusos com estas situações, imagine-se
o munícipe, imagine-se a população que há quase 2 meses que vê o que se está, com o trânsito
nestas artérias completamente estrangulado com as dificuldades que isso acarreta para as suas
vidas, portanto as pessoas não entendem. Portanto, não vale a pena colocarem ou a ação ficar
reduzida ou singida de uma forma visível a 2 ou 3 cartazes que se anuncia e se rebate as
responsabilidades, que isso não vai resolver o problema. E, portanto, o que se pretende saber é
como é que se vai resolver o problema e quando é que se vai resolver o problema. Porque as
pessoas não aceitam isto. E basta fazer aí uma ronda pela rua, pelas redes sociais, por aí fora,
falando com as pessoas. As pessoas não querem saber se a responsabilidade é deste ou daquele. O
que as pessoas querem saber é como é que se vai resolver o problema e isso, é isso que nós
queremos deixar aqui muito claro. E já agora dizer o seguinte, este executivo que agora alega não
ter nenhuma responsabilidade e, portanto, está numa aparente inércia, é o mesmo executivo que
assume, já em diversas ocasiões, que vai fazer a alternativa à nacional 10. Isso também não é da
competência do executivo, ou é? Mas isso assim já, porque dá jeito, assume-se. E portanto, ou a
espaços exteriores do centro de saúde, também foi aí referido que não competência do executivo,
foi até contraido um empréstimo para isso. O alojamento social, o alojamento, o re-alojamento de
Vale de Chicharos também foi dito durante décadas pela CDU que não era da sua responsabilidade
e agora assumiram. Porque é que agora não se há de assumir esta situação? Ou então, não assumir
e explicar porque é que não assume, porque não é possível por isto ou por aquilo. É preciso dar

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essa satisfação às pessoas. E esta moção tem este carácter de resolução do problema e de
melhorar a situação atual. Portanto, era só isto que queria dizer, muito obrigado para já.
Sara Oliveira 2ª Secretária da Assembleia Municipal disse: “Sr. Presidente?

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Sim Sara, diga Sara, diga, diga.

Sara Oliveira 2ª Secretária da Assembleia Municipal disse: “O PSD esgotou o tempo.

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Ah o PSD esgotou o tempo. Está bem, está bem.
Depois já fazemos o ponto de situação. Portanto, tem a palavra o proponente da saudação... da
CDU, que é Hernâni Magalhães. Faz favor.

Hernâni Magalhães, da CDU, disse: “Ora, mais uma vez boa noite. Portanto, relativamente ao tex-
to da moção, ela foi distribuída. Só pedia uma alteração pequena, que é no ponto 10 onde está es-
crito “box culvert”, o culvert acaba em “T”, é culvert sem “E”. Portanto, agradecia essa correção. E
depois o ponto fundamental de facto está aí. As Infraestruturas de Portugal que proceda urgente-
mente à (Impercetível). Com licença.

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Sim senhora, está registado. Intervenções para es-
tes documentos, quem é que pretende intervir?

Dra. Madalena Silva, disse: “Para já não tenho ninguém, portanto as pessoas terão que se inscre-
ver.

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Portanto, pergunto novamente se há inscrições?


Não há registo de inscrições, é isso?

Dra. Madalena Silva, disse: “Não há registo, não Presidente.

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Sim senhora. Então, tem a palavra o Sr. Presidente
da Câmara. Se faz favor Sr. Presidente.

O Presidente da Câmara Municipal disse: “Muito obrigado, obrigado Sr. Presidente. Estamos mais
uma, mais um episódio de incompetência do Governo PS e dos seus, e dos seus... e das suas insti-
tuições públicas quando desde 2018 se conhecia que havia ali uma deficiência, uma anomalia. E de
facto as IP, Infraestruturas de Portugal, pouco ou nada fizeram para tratar daquele órgão de drena-
gem. Sendo que toda a artéria que se liga por Avenida da República... todo depois o conjunto de
vias até Sesimbra que constitui uma estrada nacional, estrada nacional 378. Portanto, aconteceu,
já tinha acontecido um pequeno abatimento. As IP... como se diz na gíria, atamancaram, não resol-
veram o problema de fundo e 3 anos depois então aconteceu um colapso com a dimensão dessa
passagem hidráulica e aquilo que a Câmara tem feito é de facto insistido com as Infraestruturas de
Portugal para uma intervenção urgente. Não temos nenhuma dúvida que se fosse uma área de de-
legação da Câmara neste momento já estava resolvido. As IP são extremamente lentas na tomada
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de decisão, na intervenção, e de facto fruto da nossa pressão esta semana fomos informados que o
projeto de reparação só para aquele troço já está executado e que as IP vão avançar com ajuste di -
reto urgente para a intervenção. Esperemos que isso aconteça no mais curto espaço de tempo por-
que de facto tem trazido inúmeros e gravíssimos problemas à nossa população. Eu também acon-
selhava o Sr. Eleito do PSD para falar com o seu companheiro Presidente das Infraestruturas de
Portugal, que é defensor do Governo do PSD, pode ser que consiga também convencê-lo também
da nossa insatisfação relativamente à sua incompetência. Muito obrigado.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Pergunto aos proponentes, em primeiro lugar ao
Rui Belchior se pretende intervir?

Rui Belchior, do PSD, disse: “Já não tenho tempo Sr. Presidente. Obrigado, muito obrigado na mes-
ma.

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Pois, já não tem tempo Rui, é verdade, desculpe. E
ao Hernâni Magalhães da moção da CDU. Se faz favor Hernâni.

Hernâni Magalhães, da CDU, disse: “Eu não tenho mais nada a acrescentar, o texto da moção é
claro. Está claramente justificado e com a intervenção do Sr. Presidente que deu agora este escla-
recimento, estamos todos à espera que de facto não aconteça aqui o mesmo que a IP fez, por ex -
emplo, na estrada nacional 144 em Santarém que esteve fechada anos. Disse.

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Vamos proceder à votação. Primeiro, ou melhor,


ponto 13. É a moção do do PSD, votação.

Dra. Madalena Silva, disse: “Eu enganei-me e escrevi ponto 16, ainda é 13.

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “É 13. Votação do ponto 13.

Dra. Madalena Silva, disse: “Portanto, estamos a votar o ponto 13 que é a moção do PSD? Exata-
mente. O Bloco absteve-se, PSD a favor, CDU contra, CDS a favor, Carlos Reis a Favor. Portanto, Pre -
sidente, temos a favor o PS, o PAN, o PSD, o CDS e o Carlos Reis. E contra a CDU. E abstenção do
Bloco.

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Portanto, a moção foi aprovada com os votos a fa-
vor do PS, PSD, PAN, CDS/PP, e PJFF. E os votos Contra da CDU. A Abstenção do BE. Passamos à vo -
tação da moção da CDU. Que é o ponto 17.

Dra. Madalena Silva, disse: “Agora sim, é o ponto 17, exatamente. CDU a favor, PAN a favor, o Blo-
co a favor. PSD contra. PS a favor, CDS contra. Falta o Carlos Reis. Carlos Reis, votou a favor. Portan -
to temos o CDS e o PSD votaram contra e todos os outros votaram a favor.

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2ª Sessão ordinária – 29 de abril de 2021
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Portanto esta moção da CDU foi também aprovada
com os votos a favor da CDU, PS, BE, PAN, e PJFF, os votos contra do PSD, e CDS/PP. Estão aprova -
das as duas moções.
Votação do ponto I.13.
I.13. O Grupo Municipal do PSD apresentou a moção «Pela reparação imediata do “buraco” na
rotunda junto da Ponte da Fraternidade», subscrita por Rui Belchior.
Aprovada a Tomada de Posição nº27/XII/2021 por maioria e em minuta com:
Dezoito (18) votos a favor dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal do PS: 11
• Do grupo municipal do PSD: 4
• Do grupo municipal do PAN: 1
• Do grupo municipal do CDS/PP:
• Do presidente da JFF: 1
Dezasseis (16) votos contra dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal da CDU: 16
Três (3) abstenções dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal do BE: 3
Votação do ponto I.17.
I.17. O Grupo Municipal do CDU apresentou a moção «O Seixal exige às Infraestruturas de
Portugal e ao Governo a rápida resolução da rotura de uma passagem hidráulica na rotunda da
EN378, na confluência dos arruamentos Avenida da República, Avenida Dr. Arlindo Vicente e a
Ponte da Fraternidade», subscrita por Hernâni Magalhães.
Aprovada a Tomada de Posição nº30/XII/2021 por maioria e em minuta com:
Trinta e dois (32) votos a favor dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal da CDU: 16
• Do grupo municipal do PS: 11
• Do grupo municipal do BE: 3
• Do grupo municipal do PAN: 1
• Do presidente da JFFF: 1
Cinco (5) votos contra dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal do PSD: 4
• Do grupo municipal do CDS/PP: 1
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2ª Sessão ordinária – 29 de abril de 2021
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Há declarações de voto?
Dra. Madalena Silva, disse: “Samuel pediu declaração de voto? Para a moção da CDU.

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Faz favor. Samuel.

Samuel Cruz, do PS, disse: “E diz o seguinte. O Partido Socialista votou a favor porque o importan-
te é que o problema se resolva rapidamente. No entanto, as explicações dadas pelo Sr. Presidente
da Câmara tornam extemporânea esta moção, e tornam extemporânea porque o Sr. Presidente da
Câmara Informou que o projeto está concluído e que nos termos dos Contratos Públicos será efe-
tuado um ajuste direto urgente para resolver a situação. Era isto que a moção pedia, é isso segun-
do a informação que temos que vai ser feito, portanto a moção é extemporânea. Disse.

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais alguma declaração de voto? Não há registos
Dra. Madalena, é isso?

Dra. Madalena Silva, disse: “Não Sr. Presidente, não tenho registo de mais nenhum pedido.

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Sim senhora. Sara, tempos.

Sara Oliveira – Com certeza Sr. Presidente. Então, a CDU tem 3 minutos, o PS tem 1 minuto e meio,
o PSD não tem tempo, Bloco de Esquerda tem 2 minutos e meio, o PAN tem 1 minuto e 35 segun-
dos, o CDS não tem tempo e o Sr. Presidente da Junta de Fernão Ferro tem 4 minutos.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Sim senhora. Ok, obrigado. Passamos para o ponto
seguinte.
I.14. O Grupo Municipal do BE apresentou uma Declaração Política.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Que é uma declaração política do Bloco de Esquer-
da. Vítor Cavalinhos, se faz favor.
Vítor Cavalinhos, do BE, disse: “Declaração política. Ontem, Susana Garcia candidata do PSD à
Câmara da Amadora afirmou que o Bloco de Esquerda devia ser exterminado. O PSD ainda não
disse nada, Rui Rio disse que não tinha visto a entrevista na TVI, nem disse nada nem demitiu a
candidata. Os diversos partidos também não disseram nada, nem manifestaram qualquer tipo de
solidariedade com o Bloco de Esquerda. Os jornais que li hoje não fazem qualquer referência ao
assunto. Está tudo normal. Uma candidata do PSD afirmar que quer exterminar um partido é uma
coisa normal. Pode ser que a candidata Susana Garcia se sinta à vontade para apresentar o seu
plano para exterminar o Bloco de Esquerda. Talvez (Impercetível) ou com um tiro na nuca. E talvez
nesse momento alguém se incomode com o que disse esta senhora. (Impercetível) escreveu contra
a indiferença e cito partes de um poema, “primeiro levaram os comunistas, não me importei
porque não sou comunista. Depois levaram os socialistas, não me importei porque não sou
socialista. Depois levaram os católicos, não me importei porque não sou católico. Agora levam-me
a mim”. Era só.
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Ata nº 02/2021
2ª Sessão ordinária – 29 de abril de 2021
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “(Impercetível) sim senhora, para terminar. Passa-
mos para o último ponto.
I.16. O Grupo Municipal do PS apresentou a recomendação «Pela atribuição da toponímia
“Parque das Lagoas” ao Parque das Lagoas», subscrita por Sérgio Ramalhete.
(Documento anexo à Ata com o número 16)
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Que é uma moção do PS pela atribuição da toponí-
mia, parque das lagoas, ao parque das lagoas. É subscrita por Sérgio Ramalhete.

Paulo Silva, da CDU, disse: “Sr. Presidente?

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Sim, sim.

Paulo Silva, da CDU, disse: “Um ponto de ordem é se esta moção do Partido Socialista está dentro
das competências da Assembleia Municipal. Parece-me que estamos sobre matéria que é da exclu-
siva competência da Câmara Municipal, que é a atribuição de toponímia. E o que está aqui é que a
Assembleia Municipal delibera atribuir o topónimo. Portanto, penso que estamos perante matéria
que não é competência da Assembleia Municipal e que não pode deliberar sobre a mesma.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “O Paulo Silva (Impercetível).

Samuel Cruz, do PS, disse: “(Impercetível) quantas vezes já aprovamos aqui dessas?

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Espere aí ó Samuel, desculpe lá, não lhe dei a pala-
vra. Nem tinha... o Paulo Silva pediu-a... Ok. Aliás, eu ia intervir exatamente nesse sentido. Efetiva-
mente não é competência da Assembleia Municipal. E portanto, a Assembleia Municipal não pode,
não tem esta competência para determinar a atribuição de toponímias. É competência própria da
Câmara Municipal. Portanto, esta moção, isto é uma... é uma moção, não é? Não está em confor-
midade. Portanto, o que é que o proponente tem a dizer sobre isto? A consideração do Presidente
da Assembleia é que não tá em conformidade, não pode ser deliberada assim. Porque não está na
competência da Assembleia Municipal.
Samuel Cruz, do PS, disse: “Sr. Presidente, falo eu na qualidade de líder do grupo municipal do Par-
tido Socialista, está bem?

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Certo, com certeza, com certeza.

Samuel Cruz, do PS, disse: “Para dizer, estranho imenso esta posição da CDU e do Sr. Presidente da
Assembleia Municipal porque devemos já ter aprovado dezenas de documentos durante este man-
dato que terminam, nomeadamente votos de pesar, a dizer delibera atribuir o nome de fulano ou
de fulana tal a uma rua no concelho do Seixal. Mas isso, pelo menos, nunca... isso teve sempre de
acordo com as competências da Assembleia Municipal, como é uma proposta do Partido Socialista
deixou de estar nas competências da Assembleia Municipal. Eu não vou discutir isso, espero que

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até ao fim do mandato não haja a desfaçatez de aparecer mais nenhuma desses documentos que
dizem atribuir o nome de uma rua no concelho a fulano tal, porque de facto era de mais. Mas
transformo o documento em recomendação.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Pronto, como recomendação já pode. E há aqui
uma pequena questão, ou melhor, há um esclarecimento devido. E portanto, o líder municipal Sa-
muel Cruz, líder do PS, mais uma vez, já não é a primeira, está a vitimizar-se e a vitimizar o PS, não
é? Discriminado. É porque os votos de pesar, a diferença, o Samuel Cruz não a disse. Os votos de
pesar não determinam, propõem. Esta é a diferença. Portanto, propor é recomendar, não é? Quer
dizer, e portanto, não decidem, não se decide no voto de pesar a atribuição, não é? Nos vários vo-
tos de pesar que já vieram à Assembleia Municipal, mas sim propor a atribuição, que é competên-
cia da Câmara. Portanto, esta questão é muito clara e não há aqui dúvidas sobre a matéria, nem a
explicação que o Samuel Cruz colocou aqui serve porque não é de facto nada disso. As delibera-
ções da Assembleia não foram assim, portanto, que fique esclarecido e que fique claro, não é?
Bom, mas se... portanto, altera a proposta para recomendação da atribuição do topónimo, bom
isso sim. Uma recomendação já é possível e a Câmara naturalmente entenderá no quadro das suas
competências. Então, sendo assim, com esta alteração, não é? De recomendação, tem a palavra o
proponente que é... O Sérgio Ramalhete. Se faz favor.
Sérgio Ramalhete, do PS, disse: “Ora, queria cumprimentar todos os presentes. No fundo, então,
tem que se fazer aqui uma alteração no último parágrafo, “assim, a Assembleia Municipal do Seixal
reunida a 29 de abril de 2021 na sua segunda sessão ordinária, por proposta do Partido Socialista
recomenda”, ok? Em vez de ser delibera, recomenda atribuir o topónimo para o parque das
Lagoas. Eu não vou ler os considerandos, porque o objetivo exatamente é, neste caso será
recomendar a atribuição de toponímia do Parque das Lagoas respetivo, pronto. E agora podemos
passar à discussão.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Pois claro, isso digo eu, não é? Quem é que preten-
de intervir? Quem é que pretende intervir? Dra. Madalena, registos de pedidos de intervenção?

Dra. Madalena Silva, disse: “Não tenho registo nenhum ainda, Sr. Presidente.

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Sim, sim. Portanto, confirma-se, não há pedidos de
registo de intervenção.

Dra. Madalena Silva, disse: “Até ao momento não há, ninguém se inscreveu.

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Pronto, não há, não é? Confirma-se não há pedidos
de intervenção, não é Dra. Madalena?

Dra. Madalena Silva, disse: “Confirmo Sr. Presidente.

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Pergunto ao Sr. Presidente da Câmara se pretende


intervir? Creio que não. Confirma-se isso também.
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O Presidente da Câmara Municipal disse: “Sim Sr. Presidente, não pretendo intervir.

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Ok, obrigado Sr. Presidente. Obrigado, Sr. Presiden-
te. Então, passamos à votação. A votação do ponto 16 votação do ponto 16.

Dra. Madalena Silva, disse: “Então, penso que já tão todos. Portanto, temos a favor o CDS, o PAN,
o PS, o PSD e Fernão Ferro. E contra a CDU. E a abstenção do BE.

Aprovada a Tomada de Posição nº29/XII/2021 por maioria e em minuta com:


Dezoito (18) votos a favor dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal do PS: 11
• Do grupo municipal do PSD: 4
• Do grupo municipal do PAN: 1
• Do grupo municipal do CDS/PP: 1
• Do presidente da JFFF: 1
Dezasseis (16) votos contra dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal da CDU: 16
Três (3) abstenções dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal do BE: 3
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Portanto, foi aprovada por maioria com os votos a
favor do PS, PSD, PAN, CDS/PP e PJFF, e votos contra da CDU, e a abstenção do BE. Pergunto se há
alguma declaração de voto?

Dra. Madalena Silva, disse: “Que haja registo escrito, não.


O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Portanto, não há declarações de voto. Terminámos
os pontos do período antes da ordem do dia. É isso? Não há mais nenhuma questão, pois não Dra.
Madalena? Pedidos de declaração de voto?

Dra. Madalena Silva, disse: “Não, não há aqui nenhum pedido, não há pontos de ordem, não há
declarações de voto. Defesas de honra, portanto tá limpo. Só os membros a votar individualmente.

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Sim senhora. Então, eu no termino do período de


antes da ordem do dia pretendo fazer uma declaração em relação a uma matéria que o Paulo Silva
há bocado adiantou. Não o devia ter feito, devia ter deixado para o Presidente da Assembleia Mu-
nicipal. Eu reconheço a simpatia, a Dra. Madalena reconhecerá a simpatia do Paulo Silva e natural -
mente extensiva a todos creio. E, portanto, é uma declaração enquanto Presidente da Assembleia
Municipal, mas também em nome da mesa. A declaração ficará anexa à ata desta sessão da As-
sembleia Municipal. Sr. Presidente da Câmara, Srs. Vereadores, Mesa da Assembleia, Srs. Eleitos da
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Assembleia, trabalhadores da Câmara e da Assembleia Municipal. A Dra. Madalena Silva termina a
sua atividade profissional iniciando a sua aposentação no dia 1 de maio em feliz coincidência de
data. Começou com 18 anos a trabalhar, em novembro de 1074 na secretaria da escola secundária
José Afonso. Realizou a licenciatura como trabalhadora-estudante e mais tarde o mestrado, tendo
ainda lecionado 2 anos nesta escola. Foi aí que a conheci quando fui colocado como docente em
1978 na ainda então escola industrial e comercial do Seixal. Foi também neste período que iniciá-
mos um perfil de trabalho conjunto quando presidi durante 3 mandatos ao concelho diretivo da
escola secundária do Dr. José Afonso. Ingressou na Câmara em 1 de junho de 1995, como minha
secretária. Na altura eu era vereador da educação, cultura, desporto e juventude. Em 1997 fui elei -
to como Presidente da Câmara Municipal do Seixal e nomeei a Dra. Madalena Silva para minha ad-
junta. Nos 3 mandatos seguintes, até 2013, desempenhou as funções de chefe do gabinete do Pre -
sidente da Câmara. Em 2013 com a minha eleição para este órgão passou a exercer a coordenação
do gabinete da Assembleia Municipal do Seixal, a par do apoio à nossa participação na Associação
Nacional de Municípios Portugueses. Merecida aposentação com mais de 46 anos de trabalho, dos
quais também mais de 25 ao serviço da Câmara Municipal do Seixal. Conheço com privilégio e
também muitos dos que aqui estão conhecerão, as suas raras qualidades pessoais, firmes valores e
convicções humanistas e permanente disponibilidade para apoiar as pessoas. Reconhecidas e pro-
vadas qualidades na sua atividade profissional, de competência e no exercício das funções que de-
sempenhou e empenho na valorização do serviço público e em defesa do interesse municipal, e do
contributo naturalmente no conjunto de todos, no conjunto coletivo, para a valorização do poder
local democrático. Qualidades no exercício de funções também com responsabilidades de coorde-
nação quer na Câmara, como na Assembleia Municipal, assentes no rigor institucional, em relações
de diálogo e participação e procura de consensos e soluções. A Dra. Madalena Silva, tenho a certe -
za, não se reformou. Ou não se vai reformar. Vai é ter maior disponibilidade para o convívio com os
amigos de sempre e logo à partida para a via familiar, tanto mais que agora caminhamos no des -
confinamento, para bem de todos, onde ocupa um espaço de intenso brilho nos olhos os seus dois
e gémeos netos. Tenho também a convicção de que a escrita de que tanto gosta passará a ter na
sua vida um espaço ainda mais nobre. Dra. Madalena Silva, até todos os amanhãs. Com um abraço
permitam-me, coletivo, deste grande coletivo da Assembleia Municipal, dos órgãos autárquicos e
naturalmente, permita-me Sr. Presidente, também em seu nome, Sr. Presidente da Câmara, tam-
bém em seu nome. Obrigado, as maiores felicidades Dra. Madalena. Amigos para sempre, claro.

Dra. Madalena Silva, disse: “Claro. Muito obrigada, Sr. Presidente. Eu não vou fazer nenhum dis-
curso, como é óbvio. Mas... vou-vos dizer que estarei sempre por aqui disponível, quando precisa-
rem de me contactar. E eu confesso que estou um bocadinho gaga porque não estava à espera de
uma intervenção de fundo. Pensei que o Sr. Presidente, enfim, iria... fazer uma breve menção, mas
agradeço muito as suas palavras. Nós somos amigos há... sei lá, há quase 46 anos. Não serão os 46
mas para lá caminhamos e foi um privilégio esta minha passagem pela Câmara Municipal, aprendi
muito, com todos sem exceção. Porque nós aprendemos sempre com toda a gente. Umas coisas

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melhores, outras piores, aprendemos o bem, aprendemos o mal, aprendemos tudo e eu aprendi
muito com todos. Estes últimos 2 mandatos ao serviço da Assembleia... foram também uma expe-
riência memorável, embora como ainda há pouco brincava, às vezes dá-me vontade de arranjar os
cabelos com algumas coisas que vocês dizem e fazem. Mas depois tudo passa. E portanto, ninguém
morreu felizmente, estamos todos vivos, vamos continuar vivos, vamos continuar bem. Eu como
disse o Sr. Presidente, vou dedicar o meu tempo aos netos, ao marido, à escrita, à fotografia que
também gosto de fazer. E ao serviço público se for necessário, há sempre tarefas que precisam de
ajuda. Cá estarei. Foi de facto, foi... foi muito bom esta passagem por aqui também. Agora vou
para outras, para outras atividades. Mas pronto, vou ficar aqui até ao final desta sessão, vamos ver,
vocês tinham aquela vontade de acabar isto hoje. Epá, vamos nessa. Para acabar em beleza. Vamos
fazer um esforço. Se acabarmos hoje acabamos, se não acabarmos hoje, eu tenho aqui comigo
hoje veio aqui para ao pé de mim dar-me aqui uma mãozinha a Dra. Laura também para ver. Ela
vai, para já, acompanhar mais de perto as sessões, depois veremos como é que evoluirá o gabinete
de apoio da Assembleia. Mas pronto, contem com ela como contaram comigo, ela aprendeu comi-
go, portanto, está bem orientada. E pronto, muito obrigada pelas palavras e pela amizade de to-
dos. Até sempre.

Samuel Cruz, do PS, disse: “Posso dizer 3 palavras Presidente?

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Com certeza Samuel.

Samuel Cruz, do PS, disse: “É muito rápido. Dra. Madalena, para dizer que foi um prazer trabalhar
consigo, também já lá vão uns aninhos longos (Impercetível) como Presidente, é natural que fiz al-
gumas diabruras, fez-me algumas a mim também, faz parte. Desejo-lhe as maiores felicidades e
devo dizer que no seu caso se aparecer aí uma proposta para uma rua até abro uma exceção. Feli-
cidades.

Dra. Madalena Silva, disse: “Obrigada, obrigada.

Paulo Silva, da CDU, disse: “Boa noite.

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Ok Paulo Silva. Força.

Paulo Silva, da CDU, disse: “Algumas palavras. Primeiro, pedir aqui desculpa ao Sr. Presidente, nem
sequer sabia que ia ter essa intervenção final. Foi só uma brincadeira de início...

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Claro, claro que sim.

Paulo Silva, da CDU, disse: “Para dar a conhecer também aos outros, porque a maior parte das
pessoas não sabia que hoje era o último dia que hoje iríamos ter aqui assim a Dra. Madalena. Pri-
vei mais com a Dra. Madalena desde que ela veio assumir as funções na Assembleia Municipal e eu
tenho que dizer que a sua competência foi enorme, demonstrou sempre uma competência extra-
ordinária para o exercício, um estudo aprofundado de todas as matérias, com um poder de síntese
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muito grande quando fazia os resumos das nossas reuniões e nem sempre era fácil, portanto... tive
esse privilégio e não tenho dúvidas que a sua competência, o seu à vontade, a sua disponibilidade
vai fazer muita falta a esta Assembleia Municipal. Ninguém é insubstituível, mas tenho a certeza
que todos iremos ter muitas saudades suas e iremos continuar assim a encontrar-nos porque va-
mos continuar a partilhar esta vontade comum que é o concelho do Seixal e iremos continuar a
trabalhar juntos para a melhoria e para o desenvolvimento deste concelho.

Dra. Madalena Silva, disse: “Muito obrigada.

Carlos Reis, disse: “Dão-me licença Sr. Presidente? Queria naturalmente agradecer à Dra. Madale-
na pela sua sempre simpatia, disponibilidade e profissionalismo com grande sabedoria. Muito obri-
gado, também aprendi muito consigo. Bem haja.

Dra. Madalena Silva, disse: “Está, obrigada Carlos.

Rui Belchior, do PSD, disse: “Ó Sr. Presidente, eu também, já agora, também queria dizer qualquer
coisa. Está Sr. Presidente?

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Peço desculpa Rui, tinha aqui o som desativado. Se
faz favor Rui, se faz favor.

Rui Belchior, do PSD, disse: “Olhe, eu também queria associar-me, naturalmente não podia tam-
bém deixar de referir aqui algumas palavras. Dizer-lhe, Dra. Madalena, que foi uma honra tê-la co-
nhecido, ter trabalhado consigo. Teve de facto a capacidade de nos aturar a todos, que nem sem-
pre é fácil. Quero-lhe agradecer sempre pela forma como nos tratou, pela sua consideração, pela
sua estima, pela sua simpatia, disponibilidade. Não me recordo nunca de ter manifestado algum
desagrado do ponto de vista pessoal para connosco, eu não queria deixar também de lhe referir,
de fazer esta homenagem. E aliás eu queria, queria confessar uma coisa que ninguém sabe. Eu no
último mandato, o Sr. Presidente da Assembleia Municipal Prof. Alfredo Monteiro há-de estar re-
cordado, que eu tinha um discurso preparado se calhar foi demasiado longo e o Sr. Presidente in -
terrompeu-me e não me permitiu que eu continuasse, e eu tenho essa mágoa porque na parte fi -
nal era precisamente para agradecer a simpatia dos serviços e a forma como sempre tiveram a ca-
pacidade de nos tratar com essa consideração. Em suma, a senhora de facto é uma excelente se-
nhora que eu tive muita honra e muito gosto em conhecer. Muitas felicidades e muita sorte para a
sua vida. Muito obrigado.

Dra. Madalena Silva, disse: “Muito obrigada Rui, muito obrigada. Cortem o Dra. e o senhora a par-
tir de agora, enfim, as relações institucionais ficam mais diluídas e eu passo a ser a Madalena que
está disponível para todos, a amiga. Mais do que a Dra. fica no arquivo. Sr. Presidente, ninguém
está a ouvi-lo, não está com som.

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Pois. Não sei há mais alguma referência.
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Vítor Cavalinhos, do BE, disse: “Eu queria, Sr. Presidente.

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Está bem, Vítor e depois o João Rebelo.

Vítor Cavalinhos, do BE, disse: “Vou ser rápido e sucinto. Eu queria agradecer à Dra. Madalena
portanto o trabalho que nós tivemos em conjunto, acho que trabalhamos todos em conjunto, e
queria agradecer, portanto a disponibilidade sempre manifestada, a atenção inexcedível e espero
não lhe ter dado assim muito trabalho, certamente lhe dei algum, mas e quero, acho que a relação
entre, que nós estabelecemos teve sempre uma correção e uma educação indiscutível. E acho que,
acho que o respeito mútuo foi regra da nossa relação, e portanto, eu quero agradecer-lhe essa
atenção que sempre teve connosco e com o nosso papel e acho que a sua ação só engrandece esta
também esta Assembleia Municipal, e acho que isso é um valor que vai perdurar. E, portanto, eu
queria-lhe dizer obrigado.

Dra. Madalena Silva, disse: “Obrigado eu também Vítor.

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “João Rebelo.

João Rebelo, do CDS/PP disse: “Só para dizer umas palavras à Madalena. Eu sou o casula neste
caso, em termos de relacionamento com a Madalena, porque sou o mais recente. Vocês já são to-
dos aqui uns veteranos na Assembleia Municipal, eu sou o mais recente. A Madalena foi a primeira
pessoa com quem eu falei quando eu fui eleito há 4 anos, foi para planear exatamente a tomada
de posse e depois uma reunião que eu teria com o Dr. Alfredo Monteiro, o Presidente da Assem-
bleia Municipal. Mas foi a primeira pessoa que me ajudou nestes primeiros dias, porque a minha
primeira participação em 2001 nem a Madalena estava na Assembleia Municipal, e eu também só
fiquei 1 dia. Renunciei ao meu mandato logo em 2001. Eu, se há melhor elogio que se pode fazer a
uma pessoa, que tem que trabalhar para vários partidos políticos numa Assembleia Municipal, o
melhor elogio que se pode fazer é que eu nunca detetei ou achei no nosso relacionamento que al -
guma vez a Madalena fizesse, favorecesse um partido ou outro. Sempre tentou ajudar todos da
mesma maneira. E sendo o CDS o partido mais pequeno nesta Assembleia Municipal do Seixal. E
portanto, esse é uma das grandes, é um elogio, é o melhor elogio que eu poder-lhe-ia fazer é que
na sua competência profissional tem sempre respeitado tudo e todos e tratado todos pela mesma
maneira com humanidade e com profissionalismo e com dedicação. O Presidente falou de vários
interesses que tem e que vai ter e que são, alguns deles eu partilho, mas acho que estão-se a es-
quecer de falar dos gatos. Que a Madalena também tem vários gatos para dar aí... tratar. Portanto,
beijinhos, obrigado por tudo e que tenha uma vida agora ainda mais feliz e com maior sucesso.
Muito obrigado.

Dra. Madalena Silva, disse: “Muito obrigada. Muito obrigada a todos. Muito obrigado a todos.

Virgínia Dias, do PS, disse: “Já agora, se o Presidente da Assembleia me permitir. Virgínia Dias. Pos-
so?
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O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Estas tecnologias... Virgínia se faz favor, se faz favor.

Virgínia Dias, do PS, disse: “Boa noite outra vez e continuação de bom trabalho a todos. Para a
Dra. Madalena, eu sinceramente não conheço profundo como os outros colegas. Mas como mu-
lher, eu não deixava de exprimir o meu... a minha admiração que eu tenho para consigo, no que eu
senti, o que eu vi. Eu sou uma, ainda eu sou uma espreitadora porque ainda não estou a 100%,
mas o que eu vi na senhora e eu agradeço do fundo do coração porque eu aprendi muito. Continue
assim, você foi uma honra conhecê-la, foi uma honra tê-la como colega ali dentro na Assembleia
Municipal. Você foi uma honra para todas as mulheres e representou bem a Assembleia Municipal
e as mulheres do Seixal. Viva as mulheres. Desculpem lá os homens, viva as mulheres poderosas e
as mulheres sabedoras, mulheres competentes.

Dra. Madalena Silva, disse: “Muito obrigada. Muito obrigada.

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Então eu pergunto se há mais, antes de dar a pala-
vra ao Sr. Presidente da Câmara, se há mais alguma... intervenção que queiram fazer. E, portanto,
não. Sr. Presidente da Câmara, se faz favor.

O Presidente da Câmara Municipal disse: “Muito bem, muito obrigado Sr. Presidente. Gostaria
também de dizer que me revejo inteiramente na sua declaração. De facto, nestes últimos meses
temos assistido a saída da Câmara, da Câmara, neste caso da Assembleia Municipal, de símbolos
da Câmara. Ficaremos mais pobres com a saída da Dra. Madalena Silva, mas, no entanto, também
aqui agradecer-lhe o grande trabalho, em prol do Município do Seixal, não só na Câmara, mas tam-
bém na Assembleia Municipal. Foi um grande contributo que deu ao nosso município, à nossa de-
mocracia. Nesse sentido agradecer-lhe. Tem aqui sempre os seus amigos, para além de camaradas,
que pode contar e sabemos que podemos contar consigo nas batalhas futuras que temos pela
frente. Grande abraço, vamos continuar juntos, obrigada Dra. Madalena.

Dra. Madalena Silva, disse: “Muito obrigada Presidente.

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Obrigado também. Bom, e encerramos aqui...

Dra. Madalena Silva, disse: “Senão não acabamos isto hoje. Eu agradeço as vossas palavras, mas
temos de continuar.

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Ok. Pronto, então fazemos um intervalo de 15 mi-
nutos. Até já.

II. PERÍODO DA ORDEM DO DIA.


II.1. Informação do trabalho em curso das Comissões da Assembleia Municipal.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Sr. Presidente da Câmara, Srs. Membros da
Assembleia, vamos recomeçar os nossos trabalhos, até já com uma tolerânciazinha um bocadinho
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maior. E o primeiro ponto no período da ordem do dia é informação sobre o trabalho em curso das
comissões da Assembleia. E eu pergunto aos senhores coordenadores quem é que pretende
intervir? Faz favor, Nuno Graça, faz favor Nuno.
Nuno Graça, da CDU, disse: “Sim. É só para dar conta que no passado dia 8 de abril a comissão
permanente de ambiente e bem estar animal, serviços urbanos e proteção civil reuniu com a
seguinte ordem de trabalhos, primeiro ponto proteção civil, segundo ponto hortas urbanas e
finalmente parques urbanos. Acrescentar ainda que esta reunião contou com a presença do
vereador do pelouro, o Sr. Joaquim Tavares, que prestou esclarecimentos respondendo às questões
que lhe foram colocadas no final da apresentação. Disse.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Ok, obrigado Nuno. Mais intervenções? Não sei se
já estão todos. É capaz de haver...
Américo Costa, 1º Secretário da Assembleia Municipal, disse: “Posso dar uma palavra, Sr.
Presidente?
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Eu agora não... estamos a falar de quem?
Américo Costa, 1º Secretário da Assembleia Municipal disse: “Américo Costa.

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Ah Américo Costa, peço desculpa. Se faz favor Amé-
rico Costa. Américo Costa.

Américo Costa, 1º Secretário da Assembleia Municipal disse: “Então boa noite.

Dra. Madalena Silva, disse: “Américo, está sem som. Tem que ligar o som.

Américo Costa, 1º Secretário da Assembleia Municipal disse: “Está?

Dra. Madalena Silva, disse: “Agora já está.


Américo Costa, 1º Secretário da Assembleia Municipal disse: “Era só para informar que (Imperce-
tível) de forma presencial a reunião da comissão de urbanismo já está convocada. Penso que os se-
nhores membros da comissão já receberam a convocatória. E, portanto, cá nos encontraremos, re-
tomando os nossos trabalhos. Obrigado.

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Ora, Custódio Carvalho.


Custódio Carvalho, da CDU, disse: “Portanto, boa noite a todos. No dia 17 de abril reunimos a
comissão permanente do desporto, obras municipais, fiscalização e trânsito. Portanto, a ordem de
trabalhos era a visita às piscinas de Paio Pires. Nessa visita tivemos a presença do Sr. Vereador, da
sua adjunta Maria João, do fiscal Pedro Araújo e do Eng. Ricardo Nascimento, em que nesta visita,
portanto, eles também explicaram as valências da piscina e a mais, a mais-valia da piscina para a
população em geral. Na visita estiveram todos os elementos da comissão. Portanto, tenho dito.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Paulo Silva.
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Paulo Silva, da CDU, disse: "Boa noite. Portanto, só informar que a comissão de desenvolvimento
estratégico reuniu antes desta Assembleia Municipal como costuma acontecer, numa reunião em
que teve presente o Sr. Presidente da Câmara que prestou vários esclarecimentos a questões sobre
esta Assembleia. Boa noite.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Obrigado. Mais alguma intervenção? Portanto não,
por parte da informação das comissões. E então, em relação à ordem de trabalhos do período
antes da ordem do dia, nós iremos e no quadro, portanto, do que foi consensualizado com os
líderes municipais, seguir o procedimento de apreciação conjunta do ponto 2 e 3, que é a
informação da Câmara e informação do Sr. Presidente da Câmara. Depois apreciaremos em
conjunto os pontos, apreciaremos o plano municipal de habitação do concelho. A seguir
apreciaremos em conjunto os pontos 5, 6, 7 e 8 que dizem respeito a regulamentos municipais. E
os pontos 9, 10 e 11 que se referem, portanto, a deliberações de adesão. E o último ponto, o ponto
12 individualmente.
II.2. Apreciação de informação da Câmara, sobre a atividade desta, nos termos e para efeitos das
alíneas a) e b) do n.º 2 do art.º 25.º do Anexo I à Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro.
(Documento anexo à ata com o número 17)
II.3. Apreciação de informação do Presidente da Câmara, sobre a atividade do município e
situação financeira do mesmo, nos termos e para efeitos da alínea c) do n.º 2 do art.º 25.º do
Anexo I à Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro.
(Documento anexo à ata com o número 18)
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Portanto, tem a palavra o Sr. Presidente da Câmara.
Se faz favor, Sr. Presidente.
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Obrigado Sr. Presidente da Assembleia Municipal, Srs.
Eleitos. Bom, em termos das principais deliberações gostava só de destacar a abertura de concurso
de empreitada para (Impercetível) da via alternativa à nacional 10. Também a adjudicação do novo
jardim de infância na Quinta de São Nicolau. A estratégia municipal de combate à COVID e também
as medidas várias que tomamos de apoio à população, onde se destaca a redução de tarifa
integrada de água e de saneamento e resíduos em 20% entre 1 de abril até ao final do mês de
junho. Em termos da situação financeira do município, ela está... estável. No entanto, gostaria só
de destacar a aquisição dos serviços operacionais da Câmara Municipal, que se operou no dia... no
dia 30 de março passado pelo valor de 23.7 milhões de euros. E por isso, Srs. Eleitos, não só
conseguimos cumprir mais um objetivo que tínhamos de aquisição dos serviços operacionais, já
tínhamos adquirido os serviços centrais em 2018. E nesse sentido, claro que há um reflexo
negativo do ponto de vista daquilo que é a dívida a longo prazo da Câmara Municipal. Mas eu
gostava de... destacar que de facto se ao valor da dívida que consta dos 84 milhões de euros
retirarmos o curto prazo que será pago agora em julho, mês 7, aquando do recebimento do IMI, e
se retirarmos os 2 empréstimos para os 2 edifícios nós chegaremos ao valor de dívida de 26.2
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milhões de euros, quando em 2012 tínhamos praticamente 75 milhões de euros. É de facto uma
trajetória extraordinária, e por isso também dizer que estamos não só do ponto de vista daquilo
que é a redução da dívida (Impercetível) do ponto de vista económico e financeiro, mas também
com estas duas aquisições tão importantes para o nosso presente e futuro em termos de serviço
público. Sr. Presidente, estou à disposição para questões se for entendido. Obrigado.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Obrigado Sr. Presidente da Câmara. Intervenções
nestes pontos, 2 e 3. Quem é que pretende intervir? Dra. Madalena?
Dra. Madalena Silva, disse: “Para já tenho o Luís Pedro Gonçalves. Samuel. O António Sota
Martins. Agora o Rui Belchior. E o Vítor Cavalinhos a seguir.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “ Sim senhora. Então, Luís Pedro Gonçalves, se faz
favor.
Luís Pedro Gonçalves, do PS, disse: "Ora, sendo a primeira vez que me dirijo à Assembleia, queria
cumprimentar toda a gente. E começava então com aquilo que queria perguntar. Eu gostava de
começar com um pequeno apontamento. Eu na última sessão ordinária questionei o Sr.
Presidente, eu e outras pessoas questionámos e, entretanto, depois ficamos sem tempo para
resposta da Câmara neste período. E eu acho que isso leva a uma questão, é que o Sr. Presidente é
muito evasivo nas respostas que nos dá e gasta muito o seu tempo. Vou dar um exemplo concreto.
Eu tinha questionado a Câmara sobre qual foi o número de focos que tinha adquirido e que tinha
juntado ao parque habitacional da Câmara, bem entendido, para atribuição de casas. E o, tirando
aqueles que foram o realojamento de Vale de Chícharos o Sr. Presidente não disse isso. Disse que
era apenas um número. Portanto, naturalmente perceberá (Impercetível) naturalmente o tempo
poderá usar como quer, mas que objetivamente se prefere cá estar a dissertar, o tempo é seu e
fará o que muito bem entender. Eu entretanto, como a resposta não foi, não me foi dada gostaria
de saber quantos foram as habitações que foram compradas pela Câmara Municipal do Seixal até
agora, neste mandato. Estamos a falar que foram adicionados 100 focos ao parque habitacional,
10, ou aquilo que me parece que foi 0? E, portanto, gostava de saber se me consegue dar uma
estimativa, um número aproximado. Acho que é aproximadamente 0, mas talvez possa confirmar.
Ainda sobre esta temática da habitação talvez nos possa dizer qual é o número de focos, tendo em
conta o realojamento de Vale de Chícharos ainda falta à Câmara Municipal do Seixal adquirir? E
num terceiro ponto, gostaria também que me esclarecesse sobre um ponto, um dossiê que já tem
algum tempo. Eu estive oportunidade já há uns anos de estar presente no fórum Seixal, neste
mandato, mas há uns anos já, estar presente no fórum Seixal sobre a conversão da AUGE da Quinta
das Lagoas. E eu fiquei com impressão que a Câmara, por intermédio da intervenção do Sr.
Presidente e dos que aqui estão presentes, colocava a hipótese de demolir algumas das habitações
que já tinham sido construídas e que neste momento estão habitadas na Quinta das Lagoas. Eu
queria pedia ao Sr. Presidente que esclarecesse se a Câmara efetivamente, e neste momento
sendo que o processo já poderá ter evoluído, se coloca ou não sequer a hipótese de fazer estas
demolições? É isto. Obrigado.
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Ata nº 02/2021
2ª Sessão ordinária – 29 de abril de 2021
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Tem a palavra Samuel Cruz, se faz favor.
Samuel Cruz, do PS, disse: "Presidente, muito obrigado. Eu vou dividir a minha intervenção em
duas partes. Aliás, são 2 pontos, e portanto. Sobre o primeiro ponto e sobre a atividade da Câmara,
eu quero colocar uma questão ao Sr. Presidente, enfim, ou alguns vereadores aí presente que, ou
melhor possa esclarecer, que deverá conhecer porquanto já foi colocada na Câmara Municipal. Sei
que existem vários e-mails dos interessados para a Câmara e a situação é aparentemente de
extrema gravidade e, portanto, o Sr. Presidente certamente não a ignora e certamente vai dar aqui
cabal esclarecimento daquilo que se passa. A questão pretende-se com o antigo estabelecimento
denominado Recheio, no Fogueteiro. Houve um advogado que me escreveu, e escreveu, penso eu,
a todos os líderes dos grupos municipais na Assembleia Municipal, dizendo que desde 2018 tenta
em nome de um seu cliente arrendar ou comprar ao grupo Jerónimo Martins aquele espaço. E que
logo no primeiro contacto com o grupo Jerónimo Martins lhe foi dito, “oiça, não vale a pena
porque nós próprios tivemos que nos deslocalizar do Fogueteiro para Corroios porque aquele local
não tem licença de utilização e não é possível ter licença de utilização”. Enfim, é circunstanciado,
existem várias reuniões com a Câmara, o causídico juntou até documentos e... vou ler só a parte
final para, da missiva que me foi remetida, para ser mais fácil entender. E diz assim, “o ora
signatário”, portanto, o tal advogado, “porquanto o seu representante continuava interessado no
imóvel em novembro de 2020 foi emitido parecer da Câmara Municipal do Seixal que se anexa e
que confirma que aquele espaço não tem licença de utilização e nem sequer foi diferido projeto de
licença de construção para as atuais áreas”. Ou seja, em novembro de 2020, um documento oficial
da Câmara Municipal do Seixal diz que aquele imóvel não tem licença de utilização, nem sequer
licença de construção. Mas abre porta, pela primeira vez, ao fim de 2 anos de reuniões, para
(Impercetível) conhecido empresário, como aqui diz, ou pelos (Impercetível) entretanto colocados
no local percebe-se que as obras e a posse do imóvel pertencerá ao empresário conhecido no
Seixal como Amigo Wu. Sabemos que a Câmara do Seixal tem relações próxima com a China, não
pensámos que seria tanto. Esta tal situação foi alvo de denúncia à senhora chefe de divisão da
fiscalização da Câmara Municipal do Seixal, tendo o signatário ficado surpreendido com a resposta
recebida nos seguintes termos, “venho pelo presente informar que em ação de fiscalização aferiu-
se que se encontram a ser executadas obras no edifício supermercado Recheio, sito no Fogueteiro,
Avenida 1º de maio, as quais são isentas de controlo prévio”. Em que é que ficamos? Aquele é um
edifício que não tem licença de construção, não tem licença de utilização, ou é passível de ser
utilizado? A situação é grave, já foi levantada nos mais variados itens, eu próprio já apresentei há
umas semanas um requerimento sobre este assunto. E portanto, dada a gravidade das acusações
que são aqui feitas é importante que o Sr. Presidente da Câmara esclarecesse cabalmente o que é
que se passa a todos os interessados. Depois, sobre a situação financeira da Câmara. A dívida
financeira da Câmara são 84 milhões, 924 mil euros. A dívida não financeira são outros 13 milhões
986 mil euros, o que faz 98 milhões 911 euros. A isso há que somar um empréstimo que já está
aprovado na Câmara, enfim, não foi apresentado nesta Assembleia, lá chegarei, o que perfaz uma
dívida 102 milhões 911 euros, para simplificar 103 milhões de euros. A isso há uma potencial
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dívida que pode advir dos processos judiciais em curso e representam potencialmente encargos
para a Câmara Municipal do Seixal de 5 milhões (Impercetível) e 36 mil euros. Não digo que
ganhemos todos, certamente também não perderemos todos, portanto, se for metade daquilo que
aqui tá temos que a dívida da Câmara Municipal do Seixal será neste momento, as
responsabilidades, se quisermos outra forma, (Impercetível) e 5 milhões de euros. Então Sr.
Presidente, eu gostava, até pela sua intervenção, fiquei com a ideia de que não tínhamos que
pagar, isso é uma pergunta com alguma ironia, que a Câmara não tem que pagar os empréstimos
que contraiu para adquirir os serviços centrais e os serviços operacionais? Bem, se retirarmos, se
retirarmos os empréstimos todos um a um ficamos com 0. Mas a verdade é que estes empréstimos
existem, fazem parte da dívida e fundamentalmente têm que ser pagos. E é isso que é
preocupante para quem vier a seguir e para até as gerações vindouras, porque uma dívida de 105
milhões de euros não se paga nem em 1, nem em 2, nem em 3 mandatos. Tanto mais que
representa 100% ou mais da receita total da Câmara num ano. E depois ainda em relação à parte...
à informação financeira, aparece a venda de um bem de investimento de 623 mil euros. Um bem
de investimento, enfim, é um bem que tem características próprias, deveria fazer sentido para a
atividade municipal ou para o serviço público, e eu gostava de perguntar ao Sr. Presidente da
Câmara o que é que são estes 123 mil euros e que venda é que foi efetuada? Disse, muito
obrigado.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Tem a palavra António Sôta Martins, se faz favor.
Samuel Cruz, do PS, disse: "(Impercetível) desculpe. Só uma coisa. Presidente, posso?
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Diga lá.
Samuel Cruz, do PS, disse: "Eu falei nisso, mas não fui claro. Eu queria também que o Presidente
esclarecesse porque é que o empréstimo dos 4 milhões de euros já tá aprovado na Câmara devia
de ter vindo a esta Assembleia, e porque é que não veio ou porque é que não está aqui para nós o
debatermos hoje? Disse.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “António Sôta Martins.
Dra. Madalena Silva, disse: “Presidente, o Paulo Silva pediu um ponto de ordem à mesa.

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Então se faz favor, Paulo Silva.

Paulo Silva, da CDU, disse: “Portanto, o Sr. Eleito Samuel Cruz fez uma afirmação de que houve
carta de um advogado dirigida a todos os líderes de bancada da Assembleia Municipal. Sendo eu lí-
der de bancada e não tendo recebido nenhuma carta, gostava que fosse esclarecido se pelos servi-
ços se existe alguma carta para mim que não me foi entregue, ou então se afinal há alguns eleitos
com, a carta foi só dirigida a alguns eleitos, o que não deixa de ser estranho.

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Dra. Madalena Silva, rapidamente temos alguma...

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Ata nº 02/2021
2ª Sessão ordinária – 29 de abril de 2021
Dra. Madalena Silva, disse: “Não, eu creio que não. Recebemos na Assembleia uma... um e-mail
do líder do PS, Samuel Cruz, que referia esta situação, mas que foi... tratada como um requerimen-
to. Foi enviada à Câmara como requerimento. E creio que nessa medida terá sido também dado
conhecimento aos líderes desse requerimento, como é habitual com as outras, com os outros re-
querimentos do mesmo...

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Sim, o que existe na Assembleia Municipal é um


requerimento do Partido Socialista, não há mais nada.
Dra. Madalena Silva, disse: “Sim, não há mais nada.

Paulo Silva, da CDU, disse: “Pronto, não há nenhuma comunicação enviada para outros líderes. É
uma questão interna do Partido Socialista. Estamos conversados.
Samuel Cruz, do PS, disse: “Não, não, não (Impercetível).

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Desculpem lá, não é para entrar aqui em diálogo. A
questão objetiva...

Samuel Cruz, do PS, disse: “Não, mas posso responder Presidente? (Impercetível) até parece que
isso é mentira.

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “A questão objetiva é esta, na Assembleia Municipal


não foi recebida coisa nenhuma. Pronto.

Samuel Cruz, do PS, disse: “Eu posso esclarecer, Presidente?

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Vá lá….

Samuel Cruz, do PS, disse: “Não, é rapidamente. Não, eu disse isso, eu por acaso não tenho agora
aqui o e-mail, mas eu disse isso porque percebi que me era dirigido e era dirigido a outras pessoas.
Não tive a conferir exatamente se era para todos ou não. Alguns foi certamente.

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Pronto, bom. Então, António Sota Martins, se faz
favor.
António Martins, do PAN, disse: "Obrigado. Eu tinha duas questões que queria colocar ao Sr.
Presidente da Câmara. E a primeira tem a ver com vários os cartazes que estão neste momento
afixados em árvores e postes de iluminação na Avenida de Belverde, com panfletos que sugerem o
abate de árvores naquela artéria da freguesia. E pergunto se a Câmara tem conhecimento e se
confirma que as árvores identificadas serão efetivamente abatidas? E em caso afirmativo, qual a
razão desse abate? Temos também conhecimento da existência de pelo menos 2 rebanhos na zona
de Belverde, na Rua das Túlipas, rebanhos esses que são mantidos em construções sumárias, em
terrenos florestais com matéria combustível circundante. E a minha pergunta é se tem
conhecimento da existência desses animais, se o gabinete médico veterinário visitou essas
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construções? E se tem conhecimento do estado dos animais? Assim como se foi exigido ao
proprietário ou aos proprietários dos terrenos, no âmbito da prevenção contra incêndios algum
tipo de procedimento e se as edificações em apreço estão devidamente licenciadas? Obrigado.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Tem a palavra Rui Belchior.
Rui Belchior, do PSD, disse:"Muito obrigado Sr. Presidente. Vou tentar ser breve e sumário. Olhe, a
minha primeira questão prende-se com o facto de esta semana termos tipo conhecimento de
infiltrações no pavilhão Leonel Fernandes. Ora, sabendo nós que esta infraestrutura tem apenas
cerca de 1 ano, gostávamos de perguntar o que é que aconteceu? Se já estão identificadas as
causas e a gravidade do problema? Por falar em infiltrações e em água, também gostava de saber
o que é que o Sr. Presidente da Câmara tem a dizer sobre os também recentes episódios de
inundações, quer em Santa Marta, quer no Seixal, no núcleo histórico, que também aconteceram
agora nestes dias. Se também, enfim, estes problemas já são recorrentes, perguntar o que é que
estaria a ser feito para resolver estes problemas e se estes problemas têm alguma solução? Já
sabemos ou já temos ouvido as explicações de Santa Marta, gostava sobretudo de ouvir
relativamente ao núcleo histórico do Seixal, os problemas persistem sobretudo desde que aquelas
obras foram realizadas. Gostava também de perguntar, ou gostávamos, o que é que sucedeu ao
projeto inicial do mercado da Cruz de Pau, uma vez que a obra está a agora a ser feita e nada tem
que ver com o projeto inicial. Portanto, o que é que aconteceu para aquele projeto que foi tão
pomposamente anunciado no fórum Seixal, em reportagens com recurso a vídeos, etc., o que é
que aconteceu para haver um recuou e o projeto inicial não ter sido implementado? Depois,
gostávamos ainda de perguntar... exatamente porque estamos a comemorar abril, por que razão é
que a freguesia de Fernão Ferro não foi incluída, não foi contemplada nas tarjas alusivas à data
espalhadas por todo o concelho? Porque é que houve esta discriminação objetiva à freguesia de
Fernão Ferro? Todas as outras freguesias estavam contempladas na tarja, excetuando a de Fernão
Ferro. Portanto, temos essa curiosidade e gostávamos que o Sr. Presidente respondesse. Depois,
para terminar, só duas questões muito rápidas. Uma porque já, pelo menos nós não ouvimos falar
há algum tempo, o que é que aconteceu com o investimento da empresa Ovion, que prometia 200
milhões de investimento e 200 empregos? Como é que está esse processo? Se está
completamente paralisado, se avançou alguma coisa, ou se não? Portanto, gostávamos de saber
também essa informação. Por último, por último... o Sr. Presidente na comissão, na reunião de
comissão à minha questão sobre o dito empréstimo de 4 milhões que o Samuel já referiu também,
afirmou que não sabia do que eu me estava, do que é que eu estava a falar. Pois, nesta altura que
já sabemos todos que o Sr. Presidente sabia perfeitamente o que é que eu estava a falar, mais uma
vez insistimos sobre a perspetiva de saber mais alguma coisa, embora já se tenha percebido que
não consta desta ordem de trabalhos, mas gostávamos de saber uma vez que já foi de facto
aprovado na Câmara, portanto, a explicação para mais este empréstimo. Muito obrigado.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Tem a palavra o Vítor Cavalinhos, se faz favor.

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Vítor Cavalinhos, do BE, disse: "É rápido. 3 questões, ou 4, rápidas. A primeira delas era por causa
também do empréstimo dos 4 milhões de euros, foi já o Samuel referiu e o Rui Belchior acabou de
referir. Foi decidido na última reunião do executivo e que não está nesta ordem de trabalhos de
hoje para o Sr. Presidente explicar o que é que se passa, porque é que não hoje aqui connosco,
deliberarmos sobre o mesmo? A segunda questão era sobre a escola (Impercetível) da Aldeia de
Paio Pires. E a questão que queria colocar era, qual é a data prevista para a conclusão das obras? A
outra questão que... que queria colocar também é, o projeto de construção do novo estádio da
Medideira? foi aprovado, foi aprovado pela Assembleia Municipal o ano passado e o projeto não
avançou, portanto, e gostava de que o Sr. Presidente informasse a Assembleia Municipal o que é
que se passa e porque é que o projeto ainda não avançou? O projeto da construção do estádio da
Medideira. E outra ainda sobre projetos que já foram aprovados, este já é mais antigo ainda, que é
o projeto supera. O projeto previsto para modernizar instalações (Impercetível) de Corroios e que
também não saiu do papel. Perguntamos porquê e o Sr. Presidente fará o favor de explicar. E a
outra questão era para o Sr. Presidente também informar esta Assembleia Municipal do seguinte, o
executivo municipal em sessões sucessivas já aprovou o financiamento de 800 mil euros para a
Associação Naval Amorense e para o Clube Náutico de Amora para construir novas instalações e
um passadiço, e no terreno não há qualquer sinal de início de qualquer obra. E também gostava,
queria questionar o Sr. Presidente para explicar a esta Assembleia Municipal o que é que... porque
é que isto acontece assim? Porque é que de facto ainda não houve financiamentos sucessivos, no
valor de 800 mil euros como eu já disse, e porque é que ainda não se deram início às obras e em
que estado é que está este investimento? Era só.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Há mais alguma intervenção? E agora se houver
terminamos aqui as inscrições. Pronto, pergunto Dra. Madalena, temos?
Dra. Madalena Silva, disse: “Sim Sr. Presidente, tenho o João Rebelo e Paulo Silva. Se bem que o
Paulo Silva, ó Presidente, eu não tenho a certeza, convém que o Paulo Silva esclareça se pediu a
palavra para intervir ou se foi só para aquele ponto de ordem.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “O Paulo Silva pediu só para aquele ponto de ordem.
Está esclarecido. Pronto, então só temos o João Rebelo. Mas pergunto mais uma vez se há mais
alguma inscrição porque terminamos aqui, ok? Então, está? Não há mais ninguém? Então João
Rebelo, se faz favor.
João Rebelo, do CDS-PP, disse: "Muito obrigado Sr. Presidente. Muito rapidamente, isto de falar no
fim tem sempre estes problemas, várias perguntas foram colocadas pelos meus colegas, eu não as
vou repetir porque eu estou seguro que o Sr. Presidente da Câmara as apontou todas e... ou ele ou
algum dos Srs. Vereadores ou Sras. Vereadoras responderá a essas perguntas. Mas eu gostaria de
regressar um bocado à questão financeira da Câmara. Se por um lado nós reparamos que nos
últimos 6, 6 anos, 4, 6 anos houve uma diminuição da dívida e que alguma nova dívida criada
resulta de opções da nossa opinião foram certeiras, a aquisição dos serviços centrais por um lado e
dos outros serviços. Isso foi para corrigir uma, uma, uma decisão ruinosa feita há 15 anos atrás.
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Mas há, por outro lado, novos endividamentos que tiveram sido feitos (Impercetível). Ou seja, a
situação financeira não está o desgoverno que estava em 2012 em que a CDU tinha deixado chegar
a um ponto absoluto de desgoverno, mas tem neste momento, está sob controlo, é verdade, mas
está sob uma pressão que é uma diminuição de receitas evidente (Impercetível) crise do COVID e
que vai precisar, por isso, de acompanhamento e de uma... de uma leitura fina ao longo dos
próximos anos para evitar que se, que o concelho de Seixal descambe outra vez nesta, no
endividamento. Portanto, alerta aqui que foi deixado pelo Samuel faz sentido. Mas também não
deixamos de reparar que não estamos na época da desgraça de 2012 quando o executivo da CDU
deixou a Câmara num estado absolutamente trágico. Em relação a algumas perguntas que já foram
colocadas não vou repetir. Não sei se foi colocada a questão da requalificação da Avenida do Mar,
se vai haver ou não abate de árvores. E se tem alguma, alguma, alguma resposta em relação a isso.
há.. estive a ler com, se... ocorreu sobre a autarquia adquirir ou não o moinho dos velhos Paulistas,
se o Sr. Presidente da Câmara também pudesse-nos reforçar com algumas indicações sobre o que
realmente se está a passar, o que é que se passou sobre essa questão. E depois há recentemente,
reparamos, ajustes diretos feitos na base (Impercetível) que nos deixa meio perplexos de ver que
mais uma vez estão a ser utilizados verbas do orçamento (Impercetível, ruído…) à poluição e
propaganda da atividade da CDU com dinheiros públicos. Há esta, há o ajuste que parece que é
para gerir meios de redes sociais da Câmara que, uma empresa chamada... Display Square, acho
eu, no valor de alguns 20 mil euros. Mas é para gerir exatamente o quê? As redes sociais da
Câmara ou as redes sociais do Sr. Presidente da Câmara que tem uma muito ativa e exclusivamente
para fazer propaganda pessoal? A outra que nos deixou também um bocadinho (Impercetível)
saber o que é se pretendia através deste ajuste direto, tem a ver com o que foi feito à empresa
Pitagórica para o estudo que segundo está escrito na base de dados é a aquisição de serviços
especializados para elaboração do diagnóstico socioeconómico do município em contexto
pandemia Covid19. Eu gostaria de saber exatamente o que é que esse estudo pretende alcançar,
ou se não é encapotadamente uma tentativa de de termos lá uma filmagem da perceção que as
pessoas têm ou não da gestão camarária e em que áreas é que elas se sentem menos confiantes
ou menos satisfeitas com o próprio executivo camarário. E finalmente pergunto ao Sr. Presidente,
junta-se a mais uma, que já foi falado com o meu colega Rui Belchior noutras, noutras, noutras,
noutras Assembleias Municipais, que é são ajustes diretos a candidatos ou ex-candidatos da CDU
com valores absolutamente exorbitantes. Os mais recentes foi a candidato da CDU de Alcochete
que teve um ajuste direito também da Câmara Municipal do Seixal para serviços jurídicos, se não
me engano, o Sr. Luís Miguel Carraça Franco, no valor de 92 mil euros, serviços de acessória
jurídica para o candidato que é candidato em Alcochete pela CDU. Já para não falar no antigo
Presidente da Câmara de Almada e outros casos que se vão somando e que não abonam nada à
transparência das decisões que devem ser feitas. Portanto, são estas perguntas que tenho a
colocar Sr. Presidente. Muito obrigado.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Portanto, tem a palavra o Sr. Presidente da Câmara.
Se faz favor Sr. Presidente.
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O Presidente da Câmara Municipal disse: “Muito obrigado,Sr. Presidente da Assembleia Municipal,
Srs. Eleitos. Algumas notas. Em primeiro lugar sobre a questão do empréstimo dos 4 milhões de
euros que foi deliberado na Câmara Municipal. A Lei estabelece que só em momento posterior virá
à Assembleia Municipal, portanto nesse quadro informarei nesse momento. Depois sobre a
questão da escola de Paio Pires, dizer que o que está em conclusão é o jardim de infância de Paio
Pires. Sobre a escola de Paio Pires, escola básica, a sua requalificação e ampliação vai ser alvo de
deliberação na próxima reunião de Câmara com a abertura do competente concurso público.
Sobre o estádio da Medideira, dizer que o projeto ainda não está concluído. De facto... a Câmara
Municipal em boa hora contratou uma equipa de revisão de projeto face à dimensão do mesmo e
é a terceira vez que o projeto está a ser revisto após correções. Esperemos que desta, à terceira
seja de vez e consigamos ter um projeto que cumpra todas as questões técnicas e regulamentares
exigíveis para que não existam problemas no futuro, em termos do seu serviço. Depois sobre a
empresa Supera e o protocolo com a Câmara Municipal e o Ginásio Clube de Corroios, o que
sucedeu foi que a empresa pensamos que por via das questões relacionadas com o Covid, não
executou a intervenção que estava prevista. No entanto, o protocolo mantém-se válido até à sua
entrada. Não temos conhecimento de que isso vá ou não acontecer. Aliás, a empresa não informou
a Câmara Municipal relativamente a este processo para a sua retoma. Sobre as verbas entregues às
duas coletividades para a construção do Centro Náutico de Amora, nós temos vindo a acompanhar
as coletividades e de facto temos informação de que o serviço, o trabalho está a ser realizado, em
estaleiro, não ainda no terreno, mas que muito em breve irá parecer essa intervenção. Sobre a
situação financeira da Câmara Municipal... eu hoje mesmo estive a ver o nível de cumprimento do
plano de consolidação orçamental, que vai acompanhar o relatório e contas que estamos também
a produzir, até para que os Srs. Eleitos fiquem com a noção clara da enorme diferença
relativamente e ao trajeto que fizemos, relativamente a 2012. Gostava também de dizer que neste
momento mais de 50 milhões de euros de dívida que foi referida é fruto de duas decisões que
tomamos por unanimidade, Câmara e a Assembleia Municipal, que foi a aquisição dos edifícios. E
volto a dizer, com base na matemática, que ela não erra, é por isso que o PS fala em 10 mil metros
de altitude, depois vai-se a ver e são 900. A dívida da Câmara Municipal, comparativamente àquilo
que era no início do plano de consolidação orçamental, neste momento cifra-se em 26.2 milhões
de euros. Acrescem, acrescerá aquilo que é, portanto, o valor dos empréstimos dos edifícios em
mais de 50 milhões de euros. E também dizer que o empréstimo a curto prazo, de 4 milhões, foi
decidido aquando da aprovação das grandes opções do plano e orçamento para 2021 e como é de
curto prazo, em julho ele será totalmente liquidado. É um empréstimo de tesouraria. O que vamos
ter é um empréstimo de milhão e meio de euros, esse foi para as obras, como sabem, da loja do
cidadão e também do Centro de Saúde de Corroios. E agora teremos provavelmente mais 4
milhões de euros. O que faz 5 milhões e meio de euros. Se os Srs. Eleitos souberem, e sabem com
certeza, a Câmara Municipal amortiza uma média de 10 milhões de euros por ano, verificarão que
no final deste ano de 2021, mesmo com estes 2 empréstimos de um milhão e meio de euros e de 4
milhões de euros, a Câmara Municipal ainda amortizará e reduzirá a sua dívida relativamente ao
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início do ano. Se, volto a dizer, retiramos o empréstimo dos edifícios. Porquê? Porque o edifício dos
serviços operacionais foi adquerido em março, em março deste ano. Depois relativamente...
relativamente à questão do moinho velhos dos Paulistas não tenho nenhuma informação. Não sei
de onde é que vem essa informação relativamente à venda ou não venda. A Câmara Municipal não
foi consultada, não tem nenhuma informação, não fomos objeto de direito de preferência, isso não
constou do portal. Por isso, não sei. Devolvo a questão, não sei de onde é que veio. Sobre os
ajustes diretos, ajustes diretos a várias empresas. Tem a ver com necessidades da Câmara
Municipal, do ponto de vista daquilo que são as nossas funções, portanto, não se trata aqui de
nenhuma ação da CDU. Isso faz o CDS. Nós não fazemos esse tipo de prática. Depois sobre a
questão do pavilhão Leonel Fernandes, de facto existem anomalias de obra que vão ser corrigidas
no curto prazo pelo empreiteiro. Sobre o mercado da Cruz de Pau, o projeto que tínhamos,
portanto, digamos que era a requalificação do edifício, ele está praticamente executado, por isso
não sei qual é a grande diferença que foi encontrada, nas palavras do eleito do PSD. E também
sobre a Hovione dizer que neste momento estamos numa fase de contratualização, de contrato de
urbanização. A seguir, a nossa expectativa é que se avance para a obra. Não está dependente da
Câmara, está dependente da empresa. Não conheço rebanhos, não conheço nenhum rebanho em
Belverde, muito menos 2 rebanhos. Por isso gostaria que o eleito do PAN pudesse encaminhar
essas questões para a Câmara Municipal, nem de abate de árvores na Avenida de Belverde. Sr.
Presidente, por uma questão de economia de tempo vou ficar por aqui, mas irei responder por
escrito às outras questões. Obrigado.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Obrigado Sr. Presidente. Passamos para o ponto
seguinte, é o ponto 4º, o plano municipal de habitação do Concelho de Seixal.
II.4. Plano Municipal de Habitação do Concelho do Seixal. Aprovação.
(Documento anexo à ata com o número 19)
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Tem a palavra o Sr. Presidente da Câmara. Se faz
favor.
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Obrigado novamente Sr. Presidente da Assembleia
Municipal, Srs. Eleitos. Há vários... há uns anos que a Câmara Municipal vinha construindo o seu
plano municipal de habitação enquanto instrumento estratégico de... não só de resolução daquilo
que são as habitações precárias no concelho, mas como instrumento ativo de apoio à população
que necessita de ter uma habitação com custo justo. E por isso, a nossa proposta, o nosso plano
municipal de habitação é um exercício que visa exatamente responder a estas duas necessidades.
Assim, aquilo que propomos é que consigamos através de um modelo de aquisição e reabilitação
resolver os 170 fogos ainda em falta para Vale de Chícharos e propomos também avançar para
Santa Marta de Corroios no modelo misto, não só de aquisição e de reabilitação, mas também de
construção de pequenas frações com 4 unidades, pequenas habitações com 4 frações, assim é que
é, que possam ser executadas para irmos, portanto, resolvendo o problema de habitações
precárias e sem qualidade. Ao mesmo tempo, temos também previstas medidas para pessoas que
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necessitam de uma habitação, uma habitação a baixo custo. Também jovens, e nesse sentido
gostaria de informar a Assembleia Municipal que a Câmara vai deliberar possivelmente ainda no
mês de maio, na segunda reunião de maio, já a primeira hasta pública, um primeiro edifício de
habitação jovem. Serão 8 frações que, onde tentaremos eliminar o fator (Impercetível) no atual
mercado de habitação e construção e garantir que também o possamos fazer depois então, e
destinar essas frações para a população que (Impercetível) ruído… Será um projeto piloto que
vamos iniciar, ainda fora, ainda fora do quadro daquilo que é, portanto, quer os programas
nacionais de habitação, quer o próprio apoio já transmitido no plano de recuperação e resiliência.
Dizer por isso que a nossa proposta global cifra-se na ordem dos 200 milhões de euros para 1500
habitações, 1500 fogos. E que... hoje na reunião da área metropolitana de Lisboa percebemos que
ainda há um caminho a fazer relativamente aos outros municípios. O Seixal está por isso na linha
da frente. E também tivemos duas reuniões com a secretária de estado da habitação onde nos foi
garantido que o processo de Vale de Chícharos ia ser apoiado numa dimensão diferente daquilo
que tinha sido até aqui. E mesmo nesta estratégia, de acordo com os critérios atuais, (Impercetível)
é a Câmara Municipal que vai custear a maior parte do investimento dos 200 milhões de euros.
Mas, segundo aquilo que nos foi transmitido pela secretária de estado, isso irá ser alterado agora
com os fundos do PRR. Pois bem, espero que não seja, esperamos que não seja como o ambiente
onde os 100% de apoio afinal eram, foram só 60 e depois desses 60 ainda levaram um corte de
25%. Esperemos que isso não aconteça (Impercetível) má experiência com o Governo à Sra.
Secretária de Estado da Habitação. Mas acreditando que o que ela diz será concretizado, com a
aprovação hoje na Assembleia Municipal deste plano de habitação, remeteremos durante o dia de
amanhã para o IRU para que possamos em sequência avançar já para uma próxima fase de
realojamento de Vale de Chícharos. Aliás, esse foi o compromisso que estabelecemos com o
Governo e com a Sra. Secretária de Estado (Impercetível) em abril para que o processo de Vale de
Chícharos possa já iniciar e retomar muito em breve. A nossa expectativa de facto é que, por um
lado, não só consigamos aprovar hoje este importante documento para viabilizarmos essa intenção
da Câmara e do Governo. Não acreditava que a Assembleia Municipal iria bloquear o que o
Governo e a Câmara querem fazer, para beneficiar Vale de Chícharos. Não quero acreditar nisso, e
por isso tenho a convicção que os Srs. Eleitos irão aprovar com certeza esse plano. Mas, no
entanto, face em virtude de o tempo da democracia ser curto e é nosso também o entendimento
relativamente a uma matéria tão densa e tão importante (Impercetível) estamos a falar não só do
ano de 2021, mas também estamos a falar do ano até 2026, entendemos que seria importante que
a comissão da Assembleia Municipal, a comissão de habitação da Assembleia Municipal pudesse
reunir e poder avaliar melhor e continuar, e verificarmos também aquilo que são todas as
dimensões desta proposta e claro, e se necessário, podemos melhora-la e ainda introduzir outros
mecanismos também importantes. Mas, no entanto, há um compromisso com o Governo que foi
estabelecido e gostaríamos de cumprir. Obrigado, Sr. Presidente.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Obrigado Sr. Presidente. Intervenções para este
ponto, quem é que pretende intervir? Dra. Madalena, o registo que temos.
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Dra. Madalena Silva – Por enquanto ainda não tenho nada. Duarte Correia. António Martins.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Sim, mais?
Dra. Madalena Silva, disse: “Só tenho estes 2.

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Estamos a perder algum tempo nas inscrições, não
é? Quer dizer...

Dra. Madalena Silva, disse: “João Rebelo, Rui Belchior, Hernâni Magalhães.

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Então, tem a palavra o Duarte Correia. Se faz favor.
Duarte Correia, do PSD, disse: "Então muito boa noite a todos. A minha questão vai um pouco na
senda das palavras do Sr. Presidente da Câmara. Que é, foi criada no início do mandato uma
comissão específica para acompanhamento da problemática habitacional do concelho do Seixal.
Quem preside a essa comissão é o Sr. Presidente da Mesa da Assembleia Municipal. E hoje nesta
Assembleia é-nos colocado a aprovação do plano municipal de habitação do concelho do Seixal e
esta comissão que tem, que está constituída há, vai fazer 4 anos, 3 anos e pouco, nunca reuniu. A
minha questão é, Sr. Presidente da Mesa da Assembleia Municipal, porque é que esta comissão
nunca reuniu? Muito obrigado.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Tem a palavra António Sôta Martins.
António Martins, do PAN, disse: "Foi muito rápido. É só para dizer que de facto vamos votar a
favor deste plano municipal de habitação, até porque consideramos que o Seixal tem um sério
problema no domínio da habitação, quer pelo envelhecimento do parque urbano, quer pela
escassez de respostas em termos sociais. E, portanto, estaremos de acordo com o plano, iremos
votar a favor. Obrigado.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “João Rebelo, se faz favor. João Rebelo.
João Rebelo, do CDS, disse: " Sim, muito obrigado Sr. Presidente, estava a ouvir uma voz. Sr.
Presidente, em relação a este plano eu vou repetir aqui para os nossos colegas algumas das ideias
que eu tinha transmitido aquando da reunião da comissão. E o primeiro é que este plano tem
informação interessante, relevante, é um plano que está completo e está bem feito. E o que não é
assim tão evidente muitas vezes, infelizmente. Mas neste caso, a informação útil, informação
válida e completa. Por outro lado, dá uma ideia de um fiasco que foi completamente a resposta
pública à resolução dos gravíssimos problemas de habitação no concelho do Seixal, e com
enormíssimas responsabilidades do poder central, é verdade, mas também com enormíssimas
responsabilidades de a gestão de mais de 45 anos que a CDU tem no município do Seixal.
Problemas antigos que se mantém, outros que se agravam, o plano habitacional público
degradado, o privado em degradação, bairros como o Vale de Chícharos ou Santa Marta em que,
que nós conhecemos as condições em que muitas vezes sub-humanas em que as pessoas vão lá
vivendo. Tudo isto é um retrato absolutamente lamentável do que não poderia acontecer num
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concelho como o Seixal. Mas, mais do que estar a falar de uma análise sobre o que se passou até
agora, e este plano fala dele, este plano sobre a habitação. Traz dados que ainda dão uma
dimensão ainda mais grave do que será preciso fazer, e portanto, a primeira palavra é que este é
um plano que dá as indicações do que é necessário ser feito, mas não é um plano que vai resolver
os problemas todos num ano, 2 anos, nem 3 anos. Vai demorar anos a resolver estes problemas. E
isso está referido nisto. Em segundo lugar, identificando os problemas mais graves, é preciso
financiamento, garantir esse financiamento para que a situações sobretudo como o vale de
Chícharos, que é o mais imediato, mas depois tem Santa Marta e outros, que esses meios possam
chegar, meios financeiros possam acontecer e chegar para resolver esses mesmos problemas. E
estamos perante esta decisão que é urgente, o Governo resolveu avisar muito em cima da hora de
que era ou isto ou era nada e nós precisamos de manifestar a nossa concordância para que com
este plano... alcança financiamento disponível aconteça e por isso é um bocado sob pressão que
nós estamos a votar isto. Como foi dito pelo meu colega do PSD, o Duarte Correia, já devia ter sido
discutido há mais tempo, devia ter sido discutido com maior regularidade, as soluções deviam ter
sido apresentadas com maior discussão democrática dos partidos sobretudo, que não têm assento
na Câmara Municipal, e nada disso aconteceu. Somos agora confrontados com este plano... neste
momento, para ser aprovado. Também Sr. Presidente, dizer que este plano não pode só falar dos
bairros que, enfim do realojamento das pessoas que vivem em situação de grande fragilidade e
degradação. Também existe próprio edificado da Câmara em termos de bairros sociais que estão a
necessitar de obras, algumas já foram feitas mais ainda há várias para ser, há vários bairros que
têm de ser intervencionados. O existente também está com grandes dificuldades. Existe muita
habitação privada também que tá em situação de pouca qualidade e a precisar de planos de
requalificação coparticipados e de ajudas públicas para que isso aconteça. E finalmente, outro
facto que é os jovens no Seixal têm o direito à sua primeira habitação e a poderem conseguir
alcançá-la a preços razoáveis, que nós sabemos que o mercado, isto aqui já não é culpa da Câmara,
nem do Governo, o mercado imobiliário anda completamente descontrolado em termos de
valores. Não é só em Lisboa, Cascais, Oeiras, passou a ser a todos os concelhos da área urbana de
Lisboa e Vale do Tejo que foram apanhados neste tsunami do mercado imobiliário caríssimo. Parte
das propostas que são aqui elaboradas ou referidas no plano já foram tentadas há... ou o ano
passado ou há 2 anos, e não correram bem porque de facto ir procurar no mercado habitação para
depois realojar famílias do Vale de Chícharos correu mal porque não se conseguiu, não tínhamos o
valor suficiente, ou o valor que tinha sido estipulado para esse efeito não cobria a dinâmica do
próprio mercado imobiliário. E este plano prevê ainda algumas dessas soluções e é preciso
responder claramente o que vai acontecer se isso não acontecer. Ou seja, se a ideia de tentar
realojar o máximo de gente possível até daqui a 2 anos ou pelo menos o que está no projeto é até
2023, ou 2022 perdão, todas as famílias de Vale de Chícharos estarem realojadas, tenho sérias
dúvidas que com estes mecanismos, por causa da própria problemática do... do mercado
imobiliário podemos chegar lá. Finalmente, temos que garantir que quer os financiamentos que
vêm na Câmara Municipal, quer os que vêm do Governo Central, e aí acompanho a crítica feita
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pelo Sr. Presidente da Câmara que o Governo Central devia aumentar a sua participação em
relação a isso, porque nos grandes projetos do fim da erradicação de barracas, os grandes projetos
dos anos 80 e 90 estão recordados, era praticamente, o esforço maior tinha sido do Estado Central
e a divisão que temos neste momento, 60-40 ou... já não me lembro exatamente o valor, põe
muito peso para o orçamento municipal para resolver estes problemas, sobretudo no concelho do
Seixal, que tem muitos problemas de facto nesta área. E que precisam de respostas urgentes,
qualificadas, financiadas, planeadas e que depois não exista a meio do caminho quebras de
promessas sobre o que realmente necessita. E esta questão da habitação para os jovens para mim
é essencial, ou seja, temos que garantir como aconteceu recentemente com a Câmara Municipal
aprovou a permuta de terrenos com o Sport Lisboa e Benfica em que, terrenos que... o Benfica
tinha noutros locais do concelho fossem utilizados exclusivamente para edificação de habitação
jovem, a preço reduzido para permitir essa fixação dos jovens no concelho em condições que são
suportáveis para os, as capacidades financeiras que, o que se tem, que é habitual ser mais
complicado. Mas, portanto, este plano municipal de habitação é necessário, identifica os
problemas de uma maneira clara. É urgentíssimo pô-lo em ação. Tem ainda alguns buracos negros
sobre a questão do financiamento, porque não é claro em alguns aspetos. Demonstra de quanto o
problema que existe é dramático e arrasta-se há demasiado tempo e é um dever de todos nós...
nos aplicar para isso. E por causa da urgência, por causa da necessidade de dar resposta a milhares
de pessoas que estão a pedir, para dar resposta aos jovens que também precisam de ter
mecanismos para adquirir a sua primeira habitação e fazerem as famílias, iniciarem a sua vida
familiar, com todas as garantias de estabilidade. Também aqui dados que são escritos de um
futuro, que foi uma empresa que foi, que ajudou na elaboração deste plano, que as pessoas que
vão ter novas habitações, eu estou a passar o meu tempo, é isso? Estou a ouvir aqui alguém.
Sara Oliveira, 2ª Secretária da Assembleia Municipal disse: “Sim, sim (Impercetível). Peço descul-
pa.

João Rebelo, do CDS, disse: "Então vou terminal já Sr. Presidente, e peço desculpa ter passado o
meu tempo. É porque acho que isto é importante dizer também. As pessoas que vão ter esta
habitação, vão ter direito à habitação têm que perceber que também têm responsabilidades com
elas. Algumas vão ter que pagar rendas, rendas reduzidas, mas vão ter que pagá-las e vão ter que
ser responsáveis por manter também a qualidade na habitação que lhes é entregue e por tudo o
que há à volta. E portanto isso tudo somado, faz com que nós não nos iremos opor a este plano
municipal de habitação. Muito obrigado, Sr. Presidente, e peço desculpa de ter passado o tempo.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Tem a palavra o Rui Belchior, se faz favor.
Rui Belchior, do PSD, disse: "Obrigado Sr. Presidente. Olhe, com muita franqueza, como aliás é
habitual, nós admitimos a necessidade deste documento. Admitimos a sua urgência até. A
elaboração, a conclusão, a sua apresentação. Agora, contudo, já não podemos admitir as
explicações que nos foram dadas na última reunião de comissão sobre o facto e as razões pelas

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quais todos os outros partidos, é mais uma, é mais um episódio em que todos os outros partidos
da oposição ficam à margem da participação e da possibilidade de poderem dar contributos. E
como foi aqui bem lembrado, eu por acaso creio que reunimos uma vez, eu não posso jurar, mas
creio que reunimos uma vez no quadro desta comissão, em 4 anos. Mas apesar de toda a urgência,
apesar da nomeada urgência da democracia, não haveria pelo menos duas horas para se realizar
uma reunião em que pudessem ser dadas explicações aos outros partidos? Isto é pôr os outros
partidos à margem de forma deliberada. É a velha autossuficiência, não é? Portanto, as razões
pelas quais isto acontece, aliás o Sr. Presidente da Câmara admitiu que desde 2019 têm vindo a
preparar o documento, muito bem. Mas não é nenhuma razão para que os outros partidos fiquem
completamente à margem do que se passa. Portanto, é a única explicação, isto dizendo com
franqueza, é que as pessoas não têm nenhuma consideração pelos outros partidos, pelo
contributo dos outros partidos. Esta é a verdade. E depois daqui de El-Rei temos que aprovar
porque isto é muito importante. É evidente que é importante, é evidente que é importante, mas
há certas práticas que têm que se modificar. Há certas práticas que têm que se transformar de uma
vez por todas. Não se pode ser auto suficiente por um lado e depois vir para à Assembleia pedir o
voto porque isto é muito importante. Pois é evidente que é importante, mas também era
importante para nós ter participado e ter percebido as coisas, o processo como elas foram
construídas. Eu posso admitir que o Sr. Presidente considera que nós não daremos nenhum
contributo válido, e provavelmente se calhar até podíamos não dar. Mas isso não é assim que
funciona. As coisas, porque senão não vale a pena fazermos comissões. Todos os anos isso é
discutido, qual é a necessidade das mesmas? Portanto, eu francamente, desculpem a crispação a
esta hora da noite, mas não consigo compreender. Há coisas que nunca mudam. E depois as coisas
são apresentadas em modelo de chantagem, quer dizer, uma espécie de chantagem, vamos lá
votar porque se não votarem vocês tão a prejudicar o concelho. Olhe, nós tendo isso em conta,
porque de facto o Seixal tem um problema gravíssimo sobre este ponto de vista, designadamente
com Vale de Chícharos e Santa Marta, nós não votamos contra. Mas também, vão-me desculpar,
mas também não vamos votar a favor. Vamo-nos abster. É a única posição séria que alguém que
tem o mínimo de dignidade pode tomar numa matéria destas numa situação destas. Porque,
desculpem a expressão, não podem agir de determinado modo e depois esperar uma espécie de
mansidão, de subserviência, isso não existe. Connosco não existe. Acho que nós já demonstramos
isso noutro tipo de episódios, e, portanto, agora mantemos o nosso registo. E era só isto que eu
queria dizer. Muito obrigado.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Tem a palavra Hernâni Magalhães.
Hernâni Magalhães, da CDU, disse: "Mais uma vez boa noite. Apesar de não poder comparar com
outros planos dados como seu este que apresenta está bem elaborado, faz uma caracterização
adequada da realidade, aponta para soluções diferenciadas consoante as situações, avalia os
custos e estabelece as competentes previsões de encargos. Acresce a estas qualidades intrínsecas
a afirmação clara e expressa do executivo, ainda há bocadinho dita pelo Sr. Presidente, da

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disponibilidade para ser aperfeiçoada ao longo do tempo com o contributo dos vários atores.
(Impercetível) na minha opinião os trabalhadores da Câmara Municipal do Seixal que participaram
na sua elaboração, e naturalmente quer o executivo, quer a Assembleia Municipal que propiciaram
as condições, como as alterações de organização, etc., etc., e portanto que levaram a que este
processo pudesse ser desenvolvido internamente. Relativamente a todos os programas que houve
no passado de PER eu achei interessante que as pessoas fossem ler o que diz o Decreto-Lei 163 de
93 e o Decreto-Lei 135 de 2004. Que é para a gente saber do que é que estamos a falar. Quando é
atirado para cima das autarquias um grosso investimento e só no pró-habita, que no 135 de 2004 é
que começa a haver a abertura e há abertura para que os próprios (Impercetível) exteriores
estejam incluídos no preço que foi financiado. Porque até aí não era. Portanto, é bom que as
pessoas se lembrem e que haja memória. Obrigado.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Bom…Pergunto se há mais inscrições?
Dra. Madalena Silva, disse: “Sr. Presidente, está inscrito o Vítor Cavalinhos.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mas nós vamos fazer agora uma segunda ronda e
última de inscrições. Então, Vítor Cavalinhos. Mais? Pergunto se há mais inscrições?

Dra. Madalena Silva, disse: “Paula Santos.

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Paula Santos. Mais?

Dra. Madalena Silva, disse: “E para já mais nada.

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Não é para já. É a última.

Dra. Madalena Silva, disse: “Samuel, Paulo Silva.

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Samuel, Paulo Silva. Mais alguma? Não.

Dra. Madalena Silva, disse: “Não.


O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Então terminamos com esta segunda ronda. Tem a
palavra Vítor Cavalinhos. Se faz favor.
Vítor Cavalinhos, do BE, disse: "Ora muito bem. Então, algumas considerações sobre esta matéria.
A resolução do concelho de ministros número 50-A de 2018 foi aprovada há 3 anos. Tal resolução
instituiu o primeiro direito que obrigada os municípios a elaborar estratégias locais de habitação.
Ainda em 2018, por proposta do Bloco de Esquerda, a Assembleia Municipal aprovou uma
recomendação a instar a Câmara Municipal a elaborar a sua estratégia local de habitação. Durante
3 anos nada foi feito. Foram 3 anos de inação do executivo. Agora, temos conhecimento de um
plano municipal de habitação que está a ser elaborado desde 2019 e que contém uma estratégia
local de habitação. Há uma comissão específica sobre questões da habitação eleita pela

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Ata nº 02/2021
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Assembleia Municipal. Sr. Presidente, deve estar alguém com o microfone ligado que tá a fazer
aqui umas interferências que... que incomodam.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “(Impercetível).
Vítor Cavalinhos, do BE, disse: "Pronto. Continuando, há uma comissão específica sobre questões
da habitação eleita pela Assembleia Municipal para acompanhar entre outros problemas do
realojamento de Vale de Chícharos que devia ter reunido para apreciar e dar opinião sobre os
documentos que hoje analisamos. Tal não aconteceu e tal, na nossa opinião, revela
desconsideração pela propria Assembleia Municipal. É de referir que esta comissão que eu referi
reuniu uma só vez, (Impercetível). Matérias de esta relevância deviam ser alvo de um amplo
debate público, prévio à elaboração de um documento final. Tal debate público devia cumprir a
missão de ouvir opiniões de cidadãos, de associações de moradores, de inquilinos de movimentos
sociais, etc.. Fazia todo o sentido a realização de um fórum municipal sobre este assunto. É devida
uma explicação do executivo porque só indica 526 famílias para realojar e depois indica-nos no
mesmo documento outro número mais elevado com necessidades habitacionais. O plano
municipal de habitação prevê adquirir ou reabilitar habitações para responder às necessidades de
89 famílias por ano. Para realojar as 526 famílias seriam necessários pelo menos 5 anos. Não é
aceitável este tempo para resolver problemas que já deveriam ter sido resolvidos há anos. O plano
municipal de habitação informa que o executivo alocou 800 mil euros, 815 mil euros para reabilitar
o seu parque habitacional. Na última década, 815 mil euros na última década. 80 mil euros por
ano, 6 mil euros por mês. Conclusão, deixa-se chegar a degradação ao limite e depois a
reabilitação exige custos astronómicos perfeitamente evitáveis. É do nosso ponto de vista uma
gestão do parque habitacional lastimável. O plano municipal de habitação quer instituir um
mecanismo da renda resolúvel. De onde vem tal ideia? Não há município com este regime
atualmente. Este regime foi posto em prática antes do 25 de abril e foi implementado para
moradias isoladas com rés-do-chão e primeiro andar e um quintal, para uma só família. Pretender
aplicar este modelo em prédios em que vão viver 2 modelos, a renda resolúvel mais cara com a
renda apoiada, torna a gestão do prédio um desastre. Em nenhum lugar deu bons resultados. O
plano municipal de habitação pretende integrar uma estratégia local de habitação, mas o que faz é
misturar os diversos níveis de obrigações e competências e na prática desvaloriza a importância da
estratégia local (Impercetível) primeiro direito. Todos os municípios estão a apontar e a aprovar
estratégias locais de habitação. Foram aprovadas 37 e há mais 100 municípios que submeterem as
suas estratégias locais de habitação, ou à apreciação do IRU. Não há nenhum município que esteja
a aprovar planos municipais de habitação. O que a Assembleia Municipal devia de estar a debater
neste momento era, de facto, a sua estratégia local de habitação. O IRU só pode apoiar as
estratégias locais de habitação, é o que está definido por lei. O município corre o risco de ver
recusada a apreciação do plano municipal de habitação. O IRU financia os municípios que
apresentam estratégias locais de habitação, mas não é obrigado a financiar planos municipais de
habitação. O plano tem previsto pouca construção própria. As Câmaras deverão ter mais casas sua

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propriedade. Para isto, quer ter 30% das casas sua propriedade. O Porto tem na sua posse 13% das
casas na cidade. O Seixal é proprietário de 226 casas, menos que 0,25% do património habitacional
edificado. O Seixal tem de ter a ambição de aumentar o parque habitacional de sua
responsabilidade e posse. Deve estar na primeira fila na promoção de habitação pública. É a única
forma de os munícipes não estarem dependentes do mercado e dos senhorios privados. Tem que
haver mais oferta pública de habitação e não é o IRU que tem essa capacidade e que além do mais
tem vindo a vender o seu património habitacional. A Câmara teve 3 anos para elaborar a sua
estratégia local de habitação. Agora os eleitos e eleitas são confrontados com a pressão de
avaliarem matéria com esta complexidade em 4 dias. É legal, mas não é justo. Cumpre-se a lei, mas
não se cumpre a obrigação e o dever, dar tempo e espaço para os eleitos refletirem, procurarem
informação, apreciarem experiências de outros municípios para fazerem propostas e contribuírem
para encontrarem as melhores soluções. É esta a essência da democracia participativa. O Bloco de
Esquerda subscreve os objetivos do plano municipal de habitação, mas o tempo exíguo para
apreciar a complexidade da matéria em causa não nos permite ter certezas sobre a justeza das
propostas apresentadas para atingir os objetivos propostos, se são suficientes e se são as mais
acertadas para os atingir. Tendo em conta estas razões, o Bloco de Esquerda abstém-se na votação
do plano municipal de habitação. Disse.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Tem a palavra a Paula Santos. Se faz favor.
Paula Santos, da CDU, disse: "Muito obrigado Sr. Presidente. Creio que estamos a discutir uma
matéria de enorme relevância para o nosso concelho. E um direito que foi consagrado na nossa
constituição pela revolução de abril garantindo e determinando que todos têm direito a uma
habitação digna para si e para a sua família. A verdade é que esta não é uma realidade para muitas
e muitas famílias. E isso está reconhecido no plano, já foi referido, mas importa antes de chegar às
soluções para a resolução dos problemas do nosso concelho, importa perceber como chegámos
aqui. Porque há, de facto, responsáveis. E importa centrar a discussão naquilo que é de facto os
elementos centrais de responsabilidade relativamente a esta matéria. Porque a verdade é que a
habitação é uma competência de âmbito do Governo, não é uma competência de âmbito dos
municípios. E a Lei de bases da habitação foi aprovada em 2019 confirma exatamente isto. Aquilo
que nós verificamos no nosso concelho é que os avanços e aquilo que foi realizado resultou da
iniciativa do município. Se estivéssemos à espera do Governo os problemas seriam muito maiores.
Mas importa também ter presente o seguinte, tirando o período a seguir ao 25 de abril em que
foram, de facto, dados passos significativos no país de promoção de habitação pelo Estado, com
vários programas, o SAAL, a comissão para realojamento dos retornados, os contratos de
desenvolvimento habitação, todos eles com tradução na criação de habitação do nosso concelho,
rapidamente estes programas foram extintos, aliás com a extinção do Fundo Fomento de
habitação, e foi criado um instituto que não passou mais do que uma agência financeira, e aliás
que ao longo dos anos o IRU não é mais nada do que além disso. Ou seja, o Estado deixou de ter
um instrumento próprio para a promoção de habitação pública, e esta é que é a questão central.

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Porque vejamos, não só a percentagem de habitação pública no nosso país é reduzida, porque se
formos ver a percentagem de habitação pública que é tida por parte do Estado, da administração
central, então aí os números são de facto avassaladores e que revelam a faltam de investimento de
sucessivos governos deixando na mão dos grupos privados a intervenção da habitação e
empurrando as famílias para o endividamento. Aliás, os dados dos gastos na área da habitação
entre 1987 e 2011, são dados públicos, não estou a colocar nada que não seja público, dos gastos
na área da habitação, cerca de 75% foram para bonificações de juros no crédito à habitação. E eu
creio que revela bem, este número só por si, revela bem como é que chagámos aqui, numa
situação em que de facto persistem habitações precárias, numa situação em que as famílias de
baixo rendimento têm dificuldade no acesso à habitação, os jovens têm dificuldade no acesso à
habitação e isto resulta também, conjugado depois com as políticas que foram impostas no plano
económico social, em que levou à degradação das condições de vida. Podemos falar dos baixos
salários, podemos falar da precariedade e instabilidade que não permite assumir
responsabilidades aos mais jovens, podemos falar do desemprego, podemos falar dos elevados
custos com a habitação, chegando a valores especulativos, e aí a administração central mais uma
vez lavou as suas mãos, os vários governos lavaram as suas mãos e não assumiram as suas
responsabilidades perante esta matéria. E depois, qual é que é a solução que é apresentada? Os
vários programas que foram surgindo dos anos 90 para cá, assentam e enfermam sempre no
mesmo erro, que é o Estado comportar-se como uma agência financeira e transferindo todo o
ónus da concretização dos investimentos para os municípios, aliás transferindo encargos e
impondo encargos aos próprios municípios. E isto não podemos aceitar. A nova geração de
políticas de habitação, o programa primeiro direito, têm exatamente este problema. Porque a
questão que aqui está não é porque é que o primeiro direito obriga os municípios. Não, a questão
que aqui está é que para haver funcionamento condicionou a aprovação de uma estratégia local de
habitação. E porquê? Porquê? Porque é que não assume? Porque não avança? Porque é que não
toma a iniciativa, o Governo, da resolução dos problemas? Aliás, foi feito um levantamento,
identificado 26 mil famílias a nível nacional e o que faz o Governo perante isto? Cruza os braços e
empurra o problema para os municípios. É esta a forma de resolução? Não é só deste Governo, dos
vários governos que foram passando no nosso país. Creio que o plano, aliás, já foi afirmado, de
facto, apresenta um conjunto de soluções, apresenta um calendário, apresenta uma estimativa de
financiamento e vai claramente numa linha dada a falta de iniciativa e de ação por parte dos
Governos, e do atual Governo, claramente substitui-se ao próprio Governo na realização destes
investimentos. Porque como vimos bem, porque se não fosse a iniciativa do município, muitos
problemas estariam ainda por resolver e não teríamos agora esta perspetiva de desenvolvimento,
de avanço, não só de resolução como foi colocado nas prioridades do plano de resolução das
carências habitacionais identificadas, mas também de avanço para a criação de habitação dirigida a
jovens, a custos controlados, teve em conta, inclusivamente as expressões que foram chegando ao
município de famílias a solicitar... habitação. Queria ainda acrescentar, acrescentar o seguinte...
quer no plano, quer na intervenção do próprio Presidente da Câmara Municipal, foi já expresso a
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abertura para a atualização, para o aperfeiçoamento do próprio plano. E eu creio que este é um
elemento muito importante, porque esta é uma realidade dinâmica, aliás, está-se nesse momento,
está-se a realizar os censos 2021 que permitirão ter uma informação atualizada e que será
certamente muito útil para que possamos ter em conta no que diz respeito a... ao plano municipal
de habitação, que é a estratégia do município na área de habitação. Eu creio que a designação aqui
é o que menos importa. O que importa, de facto é os objetivos e aquilo que está traçado, e as
soluções para se alcançar estes mesmos objetivos. Por isso, creio que não colhe esta argumentação
que está aqui a ser colocada já expressando toda esta abertura referindo da pressa, porque a
questão que se coloca aqui é, quer-se perder esta possibilidade de puder encontrar soluções e ir
ao encontro de fontes de financiamento que estão disponíveis? Porque essa é a questão que está
neste momento, também aqui em cima da mesa, e os Srs. Eleitos têm naturalmente que tomar
esta opção. Ou seria mais vantajoso e aquilo que se pretenderia é que a Câmara não tivesse feito o
seu trabalho de casa, não tivesse avançado com uma proposta concreta e apresentar neste
momento, para depois virem dizer que não está a dar resposta em matéria de habitação? Câmara
Municipal e bem, e isto é um aspeto que é de valorizar, mais uma vez tomou a iniciativa, apresenta
uma proposta que é de facto uma proposta com soluções concretas para a resolução dos
problemas que estão identificados, seja no realojamento dos núcleos de habitações precárias, com
soluções que permitem a inclusão social das famílias, com propostas concretas para a construção
de habitação a custos controlados. E, portanto, é um plano que veio ao encontro não só dos
objetivos de assegurar uma habitação digna às famílias, coisa que os governos não têm feito, e têm
deixado à responsabilidade e à capacidade de cada uma das famílias. E por outro lado, com esta
iniciativa e esta intervenção de promoção de habitação a custos justos, a custos controlados,
permite também dar um contributo significativo no combate à especulação. Creio que são aspetos
que são de valorizar. Mas eu queria aqui reiterar, mais uma vez, este elemento, porque é um
elemento importante, do objetivo, das prioridades, e foi aqui referida a participação. E tendo
havido esta abertura, aliás o próprio documento o refere e o escreve e como já disse aqui também,
a atualização dos dados sobre a habitação do nosso país na sequência dos censos serão muito
úteis também para esta atualização. Creio que estamos em condições de poder, de facto, aprovar
um plano que permite ao município continuar a dar os passos no sentido da resolução dos
problemas habitacionais no nosso concelho. Disse, Sr. Presidente.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Obrigado. Tem a palavra Samuel Cruz, se faz favor.
Samuel Cruz, do PS, disse: "Muito obrigado Sr. Presidente. Uma vez que a Sra. Deputada fez aqui
esta intervenção, vejo-me forçado a responder, coisa que não iria fazer, começando por dizer que a
Sra. Deputada que é política a tempo inteiro, tinha obrigação de outro rigor na sua intervenção
que não aquela falta de rigor que apresentou naquilo que aquilo veio trazer. E eu passo a explicar.
Começou por dizer (Impercetível) esforços consideráveis de políticas de habitação após 25 de abril.
Ora, isto não corresponde à realidade dos factos. O programa PER foi lançado em 1993, e eu sou
insuspeito nisso porque nem sequer foi um Governo Socialista, alojou até ao momento, fez todo o

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recenseamento das habitações precárias, e foi na sua generalidade cumprido. Lisboa deixou de ter
bairros de lata com as características que tinha. (Impercetível) o realojamento do Casal Ventoso? E
Oeiras? Quanta habitação social construiu Isaltino Morais? Vamos aos números. O PER construiu
33 mil fogos, alojou 45 mil famílias. Das famílias recenseadas, 94% foram realojadas. Dos 28
municípios que aderiram ao PER, 4 concluíram o realojamento. Dos 28 da área metropolitana de
Lisboa que aderiram ao PER, apenas 4 não cumpriram o realojamento total. Naturalmente o Seixal
é um deles. Mas, pior, não só é um deles como é o município que a nível nacional apresenta a pior
taxa de execução do PER. E é por isso que estamos como estamos aqui hoje. Portanto, vir aqui
dizer que não existe política de habitação no país, como a Sra. Deputada aqui veio dizer, não
corresponde à realidade. Existe, o Seixal não a executou, que é um caso diferente. Portanto, aliás,
o Seixal (Impercetível) a política é um escândalo a nível nacional mais inovador que eu conheço.
Porque a determinado momento, quando foi demolida uma torre da Jamaica, pessoas que lá
estavam foram realojadas pela Câmara na torre ao lado. Isto é uma coisa inconcebível.
Inconcebível. Ou melhor, só possível no Seixal, porque aqui vale tudo. Mas enfim. Vamos adiante.
Como já vimos o PER existiu, resolveu grande parte do problema habitacional deste país, ou da
habitação precária, de outro tipo. O bom do mercado imobiliário mais recente criou outro tipo de
dificuldades, mas para aquilo que aqui estamos a falar o PER foi um programa muito importante.
Como já disse, não cumprido no Seixal. Mas vamos avançar. Em relação a este estudo
especificamente. Já aqui foi dito e é incompreensível, foi criada a ideia na intervenção do Sr.
Presidente da Câmara que isto agora tinha que ser muito rápido. Era uma novidade, o Governo
estava a obrigar a ir muito rápido. Mentira. A obrigação de ter este programa aprovado para poder
concorrer aos fundos para os problemas de realojamento foi, é data de 2018, não é surpresa para
ninguém. O Bloco de Esquerda trouxe um documento para ser discutido na Assembleia Municipal,
o Partido Socialista apresentou um requerimento alertando para a necessidade de ter um
documento e para o facultarem. Portanto, já andamos todos a discutir isto há muito tempo, não é
de agora. Aliás, falando no requerimento que o Partido Socialista apresentou, causa-me aqui uma
grande estranheza. Porque a resposta ao requerimento do Partido Socialista foi, a Câmara
Municipal do Seixal contratou uma empresa para realizar e apresentar o documento. E agora vem
o documento, eu vou à sua autoria e não é lá referenciada nenhuma empresa. E isto é algo que o
Sr. Presidente da Câmara tem que esclarecer. Deu-nos uma tanga, não havia empresa nenhuma?
Ou a empresa não prestava, entregou o trabalho e mandaram aquilo para o lixo? Das duas uma,
não estou a ver outra. Portanto, é importante esclarecer isso. Quem empresa era essa, que
trabalho é que fez e porque é que não foi (Impercetível). Já aqui muito disseram sobre a falta de
apresentação à comissão. O documento é datado de março. Nós estamos no fim de abril. Durante
este mês inteiro não houve uma oportunidade, um dia para se puder reunir a comissão? É
evidente que houve. O que houve foi falta de vontade de o fazer. Mas agora vêm-se aqui bater no
peito em ato de (Impercetível) nós estamos abertos a contributos (Impercetível) o totobola à
segunda-feira, não é? Uma coisa que não faz muito sentido. Mas pior do que a comissão, do meu
ponto de vista, é que este documento também não foi apresentado à comissão local de ação
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social. E devia. Vocês até podem achar, os partidos da oposição são uns bananas, não têm nada
para dizer, não ajudam nada, a gente não quer saber daquilo que eles dizem. Mas as pessoas que
estão no terreno? Que lidam com este tipo de questões diárias, também não têm que se ouvir?
Nem é uma questão de ter ou não ter, não se deve? É evidente que deve. Mas enfim. Continuando,
e o documento propriamente dito. O documento tem as prioridades invertidas. Para ter acesso ao
financiamento, e o que é que se esperava? Prioridade, realojar quem não tem casa. Qual é a
prioridade? Investir na recuperação das casas do município. O município não tem capacidade de
tratar dos seus imóveis, e quando existe um programa financeiro deste tipo, em vez de canalizar o
dinheiro para alojar quem precisa de casa, a prioridade, é a primeira prioridade estabelecida por
este documento, é arranjar as casas da Câmara. Depois se sobrar algum, vai-se ver quem é que
precisa de casa. Não devia de ser assim. (Impercetível) sabe-se que é uma obrigação. Depois, daqui
o que é extraordinário, neste caso vulgo chamada bazuca, então vamos investir naqueles que mais
precisam. Mas mais, fala-se aqui na Jamaica, Vale de Chícharos e no bairro do Rio Judeu. Então,
mas é só estas pessoas que necessitam de casa? Não, não é. Onde é que tão as outras? As vítimas
de violência doméstica que vêm à Câmara e que pedem casa? As pessoas vítimas de, vivem em
condições precárias, em casas familiares, emprestadas, em pensões por razões financeiras
deixaram de poder ter uma habitação digna e que vão à Câmara e que pedem, ficam lá em lista
intermináveis. Onde é que tá essa lista? Existe uma lista na Câmara de pessoas que não estando
necessariamente a viver em bairros de barracas, estão a pedir habitação à Câmara e têm condições
nos termos legais para (Impercetível) habitação. Porque é que não estão aqui? E mais, também já
aqui foi dito, mas porque é que se fala em aquisição de terrenos e etc., quando o motivo
justificativo para a permuta com o Benfica da Quinta do Algarve foi justamente construir habitação
social? Há aqui algo que escapa. Portanto, estas são as perguntas, eu gostava de ter, Sr. Presidente,
as respostas e que houvesse o contraditório se necessário fosse. Disse.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Tem a palavra o Paulo Silva, se faz favor.
Paula Santos, da CDU, disse: "Sr. Presidente, é Paula Santos. Eu fiz um pedido de defesa da honra.

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Ah..., estamos aqui com o bate-papo.

Dra. Madalena Silva, disse: " Falhou-me.

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Se faz favor, então defesa da honra, Paula Santos.
Paula Santos, da CDU, disse: "Muito obrigada Sr. Presidente. Como foi referido pela intervenção do
Sr. Eleito Samuel Cruz que eu não tinha sido rigorosa na minha intervenção, eu queria aqui referir
um conjunto de elementos que revelam o rigor da intervenção da CDU. Em primeiro lugar, quando
colocámos o conjunto de programas logo após o 25 de abril, não estávamos a falar dos anos 90 e
do Programa Especial de Realojamento, mas sim do conjunto de programas que foram
desenvolvidos no final dos anos 70, no início dos anos 80 e que permitiu a promoção pública de
habitação no concelho de Seixal. Vários exemplos do SAAL, como referi, no Bairro 25 de abril, no

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Bairro 1º de maio, os contratos de desenvolvimento de habitação, no Miratejo, em Corroios, nas
Paivas, na Quinta da Princesa e muitos outros exemplos que temos. Centrar a política de habitação
no Programa Especial de Realojamento revela, de facto, a tacanhez daquilo que tem sido as
políticas de habitação nos últimos anos. E quando nós referimos que não houve políticas de
habitação, o que estávamos a dizer, não houve políticas públicas de habitação, promoção de
habitação pública diretamente pelo Governo. E isto é bem diferente. Houve uma política de
habitação bem clara, entregar nos grupos económicos. Entregar nos privados e empurrar as
pessoas para o endividamento. Foi esta a política de habitação das últimas décadas dos vários
governos. Sobre o Programa Especial de Realojamento, dizer o seguinte, como o Sr. Eleito bem
sabe, se não sabe deveria saber, que a identificação das famílias que foram abrangidas por esse
programa foi do ano de 1993. Todas as necessidades que vieram dos anos seguintes pura e
simplesmente não foram consideradas para efeito desses programas. Se o Sr. Eleito não sabe,
deveria saber. Desde 2011 não há financiamento ao nível do programa (Impercetível) de
alojamento deixando municípios com obras paradas a meio, nomeadamente em Coimbra e no
Porto. E relativamente às famílias a realojar...
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “(Impercetível) tempo.
Paula Santos, da CDU, disse: "Vou terminar Sr. Presidente. E relativamente às famílias a realojar,
era bom que também o Sr. Eleito tivesse visto (Impercetível) em que revela que o levantamento
que foi feito, nacional, em 2018 olhe, Amadora tem que realojar 2839 famílias, Lisboa 2867, Vila
Nova de Gaia 824, Seixal 526. Vejamos, o Seixal dentro destes, é aquele que tem a melhor situa-
ção. E é aquele que neste momento, ao longo destes tempos, aliás, com este plano, e este é um as-
peto essencial, Sr. Presidente, mesmo para terminar...

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Para terminar.

Paula Santos, da CDU, disse: "Apresentado propostas e soluções para resolver os problemas. Por-
que reitero, se tivesse à espera do Governo, o lote 10 de Vale de Chícharos ainda lá estava com as
famílias a viver (Impercetível) . Por isso falta de rigor...

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Paula, tem que terminar.

Paula Santos, da CDU, disse: "(Impercetível) intervenção da CDU. Muito obrigado, Sr. Presidente.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Paulo Silva, se faz favor.
Paulo Silva, da CDU, disse: "Sim, sim Sr. Presidente. Muito boa noite. Eu penso que a oposição aqui
no Seixal tem particularidades que a tornam quase única. Nas últimas Assembleias tem sido
sistemático o ataque à Câmara Municipal com a questão de Vale de Chícharos, dizendo que não se
está a conseguir resolver, que devia de ser mais célere na resolução do assunto, o que é que se
está a fazer para resolver Vale de Chícharos? Em reuniões com o Governo, Sr. Presidente da
Câmara tem dado os devidos esclarecimentos, a dizer que as questões referentes ao mercado

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imobiliário se tinham alterado, e que o financiamento que vinha do poder central era exíguo para
se conseguir resolver o problema de Vale de Chícharos. Em reunião, como foi aqui dito pelo Sr.
Presidente da Câmara, que teve com o Governo foi-lhe dito que era necessário para ter acesso ao
programa primeiro direito e consequentemente aumentar o financiamento do poder central para a
resolução de Vale de Chícharos era necessário ter este programa local de habitação aprovado. A
Câmara consegue finalizar o programa em tempo recorde e apresentá-lo. E agora vêm atacar a
Câmara porque está a ser muito rápida na apresentação do programa e consequentemente na
resolução do problema de Vale de Chícharos, que é a grande prioridade que o Sr. Presidente da
Câmara disse para esta apresentação célere, deste programa, que mete logo uma característica,
que está aberta a negociação futura aí com as outras forças políticas. Dizendo agora temos um
problema para resolver, Vale de Chícharos, temos urgência, temos celeridade e vamos aqui tratar
disto. O programa local de habitação virado para a questão de Vale de Chícharos. Depois a seguir
vamos discutir, vamos conversar todos juntos para aprofundar e se possível neste trabalho
conjunto melhorar Vale de Chícharos, e por isso está a ser criticada por aqueles que estavam a
criticar anteriormente a Câmara por não resolver o problema de Vale de Chícharos. Ora, neste caso
é um caso simples em que somos presos por ter cão e por não ter cão. Se não fazemos somos
atacados, se fazemos é porque estamos a querer fazer com urgência. Assim é muito difícil
conseguir trabalhar, porquanto não sabemos o que é que a oposição pretende aqui no Seixal
quanto a uma questão tão sensível como é a questão da habitação.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Ok, muito bem. Apenas uma nota, antes de dar a
palavra ao Sr. Presidente da Câmara. De facto, a comissão de realojamento... reuniu no mandato,
reuniu para apresentação, reuniu duas vezes, e reuniu para apresentação do plano de Vale de
Chícharos. Portanto, irá ser agendado, aliás como o Sr. Presidente da Câmara sugeriu, uma reunião
de comissão em maio, não é? Bom, e agora também a explicação que o Sr. Presidente deu, não era
possível reunir com esta necessidade de resposta a comissão. E eu até quero felicitar a Câmara por
ter tido a capacidade de responder em tempo tão curto, não é? com um plano que tem condições
de financiamento. Era o que faltava perder este financiamento, portanto felicito o Sr. Presidente da
Câmara. Sr. Presidente, se faz favor.
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Muito obrigado Sr. Presidente. Eu gostava de felicitar a
Sra. Eleita da CDU, Paula Santos, pela excelente intervenção que fez, do ponto de vista, quer do
enquadramento histórico, quer também do ponto de vista político relativamente a onde estamos.
E tocou no ponto certo, isto é, foram décadas de inércia do Estado Central perante um problema
evidente e que se avolumou, principalmente nas áreas metropolitanas, e que agora este Governo
pretende, através do processo de transferência de competências, que sejam os municípios a
resolver algo que durante várias décadas os Governos do PS, do PSD e do CDS não resolveram. E
também quero dizer que das várias intervenções que ouvi, da parte dos Srs. Eleitos de vários
partidos, a argumentação foi tempo... participação, nada foi dito do ponto de vista concreto
relativamente às soluções que temos. E as soluções que foram apresentadas, Srs. Eleitos, quero-

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vos transmitir esta questão que é importante, pensava que alguém ia abordar isso mais não o fez.
É que, de facto, o que nós pretendemos no conselho do Seixal é utilizar as habitações já existentes
para processos de realojamento. Essencialmente isso. Esse é o nosso modelo, para não criarmos
novos bairros e que concentram problemas. E hoje mesmo na área metropolitana eu verifiquei que
do levantamento que a área metropolitana tem dos municípios que, portanto, apresentaram os
dados relativamente às soluções que apresentam, uma grande percentagem são construções
novas. Não digo que isso não seja uma necessidade, mas se forem construções novas para
alojamentos de zonas de barracas, isso significará perpetuar, digamos assim, claro que têm
melhores condições, com certeza, mas perpetuar problemas do ponto de vista de uma
concentração de problemas a que nós queremos que aconteçam no nosso município. Aliás, essa é
uma das questões que o nosso documento versa. Depois, esta ideia de que durante 3 anos nada se
fez é muito injusta. É muito injusta. Durante 3 anos nós não só aprovamos um plano, um protocolo
com o Governo, como realojamos o edifício 10 de Vale de Chícharos. 64 famílias, praticamente 200
pessoas foram realojadas nestes últimos 3 anos. E mais não fizemos porque o Governo não nos
deu os instrumentos financeiros necessários para o puder fazer. Só agora é que, numa reunião
recente no mês de abril, é que foram colocados à nossa disposição esses instrumentos. Que têm
duas vertentes, uma vertente primeira relacionada com financiamento e uma segunda com
agilização do processo. Porque não é só preciso garantir meios financeiros, é também garantir
meios legais para que nós consigamos ultrapassar as barreiras burocráticas que, nas palavras do
Primeiro-Ministro, um autêntico calvário que é, para depois podermos executar aquilo que, de
facto, as políticas públicas assim o exigem. Depois também dizer que foi dito que o Seixal tinha a
pior situação... pronto, mais uma falácia, porque como muito bem disse a Sra. Eleita da CDU Paula
Santos, no levantamento que se conhece da área metropolitana, o Seixal apresenta 3,8% das
necessidades. 3,8%. 526 para realojamento. Cascais 764. Então, o Governo local do PS, a autarquia
local do PSD não resolveu ainda o problema? Então e Lisboa? Nas palavras há pouco do eleito,
parecia que Lisboa já tinha resolvido o seu problema todo. Ainda tem 2807, são dados de 2018. E a
Amadora, 2839. Só para caracterizar aqui algumas situações na área metropolitana de Lisboa.
Bom, sobre o apoio das empresas, nós prezamos muito as empresas. As empresas têm com
certeza um know how técnico que é importante, e foi importante para este trabalho. Mas quero
dizer, e gostaria de felicitar a Vereadora Manuela Calado, equipa da divisão da habitação, que foi
uma divisão que foi recriada agora aquando da reestruturação orgânica em setembro de 2019, foi
esta equipa da Câmara, a divisão de habitação e outras áreas, também a área social e não só, que
deram o contributo fundamental para que nós tenhamos este plano. Este plano é da Câmara, não
é de uma empresa. É da Câmara, dos nossos técnicos, que tem a nossa visão política e técnica. E
por isso, as empresas são importantes, trazem, com certeza, elementos de caracterização e
metodologia que são importantes e forma importantes para este trabalho, mas quem o concluiu,
quem tem, digamos, a sua marca é dos trabalhadores da Câmara Municipal e da capacidade
técnica que nós temos e que eu gostaria uma vez mais de sublinhar. Depois sobre as prioridades foi
dito de forma errónea que as prioridades eram, a Câmara ia resolver os seus problemas
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Ata nº 02/2021
2ª Sessão ordinária – 29 de abril de 2021
relativamente à sua política sobre o seu parque habitacional e depois a seguir logo se veria. Mas
isso é de quem não leu sequer o documento. Basta ler a página 23 da segunda parte, que são as
soluções habitacionais, para ler qual é que é a programação que está lá a prioridade, até por anos,
por números, e por fogos. É só ler o quadro. Bom, e depois, por fim, sobre a questão da Quinta do
Algarve, a Câmara pretende que parte da Quinta do Algarve seja utilizada não para habitação
social, mas para habitação jovem. Eu também disse na minha primeira intervenção que nós vamos
levar agora a reunião de Câmara, em princípio ainda à segunda de maio, vamos levar o projeto
piloto para o primeiro edifício de habitação jovem, que vamos testar no modelo que é
exclusivamente municipal, sem mobilizar meios externos, meios financeiros externos, nem
empréstimos nem depois do Governo, vamos tentar montar este modelo só como modelo interno.
E se funcionar como nós esperamos, será com certeza um modelo muitíssimo interessante que
iremos replicar noutras áreas do concelho e que pode ter uma concentração até na Quinta do
Algarve, se conseguirmos fazer a permuta com o Sport Lisboa e Benfica, que é algo que ainda não
está garantido porque ainda falta um parecer vinculativo da comissão coordenadora do
desenvolvimento regional de Lisboa e Vale do Tejo que há vários meses teima em não responder
àquilo que foi um pedido da Câmara Municipal. Mas sobre isso, daria aqui mais uma sessão da
Assembleia Municipal. Sr. Presidente, penso que terei respondido às questões, obrigado.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Obrigado Sr. Presidente da Câmara. Vamos colocar
à votação, portanto, o ponto 4, o plano municipal de habitação do concelho de Seixal. Portanto,
Dra. Madalena a votação.
Dra. Madalena Silva disse: “Portanto, temos Presidente da Junta de Fernão Ferro a favor, CDU a
favor. Agora tenho que andar para cima... portanto, CDU a favor, Presidente Carlos Reis a favor, o
PAN a favor e todos os outros abstenção.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Sim, portanto, foi aprovada com os votos a favor da
CDU, do PAN e do Presidente de Fernão Ferro e a abstenção dos restantes.
Aprovada a Deliberação nº5/XII/2021 por maioria e em minuta com:
Dezoito (18) votos a favor dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal da CDU: 16
• Do grupo municipal do PAN: 1
• Do presidente da JFFF: 1
Dezanove (19) abstenções dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal do PS: 11
• Do grupo municipal do PSD: 4
• Do grupo municipal do BE: 3
• Do grupo municipal do CDS/PP: 1
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Ata nº 02/2021
2ª Sessão ordinária – 29 de abril de 2021
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Alguma declaração de voto?
Dra. Madalena Silva disse: “Não tenho aqui nenhum registo.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Não há registo de declarações de voto?
Dra. Madalena Silva disse: “Não.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Sim senhor. Bom, já é uma e vinte, portanto, temos
ainda um conjunto de pontos, e vamos dar por terminada aqui a sessão de hoje. Só se houvesse
por parte da Assembleia a disponibilidade, e por parte da Câmara, Sr. Presidente da Câmara, não
é? A disponibilidade para, digamos, continuar a sessão, a ordem de trabalhos da sessão, não é?
Bom... digam lá, digam lá.
Samuel Cruz, do PS, disse: “Eu digo já que penso que será muito rápido o resto e, portanto, vale a
pena continuar.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Paulo Silva?
Paulo Silva, da CDU, disse: “Continuar.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Rui Belchior?
Rui Belchior, do PSD, disse: “ Também continuamos.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “António, não, Vítor Cavalinhos, Vítor Cavalinhos.
Vítor Cavalinhos, do BE, disse: “Eu acho, eu acho... estou de acordo que continuemos tendo em
conta o calendário que... o calendário dos próximos dias, portanto…
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Pois. Sim, sim, sim.
Vítor Cavalinhos, do BE, disse: “Excecionalmente acho que podemos continuar. Isto também acho
que é, vai ser rápido, presumo eu.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Sim senhora. Então, então António Sota?
António Sota Martins, do PAN,disse: “Na esperança que seja verdadeiramente rápido, eu também
concordo que continuemos.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Sim senhor. Portanto, João Rebelo. João Rebelo?
João Rebelo, do CDS-PP, disse: “Sim, continuar Sr. Presidente. E saber também dos tempos, já
agora.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Isso já se diz, isso já se diz. Carlos Reis?
Carlos Reis, SFF, disse: “Sim Sr. Presidente, vamos continuar.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Sr. Presidente da Câmara, continuamos, não é?
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Afirmativo.

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Ata nº 02/2021
2ª Sessão ordinária – 29 de abril de 2021
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Ok, obrigado. Então, tempos Sara?
Sara Oliveira, 2ª Secretária da Assembleia Municipal disse: “Com certeza Sr. Presidente. Então,
temos a Câmara Municipal do Seixal com 23 minutos e 10 segundos, temos a CDU com 26 minutos
e 30 segundos, temos o PS com 12 minutos e 5 segundos, o PSD tem 11 minutos e 10 segundos,
Bloco de Esquerda tem 8 minutos e 40 segundos, o PAN tem 9 minutos e 40 segundos, o CDS não
tem tempo e o Sr. Presidente da Junta de Fernão Ferro tem 11 minutos.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Sim senhor. Muito bem. Então, passamos para... a
apreciação em conjunto dos pontos 4, peço desculpa, 5, 6, 7 e 8 e tem a palavra o Sr. Presidente da
Câmara. Se faz favor, Sr. Presidente.
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Obrigado Sr. Presidente da Assembleia Municipal. De
forma muito rápida, são 4 regulamentos que já estão numa versão final após consulta pública.
Versam temas diversos, limpeza de terrenos, rede de hortas urbanas, estacionamento
condicionado e (Impercetível) fotovoltaicos. Estou disponível se houver alguma dúvida para puder
responder.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Obrigado. Ora, intervenções em relação a estes
conjuntos de pontos.
II.5. Regulamento do uso do fogo e limpeza de terrenos. Versão definitiva. Aprovação.
(Documento anexo à ata com o número 20)
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Quem é que pretende intervir? Luís Pedro
Gonçalves, e Vítor Cavalinhos a seguir, Luís Pedro Gonçalves tem a palavra, se faz favor.
Luís Pedro Gonçalves, do PS, disse: “Boa noite novamente. Só muito rapidamente. Eu gostava de
colocar uma questão relativamente ao regulamento para extração de painéis fotovoltaicos. Há
coisas que soam bem, mas depois na prática têm muito pouco implementação prática. E tirando,
estou-me a lembrar do Benfica, porque naturalmente tem orçamentos muito superiores... eu
gostava de saber, se retirarmos esse caso específico, quantos é que serão as coletividades que o Sr.
Presidente está à espera que recorram a este regulamento para efetivamente colocar painéis
solares? Naturalmente, com o tempo respondermos a essa questão, mas eu gostava de saber qual
é a sua estimativa hoje. Obrigado.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Vítor Cavalinhos.
Vítor Cavalinhos, do BE, disse: “Muito rapidamente, só vou falar do... do regulamento da zona de
estacionamento em Vale de Gatos. O Bloco de Esquerda, nós vamo-nos abster neste regulamento.
A nossa posição, o que nós pensamos sobre isto é que há uma situação que tem que ser, alguma
vez tem que ser resolvida, que é a existência de centenas de lugares de estacionamento tão vazios
há anos e que a Fertagus não quer abrir mão deles. Tem que haver alguma, tem que aumentar o
nível de pressão do executivo municipal e juntamente com o Governo tem que ter uma... tem que
ter uma solução. Isso não se pode (Impercetível) que é uma coisa que é completamente um
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paradoxo existirem centenas de lugares disponíveis e os munícipes, e levar quase a obrigação de
um regulamento deste tipo. Aliás, nós temos defendido ao longo do tempo que, temos defendido
ao longo do tempo que... todos os utentes da Fertagus tenham que ir de transporte para ali
deviam ter direito a um estacionamento gratuito. É outra, não somos só nós a pensar assim. É
outra área que nós temos que... tem que se continuar a negociação. E isto tem que... tem que ser
uma solução. Tem que haver maior pressão, maior envolvimento, mas isto (Impercetível) solução
que melhor serviria toda a gente era de facto o... os utentes dos comboios não terem necessidade
de andar a estacionar por montes e vales para não terem que pagar mais essa despesa de
estacionamento. E, portanto, é isto que eu queria dizer.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Bom... pergunto se há mais alguma intervenção
para fecharmos? Não se confirma, não é Dra. Madalena? Não?
Dra. Madalena Silva, disse: “Não tenho registo de mais nada Sr. Presidente.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Então tem a palavra o Sr. Presidente da Câmara, se
faz favor.
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Obrigado Sr. Presidente. Srs. Eleitos, duas breves notas.
Sobre as coletividades, neste momento temos registadas 13 coletividades que não são nem o
Benfica, nem o Sporting, nem o Porto. 13 coletividades no concelho do Seixal manifestaram
interesse em aderir ao programa. Esperemos que outras agora se sigam. Sobre a questão da
Fertagus... estamos de acordo com aquilo que foi manifestado. De facto, é inconcebível com a
descida do passe social intermodal, e com a sua abrangência não se tenha mexido naquilo que é a
política dos parques de estacionamento. Essa é uma matéria que está reservada ao Governo.
Esperemos que passe para a gestão das autarquias e da área metropolitana e se isso acontecer, cá
estaremos na linha da frente para que possamos abrir gratuitamente esses parques. Aliás, nos
Foros da Amora, há um parque com mais de 800 lugares que está completamente encerrado, só lá
tem uma lavagem de viaturas a pagar à Fertagus. Consideramos que isto revela bem como os
privados têm destruído o sistema de transportes e como são um empecilho àquilo que são a
solução da vida das populações. Mais público no setor dos transportes, menos privado para
resolver o problema das populações.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Obrigado Sr. Presidente. Portanto, vamos proceder
à votação, às votações. Passamos, primeiro é o ponto 5, que é o regulamento do uso de fogo e
limpeza de terrenos. Votação.“
Votação do Ponto II.5.
Aprovada a Deliberação nº6/XII/2021 por maioria e em minuta com:
Trinta e dois (32) votos a favor dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal da CDU: 16
• Do grupo municipal do PS: 11
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• Do grupo municipal do BE: 3
• Do grupo municipal do PAN: 1
• Do presidente da JFFF: 1
Cinco (5) abstenções dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal do PSD: 4
• Do grupo municipal do CDS/PP: 1
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Bom, sim senhora. Então, foi aprovado com os
votos a favor da CDU, do PS, do Bloco de Esquerda, do PAN, PJFF. E a abstenção do PSD e do
CDS/PP. Alguma declaração de voto? Não tenho registo. Então passamos para o ponto 6.
II.6. Novo Regulamento da Rede de Hortas Urbanas do Município do Seixal. Aprovação.
(Documento anexo à ata com o número 21)
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Novo regulamento de hortas urbanas no município
de Seixal. Votação.
Votação do Ponto II.6.
Aprovada a Deliberação nº7/XII/2021 por maioria e em minuta com:
Trinta e três (33) votos a favor dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal da CDU: 16
• Do grupo municipal do PS: 11
• Do grupo municipal do BE: 3
• Do grupo municipal do PAN: 1
• Do grupo municipal do CDS/PP: 1
• Do presidente da JFFF: 1
Quatro (4) abstenções dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal do PSD: 4
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Então, foi aprovado com os votos a favor da CDU,
BE, PAN, CDS, PJFF, e PS. Abstenção do PSD. Alguma declaração de voto? Não tenho registo.
Passamos para o ponto 7.
II.7. Regulamento da Zona de Estacionamento Automóvel Condicionado na Urbanização de
Vale de Gatos e Envolvente. Versão definitiva. Aprovação.
(Documento anexo à ata com o número 22)

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O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Que é o regulamento da zona de estacionamento
automóvel condicionada na Urbanização de Vale de Gatos e envolvente. Versão definitiva.
Aprovação. Votação.
Votação do Ponto II.7.
Aprovada a Deliberação nº8/XII/2021 por maioria e em minuta com:
Vinte e nove (29) votos a favor dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal da CDU: 16
• Do grupo municipal do PS: 11
• Do grupo municipal do PAN: 1
• Do presidente da JFFF: 1
Oito (8) abstenções dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal do PSD: 4
• Do grupo municipal do BE: 3
• Do grupo municipal do CDS/PP: 1
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Então, foi aprovado com os votos a favor da CDU,
PS, PAN, JFFF , e a abstenção do PSD, BE, CDS/PP. Alguma declaração de voto? Não há, é isso?
Então, passamos para a votação do ponto 8.
II.8. Regulamento Municipal de Apoio ao Movimento Associativo do Município do Seixal para
Instalação de Sistemas Fotovoltaicos. Versão definitiva. Aprovação.
(Documento anexo à ata com o número 23)
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Votação do ponto 8, que é o regulamento municipal
e apoio ao Movimento Associativo do Município do Seixal para a instalação de sistemas
fotovoltaicos. Versão definitiva. Aprovação.
Votação do Ponto II.8.
Aprovada a Deliberação nº9/XII/2021 por maioria e em minuta com:
Trinta e dois (32) votos a favor dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal da CDU: 16
• Do grupo municipal do PS: 11
• Do grupo municipal do BE: 3
• Do grupo municipal do PAN: 1
• Do presidente da JFFF: 1
Cinco (5) abstenções dos seguintes eleitos:
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• Do grupo municipal do PSD: 4
• Do grupo municipal do CDS/PP: 1
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Foi aprovado com os votos a favor da CDU, PS, BE,
PAN e JFFF. E a Abstenção do PSD, CDS/PP. Declarações de voto? Não há registo. Sim senhora.
Muito bem, então passamos para a apresentação dos pontos 9, 10 e 11.
II.9. Adesão ao Acordo Cidade Verde. Aprovação.
(Documento anexo à ata com o número 24)
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Sr. Presidente da Câmara, se faz favor.
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Obrigado Sr. Presidente da Assembleia Municipal. Trata-
se também da adesão ao acordo cidade verde, que é uma nova geração daquilo que são os
compromissos para sustentabilidade e para o desenvolvimento sustentável nas cidades. Depois um
segundo para adesão à rede Mayors for Peace para prosseguirmos a nossa luta pela
implementação da paz e abolição das armas nucleares. E uma terceira para (impercetível)
monitorizar, porque são as políticas municipais, e a sua conformação com os objetivos de
desenvolvimento sustentável lançados pela ONU. Estou disponível para questões se assim forem
colocadas pelos Srs. Eleitos.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Obrigado Sr. Presidente da Câmara. Intervenções
em relação a estes pontos? Sim. Portanto, Hernâni e Nuno Graça. Então Hernâni Magalhães, se faz
favor.
Hernâni Magalhães, da CDU, disse: “Ora bem. Relativamente à proposta de adesão à rede mayors
for peace em que (Impercetível) um será armas nucleares, a concessão de cidades seguras e
resilientes, tendo por base os princípios de desenvolvimento sustentável e as preocupações
relativas à crise dos refugiados e ao combate ao terrorismo. Considero muito importante esta
adesão, até porque muito me enquadrava no espírito do artigo 7º da Constituição da República
Portuguesa que diz, nomeadamente no seu ponto segundo, o seguinte, “Portugal preconiza a
abolição do imperialismo, do colonialismo e de quaisquer outras formas de agressão, domínio e
exploração nas relações entre os povos, bem como o desarmamento geral, simultâneo e
controlado, a dissolução dos blocos político-militares e o estabelecimento de um sistema de
segurança coletiva, com vista à criação de uma ordem internacional capaz de assegurar a paz e a
justiça nas relações entre os povos”. Infelizmente este é um princípio que nunca nenhum Governo
constitucional aplicou no nosso país. Obrigado.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: Nuno Graça, se faz favor.“
Nuno Graça da CDU, disse: “Ora, em relação à adesão ao acordo cidade verde, gostaria apenas de
enaltecer que o Seixal continua a trilhar aqui o seu caminho na senda das cidades limpas e
saudáveis. Hoje em dia sabemos que as áreas urbanas abrigam cerca de 70% da população na
União Europeia, por isso acho que o meio-ambiente numa cidade afeta não só as pessoas que lá
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vivem, mas também os visitam essa cidade. A poluição do ar ultrapassa o nível padrão da União
Europeia em muitas cidades, a água dos nossos rios, dos lagos, etc., estão em constante pressão, a
expansão urbana, muitas vezes desordenada, e temos assistido a isso nos últimos tempos, afeta a
disponibilidade e utilização dos espaços verdes, e a... a poluição sonora é cada vez maior. É urgente
tornar as cidades mais sustentáveis, resilientes, eficientes, algo que poderá ser mais facilmente
alcançado com uma economia circular, por exemplo. E se a isso aliarmos água limpa... níveis de
ruído baixo ou ar saudável... um acesso à natureza essencial para o nosso bem-estar físico e
mental, estamos no caminho certo. Daí que esta decisão seja mais um passo seguro rumo a uma
Seixal mais verde. Disse.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Obrigado. Eu pergunto ao Sr. Presidente da Câmara
se pretende mais alguma referência?
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Não, é só manifestar a total concordância com as duas
intervenções. Obrigado.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Obrigado Sr. Presidente. Vamos passar à votação.
Portanto o ponto 9. Adesão ao Acordo cidade verde. Aprovação. Votação?
Votação do Ponto II.9.
Aprovada a Deliberação nº10/XII/2021 por maioria e em minuta com:
Trinta e três (33) votos a favor dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal da CDU: 16
• Do grupo municipal do PS: 11
• Do grupo municipal do BE: 3
• Do grupo municipal do PAN: 1
• Do grupo municipal do CDS/PP: 1
• Do presidente da JFFF: 1
Quatro (4) abstenções dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal do PSD: 4
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Portanto, todos a favor, com a abstenção do PSD.
Alguma declaração de voto? Não tenha registo. Passamos para o ponto 10.
II.10. Adesão à Rede Mayors for Peace. Aprovação.
(Documento anexo à ata com o número 25)
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Adesão à Rede Mayors for Peace. A votação.
Votação do Ponto II.10.
Aprovada a Deliberação nº11/XII/2021 por maioria e em minuta com:

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Trinta e dois (32) votos a favor dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal da CDU: 16
• Do grupo municipal do PS: 11
• Do grupo municipal do BE: 3
• Do grupo municipal do PAN: 1
• Do presidente da JFFF: 1
Um (1) voto contra dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal do CDS/PP: 1
Quatro (4) abstenções dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal do PSD: 4
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Aprovada com os votos a favor da CDU, PS, BE, PAN,
JFFF, e o voto contra do CDS/PP, e a abstenção do PSD. portanto, alguma declaração de voto? Não
tenho registo. Portanto, passamos para o ponto 11.
II.11. Adesão ao ODSlocal. Plataforma Municipal dos Objetivos de Desenvolvimento
Sustentável. Aprovação.
(Documento anexo à ata com o número 26)
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Adesão ao ODSlocal. Plataforma Municipal dos
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Aprovação. Votação?
Votação do Ponto II.11.
Aprovada a Deliberação nº12/XII/2021 por maioria e em minuta com:
Trinta e três (33) votos a favor dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal da CDU: 16
• Do grupo municipal do PS: 11
• Do grupo municipal do BE: 3
• Do grupo municipal do PAN: 1
• Do grupo municipal do CDS/PP: 1
• Do presidente da JFFF: 1
Quatro (4) abstenções dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal do PSD: 4
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Aprovada com os votos a favor da CDU, PS, BE, PAN,
CDS/PP, e JFFF, e a abstenção do PSD. Declarações de voto? Não há. Não tenho registos. Então
entramos no último ponto, que é o décimo segundo (12).
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II.12. Prorrogação do prazo de constituição de direito de superfície sobre uma parcela de
terreno, a favor da Santa Casa da Misericórdia, para a construção de uma Unidade de Cuidados
Integrados do Seixal. Aprovação.
(Documento anexo à ata com o número 27)
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “ É, «Prorrogação do prazo de constituição do direito
de superfície sobre uma parcela de terreno a favor da Santa Casa de Misericórdia para a
construção de uma unidade de cuidados integrados do Seixal. Sr. Presidente da Câmara, faz favor.
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Obrigado Sr. Presidente da Assembleia Municipal. Trata-
se de pudermos avançar com a prorrogação da cedência do terreno para a unidade de cuidados
integrados e da Arrentela, por 50 anos. Esperemos que com esta nossa decisão possamos manter
este equipamento o mais rapidamente possível, que tão necessário é para o nosso concelho e para
a região. Obrigado.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Obrigado Sr. Presidente. Intervenções neste ponto?
Não há nenhum registo? Confirma-se isso? Bom, então sendo assim, vamos colocar à votação,
ponto 12.
Aprovada a Deliberação nº13/XII/2021 por maioria e em minuta com:
Trinta e dois (32) votos a favor dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal da CDU: 16
• Do grupo municipal do PS: 11
• Do grupo municipal do BE: 3
• Do grupo municipal do PAN: 1
• Do presidente da JFFF: 1
Cinco (5) abstenções dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal do PSD: 4
• Do grupo municipal do CDS/PP: 1
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “ Portanto, está aprovado com os votos a favor da
CDU, PS, BE, PAN, e JFFF, e a abstenção do PSD, e do CDS/PP. Alguma declaração de voto? Também
não tenho nenhum registo.
II. 13. Minuta da Ata – Aprovação.
Aprovada a Deliberação nº14/XII/2021 por unanimidade e em minuta com:
Trinta e sete (37) votos a favor dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal da CDU: 16
• Do grupo municipal do PS: 11
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2ª Sessão ordinária – 29 de abril de 2021
• Do grupo municipal do PSD: 4
• Do grupo municipal do BE: 3
• Do grupo municipal do PAN: 1
• Do grupo municipal do CDS/PP: 1
• Do presidente da JFFF: 1
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Bom, terminámos a nossa sessão da Assembleia
Municipal. Agradeço a todos, ao Sr. Presidente da Câmara, naturalmente aos Srs. Vereadores, Srs.
membros da Assembleia, à nossa equipa da Câmara e da Assembleia, à Dra. Madalena Silva...
termina, faz a sua última sessão, não é? Mas vai continuar connosco, antes de mais por esta
grande terra que é o concelho do Seixal, não é? E pelo seu futuro, pela sua história, pelo que
fazemos hoje e pelo seu futuro. Em nome das populações e do poder local democrático. E desejo a
todos que corra tudo bem, com saúde acima de tudo e um bom 1º de maio. Bom e consideramos,
Não disse isso, aprovada a ata em minuta por unanimidade, certo?
Nada mais havendo a tratar, O Presidente da Assembleia Municipal deu os trabalhos por
encerrados, agradecendo a presença do executivo municipal e dos membros deste Órgão.
A sessão terminou cerca da 01:41 horas do dia 30 de abril.
Nos termos do art.º 5.º do Decreto-Lei nº 45362 de 21 de Novembro de 1963 (com a redação
atualizada pelo Decreto-Lei nº 334/82 de 19 de Agosto, e de acordo com uma interpretação
extensiva), os documentos mencionados são arquivados, ora em pasta anexa à presente ata, ora
no respetivo processo.
Sempre que se indicou ter sido tomada qualquer deliberação, dever-se-á entender ter sido
aprovado nos termos e para efeitos do disposto no art.º 92.º da Lei nº 169/99, de 18 de setembro,
com a redação atualizada pela Lei nº 5-A/2002, de 11 de janeiro, e com as alterações introduzidas
pela Lei nº 67/2007, de 31 de dezembro e pela Lei nº 75/2013, de 12 de setembro.
Para constar se lavrou a presente ata que vai ser assinada pelo Presidente e Secretários em
exercício:
O Presidente da Assembleia Municipal:

O Primeiro Secretário:

A Segunda Secretária:

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Ata nº 03/2021
1ª Sessão extraordinária – 21 de junho de 2021

A T A nº 03/2021
Aos 21 dias de junho de dois mil e vinte e um, reuniu a Assembleia Municipal do Seixal, na sua 1ª
sessão extraordinária de 2021, por videoconferência, presidida por Alfredo José Monteiro da
Costa e secretariada pelo 1º Secretário, Américo Augusto de Oliveira da Costa, e pela 2ª secretária,
Sara Sofia Oliveira da Silva Lopes Oliveira, com a seguinte Ordem de Trabalhos, divulgada pelo
edital nº 10/2021, de 15 de junho.
I – PERÍODO DE ANTES DA ORDEM DO DIA.
II – PERÍODO DA ORDEM DO DIA.
II.1. Informação sobre o trabalho em curso das Comissões da Assembleia Municipal.
II.2. Delegação contratual de competências nas juntas de freguesia. Reforço extraordinário dos
meios financeiros do contrato interadministrativo celebrado com a Junta de Freguesia de Corroios.
Aprovação.
II.3. Juízes sociais. Lista de candidatos (efetivos e suplentes). Biénio 2021 – 2023. Aprovação.
II.4. Grandes opções do plano e orçamento para 2021. 2.ª Revisão orçamental. Aprovação.
II.5. Acordo relativo ao financiamento do exercício pela Área Metropolitana de Lisboa das suas
competências de autoridade de transportes e respetiva repartição de encargos. Aprovação.
II.6.Procedimento para a contratação de empréstimo a médio e longo prazo para despesas
destinadas ao combate dos efeitos da pandemia da doença COVID-19. Relatório final e
adjudicação. Aprovação.
Estiveram presentes, para além dos membros da Mesa:
Da CDU: Almira Maria Machado dos Santos, Armando da Costa Farias, Carlos Alberto de Sousa
Pereira, Custódio Luís Quaresma Jesus de Carvalho, Fernando Júlio da Silva e Sousa, Maria João
Evaristo Oliveira Santos, Maria Júlia dos Santos Freire, Nuno Filipe Oliveira Graça, Paula Alexandra
Sobral Guerreiro Santos Barbosa, Paulo Alexandre da Conceição Silva e Raul João Felicia Ramires.
Do PS: Célia Maria Martins Cunha, Luís Pedro de Seia Gonçalves, Maria Virgínia de Sousa Andrade
Dias, Marta Sofia Valadas Barão, Nelson Filipe Lampreia de Oliveira Patriarca, Rui Jorge Guerreiro
Parreira, Rui Miguel Santos Brás, Samuel Pedro da Silva Cruz, Sérgio Miguel Carreiro Ramalhete e
Tomás Baptista Costa dos Santos.
Do PSD: Carlos Alberto Ferreira, Maria Luisa Marques da Gama, Rui Miguel Lança Belchior Pereira
e Xavier Prego Simões.
Do BE: Eduardo Manuel Lino Grêlo, Sandra Anabela Alves de Sousa e Vitor Manuel Cavalinhos.
Do PAN: Nuno André Baptista Nunes.
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Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 03/2021
1ª Sessão extraordinária – 21 de junho de 2021
Do CDS-PP: João Guilherme Nobre Prata Fragoso Rebelo.
Estiveram ainda presentes os Presidentes de Junta de Freguesia de Amora, Manuel Araújo e
Mónica Rodrigues e Manuel Carvalho em substituição do Presidente da Junta de Freguesia de
Corroios e da União das Freguesias de Aldeia de Paio Pires, Arrentela e Seixal, respetivamente.
Registaram-se as seguintes substituições:
No grupo municipal da CDU: Hernâni Magalhães por Almira Santos, em virtude de Gonçalo Rui
Oliveira ter também solicitado a sua substituição. Ana Inácio por Armando Farias. Rui Algarvio por
Raul Ramires.
No grupo municipal do PSD: Duarte Correia por Xavier Simões em virtude de Fátima Prior ter
também solicitado a sua substituição. Ricardo Moraes por Carlos Ferreira.
O Presidente da Junta de Freguesia de Corroios, Eduardo Rosa, por Mónica Rodrigues.
O Presidente da União de Freguesias de Aldeia de Paio Pires, Arrentela e Seixal, por Manuel
Carvalho.
Para além do Presidente da Câmara Municipal do Seixal, Joaquim Cesário Cardador dos Santos,
estiveram presentes os seguintes Vereadores:
Maria Manuela Palmeiro Calado, Joaquim Carlos Coelho Tavares, José Carlos Marques Gomes,
Maria João Varela Macau, Eduardo Rodrigues, Marco Fernandes, Elizabete Pereira Adrião, Nuno
Moreira e Francisco Morais.

Devido a um problema técnico, a gravação áudio da sessão não apresenta condições para ser pos-
sível a sua transcrição, pelo que a presente ata é redigida a partir da minuta da ata elaborada pelo
1º Secretário Américo Costa, durante a sessão, minuta aprovada por unanimidade no final da mes-
ma.

Às 20:33 houve um pedido de intervenção política pelo líder da bancada do PSD Rui Belchior

A Sessão teve início cerca das 20:35.


O Presidente da Assembleia Municipal abriu os trabalhos e informou os pedidos de substituição
anunciou que haviam 11 documentos para discussão no período de antes da ordem do dia e não
havia objeções ao pedido de discussão conjunta num único ponto dos pontos I.1 e I.2 com votação
em separado
I. PERÍODO DE ANTES DA ORDEM DO DIA.
I.1. O Grupo Municipal da CDU apresentou o voto de pesar pelo falecimento de Vítor Manuel
Lopes Gonçalves, subscrito por Maria Júlia Freire.
(Documento anexo à ata com o número 1)

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Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 03/2021
1ª Sessão extraordinária – 21 de junho de 2021
O Presidente da Assembleia Municipal disse que iriam passar ao primeiro documento, que era um
voto de pesa pelo falecimento de Vítor Manuel Lopes Gonçalves, subscrita pela Julia Freire da CDU
a quem dava a palavra.
Maria Júlia Freire, da CDU, fez a leitura não total do documento do voto de pesar
O Presidente da Assembleia Municipal perguntou se havia inscrições , não houve passando.-se de
seguida ao segundo voto de pesa

Aprovada a Tomada de Posição nº32/XII/2021 por unanimidade em minuta com:

• Trinta e cinco (35) votos a favor dos seguintes eleitos:

- Do grupo municipal da CDU: 16

- Do grupo municipal do PS: 11

- Do grupo municipal do PSD: 4

- Do grupo municipal do BE: 3

- Do grupo municipal do PAN: 1

- Do grupo municipal do CDS-PP: 1


I.2. O Grupo Municipal do CDS/PP apresentou o voto de pesar pelo falecimento de Abel Nunes,
subscrita por João Rebelo.
(Documento anexo à Ata com o número 2)
O Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra ao proponente
João Rebelo, do CDS/PP, disse: “fez a leitura do voto de pesar
O Presidente da Assembleia Municipal perguntou se havia inscrições , não houve passando.-se de
seguida ao segundo voto de pesa

Aprovada a Tomada de Posição nº33/XII/2021 por unanimidade e em minuta com:

• Trinta e cinco (35) votos a favor dos seguintes eleitos:

- Do grupo municipal da CDU: 16

- Do grupo municipal do PS: 11

- Do grupo municipal do PSD: 4

- Do grupo municipal do BE: 3

- Do grupo municipal do PAN: 1


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Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 03/2021
1ª Sessão extraordinária – 21 de junho de 2021
- Do grupo municipal do CDS-PP:
I.3. O Grupo Municipal do PS, apresentou uma declaração política.
(Documento anexo à ata com o número 3)
O Presidente da Assembleia Municipal disse que passavam ao 3º documento que era uma
declaração política do PS, dando a Palavra a Samuel Cruz.
Samuel Cruz, do PS, leitura declaração política que se encontra em anexo.
I.4. O Grupo Municipal do PSD, apresentou uma declaração política.
O Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra a Rui Belchior.
Rui Belchior, do PSD, fez leitura da declaração política.
I.5. O Grupo Municipal do PAN, apresentou o voto de condenação «Pela destruição dos charcos
temporários na Construção do Parque Metropolitano de Biodiversidade», subscrita por André
Nunes.
(Documento anexo à ata com o número 4)
O Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra ao André Nunes .
André Nunes, do PAN, fez a apresentação da moção.
Da discussão efetuada resultou a retirada da proposta pelo proponente André Nune.s
I.6. O Grupo Municipal da CDU apresentou a saudação «Ao 150.º aniversário da Sociedade
Filarmónica União Seixalense», subscrita por Manuel Carvalho.
(Documento anexo à Ata com o número 5)
O Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra ao eleito Manuel Carvalho.
Manuel Carvalho, da CDU, que apresentou de forma sumaria a saudação.
O Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra ao presidente da Câmara Municipal do Seixal
O Presidente da Câmara Municipal, associou a Câmara do Seixal à saudação à Sociedade
Filarmónica União Seixalense, afirmado que a câmara municipal continuava a apoiar esta
sociedade e a sua banda filarmónica, admitindo que não existiam subsidiários governamentais ao
associativismo, que resulta uma grande diferença entre o apoio da CDU e do Governo.
O Presidente da Assembleia Municipal perguntou se havia intervenções, como não houveram
colocou o documento à votação

Aprovada a Tomada de Posição nº34/XII/2021 por unanimidade e em minuta com:

• Trinta e cinco (35) votos a favor dos seguintes eleitos:

- Do grupo municipal da CDU: 16

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Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 03/2021
1ª Sessão extraordinária – 21 de junho de 2021
- Do grupo municipal do PS: 11

- Do grupo municipal do PSD: 4

- Do grupo municipal do BE: 3

- Do grupo municipal do PAN: 1

- Do grupo municipal do CDS-PP: 1


I.7. O Grupo Municipal do PS, apresentou a moção «Por justiça para a Península de Setúbal no
acesso aos Fundos Comunitários», subscrita por Samuel Cruz.
(Documento anexo à ata com o número 6).
O Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra a palavra a Samuel Cruz.
Samuel Cruz, do PS, fez uma resumida apresentação do documento.
O Presidente da Assembleia Municipal perguntou se haveria intervenções, dando a palavra a
Paula Santos.
Paula Santos, da CDU, disse que a eliminação da NUT III foi bastante prejudicial para a região,
havia indicadores que não se conheciam. A eliminação tinha sido feita pelo governo PSD/CDS e o
PS nunca teve qualquer intervenção para a recuperação da NUT III, pelo facto de ter havido
partidos como o PCP que tinham avançado com a recuperação da NUT III. O distrito de Setúbal
tem grandes potencialidades e tinha sido prejudicado por investimentos anunciados e não
concretizados, afirmando que o hospital do Seixal era exemplo paradigmático.
O Presidente da Assembleia Municipal deu a a palavra a João rebelo.
João Rebelo, do CDS/PP, disse que a moção tinha bom fundo e boas ideias por detrás, o problema
eram os meios alocados a Portugal, mesmo com a NUT III não chegavam a região de Setubal ou ao
concelho do Seixal, devia-se estar muito atentos ao que se iria passar. Informou que iria votar
positivamente no entanto com reservas, com duvidas sobre a atuação governo.
O Presidente da Assembleia Municipal fez 3 considerações: as questões expostas não eram novas
e não era entendivel que o problema ainda não tinha sido resolvido. A ANMP colocou, ao governo,
essa questão. O desaparecimento da NUT III era um prejuízo grave para o distrito de Setúbal, que
tem empresas nos 10 primeiros lugares do PIB do país, ficando a região completamente afastada.
A região de Lisboa e Vale do Tejo mantém-se mas o que houve foi uma reconfiguração, ficando o
distrito de Setúbal só com 1% dos programas nacionais. O PRR deixava a Península de Setúbal
afastada dos investimentos; o MST não está no PRR isso era uma boa questão a incluir no
documento, tudo isso colocava o questionamento ao governo e sobre o PS que para o Seixal
anunciou 100 milhões de euros onde é que eles estavam. Deu de seguida a palavra ao Presidente
da Câmara.

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Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 03/2021
1ª Sessão extraordinária – 21 de junho de 2021
O Presidente da Câmara Municipal deu 2 notas políticas: o PS tinha ido “chorar sobre leite
derramado” e nada tinha feito para alterar os fundos para o distrito de Setúbal, atos de contrição
eram bem vindos mas, a região precisava de mais.
O Presidente da Assembleia Municipal disse que gostaria de lembrar que a Auto Europa teve
menos ajuda do Estado do que a fabrica mãe , na Alemanha, sendo isso elucidativo, deu de
seguida a palavra ao proponente
Samuel Cruz, do PS, disse que era importante haver consenso alargado no que dizia respeito à
Península de Setúbal e isso iria vigorar no próximo quadro comunitário.
O Presidente da Assembleia Municipal disse que no quadro da ANMP se via com pouca
probabilidade essa posição ser possível no próximo quadro. Colocou o documento a votação

Aprovada a Tomada de Posição nº35/XII/2021 por maioria e em minuta com:

Vinte (20) votos a favor dos seguintes eleitos:

• Do grupo municipal do PS: 11

• Do grupo municipal do PSD: 4

• Do grupo municipal do BE: 3

• Do grupo municipal do PAN: 1

• Do grupo municipal do CDS-PP: 1

Dezasseis (16) abstenções dos seguintes eleitos:

• Do grupo municipal da CDU: 16

Paulo Silva da CDU informou que iria apresentar, por escrito, uma declarações de voto, no prazo
regimental

Samuel Cruz do PS disse que em Alcochete o PCP votou a favor. Já se tinha visto mais organização
no PCP
I.8. O Grupo Municipal da CDU, apresentou uma moção «Sobre a Rotunda da Ponte da
Fraternidade», subscrita por Paula Santos.
(Documento anexo à ata com o número 7).
O Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra a Paula Santos da CDU
Paula Santos, da CDU, fez a presentação sumaria da moção
O Presidente da Assembleia Municipal perguntou quem queria intervir, dando a palavra a Rui
Belchior do PSD

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Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 03/2021
1ª Sessão extraordinária – 21 de junho de 2021
Rui Belchior, do PSD, disse só havia referência à moção da CDU mas, no mesmo dia tinha sido
aprovada, com os votos contra da CDU, uma que exortava a Câmara Municipal a resolver a
situação o mais rapidamente possível, à semelhança de outras responsabilidade que a câmara
municipal assumia, não sendo matéria da sua responsabilidade, lamentando que não se fizesse
essa retratação, ao fim de 3 meses a câmara municipal “engoliu o sapo” e resolveu o problema,
foram perdidos 70 e tal dias nesse processo. O Boletim Municipal tinha dado um grande relevo à
moção da CDU e sobre o mesmo assunto só referiu que foi aprovada uma moção do PSD, informou
que se iriam abster.
Sara Lopes, do PS, informa que o PSD esgotou o tempo.
O Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra a André Nunes.
André Nunes, do PAN, disse que a Câmara Municipal se teria substituído ao governo
questionando-se o porquê da demora ,se teria estado a “fazer política”.
O Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra a Vítor Cavalinhos
Vítor Cavalinhos, do BE, perguntou se a obra tinha sido iniciado pela empresa e se o governo se
comprometeu.
O Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra a Samuel Cruz.
Samuel Cruz, do PS, pergunta ao Presidente da câmara municipal se estava em condições de
garantir a obra e se esta não precisaria de nova intervenção a breve trecho.
O Presidente da Assembleia Municipal eu a palavra a João Rebelo
João Rebelo do CDS/PP, disse que a práxis da CDU tem sido não intervir e gastar o dinheiro em
cartazes e propaganda. A obra feita resolveu o problema disse tinha a certeza
O Presidente da Assembleia Municipal deu de seguida a palavra ao Presidente da Câmara.
O Presidente da Câmara Municipal agradeceu ao PS, PSD e CDS por terem apreciado a intervenção
da câmara, tinha havido influencia tola da IP a quem foi perguntado, entre outras coisas, quanto
tempo demoraria a obra. A CMS resolveu o problema em 2 semanas, não se entendia as criticas ao
município. A CDU resolveu mas o PS e o PSD queriam bloquear. Teve que se falar com o presidente
da empresa para a câmara ter autorização para fazer a obre. A empresa contratada, com a sua
tecnologia daria a sua respetiva garantia.
O Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra a Vítor Cavalinhos no entanto não se
conseguiu registar a sua intervenção.
O Presidente da Assembleia Municipal deu novamente a palavra ao Presidente da Câmara.
O Presidente da Câmara Municipal disse que a intervenção ainda não tinha terminado, os custos
iam ser apurados e a Câmara do Seixal resolveria posteriormente o que fazer com esses custos.

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Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 03/2021
1ª Sessão extraordinária – 21 de junho de 2021
Tomás Santos do PS pede um ponto de ordem à mesa para dizer que Paulo Silva na sua declaração
de voto acabou por fazer uma intervenção.
O Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra ao Presidente da Câmara para um
esclarecimentos.
O Presidente da Câmara Municipal referiu que o eleito Samuel cruz cometeu um lapso em relação
à Câmara Municipal do Seixal, sobre a matéria do aeroporto, a câmara municipal participou em
todo o processo. Quanto à estrada Seixal/ Sesimbra pertence desde sempre à IP.
Samuel Cruz, do PS, pede 1 minuto ao presidente para repor umas questões: o Presidente da
Câmara Municipal tinha dito uma inverdade, que a declaração de impacto ambiental sobre o
aeroporto tinha sido da câmara. O eleito Paulo Silva tinha dito que a intervenção era na 378.
O Presidente da Assembleia Municipal afirmou que daria o espaço que entendesse aos eleitos e
referiu que a desclassificação da estradas nacionais não é política do Seixal. Existiam casos de
atribuições as câmara municipais mas não haviam valores que correspondam a essa passagem de
competência, deu a palavra ao Presidente da câmara.
O Presidente da Câmara Municipal, disse que uma vez mais existiam eleitos que não estarvam a
dizer a verdade, a estrada 378 não tinha sido desclassificada. A câmara municipal do Seixal tinha
pedido o parecer técnico sobre o aeroporto.
O Presidente da Assembleia Municipal colocou o documento a votação

Aprovada a Tomada de Posição nº36/XII/2021 por maioria e em minuta com:

Vinte (20) votos a favor dos seguintes eleitos:

• Do grupo municipal da CDU: 16

• Do grupo municipal do BE: 3

• Do grupo municipal do PAN: 1

Dezasseis (16) abstenções dos seguintes eleitos:

• Do grupo municipal do PS: 11

• Do grupo municipal do PSD: 4

• Do grupo municipal do CDS-PP: 1

Foram apresentadas 3 declarações de voto:

PS: voto de abstenção porque havia um ponto positivo, a saudação aos trabalhadores.

CDS: Absteve-se porque a solução tinha sido solicitada por vários partidos ignorava tudo isso
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Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 03/2021
1ª Sessão extraordinária – 21 de junho de 2021
PSD: apresentaria a declaração de voto por escrito

CDU: Onde havia construção de um lado e de outro, na rotunda, que era uma estrada nacional que
é da responsabilidade da IP. A câmara municipal tinha dialogado com a IP que disse que faria a
obra em 4 meses.
I.9. O Grupo Municipal do PS apresentou uma saudação «Mais Europa é melhor Seixal»,
subscrita por Tomás Santos.
(Documento anexo à ata com o número 8)
O Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra a Tomás Santos
Tomás Santos, do PS, fez a apresentação sumária da saudação, dizendo que a desorganização da
CDU já tinha chegado ao Concelho do Seixal e que a CDU fazia propaganda tipo Estalinista, não
reconhecia saudar a União Europeia, e deixando claro que o que foi dito pela câmara municipal
não correspondia à verdade.
Paulo Silva, da CDU, colocou um ponto de ordem à mesa sobre o tempo gasto por cada elemento
da CDU para poder comprovar o tempo global da CDU que era de 18’.
Sara Lopes, do PS disse que era fácil dizer mas difícil de comprovar com os meios ao dispor e na
assembleia seguinte diria se tinha havido qualquer erro.
O Presidente da Assembleia Municipal perguntou se havia condições de ter resposta no
momento.
Paulo Silva, da CDU, perguntou como se fazia o controlo do tempo, se era feira à mão , ou como
seria. Não era normal pedir um esclarecimento sobre tempos e não obter resposta. Esteves-se 4
anos com confiança agora estava a questionar.
O Presidente da Assembleia Municipal disse havia uma dificuldade que resultava da 2ª secretária
não ter ao seu dispor o programa que que tinha nas relações presenciais, foi suscitada uma duvida.
Foi considerada a hipótese de se suspender a assembleia. Deu a palavra a André Nunes.
André Nunes, do PAN, disse que a mesa era soberana e assumia os seus compromissos ou
navegar-se-ia ao sabor do vento, não concordava com a suspensão e pediu ao presidente para
continuar os trabalhos.
Vítor Cavalinhos, do BE, disse que objetivamente estava-se a pôr em causa a mesa, o que não era
ocasional. Tinha que haver desconfiança e, a sua proposta era de que se anulasse essa
desconfiança.
O Presidente da Assembleia Municipal disse que a mesa não tinha condições para resolver essa
duvidas. Poderia haver enganos e isso corrigir-se-ia havendo duvidas
Sara Lopes, do PS, informou o tempo das intervenções dos eleitos da CDU
Paulo Silva, da CDU, perguntou quem fez a intervenção dos 3’55”
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Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 03/2021
1ª Sessão extraordinária – 21 de junho de 2021
Tendo sido esclarecido quem teria feito a intervenção dos 3’55” e com o pedido de desculpa de
Paulo silva ficou o assunto dos tempos encerrado.
O Presidente da Câmara Municipal deu a palavra ao presidente da câmara
O Presidente da Assembleia Municipal sobre fundos europeus disse que o apoio nas varias áreas
eram manifestamente insuficientes, não havia verbas para viaturas. Sabia bem ouvir elogios mesm
aqueles vindos do PS.
O Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra ao proponente
Tomás Santos, do PS, disse que a câmara municipal foi reeleita e tem que fazer alguma coisa.
O Presidente da Assembleia Municipal colocou o documento a votação
Aprovada a Tomada de Posição nº37/XII/2021 por maioria e em minuta com:
Dezassete (17) votos a favor dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal do PS: 1
• Do grupo municipal do PSD: 4
• Do grupo municipal do PAN: 1
• Do grupo municipal do CDS/PP: 1
Dezasseis (16) votos contra dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal da CDU: 16
Três (3) abstenções dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal do BE: 3

I.10. O Grupo Municipal da CDU apresentou moção “Pela remoção das coberturas de
fibrocimento nas Escolas Básicas de 2.º e 3.º Ciclos e Secundárias”, subscrita por Paulo Silva.
Não foi apresentada por falta de tempo da CDU

I.11. O Grupo Municipal do PS apresentou a saudação «Saudar as associações humanitárias de


bombeiros do Concelho e respetivas corporações e recomendar que o executivo camarário
planeie a criação de bombeiros municipais», subscrita por Luís Pedro Gonçalves.
(Documento anexo à ata com o número 9)
O Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra a Luís Gonçalves
Luís Gonçalves, do PS, fez a apresentação sumaria da saudação
O Presidente da Assembleia Municipal deu

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Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 03/2021
1ª Sessão extraordinária – 21 de junho de 2021
Rui Brás, do PS, afirmou que se devia valorizar essa saudação. A câmara municipal do Seixal
contribuiu com perto de 1 milhão de euros, perguntando se não era melhor criar uma nova
estrutura com a municipalização dos bombeiros.
O Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra a Vítor Cavalinhos.
Vítor Cavalinhos, do BE, disse era prematuro elaborar um plano estrutural para os bombeiros do
seixal. devia-se estudar a temática e ver-se todas as vertentes.
O Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra a João Rebelo.
João Rebelo, do CDS/PP, inaudível a apresentação.
O Presidente da Assembleia Municipal disse que a ANMP tinha uma secção de bombeiros onde
havia bombeiros profissionais. O apoio era ao funcionamento. Perguntou qual a necessidade de se
criar bombeiros municipais. Deu a palavra ao Presidente da câmara.
O Presidente da Câmara Municipal disse que os bombeiros no concelho do seixal tinham um
papel extraordinário no apoio à população. Eram uns dos mais capacitados ,na área metropolitana
de Lisboa. A alteração da sua estrutura (carácter) era decorrente de algo que estivesse mal, mas a
proposta do PS acha que não era daí o problema. O PS oculta o apoio aos bombeiros a nível
nacional, o PS e o seu governo deviam dar mais apoio aos bombeiros.
O Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra ao proponente.
Luís Gonçalves, do PS, Inaudível a apresentação.
O Presidente da Assembleia Municipal em defesa da honra disse que o que tinha sido dito foi um
atestado de incompetência ao atual presidente da câmara e aos anteriores executivos , o que era
inaceitável, estava-se a falar de uma das corporações mais apoiadas do país o poder central
apoiava os bombeiros do seixal com um “par de rodas”. Não havia financiamento do poder central.
Colocou o documento a votação
Aprovada a Tomada de Posição nº 38/XII/2021 por maioria e em minuta com:
Dezassete (17) votos a favor dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal do PS: 11
• Do grupo municipal do PSD: 4
• Do grupo municipal do PAN: 1
• Do grupo municipal do CDS/PP: 1
Dezasseis (16) votos contra dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal da CDU: 16
Três (3) abstenções dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal do BE: 3
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Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 03/2021
1ª Sessão extraordinária – 21 de junho de 2021
A reunião foi interrompida às 23:05h com um intervalo de 20m
Recomeçou às 23:20h
II. PERÍODO DA ORDEM DO DIA
O Presidente da Assembleia Municipal informou que a votação do ponto II.3 teria que ser por
voto secreto o que não seria possível com este formato de reunião. E na próxima também não
seria. A forma mais acessível e adequada seria convocar sessão especifica até dia 3/06 com
votação com horário curto e solicitou aos lideres para se pronunciarem sobre esta matéria
Paulo Silva, da CDU, disse concordar com proposta do presidente
Samuel Cruz, do PS, afirma que o voto eletrónico oferecia garantias
O Presidente da Assembleia Municipal disse que não se tinha esse software instalado
Samuel Cruz, do PS, disse que apoiava o voto presencial
Rui Belchior, do PSD, disse não se oponha a nada e sugeriu assembleia para se votar
presencialmente dia 23/06 das 18 às 19:30 com possibilidade de entregar de votos nos serviços
nos horários dos mesmos nos dia 22 e 23.
Vítor Cavalinhos, do BE, disse estava de acordo.
O Presidente da Assembleia Municipal disse que tendo em conta o acordado é retirado o ponto.
II.3
II.1. Informação do trabalho em curso das Comissões da Assembleia Municipal.
O Presidente da Assembleia Municipal deu palavra a Paulo Silva.
Paulo Silva, da CDU, informou sobre o funcionamento da Comissão da Comissão de
Desenvolvimento Estratégico no quadro do desenvolvimento e organização da assembleia
O Presidente da Assembleia Municipal deu a Américo Costa.
Américo Costa da CDU, informou sobre a reunião e respetivas conclusões da reunião da Comissão
de Educação Urbanismo e Recursos Humanos.
II.2. Delegação contratual de competências nas juntas de freguesia. Reforço extraordinário dos
meios financeiros do contrato interadministrativo celebrado com a Junta de Freguesia de
Corroios. Aprovação.
(Documento anexo à ata com o número 10)
O Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra ao Presidente Joaquim Santos.
O Presidente da Câmara Municipal fez a apresentação do contrato interadministrativo/reforço
financeiro/freguesia de Corroios sobre o alargamento do cemitério de Corroios.
O Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra a Samuel Cruz.

12/18
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 03/2021
1ª Sessão extraordinária – 21 de junho de 2021
Samuel Cruz, do PS, perguntou como estava a questão do cemitério de Fernão Ferro.
O Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra ao Presidente da Câmara.
O Presidente da Câmara Municipal deu informação complementar e respondeu à questão
colocada pelo eleito Samuel Cruz.
O Presidente da Assembleia Municipal colocou a votação o documento.
Aprovada a Deliberação nº15/XII/2021 por maioria e em minuta com:
Trinta e dois (32) votos a favor dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal da CDU: 16
• Do grupo municipal do PS: 11
• Do grupo municipal do BE: 3
• Do grupo municipal do PAN: 1
• Do grupo municipal do CDS/PP: 1
Quatro (4) abstenções dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal do PSD: 4
II.3. Juízes sociais. Lista de candidatos (efetivos e suplentes). Biénio 2021 – 2023. Aprovação.
Retirado . A Assembleia Municipal especial para votação presencial por voto secreto ficou
convocada para dia 23 de junho das 18 às 19:30h. Considerou-se a possibilidade de o voto secreto
ser entregue em envelope fechado nos dias 22 e 23 no horário normal de funcionamento dos
serviços municipais.
II.4. Grandes opções do plano e orçamento para 2021. 2.ª Revisão orçamental. Aprovação.
(Documento anexo à ata com o número 11)
O Presidente da Assembleia Municipal disse que o ponto, por decisão de lideres é discutido em
conjunto com o ponto II.5 com votação em separado. Deu de seguida a palavra ao Joaquim Santos
Presidente da Câmara
O Presidente da Câmara Municipal resumiu as matérias correspondentes a esses dois pontos,
nomeadamente: as alterações nos transportes coletivos rodoviários; para a adjudicação final o
Tribunal de contas aguarda que os órgão municipais decidam sobre o financiamento. Naquele
momento e para os próximos anos eram pedidos ao município do Seixal 2,7 milhões de euros;
passe intermodal, o aumento da frota, as carreiras com mais e melhores transportes públicos são
matérias em que a câmara Municipal estava de acordo na sua viabilização.
O Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra a Armando Farias

13/18
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 03/2021
1ª Sessão extraordinária – 21 de junho de 2021
Armando Farias, da CDU, relevou os compromissos da câmara municipal com as populações, com
o movimento associativo, na comparticipação no novo modelo de passe social e no incentivo aos
transportes públicos, referiu ainda o apoio para o reforço de alargamento da rede de autocarros e
transportes públicos. Era um apoio significativo à mobilidade urbana.
O Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra a Samuel Cruz.
Samuel Cruz, do PS, disse ter gostado de ouvir a posição do senhor da Comissão de Utentes. A
câmara municipal tinha pouco a ver com essa situação, as grandes medidas tinham sido tomadas
por Fernando Medina e pelo governo do PS.
O Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra ao Presidente da Câmara.
O Presidente da Câmara Municipal disse que a proposta avançou com a iniciativa do PCP e CDU
com a afirmação do baixo custo do passe social, só neste mandato era possível, o Presidente Carlos
Humberto era principal proponente dessas decisões. O que faltava era a garantia, por parte do
governo, do funcionamento para os próximos anos, tal como ficava garantido com o financiamento
plurianual definido pelo municípios.
O Presidente da Assembleia Municipal colocou a votação os documentos.
Aprovada a Deliberação nº16/XII/2021 por maioria e em minuta com:
Trinta e um (31) votos a favor dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal da CDU: 16
• Do grupo municipal do PS: 11
• Do grupo municipal do BE: 3
• Do grupo municipal do PAN: 1
Cinco (5) abstenções dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal do PSD: 4
• Do grupo municipal do CDS/PP: 1
II.5. Acordo relativo ao financiamento do exercício pela Área Metropolitana de Lisboa das
suas competências de autoridade de transportes e respetiva repartição de encargos. Aprovação.
(Documento anexo à ata com o número 12)
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “
Aprovada a Deliberação nº17/XII/2021 por maioria e em minuta com:
Trinta e um (31) votos a favor dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal da CDU: 16
• Do grupo municipal do PS: 11
14/18
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 03/2021
1ª Sessão extraordinária – 21 de junho de 2021
• Do grupo municipal do BE: 3
• Do grupo municipal do PAN: 1
Cinco (5) abstenções dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal do PSD: 4
• Do grupo municipal do CDS/PP: 1
II.6. Procedimento para a contratação de empréstimo a médio e longo prazo para despesas
destinadas ao combate dos efeitos da pandemia da doença COVID-19. Relatório final e
adjudicação. Aprovação.
(Documento anexo à ata com o número 13)
O Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra ao Presidente da Câmara.
O Presidente da Câmara Municipal que fez a justificação para contratação do empréstimo,
créditos na receita, dotação do município para as despesas covid e para se poder continuar o
investimento. O município já tinha gasto 4 milhões de euros até à data com previsões de 5 milhões
até o final do ano. As despesas foram registadas e avançadas para o governo mas este não
correspondeu as expectativas, já se sabia qu,e no máximo, se contabilizarão 150 mil euros. Esteve-
se na linha da frente com boas medidas de gestão. A política do PS ficava bem revelada.
O Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra a João Rebelo.
João Rebelo, do CDS/PP, disse que era difícil ter planos de investimento previsto para a pandemia
Covid19 para 2020, idem para o ano de 2021. A despesa covid e a diminuição de receitas levaram a
estas exigências que a câmara municipal solicita. Tinha havido uma cena lamentável de
distribuição de mascaras, acompanhando com o boletim municipal, que foi utilizado como
propaganda eleitora.
O Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra a Fernando Sousa.
Fernando Sousa, da CDU, disse que a explicação do presidente da câmara municipal era mais que
suficiente e a contratação do empréstimo fazia todo o sentido, pois deve-se manter também o
apoio às instituições, uma vez que a pandemia ainda não tinha terminado. As entidades a quem as
instituições se dirigiram fizeram “orelhas mocas” e só a câmara municipal respondeu, a Segurança
Social está criou dificuldades às instituições, a câmara municipal do Seixal devia gerar
oportunidade de criar um plafond para se responder às emergências.
O Presidente da Assembleia Municipal deu a Rui Belchior.
Rui Belchior, do PSD, disse que a aplicação tem sempre injustificações o que se estava a discutir
são as aplicações políticas. Questionou se o covid 19 justificaria tudo nos próximos 20 anos .
Apesar da bondade deste empréstimo, a divida da câmara municipal do Seixal já estava nos 100
milhões de euros. A câmara municipal estava no top 5 da Câmara mais endividadas. Não estavam
15/18
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 03/2021
1ª Sessão extraordinária – 21 de junho de 2021
preocupados com as obras que o executivo estava a fazer, a questão era a aplicação dos dinheiros
públicos. A propaganda imperava. É opção da câmara municipal, não havia necessidade disso a
câmara municipal tinha todo o direito de avançar com o empréstimo, não questionavam, mas isso
era apenas uma espécie de ajuda à campanha eleitoral. Disse também que um senhor ex padre ia
ser consultor do património e seriam mais ou menos 3,900 euros que iriam custar ao município.
Votariam, evidentemente contra.
O Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra a Samuel Cruz.
Samuel Cruz, do PS, disse: que o PS questionava a oportunidade do empréstimo, uma vez que não
era vulgar a 3 meses de eleições virem com um empréstimo, em que dinheiro podia chegar antes
das eleições. Com este empréstimo o nível de endividamento da câmara municipal ultrapassara os
100 milhões de euros . Era de bom tom a câmara endividar-se para ter despesas de investimento.
O covid dava para tudo. Não ia dar o gosto ao presidente da câmara de não votar o empréstimo.
O Presidente da Assembleia Municipal deu a Palavra a Vítor Cavalinhos
Vítor Cavalinhos, do BE, disse que a 21 de abril o bloco absteve-se na votação. Levantou algumas
interrogações e reservas sobre os gastos já efetuados. O executivo devia ter levado este
empréstimo à assembleia de 29/04. Na reunião da comissão de desenvolvimento estratégico tinha
se verificado que a intervenção do BE não era correta, mas a proposta continuava a levantar
duvidas.
O Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra a Paulo Silva
Paulo Silva, da CDU, disse que no endividamento da câmara municipal do Seixal tinha se tornado
necessário, tinha que se ver o que tinha ido para investimento e o que tinha ido para outras
despesa. ⅔ foram para investimentos nos edifícios. O empréstimo destinava-se à população do
Seixal, eram obras que seriam o “mar de trabalho”, população e comerciantes estavam agradados
com a 1ª fase da obra do mercado da Cruz de Pau. Na contratação dos serviços do padre o valor do
IVA eram para o estado. O PS estava a elogiar Fernando Medina mas este tinha feito um
empréstimo semelhante, mais ou menos na mesma altura e com a mesma finalidade, no valor de
20 milhões de euros. Sobre as despesas de covid já teria sido dito que estavam no valor superior
ao que seria solicitado no empréstimo, este empréstimo estava plenamente justificado. O voto da
CDU era favorável.
O Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra Rui Belchior
Rui Belchior, do PSD, disse que o Paulo Silva tinha distorcido,tinha sido dito que o que foi
prometido era um palácio e o que agora surge era um casebre- obviamente em sentido figurado. A
questão do ex padre era um facto, o custo é de 3,631 euros era objetivo e não era nenhum valor
irrisório.
O Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra a Paulo Silva

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Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 03/2021
1ª Sessão extraordinária – 21 de junho de 2021
Paulo Silva, da CDU, disse que caracterizar como ex padre não interessava, o PSD devia
caracterizar era se teria competência. Sobre o empréstimo referiu que as condições eram muito
vantajosas o que demonstrava que a câmara municipal do Seixal tinha grande crédito.
O Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra ao Presidente da Câmara
O Presidente da Câmara Municipal disse que o PSD tinha questionado se o covid justificava tudo,
respondendo que não, não justificava nada. Os impactos do covid eram esses e na próxima
assembleia municipal apresentavam as contas que, referiram o empréstimo como opção técnica e
equilibrada. O PSD deixou a câmara municipal de Vila Real de Sto. António como a mais endividada
do pais. dos 95 milhões em referencia, 70 milhões eram dos dois edifícios que adquiriram, por
unanimidade e, foi uma excelente opção. O PSD continuava a ser moleta do PS, nem questionava a
propaganda do PS. Quanto ao PS neste mandato haviam varias narrativas, a câmara municipal
tinha excelente crédito porque a banca reconheceu a sua excelente gestão. Sobre o BE, não é a
câmara que tinha a responsabilidade de levar à assembleia municipal um processo que não
cumpria a lei. Era uma excelente a opção do ponto de vista político e técnico e tranquilizou os
eleitos uma vez que nos próximos 3 meses continuaram a investir, já eram 103 milhões contra a
demagógica promessa dos 100 milhões.
O Presidente da Assembleia Municipal colocou o documento a votação.
Aprovada Deliberação nº 18/XII/2021 por maioria e em minuta com:
Vinte e sete (27) votos a favor dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal da CDU: 16
• Do grupo municipal do PS: 11
Cinco (5) votos contra dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal do PSD: 4
• Do grupo municipal do CDS/PP: 1
Quatro (4) abstenções dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal do BE: 3
• Do grupo municipal do PAN: 1
II. 7. Minuta da Ata – Aprovação.
Aprovada Deliberação nº 19/XII/2021 por unanimidade e em minuta com:
Trinta e seis (36) votos a favor dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal da CDU: 16
• Do grupo municipal do PS: 11

17/18
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 03/2021
1ª Sessão extraordinária – 21 de junho de 2021
• Do grupo municipal do PSD: 4
• Do grupo municipal do BE: 3
• Do grupo municipal do PAN: 1
• Do grupo municipal do CDS/PP: 1
Nada mais havendo a tratar, O Presidente da Assembleia Municipal deu os trabalhos por
encerrados, agradecendo a presença do executivo municipal e dos membros deste Órgão.
A sessão terminou cerca da 00:45 horas do dia 22 de junho de 2021
Nos termos do art.º 5.º do Decreto-Lei nº 45362 de 21 de Novembro de 1963 (com a redação
atualizada pelo Decreto-Lei nº 334/82 de 19 de Agosto, e de acordo com uma interpretação
extensiva), os documentos mencionados são arquivados, ora em pasta anexa à presente ata, ora
no respetivo processo.
Sempre que se indicou ter sido tomada qualquer deliberação, dever-se-á entender ter sido
aprovado nos termos e para efeitos do disposto no art.º 92.º da Lei nº 169/99, de 18 de setembro,
com a redação atualizada pela Lei nº 5-A/2002, de 11 de janeiro, e com as alterações introduzidas
pela Lei nº 67/2007, de 31 de dezembro e pela Lei nº 75/2013, de 12 de setembro.
Para constar se lavrou a presente ata que vai ser assinada pelo Presidente e Secretários em
exercício:
O Presidente da Assembleia Municipal:

O Primeiro Secretário:

A Segunda Secretária:

18/18
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 04/2021
2ª Sessão extraordinária – 23 de junho de 2021

A T A nº 04/2021
Aos 23 dias de junho de dois mil e vinte e um, reuniu a Assembleia Municipal do Seixal, na sua 2ª
sessão extraordinária de 2021, na sede da Assembleia Municipal, presidida por Alfredo José
Monteiro da Costa e secretariada pelo 1º Secretário, Américo Augusto de Oliveira da Costa, e pela
2ª secretária, Sara Sofia Oliveira da Silva Lopes Oliveira, com a seguinte Ordem de Trabalhos,
divulgada pelo edital nº 14/2021, de 21 de junho, com a seguinte ordem de trabalhos:
Ponto único: Juizes sociais. Lista de candidatos (efetivos e suplentes). Biénio 2021 – 2023.
Aprovação.
Estiveram presentes, para além dos membros da Mesa:
Da CDU: Almira Maria Machado dos Santos, Armando da Costa Farias, Carlos Alberto de Sousa
Pereira, Custódio Luís Quaresma Jesus de Carvalho, Fernando Júlio da Silva e Sousa, Maria João
Evaristo Oliveira Santos, Maria Júlia dos Santos Freire, Nuno Filipe Oliveira Graça, Paula Alexandra
Sobral Guerreiro Santos Barbosa, Paulo Alexandre da Conceição Silva e Raul João Felicia Ramires.
Do PS: Célia Maria Martins Cunha, Luís Pedro de Seia Gonçalves, Marta Sofia Valadas Barão,
Nelson Filipe Lampreia de Oliveira Patriarca, Rui Jorge Guerreiro Parreira, Rui Miguel Santos Brás,
Samuel Pedro da Silva Cruz e Sérgio Miguel Carreiro Ramalhete.
Do PSD: Carlos Alberto Ferreira, Maria Luisa Marques da Gama, Rui Miguel Lança Belchior Pereira
e Xavier Prego Simões.
Do BE: Eduardo Manuel Lino Grêlo, Sandra Anabela Alves de Sousa e Vitor Manuel Cavalinhos.
Do PAN: Nuno André Baptista Nunes.
Do CDS-PP: João Guilherme Nobre Prata Fragoso Rebelo.
Estiveram ainda presentes os Presidentes de Junta de Freguesia de Amora, Manuel Araújo e
Mónica Rodrigues e Manuel Carvalho em substituição do Presidente da Junta de Freguesia de
Corroios e da União das Freguesias de Aldeia de Paio Pires, Arrentela e Seixal, respetivamente.
Registaram-se as seguintes substituições:
No grupo municipal da CDU: Hernâni Magalhães por Almira Santos, em virtude de Gonçalo Rui
Oliveira ter também solicitado a sua substituição. Ana Inácio por Armando Farias. Rui Algarvio por
Raul Ramires.
No grupo municipal do PSD: Duarte Correia por Xavier Simões em virtude de Fátima Prior ter
também solicitado a sua substituição. Ricardo Moraes por Carlos Ferreira.
O Presidente da Junta de Freguesia de Corroios, Eduardo Rosa, por Mónica Rodrigues.
O Presidente da União de Freguesias de Aldeia de Paio Pires, Arrentela e Seixal, por Manuel
Carvalho.
1/2
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 04/2021
2ª Sessão extraordinária – 23 de junho de 2021
A Sessão teve início cerca das 18:00.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “
I. PERÍODO DA ORDEM DO DIA.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “
Ponto Unico: Juizes Sociais. Lista de Candidatos (efetivos e suplentes). Biénio 2021 – 2023.
Aprovação.
Deliberação n.º 20/XII/2021: aprovada por maioria e em minuta, com 29 votos a favor, 1 voto con-
tra e 4 brancos, por escrutínio secreto.

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “


Nada mais havendo a tratar, O Presidente da Assembleia Municipal deu os trabalhos por
encerrados, agradecendo a presença do executivo municipal e dos membros deste Órgão.
A sessão terminou cerca da 19:30 horas do dia 23 de junho.
Nos termos do art.º 5.º do Decreto-Lei nº 45362 de 21 de Novembro de 1963 (com a redação
atualizada pelo Decreto-Lei nº 334/82 de 19 de Agosto, e de acordo com uma interpretação
extensiva), os documentos mencionados são arquivados, ora em pasta anexa à presente ata, ora
no respetivo processo.
Sempre que se indicou ter sido tomada qualquer deliberação, dever-se-á entender ter sido
aprovado nos termos e para efeitos do disposto no art.º 92.º da Lei nº 169/99, de 18 de setembro,
com a redação atualizada pela Lei nº 5-A/2002, de 11 de janeiro, e com as alterações introduzidas
pela Lei nº 67/2007, de 31 de dezembro e pela Lei nº 75/2013, de 12 de setembro.
Para constar se lavrou a presente ata que vai ser assinada pelo Presidente e Secretários em
exercício:
O Presidente da Assembleia Municipal:

O Primeiro Secretário:

A Segunda Secretária:

2/2
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 05/2021
3ª Sessão Ordinária – 30 de junho de 2021

A T A nº 05/2021
Aos 30 dias de junho de dois mil e vinte e um, reuniu a Assembleia Municipal do Seixal, na sua 3.ª
sessão ordinária de 2021, por videoconferência, presidida por Alfredo José Monteiro da Costa e
secretariada pelo 1º Secretário, Américo Augusto de Oliveira da Costa, e pela 2ª secretária, Sara
Sofia Oliveira da Silva Lopes Oliveira, com a seguinte Ordem de Trabalhos, divulgada pelo edital nº
13/2021, de 22 de junho.
I – PERÍODO DE ANTES DA ORDEM DO DIA.
II – PERÍODO DA ORDEM DO DIA.
II.1. Informação sobre o trabalho em curso das Comissões da Assembleia Municipal.
II.2. Apreciação de informação da Câmara, sobre a atividade desta, nos termos e para efeitos
das alíneas a) e b) do n.º 2 do art.º 25.º do Anexo I à Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro.
II.3. Apreciação de informação do Presidente da Câmara, sobre a atividade do município e
situação financeira do mesmo, nos termos e para efeitos da alínea c) do n.º 2 do art.º 25.º
do Anexo I à Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro.
II.4. Relatório de Atividades e Prestação de Contas do Exercício de 2020. Aprovação.
Estiveram presentes, para além dos membros da Mesa:
Da CDU: Almira Maria Machado dos Santos, Ana Luísa Pereira Inácio, Carlos Alberto de Sousa
Pereira, Custódio Luís Quaresma Jesus de Carvalho, Fernando Júlio da Silva e Sousa, Gonçalo Rui de
Oliveira, Maria João Evaristo Oliveira Santos, Maria Júlia dos Santos Freire, Nuno Filipe Oliveira
Graça, Paula Alexandra Sobral Guerreiro Santos Barbosa e Paulo Alexandre da Conceição Silva.
Do PS: Célia Maria Martins Cunha, José Carlos Elizeu Chora, Luís Pedro de Seia Gonçalves, Maria
Virgínia de Sousa Andrade Dias, Marta Sofia Valadas Barão, Nelson Filipe Lampreia de Oliveira
Patriarca, Rui Jorge Guerreiro Parreira, Rui Miguel Santos Brás, Sérgio Miguel Carreiro Ramalhete,
Tomás Baptista Costa dos Santos.
Do PSD: Duarte Sérgio dos Santos Melo Correia, Fátima Isabel Frazão Prior, Maria Luisa Marques
da Gama e Rui Miguel Lança Belchior Pereira.
Do BE: Eduardo Manuel Lino Grêlo, Sandra Anabela Alves de Sousa e Vitor Manuel Cavalinhos.
Do PAN: António Joaquim Sota Martins.
Do CDS-PP: João Guilherme Nobre Prata Fragoso Rebelo.
Estiveram ainda presentes os Presidentes de Junta de Freguesia de Amora, Manuel Araújo e
Orlando Ribeiro em substituição do Presidente da Junta de Freguesia de Corroios e Manuel
Carvalho em substituição do Presidente da União das Freguesias de Aldeia de Paio Pires, Arrentela
e Seixal.
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Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 05/2021
3ª Sessão Ordinária – 30 de junho de 2021
Registaram-se as seguintes substituições:
No grupo municipal da CDU: Hernâni Magalhães Almira Santos, em virtude de Gonçalo Rui Oliveira
ter também solicitado a sua substituição. Ana Inácio por Armando Farias. Rui Algarvio por Raul
Ramires.
No grupo municipal do PSD: Duarte Correia por Xavier Simões em virtude de Fátima Prior ter
também solicitado a sua substituição. Ricardo Moraes por Carlos Ferreira.
O Presidente da Junta de Freguesia de Corroios, Eduardo Rosa, por Mónica Rodrigues.
O Presidente da União de Freguesias de Aldeia de Paio Pires, Arrentela e Seixal, por Manuel
Carvalho.
Para além do Presidente da Câmara Municipal do Seixal, Joaquim Cesário Cardador dos Santos,
estiveram presentes os seguintes Vereadores:
Maria Manuela Palmeiro Calado, Joaquim Carlos Coelho Tavares, José Carlos Marques Gomes,
Maria João Varela Macau, Eduardo Rodrigues, Marco Fernandes, Elizabete Pereira Adrião, Nuno
Moreira e Francisco Morais.

A Sessão teve início cerca das 20:20.


O Presidente da Assembleia Municipal disse: “ Então, boa noite a todos e a todas. Cumprimentar
o Sr. presidente da câmara, os Srs. vereadores e vereadoras, os Srs. eleitos e eleitas da Assembleia
Municipal, a equipa de trabalhadores da assembleia da câmara que nos está a apoiar. E é um
cumprimento, antes de mais, desejando que estejam todos bem e com boa saúde. Isso é que é,
acima de tudo, importante. Um cumprimento à mesa, à primeira secretária e à segunda secretária
que hoje têm já o programa, como há pouco referia que, naturalmente, ajuda bastante, facilita, o
acompanhamento dos tempos e a contagem dos tempos, suprindo até a dificuldade, que sentimos
na última assembleia. Muito bem. Ora, em relação à nossa assembleia de hoje que é uma sessão
ordinária, é a terceira sessão ordinária de 2021, com a ordem de trabalhos que conhecem, dar
uma primeira informação que tem a ver com os pedidos de substituição, Hernâni Magalhães por
Gonçalo Oliveira, Rui Algarvio por Almira Santos da CDU, do PS, Samuel Cruz por José Chora, do
PSD, Ricardo Soares por Fátima Prior, do PAN, André Nunes por António Sota Martins. Pedidos de
substituição de presidentes de junta. O presidente da Junta de Freguesia de Corroios por Orlando
Ribeiro e o presidente da União de Freguesias de Aldeia de Paio Pires, Arrentela e Seixal por
Manuel de Carvalho”
I. PERÍODO DE ANTES DA ORDEM DO DIA.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “No período da ordem do dia temos 11 documentos
e, portanto, seguimos, naturalmente, a ordem.
I.1. O Grupo Municipal da CDU apresentou uma moção «Pela remoção das coberturas de
fibrocimento nas Escolas Básicas de 2.º e 3.º ciclos e secundárias», subscrita por Paulo Silva.

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Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 05/2021
3ª Sessão Ordinária – 30 de junho de 2021
(Documento anexo à ata com o número 1)
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “O primeiro documento é uma moção da CDU, “Pela
remoção das coberturas de fibrocimento nas escolas básicas de 2.º e 3.º ciclos e secundárias”. É
subscrita por Paulo Silva que tem a palavra. Paulo Silva, faz favor.”
Paulo Silva, da CDU, disse: “Boa noite a todos. Portanto, o texto da moção foi distribuído. Vou ler
apenas para apresentar os considerandos, portanto, exigir ao governo que seja sério e cumpra o
compromisso assumido que os municípios não terão custos com a remoção das coberturas de
fibrocimento existentes no parque escolar por os trabalhos de remoção serem financiados a 100
por cento, exigir ao governo que proceda à remoção de todas as coberturas de fibrocimento
existentes nas escolas do 2.º e 3.º ciclos e secundárias do concelho do Seixal porquanto a remoção
dessas coberturas é da sua exclusiva responsabilidade e a Câmara Municipal do Seixal não tem que
assumir custos com obras que não são da sua responsabilidade ou que celebre contrato com a
Câmara Municipal do Seixal para esta executar as obras, sendo a mesma financiada a 100 por
cento pelo governo, incluindo todos os trabalhos acessórios necessários à sua execução, exigir ao
governo que tome uma decisão rápida sobre este assunto de modo que a obra seja executada
durante as férias letivas de verão, responsabilizar o governo caso, por ausência de resposta, as
coberturas de fibrocimento com amianto não forem removidas das escolas do 2.º e 3.º ciclos e
secundárias do concelho do Seixal, manifestar solidariedade à Câmara Municipal do Seixal pela
posição assumida em defesa do concelho e da sua população. Boa noite.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Muito bem. Então, intervenções para apreciação
desta moção. Quem é que pretende intervir? Tomás Santos, se faz favor.”
Tomás Santos, do PS, disse: “Obrigado. Então, dizer… a primeira coisa que se pode dizer desta
moção é que é uma mentira pegada. Veja-se, por exemplo, a alínea i) da moção que fala de
440.000 metros quadrados referidos no aviso 73/2020-26 da Comissão Diretiva (Impercetível),
classificando-os como referentes (Impercetível), não percebendo que estes dizem respeito ao valor
intervencionado em Lisboa até ao momento do lançamento do programa que estamos aqui a
discutir, o do despacho 6573-A/2020 e que os 18 mil 794.483 euros foi o valor que custou essa
mesma remoção já concretizada. Mas vamos, então, ao programa deste (Impercetível). Em
primeiro lugar há que clarificar todo o historial do processo. Entre março e agosto de 2020 a
Câmara Municipal do Seixal desenvolveu um processo concursal tendo em vista a remoção do
amianto apenas nas escolas primárias. O valor foi os cerca de 108 euros referidos na moção que
advêm daí. Em junho de 2020, isto é, já depois de a Câmara Municipal do Seixal ter iniciado este
processo, sai o aviso da CCDR referente ao financiamento que estamos aqui a discutir. Ora, a
Câmara Municipal do Seixal esteve bem porque adiantou-se no processo de remoção do amianto
das escolas. Só que esse procedimento concursal da Câmara Municipal do Seixal só contemplava as
escolas primárias. Ora, a CCDR, respeitando o trabalho já realizado pela Câmara Municipal, deu a
esta a possibilidade de integrar os concursos em curso no âmbito do presente programa de
financiamento, disponibilizando assim financiamento para a remoção do amianto em todas as
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Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 05/2021
3ª Sessão Ordinária – 30 de junho de 2021
escolas do município desde as escolas do 1.º ciclo até às escolas secundárias. E é aqui que
começam as confusões sobre valores. Em primeiro lugar há que referir que o valor de
financiamento por metro quadrado nunca foi de apenas 55 euros, mas sim 55 euros mais 10 por
cento para outras despesas relacionadas. E era esse valor porque era esse o valor por metro
quadrado com que o Ministério da Educação tinha removido largos milhares de metros quadrados
de amianto por todo o país até então como, por exemplo, os 440.000 metros referidos
inicialmente. No entanto, é facto que houve depois uma retificação de valores, passando o valor
médio, então, a nível nacional, provisionado no aviso, a ser de 65 euros mais 10 por cento de
adicionais, ou seja, 71,5 euros ou 71 euros e meio. Ora, este valor continuava a não ser suficiente
para a Câmara Municipal do Seixal. E porquê? Porque o valor de referência da Câmara Municipal
do Seixal, usado para a remoção do amianto no procedimento inicial que a câmara realizou, aquele
que falei há pouco, aquele entre março e agosto de 2020 que referimos, serviu não só para a
remoção do amianto propriamente dito, mas para a realização de umas pinturas aqui, umas
rampas acolá, umas caixilharias “acoli”. Tudo investimentos que serão certamente necessários para
as escolas do município, mas que não dizem respeito à remoção do amianto propriamente dito. E
isto que eu estou a dizer não é invenção minha. Basta ir ao base.gov ver estes contratos de 108
euros. 108 euros por metro quadrado foi o valor adjudicado, para que se fique a perceber o que eu
estou a dizer. Mas a CCDR permitiu que o município retificasse estes valores, incluísse a remoção
do amianto no programa de financiamento e esses melhoramentos, se quisesse, podia fazê-los à
parte, poupando, certamente, muitos milhões ao erário público. E aqui há mais uma questão a
esclarecer. Na moção em apreço, a CDU afirma que o governo se demitiu das suas
responsabilidades, chutando a responsabilidade pela remoção do amianto para as câmaras
municipais. Nada mais falso. O que acontece é que só as entidades centralizadas do Estado, como
é o caso das autarquias, podem aceder a este tipo de financiamento europeu, o que significa,
portanto, que o governo encontrou uma solução que permitiu às câmaras municipais poderem, de
facto, ter o controlo sobre todo o processo relativo a obras fundamentais para o seu município,
totalmente financiadas por fundos europeus e recusou essa possibilidade. Para quem se diz muito
defensor do poder local democrático, permitam-me a expressão, “vou ali e já venho”. E isso leva-
nos ao momento presente. O que sabemos hoje é o seguinte, ao todo vão ser intervencionadas,
até ao final deste ano, 492 escolas diretamente apoiadas por este fundo, num total de 812.000
metros quadrados de amianto. O valor projetado é de 71 euros e meio por metro quadrado. Neste
momento o valor está nos 68 euros. A média do valor está nos 68 euros já com IVA perfazendo um
valor total de 58 milhões de euros. Nestes números que abrangem todo o país ficou de fora o
Município do Seixal. Ficaram por remover até agora mais de 27.900 metros quadrados nas nove
escolas básicas e secundárias do Seixal não contempladas, pois foram aquelas que acabaram não
intervencionadas, tendo as escolas primárias o sido através do programa referido supra, com um
valor de 108 euros por metro quadrado, cerca de mais 30 euros do valor que está provisionado
neste momento, 68 euros e 18 cêntimos, portanto, neste momento a taxa de remoção no
Município do Seixal é de sensivelmente 25 por cento, o que significa, por responsabilidade do
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Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 05/2021
3ª Sessão Ordinária – 30 de junho de 2021
município que se recusou ir a jogo, ficaram 75 por cento por remover. Os restantes municípios da
região de Setúbal e zonas limítrofes que ficam de fora foram Grândola, Montemor-o-Novo e
Santiago do Cacém, todos governados pela CDU. Ao todo não concorreram 66.000 metros
quadrados por vontade dos municípios. Destes, cerca de 27.900 metros quadrados estão no Seixal,
o que corresponde, portanto, a 42 por cento do total a nível nacional que ficou por retirar. Das 492
escolas abrangidas por este concurso, 14 eram do Município do Seixal. Destas 14, como já
dissemos, nove ainda não foram intervencionadas. O dinheiro que a Câmara Municipal do Seixal
não aproveitou é de cerca de 1 milhão 995 mil euros, perto de 2 milhões totalmente financiados
pela União Europeia. Último dado. Foram anunciados 89 (Impercetível) acordos de colaboração
maliciosos e do bicho papão governo, como diz a CDU, com os municípios de todo o país. Por que
razão é que no Seixal o acordo teria de ser diferente? Até hoje o município governado pela CDU
acionou um protocolo, o que nos leva a questionar a pertinência desta moção neste momento.
Será porque o Sr. presidente da Câmara Municipal do Seixal já percebeu que cometeu um erro,
tentou emendar à mão e percebendo que já não consegue, pois estas linhas de financiamento já
fecharam, pôs o seu cão de fila, Paulo Silva, a vir aqui fazer este espetáculo que nos deve
envergonhar a todos? Não sabemos. Mas a conclusão é simples. Uma vez mais a CDU perdeu-se
em querelas políticas absolutamente irracionais nesta vendetta abstrusa contra o poder central,
prejudicando, com isso, uma vez mais, os munícipes do Seixal. Pois a nós, Sr. presidente, não nos
engana mesmo que nos atire areia para os olhos. A responsabilidade pelo triste desfecho deste
processo é do Sr. presidente da Câmara Municipal. É hora de o assumir. Disse.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “O Paulo Silva pediu defesa da honra, foi?Eu dou-lhe
já a palavra. Dizer em relação ao Tomás Santos, pá, que isto – e naturalmente é para todos nós, pá,
enquanto eleitos, as expressões utilizadas como a que utilizou, cão de fila, eh pá não dignificam a
Assembleia Municipal, nem os eleitos da Assembleia Municipal, portanto, façam favor de não
utilizar expressões que não são, antes de mais, digamos, educadas, nem sequer têm a ver com a
função de eleito, portanto, fica aqui o entendimento do presidente da Assembleia Municipal em
relação a esta questão em concreto. Espero que ela não se repita por ninguém, começando pelo
presidente da Assembleia Municipal, como é óbvio. Tem a palavra o Paulo Silva para defesa da
honra. “
Paulo Silva, da CDU, disse: “Se estão recordados, o Partido Socialista na última assembleia
municipal apresentou um documento a dizer que era seu desejo dignificar a campanha eleitoral e
debater propostas estruturantes para o concelho do Seixal. Na altura disse que o Partido Socialista
era bipolar porquanto o que fazia era diferente do que afirmava e viu-se agora a intervenção do Sr.
eleito Tomás Santos em que eu sou apelidado de cão de fila. Digo que estou na Assembleia
Municipal há 28 anos e nunca tinha sido insultado da maneira como fui hoje e que demonstra o
nível de educação a que o Partido Socialista faz descer o debate. Não vou entrar na linguagem do
Sr. Tomás Santos e por isso não lhe vou responder porquanto tenho princípios, tenho dignidade e
principalmente tenho educação.”

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Ata nº 05/2021
3ª Sessão Ordinária – 30 de junho de 2021
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Tem a palavra o João Rebelo, se faz favor.
João Rebelo, do CDS/PP, disse: “Muito obrigado, Sr. presidente. Cumprimentar o Sr. presidente, os
Srs. membros da mesa, o Sr. presidente da câmara, as Sras. e os Srs. vereadores, as nossas colegas
e os nossos colegas e os funcionários da câmara. Muito rapidamente só uma referência a este voto
e ao debate que aconteceu, ou seja, se estão lembrados, eu não tenho a certeza, mas será,
naturalmente, a quarta ou a quinta vez que temos votos sobre o amianto nas escolas do Seixal
nestes quase quatro anos de mandato e a verdade é que grande parte continua… ou parte delas
continua por resolver. (Impercetível) entre a CDU e o PS eu recordo que estão juntos no governo
porque o governo é sustentado por uma maioria relativa do Partido Socialista com a abstenção da
CDU, nos documentos substanciais demonstra que os dois não conseguiram resolver esta questão
definitivamente e, portanto, têm responsabilidades dos dois lados. E finalmente é-me difícil votar a
favor de uma moção que na parte que interessa que é acabar com o amianto nas nossas escolas
para proteção dos professores, dos funcionários, das crianças e das famílias, tem um palavreado
que também não interessa e que não está muito à procura de consenso, nomeadamente quando
está a manifestar solidariedade à Câmara Municipal do Seixal, ou seja, com toda a franqueza,
quem procura consenso não escreve este género de votos, portanto, vou deixar este registo, Sr.
presidente, em relação a este debate. Muito obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Tem a palavra o Tomás Santos. Faz favor.”
Tomás Santos, do PS, disse: “Em primeiro lugar era para pedir desculpa ao Paulo Silva. Ele tem
razão. Em segundo lugar era para lhe dizer, mas noto que foi uma boa desculpa para ele não
responder a nada daquilo que eu disse. Obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “ Tem a palavra o Rui Belchior., se faz favor”
Rui Belchior, do PSD, disse: “Muito obrigado, Sr. presidente. Boa noite a todos. Bem, eu assisti com
alguma atenção, aliás, com total atenção àquilo que foi aqui referido, ou melhor, o que refere a
moção, quer depois o que referiu o eleito Tomás Santos. E, de facto, estava aqui a pensar que há
uma grande diferença entre aquilo que é um político profissional, um político com estrutura e com
informação e depois os outros políticos onde nós estamos incluídos e, portanto, nós ficamos, de
facto, com a certeza – há aí outros eleitos que têm o mesmo sentimento – absolutamente
inundados com tanta informação para a qual nós não temos absolutamente resposta alguma. Até
ficamos confusos. No fundo, não sabemos quem é que fala verdade. Agora o que nós sabemos é
que é um registo habitual da CDU reivindicar e depois nalguns casos comprometer o processo para
depois tirar os dividendos respetivos, dividendos políticos, leia-se. Também já sabemos as
trapalhadas do governo socialista nas promessas que tem feito, sobretudo nos últimos seis, sete
anos, seis anos e meio e sobretudo aqui no concelho do Seixal não tem… excetuando agora o
Centro de Saúde de Corroios não tem cumprido com nenhuma das promessas. E também sabemos
que quem tem sido a muleta deste mesmo Partido Socialista tem sido a CDU e, portanto, nessa
medida também não há muito para dizer da nossa parte senão uma abstenção. Só duas notas
finais. A moção nas deliberações, a deliberação que, aliás, o eleito João Rebelo referiu, manifestar
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Ata nº 05/2021
3ª Sessão Ordinária – 30 de junho de 2021
a solidariedade à câmara, também não compreendemos porque entendemos que a Câmara do
Seixal não faz mais que o seu dever, portanto, não necessita da solidariedade de ninguém, está a
fazer o seu trabalho e o seu trabalho, naturalmente, será defender as populações e as pessoas do
Seixal, portanto, não percebo. De qualquer modo dizer que este ponto está repetido com o n.º 3 e
devia ser o n.º 5. Disse.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Tem a palavra o Vítor Cavalinhos, se faz favor. Vítor.
Vitor Cavalinhos, do BE, disse: “Boa noite a todos. Ora, algumas considerações. A primeira delas,
começo logo pelo nível de informação que aqui é colocado. A moção coloca um nível de
informação, que alguma dessa informação, nós conhecemos, mas o eleito Tomás Santos coloca
outro nível de informação que só ele é que sabe e, portanto, ele, presumo que ele saberá e deve
ter canais, portanto, diretamente ligados ao governo para lhe dar essa informação que nós todos
desconhecemos, portanto, o nível de debate que nós aqui estamos a travar é perfeitamente
desigual. Há quem tenha informação a rodos e o pessoal está aqui… portanto, está… fica aqui um
bocado a ler. Mas passando à frente. E, portanto, isso tem a ver com… isso é evidente que
condiciona e tem a ver com a determinação e com as posições que cada um lhe dá. Indo
diretamente ao assunto, eu sugeria, para já sugeria que o pessoal… eu estou a ouvir alguém a falar,
sugeria que enquanto um fala, a outra malta desligue os microfones. A outra sugestão é que… eu
sugeria que na moção fosse retirada a expressão “exigir ao governo que seja sério”. Eh pá, eu acho
que basta só exigir ao governo que cumpra o compromisso assumido. A conversa de meter sério
ou menos sério, acho que não ajuda coisa nenhuma e, portanto, isso é… essa expressão que o
governo é pouco sério, se uma pessoa diz que não é sério é porque é aldrabão. E depois isso, acho
que não ajuda nada e assusta-me porque estou também a gastar mais tempo. É que essa
expressão seja retirada. Para o problema que nos interessa, isso não interessa coisa nenhuma.
Portanto, essa expressão, acho que não ajuda e se a CDU a quiser retirar, que retire, mas era uma
sugestão. Sobre a moção queria dizer três ou quatro coisas e para não gastar mais latim, portanto,
nós estamos… o Bloco vai votar a favor da moção. Estamos de acordo com a generalidade da
moção. Outra consideração. Este assunto do nosso ponto de vista é que era um assunto também
merecedor da câmara se substituir ao poder central. Dizemo-lo com toda a clareza. Retirar o
aumento e exigir ser integralmente ressarcido pelo poder central podia ser uma solução. E o
problema não é o elevado custo, o valor da intervenção. Ele é elevado. Segundo a moção da CDU,
isto é um projeto que custa 2,7 milhões de euros, será desenvolvido ao longo de três anos e isto
obrigaria a um investimento municipal de 1 milhão de euros, portanto, nós apesar de estarmos a
falar da moção, mas acho que uma questão desta dimensão e que põe em causa a saúde pública e
é um problema de saúde pública, acho que merecia que a câmara refletisse na possibilidade, do
nosso ponto de vista isso faria sentido, que a câmara se substituísse ao poder central nesta matéria
e exigisse que fosse ressarcida para substituir o amianto devido à importância desta situação. E
recordo que a câmara propõe-se gastar 4 milhões de euros na construção da alternativa à Estrada
Nacional 10 e também se está a substituir ao poder central. Acho que uma questão e outra têm

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uma importância muito… uma (Impercetível) muito diferente e aqui coloca-se em causa a saúde
pública. Isto não invalida que nós – e acabo por aqui – estamos integralmente, na generalidade, de
acordo com a moção e acho que o poder central deve assumir a sua responsabilidade e não está a
assumir. E isso também não… o que eu estou a dizer não invalida o que é o cerne da questão. Era
só.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Tem a palavra o Tomás Santos, se faz favor.”
Tomás Santos, do PS, disse: “Era só para dizer ao eleito Vítor Cavalinhos que toda a informação
que eu coloquei aqui, aceitando que pode ter sido incluída de forma extensa, é pública e a Câmara
Municipal tem conhecimento dela. Mas queria só acrescentar mais uma coisa que é, não é verdade
o que o… porque o governo central, o governo, digamos assim, arranjou uma solução, não
havendo nenhum custo para o erário público, nem do governo, nem da Câmara Municipal que seja
totalmente financiado por fundos europeus para que as câmaras pudessem fazer a remoção deste
amianto. Foi isso que eu procurei explicar. O que não faz sentido agora, é pura opção ideológica da
câmara, pronto, e de permanente conflito com o poder central, como a gente já sabe, que a
câmara se tenha recusado a aceitar essa solução, como eu expliquei. E agora, quer dizer, o governo
que não tem dinheiro próprio, é o dinheiro de todos nós, dos contribuintes, vá, quer dizer, isso até
do ponto de vista legal não é sequer viável. Quer dizer, ou seja, depois de haver uma solução que
não custava nada ao erário público, agora o governo ser responsabilizado porque a câmara se
recusou perante essa solução, quando outras câmaras não se recusaram, como eu expliquei, a ter
que financiar uma coisa que já tinha arranjado financiamento é que não me parece que faça
sentido.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Pergunto se há mais alguma intervenção, alguma
intenção de intervenção sobre esta moção. Não tenho aqui registado, portanto, tem a palavra o Sr.
presidente da câmara. Sr. presidente, se faz favor.”
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Obrigado. Quero cumprimentar o Sr. presidente da
Assembleia Municipal, os Srs. eleitos da Assembleia Municipal, os Srs. vereadores, o apoio técnico.
De facto, aqui referir aquilo que é a realidade. Tratou-se de mais um anúncio do governo que
depois quando se vai concretizar não corresponde à realidade. Isso aconteceu com este processo
do fibrocimento. É mais um episódio de que este governo vive de anúncios que depois não se
concretizam ou só se concretiza uma parte. Foi anunciado que o financiamento seria a 100 por
cento e na verdade quando nós concretizámos 12 intervenções verificámos que elas não são
apoiadas a 100 por cento. Aliás, no último dia que era possível concorrer, o governo decide alterar
o critério de valorização de apoio por metro quadrado deste processo. Isto é bem demonstrativo,
isto que acabei de dizer. Em julho era 100 por cento, em outubro já não é 100 por cento. E agora
não se saberá o que é que (Impercetível). Nós consideramos que isto não é uma forma séria de
governar, não é uma forma também séria de procurar parcerias com os municípios e estabelecer
laços de confiança para construirmos processos juntos e resolver os problemas. Ao fim e ao cabo é
para isso que o governo existe e é também para isso que as autarquias existem. É para resolver
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problemas às populações. E, de facto, nós consideramos que este processo não nos trouxe
nenhuma confiança que, aliás, vem na sequência de outro processo quando o Ministério da
Educação ainda deve à Câmara Municipal cerca de 400 mil euros da construção por
incumprimento do protocolo do pavilhão da Escola Pedro Eanes Lobato que é um processo que
está ainda em tribunal. E este é mais um processo para ir para tribunal. Nós em fevereiro deste
ano colocámos uma ação para que possamos ser ressarcidos de acordo com aquilo que foram os
anúncios e não de acordo com aquilo que depois se veio a concretizar. Aquilo que agora
peticionamos é que estamos disponíveis para… como diz a moção da CDU, estamos disponíveis
para apoiar a resolução do problema desde que seja feito num quadro de uma relação conhecida,
estável e, facto, de confiança. Porque até este momento isso não sucedeu. Quer dizer que escrevi
uma carta ao ministro da Educação, escrevi também… aliás, contactei o adjunto da secretária de
Estado da Educação que está a acompanhar este processo e também já agora dizer que o Seixal é
dos municípios que mais concretizou… é dos municípios mais avançados na concretização da
remoção de cobertura de fibrocimento. Por isso estamos muito empenhados em poder ajudar a
resolver o problema desde que exista, da parte do governo, não anúncios, não falsidades, mas sim
concretizações para que possamos, de facto, avançar e nós estamos disponíveis para o fazer.
Obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Obrigado, Sr. presidente da câmara. Pergunto ao
proponente se pretende intervir. Se faz favor Paulo”
Paulo Silva, da CDU, disse: “o eleito Tomás Santos disse que o governo não tem dinheiros próprios,
tem o dinheiro de todos os contribuintes. Exatamente o mesmo acontece com a câmara. A Câmara
Municipal não tem dinheiros próprios, tem o dinheiro de todos os contribuintes. E os contribuintes
são os seixalenses, os habitantes aqui do concelho do Seixal e que pagam os seus impostos e
pagam impostos para a administração local e pagam impostos para a administração central
esperando que cada uma destas entidades cumpra as obrigações a que está adstrita e as
obrigações legais que tem para fazer as obras da sua competência no concelho do Seixal. Não
podemos querer que o governo receba os impostos e não tenha quaisquer obrigações sobre o
Seixal e nada faça sobre o Seixal e tudo a gente vai exigir à Câmara Municipal como o Partido
Socialista está a fazer. Temos que ir e que exigir a cada uma das entidades que cumpra com as suas
obrigações, com o dinheiro que os seixalenses pagam dos seus impostos, portanto, e é isso que
está aqui a ser feito nesta moção. Não podemos querer que seja a câmara a substituir-se
constantemente ao poder central nas obrigações a que está adstrita. Uma última questão.
Portanto, a CDU aceita a proposta vinda do Bloco de Esquerda e no ponto 1 da deliberação passa a
ser “exigir ao governo que cumpra o compromisso assumido” retirando as palavras “seja sério”.
Obrigado. Boa noite.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Obrigado. Vamos à votação.”

Aprovada a Tomada de Posição nº 39/XII/2021 por maioria e em minuta com:

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Dezanove (19) votos a favor dos seguintes eleitos:

• Do grupo municipal da CDU: 16

• Do grupo municipal do BE: 3

Dez (10) votos contra dos seguintes eleitos:

• Do grupo municipal do PS: 10

Seis (6) abstenções dos seguintes eleitos:

• Do grupo municipal do PSD: 4

• Do grupo municipal do PAN: 1

• Do grupo municipal do CDS/PP: 1


O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Declaração de voto.”
Vítor Cavalinhos, do BE, disse: “nós vamos apresentar declaração de voto, mas eu posso pôr no”
...corte de som…
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Certo, certo. Portanto, vai remeter a declaração de
voto, certo? É isso, então, não é? Mais alguma declaração? Não.”
I.2. O Grupo Municipal do PS apresentou uma saudação «Ao Poder Local Democrático e às
eleições justas e livres», subscrita por Tomás Santos.
(Documento anexo à Ata com o número 2).
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Passamos para o ponto seguinte, o documento
seguinte que é uma saudação “Ao poder local democrático e às eleições justas e livres”, subscrita
por Tomás Santos que é do Partido Socialista. Tem a palavra o proponente. Se faz favor, Tomás
Santos.”
Tomás Santos, do PS, disse: “Obrigado, Sr. presidente. Muito rapidamente. Temos assistido a
alguns episódios que em nada dignificam nem o poder local democrático nem a realização de
eleições livres e de forma justa. A moção tenta fazer um voto para que isso não aconteça e que
haja uma expressão maioritária da Câmara Municipal – da Câmara Municipal, peço desculpa, desta
Assembleia Municipal no sentido de saudar o poder local democrático e condenar todas essas
atitudes de forma a procurar (Impercetível).
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Intervenções para esta apreciação desta saudação,
designa-se voto/saudação. Quem é que pretende intervir? João Rebelo, se faz favor. Tem a palavra
o João Rebelo.
João Rebelo, do CDS/PP, disse “Sr. presidente. Eu só peço ao Tomás Santos que ponha também lá
os cartazes do CDS que são constantemente vandalizados no Seixal. São poucos, como sabe. Mas
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mesmo sendo poucos, são sempre vandalizados em qualquer ato eleitoral. Não há um único ato
eleitoral em que não sejam vandalizados. E também houve um cartaz da Juventude Popular que foi
colocado também perto de onde se realiza a festa do Avante, com uma mensagem, esse foi
completamente vandalizado, rasgado e destruído, para não usar outras expressões, portanto, de
facto, é algo recorrente e lamentável que se passa. Dá um péssimo aspeto, eu acho, à cultura e à
vivência democrática no concelho. Quem o pratica são pessoas que são antidemocratas, ponto
final parágrafo, gente que não sabe conviver com a diferença e que não faz falta nenhuma ao
Seixal, aliás. Mas gostaria só de acrescentar este facto que o Tomás Santos aqui mostrou que nós
também, infelizmente, o nosso partido, com poucos meios e com os poucos cartazes que tem,
mesmo assim são vandalizados. Continua a haver som por trás. Eu acho que é da organização
mesmo. Há aí um canal no Seixal que está constantemente com o microfone ligado. Mas pronto.
Termino, Sr. presidente. Obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “em a palavra o Paulo Silva. Se faz favor, Paulo Silva.
Paulo Silva, da CDU, disse: “Só para ir e para dizer que quanto à CDU também têm sido vários os
cartazes que têm sido vandalizados. Ainda recentemente. Basta dar uma volta pelo concelho. E
cartazes que foram postos para as próximas autárquicas que já estão vandalizados, portanto, acho
que são situações que são transversais a todas as forças políticas, a vandalização de cartazes.
Quanto a esta saudação é evidente que não estamos aqui para nenhuma saudação ao poder local
democrático e às eleições justas e livres, portanto, o teor da saudação não tem nada a ver com o
seu interior em que é unicamente uma crítica à Câmara Municipal e à CDU. Por isso nós iremos
votar contra.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Rui Belchior. Faz favor.”
Rui Belchior, do PSD, disse: “Obrigado, Sr. presidente. De facto, nós identificamo-nos em pleno
com esta moção. Nós próprios também consideramos e temo-lo dito muitas vezes, que há défice
democrático no Seixal, que há um longo caminho a percorrer ainda nesse… portanto, no
cumprimento da democracia e de Abril e, portanto, acho que há ainda vastíssimos aspetos que
podem ser melhorados e é preciso e eu estou de acordo que, de facto, a expressão das pessoas, do
cidadão comum e anónimo pode, enfim, esses próprios, as suas manifestações de vandalizarem,
de danificarem, portanto, os objetos e a propaganda ou os cartazes políticos das outras forças que
não são da sua simpatia, portanto, isso aí, estou também de acordo que é transversal a todos os
partidos. Mas uma coisa, esta moção aborda aqui pelo menos dois exemplos com que ilustra a
moção que não tem que ver com isso. Tem aqui já uma espécie de défice democrático e até, diria,
portanto, de atitude propositada por parte da própria… portanto, digamos, de forma institucional.
Porque não é admissível que dois cartazes, dois outdoors sejam retirados e, aliás, ainda nem foram
devolvidos à JSD, e agora esta última ao colocarem aqueles dois objetos gigantes em frente ao
cartaz do candidato do Partido Socialista, quer dizer, é verdadeiramente inexplicável. E, aliás, era
completamente desnecessário. Mas enfim, há tantas coisas que são desnecessárias, mas as
pessoas não resistem a terem este tipo de comportamentos e enquanto assim for, bom, nós cá
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estaremos também para reagir da forma como temos tentado sempre reagir, ainda que com as
nossas dificuldades e com a precariedade dos meios que temos em relação a outras forças. Muito
obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Tem a palavra o Vítor Cavalinhos. Faz favor, Vítor.”
Vitor Cavalinhos, do BE, disse: “Eu vou ser muito breve. O Bloco de Esquerda vai votar a favor
desta moção. Faremos uma declaração de voto. Depois anunciá-la-ei e fá-la-emos chegar. Não nos
identificamos com muitos dos termos que aqui estão. Entendemos o objetivo do Partido Socialista
que é atacar a CDU. É o objetivo de… agora há coisas… mas há aqui duas coisas que são
inadmissíveis e isso é que nos faz levar a votar a favor da moção. É, quem é que tirou o cartaz? O
cartaz da JSD é provocador. É uma provocação ao PCP e à festa do Avante. É óbvio. É o objetivo.
Mas quem é que tem o direito e a quem é que foi dado o direito de retirar de lá o outdoor? Quem
é que tem esse poder e quem é que outorgou o poder a quem o tirou, para tirar de lá o outdoor do
espaço público? Não pode tirar. Tal como não pode tirar o outdoor que o Bloco de Esquerda tem
no concelho do Seixal, tal como ninguém pode tirar os outdoors que a CDU tem no concelho do
Seixal. Porque se formos assim, cada um tem o direito de fazer o que quiser. Isto vai parar aonde?
E outra coisa. É inadmissível. Do nosso ponto de vista é inadmissível que espetem à frente de um
outdoor do Partido Socialista aqueles dois mamarrachos. É inadmissível do ponto de vista
democrático. Isto não se admite. E nós não admitimos ou não aceitamos. Isto não ajuda nada e
descredibiliza, já agora, descredibiliza quem faz isto, portanto, não quero gastar mais latim. Por
estas razões nós vamos votar a favor desta moção. E acho que isto deve ser… isto não devia ser
possível que acontecesse, mas infelizmente é. É só.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Pergunto se há mais alguma intervenção, algum
pedido de intervenção? Não registo. Portanto, tem a palavra o Sr. presidente da câmara. Faz favor,
Sr. presidente.”
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Sr. presidente, não tenho nada a referir sobre o objeto
desta moção. Obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Pergunto ao proponente se pretende intervir. Faz
favor.”
Tomás Santos, do PS, disse: “Só para dizer que estando solidário com todos os partidos que tive-
ram os seus cartazes vandalizados, aquilo a que nos referimos aqui e o eleito Rui Belchior referiu
isso bem, é a própria ação da câmara de ser abusiva com os direitos, nomeadamente dos partidos
e da ação política. É essa a questão.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Vamos colocar à votação.”

Aprovada a Tomada de Posição nº 40/XII/2021 por maioria e em minuta com:

Vinte (20) votos a favor dos seguintes eleitos:

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• Do grupo municipal do PS: 11

• Do grupo municipal do PSD: 4

• Do grupo municipal do BE: 3

• Do grupo municipal do PAN: 1

• Do grupo municipal do CDS/PP: 1

Dezasseis (16) votos contra dos seguintes eleitos:

• Do grupo municipal da CDU: 16


O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Declarações de voto.”
Vítor Cavalinhos, do BE, disse: “Vamos apresentar uma declaração de voto. Quer que ponha no
Bate-papo?”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: Mas ó Vítor, põe no Bate-papo. Põe no Bate-papo
que ajuda depois para a ata.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais alguma declaração de voto? Então, passamos
para o documento seguinte que é…”
Sara Lopes, do PS, disse: “Sr. presidente, peço desculpa.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Sim, Sara. Diga, Sara. Diga. Tempos, é? Faz favor.
Com certeza. Muito bem. Força, Sara.”
Sara Lopes, do PS, disse: “Temos a CDU com 14 minutos e 27 segundos,temos o PS com 3 minutos
e 47 segundos, temos o PSD com 3 minutos e 58 segundos, o Bloco de Esquerda tem 49 segundos,
daí a minha insistência em querer dizer os tempos e o CDS tem 2 minutos e 11 segundos O PAN
não interveio.”
I.3. O Grupo Municipal do PSD, apresentou uma moção «Espaço Público degradado e
abandonado», subscrita por Rui Belchior.
(Documento anexo à ata com o número 3)
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “O documento seguinte é do PSD. É a moção,
“Espaço público degradado e abandonado”. É subscrita por Rui Belchior. Tem a palavra. Faz favor.
Rui Belchior, do PSD, disse: “Obrigado, Sr. presidente. Em face da falta de tempo vou tentar ser o
mais breve possível nesta apresentação e, portanto, nós temos notado e temos recebido, inclusive,
muitas queixas de muitos munícipes. E a moção já nem fala em ratos e em baratas. Também pelos
vistos em algumas regiões do concelho, em algumas zonas do concelho também tem havido
muitos. Mas falamos sobretudo no espaço público em geral e, portanto, nas ruas que estão
completamente degradadas também nalguns setores. Naturalmente não é em todo o concelho,

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nalguns setores do concelho e, portanto, é sobre isso e o resto, remeto para a moção sem prejuízo
de ainda depois completar no fim. Muito obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Intervenções em relação a esta moção. Quem é que
pretende intervir? Intervenções? Paulo Silva, faz favor.”
Paulo Silva, da CDU, disse: “Quem lê esta moção fica com uma ideia de que o concelho está
abandonado. Não há recolha de lixo. Ele amontoa-se pelas ruas, acumula-se dias sucessivos, o que
não corresponde minimamente à verdade. Acho que é reconhecido por todos que houve
melhorias acentuadíssimas na recolha de lixo e que hoje em dia é um assunto que está
normalizado no concelho do Seixal. Houve problemas no mandato anterior. Neste não há. É claro
que há situações, que isso é impossível de se conseguir resolver, que é as pessoas não cumprirem
com as regras e de porem o lixo sem quaisquer regras na via pública e depois tem que ser limpa e
não pode ser no momento em que as pessoas o põem, portanto, são situações que acontecem em
qualquer concelho deste país. Depois há um espaço público que está devidamente tratado. Pode
haver situações pontuais de algumas ruas em que parece que anda-se aí assim à procura para se
conseguir tirar uma fotografia, portanto, são zonas muito pontuais que pode acontecer essa
situação. Não é nada do que está aqui assim na moção do Partido Social Democrata. A questão dos
grafites. Também tem havido, até nos últimos tempos, um programa e uma ação concertada na
câmara para eliminar os mesmos, portanto, nada disto aqui assim corresponde à verdade e por
isso a CDU irá votar contra.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais intervenções? Quem é que pretende intervir?
Pergunto novamente, intervenções em relação a esta moção do PSD? Não registo pedidos de
intervenção. Confirma-se isso. Tem a palavra o Sr. presidente da câmara. Faz favor, Sr. presidente.”
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Obrigado. Muito obrigado, Sr. presidente da Assembleia
Municipal. De facto, sobre esta moção, o PSD não reconhece o esforço que tem sido feito pelo
município e pelas juntas de freguesia, valorização daquilo que são os espaços públicos. Aliás, têm
sido dezenas as intervenções de requalificação realizadas – umas já terminadas, outras em
execução. Também não reconhece o esforço de várias centenas de trabalhadores da área urbana
da Câmara Municipal que todos os dias saem à rua para limpar e para remover os resíduos tantas
vezes abandonados de forma ilícita junto dos vários locais. Não reconhece também o esforço dos
fiscais da Câmara Municipal na identificação destes processos. Não reconhece as equipas que
neste momento temos no âmbito do projeto de remoção dos chamados (Impercetível) ou
assinaturas em inúmeras paredes de edifícios, que a Câmara Municipal neste momento está a
apoiar os condomínios, também por meios próprios, a remover essas assinaturas. De facto,
demonstra um enorme alheamento da parte dos Srs. eleitos do PSD relativamente àquilo que se
passa no nosso município. A sugestão que faço é que possamos andar com os olhos abertos na rua
todos os dias para ver a realidade, aquela que existe e não aquela que nos é mais favorável.
Obrigado.”

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O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Obrigado, Sr. presidente da câmara. Tem a palavra o
proponente, se desejar. Faz favor.”
Rui Belchior, do PSD, disse: “Quanto ao alheamento da realidade, nós já sabemos que na sua
perspetiva, na perspetiva do Sr. presidente da câmara, nós estamos sempre alheados da realidade.
Mas deixe-me dizer-lhe o seguinte, nós… e no que a mim me diz respeito, que sou, aliás, o autor da
moção, trabalho neste concelho e vivo neste concelho e ando muito a pé e ando em variadíssimas
zonas do concelho e sobretudo na freguesia da Amora, portanto, e depois há outra coisa. Há outra
coisa. Nós temos muita gente que naturalmente nos faz chegar a informação e que não está
contente e nem tem essa visão tão idílica que os senhores aqui transmitiram. Mas para nós está
tudo bem. Os senhores querem continuar a fazer essa construção com euforia. Aliás, nalguns
casos, pois podem continuar porque as pessoas estão a registar e estão a verificar o que se passa,
portanto, na vossa conceção não há, por exemplo, ervas à cintura das pessoas aí em várias regiões
e em vários setores, aliás, de passagem principal, em ruas principais – ervas, vegetação. As
estradas. Nem falemos nas estradas. Tudo esburacado, tudo mal sinalizado, portanto, passadeiras
completamente sumidas. Ainda ontem estive em Santa Marta e ali em várias avenidas isso é
patente, portanto, continuem, então, a dizer que nós estamos alheados da realidade. Os senhores
é que têm a realidade bem identificada. Muito bem. As pessoas cá estarão depois para dar a
devida resposta. Muito obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Vamos colocar à votação”

Aprovada a Tomada de Posição nº 41/XII/2021 por maioria e em minuta com:

Dezassete (17) votos a favor dos seguintes eleitos:

• Do grupo municipal do PS: 11

• Do grupo municipal do PSD: 4

• Do grupo municipal do PAN: 1

• Do grupo municipal do CDS/PP: 1

Dezasseis (16) votos contra dos seguintes eleitos:

• Do grupo municipal da CDU: 16


O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Alguma declaração de voto? Não há declarações de
voto, creio. É isso?”
I.4. O Grupo Municipal do BE, apresentou uma moção «Dia Internacional do Serviço Público».
(Documento anexo à ata com o número 4).

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Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 05/2021
3ª Sessão Ordinária – 30 de junho de 2021
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Passamos para o documento seguinte. É uma
moção, “Dia Internacional do Serviço Público”. É do Bloco de Esquerda. É subscrita por Vítor
Cavalinhos. Tem a palavra, se faz favor”.
Vítor Cavalinhos, do BE, disse: "Devido ao pouco tempo que tenho, a moção é explicita e,
portanto, o objetivo da moção é saudar o dia internacional dos serviços públicos e defender o
papel fundamental do Estado e do serviço público na sociedade portuguesa. É só.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “intervenções em relação a esta moção? Paulo Silva,
tem a palavra, se faz favor.”
Paulo Silva, da CDU, disse: "Boa noite. Só dizer que há um lapso aqui na moção que não refere os
trabalhadores das autarquias locais e que mereciam, por todo o trabalho que desenvolveram
durante a pandemia, de também terem aqui assim uma referência, uma saudação, o mesmo
acontecendo com as forças de proteção civil, nomeadamente forças policiais e bombeiros.
Termino.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “João Rebelo.”
João Rebelo, do CDS/PP, disse: "Sr. presidente, o CDS vai-se abster nesta moção porque tem uma
visão demasiado estadista, o que, aliás, não surpreenderá ninguém, temos divergências com os
partidos mais à esquerda (Impercetível) com os partidos mais à direita. Mas por causa do tom e da
visão demasiado estadista não votaremos a favor desta moção. Muito obrigado.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais intervenções? Não há mais pedidos de
intervenção? É isso? Confirma-se. Tem a palavra o Sr. presidente da câmara, se faz favor.”
O Presidente da Câmara Municipal, disse: "Apenas para valorizar todos aqueles que contribuem
para o serviço público no nosso país. Obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Pergunto ao proponente se pretende intervir? Vítor
Cavalinhos.”
Vitor Cavalinhos, do BE, disse: "Eu quero intervir só para dizer que aceito a proposta que o Paulo
Silva colocou,nós acrescentaremos, portanto, acrescentaremos as propostas que o Paulo Silva
propôs. Faz todo o sentido.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Sim senhor. Está registado. Então, vamos passar à
votação desta moção, se faz favor, com esta correção.

Aprovada a Tomada de Posição nº 42/XII/2021 por maioria e em minuta com:

Trinta e um (31) votos a favor dos seguintes eleitos:

• Do grupo municipal da CDU: 16

• Do grupo municipal do PS: 11

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Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 05/2021
3ª Sessão Ordinária – 30 de junho de 2021
• Do grupo municipal do BE: 3

• Do grupo municipal do PAN: 1

Cinco (5) abstenções dos seguintes eleitos:

• Do grupo municipal do PSD: 4

• Do grupo municipal do CDS/PP: 1


O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Portanto, foi aprovada com os votos a favor do
Bloco de Esquerda, da CDU, do PAN, do PS e a abstenção do Grupo Municipal do CDS e do PSD.
Declarações de voto, se for caso disso. Não há pedidos de declaração de voto.”
I.5. O Grupo Municipal do PAN, apresentou uma recomendação «Por maior segurança para
quem anda de bicicleta», subscrita por António Sota Martins.
(Documento anexo à ata com o número 5)
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “ Passamos para o documento seguinte que é do
PAN, uma recomendação “Por maior segurança para quem anda de bicicleta”. É subscrita por
António Sota Martins. Tem a palavra, se faz favor.”
António Sota Martins, do PAN, disse: “Boa noite a todos. Espero que estejam todos bem de saúde.
Então, a recomendação que nós trazemos insere-se numa iniciativa que já tínhamos tido há quase
um ano atrás em que se pedia (Impercetível) que fosse (Impercetível) e até hoje nada totalmente
foi feito. Para além disso, neste momento assistimos a algum descontentamento que nos tem sido
(Impercetível), pelo qual temos sido alertados por alguns munícipes e numa altura em que damos
nota de que tipo de acidentes têm ocorrido com vários ciclistas achámos por bem apresentar esta
recomendação que diz o seguinte, “ (Impercetível) fazer algo, pelo que o Grupo Municipal do PAN
propõe que a Assembleia Municipal do Seixal, reunida a 30 de junho de 2021, recomende à
Câmara Municipal do Seixal que proceda à manutenção regular das ciclovias existentes no
concelho, nomeadamente em matéria de limpeza e remoção de obstáculos, proceda a um
levantamento das situações de perigosidade para ciclistas na rede viária existente no concelho,
gerindo-as com urgência, proceda a uma campanha municipal de segurança rodoviária destinada a
automobilistas, que sensibilize para a necessidade de se respeitar os utilizadores de bicicleta e de
outros meios de transporte”. Tenho dito. Obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Obrigado. Ora, intervenções. João Rebelo, se faz
favor.”
João Rebelo, do CDS/PP, disse: “Sr. presidente, concordo em grande parte com o que foi aqui
proposto pelo PAN, mas também queria recordar só um aspeto que é o seguinte, porque eu faço
jogging, corro, não ando de bicicleta, mas a pé, muitas vezes também há comportamentos
absolutamente irresponsáveis dos ciclistas em relação aos transeuntes, portanto, este voto
também devia apelar ao civismo de alguns desses ciclistas que muitas vezes fazem rasantes às
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Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 05/2021
3ª Sessão Ordinária – 30 de junho de 2021
pessoas que estão a correr de propósito e deliberadamente e, portanto, sim à segurança, mas à
segurança de todos. Muito obrigado, Sr. presidente.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Paulo Silva, se faz favor.”
Paulo Silva, da CDU, disse: “Boa noite. A CDU concorda com a parte deliberativa da moção. Não
pode concordar com o segundo parágrafo, nomeadamente com a questão de querer
responsabilizar a Câmara Municipal do Seixal por haver pedras e galhos de árvores na rede ciclável
porque isso pode ser por ação do vento, ação da natureza, ação humana e é impossível estar-se
em todo o lado para ver se alguém manda uma pedra, para estar lá um trabalhador municipal e ir
retirá-lo, portanto… além disso, tem havido, ainda houve recentemente uma ação de valorização
da ciclovia, nomeadamente na Estrada Nacional 10 e tem havido algum trabalho. Ainda há muito a
fazer, em todo o país há muito a fazer pela rede ciclável, mas não podemos dizer que as redes
cicláveis existentes se encontram praticamente abandonadas. Por isso sugeríamos ao PAN que
retirasse o segundo parágrafo e nesse caso votaríamos a favor sem qualquer problema.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais intervenções? Não há mais pedidos de
intervenção? Confirma-se isso. Tem a palavra o Sr. presidente da câmara. Se faz favor.”
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Obrigado, Sr. presidente. Bem, sobre esta questão
referir que, de facto, muito recentemente foi reabilitada toda a ciclovia junto ao canal do Metro no
Tejo. Foi toda reparada, toda pintada por iniciativa da Câmara Municipal. Muitos anos para que
aquela ciclovia fosse reparada. Foi feito agora pela concessionária. E, de facto, as outras também
temos vindo a proceder a ações de conservação, ações de pintura e de limpeza. Nesse sentido
aquilo que retiro desta moção é que, de facto, as questões relacionadas com segurança, quer dos
ciclistas, quer dos peões poderá ser, digamos assim, uma questão importante para podermos
desenvolver no futuro. É verdade que até hoje não tomámos ainda nenhuma iniciativa nesse
sentido. Por isso, claro que sim às questões da limpeza. Serão sempre importantes em qualquer
ciclovia no mundo, mas as questões da segurança e da comunicação poderão também ser
elementos importantes que podemos adicionar à nossa estratégia para que possamos ter ciclovias
e acessos pedonais mais seguros, quer para quem, de facto, usa a bicicleta, quer para quem, de
facto, ou caminha ou faz corrida. Obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Pergunto ao proponente, António Sôta Martins, e
até porque foi colocada também uma questão, uma proposta e, portanto, António Sôta Martins, se
faz favor.”
António Sôta Martins, do PAN, disse: “Em relação à proposta do eleito da CDU, de facto, não
vamos tirar nada do segundo parágrafo, até porque consideramos que, de facto, não sendo da
responsabilidade da câmara caírem galhos ou pedras ou outros detritos nas ciclovias, não é da sua
responsabilidade, mas é da sua responsabilidade a manutenção e limpeza das mesmas, pelo que
não iremos alterar a nossa recomendação. Em relação ao eleito do CDS, concordamos
completamente (Impercetível), partilhamos a mesma preocupação. Não foi objeto desta

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Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 05/2021
3ª Sessão Ordinária – 30 de junho de 2021
recomendação a questão do jogging ou dos passeios ou das caminhadas, mas será, com certeza,
uma situação que nos poderá levar oportunamente a apresentarmos um mesmo tipo de
recomendação à Câmara Municipal, aprovada nesta assembleia. Obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “ Vamos passar à votação.”

Aprovada a Tomada de Posição nº 43/XII/2021 por maioria e em minuta com:

Vinte (20) votos a favor dos seguintes eleitos:

• Do grupo municipal do PS: 11

• Do grupo municipal do PSD: 4

• Do grupo municipal do BE: 3

• Do grupo municipal do PAN: 1

• Do Grupo municipal do CDS/PP: 1

Dezaseis (16) abstenções dos seguintes eleitos:

• Do grupo municipal da CDU: 16

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Declarações de voto. Pedidas, CDU. Paulo Silva, se
faz favor. E depois João Rebelo.”
Paulo Silva, da CDU, disse: “ CDU absteve-se por causa da intransigência do PAN, querer
responsabilizar a Câmara Municipal por pedras e galhos que existem nas ciclovias é
manifestamente exagerado. Elas existem por ação humana ou por ação da natureza e é impossível
estarem constantemente a serem limpas. Elas são limpas com frequência, é feita a necessária
manutenção. Agora é impossível o que o PAN aqui quer ver feito, estar a todo o tempo algum
empregado da câmara a conseguir fazer esta limpeza que o PAN aqui está a exigir é manifesto
exagero que só se compreende pelo período pré-eleitoral em que estamos.”
João Rebelo, do CDS/PP, disse: “Muito rapidamente, Sr. presidente. Eu acabei por votar a favor
porque… agradeço as palavras do Sr. eleito do PAN que, com isso, fez-me alterar. Eu estava a puxar
para a abstenção, mas esta preocupação comum com o PAN também na segurança de quem, não
usando bicicleta, também usa do espaço e também de o Sr. presidente da câmara, que eu registo,
também teve esse cuidado de fazer essa referência. Muito obrigado.”
I.6. O Grupo Municipal da CDU apresentou uma saudação «Aos bombeiros do concelho do
Seixal», subscrita por Paulo Silva.
(Documento anexo à Ata com o número 6)

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Ata nº 05/2021
3ª Sessão Ordinária – 30 de junho de 2021
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Passamos para o documento seguinte que é da
CDU, saudação “aos bombeiros do concelho do Seixal”. É subscrita por Paulo Silva. Tem a palavra.
Se faz favor.”
Paulo Silva, da CDU, disse: “Uma saudação da CDU aos bombeiros do Seixal por todo o trabalho
que desenvolvem, por toda a capacidade que têm demonstrado e por todo o serviço que prestam
à população e que é um serviço de excelência. Em nome da CDU, o nosso muito obrigado aos
nossos bombeiros.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Intervenções sobre esta moção. Quem é que
pretende intervir? Não há pedidos de intervenção. Confirma-se? Confirma-se. Pergunto ao Sr.
presidente da câmara, ou melhor, dou a palavra ao Sr. presidente da câmara. Se faz favor.”
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Obrigado, Sr. presidente. De facto, comemorámos mais
um dia municipal do bombeiro. Os bombeiros têm sido peça-chave na estratégia de combate à
pandemia. Se até aqui tinham sido importantes nestes 47 anos de democracia, de melhor socorro
às populações, de facto, na pandemia foram imprescindíveis e por isso a autarquia comemorou na
passada terça-feira, portanto, ontem, o dia municipal do bombeiro com a oferta de quatro novas
viaturas, pagas pela Câmara Municipal, para além também de termos assinado um protocolo para
a constituição de uma equipa de intervenção permanente para os bombeiros de Amora. Com estas
viaturas e com esta equipa os bombeiros do concelho ficarão ainda melhor preparados para poder
responder àquilo que são neste momento as situações ainda de COVID e muitas outras
emergências a que acorrem. E claro, e terão também (Impercetível) melhores condições para
prestar melhor socorro à sua população, àquela que servem. Só para concluir, dizer que a Câmara
Municipal nos últimos cinco anos já destinou do seu orçamento mais de 7 milhões e meio de euros
para os bombeiros. Seria, de facto, importante que o governo pelo menos pudesse fazer o mesmo
em termos de valores que seria, na verdade, quem deveria iniciar o socorro e a proteção civil no
país devia ser o governo ou deviam ser os governos e não as autarquias como é o caso do Seixal.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Pergunto ao proponente se pretende intervir. Paulo
Silva?”
Paulo Silva, da CDU, disse: “Não, não, Sr. presidente.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Ok. Sim senhor. Então, vamos passar à votação
desta saudação da CDU. Portanto, votação, se faz favor.”

Aprovada a Tomada de Posição nº 44/XII/2021 por maioria e em minuta com:

Trinta e seis (36) votos a favor dos seguintes eleitos:

• Do grupo municipal da CDU: 16

• Do grupo municipal do PS: 11


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3ª Sessão Ordinária – 30 de junho de 2021
• Do grupo municipal do PSD: 4

• Do grupo municipal do BE: 3

• Do grupo municipal do PAN: 1

• Do Grupo municipal do CDS/PP: 1


Sara Lopes, do PS disse: “Sr. presidente, Eu não estou a conseguir votar no Bate-papo, portanto, o
meu voto será sempre consoante a bancada, está bem?
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Sim senhora. Está registado, Sara. Portanto,
aprovado por unanimidade. Pergunto se há alguma declaração de voto. Não havendo passamos
para o documento.”
I.7. O Grupo Municipal do BE, apresentou uma saudação «Ao mês do Orgulho LGBTI», subscrita
por Vitor Cavalinhos.
(Documento anexo à ata com o número 7).
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “o documento seguinte que é do Bloco de Esquerda.
É uma saudação “ao mês do orgulho LGBTI”, subscrita por Vítor Cavalinhos. Tem a palavra, se faz
favor. Bom, ó Sara, diga os tempos antes, se faz favor. Ó Cavalinhos, desculpa lá. Tempos.
Atualização de tempos.”
Sara Lopes, do PS, disse: “Então, a CDU tem 11 minutos e 10 segundos, o PS tem 3 minutos e 47
segundos, o PSD tem 1 minuto e 34 segundos, o Bloco de Esquerda tem 31 segundos, o PAN tem 2
minutos e 22 segundos e o CDS tem 1 minuto e 12 segundos.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Muito bem, Sara. Sim senhora. Vítor Cavalinhos, se
faz favor.”

Vitor Cavalinhos, do BE, disse: “É muito rápido. O tempo que tenho não me dá para muito mais. O
assunto, tiveram oportunidade de ler a moção e, portanto, faz todo o sentido ela vir aqui e ainda
por cima com o que se passa no mundo e nomeadamente na Hungria e noutros países da Europa
em que a extrema-direita, de facto, hoje segue esta comunidade e este conjunto de pessoas que
manifestam livremente as suas orientações sexuais e que têm direito de o fazer numa sociedade
democrática, portanto, faz todo o sentido que esta moção aqui venha à Assembleia Municipal e
não é a primeira vez que vem e, portanto, não quero dizer mais nada.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Intervenções em relação a esta moção, saudação.
Quem é que pretende intervir? João Rebelo, se faz favor.”
João Rebelo, do CDS/PP, disse: “Muito rapidamente, Sr. presidente. Em matéria de fundo nós
concordamos, ou seja, ninguém pode ser discriminado pela sua orientação sexual e a legislação
portuguesa, em muitos aspetos, salvaguarda todos os direitos de todos. O que nós temos que
garantir é que essa legislação toda, ao longo dos últimos anos, nos últimos 10, 15 anos, seja
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Ata nº 05/2021
3ª Sessão Ordinária – 30 de junho de 2021
cumprida por todos e respeitada por todos. O 3.º ponto do voto do Bloco vem com uma palavra
sobre a questão da extrema-direita que em alguns pontos é verdade, não deixa de ser verdade,
mas infelizmente não é só a extrema-direita. Há movimentos religiosos de várias proveniências,
não só cristãs, mas muçulmanas, sobretudo na Europa, que têm feito também e têm tido atitudes
homofóbicas e muito graves, aliás. E, portanto, tentando reduzir isto a fenómenos de extrema-
direita é muito limitativo, infelizmente, antes fosse. Mas a não-aceitação da diversidade e da
orientação sexual de todos não tem só a ver com o movimento de extrema-direita, também há
outros que não estão nada ligados à extrema-direita, que também, infelizmente, têm feito “caça às
bruxas” contra estas minorias sexuais. Muito obrigado, Sr. presidente.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais intervenções. Bom, confirma-se que não há
mais intervenções. Pergunto ao Sr. presidente da câmara se pretende alguma referência.”
O Presidente da Câmara Municipal disse: “ Sr. presidente, o município é tolerante a todas as
orientações sexuais e nessa perspetiva, portanto, cá estaremos para pugnar por essa abertura e
por essa tolerância.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Muito bem. O proponente. Vítor Cavalinhos,
alguma referência?”
Vitor Cavalinhos, do BE, disse: “Eu não tenho nada a acrescentar.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Sim senhor. Então, vamos colocar à votação. Façam
favor, grupos municipais.”

Aprovada a Tomada de Posição nº 45/XII/2021 por maioria e em minuta com:

Trinta e um (31) votos a favor dos seguintes eleitos:

• Do grupo municipal da CDU: 16

• Do grupo municipal do PS: 11

• Do grupo municipal do PSD: 4

• Do grupo municipal do BE: 3

• Do grupo municipal do PAN: 1

• Do Grupo municipal do CDS/PP: 1

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Temos os votos a favor – foi aprovada – da CDU, do
PS, do Bloco de Esquerda, do PAN e a abstenção do Grupo Municipal do PSD e do CDS. Alguma de-
claração de voto? Rui Belchior.”
Rui Belchior, do PSD, disse: “Só para justificar. Muito obrigado, Sr. presidente. Nós abstivemo-nos
porque, de facto, o Bloco não resistiu a atirar a moção para o campo ideológico e como bem disse
o João Rebelo, o eleito João Rebelo, nós entendemos que esta comunidade LGBTI não é só
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Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 05/2021
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perseguida pela extrema-direita, é perseguida um pouco por todo o mundo pelos mais campos
variados da sociedade, portanto, há uma transversalidade nesta perseguição e, portanto, só por
isso é que nos vamos abster. Obrigado”
I.8. O Grupo Municipal da CDU, apresentou uma saudação «Ao Clube de Canoagem de Amora,
aos seus dirigentes e treinadores pelo trabalho desenvolvido e resultados alcançados», subscrita
por Manuel Araújo.
(Documento anexo à ata com o número 8).
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “passamos para o documento seguinte que é da
CDU, uma saudação “Ao Clube de Canoagem de Amora, aos seus atletas, dirigentes e treinadores
pelo trabalho desenvolvido e resultados alcançados”. É subscrita por Manuel Araújo. Tem a
palavra, Manuel Araújo. Se faz favor.”
Manuel Araújo, da CDU, disse: “Ora, então, boa noite a todos e a todas. Esta saudação ao Clube de
Canoagem de Amora, aos seus atletas, dirigentes e treinadores pelo trabalho desenvolvido e
resultados alcançados. O Clube de Canoagem de Amora, portanto, teve no passado fim de semana
um momento histórico. Pela primeira vez conseguiram, numa distância olímpica, na categoria de
juniores masculinos, uma medalha num campeonato da Europa. Pedro Casinha sagrou-se vice-
campeão da Europa na classe de K1 200 metros. Prova esta que se realizou na cidade de Poznan na
Polónia. Todavia os bons resultados não se ficaram por esta medalha, pois João Duarte, também
ele atleta do CCA em K1 1.000 metros, ficou num honroso 4.º lugar e Pedro Casinha e João Duarte
fizeram parte da equipa portuguesa no K4 500 metros, que ficou em 4.º lugar, a escassos cêntimos
do podium. Ainda realce para Tiago Henriques, também do CCA, que se encontra inserido num
projeto olímpico Paris 24, participou na equipa K 2.000 metros, na categoria de sub-23 e que
acabou o europeu em 12.º lugar. De anunciar também ainda que Alex Santos na paracanoagem foi
recentemente apurado na Taça do Mundo na Hungria, na classe de KL1 para os jogos paralímpicos
de Tóquio de dois mil e… neste caso será 2021. Ainda não estando aqui na moção, mas também
em paralelo no mesmo fim de semana, nos campeonatos nacionais de Esperanças em Ponte de
Lima, com 29 atletas que o CCA participou, conseguiu 14 atletas no podium e sete títulos
nacionais, portanto, é, de facto, de realçar. E depois dizer que todo este trabalho é orientado
tecnicamente por Nuno Henriques, treinador do CCA. Dizer ainda que o CCA, portanto, encontra-
se em 4.º lugar no ranking nacional de clubes e dizer só que a partir do momento em que puder
dispor das condições que o centro náutico, porque está em construção, portanto, com certeza que
este clube irá ainda dar, portanto, um grande passo. Porque, de facto, tem uma grande margem de
proporção. Disse, Sr. presidente.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Obrigado. Intervenções em relação a esta
saudação. Quem é que pretende intervir? Não há pedidos de intervenção. Confirma-se. Sr.
presidente da câmara.”

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Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 05/2021
3ª Sessão Ordinária – 30 de junho de 2021
O Presidente da Câmara Municipal disse: “A Câmara Municipal vê com grande alegria e grande
orgulho estes resultados por parte dos atletas do Clube de Canoagem de Amora que é, de facto, já
uma potência nacional em termos daquilo que é esta modalidade e temos a convicção, como dizia
e muito bem o Sr. presidente da Junta de Freguesia de Amora, um investimento que estamos a
fazer e que infelizmente em todas as deliberações não temos a unanimidade da Câmara Municipal
para a sua construção. Mas que vai ser, com certeza, mais um elemento importante para que este
clube e esta coletividade popular possa desenvolver melhor o sucesso desportivo junto dos seus
atletas. E claro, e também poder trazer mais jovens para a prática das atividades náuticas para que
a nossa baía seja cada vez mais um local, não só de lazer, mas também de prática desportiva.
Parabéns aos atletas do Clube de Canoagem de Amora, parabéns ao treinador, parabéns à sua
direção. A Câmara Municipal continuará sempre a apoiar as nossas coletividades do concelho.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Obrigado, Sr. presidente. Pergunto ao proponente
se pretende intervir. Não! Então, vamos colocar à votação esta saudação.”

Aprovada a Tomada de Posição nº 46/XII/2021 por unanimidade e em minuta com:

Trinta e seis (36) votos a favor dos seguintes eleitos:

• Do grupo municipal da CDU: 16

• Do grupo municipal do PS: 11

• Do grupo municipal do PSD: 4

• Do grupo municipal do BE: 3

• Do grupo municipal do PAN: 1

• Do Grupo municipal do CDS/PP: 1


O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Muito bem. Então, foi aprovado por unanimidade,
não é? Pergunto se há alguma declaração de voto? Não há declarações de voto.”
I.9. O Grupo Municipal da CDU apresentou a moção «Pela construção do pavilhão desportivo na
Escola Secundária João de Barros», subscrita por Orlando Ribeiro.
(Documento anexo à ata com o número 9)
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Passamos para o documento seguinte que é da
CDU. Não percebi. Está? Está a fazer eco, isto, pá. Portanto, a CDU. É uma moção “Pela construção
do pavilhão desportivo na Escola Secundária João de Barros”. É subscrita por Orlando Ribeiro. Tem
a palavra, se faz favor.”
Orlando Ribeiro, da CDU, disse: "Boa noite a todos. O texto foi distribuído a todos. Vou passar aos
considerandos finais. Assim, a Assembleia Municipal do Seixal, por proposta dos eleitos da CDU,
reunida a 30 de junho de 2021, delibera, exigir ao Ministério da Educação a conclusão das obras da
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Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 05/2021
3ª Sessão Ordinária – 30 de junho de 2021
Escola Secundária João de Barros sem novos atrasos num processo que decorre há mais de dez
anos e prejudica toda a comunidade educativa, exigir ao Ministério da Educação que nas obras de
remodelação da Escola Secundária João de Barros seja construído um pavilhão desportivo de
modo a que os alunos possam encontrar, na sua escola pública, condições de qualidade para a
atividade física, manifestar a sua solidariedade ou a justa luta dos encarregados de educação,
alunos e professores da Escola Secundária João de Barros para a construção de um pavilhão
desportivo na escola, exigir ao Ministério da Educação que construa pavilhões desportivos em
todas as escolas do 2.º e 3.º ciclos e secundárias do concelho do Seixal. Os eleitos da CDU. Disse.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Obrigado. Pergunto, quem é que pretende intervir
nesta moção? Tomás Santos, faz favor. Tem a palavra, Tomás Santos.”
Tomás Santos, do PS, disse: "Obrigado, Sr. presidente. Muito rápido. Só para dizer, esta moção é
uma falácia em si mesma porque… e a câmara sabe bem disso, os eleitos da CDU sabem bem
disso, porque esta questão já foi amplamente debatida, que o Ministério da Educação não é uma
empresa de construção civil e, portanto, aquilo que o Ministério da Educação ou o governo têm
que fazer foi aquilo que fizeram que foi, lançaram um concurso público e arranjaram uma solução
através de um concurso público, metendo a questão a concurso, para a realização de um contrato
de empreitada que foi adjudicado e é a entidade adjudicante que tem a responsabilidade para a
construção da obra. Agora há aqui uma coisa… e, portanto, o Ministério da Educação não pode,
nem substituir-se, nem obrigar a entidade adjudicatária a realizar a obra, fez um contrato, o
contrato está assinado, está adjudicado. A empresa tem que o cumprir. As pessoas não são
escravas das entidades públicas, portanto, o que têm que fazer é cumprir o contrato, mas se as
pessoas não cumprirem o contrato, como aconteceu, nós não as podemos obrigar. Agora há aqui
uma coisa a dizer que é, conhecem bem a obra que está adjudicada, sabem bem como é que ela
está a ser realizada e, portanto, vir aqui dizer isto não faz sentido nenhum por estas razões. Em
primeiro lugar, porque estar agora a alterar com o adjudicatário o contrato celebrado na altura
para a construção de mais um pavilhão ou o que seja, traz, não só custos para o erário público,
como pode fazer a obra parar porque é uma obra que está à espera há 11 anos e acho que isso não
seria salutar. Porque a obra pode parar. Porque a entidade adjudicatária, enquanto não vir a sua
situação restabelecida novamente em termos de estabilidade para ele, (Impercetível), exige mais
dinheiro, vai exigir mais dinheiro para a construção de um novo pavilhão e, portanto, enquanto
não vir essa situação resolvida, não vai continuar com a obra, vai parar com a obra. Por iniciativa
nossa, nós quisemos mudar um contrato que já celebrámos. Não estamos a ser de palavra, o
Estado português. Pode criar problemas de concorrência. Porque mudando-se o contrato que foi
celebrado, os outros concorrentes podem dizer que, então, se o contrato que está a ser
modificado, se tivesse sido apresentado logo à partida poderiam concorrer e provavelmente
ganhariam porque há uma alteração de circunstâncias e, portanto, quer dizer, isto é… é óbvio que
nós estamos solidários com a justa luta dos encarregados de edução, alunos e professores da
Escola João de Barros e é óbvio que nós achamos que todas as escolas deviam conter um pavilhão,

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deviam… agora o que é facto é que esta situação já está resolvida. Nós resolvemos um problema
com mais de 11 anos. E agora vem a CDU com esta moção, no fundo, atirar areia para os olhos dos
munícipes e procurar criar uma falácia, mudando uma situação que já está concretizada a nível do
Direito e sua modificação da nossa parte, para além de nos deixar como um contraente não
fidedigno, que não cumpre com a sua palavra. Não faria sentido. Obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Vítor Cavalinhos, se faz favor.”
Vitor Cavalinhos, do BE, disse: "Só quero perguntar ao eleito Tomás Santos duas coisas. A primeira
delas é, foi adjudicada ou não a construção de um pavilhão gimnodesportivo? E se não foi
adjudicado, por que razão é que não foi? Era só.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Já agora, diga os tempos, Sara por favor”
Sara Lopes, do PS disse: “Então, a CDU tem 7 minutos e 54 segundos, o PS tem 24 segundos, o PSD
tem 1 minuto e 34 segundos, o Bloco de Esquerda esgotou o tempo, o PAN tem 2 minutos e 22
segundos e o CDS esgotou o tempo, o presidente da Junta de Fernão Ferro que eu penso que não
esteja, tem 4 minutos à mesma.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Obrigado Sara. Tem a palavra o Paulo Silva.”
Paulo Silva, da CDU, disse: "Boa noite a todos mais uma vez, portanto, ficamos a saber pela
intervenção do Sr. eleito Tomás Santos que a Escola João de Barros não vai ter um pavilhão porque
o Ministério da Educação não é uma empresa de construção civil. A Câmara Municipal também
não é e nenhuma entidade pública são empresas de construção civil. Elas fazem concursos
públicos para contratar as empresas de construção civil. Isto é do mais elementar que acho que
qualquer pessoa tem conhecimento disso. Não precisa de… pronto, não vou dizer mais nada. O
que aqui está é que não está adjudicada a construção do pavilhão desportivo e é fundamental para
aquela escola, para os alunos, para todos os alunos terem um pavilhão para atividade física e só
quem não foi aluno de uma escola sem pavilhão desportivo sabe o que custa não haver condições
para a prática desportiva que é fundamental e a base de qualquer política desportiva deve ser o
desporto escolar e por isso é fundamental que todas as escolas tenham um pavilhão desportivo
para se praticar a Educação Física, a atividade desportiva em devidas condições para os alunos,
portanto, acho que falácia é virmos agora dizer que o Ministério da Educação não é uma empresa
de construção civil e por isso não há pavilhão gimnodesportivo na Escola João de Barros.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Pergunto se há mais algum pedido de intervenção.
Há aqui um registo que o PAN deu 1 minuto, mas o tempo como está acordado no quadro do
regimento, ou melhor, acordado pelos lideres municipais é de que o tempo delimitado, claro, podia
ser 1 minuto, mas é utilizado para completar intervenções. Poderia ter sido, de facto, na altura,
não é, para complementar a intervenção. Não há mais…Há? Peço desculpa. António Sôta Martins,
faz favor.”
António Sôta Martins, do PAN disse: “Ora, pronto. Eu estava há pouco a dizer que interromper as
intervenções, que o Bloco de Esquerda, se quiser utilizar tempo que o PAN ainda tiver disponível,
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nomeadamente 1 minuto ou mais se for necessário, poderá fazê-lo. Da nossa parte evidentemente
iremos votar a favor desta moção, até porque sabendo que o Ministério da Educação não é uma
empresa de construção, é ele que decide, é o ministério que decide quais são os processos que,
indo a concurso, são adjudicados e, portanto, a Escola João de Barros merece um outro respeito.
Para além de não ver as suas obras acabadas, merecia um pavilhão desportivo e não apenas um
telheiro como o ministério pretende fazer. Por isso iremos votar a favor. Muito obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Eu quero fazer uma referência muito breve.
Inscrevo-me também para isso, antes de dar a palavra ao Sr. presidente da câmara, exatamente até
neste sentido que já foi dito em intervenções do António Sôta Martins e do Paulo Silva. Há aqui
uma questão fundamental. É o Ministério de Educação que define a tipologia das escolas. Isto não
tem nada a ver com construção ou não construção. E, de facto, o ministério, até no âmbito da
Parque Escolar que deu toda esta gravíssima situação de 11 anos, absolutamente deplorável, este
tempo todo com condições péssimas para os alunos e professores, já na altura a câmara contestou
e contestaram os pais e a direção da escola. Porque o primeiro projeto que é, afinal, o que está a
ser feito, não é um pavilhão escolar. É um recinto desportivo, um polidesportivo coberto que não
propicia condições para a prática desportiva. Isto é uma regressão inaceitável e uma menorização
na formação integrada dos jovens que desta forma não têm condições para a prática da Educação
Física. Qual é aqui a solução? Não é problema nenhum para o concurso. O que a moção aqui
coloca é que o Ministério da Educação faça o que tem que fazer e, portanto, podem, em
complemento à obra, resolver o problema do pavilhão que é o que tem que ser feito. É inaceitável
que nos dias de hoje as escolas não tenham condições plenas. Esta é que é a questão de fundo.
Portanto, nós não podemos aceitar isto. Não pode aceitar a câmara, não podem aceitar as famílias,
as crianças, os jovens, os alunos e os pais. Sr. presidente da câmara, se faz favor.”
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Obrigado, Sr. presidente. Dizer também que, de facto,
esta situação acontece em outros quatro pavilhões, melhor, em outras quatro escolas no concelho
da responsabilidade do Ministério da Educação. Em todos estes anos, governos do PS e do PSD e
do CDS com ambos, não conseguiram resolver esta situação. E são cinco, então, as situações
semelhantes, sendo que a obra da João de Barros finalmente está a avançar. E a questão que se
coloca e bem e que é justa é, por que não construir um pavilhão desportivo escolar que permita,
portanto, com todas as condições, lecionar a disciplina da Educação Física? Essa é a questão que é
colocada. Compete ao Ministério da Educação a definição daquilo que são as intervenções e
compete também, já agora, aos órgãos municipais pronunciarem-se a favor ou contra aquilo que
são o interesses das populações. Neste caso vejo que todos os partidos estão a favor dos interesses
da população. Há um partido que é o partido que está no governo que não está, mas, portanto,
não tem estado em muitas matérias e essa assume a responsabilidade de que tem que acontecer e
deve acontecer, porque não fazem porque não querem.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Obrigado, Sr. presidente da câmara. Pergunto ao
proponente se pretende intervir. Não. Então, passamos à votação.”
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Aprovada a Tomada de Posição nº47/XII/2021 por maioria e em minuta com:
Vinte e cinco (25) votos a favor dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal da CDU: 16
• Do grupo municipal do PSD: 4
• Do grupo municipal do BE: 3
• Do grupo municipal do PAN: 1
• Do grupo municipal do CDS-PP: 1
Onze (11) abstenções dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal do PS: 11
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “ Declarações de Voto? Declaração de voto do PS.
Faz favor.”
Tomás Santos , do PS disse: “Sr. presidente, retifiquei agora. Eu enganei-me. Disse a favor, mas é
abstenção, como o Sr. presidente referiu. Só para dizer que o PS está a fazer… ou o governo, não é
o PS, o governo está a fazer aquilo que tem que ser feito que é cumprir o contrato. O governo é
uma entidade pública de bem e por isso cumpre os contratos e não mistura os assuntos. Pelos vis-
tos há quem pense de forma diferente, mas pode ser que a partir de outubro isso mude.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Isso faz parte da declaração de voto também, não
é? Ora, declarações de voto. Mais alguma? Pergunto.”
Tomás Santos , do PS disse: “Evidentemente.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Pergunto, não há mais declarações de voto?” Paulo
Silva por favor.”
Paulo Silva, da CDU, disse: "A CDU votou favoravelmente porque considera que para haver uma
escola pública de qualidade tem que haver as necessárias condições para a prática de todas as
disciplinas e para o desenvolvimento de todas as disciplinas e a parte física é muito importante
para o desenvolvimento dos nossos jovens. Ficámos mais uma vez a saber que o Partido Socialista
não pensa nisso. A juventude do concelho não é a sua preocupação e a juventude do concelho irá
saber desta situação assim como os pais, os encarregados de educação, os professores da Escola
João de Barros, desta posição do Partido Socialista que é contra a população do concelho do Seixal
e que mais uma vez o demonstra.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Rui Belchior, se faz favor.”
Rui Belchior, do PSD, disse: “ Obrigado, Sr. presidente. O Partido Social Democrata, diga-se, numa
rara circunstância está de acordo com a CDU porque realmente esta questão, estes já 11 anos são
inclassificáveis. Não há nome que possa descrever isto. Apesar do exercício que o Partido Socialista
possa fazer em redor dos contratos e das adjudicações e do concurso é completamente
injustificável. O Sr. presidente da câmara, como sempre, apesar de já terem passado seis anos

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voltou a referir o PSD e o CDS. É verdade. O PSD e o CDS também durante quatro anos não fizeram
a obra todavia em circunstâncias que já repetidamente aqui temos referido e que são conhecidas
de todos. Era uma circunstância totalmente distinta e que, aliás, em 2015, essa circunstância deu
azo a que houvesse uma transformação na assembleia e que, aliás, a CDU apoiou e numa
expectativa de as coisas virem a melhorar. Bom, mas isso não sucedeu e já há duas, pelo menos
duas gerações de alunos que são completamente prejudicadas por terem a escola naquele estado.
E naturalmente, como é lógico, uma escola daquela dimensão, com a frequência daqueles alunos,
justificaria – e não há desculpas que justifiquem isto – um pavilhão para a prática desportiva, como
é evidente. E nós, face a isto e face às justas reivindicações das populações, nós aqui também
concordamos com esta moção. Obrigado.”

I.10. O Grupo Municipal da CDU apresentou a saudação «A persistência e a luta compensam»,


subscrita por Júlia Freire.
(Documento anexo à ata com o número 10).
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Passamos, sim, para o documento seguinte que é
uma saudação da CDU, “A persistência e a luta compensam”. É subscrita por Júlia Freire. Tem a
palavra.”
Júlia Freire, da CDU, disse: "Boa noite a todos. A nossa saudação está bem explanada. Só dizer que
saudamos a abertura do Centro de Saúde de Corroios que aconteceu no dia 22 de junho, um
equipamento reivindicado há mais de 20 anos pela população de Corroios, pela Comissão de
Utentes da Saúde e pelos diferentes órgãos autárquicos do concelho do Seixal. Esta obra é um
sonho concretizado, 43.000 utentes irão ser servidos por este equipamento. Dizer que esperamos
que venha a ser dotado dos recursos humanos necessários para que todos os utentes tenham
equipa de família. Neste momento há 15.000 utentes que não têm equipa de família no Centro de
Saúde de Corroios, os equipamentos de saúde de Corroios, mais propriamente. Relembrar que a
Câmara Municipal do Seixal investiu 550 mil euros no arranjo dos espaços exteriores e zona
envolvente. E depois dizer que saudamos, a CDU saúda a luta e o empenho da população de
Corroios e da Comissão de Utentes da Saúde pela sua ação persistente que conduziu à
concretização deste importante equipamento. Muito obrigada, Sr. presidente.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Obrigado. Quem é que pretende intervir para
apreciação desta saudação? Desta saudação. Exato. É isso. Não há pedidos de intervenção?
Confirma-se? Ou há? Tomás Santos, se faz favor..”
Tomás Santos, do PS, disse: "Bom, nos 24 segundos que me restam apenas dizer o seguinte, acho,
no mínimo, cómico que depois dos problemas que a Câmara Municipal criou à Autoridade
Nacional de Saúde com os problemas que houve com o terreno, agora venha pura e simplesmente
não referir o poder central que foi, de facto, o grande responsável pela resolução deste problema.
De qualquer forma é óbvio que nós saudamos qualquer investimento que seja a favor da
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população e por isso estamos de acordo e esquecemos esses problemas do passado porque o que
interessa é o interesse das populações. Obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Tem a palavra o Sr. presidente da câmara, se faz
favor.”
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Muito obrigado, Sr. presidente. De facto, há uma
semana, na terça-feira anterior, uma semana atrás, abriu finalmente o novo Centro de Saúde de
Corroios, demonstrando que a narrativa que agora foi expressa e que durante muitos anos o
Partido Socialista colocou que era falsa, isto é, a única responsabilidade para a não-construção do
Centro de Saúde de Corroios foi exatamente (Impercetível) que não o quiseram construir e não foi
de mais ninguém. E é bem demonstrativa esta abertura e o apoio que a Câmara Municipal deu,
não só na cedência do terreno como também na execução da obra de arranjos exteriores e outras
infraestruturas. Aliás, até ampliámos a área de intervenção com um parque de estacionamento e
um (Impercetível) para a Avenida Vieira da Silva que são bem demonstrativas do apoio que a
Câmara Municipal deu e, aliás, estamos a dar com a aquisição de alguns equipamentos que já
estão no centro de saúde e outros equipamentos que iremos ofertar também à equipa do centro
de saúde. Isto é, de facto, bem exemplificativo de que os equipamentos de saúde no concelho do
Seixal só não são realizados porque o PS não quer. E tal como não quis fazer o Centro de Saúde de
Corroios, agora também não tem demonstrado vontade de construir o hospital do Seixal que
continua a marcar passo, passaram mais 11 anos do primeiro protocolo assinado com o governo
do PS e nem sequer o projeto de execução ainda foi concluído. Estamos também disponíveis para
poder participar na construção dos centros de saúde de Foros de Amora e também de Amora e
também de Paio Pires e por isso, aqui fica uma vez mais claro a diferença entre a CDU e o Partido
Socialista. De facto, a Câmara Municipal e a CDU quer e ajuda para que estes projetos se
concretizem desde que haja vontade da outra parte. Só muito recentemente é que houve vontade
de fazer o Centro de Saúde de Corroios. Esperemos que esta vontade agora não se esgote e que
continue para estes equipamentos tão necessários à nossa população.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “ Obrigado, Sr. presidente. Pergunto ao proponente
se pretende intervir.”
Júlia Freire, da CDU, disse: "Não, Sr. presidente. Prescindo. Muito obrigada.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Então, vamos colocar à votação.”
Aprovada a Tomada de Posição nº48/XII/2021 por maioria e em minuta com:
Trinta e um (31) votos a favor dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal da CDU: 16
• Do grupo municipal do PS: 11
• Do grupo municipal do BE: 3
• Do grupo municipal do PAN: 1
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Cinco (5) abstenções dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal do PSD: 4
• Do grupo municipal do CDS-PP: 1
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Foi aprovada a saudação com os votos a favor…
exato, aprovada a saudação com os votos a favor da CDU, do PS, do Bloco de Esquerda e do PAN e
a abstenção do PSD e do CDS. Declaração de voto. Paulo Silva. Paulo Silva.”
Paulo Silva, da CDU, disse: "A CDU votou favoravelmente a esta saudação que apresentou, não
deixando aqui assim de referir que o eleito Tomás Santos veio dizer que o grande responsável pela
resolução deste problema era o poder central quando efetivamente o governo e o Ministério da
Saúde não investiram 1 cêntimo do orçamento de Estado na construção deste centro de saúde, foi
financiamento comunitário, pelo que se estranha depois da moção apresentada pelo PS na última
assembleia municipal que venha agora dizer que os louros são deles quando o dinheiro é de
fundos comunitários, mas já estamos habituados que o PS não é coerente. Hoje diz uma coisa,
amanhã diz outra e contradiz-se constantemente na sua atuação.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais alguma declaração de voto? Faz favor, João.”
João Rebelo, do CDS disse:”Obrigado, Sr. presidente. A abstenção resulta no facto desta proposta
da CDU não ser completa e tentar mais uma vez puxar exclusivamente a realização da obra e da
sua concretização para a Câmara Municipal e para a CDU exclusivamente, que não é manifesta-
mente o caso e só agora é que a CDU falou exatamente de onde vem grande parte do financiamen-
to, que foi da União Europeia, o que não deixa de ser também engraçado, no mínimo, um partido
que foi contra a entrada e a adesão de Portugal na União Europeia continuar a recorrer a esses
fundos para fazer o trabalho, o que só faz que foi uma excelente ideia Portugal ter entrado na
União Europeia. Muito obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Rui Belchior, se faz favor.”
Rui Belchior, do PSD disse: “Só para dizer, então, o seguinte, a nossa abstenção justifica-se porque,
no nosso entendimento, esta saudação, enfim, é, digamos, é uma espécie de campanha ou de pré-
campanha já feita pela CDU. De facto, ignora, mal ou bem, não é, com a demora. Sim, sem dúvida.
Mas a verdade é que foi o governo que fez a obra, com ou sem fundos comunitários. Bom, o que
seria deste país, já agora, desta câmara, sem os recursos que significam esses fundos comunitários
e, portanto, evidentemente que nós, Partido Social Democrata, como é sabido, temos defendido
esta política dos centros de saúde, mais até do que a necessidade da construção do hospital e pelo
que a nossa abstenção apenas radica no facto de nós considerarmos que a CDU deliberadamente
omitiu quem verdadeiramente fez, neste caso temos que o admitir, foi o governo, ainda que muito
tardiamente. Muito obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Tomás Santos, por favor.”
Tomás Santos, do PS, disse: "Só para dizer o seguinte, não há contradição nenhuma da parte do
PS. O PS sempre foi a favor da Europa desde o início e porque sempre acreditou que o projeto eu -
ropeu ajudava a desenvolver o país e os territórios. Quem é contra a Europa é o PCP, portanto, a
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contradição está do lado do PCP. Agora o governo esteve bem. Aqui não interessa de quem é que é
o dinheiro, interessa a concretização da obra, interessa conseguir a concretização da obra. O gover-
no e o PS não funcionam como o PCP que é, o que a gente faz é muito bom, o que os outros fazem
é horrível mesmo que as populações fiquem melhor. Nós não funcionamos assim. Tudo o que é
bom para as populações, nós admitimos que é bom. E se vier da parte da câmara, como já em ou-
tras ocasiões fizemos, nós não temos problema nenhum em dizê-lo. O governo conseguiu concreti-
zar esta obra, como se pode ver e é isso que interessa. O que interessa é a concretização da obra, o
que interessa é todos termos conseguido a concretização da obra. E é isso que no final do dia inte -
ressa às populações, não é andarmos aqui a ver quem é que consegue mais coisas como o PCP faz,
o que, como já se percebeu, leva sempre a discussões muito infelizes.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “ Ó Tomás Santos, Tomás Santos, já passou o tempo,
pá. Agora não há mais declarações de voto. Confirma-se? Certo? E não há aqui já esta, digamos,
questão, quem é que fez e quem não fez”

I.11. O Grupo Municipal da CDU apresentou a moção «Acesso da Península de Setúbal aos
fundos estruturais: Reconstituição da NUTS 3 Península de Setúbal», subscrita por Paula Santos.
(Documento anexo à ata com o número 11)
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “E passamos, então, para a moção, é o último
documento, “Acesso da Península de Setúbal aos fundos estruturais – reconstituição da NUTS III
Península de Setúbal”. É da CDU e é subscrita por Paula Santos que tem a palavra. Faz favor.”
Paula Santos, da CDU, disse: "Muito obrigada, Sr. presidente. A CDU traz aqui uma moção sobre a
necessidade do acesso da Península de Setúbal aos fundos comunitários e aproveito para
acrescentar já aqui uma ideia, porque podemos discutir entre aquilo que Portugal perdeu por
integrar a União Europeia e creio que ninguém coloca em causa o integrarmos o continente
europeu que é substancialmente diferente da União Europeia, entre aquilo que foi as nossas
perdas em termos de destruição de capacidade produtiva, de perda de empregos, de abate de
frota pesqueira e entre aquilo que são os fundos comunitários. Aqui o saldo é extremamente
negativo para o nosso país. E consideramos também, contrariamente ao Partido Socialista, que o
investimento público deve ser muito… ir muito mais longe do que ficar somente naquilo que são o
investimento público proveniente ou com recurso a fundos comunitários. Há muito mais para isso.
Mas infelizmente para esse investimento público o Partido Socialista e os seus governos, de facto,
não têm feito o investimento necessário na Península de Setúbal, apesar de vários compromissos
assumidos – o hospital do Seixal é só um deles – e ainda não concretizados. É importante fazer esta
referência quando discutimos os investimentos e o acesso da península aos fundos estruturais para
o seu desenvolvimento, para a melhoria das condições de vida das populações. Estamos perante
um problema que resultou da eliminação das NUTS III, da responsabilidade por parte do PSD e do
CDS, mas a verdade é que ao longo de todos estes seis anos de governo do Partido Socialista nunca
foi… aliás, até ao momento não foi tomada qualquer iniciativa, nem houve demonstração de
vontade de resolver este problema. Só agora à última da hora, perante o largo consenso que foi
construído na região de Setúbal em que a Associação de Municípios da Região de Setúbal teve aqui
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um papel preponderante para esse mesmo consenso é que o Partido Socialista anda a procurar
não perder o comboio de uma matéria que desde o primeiro momento o PCP tem colocado a
exigência da reposição das NUTS III. Trazemos esta moção de uma forma muito sintética, o que
coloca naturalmente uma saudação a este consenso que foi alcançado na nossa península e pela
importância do desenvolvimento da região que tem enormes potencialidades e riquezas, exigir ao
governo, que nada fez até ao momento, que cumpra a resolução que foi aprovada na Assembleia
da República por unanimidade e que resultou de uma proposta do PCP e que recomenda ao
governo a reconstituição das NUTS III da Península de Setúbal e das NUTS III da Grande Lisboa,
uma revisão mais ampla das NUTS II, nomeadamente que estude um novo redesenho das NUTS II
e que, enquanto não for concretizada essa revisão, aplique já no próximo quadro financeiro
medidas que assegurem a não diminuição de financiamento em toda a área metropolitana de
Lisboa e que propicie acrescentados fluxos compensatórios para a Península de Setúbal,
nomeadamente através do programa de recuperação e resiliência e que o governo, não só dê
cumprimento, mas que desenvolva estas ações que, repito, foram aprovadas por unanimidade na
Assembleia da República com caráter de urgência e que o processo para a reconstituição das NUTS
III avance desde já, assim como o estudo e que procurem encontrar soluções para que a península
possa ter mais acesso a fundos comunitários. São estas as propostas que… ou esta a moção que
trazemos à Assembleia Municipal. Disse, Sr. presidente.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Obrigado. Intervenções para apreciação desta
moção. Quem é que pretende intervir?
Sara Lopes, do PS, disse: "Sr. presidente, só para dizer que a CDU esgotou o tempo também. Só
tem tempo o PSD e o PAN.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Sim senhora. Bom, agora faço uma pergunta ao PSD
e ao PAN. Se pretendem intervir, não é? Rui Belchior, por favor.”
Rui Belchior, do PSD, disse: "Enfim, apesar das considerações que foram feitas pela eleita Paula
Santos, enfim, considerava ou achava que nesta altura, passados estes anos todos, qualquer
pessoa faria um balanço positivo, portanto, da entrada de Portugal na Comunidade Europeia, mas
enfim, é uma outra conceção e, portanto, com certeza terá a sua própria avaliação e as suas contas
também, a sua contabilidade. De facto, apesar de esta moção ter aqui a bicada provavelmente
justa, enfim, ao PSD e ao CDS, porque realmente foi neste período do governo PSD/CDS que a
NUTS III foi eliminada e, portanto, nós, aliás, fomos o primeiro partido nesta Assembleia Municipal,
portanto, aqui é a CDU que procura não perder aqui o comboio, aqui na assembleia
especificamente, porque foi o Partido Social Democrata até o primeiro a apresentar uma moção
sobre este tema e seguido depois do PS e agora da CDU, pelo que nós também consideramos
necessária e imprescindível a restituição ou a reconstituição desta NUTS III. Obrigado”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Faz favor, António Sôta.”

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António Sôta Martins, do PAN, disse: "Eu só queria dizer que iremos votar a favor desta moção,
como é evidente. Só que não nos revemos em nada no preâmbulo que a Sra. deputada Paula
Santos fez em relação à nossa integração na União Europeia. É óbvio que nem sequer é discutível
se pertencemos à Europa. É uma questão geográfica. Nem valia a pena fazer alusão. Mas a nossa
entrada na União Europeia é vista por todos como uma mais-valia e é pena que o PCP ainda não
tenha ultrapassado esse complexo a nível internacional. Muito obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Tomás Santos, para defesa da honra.
Tomás Santos, do PS, disse: "Fui diretamente visado e, então, fazer aqui uma defesa da honra, mas
é uma defesa da honra que na verdade se resolve em si mesma. Quer dizer, eu acabei de dizer que
a contradição está do lado da CDU porque a CDU dizia que os fundos comunitários é que eram
bons porque ajudavam a resolver e agora acaba de dizer que a integração europeia é má e que só
traz prejuízo. É isto o PCP no Seixal, o PS não se revê nessa…”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mas isso é a defesa da honra?A defesa da honra de
Bruxelas, é?
Tomás Santos, do PS, disse: "Pode ser. O PS é a favor da União Europeia.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Ó Tomás, vamos lá ver, defesa da honra é defesa da
honra, pá. Se foi desonrado…”
Tomás Santos, do PS, disse: "Eu estou a defender a honra. Não me deixou terminar. Não me deixou
terminar. O que eu ia dizer é simples. Posso terminar?”
O Presidente da Câmara Municipal disse: “se é defesa da honra, conclua, se faz favor.”
Tomás Santos, do PS, disse: "Pronto. Então, vou concluir. O PS não aceita, portanto, que digam que
é um partido contraditório porque está tudo de acordo com a sua palavra que, como se vê, resolve
os problemas das pessoas. Obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Tem a palavra o Sr. presidente da câmara.”
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Muito obrigado. Sr. presidente, Srs. eleitos, de facto, o
que temos aqui é que uma decisão do governo do PSD e do CDS impossibilitou durante dez anos os
municípios da Península de Setúbal e também outros municípios da região da Área Metropolitana
Norte, perdessem vários milhões de euros de fundos, não só os municípios, mas também as
empresas e outras instituições no atual quadro comunitário, e, de facto, esta inércia do PS, do
Partido Socialista, nestes cinco anos que é governo, nestes seis anos que é governo também tem
impossibilitado que o próximo quadro comunitário seja, de facto, utilizado de forma mais eficiente
para um dos objetivos primeiros de integração europeia. É que a questão de ser contra ou de ser a
favor tem a ver com o facto de que um dos objetivos primeiros seria a aproximação, então, do
nível de vida das várias comunidades, das populações de vários países e do que se observa é que
em termos regionais e ao longo de todos estes anos de integração europeia o que tem acontecido
é que o país, Portugal e os países afastados, daquilo que é a média do PIB per capita relativamente
à própria União, em vez de haver uma convergência o que tem existido cada vez um maior
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diferencial. E por isso é preciso utilizar fundos europeus no sentido de conseguirmos fazer
aproximar essa convergência para que, de facto, possa fazer sentido essa integração. Não é isso
que tem acontecido. E as políticas dos governos relativamente à Área Metropolitana e
concretamente à Península de Setúbal, o que têm feito é prejudicado populações, prejudicado as
empresas, prejudicado as instituições e os municípios. No momento atual o PS, o governo do PS
tem tido um percurso, eu diria, à esquerda e à direita, um dia está contra (Impercetível), no outro
dia já está a favor, portanto, há aqui uma grande desorientação por parte do governo do PS e agora
só muito próximo das eleições autárquicas é que o PSD, o CDS e o PS se lembraram que era
importante ter novamente uma NUTS III na Península de Setúbal e depois com essa NUTS III se
conversasse e prosseguisse o caminho para que pudesse ter, no quadro dos fundos europeus,
maior afetação de verbas para a nossa região. Espero que esta sintonia agora aparente se
mantenha a seguir às eleições e que possamos efetivamente, o governo e todos aqueles que
intervêm no processo ter uma atitude consistente com aquilo que são os interesses das
populações se, de facto, passam pela criação da NUTS III da Península de Setúbal e haver soluções
para que estes municípios possam… ou estas regiões, estes territórios possam, de facto, ter maior
convergência e possibilitar ter maior acesso a fundos.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “ Obrigado, Sr. presidente. Passamos à votação.”
Aprovada a Tomada de Posição nº49/XII/2021 por maioria e em minuta com:
Trinta e cinco (35) votos a favor dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal da CDU: 16
• Do grupo municipal do PS: 11
• Do grupo municipal do PSD: 4
• Do grupo municipal do BE: 3
• Do grupo municipal do PAN: 1
Uma (1) abstenção dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal do CDS/PP: 1
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “ Foi aprovada, então, com uma abstenção do CDS.
Declaração de voto. Tomás Santos, faz favor.”
Tomás Santos, do PS, disse: "Só para dar nota do seguinte, o PS concorda genericamente com esta
moção e por isso votou a favor, embora repudie todas as tentativas sucessivas de tentar atacar o
governo do PS, mesmo quando não é necessário, que nós estamos de acordo. Aliás, já estivemos
de acordo em sede de Assembleia da República quando o projeto de resolução que é referido na
moção foi votado, estamos a favor agora. Não se percebe porquê esta necessidade de atacar o PS a
todo o tempo e a todo o momento, quando nós estamos de acordo, mas o que interessa é mais
uma vez o que vem das populações. É isso que defendemos. Nós esquecemos todos esses ataques
a favor do bem das populações.”

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Ata nº 05/2021
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Presidente da Assembleia Municipal disse: “Declaração de voto. João Rebelo, então, se faz favor.”
João Rebelo, do CDS disse:”Sr. presidente, apesar de concordarmos com (Impercetível) há limites
há hipocrisia e esta declaração e este texto e toda a retórica que a CDU tem em relação a isto não
tem, em alguma parte da retórica, fundamento e noutra parte a responsabilização deles próprios.
Voltar a dizer que é seis anos de governo PS quando eles (Impercetível) há seis anos é no mínimo,
mais uma vez, uma retórica que é inaceitável porque as responsabilidades estão aí e repartidas e,
portanto, nós não alinhamos com este discurso, volto a repetir, que é hipócrita e, portanto, a abs -
tenção resulta dessa mesma decisão da CDU fazer um texto que à partida, se calhar, nem estava à
espera de tanto consenso porque visava mesmo procurar o contencioso e não a união. Muito obri-
gado, Sr. presidente.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais alguma declaração de voto? Não há mais
declarações de voto, certo? Então, terminamos o período antes da ordem do dia e vamos fazer um
intervalo de 15 minutos. Até já a todos.”
II. PERÍODO DA ORDEM DO DIA
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Vamos, então, recomeçar a assembleia com o
período da ordem do dia e o primeiro ponto é a informação sobre o trabalho em curso das
comissões da Assembleia Municipal.
II.1. Informação do trabalho em curso das Comissões da Assembleia Municipal.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Eu pergunto se pretendem intervir por parte dos
coordenadores. Quem é que pretende intervir? Reuniu a Comissão de Desenvolvimento
Estratégico. Pergunto ao coordenador Paulo Silva. Paulo Silva. Estás-me a ouvir, pá?
Paulo Silva, da CDU, disse: “Sr. presidente, desculpe lá. Portanto, só informar que a Comissão de
Desenvolvimento Estratégico, como é normal, voltou a reunir antes desta assembleia, em que
esteve presente o Sr. presidente da câmara. Foram feitas várias questões sobre os pontos que
estão aqui assim em discussão, nomeadamente sobre o relatório e contas e de atividades da
câmara e foram esclarecidas.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Obrigado. Mais alguma intervenção? Não?”
II.2. Apreciação de informação da Câmara, sobre a atividade desta, nos termos e para efeitos das
alíneas a) e b) do n.º 2 do art. 25.º do Anexo I à Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro.
(Documento anexo à ata com o número 12)
II.3. Apreciação de informação do Presidente da Câmara, sobre a atividade do municipio e
situação financeira do mesmo, nos termos e para efeitos das alíneas c) do n.º 2 do art.º 25.º do
Anexo I à Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro.
(Documento anexo à ata com o número 13)
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Então, passamos para a informação da câmara. São
os dois pontos seguintes, apreciação de informação da câmara sobre a atividade desta e

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apreciação de informação do presidente da câmara. Tem a palavra o Sr. presidente da câmara. Se
faz favor, Sr. presidente.”
O Presidente da Câmara Municipal disse: ““Obrigado. Muito obrigado, Sr. presidente. Bom,
relativamente às informações da Câmara Municipal estão expressos os principais tópicos da
documentação que foi entregue e a atividade entre 14 de abril e 11 de junho, também as
principais deliberações que foram tomadas nas reuniões da Câmara Municipal e sobre a situação
financeira não tenho nenhuma questão a reportar. No entanto, claro, estou disponível para os
esclarecimentos que os Srs. eleitos tiverem sobre estas matérias. Obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Obrigado, Sr. presidente da câmara. Portanto,
pedidos de intervenção. Pedidos de intervenção. Quem é que pretende intervir em relação a estes
dois pontos? Portanto, Luís Pedro Gonçalves, se faz favor”
Luís Pedro Gonçalves, do PS, disse: “ Ora, então, boa noite. Sendo a primeira vez que me dirijo à
assembleia, cumprimentar todos os presentes. Eu queria falar aqui sobre dois aspetos. O primeiro
aspeto tem a ver com habitação e sobre dois pontos que já vinham da sessão anterior. O primeiro
tem a ver com a AUGI da Quinta das Lagoas. A AUGI que está lado a lado com o bairro de lata de
Santa Marta. Eu tinha perguntado e o Sr. presidente não me tinha chegado a responder, se a
Câmara Municipal do Seixal coloca a hipótese de demolir casas que hoje estão habitadas nesta
AUGI. Porque eu assisti a uma sessão do Sr. presidente e eu gostava que pudesse esclarecer esta
assembleia sobre esse... o outro ponto ainda no contexto da habitação, queria que me informasse,
por favor, se excluindo o realojamento de Vale de Chícharos, qual é o número de fogos
habitacionais adicionados ao parque habitacional do município. Eu presumo que seja zero, mas
naturalmente o Sr. presidente poderá esclarecer-me se houve ou não adição de fogos habitacionais
ao parque habitacional da Câmara do Seixal. O segundo âmbito em que gostava de falar tem a ver
com o Centro Náutico de Amora que está agora em construção. O custo referido no cartaz no local
é de 3 milhões 474 mil 202 euros. Assim, antes de mais, gostava que me esclarecesse se o terreno
foi comprado ou foi permutado. Sendo permutado com que terreno é que foi permutado. Sendo
comprado, quanto é que custou. Um segundo ponto ainda neste âmbito tem a ver com o que é
que está planeado para a marginal de Amora. Porque neste momento o que nós temos é uma
marginal que é aos soluços ou aos pulos e que torna, em termos de utilização das infraestruturas,
coloca algumas dificuldades. Do que é que eu estou a falar? Notará. O circuito pedonal que vem
desde a Ponte da Fraternidade pára junto à antiga fábrica Lopes & Moura, junto ao atual
restaurante Amora Rio. Mas depois temos, então, esse espaço das fábricas e depois temos a Rua
da Mundet com aquela muralha de pedra e o “T” de acesso à água, mas não é possível passar de
um sítio para o outro pela zona de mar, tem que se ir á volta. E novamente com o novo centro
náutico temos que, a partir do “T” temos as instalações da ANA e temos ali novamente barracões
que fazem frente de mar e só depois temos o centro náutico. Ora, assim sendo e sendo que foi
esta a opção, gostava de saber se está de alguma forma pensado assegurar esta continuidade. Se
sim, o que é que estamos a pensar fazer? Adquirir terrenos que fazem esta frente de mar, os
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barracões, como eu lhe chamei ou fazendo a volta… ou entrando pela baía, nomeadamente ali
roubando ali espaço para poder fazer essa passagem? Se alguma destas opções foi aventada, qual
é que é a estimativa de custos, quer para uma, quer para outra? Obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Tem a palavra o Sérgio Ramalhete, se faz favor.”
Sérgio Ramalhete, do PS, disse: “Ora, como é a primeira vez que intervenho quero desejar boa
noite a todos os presentes. Eu tinha só uma questão a colocar que está relacionada com a
empreitada de arranjos exteriores na Rua Dr. Emídio Guilherme Garcia Mendes. Pronto. Esta obra
começou dia 2 de março de 2021, tinha o prazo de intervenção ou de conclusão de 90 dias. A
mesma ainda não está concluída, ou seja, já passou um mês após os 90 dias. Gostaria de perceber
a razão da mesma não estar ainda concluída. Há um conjunto de pessoas de certa idade que
moram nessa região que têm algumas dificuldades, porque a intervenção, como é óbvio, foi
(Impercetível) passeios, foi uma remodelação total da rede de abastecimento de água e isso criou
ali alguns constrangimentos. E pronto. E como há dificuldade de locomoção é de todo importante
que esta obra estivesse já concluída. Gostaria de saber o ponto de situação da mesma. Obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “ Obrigado. Tem a palavra o Rui Belchior”
Rui Belchior, do PSD, disse: “Obrigado, Sr. presidente mais uma vez. Sr. presidente da câmara, a
primeira pergunta é sobre o bairro de Santa Marta. Chegou-nos a informação que os serviços da
câmara teriam feito um processo ou iniciado um processo de recenseamento dos habitantes de
Santa Marta com o intuito de eventualmente começarem ou iniciarem o processo de
realojamento. Queria que nos confirmasse se sim e qual é, portanto, esse projeto de realojamento.
Depois não muito mais longe, na Avenida Rui Grácio, também em Santa Marta, queria perguntar se
há ou não há projeto para resolver o problema com as cheias e se sim, qual é a data prevista para o
início dessas obras. Na mesma zona, creio que já há, inclusive, projeto aprovado e adjudicado para
a reabilitação do jardim de Santa Marta e parque infantil. Também a pergunta era a data de início
dessas obras. Depois também nos chegou hoje a informação de um munícipe, na Quinta de São
Nicolau, no parque urbano, no que está a ser requalificado perto também do infantário, onde se
refere que há um abate ilegal de árvores, também queria perguntar se tem conhecimento e o que
é que tem a dizer também sobre este dito abate de árvores, que é assim que é caracterizado pelos
ditos munícipes. Depois já referido na última assembleia e, portanto, como não obtive qualquer
esclarecimento, voltamos hoje a insistir. Também gostaríamos de saber o que é que motivou a
contratação de apoio técnico especializado, portanto, de um técnico especializado para a área do
património, atendendo que faltam cinco meses para o fim do mandato e, portanto, a pergunta era
o que é que esse dito técnico especializado vai agora desenvolver a tão escassos meses do fim do
mandato, ainda por cima… já agora, quais são as suas qualificações para esse trabalho que se
presume vir a ser desenvolvido, atendendo que este senhor vai custar à câmara 3 mil 631 euros e
21 cêntimos, portanto, e para já era o que lhe queria perguntar. Muito obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal, disse: “Tem a palavra António Sôta Martins. Se faz favor.”

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António Sôta Martins, do PAN, disse: “Sr. presidente, Sr. presidente da câmara, a questão que eu
queria aqui abordar já foi aflorada pelo eleito Rui Belchior. No entanto, eu gostaria de voltar ao
tema. É que em fevereiro deste ano o Grupo Municipal do PAN acusou o município de levar a cabo
um autêntico arboricídio no concelho, tal não é a quantidade de abates e podas agressivas que são
cometidas. Muitas delas em época de nidificação de várias aves, sempre a pretexto de questões
fitossanitárias que, não dispondo, nós, de meios para averiguar a sua veracidade, nos suscita, no
entanto, várias dúvidas. Um destes casos deu-se há poucos dias em Corroios, na Quinta de São
Nicolau, onde foram abatidas árvores com dezenas de anos e com estrutura de grande porte, com
copas de mais de 50 metros, sem que se conhecesse qualquer problema com as mesmas, embora
a Câmara Municipal alegue mais uma vez que será o abate por questões de problemas
fitossanitários que ninguém consegue identificar e muito menos os moradores daquela zona. Face
ao exposto, o que lhe queríamos perguntar muito diretamente é se nos pode dizer com exatidão
quais os motivos para abate daquelas árvores e se nos pode fazer chegar toda a documentação
que suportou o abate. Queríamos finalizar por dizer que muito estranhamos que depois de no dia,
salvo erro, foi na segunda-feira passada, em que representantes do PAN estiveram no local com os
moradores a verificar os restos do abate das árvores que lá ficaram espalhadas pelo terreno,
tivesse chegado às 19 horas da tarde uma camioneta da câmara para recolher todos estes restos
do abate. Estranhamos muito a coincidência da data e a hora tardia em que a câmara resolveu
atuar. Muito obrigado#.
O Presidente da Assembleia Municipal, disse: “Tomás Santos, faz favor.”
Tomás Santos, do PS, disse: "Boa noite, Sr. presidente, novamente. Eu venho aqui questionar
relativamente àquilo que agora será uma superfície comercial do Amigo Wu, que em tempos foi
uma superfície comercial da empresa Recheio, ali na zona do Fogueteiro. Temos conhecimento de
que a empresa Recheio que, entretanto, também já lá não está, tinha problemas com a licença
para uso daquele imóvel e temos conhecimento de entidades que, inclusive, procuraram adquirir
aquele imóvel com base… para poderem desenvolver os seus negócios, foi-lhes dado
conhecimento de que havia problema com a licença, deslocaram-se à câmara para saber disso, foi-
lhes confirmada esta informação. Entretanto, é com estupefação que vemos a questão de agora
ver a superfície com uma nova gerência, com uma nova entidade, com um novo rosto que
saudamos, mas ficamos com esta dúvida e, portanto, a nossa pergunta é, se houve licenciamento
daquele imóvel conforme é de lei ou como é que procuram resolver este problema. Obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal, disse: “em a palavra o João Rebelo, se faz favor.”
João Rebelo, do CDS/PP, disse: “Obrigado, Sr. presidente. Sr. presidente da câmara, não vou repetir
as perguntas que foram colocadas pelos meus colegas em relação ao bairro de Santa Marta que o
Sr. presidente vai responder com certeza. Eu vou debruçar-me os dois temas que estão em
discussão ao mesmo tempo sobre a situação financeira da câmara. E a pergunta que eu coloco ao
Sr. presidente é, esperamos, obviamente, duas decisões importantes com certeza que foi a
aquisição dos serviços centrais, por um lado, e dos serviços operacionais por outro que a dívida
financeira da câmara aumentou substancialmente, mas veio a corrigir, na nossa opinião, um ato de

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péssima gestão que tinha sido feito há muitos anos atrás e também porque o próprio Tribunal de
Contas andava atrás da Câmara do Seixal para corrigir esse desmando que foi feito há muitos anos,
mas também houve outras decisões, ainda recentemente aprovou-se mais um empréstimo, que
fazem com que se juntamos a dívida financeira à não financeira, que o Seixal já está com uma
situação de mais de 100 milhões de euros de passivo. A pergunta que eu lhe deixo, Sr. presidente,
é que o ano 2022, que nós todos esperamos que seja melhor, e muito melhor do que foram estes
dois últimos anos, não tem garantia nenhuma de que vamos ter uma retoma, nem, aliás, o
segundo semestre deste ano, uma retoma económica que permita a quebra de receita que a
câmara teve em 2020 e 2021 resultante desta desgraça que foi o COVID e de decisões também
aprovadas por unanimidade e de apoio de muitos dos partidos aqui na Assembleia Municipal, de
suspensão de certas taxas para ajudar o pequeno comércio, que essas quebras de receitas não vão
continuar. E com este passivo cada vez maior e com quebras de receitas que vão pelo menos
manter-se em parte para o ano que vem, qual é análise que o Sr. presidente faz em relação a
eventuais problemas que poderão acontecer no ano que vem sobre esta dupla dinâmica que pode
prejudicar o funcionamento normal e natural que nós todos desejamos no orçamento de 2022? A
segunda pergunta, Sr. presidente, tem a ver com investimentos e obras. Eu gosto sempre de lhe
colocar esta pergunta e o Sr. presidente tem respondido, portanto, volto a colocar, estamos mais
ou menos… estamos mais ou menos, não, estamos a meio do ano, se já há alguma perspetiva
sobre o ponto da situação dos investimentos e obras previstas e as que estão previstas e não
avançaram ou naturalmente não serão feitas por razões ou de tempo ou por falta de
financiamento disponível neste momento na câmara. Gostaria que, tendo em conta o que nos foi
apresentado, como é que é mais ou menos o ponto de situação. Se já tem esse ponto de situação
agora a meio do ano. E finalmente uma pergunta que não é seguramente tão importante como
estas duas que eu falei, mas não deixei de reparar que no jornal “O Público”, pelo menos foi esse
jornal que eu vi, veio uma revista da Câmara Municipal do Seixal em grande parte a falar do
concelho e da beleza do concelho e das apostas feitas no concelho e de referências e marcos que o
concelho tem em termos históricos, artesanal, gastronómico, de turismo e outros, mas claro, no
início tinha propaganda à câmara, nomeadamente em acusações que eram feitas ao governo que
em parte também acompanho, mas não deixava de ser um documento que respaldava a visão que
a CDU tem. Ora, tendo sido uma revista que, se não me engano, tinha dezenas de páginas e era a
1.ª edição e foi distribuída no Público, deve ter sido a um preço também muito elevado, qual foi o
custo de mais este ato de propaganda feito pela Câmara Municipal do Seixal? Muito obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal, disse: “Pergunto, quem é que pretende intervir mais?
António Sôta Martins.”
António Sôta Martins, do PAN, disse: “é só para concretizar uma informação. Eu disse que foi na
segunda-feira que o representante do PAN esteve na Quinta de São Nicolau, mas não, foi na sexta-
feira, dia 25, por volta das 17 horas e às 19 horas foram retirados os restos do abate das árvores
dessa zona. Muito obrigado.”

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O Presidente da Assembleia Municipal, disse: “Repito a pergunta, quem é que pretende intervir
mais? Isso significa que não há mais pedidos de intervenção para o ponto 2 e 3? É Isso? Confirma-
se? Está confirmado? Senão dou a palavra ao Sr. presidente e encerramos estes dois pontos,
portanto, é isso? Não há mais pedidos de intervenção? Confirma-se. Sendo assim, tem a palavra o
Sr. presidente da câmara, se faz favor.”
O Presidente da Câmara Municipal, disse: “Obrigado, Sr. presidente da Assembleia Municipal. Srs.
eleitos. Muito rápido até para não gastar muito tempo, que depois não poderei falar, apresentar o
relatório e contas. Dizer de forma telegráfica que a Câmara Municipal está a reconverter AUGIs
para a sua requalificação e recuperação e não para a demolição de habitações. Sobre a obra do
Centro Náutico de Amora, a Câmara Municipal adquiriu o terreno, não permutou. De facto, aquilo
que planeámos em termos da marginal de Amora será futuramente o seu prolongamento para
norte, sendo que para o efeito necessitamos de ter a propriedade ou a autorização do proprietário
para o podermos fazer, coisa que até ao momento ainda não sucedeu. As obras da Rua da
(Impercetível) são para concluir em breve. Estamos a fazer um recenseamento em Santa Marta
para fins de avançarmos com o plano municipal de habitação, com as suas conclusões, como já foi
alvo de deliberação, quer na Câmara Municipal, quer também na Assembleia Municipal. Sobre as
questões relacionadas com o jardim de São Nicolau tomei nota, verificarei o que sucedeu e
também sei que… portanto, verificarei também essa situação relacionada com a superfície
comercial que foi referida. Sobre a situação financeira da câmara terei oportunidade de atalhar
agora na prestação de contas, mas, no entanto, tranquilizar todos os presentes sobre a situação
financeira que é equilibrada, tal como foi em 2020 e, será, naturalmente, em 2021. E certamente
em 2022 com a gestão da CDU.
O Presidente da Assembleia Municipal, disse: “Muito bem. Obrigado, Sr. presidente da câmara. E
assim terminamos o ponto 2 e 3. Passamos para o ponto 4, o relatório de atividades e prestação de
contas do exercício de 2020. Tem a palavra o Sr. presidente da câmara, se faz favor.”
Luís Pedro Gonçalves, do PS disse: “Sr. presidente, peço desculpa, eu gostava de perguntar aí à
mesa, talvez me pudesse esclarecer, é que havia um ponto que tinha ficado da última sessão e que
o Sr. presidente não respondeu nem na última sessão, nem respondeu nesta, que tem a ver qual é
o número de fogos habitacionais que, excluindo o realojamento de Vale de Chícharos, foram
adicionados ao parque habitacional da câmara, ou seja, quantas casas é que a câmara adquiriu
para poder atribuir, tirando aquilo que é o realojamento de Vale de Chícharos. Ora, eu questionei o
Sr. presidente da câmara na sessão anterior e nesta. Como digo, eu acho que são zero fogos
habitacionais, mas gostava de ter a confirmação, Sr. presidente. Já fiz a questão agora. Agora eu
questiono a mesa. Se a mesa pode repetir a pergunta ou como é que eu devo proceder para obter
esta resposta do Sr. presidente da câmara. Obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “O Sr. presidente respondeu naturalmente como
entende sobre esta matéria. Tem sempre a possibilidade, até o pode fazer fora das sessões da

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assembleia, de remeter um requerimento sobre esta matéria e naturalmente o Sr. presidente da
câmara responderá como responde a todos, evidentemente.”
II.4. Relatório de Atividades e Prestação de Contas do Exercício de 2020. Aprovação.
(Documento anexo à ata com o número 14)
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “passamos para o ponto 4, relatório de atividades e
prestação de contas do exercício de 2020. Tem a palavra o Sr. presidente da câmara, se faz favor.”
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Muito bem. Muito obrigado, Sr. presidente da
Assembleia Municipal. Bom, de facto, dizer que o ano 2020 foi um ano afetado pela pandemia, foi
um orçamento que teve que se ir adaptando àquilo que foram as necessidades e as novas
realidades que até março nada fazia prever que iriam acontecer e depois de março podemos dizer
que o orçamento da câmara foi um importante instrumento de combate à COVID e nesse sentido
também aqui dizer que, de facto, se não tivéssemos a Câmara Municipal com contas certas, com
capacidade de investimento, não teríamos certamente toda a capacidade de resposta que tivemos
no sentido de podermos ajudar e apoiar as instituições e principalmente o Serviço Nacional de
Saúde com as medidas todas que tomámos relativamente à pandemia desde as questões
relacionadas com o próprio município, todas as matérias de segurança com os trabalhadores da
Câmara Municipal, todo o contributo que deram do ponto de vista da intervenção no espaço
público e no apoio à primeira fase de confinamento. Agora na segunda fase já (Impercetível).
Todos os apoios que demos aos bombeiros e às instituições sociais com atribuição de mais de
200.000 equipamentos de proteção individual, o mesmo à população com a distribuição de
máscaras, também outras máscaras reutilizáveis, também a redução das taxas foi acontecendo,
quer na área social, quer na área da água, saneamento e resíduos, quer para os pequenos e
médios comerciantes e ao mesmo tempo que íamos respondendo à pandemia também é verdade,
com todos os processos de rotatividade e teletrabalho que aconteceram na Câmara Municipal
(impercetível) o grosso do investimento e conseguimos atingir elevados níveis de execução do
ponto de vista daquilo que era o investimento que estava previsto. Também ao mesmo tempo que
combatíamos a pandemia e investíamos também, tivemos condições de reforçar o número de
trabalhadores em 2020, também reforçar aquilo que são as condições e também as suas carreiras
Uma nota ainda importante para referir-me à necessidade que tivemos de adaptar vários projetos
para podermos ultrapassar e adaptar-nos à crise pandémica. Recordo apenas e somente como
exemplo os projetos na área da cultura que em muitos municípios não houve cultura durante
quase um ano ou mais de um ano e no Seixal houve sempre acesso à cultura. A Câmara Municipal,
as juntas de freguesia, realizámos iniciativas adaptadas às condições no terreno para que
pudéssemos levar a cultura à população e quem diz cultura, diz muitos outros projetos que
tivemos a capacidade e a visão para os podermos também concretizar no nosso território. Do
ponto de vista da execução, de facto, aqui referir-me a várias intervenções que conseguimos
concretizar, construímos uma nova Loja do Munícipe em Miratejo, foi inaugurada já este ano,
também preparámos o concurso para a nova Loja do Munícipe de Fernão Ferro cujo concurso
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também já abriu, adjudicámos a empreitada do cemitério municipal de Fernão Ferro cuja obra já
iniciou, começámos as parcerias com as juntas de freguesia na resposta à crise e também no
reforço do investimento, também tivemos condições de reforçar os meios de atendimento
telefónico e outros meios digitais de atendimento para que pudéssemos continuar a ter um serviço
público de proximidade com os nossos munícipes, ainda desenvolvemos vários processos de
acompanhamento de inúmeros empreendimentos do ponto de vista comercial que, apesar da
crise, tinham interesse em fixar-se no concelho, como é o caso da empresa Hovione que
esperamos, dentro de dois a três meses que as obras no terreno já iniciem, tivemos condições para
também preparar a criação do Centro Inova Miratejo, também preparámos uma hasta pública para
a instalação de uma cafetaria no Parque Urbano do Seixal, o mesmo para o restaurante no antigo
terminal fluvial do Seixal, lançámos concurso e avançámos com as obras de requalificação dos
mercados municipais da Aldeia de Paio Pires, Casal do Marco, Pinhal de Frades, Cruz de Pau e mais
recentemente da Torre da Marinha, também realizámos e concretizámos, demos sequência à hasta
pública referente ao hostel do Seixal, continuámos com o estudo urbanístico para a zona do porto
de recreio de Amora que prevê não só um centro náutico, mas também um porto de recreio com
unidades turísticas, preparámos o concurso do novo cais no antigo terminal fluvial do Seixal cujo
concurso foi recentemente adjudicado, a obra irá iniciar dentro de poucas semanas, também
executámos o projeto do Centro Náutico do Seixal, fizemos um estudo para o parque, melhor, uma
estação de serviço de autocaravanas, seguimos com o processo de operação do plano diretor
municipal por adaptação, que irá ser concluído até ao final deste ano, desenvolvemos os projetos
de requalificação dos núcleos urbanos antigos de Amora, Arrentela e Paio Pires, sendo que o
concurso para a requalificação do núcleo urbano antigo de Arrentela já foi aberto pela Câmara
Municipal, avançámos com as várias obras de construção dos espaços exteriores, junto aos bairros
da Quinta do Cabral, Quinta da Princesa (Impercetível) e Fogueteiro, intervenções que decorrem
até esta altura, desenvolvemos um programa-base e um estudo para o passeio ribeirinho entre
Miratejo e Corroios, estamos a fazer, em substituição do empreiteiro, um jardim-de-infância para a
aldeia de Paio Pires, lançámos e adjudicámos o concurso de empreitada de construção do novo
jardim-de- infância da Quinta de São Nicolau cuja obra está já neste momento em fase de
instalação do estaleiro, desenvolvemos várias intervenções de cerca de 15 milhões de euros no
total nestes quatro anos no parque educativo do município, não só pela remoção do amianto nas
escolas que são da nossa responsabilidade, mas muitas outras intervenções, quer ao nível do
edificado, quer também ao nível dos espaços exteriores, quer ao nível dos equipamentos, ainda
tivemos condições de apoiar a universidade sénior com as suas novas instalações no Grémio do
Fogueteiro, também fizemos intervenções de requalificação do polo do seixal, Conservatório
Nacional de Música, concretizámos em 2020 o Plano Municipal de Juventude, também
desenvolvemos os processos para o programa de habitação jovem que já levámos a primeira fase à
Câmara Municipal, na última reunião de Câmara Municipal, construímos o Centro Internacional de
Medalha Contemporânea que viemos a inaugurar já em 2021, temos adjudicado a obra do Parque
Urbano de Miratejo e da valorização da olaria romana, mas que aguarda parecer ainda da Direção-
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Geral do Património e da Cultura. A obra está adjudicada, consignada desde dezembro do ano
passado, 2020, portanto, levámos a concurso a obra do Centro Cultural de Amora que foi agora
também recentemente adjudicada, desenvolvemos várias intervenções na Mundet, de
requalificação e vários equipamentos do Movimento Associativo Popular, realizámos os programas
Abril à janela, São Pedro à sua porta na altura da pandemia e do confinamento, desenvolvemos
também várias intervenções em diversos equipamentos desportivos do Movimento Associativo
Popular, executámos o projeto do Pavilhão Desportivo Municipal Cidade de Amora cuja obra
também já começou no Parque Municipal do Serrado, concluímos a obra do Estádio Municipal do
Bravo, também concluímos a obra da Piscina Municipal da aldeia de Paio Pires que inaugurámos
este ano, concluímos e inaugurámos o Pavilhão Desportivo Municipal Manuel Fernandes,
apoiámos a construção e a conclusão da obra do Pavilhão Desportivo Portugal Cultura e Recreio,
apoiámos a construção da obra do complexo desportivo do Clube Associativo de Santa Marta do
Pinhal cuja obra está neste momento em curso, apoiámos a obra do Centro de Treinos do Amora
Futebol Clube cuja obra foi concluída e inaugurada este ano, apoiámos também a obra da sede do
núcleo do Sporting Clube de Portugal no Seixal com o Espaço Memória Albano Narciso Pereira que
também foi inaugurado este ano. Já mencionei o Centro Náutico de Amora. Também preparámos o
projeto do Pavilhão Desportivo Municipal de Fernão Ferro, contamos lançar o concurso dentro de
um mês, para o complexo desportivo do Pinhal deo General preparámos o processo e estamos
ainda na sua avaliação relativamente ao projeto para podermos iniciar as obras ainda este ano,
preparámos a requalificação do Complexo de Atletismo Carla Sacramento, as obras já começaram
na pista principal, também podemos acompanhar todo o processo de concurso do hospital do
Seixal e o facto de ele não avançar. É uma matéria que em 2020 novamente mereceu a atenção da
Câmara Municipal. Apoiámos, como sabem, já discutimos hoje, a construção dos espaços
exteriores do novo Centro de Saúde de Corroios, apoiámos a montagem de um centro de testagem
móvel, um fixo, um ADR e um espaço de apoio ao Hospital Garcia de Orta, ainda apoiámos a
construção do novo lar e idosos de Fernão Ferro, também as candidaturas a financiamento por
parte de vários lares e centros de dia de associações de idosos do concelho, apoiámos a
requalificação de vários equipamentos sociais de várias instituições do município, também de
viaturas que também pudemos apoiar, construímos um novo centro comunitário em Santa Marta
de Corroios, atribuímos os terrenos, preparámos os processos para a atribuição de terrenos para a
APCAS, ANPAR e Universo Autista, também apresentaram candidaturas para vários centros de
atividade ocupacional de apoio aos jovens deficientes, apoiámos a instalação da Liga Portuguesa
Contra o Cancro com uma nova sede, também demos uma nova sede à Associação de Dadores
Benévolos de Sangue do Seixal, ainda concluímos o Plano Municipal de Habitação que depois veio
a ser deliberado pelos órgãos municipais já em 2021, requalificámos os bairros sob gestão
municipal, nomeadamente Vale de Milhaços, tivemos também a oportunidade de continuar com o
programa “Reabilite o Seu Prédio” que contou até final do ano 2020 com 442 edifícios, neste
momento já estão perto de 500 edifícios que são apoiados a fundo perdido pela Câmara Municipal
na sua requalificação, criámos um programa “Renove a Rede de Abastecimento de Água da Sua
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Casa” que, portanto, foi já deliberado em 2021, mas foi preparado em 2020. Já falei sobre o Parque
Urbano de Miratejo. Adjudicámos a primeira fase do Parque Metropolitano da Biodiversidade
cujas obras também já iniciaram, alargámos a rede de hortas urbanas, avançámos com o projeto
Seixal On, Laboratório Vivo para a Descarbonização, preparámos a segunda fase da instalação de
equipamentos no Parque Urbano do Seixal, na Mundet, que foi já concretizado, ainda avançámos
com o processo de substituição do empreiteiro do CDA de Fernão Ferro cujas obras neste
momento estão a andar e estarão finalizadas no final do mês de julho, mês sete, no próximo mês
sete, avançámos também com a requalificação das redes, infraestruturas no chamado Morgados II,
6.ª fase e também na Verdizela, instalámos novos equipamentos de recolha semienterrada,
implementámos novos circuitos de recolha de resíduos urbanos biodegradáveis, somos líderes na
região de Setúbal nesta recolha dos novos resíduos biodegradáveis, adquirimos novas viaturas
pesadas, ligeiras,para a higiene urbana, o mesmo também para equipamentos elétricos que depois
chegaram no início já de 2021, elaborámos o Plano de Mobilidade e Transportes no concelho do
Seixal que está neste momento em fase de fecho para ser deliberado também na Câmara
Municipal, preparámos o processo, neste momento o concurso, preparámos o concurso para a
construção da alternativa à Nacional 10 que depois veio a ser deliberado na câmara o concurso em
janeiro já de 2021, concretizámos inúmeras vias em termos de pavimentação, sinalização, de
requalificação de vias, construção de passeios, rebaixamento de passadeiras, também avançámos
com a construção de novos parques de estacionamento junto aos interfaces de transporte, são
parques de estacionamento gratuitos, e também conseguimos apoiar as nossas corporações com
mais viaturas, mais equipamentos, reforçar o serviço municipal de proteção civil, ainda fazer um
parque de atividades para canídeos na Torre da Marinha, outro em Paio Pires e avançámos ainda
no desenvolvimento do programa-base para a construção do novo canil municipal. Isto como
alguns tópicos relativamente àquilo que foram algumas intervenções que concretizámos no quadro
do investimento da Câmara Municipal. Mas dizer-vos também que do ponto de vista daquilo que
foram as contas do município, como já disse, equilibradas, com capacidade, dizer que este
relatório e contas é o primeiro realizado com o novo sistema de normalização contabilística para a
administração pública, tem uma nova configuração relativamente a outros relatórios e contas
passados, dizer que o nosso orçamento final foi de mais de 127 milhões de euros, executámos 92
por cento do orçamento em termos de receita. De facto, uma excelente execução do ponto de
vista da receita, executámos 78 por cento do orçamento da despesa, também uma muito boa
execução do ponto de vista do orçamento da despesa, tivemos saldo líquido positivo de 8,2
milhões, reduzimos a dívida em 4,6 milhões de euros e por isso, em resposta ao deputado, ao
eleito do CDS, dizer que contas como estas e em anos sucessivos demonstram o fortalecimento a
cada ano que passa da situação económica e financeira da Câmara Municipal. Aliás, isso é visível
em todos os indicadores que caracterizam a situação económica e financeira do município e que
está patente também no relatório do próprio revisor oficial de contas e da equipa de revisão oficial
de contas que foi distribuído também pelos seus eleitos da Assembleia Municipal. Do ponto de
vista daquilo que foi a comparação com 2019, de facto, e em consequência da pandemia, tivemos
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alguns retrocessos. O primeiro em termos das receitas correntes com uma redução de 5 milhões
de euros relativamente ao ano de 2019. No entanto, a despesa corrente aumentou, gastámos mais
200 mil euros em 2020 que em 2019. As despesas de capital, portanto, reduziram ligeiramente, foi
somente menos 2 milhões de euros, enquanto as despesas com pessoal aumentaram 700 mil
euros demonstrando aquilo que há pouco referi também da valorização e reforço dos salários dos
nossos trabalhadores. Em termos de dívida, porque há pouco alguém, também o eleito do CDS
questionava sobre isso, dizer apenas em traços largos, depois vou completar com números
corretos, em traços largos dizer o seguinte, a dívida a médio e longo prazo da Câmara Municipal
cifrou-se, no final de 2020, abaixo dos 30 milhões de euros. Se somarmos 60 milhões, que é o
efeito conjugado dos dois empréstimos dos dois edifícios, atingimos os 90 milhões. Se
adicionarmos os 6 milhões de euros de dívida à ADSE que, portanto, não consta do médio e longo
prazo, nem estavam na altura do PCO, portanto, concretizados em termos de dívida assumida pela
Câmara Municipal devido a um diferendo que é também já conhecido, se somarem esses 6
milhões de euros temos 96 milhões de euros e depois temos 6 milhões de euros que é a dívida de
33 dias, o prazo da Câmara Municipal, portanto, faz os tais cerca de 100 milhões de euros que há
pouco se fazia referência. Por isso a comparação que tem que ser feita é, de facto, dos 105 milhões
de euros que tínhamos em 2012 com 27,4 milhões de euros de dívida de médio, longo prazo que
temos no final de 2020. Temos que somar este montante, os 31,5 milhões de euros de empréstimo
dos serviços centrais que aconteceram em 2018, (Impercetível) milhões de euros neste momento
estão amortizados, estão em dívida 31,5 milhões de euros no final de 2020. Depois, claro, em
março deste ano adicionámos 23,7 milhões de euros relativos àquilo que foi o empréstimo para
aquisição dos serviços operacionais da Câmara Municipal. Depois temos, então, a ADSE com 6,3
milhões de euros, temos depois, portanto, 6 milhões de euros, de prazo médio de pagamento de
33 dias que é o que está, portanto, nas contas e no relatório. E para além disso, temos 2.8 milhões
de euros de operações de tesouraria. Operações de tesouraria, para quem não sabe, são verbas
que a Câmara Municipal tem, que vai pagar, mas que não são nossas, portanto, contam como
dívida, apesar de não… são pagas em 30 dias, são muitas vezes retenções que são feitas dos
trabalhadores e garantias que depois serão pagas logo em seguida, portanto, temos esse montante
de operações de tesouraria. Por isso, para dizer que deste ponto de vista a Câmara Municipal,
portanto, tem contas certas, capacidade de investimento e capacidade de endividamento e por
isso o recurso ao crédito será sempre feito de forma a podermos utilizar para questões concretas
como foi o caso das despesas COVID. Nós até ao final de 2020 tivemos uma despesa COVID de
cerca de 3,6 milhões de euros. Neste momento esse valor aumentou para 4,3. E ainda dizer que,
obviamente, há as aquisições de bens de capital que foi uma questão colocada na comissão. Do
previsto que eram 22,7 milhões de euros, a Câmara Municipal comprometeu, ou seja, adjudicou
19,7 milhões. Apesar de termos pago somente 11 milhões, ou seja, metade dos 22,7 que é o que
consta como pago, mas a verdade é que estão em execução, estão adjudicados, portanto, no total
19,7 comparativamente com os 22,7 milhões de euros que foram, então, previstos de despesas de
capital. Por isso temos aqui uma relação muito forte entre aquilo que foi o previsto e o executado
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ou em execução do que foi, então, estes 19,7 milhões de euros de adjudicações que, entretanto,
estão em curso e que foram sendo pagas. Só para concluir, dizer que em termos do investimento, a
Câmara Municipal em termos de aquisições de bens de capital estão nas contas 11 milhões, cerca
de 11 milhões de euros a que deverão ser acrescidos 5,2 milhões de euros de despesas de capital,
fizemos transferências para instituições, o que configura, portanto, cerca de 16 milhões de euros,
mais 16 milhões de euros de investimento que fizemos. Depois temos naturalmente todo o outro
investimento que é feito por meios diretos da Câmara Municipal. É preciso dizer que este
município tem um quadro vasto de equipas operacionais que desenvolvem investimento por
administração direta. Esse investimento normalmente não entra naquilo que são a contabilidade
de custos, nem sequer nesta nova configuração do SNC-AP. Mas, no entanto, é preciso dizer que o
Município do Seixal tem também um conjunto muito vasto de investimentos feitos por
administração direta. Não só aqueles como, por exemplo, o asfaltamento de ruas onde fizemos um
trabalho extraordinário no ano 2020, mesmo com a pandemia ou, por exemplo, o jardim-de-
infância de Paio Pires que está a ser feito também por administração direta com os nossos
trabalhadores. São apenas dois exemplos que caracterizam bem, exemplificam aquilo que é a
situação. Por isso, apesar… em conclusão, Sr. presidente da Assembleia Municipal, Srs. eleitos,
pese embora a pandemia tenha trazido um cenário completamente inesperado, do ponto de vista
daquilo que seria a resposta de uma entidade pública como a Câmara Municipal, não só
conseguimos cumprir com aquilo que seria o nosso dever, muitas vezes ultrapassando até as
nossas competências, como também conseguimos ter um orçamento que deu resposta a esta
necessidade, deu resposta a outras necessidades de investimento (Impercetível) que no final
tiveram este resultado que eu considero excelente, 92 por cento da execução do orçamento de
receitas, 78 por cento de execução do orçamento da despesa, 8,2 milhões de euros de saldo
líquido positivo, execução da dívida em 4,6 milhões de euros, portanto, nota 20 para a gestão da
Câmara Municipal do Seixal.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Obrigado, Sr. presidente da câmara. Vamos passar
às intervenções. Quem é que pretende intervir?Então, está inscrito o João Rebelo agora. Mais? Rui
Belchior. Mais? Sérgio Ramalhete. Mais? Bom, então, vamos fazer assim, primeira ronda, depois
passaremos a uma segunda. Então, tem a palavra o João Rebelo.”
João Rebelo, do CDS/PP, disse: “Sr. presidente, nesta primeira fase, colocarei perguntas e depois,
sim, mais tarde, a intervenção. Eu agradeço ao Sr. presidente, as respostas que deu em relação ao
orçamento, à execução orçamental do ano passado. As minhas perguntas tinham a ver com os seis
meses deste ano, mas o Sr. presidente também já, em parte, abordou. Mas dizer, quando são feitos
empréstimos de 31 milhões para aquisição dos serviços centrais e 23 milhões de serviços
operacionais, mais uma, ainda recentemente, de 5 milhões, que o passivo baixou, enfim, o Sr.
presidente não conta essa parte. É um exercício, enfim, que, no mínimo, estranho, para não dizer
absolutamente surreal, ou seja, a dívida financeira existe e são esses tais 100 milhões e, portanto,
se é verdade que não estamos em rutura, como chegou a haver em períodos muito complicados

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da gestão da CDU no passado, muito se deve também neste momento a decisões orçamentais do
orçamento geral de Estado que permite maior flexibilidade às câmaras ou maior possibilidade de
arrecadação de crédito junto à banca a taxas de juro muito mais baixas do que era antes e o clima
a esse nível que favorece essa… mas como eu sempre disse em várias intervenções, a diminuição
da dívida ao longo do tempo, da Câmara do Seixal, desde 2013, 12, muito também pelas decisões
do governo à época, PS e CDS, até agora é positivo. Eu sempre disse que era positivo. Porque uma
câmara que não tem as contas em dia, que está sobre-endividada, não consegue fazer nada. Agora
dizer que reduziu em 4 milhões o passivo da câmara, quando financeiramente foram feitas
operações muito importantes, só estas duas são 55 milhões de euros, mais outras, enfim, a dívida
não baixou, antes pelo contrário, tem subido por causa destas decisões, o que vem contrariar,
verdade seja dita, isso é indiscutível, decisões profundamente erradas como foi o leasing e o
aluguer dessas instalações no passado, que foi um negócio perfeitamente ruinoso. Isso em relação
ao que foi, então, aqui dito pelo Sr. presidente. Também volto a colocar… como disse o Sr.
presidente houve uma quebra das receitas correntes resultantes da atividade económica ter
diminuído por causa do COVID. Este ano voltará a acontecer o mesmo. E com estes números
assustadores de aumento de coiso, não sei que medidas mais vêm aí de restrições que vão
acontecer para a área urbana de Lisboa. As receitas até 2009 do turismo tinham aumentado
imenso, temos sido tremendamente, como em todo o país, o nosso concelho tem sido prejudicado
também resultante desses mesmos resultados. E eu não percebo muito o otimismo do Sr.
presidente. (Impercetível) que isto vai ter um efeito direto nos números finais deste ano 2021,
porque vai ter. Porque vão ser dois anos consecutivos com uma redução da receita corrente e um
aumento do endividamento que continua este ano, com decisão em 2020, e 1, aliás, dos serviços
operacionais, ainda o empréstimo ainda aprovado a semana passada e, portanto, eu olho com
alguma preocupação os números que estão neste momento em cima da mesa. Pergunta direta, Sr.
presidente. Tem a ver com um quadro, muitos gráficos que tem aqui nas receitas de 2020, em que
em outras receitas aparece 20 milhões de euros. E eu gostaria de saber exatamente o que é que
nós estamos a falar em detalhe. Porque há aqui umas que eu consegui encontrar olhando para os
mapas, se calhar, é defeito meu, mas gostaria que me explicasse melhor isso. Muito obrigado, Sr.
presidente. É tudo.
O Presidente da Assembleia Municipal, disse: “Obrigado. Tem a palavra o Rui Belchior, se faz favor.
Rui Belchior, do PSD, disse: “Obrigado, Sr. presidente. Olhe, devo referir como questão prévia,
refletimos longamente se deveríamos fazer alguma intervenção. Porque, de facto, não podemos
deixar de registar que o Sr. presidente da câmara já não é a primeira vez que não responde às
nossas perguntas, portanto, isso já revela um padrão. Pois lá terá as suas razões. Mas nós
queríamos deixar isso bem claro e vamos continuar a fazê-las por muito incómodas que elas sejam
e quer se goste, quer não se goste. Mas queríamos registar este padrão que é evidente para o
nosso… estarmos aqui todos a fingir que isto não está a suceder e, portanto, ainda hoje foi
apresentada uma moção que falava na discriminação de uma comunidade, pois aqui está um

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exemplo de como também se discrimina, não uma comunidade, mas um partido e, portanto, nós
não podemos deixar de registar esse facto. De qualquer modo, e não nos querendo alongar,
porque a noite também já vai adiantada, enfim, e até aproveitando algumas das coisas que disse o
eleito João Rebelo, de facto, também não compreendemos a classificação auto-atribuída pelo Sr.
presidente da câmara de nota 20 e há toda a saúde financeira, etc., etc., e a todos os “ses, ses” que
hoje foram por si referidos quando ainda no espaço de três meses, se calhar, nem tanto, esta
câmara teve de contrair mais dois empréstimos que totalizam mais de 6 milhões e meio de euros.
Mas enfim. Numa fase evidentemente pré-eleição e correndo o risco que, enfim, é talvez uma
situação que é refletida por todos e pensada, não admitida por uns, admitida por outros, a
verdade é que este executivo corre o risco de não ganhar as eleições e, portanto, há que, nesta
fase, tentar tudo, tentar tudo por tudo e, portanto, a verdade é que, permitam-me o aparte,
ouvindo tantas inaugurações, tantas construções e tantos projetos, tantas adjudicações, eu diria
que até outubro provavelmente o Sr. presidente terá alguma tendinite de tanta inauguração e
situações deste género. Porque quem o ouviu hoje aqui – e aí não se poupou nas palavras, nas
perguntas poupou-se, mas aqui não se poupou, e estivemos aqui a ouvi-lo muito atentamente e,
portanto, descreveu aqui um rol de façanhas do seu executivo. Nós, naturalmente, estaremos cá
para avaliar e escrutinar como sempre. Naturalmente nós também não vamos fugir ao nosso
padrão habitual. Nós sempre temos dito que neste tipo de matérias, neste tipo de deliberações,
orçamento/GOP e relatório e contas não secundamos, não patrocinamos a política e as opções
deste executivo e muito menos enquanto eles passarem pela política absolutamente despesista,
evidentemente despesista e o gasto, porque as coisas custam dinheiro. Apesar dessas justificações
todas, as opções políticas têm o seu custo e, portanto, a verdade é que toda a propaganda, todas
as avenças, etc., têm o seu custo. A participação em programas de televisão, a participação em
revistas de jornais de tirada nacional, tudo isso tem custos e que, enfim, nós nem sequer
conseguimos saber a verdadeira contabilização desses custos efetivos e, portanto, enquanto nós
formos assistindo a este tipo de conduta, a este tipo de atitude, a este tipo de política, nós nunca
poderemos pensar noutro voto que não seja contra. Só a título de exemplo, eu na semana
passada, também esperando pela minha vez, embora não o tenha exibido, nem o tenha sequer
fotografado, como outros fizeram, outros até se filmaram, etc., mas eu também esperei pela minha
vez e não pude deixar de verificar que no Pavilhão Paulo da Gama onde eu fui, que estava a ser
entregue na sala de recobro ou de espera no período seguinte à vacinação, um pequeno saque da
Câmara Municipal, onde mais uma vez, uma situação que qualquer pessoa questiona a sua
necessidade, estava, portanto, um flyer com as medidas na área da saúde, com uma fotografia do
Sr. presidente, com um artigo do Sr. presidente, uma mensagem e, portanto, mais uma vez, talvez
por ter receio de as pessoas não o reconhecerem ou de não saberem quem é e, portanto, vai daí,
implementa-se este tipo de… mais este tipo de propaganda, entre outras. Enfim, entre outras com
que temos também sido brindados nos últimos meses e, portanto, para não alongar muito mais a
intervenção, que a noite já vai longa, são estas assim, grosso modo, as justificações, para além

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daquelas que já temos dado em anteriores intervenções e naturalmente que o Partido Social
Democrata votará novamente contra. Muito obrigado.
O Presidente da Assembleia Municipal, disse: “
Sérgio Ramalhete, do PS, disse: “boa noite a todos os presentes. Foi interessante ouvir a
intervenção do Sr. presidente da câmara. Eu costumo dizer, eu até poderia dar nota 20 se a Câmara
Municipal do Seixal não tivesse um passivo de 100 milhões, dos quais 83 milhões de euros são
endividamento bancário. Esse endividamento tem que ser pago. E para mim, isso, desculpem-me
lá, 20 não daria nunca. Mas pronto. Eu vou fazer a minha intervenção. Não tenho muitas perguntas
a fazer. Eu analisei o que tinha a analisar e, de facto, verifiquei coisas que mais uma vez
demonstram a falta de capacidade de concretização por parte deste executivo. Pronto. Vou aqui
fazer a minha introdução. Como é óbvio, nós passámos um ano difícil, 2020. Nunca no mundo se
tinha passado uma situação destas. É verdade que isto exigiu dos governos em todo o mundo e do
governo socialista uma capacidade de se adaptar às novas circunstâncias, de criar soluções e
medidas de apoio ao combate desta doença, de tomar medidas excecionais de apoio às famílias e
empresas. Não posso deixar de ressalvar que a câmara também tomou, como era da sua
competência, algumas medidas de apoio à população e organismos. Contudo tenho que referir
que as mesmas poderiam ter sido muitas mais, caso a falta de rigor e transparência na gestão
pública nos anos transatos não tivesse implicado gastos elevados e desnecessários, como rendas
anuais de 6 milhões de euros durante vários anos com dois edifícios, o que implicou que os
mesmos tivessem que ser substituídos por endividamento bancário, ou seja, do mal o menos mal –
6 milhões de euros que podiam ter sido aplicados no apoio às famílias, empresas, instituições de
apoio social, etc. Num relatório de 958 páginas não deixamos de verificar a quantidade de rubricas
sobre publicidade, aluguer de stands, serviço de edição e distribuição, aquisição de outdoors, cujo
valor apurado foi de cerca de 1 milhão e 200 mil euros. Dinheiro, esse, que podia ter sido melhor
gerido e melhor aplicado. Mais uma vez fazer referência ao reforço de desenvolvimento e
participação da população na concretização das políticas municipais só demonstra pura demagogia
de quem está há muito tempo no poder. No nosso entender, o programa Seixal + fez muito pouco
para reforçar a democracia participativa. O melhor exemplo dessa democracia participativa é
através do orçamento participativo onde o cidadão assume um papel preponderante e
complementa a democracia representativa com a democracia participativa. Falar na atual
notoriedade do concelho para investir, residir ou apenas visitar, fruto do trabalho desenvolvido
pela autarquia, bem, isto deixa-me muitas dúvidas. A única coisa que este executivo fez nestes
últimos quatro anos foi desenvolver um programa com a entidade “x” ou o reforço da parceria
com a entidade “y”. Parece-me muito pouco ou aquém da necessidade do concelho relativamente
à criação de emprego. Já ouvimos falar do processo da Hovione há mais de dois anos.
Relativamente ao turismo, mais uma política falhada. Tanta propaganda política sobre o Hotel
Mundet como se fosse este executivo a construí-lo. Pergunto, já está construído? Não era para
estar pronto este ano? Pois é. A obra nem sequer começou. Em março de 2019 o site institucional

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da câmara fazia referência ao Hotel Mundet, um investimento de 7,5 milhões de euros, prazo de
execução, 20 meses, falava também no projeto do Hotel Quinta da Trindade, do porto de recreio
do Seixal, o hotel e o porto de recreio de Amora. De facto, o Seixal é um concelho com uma
atividade hoteleira espetacular. Tenho é que fazer referência que é só no papel. Em relação à
freguesia de Fernão Ferro, freguesia onde eu resido, CDA, uma obra que parece que não tem fim à
vista, obra que começou em 2017, prazo de execução, 365 dias, que até hoje não está terminada.
Para além da mesma ter sido financiada em 2008 no valor de 3.6 milhões de euros e não ter sido
concretizada, é novamente financiada em 1.4 milhões de euros e ainda não está terminada.
Estamos a falar em sensivelmente 5 milhões de euros. Foi o que esta obra custou. Sendo que
nunca foi explicado o destino dos 3.6 milhões de euros. Se calhar, já não seria necessário pedir o
tal empréstimo de 4 milhões de euros que foi referenciado aqui por todos. Requalificação do
campo de futebol de Pinhal do General. Nada foi feito. Pavilhão Municipal de Fernão Ferro. Nada
foi feito. Podíamos fazer referência a mais promessas de obras que não foram concretizadas nas
restantes freguesias do concelho. Muitas promessas para 2020. Muitas ficaram por realizar.
Prometam menos, concretizem mais. Não deixa de nos preocupar o nível de endividamento da
Câmara Municipal, um passivo de 100 milhões de euros, onde a rubrica de passivo bancário ronda
os 83 milhões de euros, uma grande parte para adquirir o edifício central e operacional da câmara,
com o objetivo de corrigir um erro passado quando o Sr. presidente era vereador e vice-presidente.
É evidente a falta de concretização nas GOP de 2020. O executivo orçamentava o montante de 23.7
milhões para aquisição de bens de capital. Contudo, conforme mostra o relatório, o que foi
realizado foram 10.9 milhões de euros. Não conseguimos descortinar para onde foram 11.8
milhões de investimento, ou seja, não foram, apesar de tanta justificação que deu aqui o Sr.
presidente. Ok. A crise pandémica até pode servir como desculpa. Contudo, podemos ver que o
valor de aquisição de bens de capital em 2019 foi superior a 2020 em pouco mais de 2 milhões de
euros, o que demonstra a fraca concretização de investimento no concelho, ou seja, em 2019 nós
não estávamos com esta crise pandémica e o investimento em bens de capital foi praticamente
idêntico ao de 2020. Relativamente às transferências do Estado, foram transferidos cerca de 19.9
milhões de euros que em 2020, mais 2.1 milhões do que em 2019. Por esta parte não poderão
imputar culpas à administração central. Sr. presidente, como referi, é preferível prometer menos e
realizar mais. O nosso concelho não vive de promessas. Disse.”
O Presidente da Assembleia Municipal, disse: “Mas mais inscrições para esta segunda ronda? E
faremos uma segunda ronda à partida para fechar, não é? Portanto, mais inscrições? Está inscrito o
Fernando Sousa. Mais? Não há mais inscrições? É isso? Paula Santos. Mais? Vítor Cavalinhos,
Tomás Santos. Mais? Fechamos aqui. Entretanto, como é a aprovação, como é a apreciação do
relatório e contas e no quadro do regimento, tal acontece também em relação ao orçamento, às
grandes opções do plano e orçamento, haverá uma ronda final depois das intervenções, uma
ronda dos grupos municipais por ordem crescente e conforme os tempos, naturalmente,
evidentemente. Bom, portanto, não havendo mais inscrições faremos a ronda final. E, portanto,
tem a palavra Fernando Sousa. Se faz favor, Fernando Sousa.”
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Fernando Sousa, da CDU, disse: “Muito obrigado, Sr. presidente. Aproveito para cumprimentar o
Sr. presidente e os demais elementos da mesa, também todos os eleitos e, portanto, saudá-los
nesta noite de trabalho. A minha intervenção vai ser no sentido da parte social e dos apoios,
portanto, que a Câmara Municipal tem dado às instituições. E dizer, portanto, no relatório de
atividades, a Câmara Municipal do Seixal espelha bem as atividades e contas do exercício de 2020.
É de referir e saudar a Câmara Municipal do Seixal pela continuidade de apoios vários às
instituições tão importantes para a prestação de apoio às famílias. Todos sabemos que foi um ano
atípico tendo em consideração a pandemia, o COVID-19, com ações e custos não prestados e não
previstos no combate à doença, apoios às organizações sociais, bombeiros, entre outras. As
organizações sociais, bombeiros e outras instituições só puderam enfrentar a pandemia porque a
Câmara Municipal do Seixal as apoiou, entregando EPI, álcool gel, desinfetante e vários outros
equipamentos que foram, portanto, solicitados em muita situação pelas instituições, mas também
a própria Câmara Municipal esteve sempre presente e dirigiu-se às instituições colocando a
questão, se era necessário mais qualquer coisa e, então, acertávamos as necessidades de cada um.
Também e em momentos críticos foi a Câmara Municipal que apoiou na testagem de funcionários
e utentes aos dois equipamentos residenciais, sociais, nomeadamente na ARIFA e também,
portanto, na AURPIS, no Seixal. Assim e pela intervenção da Câmara Municipal do Seixal nesta área
e outras espelhadas no relatório de atividades e contas do exercício de 2021 a CDU não poderá ter
outro voto que não seja favorável. Disse, Sr. presidente.”
O Presidente da Assembleia Municipal, disse: “Obrigado. Tem a palavra, Paula Santos.”
Paula Santos, da CDU, disse: “Sr. presidente, sobre o relatório de atividades e contas gostaria de
salientar o seguinte, creio que todas as razões que o Sr. presidente da câmara referiu na sua
intervenção inicial, de facto, para satisfação com o exercício de 2020, todos sabemos que foi um
exercício num ano extremamente complexo, aliás, resultante de uma realidade que ainda
continuamos a enfrentar devido à epidemia da COVID-19, uma circunstância imprevista que
ninguém aguardava e que ainda assim, mesmo considerando um conjunto de despesas imprevistas
foi preciso – e este é um aspeto a salientar, a Câmara Municipal do Seixal avançar com um
conjunto de investimentos muito significativos, um apoio e continuar a desenvolver o projeto e o
programa que se tinha inicialmente proposto aquando da aprovação do orçamento para 2020. Eu
creio que este é o elemento, de facto, que o Sr. presidente fazia referência à nota 20 e é, de facto,
nota 20, muito embora as demais forças políticas não queiram reconhecer porque politicamente
não lhes dá jeito, mas a verdade é que, de facto, foi um ano de grande concretização. Eu gostaria
de salientar, não indo, naturalmente, ao vasto conjunto de atividades desenvolvidas, gostaria de
salientar aqui dois ou três aspetos. Um primeiro aspeto, naturalmente, a questão relativamente às
contas, ainda assim num ano, como já aqui referimos, extremamente complexo, em que devido à
pandemia há redução da atividade económica e redução do rendimento das famílias, em que há
um conjunto de despesas imprevistas, ter uma execução da receita e da despesa na ordem que o
Município do Seixal tem, teve, aliás, feitas agora as contas, e conseguindo uma redução de dívida

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bastante significativa é, de facto, um aspeto muito relevante e que deve ser valorizado. Um
segundo aspeto que gostaríamos de referir prende-se com todas as medidas que a autarquia
tomou no âmbito da prevenção, contenção e de apoio à atividade económica, de apoio às famílias
no nosso concelho, de uma abrangência muito alargada, com medidas concretas dirigidas em
particular às pequenas empresas, com medidas concretas para aliviar o esforço das famílias. E
salientava aqui as medidas no âmbito da tarifa integrada da água e da redução do IMI, nas rendas
habitacionais, também no apoio às crianças e jovens, nomeadamente com as refeições escolares,
no apoio ao ensino à distância e salientar todo o apoio também que foi feito no que diz respeito e
em articulação com as estruturas de saúde e que permitiu, de facto, a existência de equipamentos,
seja da área dedicada ao atendimento dos doentes respiratórios, da testagem. Bom, podíamos
aqui desenvolver um conjunto vasto de áreas. Para não ser exaustiva, não vou desenvolver, mas
que revelam, de facto, um apoio muito significativo para que no concelho houvesse as melhores
condições para enfrentar esta epidemia, apoiar a população e naturalmente proteger a saúde
pública de todos. É de salientar também neste âmbito e gostaríamos aqui de referir – o Fernando
Sousa já fez referência ao apoio às instituições na área social, não vou referir, podemos referir o
apoio ao movimento associativo que, com a atividade suspensa, ficou numa situação de muita,
muita dificuldade e é a base para muitas crianças e jovens terem acesso à atividade desportiva ou
à atividade cultural, com uma forte componente da música no nosso concelho e se não tivesse sido
o município a assegurar este apoio, muitas destas instituições estariam numa situação ainda mais
difícil. E num momento também de extrema dificuldade de referir o facto de a autarquia ter
procurado soluções dentro daquilo que era possível fazer de acordo com as recomendações de
saúde pública, mas que permitisse um forte apoio à atividade cultural, aos trabalhadores desta
área que foram, de facto, particularmente atingidos pela epidemia. Ainda fazer uma referência. Ia
deixar para o fim, mas faço já neste momento porque creio que é, de facto, muito justo. Todo este
apoio, toda esta atividade foi possível porque houve determinação, decisão em boa hora por parte
do executivo municipal, mas dizer que também foi muito importante o contributo e a intervenção
por parte dos trabalhadores das autarquias. E não é demais relembrar que foram trabalhadores
que estiveram sempre presentes, foram trabalhadores que estiveram sempre no apoio às
populações, seja a assegurar os serviços públicos, naturalmente com as adaptações necessárias,
mas houve também aqui criatividade, adaptação e resolução para que a população não ficasse
sem este apoio e isto é, de facto, de uma grande importância, seja na recolha dos resíduos, seja na
higienização, na desinfeção dos espaços públicos e de equipamentos. A verdade é que mesmo
perante o risco, os trabalhadores do município – e estender aqui também, naturalmente, aos
trabalhadores das juntas de freguesia, mas os trabalhadores das autarquias estiveram presentes. E
para além de uma palavra de valorização, de grande apreço, foram, de facto, essenciais e
inexcedíveis para assegurar todo este apoio e a resposta que a população necessitava neste
momento. E um terceiro aspeto para terminar que se prende com o investimento público. Já aqui
foi referido, de facto, o desenvolvimento de um conjunto de investimentos no nosso concelho, mas
é importante que no momento de dificuldade se procurou que este investimento que é essencial
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para a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos, que se destaca nas áreas da educação, da
cultura, do desporto, na melhoria e qualificação do espaço público, ou seja, não foi deixado para
trás e que houve, de facto, aqui um incremento que permitiu já em 2021 a conclusão de um
conjunto vasto de obras e o início de um conjunto de outras obras que, obviamente, cujos
procedimentos vieram já do ano transato. Por isso, creio que relativamente ao exercício de 2020
há, de facto, um conjunto de aspetos positivos e que se refletem já em 2021 com a continuação do
trabalho que está a ser desenvolvido, que no âmbito das grandes opções do plano, que foram
aprovadas e que estão a ser concretizadas. Disse, Sr. presidente.”
O Presidente da Assembleia Municipal, disse: “Obrigado. Tem a palavra o Vítor Cavalinhos. Se faz
favor, Vítor.”
Vitor Cavalinhos, do BE, disse: “é a seguinte, nós estamos a apreciar o relatório e contas de 2020,
estamos a apreciar o que foi feito em 2020 e não misturar o que está a ser feito agora, que parece
que foi feito em 2020, não deve poder ser, portanto, acho que é uma nota… por exemplo, o Sr.
presidente falou na intervenção que foi aprovado o Plano Municipal da Habitação, mas isso não foi
feito em 2020. Em 2020 não foi aprovado nenhum plano municipal de habitação, foi feito em 2021,
portanto, isso não conta para as nossas contas, nomeadamente esse assunto e outros. Mas vamos
lá, então, começar. Esta nota, acho que era uma nota prévia. O relatório e contas, o relatório e as
contas avaliam aquilo que foi a concretização de uma orientação política da maioria que governa,
permitindo-nos, assim, verificar em que medida foram cumpridos os objetivos assumidos. Em 2020
a situação económica e financeira da autarquia registou, na opinião do executivo, uma evolução
positiva relatada do modo seguinte no relatório, o Município do Seixal apresentou o resultado
líquido do exercício de 2020 no montante de 8,2 milhões de euros, o que configura, pelo 10.º ano
consecutivo, exercício onde os proveitos superam os custos, registando ainda uma diminuição de
4,6 milhões de euros de dívida, totalizando no final de 2020 cerca de 42,1 milhões de euros sem
contabilizar a dívida atual do empréstimo para aquisição dos serviços centrais no valor de 31,5
milhões de euros. Os impostos diretos constituem a principal origem das receitas municipais. A
receita municipal proveniente dos impostos corresponde, em 2020, a 44,9 milhões de euros, valor
que traduz uma redução de 8,8 por cento relativamente a 2019. Contrariamente à tendência que
se vinha verificando desde 2016, esta redução tem a sua origem na receita proveniente do IMT
que registou uma execução inferior a 2019, menos 19,5 por cento, registando o IMI também um
decréscimo de cerca de 1,5 por cento. A taxa de IMI em 2020 voltou a baixar, não tanto como o
Bloco pretendia e era possível, mas ainda assim, não deixa de ser sublinhado o impacto positivo da
medida. A autonomia financeira do município é de 81 por cento. Analisando o relatório de
atividades, voltamos a insistir numa exigência recorrente. Em nome da transparência o relatório
devia identificar as opções do plano que foram cumpridas e as que ficaram por cumprir e justificar
ambas. No serviço público e participação o Bloco valoriza as medidas tomadas pelo executivo no
combate à COVID-19 e o investimento de 3,6 milhões de euros com esse fim. O relatório destaca as
várias medidas de valorização das carreiras e de aumento salarial dos trabalhadores e

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trabalhadoras municipais com toda a justiça. O relatório enfatiza o reforço das parcerias com as
juntas de freguesia no sentido de delegação de competências e no planeamento da
complementaridade da ação e consideramos positivo esse caminho. Mas o relatório não justifica
porque não foi iniciada a construção da Loja do Cidadão, porque não foi concluída a requalificação
do mercado da Cruz de Pau. O plano colocava como objetivo programar o pavilhão multiusos do
concelho do Seixal na freguesia da Amora, desaparece do relatório tal objetivo. O plano colocava
como objetivo programar a Loja do Munícipe de Fernão Ferro, o relatório fala em preparação do
procedimento concursal. Desenvolvimento económico e emprego. Não foi criado o prometido
posto de transferência de pescado, ficaram por cumprir as intenções de aproveitar as
potencialidades da península e praia da Ponta dos Corvos. No planeamento e urbanismo o plano
apontava para avançar com alterações por adaptação ao PDM. Agora o relatório fala em
preparação da alteração do PDM. Refira-se que o executivo ainda não apresentou nenhum
relatório de implementação do mesmo como é sua obrigação e dever. Faço notar que o PDM já
tem seis anos de vigência. De referir o desenvolvimento dos processos no âmbito das ARUS, sendo,
no entanto, o seu número reduzido perante as necessidades de reabilitação urbana que se verifica
nos nossos núcleos urbanos antigos e em muito contribuiria para a atividade económica no setor
da construção com o inerente aumento da criação de emprego. Ainda não foi concluído o plano
municipal do ruído. Na educação e juventude é importante a continuação da abertura de salas ou
de jardim-de-infância bem como as obras de requalificação do parque escolar, construção de novas
salas de aula e ampliação das escolas, valorizamos devidamente tais realizações, valorizamos a
retirada do amianto da maioria das escolas da responsabilidade do município. A ampliação,
notamos que a ampliação e requalificação da EB1JI da Aldeia de Paio Pires ainda não está
concluída, mas é indesculpável o facto de continuarmos a ter no nosso concelho uma percentagem
muito elevada de crianças do 1.º ciclo em turno duplo, bem como uma reduzida oferta pública no
pré-escolar, sabendo que tal contribui, não contribui, queria dizer, em nada para o combate às
desigualdades sociais, pois é a escola pública de qualidade, elemento fundamental para as debelar.
O plano colocava como objetivo construir um novo centro de apoio a um movimento associativo
juvenil, agora fala em desenvolvimento do concurso para a construção. O plano colocava o objetivo
de apresentar o programa de habitações a custos controlados para jovens no concelho. Nada foi
feito em 2020. Cultura e património. O plano apontava como objetivo desenvolver a componente
oficinal do projeto Oficina de Artes Manuel Cargaleiro, o relatório nada diz. O relatório não informa
sobre o trabalho desenvolvido pelo Conselho Municipal da cultura. O relatório não informa sobre o
desenvolvimento do Centro Cultural de Amora, informa que se está a desenvolver o projeto,
quando o compromisso era lançar o concurso público para a construção. No desporto valorizamos
o apoio dado a muitas instituições de movimento associativo, nomeadamente no apoio à
requalificação das coletividades, valorizamos a construção em curso da Piscina Municipal de Paio
Pires que foi construída em 2021. Saúde e ação social. Valorizamos a continuação do programa
anual de apoio às instituições de idosos, infância, imigrantes e deficiência, valorizamos o projeto
de realojamento da população de Vale de Chícharos que já permitiu realojar 104 famílias em 2018,
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mas o projeto está parado. Não foram adquiridas habitações sociais para que o orçamento
disponibilizou 942 mil euros, não foi apresentado nenhum plano de intervenção no bairro de Santa
Marta do Pinhal, valorizamos o apoio às associações humanitárias de bombeiros do concelho e
particularmente a construção dos quartéis de bombeiros de Amora e Fernão Ferro. O Plano
Municipal de Habitação continua por elaborar, tal como a estratégia local de habitação em 2020.
Ambiente e serviço urbano. O plano assumia o compromisso de, através da carta ambiental do
Município do Seixal, diagnosticar a situação existente, aplicando as medidas e os planos previstos e
monitorizando e avaliando a qualidade ambiental do concelho. O relatório não informa do
diagnóstico, nem das medidas. O plano assumia o compromisso de construir o Parque
Metropolitano da Biodiversidade, de realizar os projetos do Centro de Ciência Viva e educação
ambiental. Não foi implementado o plano de segurança da água e abastecimento público, não foi
implementado o plano de diminuição de perdas de águas (Impercetível). Mobilidade e transportes.
Não foi ainda concluído o Plano de Mobilidade e Transportes Intermunicipal e o plano propunha
desenvolver o projeto, valorizamos a participação com cerca de 2 milhões de euros na
implementação do novo modelo do passe social intermodal e o novo concurso da rede de
transporte coletivo de passageiros que vai aumentar a oferta em 65 por cento no concelho. A rede
ciclável não foi alargada. Não foi lançado o projeto de bicicletas, trotinetas (Impercetível) no
concelho. Análise da execução das GOP de 2020. Uma boa execução orçamental não é diretamente
proporcional a uma boa execução das GOP tal como se verifica em 2020. O orçamento para 2020
foi de 127 milhões de euros, a execução orçamental foi de 117 milhões do lado da receita e de 99
milhões do lado da despesa. O saldo da execução orçamental foi de 18 milhões de euros. Informa o
relatório que o exercício de 2020 atingiu o equilíbrio orçamental, pois a receita superou a despesa
em 24 por cento. Tal facto não constitui obrigatoriamente uma boa notícia. Basta termos em conta
o que se passa na execução orçamental a nível do governo do país cujo equilíbrio orçamental tem
sido conseguido à custa das cativações e de um défice crónico de financiamento dos serviços
públicos. O Bloco preferia que o saldo fosse quase nulo e o valor que o relatório enfatiza fosse
investido em políticas sociais. Analisadas as GOP por objetivo, justifica-se que as mesmas tiveram
as seguintes taxas de execução, no serviço público a participação 80,92 por cento, no
desenvolvimento económico 7,48 por cento, no turismo 43,85 por cento, no planeamento
urbanístico 12,21 por cento, na educação 42,31 por cento, na juventude 41,45 por cento, na
cultura 44,71 por cento, no desporto 92,29 por cento, na saúde 26,85 por cento, no
desenvolvimento social 77,95 por cento, na habitação 61,71 por cento, no ambiente 42,3 por
cento, vírgula 03 por cento, digo, na água e saneamento e resíduos 72,38 por cento, na mobilidade
e transportes 57,45 por cento, nas forças humanitárias e segurança 95,81 por cento e no bem-
estar animal 75,95 por cento. Uma boa execução orçamental não se traduz automaticamente
numa melhoria para a vida dos e das munícipes, tal depende das opções políticas que definem as
opções do plano. Numa análise global, o BE não se entusiasma com o facto da execução
orçamental apresentar um resultado líquido positivo tão elevado, 18 milhões de euros. Com isto
não queremos dizer que preferíamos ter um resultado líquido negativo. Da nossa parte o desejo
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era que ele se aproximasse do equilíbrio e aí, sim, poderíamos afirmar que tínhamos tido uma
melhor gestão. Como atrás foi dito, uma boa execução orçamental não significa que a mesma se
traduza numa melhoria para os munícipes, pois como dá para ver, num conjunto de programas das
GOP tivemos taxas de execução muito baixas, sinónimo que a forte contenção das despesas, quer
correntes, quer de capital, para isso contribuíram. Isto é, temos um elevado resultado líquido
positivo à custa de uma redução de investimento e consequente défice de serviços aos e às
munícipes. Analisado o relatório e as contas, valorizados, apesar de tudo, alguns aspetos da
atividade municipal, o Bloco opta pela abstenção na votação dos documentos em apreciação.
Disse.”
O Presidente da Assembleia Municipal, disse: “Tem a palavra o Tomás Santos. Se faz favor, Tomás.
Tomás Santos, do PS, disse: “Obrigado, Sr. presidente. A primeira nota vai para corroborar aquilo
que foi dito pelo eleito Vítor Cavalinhos na referência neste tipo de documentos, àquilo que foi
provisionado e que não foi efetivado e àquilo que foi provisionado e foi efetivado e a respetiva
justificação. Depois sobre este documento. Primeiro que tudo este relatório e contas deixa por
explicar duas coisas. Em primeiro lugar observo uma execução de apenas 78,5 por cento do lado
da despesa, o que significa que o executivo falhou em executar mais de 20 por cento da despesa
prevista. Não foi apontada nenhuma razão para isto. O Sr. presidente da Câmara Municipal
mostrou-se muito feliz com esta execução, mais de 20 por cento por executar é algo que eu acho
que deveria preocupar o Sr. presidente da Câmara Municipal. Em segundo, quem ler as GOP de
2020 e este relatório e contas encontra um exercício de atividade bem distinto. Em parte isso é
explicado pela pandemia, mas o que foi preciso para a pandemia, deveria significar um aumento
da despesa para fazer face a essa resposta. Se a despesa fica em 78,25 por cento, em que lugar é
que ficam os gastos para responder à pandemia COVID-19 no âmbito da despesa relativamente ao
orçamento. Porque se uma vez que a despesa ainda ficou abaixo daquilo que estava provisionado
quando ainda houve uma excecionalidade que obrigou a gastos de outra ordem, na verdade a
execução até deveria ficar acima, embora isso não seja o que é pretendido, como é evidente, mas
tendo em conta o fator extraordinário e não abaixo ou pelo menos tão abaixo como ficou. Em
parte pode encontrar-se explicação nos cerca de 22 mil euros a mais face ao previsto nas GOP.
Mas, então, volto a questionar. Por que é que há esta execução de menos (Impercetível) por cento
se ainda precisaram de orçamentar mais dinheiro? Todavia permanece outra dúvida. Por que é que
há medidas que estavam nas GOP e que não aparecem, outras estavam referidas, mas neste
relatório não vêm referidas diretamente e o eleito Vítor Cavalinhos falou também sobre isso e
falou muito bem, outras que vinham referidas na sua globalidade, mas foram só concretizadas em
parte da medida e outras que não se percebe. Mais uma vez se a despesa ficou abaixo dos 20 por
cento por que é que não avançaram mais? Deixo alguns exemplos. O Centro de Dia de Casal do
Marco que vinha referido nas GOP especificamente e aqui a única coisa que eu vi foi o Sr.
presidente da Câmara Municipal falar genericamente dos centros de dia, mas como este vinha
referido fiquei na dúvida quanto a isto. A nova creche da Associação de Serviços Sociais dos

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Trabalhadores da Autarquia que não ouvi ser falada. O lançamento da primeira fase do Parque
Metropolitano da Biodiversidade, ora, aqui está uma medida que não se percebe. Em primeiro
lugar não se percebe se houve uma falha na execução por que é que não fomos mais além do que
apenas a primeira fase. Também não foi dada nenhuma justificação para explicar por que é que só
agora é que ficou a primeira fase e o que é que significam as próximas fases. Mas acima de tudo,
isto é tratado como se fosse uma medida. O lançamento da primeira fase, desenvolvimento do
Parque Metropolitano da Biodiversidade é em si uma medida, quando a medida deveria ser o
Parque Metropolitano da Biodiversidade e devia estar bem explicado se ela tem uma divisão
plurianual, o que é que tem e de que forma é que isso se concretiza. Isso devia estar detalhado.
(Impercetível) de Fernão Ferro. O Centro Cultural de Amora que era tratado como, lá está, uma
medida pura e dura nas GOP e agora fala-se apenas e só no início do desenvolvimento da medida.
Pelo menos foi o que eu percebi. O desenvolvimento dos projetos para a construção do troço,
alternativa à Nacional 10 até Amora que o Sr. presidente de Câmara referiu, mas basicamente aqui
falava de desenvolvimento dos projetos. Não se percebe o que é que isso é. Agora fala-se, no
fundo, do início. Eu fico na dúvida verdadeiramente o que é que foi feito. E por fim o Centro
Náutico do Seixal. Na área da educação em específico, nas GOP 2020 encontravam-se só na
introdução 25 medidas de requalificação e ampliação do estabelecimento do ensino pré-escolar e
do ensino básico, orçamentados num valor de 5,5 milhões de euros. Neste relatório e contas não
vem referido com a mesma especificidade e não percebemos porquê. A única coisa que diz é a
manutenção e conservação dos equipamentos educativos dos estabelecimentos da rede pública e
do ensino pré-escolar e do 1.º ciclo do ensino básico. Mas a verdade é que o Sr. presidente ainda
agora aqui falou genericamente de algumas coisas. Eu percebo. Por uma questão de gestão de
tempo. Mas fiquei na dúvida depois daquela extensividade de iniciativas, quais é que foram
concretizadas, foram concretizadas com o valor que estava orçamentado, quais é que não foram e
se não foram, porquê. E mais uma vez se não foram, fica a dúvida. Os 20 por cento a menos da
execução tem a ver com o quê? Porque não é uma questão menor. O facto de haver menos 20 por
cento significa um valor considerável que não foi executado e isso, lá está, é bastante preocupante.
Nas GOP 2020 falava-se na elaboração de planos de segurança das escolas no valor de 42 mil euros
e 761 euros. Onde é que estão esses planos? Além disto, há também ainda questões que ficam por
explicar. Por que é que ainda não estão desenvolvidas? O que é que lhes falta para elas estarem
concretizadas, uma vez que sucessivamente vêm sendo ditas que vão ser feitas, ditas que vão ser
concretizadas todos os anos, mas nunca se chega ao final. Falo, por exemplo, do plano para uma
rede ciclável integrada, um plano para a construção de um parque de abastecimento para carros
elétricos, um plano de iniciativa às empresas e para a contratação de jovens até aos 35 anos e a
criação do Conselho Municipal da Juventude. Esta medida do plano de incentivo às empresas para
a contratação de jovens até aos 35 anos é uma medida que nós achamos que é extremamente
necessária se queremos captar a juventude e isto é uma crítica que eu pelo menos pessoalmente…
eu pessoalmente já fiz aqui várias vezes, além de toda a bancada do PS, que é o facto de a
juventude ser tratada apenas e só como um âmbito de festas. Pelos vistos essa crítica colheu.
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Porque agora, de facto, falam no âmbito da juventude, de um plano de habitação especial para a
juventude passados muitos anos de nós fazermos esta crítica, mas, por exemplo, o Conselho
Municipal da Juventude que já também há muitos anos que (Impercetível) continuamos a não
ouvir falar sobre a concretização, continuamos a não ver a luz do dia. Terminaria dizendo apenas
que o projeto político da CDU é um projeto fracassado. Isso já todos nós sabemos, que é um
projeto de propaganda que não cumpre com aquilo a que se propõe também. Agora que seja um
partido contraditório em que no mesmo concelho em que se realizou a festa do Avante em plena
pandemia serviu como desculpa essa mesma pandemia para não concretizar a maioria das
medidas que tinham orçamentadas, isso nós não estávamos à espera. É a mudança que se sente.
Certamente esperamos que seja uma mudança para melhor. Disse.”
O Presidente da Assembleia Municipal, disse: “Vamos à ronda final. Se pretenderem intervir. Bom,
mas antes disso, os tempos, Sara. Sara, está-me a ouvir?
Sara Lopes, do PS disse: “Então, nós temos a CDU com 28 minutos e 3 segundos, temos o PS com 8
minutos e 35 segundos, temos o PSD com 9 minutos e 8 segundos, temos o Bloco de Esquerda
com 3 minutos e 51 segundos, temos o PAN com 8 minutos e 35 segundos, o CDS tem 1 minuto e
52 segundos e a Câmara Municipal tem 21 minutos e 7 segundos.
O Presidente da Assembleia Municipal, disse: “Ok, Sara. Ainda bem. Obrigado. Vamos para a
ronda final. Portanto, CDS, João… se pretender intervir, obviamente. CDS, João Rebelo.
João Rebelo, do CDS disse:”Ó Sr. presidente, eu tenho 1 minuto e 52, portanto, é um bocado… é
muito curto. Só deixar um apelo ao Sr. presidente para as perguntas que eu fiz na primeira parte,
responder, se puder, não é? Porque gastei parte do meu tempo com isso também, valorizei os dois
pontos da agenda do período da ordem do dia e tivemos respostas absolutamente telegráficas por
parte do Sr. presidente. E só gostaria de acrescentar, para terminar, que o ano 2020 ainda não foi o
ano em que vimos a implementação do IMI familiar como o CDS tem defendido há muito tempo,
uma maior (Impercetível) do IRS aos municípios, problemas que continuam a existir da habitação,
gravíssimos, e que estão longíssimo de estar resolvido, apesar do discurso do Sr. presidente da
câmara. A habitação para os jovens continua a ser uma miragem total no ano 2020. O problema
em fixar empresas, mais empresas no concelho para evitar que os jovens e os trabalhadores em
geral tenham que sair do concelho…e, portanto, continuamos a ter problemas gravíssimos que não
foram resolvidos nem em 2017, nem em 2018, nem em 2019, nem em 2020 e não vemos solução
à vista em 2021 e, portanto, lamento, mas com tudo isto nós não votaremos… votaremos contra
este relatório. Obrigado, Sr. presidente.”
O Presidente da Assembleia Municipal, disse: “Tomás Santos.”

Tomás Santos, do PS, disse: “Sr. presidente, apenas acrescentar, em primeiro lugar que eu falei no
plano de habitação para a juventude, que como vimos aqui nesta câmara, nem sequer é uma
medida que está verdadeiramente concretizada e que nem sequer é uma medida de 2020, é uma

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medida de 2021, mas a ausência de uma visão integrada para a juventude que não seja apenas a
realização de eventos de entretenimento é tão sentida por nós que até a mínima referência a
alguma coisa diferente, nós saudamos. Mas, de facto, eu esqueci-me de referir isso há pouco, nós
acreditamos e estamos à espera que nos convençam do contrário que, de facto, a razão por aquela
ausência de parte da execução do orçamento tem apenas e só uma resposta e que já foi aqui
amplamente abordada que é diminuir o passivo da Câmara Municipal que advém de várias más
decisões ao longo do tempo que afetam esta geração e as próximas gerações, provavelmente
durante os próximos… durante muitas décadas ainda sofreremos consequências com esta gestão
errática e prejudicial da CDU e por isso não nos resta outra solução senão votarmos contra este
orçamento. Obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal, disse: “E não é um orçamento, é um relatório, pá. Paulo
Silva”
Paulo Silva da CDU, disse: “Boa noite a todos. Estamos aqui assim na votação do último relatório
de contas e de atividades deste mandato, portanto, o de 2021 quando for votado já será com
outros eleitos que vão sair das eleições de setembro ou outubro próximo. Ora, o que é que
podemos aqui assim dizer desta eleição. Primeiro, só aqui assim uma nota muito breve. A questão
que foi aqui levantada por alguns eleitos de o Sr. presidente da câmara não ter respondido no
ponto 2 e 3 a algumas questões. Ora, já se viu aqui assim e ao longo deste mandato isso foi visto,
tentou-se encontrar soluções que foram obstaculizadas pela oposição. É impossível com o tempo
que tem o Sr. presidente da câmara conseguir responder a todas as questões que são colocadas e
depois ainda conseguir apresentar os tempos ou os assuntos que a câmara necessita de ver
aprovado e que submete à Assembleia Municipal. E tem que haver uma gestão de tempo por parte
do Sr. presidente da câmara. Não se pode querer, por um lado, que todas as respostas que haja
contem para o tempo e depois dizer que não se responde, portanto, porque é impossível, isso. É
impossível o que se pretende. A proposta que foi apresentada e que inexplicavelmente não foi
aceite pela oposição era que o tempo de resposta do Sr. presidente da câmara não contava para o
tempo da câmara para poder responder devidamente. Ora, se não aceitaram isso, é evidente que o
único responsável é as forças da oposição que não aceitaram a proposta que nós apresentámos
para resolver essa situação. Entrando agora aqui na questão do relatório de atividades e de contas
de 2020 da câmara dizer o seguinte, o PSD e o CDS sempre que em alguma matéria é
responsabilizado o governo do PSD e do CDS vêm sempre com a mesma questão, “Já saímos de lá
há tanto tempo. Ainda estão a falar do tempo em que nós fomos governo. Isto não pode ser assim.
Não se pode ir, portanto, para trás”. Mas quando chega a questão da câmara já acham que podem
ir para trás todo o tempo que é necessário e, então, voltam sempre a bater na tecla dos contratos
dos serviços centrais e dos serviços operacionais. O que temos a dizer é o seguinte, foram
contratos que foram feitos no seu tempo e têm que ser analisados no seu tempo e não atual. E
naquela altura eram modelos contratuais que foram utilizados não só pela Câmara Municipal do
Seixal, mas por outras entidades, nomeadamente eu já falei várias vezes isto, do governo do país
na questão, nomeadamente do Campus da Justiça, portanto, o modelo contratual foi o mesmo que
foi aí assim feito. Verificou-se que não foi o melhor desenvolvimento do tempo. Sim senhor. Não
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temos dúvidas que o tempo não foi o melhor, mas nós já resolvemos o nosso e verificamos é que o
Partido Socialista no governo não conseguiu resolver a questão do Campus da Justiça, o que
demonstra que indubitavelmente a CDU está cá e resolve problemas e tem mais capacidade de
gestão do que o Partido Socialista onde também tem os destinos, não consegue resolver os
problemas que nós resolvemos. É isto que se tem que dizer. Quanto à questão do endividamento
camarário que foi aqui assim tão falado que vai ter consequências para as gerações futuras, o Sr.
eleito Tomás Santos falou em muitas décadas. O endividamento camarário é inferior ao orçamento
da câmara de um ano. E fazendo a transposição para o governo do país onde tem estado o PSD,
CDS/PS, era muito bom para as gerações futuras do nosso país que o endividamento do nosso país
fosse inferior ao orçamento de Estado de um ano, mas não é. Ele é superior não ao orçamento de
Estado, mas ao produto interno bruto que é a soma de todos os bens e serviços que são
produzidos em Portugal, portanto, extravasa a questão até do próprio orçamento de Estado e é o
produto interno bruto, o que demonstra que no Seixal temos feito muito melhor governação do
que o PSD, o CDS e o PS no governo do país. Depois dizem que não se consegue verificar onde foi
feito o investimento de 11 milhões e que a política é uma política despesista que não tem
resultados para a população. O que eu digo, vão ver as obras que em 2020 já estavam em curso,
Universidade Sénior, Centro Náutico da Amora, Centro de Treinos de Amora Futebol Clube,
Pavilhão Cidade de Amora que já estava a ser projetado, Pavilhão Portugal Cultura e Recreio,
Pavilhão Águias Unidas do Fanqueiro, Pavilhão Leonel Fernandes, Complexo Desportivo de Santa
Marta, Escola de Santo António, Lar de Idosos de Fernão Ferro, CDA de Fernão Ferro e muitos,
muitos, muitos, muitos outros investimentos em curso. Se nem todos foram cumpridos, também
houve alguns que não estavam prometidos e que já foram feitos, o que demonstra que só quem
não quer ver é que não vê a obra que foi feita, os equipamentos que foram construídos numa
política virada para o bem-estar da população do concelho do Seixal com investimentos em
equipamentos muito úteis e muito importantes para o futuro e para o bem-estar da população do
concelho do Seixal. Alguns equipamentos atrasaram-se. A questão do CDA de Fernão Ferro
atrasou-se. Foi aqui assim uma crítica feita pelo Partido Socialista que as obras começaram em
2017 e que ainda não está pronto. Segundo o Sr. presidente, estará no final de julho. Ora, aqui
relembrar que a Escola João de Barros, as obras começaram em 2010 e ainda não estão prontas,
nem se sabe quando é que irão estar e o que irá ser feito, não é o que devia ser feito, porque falta
o pavilhão como já vimos no período antes da ordem do dia, portanto, quanto a isto também não
recebemos lições de ninguém, muito menos do Partido Socialista, porque nós demonstramos que
efetivamente temos uma capacidade de gestão e de trabalharmos para o bem-estar da população
muito superior. Por último, dizer que o Partido Socialista disse aqui que o nosso concelho não vive
de promessas. E devo dizer o seguinte, concordo inteiramente com o eleito do Partido Socialista,
Sérgio Ramalhete, que o nosso concelho não vive de promessas. E quando ele diz isso, lembrei-me
imediatamente de uma intervenção feita no início deste mandato por um eleito do Partido
Socialista que por acaso já foi para outras paragens, Barata de seu nome, que numa intervenção
disse que nos próximos quatro anos, isto foi no início do mandato, o governo do Partido Socialista
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Ata nº 05/2021
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iria investir 100 milhões de euros no concelho do Seixal. Eu agora pergunto, onde é que estão
esses 100 milhões de euros prometidos pelo Partido Socialista para o concelho do Seixal? Não se
veem. Na verdade, o concelho do Seixal não vive de promessas que o PS faz, vive da realidade que
a CDU faz e por isso em setembro próximo a população mais uma vez irá decidir. Não temos medo.
Votamos em democracia. Em democracia umas vezes ganha-se, outras vezes perde-se, mas pelo
trabalho realizado, por tudo o que fizemos, não temos medo das eleições e estamos aqui assim
para ir à luta. Terminei, Sr. presidente.”
O Presidente da Assembleia Municipal, disse: “Então, Vítor. Sim senhor. Defesa da honra. Força.”
Vítor Cavalinhos do BE, disse: “É uma defesa da honra da bancada. Ninguém ofendeu a minha
honra pessoal. Mas é uma coisa rápida. O Paulo Silva na sua intervenção afirmou o seguinte, que a
propósito do Sr. presidente não responder a um conjunto de informações que lhe pedem porque
depois não tinha tempo para responder agora no relatório, o Paulo Silva afirmou que a oposição
inviabilizou outra solução e essa informação que o Paulo Silva deu à Assembleia Municipal não
corresponde à verdade. Porque o Bloco de Esquerda nunca, em sentido nenhum, na reunião de
líderes nunca esteve de acordo com essa situação e nunca inviabilizou nenhuma solução que
impedisse o Sr. presidente de responder às questões. O Bloco de Esquerda sempre defendeu, aliás,
que se os partidos querem fazer muitas perguntas deve ser dado tempo para o presidente
responder às questões que lhe são colocadas. E esse é um novelo que nós não conseguimos
desatar. Mas eu termino. Não me quero alongar. Agora o que não é verdade e eu não posso… não
sou englobado nessa coisa, que o Bloco não partilhou, não procurou inviabilizar coisa nenhuma e
nunca defendeu o ponto de vista que cada um defende o que quer, mas sempre procurámos uma
solução construtiva para resolver um problema e nós nunca nos posicionámos numa posição de
inviabilizar que fossem respondidas todas as questões e que fosse limitado o tempo de
intervenção do presidente da câmara. É evidente que esse problema foi um debate que nós
tivemos, que não conseguimos encontrar uma solução, mas que eu, Vítor Cavalinhos, estive do
lado da procura de uma solução. Acho que isso corresponde à verdade histórica. Era só o que eu
queria dizer.”
Paulo Silva da CDU, disse: “Sr. presidente, o Vítor Cavalinhos tem toda a razão. As minhas
desculpas ao Bloco de Esquerda por o ter metido no mesmo saco.”
O Presidente da Assembleia Municipal, disse: “Ora, muito bem. Tem a palavra o Sr. presidente da
câmara, se faz favor.
O Presidente da Câmara Municipal, disse: “Muito obrigado, Sr. presidente da Assembleia
Municipal. Srs. eleitos. Começando só por este aspeto. Quando se fala em democracia e no
respeito pela democracia, eu considerei que isso não foi verificado algumas assembleias atrás
quando, após termos respondido a todas as questões que nos foram colocadas, não me foi
permitido ter tempo para apresentar os pontos da ordem de trabalhos, nem sequer para poder
depois esclarecer as várias, não só inverdades, como erros e falta de esclarecimento. Por isso…
mas isto foi um modelo que os senhores que se dizem democratas, que tendo esse poder, o
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fizeram, tomaram esta medida de, portanto, como digo, o presidente da câmara não pudesse
esclarecer. Por isso, eu reservo-me a gerir o tempo de acordo com aquilo que são as regras e por
isso deixei mais tempo para apresentação do relatório e contas de 2020 que era o objeto principal
desta nossa Assembleia Municipal. Os senhores decidirão, no quadro daquilo que são o regimento
da assembleia, se alteram ou não esta situação para o futuro. Sobre a questão das contas, eu
gostava de dizer que estas contas foram feitas pelos técnicos da Câmara Municipal e foram revistas
por uma sociedade revisor oficial de contas. Por isso, há pouco perante a estupefação do eleito do
CDS a perguntar se o passivo baixou, eu aconselhava-o a ler a página 69, o fim, e o início da página
70 para confirmar exatamente isso. O passivo no final de 2020, comparado com o passivo no final
de 2019, baixou, Sr. eleito – baixou 4,6 milhões de euros. E se não acreditar no relatório de gestão
feito pelos técnicos da Câmara Municipal, pode analisar o relatório do revisor oficial de contas,
onde vai chegar à mesma conclusão. Depois não identifiquei onde é que estão as outras receitas
de 20 milhões de euros. E também para o Sr. eleito do PSD também pergunto, já vi que não
acredita naquilo que o presidente da câmara diz, nem no que os técnicos do município, que
passaram vários meses a trabalhar neste documento, apresentaram, mas pergunto se acredita na
sociedade revisor oficial de contas que atesta que as contas estão feitas de acordo com aquilo que
são as normas e, portanto, aponta, digamos assim, o grau de fiabilidade de elevado nível
relativamente àquilo que foi apresentado em termos da caracterização do município. E fique
descansado, Sr. eleito, que de certeza que nós nunca iremos bater o Alberto João Jardim, esse
grande ícone do PSD, esse governante do PSD que inaugurava tudo desde uma calçada até um
aeroporto. Não. Nós não somos assim. Não estamos interessados em fazer inaugurações, estamos
interessados em fazer construções para que o nosso concelho e a nossa população possa avançar
em termos daquilo que é a qualidade de vida. Mas, no entanto, tenho que agradecer o
reconhecimento feito pela quantidade de obra que nós executámos, e iremos executar, apesar de
ter logo expressado que ia votar contra. Por isso temos uma elevada execução, quer da receita,
quer da despesa, temos uma redução da dívida, temos um saldo liquido positivo, temos um
conjunto de obras realizadas de forma extraordinária, temos uma pandemia que combatemos e
ajudámos a ultrapassar. Mas, no entanto, o PSD, vota contra o que é que o faria votar de forma
diferente. É um voto sempre contra, o que demonstra bem, digamos assim, a pouca flexibilidade
democrática por parte dos eleitos do PSD. Depois sobre os eleitos do PS. Bom, aqui é em sentido
contrário. Enquanto o PSD aponta execução a mais, o PS aponta execução a menos. E eu pergunto
se não estamos todos a ler o mesmo relatório? E também me surpreende quando se defende um
orçamento participativo na forma como se conhece com os péssimos exemplos de gestão
socialista, quer de Lisboa, que até foi alvo de uma investigação na televisão, pelo paupérrimo nível
de execução ou mesmo do Barreiro com aquele modelo quase anedótico de que quem propusesse
mais (Impercetível) e se ganhasse esse projeto tinha que pôr o dinheiro. É, de facto, extraordinário.
E depois também nesta sequência de algum humor achar que um campus com 40 hectares, com
nove fábricas, se monta em menos de dois anos. Eh pá, é extraordinário. Claro que nós vimos
agora vídeos na China. Os chineses conseguem construir um edifício de apartamentos em 29 dias.
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Mas fazer uma fábrica de… licenciar uma fábrica e construir uma fábrica de produtos
farmacêuticos em menos de dois anos, não sei onde é que o eleito Sérgio Ramalhete vê que se
consegue montar isto, portanto, é, de facto, extraordinário. E o mesmo para o Hotel Mundet. O
Hotel Mundet que teve, portanto, um processo junto da APA que obrigou a uma reformulação do
próprio projeto de fundações e estabilidade. Foi isso que atrasou o processo e foi isso que teve que
ser alterado para que a obra possa efetivamente (impercetível) Depois relativamente à falta de
concretização, de facto, aqui os números não deixam margem para dúvidas, 90 por cento de
execução da receita, 78 por cento de execução da despesa. E em termos daquilo que são as
aquisições de bens de capital, eu há pouco referi, esta matéria, ela não está expressa de forma
direta no relatório, mas, portanto, eu tenho… aliás, os dados constam das novecentas e tal páginas.
Se for verificar o mapa de aquisições de bens de capital, verificará que dos 22,7 milhões de euros
propostos, foram adjudicados 19,7 e foram pagos 11. É verdade. 11 milhões foram pagos, mas
foram adjudicados 19,7 e por isso a Câmara Municipal contratualizou, comprometeu quase 100
por cento deste montante em termos de aquisição de bens de capital. Depois também dizer ao
eleito Vítor Cavalinhos que no Bloco de Esquerda é que deve ser assim que fazem-se planos
municipais de habitação em duas semanas. O nosso demorou o ano de 2020 a ser concretizado e
ainda parte do ano 2021 e que foi feito, portanto, pelos nossos técnicos da Câmara Municipal.
Talvez pudesse ter sido mais rápido, mas foi o tempo que tivemos com a pandemia pela frente
para construir um plano municipal de habitação que fosse mais além do que a própria estratégia
local de habitação e foi isso que conseguimos agora aprovar nos órgãos. Mas para aprovar nos
órgãos alguém teve que o trabalhar. E por isso, eu considero, permita-me dizer assim, uma falta de
respeito por todos os técnicos que estiveram ao longo de meses a trabalhar em 2020 e também
em 2021, quer no Plano Municipal de Habitação, quer noutros planos e noutros projetos que
depois vieram a ser inaugurados. Depois sobre a Loja do Cidadão. Então, não é reconhecido que a
Loja do Cidadão esteve em obra em 2020 e está em obra em 2021? Não é conhecido que o
mercado da Cruz de Pau está em obra em 2020 e está em obra… e foi agora recentemente aberta a
primeira fase em 2021? Também penso que é conhecido que o pavilhão multiusos, a Câmara
Municipal já tem uma proposta de programa perliminar. Sobre a Loja do Munícipe de Fernão Ferro,
eu disse há pouco, abrimos concurso agora numa reunião de Câmara Municipal já este ano, mas
para abrir concurso foi preciso fazer os projetos (Impercetível) de abertura de concurso para que
isso pudesse ser feito. E sobre depois a transferência de pescado não está de forma explícita, mas
está incluído no projeto do Centro Náutico do Seixal. Sobre as ARU só no Seixal foram mais de 95
edifícios que os processos ARU foram aprovados só no núcleo urbano antigo do Seixal para,
portanto, poderem ser reabilitados. O Plano Municipal de Ruído está em fase final. Também um
trabalho acompanhado pelos técnicos do município. Sobre a habitação jovem, eu diria, mais ou
menos de forma idêntica ao Plano Municipal de Habitação, foi preciso trabalhar em 2020 também
sobre este processo. E sobre o Centro Cultural de Amora, ele foi agora adjudicado, mas foi preciso
abrir concurso e antes de abrir concurso foi preciso preparar o processo, terminar os projetos,
constituir o dossier para se abrir concurso, por isso não entendo esta crítica do Bloco de Esquerda
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a não ser porque interessa só fazer crítica pela crítica e não valorizar todo o imenso trabalho que
foi feito. É que isto não foi feito pelo presidente da câmara, nem pelos vereadores. Estes trabalhos
que aqui estão, quer os projetos, quer as obras e as intervenções e os planos foram feitos pelos
técnicos e trabalhadores da Câmara Municipal. Por isso, este desmerecimento que foi feito
também pelo Bloco de Esquerda não é justo para tantos e tantos trabalhadores que se
empenharam para concretizar estes objetivos que são, de facto, objetivos importantes para a
população do nosso município. Por isso, Sr. presidente da Assembleia Municipal, Srs. eleitos,
naturalmente com diferenças, como é evidente, ainda me falta, exatamente, dizer algo
relativamente ao Bloco de Esquerda que não disse, que tem a ver com a questão do défice de
serviço público. Esta ideia de termos um resultado líquido de 18 milhões de euros quando não
tivemos, tivemos um saldo líquido positivo de 8 milhões de euros e dizendo que isso se traduziu
num défice de serviço público. Não é verdade. A Câmara Municipal conseguiu garantir os níveis de
serviço público e até aumentar os níveis de serviço público, mesmo com uma pandemia pela
frente. Isso não é reconhecido? Não é evidente para todos? Bom, depois sobre o Centro de Dia do
Casal do Marco e a creche dos serviços sociais, dizer que estes processos não avançaram. São
parcerias. Não avançaram, não foi por responsabilidade da Câmara Municipal, mas sim das
instituições que não avançaram com os processos, por exemplo, como outros avançaram. Só dar o
exemplo da Universidade Sénior que avançou. Foi a Casa do Educador que avançou com o
processo. O mesmo o Lar de Idosos de Fernão Ferro, que foi a Associação de Reformados de
Fernão Ferro que, portanto, avançou com os processos enquanto aqui temos duas instituições que
não avançaram, havendo condições financeiras do município para as apoiar. Sobre o Parque
Metropolitano de Biodiversidade é verdade que a obra começou agora este ano, mas foi preciso
ser adjudicada, foi preciso ser consignada, portanto, as coisas não caíram… não foram agora que
aconteceram, portanto, há um contínuo em termos de trabalho. Sobre os planos de segurança das
escolas, foram todos concluídos e todos foram entregues. Estão todos nas escolas. Todos os
planos, todas as escolas têm planos de segurança já aprovados, portanto, não entendo esta… alias,
entendo isto por desconhecimento, procurar, digamos assim, encontrar, portanto, menores valias,
fragilidades, etc. Sobre o Conselho Municipal de Juventude, eh pá, nós temos (Impercetível) de
reuniões (Impercetível) juvenis. É o nosso conselho municipal. Tem outra designação. É por isso
que o senhor não conhece. Não conhece e por isso eu diria que estes adjetivos de projeto
fracassado e propaganda a mais é mesmo aquilo que o PS (Impercetível) com a propaganda no
concelho de um projeto totalmente fracassado. O nosso projeto tem provas dadas, tem presente
(Impercetível), portanto, todo este resultado que hoje aqui está presente neste relatório e contas
de 2020. Certamente tenho consciência que os senhores votariam a favor, aplaudiriam. Mas, no
entanto, digamos assim, a vossa falta de flexibilidade democrática para reconhecer uma boa
gestão e um bom trabalho não vos permite, portanto, digamos assim, caucionar com um voto
positivo este relatório e contas. Tenho muita pena que assim seja, mas os vossos partidos são
mesmo assim.”

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Luís Pedro Gonçalves, do PS disse; “Sr. presidente, eu queria-me dirigir ao Sr. presidente da
Assembleia Municipal. Peço desculpa. Eu gostava de invocar a defesa da honra. Passo a esclarecer.
Tem a mesma lógica com que o eleito do Bloco de Esquerda, Vítor Cavalinhos, pôde falar sobre a
sua posição relativamente ao Sr. presidente da câmara poder ou não falar à sua vontade no
período da ordem do dia. Posso?”
O Presidente da Assembleia Municipal, disse: “ A defesa da honra regimental, mas é a defesa da
honra. Não é intervenção, pá. Veja lá, Luís Gonçalves.”
Luís Pedro Gonçalves, do PS disse; “Não é intervenção. É a defesa da honra em termos
regimentais. Intervenção não pode fazer. Só a defesa da honra. Nas suas intervenções anteriores o
líder de bancada da CDU, Paulo Silva e o Sr. presidente de câmara referiram que havia eleitos que
não queriam que o presidente falasse no período da ordem do dia. Eu fui uma das pessoas que se
queixou de que o Sr. presidente não me tinha respondido às questões,ora, eu gostava de chamar
aqui a atenção que o facto de… é assim, chamem-me bem-intencionado, mas não me chamem
excessivamente ingénuo. Reparem que o que eu me queixo é que o Sr. presidente não tinha
respondido. Era a pergunta, qual foi o número de fogos habitacionais adicionados ao parque
habitacional da câmara à exceção de Vale de Chícharos? O tempo que demora a dizer um número,
por exemplo, zero, são segundos. O Sr. presidente teve tempo. O Sr. presidente não teve intenção
de responder e é só isto.”
O Presidente da Assembleia Municipal, disse: “Ó Luís, a defesa foi defesa da honra. Consideramos
defesa da honra. Pá, Luís, só para dizer que sabe muito bem, a questão foi discutida em várias
reuniões com os líderes. Não se chegou a consenso… isto é apenas uma nota brevíssima agora…
sobre um matéria, pá, que era uma questão importante em termos de funcionamento da
Assembleia Municipal e, portanto, o Sr. presidente da câmara naturalmente que gere as respostas
tendo em conta o tempo total do período antes da ordem do dia. Porque como sabe, como
sabemos, aconteceu mais que uma situação onde o presidente da câmara depois não tinha tempo.
Pá, mas não… os líderes municipais, à exceção… em concreto (Impercetível), à exceção da CDU e
do Bloco de Esquerda não entenderam assim e naturalmente que o Sr. presidente faz a gestão do
tempo para poder ter tempo, portanto, é uma incongruência do regimento que podia ter sido
resolvida e não foi e naturalmente ficava a ganhar à Assembleia Municipal. Eh pá, mas sobre esta
matéria também já lhe disse há bocadinho, o Partido Socialista pode em termos regimentais fazer
um requerimento, se o entender. Vamos à votação.
Aprovada, com o voto de qualidade do Presidente da Assembleia, a Deliberação nº21/XII/2021 por
maioria e em minuta com:
Dezasseis (16) votos a favor dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal da CDU: 16
Dezasseis (16) votos contra dos seguintes eleitos:

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• Do grupo municipal do PS: 11
• Do grupo municipal do PSD: 4
• Do grupo municipal do CDS/PP: 1
Quatro (4) abstenções dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal do BE: 3
• Do grupo municipal do PAN: 1
O Presidente da Assembleia Municipal, disse: “Abstenção do PAN e do Bloco. Aliás, anunciada
pelo Vítor Cavalinhos. Isso significa que temos 16 votos a favor e 16 votos contra. É isso? Sra. 1.ª
secretária, confirma-se em termos das presenças? E 4 abstenções. Sendo assim, no quadro legal e
no quadro regimental, o presidente da assembleia utiliza a prorrogativa do voto de qualidade e,
portanto, o voto de qualidade é aprovação do relatório de atividades e prestação de contas do
exercício de 2020 que é aprovado, então.
II. 5. Minuta da Ata – Aprovação.
Aprovada a Deliberação nº22/XII/2021 por unanimidade e em minuta com:
Trinta e seis (36) votos a favor dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal da CDU: 16
• Do grupo municipal do PS: 11
• Do grupo municipal do PSD: 4
• Do grupo municipal do BE: 3
• Do grupo municipal do PAN: 1
• Do grupo municipal do CDS-PP: 1
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Terminamos esta terceira sessão da assembleia,
terceira sessão ordinária da Assembleia Municipal. Boa noite a todos e a todas. Sr. presidente da
câmara, Srs. vereadores, Srs. eleitos da assembleia e à nossa equipa da câmara e da Assembleia
Municipal e desejando a todos, antes de mais, muita saúde. E, portanto, boa noite. Boa noite a
todos.”
Nada mais havendo a tratar, O Presidente da Assembleia Municipal deu os trabalhos por
encerrados, agradecendo a presença do executivo municipal e dos membros deste Órgão.
A sessão terminou cerca da 01:02 horas do dia 01 de Julho.
Nos termos do art.º 5.º do Decreto-Lei nº 45362 de 21 de Novembro de 1963 (com a redação
atualizada pelo Decreto-Lei nº 334/82 de 19 de Agosto, e de acordo com uma interpretação
extensiva), os documentos mencionados são arquivados, ora em pasta anexa à presente ata, ora
no respetivo processo.
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Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 05/2021
3ª Sessão Ordinária – 30 de junho de 2021
Sempre que se indicou ter sido tomada qualquer deliberação, dever-se-á entender ter sido
aprovado nos termos e para efeitos do disposto no art.º 92.º da Lei nº 169/99, de 18 de setembro,
com a redação atualizada pela Lei nº 5-A/2002, de 11 de janeiro, e com as alterações introduzidas
pela Lei nº 67/2007, de 31 de dezembro e pela Lei nº 75/2013, de 12 de setembro.
Para constar se lavrou a presente ata que vai ser assinada pelo Presidente e Secretários em
exercício:
O Presidente da Assembleia Municipal:

O Primeiro Secretário:

A Segunda Secretária:

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PLANO DE MOBILIDADE E TRANSPORTES DO
CONCELHO DO SEIXAL

PLANOS DE AÇÃO E MONITORIZAÇÃO

- RELATÓRIO FINAL -

VERSÃO FINAL

18.JUN.2021

PRT 199-01-04 v03


ÍNDICE

01. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................................6


01.1. METODOLOGIA E ESTRUTURA DO DOCUMENTO .................................................................................................................... 7

02. ARTICULAÇÃO DAS PROPOSTAS ........................................................................................................................8


02.1. PATMT E PALMT ............................................................................................................................................................................. 9
02.2. ÁREAS DE INTERVENÇÃO PRIORITÁRIA ................................................................................................................................... 9
02.2.1. Interfaces .............................................................................................................................................................................. 10
02.2.2. Núcleos históricos ................................................................................................................................................................ 12
02.2.3. Áreas territoriais identitárias ................................................................................................................................................ 13

03. PROPOSTAS - INSTRUMENTOS DE AÇÃO ........................................................................................................ 15


03.1. PATMT............................................................................................................................................................................................ 16
A. EQUILÍBRIO TERRITORIAL .............................................................................................................................................................. 16
A.1| Reforçar o papel do planeamento na melhoria do sistema de transportes ................................................................................... 17
A.2| Promover a integração dos sistemas urbanos................................................................................................................................ 21
A.3| Diversificar a economia local e promover a atratividade do município .......................................................................................... 27
B. MOBILIDADE SUSTENTÁVEL .......................................................................................................................................................... 31
B.1| Promover a competitividade e a equidade territorial do Seixal no contexto regional e da AML .................................................. 33
B.2| Promover a integração e qualificação do TP .................................................................................................................................. 39
B.3| Implementar medidas de gestão da mobilidade ............................................................................................................................. 44
B.4| Aumentar a sustentabilidade das atividades logísticas .................................................................................................................. 55
C. ACESSIBILIDADE............................................................................................................................................................................... 61
C.1| Qualificar a rede viária valorizando o TP ........................................................................................................................................ 62
C.2| Fomentar a competitividade e eficiência do TP (integração física) ............................................................................................... 69
C.3| Melhorar as redes pedonais e cicláveis .......................................................................................................................................... 71
D. INTERMODALIDADE ......................................................................................................................................................................... 82
D.1| Assegurar a acessibilidade multimodal (integração de serviços) .................................................................................................. 84
D.2| Implementar medidas de gestão de estacionamento..................................................................................................................... 88
D.3| Informação e divulgação do TP e promoção de soluções MaaS .................................................................................................. 93
E. QUALIDADE E SEGURANÇA DAS DESLOCAÇÕES ...................................................................................................................... 96
E.1| Melhorar a qualidade do espaço público ........................................................................................................................................ 98
E.2| Introduzir medidas de acalmia de tráfego ..................................................................................................................................... 100
E.3| Intervir sobre os locais/pontos de conflito ..................................................................................................................................... 103
03.2. PALMT .......................................................................................................................................................................................... 114
PALMT CORROIOS .............................................................................................................................................................................. 114
PALMT FOROS DA AMORA................................................................................................................................................................. 120
PALMT FOGUETEIRO .......................................................................................................................................................................... 125
PALMT SEIXAL ...................................................................................................................................................................................... 131
PALMT COINA ....................................................................................................................................................................................... 135
PALMT ALDEIA DE PAIO PIRES ......................................................................................................................................................... 138
PALMT ARRENTELA ............................................................................................................................................................................ 142
PALMT AMORA ..................................................................................................................................................................................... 145
PALMT FERNÃO FERRO ..................................................................................................................................................................... 148

04. ARTICULAÇÃO TERRITORIAL, PROGRAMA DE INTERVENÇÃO E INVESTIMENTO....................................... 152

PLANO DE MOBILIDADE E TRANSPORTES DO CONCELHO DO SEIXAL | RELATÓRIO FINAL – VERSÃO FINAL


2021 TRENMO Este documento é confidencial e não pode ser reproduzido sem autorização prévia da TRENMO Engenharia, S.A. i
04.1. ARTICULAÇÃO TERRITORIAL DO PLANO DE AÇÃO ............................................................................................................. 152
04.1.1. PATMT ESTADO CENTRAL ............................................................................................................................................. 153
04.1.2. PATMT ESTADO AML ...................................................................................................................................................... 154
04.1.3. PATMT MUNICÍPIOS FRONTEIRIÇOS ........................................................................................................................... 155
04.1.4. PATMT MUNICÍPIAL ......................................................................................................................................................... 156
04.1.5. PALMT CORROIOS .......................................................................................................................................................... 160
04.1.6. PALMT FOROS DA AMORA............................................................................................................................................. 162
04.1.7. PALMT FOGUETEIRO ...................................................................................................................................................... 165
04.1.8. PALMT SEIXAL .................................................................................................................................................................. 167
04.1.9. PALMT COINA ................................................................................................................................................................... 170
04.1.10. PALMT ALDEIA DE PAIO PIRES ..................................................................................................................................... 171
04.1.11. PALMT ARRENTELA ........................................................................................................................................................ 172
04.1.12. PALMT AMORA ................................................................................................................................................................. 173
04.1.13. PALMT FERNÃO FERRO ................................................................................................................................................. 174
04.2. PROGRAMAS DE INTERVENÇÃO E INVESTIMENTO ............................................................................................................ 175
04.2.1. FINANCIAMENTOS DISPONÍVEIS .................................................................................................................................. 183
04.2.2. ENTIDADE RESPONSÁVEL PELA AÇÃO ...................................................................................................................... 187

05. PLANO DE MONITORIZAÇÃO............................................................................................................................ 192


05.1. DEFINIÇÃO DOS INDICADORES .............................................................................................................................................. 193
05.2. INDICADORES DE REALIZAÇÃO E RESULTADO POR AÇÃO............................................................................................... 194
05.3. INDICADORES: CARATERÍSTICAS E METAS ......................................................................................................................... 201
05.3.1. DEFINIÇÃO DAS METAS DE RESULTADO ................................................................................................................... 203
05.3.2. ESTIMATIVA DAS METAS DE RESULTADO ................................................................................................................. 208

06. SÍNTESE CONCLUSIVA ..................................................................................................................................... 211


ANEXOS .......................................................................................................................................................................... 212
ANEXO 1 – SUGESTÕES PARA A REDE CICLÁVEL .......................................................................................................................................... 212

ABREVIATURAS ............................................................................................................................................................. 216

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ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1 – Faseamento do PMTCS .................................................................................................................................................................... 7


Figura 2 – Densificação da envolvente dos interfaces..................................................................................................................................... 19
Figura 3 – Consolidação urbana do Corredor Corroios-Fogueteiro-Seixal..................................................................................................... 20
Figura 4 – Reforço de centralidades locais em Fernão Ferro ......................................................................................................................... 21
Figura 5 – Travessia Pedonal e Ciclável Seixal-Barreiro................................................................................................................................. 23
Figura 6 – Ecovia da Ponta dos Corvos ........................................................................................................................................................... 24
Figura 7 – Corredor Verde na EN378 ............................................................................................................................................................... 26
Figura 8 – Requalificação das passagens superiores/inferiores ..................................................................................................................... 27
Figura 9 – Reforçar a excecionalidade da Siderurgia Nacional e do Parque Industrial do Seixal................................................................. 29
Figura 10 – Assegurar a conexão do Novo Hospital do Seixal ao sistema de transportes ........................................................................... 31
Figura 11 – Serviços de longo curso da CP (Alfa Pendular e Intercidades) ................................................................................................... 35
Figura 12 – Serviço de transporte fluvial de passageiros da Transtejo .......................................................................................................... 37
Figura 13 – Concretização do Projeto de Expansão do MTS (CTTP) ............................................................................................................ 38
Figura 14 – Cobertura da nova rede de TCR a concurso e frequência média, na HPM ............................................................................... 40
Figura 15 – Cobertura da nova rede de TCR a concurso na HPM ................................................................................................................. 41
Figura 16 – Implementação de Pedi-BUS na EB1 Vale Milhaços ................................................................................................................... 46
Figura 17 - Escolas para ciclistas para crianças (à esquerda) e para adultos (à direita) .............................................................................. 51
Figura 18 - Campanhas internacionais de segurança rodoviária patrocinadas por fabricantes de automóveis (BMW, Volkswagen e FIAT)
............................................................................................................................................................................................................................ 52
Figura 19 – Expansão da rede de postos de carregamento rápido ................................................................................................................ 55
Figura 20 – Volume horário de tráfego de pesados por posto de contagem na HPM ................................................................................... 57
Figura 21 – Eixos com restrição de circulação de veículos pesados de mercadorias (para além da EN10, a EN378 e a EN10-2) ........... 58
Figura 22 – Fecho da Rede Viária .................................................................................................................................................................... 65
Figura 23 – Melhoria do Desempenho da Rede Viária e da Acessibilidade ................................................................................................... 66
Figura 24 – Implementação de corredores BUS .............................................................................................................................................. 68
Figura 25 – Rede Pedonal Estruturante ........................................................................................................................................................... 74
Figura 26 – Rede Ciclável Estruturante ............................................................................................................................................................ 77
Figura 27 – Priorização da Rede Ciclável Estruturante proposta.................................................................................................................... 78
Figura 28 – Tipologias de estacionamento identificadas: (a) Sheffield ou “U” invertido, (b) Onda ou “Wave” e de (c) apoio na roda (Fonte:
ciclaveiro.pt; www.chinabikerack.com) ............................................................................................................................................................. 80
Figura 29 – (i) H46 - Zona residencial ou de Coexistência; (ii) H47 - Fim de zona residência ou de coexistência (Fonte: Decreto
Regulamentar n.º 6/2019).................................................................................................................................................................................. 99

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Figura 30 - Área de intervenção - Requalificação do núcleo urbano antigo do Seixal. (Fonte: TRENMO, 2019) ...................................... 100
Figura 31 – PN e EES no Concelho do Seixal em 2017................................................................................................................................ 105
Figura 32 – Eixos de Elevada Sinistralidade na Freguesia da Amora, em 2017.......................................................................................... 106
Figura 33 – Eixos de Elevada Sinistralidade na Freguesia de Corroios, em 2017 ...................................................................................... 108
Figura 34 – Ponto Negro e Eixos de Elevada Sinistralidade na Freguesia de Fernão Ferro, em 2017 ...................................................... 110
Figura 35 – Eixos de Elevada Sinistralidade na Freguesia do Seixal, Arrentela e Aldeia de Paio Pires, em 2017 ................................... 111
Figura 36 – Repartição modal por freguesia no Seixal, em 2001 e 2011 (Fonte: Censos) ......................................................................... 204
Figura 37 – Evolução da procura em diversos modos de transporte entre 2011 e 2019 ............................................................................ 205
Figura 38 – Meta para a repartição modal por freguesia no Seixal, em 2030 .............................................................................................. 206
Figura 39 – Evolução do Índice de Gravidade no concelho do Seixal entre 2008-2017 face à média do distrito e nacional .................... 207
Figura 40 – Evolução do n.º de Mortes por cada 100 000 hab. no concelho do Seixal entre 2011-2017 face à média do distrito e nacional
.......................................................................................................................................................................................................................... 208
Figura 41 – Detalhe tipo de intervenção em passagens inferiores ............................................................................................................... 212
Figura 42 – Detalhe tipo de intervenção em passagens superiores ............................................................................................................. 213
Figura 43 – Detalhe tipo de intervenção em arruamentos de sentido único................................................................................................. 214
Figura 44 – Detalhe tipo de intervenção medidas de acalmia ....................................................................................................................... 215

ÍNDICE DE TABELAS
Tabela 1 – Estratégia proposta para o PMTCS................................................................................................................................................ 15
Tabela 2 – Objetivo Estruturante A: Equilíbrio Territorial................................................................................................................................. 17
Tabela 3 – Objetivo Estruturante B: Mobilidade Sustentável .......................................................................................................................... 33
Tabela 4 – População servida e não servida por uma paragem de TCR a 400 na HPM, por lugar ............................................................. 42
Tabela 5 – Objetivo Estruturante C: Acessibilidade ......................................................................................................................................... 62
Tabela 6 - Tipologias de cicloparques (Fonte: Essentials of Bike Parking – Selecting and installing bicycle parking that works, 2015) .... 81
Tabela 7 – Número mínimo de lugares a considerar no planeamento de estacionamento para bicicletas privadas (Fonte: Adaptado de
https://www.vtpi.org/; TRENMO, 2019) ............................................................................................................................................................. 82
Tabela 8 – Objetivo Estruturante D: Intermodalidade ...................................................................................................................................... 84
Tabela 9 – Objetivo Estruturante E: Qualidade e segurança das deslocações.............................................................................................. 97
Tabela 10 – Localização do ponto negro e eixos de elevada sinistralidade no concelho do Seixal ........................................................... 106
Tabela 11 – Articulação territorial: PATMT Estado Central ........................................................................................................................... 153
Tabela 12 – Articulação territorial: PATMT Estado AML ............................................................................................................................... 154
Tabela 13 – Articulação territorial: PATMT Municípios Fronteiriços ............................................................................................................. 155
Tabela 14 – Articulação territorial: PATMT Municipal .................................................................................................................................... 159

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Tabela 15 – Articulação territorial: PALMT Corroios ...................................................................................................................................... 161
Tabela 16 – Articulação territorial: PALMT Foros da Amora ......................................................................................................................... 164
Tabela 17 – Articulação territorial: PALMT Fogueteiro .................................................................................................................................. 167
Tabela 18 – Articulação territorial: PALMT Seixal .......................................................................................................................................... 169
Tabela 19 – Articulação territorial: PALMT Coina .......................................................................................................................................... 170
Tabela 20 – Articulação territorial: PALMT Aldeia de Paio Pires .................................................................................................................. 171
Tabela 21 – Articulação territorial: PALMT Arrentela ..................................................................................................................................... 172
Tabela 22 – Articulação territorial: PALMT Amora ......................................................................................................................................... 173
Tabela 23 – Articulação territorial: PALMT Fernão Ferro .............................................................................................................................. 174
Tabela 24 – Estimativa geral de investimento ................................................................................................................................................ 176
Tabela 25 – Estimativa de investimento: A. Equilíbrio Territorial .................................................................................................................. 177
Tabela 26 – Estimativa de investimento: B. Mobilidade Sustentável ............................................................................................................ 179
Tabela 27 – Estimativa de investimento: C. Acessibilidade .......................................................................................................................... 180
Tabela 28 – Estimativa de investimento: D. Intermodalidade........................................................................................................................ 181
Tabela 29 – Estimativa de investimento: E. Qualidade e Segurança Rodoviária ........................................................................................ 182
Tabela 30 – Parcerias e prioridades – A. Equilíbrio Territorial ...................................................................................................................... 187
Tabela 31 – Parcerias e prioridades – B. Mobilidade Sustentável ................................................................................................................ 188
Tabela 32 – Parcerias e prioridades – C. Acessibilidade .............................................................................................................................. 189
Tabela 33 – Parcerias e prioridades – D. Intermodalidade ........................................................................................................................... 190
Tabela 34 – Parcerias e prioridades – E. Qualidade e Segurança das deslocações .................................................................................. 191
Tabela 35 – Indicadores de realização e resultado do grupo A .................................................................................................................... 195
Tabela 36 – Indicadores de realização e resultado do grupo B .................................................................................................................... 196
Tabela 37 – Indicadores de realização e resultado do grupo C .................................................................................................................... 197
Tabela 38 - Indicadores de realização e resultado do grupo D ..................................................................................................................... 199
Tabela 39 – Indicadores de realização e resultado do grupo E .................................................................................................................... 200
Tabela 40 – Indicadores de realização e resultado por área temática ......................................................................................................... 201
Tabela 41 – Caraterísticas dos indicadores de realização e resultado ......................................................................................................... 203
Tabela 42 – Ganhos estimados com o tempo médio das deslocações ........................................................................................................ 206
Tabela 43 - Metas para 2024 e 2030 .............................................................................................................................................................. 210
Tabela 44 - Contributo de cada ação para a meta da repartição modal e da sinistralidade rodoviária ...................................................... 210

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01. INTRODUÇÃO
O presente documento corresponde ao final da terceira e última fase de trabalho do acordo de colaboração por parte da
TRENMO Engenharia, S.A. (doravante designada por TRENMO), para o Plano de Mobilidade e Transportes do concelho do
Seixal (doravante designado por PMTCS).

Este documento corresponde ao terceiro relatório, de um total de três, relativo ao Plano de Mobilidade e Transportes, em que
o objetivo fundamental é a operacionalização da estratégia de mobilidade definida para o concelho do Seixal através da
materialização de um Plano de Ação.

A mobilidade em meio urbano apresenta um carácter muito complexo, uma vez que compreende a integração dos diversos
grupos de interesse e suas expectativas em relação ao sistema de transportes e mobilidade. Este tem que garantir uma
relação adequada entre a oferta e a procura, e ao mesmo tempo, elevados padrões de desenvolvimento sustentável para
todas as áreas.

Esta fase é por isso determinante visto que corresponde à materialização operacional da estratégia de mobilidade,
consolidada através do desenvolvimento de um conjunto articulado de propostas, definindo os instrumentos e programas de
ação. Estas propostas estruturam-se a partir da estratégia de atuação desenvolvida na fase anterior. Emergindo diretamente
das propostas desenvolvidas, enquanto instrumentos de ação, são detalhadas no Capítulo 4 um conjunto de Fichas de Ação,
onde são identificadas as principais questões associadas à operacionalização de cada medida, nomeadamente articulação
territorial, programa de intervenção e investimento.

Com base num conjunto articulado de propostas que visam dar resposta às debilidades e fragilidades detetadas no
diagnóstico ao sistema de mobilidade e em alinhamento com as orientações estratégicas vertidas nos diversos documentos
orientadores foram estruturados um conjunto de Planos de Ação. Estes planos serão divididos em duas tipologias,
nomeadamente: Plano de Ação Territorial de Mobilidade e Transportes (PATMT) e Plano de Ação Local de Mobilidade e
Transportes (PALMT).

O PATMT pretende traduzir a vertente operacional intermunicipal (ou mesmo sub-regional) do Plano, na qual foram definidas
e programadas as medidas e ações estruturantes, com incidência em mais do que um município. Assim, este plano tem como
objetivo a concertação dos interesses municipais, fomentando sinergias de carácter operacional favoráveis ao
desenvolvimento de um sistema de mobilidade e transportes mais sustentável e funcional, pelo que teve em consideração
os resultados do PMTI particularmente nas ações com incidência no Concelho do Seixal. O PATMT foi articulado com a
Estratégia que foi anteriormente definida, assente no Conceito Multimodal das Deslocações.

O PALMT, mais focado na vertente operacional local, organiza-se em torno das áreas de intervenção propostas. Procurou-
se articular o conjunto de propostas em cada local num todo, no sentido de identificar sinergias e reforçar os efeitos. A
organização das áreas de intervenção teve por base uma perspetiva abrangente do território, no sentido de identificar as
principais interdependências em termos do sistema de mobilidade. Em cada uma destas macro áreas foi identificada a zona
(ou zonas) de intervenção prioritária, onde a atuação sobre o sistema de mobilidade apresenta efeitos sistémicos mais
robustos.

Para cada Plano de Ação foi desenvolvido um programa de intervenção e investimento, descrevendo os seguintes elementos:

 A identificação das ações necessárias,


 O faseamento e priorização,
 Estimativas de custos de implementação (sempre que possível),
 Contributo específico estimado para os indicadores de realização e resultado (sempre que mensuráveis).

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A par disso, e com vista ao acompanhamento do cumprimento da execução das medidas e intervenções programadas, foram
desenvolvidos conjuntos de indicadores que quantificam a concretização dessas mesmas, em termos de resultados, impactos
e objetivos atingidos.

01.1. METODOLOGIA E ESTRUTURA DO DOCUMENTO


A metodologia adotada incorpora, entre outros aspetos, as linhas de orientação nacionais e europeias respeitantes às boas
práticas na área da mobilidade. Desta forma, a finalização do estudo dá-se com a Fase 3, relativa ao Plano de Ação.

Construção de
Caraterização Cenários e
FASE 1 FASE 2 FASE 3 Plano de Ação
e Diagnóstico Definição da
Estratégia

Figura 1 – Faseamento do PMTCS

O presente relatório está organizado em 4 capítulos que estruturam o Plano de Ação, para além do presente capítulo de
introdução e do capítulo final relativo às conclusões:

 Capítulo 02: estabelece a forma como o conjunto de propostas se articulam territorialmente, seja a uma escala
macro, nos PATMT, seja numa escala local, nos PALMT;

 Capítulo 03: com base na estratégia de atuação definida na fase anterior são identificadas um conjunto de propostas
que pretendem dar resposta aos problemas e prioridades identificados ao longo da fase de diagnóstico;

 Capítulo 04: onde as propostas desenvolvidas no Capítulo 03 são articuladas espacialmente, assegurando o reforço
mutuo e a coerência global do Plano;

 Capítulo 05: neste ponto é detalhado o plano de monitorização essencial para acompanhar a execução do Plano de
Ação, estabelecendo um conjunto de indicadores e metas que permitem avaliar a implementação das propostas e
os impactos resultantes da materialização do PMTCS.

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02. ARTICULAÇÃO DAS PROPOSTAS
O presente PMTCS surge assim enquadrado por orientações estratégicas vertidas em diversos documentos, tanto da
Comissão Europeia (“Livro Verde – Por uma nova cultura de mobilidade urbana”) como da Administração Central, de âmbito
nacional, nomeadamente o Programa Nacional da Politica de Ordenamento do Território (PNPOT), o Plano Estratégico de
Transportes e Infraestruturas (PETI3+), a Estratégia Europeia de Desenvolvimento Sustentável (ENDS) e respetivo Plano de
Implementação. No âmbito regional foram considerados os seguintes documentos: o Plano Estratégico da Região de Lisboa,
Oeste e Vale do Tejo (PERLOVT), Plano Regional de Ordenamento do Território da Área Metropolitana de Lisboa
(PROTAML), Plano Estratégico para o Desenvolvimento da Península de Setúbal (PEDEPES), Plano Intermunicipal de
Ordenamento do Território da Área de Coina (PIOTAC) e Estratégia de Acessibilidades e Transportes para a Península de
Setúbal (ECEATPS). Por fim, importa referir no âmbito intermunicipal, o Plano de Mobilidade e Transportes Intermunicipal da
Margem Sul do Tejo (PMTI) e no âmbito local Plano Director Municipal do Seixal (PDM). O PMTCS constitui uma oportunidade
para desde o nível estratégico ao operacional, e garantindo uma estreita relação com o ordenamento do território e o
urbanismo, equacionar novas formas de organização e gestão da mobilidade.

A sustentabilidade dos sistemas de transportes assenta numa profunda mudança na forma como nos deslocamos impondo-
se medidas de promoção das opções modais mais sustentáveis concorrendo para uma diminuição do uso do transporte
individual. A componente logística, encarada a dois níveis – urbana e industrial – deve, tanto quanto possível, ser regulada
no sentido de reduzir o impacto sobre o território e no sistema de mobilidade.

Esta visão permite a operacionalização dos compromissos do Município do Seixal subscritos com as adesões à Rede
Europeia e Portuguesa das Cidades Saudáveis, à Agenda XXI e ao Pacto de Autarcas, bem como com o Plano Nacional de
Ação para a Eficiência Energética (PNAEE).

Na articulação entre planos e estratégias, nomeadamente ao nível do planeamento do território, o PMTCS articula-se com o
PDM e visa valorizar a componente estratégica do desenvolvimento local, refletindo-a no planeamento do território, através
da articulação de políticas sectoriais a partir do sistema de mobilidade e transportes.

O PDM é constituído por 4 Eixos Estruturantes num total de 7 objetivos estratégicos:

1 - Reestruturação do espaço urbano e consolidação do sistema de mobilidade e transportes:


 Reequilíbrio da rede urbana;
 Requalificação urbanística - reconversão e regeneração urbanas;
 Articulação e enquadramento de todas as componentes do sistema de mobilidade e transportes.
2 - Desenvolvimento económico sustentável:
 Diversificação e reforço da base económica.
3 - Proteção do espaço natural e valorização ambiental:
 Preservação e valorização da Estrutura Ecológica Municipal;
 Gestão eficiente dos recursos naturais.
4 - Promoção da equidade e da coesão social:
 Desenvolvimento de uma sociedade urbana sustentável.

Pese embora o PMTCS se enquadre no eixo estruturante da consolidação do sistema de mobilidade e transportes, este
concorre diretamente para todos os objetivos pela sua capacidade de contribuir para o equilíbrio de todo o sistema territorial.

O presente trabalho articula um conjunto de ações necessárias à persecução dos objetivos do PMTCS. Estas ações,
estruturadas a partir da estratégia delineada na fase anterior constituem os PALMT. Numa escala territorial local, e cruzando
o conjunto de ações com aplicabilidade nessa área foram desenvolvidos um conjunto de PALMTs.

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De realçar que aquando da elaboração futura das propostas esta deverá ser feita de forma interativa, de forma a garantir a
coerência de todas as ações, numa ótica integrada. O espaço público é o denominador comum a todas as intervenções
relativas aos diferentes modos de transporte e a matriz que as suporta, pelo que estas intervenções devem adaptar-se ao
meio onde se inserem e respeitar o carácter e identidade dos locais.

Importa resumir a aplicabilidade territorial de cada uma destas ações na forma como se articulam ao nível dos PATMT e dos
PALMT e a sua contribuição para os objetivos definidos.

02.1. PATMT E PALMT


O PATMT pretende traduzir a vertente operacional macro do Plano, na qual foram definidas e programadas as medidas e
ações estruturantes, com incidência nunca inferior à escala do município. Esta estruturação tem como objetivo a concertação
dos interesses municipais, fomentando sinergias de carácter operacional favoráveis ao desenvolvimento de um sistema de
mobilidade e transportes mais sustentável e funcional. Os PALMT definem à escala local a estratégia global definida para o
concelho do Seixal articulando-se com os PATMT que têm inserção nos territórios locais.

Os PALMT, mais focados na vertente operacional local, organizam-se em torno das áreas de intervenção prioritária
propostas. Procurou-se articular o conjunto de propostas em cada local num todo, no sentido de identificar sinergias e reforçar
os efeitos.

A organização das áreas de intervenção prioritária teve por base uma perspetiva abrangente do território, no sentido de
identificar as principais interdependências em termos do sistema de mobilidade. É nestas áreas que a atuação sobre o
sistema de mobilidade apresenta efeitos sistémicos mais robustos.

As zonas de intervenção prioritária identificadas organizam-se em três grupos:

 Interfaces: Corroios (que inclui o Interface da Casa do Povo), Foras da Amora, Fogueteiro e Seixal;
 Núcleos históricos: Aldeia de Paio Pires, Amora e Arrentela;
 Áreas territoriais identitárias: Fernão Ferro.

De notar que, pela especificidade do contexto em que se insere, o Interface de Coina foi considerado ao nível dos PALMT,
apesar da sua implementação depender da articulação com o concelho do Barreiro e de Sesimbra.

02.2. ÁREAS DE INTERVENÇÃO PRIORITÁRIA


A definição das áreas de intervenção prioritária tem por base uma perspetiva abrangente do território e dos sistemas de
mobilidade, no sentido de identificar as principais interdependências e as zonas onde a intervenção no âmbito da mobilidade
se considera mais profícua. As zonas selecionadas coincidem com a área de influência dos principais interfaces de transporte,
com os núcleos históricos ou com áreas territoriais identitárias.

Os interfaces constituem-se como nós do sistema de mobilidade, onde se articulam diferentes redes de transporte. A
eficiência das cadeias de mobilidade e a competitividade dos modos sustentáveis face ao transporte individual encontram-
se muito dependentes da organização da área do interface. Desta forma, a melhoria das condições de circulação e
rebatimento entre as diferentes opções modais será trabalhada detalhadamente nestas áreas.

Os núcleos históricos do Seixal constituem territórios de exceção com um tecido urbano de génese antiga estruturado em
ruas de perfil reduzido. Ao nível da mobilidade estas áreas têm dificuldade em compatibilizar as exigências ao nível do espaço
canal que o automóvel veio introduzir, quer em circulação quer quando está estacionado, constituindo gargalos na rede viária.
Em paralelo, face à exiguidade dos perfis, a qualidade da estrutura pedonal também se encontra muitas vezes comprometida,

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com passeios estreitos, descontínuos ou inexistentes. No entanto, estas áreas possuem características que permitem
recuperar a vivência do espaço público assente na mobilidade pedonal e na redução da prevalência do automóvel.

Por fim, destacam-se outras áreas territoriais identitárias com características que justificam a sua valorização enquanto
centralidades locais, constituindo-se como resposta às solicitações quotidianas e reduzindo a necessidade de deslocações
para fora destes núcleos.

02.2.1. Interfaces
Os interfaces de transporte constituem nós fundamentais na articulação entre os diferentes subsistemas de mobilidade.
Enquanto elementos centrais no sistema de transportes importa garantir complementaridade e soluções em cadeia, visando
a articulação e conexão entre diferentes modos de transporte, orientadas para o aumento da lógica de funcionamento em
rede.
Deve assim ser dado aos interfaces papel de destaque nas propostas de intervenção, tanto do ponto de vista espacial como
funcional, cruzando-se aí diversas opções e medidas relevantes no domínio dos TP, dos modos suaves (pedonal e ciclável),
da rede viária, do estacionamento e da informação ao público.
A qualidade dos interfaces faz-se em função da sua integração no aglomerado urbano e qualidade da sua área de influência,
da diversidade de modos de transporte presentes e respetivo nível da oferta disponibilizado, nível de integração dos interfaces
nas redes pedonais e cicláveis, e respetivos equipamentos de apoio, fluxo de passageiros transportados, ligações à rede
viária e existência de parques de estacionamento.
Os interfaces têm uma função importante no sistema de mobilidade, mas também transversal ao mesmo. Desta forma
integram um conjunto de boas práticas ao nível do transporte rodoviário para a melhoria da qualidade do ar, identificadas na
Carta de Qualidade do Ar, destacando-se pelo papel fundamental no plano local de transportes e mobilidade as seguintes:

 Definição e implementação de um sistema integrado de mobilidade, dando prioridade ao transporte público e aos
modos suaves;
 Melhoria da intermodalidade, apostando nos interfaces e priorizando as ligações às zonas periféricas.

No município do Seixal as áreas envolventes aos interfaces estruturantes – Corroios, Foros da Amora, Fogueteiro e Seixal –
são consideradas prioritárias já que é nestes locais que a compatibilização entre as diferentes redes de mobilidade é mais
crucial no funcionamento do sistema de mobilidade. É nestas áreas que se concentram a maioria das transferências modais
e, por isso, se concentram os problemas mas também as oportunidades de melhorar o sistema de transportes.

As áreas definidas não se limitam à envolvente imediata dos interfaces mas consideram os contínuos urbanos mais
relevantes e com maior interdependência face à atratividade exercida pelo interface.

Em relação ao interface de Coina e apesar da área de intervenção prioritária cruzar três municípios, considerou-se pertinente
a organização das propostas num PALMT.

A um nível local, que corresponderá à escala de ação dos PALMT, foram definidas um conjunto de medidas, ao nível de cada
interface em específico, que permitem melhorar as condições de transbordo entre modos de transporte, otimizando o
relacionamento entre as diferentes opções modais, contribuindo para uma melhor coordenação do transporte público com
outros modos.

De uma forma geral foram detetadas algumas debilidades na integração com outros modos, nomeadamente:
 Em termos de acessibilidade pedonal, identificaram-se algumas ligações em falta ou dificultadas pela presença de
estacionamento ilegal;

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 Em termos de acessibilidade ciclável, a infraestrutura existente não serve estes relevantes geradores, pelo que
estas que se consideram prioritárias face ao conjunto das ciclovias previstas;
 Em relação ao TCR, a nova rede a concurso veio dar resposta a grande parte dos problemas existentes, com o
reforço do serviço aos interfaces. No entanto, e todos os interfaces existem carreiras que realizam serviço sobre
paragens na envolvente imediata e a partir das quais importa garantir acesso pedonal. Destaca-se o caso do
Fogueteiro com paragens dentro do nó rodoviário, colocando problemas de segurança rodoviária;
 Em relação ao sistema viário a infraestrutura existente não está equilibrada e corretamente dimensionada para dar
resposta à pressão exercida sobre estes elementos do sistema, pelo que se consideram fundamentais algumas
intervenções como a correta hierarquização ou o fecho da rede viária;
 Em termos de estacionamento, e apesar de todos os interfaces possuírem parques de estacionamento próprios,
verificou-se a pressão sobre as áreas envolventes, tanto com estacionamento ilegal como na dificuldade de
compatibilização com outros usos (residencial e comércio e serviços).

No âmbito do reforço da intermodalidade devem ser asseguradas as necessárias condições de conforto e segurança no
transbordo entre modos e a integração urbana destas infraestruturas, uma vez que a qualificação da inserção dos interfaces
no tecido urbano contribui para a atratividade do TP, através da melhoria do rebatimento dos modos suaves. As medidas a
implementar estarão associadas à melhoria das condições ao nível de:

 Acessibilidade rodoviária externa aos interfaces;


 Acessibilidade física interna, principalmente no que concerne à minimização de distâncias entre o acesso a
diferentes modos de transporte, a eliminação de obstáculos perturbadores da transferência e a criação de condições
favoráveis a pessoas de mobilidade reduzida;
 Acessibilidade ao sistema, no que respeita a comunicação, informação ao público, bilhética e apoio ao cliente;
 Coordenação dos horários dos serviços dos diferentes modos, assegurando tempos de espera curtos no transbordo
(a articular com a AML);
 Serviços de apoio disponibilizados no interface;
 Sensibilização para os modos suaves.
As propostas individualizadas detalham-se no Subcapítulo 03.2 e procuram dar resposta aos problemas identificados,
apresentando soluções concretas para cada um dos interfaces, nomeadamente ao nível da integração urbana, acessibilidade
em modos suaves e áreas de estacionamento.
Ao nível da integração urbana e acessibilidade em modos suaves propõe-se a requalificação do espaço urbano através da
reformulação da rede pedonal na envolvente aos interfaces, num raio de 800 metros, ou seja, correspondendo a uma
deslocação a pé de 10 minutos, que se alarga até um raio de 1 500 metros para a estruturação de outros modos, onde se
inclui a rede ciclável estruturante.
As propostas locais que se consideram estruturantes prendem-se com a requalificação do espaço público na área envolvente
ao interface, assim como a promoção da requalificação dos principais eixos da rede pedonal e ciclável, nomeadamente:
 Intervenção nos principais percursos de ligação entre os interfaces e os espaços envolventes residenciais;
 Reperfilamento de ruas para redução das faixas de rodagem;
 Alargamento dos passeios;
 Relocalização de atravessamentos pedonais;
 Melhoria da acessibilidade removendo obstáculos e qualificando os percursos existentes;
 Execução de novos percursos para fecho da malha existente (espaço urbano e não urbano);
 Arborização de percursos, visando o conforto urbano;
 Melhoria da segurança das deslocações (resultante da qualificação do espaço);
 Ordenamento do estacionamento e reforço da fiscalização do estacionamento ilegal;

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 Introdução de medidas de acalmia de tráfego.

02.2.2. Núcleos históricos


O concelho do Seixal abrange duas cidades, Seixal e Amora, com esse estatuto desde 1993, tendo Corroios subido à
categoria de vila no mesmo ano. Como núcleos urbanos antigos estão identificados, em sede de PDM, os aglomerados do
Seixal, de Arrentela, de Amora (de Cima e de Baixo) e de Aldeia de Paio Pires. Segundo o n.º 1 e n.º 2 do Artigo 57.ª do
Regulamento do PDM do Seixal1, em cada núcleo urbano antigo encontra-se definida uma área de influência imediata, com
150 metros contados a partir dos limites de cada núcleo, com o objetivo de estabelecer a adequada transição entre a antiga
e as novas malhas urbanas. Estas áreas de influência serão consideradas como faixas de proteção, e os projetos de
construção apresentados para essas zonas deverão contribuir para o equilíbrio da paisagem envolvente dos núcleos urbanos
antigos, nomeadamente através da ocupação funcional a propor.

A heterogeneidade da malha urbana e os fluxos rodoviários ao longo do território do Seixal recomendam o desenvolvimento
de um plano de ação local dos núcleos históricos – Seixal, Arrentela, Paio Pires e Amora -, onde se determine a forma de
circulação, otimizando as várias vertentes como a circulação rodoviária, transporte público, estacionamento e modos suaves,
e ainda a sua conectividade e integração com os principais pontos geradores locais.
Em termos de qualificação o município tem vindo a realizar alguns investimentos, dos quais se destacam a requalificação do
passeio ribeirinho e do núcleo histórico do Seixal.
Pretende-se que os PALMT dos núcleos históricos permitam um novo conceito de reordenamento do sistema de mobilidade
local nos núcleos de malha mais fina e frágil, associado a uma ação combinada sobre as várias redes de mobilidade que aí
se cruzam, à semelhança da intervenção já implementada no núcleo do Seixal.
O PMTCS, mas os PALMT de um modo particular, integram um conjunto de boas práticas ao nível do transporte rodoviário
para a melhoria da qualidade do ar, que derivam da Carta de Qualidade do Ar, nomeadamente:

 Na gestão do tráfego - definição de zonas 30 em áreas residenciais, na proximidade de escolas e zonas


comerciais;
 No plano local de transportes e mobilidade - definição e implementação de um sistema integrado de mobilidade,
dando prioridade ao transporte público e aos modos suaves, em estreita articulação com o anterior; melhorar a
intermodalidade, apostando nos interfaces e priorizando as ligações às zonas periféricas; varrimento e lavagem
das ruas com maior volume de tráfego; renovação da frota de veículos de transporte público que operam no
concelho; instalação de postos de carregamento de veículos elétricos.

Para alimentar a dinâmica urbana que se pretende incentivar é fundamental garantir melhor acessibilidade nos núcleos
urbanos, sendo premente assegurar a integração nas várias redes de mobilidade.

Para tal é necessário estabelecer normas de condicionamento do trânsito na área que permitam usufruir plenamente dos
benefícios e potencialidades resultantes de uma utilização do espaço público com recurso aos modos suaves.

Tal só é possível se implementadas regras de utilização diferenciada - circulação condicionada (arruamentos de trânsito
partilhado, arruamentos de trânsito condicionado, ou mesmo arruamentos de trânsito interdito), revisão dos sentidos de
circulação, regras de estacionamento e cargas e descargas e a sua fiscalização. Desta forma, a reafectação do espaço canal

1 Revisão do Regulamento do Plano Diretor Municipal do Seixal (com correção material), maio 2018

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em favor de opções de mobilidade mais sustentáveis tem de ser acompanhada pela garantia de acesso por parte do
automóvel e provisão de locais de estacionamento adequados às atividades presentes no local.
A recomendação incide inclusive no condicionamento da circulação e estacionamento nas núcleos históricos, que pode em
alguns casos assentar na circulação num esquema de sentidos únicos.
Os movimentos viários nestes núcleos devem coincidir com movimentos locais e zonas residenciais, desviando o tráfego de
atravessamento e, sendo possível, através da introdução de um limite de velocidade de 30 Km/h, ou a partilha de canal pelos
diversos modos. As propostas incidem na concretização de áreas de coexistência que privilegiem a circulação pedonal e
desta forma desincentivem a utilização dos arruamentos por parte de outros utilizadores.
Com efeito, a permissão da utilização de uma área com prioridade ao peão por parte de alguns veículos, em alguns
arruamentos, embora a velocidades muito reduzidas e em ambiente de partilha, possibilita uma nova dinâmica a estas áreas.
Importa igualmente perceber como é que a partir destes núcleos se acede às “portas” de entrada e saída do núcleo urbano.
Com estas propostas pretende-se dar continuidade à rede pedonal e contribuir para a revitalização destes núcleos no
enquadramento da estratégia municipal.
De um modo geral as propostas para estas áreas organizam-se, segundo a tipologia de malha, em:
 Malha fina: pedonalização e condicionamento da circulação automóvel e estacionamento, apenas facultada a
residentes e comerciantes. Para além destes deverá permitir-se a circulação de veículos de recolha de RSU,
veículos de emergência e veículos de forças de segurança pública e municipais.
 Malha intermédia: Criação de zona de coexistência ou zonas 30, procurando assim reduzir as velocidades
praticadas e dar prioridade aos peões (ainda que não se registem níveis de tráfego de atravessamento
significativos).

02.2.3. Áreas territoriais identitárias


No concelho do Seixal, Fernão Ferro destaca-se pela capacidade de se constituir enquanto núcleo identitário local, com
características que o vocacionam para estruturar o território envolvente. A área de Fernão Ferro, pelo seu posicionamento
no concelho do Seixal e pela forma como se relaciona com as áreas envolventes, constitui um território de oportunidade,
assente na possibilidade de reforçar o seu papel de centralidade local.
A multifuncionalidade territorial tem a capacidade de diminuir a necessidade de deslocações pela proximidade da oferta de
comércio e serviços. Em áreas de baixa densidade, como é o caso de Fernão Ferro, a autarquia deve favorecer o
aparecimento de comércio local e serviços de proximidade.

O conceito de coesão e de integração territorial pressupõe a criação e promoção em Fernão Ferro de dinâmicas próprias, de
modo a que se possa afirmar como nova centralidade urbana, passível de se manifestar no restante espaço urbano concelhio.
Para tal é fundamental ao nível do sistema de transportes favorecer a acessibilidade a este aglomerado, o que implica, para
além do planeamento e da programação, que não se esgota nos serviços de proximidade, assegurar as ligações viárias ou
cicláveis e os transporte públicos mais adequados para viabilizar tal escala.
No entanto, a afirmação de Fernão Ferro passará ainda e em grande medida por revalorizar os seus fatores de identidade e
clarificar novos fatores de atratividade, contribuindo para inverter a perceção de território periférico, fortemente estigmatizante
e desmobilizadora do investimento de novos atores económicos, com capacidade para a criação de valor, a geração de
emprego e a distribuição de rendimentos.
A proposta que se apresenta pretende criar uma nova centralidade qualificando o espaço público, sob a premissa de
priorização do peão, aumentando as áreas que lhe são dedicadas e apostando em elementos de valorização da circulação
e estadia de peões.

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Em paralelo importa definir um conjunto de medidas ao nível da rede viária com vista a aumentar a segurança rodoviária. A
estrutura urbana, pautada por extensos arruamentos retilíneos origina velocidades de circulação excessivas, com problemas
prementes sobre as intersecções. Por outro lado, a organização do tecido urbano dificulta a hierarquização viária e a
orientação neste conjunto, particularmente nos eixos norte-sul, recomendando-se medidas de hierarquização e diferenciação
de comportamentos de utilização.
Como tal, apresenta-se um conjunto de propostas que visam a alteração do ambiente de circulação rodoviária e que passam
pela adoção de medidas de acalmia de tráfego em alguns eixos, designadamente a criação de “Zonas 30”, privilegiando os
modos suaves e desincentivando o tráfego rodoviário de atravessamento, assim como a sua velocidade de circulação.
A criação da zona 30, que deverá contemplar a concretização das seguintes medidas:
 Regulamentação e introdução de sinalização vertical de zona 30;
 Diferenciação da cor e material do pavimento e colocação de medidas de acalmia de tráfego junto aos principais
atravessamentos pedonais;
 Alargamento dos passeios e relocalização de passadeiras;
 Melhoria da sinalização rodoviária e reconfiguração de cruzamentos;
 Reordenamento do estacionamento.

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03. PROPOSTAS - INSTRUMENTOS DE AÇÃO
O presente capítulo articula um conjunto de propostas, tendo por base a Estratégia desenvolvida ao longo da fase anterior,
a partir dos problemas e prioridades identificados no Diagnóstico. Estas propostas constituem o volume operacional do
PMTCS, permitindo implementar, de forma progressiva, a visão estratégica definida anteriormente.

As propostas definidas decorrem diretamente da Estratégia de Mobilidade para o PMTCS e apresentam incidências territoriais
distintas, tanto supramunicipais como locais. No próximo capítulo estas serão diferenciadas entre os PATMT e os PALMT.

Assim apresentam-se de seguida, em linhas gerais, o tipo de medidas e ações de intervenção que se podem adotar para
alcançar uma melhor integração de todos os agentes do sistema de transportes e mobilidade.

A estruturação dos instrumentos de ação parte dos objetivos estruturantes para a organização de um conjunto de linhas
de atuação que depois dão origem às medidas.

Ao longo da fase anterior foi desenvolvida uma estratégia de intervenção assente em cinco objetivos estruturantes que em
conjunto concorrem para uma mobilidade mais sustentável, territorialmente equilibrada e equitativa (ver Tabela 1).

OBJETIVOS ESTRUTURANTES LINHAS DE ATUAÇÃO


A. Equilíbrio Territorial - Contribuir para o A.1 Reforçar o papel do planeamento na melhoria do sistema de transportes
equilíbrio territorial, dentro do município e no
contexto regional, proporcionando condições ao A.2 Promover a integração dos sistemas urbanos
desenvolvimento de fluxos e oportunidades
equitativas A.3 Diversificar a economia local e promover a atratividade do município
B.1. Promover a competitividade e a equidade territorial do Seixal no contexto
regional e da AML
B. Mobilidade sustentável - Contribuir para uma B.2 Promover a integração e qualificação do TP
mobilidade mais atrativa em TC e em modos
suaves B.3 Implementar medidas de gestão da mobilidade
B.4 Aumentar a sustentabilidade das atividades logísticas
C.1 Qualificar a rede viária valorizando o TP
C. Acessibilidade - Contribuir para a melhoria das
condições de acessibilidade, com destaque à C.2 Fomentar a competitividade e eficiência do TP (integração física)
acessibilidade universal
C.3 Melhorar as redes pedonais e cicláveis
D.1 Assegurar a acessibilidade multimodal (integração de serviços)
D. Intermodalidade - Contribuir para a
acessibilidade multimodal nas deslocações casa- D.2 Implementar medidas de gestão de estacionamento
trabalho/escola valorizando o sistema de TC
D.3 Informação e divulgação do TP e promoção de soluções MaaS

E. Qualidade e Segurança das deslocações - E.1 Melhorar a qualidade do espaço público


Contribuir para a diminuição de sinistros e
E.2 Introduzir medidas de acalmia de tráfego
promover o sentimento de segurança nas
deslocações E.3 Intervir sobre os locais/pontos de conflito
Tabela 1 – Estratégia proposta para o PMTCS

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03.1. PATMT

A. EQUILÍBRIO TERRITORIAL
Objetivo estruturante: Contribuir para o equilíbrio territorial, dentro do município e no contexto regional, proporcionando
condições ao desenvolvimento de fluxos e oportunidades equitativas

Decorrente do cenário de crescimento urbano que se construiu em estreita ligação com Lisboa, tanto as conexões externas
com outros municípios (que não no eixo para Lisboa) como as ligações internas ao próprio município ficaram fragilizadas. É,
portanto, essencial recuperar o equilíbrio do sistema territorial.

Em alinhamento com a Estratégia Territorial plasmada no PMTI a autarquia do Seixal deve apostar no reforço da rede de
centralidades complementares, assentando num modelo policêntrico que reduza a dependência em relação a Lisboa. Neste
contexto o Arco Ribeirinho é constituído por um conjunto de núcleos urbanos que dependem da materialização de um sistema
de mobilidade para funcionarem em conjunto e se reforçarem mutuamente.

As opções estratégicas de maior relevância passam, portanto, pela revitalização e coesão urbana num contexto de
sustentabilidade económica, social e ambiental, associada a um conjunto de investimentos públicos previstos e outros
propostos no âmbito deste PMTCS, que dirijam e balizem investimentos privados enquadrados nos mesmos desígnios.

À escala do município, a preocupação centra-se com a equidade entre os vários territórios dentro do próprio concelho. O
diagnóstico afirma uma ocupação urbana descontínua e polinucleada, que se concretiza entre núcleos históricos identitários
e bolsas de habitação urbana indiferenciadas, e entre áreas urbanas de alta densidade e áreas de povoamento disperso
deficientemente infraestruturadas. É assim fundamental trabalhar na integração dos vários núcleos que organizam o território
concelhio, promovendo redes multimodais de conectividade.

Noutro vetor, na perspetiva da mobilidade sustentável e partindo da premissa que o transporte público é mais competitivo
em áreas de maior densidade - populacional e de atividades -, é essencial promover a qualidade e densificação urbana junto
a áreas bem providas de transporte. O Seixal beneficia de um serviço de transporte público excecional nos interfaces
ferroviários, justificando estratégias específicas de desenvolvimento territorial.

Por fim, o aumento da competitividade do próprio município à escala da AML depende da especialização funcional, reforçando
os fluxos de atração (fluxo inverso ao congestionamento do sistema), o que concorre para o equilíbrio do próprio sistema de
transportes. A especialização funcional pode partir da base da ocupação industrial que tem, tradicionalmente, uma forte
presença no município. No entanto, a evolução económica das últimas décadas levou à obsolescência e decadência de
muitas unidades. A alteração dos processos de produção e a especialização funcional podem imprimir uma nova dinâmica
nos movimentos de reorganização espacial das atividades e dos fluxos que as mesmas originam.

Promover a integração do planeamento de transportes com outros instrumentos de planeamento e gestão do território, resulta
numa relação dialética que permite que o sistema de transportes responda às especificidades de cada território, ao mesmo
tempo que o ordenamento promove estratégias de articulação e valorização do sistema.

Para a concretização deste objetivo estruturante foram identificadas três linhas de atuação, articulando um conjunto de
medidas, conforme a Tabela 2.

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LINHAS DE ATUAÇÃO MEDIDAS
A.1.1 Promover a densidade e a qualidade urbana junto aos interfaces
A.1| Reforçar o papel do planeamento na melhoria A.1.2 Promover a consolidação e densificação urbana do eixo Corroios-
do sistema de transportes Fogueteiro-Seixal
A.1.3 Incentivar o reforço de centralidades locais em áreas de baixa densidade
A.2.1 Estabelecer a ligação pedonal e ciclável na frente fluvial do Seixal
A.2.2 Implementar corredor verde paralelo à EN378
A.2| Promover a integração dos sistemas urbanos
A.2.3 Melhorar a "permeabilidade" das ligações na transposição de barreiras
como A2/ferrovia
A.3.1 Fomentar a especialização funcional e económica do território
A.3| Diversificar a economia local e promover a
atratividade do município A.3.2 Apostar na materialização de uma nova centralidade regional – o Novo
Hospital do Seixal
Tabela 2 – Objetivo Estruturante A: Equilíbrio Territorial

A.1| Reforçar o papel do planeamento na melhoria do sistema de transportes


No município, registou-se, simultaneamente, a dispersão dos residentes por todo o território, tendo conduzido, na prática, a
uma dispersão das zonas de residência e a uma concentração da atividade económica e do emprego. Consequência deste
modelo territorial o município vê sair a sua população durante o dia, particularmente para Lisboa, que concentra parte
substancial do emprego.

No conjunto da AML, destaca-se o Seixal, pela relevância das viagens externas ao município, o que diagnostica a relação
funcional de dependência com outros territórios. Num território onde cerca de 60% da população residente realiza diariamente
viagens, uma parte muito significativa estuda ou trabalha noutro município que não o Seixal (cerca de 49%).

O número absoluto de movimentos é bastante distinto entre freguesias. A população de Corroios, Amora e Arrentela que se
desloca para outro município representa mais de 80% do total de movimentos pendulares que, gerados no Seixal, têm outro
município como destino. São, também, estas as freguesias em que o número de movimentos internos é superior aos gerados
para outra freguesia do município, o que demonstra a concentração de atividade e a proximidade entre a residência e o local
de estudo ou trabalho.

Na perspetiva da mobilidade sustentável e partindo da premissa que o transporte público é mais competitivo em áreas de
maior densidade - populacional e de atividades -, é essencial promover a qualidade e densificação urbana junto a áreas bem
providas de transporte, assim como daquelas que sem densidade necessitam do serviço de transporte público para não
serem marginalizadas no seu desenvolvimento.

Os interfaces ferroviários no concelho do Seixal constituem-se como pontos excecionais na rede de transportes, pelo que do
ponto de vista do uso do solo devem conhecer uma estratégia diferenciada.

Neste sentido, a estratégia aproxima-se do conceito de Transit-Oriented Development (doravante designado por TOD)
enquanto conceito de planeamento que promove o uso mais eficiente do solo e dos padrões de mobilidade procurando fazer
coincidir territorialmente a diversidade de usos mistos com elevadas densidades e com a proximidade a estruturas de
transportes. Assim, e num contexto de transformação que se anuncia, é fundamental que a estratégia contribua para a
melhoria da situação existente face às dinâmicas de desenvolvimento instaladas e enquadradas pela revisão dos planos
diretores municipais. Com o desenvolvimento de políticas alinhadas com o TOD pretende-se estimular a utilização dos
transportes públicos, a diminuição do congestionamento e a promoção da deslocação pedonal, em claro alinhamento com
os princípios que orientam a mobilidade sustentável.

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Consecutivamente tem-se assistido a um desfasamento entre a localização de atividades com forte potencial de atração e
geração de viagens e as características do sistema de transportes. Esta tendência tem contribuído para o incremento da
complexidade da cadeia de viagens, e consequentemente para a utilização massiva do TI, com consequências significativas
na sustentabilidade, nos seus princípios económicos, sociais e ambientais.
A estratégia para a mobilidade deve potenciar sinergias entre o sistema de mobilidade e transportes e o ordenamento do
território, garantindo deste modo que as redes de transporte e mobilidade sejam elementos fundamentais nos processos de
definição dos usos do solo.
Com estas políticas pretende-se adequar a localização tanto de áreas residenciais, que se posicionam como origem da
viagem, como de atividades com forte potencial de atração e geração de viagens, que se posicionam como destino, às
características do sistema de transportes e assim contribuir para menores níveis de dependência do TI nas deslocações
induzidas pelas mesmas.
Tal premissa passa pela assunção, por parte do município, de uma atitude mais proactiva, programando as operações
privadas em função destas prioridades, condicionando as operações urbanísticas a soluções de conjunto e promovendo
parcerias entre privados e destes com a Câmara Municipal na concretização dos planos e estratégias definidas pelo
município.
No caso do Seixal constitui exemplo desta relação dialética a área de comércio do RioSul Shopping e a sua relação com o
interface do Fogueteiro.

A.1.1| Promover a densidade e a qualidade urbana junto aos interfaces


As áreas adjacentes aos interfaces concretizam-se como zonas privilegiadas de edificação e de atividades pela fácil
conectividade ao sistema de transporte pelo que a estratégia municipal deve ser de densificação/concentração e de
qualificação dos usos do solo nestes locais.
É importante priorizar a densificação de zonas onde já existem serviços de TP que permitem uma boa acessibilidade,
contribuindo para a redução das viagens motorizadas e para o recurso ao TI. Ou seja, é importante que se procure densificar
a ocupação de áreas disponíveis, gerando assim massa critica para a oferta regular de TP tanto como origem (áreas
residenciais) como destino (e.g. área de comércio, indústria e serviços).
Para a inversão desta tendência considera-se fundamental a definição de critérios, e consequentemente incentivos para a
localização de novos polos atractores/geradores de deslocações em estreita relação com o sistema de transportes, e em
particular com os interfaces, em detrimento de outras localizações sem serviço diferenciado de TP.

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Figura 2 – Densificação da envolvente dos interfaces

FICHA DE AÇÃO A.1.1.1 – DENSIFICAÇÃO DA ENVOLVENTE DOS INTERFACES

A.1.2| Promover a consolidação e densificação urbana do eixo Corroios-


Fogueteiro-Seixal
Para além da consolidação dos interfaces existentes no eixo Corroios – Fogueteiro – Seixal a aposta na densificação urbana
e de atividades ao longo deste eixo aumenta a competitividade do transporte público, consolidando a procura e justificando
a expansão do MTS.

Importa assim desenvolver desde já estratégias de densificação neste eixo, direcionando a concentração de atividades para
uma área que a prazo beneficiará de condições de mobilidade melhoradas. A potencialização da procura apresenta também
a virtuosidade de reforçar a importância estratégica da expansão do MTS e as mais-valias económicas resultantes.

O aumento da procura do mercado imobiliário tem-se feito sentir no concelho do Seixal, estando a surgir empreendimentos
de elevada qualidade de construção, não só em áreas próximas da Baía do Seixal, como é o caso da Quinta da Trindade,
como na proximidade de áreas mais naturalizadas, como são os casos dos empreendimentos da Quinta do Pinhão e do
Monteverde.

No Fogueteiro convergem um conjunto de redes fundamentais e estruturantes, rodo e ferroviárias, que lhe atribuem uma
importância singular, quer na estruturação dos movimentos do município como de toda a Península de Setúbal. Importância
que pode ainda ser reforçada com a execução das próximas fases do MTS.

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Figura 3 – Consolidação urbana do Corredor Corroios-Fogueteiro-Seixal

FICHA DE AÇÃO A.1.2.1 – CONSOLIDAÇÃO URBANA DO CORREDOR CORROIOS-FOGUETEIRO-SEIXAL

A.1.3| Incentivar o reforço de centralidades locais em áreas de baixa


densidade
A multifuncionalidade territorial tem a capacidade de diminuir a necessidade de deslocações pela proximidade da oferta de
serviços.

Em áreas de baixa densidade, como é o caso de Fernão Ferro, a autarquia deve favorecer o aparecimento de comércio local
e serviços de proximidade.

O conceito de coesão e de integração territorial pressupõe a criação e promoção em Fernão Ferro de dinâmicas próprias,
de modo a que se possa afirmar como nova centralidade urbana, passível de se evidenciar no restante espaço urbano
concelhio.
Para tal é fundamental ao nível do sistema de transportes favorecer a acessibilidade a este aglomerado, o que implica, para
além do planeamento e da programação, que não se esgota nos serviços de proximidade, assegurar as ligações viárias ou
cicláveis e os transporte públicos mais adequados para viabilizar tal escala.
No entanto, a afirmação de Fernão Ferro passará ainda e em grande medida por revalorizar os seus fatores de identidade e
clarificar novos fatores de atratividade, contribuindo para inverter a perceção de periferia, fortemente estigmatizante e
desmobilizadora do investimento de novos atores económicos, com capacidade para a criação de valor, a geração de
emprego e a distribuição de rendimentos.

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Figura 4 – Reforço de centralidades locais em Fernão Ferro

FICHA DE AÇÃO A.1.3.1 – REFORÇO DE CENTRALIDADES LOCAIS EM FERNÃO FERRO

A.2| Promover a integração dos sistemas urbanos


O município do Seixal tem vindo a assumir grande centralidade, quer na Península de Setúbal, quer na Área Metropolitana
de Lisboa, em termos empresariais e populacionais, posicionamento facultado pela ligação privilegiada a Lisboa,
demonstrando capacidade atrativa e de fixação da população.

As infraestruturas de transportes estruturam e diferenciam o território. No caso do Seixal, o eixo rodoferroviário coincide com
uma clara diferenciação entre as áreas mais densas a noroeste e as áreas menos densas a sudoeste. Importa reconhecer
as especificidades de cada território concorrendo para uma utilização mais racional dos recursos, assente em processos de
densificação e concentração das atividades.

A área a noroeste do eixo rodoferroviário apresenta vários aglomerados populacionais de elevada densidade populacional e
é nesta área onde se encontram as principais indústrias do concelho. O processo de densificação urbana que ocorreu no
sentido poente-nascente – Corroios, Amora e Arrentela –, evidencia-se mais recentemente em Aldeia de Paio Pires e Fernão
Ferro. Esta dinâmica é visível também no sentido norte-sul, uma vez que os núcleos históricos e os aglomerados mais antigos
se situam a norte, enquanto a sul do eixo rodoferroviário se localizam os aglomerados mais recentes.

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O crescimento demográfico que ainda se verifica deve-se a fatores relacionados, entre outros, com a localização geográfica
relativamente a Lisboa e a melhoria da acessibilidade e da mobilidade, principalmente ao nível dos transportes públicos,
assim como à fixação da indústria e também, à necessidade de habitação a preços mais acessíveis.

O primeiro vetor, e naquele em que o município pode ser mais autónomo e pró-ativo, assenta na preocupação com a equidade
entre os vários territórios dentro do próprio concelho. O diagnóstico afirma uma ocupação urbana descontínua e polinucleada,
que se concretiza entre núcleos históricos identitários e bolsas de habitação urbana indiferenciadas, e entre áreas urbanas
de alta densidade e áreas de povoamento disperso deficientemente infraestruturadas. É assim fundamental trabalhar na
integração dos vários núcleos que organizam o território concelhio, promovendo redes multimodais de conectividade.

Como já evidenciado, o território do Seixal encontra-se segmentado por barreiras naturais e construídas, que limitam a
conectividade entre os diversos espaços, condicionando a acessibilidade e a mobilidade. Para além das barreiras naturais –
Rio Tejo e Esteiro de Coina –, o concelho é segmentado por alguns eixos viários de hierarquia superior - ferroviários e
rodoviários – que pela sua estruturação e condicionantes, introduzem um efeito barreira entre sectores limítrofes.

O segundo vetor perceciona-se à escala da Península de Setúbal, mais concretamente na conectividade do Arco Ribeirinho.
Esta conectividade saiu enfraquecida devido à força centrípeta de Lisboa, processando-se principalmente entre concelhos
fisicamente mais próximos – Almada/Seixal e Barreiro/Moita –, mas não entre Seixal/Barreiro, não superando portanto a
barreira do Esteiro de Coina. Para conseguir superar este missing link será necessário concretizar a ligação física entre o
interface rodo-fluvial do Seixal e o interface rodo-ferro-fluvial do Barreiro, conectando o primeiro ao serviço ferroviário e à
oferta complementar assegurada pelo serviço fluvial no Barreiro.

A.2.1| Estabelecer a ligação pedonal e ciclável na frente fluvial do Seixal


A coesão territorial no Arco Ribeirinho Sul está em grande medida dependente da formalização da ligação entre Seixal e
Barreiro no Esteiro de Coina. Revela-se fundamental, para a estruturação do território e melhoria do sistema de TP, a
concretização de uma infraestrutura de ligação, através de uma ponte sobre o esteiro do Rio Coina.
Suprimir a descontinuidade de redes entre o Seixal e o Barreiro, reduz significativamente os tempos de deslocação entre os
dois centros urbanos, e fundamentalmente, ao nível do sistema de transportes, reforça mutuamente o acesso à oferta
presente em cada um dos interfaces. A concretização da ligação permite conectar o terminal do Seixal a um serviço
complementar, no Barreiro.
A construção desta infraestrutura permite desenvolver novas relações e sinergias entre os concelhos do Seixal e Barreiro,
tanto do ponto de vista das atividades económicas como das vivências das respetivas populações residentes. Permite ainda
estabelecer novas relações com Lisboa e a restante AML Norte, pelo acesso a ambos os terminais fluviais e ao serviço
ferroviário, proporcionando novas opções de percurso.
Importa no entanto reter que a concretização desta travessia impõe algumas condicionantes, nomeadamente ao nível da
altura livre para a navegação sob a ponte, uma vez que se equaciona a reativação do Cais da Siderurgia Nacional.

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Figura 5 – Travessia Pedonal e Ciclável Seixal-Barreiro

Numa lógica complementar, de valorização dos ativos ambientais e naturais do concelho do Seixal, a proposta na
implementação da Ecovia da Ponta dos Corvos tem capacidade de se transformar num fator de fruição social e humana junto
da população local, mas também metropolitana, numa dupla lógica, de qualificação, orientando os seus efeitos regeneradores
do equilíbrio territorial para toda a Ponta dos Corvos e Sapal do Talaminho/Corroios, e de continuidade, assegurando
condições de fruição no seguimento da requalificação urbana do eixo Seixal – Amora, fechando a qualificação do espaço da
Baía do Seixal.
As frentes ribeirinhas assumem hoje, no contexto do desenvolvimento económico-social e ambiental, um fator de elevada
preponderância no ordenamento do território urbano, tendo evoluído de espaços monofuncionais para áreas de atividades
pluridisciplinares nas quais o turismo e o lazer têm vindo a ganhar indiscutível relevo.
Ao nível da crescente vocação turística o município do Seixal tem vindo a promover uma estratégia integrada de
desenvolvimento do território, apostando na reabilitação do património histórico-cultural, na preservação do património
natural, assim como na qualificação e funcionalização do espaço público para melhorar as condições de usufruto da
população.

Aliada aos investimentos já realizados a Ecovia da Ponta dos Corvos permite que o processo de revitalização desta frente
de água possua uma base de diferenciação local e capacitando a identidade regional. Com uma ampla frente ribeirinha, o
Seixal tem todas as condições para se assumir como um destino único na náutica de recreio, não só pelas suas
características ímpares, nomeadamente a configuração de um porto de abrigo natural, como também pela sua excelente
localização face ao sistema territorial da AML. Na concretização da ligação na Ponta dos Corvos importa acautelar a altura
livre para a navegação sob a ponte, necessária para o acesso das atividades náuticas.

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Neste contexto, a Baía do Seixal, sobre a qual a Ecovia se desenvolve com quase 500 hectares, é naturalmente o recurso
natural mais valioso do concelho e um polo do desenvolvimento económico, social e ambiental.

Figura 6 – Ecovia da Ponta dos Corvos

Ao nível do sistema de mobilidade a ligação entre o terminal fluvial do Seixal e a Ponta dos Corvos, na continuidade da
ligação entre este mesmo terminal e o do Barreiro, permite estabelecer a conetividade em modos suaves de toda a frente
fluvial, desde Almada até ao Barreiro.
Em 2017 foi assinado entre os municípios do Seixal e Barreiro um protocolo para a concretização de uma ponte que ligaria
os concelhos.

Segundo a Câmara do Seixal, esta infraestrutura teria um investimento total na ordem dos seis milhões de euros. O Plano
de Ação e Mobilidade Urbana Sustentável (PAMUS) tinha atribuído um orçamento de cerca de 2,1 milhões de euros para a
concretização deste projeto.

Importa porém não descurar a necessidade deste investimento em articulação com o projeto do CTTP/MTS que se considera
estruturante para o corredor Almada-Seixal-Barreiro, e de todo o Arco Ribeirinho Sul. Desta forma, a solução a adotar nesta
travessia não deve condicionar o projeto do CTTP/MTS, sendo necessária uma cuidada articulação.

O atravessamento do esteiro de Coina, utilizando o espaço-canal correspondente à antiga Ponte Barreiro-Seixal, deve
assegurar parâmetros técnicos, nomeadamente no que respeita a pendente máxima, que se compatibilize com a
implementação do CTTP/MTS, sendo que esta pode condicionar o material circulante a adotar. No entanto, a travessia
pedonal e ciclável pode assentar numa infraestrutura distinta do CTTP/MTS, funcionando em paralelo mas com
características técnicas distintas, já que responde a diferentes solicitações tanto em termos de pendentes como de cargas.

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A redução da distância/tempo entre o Terminal do Seixal e do Barreiro, resultante da travessia pedonal e ciclável, numa
primeira fase, e do CTTP/MTS numa fase posterior, potencia a utilização destes dois terminais, invertendo o fator de escolha
modal. Ou seja, a escolha do serviço fluvial, Seixal ou Barreiro, poderá fazer-se em função do destino/origem da viagem em
Lisboa e da continuidade do movimento pendular a realizar, por exemplo a linha de metropolitano que melhor serve a
deslocação. Desta forma, e de acordo com o enunciado no PMTI, é expectável que o interface do Barreiro seja opção para
as deslocações com destino à Baixa de Lisboa/Marquês do Pombal e linha Azul do Metropolitano de Lisboa, sendo o interface
do Seixal preferencial para as deslocações no eixo da linha Verde do metro, assim como para a Linha de Cascais.

FICHA DE AÇÃO A.2.1.1 – TRAVESSIA PEDONAL E CICLÁVEL SEIXAL-BARREIRO


FICHA DE AÇÃO A.2.1.2 – ECOVIA DA PONTA DOS CORVOS

A.2.2| Implementar corredor verde paralelo à EN378


A EN378 é a principal infraestrutura rodoviária que organiza as ligações entre o centro do Seixal e a área de Fernão Ferro,
tanto para quem se desloca em transporte individual como em transporte público. Esta infraestrutura suporta igualmente os
fluxos supralocais na ligação a Sesimbra. A pressão rodoviária que a EN378 possui dificulta a sua compatibilização com os
modos suaves. Embora esteja prevista uma alternativa à EN378, conectando Sesimbra ao nó da A33, não existe uma
perspetiva de execução no curto prazo.

Ao longo da EN378, e de forma praticamente paralela, desenvolve-se uma linha de água que conecta com a Baía do Seixal,
pelo Rio Judeu, passando sob a Ponte da Fraternidade. Este eixo constitui uma oportunidade do ponto de vista da
materialização de um corredor verde que, para além de funções ecológicas, assegure funções de fruição e de deslocação
em modos suaves.

Assim, e tendo em conta a necessidade de diminuir os impactos ambientais do sistema de transportes e melhorar a qualidade
do ambiente urbano numa via muito congestionada, como é o caso da EN378, propõe-se a materialização de um corredor
verde com capacidade de estruturação dos modos suaves a partir do Fogueteiro e até ao Marco do Grilo, onde conecta a
Sesimbra.

Propõe-se a estruturação de um corredor verde desde a Ponte da Fraternidade pelo Rio Judeu até ao nó do Fogueteiro e
deste ao longo da linha de água e do corredor ecológico até ao limite sul do município. A estruturação deste corredor verde
permite criar um eixo longitudinal de qualidade ambiental superior de suporte aos movimentos da mobilidade suave,
melhorando a sua segurança e conforto face ao eixo da EN378, e permitindo estabilizar e valorizar os espaços que integram
o corredor ecológico Baía do Seixal/Lagoa de Albufeira (Sesimbra).

A prazo devem ainda ser estruturados outros dois corredores verdes, um na Amora paralelo à nova infraestrutura viária
programada para o nó de Foros da Amora até à intersecção com a A33 e daqui em direção à Av. Reserva Natural da Berlenga,
e um outro, estruturado desde a Aldeia de Paio Pires até Fernão Ferro, tirando partido dos espaços naturais de proteção
paisagística.

Esta proposta deve ser considerada a uma escala superior uma vez que permite estruturar a conectividade ecológica das
áreas verdes equacionadas em PDM e está alinhada com as boas práticas enunciadas na Carta de Qualidade do Ar,
nomeadamente no âmbito do planeamento urbano, através da elaboração de um estudo de implementação de áreas verdes.

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Figura 7 – Corredor Verde na EN378

FICHA DE AÇÃO A.2.2.1 – CORREDOR VERDE PARALELO À EN378

A.2.3| Melhorar a "permeabilidade" das ligações na transposição de


barreiras como A2/ferrovia
O “isolamento” e a estigmatização territorial e social da área a sul da IP7/A2 e canal ferroviário face à zona norte, em particular
do território de Fernão Ferro, pela sua posição de afastamento, colocam entraves à equidade territorial do concelho.
A superação das barreiras e de roturas físicas (infraestruturais e morfológicas), internas e externas, é condição fundamental
para contrariar os fatores de desconexão interna com impactos negativos na vida das pessoas e no funcionamento orgânico
do território.
É portanto premente aumentar a permeabilidade territorial, quer em número de atravessamentos, mas fundamentalmente
melhorar a qualidade dos mesmos, promovendo o conforto e a segurança dos atravessamentos pedonais e cicláveis.

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Figura 8 – Requalificação das passagens superiores/inferiores

FICHA DE AÇÃO A.2.3.1 – REQUALIFICAÇÃO DAS PASSAGENS SUPERIORES/INFERIORES

A.3| Diversificar a economia local e promover a atratividade do município


O município do Seixal tem vindo a promover uma estratégia de desenvolvimento do território focando a dinamização e
valorização do tecido económico local, com destaque para a captação de investimento privado de modo a potenciar a atração
de novas atividades económicas e projetos inovadores para o território.

No entanto, e apesar deste esforço, do total de entradas e saídas de população do concelho, apenas 10% corresponde a
movimentos de entrada. As viagens intermunicipais ocorrem sobretudo para a AML (99%), com destaque para Lisboa (52%),
seguindo-se Almada (26%).

Do ponto de vista do planeamento importa dinamizar as ações necessárias à materialização de novas centralidades
promovendo a atratividade do município.

Na persecução deste objetivo o município deve aplicar esforços que visem a valorização da indústria instalada, a captação
de investimento para áreas expectantes e atividades de maior valor económico, através da fixação de empresas competitivas
e inovadoras e novas cadeias de valor. Deve, portanto, ser prioritária a reconversão e qualificação urbanística e ambiental
das áreas envolventes a estas grandes áreas industriais obsoletas ou parcialmente degradadas.

Neste âmbito, e no caso concreto do Seixal destaca-se o papel da Siderurgia Nacional, do Parque Industrial do Seixal e do
novo Hospital do Seixal.

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Os grandes geradores de emprego, que em muito definem o território do Seixal, são uma estratégia fundamental para a
dinamização económica e produtiva, quer ao nível municipal, mas também regional e até nacional, com destaque para a
qualificação dos espaços industriais, como a Siderurgia Nacional, através da criação de condições para o reforço do
desenvolvimento do polo siderúrgico existente e a procura de novas unidades produtivas.

Enquadrada no projeto do Arco Ribeirinho Sul, esta estratégia concretiza-se como um desígnio dos municípios do Seixal,
Almada e Barreiro, no âmbito da AML. A este nível foi lançado o projeto internacional ‘Lisbon South Bay’, que visa a promoção
do território e captação de investimento para as áreas industriais da Siderurgia Nacional (Seixal), Quimiparque (Barreiro) e
Margueira (Almada), áreas eminentemente industriais com capacidade para acolher indústria pesada, ligeira, logística,
serviços e turismo, e cuja gestão está a cargo da Baía do Tejo.

No contexto particular do Seixal a Siderurgia Nacional ganha ainda maior relevância. O território da ex-Siderurgia Nacional
ocupa uma área de 536 hectares, ao longo do esteiro do rio Coina:

 Na zona norte, existem 118 hectares totalmente desocupados;


 Na zona central, distribuem-se 218 hectares onde se localizam duas unidades siderúrgicas (SN Longos e Lusosider)
e diversas outras indústrias;
 Na zona sul, com cerca de 200 hectares, existem loteamentos industriais e de serviços, infraestruturados e em vias
de desenvolvimento.

Esta última, a zona sul, é uma zona com mobilidade favorecida, no quadro do sistema de transportes públicos e
acessibilidades.

Estas infraestruturas de emprego podem potenciar ainda mais a fixação de populações e a dinamização económica e social
do concelho do Seixal, assim como de toda a região. Para tal é necessário que o seu planeamento seja integrado com os
diferentes sistemas, uma vez que continuam a ser necessários diversos equipamentos básicos para a qualidade de vida das
populações, sendo disso exemplo o novo Hospital do Seixal.

É fundamental atrair a criação de áreas predominantemente afetas à indústria transformadora pesada, consolidando áreas
de atividade económica logística e serviços, a par do desenvolvimento de atividades de caráter portuário.

A.3.1| Fomentar a especialização funcional e económica do território


A indústria pesada e ligeira, assim como as atividades logísticas, detêm expressão relevante na Península de Setúbal,
realidade indissociável da posição do município no seio da AML, assim como da sua posição face a duas infraestruturas
portuárias de relevo, mas fundamentalmente da existência de importantes polos industriais com áreas de serviços de apoio
e atividades logísticas associadas às mesmas.

Neste contexto destaca-se a necessidade de reafirmar a vantagem posicional pela organização coerente do sistema de
transportes, antevendo a melhoria das acessibilidades tendo em atenção tanto a movimentação de mercadorias, como a
relação com os serviços às empresas e a acessibilidade dos trabalhadores aos locais de trabalho, e.g. Siderurgia Nacional /
Parque Empresarial do Seixal.

O município deve, portanto, almejar o aproveitamento da sua posição geoestratégica como fator de competitividade, através
da promoção de políticas que potenciem estas atividades.

Por via da inclusão deste território no contexto de infraestruturas de caracter internacional, que lhe conferem inserção em
cadeias de logística globais – como é o caso do Polo Industrial da Siderurgia -, tem-se assistido à instalação de atividades
industriais e logísticas, beneficiando deste posicionamento competitivo. Na mesma medida, assiste-se à difusão de pequenas
áreas de concentração de industrias e de logística de forma dispersa, que tiram partido do acesso privilegiado à rede
rodoviária fundamental, criando pressão sobre os principais nós de acesso.

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Em grande parte as áreas industriais/logística do concelho do Seixal caracterizam-se por pequenas áreas de grande
dispersão, a par de grandes áreas disponíveis, que resultam da desativação de espaços industriais, como a ex-Siderurgia
Nacional, para os quais se perspetivam processos de regeneração urbana através de unidades operativas de planeamento
e gestão (UOPG).

É necessário assegurar que estas atividades não se instalam em áreas com deficiências de organização que não se adequam
às necessidades logísticas, e que são oferecidos espaços devidamente infraestruturados, dispondo de serviços
complementares ao nível da atividade logística e de gestão integrada de espaços de atividades e serviços.

Reforça-se que é fundamental garantir à partida uma visão integrada das complementaridades e interdependências,
recusando uma visão de concorrência que pressiona a multiplicação de infraestruturas penalizando as existentes. Nesta
perspetiva o objetivo é de concentração e não de alargamento da oferta disponível para instalação de novas empresas,
contribuindo assim para o equilíbrio e ordenamento do território, assim como para a qualificação do sistema urbano.

A área da antiga Siderurgia Nacional, pela sua localização, dimensão e capacidade de dinamização económica representa
uma área estratégica na organização da estrutura do território do Seixal, mas também de toda a Península de Setúbal,
constituindo um espaço de oportunidades na atratividade de novos investimentos e criação de emprego.

Figura 9 – Reforçar a excecionalidade da Siderurgia Nacional e do Parque Industrial do Seixal

Neste contexto importa reforçar a integração da área da Siderurgia Nacional nas redes de transporte regional e nacional. Em
termos ferroviários esta área beneficia da existência de um ramal dedicado, conectando à linha do Sul. Em termos rodoviários
encontra-se prevista em sede de PDM a execução de uma Via Industrial de Tráfego Pesado que acompanha de forma
praticamente contínua o canal ferroviário acedendo diretamente ao nó de Coina (A33 / EN10) – FICHA C.1.1.1. Por fim, e
em termos do acesso portuário, o PETI3+ prevê a reativação do Cais da Siderurgia Nacional (Terminal do Seixal).

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A combinação de acessibilidade ferroviária, rodoviária e por barco vem reforçar a excecionalidade desta localização no
contexto regional.

Por outro lado, o acesso por comboio e barco poderá contribuir para reduzir o peso do transporte rodoviário no acesso à
Siderurgia Nacional, tanto na entrada de matéria-prima, como na saída da produção e dos resíduos resultantes.

Face ao exposto entende-se que as linhas de orientação em termos de logística regional devem passar por:

 Racionalização e promoção do ordenamento da atividade logística, criando condições para a atração e novos
agentes, gerando emprego e criação de valor económico;
 Organização das acessibilidades, principalmente rodoviárias, mas também as ferroviárias e fluviais;
 Reforço da integração modal nas áreas industriais e logísticas, fomentando a intermodalidade, através da
valorização das estruturas e redes existentes e criando condições para o desenvolvimento do transporte ferroviário
e o aproveitamento da capacidade portuária instalada (nomeadamente com a reativação do Cais da Siderurgia).

O Parque Industrial do Seixal deve constituir-se como a consolidação de uma rede de áreas e polos económicos qualificados
e devidamente integrados na rede de mobilidade, no tecido urbano e em matéria ambiental, de modo a prosseguir e
aprofundar o processo de reconversão industrial.

Devido à territorialidade das áreas de atividades é necessário incrementar o trabalho em rede e aumentar oferta de produtos
e serviços integrados de qualidade, e assim responder ao objetivo de compatibilização da indústria ligeira e logística e as
atividades económicas compatíveis com a função residencial e à diversificação da atividade económica criando diferentes
tipologias de dimensionamento para indústria transformadora pesada.

Na Revisão do PDM do Seixal indica-se a manutenção do cariz industrial identificando, para além da conservação das áreas
de indústria de transformação pesada e logística, novas áreas com a mesma função e áreas de atividades económicas
compatíveis com a função residencial.

FICHA DE AÇÃO A.3.1.1 – CONCENTRAÇÃO E DENSIFICAÇÃO DAS ÁREAS INDUSTRIAIS


FICHA DE AÇÃO A.3.1.2 – REATIVAÇÃO DO CAIS DA SIDERURGIA NACIONAL (TERMINAL DO SEIXAL)

A.3.2| Apostar na materialização de uma nova centralidade regional – o


Novo Hospital do Seixal
O desígnio de reestruturação do sistema urbano municipal contemplando a criação de novas centralidades tem ainda como
principal enfoque o novo hospital como uma das principais prioridades em termos de infraestruturas para o concelho do
Seixal.

A construção do Hospital do Seixal é um dos maiores drivers de mudança em que se pode vir a apoiar a consubstanciação
do Seixal como centralidade estratégica, como equipamento estruturante e que adquire uma escala e um efeito direto de
atração de procura, assim como de geração de efeitos indutores noutras atividades e serviços.
No que concerne ao papel do sistema de transportes é necessário favorecer a acessibilidade a novas centralidades
estratégicas para o município. Para tal é fundamental que o planeamento e programação, que se devem estender aos
serviços de proximidade, assegurem as ligações viárias ou cicláveis e o serviço de transporte público mais adequados para
viabilizar uma acessibilidade mais sustentável.

Importa assim, planear a melhor forma de inserir o Novo Hospital do Seixal no sistema de transportes, assegurando a
sustentabilidade deste equipamento em termos de acessibilidade. Importa notar que a localização prevista para este
equipamento beneficia de uma inserção excecional sobre a rede rodoviária, facilitando a acessibilidade com recurso ao

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transporte individual. Com vista a contrariar a prevalência expectável do recurso ao transporte individual é necessário que a
inserção na rede de transporte público e de modos suaves seja competitiva.

Importa referir que os estudos mais recentes do MTS contemplam uma ligação ao Novo Hospital do Seixal, garantindo uma
resposta robusta em termos de transporte público.

Figura 10 – Assegurar a conexão do Novo Hospital do Seixal ao sistema de transportes

FICHA DE AÇÃO A.3.2.1 – CONEXÃO DO NOVO HOSPITAL DO SEIXAL AO SISTEMA DE TRANSPORTES

B. MOBILIDADE SUSTENTÁVEL
Objetivo estruturante: Contribuir para uma mobilidade mais atrativa em TP e em modos suaves

A provisão de mobilidade aos cidadãos é muitas vezes a força motriz para se aceder a outros direitos fundamentais, um meio
de acesso a possibilidades diversas e, subsequentemente, à melhoria da qualidade de vida. Este impacto ultrapassa a
melhoria imediata ao nível das acessibilidades, e tem implicações mais profundas e de longo prazo na dinâmica económica
e social do município. Assim, este é também um princípio fundamental de equidade territorial e social.

A evolução da repartição modal a nível nacional tem sido marcada na última década pelo aumento da quota de utilização do
transporte individual e pela redução da utilização do transporte público e dos modos suaves. No entanto, neste período tanto
o Seixal como a AML conheceram um crescimento do TP.

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Verifica-se entre 2001 e 2011 um crescimento do peso do TI nas deslocações pendulares da população residente no Seixal,
de 42% para 51%, em paralelo com crescimento do recurso ao TP (de 27% para 31%) e a redução dos modos suaves (de
22% para 15%). Nas deslocações da população residente no Seixal realizadas em TP em 2011 os resultados globais indicam
um peso superior do comboio (49%), seguindo-se o autocarro (40%), o barco (7%) e por fim o metropolitano (4%).

Assim, apesar das viagens em TI terem subido para 51% das deslocações dos residentes no Seixal em 2011, continuam
abaixo da média nacional (63%) e da AML (55%). O TP, com uma quota global de 31% nos movimentos pendulares da
população residente no Seixal (superior aos 28% na AML), é muito mais competitivo à escala supramunicipal (com 49% face
a 38% na AML), do que nas deslocações dentro do Seixal, onde apenas atinge uma quota de 14% (abaixo dos 21% na AML).

A satisfação das necessidades de deslocação da população do Seixal tenderá a continuar a processar-se através de um
acréscimo significativo da utilização do transporte individual, com o consequente aumento do congestionamento de tráfego,
mesmo com as alterações introduzidas pelas novas medidas de apoio à utilização do transporte público, que por si só não
são suficientes para assegurar a alteração modal necessária. Fruto da necessidade de contrariar esta tendência e diminuir
significativamente o recurso ao transporte individual, e assim perseguir os desígnios da sustentabilidade ambiental com que
o país se comprometeu, é fundamental melhorar o desempenho das redes de transporte público e assim concretizar o shift
modal.

Para melhor compreender a amplitude das melhorias a desenvolver perspetiva-se a atuação a duas escalas territoriais.

A primeira escala compreende a melhoria da eficiência do sistema de transporte público à escala regional. Nesta escala é
ao transporte ferroviário suburbano e ao transporte fluvial que cabe responder à função de transporte, enquanto sistemas de
transporte de elevada capacidade vocacionados para a média/longa distância. Considera-se fundamental resolver no menor
espaço de tempo possível as atuais ruturas de carga destes sistemas.

A inserção do município do Seixal no contexto regional/nacional possui fragilidades na conexão com as redes estruturantes
de transporte público que recomendam uma atuação diretamente sobre os centros decisores. Importa assegurar uma
inserção facilitada sobre o serviço ferroviário de longo curso, dependente do prolongamento do serviço da Fertagus ao
Oriente. O reforço do serviço fluvial, oferecendo uma alternativa competitiva de conexão a Lisboa, é premente para um
desenvolvimento mais equilibrado do concelho, atualmente muito dependente do serviço ferroviário e da ligação rodoviária
pela EN10 e A2.

Neste seguimento, enquanto sistema alimentador, a expansão da rede do MTS até ao Barreiro e à Moita, permite fechar o
sistema e aumentar significativamente a cobertura no concelho do Seixal, assim como ampliar a conectividade aos concelhos
envolventes, conectando o interface fluvial do Seixal ao sistema ferroviário do Fogueteiro, aumentando as alternativas e
tornando todo o sistema mais robusto. Esta ligação é fundamental para constituir na Margem Sul um contínuo urbano
suportado num acesso facilitado que reforce o papel do Arco Ribeirinho no contexto metropolitano.

As deslocações no interior do município, a segunda escala de atuação, são atualmente as mais penalizadas em termos de
transporte público, tornando-se assim cativas do transporte individual. A necessidade de um melhor desempenho das redes
de transporte público é premissa essencial para a inversão da atual repartição modal. O desempenho está intimamente ligado
à melhoria das condições de circulação e oferta do transporte público rodoviário, quer pelo aumento das velocidades
comerciais e de exploração que permitam aumentar a sua atratividade e a sua capacidade de competir com o transporte
individual, quer pela democratização do seu acesso através do aumento da cobertura territorial nos territórios de baixa
densidade (uma vez que a questão custo e integração tarifária foi superada com o PART). Na cobertura territorial é de referir,
ainda, a flexibilidade do TCR na adaptação às tendências de localização de importantes polos geradores/atractores de
deslocações na periferia dos aglomerados urbanos, em áreas onde a oferta de serviços de transporte público é insuficiente
o que induz a utilização quase exclusiva do automóvel e afasta a população sem acesso a veículo privado, como é o caso
da Siderurgia Nacional/Parque Empresarial do Seixal.

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Numa perspetiva complementar, a qualquer das escalas anteriores, impõem-se medidas que visem a consciencialização e
alteração de comportamentos que conduzam à diminuição da necessidade de deslocações em transporte individual, ou pelo
menos a uma utilização mais racional. As medidas de gestão da mobilidade são pensadas para a diminuição de tráfego
automóvel no interior e envolvente dos aglomerados, ou seja, são perspetivadas para o favorecimento do transporte público
e da mobilidade suave. Para tal é fundamental a articulação das respetivas redes na definição de prioridades de investimento
e de intervenção de forma integrada, e tendo igualmente em conta uma perspetiva ambiental (diminuição de emissões
poluentes e de ruído no espaço urbano e periurbano), visando aumentar a atratividade global do sistema de transporte
público.

A gestão da mobilidade aplica-se também à logística. A otimização da rede de logística deve orientar-se para uma estrutura
e hierarquização que permita, para além da cobertura do território, a circulação diferenciada dos veículos entre o espaço
urbano consolidado e o espaço suburbano, com especial enfoque ao planeamento de interfaces coletores e de distribuição,
como acontece no transporte de passageiros.

As medidas de gestão da mobilidade contemplam ainda medidas de sensibilização e alteração de comportamentos. Importa,
por isso, encorajar a adoção de comportamentos compatíveis com o desenvolvimento sustentável e consciencializar a
população e as empresas para os efeitos das suas escolhas de transporte.

Para a concretização deste objetivo estruturante foram identificadas quatro linhas de atuação, articulando um conjunto de
medidas, conforme a Tabela 3.

LINHAS DE ATUAÇÃO MEDIDAS


B.1.1 Integração na rede ferroviária nacional
B.1| Promover a competitividade e a equidade
B.1.2 Reforçar o serviço fluvial
territorial do Seixal no contexto regional e da AML
B.1.3 Executar a extensão do MTS
B.2.1 Melhorar o serviço prestado pelo TCR
B.2| Promover a integração e qualificação do TP
B.2.2 Implementar sistemas complementares ao TCR
B.3.1 Monitorizar a evolução da Mobilidade no concelho
B.3.2 Promover o recurso aos modos suave nas deslocações curtas
B.3.3 Criar soluções adaptativas suportadas nos padrões de mobilidade
B.3| Implementar medidas de gestão da
mobilidade B.3.4 Criar campanhas de sensibilização para a mobilidade sustentável
B.3.5 Implementar campanhas de sensibilização de segurança e
sinistralidade rodoviária
B.3.6 Incentivar a mobilidade elétrica
B.4.1 Restrição à circulação de pesados
B.4| Aumentar a sustentabilidade das atividades
B.4.2 Implementar medidas de gestão de cargas e descargas
logísticas
B.4.3 Implementar projeto piloto de gestão da logística
Tabela 3 – Objetivo Estruturante B: Mobilidade Sustentável

B.1| Promover a competitividade e a equidade territorial do Seixal no contexto


regional e da AML
O município do Seixal possui um posicionamento geográfico favorável, atendendo à proximidade de alguns dos principais
centros nacionais, tanto urbanos como industriais. No entanto, a estruturação das redes e / ou dos serviços de transporte
público tem condicionado a competitividade do município no contexto regional e da AML.

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É fundamental empreender um conjunto de iniciativas, que não dependem apenas da ação direta do município, no sentido
de assegurar uma ligação mais eficaz às principais redes de mobilidade.

Se o posicionamento estratégico nacional se alcança em larga medida com o transporte ferroviário, o posicionamento regional
está, por sua vez, fragilizado pelo serviço fluvial, atualmente muito deficitário no município comparativamente aos demais
municípios da Margem Sul.

Pelo exposto importa desenvolver os mecanismos que permitam manter, ou melhorar, a atratividade e competitividade do
município no conjunto das escalas de análise. A evolução favorável do quadro de acessibilidades locais, metropolitanas e
nacionais, potencia o território do Seixal no mapa das áreas de forte capacidade de atração de investimentos futuros, através
da amarração às redes nacionais, regionais e peninsulares, concorrendo para uma maior competitividade e coesão territorial.

O posicionamento do Seixal em termos macro depende da extensão do serviço da Fertagus ao Oriente, do reforço das
ligações fluviais e do prolongamento do MTS, constituindo-se como as três grandes apostas do concelho:

 Integração na rede ferroviária nacional através da extensão do serviço da Fertagus ao Oriente;


 Maior equilíbrio na distribuição dos fluxos de ligação a Lisboa através do reforço das ligações fluviais;
 Estruturação dos movimentos ao longo do Arco Ribeirinho Sul através da extensão do MTS.

B.1.1| Integração na rede ferroviária nacional


O modo ferroviário tem um papel importante na organização do sistema de transportes. No contexto territorial do concelho
do Seixal o serviço da Fertagus, que explora os serviços ferroviários da Linha do Sul, entre Setúbal e Lisboa, detém um papel
preponderante na estruturação das ligações Seixal-Almada-Lisboa e Seixal-Palmela-Setúbal.

No âmbito do PMTCS considera-se essencial uma maior potenciação da utilização deste modo de transporte através da
promoção de medidas de intermodalidade que se detalham no ponto D. INTERMODALIDADE, que passam, entre outros,
pela melhoria das redes pedonais e cicláveis de proximidade, pelo aumento da capacidade de estacionamento junto dos
interfaces, ou pela melhoria do rebatimento da oferta de TRC.

De notar que o modelo de exploração existente prevê serviços de rebatimento, garantindo pela existência de uma rede de
parques de estacionamento de apoio aos interfaces e por um serviço de TCR próprio (que será integrado na oferta global de
TCR com a nova concessão de transportes lançada pela AML) a conexão das estações com o território envolvente.

A integração nas redes de âmbito nacional é ainda deficitária, em particular na rede ferroviária de longo curso, o que
condiciona as interdependências territoriais à escala nacional. O transporte ferroviário é, no âmbito nacional, estratégico e
estruturante para fazer face às necessidades e desafios no reforço da conetividade e coesão territorial.

Os serviços ferroviários de longo curso têm relevância no estabelecimento de ligações de âmbito nacional e internacional,
enquanto os restantes serviços assumem, por sua vez, um papel fundamental nas ligações de âmbito regional e suburbano.

No território municipal, na Linha do Sul / Eixo Norte – Sul, os serviços de transporte suburbano entre Lisboa (Roma-Areeiro)
e Setúbal são realizados pela Fertagus. Os serviços da CP de médio e longo curso de ligação a Faro, Évora e Beja, não
realizam serviço nas estações do concelho, servindo na Península de Setúbal apenas as estações do Pragal e do Pinhal
Novo. De notar que a Linha do Sul constitui o único atravessamento ferroviário entre a margem Norte e Sul no estuário do
Tejo.

No posicionamento estratégico do Seixal a conectividade direta à Linha do Norte assume uma importância central, permitindo
integrar a rede ferroviária nacional principal e através desta a ligação aos serviços de longo curso nacionais e internacionais,
bem como outros serviços de âmbito regional. Esta linha tem como principal interface a estação do Oriente, onde realizam

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serviço tanto as ligações com origem em Lisboa como as que se prolongam para sul (ver Figura 11). Desta forma, a
conectividade à rede ferroviária nacional depende de uma ligação eficiente à estação do Oriente.

Figura 11 – Serviços de longo curso da CP (Alfa Pendular e Intercidades)

Ou seja, a integração do Seixal na rede nacional está dependente de rebatimento eficiente da rede da Fertagus com a rede
da CP, uma vez que a oferta atual obriga a um duplo transbordo na maioria dos serviços, um no Oriente e novamente outro
nas estações da linha circular onde a Fertagus realiza serviço (Roma-Areeiro, Entrecampos, Sete Rios ou Campolide).
Apenas os serviços de longo curso que se prolongam até ao Algarve realizam paragem em Entrecampos e Sete Rios,
possibilitando um rebatimento único.

Aumentar a conectividade entre o Seixal e o território continental português passa, portanto, pela integração operacional do
serviço da Fertagus com o da CP de longo curso, prolongando o serviço da Fertagus ao Oriente.

A melhoria das condições de acessibilidade proporcionadas pela expansão até ao Oriente constitui-se como um dos principais
indutores do reposicionamento do Seixal e do alargamento da sua área de influência. Nesta nova reconfiguração do sistema
ferroviário o município tenderá a passar de uma estrutura centrada exclusivamente em Lisboa, para um sistema integrado na
rede nacional.

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Por outro lado, o crescimento da procura resultante da implementação da redução tarifária e criação do passe Navegante
veio revelar debilidades ao nível da oferta, com vários serviços da Fertagus, particularmente nas horas de ponta, a não darem
resposta à procura. Recomenda-se assim o reforço da oferta da Fertagus, enquanto rede estruturante do transporte público.

FICHA DE AÇÃO B.1.1.1 – EXTENSÃO E REFORÇO DA OFERTA DO SERVIÇO FERROVIÁRIO DA FERTAGUS AO ORIENTE

B.1.2| Reforço do serviço fluvial


A par com o modo ferroviário, o modo fluvial tem um papel importante na organização do sistema de transportes,
nomeadamente nos movimentos para Lisboa.

No incremento dos níveis de serviço deste modo é fundamental implementar um conjunto de medidas que potenciem a sua
utilização.

Contudo o reforço do serviço fluvial no terminal do Seixal não basta por si só para garantir maiores níveis de procura. Para
tal é essencial implementar outras medidas que passam pela melhoria das condições de acessibilidade em TP e em modos
suaves, assim como em TI, que nesta área não pode ser desprezado. Outra medida essencial, transversal a todo o sistema
de transportes, é a melhoria da informação ao público.

Uma vez mais, e tal como no ponto anterior, a generalidade das medidas a promover incidem na melhoria da intermodalidade,
desenvolvidas no ponto D. INTERMODALIDADE, entre elas a melhoria da articulação dos horários com o TCR e a melhoria
da acessibilidade em modos suaves de forma a aumentar a área de captação de deslocações. Neste último ponto inclui-se
a concretização das redes fundamentais pedonais e cicláveis, assim como a concretização da travessia pedonal e ciclável
entre o terminal fluvial do Seixal e do Barreiro.

É ainda fundamental, com vista a uma eficiente integração de modos de transporte, a disponibilização de informação
integrada que contribua para a legibilidade do sistema de transportes, incluindo informação relativa à envolvente do interface.

A travessia fluvial foi historicamente a única forma de ligação entre margens do estuário do Tejo, num período em que a
própria economia regional se apoiava neste sistema de transportes, tanto internamente, como na articulação externa.
Atualmente os serviços de transporte fluvial no estuário do Tejo são explorados pela Transtejo/Soflusa, entre onze terminais
disponíveis - Cais do Sodré, Terreiro do Paço, Belém e Parque das Nações na margem Norte e Barreiro, Cacilhas, Seixal,
Montijo, Trafaria e Porto Brandão na margem Sul. São asseguradas ligações regulares, ainda que bastante díspares no
serviço prestado, entre Cais do Sodré / Montijo, Cais do Sodré / Seixal, Cais do Sodré / Cacilhas, Terreiro do Paço / Barreiro
e Belém / Porto Brandão / Trafaria.

A comparação entre a oferta prestada pelo Grupo Transtejo nas diversas ligações permite verificar uma grande diferença
entre as ligações Cais do Sodré / Cacilhas e Terreiro do Paço / Barreiro face às restantes. A qualidade da oferta condiciona
a procura, o que no caso da ligação fluvial do Seixal a Lisboa (Cais do Sodré), é muito relevante face à escassez da oferta.
Esta oferta, para um contexto metropolitano, revela-se pouco competitiva pelo que os utilizadores tendem a optar por outras
soluções.

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Figura 12 – Serviço de transporte fluvial de passageiros da Transtejo

De referir ainda que a supressão de serviços (associada a condições meteorológicas, avarias ou greves) tem impactos
particularmente relevantes em ligações com frequência reduzida, já que a supressão de uma circulação apenas é
compensada após um elevado intervalo de tempo. Por outro lado, face à localização do interface fluvial sobre o sistema de
transportes as alternativas existentes são muito penalizantes, agravando as consequências de qualquer supressão de
serviço.

O posicionamento estratégico regional do Seixal está por isso dependente da melhoria do serviço de transporte fluvial de
passageiros, nomeadamente do reforço da oferta, assim como da fiabilidade da mesma.

O transporte fluvial, a par com o ferroviário, posiciona-se, aliás, como solução privilegiada face ao impacto do
congestionamento sentido pelo transporte rodoviário, porque apresenta tempos de deslocação entre margens iguais em
qualquer período do dia (as horas de ponta só têm reflexo na densidade de passageiros nos terminais e no interior dos
veículos, e não na velocidade comercial). No entanto, a alteração modal só se efetivará se garantida a fiabilidade do serviço
fluvial.

O sistema de transportes da AML foi-se estruturando em torno da centralidade exercida por Lisboa, resultando num sistema
radial que favorece os movimentos de ligação a Lisboa, patente na estruturação das diversas opções modais, e com destaque
para o transporte ferroviário e fluvial. No entanto, existe potencial para um modelo de transporte intra-margem, ou seja, entre
os concelhos da Península de Setúbal, o que permitiria diminuir a utilização do transporte individual nos movimentos
pendulares dentro do Arco Ribeirinho Sul e estabelecer novas ligações ao alterar substancialmente os tempos de deslocação
(veja-se o caso da ligação Seixal – Barreiro).

O reforço da oferta no terminal fluvial do Seixal é tido por prioritário, no entanto, caso existam meios operacionais disponíveis,
a criação de um serviço fluvial na margem sul é igualmente importante.

FICHA DE AÇÃO B.1.2.1 – REFORÇO DA OFERTA NO TERMINAL FLUVIAL DO SEIXAL


FICHA DE AÇÃO B.1.2.2 – CRIAÇÃO DE UM SERVIÇO FLUVIAL NA MARGEM SUL

B.1.3| Executar a extensão do MTS


O projeto do metro ligeiro de superfície da margem sul abrange atualmente Almada e Seixal, estando ainda por concretizar
a extensão do Seixal ao Barreiro e Moita, seguindo para o Montijo e Alcochete. De acordo com o projeto inicial foi apenas
concretizada e está em funcionamento a primeira fase entre o Polo Universitário do Monte da Caparica, Cacilhas e Corroios.
Encontra-se ainda por concretizar a segunda fase de ligação até ao Fogueteiro, e a terceira fase estabelecendo a ligação
entre o Fogueteiro, terminal fluvial do Seixal, terminal fluvial do Barreiro e Lavradio.

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O projeto de expansão até ao Barreiro permite servir freguesias e núcleos urbanos da Arrentela e Seixal. A extensão
programada do MTS até ao Barreiro, Moita, Montijo e Alcochete permite fechar o Arco Ribeirinho Sul em transporte público
em sítio próprio e superar a barreira do Esteiro de Coina, conferindo competitividade ao transporte público quer pela ligação
mais direta quer pela intermodalidade com o restante sistema. Para além de aumentar significativamente a cobertura no
concelho do Seixal, assim como ampliar a conectividade aos concelhos envolventes, conectando o interface fluvial ao sistema
ferroviário, aumenta as alternativas e torna todo o sistema mais robusto.

No entanto, encontra-se em aberto a opção tecnológica a adotar, entre LTR (Metro Ligeiro de Superfície, equivalente ao
atualmente existente) ou BRT (Serviço de Autocarro em Sítio Próprio).

A definição da tecnologia a adotar tem implicações ao nível do traçado, condicionando a inserção urbana, fruto das pendentes
e das curvaturas admissíveis.

Figura 13 – Concretização do Projeto de Expansão do MTS (CTTP)

Efetivamente, a integração entre o serviço ferroviário da Fertagus, no Fogueteiro, com o serviço fluvial da Transtejo, no Seixal
e no Barreiro, bem como do ferroviário dos Suburbanos de Lisboa, no Barreiro, através da extensão do MTS apresenta-se
como crítica para o aumento do equilíbrio territorial, tanto no município do Seixal, como no conjunto da Península de Setúbal.

No PMTI alerta-se para a solução técnica da travessia do Estreito de Coina poder condicionar a integração modal que se
pretende. Este facto prende-se com a compatibilização com o tráfego para o Cais da Siderurgia a reativar.

Como já referido a redução da distância/tempo entre o Terminal do Seixal e do Barreiro, assegurado pela travessia pedonal
e ciclável, numa primeira fase, mas fundamentalmente pela concretização do CTTP/MTS, potencia a utilização destes dois
terminais, invertendo o fator de escolha modal, uma vez que a escolha do serviço fluvial, Seixal ou Barreiro, poderá fazer-se

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em função do destino/origem da viagem em Lisboa e da continuidade do movimento pendular a realizar, por exemplo a linha
de metropolitano que melhor serve a deslocação.

Importa notar que a parte inicial do corredor concretizou-se em metro ligeiro em sítio próprio. No entanto, e tendo em conta
o horizonte de vigência do PMTCS e as restrições económicas/financeiras, que se prevê persistirem, a concretização do MTS
como inicialmente projetado pode não ser realizável. Esta visão está patente nos estudos mais recentes relativos ao MTS.

Atendendo ao potencial de estruturação do território e de captação de passageiros para o sistema de transporte público,
considera-se prioritário a concretização deste corredor. Assim, e em alinhamento com o PMTI, deve considerar-se a
estruturação de um corredor com uma solução mais ligeira, do tipo BRT, procurando não enviabilizar a possível evolução
para a solução de metro ligeiro em sítio próprio inicialmente preconizada.

FICHA DE AÇÃO B.1.3.1 – CONCRETIZAÇÃO DO PROJETO DE EXPANSÃO DO MTS (CTTP)

B.2| Promover a integração e qualificação do TP


O serviço rodoviário de passageiros no município do Seixal é atualmente prestado pelos TST que asseguram tanto as
ligações internas como as ligações supramunicipais, complementado pelo serviço da Sulfertagus especificamente
desenvolvido para alimentar as estações ferroviárias da Fertagus. Com a alteração tarifária ocorrida com a implementação
do PART e com a integração de todos os operadores metropolitanos resultante da implementação do Passe Navegante os
serviços dos TST e da Sulfertagus estão atualmente totalmente integrados para os detentores de passe.

A rede de serviço público de passageiros rodoviários encontra-se, no cumprimento do estabelecido no RJSPTP (Regime
Jurídico do Serviço Público de Transporte de Passageiros – Lei nº 52/2015), em processo de concurso público, a cargo da
AML, contemplando todos os serviços de transporte público rodoviário da AML (com exceção dos municípios que não
delegaram as competências – Lisboa, Cascais e Barreiro).

Quando analisamos a distribuição do serviço rodoviário, prestado pelos TST e pela Sulfertagus, verifica-se uma cobertura
abrangente do município do Seixal na área a nordeste do eixo rodoferroviário. Nesta área os serviços apresentam uma
distribuição fina ao longo da rede viária e a generalidade da população residente beneficia de uma estação a menos de 400
metros. No concelho do Seixal 87% da população residente (i.e. 136 964 residentes segundo dos dados do Censos 2011)
possui serviço de transporte público rodoviário, no entanto na freguesia de Fernão Ferro a população abrangida desce para
70%.

Quando se considera a qualidade da oferta na hora de ponta da manhã (entre as 7:30h e as 9:30h) e se restringe a
frequências médias superiores a 10 minutos apenas 53% da população residente possui serviço, sendo que na freguesia de
Fernão Ferro essa percentagem desce para 30%.

A nova rede de TCR a concurso apresenta um serviço reforçado, passando a abranger 88% da população residente (i.e. 139
403 residentes segundo dos dados do Censos 2011), sendo que Fernão Ferro se mantém como a freguesia mais deficitária,
embora com uma taxa de cobertura da população de 74%.

Também a qualidade da oferta na hora de ponta da manhã se altera substancialmente. Considerando frequências médias
superiores a 10 minutos a população residente abrangida sobe para 72%, sendo que no caso de Fernão Ferro essa
percentagem passa para 62%.

Em termos de conforto destaca-se que a generalidade das paragens no concelho do Seixal possui abrigo com banco
contribuindo para minimizar a penalização associada ao período de espera.

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B.2.1| Melhorar o serviço prestado pelo TCR
A nova rede de TCR vem trazer uma melhoria relevante no serviço prestado, tanto em termos de cobertura como de
frequência (ver Figura 14).

Figura 14 – Cobertura da nova rede de TCR a concurso e frequência média, na HPM

Importa no entanto perceber a distribuição espacial da população não abrangida pelo serviço de TCR. Na Figura 15
apresenta-se a distribuição espacial da rede, por escalão de frequência, identificando as áreas sem serviço e a respetiva
densidade populacional.

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Figura 15 – Cobertura da nova rede de TCR a concurso na HPM

Na Tabela 4 apresentam-se os lugares em que mais de 10% da população residente ou mais de 100 residentes não possuem
uma paragem de TCR a menos de 400 metros na HPM.

População População Servida População Não Servida


Lugar residente
(2011) Nº % Nº %
Quinta da Aniza 298 0 0% 298 100%
Vale de Rolas 105 5 5% 100 95%
Lobateira 697 80 11% 617 89%
Valadares 857 106 12% 751 88%
Foros da Catrapona 509 78 15% 431 85%
Soutelo 365 121 33% 244 67%
Quinta de São Nicolau 262 112 43% 150 57%
Verdizela 1501 757 50% 744 50%
Belverde 1349 697 52% 652 48%
Flor da Mata 1842 967 52% 875 48%
Pinhal do Conde da Cunha 942 522 55% 420 45%
Pinhal do General 2494 1 430 57% 1 064 43%
Vale de Carros 546 378 69% 168 31%
Marisol 943 690 73% 253 27%

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População População Servida População Não Servida
Lugar residente
(2011) Nº % Nº %
Foros de Amora 5161 3 889 75% 1 272 25%
Bacelos de Gaio 914 689 75% 225 25%
Fernão Ferro 7294 5 732 79% 1 562 21%
Laranjeiras 2978 2 483 83% 495 17%
Corroios 9585 8 018 84% 1 567 16%
Alto dos Bonecos 990 829 84% 161 16%
Paivas 10808 9 142 85% 1 666 15%
Farinheiras 1371 1 172 85% 199 15%
Redondos 2938 2 545 87% 393 13%
Pinhal dos Frades 3160 2 834 90% 326 10%
Fogueteiro 6041 5 425 90% 616 10%
Cavadas 1274 1 163 91% 111 9%
Vale de Milhaços 8355 7 701 92% 654 8%
Miratejo 9506 8 821 93% 685 7%
Torre da Marinha 8013 7 548 94% 465 6%
Casal do Marco 4355 4 145 95% 210 5%
Aldeia de Paio Pires 5972 5 711 96% 261 4%
Santa Marta do Pinhal 9492 9 123 96% 369 4%
Cruz de Pau 12709 12 459 98% 250 2%
Tabela 4 – População servida e não servida por uma paragem de TCR a 400 na HPM, por lugar

Na gestão do contrato de transporte público rodoviário a cargo da AML existe margem para ajustes no serviço prestado.
Assim, importa que o município do Seixal acompanhe a concessão de TCR, otimizando e melhorando sempre que possível
o serviço prestado. Para além de verificar a articulação dos horários do TCR com o serviço ferroviário e fluvial, particularmente
relevante quando a oferta é menos frequente, importa avaliar em conjunto com a AML pequenos ajustes na rede,
contemplados no âmbito do contrato, que possam melhorar o serviço à população.

De referir que a carreira que realiza serviço em Valadares não opera na HPM. Futuramente, poder-se-ia equacionar o
prolongamento desta carreira até à Quinta da Aniza.

Relativamente à proposta de um “vai-e-vem” entre os interfaces do Fogueteiro (ferroviário) e do Seixal (fluvial) considera-se
que deixa de ser necessária face ao reforço do serviço de TCR previsto no concurso da AML. Assim, atualmente a ligação
entre os dois interfaces, circulando pela Av. Manuel da Fonseca apenas é realizada pela carreira 195 (com 23/22 circulações
por sentido por DU). Com a nova rede a concurso, para além da 195 (com 24/23 circulações por sentido por DU) também a
2F (com 58/55 circulações por sentido por DU), prolongada dos Bombeiros Voluntários ao interface fluvial, passa a garantir
esta ligação.

FICHA DE AÇÃO B.2.1.1 – ACOMPANHAMENTO DA CONCESSÃO DE TCR

B.2.2| Implementar sistemas complementares ao TCR


Em conjunto com a AML deve ser estudada a adequação de soluções inovadoras como o Demand Responsive Transport
(DRT): transportes coletivos flexíveis, a pedido, com eventuais serviços porta-a-porta e adaptados a pessoas com mobilidade
reduzida, num serviço que se pretende com a flexibilidade de um táxi, mas com preços mais próximos de um transporte
coletivo tradicional, de modo a tornar-se um fator de inclusão social. Com um serviço deste tipo, é possível a existência de

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paragens predefinidas junto a grandes geradores de tráfegos (estações de comboio, serviços públicos, etc.) ou paragens não
definidas e adequando-se às necessidades dos utentes.

Em zonas do concelho com uma forte dispersão territorial a criação de uma rede de TP que cubra com eficácia grande parte
da população cruza-se sempre com entraves financeiros e de otimização do material circulante, face à reduzida procura dos
mesmos.
Para os residentes nestas áreas, o transporte individual ou o táxi apresentam-se como as principais possibilidades de
deslocação intra-concelhias, sendo assim um forte entrave à qualidade de vida dos cidadãos. Sabendo que nestas zonas o
acesso a equipamentos e serviços pressupõe, quase sempre, a deslocação para os centros urbanos, recomenda-se
equacionar em conjunto com a AML a criação de uma rede radial de transporte público, ajustada às necessidades da
população. O regime jurídico de Transporte de Passageiros abre portas ao estabelecimento de serviços de Transporte
Público a Pedido.
Através da criação de uma rede aberta à população em geral, com flexibilidade de circuitos, paragens e horários, mas cuja
circulação está dependente de reserva prévia, é evitada a circulação de veículos vazios, simultaneamente ajustando o
material circulante à procura e otimizando os recursos existentes.
A definição da solução organizacional, área de atuação e parcerias a estabelecer deverá ser estudada, sendo possível a
criação de percursos intermunicipais sempre que o fluxo de passageiros o justifique ou existam interdependências relevantes.
Dada a reduzida procura face a um serviço tradicional deverá dar-se prioridade à criação de redes que alimentem os principais
interfaces de transporte e centros urbanos. Um serviço desta natureza, complementar à oferta de TP tradicional, deve
assegurar que os seus horários se articulam com os dos outros modos de transporte, em particular os que estabelecem a
ligação aos principais centros urbanos.
Esta ação contempla a realização de um estudo sobre a organização de transporte flexível mais adequada às especificidades
deste território, em articulação com a AML.
Com base em princípios de racionalidade económica bem como da garantia de continuidade da exploração e de qualidade
do serviço prestado, já que as lógicas territoriais nem sempre coincidem com os limites administrativos, o papel da AML é
fundamental.

O tipo de povoamento destes territórios, em particular na área a sul do eixo ferroviário, associado à escassez da oferta de
serviços, indicam a apetência para a prestação de serviços de transporte a pedido, garantindo a satisfação das necessidades
básicas de deslocação no que se refere ao acesso a bens e serviços apenas disponibilizados nos centros urbanos, como
centros de saúde, serviços públicos, mercados e feiras semanais e outros, servindo as deslocações de uma população sem
acesso a TI.

Estes serviços de transporte a pedido consistem em serviços de tipologia híbrida ou mistos, que podem variar entre táxis
partilhados ou serviços organizados por juntas de freguesia ou IPSS’s, eventualmente com recurso a veículos próprios. Estes
serviços de TP caraterizam-se em geral pela ausência de percursos, paragens ou horários fixos, uma vez que só se realizam
se existir procura.

Este serviço – transporte flexivel ou a pedido – não sendo um serviço personalizado como o táxi, possui a vantagem de ser
um serviço de transporte partilhado e logo mais eficiente do ponto de vista económico e ambiental. Comparativamente com
os serviços de TCR convencionais, as principais vantagens deste serviços estão na sua maior cobertura territorial, ao qual
se adiciona um maior nível de conforto e segurança, muito relevantes para uma população fora da idade ativa e onde as
paragens muitas vezes se encontram distantes da habitação, e por vezes até em locais isolados e com baixa acessibilidade
pedonal.

De notar que estes serviços podem ser desenhados numa lógica quase porta-a-porta, sendo que tal aumenta a flexibilidade,
no entanto normalmente isso implica também um aumento da complexidade do sistema e da percepção do serviço, para

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além dos custos de exploração e implementação do próprio sistema. A possibilidade de diversas tipologias de serviços deste
tipo é grande, nomeadamente no que concerne ao prestador do serviço, ao tipo de frota utilizada ou à configuração dos
serviços em si.

FICHA DE AÇÃO B.2.2.1 – TRANSPORTE FLEXÍVEL OU A PEDIDO

B.3| Implementar medidas de gestão da mobilidade


Um sistema de transporte não contempla apenas o transporte público, na medida em que a utilização do veículo automóvel
privado apresenta ainda uma importância demasiado elevada para ser descurada, como o diagnóstico da região assim
demonstrou.

Neste sentido, e estando cientes do contributo do aumento das condições económicas e sociais nos últimos 30 anos para o
crescimento do uso do TI motorizado, importa desenvolver um conjunto de estratégias que promovam uma mobilidade mais
sustentável.

O uso excessivo do carro tem consequências nefastas ao nível do ambiente, com o aumento da poluição, na qualidade de
vida e do espaço urbano incluindo o congestionamento, o estacionamento desregulado e o tempo perdido. As recentes
orientações globais no sentido de resolver os problemas ambientais e da poupança energética recomendam a adoção de
meios de transporte mais sustentáveis nas viagens pendulares das populações, estas opções recaem essencialmente no
transporte público, na bicicleta ou no modo pedonal. Neste sentido tem-se vindo a desenvolver e aplicar diversas ações e
planos que atualmente se tornam cada vez mais prementes.

No que concerne ao transporte público para além das tão importantes intervenções ao nível da oferta e infraestruturas importa
também melhorar as condições nas paragens de transporte público rodoviário, não só em termos de condições de espera
mas também da informação disponibilizada.

No contexto da gestão da mobilidade importa centrar as medidas de promoção do transporte público e partilhado
vocacionadas para diferentes contextos. Assim, a interoperabilidade constitui um fator de atratividade e de simplificação de
utilização do transporte público rodoviário possibilitando a integração da oferta e a sua perceção e gestão em rede. No que
toca ao incremento da intermodalidade, em particular através da rede de interfaces existentes, os vetores estratégicos
adotados consagram como princípio transversal e unificador a integração – nas suas dimensões física, de coordenação de
horários, de tarifários e de sistemas de informação – de modo a promover uma fácil, confortável e rápida mudança de modo
de transporte.

B.3.1| Monitorizar a evolução da Mobilidade no concelho


O conhecimento da evolução da mobilidade no Seixal é fundamental para possibilitar o acompanhamento das políticas de
mobilidade, apoiando o processo de implementação do PMTCS e permitindo a avaliação dos impactos alcançados.

Para o efeito propõe-se a constituição de uma equipa de acompanhamento ao PMTCS responsável, após a conclusão do
PMTCS, pela gestão e recolha da informação de forma sistemática, para que o sistema se mantenha operacional e
devidamente alimentado. Essa equipa deverá, ainda, analisar os valores extraídos do sistema de monitorização e proceder
à sua análise, avaliação face às metas definidas e comunicação de resultados.

Esta equipa de trabalho poderá materializar um observatório de mobilidade, responsável por manter uma base científica no
apoio à decisão, agregando e emitindo relatórios de análise aos resultados obtidos.

O tipo de informação que recolhe pode passar por contagens, observação e levantamentos in situ, inquéritos ou bases de
dados existentes como, por exemplo, a de acidentes da Polícia de Segurança Pública ou de utilização de serviços de

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transportes públicos, etc. Os resultados obtidos através da manipulação destas bases de dados são de extrema importância
na avaliação de novas soluções implementadas, na identificação e resolução de problemas e nas mudanças de
comportamentos e de padrões de mobilidade. A capacidade de georreferenciar a informação permitindo a análise
espacializada da mesma deverá igualmente ser incumbência deste órgão.

O acompanhamento da concretização do PMTCS recomenda a implementação de um observatório de mobilidade. Esta


estrutura deverá ter a capacidade de recolher informação relevante para a compreensão da evolução da mobilidade no
concelho do Seixal, verificando o impacto das medidas entretanto adotadas e confrontado com os resultados estimados e as
metas estabelecidas. A realização de inquéritos periódicos à mobilidade da população será útil, não só para acompanhar o
cumprimento das metas, mas também para fornecer um meio adicional de informação, que atualmente se encontra
fortemente limitado pela periodicidade decenal dos Censos da População, ou a um novo inquérito lançado pela AML.

Este observatório deverá também estabelecer uma ponte com a população, articulando as diferentes ações de sensibilização,
não só de promoção do transporte público e dos modos suaves, como também da segurança rodoviária e sobre os custos
associados à utilização do transporte individual face a outras soluções de mobilidade. A criação de “dias sem carros” ou com
transporte público gratuito são importantes formas de fazer chegar à população os benefícios da substituição do transporte
individual nas deslocações pendulares.

FICHA DE AÇÃO B.3.1.1 – CRIAÇÃO DE UM OBSERVATÓRIO DA MOBILIDADE

B.3.2| Promover o recurso aos modos suave nas deslocações curtas


Uma das maiores dificuldades dos movimentos pendulares encontra-se no first mile - last mile, onde os modos suaves se
posicionam como a melhor solução.

A gestão da mobilidade é um conceito de promoção do transporte sustentável e gestão da procura da utilização do TI, através
da mudança de comportamentos e atitudes nomeadamente nos movimentos pendulares. No cerne da Gestão da Mobilidade
estão as medidas soft, como a informação e comunicação, organização de serviços e a coordenação de diferentes atividades
implícitas a estes movimentos.

São já vários os exemplos de pedi-bus ou bike-bus implementados a nível nacional. O conceito subjacente a ambos é
similar, variando apenas o modo de transporte utilizado, i.e. bicicleta e pedonal, respetivamente. A introdução destas soluções
visa agregar a procura e possibilitar melhores condições de segurança, em paralelo com um processo de aprendizagem de
comportamentos seguros.

De notar que a implementação destes serviços impõe o estudo prévio e detalhado dos padrões de mobilidade dos alunos do
estabelecimento de ensino, assim como da disponibilidade de funcionários (da escola ou da freguesia) ou professores que
acompanhem os alunos nas deslocações.

Deverá ser escolhida uma escola piloto, onde esta estratégia se adeque à realidade local, e onde se desenvolvam
paralelamente ações de formação para o uso correto da bicicleta, que servirá não só para promover a sua utilização, mas
também para orientar o comportamento e minimizar o risco de incidentes futuros entre peões, ciclistas e condutores.

Como público-alvo propõe-se os alunos do 1º e 2º ciclos do ensino básico, uma vez que se trata de uma população ainda
dependente em termos de acompanhamento mas onde os modos suaves mais facilmente podem corresponder às
necessidades, desde logo porque as escolas funcionam com maior proximidade ao local de residência. Propõe-se como
plano piloto a Escola Básica Vale de Milhaços nº1, opção que terá de ser validada com o Agrupamento.

Não cabendo no âmbito do PMTCS definir o modelo a implementar nos circuitos de pedi-bus ou bike-bus faz-se referência
a algumas premissas que devem ser cumpridas, como por exemplo:
 Os circuitos devem ser otimizados de modo a abranger tantos alunos quanto possível;

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 Nem sempre o percurso do circuito corresponde ao percurso mais direto para a escola, mas ao mais abrangente;
 Os circuitos não devem ser muito longos, tendo no máximo 1 km de distância (cerca de 20 minutos a pé para uma
criança);
 A distância média entre paragens não deve ser superior a 150 metros e sempre que possível abranger as paragens
de TCR localizadas na proximidade da escola;
 Deve estabelecer-se um horário rígido nos pontos de paragem;
 Os circuitos de ida e volta à escola devem, tanto quanto possível, ter uma sobreposição de traçado (embora muitas
vezes se responda apenas ao percurso de ida já que o final da tarde das crianças apresenta maior variabilidade,
tanto pelas atividades extra escolares como pelo recurso aos avós).

Destas premissas de concretização dos pedi-bus ou bike-bus, é fundamental na estruturação dos circuitos ter em conta a
caracterização física da envolvente e do percurso, devendo os circuitos ser percorridos in loco, e identificando possíveis
constrangimentos, como sejam ruas pouco iluminadas, declives acentuados, descontinuidade de passeios e passeios
estreitos, locais em obras, atravessamentos de risco, etc. No caso do bike-bus é fundamental a pré-existência de vias
cicláveis.

Figura 16 – Implementação de Pedi-BUS na EB1 Vale Milhaços

FICHA DE AÇÃO B.3.2.1 – IMPLEMENTAÇÃO DE PEDI-BUS E BIKE-BUS

B.3.3| Criar soluções adaptativas suportadas nos padrões de mobilidade


O sistema de transporte não contempla apenas o TP, na medida em que a utilização do veículo automóvel privado apresenta
ainda uma importância demasiado elevada para ser descurado. Recomenda-se a análise dos movimentos pendulares dos

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trabalhadores e das opções de mobilidade no sentido de estabelecer um conjunto de medidas que contribuam para a adoção
de modos mais sustentáveis nos maiores polos geradores/atractores de viagens do município do Seixal.
Neste contexto refere-se a mobilidade partilhada, que pode ser uma solução em diferentes cenários, numa perceção alargada
de que não há soluções one-size-fits-all.

Os Planos de Mobilidade devem ser entendidos como uma ferramenta de gestão da mobilidade destinada a fomentar o uso
de meios de transporte alternativos ao automóvel privado, nos movimentos pendulares, sejam eles casa-trabalho ou casa-
escola.
Através do desenvolvimento de Planos de Mobilidade para escolas e para polos industriais/empresariais é possível estimular
estratégias de redução do uso do TI nos movimentos pendulares para a escola e para o trabalho quer seja pelo aumento do
uso do TP ou pelo recurso aos modos suaves.
As escolas, como polos geradores/atractores de deslocações, têm especificidades que estão subjacentes à população
estudante, e que por isso impõe restrições a ter em consideração nos Planos de Mobilidade, e.g. requisitos legais no
transporte de crianças e jovens até aos 16 anos, as limitações de deslocações autónomas para a faixa etária, o calendário
escolar que determina a periocidade das deslocações, ou ainda as restrições relacionadas com conforto e segurança em
percursos mais longos ou que necessitem de transbordo.
De igual forma, e devido às condicionantes apontadas, considera-se que estes planos devam ser elaborados apenas para
escolas com 200 ou mais utentes (alunos, professores e funcionários), para se justificar o tratamento que se exige. No quadro
de estabelecimentos de ensino do Seixal recomenda-se que sejam elaborados Planos de Mobilidade para escolas nas 5
Escolas Secundárias:
 Escola Secundária Alfredo dos Reis Silveira, 104 professores, 34 funcionários, 441 alunos do 3.º ciclo do ensino
básico, 727 alunos do ensino secundário;
 Escola Secundária de Amora, 215 professores, 48 funcionários, 574 alunos do 3.º ciclo do ensino básico, 630 alunos
do ensino secundário;
 Escola Secundária Dr. José Afonso, 130 professores, 36 funcionários, 522 alunos do 3.º ciclo do ensino básico, 883
alunos do ensino secundário;
 Escola Secundária João de Barros, Professores - 109 pessoas, Funcionários - 35 pessoas, 3.º Ciclo - 480 pessoas,
Total de Alunos - 967 pessoas, Ensino Secundário - 487 pessoas, Utilização Turno Diurno - Capacidade 720 alunos;
Escola Secundária Manuel Cargaleiro, 146 professores, 47 funcionários, 253 alunos do 3.º ciclo do ensino básico,
859 alunos do ensino secundário.

A população estudantil, pelo seu perfil de mobilidade, normalmente caracterizado por curtas distâncias nas ligações casa-
escola, e pela sua disponibilidade física, será um grupo da população onde a utilização dos modos suaves deve ser
ativamente promovida. Para além da disponibilização da infraestrutura devem ser realizados projetos de divulgação /
sensibilização junto da população escolar promovendo de forma ativa a transferência modal. Inclui-se ainda neste âmbito a
introdução de formação nas escolas sobre a segurança rodoviária que deverá incluir um conjunto de estratégias integradas
para a prevenção dos acidentes.
Sob esta perspetiva considera-se essencial o desenvolvimento de planos de mobilidade sustentável para escolas e de ações
de promoção dos modos suaves para as ligações casa-escola.
FICHA DE AÇÃO B.3.3.1 – PLANOS DE MOBILIDADE SUSTENTÁVEL PARA ESCOLAS

Os Planos de Mobilidade para Empresas e Polos Geradores e Atractores de Deslocações são instrumentos de planeamento
que pretendem apoiar as entidades/organizações para uma gestão mais eficiente da mobilidade induzida pela sua atividade,
através do desenvolvimento e implementação de um conjunto integrado de medidas ajustadas às características de cada
empresa ou polo gerador de viagens, ao perfil da atividade, às suas exigências e às necessidades específicas de deslocação
dos colaboradores, fornecedores e visitantes.

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A elaboração de Planos de Mobilidade para Empresas e Polos Geradores e Atractores de Deslocações encontra-se
estritamente relacionada com a promoção de um sistema de TP que contribua para melhorar a oferta de serviços aos
principais polos de emprego - atuais e futuros. Para a elaboração destes planos considera-se fundamental o envolvimento
dos principais empregadores, para além das entidades públicas e dos operadores de transporte.
Os planos de mobilidade para empresas e polos devem ser entendidos como ferramentas de gestão dos movimentos casa-
trabalho, mas também para deslocações em serviço ou por outros motivos, visando otimizar as necessidades de mobilidade
relacionadas com as atividades.
De modo geral estas atividades apresentam um conjunto de características comuns como a elevada concentração de viagens
num determinado período dia, horários laborais semelhantes, necessidades logísticas comuns, volume muito significativo de
viagens geradas pelos colaboradores e em alguns casos por visitantes (caso das áreas comerciais, Hospital e Festa do
Avante).
O PNAEE recomenda que estes planos sejam elaborados para áreas empresariais ou industriais com mais de 500
colaboradores. Contudo, o Guia para a elaboração de Planos de Mobilidade de Empresas e Polos do IMT, no qual se define
a metodologia para a elaboração destes considera que os mesmos devem abranger outras tipologias de atividades geradoras
de importantes volumes de viagens diárias, como são no caso no Seixal as grandes áreas comerciais, o Novo Hospital do
Seixal quando implementado ou mesmo a Festa do Avante.
Recomenda-se a implementação de cinco planos nos seguintes geradores:
 Plano de mobilidade sustentável para o RioSul Shopping;
 Plano de mobilidade sustentável para o Novo Hospital do Seixal;
 Plano de mobilidade sustentável para o Parque Empresarial do Seixal (Siderurgia – LisbonSouthBay);
 Plano de mobilidade sustentável para o Parque Industrial do Seixal;
 Plano de mobilidade sustentável para a Festa do Avante.

A problemática da mobilidade empresarial e de polos geradores/atractores de viagens está sempre relacionada com a
tipologia da atividade, assim como da localização geográfica e da envolvente funcional, que impõem diferentes propostas de
intervenção uma vez que originam diferentes tipologias de problemas. A elaboração deste planos está estritamente
relacionada com a necessidade de adaptar a oferta de TP à dinâmica da procura, estruturada de forma a assegurar uma
cobertura adequada às necessidades. Entre as possíveis medidas a adotar são exemplos: promoção da utilização do TP,
melhoria das condições para a utilização da bicicleta e condições pedonais, gestão do estacionamento, racionalização do
uso do automóvel e utilização de novas tecnologias para otimização das frotas ou a sua substituição por veículos menos
poluentes através da implementação de programas de carpooling.
FICHA DE AÇÃO B.3.3.2 – PLANOS DE MOBILIDADE SUSTENTÁVEL PARA EMPRESAS E POLOS

B.3.4| Criar campanhas de sensibilização para a mobilidade sustentável


A mudança dos hábitos da população com vista ao estabelecimento de um padrão de mobilidade mais sustentável não se
encontra apenas dependente da criação de infraestrutura para o efeito, nem pela melhoria da qualidade e da eficiência do
transporte público. A criação de mecanismos que informem a população é um catalisador essencial para a correta
implementação desta estratégia e para a obtenção dos resultados pretendidos.

Na Carta de Qualidade do Ar são identificadas um conjunto de boas práticas para a melhoria da qualidade do ar que importa
integrar, nomeadamente através da promoção de ações de formação sobre condução económica para condutores de
transporte público de passageiros e mercadorias ou de ações de sensibilização da população para modos alternativos /
complementares ao automóvel.

A consciencialização e sensibilização são medidas fundamentais a serem tomadas de forma integrada com as anteriormente
descritas, dada a necessidade em alertar e esclarecer os consumidores e empresas para a relevância deste tipo de medidas.

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Para qualquer medida que seja implementada neste sentido, é também importante a realização de ações de sensibilização
que permitam a ampliação dos seus benefícios, contribuindo para a alteração dos hábitos dos utilizadores e para a
consciencialização de práticas mais sustentáveis. Todas estas campanhas e o fomento do uso de meios de transporte suaves
devem ser vistos no sentido de promover a complementaridade entre os modos suaves e o transporte público promovendo
a redução do recurso ao modo TI.

As ferramentas de comunicação são vetores importantes para a alteração de comportamentos, e.g. campanhas de
sensibilização sobre a mobilidade sustentável em escolas e para a população em geral, sensibilização sobre os custos de
utilização do transporte individual, etc.

Importa notar que para além da divulgação pública inicial se prevê um trabalho continuado de apresentação do PMTCS
integrado na Semana Europeia da Mobilidade, inicialmente de forma abrangente e depois de forma individualizada,
apresentando os resultados obtidos. Desta forma, estabelece-se a seguinte programação anual, mas sem efeitos
vinculativos:

 em 2021 deverá ser apresentado o plano de uma forma abrangente e estabelecidos os objetivos que lhe presidem;
 em 2022 deverá já estar implementada a nova rede de TCR resultante do concurso a cargo da AML, sendo a
oportunidade de apresentar as melhorias introduzidas;
 em 2023 deverá ser apresentado o sistema de gestão do estacionamento na envolvente aos interfaces entretanto
implementado;
 em 2024 deverão ser abordados os modos suaves, apresentando a rede pedonal e ciclável, tanto existente como
prevista, aproveitando por divulgar as vantagens na sua utilização.
FICHA DE AÇÃO B.3.4.1 – AÇÕES DE FORMAÇÃO / WORKSHOPS PARA UMA MOBILIDADE SUSTENTÁVEL

A sensibilização para a problemática da mobilidade sustentável apresenta-se como uma orientação estruturante deste
PMTCS.

A comunicação direcionada para crianças e jovens tem-se demonstrado muito positiva, com resultados efetivos na
capacidade de alterar comportamentos no contexto familiar. Objetivada na educação para a mobilidade sustentável deste
público-alvo a comunicação de conhecimento visa:

 A tomada de consciência do impacto ambiental provocado pelo sistema de transportes;


 O reconhecimento de que existem alternativas ao TI, nomeadamente alternativas mais sustentáveis;
 A compreensão do sistema de transportes provocando a progressiva mudança de comportamentos favorecendo
opções modais como o TP.

Tendo em vista a necessidade de transmissão destes conhecimentos e a alteração de comportamento na escolha modal
recomenda-se a promoção de campanhas de sensibilização nas escolas, incentivando a transferência de conhecimento
através de processos participados e colaborativos assentes na interação entre escola e comunidade.

É ainda especialmente recomendada a integração de atividades práticas nos conceitos da mobilidade sustentável nos
projetos educativos da agenda escolar, criando condições para o aprofundamento do conhecimento neste domínio, aliando
à componente teórica uma componente mais prática de reconhecimento do contexto e da apresentação de soluções (e.g.
pedi-bus e bike-bus).

FICHA DE AÇÃO B.3.4.2 – CAMPANHAS DE INFORMAÇÃO / COMUNICAÇÃO JUNTO DAS ESCOLAS

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O incentivo à transferência modal, do TI para o TP e modos suaves, no quadro de uma estratégia de promoção da mobilidade
sustentável que orienta este PMTCS, exige a conjugação de diferentes medidas de natureza distinta, que incidam sobre as
várias componentes do sistema de transporte.

Por exemplo, no caso do TP e dos modos suaves, importa promover a sua utilização junto da comunidade local e visitante.
Subjacente a este objetivo está a orientação de que a melhoria da informação e comunicação, que permita um maior
conhecimento sobre os pontos fortes da sua utilização, pode atuar como incentivo à transferência modal, possibilitando uma
mobilidade mais sustentável neste território.

Uma vez mais é fundamental sensibilizar e dar a conhecer à comunidade o próprio sistema de TP e modos suaves,
promovendo a sua utilização, assim como as vantagens económicas e ambientais que lhes estão inerentes ou no sentido
inverso dar a conhecer os custos efetivos da utilização do TI, quer ao nível dos custos económicos e ambientais, quer na
forma como afeta a qualidade de vida e do espaço urbano.

B.3.5| Implementar campanhas de sensibilização de segurança e


sinistralidade rodoviária
A promoção dos modos suaves, pedonal ou ciclável, deve ser acompanhada de formação relativa ao comportamento a adotar
enquanto utilizador do espaço público, sendo que um dos pilares desta promoção é a garantia da segurança com que
circulam.

De facto, a expectativa de qualquer utilizador do espaço é que os restantes utilizadores cumpram as regras de circulação,
mas o desconhecimento das regras pode comprometer a segurança em situações de conflito. De referir ainda que algumas
estatísticas apontam para o aumento da segurança dos ciclistas com o aumento da escolha da bicicleta como opção modal
(CTC, s.d.). Assim a promoção da utilização destes modos tem como vantagens a organização do espaço público, redução
das emissões de poluentes e segurança dos utilizadores.

Neste sentido deve ser disseminada informação relativa aos comportamentos a adotar e às regras em vigor. O objetivo da
ação passa pela criação de um sentimento de responsabilidade de todos os utilizadores da via, inclusive dos peões,
atendendo à sua situação de maior risco, alertando para os seus direitos e deveres, assim como a capacidade de relacionar
as regras de trânsito com a segurança dos utentes da via pública. Pretende-se ainda desenvolver a consciência cívica de
todos em relação aos outros que se deslocam pelo mesmo modo ou outro. As iniciativas de sensibilização devem tratar
temas específicos, recorrendo a representações práticas e ajustadas ao público-alvo.

É perentório educar a população para a utilização da bicicleta, não só para estes agirem de forma preventiva, ensinando os
sinais e as regras de trânsito para que circulem de forma segura e responsável como a atuação em caso de conflito.

A ANSR disponibiliza, no seu sítio eletrónico institucional, diversa documentação sobre o tema da circulação de peões e
ciclistas, como guias, brochuras e vídeos. Os referidos guias ensinam as regras, normas e comportamentos a cumprir e
adotar pelos peões e pelos ciclistas, de modo a garantir uma circulação mais segura, visando a sua sensibilização de forma
a promover a segurança rodoviária. Estes documentos deverão ser utilizados nas campanhas a implementar.

 Peões: www.ansr.pt/Campanhas/Pages/Guia-do-Peão-.aspx
 Bicicletas: www.ansr.pt/Campanhas/Pages/Guia-do-Condutor-de-Velocípede.aspx

As escolas para ciclistas são vistas como forma de promoção da utilização da bicicleta, mas servem ainda de resposta ao
possível desconhecimento do Código da Estrada (uma vez que a formação não é obrigatória) bem como à utilização da
bicicleta. A Educabicla é um dos exemplos de escolas para ciclistas (mais informação pode ser consultada em:
www.educabicla.pt).

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Figura 17 - Escolas para ciclistas para crianças (à esquerda) e para adultos (à direita)

Compete assim ao Observatório Municipal de Segurança Rodoviária (cuja criação se encontra prevista no âmbito da
execução do Plano de Segurança Rodoviária – Ficha E.3.3.1) a articulação com os vários serviços do município como de
entidades parceiras: CP - Comboios de Portugal; ACP – Automóvel Club de Portugal; APSI - Associação para a Promoção
da Segurança Infantil; MUBi – Associação para a Mobilidade Urbana em Bicicleta; UVP/FPC - União Velocipédica
Portuguesa/Federação Portuguesa de Ciclismo; ACA-M – Associação de Cidadãos Auto-Mobilizados e UA – Universidade
de Aveiro. A organização e divulgação destas ações de formação que podem funcionar focadas em determinados grupos,
como estabelecimentos de ensino, ou podem ser abrangentes a toda a população.

Os cursos de condução defensiva apresentam-se como uma forma de treinar os condutores a ter uma posição defensiva na
condução evitando situações de risco e a aprender formas de minimizar consequências em posição de acidente eminente.
Vários estudos apontam para que este treino contribui para a diminuição do envolvimento em acidente, ainda que o treino
não seja a medida mais eficaz de redução de sinistralidade (Christie R., 2001).

As ações de formação visam promover a alteração de atitude para uma postura mais positiva e segura na circulação na via
pública, identificar comportamentos ajustados a uma segura interação no trânsito, como peão ou condutor, reconhecendo
que na via pública a sua segurança depende não só dos comportamentos evidenciados diariamente, mas também da
capacidade de convivência com os outros utentes.

Assim deve ser visto como um complemento às iniciativas de informação e educação anteriormente identificadas e, a
existirem, devem estar sempre coordenados com uma forte componente teórica nomeadamente sobre o Código da Estrada.

A mudança de comportamentos passa muitas vezes pela pressão social no sentido de incentivar comportamentos mais
seguros. A educação para a segurança rodoviária é essencial para o desenvolvimento de uma cultura para a segurança
rodoviária principalmente sobre as gerações mais novas, ensinando comportamentos seguros para o futuro. É importante
integrar a família no processo de sensibilização, pois o exemplo dado pelos pais é a base da formação que, embora simples,
assegura o mecanismo de educação sustentada. Os pais, e a família em geral, para além de condutores são parceiros
educativos pelo que deve ser dada especial atenção à formação dos mesmos de modo a que os exemplos que dão sejam
os melhores. No entanto, com a sensibilização também é conseguido em fluxo inverso, dos filhos para os pais. A informação
dada aos filhos é muitas vezes canalizada para os pais através do alerta dos mais novos sobre a ausência ou incumprimento
do um procedimento que lhe foi transmitido, ou seja, os mais novos que por um lado se formam também informam sobre a
forma de comportamento enquanto utilizadores do espaço público.

A sensibilização pode ainda ser feita através da produção de suportes de comunicação elaborados por alunos e pais,
aproveitando desta forma para interagir com a população adulta, posteriormente fixado em recinto escolar.

De referir ainda a vertente de sensibilização de forma a familiarizar as crianças com os agentes de segurança, mostrando
aos mais novos a importância e a ajuda que estes prestam a toda a população, revertendo a atitude receosa que por vezes
existe e que é transmitida por familiares.

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As campanhas publicitárias têm como objetivo dissuadir comportamentos de risco que aumentam a probabilidade de
acidentes rodoviários. Fazem parte da educação e informação aos condutores sobre as consequências dos seus atos
enquanto utilizadores da via pública.

Muitas têm sido as campanhas promovidas por entidades como a ANSR - Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, a
GNR - Guarda Nacional Republicana, IMT - Instituto de Mobilidade e Transportes, PRP - Prevenção Rodoviária Portuguesa,
entre outras incluindo entidades privadas como o ACP - Automóvel Clube de Portugal, seguradores, empresas automóveis
(Figura 18) e de combustíveis.

Figura 18 - Campanhas internacionais de segurança rodoviária patrocinadas por fabricantes de automóveis (BMW, Volkswagen e FIAT)

A formação nas escolas constitui uma aposta estratégica, tanto pela abrangência que possibilita – facilmente a comunicação
chega a toda a família – como pelo impacto – trata-se de uma faixa etária muito disponível, condicionando o comportamento
de futuros condutores.

A educação dos jovens reveste-se de particular premência já que enquanto peões e ciclistas utilizam a via e constituem um
grupo de risco evidenciado pelos sinistros em que estão envolvidos, mas por outro lado formam-se futuros condutores e
projetam-se os efeitos dessa aprendizagem nos resultados futuros da segurança rodoviária.

A passagem de informação deverá estar articulada com ações ou eventos de sensibilização aos alunos, que se poderão
estender a toda a população, e podem ser pontuais ou prolongados por alguns períodos de tempo. Refira-se como exemplo
a ação realizada em maio de 2015 em Aveiro, organizada pelo Município de Aveiro, Universidade de Aveiro (UA), Automóvel
Club de Portugal (ACP), BP-Portugal, Brisa e Fórum Estudante que teve como principal objetivo a sensibilização dos jovens
para a segurança rodoviária através de atividades focadas em diferentes grupos etários e muito concentrados na comunidade
escolar e universitária. Incluiu vários eventos e sessões de sensibilização com alvo em diferentes faixas etárias.

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Cabe assim ao município a organização e divulgação destas iniciativas, em articulação com as entidades parceiras
supracitadas, que podem funcionar focadas em determinados grupos, como a população escolar, ou podem ser abrangentes
a toda a população. Recomenda-se assim a implementação destas lições de segurança rodoviária nas escolas do município.

De referir que as alterações ao Código da Estrada devem ter especial foco na divulgação de informação e nestas iniciativas.

A ANSR disponibilizou em março de 2016 o Guião para a Educação Rodoviária2, disponível no sítio eletrónico do IMT. Este
documento sintetiza as metodologias a adotar para ensinar a vivência em segurança no ambiente rodoviário.

Existe uma grande bagagem de informação disponibilizada gratuitamente sobre esta temática, nomeadamente o sítio
eletrónico do programa Internacional de educação rodoviária Segurança Para Todos (www.segurancaparatodos.com) que
inclui material didático e de informação que poderá ser utilizada e deverá ser divulgada no âmbito da formação de crianças,
pais e jovens condutores.

Complementarmente à adoção de comportamentos seguros na via estas formações poderão ainda permitir a promoção da
prestação de auxílio e a divulgação das práticas de primeiros socorros.

A prestação de auxílio deve ser encarada como uma prioridade cívica, proceder ao aviso e ao auxílio contribuindo para
reduzir de forma acentuada as consequências dos sinistros, numa atuação imediata sobre o sinistrado. Um condutor que
assista a um acidente no qual existam sinistrados, mesmo que o acidente tenha sido causado por outros, tem o dever de
parar e prestar auxílio.

As medidas básicas estão acessíveis a todos e podem contribuir para reduzir as consequências do sinistro. As medidas
básicas de atuação devem ser divulgadas da forma mais abrangente possível reservando a prestação dos primeiros socorros
a quem disponha de formação e conhecimento para o efeito. A divulgação destas medidas pode ser feita de forma rápida
através de folhetos ou associada a workshops temáticos.

A educação para os primeiros socorros surge como a resposta técnica necessária à redução do tempo de auxílio através da
generalização dos conhecimentos das práticas de primeiros socorros adequadas a cada situação, o que depende de uma
campanha de formação mais abrangente e direcionada. O socorrismo assenta em três princípios gerais – prevenir o
agravamento, alertar corretamente e socorrer a vítima – apoiando e estabilizando a vítima até à chegada do socorro
profissional.

A discussão abrangente dos diversos temas que envolvem a segurança rodoviária deverá contribuir para uma alteração
comportamental de fundo visando uma sociedade mais consciente e atenta.

FICHA DE AÇÃO B.3.5.1 – AÇÕES DE FORMAÇÃO / WORKSHOPS DE SEGURANÇA RODOVIÁRIA


FICHA DE AÇÃO B.3.5.2 – CAMPANHAS DE INFORMAÇÃO / COMUNICAÇÃO DE SEGURANÇA RODOVIÁRIA

B.3.6| Incentivar a mobilidade elétrica


Os veículos elétricos são mais eficientes na energia que gastam, menos poluentes e comportam menores custos de consumo
quando comparados com os de combustão interna. No âmbito da promoção de estratégias de baixo teor de carbono
considera-se essencial o incentivo à mobilidade elétrica para a redução do consumo de combustíveis fósseis pelo setor dos
transportes.

2 Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária – Guião para a Educação Rodoviária (ANSR, 2016)

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A utilização deste tipo de veículos contribui para a redução das emissões de dióxido de carbono assim como de outros GEE
durante a vida útil do veículo, esta diminuição pode ser ainda mais significativa com o aumento da utilização de energias
renováveis, como a eólica ou solar. Os veículos elétricos têm ainda a vantagem de produzir um ruído mínimo, induzindo
desta forma uma moderação na poluição sonora nas cidades.

No que ao ruído respeita destacam-se os instrumentos fundamentais para a sua mitigação e monitorização, como o Mapa
de Ruído do Município do Seixal (MRMS) e o Plano Municipal de Redução de Ruído (PMRR). O PMRR encontra-se em
elaboração, pelo que não é possível integrar as medidas e/ou propostas deste no PMTCS. No entanto, pela sua relevância,
importa acompanhar o seu desenvolvimento em estreita relação com o PMTCS.

Na Carta de Qualidade do Ar são identificadas um conjunto de boas práticas ao nível do transporte rodoviário para a melhoria
da qualidade do ar, nomeadamente a instalação de postos de carregamento de veículos elétricos.

Assim, e de uma forma global, a mobilidade elétrica é mais sustentável, maximiza as vantagens da mobilidade sem prejudicar
o meio urbano, aumentando assim a qualidade de vida, principalmente em zonas urbanas.

Apesar dos veículos elétricos serem mais benéficos em termos ambientais (atmosféricos e sonoros) e terem consumos mais
baratos, existem alguns impedimentos à expansão desta forma de mobilidade nomeadamente: o preço ainda elevado dos
veículos, o tempo de carregamento necessário e a perceção de uma autonomia limitada (denominada na literatura
internacional como “range anxiety”) que causa apreensão pela possibilidade de ficar sem bateria e está diretamente
relacionada com uma rede pouco densa de postos de carregamento.

A perceção da dificuldade de carregamento pode ser altamente dissuasora da aquisição e utilização de veículos elétricos.
Apesar de a grande maioria dos utilizadores de carros elétricos dar preferência aos carregamentos noturnos em casa, precisa
ter a segurança de que, qualquer que seja o seu destino, poderá carregar o seu veículo com conforto.

Reconhecendo-se o potencial da mobilidade elétrica crê-se pertinente promover a massificação deste modo sustentável nas
dinâmicas pendulares do concelho do Seixal. A utilização de veículos elétricos, ainda que representando uma forma de
transporte individual, é caracterizada pela ausência de emissões de CO2 justificando assim a sua integração numa estratégia
de promoção de mobilidade sustentável.

Apesar da tendência para o aumento do número de veículos em circulação, a falta de infraestrutura de carregamento,
necessária face à reduzida autonomia dos veículos atuais, é hoje um dos principais fatores impeditivos da proliferação deste
tipo de soluções na mobilidade dos cidadãos. Partindo do princípio que os residentes e/ou trabalhadores no concelho efetuem
o carregamento no local de residência, a estratégia dirige-se assim aos visitantes ao concelho cujo trajeto ida/volta seja
superior à autonomia do veículo.

Aproveitando a recente liberalização do setor, a estratégia passa por uma expansão da rede de pontos de carregamento
rápido nas áreas comerciais do concelho, garantindo a existência de pelo menos um ponto de carregamento em cada
localização, valor que poderá ser reforçado de acordo com a procura. Ao diminuir os custos de operação do transporte
individual a mobilidade elétrica contribui para a competitividade dos territórios periféricos.

O Seixal possui atualmente três postos de carregamento elétrico rápidos, todos eles localizados no nó do Fogueteiro.

Em 2020 a CMS procedeu à publicação de uma hasta pública para a instalação de 10 postos de carregamento elétrico. Este
procedimento destinou-se à concessão do direito de uso privativo de 20 lugares de estacionamento, traduzidos em 10 postos
de carregamento, em locais públicos de acesso público.

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Figura 19 – Expansão da rede de postos de carregamento rápido

FICHA DE AÇÃO B.3.6.1 – EXPANSÃO DA REDE DE POSTOS DE CARREGAMENTO RÁPIDO

B.4| Aumentar a sustentabilidade das atividades logísticas


O concelho do Seixal assume um posicionamento diferenciado em termos de logística regional já que possui um ponto de
acesso à rede ferroviária na Siderurgia Nacional, possibilitando uma forte aposta no transporte ferroviário de mercadorias.

A aposta no transporte ferroviário de mercadorias assume um papel central num contexto em que a descarbonização da
economia constitui um dos pilares das políticas públicas, contribuindo não só para a redução das emissões poluentes mas
também para a redução do impacto na rede rodoviária.

A Siderurgia Nacional é uma das dez maiores empresas exportadoras nacionais, com a exportação anual de mais de dois
milhões de toneladas de produtos de aço (considerando as duas unidades nacionais). A Lusosider – Aços Planos, igualmente
localizada na Aldeia de Paio Pires surge em nono lugar no ranking regional das maiores empresas do distrito de Setúbal.

Como já referido paralelamente à disponibilidade de grandes áreas industriais e logísticas, como é o caso do Polo Industrial
da Siderurgia, tem-se assistido à proliferação de pequenas áreas de concentração destas atividades económicas – industriais
e logísticas – de forma dispersa, em boa medida em localização que permite tirar partido da rede rodoviária fundamental,
como a EN10, a A2 e a A33, o que resulta na sua localização junto aos nós destas infraestruturas. Uma situação que provocou
pressão acrescida pela circulação de veículos pesados, sobretudo nas vias que estabelecem ligações à rede fundamental.

A pressão resultante das atividades económicas no Polo Industrial da Siderurgia e no Parque Industrial do Seixal introduzida
sobre a rede viária resulta numa elevada concentração de veículos pesados, agravando os problemas de qualidade do ar e

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de congestionamento nas horas de ponta e dificultando a gestão da infraestrutura. Importa avaliar a possibilidade de
restrições à circulação de veículos pesados em algumas vias com caráter mais urbano.

Na Carta de Qualidade do Ar são identificadas um conjunto de boas práticas ao nível do transporte rodoviário para a melhoria
da qualidade do ar, que importa integrar, nomeadamente: a redução da velocidade de circulação automóvel com a introdução
de limites de circulação de 100 km/h nos principais acessos e a restrição de circulação de veículos pesados de mercadorias
junto a escolas e centros de saúde no período diurno.

À escala micro, é a logística urbana e a micro logística que necessitam de ser equacionadas, tanto no apoio ao comércio,
restauração e serviços, como na resposta aos particulares.

É fundamental incluir a problemática da logística urbana na política municipal, levantando vários desafios, nomeadamente a
mitigação de impactos negativos provenientes do transporte de mercadorias em contexto urbano, especialmente quando
requer frotas com elevado número de veículos pesados, uma ampla utilização do espaço público para entregas porta-a-porta,
ou congestionamento da rede urbana.

As operações de cargas e descargas nas zonas mais comerciais, dada a ausência de regulamentação relativa a este tipo de
estacionamento no município do Seixal e da usurpação do espaço destinado a este tipo de operação pelo estacionamento
ilegal de veículos, são realizadas em muitos casos em plena via, perturbando a circulação viária nesses territórios.

No município do Seixal existem inúmeros lugares dedicados a operações de cargas e descargas distribuídos principalmente
pelas áreas comerciais. A introdução destes lugares, face à falta de regulamentação específica, resulta de pedidos avulso
apresentados pelos comerciantes e lojistas.

Por outro lado, a sinalização adotada no município não se encontra homogeneizada.

Importa assim prever a realização de um Regulamento para cargas e descargas que dê resposta às problemáticas
identificadas ao nível da logística urbana.

Em paralelo propõe-se a realização de um projeto piloto de gestão da logística, envolvendo os agentes locais e testando
soluções inovadoras, com o objetivo de alcançar uma cadeia de distribuição mais sustentável.

B.4.1| Restrição à circulação de pesados


O Seixal possui extensas áreas dedicadas a atividades industriais e logísticas gerando um volume relevante de veículos
pesados.

O levantamento ao número de veículos pesados a circular na rede viária principal, realizado no âmbito do diagnóstico do
PMTCS, permite verificar a distribuição desta pressão.

A concentração de empresas na área da Aldeia de Paio Pires, entre a Siderurgia Nacional, mais a norte, e o Parque Industrial
do Seixal e a Zona Industrial do Casal do Marco que, a sul, confrontam com a A2, estende-se praticamente num contínuo
dedicado às atividades industriais, marcando de forma indelével este território. Esta área estrutura-se em termos viários em
torno da EN10 e da EN10-2, com impacto direto no tráfego de veículos pesados nestas vias. De facto, e considerando apenas
os veículos pesados tipo TIR, destacam-se com valores superiores a 35 veículos / hora a A2, a sudeste do nó do Fogueteiro,
a EN10 a nascente do nó do Fogueteiro e a EN10-2 em direção a Paio Pires (atingindo os 52 veículos / hora).

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Figura 20 – Volume horário de tráfego de pesados por posto de contagem na HPM

Quando se consideram os volumes globais de tráfego de pesados destacam-se, com um valor superior a 75 veículos, as
seguintes vias:

 Na EN10 (sendo que entre o Fogueteiro e o limite nascente do concelho os volumes globais de tráfego de pesados
são superiores a 100 veículos / hora);
 Na EN10-2, a partir do acesso da EN10;
 Na EN378 tanto a norte como a sul do nó de acesso à A33;
 Na A2, a norte e a sul do nó do Fogueteiro;
 Nas vias locais analisadas, apenas a Rua 25 de Abril (na Cruz de Pau) apresenta valores superiores a 75 veículos
/ hora.

A acessibilidade à Siderurgia Nacional constitui uma preocupação dos decisores públicos tanto na alternativa rodoviária –
encontra-se prevista em sede de PDM a execução de uma Via Industrial de Tráfego Pesado – como por barco – o PETI3+
prevê a reativação do Cais da Siderurgia Nacional (Terminal do Seixal).

A rede viária prevista, nomeadamente a variante à EN10, a variante à EN378 e a Via Industrial de Tráfego Pesado, oferecendo
alternativas de acesso às principais áreas industriais e logísticas do Seixal, permitem a restrição de circulação de veículos
pesados nas vias que atualmente suportam esse acesso – a EN10, a EN378 e a EN10-2.

No Parque Industrial do Seixal propõe-se o reforço do papel da Rua da Indústria na estruturação dos movimentos dos veículos
pesados, mediante o fecho da rede viária em direção à Via Industria de Tráfego Pesado prevista (Ficha C.1.1.1) e a
requalificação da Rua da Indústria (Ficha C.1.1.2), constituindo-se como alternativa à EN10.

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Para além da restrição de circulação de veículos pesados de mercadorias na EN10, a EN378 e a EN10-2, que se considera
estratégica, é ainda fundamental a curto prazo responder à melhoria da qualidade de ambiente urbano. Assim, a restrição de
circulação de veículos pesados de mercadorias deve incidir sobre vias da malha viária mais fina de acesso local. Esta questão
deve ser priorizada quando as vias coincidem com a rede estruturante dos modos suaves, com especial enfoque nos eixos
onde a rede ciclável partilha a via com o trânsito automóvel, aumentando assim o conforto e segurança da deslocação,
nomeadamente:
 Corroios – Avenida Fábrica da Pólvora;
 Amora – Rua Azinhaga e Avenida do Bonfim; Rua Infante D. Augusto; Rua 1º de Maio; Avenida Silva Gomes, Rua
Lobatos, Rua Fonte de Prata e Rua dos Operários; Rua Celestino de Castro;
 União das Freguesias do Seixal, Arrentela e Aldeia de Paio Pires – Rua Casal do Marco; Praça Miguel Bombarda e
Calçada da Boa Hora; Avenida Carlos de Oliveira; Avenida 25 de Abril; Avenida José António Rodrigues, Rua Alves,
Redol, Rua Aristides da Costa, Rua José O’Neill Pedrosa e Rua Mário Ribeiro de Jesus;
 Fernão Ferro – Rua João Villaret, Rua Anjos Teixeira e Rua Luísa Tody.

Deve ser sempre assegurado que os eixos viários na envolvente próxima dos restringidos são uma alternativa para
distribuição deste tráfego. Importa notar que estas restrições de circulação de veículos pesados de mercadorias se fazem
sem prejuízo do acesso a operações de carga e descarga, uma vez que se garante o acesso a quem realiza estas operações
locais.

Por fim, importa atuar junto dos equipamentos escolares no sentido de restringir progressivamente a circulação de veículos
pesados de mercadorias.

Figura 21 – Eixos com restrição de circulação de veículos pesados de mercadorias (para além da EN10, a EN378 e a EN10-2)

FICHA DE AÇÃO B.4.1.1 – CONDICIONAMENTO DE VEÍCULOS PESADOS NO ESPAÇO URBANO

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B.4.2| Implementar medidas de gestão de cargas e descargas
Para além da resolução dos estrangulamentos e debilidades identificadas a nível do sistema de transportes logístico, são
relevantes alguns problemas localizados no domínio das operações de carga e descarga em meio urbano.

Os constrangimentos muitas vezes são provocados pela paragem de viaturas de mercadorias na faixa de rodagem, que
constrangem a mobilidade urbana e comprometem a segurança rodoviária. Da mesma forma, a paragem destes veículos
muitas vezes acontece sobre o passeio ou passadeiras criando condicionalismos à circulação pedonal e à fruição do espaço
público.

Com o objetivo de diminuir os impactos anteriormente referidos será necessário proceder ao ordenamento do estacionamento
de cargas e descargas, uma vez que o estacionamento dedicado a este fim é muitas vezes inexistente ou insuficiente, outras
vezes a sua localização não é a mais adequada às necessidades de distribuição.

Fundamentalmente recomenda-se a regulamentação das operações de carga e descarga, uma vez que a sua implementação
permite disciplinar e normalizar estas operações, nomeadamente na sua execução em bolsas de estacionamento próprias e
em períodos específicos e restritos. Deve garantir-se que as operações de carga e descarga ocorrem em lugares reservados
para o efeito, não perturbando a circulação e segurança rodoviária e pedonal, provocadas pela ocorrência de situações de
estacionamento ilegal e de constrangimento dos fluxos nos centros urbanos.

O estudo necessário à definição desta regulamentação não cabe no âmbito do PMTCS. No entanto, o conhecimento adquirido
permite definir um conjunto de recomendações para o mesmo, e que passam por:

 Definição dos veículos abrangidos pelo regulamento, nomeadamente em função da dimensão e capacidade;
 Definição de horários de cargas e descargas;
 Definição do tempo máximo para cargas e descargas;
 Identificação e delimitação das zonas de carga e descargas e respetivos horários através de sinalização específica
para o efeito;
 Definição de exceções e condições para obtenção de autorização fora do regime geral;
 Definição dos termos de fiscalização, identificando as autoridades responsáveis pela mesma, e do regime
sancionatório, aplicado às situações de incumprimento.

A ausência de fiscalização do estacionamento ilegal e a não penalização destas infrações reflete-se frequentemente na
ocupação do espaço dedicado a utilizadores específicos por outros que não estes, e a ocupação por períodos que
ultrapassam o regulamentado em áreas de estacionamento condicionada. Sem fiscalização a utilidade de zonamentos de
condicionamento de estacionamento e a definição de tempos máximos de permanência é posta em causa.

FICHA DE AÇÃO B.4.2.1 – REGULAMENTAÇÃO PARA CARGAS E DESCARGAS

B.4.3| Implementar projeto piloto de gestão da logística


A logística constitui uma importante parcela do sistema, pelo que é fundamental racionalizar a atividade logística criando uma
rede logística eficiente e ambientalmente sustentável, baseada na interoperabilidade e intermodalidade. Do perfil dos polos
industriais e logísticos e do diagnóstico do impacto sobre a rede viária resultante da circulação de veículos pesados resulta
a necessidade de diminuir estes impactos através da implementação de um projeto piloto de gestão da logística.

O reordenamento da atividade logística no concelho do Seixal pode contribuir para o descongestionamento da rede rodoviária
municipal, nomeadamente na EN10, bem como na envolvente e no interior dos principais aglomerados urbanos, como
identificado na fase de diagnóstico do PMTCS.

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A melhoria da eficiência da atividade logística pode ser alcançada através de sistemas mais racionais, eficazes e amigos do
ambiente urbano. Em diversas cidades europeias têm vindo a ser testadas e implementadas soluções de logística urbana,
visando o aumento da competitividade e eficiência do sistema de transportes. No concelho do Seixal o projeto piloto proposto
visa fundamentalmente retirar os veículos pesados de mercadorias das áreas urbanas e das zonas mais congestionadas. A
implementação do projeto piloto permite avaliar o potencial de redução do número de veículos em circulação no meio urbano
e logo a melhoria das condições de mobilidade.

A implementação de um projeto piloto de logística urbana e gestão de cargas e descargas permitirá resolver problemas e
constrangimentos na distribuição urbana de mercadorias e minimizar as situações de conflito, possibilitando a redução do
número de veículos em circulação em meio urbano, a melhoria das condições de mobilidade, a redução dos impactos
ambientais associados à distribuição (emissões, ruído), assim como a maior eficiência energética do sistema de transportes,
sobretudo no que se refere ao last mile.
A conceptualização de um projeto piloto de logística urbana requer um estudo detalhado do perfil logístico destes territórios
do Seixal, que permita compreender as necessidades e especificidades dos fluxos, que não cabe no âmbito deste PMTCS.
No entanto, face ao conhecimento adquirido entende-se que o sistema a estudar deverá assentar num conjunto articulado
de medidas que devem passar, entre outras, por:
 Criação de um centro de distribuição, que recebe as mercadorias e prepara a sua distribuição na área do projeto
piloto – propõe-se avaliar a área do CTT Expresso em Santa Marta de Corroios;
 Implementação de um serviço de distribuição, preferencialmente recorrendo a veículos elétricos e mais eficientes;
 Criação do regulamento de circulação que identifique as condições de interdição do acesso a veículos pesados e
que defina os horários de carga e descarga, tipicamente aqueles em que a pressão sobre o espaço urbano é menor;
 Ordenação e/ou redução dos lugares de carga e descarga dentro da zona piloto.
Preconiza-se a criação de um projeto piloto gestão de logística urbana e gestão de cargas e descargas, assente na
conjugação de medidas de natureza regulamentar, organizacional, operacional e tecnológica, como por exemplo:
 Implementação de sistema de controlo de acessos;
 Definição de restrições na distribuição de mercadorias;
 Definição de zonas de acesso automóvel condicionado;
 Regulamentação de operações de cargas e descargas;
 Definição do esquema de consolidação (centro de consolidação) e distribuição;
 Organização de um centro de micrologística;
 Organização do sistema de distribuição no last mile;
 Criação de diferentes períodos/horários de acesso para diferentes tipos de mercadorias;
 Definição da frota de veículos permitidos (utilização de veículos elétricos, introdução de veículos de menores
dimensão e ambientalmente mais eficientes na distribuição);
 Implementação do fator de carga mínima;
 Reforço da integração modal;
 Ordenamento do estacionamento de cargas e descargas;
 Reforço pontual de lugares de cargas e descargas.
A par do reforço das bolsas de cargas e descargas, torna-se necessário, tal como no estacionamento, reforçar a fiscalização
do cumprimento dos regulamentos relativos às cargas e descargas, de modo a que sejam cumpridos horários, lugares, etc
(Ficha D.2.2.1).
FICHA DE AÇÃO B.4.3.1. – PROJETO PILOTO GESTÃO DE LOGÍSTICA URBANA

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C. ACESSIBILIDADE
Objetivo estruturante: Contribuir para a melhoria das condições de acessibilidade, com destaque à acessibilidade universal

O aumento progressivo da acessibilidade, resultante da melhoria da rede ferroviária, fluvial e rodoviária, e do sistema de
transportes no seu todo, proporcionou níveis de acessibilidade crescentes, tanto para pessoas como para mercadorias,
tendo-se constituído como fator motriz das mudanças estruturais que se verificam no Seixal e na Península de Setúbal. No
entanto, e apesar da melhoria significativa das acessibilidades que se têm vindo a verificar nos últimos anos, persistem por
concretizar ligações fundamentais para o fecho das redes.

A qualificação das redes de acessibilidade é fundamental para a promoção de padrões de mobilidade mais sustentáveis,
assim como para a melhoria da qualidade de vida da população. A qualificação do sistema de acessibilidades passa
indubitavelmente pelo aumento da competitividade e eficiência do transporte público, pela melhoria do sistema rodoviário e
pela promoção dos modos suaves.

A atual estrutura viária está muito dependente de vias sem características adequadas às suas novas funções de serviço
urbano, quer por limitações de capacidade, com os consequentes congestionamentos de tráfego em alguns nós e troços
mais sobrecarregados, quer pela irregularidade dos perfis, com consequentes estrangulamentos, que penalizam
consecutivamente os peões. Funcionalmente, levantam-se problemas não apenas relacionados com a distribuição e fluidez
do tráfego automóvel, mas, também, e sobretudo, com as condições do serviço de transportes públicos que não dispõem de
corredores dedicados nos eixos mais congestionados. Identifica-se a escassez de eixos viários municipais e supramunicipais
estruturantes que distribuam o tráfego proveniente da A2 e A33. As soluções estão, no geral, previstas no PDM em vigor, ou
no processo de revisão em curso, tanto no que respeita ao completamento da rede viária como à sua hierarquia. No entanto,
e como anteriormente referido, é fundamental tecer uma estratégia que vise a melhoria da competitividade do TCR, através
de medidas que asseguram à partida a melhoria das condições de circulação do TCR, como sistema de capacidade
intermédia de alimentação da rede estruturante, o que pode passar pela eventual introdução de corredores BUS e de medidas
de prioridade ao TCR.

Na escala de proximidade em que se posicionam os modos suaves a problemática incide frequentemente no first mile - last
mile, ou seja, na consciência que os desafios da mobilidade sustentável estão intrinsecamente ligados às deslocações de
curta distância e à maior ou menor dificuldade no percurso inicial e final da viagem.

No concelho existem descontinuidades nos sistemas territoriais, fruto da génese e desenvolvimento do território, que
impossibilitam ou limitam a conectividade entre os diversos espaços, condicionando a acessibilidade e a mobilidade.
Emergem, portanto, como intervenções-chave a executar a requalificação do espaço público, reforçando a conectividade de
infraestruturas que promovam a acessibilidade, tanto no modo pedonal como ciclável, bem como à rede de transporte público.

Na persecução da acessibilidade consideram-se ainda prementes questões de conforto e acessibilidade universal, que
abrangem características tão distintas como as condições de acesso e estadia nas paragens e interfaces, a disponibilidade
de veículos adaptados que permitam a acessibilidade a todos, tanto no transporte coletivo como no transporte flexível (e.g.
táxis adaptados), ou uma rede pedonal contínua e livre de obstáculos, entre outros.

Alterações ao sistema de transportes como a terceira travessia do Tejo ou a expansão do MTS, ou ainda alterações a que o
sistema de transporte tem que dar resposta como o novo aeroporto ou o Novo Hospital do Seixal têm de ser equacionadas.
Ainda que com data de execução incerta, estes projetos induzirão importantes transformações que importa que o município
do Seixal perspetive e articule no âmbito do ordenamento do território e do planeamento do sistema de transportes.

Para a concretização deste objetivo estruturante foram identificadas três linhas de atuação, articulando um conjunto de
medidas, conforme a Tabela 5.

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LINHAS DE ATUAÇÃO MEDIDAS
C.1.1 Fecho da rede rodoviária estruturante e melhoria da hierarquização
funcional
C.1| Qualificar a rede viária valorizando o TP C.1.2 Priorizar o TP no acesso à infraestrutura
C.1.3 Implementar sistemas para compatibilização de fluxos
C.2.1 Melhorar a acessibilidade em TCR aos interfaces
C.2| Fomentar a competitividade e eficiência do TP C.2.2 Promover a acessibilidade universal
(integração física)
C.2.3 Assegurar o acesso e conforto nas deslocações pedonais a paragens
de TCR
C.3.1 Estruturação de uma rede pedonal
C.3| Melhorar as redes pedonais e cicláveis
C.3.2 Estruturação de uma rede ciclável
Tabela 5 – Objetivo Estruturante C: Acessibilidade

C.1| Qualificar a rede viária valorizando o TP


Ao longo dos últimos quadros comunitários de financiamento os investimentos no sistema de transporte na Península de
Setúbal foram significativos, e traduziram-se na melhoria substancial da acessibilidade, o que, como já referido, permitiu
captar importantes investimentos e criar condições favoráveis ao desenvolvimento das atividades industriais e logísticas.

No entanto, e não obstante a importância dos investimentos já efetuados, continua a verificar-se a necessidade de responder
a alguns missing links.

O PNI 2030 identifica uma série de investimentos no Seixal: (i) Programa de Construção de “Missing Links” na A2 – a
requalificação do Nó do Fogueteiro para a ligação ao Novo Hospital do Seixal e a criação de um nó intermédio na A2, em
Corroios ou Foros da Amora; (ii) Programa Arco Ribeirinho Sul que prevê a ligação rodoviária de travessia dos braços de rio
que separam as penínsulas do Seixal, Barreiro e Montijo, conectando a A2 ao novo aeroporto; (iii) Programa de Alargamento
/ Aumentos de Capacidade onde está contemplada a requalificação da EN378 entre o Fogueteiro e Sesimbra e a ligação A2
/ A33.

A generalidade destes projetos contribuem para uma estruturação mais equilibrada da rede viária principal, para o desvio do
trânsito de atravessamento, para a melhoria do desempenho de algumas vias e para a melhoria da segurança rodoviária em
vias de sinistralidade significativa.

Para além destes projetos estruturantes para a rede viária principal, o município do Seixal tem previstos mais três, a
alternativa à EN10, a alternativa à EN378, entre Sesimbra e o nó da A33, e a via estruturante de acesso à Siderurgia Nacional.

A rede viária no concelho do Seixal apresenta alguns problemas de congestionamento que se manifestam diferenciadamente
nos períodos de ponta da manhã e da tarde.

Da análise aos Níveis de Carga os conflitos identificados resultantes do excesso de procura para os níveis de escoamento
das diversas vias apresentam resultados distintos nos períodos de ponta. Desta forma, a hora de ponta da manhã é marcada
pelos movimentos em direção a Lisboa, sobrecarregando tanto a A2 como a EN10 e EN378, com destaque para a
aproximação ao nó do Fogueteiro a partir da EN10 e da EN378 e para o nó de Corroios na ligação à variante à EN10 tanto
para quem acede de sudeste pela EN10 (com o congestionamento a prolongar-se até ao nó de Foros da Amora) como de
sul a partir da Av. Vale de Milhaços. Na hora de ponta da tarde os conflitos coincidem sobre os nós do Fogueteiro e Corroios
mas em sentido inverso. Assim, no nó de Corroios o congestionamento coincide com as ligações da variante à EN10 com a
rede local, à semelhança do nó do Fogueteiro, com conflitos na distribuição a partir da A2, destacando-se as ligações para
norte, pela EN10. Nesta área os conflitos agravam-se fruto dos movimentos gerados a partir do centro do Seixal e da Amora
e que confluem para a EN10, dificultando a gestão dos fluxos nestas interseções.

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C.1.1| Fecho da rede rodoviária estruturante e melhoria da hierarquização
funcional
Apesar da boa inserção do município sobre a rede de infraestruturas rodoviárias metropolitanas (IP7/A2 e IC32/A33), estas
não asseguram uma boa conexão com os municípios envolventes, destacando-se o caso Barreiro.
Por outro lado, foram identificados problemas de capacidade, na articulação entre a rede rodoviária principal e a rede
rodoviária local, particularmente prementes em Corroios e no Fogueteiro.
Do diagnóstico ressalta a necessidade de mitigação dos problemas de desempenho da rede e da melhoria das
acessibilidades, em grande parte provocadas pela falta de ligações transversais estruturantes que garantam a conetividade
interna e uma melhor integração do município na AML. Assim será necessário:
 Potenciar as ligações transversais e contribuir para a estruturação do município por via da redução dos tempos de
deslocação;
 Melhorar a acessibilidade ao concelho através da criação de ligações adicionais à rede rodoviária principal;
 Concretizar alternativas rodoviárias ao atravessamento urbano de importantes aglomerados através da construção
e/ou conclusão de variantes urbanas que permitem melhorar o desempenho da rede rodoviária municipal e que
contribuem para potenciar as acessibilidades intermunicipais e para a redução dos índices de sinistralidade
rodoviária;
 Minimizar os problemas de desempenho em termos de escoamento de tráfego através da execução de pequenas
intervenções que minimizem os gargalos existentes na rede viária;
 Elaborar plano de alinhamentos.
A atual rede viária apresenta constrangimentos no que concerne ao desempenho de algumas vias de nível hierárquico
superior que asseguram ligações intermunicipais, traduzidos em níveis de congestionamento significativos em eixos como a
EN10 e EN378. A EN10 e a EN10-2 apresentam problemas de desempenho que se traduzem em congestionamentos nos
períodos de maior circulação, afetando tantos movimentos de atravessamento entre Almada e o Barreiro, como criando
constrangimentos nos acessos locais da malha urbana.
A concretização das ligações estruturantes contribui para o fecho da malha viária e melhoria da hierarquia funcional da
mesma, que se refletem ao nível da segurança rodoviária.

Complementarmente, e com a execução de novas vias estruturantes, considera-se pertinente uma atenta hierarquização
viária, capaz de separar tipos de tráfego e fluxos. Entende-se necessário reavaliar, face à rede viária disponível, a melhor
distribuição dos fluxos com o objetivo de proteger as áreas centrais do tráfego de atravessamento.

Na avaliação da rede viária deverão ser equacionados os ganhos inerentes à introdução de fechos de rede e de ligações
alternativas que protejam as áreas mais urbanizadas.
Considera-se, ainda, relevante a elaboração de um Plano de Alinhamentos que permita uma intervenção coordenada, eficaz
e coerente, adaptada às necessidades das infraestruturas viárias.

A definição da hierarquia rodoviária deve ter em consideração a importância das ligações que cada via oferece, o tipo de
perfil e as condições de operação que as vias deverão apresentar. Deve ser feita a distinção entre a rede viária estruturante
e de distribuição principal, com as vias de hierarquia inferior, que permitam a distribuição gradual de tráfego para as vias de
proximidade. Esta hierarquização é também útil para evitar a coexistência de eixos viários estruturantes com futuros eixos
cicláveis, onde o risco de conflitos com o tráfego seria sempre superior.
Neste âmbito devem ser revistas as condições de circulação dos veículos pesados restringindo o acesso, facultado para
operações de cargas e descargas, nos eixos viários em que existem alternativas de maior calibre, em particular da EN10 (ver
Ficha B.4.1.1).

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Como já referido, para a persecução dos objetivos definidos, e contribuir para a estruturação do território e para a otimização
da rede viária, é fundamental proceder ao fecho da mesma.

Tendo em consideração as infraestruturas e intervenções programadas procede-se à identificação das vias que se
consideram prioritárias pelo seu contributo para a melhoria da acessibilidade:

 Conclusão da ER10: A variante à EN10 desenvolve-se a nascente desta ligando Almada ao Seixal, sendo que o
troço inicial até Corroios já se encontra construído. Esta ligação vem complementar a A33, já que esta conecta os
municípios do Arco Ribeirinho de forma periférica face aos aglomerados mais relevantes. Esta infraestrutura é
necessária para cumprir a ligação entre as principais áreas urbanas maioritariamente ribeirinhas, que se encontram
separadas pela estrutura geográfica do município, potenciando assim sinergias. Esta ligação permitirá a
redistribuição do tráfego que atualmente se acumula na EN10 e que apresenta fortes congestionamentos
especialmente em períodos de ponta;
 Concretização da Transversal Rodoviária do Arco Ribeirinho Sul: Via composta por diferentes tramos, encontrando-
se parcialmente materializada – com a ER11-2 e a ER10. Esta via destaca-se pela importância da ligação entre o
Seixal e o Barreiro na zona da antiga Siderurgia Nacional, assegurando o fecho do sistema viário. Esta estrutura
materializa o corredor urbano de conexão entre os sistemas urbanos do Arco Ribeirinho Sul, sendo fulcral para
potenciar o sistema policêntrico da AML. Esta via assume no contexto do município do Seixal uma relevância
acrescida ao introduzir acessibilidade numa área de oportunidade – a Siderurgia Nacional;
 Construção da alternativa à EN378: A construção desta via permitirá a ligação entre o nó do Fogueteiro (A33) e
Sesimbra, constituindo-se como uma alternativa à atual EN378, na ligação transversal entre Seixal e Sesimbra,
permitindo uma melhor distribuição de tráfego;
 Construção da via estruturante de acesso à Siderurgia Nacional: Atualmente a área da Siderurgia Nacional é servida
pela EN 10-2/EN10, que garantem o acesso à A33 e A2. No entanto, e se cumprido o desígnio do PETI3+, a
reativação do cais da Siderurgia implica uma maior sobrecarga sobre o sistema existente, pelo que é premente
nessa fase implementar uma alternativa rodoviária que melhor sirva esta área, sem agravar as externalidades
geradas pelo tráfego de pesados nas zonas habitacionais;
 Construção do nó de Foros da Amora: No território do Seixal apenas o nó do Fogueteiro permite o acesso à A2,
estando bastante congestionado nos períodos de ponta. É portanto premente encontrar uma alternativa que permita
a distribuição dos acessos à malha urbana, sendo a localização em Foros da Amora privilegiada para o efeito.

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Figura 22 – Fecho da Rede Viária

No mesmo seguimento apresentam-se as vias cuja intervenção apresenta potencial de otimização da rede rodoviária pela
melhoria das condições de circulação;

 Requalificação da EN378: Esta via constitui o principal eixo de ligação norte-sul, estruturando os movimentos para
Sesimbra. A sua requalificação visa melhorar o desempenho da via e reduzir os índices de sinistralidade (de notar
que esta via detém o único ponto negro de sinistralidade do concelho). A requalificação deve integrar a construção
de rotundas e a colocação de separador central;
 Requalificação da EN377/ Av. 10 de Junho: Esta via assegura a ligação entre Fernão Ferro e Coina. No âmbito dos
objetivos do PMTCS esta via deve estruturar os movimentos TCR e modos suaves para o interface de Coina, assim
como estruturar os movimentos locais e para o Pinhal do General e Quinta do Conde, pelo que a sua requalificação
é essencial;
 Requalificação da EN10: como já referido a EN10 é uma via fundamental para a estruturação do território do Seixal.
No entanto, para melhor cumprir esta função é necessário proceder ao seu alargamento (quando o canal adjacente
o permitir) e requalificação. A sua beneficiação deve incluir a compatibilização com a rede ciclável, a construção de
rotundas e a renovação do pavimento;
 Requalificação do nó rodoviário do Fogueteiro: a correta hierarquização do nó, central ao território, permite a
melhoria dos fluxos e a priorização do TP e a valorização de todo o sistema de TCR. No Fogueteiro convergem um
conjunto de vias fundamentais e estruturantes, que lhe atribuem uma importância singular, quer na estruturação dos
movimentos do município como de toda a Península de Setúbal;
 Requalificação da Rua da Indústria: em paralelo com a execução da ligação deste via à nova via estruturante de
acesso à Siderurgia Nacional propõe-se a requalificação da Rua da Indústria. Esta intervenção conjunta vem permitir
o acesso de veículos pesados ao Parque Industrial do Seixal a partir do nó de Coina, libertando a EN10.

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Figura 23 – Melhoria do Desempenho da Rede Viária e da Acessibilidade

A par do prolongamento do Metro Sul do Tejo, e da qualificação da rede de transportes públicos existentes, o investimento
na rede viária, nomeadamente através da construção da ponte rodoviária Seixal – Barreiro, de forma a garantir a mobilidade
e a rede de transportes entre os concelhos do Arco Ribeirinho Sul, facilita a ligação entre as populações e potencia também
a atividade industrial destes territórios.
FICHA DE AÇÃO C.1.1.1 – FECHO DA REDE VIÁRIA
CONCLUSÃO DA ER10
TRANSVERSAL RODOVIÁRIA DO ARCO RIBEIRINHO SUL
CONSTRUÇÃO DA ALTERNATIVA À EN378 (CIRCULAR FOGUETEIRO-COINA)
CONSTRUÇÃO DE VIA ESTRUTURANTE DE ACESSO À SIDERURGIA NACIONAL + LIGAÇÃO À RUA DA INDÚSTRIA
CONSTRUÇÃO DO NÓ FOROS DA AMORA NA A2/IP7, INCLUINDO A VARIANTE SUL CORROIOS / AMORA
FICHA DE AÇÃO C.1.1.2 – MELHORIA DO DESEMPENHO DA REDE E DA ACESSIBILIDADE
REQUALIFICAÇÃO DA EN378
REQUALIFICAÇÃO DA EN377/AV. 10 DE JUNHO
REQUALIFICAÇÃO DA EN10
REQUALIFICAR O NÓ RODOVIÁRIO DO FOGUETEIRO
REQUALIFICAR A RUA DA INDÚSTRIA
FICHA DE AÇÃO C.1.1.3 – HIERARQUIZAÇÃO DA REDE VIÁRIA E PLANO DE ALINHAMENTOS

Na fase de diagnóstico foram ainda identificadas ligações entre redes de hierarquias superiores com as redes de acessos
locais que importa avaliar no âmbito da hierarquização da rede viária. Esses pontos são os seguintes:

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 Acessos da A33 com a Rua dos Foros de Amora;
 Todas as ligações à EN378 no sentido Norte-Sul são efetuadas diretamente a partir das ligações locais, no sentido
oposto já são efetuadas à rede terciária;
 A ligação entre a Rua Luís Dourdil com a Av. 5 de Outubro, no Pinhal do General;
 A EN10-2 com a Rua Quinta da Murtinheira na zona do Bairro Novo;
 A EN378 com a Rua Fontes Pereira de Melo;
 A EN10 na rotunda da Casa do Povo;
 A EN10 com o acesso ao Continente Bom Dia em Cruz de Pau;
 Na Av. da República com a Rua Carlos Paredes.

C.1.2| Priorizar o TP no acesso à infraestrutura


O aumento da velocidade comercial, e logo da competitividade do TCR, pode ser alcançado através da criação de corredores
de circulação exclusiva BUS.

A redução dos conflitos entre TI e TP tem especial enfoque nos eixos estruturantes, onde a mitigação dos problemas de
desempenho da rede e a melhoria das acessibilidades relativamente ao TP é mais premente. As soluções a desenvolver
poderão passar pela estruturação de corredores urbanos de procura elevada de TP, nomeadamente pela implementação de
corredores BUS.
Os corredores BUS assentam numa lógica de estruturação de corredores urbanos de procura elevada de TP, com priorização
do acesso à infraestrutura por parte do TP, criando corredores específicos e condições de circulação privilegiadas, como a
prioridade semafórica e a resolução de pontos de conflito, etc.
Tendo por referência a localização das paragens com maior número de circulações, em paralelo com a localização dos
maiores constrangimentos de tráfego, generalizadamente sobre a EN10 e na envolvente aos nós de Corroios e Fogueteiro,
propõe-se o prolongamento do corredor BUS existente na EN10 em direção a Corroios e ao Fogueteiro, bem como um
pequeno troço de apoio à rotunda de Corroios. A proposta privilegia os movimentos em direção a Lisboa, fundamentais para
os movimentos pendulares realizados na hora de ponta da manhã.

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Figura 24 – Implementação de corredores BUS

Em paralelo com as intervenções identificadas no ponto anterior, de fecho da rede rodoviária, deve ser equacionada a
possibilidade de reafectar parte da infraestrutura, que conhece uma redução da procura de TI pela criação de variantes, ao
TP. É disso exemplo, a possibilidade de prolongar o corredor BUS na EN10 com a execução do prolongamento da variante
e consequente desvio do tráfego.

Numa outra escala na redução de conflitos, devem também fazer parte da equação as paragens de TP em que os operadores
conseguem identificam maiores períodos de perda decorrentes das condições físicas disponibilizadas ao TP, particularmente
na entrada em via. A redução dos conflitos com o TI nas paragens de TCR poderá passar pela introdução / alargamento de
baias de apoio às paragens ou a eliminação do estacionamento ilegal nas paragens que impede a aproximação do TCR à
paragem, assim como impede a entrada / saída de passageiros em condições de segurança.

FICHA DE AÇÃO C.1.2.1 – IMPLEMENTAÇÃO DE CORREDORES BUS

C.1.3| Implementar sistemas para compatibilização de fluxos


Sempre que se concentre uma maior heterogeneidade de fluxos rodoviários e maior conflito na sua compatibilização sobre
a rede viária existente, recomenda-se a adoção de sistemas inteligentes de controlo de tráfego rodoviário.
A resposta necessária em termos de STI é tão grande quanto a necessidade na procura de soluções mais ajustadas, com
recurso a novas tecnologias. A política de transportes em vigor é a base da análise de forma a ser percecionado o seu
relacionamento com os STI adotados e/ ou a ser implementados.
Ao nível dos STI os exemplos mais comuns passam pela gestão do tráfego, nomeadamente em termos de permeabilidade
da circulação rodoviária e monitorização de incidentes, mas incluem também o controlo dos sinais de trânsito, os limites
variáveis de velocidade permitida e deteção automática de velocidade, a gestão dos lugares de estacionamento, os sistemas

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de utilizador vulnerável (como o de semáforos para peões com sensores), os sistemas de taxas de utilização de estradas,
entre outros.
Os STI poderão ser preponderantes para o fomento da intermodalidade, nomeadamente em articulação com a lógica dos
interfaces, que englobam e propiciam o uso de diferentes modos de transporte. A este nível são eficazes para os sistemas
de informação em tempo real para os passageiros, para a integração em termos de bilhética e de sistemas tarifários, para
pagamentos agilizados de transportes (tanto ao nível do transporte público rodoviário e ferroviário como para o aluguer de
bicicletas em sistemas de bikesharing, em articulação entre si e com outros modos).

No caso do município do Seixal as opções de STI a implementar devem passar por monitorização e controlo de velocidades
nomeadamente semáforos acionados por velocidade nos eixos de maior conflito, de forma a induzir menores velocidades de
circulação rodoviária garantindo condições de segurança e permitindo uma convivência pacífica entre modos motorizados e
modos suaves de transporte.

Em paralelo recomenda-se a instalação de semáforos para peões com diferentes objetivos, dependendo do contexto: por um
lado para uma melhor gestão dos fluxos, particularmente sobre a rede viária principal ou em locais com elevado fluxo de
peões; por outro para o aumento da segurança em atravessamentos pedonais sobre vias com elevadas velocidades de
circulação.

Nos PALMTs são detalhadas algumas propostas de localização destes equipamentos.

FICHA DE AÇÃO C.1.3.1 – SISTEMAS AUTOMÁTICOS DE CONTROLO DE VELOCIDADE


FICHA DE AÇÃO C.1.3.2 – SISTEMAS DE SEMÁFOROS PARA PEÕES

C.2| Fomentar a competitividade e eficiência do TP (integração física)


C.2.1| Melhorar a acessibilidade em TCR aos interfaces
A melhoria do rebatimento do TCR nos interfaces permite melhores níveis de serviço e aumenta a competitividade face ao
TI.

Ao nível da acessibilidade de TCR aos interfaces foi possível identificar algumas fragilidades sobre as quais importa atuar.

A título de exemplo em alguns interfaces nem todos os serviços de TCR apresentam uma boa articulação dos horários,
noutros a fragilidade está na melhoria da articulação entre carreiras e o serviço ferroviário e fluvial, fatores enquadrados pelo
novo concurso de TCR da AML.

Para cada um dos interfaces principais foram identificadas as carreiras que realizam serviço na proximidade do interface
(considerando a nova rede de TCR a concurso), mas sem recorrer às paragens de TCR disponíveis nos interfaces, no sentido
de propor soluções que facilitem a deslocação pedonal necessária.

Reconhecem-se ainda outras fragilidades relacionadas com a localização de paragens, como é o caso de algumas paragens
de apoio ao interface do Fogueteiro, localizadas no interior do nó rodoviário, e que pela sua localização e acesso apresentam
graves problemas em termos de segurança rodoviária.

As propostas de alteração às paragens na envolvente dos interfaces encontram-se detalhadas no âmbito dos respetivos
PALMT.

FICHA DE AÇÃO C.2.1.1 – MELHORIA DO REBATIMENTO DO TCR NOS INTERFACES

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C.2.2| Promover a acessibilidade universal
A organização das atividades e o planeamento nas áreas centrais está, muitas vezes, projetado em função do automóvel e
pouco preparado para outras formas de mobilidade, nomeadamente para peões e ciclistas. Há a realçar a questão dos
sinistros com os utilizadores vulneráveis como os peões e ciclistas que indicia que estes deverão ser um dos grupos alvo de
atuação na priorização de medidas que incidam diretamente sobre públicos-alvo.

O conceito da acessibilidade universal (ou inclusiva) obriga a esforços para que a cidade assegure o acesso a todos os
cidadãos, através do desenvolvimento de soluções específicas de redimensionamento da infraestrutura e de redução dos
obstáculos materiais, culturais e jurídicos, de forma a potenciar a fruição da urbanidade.

Este conceito é concebido sob a premissa da conceção e do desenvolvimento de soluções capazes de serem utilizadas por
todos, evitando sempre que possível a necessidade de segregação, restringindo o recurso a soluções especiais aos casos
onde exista manifesta impossibilidade de integração, como a inviabilidade de outras soluções que assegurem os mesmos
objetivos de segurança.

A acessibilidade é hoje entendida como uma questão de direitos humanos reconhecidos nas leis de vários países do mundo
– o direito à igualdade de oportunidades, à não discriminação, à inclusão e à participação em todos os aspetos da vida em
sociedade. O acesso ao sistema de transporte não deve portanto ser diferente.

Desta forma, quando se estudam as condições em que se realizam as deslocações pedonais, é importante reconhecer a
necessidade de assegurar condições de acessibilidade a todos os cidadãos, nomeadamente aos mais vulneráveis como
crianças, idosos e pessoas com mobilidade condicionada.

Neste sentido, surgiu em 2006, o Decreto-Lei nº.163/2006 de 8 de agosto que define as normas técnicas a aplicar no projeto
e na construção de espaços públicos, equipamentos coletivo, edifícios públicos e habitacionais, por forma a garantir as
condições necessárias à acessibilidade universal.

Nestes enquadram-se os interfaces da rede de transportes, que devem assegurar a acessibilidade universal tanto nas
imediações de acesso, como por exemplo cumprindo o estipulado pelo Decreto-Lei nº.163/2006 na dimensão de passeios,
como dentro da própria infraestrutura.

Ainda neste contexto, surge em 2007 o Plano Nacional de Promoção da Acessibilidade com um conjunto de medidas que
visam a construção de um sistema coerente e homogéneo de acessibilidade em áreas onde se concentra um elevado número
de deslocações.

Também os Programas Nacionais de Promoção da Acessibilidade (PNPA) apresentam especial relevância, uma vez que a
sua elaboração permite a caraterização e definição de ações para a eliminação de barreiras urbanísticas ou arquitetónicas
que impossibilitem ou dificultem a circulação e o acesso universal a edifícios públicos e privados.

Será garantida a plena acessibilidade ao transporte público por parte de pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida,
incluindo infraestruturas, material circulante e sistemas de informação. O transporte de bicicletas, bem como de cadeiras de
rodas deve ser prático e acessível, em modo ferroviário, fluvial e rodoviário nas deslocações interurbanas e urbanas. As
zonas de embarque e desembarque em interfaces de transporte têm que assegurar opções seguras, práticas, autónomas e
acessíveis. É, por isso, fundamental que as condições de utilização de paragens e estações sejam revistas, tornando mais
atrativos e seguros o embarque e desembarque de passageiros, e mais eficientes e confortáveis os tempos de espera.

Deve ser ainda promovida a adaptação gradual dos veículos de transporte público (rodoviário, ferroviário e fluvial) de modo
a incluir o transporte adequado para pessoas com mobilidade condicionada, como por exemplo rampas, lugares reservados
de maior dimensão, etc.

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Neste seguimento devem ser melhorados em número e dimensionamento os lugares de estacionamento reservados para
pessoas de mobilidade reduzida.

É portanto desígnio deste PMTCS melhorar a acessibilidade oferecida pelo sistema de transportes a todos os cidadãos,
independentemente da sua condição de mobilidade, através do reforço dos serviços de transporte público rodoviário (tanto
em tipologia regular como a pedido) e também da melhoria da infraestrutura dedicada aos modos suaves, com reforço da
garantia da acessibilidade universal.

FICHA DE AÇÃO C.2.2.1 – GARANTIR A ACESSIBILIDADE AOS/DENTRO DOS INTERFACES


FICHA DE AÇÃO C.2.2.2 – AUMENTAR O NÚMERO DE VEÍCULOS TP ADAPTADOS A PESSOAS COM MOBILIDADE REDUZIDA
FICHA DE AÇÃO C.2.2.3 – AUMENTAR O NÚMERO DE LUGARES PMR E MELHORAR DIMENSIONAMENTO

C.2.3| Assegurar o acesso e conforto nas deslocações pedonais a


paragens de TCR
Os interfaces apenas representam uma parcela do sistema de transportes, pelo que para além das intervenções nestas
infraestruturas importa melhorar as condições nas principais paragens de TCR, que constituem interfaces complementares
na rede de TP.

No âmbito desta ação pretende-se melhorar as condições de rebatimento das redes de modos suaves nas paragens de TP,
assegurando o acesso de peões e ciclistas em segurança. Desta forma amplia-se a área de captação das paragens do
concelho do Seixal.

Importa assim acautelar as condições de circulação dos peões através da melhoria da acessibilidade em modos suaves, seja
através da introdução / alargamento de passeios seja pela introdução / relocalização de passadeiras.

Salienta-se a importância de criar boas condições de conforto nas paragens para a atratividade dos serviços de transporte
coletivo, bem como da imagem do sistema de transportes.

Em relação às paragens de autocarro a generalidade das paragens possui abrigos com banco que asseguram condições de
conforto no período de espera. Destaca-se a inexistência de abrigo em algumas paragens, particularmente em áreas mais
periféricas, pouco urbanizadas, e com serviço menos frequente. Na maioria das vezes coincide uma paragem com abrigo
num sentido e outra paragem sem abrigo no sentido contrário. Esta situação permite utilizar a paragem do sentido contrário
aumentando o conforto do tempo de espera, em detrimento das condições de segurança, pois obriga ao atravessamento da
via aquando da aproximação do transporte coletivo, o que em vias como a EN378 é especialmente perigoso. Assim, deve
ainda ser dada particular atenção às paragens em que se identificam menores condições físicas disponibilizadas ao TP,
assim como às paragens com maior afluência que necessitam de ser dotadas de melhores condições de comodidade e
segurança. A ação compreende a renovação das paragens de TCR que não apresentam condições de conforto e segurança
adequadas, assim como a disponibilização de horários e percursos, diagramas integrados de rede e mapas da envolvente.

FICHA DE AÇÃO C.2.3.1 – MELHORAR CONDIÇÕES DE ACESSO AO TRANSPORTE PÚBLICO

C.3| Melhorar as redes pedonais e cicláveis


A deslocação pedonal é fundamental num sistema de mobilidade já que todas as viagens incluem uma componente realizada
a pé, em articulação ou não com outros modos de transporte. Uma rede pedonal é composta por passeios, passadeiras,
praças e espaços de lazer e tem por objetivo assegurar as ligações de curta distância, sendo que, em articulação com outros
modos de deslocação, o conforto e segurança inerentes a estes percursos pode ser considerado um fator decisivo para a
sua utilização.

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Os modos suaves assumem um papel central no sistema de transportes já que o troço inicial e final das viagens, bem como
os momentos de transferência entre redes modais, incluem quase sempre um trajeto a pé. A deslocação a pé é essencial na
cadeia de mobilidade, complementando a generalidade das viagens.

No entanto, e apesar da importância e primordialidade da deslocação a pé apenas 14,9% da população do concelho do


Seixal utiliza o modo pedonal nas suas deslocações diárias para o trabalho ou para a escola, e é na freguesia de Fernão
Ferro que estas deslocações têm uma menor relevância. Em contrapartida, na freguesia da Amora, 28,9% dos movimentos
pendulares são realizados a pé, o que demonstra a importância que este modo de deslocação tem nesta freguesia.

As diferenças verificadas entre freguesias decorrem de um conjunto de fatores, desde a estrutura urbana (variando em termos
de densidade e diversidade de usos), à realidade socioeconómica (a disponibilidade financeira e o grupo social de pertença
condicionam as escolhas modais) e à inserção no sistema de transportes (as várias opções modais disponíveis e a qualidade
do serviço).

A articulação da rede pedonal e ciclável com os interfaces é um ponto fundamental, diminuindo os constrangimentos à
utilização dos modos suaves, e enquanto orientação estruturante para a transferência modal. Para tal é necessário garantir
comodidade e segurança da circulação por parte de peões e ciclistas, a formalização de percursos acessíveis entre os
interfaces e os principais polos de geradores/atractores de deslocações, entre outros. Note-se, no entanto, que a boa
concretização deste objetivo é indissociável da concretização das demais medidas uma vez que este é apenas um
subsistema.

O plano de ação a desenvolver para a componente pedonal e ciclável pretende dar continuidade aos eixos e eliminar as
barreiras que condicionam o fluxo natural das deslocações a pé ou de bicicleta (p.e. inexistência de passadeiras em locais
estratégicos, descontinuidade de passeios ou das ciclovias, conflitos em intersecções que resultam em lacunas nas
condições de segurança, etc.). Pese embora seja determinante a promoção das deslocações a pé, não se pode descurar o
facto dos modos suaves (onde se inclui também a bicicleta) estarem interligados com um sistema eficaz e eficiente de
transportes coletivos, devido à grande complementaridade entre estes modos. Neste sentido, deve ser ainda considerada a
continuidade das infraestruturas pedonais e cicláveis com os interfaces de transporte coletivo, assegurando não só as
infraestruturas necessárias, mas também a oferta de um conjunto de meios complementares de apoio, como um eficaz
sistema de sinalética, um sistema de informação ao passageiro fiável, existência de equipamento urbano (bancos, abrigos
junto às paragens, estacionamentos de bicicletas), entre outros.

C.3.1| Estruturação de uma rede pedonal


No âmbito do PMTCS a promoção global das deslocações pedonais advém de várias ações que têm em vista a melhor
integração e o reforço da intermodalidade no sistema de transportes. A primazia é dada à rede de deslocações na conexão
aos interfaces, seguindo-se, e de fulcral importância, a potenciação das deslocações a pé nos percursos de curta distância,
nomeadamente entre o lugar de residência e os serviços e equipamentos de proximidade a alcançar.

Na primeira premissa as condições de deslocação a pé entre a origem da deslocação e os interfaces pode afetar
significativamente a qualidade da viagem, tanto em tempo, como em conforto e principalmente em segurança, e pode ser
determinante na opção entre a utilização de TP ou de TI, nos movimentos pendulares.

De igual modo, os percursos de vizinhança, aqueles que ocorrem para alcançar serviços e equipamentos de proximidade,
devem ser incentivados através do tratamento cuidado dos percursos pedonais, requalificando o espaço pedonal, atendendo
às condições de partilha do espaço público, fundamentalmente na libertação do espaço canal, removendo obstáculos e
colmatando falhas de conetividade da rede.

Esta condição de qualidade dos percursos pedonais é fator de valorização na implementação de um urbanismo de qualidade,
qualificando o ambiente urbano onde se inserem, contribuindo para revitalizar os espaços urbanos.

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O modo pedonal afigura-se como aquele que maior potencialidade apresenta no incremento da intermodalidade, uma vez
que quase todas as deslocações fazem recurso no seu início ou término à deslocação pedonal. Da mesma forma apresenta
maiores potencialidades ao nível da multimodalidade, implicando menor investimento em infraestrutura física. Por ambos os
motivos enunciados o planeamento da rede pedonal estruturante deve ter uma atenção especial nas políticas de planeamento
e na programação do uso do solo.

Em relação à rede pedonal, verificou-se que no geral, nas áreas analisadas, os percursos pedonais são muitas vezes
descontínuos. Isto acontece devido a diversos fatores, dos quais se destacam: sub-dimensionamento de passeios; ausência
de passeios; existência de barreiras físicas e móveis a impedir a circulação nos passeios; lacunas na execução de passagens
de peões; rampas com dimensionamento indevido; passagens de peões situadas em locais que não potenciam os trajetos
mais curtos e o estacionamento abusivo.

No contexto do PMTCS importa identificar um conjunto de ações prioritárias que de forma relevante contribuam para o
aumento do papel da deslocação pedonal na mobilidade diária, tanto como etapa de uma viagem como enquanto suporte de
deslocações de curta distância.

Na identificação dos percursos a intervir foi considerada, por um lado, a definição de uma rede pedonal estruturante
organizada sobre os principais eixos de deslocação e, por outro, a melhoria da rede pedonal na envolvente dos interfaces e
principais polos. Neste sentido, identifica-se a rede pedonal de intervenção prioritária, que se orienta pela qualificação e
expansão da rede pedonal, nomeadamente nos acessos aos nós do sistema de transporte e aos polos geradores/atractores
de deslocações.
Para além da importância das deslocações pedonais no acesso aos interfaces é ainda fundamental nas deslocações
realizadas em meios urbanos mais densos, onde se realizam uma percentagem significativa de viagens de curta distância,
sendo por isso primordial estabelecer uma rede pedonal estruturante que conecte interfaces, espaços urbanos mais densos
e núcleos históricos.
A promoção dos modos suaves nas deslocações de e para os interfaces de transportes (Ficha C.2.3.1), assim como a
priorização da mobilidade pedonal nas áreas centrais dos principais núcleos históricos (Ficha E.1.1.2), são apostas
estratégicas deste PMTCS. Propõe-se, portanto, nesta ação, a organização da rede de vias pedonais estruturantes de ligação
entre os principais interfaces, prevendo ramificações para os principais centros de atividade e principais pontos de interesse
ao nível da mobilidade pendular.
No que concerne às principais propostas para a rede pedonal são de destacar:
 Integração dos interfaces na rede pedonal;
 Estruturação da acessibilidade em meios urbanos mais densos;
 Assegurar condições de segurança, conforto e apoio em toda a rede.
Numa fase posterior seria importante definir a rede pedonal de proximidade que permita o rebatimento e acesso às restantes
paragens de TCR no concelho.
É necessário ter presente que as redes pedonais estruturantes das diferentes áreas territoriais do concelho não se encontram
na mesma fase de desenvolvimento, o que impede a estruturação de uma rede pedonal contínua e coerente à escala
municipal. Assim e tendo em consideração a estruturação dos PALMT, a proposta de rede pedonal estruturante, que visa
satisfazer as necessidades de deslocação frequentes e de proximidade, em condições de conforto e segurança, tem como
referência as áreas de intervenção prioritária – interfaces, núcleos históricos e áreas territoriais identitárias.

A amplitude territorial e a diversidade de problemas e carater difuso das intervenções necessárias à construção desta rede
pedonal estruturante justificam o seu detalhe ao nível dos PALMT, onde melhor se pode concertar a ação no sentido de a
priorizar no programa de intervenção e investimento respetivo. Assim, a definição de prioridades assume especial relevância
na estruturação da progressiva promoção de melhores condições de mobilidade pedonal.

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Tendo por base a definição das áreas de intervenção prioritária foram definidas áreas de influência para deslocações a pé
por circunferências com raio de referência de 800 metros, cerca de 10 min, e máxima de 1 500 metros, permitindo identificar
a rede de arruamentos que melhor serve os polos de atração/geração de deslocações, assim como reconhecer a tipologia
de edificação e atividades existentes e a população residente que lhes está associada.

Impõe-se implementar um modelo de gestão integrada de toda a rede pedonal, procurando articular percursos de forma a
constituírem uma verdadeira rede de itinerários, fundamental para as viagens de curta distância e para a realização de etapa
de viagens compostas por mais do que um modo de transporte.

A definição destas redes pedonais de proximidade e de intervenção prioritária deve ser promovida pelo município do Seixal
em conjunto com as juntas de freguesia e as diversas instituições instalada nestes territórios – escolas, serviços de saúde,
comércio e empresas.

Figura 25 – Rede Pedonal Estruturante

Na concretização da rede pedonal estruturante alguns conceitos essenciais deverão ser tidos em consideração:

 criar ambientes pedonizáveis, inclusivos e adaptados aos cidadãos de todas as idades que encorajem as
deslocações pedonais, de bicicleta e o tráfego normal, encorajando ainda o desenvolvimento residencial, comercial
e a atividade contínua;
 criar um padrão de desenvolvimento compacto de utilização mista, que permita aos utentes que não possuem carro
o seu não isolamento;
 planear um uso de solo viável suportado pela economia local e a comunidade, que permita constituir áreas de maior
interesse para os peões;

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 identificação dos principais obstáculos à deslocação pedonal, dando particular atenção às pessoas com mobilidade
reduzida.

Complementarmente, há ainda outros elementos fundamentais a considerar na criação de um ambiente pedonal, que terão
de ser objeto de análise na implementação do plano. São eles:

 desenho dos passeios, de forma a garantir os espaços adequados a todas as zonas de circulação;
 fácil acesso para a utilização desejada, congregando distâncias de passeio convenientes e conectado com uma
rede pedestre confortável de caminhos;
 acessos adequados para idosos e pessoas com mobilidade reduzida, assegurando condições de acesso iguais a
todas as tipologias de serviços;
 escala da sinalização, pavimento e o design de edifícios por forma a que contribuam para um maior interesse do
peão e estejam devidamente proporcionais à escala humana;
 segurança dos peões, que é muito influenciada pela quantidade, escala, intensidade e qualidade da iluminação;
 interesse visual e identidade comunitária, já que um bom design poderá dar uma maior intimidade ao ambiente
pedestre, incluindo os espaços abertos como praças e pátios bem como a fachada dos edifícios que acabam por
dar forma ao espaço da rua;
 clima, com a localização e orientação de edifícios, plantação de árvores e outros elementos arquiteturais que podem
contribuir para tornar as áreas pedestres mais convidativas, com zonas de sombra e proteção de chuvas e ventos
sazonais;
 estacionamento eficiente, que minimize os impactos negativos do estacionamento nas áreas pedestres, ao mesmo
tempo que fornece bons acessos à comunidade.
FICHA DE AÇÃO C.3.1.1 – EXECUÇÃO DA REDE PEDONAL ESTRUTURANTE

C.3.2| Estruturação de uma rede ciclável


De forma complementar ao modo pedonal, o modo ciclável dá resposta a deslocações de média distância e permite ampliar
a área de captação dos interfaces de transporte.

O processo de implementação da rede ciclável urbana deve ser corretamente integrado num planeamento estratégico,
juntamente com os restantes modos de deslocação, em rede, ou seja, como um todo, garantindo a continuidade da
infraestrutura dedicada. É necessário proceder ao alargamento da rede ciclável implementada, adequando a resposta às
deslocações quotidianas e contribuindo para uma transferência modal.

O correto planeamento e implementação de uma infraestrutura ciclável, num determinado território, pressupõe a
disponibilização de condições de segurança e conforto para a promoção desta forma de mobilidade. Assim, a nível da
implementação da rede de espaços cicláveis, deve adotar-se um processo de decisão que possibilite a redução do perigo
rodoviário nas vias selecionadas com a seguinte hierarquia (IMTT, 2011):

 Em primeiro lugar promover a redução do volume do tráfego motorizado, adotando medidas de melhoria da oferta
e competitividade do transporte público, redução do número de lugares de estacionamento disponíveis e
direcionamento do tráfego protegendo os centros urbanos;
 Em segundo lugar redução da velocidade de circulação motorizada, diminuindo os conflitos entre modos, através
da introdução de medidas de acalmia de tráfego;
 Em terceiro lugar adotar medidas de proteção dos ciclistas nas interseções mediante a redução da velocidade e
promovendo o posicionamento mais visível;
 Em quarto, a redistribuição do espaço afeto à circulação motorizada, através da diminuição das larguras da faixa de
rodagem e aumento do espaço dedicado a outros modos;

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 Em quinto, quando as restantes medidas se revelarem ineficazes, implementação de canais cicláveis adaptados às
características do espaço em que se inserem, redistribuindo o espaço destinado à circulação motorizada;
 Por último, a conversão dos passeios em espaços partilhados entre peões e ciclistas tendo sempre em consideração
que esta é uma medida que, ao ser aplicada, deverá ser de forma muito cuidadosa dados os perigos inerentes à
junção de peões com ciclistas.

Desde 2013 que o município se preocupa com as questões relacionadas com as deslocações em bicicleta, materializando-
se no Plano de “Rede Ciclável do Concelho do Seixal”. No âmbito deste plano foram considerados critérios como:

 A inclusão, pela promoção da coexistência da bicicleta com os outros veículos, integrando-a na faixa de rodagem
sempre que possível;
 A continuidade, procurando assegurar a continuidade dos percursos cicláveis, sem interrupção nas infraestruturas
de suporte;
 A funcionalidade, promovendo ligações a equipamentos escolares, culturais, de lazer, etc;
 A segurança, procurando adequar a tipologia dos percursos cicláveis propostos às caraterísticas dos locais e tendo
em consideração aspetos relacionados com a segurança da própria bicicleta, nomeadamente através de propostas
de locais seguros de estacionamento;
 O conforto – adequando os declives dos percursos cicláveis à circulação de bicicletas (entre 0% e 5%). Os percursos
deverão ter uma pavimentação adequada à circulação de bicicleta, sendo assegurada a ausência de obstáculos
físicos à fluidez de circulação.

Este plano enquadrou a construção das ciclovias atualmente existentes, nomeadamente:

 Percurso de Amora – Poente,


 Percurso Arrentela/Seixal,
 Percurso Metro Sul do Tejo,
 Percurso Quinta da Trindade
 Percurso Quinta do Pinhão.
No entanto, não se pode considerar que existe uma rede de ciclovias no concelho do Seixal. Existe sim um conjunto de
infraestruturas cicláveis, que carecem de ligação entre si e aos principais polos geradores de viagens, sobretudo aos
interfaces.

Estas questões foram abordadas na revisão do plano supramencionado, realizada em 2018, onde está previsto um conjunto
de ciclovias que responde a estas necessidades. Este estudo prevê uma rede com uma extensão de 91,27 km.
Os percursos propostos neste PMTCS, têm por base os trabalhos previamente desenvolvidos pelo município, e procuram
priorizar os eixos considerados fundamentais para a estruturação dos movimentos pendulares.

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Figura 26 – Rede Ciclável Estruturante

Importa assim priorizar, de entre as várias ciclovias previstas, aquelas que mais diretamente contribuem para reforçar o
sistema de mobilidade, de forma integrada e garantindo a conectividade. Não obstante o grau de execução da rede ser ainda
limitado, este facto reflete-se particularmente na falta de continuidade dos percursos e na existência de missing links que
garantam a ligação aos interfaces e polos geradores/atractores de deslocações.

De um modo geral o concelho apresenta condições orográficas que favorecem amplamente uma utilização mais frequente
da bicicleta como modo de transporte. Uma utilização que, devidamente potenciada, poderá assumir um papel relevante nas
deslocações urbanas e interurbanas de curta distância.
O uso da bicicleta (assim como outros modos suaves mecânicos) tenderá a deixar de estar restringido às deslocações de
recreio e lazer, uma vez que as condições orográficas e climáticas no concelho do Seixal o permitirem e favorecerem, e por
isso tenderão a começar também a ganhar relevância como modo de deslocação quotidiano e parte integrante da cadeia de
transportes.
Aproveitando as condições naturais favoráveis, o município tem vindo a realizar alguns investimentos na implantação de
percursos cicláveis, cujo conjunto é porém ainda limitado, estando reduzido a troços dispersos pelo território, a maior parte
dos quais com um carácter de recreio e lazer, e não estabelecendo a conexão necessária com o sistema de transportes ou
entre polos geradores de viagens (equipamentos, concentrações de áreas de serviços, etc.).Uma vez mais, em alinhamento
com a revisão do Plano da Rede Ciclável do Concelho do Seixal (2018) propõe-se uma matriz simples de apoio à priorização
centrando-se nos interfaces e na sua ligação a núcleos de elevada densidade residencial e de serviços.

Através da materialização destes percursos, considerados prioritários, pretende-se que a população que atualmente utiliza o
automóvel na primeira etapa da viagem da sua deslocação pendular, passe a utilizar a bicicleta transferindo-se
posteriormente para o transporte público. Mesmo que a deslocação não se realize toda em bicicleta, considera-se muito

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importante a transferência modal do transporte individual para este modo de transporte, ainda que apenas numa parte da
viagem.

A concretização destas prioridades deverá ser cuidada, de forma a garantir a ligação com as ciclovias existentes. Com a
implementação da rede proposta os principais interfaces do concelho ficarão conectados entre si e aos lugares envolventes
com um elevado número de população residente.

Propõe-se nesta ação a organização da rede de vias cicláveis estruturantes de ligação entre os principais interfaces,
prevendo ramificações para os principais centros de atividade e principais pontos de interesse ao nível da mobilidade
pendular.
Desta forma a priorização da rede tem por base uma avaliação qualitativa da relação entre interfaces e centralidades,
adaptando a rede aos espaços canal disponíveis e ao papel de cada arruamento no conjunto do sistema de transportes,
servindo os principais geradores do município e as unidades residenciais.
Partindo da “Rede Ciclável do Concelho do Seixal” a rede ciclável estruturante proposta para o município apresenta-se na
Figura 27.

Figura 27 – Priorização da Rede Ciclável Estruturante proposta

A priorização proposta garante várias ligações intermunicipais, nomeadamente:

 Ao Barreiro, com destaque para o percurso sobre a travessia pedonal e ciclável entre o interface do Seixal e do
Barreiro;
 Ligação entre Coina-Casal do Marco-Torre da Marinha-Arrentela-Seixal, Fernão Ferro-Torre da Marinha, Fernão
Ferro-Quinta do Conde;

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 Percurso da EN10 entre Coina e Casal do Marco.

Importa notar que a rede estruturante prioritária assegura a ligação aos principais polos geradores/atractores de deslocações
do município, onde se incluem todos os interfaces, Parque Empresarial do Seixal, polo de serviços constituído pela Câmara
Municipal do Seixal-Tribunal-Fórum Cultural do Seixal, Rio Sul Shopping, Unidade de Cuidados do Seixal, Escola Secundária
José Afonso, Escola Secundária João de Barros, Escola Secundária Alfredo dos Reis Silveira, Escola Secundária da Amora,
Escola Básica Nun’Álvares e Escola Básica Dr. António Augusto Louro.

Finalmente, apontam-se algumas situações tipo que necessitam de maior atenção para a correta implementação da rede
estruturante:

 Existência de alguns declives que podem condicionar a deslocação em bicicleta (particularmente premente no
acesso ao Rio Sul Shopping e logo ao interface do Fogueteiro pela zona oeste);
 Cruzamento com vias de elevado volume de tráfego e/ou de elevada velocidade de circulação;
 Pontos de transição entre tipologias da estrutura ciclável.
Neste último ponto é particularmente relevante referir o eixo da Avenida Carlos de Oliveira, desde a Avenida General
Humberto Delgado até à Avenida Manuel da Fonseca, uma vez que pelo seu perfil não comporta a tipologia de faixa ciclável
em toda a extensão. Assim, nos tramos de perfil mais exíguo é necessário adaptar a uma tipologia mista com automóvel.
Esta necessidade impõe um maior cuidado nas transições entre tipologias da rede ciclável, assim como ao nível das medidas
de acalmia, que podem passar pela diferenciação de pavimento.

A necessidade um desenho cuidadoso das transições entre perfis cicláveis e pontos de conflito com a rede viária, assim
como medidas de acalmia, é premente e transversal a toda a rede ciclável. A título de exemplo algumas soluções são
apresentadas no Anexo 1.

Para além de ser necessário assegurar a infraestrutura ciclável, existem outros aspetos que não podem ser descurados na
rede ciclável e que persistem, nomeadamente:
 Inexistência de mapas de rede de fácil acesso, que permitam ler a rede e a sua implantação e assim planear a
deslocação;
 Défice de sinalização ou ineficiência da mesma que reforce a segurança dos utilizadores em vias partilhadas e
cruzamentos;
 Significativas restrições de transporte de bicicletas no TP.
Para a efetiva eficiência da rede é necessário garantir a segurança e comodidade das deslocações realizadas com recurso
à bicicleta e ainda melhorar as condições de apoio à utilização da bicicleta, através de:
 Criação de equipamentos de apoio à utilização da bicicleta, com destaque para o estacionamento (mas também
outros como cicloficina, por exemplo);
 Implementação de estruturas de transporte de bicicletas no TCR e aumento da capacidade de transporte de
bicicletas no TC ferroviário e fluvial;
 Implementação de sistema de utilização partilhada de bicicletas - bikesharing;
 Medidas de acalmia de tráfego nos eixos cicláveis;
 Reconfiguração de cruzamentos seguros e eficientes;
 Melhoria da inteligibilidade da rede (criação de diagramas e mapas a rede).

A legibilidade da rede ciclável é condição essencial para a correta utilização da infraestrutura ciclável por parte de ciclistas,
como para garantir a segurança de todos os utilizadores da via pública. São vários os fatores que contribuem para a
legibilidade da rede.

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Do ponto de vista infraestrutural é fundamental a utilização de uma imagem coerente em todo o território (materiais e
pavimentos, sinalética, desenho de intersecções, etc.) não só importante para ciclistas, mas também porque constitui um
aspeto relevante para a leitura da envolvente por parte de peões e condutores de veículos motorizados.
Neste sentido, reforça-se a necessidade da assegurar a dotação da rede com a correta sinalização (vertical e horizontal)
adequada e uniforme em toda a sua extensão, como elemento fundamental na segurança de todos os utilizadores.
A criação de uma rede ciclável estruturante deve ser acompanhada por uma rede de equipamentos de apoio à utilização de
bicicletas, nomeadamente suportes para parqueamento e outros equipamentos, incentivando a sua utilização.

A garantia de disponibilidade de um local adequado para parqueamento da bicicleta é parte fundamental da infraestrutura de
suporte a esta opção modal. Os estacionamentos devem apoiar a rede ciclável implementada mas também os principais
polos e equipamentos do concelho. No apoio aos principais interfaces de transporte devem ser garantidas condições
favoráveis ao estacionamento de bicicletas, apostando na segurança do veículo enquanto está estacionado.

De um modo geral os cicloparques devem situar-se na envolvente da entrada do local a servir, em local bem visível e bem
iluminado, garantindo serem acessíveis a partir da rede ciclável, sem interferirem com os fluxos pedonais.

Atualmente existe um elevado número de cicloparques distribuídos pelo concelho, sobretudo junto aos principais
equipamentos e zona ribeirinha, o que contribui para aumentar o potencial de utilização da bicicleta como modo de transporte.
No entanto, o sistema de apoio das bicicletas em mais de metade dos cicloparques existentes não é o mais indicado. Os
sistemas adotados apenas permitem a fixação da bicicleta num ponto do quadro ou da roda, pelo que não são recomendados
pois, além de pouco seguros, podem danificar os cabos de travão ou mudanças.

Considerando a informação disponibilizada pelo Manual de Estacionamento para Bicicletas (2015) da Federação Portuguesa
de Cicloturismo e Utilizadores de Bicicleta, a tipologia mais recomendável de parqueamento é o tipo “U” invertido porque
entre outras vantagens, permite fixar facilmente a bicicleta assegurando ao amarração do marco e uma roda ao mesmo
tempo de forma que oferece uma maior proteção contra roubos. Outras soluções como em “Onda” e “Apoio na roda”, que
apenas permitem a fixação da bicicleta num ponto do quadro ou da roda, respetivamente, não são recomendados pois, além
de pouco seguros, podem danificar os cabos de travão ou mudanças. (Figura 28).

(a) (b) (c)


Figura 28 – Tipologias de estacionamento identificadas: (a) Sheffield ou “U” invertido, (b) Onda ou “Wave” e de (c) apoio na roda
(Fonte: ciclaveiro.pt; www.chinabikerack.com)

No entanto, a associação americana - Association of Pedestrian and Bicycle Professionals apresenta uma visão ligeiramente
diferente no que diz respeito às infraestruturas mais adequadas para o estacionamento de bicicletas. Considerando as
recomendações previstas no manual “Essentials of Bike Parkin – Selecting and installing bicycle parking that works” (2015),
são apresentadas na Tabela 7 as melhores infraestruturas a considerar, e as evitar.

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U Invertido Post & ring WHEELwell - secure

Tipologias aconselhadas
em qualquer aplicação

Staggered wheelwellsecure Vertical Two-tier

Tipologias aconselhadas
em situações
específicas

Wave Schoolyard Wheelwell

Tipologias Bollard Spiral Swing Arm Secured


desaconselhadas

Tabela 6 - Tipologias de cicloparques (Fonte: Essentials of Bike Parking – Selecting and installing bicycle parking that works, 2015)

A localização dos cicloparques é muito importante na estratégia de promoção das viagens de bicicleta. Numa determinada
viagem cuja distância é adequada à utilização da bicicleta, se um indivíduo pretende ir do ponto A a B e sabe que em B tem
um cicloparque, considera mais depressa a realização dessa viagem em bicicleta do que se não existir.

No entanto, a definição da localização não deverá ser aleatória, mas considerar alguns parâmetros que se articulam na lógica
do potenciamento deste modo de deslocação. Assim, deverá ser considerada a localização destes cicloparques em locais
onde se concentre um número elevado de pessoas que realizem movimentos pendulares, nomeadamente em
estabelecimentos de ensino, comércio, equipamentos desportivos, de lazer, interfaces e edifícios residenciais, considerando
os seguintes parâmetros:

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Tipologia de estabelecimento Mínimo de lugares a considerar
Escola Básica e Secundária 10% do número de estudantes e 3% do número de funcionários

Instituições de ensino superior 6% do número de estudantes e 3% do número de funcionários

Comércio Entre 5 e 10% do número de estacionamento de veículos motorizados

Equipamento desportivo Entre 10 e 20% do número de estacionamento de veículos motorizados

Equipamentos de restauração Entre 5 e 10% do número de estacionamento de veículos motorizados

Indústria Entre 2 e 5% do número de estacionamento de veículos motorizados

Zonas residenciais Um lugar por cada 1-2 apartamentos

Interfaces Varia mediante a procura no mesmo


Tabela 7 – Número mínimo de lugares a considerar no planeamento de estacionamento para bicicletas privadas (Fonte: Adaptado de
https://www.vtpi.org/; TRENMO, 2019)

Para além dos cicloparques recomenda-se a dotação da rede ciclável com outros equipamentos de apoio, como por exemplo
pontos de reparação, bombas de ar e bebedouros, como aspeto determinante na melhoria das condições de comodidade na
utilização e reforço da atratividade para diferentes segmentos de procura (onde também se incluem deslocações por motivo
de lazer).

Deve ainda ser equacionada a colocação de equipamentos que garantam melhores níveis de acessibilidade como é o caso
da colocação de calhas para escadas (a exemplo do interface do Foros da Amora no acesso à Rua Luz Soriano), facilitando
o transporte de bicicletas em escadas de acesso.
FICHA DE AÇÃO C.3.2.1 – EXECUÇÃO DA REDE CICLÁVEL ESTRUTURANTE
FICHA DE AÇÃO C.3.2.2 – INSTALAÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE APOIO À UTILIZAÇÃO DE BICICLETA

D. INTERMODALIDADE
Objetivo estruturante: Contribuir para a acessibilidade multimodal nas deslocações casa-trabalho/escola valorizando o sistema
de TP

A intermodalidade, a complementaridade entre modos de transporte e o funcionamento em rede são atualmente questões
centrais e que informam o desenvolvimento do planeamento da mobilidade e dos transportes. No concelho do Seixal
convivem sistemas pesados de transporte público como o serviço ferroviário (tanto da Fertagus como da MTS) e fluvial (com
serviço da Transtejo) – que constituem a espinha dorsal do transporte público no concelho e que estruturam ligações a
Lisboa, tanto à cota alta como à cota baixa – com serviços rodoviários dos TST e da Sulfertagus (futuramente integrados
numa concessão única), que asseguram a cobertura do concelho.

Para que estes sistemas de transporte público funcionem de forma racional, i.e. os serviços rodoviários, na medida do
possível, funcionem como alimentadores do sistema pesado, e para que a opção modal seja a mais conveniente em termos
de serviço e não em termos de tarifário, a integração tarifária constitui uma peça chave. A integração tarifária e a
implementação do PART vieram criar as condições base para uma intermodalidade efetiva.

A integração modal é fundamental para a eficiência da rede de transportes, nas diversas escalas territoriais, no sentido de
promover a intermodalidade e oferecer melhores condições de segurança e conforto, assim como menores tempos e custos
de deslocação de pessoas e mercadorias. A intermodalidade pressupõe um funcionamento integrado dos vários sistemas de
transporte. A concretização da intermodalidade pressupõe a intervenção em múltiplas componentes do sistema de transporte
público, que pode envolver, por exemplo, a integração de novas soluções de transporte público (e.g. transporte flexível), a
articulação com soluções de mobilidade partilhada (e.g. bicicletas ou trotinetes partilhadas), o desenvolvimento de condições

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infraestruturais e operacionais que garantam a articulação e coordenação mais eficiente da oferta, ou mesmo o
desenvolvimento de novas tecnologias de informação ao público, em tempo e qualidade.

Os interfaces estabelecem a ligação entre o transporte público estruturante e o alimentador, e são por isso considerados
componentes fundamentais do sistema, cuja qualidade deve ser acautelada para garantir a eficiência do conjunto. A
qualidade dos interfaces engloba a acessibilidade desde as áreas residenciais e os polos de emprego, mas também a
acessibilidade dentro dos mesmos ou o conforto na estadia.

Como já referido, na AML os modos de transporte ferroviário e o fluvial estruturam e favorecem as viagens multimodais na
rede de transporte público, sendo ainda necessário resolver a questão da sobrecarga dos mesmos. Na promoção da
mobilidade sustentável é indispensável melhorar a função de acessibilidade do transporte público alimentador aos interfaces.
A eficiência do sistema passará sempre por assegurar a melhoria das condições de rebatimento do transporte coletivo
rodoviário, através do reforço das ligações aos interfaces, ou pela introdução de novas soluções de transporte, ou ainda
pelas condições de estacionamento na envolvente aos interfaces.

Importa assim assegurar opções de mobilidade ao longo de toda a cadeia, nomeadamente no início / final da viagem,
enquanto soluções complementares ao transporte público.

A gestão do estacionamento é outra premissa da mobilidade sustentável, uma vez que a gestão do próprio espaço viário
pela diminuição da oferta de estacionamento na via pública, principalmente no centro das cidades, bem como a opção da
tarifação do estacionamento, terão um papel essencial na gestão do recurso ao transporte individual, ao mesmo tempo que
a sua integração no sistema de transporte permite assegurar uma oferta integrada na utilização do transporte público.
Destaca-se que no caso do Seixal os principais problemas de estacionamento coincidem com os interfaces de transportes,
recomendando uma estratégia de atuação integrada. Assim, na alimentação do sistema estruturante não deve ser descurada
a importância do transporte individual pelo seu peso na escolha modal. Como consequência é fundamental perspetivar a
gestão e fiscalização do estacionamento, uma vez que a oferta é claramente inferior à procura, e o estacionamento abusivo
é recorrente, com impactos significativos na acessibilidade pedonal e com riscos sérios para a segurança rodoviária.

A acessibilidade universal referida anteriormente e a intermodalidade dependem também da qualidade da informação


disponibilizada ao utilizador, uma vez que a falta de conhecimento do sistema é impeditiva da sua utilização. Neste aspeto,
a disponibilização da informação a público em tempo real é uma aposta central na melhoria da atratividade do transporte
público.

A literatura internacional tem vindo a apostar na visão MaaS – Mobilidade como Serviço. Este conceito de mobilidade assenta
numa plataforma que integra um conjunto alargado de opções modais, procurando dar resposta às necessidades de
mobilidade. Os pacotes de mobilidade agregados nestes planos incluem diversos serviços de transporte, desde as várias
opções de transporte público mas também privado – táxi, car sharing, bike sharind, car rental – bem como o estacionamento.

Depois de, com o PART, os utilizadores verem assegurada a integração tarifária dos vários serviços de transporte público
importa agora integrar numa plataforma única outras soluções de mobilidade complementares ao TP.

Para a concretização deste objetivo estruturante foram identificadas três linhas de atuação, articulando um conjunto de
medidas, conforme a Tabela 8.

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LINHAS DE ATUAÇÃO MEDIDAS
D.1.1 Reforçar as condições de intermodalidade nos principais interfaces
D.1| Assegurar a acessibilidade multimodal
D.1.2 Implementar sistema de bicicletas partilhadas em eixos estruturantes
(integração de serviços)
D.1.3 Incentivar o transporte de bicicletas no TP
D.2.1. Integrar a gestão do estacionamento no sistema de transportes
D.2| Implementar medidas de gestão de
D.2.2 Assegurar a fiscalização do estacionamento
estacionamento
D.2.3 Organização e formalização do estacionamento
D.3.1 Melhorar a qualidade da informação disponível ao público
D.3| Informação e divulgação do TP e promoção
D.3.2 Criar campanhas de divulgação dos serviços de TP e modos suaves
de soluções MaaS
D.3.3 Promover a implementação de soluções MaaS
Tabela 8 – Objetivo Estruturante D: Intermodalidade

D.1| Assegurar a acessibilidade multimodal (integração de serviços)


No concelho do Seixal convivem sistemas pesados de transporte público como o serviço ferroviário (tanto da Fertagus como
da MTS) e fluvial (com serviço da Transtejo) – que constituem a espinha dorsal do transporte público no concelho e que
estruturam ligações a Lisboa, tanto à cota alta como à cota baixa – com serviços rodoviários, que asseguram a cobertura do
concelho.

A integração das redes pesadas de transporte público com o serviço rodoviário é assegurada nos principais interfaces do
Seixal, tanto nos ferroviários – Corroios, Foros da Amora, Fogueteiro, Coina e, num segundo nível, Casa do Povo – e como
no fluvial – Seixal.

Com o PART torna-se possível a racionalização das redes que deixam de ter incentivo a fazer serviços concorrentes, em
paralelo com um novo comportamento dos utilizadores (que deixam de ser “clientes” de um operador passando a olhar para
o conjunto da oferta disponível de forma integrada).

D.1.1| Reforçar as condições de intermodalidade nos principais interfaces


No que respeita à intermodalidade os interfaces de transporte constituem-se como nós estruturantes na articulação entre os
diferentes subsistemas. Enquanto elementos fundamentais do sistema de transportes importa garantir complementaridade e
soluções em cadeia, visando a articulação e conexão entre diferentes modos de transporte, orientadas para o aumento da
lógica de funcionamento em rede do sistema de transportes.
Deve assim ser dado aos interfaces papel de destaque nas propostas de intervenção, tanto do ponto de vista espacial como
funcional, cruzando-se aí diversas opções e medidas relevantes no domínio dos TP, dos modos suaves (pedonal e ciclável),
do estacionamento e da informação ao público.
A qualidade dos interfaces faz-se em função da sua integração no aglomerado urbano e qualidade da área de influência do
interface, da diversidade de modos de transporte presentes e respetivo nível da oferta disponibilizado, nível de integração
dos interfaces nas redes pedonais e cicláveis, e respetivos equipamentos de apoio, fluxo de passageiros transportados,
ligações à rede viária e existência de parques de estacionamento.
O diagnóstico realizado aos interfaces ferroviários do Seixal – Corroios, Foros da Amora, Fogueteiro e Coina – permitiu apurar
que estes se encontram em bom estado de conservação e apresentam boas condições de funcionamento e equipamento.

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Nos interfaces ferroviários não se encontram debilidades a assinalar. Do ponto de vista das instalações, verificou-se que
estas infraestruturas apresentam, de um modo geral, boas condições de apoio à espera, o que decorre do facto de se tratarem
de construções relativamente recentes. No caso do interface fluvial do Seixal, que se encontra em processo de remodelação,
as debilidades existentes no edifício deverão ser colmatadas pela obra em curso. Na generalidade, e tal como identificado
no diagnóstico, os interfaces estão em bom estado de conservação e apresentam boas condições de funcionamento e
equipamento, tendo-se no entanto verificado alguns problemas, nomeadamente:
 Integração urbana, particularmente no que respeita à sua relação com as áreas envolventes;
 Má qualidade ou falta de conetividade dos percursos pedonais e cicláveis que apoiam o acesso aos interfaces,
algumas das vezes em resultado de situações de estacionamento ilegal;
 Falta de conexão de algumas carreiras de transporte coletivo rodoviário ou à desarticulação entre os horários dos
vários modos suburbanos (acompanhamento do concurso lançado pela AML – Ficha B.2.1.1 e C.2.1.1);
 Défice de estacionamento, e apesar de todos os interfaces possuírem parques de estacionamento próprios, ainda
que nem todos ativos, verificou-se a pressão sobre as áreas envolventes, tanto com estacionamento ilegal como na
dificuldade de compatibilização com outros usos (residencial e comércio e serviços) – Fichas D.2.1.

No âmbito do reforço da intermodalidade devem ser asseguradas as necessárias condições de conforto e segurança no
transbordo entre modos e a integração urbana destas infraestruturas, uma vez que a qualificação da inserção dos interfaces
no tecido urbano contribui para a atratividade do TP, através da melhoria do rebatimento dos modos suaves.
Ao nível da articulação entre subsistemas é necessário garantir condições de rebatimento entre os diversos modos de
transporte público, ferroviário, fluvial e rodoviário. A articulação deve ser complementada pela melhoria das condições de
espera e dos serviços oferecidos, bem como pela garantia da acessibilidade universal de todos os utilizadores.
Considera-se ainda fundamental prosseguir algumas orientações para a melhoria da comunicação e informação ao público,
como a melhoria da informação disponibilizada sobre horários, tarifários, diagramas de rede e plantas da envolvente dos
interfaces (Ficha D.3.1.1).

As propostas individualizadas apresentadas posteriormente ao nível dos PALMT dos Interfaces procuram dar resposta aos
problemas identificados, apresentando soluções concretas para cada um dos interfaces, nomeadamente ao nível da
integração urbana e acessibilidade em modos suaves e áreas de estacionamento.
Aliás o estacionamento é um aspeto importante que poderá desincentivar o recurso ao modo pedonal já que a ocupação dos
passeios por veículos estacionados ilegalmente, que se constituem como um obstáculo à circulação pedonal, bem como a
reduzida dimensão dos passeios em alguns eixos estruturantes compromete as condições de circulação dos peões (Ficha
D.2.2.1).
Ao nível da integração urbana e acessibilidade em modos suaves propõe-se a requalificação do espaço urbano através da
reformulação da rede pedonal e rede ciclável na envolvente aos interfaces, num raio de 800 metros, ou seja, a correspondente
a uma deslocação de 10 minutos a pé.
As propostas locais que se consideram estruturantes prendem-se com a requalificação do espaço público na área envolvente
ao interface, assim como a promoção da requalificação dos principais eixos da rede pedonal e ciclável.
 Intervenção nos principais percursos de ligação entre os interfaces e os espaços envolventes residenciais;
 Reperfilamento de ruas para melhoria das condições de circulação dos modos suaves;
 Alargamento dos passeios;
 Relocalização de atravessamentos pedonais;
 Melhoria da acessibilidade removendo obstáculos e qualificando os percursos existentes;
 Execução de novos percursos para fecho da malha existente (espaço urbano e não urbano);
 Arborização de percursos, visando o conforto urbano;

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 Melhoria da segurança nas deslocações (resultante da qualificação do espaço);
 Ordenamento do estacionamento e reforço da fiscalização do estacionamento ilegal;
 Introdução de medidas de acalmia de tráfego;
 Sensibilização para os modos suaves.
Neste âmbito é ainda essencial a articulação com as ações contempladas no PAMUS, nomeadamente nas intervenções
previstas com vista à Qualificação da envolvente às interfaces de transportes de Corroios, Amora, Fogueteiro e Seixal. Neste
processo foram identificadas um conjunto de problemáticas na relação entre os interfaces e a envolvente, nomeadamente
ao nível das descontinuidades, irregularidades ou inexistência de percursos pedonais e cicláveis. Foram assim projetadas
um conjunto de intervenções com incidência nos percursos pedonais e cicláveis, mas também nas paragens de TCR e na
melhoria do conforto bioclimático (detalhando propostas ao nível da estrutura arbórea, revestimento vegetal, drenagem e
iluminação pública).
FICHA DE AÇÃO D.1.1.1 – ARTICULAÇÃO DAS MEDIDAS DE PROMOÇÃO DA INTERMODALIDADE NOS PRINCIPAIS
INTERFACES

D.1.2| Implementar sistema de bicicletas partilhadas em eixos


estruturantes
Os sistemas de bicicletas partilhadas são cada vez mais populares no incentivo à mobilidade ciclável e são especialmente
adaptados como complemento ao transporte público. Na sequência do ponto anterior e com a implantação de nova rede
ciclável é interessante a introdução de sistemas de bicicletas partilhadas nos núcleos urbanos que pela sua dimensão o
justifiquem, permitindo o apoio às deslocações pendulares e às curtas distâncias. Pretende-se assim a integração de lógicas
multimodais do tipo Bicicleta/Transporte Público ou Bicicleta/Transporte Público/Pedonal, mediante o melhoramento dos
pontos de contacto, com especial incidência junto dos principais interfaces modais e dos principais polos de atração de
deslocações (Centro, Estabelecimentos de Ensino, Equipamentos Desportivos, Equipamentos de Saúde).

O reconhecimento do papel dos modos suaves nas deslocações urbanas e interurbanas de curta distância, assim como a
adoção de políticas orientadas para a criação de condições para o incremento da utilização destes modos é uma evidência
na consolidação do paradigma da intermodalidade.
A disponibilização de bicicletas como um serviço de transporte apresenta um enorme potencial para generalizar o seu uso,
em particular quando os sistemas incluem veículos assistidos eletricamente, que permitem experienciar os percursos como
praticamente planos (EMNAC 2020 -2030), como é o caso do Concelho do Seixal. Para garantir o seu sucesso e ampliar a
cobertura da rede de sistemas públicos de partilha de bicicletas, é necessário que se assegure uma boa cobertura territorial
de equipamentos e infraestruturas de partilha, com estações bem localizadas e visíveis, junto de equipamentos e interfaces
de transporte.
Pretende-se criar uma Rede de Bikesharing associada à rede ciclável estruturante prevista, tendo por base os principais
polos geradores de viagens, com especial destaque para os interfaces, promovendo a intermodalidade com o transporte
urbano e suburbano.
Os sistemas de partilha de bicicletas permitem uma maior flexibilidade na utilização, uma vez que o modelo de exploração
assenta num conjunto de estações que disponibilizam estes equipamentos para utilização num determinado período e
mediante certas condições, permitindo contudo que a entrega do equipamento não se faça obrigatoriamente no ponto de
recolha mas em qualquer outro ponto da rede, se mais conveniente, respondendo melhor às necessidades de deslocação.
O potencial de transferência modal dos movimentos em transporte individual para o modo ciclável é considerável, justificando
assim a criação de uma rede de bicicletas partilhadas. No entanto, a Rede de Bikesharing a criar deve ainda abranger uma
área mais alargada associada à utilização recreacional e de lazer, como é o caso da Ecovia da Ponta dos Corvos.
Esta rede deverá ser desenhada de forma a permitir também a articulação com o transporte público interconcelhio, bem como
todas as questões de compatibilização tecnológica com a rede existente nos municípios da AML.

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Ainda que o seu detalhe não tenha âmbito neste PMTCS recomenda-se um estudo mais aprofundado que sirva de base para
uma possível concessão do sistema de bikesharing, ou pelo menos a análise se o sistema deve ser concessionado ou
integrado nos serviços municiais, cumprindo o objetivo de melhorar as condições de apoio à mobilidade ciclável e assim
incentivar a utilização da bicicleta nos movimentos pendulares. Neste seguimento recomenda-se que sejam cumpridas
algumas condições, como:
 localização das estações de recolha/entrega de bicicletas junto aos principais polos geradores/atractores de
deslocações, e logo nos interfaces de transporte;
 a localização deve ainda fazer-se preferencialmente na rede primária, uma vez que é esta rede que assegura as
ligações mais estruturantes;
 o acesso ao sistema deve ter um custo, no entanto, e caso se opte por uma concessão parte dos custos poderão
ser assumidos pela autarquia, garantindo que o valor final para o utilizador é atrativo;
 o pagamento da utilização deve ser integrado no vigente para o sistema de transportes (sendo possível a eventual
isenção de pagamento para os titulares de assinaturas de TP);
 a concessão deve precaver equipamentos de apoio à utilização da bicicleta, assim como uma cicloficina;
 todo o sistema de bikesharing deve ser amplamente comunicado e divulgado.

Fruto das interdependências territoriais existentes neste território o sistema de bikesharing poderá ser prolongado de forma
articulada com Almada, ao longo da EN10, e com o Barreiro, mediante a concretização do atravessamento do estreito de
Coina.
FICHA DE AÇÃO D.1.2.1 – REDE DE BIKESHARING

D.1.3| Incentivar o transporte de bicicletas no TP


Na medida em que a bicicleta deve ser encarada enquanto parte da cadeia modal importa garantir que o seu transporte é
assegurado nos vários serviços de TP existentes, permitindo que a bicicleta assegure tanto o first mile como o last mile.

A capacidade de transporte de bicicletas nos TP constitui um aspeto relevante no sentido de incentivar a utilização quer do
TP quer da bicicleta como modo de transporte. No entanto, o transporte de bicicletas em TP têm ainda muitas restrições.
O aumento da comodidade de transporte de bicicletas em TP pode ir desde a isenção de pagamento de valor acrescido pelo
seu transporte, como a adaptação do material circulante ao seu transporte, ou o aumento da capacidade já instalada.
 No TCR não é atualmente permitido o transporte de bicicletas (articular com a AML no âmbito da nova concessão);
 No TC Ferroviário o transporte é permitido e gratuito ainda que sujeito ao cumprimento de um conjunto de condições,
nomeadamente de lotação (Fertagus: 2 bicicletas/carruagem);
 No TC Fluvial o transporte é permitido e gratuito ainda que sujeito ao cumprimento de um conjunto de condições,
nomeadamente de lotação (Transtejo: 3 bicicletas/carreira).
A possibilidade de transporte de bicicletas no TP constitui um aspeto relevante de modo a incentivar a comodidade na
utilização de ambos os modos de transporte – TP e bicicleta.

Propõe-se neste seguimento o aumento da capacidade de transporte de bicicletas através das seguintes medidas:
 No TCR em articular com a AML a melhor solução;
 Aumentar a lotação de bicicletas nos comboios da Fertagus, ainda que fora dos períodos de ponta;
 Aumentar a lotação de bicicletas no transporte fluvial da Transtejo, ainda que fora dos períodos de ponta.

FICHA DE AÇÃO D.1.3.1 – TRANSPORTE DE BICICLETAS NO TP

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D.2| Implementar medidas de gestão de estacionamento
O transporte individual pode ser, em alguns casos, uma componente indispensável da mobilidade diária. É possível, no
entanto, mitigar os efeitos negativos da sua utilização, particularmente nos centros urbanos, onde a maior concentração de
fluxos e, naturalmente, de veículos induz um maior congestionamento e poluição e diminui a qualidade do espaço público,
através de uma estratégia de articulação do automóvel com o transporte público.

A política de estacionamento é parte integrante da gestão da mobilidade já que a sua disponibilidade e eventual taxação
condicionam a atratividade do transporte individual bem como a utilização do espaço público. Na cadeia de mobilidade o
estacionamento é peça fundamental, tanto na origem como no destino, como no apoio aos principais interfaces de transporte.

O diagnóstico realizado ao estacionamento permitiu reconhecer os desequilíbrios existentes particularmente em torno dos
principais interfaces - estações de Corroios, Foros da Amora, Fogueteiro, Coina, Seixal (cais fluvial) e Casa do Povo. Desta
forma, a concentração da procura de estacionamento, gerando desequilíbrios, encontra-se associada aos sistemas de
transporte público de grande capacidade, nomeadamente ferroviário e fluvial.

Todos os interfaces analisados, com exceção da Casa do Povo, possuem parques de estacionamento pago. No entanto, a
via pública envolvente não se encontra taxada resultando numa elevada pressão que compromete as atividades aí
localizadas, tanto comerciais como residenciais. Verifica-se igualmente elevada presença de estacionamento indevido tanto
na via pública como em terrenos baldios localizados na envolvente.

Na interação com as atividades na envolvente é possível distinguir os interfaces de Corroios, Foros da Amora, Fogueteiro e
Casa do Povo por se localizarem na proximidade de áreas urbanas densamente ocupadas, resultando em conflitos mais
agudizados. Com o objetivo de minimizar o impacto sobre os residentes a Câmara do Seixal criou áreas de estacionamento
condicionado na envolvente às estações ferroviárias de Corroios, de Foros da Amora e do Fogueteiro. O estacionamento
nestas zonas encontra-se limitado a veículos com títulos de residente ou comerciante. Foram ainda criados alguns lugares
com tempo máximo de permanência de uma hora, para apoio às atividades comerciais e serviços.

Da análise à procura por tipologia destaca-se, para os lugares taxados, a pressão da procura no interface de Coina, em que
se pode considerar que a procura excede a oferta.

No caso dos lugares públicos gratuitos verifica-se que todos os interfaces, com exceção do Fogueteiro, apresentam uma
procura superior a 75% considerado um valor de equilíbrio do sistema de estacionamento. No caso da Casa do Povo, Corroios
e Foros da Amora esse valor é superior a 90% evidenciando um forte desequilíbrio entre a oferta e a procura, com
consequências danosas sobre todo o sistema da mobilidade.

Relativamente aos lugares de acesso condicionado a residentes verifica-se que nos três interfaces - Corroios, Fogueteiro e
Foros da Amora - a pressão é superior a 80% denotando que a opção de gestão do estacionamento adotada não estará a
resolver a problemática. Foi realizado um levantamento à taxa de cumprimento desta restrição verificando-se que é muito
reduzida, com 38% em Corroios, 24% em Foros da Amora e 12% no Fogueteiro. Estes resultados poderão evidenciar um
défice de fiscalização.

Por fim, verificou-se que o estacionamento em baldio e ilegal é um fenómeno recorrente em todas as áreas analisadas.
Destaca-se pelo peso face ao conjunto da oferta o caso da Coina.

De referir ainda a existência de parques de estacionamento detidos pela Fertagus que se encontram atualmente inativos,
nomeadamente nas estações de Corroios e Foros da Amora, apesar da forte pressão sobre os arruamentos envolventes.

Os desequilíbrios detetados ao nível do estacionamento recomendam uma atuação direcionada para esta problemática.

De um modo geral, ao nível do estacionamento recomenda-se:

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 Implementar um sistema de gestão e fiscalização.
 Formalizar o estacionamento na via pública nas áreas de maior pressão;
 Tarifar o estacionamento na via pública na envolvente dos interfaces ferroviários.

Nos planos de ação referentes à componente temática do estacionamento, importa não esquecer que o estacionamento
representa um regulador fundamental da repartição modal, na medida em que pode condicionar a propensão para a utilização
do transporte individual.

À escala dos PALMT foram detalhados os seguintes aspetos:

 introdução de zonas de estacionamento pago;


 redefinição do estacionamento para residentes;
 criação/alteração de parques de estacionamento.

Com base no diagnóstico e na definição de áreas de intervenção prioritária propostas, a atuação desenvolvida no âmbito do
PMTCS diferencia-se nas seguintes áreas:

 Envolvente aos interfaces;


 Núcleos históricos;
 Áreas territoriais identitárias - Fernão Ferro.

Os problemas evidenciados em cada uma das zonas carecem de respostas diferenciadas, quer no modelo de gestão e
regulação, quer no tipo de intervenções necessárias ao nível das infraestruturas.

Nas áreas envolventes aos interfaces mais urbanos de Corroios, Casa do Povo, Fogueteiro e Foros da Amora propõe-se
uma atuação a diferentes níveis:

 Implementação de uma fiscalização efetiva dos dísticos de residentes, do tempo máximo de permanência e do
estacionamento ilegal, fiscalizando também futuramente, os lugares taxados a implementar;
 Reforço do estacionamento disponível com parques de estacionamento gratuito na envolvente dos interfaces;
 Taxação na via pública na área envolvente aos interfaces.

Já nas áreas relativas aos núcleos históricos e áreas territoriais identitárias a atuação baseia-se:

 Libertação do espaço público para a mobilidade pedonal e ciclável;


 Reforço do estacionamento de proximidade.

Nos PALMT as conclusões desta definição serão analisadas em pormenor, para cada uma das situações, de forma a apontar
a sua forma de concretização.

Ao nível do PALMT e da regulação das zonas de rotação, recomenda-se o desenho de um sistema de zonas tarifárias, com
preços e tempos máximos de estacionamento diferenciados, de acordo com as necessidades de mobilidade e acessibilidade
de cada zona.

A fixação das tarifas e dos períodos máximos de estacionamento tem como objetivo proteger as áreas com outras atividades,
seja residentes, comércio e serviços, direcionando o estacionamento de longa duração para os parques de estacionamento,
reservando os lugares nas vias para o estacionamento de curta duração. Com esta medida, obtém-se ganhos suplementares
não só na mobilidade e acessibilidade, como também na qualidade do ambiente urbano, ao diminuir o tráfego gerado pela
procura de estacionamento.

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Nos núcleos históricos e áreas territoriais identitárias as medidas que pretendem promover uma utilização diferenciada do
espaço público, melhorando a rede pedonal e garantindo-lhe condições de conforto e segurança, resultam muitas vezes
numa redução dos lugares de estacionamento. Nas áreas em que se reduz estacionamento na via pública, pela reafectação
do espaço canal, será equacionada a necessidade de garantir bolsas de estacionamento de apoio, para que se garanta o
acesso às atividades presentes nestas áreas.

Nas zonas com maior défice de estacionamento, patente pela recorrência de estacionamento ilegal, serão identificadas
alternativas, quer pela dotação de lugares adicionais em parques de estacionamento quer pelo reforço de opções modais
alternativas e mais sustentáveis.

D.2.1| Integrar a gestão do estacionamento no sistema de transportes


À medida que os sistemas de mobilidade e transportes se tornam mais complexos e as opções dos utilizadores de apoiam
em soluções multimodais a especificidade de cada território assume relevância e a capacidade de encontrar soluções
racionais e funcionais um fator diferenciador. As autarquias são peças centrais na organização destes sistemas, sendo que
a gestão do estacionamento constitui muitas vezes o primeiro elemento da política de mobilidade a ser gerido. A opção por
uma gestão efetiva do estacionamento decorre de sistema bloqueados, em que a resposta à procura não passa só pela
disponibilização de mais oferta mas também pela gestão efetiva da oferta disponível.

Importa notar que a disponibilidade de estacionamento assume particular relevância nos interfaces de transportes destacados
– Corroios, Fogueteiro e Foros da Amora – já que para além de ser essencial no acesso ao transporte público pesado, é
também condicionante da dinâmica urbana da zona, tanto no acesso às atividades comerciais e de serviços como no apoio
aos residentes.

Como referido no diagnóstico, a autarquia implementou um regulamento de acesso condicionado a residentes em algumas
vias destes três interfaces no entanto os residentes continuam a ter dificuldade em conseguir estacionar.

Considera-se que a autarquia deve assumir um papel ativo na gestão do estacionamento, contribuindo para um sistema de
mobilidade e transportes mais equilibrado.

Em paralelo com os atuais gestores de estacionamento, a Empark no interface fluvial, e a Fertagus nos interfaces ferroviários,
o município deverá assumir uma política ativa no planeamento, implementação e gestão do estacionamento na via pública e
de parques de estacionamento dissuasores.

Como se verificou no diagnóstico a pressão do estacionamento, e a procura de opções não taxadas, origina estacionamento
indevido na envolvente dos interfaces, com destaque para Corroios, Fogueteiro e Foros da Amora. Com o objetivo de
minimizar o impacto sobre os residentes a Câmara do Seixal criou áreas de estacionamento condicionado na envolvente a
estas estações ferroviárias. O estacionamento nestas zonas encontra-se limitado a veículos com títulos de residente ou
comerciante no entanto, face à falta de fiscalização, esta restrição não é cumprida.

Desta forma, numa primeira fase é essencial garantir a eficácia da fiscalização no cumprimento das restrições de acesso ao
estacionamento em vigor. Numa segunda fase importa avaliar a adequação do modelo atual – áreas com acesso
condicionado a detentores de dístico e lugares com tempo máximo de permanência – na resposta às exigências de
estacionamento. Destacam-se algumas restrições do modelo em vigor: nas áreas com acesso condicionado não existe
flexibilidade para acolher outros utilizadores (apresentando dificuldades em responder às necessidades de um contexto
urbano multifuncional); os lugares com tempo máximo de permanência são difíceis de fiscalizar (porque implicam duas
passagens e o registo da matrícula); a aplicação de coimas fruto das contraordenações é mais penalizante (uma vez que
sem a taxa diária não é possível emitir avisos, que constituem uma forma mais pedagógica de fiscalizar); a operação de
fiscalização é onerosa, resultando num custo efetivo (a taxação permite financiar o sistema de gestão do estacionamento e,
dependendo do modelo de gestão, libertar verba para o investimento em opções modais alternativas).

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Propõe-se assim, numa segunda fase, uma política de gestão do estacionamento centrada em torno destes três interfaces
urbanos, onde a pressão do estacionamento origina maiores conflitos, com diferentes níveis de atuação:

 Introdução de estacionamento pago na envolvente aos interfaces, com um valor horário reduzido e a limitação de
permanência a um máximo de quatro horas;
 Reforço da oferta de estacionamento de apoio aos interfaces, com parques de estacionamento dissuasores
gratuitos;
 Abertura dos estacionamentos da Fertagus desativados, em Corroios e Foros da Amora.

A tarifação do estacionamento na via pública na envolvente aos interfaces visa aumentar a rotatividade dos veículos e
disciplinar o estacionamento nestas áreas, reduzindo assim a pressão sobre o espaço público e facilitando o estacionamento
por parte dos residentes.
Recomenda-se assim a definição de uma política de gestão do estacionamento, capacitada para fazer a gestão dos lugares
disponibilizados na via e das bolsas de estacionamento complementares associadas aos interfaces, prevendo tarifa e modelo
de gestão a aplicar – no geral a tarifa na via é mais elevada garantindo lugares de rotação na proximidade das atividades e
direcionando o estacionamento de longa duração para os parques / bolsas de apoio aos interfaces.
De realçar que as abordagens à temática do estacionamento devem sempre ser integradoras e abrangentes, seguindo o
princípio de integração no sistema de transportes, pelo que é fundamental conjugar medidas de política de estacionamento
com medidas de transferência modal de TI para TC e modos suaves, privilegiando a aposta na mobilidade sustentável em
detrimento do aumento da oferta de estacionamento como forma de acomodar a procura e aliviar a pressão verificada sobre
o espaço urbano.
FICHA DE AÇÃO D.2.1.1 – TAXAÇÃO DO ESTACIONAMENTO
FICHA DE AÇÃO D.2.1.2 – REDE DE PARQUES DE ESTACIONAMENTO DISSUASORES NOS INTERFACES
FICHA DE AÇÃO D.2.1.3 – ABERTURA DOS PARQUES DE ESTACIONAMENTO DESATIVADOS DA FERTAGUS

D.2.2| Assegurar a fiscalização do estacionamento


No âmbito do PMTCS deve ser dado especial destaque ao controlo do estacionamento ilegal e estacionamento abusivo.
O diagnóstico realizado em torno dos interfaces identificou a presença recorrente de estacionamento ilegal e o incumprimento
da utilização reservada a residentes nos arruamentos definidos para o efeito.
Uma medida importante é o combate ao estacionamento ilegal, que tem vindo a ser referida ao longo deste PMTCS, e ao
estacionamento abusivo. Para tal é fundamental a fiscalização do estacionamento.

A fiscalização prende-se não só com a atuação sobre o estacionamento ilegal, como também pela atuação sobre o
incumprimento das restrições de acesso existentes, nomeadamente a determinados utilizadores - residentes e comerciantes
munidos do respetivo dístico – e tempos máximos de permanência de uma hora.

Deve ser dado especial destaque ao controlo do estacionamento ilegal, com enfoque no estacionamento em cima do passeio,
pelo entrave significativo que cria à mobilidade pedonal, assim como ao estacionamento abusivo, que pela ausência de
fiscalização adequada não consegue garantir o cumprimento por parte dos utilizadores das restrições de acesso, colocando
em causa os objetivos que presidiram à implementação do sistema.
Verifica-se portanto a necessidade de se propor o reforço da fiscalização das situações de estacionamento ilegal/indevido e
das áreas de estacionamento regulado existentes. O incumprimento das restrições de acesso e a persistência de situações
de estacionamento ilegal são fatores que contribuem para que não se alcancem os objetivos associados à implementação
da regulação do estacionamento, colocando em risco o conceito de intervenção utilizado nas áreas envolventes aos interfaces
em termos de implementação de uma política de promoção do estacionamento de curta duração e de apoio a residentes.

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As competências de fiscalização diferem de município para município. Em alguns casos esta competência é da
responsabilidade das forças de segurança, nomeadamente PSP e GNR, como é o caso presente no Seixal, noutros esta
gestão e fiscalização encontra-se atribuída a fiscais próprios ou a uma empresa concessionária de gestão do estacionamento
(podendo ser pública ou privada). Normalmente a fiscalização a cargo das forças de segurança (PSP e GNR) é pouco
eficiente, pelo que muitos municípios optam por delegar a competência da fiscalização em empresa concessionária privada
ou internalizada nos serviços municipais (com criação ou não de empresa pública para o efeito).
No concelho do Seixal recomenda-se, para uma eficiente gestão e fiscalização das áreas de estacionamento regulado, a
criação de uma equipa de fiscalização que detenha poderes equiparados à autoridade administrativa para fiscalização destas
áreas, com a possibilidade de autuar (multar, rebocar, bloquear). Esta equipa também deveria ter competências no âmbito
do estacionamento ilegal, que perturbe a circulação de veículos e/ou peões, assegurando uma gestão eficaz da via pública.

No caso de criação de uma empresa de gestão e fiscalização sugerem-se que sejam adotadas as seguintes diretrizes:

 Delegação de competências de fiscalização;


 Extensão de competências para além das áreas de exploração do estacionamento tarifado, nomeadamente nas
zonas de estacionamento reservado a residentes e comerciantes, permitindo que possam atuar no espaço público
envolvente (por exemplo, possam levantar autos a veículos que se encontrem estacionados em cima do passeio,
fora dos lugares tarifados).

A fiscalização permite garantir a proteção de pessoas com necessidade especiais, residentes e utilizadores do transporte
público.

Esta fiscalização deve concentrar-se, para além das áreas reguladas, sobre as áreas mais problemáticas, nomeadamente
envolvente aos principais interfaces, núcleos históricos e eixos conflituantes com o TCR.
Face aos custos associados a esta atividade a introdução de uma política de taxação pode contribuir, para além de
racionalizar a utilização do espaço público, para financiar a fiscalização.
FICHA DE AÇÃO D.2.2.1 – FISCALIZAÇÃO DO ESTACIONAMENTO

D.2.3| Organização e formalização do estacionamento


A organização do espaço público, através da formalização do estacionamento, concorre para uma utilização mais equilibrada
entre todos os utilizadores.

Quando a utilização do espaço público não se encontra regrada os utilizadores mais vulneráveis são os que mais dificuldades
encontram, nomeadamente ao nível da continuidade da rede pedonal. A formalização das zonas de estacionamento garante
ainda uma acrescida coerência e regulação do estacionamento com resultados benéficos para a qualificação do espaço
público e do ambiente urbano.

Esta problemática deve ser acautelada prioritariamente sobre os principais interfaces, nos núcleos históricos e algumas áreas
residenciais. A resolução desta questão deve concentrar-se numa primeira fase sobre as ruas com atividades comerciais,
serviço de TCR ou veículos de recolha de RSU.

As propostas de reperfilamento em algumas vias, resultantes da preocupação em garantir condições de segurança e conforto
para os utilizadores mais vulneráveis, implica pontualmente a supressão de lugares de estacionamento. Nas áreas em que
se reduz estacionamento na via pública, pela reafectação do espaço canal, será equacionada a necessidade de garantir
bolsas de estacionamento de apoio, para que se garanta o acesso às atividades presentes nestas áreas.

A organização da oferta de estacionamento deve ainda precaver a definição de lugares de reserva para utilizadores
específicos. Destaca-se a importância de garantir uma boa rede de lugares de estacionamento dedicados a utilizadores com

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mobilidade reduzida, reservando as localizações mais próximas dos principais serviços e equipamentos para os utilizadores
com maiores dificuldades de mobilidade (Ficha C.2.2.3). Em paralelo, e no âmbito da criação de um Regulamento de Cargas
e Descargas (Ficha B.4.2.1) mais lugares de estacionamento serão dedicados a operações de cargas e descargas. De referir
ainda a necessidade de prever lugares de estacionamento para motociclos.

FICHA DE AÇÃO D.2.3.1 – ORGANIZAÇÃO E FORMALIZAÇÃO DO ESTACIONAMENTO


FICHA DE AÇÃO D.2.3.2 – COMPENSAÇÃO DE LUGARES DE ESTACIONAMENTO

D.3| Informação e divulgação do TP e promoção de soluções MaaS


No que se refere à informação e comunicação ao público existem diversas lacunas que importar ultrapassar, quer ao nível
dos sistemas de informação estáticos como comunicação de horários e tarifários, ou diagramas de rede e plantas da
envolvente, como ao nível da informação dinâmica e em tempo real.

A informação estática disponibilizada a público apresenta duas realidades distintas. Na maioria das paragens não é
disponibilizada informação sobre a espinha e horário das carreiras que aí realiza serviço. Nas paragens em que a informação
é disponibilizada os horários e a espinha apresentados não permitem uma perceção fácil dos horários no local (o horário
corresponde à paragem inicial e a espinha apenas identifica o tempo de percurso entre as principais paragens).

Esta escassez de informação no local é complementada pela informação disponibilizada em aplicações (seja da Transporlis,
seja dos TST) que detalham o horário à paragem e permitem calcular itinerários combinando os diversos operadores
metropolitanos (no caso da Lisboa Viagem). No entanto, os horários em tempo real ainda não são generalizadamente
disponibilizados (verificou-se que apenas para algumas circulações há confirmação da passagem em tempo real na aplicação
dos TST).

A informação em tempo real integra-se num conceito mais abrangente, nomeadamente Mobility-as-a-Service (Maas) que
altera o paradigma da mobilidade, focando-se nas necessidades do utilizador do sistema de transportes, ou seja, os serviços
adaptam-se às necessidades dos passageiros.

Este conceito integra a informação de diversos meios de transporte, num serviço centrado no usuário por meio de uma
plataforma que integra informação multimodal, meios de pagamento, entre outros.

Estas medidas devem ser implementadas em estreita articulação com o Observatório da Mobilidade (Ficha B.3.2.1).

D.3.1| Melhorar a qualidade da informação disponível ao público


No âmbito da informação e comunicação ao público, e como já referido, recomenda-se implementar diversas propostas que
visam tornar o sistema de transporte mais inteligível, permitindo aos utilizadores – regulares ou não – uma fácil compreensão
do sistema ao nível dos percursos, horários e tarifários, assim como as diferentes escolhas modais disponíveis para realizar
a deslocação pretendida.

Uma das falhas diagnosticadas refere a informação disponibilizada na maior parte das vezes apresentada por operador em
detrimento da sua integração em diagramas de rede. Neste seguimento verifica-se a inexistência de plantas da envolvente
dos interfaces. Neste domínio importa dotar os interfaces com informação de indicação dos principais arruamentos, paragens
de TP, praças de táxis, ciclovias e equipamentos e serviços na envolvente.

Assim, e com o objetivo de melhorar a comunicação e informação ao público recomendam-se as seguintes medidas:

 Dotar os interfaces com informação adequada e atualizada face aos serviços disponibilizados por todos os
operadores na área envolvente;

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 Dotar as paragens com informação adequada e atualizada face aos serviços disponibilizados;
 Disponibilizar diagramas de rede integrando toda a oferta presente no sistema de transportes;
 Disponibilizar plantas da envolvente dos interfaces;
 Promover a utilização do Transporlis.

No âmbito da AML, e ainda que a Transporlis integre várias informações do sistema, verifica-se que na generalidade cada
operador de cada elemento do sistema de transportes disponibiliza informação apenas sobre a rede de serviços que oferece,
não sendo fácil para o utilizador ter conhecimento de como cada alternativa se complementa dentro do sistema.
É essencial, portanto, a adoção de sistemas abrangentes de informação ao público (integrando os diferentes modos e sobre
vários suportes) que permitam a informação em tempo real sobre as opções disponíveis. Dispondo de mais conhecimento
sobre o sistema de TP em funcionamento, o utilizador disporá assim de uma maior propensão para a sua utilização.
A disponibilização da informação deve ser mais clara e abrangente no município pelo que se propõe o reforço da mesma em
formatos mais tradicionais, como é o caso de informação estática afixada, em locais específicos do sistema de transportes
(paragens, interfaces, veículos) ou disponível para distribuição (folhetos), nas lojas de apoio à mobilidade ou em lojas
destinadas à venda de bilhetes.
No entanto, a informação deve abranger formatos dinâmicos que permitem informação em tempo real, através das
tecnologias de informação e comunicação, como é o caso da informação interativa disponibilizada dentro do sistema de TP,
como nos veículos, em painéis e quiosques eletrónicos distribuídos por paragens, interfaces ou em pontos de informação
urbana, naqueles que caem do âmbito de competências municipais também estes devem ser reforçados.
Da mesma forma, esta mesma informação deve poder ser acedida remotamente, ou seja fora do sistema, a partir de casa,
do local de trabalho, ou de qualquer outra localização (no computador ou telemóvel), pela disponibilização de informação
online.
Neste sentido, a melhor gestão e divulgação da informação, de forma concentrada num motor de consulta online, deve caber
no âmbito AML e das parcerias com os diferentes operadores. Com a entrada em vigor do novo contrato de concessão de
transporte público rodoviário a maioria dos problemas identificados deverá ser resolvida.
O conjunto de medidas descritas seguidamente devem ser realizadas em articulação com a AML, com competências
delegadas pelo município enquanto autoridade de transportes:
 Criação de diagramas de rede do sistema de transporte, plantas da envolvente, etc.;
 Disponibilização de horários, tarifários, diagramas de rede, etc.;
 Disponibilização de informação em suportes eletrónicos e digitais;
 Criação de aplicações para smartphone, com integração de sistemas de controlo de estacionamento, sistema de
carpooling, bikesharing, etc.;
 Disponibilização de informação de transporte customizada e em tempo real.

Exige-se que a disponibilização de informação ao público seja integrada, abrangente e de fácil acesso, onde os utilizadores
do TP possam usufruir de um serviço personalizado, que se adeque às necessidades tanto da população residente como
visitante.
Assim, torna-se necessária a criação de espaços de apoio à mobilidade que promovam e disponibilizem um conjunto de
serviços úteis, designadamente:
 Informação e aconselhamento, acerca da utilização mais adequada dos diferentes modos e serviços de transporte;
 Promoção de novos produtos (bilhetes combinados, tarifas especiais, etc.);
 Apresentação de reclamações e sugestões, desde o registo de queixas e sugestões ao respetivo encaminhamento
para as entidades competentes;

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 Disponibilização de informação sobre percursos pedonais e cicláveis, assim como pontos de interesse a visitar e
como lá chegar;
 Aquisição e reservas de produtos relativos à mobilidade (títulos de transporte, mapas, etc.);
 Marcação de reservas de transporte a pedido (caso esta medida seja implementada).

Atendendo à diversidade e tipologia de serviços a prestar, tanto para residentes como para turistas, recomenda-se a criação
de pontos de atendimento para o efeito nas instalações da Câmara Municipal e em cada sede das juntas de freguesia.
De realçar que este espaço devem permitir a compra de títulos de transporte tanto de transporte coletivo ferroviário, fluvial e
rodoviário, promovendo assim a intermodalidade no sistema de transportes.

Um aspeto importante para o funcionamento deste espaço é o envolvimento das diversas entidades ligadas ao sistema de
transportes que operam neste território, sendo essencial estabelecer protocolos de cooperação e cedência de informação
que deverá estar permanentemente atualizada, em especial com a AML.

Esta medida deve ser implementada em estreita articulação com o Observatório da Mobilidade (Ficha B.3.2.1).

FICHA DE AÇÃO D.3.1.1 – SISTEMA DE INFORMAÇÃO AO PÚBLICO


FICHA DE AÇÃO D.3.1.2 – ESPAÇOS DE APOIO À MOBILIDADE

D.3.2| Criar campanhas de divulgação dos serviços de TP e modos suaves


O incentivo à transferência modal, do TI para o TP e modos suaves, no quadro de uma estratégia de promoção de uma nova
cultura de mobilidade e de desenvolvimento de um sistema de transportes alinhado com o objetivo da promoção da
mobilidade sustentável, anteriormente proposto, exige a conjugação de medidas de diferentes naturezas, incidentes sobre
as diferentes componentes do sistema de transportes.

As tipologias de projetos e ações a apoiar resultará da ponderação de um vasto conjunto de opções:

 Promoção ou divulgação do TP e dos modos suaves para uma mobilidade mais sustentável;
 Promover a divulgação do TP conferindo-lhe uma imagem de qualidade, conforto, eficiência e fiabilidade.

Com estas campanhas de divulgação pretende-se dar a conhecer a rede de TP existentes, detalhando cada um dos modos
e os pontos de articulação modal, informando sobre as possibilidades de utilização e as opções mais vantajosas nos
principais pares Origem/Destino, bem como os tempos médios de espera e de deslocação.

Em paralelo é fundamental divulgar a rede pedonal estruturante como incentivo ao recurso ao modo pedonal na realização
de viagens de curta distância, não apenas como infraestruturas de lazer mas como parte integrante do sistema de
deslocações. Para tal considera-se fundamental a elaboração de uma carta ou cartas com os percursos pedonais passíveis
de utilização nos diversos aglomerados do concelho.
Estes mapas devem incluir os principais polos atractores/geradores de deslocações, bem como os principais interfaces de
transportes, devendo preferencialmente assinalar-se os tempos de ligação pedonal entre os principais polos assinalados.
A legibilidade da rede ciclável é condição essencial para a correta utilização da infraestrutura ciclável por parte de ciclistas,
bem como para garantir a segurança de todos os utilizadores da via pública. São vários os fatores que contribuem para a
legibilidade da rede.
Do ponto de vista da comunicação é essencial que a mesma seja alargada quer em materiais de distribuição como folhetos
e mapas de rede, como em meio urbano através de painéis informativos.
Relativamente ao último ponto, e tendo em vista a promoção da legibilidade da rede, devem ser instalados painéis
informativos em pontos estratégicos da rede, nomeadamente:

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 No início / fim dos percursos cicláveis e nós dos percursos da rede principal;
 Junto aos interfaces e principais polos geradores/atractores de deslocações;
 Junto às principais áreas verdes urbanas;
 Ao longo dos percursos com elevada procura;
 Junto aos principais pontos de interesse turístico e de lazer servidos pela rede ciclável.

Estes painéis informativos devem adotar uma imagem uniformizada que permita o seu reconhecimento e leitura facilitada.
Estes painéis devem incluir o mapa integral da rede ciclável, informação sobre os principais pontos de interesse, e de zona
com indicação da localização e distância em relação aos centros urbanos mais próximos.
Um aspeto importante que influencia o sucesso da implementação desta medida prende-se com os canais de divulgação
destes mapas. Esta informação é direcionada para públicos-alvo muito distintos, pelo que se considera que deva ser
divulgada em formato papel (imprensa escrita, muppies, cartazes, folhetos de divulgação) e meios informáticos diferenciados,
dependendo do público-alvo (página internet do município, newsletter, aplicações para telemóveis, na intranet dos principais
polos geradores/atractores de deslocações).
FICHA DE AÇÃO D.3.2.1 – CAMPANHAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO DO SISTEMA DE TRANSPORTES PÚBLICOS
FICHA DE AÇÃO D.3.2.2 – MAPA PEDONAL SEIXAL A PÉ (E COMUNICAÇÃO)
FICHA DE AÇÃO D.3.2.3 – CARTA CICLÁVEL MUNICIPAL (E COMUNICAÇÃO)

D.3.3| Promover a implementação de soluções MaaS


A proposta de implementação de soluções MaaS assenta na criação de uma plataforma que integre um conjunto alargado
de opções modais, procurando dar resposta às necessidades da mobilidade da população residente e que se desloca para
o Seixal. Os pacotes de mobilidade agregados nestes planos incluem diversos serviços de transporte, desde as várias opções
de TP e modos suaves, mas também de transporte privado como táxi, car sharing, car rental e bem como integrando o
estacionamento.

A correta planificação da deslocação por parte dos utilizadores do sistema de transportes exige a disponibilização de
informação detalhada e atualizada a cada momento, facilitando assim a conjugação antecipada dos vários serviços
disponibilizados entre a origem e o destino, informando por exemplo, a necessidade de transferência modal, o número de
transbordos, o tempo de deslocação e o custo associado, assim como todas as alternativas possíveis.

Para além dos espaços de mobilidade propostos, recomenda-se a criação de uma plataforma de mobilidade que integre
todos estes elementos do sistema de transportes, disponibilizando-os online.

Tendo a AML competências delegadas enquanto Autoridade de Transportes e considerando a complexidade dos padrões
de mobilidade metropolitanos esta plataforma deve ser lançada à escala metropolitana.

FICHA DE AÇÃO D.3.4.1 – PLATAFORMA DE MOBILIDADE

E. QUALIDADE E SEGURANÇA DAS DESLOCAÇÕES


Objetivo estruturante: Contribuir para a melhoria do espaço público, para a diminuição de sinistros e aumento da segurança
nas deslocações

A qualidade do espaço público tem maior impacto nos centros urbanos de maior densidade, onde há uma necessidade
acrescida em serem tomadas medidas que acautelem a existência de espaços que abriguem as necessárias interações
sociais e económicas. Estes espaços são fundamentais como aglutinadores de pessoas, locais de congregação e promotores

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do convívio e da cidadania entre os residentes, para quem neles trabalha e para quem neles se movimenta. São também
fulcrais para a vitalidade dos meios urbanos por motivarem a convivência e potenciarem a fixação de atividades económicas.

Ao longo das últimas décadas os espaços têm sido moldados para acolher as necessidades geradas pelo uso do automóvel,
havendo uma preocupação focada na eficiência das deslocações e nos movimentos realizados de carro, em detrimento dos
fluxos de peões e bicicletas. Esta negligência dos espaços de outrora, em que se privilegiavam as áreas pedonais e os
espaços de congregação social como as praças e os jardins, foi sendo recentemente retomada, recuperando o foco daquilo
que deve ser acautelado quando se atua sobre o espaço público.

Importa assim à escala concelhia definir uma estratégia de valorização do espaço público, priorizando a atuação sobre os
núcleos identitários e estabelecendo corredores de ligação em que a componente ambiental é parte integrante. Por outro
lado, a introdução de medidas de acalmia de tráfego em áreas com maior utilização do espaço público pelos peões contribui
para melhorar a segurança na compatibilização entre modos e aumentar o conforto na utilização dos espaços.

A atuação sobre a sinistralidade rodoviária é um eixo essencial para promoção dos desígnios do PMTCS, contribuindo para
a diminuição de sinistros e promover o sentimento de segurança nas deslocações. A existência de pontos negros, o aumento
do número de vítimas nos últimos anos, proporcionalmente ao número de acidentes, e a percentagem considerável de
atropelamentos, face ao total de acidentes, são por si diagnósticos da premência de introduzir ações que conduzam ao
acréscimo da segurança nas deslocações.

Relativamente às vítimas dos acidentes percebe-se que o maior número de vítimas mortais e de feridos graves se concentra
em casos que envolvem diretamente os peões – os atropelamentos – dada a vulnerabilidade e o grau de exposição do peão.
Assim, deverão continuar a desenvolver-se esforços no sentido da promoção das condições para uma diminuição dos
acidentes em geral e atropelamentos em particular, que têm aqui uma forte expressão.

A distribuição geográfica dos acidentes demonstrou uma incidência relevante dos atropelamentos nas áreas mais
densamente urbanizadas, pelo que será fundamental reduzir o tráfego de atravessamento nestas áreas e implementar
medidas de acalmia de tráfego, conduzindo à redução da velocidade de circulação, dos conflitos entre modos e contribuindo
para o aumento da segurança rodoviária, reduzindo a ocorrência e a gravidade dos acidentes.

Dando particular atenção aos atropelamentos registados, as zonas residenciais e a envolvente dos estabelecimentos
escolares, devem conhecer um cuidado especial, promovendo uma aproximação das velocidades dos veículos motorizados
à velocidade dos utilizadores mais vulneráveis (peões e ciclistas) e aumentando a importância destes em detrimento do carro.
Um exemplo claro do sucesso destas medidas é a intervenção urbana desenvolvida no núcleo do Seixal, e que por isso deve
ser extensiva a outras áreas da mesma génese.

Muitas das estratégias e medidas a adotar devem ser definidas a nível local, respondendo a debilidades específicas, como
é o caso das medidas de acalmia de tráfego, uma vez que têm um caráter muito localizado.

Para a concretização deste objetivo estruturante foram identificadas três linhas de atuação, articulando um conjunto de
medidas, conforme a Tabela 9.

LINHAS DE ATUAÇÃO MEDIDAS


E.1| Melhorar a qualidade do espaço público E.1.1 Alargar a intervenção urbana do núcleo do Seixal a outros núcleos
E.2| Introduzir medidas de acalmia de tráfego E.2.1 Implementar medidas de acalmia
E.3.1 Intervir nos pontos negros de sinistralidade
E.3| Intervir sobre os locais/pontos de conflito E.3.2 Aumentar a segurança e acessibilidade dos atravessamentos pedonais
E.3.3 Executar um Plano de Segurança Rodoviária
Tabela 9 – Objetivo Estruturante E: Qualidade e segurança das deslocações

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E.1| Melhorar a qualidade do espaço público
Há a assunção de que as cidades têm vindo a perder espaço para os automóveis em detrimento dos peões. Sob essa égide
percebe-se agora que esta tendência deve ser contrariada, contribuindo para o bem-estar das populações em meio urbano,
através da criação de espaços de congregação e de vivência social. A cidade do Seixal não é exceção dado estar desenhada
para que seja fácil circular de carro, tornando difícil o acesso a alguns pontos e a certos equipamentos recorrendo aos modos
suaves.

Os objetivos estruturantes do PMTCS, nomeadamente para o ambiente urbano, prendem-se com a verificação do contributo
do Plano para a melhoria da qualidade do espaço público. As linhas de atuação para atingir estes objetivos, passam por:

 Recuperação das dinâmicas nas centralidades e das unidades morfológicas urbanas existentes (praças, ruas,
largos, recintos, etc.) nas suas dimensões formal e funcional e na sua legibilidade (valorização do seu papel na rede
de espaços públicos);
 Recuperação dos espaços públicos de transição e de articulação dos diversos tecidos urbanos e peri-urbanos, entre
outros;
 Aumento da atratividade dos centros através da reativação, promoção e pluralidade de espaços exteriores de
sociabilidade, de fruição recreativa, lúdica, cultural e de enquadramento;
 Recuperação e a criação de espaços exteriores de enquadramento do edificado com vista à dignificação e reforço
da sua importância simbólica, social e funcional no contexto urbano (p.e. juntas de freguesias, igrejas, etc.). Por
outro lado, destaca-se a (re)definição da envolvente edificada dos espaços públicos ao nível do equilíbrio da
configuração volumétrica dos espaços públicos.

O concelho tem demonstrado preocupações no que concerne à melhoria da qualidade do ambiente urbano, o que influencia
também as deslocações pedonais. Prova disso é a obra executada da frente ribeirinha do Seixal, em que que foi reduzida
substancialmente a área dedicada ao veículo motorizado em detrimento dos modos suaves de deslocação, não só do pedonal
como também do ciclável. Resulta desta intervenção um espaço público requalificado e mais atrativo para a permanência e
convívio social.

E.1.1| Alargar a intervenção urbana do núcleo do Seixal a outros núcleos


O município tem vindo a realizar diversas intervenções de requalificação urbana, nomeadamente no centro histórico do
Seixal, tendo em vista aumentar a qualidade do tecido urbano.
No entanto, fora desta intervenção o tecido e espaço urbano permanece desqualificado, muitas vezes com edificado em mau
estado de conservação e onde o pavimento das vias e passeios se encontram degradado e o estacionamento desordenado,
colocando-se questões de segurança para residentes e visitantes. Neste contexto propõe-se uma intervenção mais
abrangente de requalificação do espaço público de toda a frente da Baía do Seixal, que contemple uma maior fruição e
contemplação deste espaço natural de excelência.
Recomenda-se que as propostas sejam enquadradas numa estratégia abrangente de requalificação urbanística e do espaço
público que contribua para a revitalização económica deste território, através da integração de várias atividades e serviços,
numa perspetiva de “voltar o território para a baía”, partindo da intervenção já implementada no Seixal e alargando a mesma
até à Arrentela e Amora.

A heterogeneidade da malha urbana e os fluxos rodoviários ao longo do território do Seixal recomendam ainda o
desenvolvimento de um PALMT dos núcleos históricos, onde se reequacione a forma de circulação e onde sejam
otimizadas várias vertentes como a circulação rodoviária, transporte público, estacionamento e modos suaves, e ainda a sua
conectividade e integração com os principais pontos geradores de procura.

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Pretende-se que nos PALMT dos núcleos históricos se replique o conceito de reordenamento do sistema de mobilidade local
adotado no núcleo histórico do Seixal, protegendo estes núcleos de malha mais fina e frágil, associados a uma geometria
variável de opções de trânsito, circulação e estacionamento.
Importa ainda considerar que as vias nestes núcleos devem coincidir com movimentos locais e zonas residenciais, sendo
possível, através da introdução de um limite de velocidade de 30 km/h, a partilha de canal pelos diversos modos.
A proposta incide na concretização de áreas de coexistência que privilegiem a circulação pedonal e desta forma desincentive,
a utilização dos arruamentos por parte de outros utilizadores. Com efeito, a permissão da utilização de uma área com
prioridade ao peão por parte de alguns veículos, em alguns arruamentos, embora a velocidades muito reduzidas e em
ambiente de partilha, possibilita uma nova dinâmica nestas áreas. Com estas propostas pretende-se dar continuidade à rede
pedonal e contribuir para a revitalização destas zonas.
Para além da redução da velocidade de circulação devem ser implementadas regras de utilização diferenciada - circulação
condicionada, sentidos de circulação, regras de estacionamento e cargas e descargas e a sua fiscalização. As
recomendações devem incidir inclusive no condicionamento da circulação e estacionamento nas núcleos históricos, que pode
em vários casos assentar na circulação num esquema de sentidos únicos. No geral propõe-se uma atuação diferenciada na
malha fina e na malha intermédia:
 Malha fina: pedonalização e condicionamento da circulação automóvel e estacionamento, apenas facultada a
residentes e comerciantes. Para além desta circulação deverá permitir-se a circulação de veículos de recolha de
RSU, veículos de emergência e veículos de forças de segurança pública e municipais;
 Malha intermédia: Criação de zona de coexistência ou zonas 30, procurando assim reduzir as velocidades
praticadas e dar prioridade aos peões (ainda que não se registem níveis de tráfego de atravessamento
significativos).

A adoção de zonas de coexistência no núcleo antigo do Seixal é considerada uma boa opção, uma vez que desta forma é
possível garantir a segurança da população que por ali circula bem como possibilitar uma melhor fruição do espaço público.

Importa ressalvar que o sinal de trânsito que delimita as zonas de coexistência foi homologado em outubro de 2019, entrando
em vigor em abril de 2020. A partir desta data, os sinais a colocar deverão estar de acordo com o regulamentado. A
sinalização atualmente utilizada a delimitar as zonas de coexistência no núcleo antigo do Seixal manter-se-á válida até “à
sua substituição por sinais conformes devendo essa substituição ter lugar até ao dia 1 de Janeiro de 2030” (Decreto
Regulamentar n.º 6/2019).

(i) (ii)

Figura 29 – (i) H46 - Zona residencial ou de Coexistência; (ii) H47 - Fim de zona residência ou de coexistência (Fonte: Decreto
Regulamentar n.º 6/2019).

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Figura 30 - Área de intervenção - Requalificação do núcleo urbano antigo do Seixal. (Fonte: TRENMO, 2019)

Para tal é necessário estabelecer normas de condicionamento do trânsito na área - arruamentos de trânsito partilhado,
arruamentos de trânsito condicionado, ou mesmo arruamentos de trânsito interdito -, aliadas a intervenções na infraestrutura
- como proibição de circulação a velocidades superiores, redução das faixas de rodagem, deflexões horizontais e verticais
na faixa de rodagem, implementação de restrições de conectividade, definição de zonas de acesso automóvel limitado e
mesmo zonas sem carros -, permitindo, assim, usufruir plenamente dos benefícios e potencialidades resultantes das
intervenções urbanas a concretizar.

FICHA DE AÇÃO E.1.1.1 – REQUALIFICAÇÃO URBANA SEIXAL-ARRENTELA-AMORA


FICHA DE AÇÃO E.1.1.2 – ZONAS 30 E/OU DE COEXISTÊNCIA

E.2| Introduzir medidas de acalmia de tráfego


A introdução de medidas de acalmia de tráfego passa pela implementação de medidas pontuais que minimizem o conflito
entre os diferentes modos, reduzindo a velocidade de circulação e promovendo uma partilha equilibrada do espaço canal.

A introdução destas medidas em pontos-chave induz a alteração do comportamento dos condutores, diminuindo o número
de acidentes, mas também melhorando as condições de segurança de todos os utilizadores do espaço.

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As medidas de acalmia de tráfego são um conjunto de técnicas de alteração física aplicadas à infraestrutura rodoviária que
tem como propósito induzir um comportamento adequado dos condutores, melhorando as condições de segurança a vários
níveis. A sua aplicação demonstra que, quando realizadas de forma correta, estas medidas reduzem a velocidade dos
veículos e diminuem o número e a gravidade dos acidentes, assim como do ruído e da poluição do ar, possibilitando a
melhoria da qualidade de vida das populações, contribuindo igualmente para a qualificação urbana e para o aumento da
sensação de segurança dos utilizadores mais vulneráveis.

Estas medidas estão especialmente direcionadas para a redução generalizada da velocidade de circulação dos veículos
motorizados e de volume de tráfego, que pode ser conseguida apenas através de restrições físicas ou conjuntamente com
medidas que atuem ao nível psicológico, sendo que a tipologia de aplicação deve ser diferenciada relativamente ao tipo de
via a intervir e ao problema identificado, de modo a minimizar o conflito entre modos e promover a partilha equilibrada do
espaço canal.

De notar que estas alterações se baseiam na restrição física que reduz a velocidade e não pela imposição de limitações na
velocidade através de sinalização vertical ou horizontal. Assim estas medidas estão especialmente indicadas para situações
em que exista uma grande probabilidade de desrespeito pela sinalização existente, bem como zonas onde a velocidade
origine conflitos peão-veículo e ciclista-veículo e seja responsável pela ocorrência de acidentes, ou seja, zonas residenciais,
centrais e vias de atravessamento de localidades. Cada uma destas situações deve ser tratada de forma distinta.

O extinto Instituto de Infraestruturas Rodoviárias, atualmente integrado no Instituto da Mobilidade e dos Transportes, criou
um conjunto de documentos centrados na questão da acalmia de tráfego essenciais na aplicação destas medidas e na
adequabilidade das mesmas às situações diferenciadas, que se identificam de seguida: INIR - Instituto de Infraestruturas
Rodoviárias – Medidas de Acalmia de Tráfego:

 Volume 1 – Medidas individuais aplicadas em atravessamentos de localidades (Bastos e Silva e Santos., 2011a);
 Volume 2 – Critérios para definição dos trechos de intervenção (Bastos e Silva et al., 2011b);
 Volume 3 – Tratamento de zonas de aproximação e transição (Bastos e Silva et al., 2011c);
 Volume 4 – Tratamento do trecho urbano nos atravessamentos de localidades (Bastos e Silva et al., 2011d);
 Volume 5 – Processo de implementação e monitorização das intervenções (Bastos e Silva et al., 2011e).

Sobre a acalmia de tráfego aconselha-se ainda a consulta do volume de Acalmia de Tráfego do Manual De Planeamento
Das Acessibilidades e da Gestão Viária promovida pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte
(Seco et al, 2008a) e do Pacote da Mobilidade do Instituto da Mobilidade e dos Transportes Terrestres (atual Instituto da
Mobilidade e dos Transportes) (Seabra et al, 2011a).

E.2.1| Implementar medidas de acalmia


A expansão urbanística fora do centro do Seixal concentra-se ao longo da EN10, um eixo de grandes conflitos em termos de
sinistralidade. Estes dados indicam que as velocidades praticadas nesta via devem ser regradas, dado o seu perfil largo e
retilíneo, motivando velocidades excessivas para o espaço em que se insere.

O mesmo acontece na EN378 que atravessa a freguesia de Fernão Ferro, onde a elevada sinistralidade é indissociável das
elevadas velocidades de circulação, da frequência de movimentos de viragem à esquerda e da densidade de ocupação da
envolvente, com os subsequentes movimentos de acesso a edifícios de habitação e edifícios comerciais.

Pelo perfil e calibre destas vias em questão recomenda-se o seguinte:

 Reforço da proibição de ultrapassar em alguns troços em que estas manobras se tornam perigosas, o que implica
a reformulação das marcas rodoviárias longitudinais e a alteração da sinalização vertical em conformidade com as
alterações a introduzir;

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 Reforço da sinalização vertical indicativa da proibição de circulação a velocidade superior à permita na via, dotada
de aviso luminoso;
 Instalação de sistema de controlo de velocidade com semáforos, que para além de acionar a luz vermelha aquando
da deteção de veículos em circulação com velocidade excessiva, também possibilita o acionamento manual por
parte de peões para atravessamento da via (Fichas C.1.3.1 e C.1.3.2).

De notar que ambas as vias - EN10 e EN378 - foram diagnosticadas como eixos de elevada sinistralidade ou pontos negros,
pelo que propostas mais detalhadas se apresentam no ponto E.3.1.

De referir que tanto a EN10 (entre Corroios e o Fogueteiro) como a EN378 têm prevista a execução de variantes (Ficha
C.1.1.2). Com a concretização destas variantes torna-se possível desviar os fluxos de atravessamento e proceder à
requalificação do espaço canal da EN10 e EN378 de forma a aumentar as condições de segurança.

O condicionamento da velocidade de circulação tem impacto direto na alteração de comportamentos, como a circulação em
excesso de velocidade, que resulta na diminuição do número de acidentes e da gravidade dos mesmos. A estratégia de
atuação para a envolvente dos núcleos históricos é detalhada nos PALMT, e tem por base as características prevalecentes
no território e a sua morfologia. Nas soluções delineadas para cada núcleo teve-se como referência a originalidade dos
espaços e a habitual existência de redes viárias estranguladas e condicionadas.

Nos espaços suburbanos de ocupação dispersa, o transporte individual e, em alguns casos, o modo ciclável, tendem por si
só ou de forma integrada, a assumir um papel claramente importante e até dominante na acessibilidade a esses espaços.
Assim, e como, já referido, em paralelo com a implementação da rede ciclável estruturante devem ser adotadas medidas de
acalmia de tráfego no sentido de garantir a segurança e a comodidade das deslocações realizadas em bicicleta.

No âmbito das medidas de acalmia devem ser ativamente promovidas medidas de acalmia de tráfego nas zonas urbanas,
com implementação de zonas de coexistência, como detalhado nos PALMT, que proporcionem a necessária segurança a
peões e ciclistas. O tráfego de atravessamento deve ser desincentivado no centro das localidades, em particular nas
imediações de estabelecimentos escolares. A vulnerabilidade dos peões e ciclistas está associada à incompatibilidade de
velocidades de circulação quando comparada com os automóveis. A infraestrutura tem um papel fundamental na proteção
de todos os utilizadores, sendo que a tipologia da infraestrutura a adotar deve responder às características de velocidade e
volumes de tráfego que lhe correspondem.

A intervenção nas passadeiras é particularmente recomendada por se tratar de um ponto potencial de conflito entre peão e
veículo, em que a redução da velocidade de circulação contribui de forma imediata para o aumento da segurança dos peões.
Existem inúmeras tipologias de intervenção para cumprir com esse objetivo devendo ser analisada a solução mais adequada
a cada caso:

 Sinalização de passadeira;
 Semaforização da passadeira temporizada;
 Semaforização de passadeira acionada pela velocidade;
 Introdução de bandas sonoras ou lombas;
 Elevação da passadeira, nivelando os atravessamentos pedonais;
 Estreitamento da via e diminuição do tempo de exposição do peão.

A promoção da bicicleta como meio de transporte requer a integração na infraestrutura em condições de segurança. Para a
implementação da rede de espaços cicláveis deve adotar-se um processo de decisão que possibilite a redução do perigo
rodoviário nas vias selecionadas com a hierarquia de atuação detalhada no ponto C.3.2.

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A Estratégia Nacional para a Mobilidade Ativa Ciclável 2020 -2030 (EMNAC 2020 -2030) consagra a deslocação a pé ou com
bicicleta, em condições de conforto e segurança, nomeadamente para a escola e para o trabalho, como um direito de todos,
devendo ser uma atividade prática e agradável.

Na mesma perspetiva a última revisão do Código da Estrada (2013), incluiu alterações significativas para garantir maior
segurança aos ciclistas, equiparando os velocípedes aos veículos motorizados, ainda que não tenha conseguido alterar a
perceção de insegurança dos ciclistas, nem teve as consequências expectáveis na fiscalização e penalização efetiva dos
incumprimentos da lei.

Por outro lado, existem desafios concretos para ultrapassar, nomeadamente a elevada sinistralidade rodoviária, que decorre
de uma deficiente configuração e formas de uso do espaço público, prejudicando peões e ciclistas. É, por isso, fundamental
garantir medidas de acalmia nas interseções dos eixos cicláveis com a rede de maior fluxo viário, ou seja, tornar as
interseções para ciclistas seguras e confortáveis. Assim, e no seguimento da EMNAC 2020-2030, os cruzamentos,
atravessamentos e outras interseções para ciclistas devem garantir adequadas condições para uma utilização universal,
recorrendo quando necessário a soluções inovadoras como bike boxes.

Por fim, recomenda-se uma atuação particular e diferenciada nos acessos aos estabelecimentos escolares do município,
priorizando-se o nível secundário, combinando um conjunto de medidas que promovam a segurança no acesso dos alunos,
nomeadamente:
 Garantia da acessibilidade universal nas passadeiras de apoio à escola, mediante rebaixamento e colocação de
pavimentos tácteis;
 Garantia da continuidade da infraestrutura pedonal (i.e. passeio) em condições de segurança e conforto para os
peões na área envolvente;
 Proteção do acesso principal impedindo o acesso direto à faixa rodoviária;
 Prever local para Kiss & Ride;
 Sinalização de lugar frequentado por crianças (A14);
 Avaliação da necessidade de medidas de acalmia específicas.

Nos PALMTs são detalhadas algumas propostas de acalmia de tráfego assim como nas propostas para os locais / pontos de
conflito (E.3.1. e E.3.2.).

FICHA DE AÇÃO E.2.2.1 – REDUÇÃO DOS FLUXOS DE ATRAVESSAMENTO EM VIAS DE ELEVADA SINISTRALIDADE
FICHA DE AÇÃO E.2.1.2 – MEDIDAS DE ACALMIA DE TRÁFEGO NOS EIXOS DE MAIOR FLUXO
FICHA DE AÇÃO E.2.1.3 – MEDIDAS DE ACALMIA DE TRÁFEGO NOS EIXOS CICLÁVEIS
FICHA DE AÇÃO E.2.1.4 – MEDIDAS DE ACALMIA DE TRÁFEGO NO ACESSO AOS ESTABELECIMENTOS ESCOLARES

E.3| Intervir sobre os locais/pontos de conflito


No concelho do Seixal o número de vítimas dos últimos anos aumentou proporcionalmente com o número de acidentes,
embora em 2016 tenha havido um total de 397 sinistros, valor inferior face a 2015, mas se tenha atingido o maior número de
vítimas mortais. Em termos de gravidade também foi o ano mais negro com um índice de gravidade de 2,8 dadas as 11
vítimas mortais, o número mais elevado num período de 10 anos.

Em termos de evolução do número de acidentes com vítimas este reduziu entre 2010 e 2014, anos de crise económica que
poderão ter influenciado o uso do automóvel e, por consequência, o número de ocorrências, voltando a aumentar a partir de
2015.

No ano de 2017, o ano mais recente com dados pormenorizados relativos aos sinistros, foram observados 433 acidentes
com vítimas. Numa análise mais pormenorizada aos dados desse ano, tentando perceber os padrões que influenciaram

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essas ocorrências, veio-se a comprovar que não há uma relação óbvia entre os meses do ano e o número de ocorrências.
Já o período horário com mais acidentes com vítimas é a sexta e o domingo, entre as 18h e as 21h, seguido do mesmo
período horário à quinta-feira, assim como das 15h às 18h à sexta-feira.

Relativamente às vítimas dos acidentes percebe-se que o maior número de vítimas mortais e de feridos graves se concentra
nos casos que envolvem diretamente os peões – os atropelamentos – dada a vulnerabilidade e o grau de exposição do peão.
Por cada três acidentes com colisões há um atropelamento e um despiste.

E.3.1| Intervir nos pontos negros de sinistralidade


As características da infraestrutura podem potenciar uma leitura errada do comportamento a adotar, aumentando a
probabilidade de acidente. Incluem-se aqui fatores como o défice de iluminação, troços de vias com pavimentos em mau
estado, falta de sinalização ou sinalização vandalizada, mas também erros de dimensionamento da via ou a relação entre as
características da via e a sua inserção no espaço envolvente. A análise à frequência de sinistros e sua gravidade, mediante
o tratamento da informação registada pela ANSR e pelas forças de segurança, constitui uma ferramenta fundamental na
priorização da atuação.

A redução da sinistralidade rodoviária incide particularmente sobre a rede rodoviária (i.e. sobre o fator “via”), e procura focar-
se em soluções para problemas específicos ao nível da conceção das vias que reduzam o risco de acidente, soluções
promotoras da acalmia de tráfego, por via do controlo de velocidade e pela redução das viagens motorizadas.
Pelo que é fundamental:
 Definir e implementar uma estratégia para a redução da sinistralidade;
 Implementar medidas que contribuam para a redução dos pontos negros.
A correta identificação de medidas adequadas ao reforço da segurança na rede rodoviária torna necessária uma análise
casuística das ocorrências, visando a identificação das causas dos acidentes e quando estas são imputáveis à via. A análise
da distribuição dos acidentes rodoviários com vítimas torna possível identificar as vias com maior incidência de acidentes
rodoviários com vítimas.
A distribuição geográfica dos acidentes demonstrou uma incidência relevante dos atropelamentos nas áreas mais
densamente urbanizadas, nomeadamente no setor setentrional do concelho (ao longo da EN10, no núcleo urbano da Amora
e também no de Corroios).

O único ponto negro existente relativo a 2017 localizava-se na freguesia de Fernão Ferro na EN378 (Avenida 23 de Julho de
1833), entre os quilómetros 8,7 e 8,9, no entanto há que referir que este não se manteve em 2018, segundo os relatórios
anuais realizados pela ANSR. Relativamente aos outros locais de elevada sinistralidade (EES) foram apurados oito locais
que cumpriam com o critério elaborado que teve em conta o universo de acidentes no Seixal. Este critério revelou a existência
de pelo menos um acidente, em média, em cada 120 metros de um lanço de estrada, sendo que num dos casos houve 4
sinistros, todos ocorridos no mesmo local.

Dado que não foram encontrados padrões evidentes na análise aos dados dos sinistros será determinante analisar os EES
em pormenor, com vista a serem criadas medidas de mitigação dos níveis de sinistralidade nestes locais.

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Figura 31 – PN e EES no Concelho do Seixal em 2017

De notar que a rede arterial/estruturante regional (IP7/A2 e IC32/A33) não foi considerada, porquanto as intervenções sobre
estas vias extravasam o âmbito do PMTCS.
As soluções propostas para aumentar a segurança rodoviária através de medidas de acalmia de tráfego nestas vias
compreendem:
 Reforço da proibição de ultrapassar em alguns troços em que estas manobras se tornam perigosas, o que implica
a reformulação das marcas rodoviárias longitudinais e a alteração da sinalização vertical em conformidade com as
alterações a introduzir;
 Reforço da sinalização vertical indicativa da proibição de circulação a velocidade superior à permita na via, dotada
de aviso luminoso;
 Instalação de sistema de controlo de velocidade com semáforos, que para além de acionar a luz vermelha aquando
da deteção de veículos em circulação com velocidade excessiva, também possibilitar o acionamento manual por
parte de peões para atravessamento da via.

No entanto, para a efetiva eliminação dos pontos negros devem ser implementadas outras medidas de mitigação:
 Relocalização de paragens de transporte coletivo rodoviário;
 Relocalização de passadeiras e melhoria da sinalização indicativa da localização de uma passagem para peões;
 Repintura das marcas rodoviárias longitudinais.

Assim recomenda-se que sejam corrigidos, de forma prioritária, os constrangimentos causados pela infraestrutura e que
podem propiciar a ocorrência de acidentes. No entanto é também fundamental manter atualizada a monitorização do estado

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da via e proceder à correção expedita de anomalias identificadas, nomeadamente no que concerne à sinalização, estado do
pavimento das vias e iluminação.

N.º porta / N.º total Cód. Extensão média Extensão média


Classificação Morada Freguesia Natureza
KM acidentes Mapa/Foto trecho viário (m) por acidente (m)
EES R. Foros de Amora 106 a 134 Amora 4 3D, 1C A1 300 75
EES R. 25 de Abril 87 a 91 Amora 5 4A, 1C A2 70 14
EES Av. 1.º de Maio (N10) 4 a 42 Amora 12 9C, 2D, 1A A3 700 58
EES Av. Vale de Milhaços 129 a 183 Corroios 8 5C, 2D, 1A C1 350 44
EES R. Cidade de Almada 8 a 20 Corroios 5 3A, 1D, 1C C2 150 30
EES Av. 23 de Julho de 1833 (N378) 9,5-10,7 km Fernão Ferro 9 7C, 2D F1 1080 120
PN Av. 23 de Julho de 1833 (N378) 8,7-8,9 km Fernão Ferro 6 6C FPN 340 57
EES Av. 1.º de Dezembro de 1640 (N10) 12,2-12,5 km Seixal 4 4C S1 390 98
EES N10 13,7 km Seixal 4 3C, 1A S2 0 -

A Atropelamento PN Ponto negro


C Colisão EES Eix o de elev ada sinistralidade
D Despiste

Tabela 10 – Localização do ponto negro e eixos de elevada sinistralidade no concelho do Seixal

As recomendações propostas para a correção dos aspetos indutores da ocorrência de acidentes contemplam:

Figura 32 – Eixos de Elevada Sinistralidade na Freguesia da Amora, em 2017

 Localização A1 - Rua Foros de Amora, a sinistralidade registada está associada à existência de curva muito
apertada, originando fraca visibilidade, o que pode justificar a ocorrência de situações de falta de controlo do veículo
(elevado número de despistes).

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o Proposta: Reduzir perfil rodoviário de modo a evitar estacionamento em segunda fila; reforçar sinalização
vertical “zona de acidentes”; reforçar marcas rodoviárias.
O estacionamento abusivo provoca sistematicamente problemas de segurança rodoviária, mais ainda quando em
vias com visibilidade mais baixa, devido ao seu traçado em curva. A redução do perfil rodoviário permite diminuir o
estacionamento abusivo em segunda fila, que se verifica na zona adjacente ao estacionamento perpendicular
existente. Esta redução deve concretizar-se pela implementação da ciclovia em tipologia pista ciclável. Ainda no
que respeita ao estacionamento abusivo propõe-se que em trechos muito concretos seja equacionada a colocação
de barreiras físicas (tipo pilaretes) no passeio, condicionando o estacionamento em cima do passeio.
Complementar a esta alteração do perfil recomenda-se o reforço da sinalização vertical e horizontal, nomeadamente
com indicação de “zona de acidentes” e reforço de marcas rodoviárias, assim como a constante monitorização do
seu estado de conservação.
 Localização A2 - Rua 25 de Abril, a sinistralidade registada é indissociável do facto de se tratar de um arruamento
urbano com vários condicionamentos à circulação que lhe estão inerentes, entre as quais a existência de uma
passadeira para atravessamento de peões sobre uma interseção/cruzamento com tráfego intenso, existência de
cruzamentos e entroncamentos, entradas e saídas de lugares de estacionamento.
o Proposta: Relocalização de passagem de peões e introdução de semaforização; reperfilamento da via para
viragem à esquerda para a Rua Infante Dom Augusto, supressão de estacionamento na aproximação à
rotunda; introduzir sinalização de pré-aviso e reforçar a sinalização horizontal.
Na Rua 25 de Abril regista-se um número muito significativo de atropelamentos de peões. Este facto não será
independe ao elevado número de movimentos pedonais que aqui se realizam. De modo a aumentar a segurança
das deslocações pedonais recomenda-se a relocalização da passagem de peões junto à interseção com a Rua
Infante D. Augusto, recuando-a face à mesma. Com esta alteração a passagem de peões que a antecede deve ser
abolida. De forma a garantir a segurança dos atravessamentos pedonais, assim como a fluidez do trânsito
automóvel, recomenda-se que a nova passagem de peões seja semaforizada.
A relocalização da passagem de peões que se põe impõe também a alteração da localização das paragens de TCR,
para nascente.
A interseção/cruzamento da Rua 25 de Abril com a Rua Infante D. Augusto caracteriza-se por tráfego intenso, e
nestes casos de existência de cruzamentos e entroncamentos, recomenda-se a alteração de perfil da via, criando
faixa para viragem à esquerda para a Rua Infante Dom Augusto. Em ambos os sentidos é recomendado ainda a
supressão do estacionamento existente desde a interseção até à rotunda, uma vez que o mesmo causa diversos
conflitos e reduz significativamente a visibilidade.
Complementarmente a esta alteração do perfil recomenda-se o reforço da sinalização vertical de aproximação de
passagem de peões e o reforço de marcas rodoviárias, nomeadamente de bandas cromáticas, assim como a
constante monitorização do seu estado de conservação.
 Localização A3 - Avenida 1.º de Maio, o reconhecimento do local não identifica nenhum motivo relevante que
justifique o elevado número de colisões traseiras, reconhecendo contudo alguma relação entre a localização dos
atropelamentos e as paragens de TCR. A sinistralidade registada pode estar associada com o facto de se tratar de
um arruamento urbano com perfil reto que incentiva o aumento da velocidade de circulação em paralelo com vários
condicionamentos entre os quais: várias passadeiras para atravessamento de peões, cruzamentos e
entroncamentos, acessos laterais e estacionamento indevido.
o Proposta: Colocação de elementos urbanos que mitiguem o atravessamento fora das passagens de peões;
reforço da sinalização vertical “zona de acidentes”; semaforização de passadeira e ativação por excesso
de velocidade.

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A Av. 1º de Maio não apresenta debilidades relevantes que justifiquem o número de acidentes. Contudo recomenda-
se a colocação de elementos urbanos de ocupação do separador central de modo a desincentivarem o
atravessamento de peões fora dos locais indicados para tal no acesso às paragens de serviço de TCR.
Recomenda-se ainda o reforço de alerta de passagem por local de ocorrência de acidentes pela colocação de
sinalização vertical com esse conteúdo.
Complementarmente recomenda-se a colocação de semaforização na passadeira com dupla função: de controlo de
velocidade, sendo ativada por veículos em circulação em excesso de velocidade; e de proteção à travessia dos
peões, mediante acionamento manual.

Figura 33 – Eixos de Elevada Sinistralidade na Freguesia de Corroios, em 2017

 Localização C1 - Av. Vale de Milhaços, via com pavimento degradado e com elevado desgaste (escorregadio e de
pouco atrito), zona com muito tráfego, sobretudo junto à interseção sem prioridade (Av. Fábrica da Pólvora), o que
propicia alguma velocidade fruto da via principal possuir declive, sendo necessárias medidas de mitigação da
velocidade que regulem o tráfego na interceção. Existe ainda uma passadeira com as marcas pouco visíveis no piso
necessitando de intervenção.
o Proposta: Construção de rotunda, conforme previsto em PDM; requalificação do pavimento e reforço da
sinalização vertical “zona de acidentes” e repintura das marcas rodoviárias longitudinais; relocalização da
passadeira e melhoria da sinalização indicativa da localização de uma passagem para peões; eliminação
de barreiras nos percursos pedonais. Considerar o estreitamento do perfil da via e aumento da zona
pedonal junto às passadeiras.
A velocidade de circulação neste eixo viário e o estado de conservação da via potenciam a ocorrência de acidentes.
Relativamente à velocidade praticada nesta via a mesma está limitada a controlo de velocidade de 50km/hora por

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semaforização junto à interseção com a Rua Niza. Está ainda programada a construção de uma rotunda na
interseção com a Av. da Pólvora. Estes dois elementos dissuasores de velocidades excessivas apresentam-se como
suficientes para diminuir a velocidade de circulação, no entanto, recomenda-se ainda o reforço de sinalização
vertical e horizontal, com especial relevância para a colocação bandas cromáticas na aproximação da passagem de
peões. É de notar a importância de reforçar as marcas rodoviárias que em toda a extensão desta via se encontram
com diminuta legibilidade.
Ainda que a ocorrência de atropelamentos não se verifique considera-se recomendável considerar o estreitamento
do perfil da via e o aumento da zona pedonal junto às passadeiras, de forma a aumentar a segurança dos
atravessamentos pedonais.
O estacionamento abusivo provoca sistematicamente problemas de segurança rodoviária, mais ainda quando em
vias com visibilidade mais baixa, devido ao seu traçado em curva. A redução do perfil rodoviário permite diminuir o
estacionamento abusivo em segunda fila, que se verifica na zona adjacente ao estacionamento perpendicular
existente. Esta redução deve concretizar-se pela implementação da ciclovia em tipologia pista ciclável. Ainda no
que respeita ao estacionamento abusivo propõe-se que em trechos muito concretos seja equacionada a colocação
de barreiras físicas (tipo pilaretes) no passeio, condicionando o estacionamento em cima do passeio.
Complementar a esta alteração do perfil recomenda-se o reforço da sinalização vertical e horizontal, nomeadamente
com indicação de “zona de acidentes” e reforço de marcas rodoviárias, assim como a constante monitorização do
seu estado de conservação.
 Localização C2 - Rua Cidade de Almada, rua com perfil demasiado aberto favorecendo o excesso de velocidade.
Apesar de existirem diversas passadeiras é notório o número de atropelamentos acima da média numa curta
extensão de percurso, sendo necessárias passadeiras sobrelevadas que reduzam as velocidades e que favoreçam
o atravessamento dos peões de forma segura.
o Proposta: materialização de separador central em ambos os lados da passadeira; reconfiguração de canal
pedonal junto às passadeiras alargando o mesmo; reforço das marcas rodoviárias nomeadamente bandas
cromáticas; colocação de barreiras impedindo o estacionamento abusivo na envolvente às passadeiras.
A ocorrência muito significativa de atropelamentos nesta via impõe o reforço das condições de segurança. Para tal
recomenda-se a materialização de separador central, permitindo o atravessamento em dois momentos,
nomeadamente na passadeira mais próxima à interseção com a Rua Cidade de Lisboa (à semelhança da passadeira
a sudeste, com a formalização de todo o separador atualmente demarcado por marcas rodoviárias). No mesmo
seguimento é ainda recomendada a reconfiguração dos passeios junto às passadeiras de forma a que estreitem o
canal viário e aumentem o espaço pedonal de espera.
Complementarmente a esta alteração do perfil recomenda-se o reforço da sinalização vertical e horizontal, assim
como a constante monitorização do seu estado de conservação.
Também neste caso o estacionamento abusivo é potenciador de problemas de segurança rodoviária,
nomeadamente pela fraca visibilidade que impõe. De modo a combater esta situação é recomendada a colocação
de pilaretes tanto no separador central como nos passeios.

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Figura 34 – Ponto Negro e Eixos de Elevada Sinistralidade na Freguesia de Fernão Ferro, em 2017

 Localização F1 - Av. 23 de Julho de 1833, rua com perfil demasiado aberto e sem constrangimentos favorecendo o
excesso de velocidade, sendo necessárias medidas que reduzam a amplitude da faixa de rodagem ou que criem
algum tipo de constrangimento nas imediações das interseções.
o Proposta: construção de rotunda programada e outra não considerada na programação, redefinição do
perfil da via junto a interseções reduzindo o seu espaço canal, definição de baias de paragens de TP,
reforço da sinalização horizontal e das medidas de pré-aviso de aproximação de interseção.
As colisões registadas nesta via estão relacionadas com o seu perfil aberto que favorece a circulação em excesso
de velocidade. Para mitigar esta realidade recomenda-se a construção de duas rotundas (estando uma já
programada), que para além de se concretizarem como elementos de mitigação de circulação a grandes velocidades
permitem ainda estruturar os movimentos permitindo o condicionamento das viragens à esquerda.
De modo a reforçar a segurança das deslocações devem ainda ser redefinidas as passagens de peões em toda a
extensão, reduzindo o espaço canal viário e aumentando as plataformas pedonais. No mesmo seguimento devem
ser formalizadas as baias de paragens de TP.
Recomenda-se ainda o reforço de alerta de passagem por local de ocorrência de acidentes através da colocação
de sinalização vertical com esse conteúdo, assim como o reforço de sinalização horizontal.
 Localização FPN - Av. 23 de Julho de 1833 (EN378) – zona de elevada sinistralidade, indissociável das elevadas
velocidades de circulação, assim como de um perfil demasiado aberto e sem constrangimentos favorecendo o
excesso de velocidade, sendo necessárias medidas que reduzam a amplitude da faixa de rodagem ou que criem

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algum tipo de constrangimento nas imediações das interseções. Existência de interseção sobre a curva cria um
ponto de conflito, dado haver muitas viragens, apesar da passadeira semaforizada.
o Proposta: introdução sinalização vertical e horizontal de pré-aviso; restante via - construção de rotunda
programada e outra não considerada na programação, redefinição do perfil da via junto a passagens de
peões e paragens de TCR, reforço da sinalização horizontal e das medidas de pré-aviso.
O elevado número de acidentes registados nesta via está relacionado com o seu perfil e excessiva velocidade
praticada. Ainda que nos seus extremos da via sinalizada como ponto negro existam dois elementos de
semaforização para controle de velocidade não superior a 50km/hora, a realidade é que continua a verificar-se um
elevado número de colisões. De modo a mitigar estas ocorrências recomenda-se a construção da rotunda
programada para a interseção com a rua Quinta das Conchas, de forma a reduzir a velocidade de circulação.
Devido ao elevado número de acidentes recomenda-se ainda para este tramo a proibição de viragens à esquerda.
Para tal é importante implementar uma outra rotunda, propondo-se para a interseção com a Rua Matilde, de modo
a permitir a inversão de sentido.
De modo a reforçar a segurança das deslocações devem ainda ser redefinidas as passagens de peões, reduzindo
o espaço canal viário e aumentando as plataformas pedonais, assim como devem ser formalizadas as baias de
paragens de TP.
Recomenda-se ainda o reforço de alerta de passagem por local de ocorrência de acidentes através da colocação
de sinalização vertical com esse conteúdo, assim como o reforço de sinalização horizontal.

Figura 35 – Eixos de Elevada Sinistralidade na Freguesia do Seixal, Arrentela e Aldeia de Paio Pires, em 2017

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 Localização S1 - Av. 1º de Dezembro, rua com perfil demasiado aberto e sem constrangimentos favorecendo o
excesso de velocidade junto a uma pequena área comercial.
o Proposta: construção de duas rotundas, reforço da sinalização de limite de velocidade e medidas de pré-
aviso.
Para esta via estão já programadas duas rotundas, uma na interseção com a Av. 25 de Abril e outra com a Av.
Principal. A construção destas rotundas permite diminuir substancialmente a velocidade de circulação na via.
De forma complementar recomenda-se o reforço de sinalização de limite de velocidade e medidas de pré-aviso de
zona propensa a acidentes.
 Localização S2 – EN10, via com curva em lomba cria fraca visibilidade na interseção viária existente.
o Proposta: reforço da sinalização vertical de aviso e de marcas rodoviárias nomeadamente bandas
cromáticas.
A localização da interseção numa curva em lomba reflete-se em baixos níveis de visibilidade, o que representa um
risco acrescido devido ao perfil contínuo e à velocidade pratica que antecedem esta interseção. Assim, para além
de se recomendar o reforço de sinalização de limite de velocidade e medidas de pré-aviso de zona propensa a
acidentes, propõe-se a colocação de sinalização horizontal, nomeadamente de bandas cromáticas no sentido
Seixal-Barreiro na aproximação à interseção.
A necessidade de reforço ou renovação da sinalização visa melhorar a informação prestada aos utilizadores da via e
assim diminuir a incidência de comportamentos desadequados. A fiscalização e monitorização da correta localização,
visibilidade e estado de conservação da sinalização rodoviária permite o reforço da segurança rodoviária.

É portanto fundamental encetar esforços de diagnostico na identificação da necessidade de reforço ou substituição da


sinalização vertical que se encontra em fraco estado de conservação, devido à degradação dos materiais ou como
resultado de atos de vandalismo, complementar à reformulação da sinalização vertical, considerando os princípios de
visibilidade e coerência, são aspetos fundamentais na segurança rodoviária. Da mesma forma como a reposição de boas
condições de visibilidade da sinalização horizontal em alguns casos, ou mesmo a reformulação da mesma readequando-
a ao novo ambiente rodoviário. A modificação da sinalização horizontal, a título de exemplo, pode pressupor a alteração
para linha axial contínua em alguns troços, uma vez que o número de vítimas em acidentes por colisão frontal são
significativos, e esta ação pode minimizar em parte tanto a frequência como a gravidade dos acidentes.

A consulta técnica sobre esta matéria pode ser feita no volume de Sinalização Rodoviária do Manual De Planeamento
Das Acessibilidades e da Gestão Viária promovida pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do
Norte (Rodrigues et al, 2008).

FICHA DE AÇÃO E.3.1.1 – MEDIDAS DE ELIMINAÇÃO DE PONTOS NEGROS


FICHA DE AÇÃO E.3.1.2 – REFORÇO DA SINALIZAÇÃO RODOVIÁRIA

E.3.2| Aumentar a segurança e acessibilidade dos atravessamentos


pedonais
O conceito da acessibilidade universal (ou inclusiva) obriga a esforços para que a cidade permita cada vez mais o acesso a
todos os cidadãos, através do desenvolvimento de soluções específicas de redimensionamento da infraestrutura e de
redução dos obstáculos materiais, culturais e jurídicos, de forma a potenciar a fruição da urbanidade.

Este conceito é concebido sob a premissa da conceção e do desenvolvimento de soluções capazes de serem utilizadas por
todos, evitando sempre que possível a necessidade de segregação, restringindo o recurso a soluções especiais, aos casos
onde exista manifesta impossibilidade de integração, como a inviabilidade de outras soluções que assegurem os mesmos
objetivos de segurança.

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A vulnerabilidade dos peões e ciclistas está associada à incompatibilidade de velocidades de circulação quando comparada
com os automóveis. A infraestrutura tem um papel fundamental na proteção de todos os utilizadores, sendo que a tipologia
da infraestrutura a adotar deve responder às características de velocidade e volumes de tráfego que lhe correspondem.

O aumento da motorização dos espaços públicos impõe uma necessidade crescente de adoção de medidas que induzam
um comportamento adequado dos condutores, protegendo os utilizadores mais vulneráveis. O conjunto dessas medidas a
aplicar no município divide-se em medidas de acalmia de tráfego e o reforço (e correção) da sinalização existente.
Para tal considera-se fundamental:
 Redução dos fluxos de atravessamento em vias de elevada sinistralidade;
 Reformulação de cruzamentos e passadeiras;
 Condicionamento de veículos pesados no espaço urbano (Ficha B.4.1.1).

O município deverá estar particularmente atento à envolvente dos estabelecimentos de ensino e zonas residenciais, devendo
efetuar-se uma análise detalhada das necessidades e das medidas de acalmia de tráfego a adotar. A sinalização aqui poderá
também ter um papel crucial, através da indicação de vias alternativas ou de constrangimento de passagem em vias principais
junto a aglomerados.
As medidas preconizadas para a melhoria da acessibilidade e da hierarquia viária têm a capacidade de reduzir o tráfego de
atravessamento, no entanto são necessárias outras ações que reforcem este contributo. Da mesma forma o fecho da rede
viária e a melhoria do desempenho permitem condicionar o acesso de alguns veículos à malha urbana mais fina. A diminuição
da presença a tempo parcial/temporário de veículos pesados de mercadorias facilita o desafogo rodoviário, sendo expectável
que tal contribua para a redução da sinistralidade verificada nestes espaços.

No âmbito da segurança rodoviária e da racionalização dos fluxos enumeram-se as seguintes necessidades:

 Redefinição das passadeiras de peões existentes no concelho de acordo com hierarquia viária e solicitação pedonal
existente, o que inclui colocação de passadeiras novas (elevadas e de nível), a redefinição das existentes (pintura
e marcadores solares), colocação de sinalização de acalmia de tráfego, construção de pequenas plataformas
elevadas em zonas de entroncamentos ou de localização de equipamentos geradores de grande tráfego pedonal.
 Reforço (e correção) da sinalização existente de acordo com hierarquia viária, nomeadamente a indicativa da
proibição de circulação a velocidade superior à permitida na via;
 Colocação de sinalização de acalmia de tráfego;
 Instalação de sistema de controlo de velocidade com semáforos;
 Introdução de bandas cromáticas na aproximação a passagens de peões e rotundas;
 Verificação das condições de iluminação existentes com vista a garantir uma boa visibilidade da aproximação do
peão à passadeira em qualquer altura do dia;
 Redução da dimensão do perfil transversal da via, por forma a induzir a redução da velocidade de circulação;
 Arborização da área adjacente à faixa de rodagem, tendo em vista a humanização da envolvente à via;
 Construção de infraestrutura pedonal (i.e. passeio) em condições de segurança e conforto para os peões;
 Garantia da acessibilidade universal nas passadeiras, mediante rebaixamento e colocação de pavimentos tácteis.

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FICHA DE AÇÃO E.3.2.1 – REFORMULAÇÃO DE CRUZAMENTOS
FICHA DE AÇÃO E.3.2.2 – INTERVENÇÕES SOBRE AS PASSADEIRAS

E.3.3| Executar um Plano de Segurança Rodoviária


Os Planos Municipais de Segurança Rodoviária têm vindo a constituir-se como instrumentos privilegiados para
operacionalização, a nível municipal, das orientações estabelecidas pela Estratégia Nacional de Segurança Rodoviária
(ENSR) nos domínios da prevenção e combate à sinistralidade rodoviária.
A preparação de um Plano de Segurança Rodoviária será um importante contributo para a melhoria do desempenho em
termos de segurança rodoviária, dando particular atenção aos atropelamentos registados. Este plano deverá ter um especial
cuidado em zonas residenciais e na envolvente dos estabelecimentos escolares, assumindo uma aproximação das
velocidades dos veículos motorizados à velocidade dos utilizadores mais vulneráveis (peões e ciclistas) aumentando a
importância destes em detrimento do carro.
Propõe-se a execução de um Plano Municipal de Segurança Rodoviária segundo a regulamentação criada pela ANSR e que
define, entre outros, metodologias de análise de dados de sinistralidade rodoviária, identificação de objetivos estratégicos,
calendarização e orçamentação, bem como a definição de mecanismos de monitorização e controlo. Recomenda-se uma
abordagem integrada do complexo de fatores determinantes da ocorrência de acidentes, designadamente: comportamento
(condutores e peões); veículo e equipamento; meio envolvente e infraestrutura; fatores socioculturais e ambientais. Somente
desta forma será possível a definição de ações transversais para a diminuição global da sinistralidade, que incidam sobre o
conjunto de áreas de atuação definidas pela ENSR e propostas pelo “Guião para a elaboração de Planos Municipais de
Segurança Rodoviária”, a saber:
 Educação cívica, escolar e profissional;
 Ensino e exames de condução;
 Comportamento dos condutores;
 Segurança dos veículos;
 Fiscalização de condutores e veículos;
 Melhoria da infraestrutura;
 Melhoria do socorro e apoio às vítimas;
 Estudos sobre segurança rodoviária e sua análise;
 Cooperação e coordenação entre entidades;
 Comunicação.
FICHA DE AÇÃO E.3.3.1 – PLANO DE SEGURANÇA RODOVIÁRIA

03.2. PALMT

PALMT CORROIOS
SISTEMA PEDONAL

O interface de Corroios possui boa acessibilidade pedonal na medida em que oferece acessos formais a partir de todas as
direções. A passagem pedonal subterrânea, sob a A2, possibilita um acesso facilitado a partir da área a sul da estação,
vencendo tanto o canal da autoestrada como o ferroviário.

Em relação à acessibilidade pedonal o interface possui um contexto urbano distinto, com uma envolvente urbana bem
consolidada a norte e a sul da linha ferroviária (sendo o único dos interfaces ferroviários em que não se verifica uma
diferenciação tão acentuada na consolidação da área sul relativamente à área a norte).

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No âmbito dos PATMT e tendo em vista o objetivo da promoção dos modos suaves, foi identificada a rede pedonal
estruturante, que em grande medida coincide com a rede viária principal, e que se constitui por vias distribuidores de tráfego,
que conectam as principais centralidades e polos de atração/geração de viagens e onde circulam grande parte dos TCR, e
que como tal exigem boas condições de acessibilidade.

No entanto, a rede pedonal estruturante tem diferentes necessidades de intervenção dependendo da unidade urbana a
requalificar, uma vez que o espaço urbano se encontra em estádios de desenvolvimento urbanístico distinto, quer pela
condição infraestrutural da rede, quer pela ocupação urbana onde esta se insere, que impedem a constituição de uma rede
continua, coerente e segura. A necessidade de definir prioridades de intervenção e a possibilidade de execuções pontuais
produzirem melhorias significativas a curto prazo na acessibilidade pedonal em curtas distâncias, onde se concentram os
principais fluxos, conduz à necessidade de intervir na rede pedonal de proximidade aos interfaces.

Esta rede constituída por vias de malha de circulação menos densa e mais difusa concerne as condições de circulação
pedonal nas deslocações de proximidade. Neste contexto foi importante identificar as vias onde se realizam maioritariamente
estas deslocações. No entanto, na fase de diagnóstico foram evidenciadas as falhas da rede pedonal, que afetam as
condições de deslocação dos peões tendo por base áreas acessíveis a pé desde os interfaces, como são as caraterísticas
físicas dos percursos e espaços pedonais, a descontinuidade desses percursos, a presença de obstáculos, a má localização
ou inexistência de passadeiras de peões, ou ainda, o estacionamento indevido de automóveis ou a falta de sinalização
adequada, entre outros. Em termos de acessibilidade pedonal, identificam-se as seguintes medidas:

 Priorização dos eixos estruturantes para a acessibilidade pedonal;


 Execução de novos percursos para fecho da malha existente (espaço urbano e não urbano);
o Fecho entre Av. Vale de Milhaços e Av. Guerra Junqueiro.
 Qualificação de passagens desniveladas;
o Rua Bento Gonçalves, Interface de Corroios (apenas pedonal), Avenida Vale de Milhaços;
 Implementação de correções pontuais de ligações pedonais em falta;
o Canal entre a Escola Secundária João de Barros e a Estação de Serviço
 Alargamento dos passeios nos eixos estruturantes;
 Arborização de percursos;
 Imposição de restrições ao estacionamento ilegal e informal, que impõem evidentes dificuldades de circulação
pedonal (em pormenor no ponto do estacionamento);
 Implementação de correções nos pontos de conflito entre o peão e os modos motorizados (nomeadamente
intersecções, atravessamentos e sinalização);
 Relocalização de atravessamentos pedonais;
 Remoção de obstáculos e qualificação dos percursos existentes, de modo a permitir a fluidez de circulação.
Relativamente às medidas enunciadas anteriormente, sendo todas de evidente premência neste PALMT, importa destacar a
requalificação das passagens desniveladas, quer em termos de conforto quer de segurança nas deslocações pedonais, uma
vez que a permeabilidade do território e a coesão territorial está em grande medida dependente das mesmas.

SISTEMA CICLÁVEL

No âmbito do PALMT do Interface de Corroios recomenda-se de forma geral a implementação de medidas de promoção da
melhoria das condições de circulação ciclável, que permitam fomentar a circulação local dos ciclistas e o combate aos
principais constrangimentos identificados anteriormente como a perceção de segurança, a qualidade das infraestruturas e
equipamentos de apoio (como estacionamentos de bicicletas), e ainda de fulcral importância de medidas para a eliminação
dos pontos de conflito entre o ciclista e os modos motorizados, nomeadamente nas intersecções.
Em termos de acessibilidade ciclável a rede existente não responde às necessidades deste gerador tão relevante, pelo que
se propõem intervenções como:

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 Definição e hierarquização da infraestrutura ciclável que se considera prioritária face ao conjunto das ciclovias
previstas;
 Execução de percursos para fecho da rede existente (espaço urbano e não urbano):
o Continuidade ao longo da EN10 a partir da infraestrutura já existente;
o Fecho da rede em Vale de Milhaços;
 Compatibilização com as deslocações pedonais, nomeadamente em vias em partilha com o peão;
 Implementação de correções nos pontos de conflito entre o ciclista e os modos motorizados (nomeadamente
intersecções, atravessamentos e sinalização):
o Transições entre pista/faixa para em partilha com o automóvel e vice-versa;
o Atravessamento da EN10 junto à Escola Secundária João de Barros;
 Definição da tipologia e localização de implementação dos equipamentos de apoio à rede ciclável.

No âmbito do sistema ciclável, e como já evidenciado, a continuidade da rede estruturante é uma das medidas de maior
prioridade, por forma a garantir a legibilidade do sistema ciclável e incentivar a deslocação em bicicleta. Para tal é fundamental
fechar a rede na área de influência do interface de Corroios, nomeadamente na EN10 entre o viaduto da ER10 e rotunda
junto ao espaço comercial JOM. Recomenda-se que o fecho da rede seja concretizado pelo lado sul da EN10 mais próximo
à Escola Secundária João de Barros, uma vez que permite a estruturação dos movimentos perpendiculares de e para o
interface através de um canal que se propõe materializar entre a mesma e a estação de serviço, e na outra lateral da escola
no âmbito da estruturação no parque de estacionamento informal existente.
SISTEMA DE TRANSPORTES COLECTIVO

O interface de Corroios é servido pelo eixo ferroviário norte-sul onde se realizam serviços suburbanos realizados pela
Fertagus, para norte até Lisboa e para sul até Setúbal.

Na escala de ação deste PALMT recomenda-se a implementação de medidas ao nível da melhoria das condições de acesso
ao transporte coletivo e do aumento da segurança, entre muitas outras medidas de âmbito local.

Em termos do sistema de transporte coletivo rodoviário, a nova rede a concurso veio dar resposta a grande parte dos
problemas existentes, com o reforço do serviço aos interfaces. No entanto é necessário implementar melhorias ao nível da
infraestrutura do sistema, pelo que são propostas ações como:
 Introdução, ainda que faseada, de vias com prioridade ao TP;
o Introdução de faixa BUS na EN10 no sentido Seixal-Lisboa (supressão do sentido Lisboa-Seixal
mediante desvio para a Rua Bento Gonçalves)
o Introdução de faixa BUS na Avenida Vale Milhaços, na aproximação à EN10;
 Identificação de vias alternativas para TI;
o Desvio do fluxo viário no sentido Lisboa-Seixal da EN10 para a Rua Bento Gonçalves.

Como já evidenciado nos PATMT a competitividade do TP está em grande medida associada à sua eficiência razão pela
qual se concede grande importância à implementação de vias com prioridade ao TCR. Na persecução deste medida tem
inserção no PALMT do interface de Corroios a alteração do sistema viário que possibilita a criação de faixa BUS na EN10 no
sentido Seixal-Lisboa, e a supressão da circulação no sentido Lisboa-Seixal, que se deverá fazer pela Rua Bento Gonçalves.
No mesmo seguimento é recomendado a criação de canal para priorização do TP na interseção da Av. Vale de Milhaços e a
EN10.

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SISTEMA VIÁRIO

Em termos do sistema viário a infraestrutura existente não está equilibrada e corretamente dimensionada para dar resposta
à pressão exercida sobre estes elementos do sistema, como evidenciado pela necessidade de alteração do sistema viário
da EN10 para melhorar a eficiência do TP.
Nesta análise mais “micro” são apontadas novas ligações e reestruturações do sistema de gestão das intersecções, bem
como a redistribuição do espaço dedicado à circulação, tendo presente todos os modos de transporte, de forma a garantir
fluidez e segurança para todos os utilizadores do sistema. Observe-se que neste ponto são incluídas as medidas de acalmia
de tráfego a implementar no sistema viário.

Assim, consideram-se fundamentais algumas intervenções como:


 Correção da hierarquia e fecho da rede viária;
 Implementação de medidas de mitigação de acidentes, nomeadamente nas vias de elevada sinistralidade:
o Av. Vale de Milhaços: construção de rotunda, requalificação do pavimento;
o Rua Cidade de Almada: materialização de separador central; reconfiguração de canal pedonal junto
às passadeiras; reforço das marcas rodoviárias; colocação de barreiras impedindo o estacionamento
abusivo na envolvente às passadeiras.
 Reperfilamento de ruas para redução das faixas de rodagem:
o Av. Vale de Milhaços: estreitamento do perfil da via e aumento da zona pedonal junto às passadeiras.
 Implementação de correções nos pontos de conflito:
o Construção de rotunda no cruzamento da Rua Bento Gonçalves e Estrada João Bacharel
 Reforço da sinalização vertical e horizontal
o Repintura de sinalização horizontal na Av. Vale de Milhaços.
 Rede viária prevista:
o Conclusão da ER10 – com a finalização desta variante o tráfego de atravessamento que atualmente
acede à rede local no nó de Corroios será redirecionado, permitindo uma gestão distinta desta
infraestrutura, fruto da redução dos fluxos, permitindo uma redução da velocidade de circulação e uma
melhor compatibilização com o TP e os modos suaves.

Considera-se fundamental proceder à progressiva restrição de circulação de veículos pesados de mercadorias nas vias mais
urbanas, da malha viária mais fina de acesso local, de modo a responder em curto prazo à melhoria da qualidade de ambiente
urbano (sem prejuízo do acesso a operações de carga e descarga). Este condicionamento é mais premente quando nas
mesmas se priorizam os modos suaves, com especial enfoque nos eixos onde a rede ciclável partilha a via com o trânsito
automóvel, aumentando assim o conforto e segurança da deslocação, como por exemplo na Avenida Fábrica da Pólvora. É,
ainda, necessário restringir progressivamente a circulação de veículos pesados de mercadorias junto dos equipamentos
escolares.

ESTACIONAMENTO

Em termos de estacionamento o interface está dotado de quatro parques exteriores de estacionamento taxado, com 1 232
lugares na totalidade, registando uma taxa média de ocupação de 29%. Na envolvente do interface existem 696 lugares
públicos gratuitos, registando uma taxa média de ocupação de 92%. Foram ainda identificados 375 veículos estacionados
em baldio e 84 veículos estacionados de forma ilegal. Encontra-se definida uma área de acesso condicionado a residentes,
correspondendo a 1 116 lugares na totalidade, registando uma taxa média de ocupação de 95% e a colocação de dístico em
38% dos casos. Neste interface encontra-se desativado um parque de estacionamento com 187 lugares.

Como evidenciado pela taxa de ocupação média em áreas gratuitas e pelo número de veículos estacionado em zonas
informais em paralelo com a taxa de ocupação nos parques taxados considera-se necessário implementar áreas de

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estacionamento taxado e o reforço da fiscalização. Em paralelo propõe-se aumentar a oferta gratuita. A regulação do
estacionamento é fundamental para reduzir constrangimentos na circulação rodoviária e principalmente pedonal, com fortes
impactos na segurança rodoviária.

Assim, em termos de estacionamento, e apesar do interface possuir parques de estacionamento próprios, verificou-se
pressão sobre as áreas envolventes, tanto com estacionamento ilegal como na dificuldade de compatibilização com outros
usos (residencial e comércio e serviços), pelo que a proposta contempla:
 Definição de novas áreas de taxação do estacionamento, com limites máximos de permanência:
o Quinta de S. Pedro a sul do interface e a noroeste até à Rua Cidade de Lisboa;
 Ordenamento do estacionamento e reforço da fiscalização do estacionamento ilegal:
o Em todo a área a noroeste da estação até à Rua Cidade de Lisboa;
o Interdição de estacionamento em área de baldio na envolvente à Esquadra Policial de Corroios;
o Estacionamento proibido na rua de aceso ao interface;
 Reativação ou criação de parques de estacionamento dissuasores:
o Reativação dos parques da Fertagus;
o Criação de parque por baixo da infraestrutura ferroviária no Mercado de Levante;
o Criação de novo parque entre o Lidl de Corroios e a A2.

Importa notar que é de especial interesse salvaguardar o espaço público e o acesso a residentes, pelo que no que se refere
ao estacionamento reservado a residentes é necessário alargar a área definida, e garantir a fiscalização da afixação de
dísticos, de modo a garantir a oferta efetiva para os residentes. Com a taxação do estacionamento deixa de ser necessário
definir áreas exclusivas para residentes já que a emissão de dístico é compatível com a taxação, mas a fiscalização continua
a ser essencial.

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PALMT FOROS DA AMORA
SISTEMA PEDONAL

A acessibilidade pedonal a este interface concentra-se do lado norte da A2, sendo a acessibilidade pedonal à área a sul do
interface descontínua e caracterizada por segmentos informais, que resultam da necessidade de deslocação num território
em que não existem ligações pedonais diretas disponíveis.

Como já referido a rede pedonal na envolvente dos interfaces onde ocorrem as deslocações de proximidade é constituída
por vias de malha de circulação menos densa e mais difusa. Tendo sido identificados os eixos de circulação preferencial, e
cruzada a informação dos mesmos com as falhas diagnosticadas nas fases anteriores, como são as caraterísticas físicas
dos percursos e espaços pedonais, a descontinuidade desses percursos, a presença de obstáculos, a má localização ou
inexistência de passadeiras de peões, ou ainda, o estacionamento indevido de automóveis ou a falta de sinalização
adequada, entre outros, recomenda-se:

 Priorização dos eixos estruturantes para a acessibilidade pedonal;


 Execução de novos percursos para fecho da malha existente (espaço urbano e não urbano):
o Formalização da ligação pedonal da Rua Assis Pacheco à Rua Egas Moniz;
o Formalização da ligação pedonal da Rua Assis Pacheco à Rua do Rato
 Qualificação de passagens desniveladas
o Rua Assis Pacheco, Rua Foros da Amora, Rua Bento de Moura Portugal;
 Implementação de correções pontuais de ligações pedonais em falta;
o Requalificação da ligação pedonal e ciclável do interface à Rua Ermo;
o Formalização da ligação pedonal do interface à Travessa Soutelo e Rua Luiz Soriano;
o Formalização da ligação pedonal e ciclável ao longo da Rua Assis Pacheco (articulado com a
concretização do parque de estacionamento proposto);
 Alargamento dos passeios:
o Rua Luz Soriano e Rua Foros da Amora
 Arborização de percursos;
 Imposição de restrições ao estacionamento ilegal e informal, que impõem evidentes dificuldades de circulação
pedonal (em pormenor no ponto do estacionamento);
 Implementação de correções nos pontos de conflito entre o peão e os modos motorizados (nomeadamente
intersecções, atravessamentos e sinalização):
o Passagem de peões na interseção da Rua Foros da Amora e a Rua de Soutelo;
o Passagem de peões relocalizada e apoiada com semaforização na Rua 25 de Abril;
 Relocalização de atravessamentos pedonais:
o Rua Assis Pacheco e Rua do Rato;
 Remoção de obstáculos e qualificação dos percursos existentes.

Relativamente às medidas enunciadas anteriormente, sendo todas de evidente premência neste PALMT, importa destacar a
importância da continuidade da estrutura pedonal, que na sua ausência apresenta condições de insegurança muito
prementes, quer pelo recorrente estacionamento abusivo em cima dos passeios, quer pela existência de ligações informais
que importa concretizar.

SISTEMA CICLÁVEL

Em termos de acessibilidade ciclável, a rede existente não responde em plenitude às necessidades deste gerador tão
relevante, pelo que se recomenda de forma geral a implementação de medidas de promoção da melhoria das condições de

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circulação ciclável, que permitam fomentar a circulação local dos ciclistas e o combate aos principais constrangimentos
identificados anteriormente como a perceção de segurança, a qualidade das infraestruturas e equipamentos de apoio (como
estacionamentos de bicicletas). É ainda de fulcral importância a implementação de medidas para a eliminação dos pontos
de conflito entre o ciclista e os modos motorizados, nomeadamente nas intersecções.
Assim, as intervenções propostas passam por:
 Definição e hierarquização da infraestrutura ciclável que se considera prioritária face ao conjunto das ciclovias
previstas;
 Compatibilização com as deslocações pedonais, nomeadamente em vias em partilha com o peão;
 Implementação de correções nos pontos de conflito entre o ciclista e os modos motorizados (nomeadamente
intersecções, atravessamentos e sinalização):
o Transições entre pista/faixa para em partilha com o automóvel e vice-versa;
 Definição da tipologia e localização de implementação dos equipamentos de apoio à rede ciclável:
o Calha para escadas na ligação à Rua Luiz Soriano

De notar que na estruturação da rede ciclável é importante priorizar as ligações transversais ao longo da EN10 mas também
longitudinais desde o núcleo histórico de Amora e o interface de Foros da Amora.
SISTEMA DE TRANSPORTES COLECTIVO

Na escala de ação deste PALMT recomenda-se a implementação de medidas ao nível da melhoria das condições de acesso
ao transporte coletivo e do aumento da segurança, entre muitas outras medidas de âmbito local.

O interface de Foros da Amora é servido pelo eixo ferroviário norte-sul onde se realizam serviços suburbanos realizados pela
Fertagus, para norte até Lisboa e para sul até Setúbal.

Em termos do sistema de transporte coletivo rodoviário, a nova rede a concurso veio dar resposta a grande parte dos
problemas existentes, com o reforço do serviço aos interfaces. No entanto é necessário implementar melhorias ao nível da
infraestrutura do sistema, pelo que são propostas ações como:
 Melhoria das condições de espera nas paragens
o Implementação de abrigo na paragem da Rua Foros da Amora sentido sul-norte;
 Relocalização de paragem na Rua 25 de Abril para permitir o reposicionamento da passadeira.

Como já evidenciado nos PATMT a competitividade do TP está em grande medida associada à sua eficiência razão pela
qual se concede importância maior à implementação de vias com prioridade ao TP. Na persecução desta medida, tem
inserção no PALMT do interface de Foros da Amora, a continuidade dos corredores BUS no sentido Seixal-Lisboa já
existentes ao longo da EN10, como é o caso da continuidade da faixa existente nas imediações da rotunda da EN10 com a
Rua da Cordoaria e a Rua Gomes Freire de Andrade.

SISTEMA VIÁRIO

Em termos do sistema viário a infraestrutura existente não está equilibrada e corretamente dimensionada para dar resposta
à pressão exercida sobre estes elementos do sistema, pelo que se consideram fundamentais algumas intervenções como
evidenciado pela necessidade de alteração do sistema viário da EN10 para melhorar a eficiência do TP.
Nesta análise mais “micro” são apontadas novas ligações e reestruturações do sistema de gestão das intersecções, bem
como a redistribuição do espaço dedicado à circulação, tendo presente todos os modos de transporte, de forma a garantir
fluidez e segurança para todos os utilizadores do sistema. Observe-se que neste ponto são incluídas as medidas de acalmia
de tráfego a implementar no sistema viário.

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Assim, consideram-se fundamentais algumas intervenções como:
 Correção da hierarquia e fecho da rede viária;
 Implementação de medidas de mitigação de acidentes, nomeadamente nas vias de elevada sinistralidade:
o Rua Foros da Amora – redução do perfil rodoviário, através de implementação da ciclovia em tipologia
pista ciclável, evitando o estacionamento em segunda fila; reforço da sinalização vertical e horizontal;
o Av. 1º de Maio - Colocação de elementos urbanos que mitiguem o atravessamento fora das passagens
de peões; reforço da sinalização vertical “zona de acidentes”;
o Rua 25 de Abril - relocalização de passagem de peões e introdução de semaforização; reperfilamento
da via para viragem à esquerda para a Rua Infante Dom Augusto, supressão de estacionamento na
proximidade da rotunda; introduzir sinalização de pré-aviso e reforçar a sinalização horizontal.
 Reperfilamento de ruas para redução das faixas de rodagem;
o Reperfilamento para viragem à esquerda na Rua 25 de Abril para a Rua Infante Dom Augusto
 Introdução de medidas de acalmia de tráfego:
o Introdução de semaforização de apoio à passadeira e controlo de velocidade;
 Rede viária prevista:
o Construção de novo nó rodoviário na A2 e acessos à rede principal – com a execução deste nó o
volume de tráfego que acederá da rede principal à rede local alterará de forma relevante o
funcionamento atual obrigando a uma reavaliação das opções tomadas;
o Conclusão da ER10 – com a finalização desta variante o tráfego de atravessamento que atualmente
circula na EN10 será redirecionado, permitindo uma gestão distinta desta infraestrutura, fruto da
redução dos fluxos, permitindo uma redução da velocidade de circulação e uma melhor
compatibilização com o TP e os modos suaves.

Considera-se fundamental proceder à progressiva restrição de circulação de veículos pesados de mercadorias nas vias mais
urbanas, da malha viária mais fina de acesso local, de modo a responder em curto prazo à melhoria da qualidade de ambiente
urbano (sem prejuízo do acesso a operações de carga e descarga). Este condicionamento é mais premente quando nas
mesmas se priorizam os modos suaves, com especial enfoque nos eixos onde a rede ciclável partilha a via com o trânsito
automóvel, aumentando assim o conforto e segurança da deslocação, como por exemplo na Rua Azinhaga e Avenida do
Bonfim, Rua Infante D. Augusto e Rua 1º de Maio. É, ainda, necessário restringir progressivamente a circulação de veículos
pesados de mercadorias junto dos equipamentos escolares.

ESTACIONAMENTO

Em termos de estacionamento o interface está dotado de três parques exteriores de estacionamento (um deles com acesso
reservado aos utilizadores do jardim de infância) e um auto-silo taxados, com 556 lugares na totalidade, registando uma taxa
média de ocupação de 87%. Na envolvente do interface existem 1 206 lugares públicos gratuitos, registando uma taxa média
de ocupação de 97%. Foram ainda identificados 51 veículos estacionados em baldio e 167 veículos estacionados de forma
ilegal. Encontra-se definida uma área de acesso condicionado a residentes, correspondendo a 98 lugares na totalidade,
registando uma taxa média de ocupação de 100% e a colocação de dístico em 24% dos casos. Neste interface encontra-se
desativado um parque de estacionamento com 819 lugares.

Como evidenciado pela taxa de ocupação média em áreas gratuitas e pelo número de veículos estacionado em zonas
informais em paralelo com a taxa de ocupação nos parques taxados considera-se necessário implementar áreas de
estacionamento taxado e o reforço da fiscalização. Em paralelo propõe-se aumentar a oferta gratuita. A regulação do
estacionamento é fundamental para reduzir constrangimentos na circulação rodoviária e principalmente pedonal, com fortes
impactos na segurança rodoviária.

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Assim, em termos de estacionamento, e apesar do interface possuir parque de estacionamento próprio, verificou-se a pressão
sobre as áreas envolventes, tanto com estacionamento ilegal como na dificuldade de compatibilização com outros usos
(residencial e comércio e serviços), pelo que a proposta contempla:
 Definição de novas áreas de taxação do estacionamento;
 Ordenamento do estacionamento e reforço da fiscalização do estacionamento ilegal:
o Zona de Foros da Amora e Cruz de Pau e Azinhaga das Paivas na envolvente à Rua Cordoaria e Rua
do Minho;
 Reativação ou criação de parques de estacionamento dissuasores:
o Reativação do parque da Fertagus junto à rotunda do interface;
o Criação de novo parque junto ao existente da Fertagus, com capacidade para 500 lugares;
o Criação de novo parque junto à rotunda da Estrada João Bacharel com a Rua Assis Pacheco, com
capacidade para 260 lugares.
 Eliminação do estacionamento ilegal (colocação de pilaretes, por exemplo)
Em relação ao estacionamento reservado a residentes considera-se necessário alargar a área definida como de uso
exclusivo, de modo a garantir a oferta efetiva aos residentes, no entanto tal por si só não será suficiente se não for garantida
a fiscalização da afixação de dísticos. Com a taxação do estacionamento deixa de ser necessário definir áreas exclusivas
para residentes já que a emissão de dístico é compatível com a taxação, mas a fiscalização continua a ser essencial.

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PALMT FOGUETEIRO
SISTEMA PEDONAL

O interface do Fogueteiro possui boa acessibilidade pedonal, com destaque para a ligação pedonal ao Rio Sul Shopping,
com o qual apresenta uma forte interdependência funcional. Importa notar que no que concerne à utilização dos modos
suaves, seja acessibilidade pedonal ou ciclável, o Fogueteiro define-se por uma dificuldade acrescida que se justifica pela
orografia mais acidentada.

O interface tem acesso a partir de ambos os lados da linha ferroviária, no entanto no lado sul as áreas urbanas são dispersas
e fragmentadas fruto da proximidade à A2 e ao nó de acesso, sendo que por isso os acessos à estação se concentram do
lado norte.

As características base do território impedem a constituição de uma rede pedonal equilibrada, condição esta que evidencia
necessidade de atuação na melhoria das condições de segurança e comodidade da circulação pedonal no acesso ao
interface. Nas fases anteriores do PMTCS foram identificadas falhas na rede pedonal, que afetam as condições de
deslocação dos peões, tendo por base áreas acessíveis a pé desde o interface, como são as caraterísticas físicas dos
percursos e espaços pedonais, a descontinuidade desses percursos, a presença de obstáculos, a má localização ou
inexistência de passadeiras de peões, ou ainda, o estacionamento indevido de automóveis ou a falta de sinalização
adequada, entre outros.

O desígnio de implementação de uma rede contínua, coerente e segura é transversal ao território de abrangência deste
PALMT. Tal desígnio para além da melhoria da infraestrutura pedonal, torna premente a eliminação do estacionamento ilegal.
A par com o já identificado noutros interfaces, o recurso ao modo pedonal é fortemente desincentivado pela ocupação dos
passeios por veículos estacionados de forma ilegal, que se constituem como um obstáculo significativo à circulação pedonal.
A este facto adiciona-se o de a maioria dos passeios apresentar uma dimensão reduzida, principalmente nos eixos
estruturantes.

Assim, em grande medida, as propostas que se recomendam neste PALMT passam pela promoção da requalificação da
rede pedonal, conseguida através do reperfilamento, reordenamento do estacionamento e alargamento de passeios em vias
onde se regista maior fluxo de deslocações pedonais.

Em termos de acessibilidade pedonal, recomenda-se as seguintes ações:


 Priorização dos eixos estruturantes para a acessibilidade pedonal;
 Execução de novos percursos para fecho da malha existente (espaço urbano e não urbano):
o Ligação pedonal e ciclável na Rua Rio Judeu e Rua Brejos da Piedade, entre a EN10 e a zona
comercial Rio Sul Shopping;
o Ligação pedonal e ciclável adjacente à Av. Libertadores de Timor Loro Sae;
o Corredor pedonal e ciclável na Rua Celestino de Castro ;
 Reperfilamento do passeio pela redução das faixas de rodagem, reduzindo o estacionamento em segunda fila:
o Rua Luís de Camões (entre a Rua Ilha de Santa Maria e a Rua Casal do Marco);
 Qualificação de passagens desniveladas:
o Av. 1º de Dezembro, Av. da Ponte;
o Requalificação da passagem entre a Rua 1º de Maio e a Rua Celestino de Castro;
 Implementação de correções pontuais de ligações pedonais em falta:
o Ligação à Av. 1º de Dezembro de 1640 (EN10) e continuidade até à Avenida da Ponte (articulado com
a concretização do parque de estacionamento proposto, com a relocalização da paragem de autocarro
e com a colocação de passadeira semaforizada na Av. 1º de Dezembro de 1640/EN10);
 Alargamento dos passeios:

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o Rua Casal do Marco;
 Arborização de percursos;
 Imposição de restrições ao estacionamento ilegal e informal, que impõem evidentes dificuldades de circulação
pedonal (em pormenor no ponto do estacionamento);
 Implementação de correções nos pontos de conflito entre o peão e os modos motorizados (nomeadamente
intersecções, atravessamentos e sinalização):
o Semaforização da passagem de peões na Av. Libertadores de Timor Loro Sae, no acesso à zona
comercial Rio Sul Shopping;
o Semaforização da passagem de peões na Av. 23 de Julho de 1933 / EN378;
o Nova passagem de peões semaforizada na Av. 1º de Dezembro de 1640;
 Implementação ou relocalização de atravessamentos pedonais:
o Implementação de passagem de peões na Av. Libertadores de Timor Loro Sae (na rotunda com a Rua
Brejos da Piedade);
o Implementação de novas passagens de peões nos eixos estruturantes da Torre da Marinha;
 Remoção de obstáculos e qualificação dos percursos existentes.

Como referido a orografia e a relação com a envolvente tornam mais significativas as deslocações pedonais a norte do
interface. Na requalificação da rede pedonal identificaram-se os eixos estruturantes a requalificar, que visam criar circuitos
entre as áreas de concentração de atividades, aumentando assim acessibilidade pedonal. Dentro dos eixos pedonais importa
destacar o reforço da acessibilidade pedonal, e ciclável, a oeste para o Rio Sul Shopping e deste à EN10, a norte para o
Mercado e outos equipamentos coletivos na zona da Torre da Marinha, e a este para Casal do Marco e zona industrial.

Relativamente à acessibilidade pedonal à zona industrial foi anteriormente diagnosticada a utilização de uma ligação informal
desde o interface até à Av. 1º de Dezembro de 1640, e desta à Avenida da Ponte, que se recomenda formalizar de modo a
garantir maior segurança neste movimento. Consequentemente, e de modo a permitir o atravessamento da Av. 1º de
Dezembro de 1640 em segurança, também se recomenda a criação de uma nova passagem de peões semaforizada e a
relocalização da paragem de TCR de modo a melhor assegurar a intermodalidade (para além de suprimir a paragem atual,
junto às bombas de gasolina, onde a segurança dos peões se encontra comprometida). É ainda de notar que a estruturação
destes movimentos pode, numa fase seguinte, justificar a sua estruturação viária.

Ainda no que concerne às medidas enunciadas anteriormente, sendo todas de evidente premência neste PALMT, importa
destacar a recomendação de relocalização das paragens de TCR no nó do Fogueteiro pelos problemas de segurança dos
peões que representam.

De forma a aumentar significativamente a acessibilidade recomenda-se a criação de canal paralelo ao viaduto da Rua Rio
Judeu e Rua Brejos da Piedade para acomodação dos movimentos pedonais e cicláveis, medida esta que aumenta
significativamente a acessibilidade ao interface por modos suaves.

Importa ainda referir que a implementação da extensão do CTTP/MTS cria a oportunidade de requalificação da área
envolvente ao canal, através do reperfilamento das vias e requalificação de passeios, assim como relocalização e
atravessamentos pedonais, nomeadamente Av. 25 de Abril.

SISTEMA CICLÁVEL

No âmbito do PALMT do Interface do Fogueteiro recomenda-se de forma geral a implementação de medidas de promoção
da melhoria das condições de circulação ciclável, que permitam fomentar a circulação local dos ciclistas e o combate aos
principais constrangimentos identificados anteriormente como a perceção de segurança, a qualidade das infraestruturas e
equipamentos de apoio (como estacionamentos de bicicletas). É ainda, de fulcral importância a adoção de medidas para a
eliminação dos pontos de conflito entre o ciclista e os modos motorizados, nomeadamente nas intersecções.

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Em termos de acessibilidade ciclável a rede existente não responde em plenitude às necessidades deste gerador tão
relevante, pelo que se propõem intervenções como:
 Definição e hierarquização da infraestrutura ciclável que se considera prioritária face ao conjunto das ciclovias
previstas;
 Criação de corredor ciclável desde a Ponta da Fraternidade, no seguimento da linha de água, para ligação à
EN10 e continuidade pela Rua Celestino de Castro;
 Compatibilização com as deslocações pedonais, nomeadamente em vias em partilha com o peão:
o Ligação pedonal e ciclável em canal paralelo à Rua Rio Judeu e Rua Brejos da Piedade;
o Ligação pedonal e ciclável adjacente à Av. Libertadores de Timor Loro Sae;
o Corredor pedonal e ciclável na Rua Celestino de Castro;
o Corredor pedonal e ciclável na Rua António Macedo com prolongamento até ao interface;
 Implementação de correções nos pontos de conflito entre o ciclista e os modos motorizados (nomeadamente
intersecções, atravessamentos e sinalização):
o Novo atravessamento semaforizado na Av. 1º de Dezembro de 1640 na interseção com a Rua António
Macedo;
 Definição da tipologia e implementação dos equipamentos de apoio à rede ciclável.

No âmbito do sistema ciclável, e como já evidenciado, a continuidade da rede estruturante é uma das medidas de maior
prioridade, por forma a garantir a legibilidade do sistema ciclável e incentivar a deslocação em bicicleta. Para tal é fundamental
fechar a rede na área de influência do interface do Fogueteiro. Dentro deste princípio considera-se estruturante , e como já
enunciado na acessibilidade pedonal, a criação de canal paralelo à Rua Rio Judeu e Rua Brejos da Piedade para
acomodação dos movimentos pedonais e cicláveis, com continuidade através de canal adjacente à Av. Libertadores de Timor
Loro Sae, medida esta que aumenta significativamente a acessibilidade ao interface por modos suaves.

SISTEMA DE TRANSPORTES COLECTIVO

O interface do Fogueteiro é servido pelo eixo ferroviário norte-sul onde se realizam serviços suburbanos realizados pela
Fertagus, para norte até Lisboa e para sul até Setúbal.

No interface de Fogueteiro coincidem os serviços ferroviários com o serviço rodoviário prestado pelos TST e pela Sulfertagus.

Na escala de ação deste PALMT recomenda-se a implementação de medidas ao nível da melhoria das condições de acesso
ao transporte coletivo e do aumento da segurança, entre muitas outras medidas de âmbito local.

Em termos do sistema de transporte coletivo rodoviário, a nova rede a concurso veio dar resposta a grande parte dos
problemas existentes, com o reforço do serviço aos interfaces. No entanto, é necessário implementar melhorias ao nível da
infraestrutura do sistema, pelo que são propostas ações como:

 Introdução, ainda que faseada, de vias com prioridade ao TP:


o EN10 desde o nó do Fogueteiro até à rotunda na interseção da EN10 com a Av. dos Resistente
Antifascistas;
o Desde a rotunda na interseção da EN10 com a Av. dos Resistente Antifascistas até à interseção com
a Rua Movimento das Forças Armadas;
 Relocalização de paragens, com especial enfoque no nó do Fogueteiro e Av. 1º de Dezembro de 1640:
o Eliminação das paragens dentro do nó do Fogueteiro;
o Criação de novas paragens depois do nó do Fogueteiro (imediatamente a seguir às bombas de
gasolina);

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o Relocalização de paragens na Av. 1º de Dezembro de 1640 para próximo da interseção com a Rua
António Macedo.

No âmbito do sistema de transportes coletivos a segurança é uma questão fundamental que importa priorizar. Uma das
medidas mais prementes neste sistema é a eliminação de paragens que pela sua localização impõe graves problemas de
segurança nas deslocações pedonais que as antecedem ou sucedem como é o caso das paragens localizadas no dó
rodoviário do Fogueteiro.
SISTEMA VIÁRIO

Em termos do sistema viário a infraestrutura existente não está equilibrada e corretamente dimensionada para dar resposta
à pressão exercida sobre estes elementos do sistema, pelo que se consideram fundamentais algumas intervenções como:
 Correção da hierarquia e fecho da rede viária:
o Fecho da rede viária com abertura de nova via entre o cruzamento da Av. 25 de Abril e a Rua António
Aleixo, e a a Av. Marechal Costa Gomes;
o Requalificação da Rua da Indústria e ligação à via estruturante de acesso à Siderurgia Nacional para
trânsito pesado;
 Reperfilamento das vias para inserção de vias com prioridade ao TP:
o EN10 desde o nó do Fogueteiro até à rotunda na interseção da EN10 com a Av. dos Resistente
Antifascistas;
o Desde a rotunda na interseção da EN10 com a Av. dos Resistente Antifascistas até à interseção com
a Rua Movimento das Forças Armadas;
 Implementação de medidas de mitigação de acidentes, nomeadamente nas vias de elevada sinistralidade:
o Construção de rotunda no cruzamento da Av. 1º de Dezembro de 1640 com a Av. 25 de Abril e Av. da
Ponte;
o Construção de rotunda no cruzamento da Av. 1º de Dezembro de 1640 com a Rua da Escola e Av.
Principal;
 Reperfilamento de ruas para redução das faixas de rodagem;
 Introdução de medidas de acalmia de tráfego e implementação de correções nos pontos de conflito:
o Construção de rotunda no cruzamento da Av. Resistentes Antifascistas e Rua Ilha do Pico.

Como já evidenciado a competitividade do TP está em grande medida associada à sua eficiência, razão pela qual se concede
importância maior à implementação de vias com prioridade ao TP. Na persecução deste medida tem inserção no PALMT do
interface do Fogueteiro, e especial importância neste contexto urbano, a alteração proposta para o sistema viário como já
referido no sistema de transportes colectivo, através da criação de faixa BUS na EN10 no sentido Seixal-Lisboa.

Ainda no que concerne à saturação da EN10 é recomendada a requalificação da Rua da Industria para futura ligação à via
estruturante de acesso à Siderurgia Nacional para trânsito pesado, de modo a libertar a rede principal deste tipo de tráfego
de atravessamento.

Considera-se fundamental proceder à progressiva restrição de circulação de veículos pesados de mercadorias nas vias mais
urbanas, da malha viária mais fina de acesso local, de modo a responder em curto prazo à melhoria da qualidade de ambiente
urbano (sem prejuízo do acesso a operações de carga e descarga). Este condicionamento é mais premente quando nas
mesmas se priorizam os modos suaves, com especial enfoque nos eixos onde a rede ciclável partilha a via com o trânsito
automóvel, aumentando assim o conforto e segurança da deslocação, como por exemplo na Rua Celestino de Castro, Rua
Casal do Marco, Avenida Carlos de Oliveira e Avenida 25 de Abril. É, ainda, necessário restringir progressivamente a
circulação de veículos pesados de mercadorias junto dos equipamentos escolares.

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ESTACIONAMENTO

O interface está dotado de dois parques exteriores de estacionamento e um auto-silo taxados, com 1 659 lugares na
totalidade, registando uma taxa média de ocupação de 31%. Na envolvente do interface existem 229 lugares públicos
gratuitos, registando uma taxa média de ocupação de 41%. Foram ainda identificados 279 veículos estacionados em baldio.

Encontra-se definida uma área de acesso condicionado a residentes, correspondendo a 344 lugares na totalidade, registando
uma taxa média de ocupação de 83% e a colocação de dístico em 12% dos casos.

A envolvente ao interface evidencia um conjunto de problemas decorrentes da pressão do estacionamento em vários


arruamentos, sendo que parte significativa esta pressão advém a atividade do próprio interface. O problema mais recorrente
é o estacionamento ilegal nos arruamentos nas suas imediações. Por outro lado, nas áreas residenciais envolventes ao
interface, regista-se uma elevada procura de estacionamento, superior à oferta encontrada no espaço público. Esta situação
também se reflete em estacionamento ilegal e reduzida rotatividade. As duas situações descritas têm invariavelmente como
resultado a ocupação do espaço público pelo automóvel, reduzindo fortemente a qualidade do ambiente urbano, e logo o
recurso a modos de deslocação mais sustentáveis nos movimentos pendulares.

Como já referido o principal problema prende-se com o estacionamento ilegal nas vias de acesso ao interface, em particular
na Rua Casal do Marco. Recomenda-se, portanto, a implementação de medidas que visem suplantar este condicionamento
à acessibilidade pedonal e à qualidade do ambiente urbano que o estacionamento ilegal implica, assim como medidas que
mitiguem o desrespeito do condicionamento do estacionamento de residentes em áreas exclusivas para esse efeito.

Apesar do interface possuir parques de estacionamento próprios, verificou-se a pressão sobre as áreas envolventes, tanto
com estacionamento ilegal como na dificuldade de compatibilização com outros usos (residencial e comércio e serviços),
pelo que a proposta contempla:
 Criação de zonas de estacionamento tarifado e de duração limitada (nomeadamente em ruas com perfil
comercial e de serviços);
 Definição de novas áreas estacionamento reservado (residentes e comerciantes, através de cedência de
dísticos);
 Ordenamento do estacionamento e reforço da fiscalização do estacionamento ilegal (zona de Torre da Marinha,
Bairro 1º de Maio e Urbanização Quinta Santa Rita);
 Reativação ou criação de parques de estacionamento dissuasores:
o Criação de novo parque junto à rotunda a sudeste do interface, com capacidade para 40 lugares;
o Criação de novo parque junto ao Bairro 1º de Maio, na Rua Casal do Marco, com capacidade para 110
lugares;
 Criação de bolsas de estacionamento para residentes:
o Torre da Marinha e Urbanização Quinta Santa Rita;
 Proibição de estacionamento nos acessos ao interface.

As medidas de taxação visam impedir o estacionamento de longa duração gerado pelo interface, aumentar a rotação e
minimizar a dificuldade de estacionamento por parte de residentes. No entanto, a imposição de área de taxação não será
frutífera se não se reforçar a fiscalização do estacionamento, que para além de cumprir os objetivos anteriores, apresenta
contributos significativos para a segurança das deslocações (modos suaves e rodoviária), ajuda na qualificação do espaço
urbano e impulsiona o bom funcionamento do sistema de transportes. Uma vez mais, importa assegurar em toda a área de
intervenção o reforço da fiscalização do estacionamento ilegal, face à relevância do estacionamento abusivo em cima do
passeio.

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PALMT SEIXAL
SISTEMA PEDONAL

O sistema pedonal, e a rede pedonal de proximidade que o define na envolvente do interface fluvial do Seixal, tem diferentes
necessidades de intervenção dependendo da unidade urbana a requalificar, uma vez que o espaço urbano se encontra em
estádios de desenvolvimento urbanístico distinto, quer pela condição infraestrutural da rede, quer pela ocupação urbana onde
esta se insere, que impedem a constituição de uma rede continua, coerente e segura.

De um modo geral, o interface possui boa acessibilidade pedonal, na medida em que oferece acessos formais a partir de
todas as direções. Contudo, importa referir que na fase de diagnóstico foi evidenciado que no interface do Seixal a captação
de movimentos pedonais na envolvente é desprezível. Situação que poderá entretanto sofrer alterações mediante as
operações urbanísticas em curso, que na envolvente indiciam que esta realidade poderá ser alterada.

A necessidade de definir prioridades de intervenção e a possibilidade de execuções pontuais produzirem melhorias


significativas a curto prazo na acessibilidade pedonal em curtas distâncias, onde se concentram os principais fluxos, conduz
à necessidade de intervir na rede pedonal de proximidade ao interface.

A acessibilidade pedonal tem em grande medida uma relação direta com a qualidade e continuidade da infraestrutura
pedonal. As falhas da rede pedonal afetam as condições de deslocação dos peões e podem apresentar-se de diversas
formas, desde as caraterísticas físicas dos percursos e espaços pedonais, à descontinuidade desses percursos, à presença
de obstáculos, à má localização ou inexistência de passadeiras de peões, ou ainda, ao estacionamento indevido de
automóveis ou a falta de sinalização adequada, entre outros.

Em termos de acessibilidade pedonal, recomendam-se as seguintes ações:


 Priorização dos eixos estruturantes para a acessibilidade pedonal;
 Execução de novos percursos para fecho da malha existente (espaço urbano e não urbano):
o Ligação pedonal e ciclável Seixal-Barreiro;
o Implementação da Ecovia Ponta dos Corvos;
 Alargamento dos passeios:
o Av. Mud Juvenil junto ao Estaleiro Naval;
 Arborização de percursos;
 Imposição de restrições ao estacionamento ilegal e informal, que impõem evidentes dificuldades de circulação
pedonal:
o Av. Mud Juvenil na envolvente à Quinta da Trindade;
 Implementação de correções nos pontos de conflito entre o peão e os modos motorizados (nomeadamente
intersecções, atravessamentos e sinalização):
o Passagens de peões na Av. Professor António Babo;
 Requalificação de atravessamentos pedonais:
o Alargamento da plataforma central da passagem de peões na Rua Silvana Alves Cunha, para
atravessamento em duas fases;
 Remoção de obstáculos e qualificação dos percursos existentes.

De notar que o núcleo urbano antigo já foi alvo de uma profunda renovação que envolveu a requalificação do espaço urbano,
que incluiu o aumento da zona pedonal para usufruto da população, e ainda o reordenamento de vias e do estacionamento.
Pelo que as medidas recomendadas são em grande medida de continuidade das redes face à intervenção executada. A
próxima fase programada pelo município inclui o prolongamento do passeio ribeirinho (Projeto do Passeio ribeirinho do Seixal
entre a Praça dos Mártires da Liberdade e o Terminal Fluvial), que deverá prolongar-se e fazer a ligação à futura ponte

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pedonal e ciclável Seixal-Barreiro. No mesmo seguimento, ainda que não tão estruturante para as deslocações quotidianas,
é fundamental dar continuidade à ligação da frente ribeirinha através da implementação da Ecovia Ponta dos Corvos.

Do ponto de vista da acessibilidade pedonal local destaca-se ainda a necessidade de estabelecer esforços para a eliminação
do estacionamento ilegal na envolvente ao interface, que continuamente prejudica as deslocações pedonais. Em muitos dos
casos a solução pode passar pela colocação de pilaretes.

SISTEMA CICLÁVEL

No âmbito do PALMT do Interface de Fluvial do Seixal recomenda-se de forma geral o fecho da rede ciclável, como condição
para o aumento deste modo nos movimentos pendulares, sendo ainda necessário medidas que reduzam os principais
constrangimentos identificados anteriormente, como a perceção de segurança, a qualidade das infraestruturas e
equipamentos de apoio (como estacionamentos de bicicletas), ou a eliminação dos pontos de conflito entre o ciclista e os
modos motorizados, nomeadamente as intersecções de vias.
Uma vez que em termos de acessibilidade ciclável, a rede existente não responde em plenitude às necessidades deste
gerador tão relevante, pelo que se propõem intervenções como:
 Definição e hierarquização da infraestrutura ciclável que se considera prioritária face ao conjunto das ciclovias
previstas;
 Compatibilização com as deslocações pedonais, nomeadamente em vias em partilha com o peão:
o Ligação pedonal e ciclável Seixal-Barreiro e Ecovia Ponta dos Corvos;
 Implementação de correções nos pontos de conflito entre o ciclista e os modos motorizados (nomeadamente
intersecções, atravessamentos e sinalização);
 Definição da tipologia e localização de implementação dos equipamentos de apoio à rede ciclável.

No âmbito do sistema ciclável, e como já evidenciado, a continuidade da rede estruturante é uma das medidas de maior
prioridade, por forma a garantir a legibilidade do sistema ciclável e incentivar a deslocação em bicicleta. A ligação ao Barreiro
através da futura ponte pedonal e ciclável Seixal- Barreiro e a ligação da frente ribeirinha através da implementação da Ecovia
Ponta dos Corvos, são elementos chave para fechar este sistema.
SISTEMA DE TRANSPORTES COLECTIVO

O interface do Seixal é servido pelo serviço fluvial do Grupo Transtejo onde se realizam serviços de ligação ao Cais do Sodré.
Como evidenciado no diagnóstico, a oferta é na generalidade pouco competitiva, o que faz com que os utilizadores que
possuam alternativas não recorram ao serviço fluvial, pelo que nos PATMT se recomenda o reforço da oferta.

Em termos do sistema de transporte coletivo rodoviário, a nova rede a concurso veio dar resposta a grande parte dos
problemas existentes, com o reforço do serviço aos interfaces.

SISTEMA VIÁRIO

Em termos do sistema viário a infraestrutura existente está equilibrada para dar resposta à pressão exercida sobre estes
elementos do sistema, sendo no entanto de considerar algumas intervenções como:
 Correção da hierarquia e fecho da rede viária;
 Implementação de medidas de mitigação de acidentes;
 Introdução de medidas de acalmia de tráfego.

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ESTACIONAMENTO

Em termos de estacionamento o interface está dotado de um parque exterior de estacionamento taxado, com 1 859 lugares
na totalidade, registando uma taxa média de ocupação de 29%. Na envolvente do interface existem 154 lugares públicos
gratuitos, registando uma taxa média de ocupação de 79%. Foram ainda identificados 206 veículos estacionados em baldio
e 49 veículos estacionados de forma ilegal, maioritariamente ao longo das vias que dão acesso ao interface.

Apesar do interface possuir parque de estacionamento próprio, verificou-se a pressão sobre as áreas envolventes pelo
estacionamento ilegal, condicionando a acessibilidade pedonal, como já referido.
O estacionamento indevido em terrenos de terra batida contíguos ao interface, aliado ao estacionamento ilegal, e à ausência
de fiscalização, traduzem-se invariavelmente na subutilização do parque concessionado existente.
Assim, a recomenda-se:
 Interdição de estacionamento informal em terrenos de terra batida;
 Reformulação do estacionamento:
o Alteração do estacionamento perpendicular para paralelo na Av. Mud Juvenil junto ao Estaleiro Naval
para alargamento do passeio;
 Ordenamento do estacionamento e reforço da fiscalização do estacionamento.

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PALMT COINA
O PALMT de Coina incide num território de transição entre três municípios – Seixal, Barreiro e Sesimbra – pelo que a
implementação das medidas apresentadas neste ponto depende da articulação entre os três concelhos.

SISTEMA PEDONAL

Em termos de ligações pedonais este interface apresenta grandes debilidades já que apenas se consegue aceder ao interface
recorrendo a acessos informais. Destaca-se a ligação ao Barreiro retail planet localizado a nascente que, em termos
funcionais, apresenta grande interdependência com o interface, no entanto, não existe uma ligação pedonal formal entre os
dois núcleos. Esta ligação suporta grande número de fluxos pedonais já que os utilizadores do interface recorrem ao
estacionamento do Barreiro retail planet.

Este interface apresenta alguma potencialidade de captação na área envolvente na Quinta do Conde, em Sesimbra, no
entanto, a rede viária não suporta uma ligação direta, aumentando consideravelmente as distâncias e inviabilizando os modos
suaves como alternativa.

Para a resolução desta questão propõe-se a execução de uma travessia exclusiva para modos suaves no enfiamento da Rua
Luís de Camões e conectando sobre a ligação pedonal entre o interface de Coina e o Barreiro retail planet. Ainda que a
localização proposta se insira no território do Concelho de Sesimbra, é importante a criação de sinergias intermunicipais que
permitam a concretização deste acesso.

Em alternativa, e caso não seja possível implementar uma nova travessia, propõe-se a materialização de um canal pedonal
e ciclável ao longo da EN10 entre a rotunda do Barreiro retail planet e a rotunda da Avenida Principal.

SISTEMA CICLÁVEL

No âmbito do PALMT do Interface de Coina, e pela sua localização periférica aos grandes núcleos populacionais, recomenda-
se, de forma geral, a ligação à rede estruturante supramunicipal, como condição para o aumento deste modo nos movimentos
pendulares, nomeadamente de ligação a Fernão Ferro e Quinta do Conde. Com este princípio o Município do Seixal e o
Município de Sesimbra apresentaram uma candidatura conjunta para estabelecer uma ligação de rede ciclável entre Fernão
Ferro/Quinta do Conde/Interface de Coina.

SISTEMA DE TRANSPORTES COLECTIVO

O interface de Coina é servido pelo eixo ferroviário norte-sul onde se realizam serviços suburbanos realizados pela Fertagus,
para norte até Lisboa e para sul até Setúbal.

Em termos de serviço ferroviário esta é a estação onde se inicia a família curta da Fertagus. Em termos de oferta o serviço
da Fertagus encontra-se organizado em duas famílias: uma família com menor frequência entre Setúbal e o Areeiro e uma
família com maior frequência, e articulada com a primeira, entre Coina e o Areeiro. A Fertagus possui ainda uma família curta,
entre o Fogueteiro e o Areeiro, mas cujo impacto na oferta é muito reduzido.

Esta circunstância justifica uma concentração de procura neste interface já que constitui a primeira estação com elevada
frequência de oferta para quem acede à Fertagus a partir da zona sul da Península de Setúbal e permite garantir um lugar
sentado na maioria das circulações.

Desta circunstância resulta que a oferta a norte de Coina é muito mais competitiva do que a oferta a sul.

Em termos do sistema de transporte coletivo rodoviário, a nova rede a concurso veio dar resposta a grande parte dos
problemas existentes, com o reforço do serviço aos interfaces. Na fase de diagnóstico foi possível identificar algumas

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debilidades como a necessidade de equacionar a entrada no interface para a carreira 302, no sentido Paio Pires, e para as
carreiras 754, 755 e 783 a possibilidade de prolongarem a antena até ao interface, permitindo o rebatimento entre modos.
No entanto, na nova rede a concurso as carreiras 302, 754 e 755 são substituídas/integradas noutras carreiras. A nova rede
introduz ainda uma nova linha, muito importante no sistema de TCR, que estabelece a ligação entre Fernão Ferro e o interface
de Coina. De notar a nova rede considera o acompanhamento por parte da AML, e se necessário proceder a ajustamentos.
ESTACIONAMENTO

Em termos de estacionamento o interface está dotado de dois parques exteriores de estacionamento taxados, com 1 134
lugares na totalidade, registando uma taxa média de ocupação de 92%. Na envolvente do interface existem 1 558 lugares
públicos gratuitos, registando uma taxa média de ocupação de 80%. Foram ainda identificados 200 veículos estacionados
em baldio e 521 veículos estacionados de forma ilegal, maioritariamente ao longo das vias que dão acesso ao interface.
Uma vez que neste interface a procura de estacionamento taxado está quase na capacidade e se verifica muita pressão na
via pública recomenda-se a construção de parques de estacionamento de apoio.

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PALMT ALDEIA DE PAIO PIRES
O Plano de Ação Local para o núcleo histórico de Aldeia de Paio Pires visa a valorização da vivência de rua.

O núcleo antigo de Aldeia de Paio Pires, constituído pela envolvente ao Largo Dom Paio Peres Correia e o alinhamento
urbano criado pela Rua Aristides da Costa, constitui-se como área de maior relevo na qualificação do ambiente urbano e da
qualidade de vida dos residentes.
Assim, é fundamental requalificar estes espaços, reforçando o seu caracter de centralidade. No cumprimento deste objetivo
a estruturação deve abrigar também a integração da Av. José António Rodrigues e o Largo Primeiro de Maio.
Para a requalificação da Aldeia de Paio Pires recomenda-se portanto a definição de duas zonas:
 Criação de Zona Residencial de Coexistência (ZRC), na envolvente ao Largo D. Paio Peres Correia e Rua Aristides
da Costa;
 Criação de Zona 30 na Av. José António Rodrigues de modo desincentivar fluxos de atravessamento.

A criação de ZRC visa a recuperação do usufruto da rua por parte dos moradores. O condicionamento imposto por este
zonamento retira o trânsito de atravessamento destas vias, permitindo apenas o acesso a residentes. A recomendação
permite que nestas ruas se abandone a tradicional segregação entre faixa de rodagem e passeio, pela definição de uma
superfície ampla e partilhada pelos diferentes utilizadores, equiparando a circulação em modos suaves à circulação
motorizada.
De notar que a “entrada” ou transição dentro destas zonas deve ser devidamente identificada quer por sinalização vertical
como por horizontal com diferenciação da cor do pavimento.
Esta alteração permite uma mudança substancial no ambiente urbano através da transformação de ambiente rodoviário para
ambiente urbano, criando condições para a coexistência de múltiplos utilizadores e atividades. Dentro deste objetivo devem
ser definidas velocidades de circulação máxima de apenas 20 km/hora e o condicionamento do estacionamento.
A velocidade praticada em meio urbano é, como já referido, um problema social e de saúde pública particularmente pela
ocorrência de acidentes, mas também em termos ambientais (ruído e qualidade do ar). A criação de Zona 30 permite a
redução destas externalidades em meio urbano.
A implementação das zonas ZRC e Zona 30 permite a melhor estruturação dos movimentos pedonais e cicláveis, o que
resulta no aumento da sua relevância local. A definição de Zona 30 no Largo 1º de Maio e Av. José António Rodrigues, a par
com criação da ZRC, permite a requalificação integral do centro cívico de Aldeia de Paio Pires, estruturando a território
adjacente a partir da hierarquização da rede viária, qualificando os fluxos locais, que se fazem num esquema maioritariamente
de sentido único descendente (norte/sul).
A par da Zona 30, anteriormente recomendada, propõe-se a mesma definição para a EN10-2 que circunda a Aldeia de Paio
Pires. Sendo a EN10-2 na aproximação ao núcleo da Aldeia de Paio Pires, uma via de hierarquia superior, relativamente às
demais deste núcleo, permite uma velocidade de circulação superior ao recomendado para este núcleo. Atualmente está
definida com velocidade de circulação máxima admitida de 50 km/h, no entanto a definição de Zona 30 impõe a redução
substancial da velocidade, o que pode introduzir impacto no fluxo viário, nomeadamente no acesso à Siderurgia Nacional.
Contudo, a construção prevista da Via Industrial de Tráfego Pesado, que se posiciona como alternativa à EN10-2, permitirá
o desvio do trânsito de veículos pesados. Assim, recomenda-se a integração da EN10-2 na Zona 30 aquando da construção
da alternativa.

A definição destas zonas de acesso condicionado ou de restrição na velocidade de circulação permite uma melhor
compatibilização com a rede ciclável fundamental. A Avenida 1º de Maio, que antecede a entrada na Zona 30 a partir de sul,
com circulação de TCR e de perfil retilíneo e plano, foi já alvo da implementação de algumas medidas de acalmia de trânsito

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(como por exemplo passadeiras sobreelevadas) – embora seja recomendado o reforço das mesmas, de forma a permitir a
compatibilização das deslocações cicláveis em partilha com o automóvel.

A rede ciclável assume um traçado distinto do inicialmente programado, uma vez que a sua compatibilização é mais coerente
com a definição de Zona 30 e ZRC, passando assim a percorrer o arruamento central do núcleo antigo. Na Rua Aristides da
Costa e Av. José António Rodrigues o fluxo viário faz-se no sentido norte/sul. Uma vez que se propõe alterações que
condicionam a velocidade de circulação nestes eixos, a rede ciclável pode ser estruturada em partilha de canal com o
automóvel (sendo que na Av. José António Rodrigues a circulação sul/norte seja possível ao TCR).

Na definição da requalificação do núcleo antigo de Aldeia de Paio Pires a estruturação dos modos suaves tem notória
importância, como já evidenciado pela definição de ZRC e Zona 30, que compatibilizam movimentos pedonais e cicláveis
com o trânsito automóvel. No entanto, a acessibilidade a TP é também de fundamental importância. Neste sentido é
necessário compatibilizar as alterações recomendadas com o serviço de TCR. Atualmente no eixo central de atravessamento
do núcleo histórico a circulação de TCR faz-se em ambos os sentidos na Av. José António Rodrigues, onde o sentido
ascendente é proibido exceto para TP.

Considera-se fundamental proceder à progressiva restrição de circulação de veículos pesados de mercadorias nas vias mais
urbanas, da malha viária mais fina de acesso local, de modo a responder em curto prazo à melhoria da qualidade de ambiente
urbano (sem prejuízo do acesso a operações de carga e descarga). Este condicionamento é mais premente quando nas
mesmas se priorizam os modos suaves, com especial enfoque nos eixos onde a rede ciclável partilha a via com o trânsito
automóvel, aumentando assim o conforto e segurança da deslocação, como por exemplo na Rua Alves Redol, Avenida José
António Rodrigues, Rua Aristides da Costa, Rua José O’Neill Pedrosa e Rua Mário Ribeiro de Jesus. É, ainda, necessário
restringir progressivamente a circulação de veículos pesados de mercadorias junto dos equipamentos escolares.

No seguimento da compatibilização com o TC é fundamental assegurar que o estacionamento informal não condiciona o seu
acesso. Assim recomenda-se ordenar o estacionamento Largo 1º de Maio, precavendo a necessidade de lugares de
estacionamento dedicado e de cargas e descargas, sempre que se justificar, para que o estacionamento em segunda fila
não se verifique.

Ainda no que concerne ao estacionamento é uma vez mais de notar que se recomenda o seu condicionamento nas áreas
ZRC, exclusivo a residentes, admitindo o estacionamento temporário para acesso a atividades comerciais e de serviços. Tal
não impede que sejam formalizados lugares de estacionamento para pedidos específicos ou para cargas e descargas. Da
mesma forma recomenda-se o condicionamento na Rua Aristides da Costa no topo norte até ao cruzamento com a. Na Av.
António José Rodrigues, entre a Av. José Relvas e o Largo 1º de Maio, propõe-se a formalização e condicionamento do
estacionamento uma vez que é necessária a compatibilização com a circulação de TCR em ambos os sentidos.

Uma vez que o estacionamento em toda a área é condicionado é fundamental, o reforço de lugares de estacionamento na
proximidade da referida área. O parque associado ao Mercado de Aldeia de Paio Pires concretiza-se como um complemento
para suprir a necessidade de oferta de estacionamento. Complementarmente foram identificadas 4 localizações com
potencial para a concretização de parques de estacionamento, um na zona norte de acesso à Siderurgia, outro junto à Rua
Sociedade Musical 5 de Outubro, um terceiro na Rua Dona Etelvina Correia e por fim outro nas imediações da Av. José
António Rodrigues. Em particular os três últimos parques referidos necessitam da parte do município de um esforço acrescido
quer na aquisição dos terrenos como na construção das acessibilidades necessárias. De notar que no caso do parque
proposto para a Rua Sociedade Musical 5 de Outubro o mesmo necessitará de uma melhor conectividade à Rua Aristides
da Costa, pelo que pode ser necessário a aquisição de um lote para abrir o acesso entre ambos.

Ainda no que concerne ao estacionamento, mas em particular na envolvente à EN10-2, é de notar a necessidade de proibir
o estacionamento na extensão urbana da mesma, com exceção do estacionamento de acesso à farmácia, uma vez que os
demais comprometem a segurança rodoviária pela entrada e saída de veículos.

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Relativamente à segurança rodoviária e à necessidade de introdução de medidas de acalmia de trânsito, a construção da
rotunda na interseção com a Av. dos Metalúrgicos, assim como o reforço da sinalização horizontal na passagem de peões
que a antecede, permitiu melhorar significativamente a segurança.

Para o cumprimento do desígnio estabelecido para este PALMT são ainda identificadas intervenções pontuais, que reforçam
ou complementam a estratégia definida, nomeadamente:

 Construção de outra rotunda na EN10-2, nomeadamente no acesso ao complexo da Siderurgia, em complemento


com a já implementada no cruzamento com a Avenida dos Metalúrgicos;
 Afastamento da curva da EN10-2, de forma a criar passeio do lado do núcleo histórico;
 Construção da via entre a Avenida Aldeia de Paio Pires e a Rua Quinta da Cortegaça.

Ambas as intervenções propostas de construção de rede viária estão já equacionadas em sede de PDM. A construção das
rotundas permite uma melhor distribuição do trânsito local, atuando ainda como medida de acalmia. No que respeita os fluxos
de atravessamento, a via proposta permite fechar a rede viária e desviar o tráfego da Avenida José Rodrigues e Rua Aristides
da Costa, libertando espaço urbano, com reflexos muito significativos no ambiente urbano destas vias.

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PALMT ARRENTELA
O Plano de Ação Local do núcleo histórico da Arrentela visa melhorar o espaço e ambiente urbano deste núcleo identitário,
criando as condições necessárias à sua recuperação e revitalização, e ao reforço da sua ligação ao passeio ribeirinho e à
Baía. A valorização deste núcleo deve assim ser equacionada como parte de um projeto mais abrangente de revitalização
da frente ribeirinha da Baía do Seixal, articulando-se a intervenção já realizada no núcleo do Seixal e permitindo a formação
de um contínuo coerente.

As propostas que constituem o PALMT para o núcleo histórico da Arrentela visam a valorização e qualificação urbana, com
especial enfoque na requalificação do espaço público no interior do núcleo histórico. O núcleo constitui-se como um
aglomerado de malha fina e irregular. No seguimento dos estudos da CMS, e pela estrutura que este núcleo apresenta,
propõe-se o reforço da sua pedonalização, com forte diminuição da presença do automóvel no espaço público. Assim,
recomenda-se a definição do núcleo como Zona Residencial de Coexistência (ZRC).
O acesso ao núcleo histórico deve ser, portanto, estruturado na sua periferia, nomeadamente pela Avenida da República e
pela Rua e Calçada da Boa Hora, esta última com definição de Zona 30 pelas suas características. A conectividade do núcleo
histórico é garantida, contudo, desde a Av. da República através da Praça da Liberdade ao Beco dos Ferreiros.
A requalificação do núcleo, sendo de uma premência imediata, visa reforçar o seu carácter de centralidade. No cumprimento
deste objetivo a estruturação que se impõe deve passar por:
 Criação de Zona Residencial de Coexistência (ZRC) no interior do núcleo antigo;
 Definição de acessos com imposição Zona 30, estruturando os movimentos periféricos, nomeadamente Calçada da
Boa Hora e Beco Ferreiros;
 Proibição do estacionamento no interior da ZRC com exceção dos residentes e de casos específicos que possam
ser identificados como estacionamento dedicado e cargas e descargas;
 Reforço da sinalização de aproximação a passagens pedonais;
 Reforço dos lugares de estacionamento de proximidade;

Como já referido, recomenda-se a criação de ZRC na totalidade do núcleo de Arrentela, visando a recuperação do usufruto
da rua e do espaço urbano por parte dos utilizadores/moradores. A introdução de ZRC permite uma mudança substancial no
ambiente urbano através da transformação de ambiente rodoviário em ambiente urbano, criando condições para a
coexistência de múltiplos utilizadores e atividades no mesmo espaço, de outra forma quase exclusivo do automóvel.
A criação de zona de coexistência em todo o núcleo permite a requalificação do espaço público reforçando a priorização do
peão face ao automóvel, ainda que assegurando o acesso deste último a serviços aqui instalados. No entanto, tal impõe a
estruturação dos movimentos periféricos e de circulação externa ao núcleo antigo. Nomeadamente, ao longo da Calçada da
Boa Hora e Beco dos Ferreiros.
De notar que a qualificação pedonal do núcleo deve estar profundamente conectada com o passeio ribeirinho, sendo este a
extensão do próprio núcleo. Paral tal é fundamental criar condições de permeabilidade facilitando o atravessamento entre o
núcleo e o passeio ribeirinho na Av. da República.
Importa notar que, não sendo possível a abertura de acesso do Beco Ferreiros à Av. da República no prazo de vigência do
plano, é premente que se continuem a encetar esforços para a sua concretização.
A Av. da República tem um papel fundamental na estruturação da mobilidade suave, pedonal mas também ciclável, pela
continuidade nas deslocações que permite entre núcleos históricos, como pelo serviço de TP que a mesma alberga. Da
mesma forma deve ser equacionada a ligação que a frente ribeirinha pode conceder na conectividade entre os grandes
projetos que se preveem para esta área, como é o caso do Parque Natural da Arrentela, planeado para o espaço da antiga
Quinta Soledade.

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Uma vez que o estacionamento em todo núcleo antigo em ZCR é condicionado torna-se necessário a criação de lugares de
estacionamento de apoio na proximidade desta área. Neste caso recomenda-se a implementação de um parque no topo
norte adjacente ao Beco dos Ferreiros, na área da Quinta do Cabral, de apoio ao polidesportivo, e na continuidade do parque
já existente. Complementarmente, o parque de estacionamento da Praceta Tomás Marques da Mata, ainda que periférico ao
núcleo de Arrentela, poderá constituir-se como parque complementar, nomeadamente dando resposta à procura de
estacionamento na Calçada da Boa Hora, apoiando a cota alta.

Considera-se fundamental proceder à progressiva restrição de circulação de veículos pesados de mercadorias. Este
condicionamento é mais premente na Praça Miguel Bombarda e Calçada da Boa Hora, aumentando assim o conforto e
segurança da deslocação.

Importa realçar que o núcleo urbano antigo da Arrentela está definido como área de reabilitação urbana (ARU), a par dos
demais Núcleos Históricos definidos nos PALMT. No entanto, sendo uma área onde se encontram alguns edifícios
degradados, e considerando os apoios concedidos a intervenções dentro destas áreas, recomenda-se incentivar a
intervenção no curto prazo, assegurando através das propostas apresentadas a integração funcional e a diversidade
económica e social deste tecido urbano, para que o património seja preservado, ao mesmo tempo que se criam melhores
condições de habitabilidade nos edifícios e se melhora a qualidade de toda a área envolvente.

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PALMT AMORA
O Plano de Ação Local do núcleo histórico da Amora visa melhorar o espaço e ambiente urbano no interior deste núcleo
identitário, assegurando a penetração dos efeitos da valorização de reforço da pedonalização dos projetos já implementados
e em programação na frente ribeirinha, como é o caso do projeto do Centro Náutico da Amora e o prolongamento do passeio
ribeirinho, que inclui um passadiço dentro de água, com potencial de criação de renovada atratividade.

A valorização do núcleo da Amora deve ser equacionada como um todo na revitalização da frente ribeirinha da Baía do
Seixal, seguindo a intervenção já realizada no núcleo do Seixal e proposta na continuidade com a Arrentela até Amora,
permitindo a formação de um contínuo coerente.

Neste PALMT recomenda-se a continuidade da estruturação da frente ribeirinha e a proteção e qualificação do núcleo urbano
mais antigo entre a Rua Prof. José Maria Vinagre e Rua Conselheiro Custódio de Borja, melhorando a articulação na
continuidade com os espaços adjacentes, nomeadamente a Rua 1º de Maio.

O PALMT para o núcleo histórico da Amora visa a valorização e qualificação urbana, pelo que as propostas implicam:

 Criação de Zona 30, nas vias que estruturam o acesso ao núcleo histórico da Amora, nomeadamente Rua dos
Operários, Rua 1º de Maio e Av. Silva Gomes;
 Proibição de estacionamento nas ruas centrais - Rua Prof. José Maria Vinagre, Rua Conselheiro Custódio de Borja
e o troço da Rua dos Operários entre as duas anteriores;
 Reforço da sinalização de zonamento e de aproximação a passagens pedonais.

De notar que a “entrada” ou transição dentro destas zonas deve ser devidamente identificada por sinalização vertical e por
horizontal, com diferenciação de materiais ou cor do pavimento.
Esta alteração permite uma mudança substancial na qualidade urbana através da transformação de ambiente rodoviário em
ambiente urbano. Dentro deste objetivo devem ser definidas velocidades de circulação máxima de apenas 20 km/hora nos
arruamentos do núcleo antigo e o condicionamento do estacionamento.
A continuidade dos eixos pedonais impõe a requalificação dos principais arruamentos que a circundam. Neste caso em
específico, e a par da recomendação de implementação de Zona 30 nos principais arruamentos de acesso ao núcleo urbano,
nomeadamente Rua 1º de Maio, Rua dos Operários, e a Rua Fonte da Prata e Av. Silva Gomes, é ainda fundamental garantir
que estes sejam qualificados ao nível da continuidade de circulação pedonal. Paral tal é necessário garantir a continuidade
e dimensão dos passeios, assim como garantir a eliminação de barreiras urbanas e de elementos que se constituam como
obstáculos à circulação.

O eixo Rua Fonte da Prata e Av. Silva Gomes encontra-se já requalificado sendo apenas necessário medidas de
compatibilização com a rede ciclável e a sinalização de Zona 30. O mesmo acontece com a Rua dos Operários, onde se
recomenda o alargamento. Na impossibilidade de intervenções mais profundas, é, no entanto, necessário compatibilizar a
mesma com a conexão à Ecovia da Ponta dos Corvos. Caso distinto é a Rua 1º de Maio. Sendo esta uma rua de cariz mais
urbano e de conectividade ao interface de Foros da Amora, impõe-se aqui uma intervenção mais profunda ao nível da
estrutura pedonal. Esta intervenção deve contemplar:

 Alargamento de passeios;
 Reconfiguração do estacionamento perpendicular para paralelo;
 Remoção de barreiras urbanas;
 Implementação de medidas que inviabilizem o estacionamento abusivo;
 Requalificação do pavimento (piso muito degradado).

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De notar que nas vias enunciadas é necessário um esforço de compatibilização da rede ciclável, com o TC e TI, uma vez
que se realiza em perfil misto com o automóvel.

No que respeita à rede ciclável estruturante a ligação ao núcleo histórico é privilegiada pela continuidade do eixo ciclável ao
longo da frente ribeirinha, e que se recomenda ter continuidade através da Ecovia Ponta dos Corvos proposta. Outros
movimentos cicláveis que se fazem pela Av. Marcos Portugal e Rua 1º de Maio, nomeadamente na direção do interface de
Foros da Amora. Estes últimos realizam-se em perfil partilha com o TI e TC. No entanto, o perfil urbano da via e a velocidade
de circulação praticada fazem com que não se apresentem problemas para a segurança dos utilizadores de bicicleta,
recomendando medidas de acalmia.

A implementação das medidas propostas não tem impacto no serviço de TCR, apenas poderá melhorar a circulação dos
veículos fruto das restrições de estacionamento propostas.

Relativamente ao estacionamento recomenda-se a implementação de medidas que inviabilizem o estacionamento abusivo,


em particular em cima do passeio, assim como a criação de parques de estacionamento de proximidade.

Nas ruas centrais – Rua Prof. José Maria Vinagre, Rua Conselheiro Custódio de Borja e o troço da Rua dos Operários entre
as duas anteriores, propõe-se a proibição do estacionamento e colocação de barreiras caso se revele necessário,
nomeadamente pilaretes, ainda que se admita o estacionamento temporário de acesso residencial ou a atividades comerciais
e serviços.

Considera-se fundamental proceder à progressiva restrição de circulação de veículos pesados de mercadorias nas vias mais
urbanas, da malha viária mais fina de acesso local, de modo a responder em curto prazo à melhoria da qualidade de ambiente
urbano (sem prejuízo do acesso a operações de carga e descarga). Este condicionamento é mais premente quando nas
mesmas se priorizam os modos suaves, com especial enfoque nos eixos onde a rede ciclável partilha a via com o trânsito
automóvel, aumentando assim o conforto e segurança da deslocação, como por exemplo na Rua 1º de Maio e Avenida Silva
Gomes, Rua Lobatos, Rua Fonte de Prata e Rua dos Operários. É, ainda, necessário restringir progressivamente a circulação
de veículos pesados de mercadorias junto dos equipamentos escolares.

Uma vez que o estacionamento nesta área é condicionado ou mesmo abolido, é fundamental a criação de parques de
estacionamento na proximidade que sirvam os residentes. Neste caso recomenda-se a construção de um parque junto à
interseção da Rua Fonte de Prata com a Rua Conselheiros Custódio de Borja, e ainda a requalificação do parque no término
da Rua Camilo Pessanha, aumentando a capacidade de estacionamento, uma vez que garante acesso à Rua Prof. José
Maria Vinagre.

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PALMT FERNÃO FERRO
Fernão Ferro destaca-se pela capacidade de se constituir enquanto núcleo identitário local, com características particulares.
Características estas que permitem ser uma mais-valia para estruturar o território envolvente. A área de Fernão Ferro, pelo
seu posicionamento no concelho do Seixal e pela forma como se relaciona com as áreas envolventes, constitui um território
de oportunidade, assente na possibilidade de reforçar o seu papel de centralidade local.
Em Fernão Ferro a percentagem de deslocações pedonais é bastante reduzida, o que se deve ao facto de se tratar de uma
área de baixa densidade populacional resultante da tipologia de habitação que aí existe (unifamiliar), onde a generalidade
das viagens se realiza com recurso ao modo motorizado. É portanto pertinente a reestruturação do sistema de mobilidade
local de forma a privilegiar a circulação pedonal, mas também a ciclável, e desta forma desincentivar a utilização intensiva
dos arruamentos por parte de outros utilizadores.
O PALMT para Fernão Ferro visa a valorização e qualificação urbana, reforçando a sua centralidade no contexto urbano
envolvente, e deve ser discutido e implementado no âmbito da intervenção do Gabinete de Participação da Câmara Municipal
do Seixal em Fernão Ferro.
O PALMT pretende criar uma nova centralidade qualificando o espaço público, sob a premissa de priorização do peão e
redução da pressão do estacionamento. Neste PALMT as intervenções visam principalmente a requalificação dos dois eixos
estruturantes que permitem formalizar a centralidade – Rua Luís de Camões e Rua da Igreja. É nestas duas ruas que se
concentram grande parte do comércio e serviços locais, e por isso, atraem maior volume de viagens pedonais, essenciais
para potenciar Fernão Ferro como nova centralidade. Importa assim potenciar estas deslocações de proximidade definindo
estas ruas como espaços âncora deste núcleo.
Neste sentido, apresenta-se um conjunto de propostas que visam a alteração do ambiente de circulação rodoviária e que
passam em grande parte pela adoção de medidas de acalmia de tráfego, designadamente a criação de zonas 30,
privilegiando os modos suaves e desincentivando o tráfego rodoviário de atravessamento e a diminuição da velocidade de
circulação.
A concretização desta nova abordagem exige a requalificação do ambiente urbano. Não sendo viável a pedonalização da
Rua Luís de Camões e Rua da Igreja, devido às dinâmicas locais, é necessário, contudo, assegurar uma boa compatibilização
entre os movimentos pedonais e em bicicleta e os rodoviários. Partindo deste princípio recomenda-se a definição de Zona
30 na área central, definida por estes dois arruamentos, alargando-a ao Parque das Lagoas e à Unidade de Saúde Familiar
de Fernão Ferro. A implementação desta Zona 30 abrange todo o núcleo alargando-se a áreas de maior relevo na geração
de deslocações, mas estabelece contudo a centralidade dos dois arruamentos, permitindo a requalificação do centro cívico
de Fernão Ferro, capaz de estruturar o território adjacente a partir da hierarquização da rede viária, qualificando os fluxos de
atravessamento local, que se fazem num esquema maioritariamente de sentidos únicos.
A criação de uma Zona 30 é complementada por outras medidas de requalificação e acalmia de trânsito e permitirá estruturar
os modos suaves, atribuindo-lhe mais relevância face à circulação automóvel. A implementação de Zona 30 não será contudo
suficiente para alcançar os objetivos estabelecidos, pelo que se recomenda:
 Definição das “portas de entrada” na Zona 30, através de sinalização adequada para que os utilizadores percebam
que entram numa zona com prioridade para o peão;
 Diferenciação da cor do pavimento na “entrada” da Zona 30, de forma a reforçar a sinalização vertical e induzir a
redução de velocidade de circulação e desincentivando fluxos de atravessamento;
 Alargamento de passeios que permitam a circulação em segurança para os peões (no seguimento das intervenções
já efetuadas pelo município noutros arruamentos de Fernão Ferro);
 Implementação de cruzamentos sobreelevados, que garantam a diferenciação de comportamentos:
o Cruzamentos entre Rua Luís de Camões e Rua da Igreja e as suas perpendiculares a partir da Rua António
Aleixo até Rua da República;

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 Definição de estacionamento à direita nas vias de sentido único;
 Reorganização do estacionamento na Rua Luís de Camões e Rua da Igreja, que deverá passar para estacionamento
paralelo, libertando espaço para o alargamento de passeios;
 Reforço pontual de lugares de estacionamento dedicado e de cargas e descargas, nomeadamente na Rua Luís de
Camões e Rua da Igreja;
 Reformulação de passagens de peões na Rua Luís de Camões e Rua da Igreja, atribuindo maior relevância ao
atravessamento pedonal face ao motorizado, nomeadamente aproximando-as do fluxo de circulação;
 Reformulação de cruzamentos, atribuindo maior relevância às deslocações pedonais;
 Reformulação do esquema de circulação que assenta em arruamentos de sentido único;
 Reforço da sinalização vertical e horizontal de Zona 30, aproximação de passagem de peões, etc;
 Melhoria da sinalização rodoviária em geral;
 Implementação de rede ciclável.

Como já referido a estruturação e requalificação das deslocações pedonais é princípio essencial para a persecução do
objetivo de definição da centralidade. Não sendo possível a pedonalização da Rua Luís de Camões e Rua da Igreja, pois tal
imporia restrições ao TI que atualmente a malha urbana dispersa não permite, é, no entanto, fundamental reforçar a
importância dos modos suaves e do TCR nas deslocações locais. A estruturação dos movimentos pedonais nestas vias
impõe a sua primazia face aos realizados em TI. Para tal é necessário proceder à reconfiguração das interseções e
passagens de peões concedendo-lhe melhor desenho urbano e priorização. Complementarmente recomenda-se a alteração
das zonas de estacionamento perpendicular para estacionamento paralelo às mesmas, o que permite aumentar o canal
dedicado ao passeio e às paragens de TCR, podendo inclusive albergar zonas de arborização, que melhoram a qualidade
do ambiente urbano.

Com o objetivo de materialização de um corredor verde sugere-se ainda a reabilitação de um espaço expectante adjacente
à Rua de 25 de Abril, entre a Rua Luís de Camões e Rua da Igreja, como espaço verde de proximidade.

Nas restantes vias inseridas na Zona 30 recomenda-se de forma generalizada o alargamento de passeios, ainda que se deva
atribuir prioridade à Rua Fernando Pessoa, Rua Bento Gonçalves e Rua da Juventude por possuírem paragens de TCR,
assim como à Rua Antero de Quental e Rua Luísa Tody, entre as quais se localiza a Escola Básica Quinta dos Morgados, e
ainda à Rua da Republica que para além das paragens de TCR estrutura as deslocações para a Unidade de Saúde Familiar.

A introdução de Zona 30, e as alterações na infraestrutura que a mesma impõe, exige a compatibilização com os percursos
das carreiras de TCR e rede ciclável que se propõe realizar de forma generalizada em canal partilhado com o automóvel.

No que concerne à rede ciclável propõe-se a definição de eixos estruturantes de ligação norte/sul e vice-versa, que permitam
alimentar a centralidade criada pela Rua Luís de Camões e Rua da Igreja, e a sua conectividade a norte à Junta de Freguesia
e ao Mercado Municipal, e a sul ao Parque de Lagoas e ao Centro de Saúde.

Em termos do sistema de transporte coletivo rodoviário, a nova rede a concurso veio dar resposta a alguns problemas
identificados, como o reforço do serviço ao interface de Coina, através de uma nova linha que estabelece a ligação entre o
núcleo de Fernão Ferro e este interface.

Pelo perfil da rede viária de Fernão Ferro e pela sua estruturação em sentidos únicos de circulação, recomenda-se que a
rede ciclável seja implementada em partilha com o automóvel, preferencialmente em vias que não coincidam com o TCR,
minimizando desta forma os conflitos.

Na sequência da organização da rede ciclável recomenda-se a alteração do sentido de trânsito da Rua Luísa Tody desde a
Rua Barbosa do Bocage até à Rua da António Sérgio permitindo a compatibilização com os movimentos cicláveis, que se
deverá realizar no sentido ascendente (sul/norte) e assim permitir o movimento no mesmo sentido. Contudo, a reestruturação

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deve passar também pela implementação de sentido único descendente na Rua dos Pioneiros e sentido único ascendente
na Rua Júlio Dantas.

É ainda necessário evidenciar que a proposta apresentada impõe a reconfiguração dos acessos e circulação no Parque de
Lagoas para compatibilização com a circulação ciclável.

Tendo como pressuposto a intenção de criar uma rede local com ligação à rede municipal e supramunicipal é necessário
precaver ligações ao corredor verde paralelo à EN378, a este, e à Av. 10 de Junho com ligação ao Interface de Coina. No
âmbito de uma candidatura intermunicipal de mobilidade ciclável foi apresentada uma proposta de ligação de Fernão Ferro,
a partir da interseção da Rua da Casa Branca com a Av. 10 de Junho, ao Interface de Coina e à Quinta do Conde, pelo que
se propõe a ligação ciclável entre este cruzamento e a centralidade de Fernão Ferro, uma vez que não está previsto na
candidatura a continuidade na Av. 10 de Junho.

Como já referido a velocidade praticada em meio urbano, muito propícia neste contexto de grandes alinhamentos de sentido
único, é um problema social e de saúde pública, quer pela ocorrência de acidentes, como pela geração de ruído e redução
da qualidade do ar. A criação de uma “plataforma central” Zona 30 permite a interrupção da velocidade de circulação nos
arruamentos. A criação da Zona 30 impõe ainda a implementação de outras medidas de acalmia, das quais se destaca
criação de cruzamentos sobreelevados nas interseções da rua Luís de Camões e Rua da Igreja com Rua António Aleixo e
Rua da República (a par da intervenção já efetuada pelo município no cruzamento da Rua Luís de Camões com a Rua da
República). Sendo esta última uma via distribuidora local as medidas de acalmia necessitam de maior atenção, como por
exemplo o reforço das ações já realizadas pelo município que passaram pela construção de passadeira sobreelevada em
frente à Unidade de Saúde Familiar ou o cruzamento sobreelevado na interseção com a Rua António Sérgio.

Em relação ao esquema de circulação, e com o objetivo de reduzir a velocidade de circulação nas vias no sentido nascente-
poente quebrando os extensos tramos rectos, propõe-se a alteração de sentido nas interseções com a Rua Barbosa de
Bocage e Rua António Sérgio, com exceção das ruas que suportam a rede de TCR e a rede ciclável.

Considera-se fundamental proceder à progressiva restrição de circulação de veículos pesados de mercadorias nas vias mais
urbanas, da malha viária mais fina de acesso local, de modo a responder em curto prazo à melhoria da qualidade de ambiente
urbano (sem prejuízo do acesso a operações de carga e descarga). Este condicionamento é mais premente quando nas
mesmas se priorizam os modos suaves, com especial enfoque nos eixos onde a rede ciclável partilha a via com o trânsito
automóvel, aumentando assim o conforto e segurança da deslocação, como por exemplo na Rua João Villaret, Rua Anjos
Teixeira e Rua Luísa Tody.

A redução e reordenamento das áreas de estacionamento permite, como referido anteriormente, a libertação de espaço para
o alargamento de passeios, pelo que se recomenda a alteração do estacionamento de perfil perpendicular para longitudinal.
No entanto, é necessário ter em especial atenção a sua compatibilização com a rede ciclável, uma vez que a entrada e saída
do veículo e do estacionamento são diversas vezes potenciadores de acidentes com bicicletas.

Ainda em relação ao estacionamento, a redução da oferta nestes eixos não terá impactos significativos, uma vez que nas
vias perpendiculares há capacidade de absorver essa procura. No entanto, é recomendada a definição de lugares reservados
ao comércio assim como zonas de carga e descarga.

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04. ARTICULAÇÃO TERRITORIAL, PROGRAMA DE INTERVENÇÃO E
INVESTIMENTO

04.1. ARTICULAÇÃO TERRITORIAL DO PLANO DE AÇÃO


Os PATMTs concretizam-se por um conjunto de propostas estruturadas a partir da estratégia delineada, cruzando um
conjunto de ações com aplicabilidade à escala territorial local, nos PALMTs. É portanto fundamental entender a forma
como os PATMTs se refletem na área territorial dos PALMTs, ou seja, como se articula a escala macro nos planos locais.
Um dos aspetos que importa ainda considerar diz respeito à identificação clara sobre quem é o responsável pela
realização de cada proposta.
Sendo que a grande maioria das propostas são da responsabilidade da Câmara Municipal do Seixal, outras há que
devem ser realizadas por outras entidades, como sejam os operadores de transportes, os gestores de infraestruturas de
transporte, etc..
Foram também identificadas as entidades ou agentes que, não tendo responsabilidades diretas na implementação das
propostas, devem ser consultados e envolvidos neste processo, por forma a garantir que os benefícios das propostas
são entendidos por todos e, ao mesmo tempo, procurar sinergias com outras ações correlacionadas.

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04.1.1. PATMT ESTADO CENTRAL
SISTEMAS ALINHAMENTO ENTIDADES
ACESSIBILIDADES PATMT PALMT

SISTEMA DE TRANSPORTES COLECTIVO

ALMADA + BARREIRO + SESIMBRA


ESPAÇO FERROVIÁRIO E FLUVIAL

Interfaces - Foros da Amora


SISTEMA CICLÁVEL
SISTEMA PEDONAL

ESTACIONAMENTO
MODELO TERRITORIAL

ESPAÇO RODOVIÁRIO

Núcleios - Fernão Ferro


SISTEMA VIÁRIO

SEIXAL (MUNICIPAL)

Interfaces - Fogueteiro
AMBIENTE URBANO

Núcleios - Paio Pires


ESTADO CENTRAL

Interfaces - Corroios

Núcleios - Arrentela
Interfaces - Seixal

Núcleios - Amora
Interfaces - Coina
ESTADO AML
INTERFACES
Escala Entidade Entidade a
PATMT
FICHA DE AÇÃO N.º Responsável Envolver

EXTENSÃO E REFORÇO DA
Infraestruturas de
OFERTA DO SERVIÇO Estado Governo de
B.1.1.1 x x x Supramunicipal x x x x x Portugal, S.A.
FERROVIÁRIO DA FERTAGUS AO Central Portugal
Fertagus
ORIENTE
Seixal Infraestruturas de
CONCRETIZAÇÃO DO PROJETO Governo de
B.1.3.1 x x x Supramunicipal + x x x Portugal, S.A.
DE EXPANSÃO DO MTS (CTTP) Portugal
Barreiro MTS
Governo de
Estado Portugal Infraestruturas de
FECHO DA REDE VIÁRIA C.1.1.1 x Supramunicipal x x x x x x x x
Central Município do Portugal, S.A.
Seixal
Tabela 11 – Articulação territorial: PATMT Estado Central

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04.1.2. PATMT ESTADO AML
SISTEMAS ALINHAMENTO ENTIDADES
ACESSIBILIDADES PATMT PALMT

SISTEMA DE TRANSPORTES COLECTIVO

ALMADA + BARREIRO + SESIMBRA


ESPAÇO FERROVIÁRIO E FLUVIAL

Interfaces - Foros da Amora


SISTEMA CICLÁVEL
SISTEMA PEDONAL

ESTACIONAMENTO
MODELO TERRITORIAL

ESPAÇO RODOVIÁRIO

Núcleios - Fernão Ferro


SISTEMA VIÁRIO

SEIXAL (MUNICIPAL)

Interfaces - Fogueteiro
AMBIENTE URBANO

Núcleios - Paio Pires


ESTADO CENTRAL

Interfaces - Corroios

Núcleios - Arrentela
Interfaces - Seixal

Núcleios - Amora
Interfaces - Coina
ESTADO AML
INTERFACES
Escala Entidade Entidade a
PATMT
FICHA DE AÇÃO N.º Responsável Envolver

REFORÇO DA OFERTA NO Estado Transtejo /


B.1.2.1 x x x Supramunicipal x x AML
TERMINAL FLUVIAL DO SEIXAL Central Soflusa
CRIAÇÃO DE UM SERVIÇO Estado Transtejo /
B.1.2.2 x x x Supramunicipal x x AML
FLUVIAL NA MARGEM SUL Central Soflusa
ACOMPANHAMENTO DA Estado Operador de
B.2.1.1 x Municipal x x x AML
CONCESSÃO DE TCR AML Transportes
TRANSPORTE FLEXÍVEL OU A Estado Município de
B.2.2.1 x Municipal x x x x AML
PEDIDO AML Sesimbra
MELHORIA DO DESEMPENHO DA Estado Infraestruturas
C.1.1.2 x Supramunicipal x AML
REDE E DA ACESSIBILIDADE AML de Portugal, S.A.
HIERARQUIZAÇÃO DA REDE Estado Infraestruturas
C.1.1.3 x Supramunicipal x AML
VIÁRIA AML de Portugal, S.A.
IMPLEMENTAÇÃO DE Estado Infraestruturas
C.1.2.1 x Supramunicipal x x x x AML
CORREDORES BUS AML de Portugal, S.A.
TRANSPORTE DE BICICLETAS Estado Operador de
D.1.3.1 x Supramunicipal x AML
NOS TP AML Transportes
SISTEMA DE INFORMAÇÃO AO Estado Futuro
D.3.1.1 Municipal x AML
PÚBLICO AML Concessionário
ESPAÇOS DE APOIO À Estado Futuro
D.3.1.2 x Municipal x AML
MOBILIDADE AML Concessionário
Estado
PLATAFORMA DE MOBILIDADE D.3.4.1 x Municipal x x AML
AML
Tabela 12 – Articulação territorial: PATMT Estado AML

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04.1.3. PATMT MUNICÍPIOS FRONTEIRIÇOS
SISTEMAS ALINHAMENTO ENTIDADES
ACESSIBILIDADES PATMT PALMT

SISTEMA DE TRANSPORTES COLECTIVO

ALMADA + BARREIRO + SESIMBRA


ESPAÇO FERROVIÁRIO E FLUVIAL

Interfaces - Foros da Amora


SISTEMA CICLÁVEL
SISTEMA PEDONAL

ESTACIONAMENTO
MODELO TERRITORIAL

ESPAÇO RODOVIÁRIO

Núcleios - Fernão Ferro


SISTEMA VIÁRIO

SEIXAL (MUNICIPAL)

Interfaces - Fogueteiro
AMBIENTE URBANO

Núcleios - Paio Pires


ESTADO CENTRAL

Interfaces - Corroios

Núcleios - Arrentela
Interfaces - Seixal

Núcleios - Amora
Interfaces - Coina
Entidade

ESTADO AML
INTERFACES
Escala Entidade a
PATMT Responsáve
FICHA DE AÇÃO N.º Envolver
l

TRAVESSIA PEDONAL E Seixal + Município do Município do


A.2.1.1 x x x Supramunicipal x x
CICLÁVEL SEIXAL-BARREIRO Barreiro Seixal Barreiro
ECOVIA DA PONTA DOS Seixal + Município do Município de
A.2.1.2 x x x Municipal x x x
CORVOS Almada Seixal Almada
Município de
CORREDOR VERDE PARALELO Seixal + Município do Sesimbra
A.2.2.1 x x x Municipal x x
À EN378 Sesimbra Seixal Infraestruturas de
Portugal, S.A.
TRANSPORTE FLEXÍVEL OU A Estado Município de
B.2.2.1 x Municipal x x x x AML
PEDIDO AML Sesimbra
Município do
Barreiro
EXECUÇÃO DA REDE CICLÁVEL Município do Município de
C.3.2.1 x x Municipal Municipal x x
ESTRUTURANTE Seixal Almada
Município de
Sesimbra
Tabela 13 – Articulação territorial: PATMT Municípios Fronteiriços

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04.1.4. PATMT MUNICÍPIAL
SISTEMAS ALINHAMENTO ENTIDADES
ACESSIBILIDADES PATMT PALMT

SISTEMA DE TRANSPORTES COLECTIVO

ALMADA + BARREIRO + SESIMBRA


ESPAÇO FERROVIÁRIO E FLUVIAL

Interfaces - Foros da Amora


SISTEMA CICLÁVEL
SISTEMA PEDONAL

ESTACIONAMENTO
MODELO TERRITORIAL

ESPAÇO RODOVIÁRIO

Núcleios - Fernão Ferro


SISTEMA VIÁRIO

SEIXAL (MUNICIPAL)

Interfaces - Fogueteiro
AMBIENTE URBANO

Núcleios - Paio Pires


ESTADO CENTRAL

Interfaces - Corroios

Núcleios - Arrentela
Interfaces - Seixal

Núcleios - Amora
Interfaces - Coina
ESTADO AML
INTERFACES
Escala Entidade Entidade a
PATMT
FICHA DE AÇÃO N.º Responsável Envolver

DENSIFICAÇÃO DA ENVOLVENTE Município do


A.1.1.1 x x Municipal Municipal x x x x x
DOS INTERFACES Seixal
CONSOLIDAÇÃO URBANA DO Município do
A.1.2.1 x x Municipal Municipal x x x x x
CORREDOR CORROIOS-SEIXAL Seixal
Junta de Freguesia
REFORÇO DE CENTRALIDADES Município do
A.1.3.1 x Municipal Municipal x x Gabinete de
LOCAIS EM FERNÃO FERRO Seixal
Participação
REQUALIFICAÇÃO DAS
Município do Infraestruturas de
PASSAGENS A.2.3.1 x Municipal Municipal x x x x
Seixal Portugal, S.A.
SUPERIORES/INFERIORES
CONCENTRAÇÃO E DENSIFICAÇÃO Município do
A.3.1.1 x Municipal Municipal x x
DAS ÁREAS INDUSTRIAIS Seixal
REATIVAÇÃO DO CAIS DA Empresas e polos
Município do
SIDERURGIA NACIONAL (TERMINAL A.3.1.2 x Municipal Municipal x geradores de
Seixal
DO SEIXAL) deslocações
CONEXÃO DO NOVO HOSPITAL DO
Governo de
SEIXAL AO SISTEMA DE A.3.2.1 x Municipal Municipal x x
Portugal
TRANSPORTES
ACOMPANHAMENTO DA Estado Operador de
B.2.1.1 x Municipal x x x AML
CONCESSÃO DE TCR AML Transportes
TRANSPORTE FLEXÍVEL OU A Estado Município de
B.2.2.1 x Municipal x x x x AML
PEDIDO AML Sesimbra
IMPLEMENTAÇÃO DE PEDI-BUS E Município do Agrupamentos
B.3.2.1 x x Municipal Municipal x
BIKE-BUS Seixal escolares

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SISTEMAS ALINHAMENTO ENTIDADES
ACESSIBILIDADES PATMT PALMT

SISTEMA DE TRANSPORTES COLECTIVO

ALMADA + BARREIRO + SESIMBRA


ESPAÇO FERROVIÁRIO E FLUVIAL

Interfaces - Foros da Amora


SISTEMA CICLÁVEL
SISTEMA PEDONAL

ESTACIONAMENTO
MODELO TERRITORIAL

ESPAÇO RODOVIÁRIO

Núcleios - Fernão Ferro


SISTEMA VIÁRIO

SEIXAL (MUNICIPAL)

Interfaces - Fogueteiro
AMBIENTE URBANO

Núcleios - Paio Pires


ESTADO CENTRAL

Interfaces - Corroios

Núcleios - Arrentela
Interfaces - Seixal

Núcleios - Amora
Interfaces - Coina
ESTADO AML
INTERFACES
Escala Entidade Entidade a
PATMT
FICHA DE AÇÃO N.º Responsável Envolver

MOBILIDADE SUSTENTÁVEL Agrupamentos


B.3.3.1 Municipal Municipal x Município do Seixal
PARA ESCOLAS escolares
Empresas e polos
MOBILIDADE SUSTENTÁVEL
B.3.3.2 Municipal Municipal x Município do Seixal atractores/geradores
PARA EMPRESAS E POLOS
de deslocações
Agrupamentos
escolares
AÇÕES DE FORMAÇÃO /
Empresas e polos
WORKSHOPS PARA UMA B.3.4.1 Municipal Municipal x Município do Seixal
geradores de
MOBILIDADE SUSTENTÁVEL
deslocações
Associações locais
CAMPANHAS DE
INFORMAÇÃO /
B.3.4.2 Municipal Municipal x Município do Seixal
COMUNICAÇÃO JUNTO DAS
ESCOLAS
Empresas e polos
REGULAMENTAÇÃO PARA
B.4.2.1 Municipal Municipal x Município do Seixal geradores de
CARGAS E DESCARGAS
deslocações
Empresas e polos
PROJETO PILOTO GESTÃO DE
B.4.3.1 Municipal Municipal x x x x x x x Município do Seixal geradores de
LOGÍSTICA URBANA
deslocações
SISTEMAS AUTOMÁTICOS DE Infraestruturas de
C.1.3.1 x Municipal Municipal x x x x x x x Município do Seixal
CONTROLO DE VELOCIDADE Portugal, S.A.
AUMENTAR O NÚMERO DE
LUGARES PMR E MELHORAR C.2.2.3 x Municipal Municipal x Município do Seixal
DIMENSIONAMENTO
Município do
EXECUÇÃO DA REDE
C.3.2.1 x x Municipal Municipal x x Município do Seixal Barreiro, Almada
CICLÁVEL ESTRUTURANTE
e Sesimbra

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SISTEMAS ALINHAMENTO ENTIDADES
ACESSIBILIDADES PATMT PALMT

SISTEMA DE TRANSPORTES COLECTIVO

ALMADA + BARREIRO + SESIMBRA


ESPAÇO FERROVIÁRIO E FLUVIAL

Interfaces - Foros da Amora


SISTEMA CICLÁVEL
SISTEMA PEDONAL

ESTACIONAMENTO
MODELO TERRITORIAL

ESPAÇO RODOVIÁRIO

Núcleios - Fernão Ferro


SISTEMA VIÁRIO

SEIXAL (MUNICIPAL)

Interfaces - Fogueteiro
AMBIENTE URBANO

Núcleios - Paio Pires


ESTADO CENTRAL

Interfaces - Corroios

Núcleios - Arrentela
Interfaces - Seixal

Núcleios - Amora
Interfaces - Coina
ESTADO AML
INTERFACES
Escala Entidade Entidade a
PATMT
FICHA DE AÇÃO N.º Responsável Envolver

Município do
TAXAÇÃO DO ESTACIONAMENTO D.2.1.1 Municipal Municipal x x x x x
Seixal
REDE DE PARQUES DE
Município do
ESTACIONAMENTO x Municipal Municipal x x x x x x Fertagus
D.2.1.2 Seixal
DISSUASORES NOS INTERFACES
ABERTURA DOS PARQUES DE
ESTACIONAMENTO DESATIVADOS x Municipal Municipal x x x x x Fertagus Fertagus
D.2.1.3
DA FERTAGUS
FISCALIZAÇÃO DO Município do
D.2.1.1 x Municipal Municipal x
ESTACIONAMENTO Seixal
ORGANIZAÇÃO E FORMALIZAÇÃO Município do
D.2.3.1 Municipal Municipal x x x x x
DO ESTACIONAMENTO Seixal
CAMPANHAS DE INFORMAÇÃO E
Município do
COMUNICAÇÃO DO SISTEMA DE D.3.2.1 Municipal Municipal x
Seixal
TRANSPORTES
MAPA PEDONAL SEIXAL A PÉ (E Município do
D.3.2.2 x Municipal Municipal x
COMUNICAÇÃO) Seixal
CARTA CICLÁVEL MUNICIPAL (E Município do
D.3.2.3 x Municipal Municipal x
COMUNICAÇÃO) Seixal
Estado
PLATAFORMA DE MOBILIDADE D.3.4.1 x Municipal x x AML
AML
REQUALIFICAÇÃO URBANA Município do
E.1.1.1 x Municipal Municipal x x x
SEIXAL-ARRENTELA-AMORA Seixal
ZONAS 30 E/OU DE Município do
E.1.1.2 x x x Municipal Municipal x x x x x
COEXISTÊNCIA Seixal
REDUÇÃO DOS FLUXOS DE
Município do
ATRAVESSAMENTO EM VIAS DE E.2.1.1 x Municipal Municipal x
Seixal
ELEVADA SINISTRALIDADE

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SISTEMAS ALINHAMENTO ENTIDADES
ACESSIBILIDADES PATMT PALMT

SISTEMA DE TRANSPORTES COLECTIVO

ALMADA + BARREIRO + SESIMBRA


ESPAÇO FERROVIÁRIO E FLUVIAL

Interfaces - Foros da Amora


SISTEMA CICLÁVEL
SISTEMA PEDONAL

ESTACIONAMENTO
MODELO TERRITORIAL

ESPAÇO RODOVIÁRIO

Núcleios - Fernão Ferro


SISTEMA VIÁRIO

SEIXAL (MUNICIPAL)

Interfaces - Fogueteiro
AMBIENTE URBANO

Núcleios - Paio Pires


ESTADO CENTRAL

Interfaces - Corroios

Núcleios - Arrentela
Interfaces - Seixal

Núcleios - Amora
Interfaces - Coina
ESTADO AML
INTERFACES
Escala Entidade Entidade a
PATMT
FICHA DE AÇÃO N.º Responsável Envolver

MEDIDAS DE ACALMIA DE Infraestruturas


Município do
TRÁFEGO NOS EIXOS DE MAIOR E.2.1.2 x Municipal Municipal x de Portugal,
Seixal
FLUXO S.A.
MEDIDAS DE ACALMIA DE Município do
E.2.1.3 x Municipal Municipal x
TRÁFEGO NOS EIXOS CICLÁVEIS Seixal
MEDIDAS DE ACALMIA NO
Município do
ACESSO AOS E.2.1.4 x Municipal Municipal x
Seixal
ESTABELECIMENTOS ESCOLARES
Infraestruturas
MEDIDAS DE ELIMINAÇÃO DE Município do
E.3.1.1 x Municipal Municipal x x x x x de Portugal,
PONTOS NEGROS Seixal
S.A.
Infraestruturas
REFORÇO DA SINALIZAÇÃO Município do
E.3.1.2 x Municipal Municipal x de Portugal,
RODOVIÁRIA Seixal
S.A.
Infraestruturas
REFORMULAÇÃO DE Município do
E.3.2.1 x Municipal Municipal x x de Portugal,
CRUZAMENTOS Seixal
S.A.
Infraestruturas
INTERVENÇÕES SOBRE AS Município do
E.3.2.2 x Municipal Municipal x x x x x de Portugal,
PASSADEIRAS Seixal
S.A.
PLANO DE SEGURANÇA Município do
E.3.3.1 x Local/Freguesia Municipal x
RODOVIÁRIA Seixal
Tabela 14 – Articulação territorial: PATMT Municipal

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04.1.5. PALMT CORROIOS
SISTEMAS ALINHAMENTO ENTIDADES
ACESSIBILIDADES PATMT PALMT

SISTEMA DE TRANSPORTES COLECTIVO

ALMADA + BARREIRO + SESIMBRA


ESPAÇO FERROVIÁRIO E FLUVIAL

Interfaces - Foros da Amora


SISTEMA CICLÁVEL
SISTEMA PEDONAL

ESTACIONAMENTO
MODELO TERRITORIAL

ESPAÇO RODOVIÁRIO

Núcleios - Fernão Ferro


SISTEMA VIÁRIO

SEIXAL (MUNICIPAL)

Interfaces - Fogueteiro
AMBIENTE URBANO

Núcleios - Paio Pires


ESTADO CENTRAL

Interfaces - Corroios

Núcleios - Arrentela
Interfaces - Seixal

Núcleios - Amora
Interfaces - Coina
ESTADO AML
INTERFACES
Escala Entidade Entidade a
PATMT
FICHA DE AÇÃO N.º Responsável Envolver

DENSIFICAÇÃO DA
ENVOLVENTE DOS A.1.1.1 x x Municipal Municipal x x x x x Município do Seixal
INTERFACES
CONSOLIDAÇÃO URBANA DO
CORREDOR CORROIOS- A.1.2.1 x x Municipal Municipal x x x x x Município do Seixal
SEIXAL
REQUALIFICAÇÃO DAS Infraestruturas
PASSAGENS A.2.3.1 x Municipal Municipal x x x x Município do Seixal de Portugal,
SUPERIORES/INFERIORES S.A.
EXTENSÃO E REFORÇO DA Infraestruturas
OFERTA DO SERVIÇO Estado de Portugal,
B.1.1.1 x x x Supramunicipal x x x x x Governo de Portugal
FERROVIÁRIO DA FERTAGUS Central S.A.
AO ORIENTE Fertagus
Empresas e
PROJETO PILOTO GESTÃO polos
B.4.3.1 Municipal Municipal x x x x x x x Município do Seixal
DE LOGÍSTICA URBANA geradores de
deslocações
Infraestruturas
Estado Governo de Portugal
FECHO DA REDE VIÁRIA C.1.1.1 x Supramunicipal x x x x x x x x de Portugal,
Central Município do Seixal
S.A.
Infraestruturas
IMPLEMENTAÇÃO DE Estado
C.1.2.1 x Supramunicipal x x x x AML de Portugal,
CORREDORES BUS AML
S.A.
Infraestruturas
SISTEMAS AUTOMÁTICOS DE
C.1.3.1 x Municipal Municipal x x x x x x x Município do Seixal de Portugal,
CONTROLO DE VELOCIDADE
S.A.
AML
MELHORIA DO REBATIMENTO Estado
C.2.1.1 Supramunicipal x x x x x AML Operador de
DO TCR NOS INTERFACES AML
Transportes

PLANO DE MOBILIDADE E TRANSPORTES DO CONCELHO DO SEIXAL | RELATÓRIO FINAL – VERSÃO FINAL


2021 TRENMO Este documento é confidencial e não pode ser reproduzido sem autorização prévia da TRENMO Engenharia, S.A. 160
SISTEMAS ALINHAMENTO ENTIDADES

SISTEMA DE TRANSPORTES COLECTIVO


ACESSIBILIDADES PATMT PALMT

ALMADA + BARREIRO + SESIMBRA


ESPAÇO FERROVIÁRIO E FLUVIAL

Interfaces - Foros da Amora


SISTEMA CICLÁVEL
SISTEMA PEDONAL

ESTACIONAMENTO
MODELO TERRITORIAL

ESPAÇO RODOVIÁRIO

Núcleios - Fernão Ferro


SISTEMA VIÁRIO

SEIXAL (MUNICIPAL)

Interfaces - Fogueteiro
AMBIENTE URBANO

Núcleios - Paio Pires


ESTADO CENTRAL

Interfaces - Corroios

Núcleios - Arrentela
Interfaces - Seixal

Núcleios - Amora
Interfaces - Coina
ESTADO AML
INTERFACES
Escala Entidade Entidade a
PATMT
FICHA DE AÇÃO N.º Responsável Envolver

Infraestruturas
GARANTIR A ACESSIBILIDADE Estado de Portugal,
C.2.2.1 x Supramunicipal x x x x x AML
AOS/DENTRO DOS INTERFACES AML S.A.
Fertagus
ARTICULAÇÃO DAS MEDIDAS DE
PROMOÇÃO DA Município do
D.1.1.1 x Municipal Municipal x x x x x Fertagus
INTERMODALIDADE NOS Seixal
PRINCIPAIS INTERFACES
Município do
TAXAÇÃO DO ESTACIONAMENTO D.2.1.1 Municipal Municipal x x x x x
Seixal
REDE DE PARQUES DE
Município do
ESTACIONAMENTO DISSUASORES x Municipal Municipal x x x x x x Fertagus
D.2.1.2 Seixal
NOS INTERFACES
ABERTURA DOS PARQUES DE
ESTACIONAMENTO DESATIVADOS x Municipal Municipal x x x x x Fertagus Fertagus
D.2.1.3
DA FERTAGUS
ORGANIZAÇÃO E FORMALIZAÇÃO Município do
D.2.3.1 Municipal Municipal x x x x x
DO ESTACIONAMENTO Seixal
Infraestruturas
MEDIDAS DE ELIMINAÇÃO DE Município do
E.3.1.1 x Municipal Municipal x x x x x de Portugal,
PONTOS NEGROS Seixal
S.A.
Tabela 15 – Articulação territorial: PALMT Corroios

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2021 TRENMO Este documento é confidencial e não pode ser reproduzido sem autorização prévia da TRENMO Engenharia, S.A. 161
04.1.6. PALMT FOROS DA AMORA
SISTEMAS ALINHAMENTO ENTIDADES
ACESSIBILIDADES PATMT PALMT

SISTEMA DE TRANSPORTES COLECTIVO

ALMADA + BARREIRO + SESIMBRA


ESPAÇO FERROVIÁRIO E FLUVIAL

Interfaces - Foros da Amora


SISTEMA CICLÁVEL
SISTEMA PEDONAL

ESTACIONAMENTO
MODELO TERRITORIAL

ESPAÇO RODOVIÁRIO

Núcleios - Fernão Ferro


SISTEMA VIÁRIO

SEIXAL (MUNICIPAL)

Interfaces - Fogueteiro
AMBIENTE URBANO

Núcleios - Paio Pires


ESTADO CENTRAL

Interfaces - Corroios

Núcleios - Arrentela
Interfaces - Seixal

Núcleios - Amora
Interfaces - Coina
ESTADO AML
INTERFACES
Escala Entidade Entidade a
PATMT
FICHA DE AÇÃO N.º Responsável Envolver

DENSIFICAÇÃO DA
ENVOLVENTE DOS A.1.1.1 x x Municipal Municipal x x x x x Município do Seixal
INTERFACES
CONSOLIDAÇÃO URBANA DO
CORREDOR CORROIOS- A.1.2.1 x x Municipal Municipal x x x x x Município do Seixal
SEIXAL
REQUALIFICAÇÃO DAS Infraestruturas
PASSAGENS A.2.3.1 x Municipal Municipal x x x x Município do Seixal de Portugal,
SUPERIORES/INFERIORES S.A.
EXTENSÃO E REFORÇO DA Infraestruturas
OFERTA DO SERVIÇO Estado de Portugal,
B.1.1.1 x x x Supramunicipal x x x x x Governo de Portugal
FERROVIÁRIO DA FERTAGUS Central S.A.
AO ORIENTE Fertagus
Empresas e
PROJETO PILOTO GESTÃO polos
B.4.3.1 Municipal Municipal x x x x x x x Município do Seixal
DE LOGÍSTICA URBANA geradores de
deslocações
Infraestruturas
Estado Governo de Portugal
FECHO DA REDE VIÁRIA C.1.1.1 x Supramunicipal x x x x x x x x de Portugal,
Central Município do Seixal
S.A.
Infraestruturas
IMPLEMENTAÇÃO DE Estado
C.1.2.1 x Supramunicipal x x x x AML de Portugal,
CORREDORES BUS AML
S.A.
Infraestruturas
SISTEMAS AUTOMÁTICOS DE
C.1.3.1 x Municipal Municipal x x x x x x x Município do Seixal de Portugal,
CONTROLO DE VELOCIDADE
S.A.
Infraestruturas
SISTEMAS DE SEMÁFOROS
C.1.3.2 x x Municipal Municipal x x Município do Seixal de Portugal,
PARA PEÕES
S.A.

PLANO DE MOBILIDADE E TRANSPORTES DO CONCELHO DO SEIXAL | RELATÓRIO FINAL – VERSÃO FINAL


2021 TRENMO Este documento é confidencial e não pode ser reproduzido sem autorização prévia da TRENMO Engenharia, S.A. 162
SISTEMAS ALINHAMENTO ENTIDADES

SISTEMA DE TRANSPORTES COLECTIVO


ACESSIBILIDADES PATMT PALMT

ALMADA + BARREIRO + SESIMBRA


ESPAÇO FERROVIÁRIO E FLUVIAL

Interfaces - Foros da Amora


SISTEMA CICLÁVEL
SISTEMA PEDONAL

ESTACIONAMENTO
MODELO TERRITORIAL

ESPAÇO RODOVIÁRIO

Núcleios - Fernão Ferro


SISTEMA VIÁRIO

SEIXAL (MUNICIPAL)

Interfaces - Fogueteiro
AMBIENTE URBANO

Núcleios - Paio Pires


ESTADO CENTRAL

Interfaces - Corroios

Núcleios - Arrentela
Interfaces - Seixal

Núcleios - Amora
Interfaces - Coina
ESTADO AML
INTERFACES
Escala Entidade Entidade a
PATMT
FICHA DE AÇÃO N.º Responsável Envolver

AML
MELHORIA DO REBATIMENTO DO Estado
C.2.1.1 Supramunicipal x x x x x AML Operador de
TCR NOS INTERFACES AML
Transportes
Infraestruturas
GARANTIR A ACESSIBILIDADE Estado de Portugal,
C.2.2.1 x Supramunicipal x x x x x AML
AOS/DENTRO DOS INTERFACES AML S.A.
Fertagus
ARTICULAÇÃO DAS MEDIDAS DE
PROMOÇÃO DA Município do
D.1.1.1 x Municipal Municipal x x x x x Fertagus
INTERMODALIDADE NOS Seixal
PRINCIPAIS INTERFACES
Município do
TAXAÇÃO DO ESTACIONAMENTO D.2.1.1 Municipal Municipal x x x x x
Seixal
REDE DE PARQUES DE
Município do
ESTACIONAMENTO DISSUASORES x Municipal Municipal x x x x x x Fertagus
D.2.1.2 Seixal
NOS INTERFACES
ABERTURA DOS PARQUES DE
ESTACIONAMENTO DESATIVADOS x Municipal Municipal x x x x x Fertagus Fertagus
D.2.1.3
DA FERTAGUS
ORGANIZAÇÃO E FORMALIZAÇÃO Município do
D.2.3.1 Municipal Municipal x x x x x
DO ESTACIONAMENTO Seixal
Infraestruturas
MEDIDAS DE ELIMINAÇÃO DE Município do
E.3.1.1 x Municipal Municipal x x x x x de Portugal,
PONTOS NEGROS Seixal
S.A.

PLANO DE MOBILIDADE E TRANSPORTES DO CONCELHO DO SEIXAL | RELATÓRIO FINAL – VERSÃO FINAL


2021 TRENMO Este documento é confidencial e não pode ser reproduzido sem autorização prévia da TRENMO Engenharia, S.A. 163
Infraestruturas
INTERVENÇÕES SOBRE AS Município do
E.3.2.2 x Municipal Municipal x x x x x de Portugal,
PASSADEIRAS Seixal
S.A.
Tabela 16 – Articulação territorial: PALMT Foros da Amora

PLANO DE MOBILIDADE E TRANSPORTES DO CONCELHO DO SEIXAL | RELATÓRIO FINAL – VERSÃO FINAL


2021 TRENMO Este documento é confidencial e não pode ser reproduzido sem autorização prévia da TRENMO Engenharia, S.A. 164
04.1.7. PALMT FOGUETEIRO
SISTEMAS ALINHAMENTO ENTIDADES
ACESSIBILIDADES PATMT PALMT

SISTEMA DE TRANSPORTES COLECTIVO

ALMADA + BARREIRO + SESIMBRA


ESPAÇO FERROVIÁRIO E FLUVIAL

Interfaces - Foros da Amora


SISTEMA CICLÁVEL
SISTEMA PEDONAL

ESTACIONAMENTO
MODELO TERRITORIAL

ESPAÇO RODOVIÁRIO

Núcleios - Fernão Ferro


SISTEMA VIÁRIO

SEIXAL (MUNICIPAL)

Interfaces - Fogueteiro
AMBIENTE URBANO

Núcleios - Paio Pires


ESTADO CENTRAL

Interfaces - Corroios

Núcleios - Arrentela
Interfaces - Seixal

Núcleios - Amora
Interfaces - Coina
ESTADO AML
INTERFACES
Escala Entidade Entidade a
PATMT
FICHA DE AÇÃO N.º Responsável Envolver

DENSIFICAÇÃO DA
Município do
ENVOLVENTE DOS A.1.1.1 x x Municipal Municipal x x x x x
Seixal
INTERFACES
CONSOLIDAÇÃO URBANA DO Município do
A.1.2.1 x x Municipal Municipal x x x x x
CORREDOR CORROIOS-SEIXAL Seixal
Município de
CORREDOR VERDE PARALELO Seixal + Município do Sesimbra
A.2.2.1 x x x Municipal x x
À EN378 Sesimbra Seixal Infraestruturas de
Portugal, S.A.
REQUALIFICAÇÃO DAS
Município do Infraestruturas de
PASSAGENS A.2.3.1 x Municipal Municipal x x x x
Seixal Portugal, S.A.
SUPERIORES/INFERIORES
CONEXÃO DO NOVO HOSPITAL
Governo de
DO SEIXAL AO SISTEMA DE A.3.2.1 x Municipal Municipal x x
Portugal
TRANSPORTES
EXTENSÃO E REFORÇO DA
Infraestruturas de
OFERTA DO SERVIÇO Estado Governo de
B.1.1.1 x x x Supramunicipal x x x x x Portugal, S.A.
FERROVIÁRIO DA FERTAGUS Central Portugal
Fertagus
AO ORIENTE
CONCRETIZAÇÃO DO Infraestruturas de
Seixal + Governo de
PROJETO DE EXPANSÃO DO B.1.3.1 x x x Supramunicipal x x x Portugal, S.A.
Barreiro Portugal
MTS (CTTP) MTS
Empresas e polos
PROJETO PILOTO GESTÃO DE Município do
B.4.3.1 Municipal Municipal x x x x x x x geradores de
LOGÍSTICA URBANA Seixal
deslocações
Governo de
Estado Portugal Infraestruturas de
FECHO DA REDE VIÁRIA C.1.1.1 x Supramunicipal x x x x x x x x
Central Município do Portugal, S.A.
Seixal

PLANO DE MOBILIDADE E TRANSPORTES DO CONCELHO DO SEIXAL | RELATÓRIO FINAL – VERSÃO FINAL


2021 TRENMO Este documento é confidencial e não pode ser reproduzido sem autorização prévia da TRENMO Engenharia, S.A. 165
SISTEMAS ALINHAMENTO ENTIDADES

SISTEMA DE TRANSPORTES COLECTIVO


ACESSIBILIDADES PATMT PALMT

ALMADA + BARREIRO + SESIMBRA


ESPAÇO FERROVIÁRIO E FLUVIAL

Interfaces - Foros da Amora


SISTEMA CICLÁVEL
SISTEMA PEDONAL

ESTACIONAMENTO
MODELO TERRITORIAL

ESPAÇO RODOVIÁRIO

Núcleios - Fernão Ferro


SISTEMA VIÁRIO

SEIXAL (MUNICIPAL)

Interfaces - Fogueteiro
AMBIENTE URBANO

Núcleios - Paio Pires


ESTADO CENTRAL

Interfaces - Corroios

Núcleios - Arrentela
Interfaces - Seixal

Núcleios - Amora
Interfaces - Coina
ESTADO AML
INTERFACES
Escala Entidade Entidade a
PATMT
FICHA DE AÇÃO N.º Responsável Envolver

Infraestruturas
IMPLEMENTAÇÃO DE CORREDORES Estado
C.1.2.1 x Supramunicipal x x x x AML de Portugal,
BUS AML
S.A.
Infraestruturas
SISTEMAS AUTOMÁTICOS DE Município do
C.1.3.1 x Municipal Municipal x x x x x x x de Portugal,
CONTROLO DE VELOCIDADE Seixal
S.A.
Infraestruturas
SISTEMAS DE SEMÁFOROS PARA Município do
C.1.3.2 x x Municipal Municipal x x de Portugal,
PEÕES Seixal
S.A.
AML
MELHORIA DO REBATIMENTO DO Estado
C.2.1.1 Supramunicipal x x x x x AML Operador de
TCR NOS INTERFACES AML
Transportes
Infraestruturas
GARANTIR A ACESSIBILIDADE Estado de Portugal,
C.2.2.1 x Supramunicipal x x x x x AML
AOS/DENTRO DOS INTERFACES AML S.A.
Fertagus
ARTICULAÇÃO DAS MEDIDAS DE
Município do
PROMOÇÃO DA INTERMODALIDADE D.1.1.1 x Municipal Municipal x x x x x Fertagus
Seixal
NOS PRINCIPAIS INTERFACES
Município do
TAXAÇÃO DO ESTACIONAMENTO D.2.1.1 Municipal Municipal x x x x x
Seixal
REDE DE PARQUES DE
Município do
ESTACIONAMENTO DISSUASORES x Municipal Municipal x x x x x x Fertagus
D.2.1.2 Seixal
NOS INTERFACES
ABERTURA DOS PARQUES DE
ESTACIONAMENTO DESATIVADOS x Municipal Municipal x x x x x Fertagus Fertagus
D.2.1.3
DA FERTAGUS
ORGANIZAÇÃO E FORMALIZAÇÃO Município do
D.2.3.1 Municipal Municipal x x x x x
DO ESTACIONAMENTO Seixal

PLANO DE MOBILIDADE E TRANSPORTES DO CONCELHO DO SEIXAL | RELATÓRIO FINAL – VERSÃO FINAL


2021 TRENMO Este documento é confidencial e não pode ser reproduzido sem autorização prévia da TRENMO Engenharia, S.A. 166
Infraestruturas
MEDIDAS DE ELIMINAÇÃO DE Município do
E.3.1.1 x Municipal Municipal x x x x x de Portugal,
PONTOS NEGROS Seixal
S.A.
Infraestruturas
INTERVENÇÕES SOBRE AS Município do
E.3.2.2 x Municipal Municipal x x x x x de Portugal,
PASSADEIRAS Seixal
S.A.
Tabela 17 – Articulação territorial: PALMT Fogueteiro

04.1.8. PALMT SEIXAL


SISTEMAS ALINHAMENTO ENTIDADES
ACESSIBILIDADES PATMT PALMT

SISTEMA DE TRANSPORTES COLECTIVO

ALMADA + BARREIRO + SESIMBRA


ESPAÇO FERROVIÁRIO E FLUVIAL

Interfaces - Foros da Amora


SISTEMA CICLÁVEL
SISTEMA PEDONAL

ESTACIONAMENTO
MODELO TERRITORIAL

ESPAÇO RODOVIÁRIO

Núcleios - Fernão Ferro


SISTEMA VIÁRIO

SEIXAL (MUNICIPAL)

Interfaces - Fogueteiro
AMBIENTE URBANO

Núcleios - Paio Pires


ESTADO CENTRAL

Interfaces - Corroios

Núcleios - Arrentela
Interfaces - Seixal

Núcleios - Amora
Interfaces - Coina
ESTADO AML
INTERFACES Escala Entidade Entidade a
PATMT
FICHA DE AÇÃO N.º Responsável Envolver

DENSIFICAÇÃO DA
Município do
ENVOLVENTE DOS A.1.1.1 x x Municipal Municipal x x x x x
Seixal
INTERFACES
CONSOLIDAÇÃO URBANA DO Município do
A.1.2.1 x x Municipal Municipal x x x x x
CORREDOR CORROIOS-SEIXAL Seixal
TRAVESSIA PEDONAL E Seixal + Município do Município do
A.2.1.1 x x x Supramunicipal x x
CICLÁVEL SEIXAL-BARREIRO Barreiro Seixal Barreiro
ECOVIA DA PONTA DOS Seixal + Município do Município de
A.2.1.2 x x x Municipal x x x
CORVOS Almada Seixal Almada
REFORÇO DA OFERTA NO Estado Transtejo /
B.1.2.1 x x x Supramunicipal x x AML
TERMINAL FLUVIAL DO SEIXAL Central Soflusa
CRIAÇÃO DE UM SERVIÇO Estado Transtejo /
B.1.2.2 x x x Supramunicipal x x AML
FLUVIAL NA MARGEM SUL Central Soflusa
CONCRETIZAÇÃO DO Infraestruturas de
Seixal + Governo de
PROJETO DE EXPANSÃO DO B.1.3.1 x x x Supramunicipal x x x Portugal, S.A.
Barreiro Portugal
MTS (CTTP) MTS
Empresas e
PROJETO PILOTO GESTÃO DE Município do
B.4.3.1 Municipal Municipal x x x x x x x polos geradores
LOGÍSTICA URBANA Seixal
de deslocações

PLANO DE MOBILIDADE E TRANSPORTES DO CONCELHO DO SEIXAL | RELATÓRIO FINAL – VERSÃO FINAL


2021 TRENMO Este documento é confidencial e não pode ser reproduzido sem autorização prévia da TRENMO Engenharia, S.A. 167
Governo de
Estado Portugal Infraestruturas de
FECHO DA REDE VIÁRIA C.1.1.1 x Supramunicipal x x x x x x x x
Central Município do Portugal, S.A.
Seixal
SISTEMAS AUTOMÁTICOS DE Município do Infraestruturas de
C.1.3.1 x Municipal Municipal x x x x x x x
CONTROLO DE VELOCIDADE Seixal Portugal, S.A.
AML
MELHORIA DO REBATIMENTO Estado
C.2.1.1 Supramunicipal x x x x x AML Operador de
DO TCR NOS INTERFACES AML
Transportes

SISTEMAS ALINHAMENTO ENTIDADES

SISTEMA DE TRANSPORTES COLECTIVO


ACESSIBILIDADES PATMT PALMT

ALMADA + BARREIRO + SESIMBRA


ESPAÇO FERROVIÁRIO E FLUVIAL

Interfaces - Foros da Amora


SISTEMA CICLÁVEL
SISTEMA PEDONAL

ESTACIONAMENTO
MODELO TERRITORIAL

ESPAÇO RODOVIÁRIO

Núcleios - Fernão Ferro


SISTEMA VIÁRIO

SEIXAL (MUNICIPAL)

Interfaces - Fogueteiro
AMBIENTE URBANO

Núcleios - Paio Pires


ESTADO CENTRAL

Interfaces - Corroios

Núcleios - Arrentela
Interfaces - Seixal

Núcleios - Amora
Interfaces - Coina
ESTADO AML
INTERFACES

Escala Entidade Entidade a


PATMT
FICHA DE AÇÃO N.º Responsável Envolver

Infraestruturas
GARANTIR A ACESSIBILIDADE Estado de Portugal,
C.2.2.1 x Supramunicipal x x x x x AML
AOS/DENTRO DOS INTERFACES AML S.A.
Fertagus
ARTICULAÇÃO DAS MEDIDAS DE
PROMOÇÃO DA Município do
D.1.1.1 x Municipal Municipal x x x x x Fertagus
INTERMODALIDADE NOS Seixal
PRINCIPAIS INTERFACES
Município do
TAXAÇÃO DO ESTACIONAMENTO D.2.1.1 Municipal Municipal x x x x x
Seixal
REDE DE PARQUES DE
Município do
ESTACIONAMENTO x Municipal Municipal x x x x x x Fertagus
D.2.1.2 Seixal
DISSUASORES NOS INTERFACES
ABERTURA DOS PARQUES DE
ESTACIONAMENTO DESATIVADOS x Municipal Municipal x x x x x Fertagus Fertagus
D.2.1.3
DA FERTAGUS

PLANO DE MOBILIDADE E TRANSPORTES DO CONCELHO DO SEIXAL | RELATÓRIO FINAL – VERSÃO FINAL


2021 TRENMO Este documento é confidencial e não pode ser reproduzido sem autorização prévia da TRENMO Engenharia, S.A. 168
Infraestruturas
MEDIDAS DE ELIMINAÇÃO DE Município do
E.3.1.1 x Municipal Municipal x x x x x de Portugal,
PONTOS NEGROS Seixal
S.A.
Infraestruturas
INTERVENÇÕES SOBRE AS Município do
E.3.2.2 x Municipal Municipal x x x x x de Portugal,
PASSADEIRAS Seixal
S.A.
Tabela 18 – Articulação territorial: PALMT Seixal

PLANO DE MOBILIDADE E TRANSPORTES DO CONCELHO DO SEIXAL | RELATÓRIO FINAL – VERSÃO FINAL


2021 TRENMO Este documento é confidencial e não pode ser reproduzido sem autorização prévia da TRENMO Engenharia, S.A. 169
04.1.9. PALMT COINA
SISTEMAS ALINHAMENTO ENTIDADES

SISTEMA DE TRANSPORTES COLECTIVO


ACESSIBILIDADES PATMT PALMT

ALMADA + BARREIRO + SESIMBRA


ESPAÇO FERROVIÁRIO E FLUVIAL

Interfaces - Foros da Amora


SISTEMA CICLÁVEL
SISTEMA PEDONAL

ESTACIONAMENTO
MODELO TERRITORIAL

ESPAÇO RODOVIÁRIO

Núcleios - Fernão Ferro


SISTEMA VIÁRIO

SEIXAL (MUNICIPAL)

Interfaces - Fogueteiro
AMBIENTE URBANO

Núcleios - Paio Pires


ESTADO CENTRAL

Interfaces - Corroios

Núcleios - Arrentela
Interfaces - Seixal

Núcleios - Amora
Interfaces - Coina
ESTADO AML
INTERFACES
Escala Entidade Entidade a
PATMT
FICHA DE AÇÃO N.º Responsável Envolver

EXTENSÃO E REFORÇO DA
Infraestruturas de
OFERTA DO SERVIÇO Estado Governo de
B.1.1.1 x x x Supramunicipal x x x x x Portugal, S.A.
FERROVIÁRIO DA FERTAGUS Central Portugal
Fertagus
AO ORIENTE
Governo de
Estado Portugal Infraestruturas de
FECHO DA REDE VIÁRIA C.1.1.1 x Supramunicipal x x x x x x x x
Central Município do Portugal, S.A.
Seixal
AML
MELHORIA DO REBATIMENTO Estado
C.2.1.1 Supramunicipal x x x x x AML Operador de
DO TCR NOS INTERFACES AML
Transportes
GARANTIR A ACESSIBILIDADE Infraestruturas de
Estado
AOS/DENTRO DOS C.2.2.1 x Supramunicipal x x x x x AML Portugal, S.A.
AML
INTERFACES Fertagus
ARTICULAÇÃO DAS MEDIDAS
DE PROMOÇÃO DA Município do
D.1.1.1 x Municipal Municipal x x x x x Fertagus
INTERMODALIDADE NOS Seixal
PRINCIPAIS INTERFACES
REDE DE PARQUES DE
ESTACIONAMENTO Município do
x Municipal Municipal x x x x x x Fertagus
DISSUASORES NOS D.2.1.2 Seixal
INTERFACES
Tabela 19 – Articulação territorial: PALMT Coina

PLANO DE MOBILIDADE E TRANSPORTES DO CONCELHO DO SEIXAL | RELATÓRIO FINAL – VERSÃO FINAL


2021 TRENMO Este documento é confidencial e não pode ser reproduzido sem autorização prévia da TRENMO Engenharia, S.A. 170
04.1.10. PALMT ALDEIA DE PAIO PIRES
SISTEMAS ALINHAMENTO ENTIDADES
ACESSIBILIDADES PATMT PALMT

SISTEMA DE TRANSPORTES COLECTIVO

ALMADA + BARREIRO + SESIMBRA


ESPAÇO FERROVIÁRIO E FLUVIAL

Interfaces - Foros da Amora


SISTEMA CICLÁVEL
SISTEMA PEDONAL

ESTACIONAMENTO
MODELO TERRITORIAL

ESPAÇO RODOVIÁRIO

Núcleios - Fernão Ferro


SISTEMA VIÁRIO

SEIXAL (MUNICIPAL)

Interfaces - Fogueteiro
AMBIENTE URBANO

Núcleios - Paio Pires


ESTADO CENTRAL

Interfaces - Corroios

Núcleios - Arrentela
Interfaces - Seixal

Núcleios - Amora
Interfaces - Coina
ESTADO AML
INTERFACES
Escala Entidade Entidade a
PATMT
FICHA DE AÇÃO N.º Responsável Envolver

CONCENTRAÇÃO E
Município do
DENSIFICAÇÃO DAS ÁREAS A.3.1.1 x Municipal Municipal x x
Seixal
INDUSTRIAIS
Governo de
Estado Portugal Infraestruturas de
FECHO DA REDE VIÁRIA C.1.1.1 x Supramunicipal x x x x x x x x
Central Município do Portugal, S.A.
Seixal
SISTEMAS AUTOMÁTICOS DE Município do Infraestruturas de
C.1.3.1 x Municipal Municipal x x x x x x x
CONTROLO DE VELOCIDADE Seixal Portugal, S.A.
COMPENSAÇÃO DE LUGARES Município do
D.2.3.2 x x x
DE ESTACIONAMENTO Seixal
ZONAS 30 E/OU DE Município do
E.1.1.2 x x x Municipal Municipal x x x x x
COEXISTÊNCIA Seixal
Tabela 20 – Articulação territorial: PALMT Aldeia de Paio Pires

PLANO DE MOBILIDADE E TRANSPORTES DO CONCELHO DO SEIXAL | RELATÓRIO FINAL – VERSÃO FINAL


2021 TRENMO Este documento é confidencial e não pode ser reproduzido sem autorização prévia da TRENMO Engenharia, S.A. 171
04.1.11. PALMT ARRENTELA
SISTEMAS ALINHAMENTO ENTIDADES
ACESSIBILIDADES PATMT PALMT

SISTEMA DE TRANSPORTES COLECTIVO

ALMADA + BARREIRO + SESIMBRA


ESPAÇO FERROVIÁRIO E FLUVIAL

Interfaces - Foros da Amora


SISTEMA CICLÁVEL
SISTEMA PEDONAL

ESTACIONAMENTO
MODELO TERRITORIAL

ESPAÇO RODOVIÁRIO

Núcleios - Fernão Ferro


SISTEMA VIÁRIO

SEIXAL (MUNICIPAL)

Interfaces - Fogueteiro
AMBIENTE URBANO

Núcleios - Paio Pires


ESTADO CENTRAL

Interfaces - Corroios

Núcleios - Arrentela
Interfaces - Seixal

Núcleios - Amora
Interfaces - Coina
ESTADO AML
INTERFACES
Escala Entidade Entidade a
PATMT
FICHA DE AÇÃO N.º Responsável Envolver

Empresas e
PROJETO PILOTO GESTÃO DE Município do
B.4.3.1 Municipal Municipal x x x x x x x polos geradores
LOGÍSTICA URBANA Seixal
de deslocações
COMPENSAÇÃO DE LUGARES DE D.2.3. Município do
x x x
ESTACIONAMENTO 2 Seixal
REQUALIFICAÇÃO URBANA SEIXAL- Município do
E.1.1.1 x Municipal Municipal x x x
ARRENTELA-AMORA Seixal
Município do
ZONAS 30 E/OU DE COEXISTÊNCIA E.1.1.2 x x x Municipal Municipal x x x x x
Seixal
Tabela 21 – Articulação territorial: PALMT Arrentela

PLANO DE MOBILIDADE E TRANSPORTES DO CONCELHO DO SEIXAL | RELATÓRIO FINAL – VERSÃO FINAL


2021 TRENMO Este documento é confidencial e não pode ser reproduzido sem autorização prévia da TRENMO Engenharia, S.A. 172
04.1.12. PALMT AMORA
SISTEMAS ALINHAMENTO ENTIDADES

SISTEMA DE TRANSPORTES COLECTIVO


ACESSIBILIDADES PATMT PALMT

ALMADA + BARREIRO + SESIMBRA


ESPAÇO FERROVIÁRIO E FLUVIAL

Interfaces - Foros da Amora


SISTEMA CICLÁVEL
SISTEMA PEDONAL

ESTACIONAMENTO
MODELO TERRITORIAL

ESPAÇO RODOVIÁRIO

Núcleios - Fernão Ferro


SISTEMA VIÁRIO

SEIXAL (MUNICIPAL)

Interfaces - Fogueteiro
AMBIENTE URBANO

Núcleios - Paio Pires


ESTADO CENTRAL

Interfaces - Corroios

Núcleios - Arrentela
Interfaces - Seixal

Núcleios - Amora
Interfaces - Coina
ESTADO AML
INTERFACES
Escala Entidade Entidade a
PATMT
FICHA DE AÇÃO N.º Responsável Envolver

ECOVIA DA PONTA DOS Seixal + Município do Município de


A.2.1.2 x x x Municipal x x x
CORVOS Almada Seixal Almada
Empresas e
PROJETO PILOTO GESTÃO DE Município do polos
B.4.3.1 Municipal Municipal x x x x x x x
LOGÍSTICA URBANA Seixal geradores de
deslocações
Governo de
Infraestruturas
C.1.1. Estado Portugal
FECHO DA REDE VIÁRIA x Supramunicipal x x x x x x x x de Portugal,
1 Central Município do
S.A.
Seixal
Infraestruturas
SISTEMAS AUTOMÁTICOS DE C.1.3. Município do
x Municipal Municipal x x x x x x x de Portugal,
CONTROLO DE VELOCIDADE 1 Seixal
S.A.
COMPENSAÇÃO DE LUGARES D.2.3. Município do
x x x
DE ESTACIONAMENTO 2 Seixal
REQUALIFICAÇÃO URBANA Município do
E.1.1.1 x Municipal Municipal x x x
SEIXAL-ARRENTELA-AMORA Seixal
ZONAS 30 E/OU DE Município do
E.1.1.2 x x x Municipal Municipal x x x x x
COEXISTÊNCIA Seixal
Tabela 22 – Articulação territorial: PALMT Amora

PLANO DE MOBILIDADE E TRANSPORTES DO CONCELHO DO SEIXAL | RELATÓRIO FINAL – VERSÃO FINAL


2021 TRENMO Este documento é confidencial e não pode ser reproduzido sem autorização prévia da TRENMO Engenharia, S.A. 173
04.1.13. PALMT FERNÃO FERRO
SISTEMAS ALINHAMENTO ENTIDADES

SISTEMA DE TRANSPORTES COLECTIVO


ACESSIBILIDADES PATMT PALMT

ALMADA + BARREIRO + SESIMBRA


ESPAÇO FERROVIÁRIO E FLUVIAL

Interfaces - Foros da Amora


SISTEMA CICLÁVEL
SISTEMA PEDONAL

ESTACIONAMENTO
MODELO TERRITORIAL

ESPAÇO RODOVIÁRIO

Núcleios - Fernão Ferro


SISTEMA VIÁRIO

SEIXAL (MUNICIPAL)

Interfaces - Fogueteiro
AMBIENTE URBANO

Núcleios - Paio Pires


ESTADO CENTRAL

Interfaces - Corroios

Núcleios - Arrentela
Interfaces - Seixal

Núcleios - Amora
Interfaces - Coina
ESTADO AML
INTERFACES
Escala Entidade Entidade a
PATMT
FICHA DE AÇÃO N.º Responsável Envolver

Junta de
REFORÇO DE CENTRALIDADES Município do Freguesia
A.1.3.1 x Municipal Municipal x x
LOCAIS EM FERNÃO FERRO Seixal Gabinete de
Participação
ACOMPANHAMENTO DA Estado Operador de
B.2.1.1 x Municipal x x x AML
CONCESSÃO DE TCR AML Transportes
TRANSPORTE FLEXÍVEL OU A Estado Município de
B.2.2.1 x Municipal x x x x AML
PEDIDO AML Sesimbra
ORGANIZAÇÃO E FORMALIZAÇÃO D.2.3. Município do
Municipal Municipal x x x x x
DO ESTACIONAMENTO 1 Seixal
Município do
ZONAS 30 E/OU DE COEXISTÊNCIA E.1.1.2 x x x Municipal Municipal x x x x x
Seixal
REFORMULAÇÃO DE Município do Infraestruturas
E.3.2.1 x Municipal Municipal x x
CRUZAMENTOS Seixal de Portugal, S.A.
INTERVENÇÕES SOBRE AS Município do Infraestruturas
E.3.2.2 x Municipal Municipal x x x x x
PASSADEIRAS Seixal de Portugal, S.A.
Tabela 23 – Articulação territorial: PALMT Fernão Ferro

PLANO DE MOBILIDADE E TRANSPORTES DO CONCELHO DO SEIXAL | RELATÓRIO FINAL – VERSÃO FINAL


2021 TRENMO Este documento é confidencial e não pode ser reproduzido sem autorização prévia da TRENMO Engenharia, S.A. 174
04.2. PROGRAMAS DE INTERVENÇÃO E INVESTIMENTO
Para cada Plano de Ação estabelecido anteriormente (PATMT e PALMT) são desenvolvidos Programas de Intervenção e
Investimento integrando as intervenções previstas e as estimativas orçamentais, sempre que possível, a implementar num
determinado território do Concelho do Seixal.
O programa de intervenção inclui intervenções relativas aos diferentes modos de deslocação, para que cada etapa assegure
a coerência global das diferentes intervenções da mesma natureza previstas para todo o Concelho do Seixal.
O período de vigência do PMTCS é de 10 anos, sendo que a maioria das medidas nele previstas serão implementadas neste
horizonte temporal, tendo-se assumido dois prazos de calendarização, a saber:
 Curto prazo, período ate 2024 e que inclui as ações consideradas como prioritárias;
 Longo prazo, período entre 2024 e 2030.
A maioria das medidas serão implementadas num dos períodos temporais, havendo, no entanto, algumas, cuja
implementação se estende por ambos os períodos, já que são medidas cuja implementação se prevê seja efetuada de forma
faseada e outras que, pelos objetivos que pretendem atingir deverão ser implementadas continuamente ao longo de todo o
período de vigência do PMTCS (e.g. implementação de campanhas de sensibilização, informação e educação para a
segurança rodoviária).
Relativamente à estimativa global dos custos de investimento previsto para a implementação das medidas do Plano de Ação
do PMTCS, os valores apresentados reportam-se a estimativas de investimento, devendo ser entendidos como indicativos,
uma vez que os custos de implementação variam em função de um conjunto de fatores como a fonte consultada, a tipologia
de soluções a implementar, e principalmente porque muitas das medidas propostas no Plano de Ação deste PMTCS carecem
ainda de estudos mais detalhados e pormenorizados de forma a ser possível aferir os custos de implementação das mesmas.
A título de exemplo, os custos associados à formalização das zonas de coexistência, zonas de acesso automóvel
condicionado e zonas 30 são apresentados como estimativas globais uma vez que estas ações podem apresentar variações
significativas nos custos consoante o tipo de intervenção proposta, podendo, por exemplo, ser necessário apenas introduzir
sinalização, aplicar desnivelamentos nas entradas (ou outra medida de acalmia de tráfego) ou mesmo reperfilar os
arruamentos.
Pela mesma razão (necessidade de estudos mais aprofundados) não são apresentados valores para algumas das medidas
propostas, já que o custo da sua implementação poderá variar significativamente consoante a solução apontada por esses
mesmos estudos.
Nas tabelas seguintes (21 a 26) apresenta-se a estimativa de custos por objetivo específico, linha de atuação e respetiva
medida.

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OBJETIVOS ESTRUTURANTES INVESTIMENTO 2020-2024 INVESTIMENTO 2025-2030
FICHA DE Custo da Custo da
LINHAS DE ATUAÇÃO Custo da Custo da
AÇÃO Estudo Exploração / Exploração / Investimento Global
MEDIDAS Implementação Implementação
Manutenção Manutenção
A. Equilíbrio Territorial - Contribuir para o equilíbrio territorial, dentro do
município e no contexto regional, proporcionando condições ao - € 5 775 000,00 € 315 000,00 € 1 150 000,00 € 581 250,00 € 7 821 250,00 €
desenvolvimento de fluxos e oportunidades equitativas
A.1 | Reforçar o papel do planeamento na melhoria do sistema de transportes - € - € - € - € - € - €
A.2 | Promover a integração dos sistemas urbanos - € 5 775 000,00 € 315 000,00 € 1 150 000,00 € 581 250,00 € 7 821 250,00 €
A.3 Diversificar a economia local e promover a atratividade do município
- € - € - € - € - € - €
(incentivar fluxos mais curtos ou inversos)
B. Mobilidade sustentável - Contribuir para uma mobilidade mais atrativa em TC e
110 000,00 € 489 000,00 € 560 000,00 € 270 081 000,00 € 860 000,00 € 271 990 000,00 €
em modos suaves
B.1 | Promover a competitividade e a equidade territorial do Seixal no contexto
50 000 € -€ -€ 270 000 000 € -€ 270 000 000 €
regional
B.2 | Promover a integração e qualificação do TP 25 000 € -€ 200 000 € -€ 250 000 € 450 000 €
B.3 | Implementar medidas de gestão da mobilidade -€ 489 000 € 360 000 € 81 000 € 610 000 € 1 540 000 €
B.4 | Aumentar a sustentabilidade das atividades logísticas 35 000 € -€ -€ -€ -€ -€
C. Acessibilidade - Contribuir para a melhoria das condições de acessibilidade e
- € 5 887 207,23 € 384 856,58 € 11 188 816,87 € 1 474 002,41 € 18 934 883,09 €
dando à acessibilidade universal
C.1 | Qualificar a rede viária valorizando o TP -€ 63 000 € -€ -€ -€ 63 000 €
C.2 | Fomentar a competitividade e eficiência do TP (integração física) -€ 2 220 000 € 89 600 € 2 695 000 € 168 600 € 5 173 200 €
C.3 | Melhorar as redes pedonais e cicláveis -€ 3 604 207 € 295 257 € 8 493 817 € 1 305 402 € 13 698 683 €
D. Intermodalidade - Contribuir para a acessibilidade multimodal nas
25 000,00 € 5 163 200,00 € 285 300,00 € 833 200,00 € 371 100,00 € 6 677 800,00 €
deslocações casa-trabalho/escola valorizando o o sistema de TP
D.1 | Assegurar a acessibilidade multimodal (integração de serviços) -€ 2 583 200 € 20 800 € 83 200 € 41 600 € 2 728 800 €
D.2 | Implementar medidas de gestão de estacionamento 25 000 € 1 985 000 € -€ 650 000 € -€ 2 660 000 €
D.3 | Informação e divulgação do TP e promoção de soluções MaaS -€ 595 000 € 264 500 € 100 000 € 329 500 € 1 289 000 €
E. Qualidade e Segurança das deslocações - Contribuir para a diminuição de
30 000,00 € 4 014 400,00 € - € 4 000 000,00 € - € 8 044 400,00 €
sinistros e promover o sentimento de segurança nas deslocações
E.1 | Melhorar a qualidade do espaço público -€ 4 000 000 € -€ 4 000 000 € -€ 8 000 000 €
E.2 | Introduzir medidas de acalmia de tráfego -€ -€ -€ -€ -€ -€
E.3 | Intervir sobre os locais/pontos de conflito 30 000 € 14 400 € -€ -€ -€ 44 400 €

Tabela 24 – Estimativa geral de investimento

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OBJETIVOS ESTRUTURANTES INVESTIMENTO 2020-2024 INVESTIMENTO 2025-2030
LINHAS DE ATUAÇÃO FICHA DE AÇÃO N.º Custo da Custo da
Custo da Custo da Investimento
Estudo Exploração / Exploração /
MEDIDAS Implementação Implementação Global
Manutenção Manutenção
A. Equilíbrio Territorial - Contribuir para o equilíbrio territorial, dentro do município e no contexto regional,
- € 5 775 000,00 € 315 000,00 € 1 150 000,00 € 581 250,00 € 7 821 250,00 €
proporcionando condições ao desenvolvimento de fluxos e oportunidades equitativas

A.1 | Reforçar o papel do planeamento na melhoria do sistema de transportes


- € - € - € - € - € - €

A.1.1 | Promover a densidade e a qualidade urbana DENSIFICAÇÃO DA ENVOLVENTE DOS


A.1.1.1 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d.
junto aos interfaces INTERFACES

A.1.2 | Promover a consolidação e densificação CONSOLIDAÇÃO URBANA DO CORREDOR


A.1.2.1 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d.
urbana do eixo Corroios|Fogueteiro|Seixal CORROIOS-SEIXAL

A.1.3 | Incentivar o reforço de centralidades locais REFORÇO DE CENTRALIDADES LOCAIS EM


A.1.3.1 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d.
em áreas de baixa densidade FERNÃO FERRO

A.2 | Promover a integração dos sistemas urbanos - € 5 775 000,00 € 315 000,00 € 1 150 000,00 € 581 250,00 € 7 821 250,00 €

TRAVESSIA PEDONAL E CICLÁVEL SEIXAL-


A.2.1.1 4 000 000 € -€ -€ -€ 4 000 000 €
A.2.1 | Estabelecer a ligação pedonal e ciclável na BARREIRO -€
frente fluvial do Seixal
ECOVIA DA PONTA DOS CORVOS A.2.1.2 1 575 000 € 315 000 € 750 000 € 581 250 € 3 221 250 €
-€

A.2.2 | Implementar corredor verde paralelo à EN378 CORREDOR VERDE PARALELO À EN378 A.2.2.1 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d.

A.2.3 | Melhorar a "permeabilidade" das ligações na REQUALIFICAÇÃO DAS PASSAGENS


A.2.3.1 -€ 200 000 € -€ 400 000 € -€ 600 000 €
transposição de barreiras como A2/ferrovia SUPERIORES/INFERIORES

A.3 Diversificar a economia local e promover a atratividade do município (incentivar fluxos mais curtos ou
inversos) - € - € - € - € - € - €

CONCENTRAÇÃO E DENSIFICAÇÃO DAS


A.3.1.1 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d.
A.3.1 | Fomentar a especialização funcional e ÁREAS INDUSTRIAIS
económica do território REATIVAÇÃO DO CAIS DA SIDERURGIA
A.3.1.2 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d.
NACIONAL (TERMINAL DO SEIXAL)

A.3.2 | Apostar na materialização de uma nova CONEXÃO DO NOVO HOSPITAL DO SEIXAL


A.3.2.1 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d.
centralidade regional – o Novo Hospital do Seixal AO SISTEMA DE TRANSPORTES

Tabela 25 – Estimativa de investimento: A. Equilíbrio Territorial

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OBJETIVOS ESTRUTURANTES INVESTIMENTO 2020-2024 INVESTIMENTO 2025-2030
LINHAS DE ATUAÇÃO FICHA DE AÇÃO N.º Custo da Custo da Custo da
Custo da Investimento
Estudo Implementaç Exploração / Exploração /
MEDIDAS Implementação Global
ão Manutenção Manutenção

B. Mobilidade sustentável - Contribuir para uma mobilidade mais atrativa em TC e em modos suaves 110 000,00 € 489 000,00 € 560 000,00 € 270 081 000,00 € 860 000,00 € 271 990 000,00 €

B.1 | Promover a competitividade e a equidade territorial do Seixal no contexto regional 50 000 € -€ -€ 270 000 000 € -€ 270 000 000 €

EXTENSÃO E REFORÇO DA OFERTA DO


B.1.1 | Integração na rede ferroviária nacional SERVIÇO FERROVIÁRIO DA FERTAGUS AO B.1.1.1 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d.
ORIENTE
REFORÇO DA OFERTA NO TERMINAL
B.1.2.1 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d.
FLUVIAL DO SEIXAL
B.1.2 | Reforço do serviço fluvial
CRIAÇÃO DE UM SERVIÇO FLUVIAL NA
B.1.2.2 50 000 € -€ -€ -€ -€ -€
MARGEM SUL

CONCRETIZAÇÃO DO PROJETO DE
B.1.3 | Execução da extensão do MTS B.1.3.1 -€ -€ -€ 270 000 000 € -€ 270 000 000 €
EXPANSÃO DO MTS (CTTP)

B.2 | Promover a integração e qualificação do TP 25 000 € -€ 200 000 € -€ 250 000 € 450 000 €

ACOMPANHAMENTO DA CONCESSÃO DE
B.2.1 | Melhorar o serviço prestado pelo TCR B.2.1.1 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. - €
TCR

B.2.2 | Implementar sistemas complementares ao


TRANSPORTE FLEXÍVEL OU A PEDIDO B.2.2.1 25 000 € -€ 200 000 € -€ 250 000 € 450 000 €
TCR

B.3 | Implementar medidas de gestão da mobilidade -€ 489 000 € 360 000 € 81 000 € 610 000 € 1 540 000 €

B.3.1 | Monitorizar a evolução da Mobilidade no CRIAÇÃO DE UM OBSERVATÓRIO DA


B.3.1.1 -€ 10 000 € 288 000 € -€ 180 000 € 478 000 €
concelho MOBILIDADE

B.3.2 | Promover o recurso aos modos suave nas


IMPLEMENTAÇÃO DE PEDI-BUS E BIKE-BUS B.3.2.1 -€ 54 000 € 72 000 € 81 000 € 225 000 € 432 000 €
deslocações curtas

MOBILIDADE SUSTENTÁVEL PARA ESCOLAS B.3.3.1 -€ 15 000 € -€ -€ 35 000 € 50 000 €


B.3.3 | Criar soluções adaptativas suportadas nos
padrões de mobilidade MOBILIDADE SUSTENTÁVEL PARA
B.3.3.2 -€ 30 000 € -€ -€ 70 000 € 100 000 €
EMPRESAS E POLOS

AÇÕES DE FORMAÇÃO / WORKSHOPS PARA


B.3.4.1 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. -€
UMA MOBILIDADE SUSTENTÁVEL
B.3.4 | Criar campanhas de sensibilização para a
mobilidade sustentável CAMPANHAS DE INFORMAÇÃO /
COMUNICAÇÃO PARA UMA MOBILIDADE B.3.4.2 -€ 40 000 € -€ -€ 50 000 € 90 000 €
SUSTENTÁVEL

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AÇÕES DE FORMAÇÃO / WORKSHOPS DE
B.3.5.1 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. -€
SEGURANÇA RODOVIÁRIA
B.3.5 | Implementar campanhas de sensibilização de
segurança e sinistralidade rodoviária CAMPANHAS DE INFORMAÇÃO /
COMUNICAÇÃO DE SEGURANÇA B.3.5.2 -€ 40 000 € -€ -€ 50 000 € 90 000 €
RODOVIÁRIA
EXPANSÃO DA REDE DE POSTOS DE
B.3.6 | Incentivar a mobilidade elétrica B.3.6.1 -€ 300 000 € -€ -€ -€ 300 000 €
CARREGAMENTO RÁPIDO

B.4 | Aumentar a sustentabilidade das atividades logísticas 35 000 € -€ -€ -€ -€ -€

CONDICIONAMENTO DE VEÍCULOS PESADOS


B.4.1 | Restrição à circulação de pesados B.4.1.1 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. - €
NO ESPAÇO URBANO

B.4.2 | Implementar medidas de gestão de cargas e REGULAMENTAÇÃO PARA CARGAS E


B.4.2.1 10 000 € -€ -€ -€ -€ -€
descargas DESCARGAS

B.4.3 | Implementar projeto piloto de gestão da PROJETO PILOTO GESTÃO DE LOGÍSTICA


B.4.3.1 25 000 € -€ -€ -€ -€ -€
logística URBANA

Tabela 26 – Estimativa de investimento: B. Mobilidade Sustentável

OBJETIVOS ESTRUTURANTES INVESTIMENTO 2020-2024 INVESTIMENTO 2025-2030


LINHAS DE ATUAÇÃO FICHA DE AÇÃO N.º Custo da Custo da
Custo da Custo da Investimento
Estudo Exploração / Exploração /
MEDIDAS Implementação Implementação Global
Manutenção Manutenção
C. Acessibilidade - Contribuir para a melhoria das condições de acessibilidade e dando à acessibilidade
- € 5 887 207,23 € 384 856,58 € 11 188 816,87 € 1 474 002,41 € 18 934 883,09 €
universal

C.1 | Qualificar a rede viária valorizando o TP -€ 63 000 € -€ -€ -€ 63 000 €

FECHO DA REDE VIÁRIA C.1.1.2 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. - €

C.1.1 | Fecho da rede rodoviária estruturante e MELHORIA DO DESEMPENHO DA REDE E DA


C.1.1.3 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. - €
melhoria da hierarquização funcional ACESSIBILIDADE

HIERARQUIZAÇÃO DA REDE VIÁRIA C.1.1.1 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. - €

C.1.2 | Priorizar o TP no acesso à infraestrutura IMPLEMENTAÇÃO DE CORREDORES BUS C.1.2.1 -€ 48 000 € -€ -€ -€ 48 000 €

C.1.3 | Implementar sistemas para compatibilização SISTEMAS AUTOMÁTICOS DE CONTROLO DE


C.1.3.1 -€ 5 000 € -€ -€ -€ 5 000 €
de fluxos VELOCIDADE

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SISTEMAS DE SEMÁFOROS PARA PEÕES C.1.3.2 -€ 10 000 € -€ -€ -€ 10 000 €

C.2 | Fomentar a competitividade e eficiência do TP (integração física) -€ 2 220 000 € 89 600 € 2 695 000 € 168 600 € 5 173 200 €

C.2.1 | Melhorar a acessibilidade em TCR aos MELHORIA DO REBATIMENTO DO TCR NOS


C.2.1.1 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. - €
interfaces INTERFACES

GARANTIR A ACESSIBILIDADE AOS/DENTRO


C.2.2.1 -€ 1 000 000 € -€ 1 500 000 € -€ 2 500 000 €
DOS INTERFACES
AUMENTAR O NÚMERO DE VEÍCULOS TP
C.2.2 | Promover a acessibilidade universal ADAPTADOS A PESSOAS COM MOBILIDADE C.2.2.2 -€ 320 000 € -€ 400 000 € -€ 720 000 €
REDUZIDA
AUMENTAR O NÚMERO DE LUGARES PMR E
C.2.2.3 -€ 4 000 € -€ 5 000 € -€ 9 000 €
MELHORAR DIMENSIONAMENTO

C.2.3 | Assegurar o acesso e conforto nas MELHORAR CONDIÇÕES DE ACESSO AO


C.2.3.1 -€ 896 000 € 89 600 € 790 000 € 168 600 € 1 944 200 €
deslocações pedonais a paragens de TCR TRANSPORTE PÚBLICO

C.3 | Melhorar as redes pedonais e cicláveis -€ 3 604 207 € 295 527 € 8 493 817 € 1 305 402 € 13 698 683 €

EXECUÇÃO DA REDE PEDONAL


C.3.1 | Estruturação de uma rede pedonal C.3.1.1 -€ 1 008 000 € 80 640 € 2 352 000 € 336 000 € 3 776 640 €
ESTRUTURANTE

EXECUÇÃO DA REDE CICLÁVEL


C.3.2.1 -€ 2 560 207 € 204 817 € 5 973 817 € 853 402 € 9 592 243 €
ESTRUTURANTE
C.3.2 | Estruturação de uma rede ciclável
INSTALAÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE APOIO
C.3.2.2 -€ 36 000 € 9 800 € 168 000 € 116 000 € 329 800 €
À UTILIZAÇÃO DE BICICLETA

Tabela 27 – Estimativa de investimento: C. Acessibilidade

OBJETIVOS ESTRUTURANTES INVESTIMENTO 2020-2024 INVESTIMENTO 2025-2030


LINHAS DE ATUAÇÃO FICHA DE AÇÃO N.º Custo da Custo da
Custo da Custo da Investimento
Estudo Exploração / Exploração /
MEDIDAS Implementação Implementação Global
Manutenção Manutenção
D. Intermodalidade - Contribuir para a acessibilidade multimodal nas deslocações casa-trabalho/escola
25 000,00 € 5 163 200,00 € 285 300,00 € 833 200,00 € 371 100,00 € 6 677 800,00 €
valorizando o o sistema de TP

D.1 | Assegurar a acessibilidade multimodal (integração de serviços) -€ 2 583 200 € 20 800 € 83 200 € 41 600 € 2 728 800 €

ARTICULAÇÃO DAS MEDIDAS DE PROMOÇÃO


D.1.1 | Reforçar as condições de intermodalidade
DA INTERMODALIDADE NOS PRINCIPAIS D.1.1.1 -€ 2 500 000 € -€ -€ -€ 2 500 000 €
nos principais interfaces
INTERFACES

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2021 TRENMO Este documento é confidencial e não pode ser reproduzido sem autorização prévia da TRENMO Engenharia, S.A. 180
D.1.2 | Implementar sistema de bicicletas partilhadas
REDE DE BIKESHARING D.1.2.1 -€ 83 200 € 20 800 € 83 200 € 41 600 € 228 800 €
em eixos estruturantes

D.1.3 | Incentivar o transporte de bicicletas no TP TRANSPORTE DE BICICLETAS NOS TP D.1.3.1 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. - €

D.2 | Implementar medidas de gestão de estacionamento 25 000 € 1 985 000 € -€ 650 000 € -€ 2 660 000 €

TAXAÇÃO DO ESTACIONAMENTO D.2.1.1 25 000 € -€ -€ -€ -€ 25 000 €

D.2.1 | Integrar a gestão do estacionamento no REDE DE PARQUES DE ESTACIONAMENTO


D.2.1.2 -€ 650 000 € -€ 650 000 € -€ 1 300 000 €
sistema de transportes DISSUASORES NOS INTERFACES
ABERTURA DOS PARQUES DE
ESTACIONAMENTO DESATIVADOS DA D.2.1.3 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. - €
FERTAGUS

D.2.2 | Assegurar a fiscalização do estacionamento FISCALIZAÇÃO DO ESTACIONAMENTO D.2.1.1 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. - €

ORGANIZAÇÃO E FORMALIZAÇÃO DO
D.2.3.1 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. - €
D.2.3 | Organização e formalização do ESTACIONAMENTO
estacionamento COMPENSAÇÃO DE LUGARES DE
D.2.3.2 -€ 1 335 000 € -€ -€ -€ 1 335 000 €
ESTACIONAMENTO

D.3 | Informação e divulgação do TP e promoção de soluções MaaS -€ 595 000 € 264 500 € 100 000 € 329 500 € 1 289 000 €

SISTEMA DE INFORMAÇÃO AO PÚBLICO D.3.1.1 -€ 500 000 € -€ -€ -€ 500 000 €


D.3.1 | Melhorar a qualidade da informação
disponível ao público
ESPAÇOS DE APOIO À MOBILIDADE D.3.1.2 -€ 15 000 € 264 500 € -€ 329 500 € 609 000 €

CAMPANHAS DE INFORMAÇÃO E
COMUNICAÇÃO DO SISTEMA DE D.3.2.1 -€ 40 000 € -€ 50 000 € -€ 90 000 €
TRANSPORTES
D.3.2 | Criar campanhas de divulgação dos serviços MAPA PEDONAL SEIXAL A PÉ (E
de TP e modos suaves D.3.2.2 -€ 20 000 € -€ 25 000 € -€ 45 000 €
COMUNICAÇÃO)

CARTA CICLÁVEL MUNICIPAL (E


D.3.2.3 -€ 20 000 € -€ 25 000 € -€ 45 000 €
COMUNICAÇÃO)

D.3.3 | Promover a implementação de soluções


PLATAFORMA DE MOBILIDADE D.3.4.1 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. - €
MaaS

Tabela 28 – Estimativa de investimento: D. Intermodalidade

PLANO DE MOBILIDADE E TRANSPORTES DO CONCELHO DO SEIXAL | RELATÓRIO FINAL – VERSÃO FINAL


2021 TRENMO Este documento é confidencial e não pode ser reproduzido sem autorização prévia da TRENMO Engenharia, S.A. 181
OBJETIVOS ESTRUTURANTES INVESTIMENTO 2020-2024 INVESTIMENTO 2025-2030
LINHAS DE ATUAÇÃO FICHA DE AÇÃO N.º Custo da Custo da
Custo da Custo da Investimento
Estudo Exploração / Exploração /
MEDIDAS Implementação Implementação Global
Manutenção Manutenção
E. Qualidade e Segurança das deslocações - Contribuir para a diminuição de sinistros e promover o sentimento
30 000,00 € 4 014 400,00 € - € 4 000 000,00 € - € 8 044 400,00 €
de segurança nas deslocações

E.1 | Melhorar a qualidade do espaço público -€ 4 000 000 € -€ 4 000 000 € -€ 8 000 000 €

REQUALIFICAÇÃO URBANA SEIXAL-


E.1.1.1 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. - €
E.1.1 | Alargar a intervenção urbana do núcleo do ARRENTELA-AMORA
Seixal a outros núcleos
ZONAS 30 E/OU DE COEXISTÊNCIA E.1.1.2 -€ 4 000 000 € -€ 4 000 000 € -€ 8 000 000 €

E.2 | Introduzir medidas de acalmia de tráfego -€ -€ -€ -€ -€ -€

REDUÇÃO DOS FLUXOS DE


ATRAVESSAMENTO EM VIAS DE ELEVADA E.2.1.1 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. - €
SINISTRALIDADE
MEDIDAS DE ACALMIA DE TRÁFEGO NOS
E.2.1.2 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. - €
EIXOS DE MAIOR FLUXO
E.2.1 | Implementar medidas de acalmia
MEDIDAS DE ACALMIA DE TRÁFEGO NOS
E.2.1.3 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. - €
EIXOS CICLÁVEIS

MEDIDAS DE ACALMIA NO ACESSO AOS


E.2.1.4 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. - €
ESTABELECIMENTOS ESCOLARES

E.3 | Intervir sobre os locais/pontos de conflito 30 000 € 14 400 € -€ -€ -€ 44 400 €

MEDIDAS DE ELIMINAÇÃO DE PONTOS


E.3.1.1 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. - €
NEGROS
E.3.1 | Intervir nos pontos negros de sinistralidade
REFORÇO DA SINALIZAÇÃO RODOVIÁRIA E.3.1.2 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. - €

REFORMULAÇÃO DE CRUZAMENTOS E.3.2.1 -€ 14 400 € -€ -€ -€ 14 400 €


E.3.2 | Aumentar a segurança dos atravessamentos
pedonais
INTERVENÇÕES SOBRE AS PASSADEIRAS E.3.2.2 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. - €

E.3.3 | Executar um Plano de Segurança Rodoviária PLANO DE SEGURANÇA RODOVIÁRIA E.3.3.1 30 000 € -€ -€ -€ -€ 30 000 €

Tabela 29 – Estimativa de investimento: E. Qualidade e Segurança Rodoviária

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04.2.1. FINANCIAMENTOS DISPONÍVEIS
Importa notar que os valores apresentados não correspondem à totalidade dos encargos associados à implementação do
plano, uma vez que, conforme referido anteriormente, existem diversas propostas para as quais não foi possível estimar os
custos previstos para a sua implementação, estimando-se assim que os custos globais, sobretudo de investimento, sejam
substancialmente superiores aos aqui orçamentados.
A estratégia de intervenção do PMSTS é ambiciosa no que se refere ao número e diversidade das propostas enunciadas,
mas também relativamente ao investimento necessário para a realização das propostas consideradas.
No âmbito nacional, é oportuno avaliar a possibilidade de concorrer aos fundos de financiamento associados ao Programa
Operacional da Região de Lisboa (onde se enquadram a maioria do conjunto de propostas a candidatar), assim como a grandes Planos
de Ação em curso (e.g., eficiência energética).
Sendo o financiamento um ponto crítico no desenvolvimento destes planos, nomeadamente num contexto em que os recursos
económicos são escassos e solicitados por múltiplas prioridades em simultâneo, é importante que em articulação com a
calendarização do programa de ação, seja efetuado um levantamento das diversas linhas e fontes de financiamento
existentes.
Este acompanhamento é ainda mais premente quando nos encontramos num ponto de transição entre quadros comunitários
de financiamento. Nesta transição equaciona-se a abertura de um quadro de overbooking do Portugal2020 que poderá
decorrer da disponibilidade financeira decorrente da anulação de compromissos e da realização dos investimentos em
montantes inferiores aos aprovados, e condicionado a apoiar projetos com elevado grau de maturidade, que sejam
implementados física e financeiramente. Neste regime existe um conjunto de investimentos, que mesmo executados com
financiamento próprio por parte do Município podem ser despesas elegíveis para candidaturas, e assim ter aprovação,
tornando possível a reafectação da fonte de financiamento por verbas deste regime.
Assim, e de forma a garantir que são aproveitadas e maximizadas as oportunidades disponíveis, apresenta-se uma análise
às principais fontes de financiamento que poderão ser usadas de imediato para apoiar a concretização das ações propostas
no plano temporal estimado.

Programa Operacional da Região de Lisboa (POR Lisboa 2020)


O Lisboa 2020 é o instrumento financeiro de apoio ao desenvolvimento da Região de Lisboa (no período 2014-2020), a qual
é constituída por duas NUTSIII – Grande Lisboa e Península de Setúbal.
O programa de intervenção apresentado enquadra um conjunto de propostas que têm cabimento em candidaturas no âmbito
do POR Lisboa 2020. Este programa enquadra projetos que visam tornar a Região de Lisboa mais competitiva na economia
global, mais inclusiva no acesso ao mercado de trabalho por parte dos jovens, dos menos qualificados e dos mais
desfavorecidos e mais sustentável na utilização de recursos.
No POR Lisboa 2020 encontra-se estruturado em 9 Eixos Prioritários (mobilizando 25 prioridades de investimento) que têm
relevância para a implementação do Plano de Ação do PMTCS:
 Eixo Prioritário 3 – Apoiar a transição para uma economia com baixas emissões de carbono em todos os
setores
 Eixo Prioritário 4 – Preservar e proteger o ambiente e promover a utilização eficiente dos recursos
 Eixo Prioritário 5 – Promover a sustentabilidade e a qualidade do emprego e apoiar a mobilidade dos
trabalhadores
 Eixo Prioritário 8 – Desenvolvimento urbano sustentável

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Destacando-se, pela sua relevância para o possível financiamento de algumas propostas do PMSTS, o Eixo Prioritário 8 -
Desenvolvimento urbano sustentável, o qual integra as seguintes prioridades de investimento:
 PI 4.5: Promoção de estratégias de baixo teor de carbono para todos os tipos de territórios, nomeadamente,
as zonas urbanas, incluindo a promoção de mobilidade urbana multimodal sustentável e medidas de
adaptação relevantes para a atenuação;
 PI 6.5: Adoção de medidas destinadas a melhorar o ambiente urbano, a revitalizar as cidades, recuperar e
descontaminar zonas industriais abandonadas, incluindo zonas de reconversão, a reduzir a poluição do ar
e a promover medidas de redução de ruído;
 PI 9.8: Apoio à regeneração física, económica e social das comunidades desfavorecidas em zonas urbanas
e rurais.
No âmbito do eixo 8 são apoiadas ações relevantes para o PMTCS (maioritariamente integradas na PI 4.5):
 Planos de mobilidade urbana sustentável, municipais ou intermunicipais, de acordo com as orientações
elaboradas pelo IMT para a elaboração desses planos, que considerem os padrões dos movimentos
pendulares e enquadrem as intervenções a apoiar;
 Investimentos nos modos suaves (bicicleta e pedonal): ciclovias ou vias pedonais (excluindo as que tenham
fins de lazer como objetivo principal);
 Melhoria da rede de interfaces com a rede de transporte públicos coletivos (incluindo intervenções em
parqueamento quando associado às estações ferroviárias ou interfaces de transportes públicos como
terminais de autocarros e na periferia de centros urbanos), a sua organização funcional e a sua inserção
urbana no território, tendo em vista o reforço da utilização do transporte público coletivo e dos respetivos
modos suaves;
 Reforço da integração multimodal para os transportes públicos através de soluções de bilhética integrada;
 Estruturação de corredores urbanos de procura elevada, nomeadamente, priorizando o acesso à
infraestrutura por parte dos transportes públicos e dos modos suaves, criando nomeadamente corredores
específicos “em sítio próprio”;
 Apoio na adoção de sistemas de informação aos utilizadores de transportes públicos coletivos de
passageiros em tempo real;
 Investimentos em equipamento de sistemas inteligentes de controlo de tráfego rodoviário, quando
comprovado o relevante contributo para a redução de GEE;
 Ações que reduzam as emissões de GEE em zonas de elevadas concentrações (e.g., criação de áreas
para a circulação seletiva de veículos, criação de Zonas 30, etc.).

Programas temáticos do Portugal 2020


o Programa Competitividade e Internacionalização (COMPETE 2020)
O COMPETE 2020, integrado no Portugal 2020, visa reforçar a competitividade da economia portuguesa e a sua presença no mercad o
internacional, através do financiamento de projetos que contribuam para a criação de emprego e a retoma económica do país, colocando-
a em convergência com as maiores economias europeias. O programa encontra-se estruturado em 6 eixos prioritários, tendo por base
os objetivos temáticos definidos no Portugal 2020, sendo de destacar o seguinte:

 Eixo IV - Promoção de transportes sustentáveis e eliminação dos estrangulamentos nas principais redes
de infraestruturas (OT7);

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o Programa Operacional da Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (PO SEUR)
O PO SEUR – Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso dos Recursos encontra-se integrado no Programa
Portugal 2020 e pretende contribuir especialmente na prioridade de crescimento sustentável, respondendo aos desafios de
transição para uma economia de baixo carbono, assente numa utilização mais eficiente de recursos e na promoção de maior
resiliência face aos riscos climáticos e às catástrofes, indo por isso ao encontro do objetivo 4.5 do programa Portugal 2020.
O PMTCS incidindo diretamente sobre as questões associadas à temática da mobilidade e dos transportes, enquadra-se no
seguinte eixo:
 Eixo I - Apoiar a transição para uma economia com baixas emissões de carbono em todos os sectores;
O qual se estrutura em 5 objetivos, sendo de destacar, a promoção de transportes ecológicos e da mobilidade sustentável,
que visa financiar as medidas como:
 Alargamento da rede de pontos de carregamento público de acesso público
 Medidas e ações de promoção nacional da mobilidade elétrica.
Para além do PT2020 e doo seu potencial de reprogramação, existem outras fontes de financiamento para as medidas
enquadradas no PMTCS.
Como já referido, com este quadro comunitário de financiamento quase a terminar, importa perspetivar o enquadramento das
medidas no novo quadro Portugal 2030, que resulta de um conjunto de prioridades que foram agrupadas em torno de oito
eixos, que visam responder aos principais constrangimentos ao desenvolvimento do país, dos quais têm relevância para o
Plano de Acão os seguintes:
 Sustentabilidade demográfica: Travar o envelhecimento populacional e assegurar a sustentabilidade
demográfica, assegurando simultaneamente a provisão e bens e serviços adequados a uma população
envelhecida
 Energia e alterações climáticas: Assegurar as condições para a diminuição da dependência energética e
de adaptação dos territórios às alterações climáticas, garantindo a gestão dos riscos associados
 Economia do mar: Reforçar o potencial económico estratégico da Economia do Mar, assegurando a
sustentabilidade ambiental e dos recursos marinhos
 Redes e Mercados Externos: Assegurar a competitividade externa das cidades e regiões urbanas dos
territórios atlânticos e dos territórios do interior
 Competitividade e coesão dos territórios de baixa densidade: Reforçar a competitividade dos territórios da
baixa densidade em torno de cidades médias, potenciando a exploração sustentável dos recursos
endógenos e o desenvolvimento rural, diversificando a base económica para promover a sua convergência
e garantindo a prestação de serviços públicos

Outros programas nacionais


o Fundo de Eficiência Energética (FEE)
Este instrumento de financiamento (criado pelo Decreto-lei n.º 50/2010, de 20 de maio) visa financiar o conjunto de medidas
contempladas no Plano Nacional de Ação para a Eficiência Energética, entretanto revisto através da Resolução do Conselho
de Ministros n.º 20/2013, de 10 de abril (Estratégia para a Eficiência Energética – PNAEE 2016).

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O apoio ao desenvolvimento de projetos é atribuído mediante apresentação de candidaturas na sequência de lançamento
de avisos em domínios específicos. Na área específica dos transportes a Estratégia para a Eficiência Energética – PNAEE
2016 contempla três programas:
 Mobilidade Urbana, que abrange as medidas relacionadas com a necessidade de incentivar a utilização de
TC e dos modos suaves de transporte em detrimento do TI motorizado, com um enfoque particular nas
zonas urbanas (inclui: promoção da mobilidade sustentável e da adoção de boas práticas; utilização de
transportes e soluções de mobilidade energeticamente mais eficientes, nomeadamente através do apoio à
introdução de minibus e serviços de transporte flexível, centrais de gestão de frotas e atribuição automática
de serviços de táxi e utilização de bicicletas e modos de transportes suaves);
 Sistema de Eficiência Energética nos Transportes, que integra medidas que visam dinamizar a utilização
das redes ferroviárias de passageiros, bem como a gestão energética das frotas de transportes (inclui:
oferta de transporte ferroviário de passageiros; regulamento de gestão de consumos de energia nos
transportes; apoio à instalação de equipamentos de enchimento de pneus a nitrogénio; e, sistema de gestão
de frotas e promoção da eco condução).

Fundos e programas europeus


o Programa LIFE
Programa LIFE (2014-2020) dispõe de uma dotação financeira de 3,4 mil milhões de Euros para o seu período de vigência,
contemplando dois subprogramas: “Subprograma relativo ao ambiente” e “Subprograma relativo à ação climática”. No âmbito
do “Subprograma relativo à ação climática”, foram definidas 3 prioridades estratégicas:
 Mitigação das alterações climáticas;
 Adaptação às alterações climáticas;
 Governação e informação em matéria de clima.
No âmbito da prioridade “Mitigação das alterações climáticas” são financiadas ações que concorram para a concretização
dos seguintes objetivos específicos:
 Contribuir para a execução e o desenvolvimento da política e da legislação da União no domínio na
mitigação das alterações climáticas, incluindo a sua integração noutros domínios políticos, nomeadamente
mediante o desenvolvimento, o ensaio e a demonstração de abordagens de política ou de gestão, boas
práticas e soluções destinadas a atenuar as alterações climáticas;
 Reforçar a base de conhecimentos para o desenvolvimento, apreciação, acompanhamento, avaliação e
execução de ações e medidas eficazes de mitigação das alterações climáticas e melhorar a capacidade de
aplicar esses conhecimentos na prática;
 Facilitar o desenvolvimento e a aplicação de abordagens integradas, nomeadamente no âmbito de
estratégias e planos de ação destinados a atenuar as alterações climáticas, a nível local, regional ou
nacional;
 Contribuir para o desenvolvimento e a demonstração de tecnologias, sistemas, métodos e instrumentos
inovadores de mitigação das alterações climáticas, adequados para serem reproduzidos, transferidos ou
integrados.
O Programa LIFE financia ações propostas por entidades públicas e privadas, incluindo: projetos-piloto; projetos de
demonstração; projetos de boas práticas; projetos integrados; projetos de assistência técnica; projetos de desenvolvimento

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de capacidade; projetos preparatórios; projetos de informação, sensibilização e divulgação; quaisquer outros projetos
necessários para a consecução dos objetivos gerais do Programa

04.2.2. ENTIDADE RESPONSÁVEL PELA AÇÃO


Como evidenciado anteriormente nem todas as propostas desenvolvidas no Plano de Ação do PMTCS são da
responsabilidade da CMS, seja porque correspondem a serviços concessionados a outras entidades (e.g., operadores de
transporte coletivo, bikesharing, etc.), seja porque são de âmbito privado (e.g., alteração da política de estacionamento dos
parques dos interfaces da Fertagus) ou são controladas por vontades individuais (e.g., adesão ou não à rede de Pedibus e
Bikebus por parte da comunidade escolar).
Assim, procurou-se identificar a entidade responsável pela implementação de cada medida, assim como identificar as
entidades ou agentes que, não tendo responsabilidades diretas na implementação, devem ser consultados e envolvidos
neste processo, tendo como principais objetivos.
No mesmo seguimento procurou-se identificar o grau de prioridade de cada medida face às demais, quer pela sua urgência
quer pela facilidade da sua execução.

OBJETIVOS ESTRUTURANTES ENTIDADES

(sendo máx=5 e mín=1)


PRIORIDADE DE
INTERVENÇÃO
LINHAS DE ATUAÇÃO
FICHA DE AÇÃO N.º Entidade Entidade a
MEDIDAS Responsável Envolver

A. Equilíbrio Territorial - Contribuir para o equilíbrio territorial, dentro do município e no contexto regional, proporcionando condições ao
desenvolvimento de fluxos e oportunidades equitativas
A.1 | Reforçar o papel do planeamento na melhoria do sistema de transportes

A.1.1 | Promover a densidade e a qualidade DENSIFICAÇÃO DA ENVOLVENTE Município do


A.1.1.1 3
urbana junto aos interfaces DOS INTERFACES Seixal

A.1.2 | Promover a consolidação e densificação CONSOLIDAÇÃO URBANA DO Município do


A.1.2.1 3
urbana do eixo Corroios|Fogueteiro|Seixal CORREDOR CORROIOS-SEIXAL Seixal
Junta de Freguesia
A.1.3 | Incentivar o reforço de centralidades REFORÇO DE CENTRALIDADES Município do
A.1.3.1 Gabinete de 4
locais em áreas de baixa densidade LOCAIS EM FERNÃO FERRO Seixal
Participação
A.2 | Promover a integração dos sistemas urbanos

TRAVESSIA PEDONAL E Município do Município do


A.2.1.1 5
A.2.1 | Estabelecer a ligação pedonal e ciclável CICLÁVEL SEIXAL-BARREIRO Seixal Barreiro
na frente fluvial do Seixal ECOVIA DA PONTA DOS Município do Município de
A.2.1.2 3
CORVOS Seixal Almada
Município de
A.2.2 | Implementar corredor verde paralelo à CORREDOR VERDE PARALELO À Município do Sesimbra
A.2.2.1 1
EN378 EN378 Seixal Infraestruturas de
Portugal, S.A.
A.2.3 | Melhorar a "permeabilidade" das REQUALIFICAÇÃO DAS
Município do Infraestruturas de
ligações na transposição de barreiras como PASSAGENS A.2.3.1 4
Seixal Portugal, S.A.
A2/ferrovia SUPERIORES/INFERIORES
A.3 Diversificar a economia local e promover a atratividade do município (incentivar fluxos mais curtos ou inversos)
CONCENTRAÇÃO E
Município do
DENSIFICAÇÃO DAS ÁREAS A.3.1.1 3
Seixal
A.3.1 | Fomentar a especialização funcional e INDUSTRIAIS
económica do território REATIVAÇÃO DO CAIS DA Empresas e polos
Município do
SIDERURGIA NACIONAL A.3.1.2 geradores de 3
Seixal
(TERMINAL DO SEIXAL) deslocações
A.3.2 | Apostar na materialização de uma nova CONEXÃO DO NOVO HOSPITAL
Governo de
centralidade regional – o Novo Hospital do DO SEIXAL AO SISTEMA DE A.3.2.1 4
Portugal
Seixal TRANSPORTES
Tabela 30 – Parcerias e prioridades – A. Equilíbrio Territorial

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OBJETIVOS ESTRUTURANTES ENTIDADES

(sendo máx=5 e mín=1)


PRIORIDADE DE
INTERVENÇÃO
LINHAS DE ATUAÇÃO
FICHA DE AÇÃO N.º Entidade Entidade a
MEDIDAS Responsável Envolver

B. Mobilidade sustentável - Contribuir para uma mobilidade mais atrativa em TC e em modos suaves
B.1 | Promover a competitividade e a equidade territorial do Seixal no contexto regional
EXTENSÃO E REFORÇO DA
Infraestruturas de
OFERTA DO SERVIÇO Governo de
B.1.1 | Integração na rede ferroviária nacional B.1.1.1 Portugal, S.A. 5
FERROVIÁRIO DA FERTAGUS AO Portugal
Fertagus
ORIENTE
REFORÇO DA OFERTA NO
B.1.2.1 AML Transtejo / Soflusa 5
TERMINAL FLUVIAL DO SEIXAL
B.1.2 | Reforço do serviço fluvial
CRIAÇÃO DE UM SERVIÇO
B.1.2.2 AML Transtejo / Soflusa 2
FLUVIAL NA MARGEM SUL
Infraestruturas de
CONCRETIZAÇÃO DO PROJETO Governo de
B.1.3 | Execução da extensão do MTS B.1.3.1 Portugal, S.A. 3
DE EXPANSÃO DO MTS (CTTP) Portugal
MTS
B.2 | Promover a integração e qualificação do TP
ACOMPANHAMENTO DA Operador de
B.2.1 | Melhorar o serviço prestado pelo TCR B.2.1.1 AML 4
CONCESSÃO DE TCR Transportes
B.2.2 | Implementar sistemas complementares TRANSPORTE FLEXÍVEL OU A Município de
B.2.2.1 AML 3
ao TCR PEDIDO Sesimbra

B.3 | Implementar medidas de gestão da mobilidade

B.3.1 | Monitorizar a evolução da Mobilidade no CRIAÇÃO DE UM Município do


B.3.1.1 3
concelho OBSERVATÓRIO DA MOBILIDADE Seixal

B.3.2 | Promover o recurso aos modos suave IMPLEMENTAÇÃO DE PEDI-BUS Município do Agrupamentos
B.3.2.1 3
nas deslocações curtas E BIKE-BUS Seixal escolares
MOBILIDADE SUSTENTÁVEL Município do Agrupamentos
B.3.3.1 3
PARA ESCOLAS Seixal escolares
B.3.3 | Criar soluções adaptativas suportadas
Empresas e polos
nos padrões de mobilidade MOBILIDADE SUSTENTÁVEL Município do
B.3.3.2 atractores/gerador 2
PARA EMPRESAS E POLOS Seixal
es de deslocações
Agrupamentos
escolares
AÇÕES DE FORMAÇÃO /
Município do Empresas e polos
WORKSHOPS PARA UMA B.3.4.1 3
B.3.4 | Criar campanhas de sensibilização para Seixal geradores de
MOBILIDADE SUSTENTÁVEL
a mobilidade sustentável deslocações
Associações locais
CAMPANHAS DE INFORMAÇÃO / Município do
B.3.4.2 3
COMUNICAÇÃO NAS ESCOLAS Seixal
AÇÕES DE FORMAÇÃO /
Município do
WORKSHOPS DE SEGURANÇA B.3.5.1 3
B.3.5 | Implementar campanhas de Seixal
RODOVIÁRIA
sensibilização de segurança e sinistralidade
CAMPANHAS DE INFORMAÇÃO /
rodoviária Município do
COMUNICAÇÃO DE SEGURANÇA B.3.5.2 3
Seixal
RODOVIÁRIA
EXPANSÃO DA REDE DE
Município do
B.3.6 | Incentivar a mobilidade elétrica POSTOS DE CARREGAMENTO B.3.6.1 3
Seixal
RÁPIDO
B.4 | Aumentar a sustentabilidade das atividades logísticas
CONDICIONAMENTO DE
Município do Infraestruturas de
B.4.1 | Restrição à circulação de pesados VEÍCULOS PESADOS NO B.4.1.1 3
Seixal Portugal, S.A.
ESPAÇO URBANO
Empresas e polos
B.4.2 | Implementar medidas de gestão de REGULAMENTAÇÃO PARA Município do
B.4.2.1 geradores de 3
cargas e descargas CARGAS E DESCARGAS Seixal
deslocações
Empresas e polos
B.4.3 | Implementar projeto piloto de gestão da PROJETO PILOTO GESTÃO DE Município do
B.4.3.1 geradores de 1
logística LOGÍSTICA URBANA Seixal
deslocações
Tabela 31 – Parcerias e prioridades – B. Mobilidade Sustentável

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OBJETIVOS ESTRUTURANTES ENTIDADES

(sendo máx=5 e mín=1)


PRIORIDADE DE
INTERVENÇÃO
LINHAS DE ATUAÇÃO
FICHA DE AÇÃO N.º Entidade Entidade a
MEDIDAS Responsável Envolver

C. Acessibilidade - Contribuir para a melhoria das condições de acessibilidade e dando à acessibilidade universal
C.1 | Qualificar a rede viária valorizando o TP
Governo de
Portugal Infraestruturas de
FECHO DA REDE VIÁRIA C.1.1.2 3
Município do Portugal, S.A.
Seixal
C.1.1 | Fecho da rede rodoviária estruturante e
melhoria da hierarquização funcional MELHORIA DO DESEMPENHO DA Infraestruturas de
C.1.1.3 AML 4
REDE E DA ACESSIBILIDADE Portugal, S.A.
HIERARQUIZAÇÃO DA REDE Infraestruturas de
C.1.1.1 AML 2
VIÁRIA Portugal, S.A.
IMPLEMENTAÇÃO DE Infraestruturas de
C.1.2 | Priorizar o TP no acesso à infraestrutura C.1.2.1 AML 4
CORREDORES BUS Portugal, S.A.
SISTEMAS AUTOMÁTICOS DE Município do Infraestruturas de
C.1.3.1 2
C.1.3 | Implementar sistemas para CONTROLO DE VELOCIDADE Seixal Portugal, S.A.
compatibilização de fluxos SISTEMAS DE SEMÁFOROS Município do Infraestruturas de
C.1.3.2 3
PARA PEÕES Seixal Portugal, S.A.
C.2 | Fomentar a competitividade e eficiência do TP (integração física)
AML
C.2.1 | Melhorar a acessibilidade em TCR aos MELHORIA DO REBATIMENTO
C.2.1.1 AML Operador de 3
interfaces DO TCR NOS INTERFACES
Transportes
Infraestruturas de
GARANTIR A ACESSIBILIDADE
C.2.2.1 AML Portugal, S.A. 4
AOS/DENTRO DOS INTERFACES
Fertagus
AUMENTAR O NÚMERO DE
VEÍCULOS TP ADAPTADOS A Operador de
C.2.2 | Promover a acessibilidade universal C.2.2.2 AML 4
PESSOAS COM MOBILIDADE Transportes
REDUZIDA
AUMENTAR O NÚMERO DE
Município do
LUGARES PMR E MELHORAR C.2.2.3 4
Seixal
DIMENSIONAMENTO
MELHORAR CONDIÇÕES DE
C.2.3 | Assegurar o acesso e conforto nas Município do Operador de
ACESSO AO TRANSPORTE C.2.3.1 3
deslocações pedonais a paragens de TCR Seixal Transportes
PÚBLICO
C.3 | Melhorar as redes pedonais e cicláveis

EXECUÇÃO DA REDE PEDONAL Município do


C.3.1 | Estruturação de uma rede pedonal C.3.1.1 5
ESTRUTURANTE Seixal
Município do
Barreiro
EXECUÇÃO DA REDE CICLÁVEL Município do Município de
C.3.2.1 4
ESTRUTURANTE Seixal Almada
C.3.2 | Estruturação de uma rede ciclável Município de
Sesimbra
INSTALAÇÃO DE Concessionário da
Município do
EQUIPAMENTOS DE APOIO À C.3.2.2 rede de 3
Seixal
UTILIZAÇÃO DE BICICLETA Bikesharing
Tabela 32 – Parcerias e prioridades – C. Acessibilidade

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OBJETIVOS ESTRUTURANTES ENTIDADES

(sendo máx=5 e mín=1)


PRIORIDADE DE
INTERVENÇÃO
LINHAS DE ATUAÇÃO
FICHA DE AÇÃO N.º Entidade Entidade a
MEDIDAS Responsável Envolver

D. Intermodalidade - Contribuir para a acessibilidade multimodal nas deslocações casa-trabalho/escola valorizando o o sistema de TP
D.1 | Assegurar a acessibilidade multimodal (integração de serviços)
ARTICULAÇÃO DAS MEDIDAS
D.1.1 | Reforçar as condições de DE PROMOÇÃO DA Município do
D.1.1.1 Fertagus 4
intermodalidade nos principais interfaces INTERMODALIDADE NOS Seixal
PRINCIPAIS INTERFACES
Concessionário da
D.1.2 | Implementar sistema de bicicletas Município do
REDE DE BIKESHARING D.1.2.1 rede de 3
partilhadas em eixos estruturantes Seixal
Bikesharing
D.1.3 | Incentivar o transporte de bicicletas no TRANSPORTE DE BICICLETAS Operador de
D.1.3.1 AML 3
TP NOS TP Transportes
D.2 | Implementar medidas de gestão de estacionamento
TAXAÇÃO DO Município do
D.2.1.1 4
ESTACIONAMENTO Seixal
REDE DE PARQUES DE
ESTACIONAMENTO Município do
D.2.1.2 Fertagus 3
D.2.1 | Integrar a gestão do estacionamento no DISSUASORES NOS Seixal
sistema de transportes INTERFACES
ABERTURA DOS PARQUES DE
ESTACIONAMENTO D.2.1.3 Fertagus Fertagus 4
DESATIVADOS DA FERTAGUS
D.2.2 | Assegurar a fiscalização do FISCALIZAÇÃO DO Município do
D.2.1.1 4
estacionamento ESTACIONAMENTO Seixal
ORGANIZAÇÃO E
Município do
FORMALIZAÇÃO DO D.2.3.1 3
D.2.3 | Organização e formalização do Seixal
ESTACIONAMENTO
estacionamento
COMPENSAÇÃO DE LUGARES Município do
D.2.3.2 3
DE ESTACIONAMENTO Seixal

D.3 | Informação e divulgação do TP e promoção de soluções MaaS


SISTEMA DE INFORMAÇÃO AO Futuro
D.3.1.1 AML 4
D.3.1 | Melhorar a qualidade da informação PÚBLICO Concessionário
disponível ao público ESPAÇOS DE APOIO À Futuro
D.3.1.2 AML 3
MOBILIDADE Concessionário
CAMPANHAS DE INFORMAÇÃO
Município do
E COMUNICAÇÃO DO SISTEMA D.3.2.1 4
Seixal
DE TRANSPORTES
D.3.2 | Criar campanhas de divulgação dos
serviços de TP e modos suaves MAPA PEDONAL SEIXAL A PÉ (E Município do
D.3.2.2 3
COMUNICAÇÃO) Seixal

CARTA CICLÁVEL MUNICIPAL (E Município do


D.3.2.3 3
COMUNICAÇÃO) Seixal

D.3.3 | Promover a implementação de soluções


PLATAFORMA DE MOBILIDADE D.3.4.1 AML 3
MaaS

Tabela 33 – Parcerias e prioridades – D. Intermodalidade

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OBJETIVOS ESTRUTURANTES ENTIDADES

(sendo máx=5 e mín=1)


PRIORIDADE DE
INTERVENÇÃO
LINHAS DE ATUAÇÃO
FICHA DE AÇÃO N.º Entidade Entidade a
MEDIDAS Responsável Envolver

E. Qualidade e Segurança das deslocações - Contribuir para a diminuição de sinistros e promover o sentimento de segurança nas deslocações
E.1 | Melhorar a qualidade do espaço público

REQUALIFICAÇÃO URBANA Município do


E.1.1.1 3
E.1.1 | Alargar a intervenção urbana do núcleo SEIXAL-ARRENTELA-AMORA Seixal
do Seixal a outros núcleos ZONAS 30 E/OU DE Município do
E.1.1.2 4
COEXISTÊNCIA Seixal
E.2 | Introduzir medidas de acalmia de tráfego

REDUÇÃO DOS FLUXOS DE


Município do
ATRAVESSAMENTO EM VIAS DE E.2.1.1 5
Seixal
ELEVADA SINISTRALIDADE
MEDIDAS DE ACALMIA DE
Município do Infraestruturas de
TRÁFEGO NOS EIXOS DE MAIOR E.2.1.2 5
Seixal Portugal, S.A.
E.2.1 | Implementar medidas de acalmia FLUXO
MEDIDAS DE ACALMIA DE Município do
E.2.1.3 0 4
TRÁFEGO NOS EIXOS CICLÁVEIS Seixal
MEDIDAS DE ACALMIA NO
ACESSO AOS Município do
E.2.1.4 0 4
ESTABELECIMENTOS Seixal
ESCOLARES
E.3 | Intervir sobre os locais/pontos de conflito

MEDIDAS DE ELIMINAÇÃO DE Município do Infraestruturas de


E.3.1.1 4
E.3.1 | Intervir nos pontos negros de PONTOS NEGROS Seixal Portugal, S.A.
sinistralidade REFORÇO DA SINALIZAÇÃO Município do Infraestruturas de
E.3.1.2 3
RODOVIÁRIA Seixal Portugal, S.A.
REFORMULAÇÃO DE Município do Infraestruturas de
E.3.2.1 3
E.3.2 | Aumentar a segurança dos CRUZAMENTOS Seixal Portugal, S.A.
atravessamentos pedonais INTERVENÇÕES SOBRE AS Município do Infraestruturas de
E.3.2.2 4
PASSADEIRAS Seixal Portugal, S.A.
E.3.3 | Executar um Plano de Segurança PLANO DE SEGURANÇA Município do
E.3.3.1 0 3
Rodoviária RODOVIÁRIA Seixal
Tabela 34 – Parcerias e prioridades – E. Qualidade e Segurança das deslocações

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05. PLANO DE MONITORIZAÇÃO
O alcance de um bom planeamento dependerá de uma tomada de decisão consciente dos problemas e alternativas para o
alcance dos objetivos, bem como do momento certo para intervir. É fundamental a incorporação da função monitorização,
enquanto um processo contínuo de recolha de dados que permita proceder à elaboração de análises rigorosas de informação
quantitativa e qualitativa, que avaliem a estratégia, os objetivos e os resultados da sua execução, de forma sustentada e
ajustada no tempo e no espaço, verificando e justificando assim a necessidade de quaisquer alterações ou revisões. A
monitorização deve ser contínua, estratégica e flexível, permitindo a alteração das medidas e ações definidas, de forma a
adaptar-se às mudanças das dinâmicas não previstas.

A articulação entre o acompanhamento operacional e a monitorização estratégica deverá suportar uma gestão e manutenção
da bateria de indicadores, de realização e de resultado, elencados, permitindo o acompanhamento das operações a financiar
e produzindo justificações tecnicamente suportadas sempre que se revele necessária a revisão da estratégia com vista ao
cumprimento das metas acordadas.

Cabe ao município assegurar a coordenação geral e acompanhamento da execução das ações implementadas, articulando
com as diversas equipas municipais responsáveis pela implementação das ações.

Neste sentido, dever-se-ão realizar reuniões periódicas com vista a uma correta gestão e acompanhamento do processo,
possibilitando a reprogramação caso se verifiquem derivações face ao previsto. Nestas reuniões periódicas os resultados
obtidos pelos diversos técnicos municipais deverão ser confrontados num processo tendencialmente convergente de análise,
que possibilite a agregação dos dados obtidos.

O processo de acompanhamento e monitorização é da responsabilidade do município do Seixal com base em reuniões de


acompanhamento global, agregando as realizações e resultados e confrontando-os com o cumprimento dos objetivos. A
informação recolhida deverá ser integrada no sistema SIG da autarquia, permitindo a integração em base de dados.

Para o efeito a autarquia deverá nomear uma equipa de acompanhamento da implementação do PMTCS, preferencialmente
contando com elementos envolvidos no Grupo Técnico de Trabalho, e que serão responsáveis pela integração da informação
e pela gestão da bateria de indicadores.

Aos diversos técnicos municipais cabe a produção de conteúdos informativos de avaliação periódica e à equipa de
acompanhamento a capacidade de analisar esta informação e, quando necessário, proceder à atualização da programação
das iniciativas de médio e longo prazo, procedendo às alterações ou revisões determinadas por condicionalismos exteriores,
por desfasamentos no processo de concretização ou por alterações nos resultados obtidos.

A par disso, e com vista ao cumprimento da execução das medidas e intervenções programadas, foram desenvolvidos
conjuntos de indicadores que quantifiquem a concretização dessas mesmas, em termos de resultados, impactos e objetivos
atingidos.

A construção do Sistema de Monitorização é um processo transversal à implementação das ações que constituem o plano,
por forma a incorporar os seus objetivos e diretrizes estratégicas, assim como os fatores críticos e fatores-chave a monitorizar.
Assim, e para cada Ficha de Ação foi definido o objeto da monitorização e os parâmetros e metas a avaliar, a sua escala
temporal, a informação necessária e disponível e as Tecnologias da Informação e Comunicação.

A escolha dos indicadores na monitorização dos planos permite verificar o cumprimento dos objetivos e metas traçados para
estes, sendo que a monitorização da execução das propostas e a avaliação focou-se na adequação desses objetivos face
aos da política setorial. Nesta escolha foi essencial a interoperabilidade e a articulação entre âmbitos, assim como o
envolvimento de todos os atores públicos e privados.

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Para o acompanhamento da implementação do Plano deverá constituir-se um Observatório da Mobilidade (constituindo uma
das ações propostas no âmbito do presente plano). Um observatório de mobilidade é um instrumento de monitorização dos
padrões de mobilidade e acessibilidade que permite a recolha de informação para a execução de estudos. Constitui uma
base científica no apoio à decisão nesta matéria. Os resultados obtidos da manipulação dos dados recolhidos são de extrema
importância na avaliação de novas soluções implementadas, na identificação e resolução de problemas e nas mudanças de
comportamentos e de padrões de mobilidade.

Para a implementação desta medida devem ser efetuadas recolhas da informação de mobilidade e a monitorização da
implementação e dos resultados das ações implementadas. O tipo de informação recolhida pode passar por contagens,
observação e levantamentos in situ, inquéritos ou bases de dados existentes como, por exemplo, a de acidentes da Polícia
de Segurança Publica ou de utilização de serviços de transportes públicos, etc.

Este observatório deverá estabelecer uma ponte com a população, articulando as diferentes ações de sensibilização, não só
de promoção do transporte público e dos modos suaves, como também da segurança rodoviária e sobre os custos associados
à utilização do transporte individual face a outras soluções de mobilidade (a criação de “dias sem carros” ou com transporte
público gratuito são importantes formas de fazer chegar à população os benefícios da substituição do transporte individual
nas deslocações pendulares).

A entidade responsável pela operacionalização desta medida deverá também acompanhar o processo de fiscalização das
concessões de transporte público, a cargo da AML, nomeadamente através do acesso às reclamações registadas no espaço
concelhio.

05.1. DEFINIÇÃO DOS INDICADORES


Na construção da bateria de indicadores importa descrever quais os critérios a considerar para a seleção de indicadores,
qual o quadro de referência conceptual a adotar, qual o sistema de organização dos indicadores e por fim, qual a estrutura
técnico-administrativa.

De forma a garantir o sucesso do sistema de monitorização, a seleção desses indicadores teve como preocupação a garantia
de fiabilidade e qualidade.

A avaliação do grau de desempenho foi feita através da relação entre a relevância do indicador e disponibilidade de
informação de forma a obter uma bateria eficiente, cumprindo também com uma racionalidade económica, tanto em termos
dos custos como do tempo necessário à sua recolha, e uma racionalidade operativa, evitando um sistema demasiado
complexo e de difícil interpretação. A relevância da informação fornecida por cada indicador não tem o mesmo peso nas
tomadas de decisão política e estratégica, para essa priorização importa considerar a disponibilidade da informação,
avaliando a relação custo-benefício associada à obtenção dos dados que permitam alimentar de forma sistemática e
consistente um indicador.

Com base nos princípios atrás elencados foram definidos os indicadores mais adequados ao dimensionamento dos impactos
das ações propostas possibilitando a definição das metas a alcançar nos anos de referência nos Horizontes de 3 e 10 anos.
Este impacto é baseado na perspetiva do utilizador, nomeadamente através da previsão de transferência modal do transporte
individual para modos menos poluentes, como o transporte público ou os modos suaves.

A monitorização de cada medida não pode depender apenas do conhecimento dos dados dos censos, é necessária a recolha
de dados nos locais que estarão ao encargo da autarquia. Desta forma, serão necessárias contagens anteriores à aplicação
das medidas, processo que será repetido nos momentos de avaliação dos horizontes pré-indicados. Estes momentos de
avaliação deverão ser complementados por avaliações anuais internas, conforme estabelecido nas Diretrizes Nacionais para

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a Mobilidade, processo que permitirá um conhecimento mais pormenorizado do real contributo de cada medida, permitindo
ajustes e medidas de reforço sempre que necessário, de forma a cumprir as metas pré-estabelecidas.

05.2. INDICADORES DE REALIZAÇÃO E RESULTADO POR AÇÃO


Seguidamente apresentam-se os indicadores propostos para cada medida, a partir dos objetivos estruturantes. Estabelecem-
se assim os indicadores de realização e resultado, com metas de execução para 2024 e 2030.

Objetivos Operacionais Indicadores Tipo de Indicador

A. Equilíbrio Territorial - Contribuir para o equilíbrio territorial, dentro do município e no contexto regional, proporcionando condições ao
desenvolvimento de fluxos e oportunidades equitativas

% de novas áreas de construção servidas por TP Indicador de Realização


A.1.1.1| Densificação da envolvente das interfaces % da população residente na área de influência dos
400 m da rede TP, com pelo menos 2 serviços por Indicador de Resultado
hora, no período de maior procura

% de novas áreas de construção servidas por TP Indicador de Realização


A.1.2.1| Consolidação urbana do corredor Corroios-Seixal % da população residente na área de influência dos
400 m da rede TP, com pelo menos 2 serviços por Indicador de Resultado
hora, no período de maior procura
% de novas áreas de construção afetas a comércio e
Indicador de Realização
serviço em Fernão Ferro
A.1.3.1| Reforço de centralidades locais em Fernão Ferro
Repartição modal dos movimentos pendulares dos
Indicador de Resultado
movimentos pendulares

Capitação da rede ciclável estruturante (m / 100


Indicador de Realização
habitantes no concelho)

Capitação da rede pedonal estruturante (m / 100


A.2.1.1| Travessia pedonal e ciclável Seixal-Barreiro Indicador de Realização
habitantes no concelho)

Repartição modal dos movimentos pendulares dos


Indicador de Resultado
movimentos pendulares

Capitação da rede ciclável estruturante (m / 100


Indicador de Realização
habitantes no concelho)
A.2.1.2| Ecovia da Ponta dos Corvos
Repartição modal dos movimentos pendulares dos
Indicador de Resultado
movimentos pendulares

Capitação da rede ciclável estruturante (m / 100


Indicador de Realização
habitantes no concelho)

Capitação da rede pedonal estruturante (m / 100


A.2.2.1| Corredor verde paralelo à EN378 Indicador de Realização
habitantes no concelho)

Repartição modal dos movimentos pendulares Indicador de Resultado

Nº de intervenções implementadas Indicador de Realização


A.2.3.1| Requalificação das passagens superiores/inferiores
Repartição modal dos movimentos pendulares Indicador de Resultado

% de novas áreas de construção afetas à indústria Indicador de Realização


A.3.1.1| Concentração e densificação das áreas industriais
Repartição modal dos movimentos pendulares Indicador de Resultado

Reativação do Cais da Siderurgia Nacional Indicador de Realização


A.3.1.2| Reativação do Cais da Siderurgia Nacional (Terminal
do Seixal)
Tráfego de pesados na EN10-2 (Paio Pires) Indicador de Resultado

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Objetivos Operacionais Indicadores Tipo de Indicador

Nº de sistemas integrados Indicador de Realização


A.3.2.1| Conexão do novo Hospital do Seixal ao sistema de
transportes Repartição modal dos movimentos pendulares dos
Indicador de Resultado
utilizadores no acesso ao hospital
Tabela 35 – Indicadores de realização e resultado do grupo A

Objetivos Operacionais Indicadores Tipo de Indicador

B. Mobilidade sustentável - Contribuir para uma mobilidade mais atrativa em TC e em modos suaves

Nº de circulações nas horas de ponta, corpo do dia e


Indicador de Realização
B.1.1.1| Extensão e reforço da oferta do serviço ferroviário da noturno
Fertagus ao Oriente
Repartição modal dos movimentos pendulares Indicador de Resultado

Nº de circulações em Dia Útil Indicador de Realização


B.1.2.1| Reforço da oferta no terminal fluvial do Seixal
Repartição modal dos movimentos pendulares Indicador de Resultado

Existência do serviço fluvial na margem sul Indicador de Realização


B.1.2.2| Criação de um serviço fluvial na margem sul
Repartição modal dos movimentos pendulares Indicador de Resultado

Extensão da rede (km) Indicador de Realização


B.1.3.1| Concretização do projeto de expansão do MTS
(CTTP) Tempo médio das deslocações pendulares em TI e em
Indicador de Resultado
TP (minutos)

NA Indicador de Realização
B.2.1.1| Acompanhamento da concessão de TCR
Repartição modal dos movimentos pendulares Indicador de Resultado

Nº de veículos disponíveis para a realização do


Indicador de Realização
serviço
B.2.2.1| Transporte flexível ou a pedido
Nº de viagens realizadas pelo serviço Indicador de Resultado

Existência de um Observatório da Mobilidade Indicador de Realização


B.3.1.1| Criação de um Observatório da Mobilidade
Relatório anual de acompanhamento do PMTCS Indicador de Resultado

Nº de circuitos pedi-bus e bike-bus Indicador de Realização


B.3.2.1| Implementação Pedi-Bus e Bike-Bus
Repartição modal dos movimentos pendulares Indicador de Resultado

Nº de planos implementados Indicador de Realização


B.3.3.1| Mobilidade sustentável para escolas
Repartição modal dos movimentos pendulares Indicador de Resultado

Nº de planos implementados Indicador de Realização


B.3.3.2| Mobilidade sustentável para empresas e polos
Repartição modal dos movimentos pendulares Indicador de Resultado

B.3.4.1| Ações de formação / workshops para uma N.º e tipo de ações realizadas para informar e
Indicador de Realização
mobilidade sustentável sensibilizar

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Objetivos Operacionais Indicadores Tipo de Indicador

N.º de participantes a aderir à ação Indicador de Resultado

N.º e tipo de ações realizadas para informar e


Indicador de Realização
B.3.4.2| Campanhas de informação / comunicação junto das sensibilizar
escolas
N.º de participantes a aderir à ação Indicador de Resultado

N.º e tipo de ações realizadas para informar e


Indicador de Realização
B.3.5.1| Ações de formação / workshops de segurança sensibilizar
rodoviária
N.º de participantes a aderir à ação Indicador de Resultado

N.º e tipo de ações realizadas para informar e


Indicador de Realização
B.3.5.2| Campanhas de informação / comunicação de sensibilizar
segurança rodoviária
N.º de participantes a aderir à ação Indicador de Resultado

Nº de postos de carregamento Indicador de Realização


B.3.6.1| Expensão da rede de postos de carregamento rápido
Nº de veículos elétricos vendidos Indicador de Resultado

Extensão das vias (km) Indicador de Realização


B.4.1.1| Condicionamento de veículos pesados no espaço
urbano
Tráfego de pesados nos centros urbanos Indicador de Resultado

Existência de regulamento Indicador de Realização


B.4.2.1| Regulamentação para cargas e descargas
Tráfego de pesados nos centros urbanos Indicador de Resultado

Implementação do projeto piloto Indicador de Realização


B.4.3.1| Projeto piloto gestão de logística urbana
Tráfego de pesados nos centros urbanos Indicador de Resultado

Tabela 36 – Indicadores de realização e resultado do grupo B

Objetivos Operacionais Indicadores Tipo de Indicador

C. Acessibilidade - Contribuir para a melhoria das condições de acessibilidade e dando à acessibilidade universal

Nº de quilómetros executados (km) Indicador de Realização


C.1.1.1| Fecho da rede viária
Tempo médio das deslocações pendulares em TI e em
Indicador de Resultado
TP (minutos)

Nº de quilómetros intervencionados (km) Indicador de Realização


C.1.1.2| Melhoria do desempenho da rede e da acessibilidade
Tempo médio das deslocações pendulares em TI e em
Indicador de Resultado
TP (minutos)

Execução da nova hierarquia Indicador de Realização


C.1.1.3| Hierarquização da rede viária
Verificação da redução dos fluxos nas vias que
Indicador de Resultado
descem de hierarquia

Extensão de corredores bus (km) Indicador de Realização


C.1.2.1| Implementação de corredores bus
Repartição modal dos movimentos pendulares Indicador de Resultado

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Objetivos Operacionais Indicadores Tipo de Indicador

Nº de sistemas automáticos de controlo de velocidade Indicador de Realização


C.1.3.1| Sistemas automáticos de controlo de velocidade
Sinistralidade rodoviária (Índice de Gravidade) Indicador de Resultado

Nº de sistemas de semáforos para peões Indicador de Realização


C.1.3.2| Sistemas de semáforos para peões
Sinistralidade rodoviária (Índice de Gravidade) Indicador de Resultado

Nº de paragens intervencionadas Indicador de Realização


C.2.1.1| Melhoria do rebatimento do TCR nas interfaces
Repartição modal dos movimentos pendulares Indicador de Resultado

Nº de estações e interfaces de TP adaptadas a


Indicador de Realização
pessoas de mobilidade reduzida
C.2.2.1| Garantir a acessibilidade aos/dentro das interfaces
Índice de satisfação dos passageiros quanto aos
Indicador de Resultado
serviços de TP

% de frota de TP adaptada a Pessoas com Mobilidade


Indicador de Realização
C.2.2.2| Aumentar o número de veículos TP adaptados a Reduzida
pessoas com mobilidade reduzida Índice de satisfação dos passageiros quanto aos
Indicador de Resultado
serviços de TP

Oferta de estacionamento por tipologia Indicador de Realização


C.2.2.3| Aumentar o número de lugares PMR e melhorar o
seu dimensionamento
Ocupação do estacionamento diurna e noturna Indicador de Resultado

Nº de paragens intervencionadas Indicador de Realização


C.2.3.1| Melhorar condições de acesso ao transporte público
Índice de satisfação dos passageiros quanto aos
Indicador de Resultado
serviços de TP

Capitação da rede pedonal estruturante (m / 100


Indicador de Realização
habitantes no concelho)
C.3.1.1| Execução da rede pedonal estruturante
Repartição modal dos movimentos pendulares Indicador de Resultado

Capitação da rede ciclável estruturante (m / 100


Indicador de Realização
habitantes no concelho)
C.3.2.1| Execução da rede ciclável estruturante
Repartição modal dos movimentos pendulares Indicador de Resultado

Nº de intervenções implementadas Indicador de Realização


C.3.2.2| Instalação de equipamentos de apoio à utilização de
bicicleta
Repartição modal dos movimentos pendulares Indicador de Resultado

Tabela 37 – Indicadores de realização e resultado do grupo C

Objetivos Operacionais Indicadores Tipo de Indicador

D. Intermodalidade - Contribuir para a acessibilidade multimodal nas deslocações casa-trabalho/escola valorizando o sistema de TC

Capitação da rede pedonal estruturante (m / 100


Indicador de Realização
habitantes no concelho)

D.1.1.1| Articulação das medidas de promoção da Capitação da rede ciclável estruturante (m / 100
Indicador de Realização
intermodalidade nos principais interfaces habitantes no concelho)

Repartição modal dos movimentos pendulares Indicador de Resultado

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Objetivos Operacionais Indicadores Tipo de Indicador

Nº de estações e bicicletas de bikesharing Indicador de Realização


D.1.2.1| Rede de bikesharing
Repartição modal dos movimentos pendulares Indicador de Resultado

Nº de lugares de bicicletas no TP Indicador de Realização


D.1.3.1| Transporte de bicicletas nos TP
Repartição modal dos movimentos pendulares Indicador de Resultado

Implementação do sistema tarifário Indicador de Realização


D.2.1.1| Taxação do estacionamento
Taxa de ocupação Indicador de Resultado

Nº de lugares de estacionamento nos parques de


Indicador de Realização
D.2.1.2| Rede de parques de estacionamento dissuasores estacionamento dissuasores
nos interfaces
Taxa de ocupação Indicador de Resultado

Nº de lugares de estacionamento nos parques


Indicador de Realização
D.2.1.3| Abertura dos parques de estacionamento reativados
desativados da Fertagus
Taxa de ocupação Indicador de Resultado

Existência de equipa de fiscalização do


Indicador de Realização
estacionamento
D.2.2.1| Fiscalização do estacionamento
Redução do estacionamento ilegal Indicador de Resultado

Nº de lugares de estacionamento formalizados Indicador de Realização


D.2.3.1| Organização e formalização do estacionamento
Ocupação do estacionamento diurna e noturna Indicador de Resultado

Nº de novos lugares de estacionamento Indicador de Realização


D.2.3.2| Compensação de lugares de estacionamento
Ocupação do estacionamento diurna e noturna Indicador de Resultado

Nº de serviços de informação em tempo real Indicador de Realização


D.3.1.1| Sistema de informação ao público
Repartição modal dos movimentos pendulares Indicador de Resultado

Nº de espaços de apoio à mobilidade Indicador de Realização


D.3.1.2| Espaços de apoio à mobilidade
Repartição modal dos movimentos pendulares Indicador de Resultado

N.º e tipo de ações realizadas para informar e


Indicador de Realização
D.3.2.1| Campanhas de informação / comunicação do sensibilizar
sistema de transportes
N.º de participantes a aderir à ação Indicador de Resultado

N.º e tipo de ações realizadas para informar e


Indicador de Realização
sensibilizar
D.3.2.2| Mapa pedonal Seixal a pé (e comunicação)
Repartição modal dos movimentos pendulares Indicador de Resultado

N.º e tipo de ações realizadas para informar e


D.3.2.3| Carta ciclável municipal (e comunicação) Indicador de Realização
sensibilizar

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Objetivos Operacionais Indicadores Tipo de Indicador

Repartição modal dos movimentos pendulares Indicador de Resultado

Existência de uma plataforma de mobilidade Indicador de Realização


D.4.3.1| Plataforma de mobilidade
Repartição modal dos movimentos pendulares Indicador de Resultado

Tabela 38 - Indicadores de realização e resultado do grupo D

Objetivos Operacionais Indicadores Tipo de Indicador

E. Qualidade e Segurança das deslocações - Contribuir para a diminuição de sinistros e promover o sentimento de segurança nas
deslocações
Capitação da rede pedonal estruturante (m / 100
Indicador de Realização
habitantes no concelho)
E.1.1.1| Requalificação urbana Seixal – Arrentela - Amora
Sinistralidade rodoviária (Índice de Gravidade) Indicador de Resultado

Extensão de zonas 30 e/ou coexistência Indicador de Realização


E.1.1.2| Zonas 30 e/ou de coexistência
Sinistralidade rodoviária (Índice de Gravidade) Indicador de Resultado

Nº de intervenções implementadas Indicador de Realização


E.2.1.1| Redução dos fluxos de atravessamento em vias de
elevada sinistralidade
Sinistralidade rodoviária (Índice de Gravidade) Indicador de Resultado

Nº de intervenções implementadas Indicador de Realização


E.2.1.2| Medidas de acalmia de tráfego nos eixos de maior
fluxo
Sinistralidade rodoviária (Índice de Gravidade) Indicador de Resultado

Nº de intervenções implementadas Indicador de Realização


E.2.1.3| Medidas de acalmia de tráfego nos eixos cicláveis
Sinistralidade rodoviária (Índice de Gravidade) Indicador de Resultado

Nº de intervenções implementadas Indicador de Realização


E.2.1.4| Medidas de acalmia no acesso aos estabelecimentos
escolares
Sinistralidade rodoviária (Índice de Gravidade) Indicador de Resultado

Nº de intervenções implementadas Indicador de Realização


E.3.1.1| Medidas de eliminação de pontos negros
Sinistralidade rodoviária (Índice de Gravidade) Indicador de Resultado

Nº de intervenções implementadas Indicador de Realização


E.3.1.2| Reforço da sinalização rodoviária
Sinistralidade rodoviária (Índice de Gravidade) Indicador de Resultado

Nº de intervenções implementadas Indicador de Realização


E.3.2.1| Reformulação de cruzamentos
Sinistralidade rodoviária (Índice de Gravidade) Indicador de Resultado

Nº de intervenções implementadas Indicador de Realização


E.3.2.2| Intervenções sobre as passadeiras
Sinistralidade rodoviária (Índice de Gravidade) Indicador de Resultado

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Objetivos Operacionais Indicadores Tipo de Indicador

Existência de um plano de segurança rodoviária Indicador de Realização


E.3.3.1| Plano de segurança rodoviária
Sinistralidade rodoviária (Índice de Gravidade) Indicador de Resultado

Tabela 39 – Indicadores de realização e resultado do grupo E

Os indicadores são apresentados por área temática na Tabela 40:

Intermodalidade
Acessibilidades

E. Qualidade e
B. Mobilidade
A. Equilíbrio

Sustentável

Segurança
Indicadores de realização

Territorial

C.

D.
% de novas áreas de construção servidas por TP A.1.1.1, A.1.2.1,
% de novas áreas de construção afetas a comércio e serviço em
A.1.3.1
Fernão Ferro
Capitação da rede ciclável estruturante (m / 100 habitantes no A.2.1.1, A.2.1.2,
C.3.2.1 D.1.1.1
concelho) A.2.2.1
Capitação da rede pedonal estruturante (m / 100 habitantes no
A.2.1.1, A.2.2.1 C.3.1.1 D.1.1.1 E.1.1.1
concelho)
E.2.1.1, E.2.1.2,
E.2.1.3, E.2.1.4,
Nº de intervenções implementadas A.2.3.1 C.3.2.2
E.3.1.1, E.3.1.2,
E.3.2.1, E.3.2.2
% de novas áreas de construção afetas à indústria A.3.1.1
Reativação do Cais da Siderurgia Nacional A.3.1.2
Nº de sistemas integrados A.3.2.1
Nº de circulações nas horas de ponta, corpo do dia e noturno B.1.1.1
Nº de circulações em Dia Útil B.1.2.1
Existência do serviço fluvial na margem sul B.1.2.2
Extensão da rede (km) B.1.3.1
Nº de veículos disponíveis para a realização do serviço B.2.2.1
Existência de um Observatório da Mobilidade B.3.1.1
Nº de circuitos pedi-bus e bike-bus B.3.2.1
Nº de planos implementados B.3.3.1, B.3.3.2
B.3.4.1, B.3.4.2, D.3.2.1, D.3.2.2,
N.º e tipo de ações realizadas para informar e sensibilizar
B.3.5.1, B.3.5.2 D.3.2.3
Nº de postos de carregamento B.3.6.1
Extensão das vias (km) B.4.1.1
Existência de regulamento B.4.2.1
Implementação do projeto piloto B.4.3.1
Execução da nova hierarquia C.1.1.3
Nº de quilómetros executados (km) C.1.1.1
Nº de quilómetros intervencionados (km) C.1.1.2
Extensão de corredores bus (m) C.1.2.1
Nº de sistemas automáticos de controlo de velocidade C.1.3.1
Nº de sistemas de semáforos para peões C.1.3.2
Nº de paragens intervencionadas C.2.1.1, C.2.3.1
Nº de estações e interfaces de TP adaptadas a Pessoas de
C.2.2.1
Mobilidade Reduzida
% de frota de TP adaptada a Pessoas com Mobilidade Reduzida C.2.2.2
Oferta de estacionamento por tipologia C.2.2.3
Nº de estações e bicicletas de bikesharing D.1.2.1
Nº de lugares de bicicletas no TP D.1.3.1
Implementação do sistema tarifário D.2.1.1
Nº de lugares de estacionamento nos parques de estacionamento
D.2.1.2
dissuasores
Nº de lugares de estacionamento nos parques reativados D.2.1.3
Existência de equipa de fiscalização do estacionamento D.2.2.1

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Intermodalidade
Acessibilidades

E. Qualidade e
B. Mobilidade
A. Equilíbrio

Sustentável
Indicadores de realização

Segurança
Territorial

C.

D.
Nº de lugares de estacionamento formalizados D.2.3.1
Nº de novos lugares de estacionamento D.2.3.2
Nº de serviços de informação em tempo real D.3.1.1
Nº de espaços de apoio à mobilidade D.3.1.2
Existência de uma plataforma de mobilidade D.4.3.1
Nº de zonas 30 e/ou coexistência E.1.1.2
Existência de um plano de segurança rodoviária E.3.3.1

Intermodalidade
Acessibilidades

E. Qualidade e
B. Mobilidade
A. Equilíbrio

Sustentável

Segurança
Indicadores de resultado

Territorial

C.

D.
% da população residente na área de influência dos 400 m da rede
A.1.1.1, A.1.2.1,
TP, com pelo menos 2 serviços por hora, no período de maior procura
B.1.1.1, B.1.2.1, D.1.1.1, D.1.2.1,
A.1.3.1, A.2.1.1, C.1.2.1, C.2.1.1,
B.1.2.2, B.2.1.1, D.1.3.1, D.3.1.1,
Repartição modal dos movimentos pendulares A.2.1.2, A.2.2.1, C.3.1.1, C.3.2.1,
B.3.2.1, B.3.3.1, D.3.1.2, D.3.2.2,
A.2.3.1, A.3.1.1 C.3.2.2
B.3.3.2 D.3.2.3, D.4.3.1
Tráfego de pesados na EN10-2 (Paio Pires) A.3.1.2
Repartição modal dos utilizadores no acesso ao hospital A.3.2.1
Nº de viagens realizadas pelo serviço B.2.2.1
Relatório anual de acompanhamento do PMTCS B.3.1.1
B.3.4.1, B.3.4.2,
N.º de participantes a aderir à ação D.3.2.1
B.3.5.1, B.3.5.2
Nº de veículos elétricos vendidos B.3.6.1
B.4.1.1, B.4.2.1,
Tráfego de pesados nos centros urbanos
B.4.3.1
Verificação da redução dos fluxos nas vias que descem de hierarquia C.1.1.3
Tempo médio das deslocações pendulares em TI e em TP (minutos) B.1.3.1 C.1.1.1, C.1.1.2
E.1.1.1, E.1.1.2,
E.2.1.1, E.2.1.2,
E.2.1.3, E.2.1.4,
Sinistralidade rodoviária (Índice de Gravidade) C.1.3.1, C.1.3.2
E.3.1.1, E.3.1.2,
E.3.2.1, E.3.2.2,
E.3.3.1
C.2.2.1, C.2.2.2,
Índice de satisfação dos passageiros quanto aos serviços de TP
C.2.3.1
Ocupação do estacionamento diurna e noturna C.2.2.3 D.2.3.1, D.2.3.2
D.2.1.1, D.2.1.2,
Taxa de ocupação
D.2.1.3
Redução do estacionamento ilegal D.2.2.1
Tabela 40 – Indicadores de realização e resultado por área temática

05.3. INDICADORES: CARATERÍSTICAS E METAS


A recolha destes indicadores exige a definição de uma séria de caraterísticas:
 tipo de informação – gráfica (G), alfanumérica (A);
 modo de obtenção – contagem (C), inquérito (I), estimativa (E), estatística oficial (EO), recolha e tratamento de
dados existentes (R), levantamento no terreno (L), modelação (M), SIG (S);
 periodicidade da recolha
 fonte de informação.

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Na Tabela 41 apresentam-se as características e as metas por indicador.

Indicador de realização Tipo de Informação Modo de Obtenção Periodicidade Fonte

% de novas áreas de construção servidas por TP GeA R, L Anual CM


% de novas áreas de construção afetas a comércio e serviço em
GeA R, L Anual CM
Fernão Ferro
Capitação da rede ciclável estruturante (m / 100 habitantes no
A R Anual CM
concelho)
Capitação da rede pedonal estruturante (m / 100 habitantes no
A R Anual CM
concelho)
Nº de intervenções implementadas GeA R, L Anual CM
% de novas áreas de construção afetas à indústria GeA R, L Anual CM
Reativação do Cais da Siderurgia Nacional A R, L Anual CM
Nº de sistemas integrados A R, L Anual CM
Nº de circulações nas horas de ponta, corpo do dia e noturno GeA R, L Anual CM
Nº de circulações em Dia Útil GeA R, L Anual CM
Existência do serviço fluvial na margem sul A R, L Anual CM
Extensão da rede (km) GeA R Anual CM
Nº de veículos disponíveis para a realização do serviço A R, L Anual Operador, CM
Existência de um Observatório da Mobilidade A R, L Anual CM
Nº de circuitos pedi-bus e bike-bus GeA R, L Anual CM
Nº de planos implementados GeA R, L Anual CM
N.º e tipo de ações realizadas para informar e sensibilizar A R Anual CM
CM, Empresa de
Nº de postos de carregamento A R, L Anual
carregamentos
Extensão das vias (km) GeA R Anual CM
Existência de regulamento A R, L Anual CM

Implementação do projeto piloto A R, L Anual CM

Execução da nova hierarquia GeA R Anual CM


Nº de quilómetros executados (km) GeA R, L Anual CM
Nº de quilómetros intervencionados (km) GeA R, L Anual CM
Extensão de corredores bus (m) GeA R Anual CM
Nº de sistemas automáticos de controlo de velocidade GeA R, L Anual CM
Nº de sistemas de semáforos para peões GeA R, L Anual CM
Nº de paragens intervencionadas GeA R, L Anual CM
Nº de estações e interfaces de TP adaptadas a pessoas de Operadores de TP,
GeA R, L Anual
mobilidade reduzida CM
% frota de TP adaptada a Pessoas com Mobilidade Reduzida A R Anual Operadores de TP
Oferta de estacionamento por tipologia GeA R, L Anual CM
Empresa de
Nº de estações e bicicletas de bikesharing GeA R, L Anual
bikesharing, CM
Nº de lugares de bicicletas no TP G R, L Anual Operadores de TP
Implementação do sistema tarifário A R, L Anual CM

CM, Gestores dos


Nº de lugares de estacionamento nos parques de estacionamento
GeA R, L Anual Parques de
dissuasores
Estacionamento

CM, Gestores dos


Nº de lugares de estacionamento nos parques reativados GeA R, L Anual Parques de
Estacionamento

Existência de equipa de fiscalização do estacionamento GeA R, L Anual CM


Nº de lugares de estacionamento formalizados GeA R, L Anual CM
Nº de novos lugares de estacionamento GeA R, L Anual CM

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Indicador de realização Tipo de Informação Modo de Obtenção Periodicidade Fonte

Nº de serviços de informação em tempo real GeA R, L Anual CM


Nº de espaços de apoio à mobilidade GeA R, L Anual CM
Existência de uma plataforma de mobilidade A R, L Anual CM
Nº de zonas 30 e/ou coexistência GeA R, L Anual CM
Existência de um plano de segurança rodoviária A R, L Anual CM

Indicador de realização Tipo de Informação Modo de Obtenção Periodicidade Fonte

% da população residente na área de influência dos 400 m da rede


Operadores de TP,
TP, com pelo menos 2 serviços por hora, no período de maior GeA EO, R, S Anual
CM
procura

2 anos (recomendado),
Repartição modal dos movimentos pendulares A EO, I, M INE, CM
5 anos (máximo)

2 anos (recomendado),
Tráfego de pesados na EN10-2 (Paio Pires) GeA C CM
5 anos (máximo)

2 anos (recomendado), INE, CM, Hospital


Repartição modal dos utilizadores no acesso ao hospital A EO, I, M
5 anos (máximo) do Seixal

Nº de viagens realizadas pelo serviço A R, L Anual CM, AML


Relatório anual de acompanhamento do PMTCS A R Anual CM
N.º de participantes a aderir à ação A R Anual CM
Nº de veículos elétricos vendidos A R Anual CM,
2 anos (recomendado),
Tráfego de pesados nos centros urbanos GeA C CM
5 anos (máximo)
Verificação da redução dos fluxos nas vias que descem de
GeA R Anual CM
hierarquia

Tempo médio das deslocações pendulares em TI e em TP 2 anos (recomendado),


A EO, I INE, CM
(minutos) 5 anos (máximo)

Sinistralidade rodoviária (Índice de Gravidade) A R Anual ANSR, CM, PSP

Operadores de TP,
Índice de satisfação dos passageiros quanto aos serviços de TP A I Anual
CM
Ocupação do estacionamento diurna e noturna GeA R, L Anual CM

CM, Gestores dos


Taxa de ocupação GeA R, L Anual Parques de
Estacionamento

Redução do estacionamento ilegal GeA L 2 anos CM


Tabela 41 – Caraterísticas dos indicadores de realização e resultado

05.3.1. DEFINIÇÃO DAS METAS DE RESULTADO


Para a definição da meta de resultado foram estabelecidas as variáveis principais em que o PMTCS pretendia atuar.

Por um lado, temos o objetivo central de alcançar uma mobilidade mais sustentável, reforçando o papel do transporte público
e dos modos suaves na mobilidade diária. Para o efeito foi estima a repartição modal a alcançar em 2030.

A segurança rodoviária constitui igualmente um dos focos do presente plano pelo que foram estimadas metas e identificadas
as medidas que mais diretamente contribuem para elas.

A eficiência dos sistemas de transporte contribui para aumentar a competitividade dos territórios. No âmbito do PMTCS foi
estimado o impacto em termos de ganho de tempo que algumas das medidas mais estruturantes nesse aspeto introduzem.

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Repartição Modal nos movimentos pendulares

Cenário Base

Retomando a análise da repartição modal realizada na primeira fase deste projeto, o município do Seixal conheceu um claro
aumento do recurso ao automóvel (de 42% para 51%) e do recurso ao transporte coletivo (de 27% para 31%), acompanhado
pela redução do recurso ao pedonal (de 19% para 15%).

Em alinhamento com a realidade do município, o recurso ao transporte público aumentou, conhecendo ganhos na ordem dos
3 e 2 pontos percentuais, nas freguesias do Seixal e Corroios, respetivamente. As restantes freguesias contrariam esta
realidade, verificando-se uma perda de 9 pontos percentuais na freguesia de Fernão Ferro.

Relativamente ao modo pedonal a maioria das freguesias perderam utilizadores pendulares, destacando-se as freguesias de
Aldeia de Paio Pires e Fernão Ferro com perdas de 10 pontos percentuais. A freguesia de Amora apresenta um aumento dos
utilizadores pendulares com um ganho de 9 pontos percentuais.

2001 2011

Portugal 49% 20% 25% 7% 63% 17% 17% 3%


AML 49% 20% 25% 7% 55% 28% 16% 2%
SEIXAL 42% 27% 22% 9% 51% 31% 15% 3%
Aldeia de Paio Pires 41% 33% 19% 7% 55% 33% 9% 3%
Amora 42% 36% 13% 9% 44% 32% 22% 3%
Arrentela 37% 33% 23% 7% 49% 30% 18% 3%
Seixal 41% 29% 20% 10% 53% 32% 14% 1%
Corroios 39% 31% 18% 13% 52% 33% 12% 2%
Fernão Ferro 43% 36% 16% 5% 68% 23% 6%3%

0% 20% 40% 60% 80% 100% 0% 20% 40% 60% 80% 100%

TI (+ bicicleta) TP Modos Suaves Outros TI (-bicicleta) TP Modos Suaves Outros

Figura 36 – Repartição modal por freguesia no Seixal, em 2001 e 2011 (Fonte: Censos)

Apesar de não existirem dados relativos à repartição modal para anos mais recentes, é analisada a evolução dos passageiros
transportados no transporte público e a evolução do tráfego médio diário nas pontes.

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25 000 000 160 000

140 000
Passageiros transportados TP

20 000 000
120 000

Tráfego médio diário


15 000 000 100 000

80 000
10 000 000 60 000

40 000
5 000 000
20 000

0 0
2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

Fertagus Sulfertagus MTS


Transtejo Ponte 25 de Abril Ponte Vasco da Gama

Figura 37 – Evolução da procura em diversos modos de transporte entre 2011 e 2019

O transporte público apresenta uma redução do número de passageiros, nos anos de crise, sendo esta tendência invertida
em 2014 para MTS e Transtejo, e em 2016 para os restantes operadores. Em 2018, a Fertagus e a Sulfertagus ainda não
tinham atingido os valores de 2011, enquanto a Transtejo apresentava praticamente os mesmos valores e o MTS crescia
49% face aos valores de 2011. O ano de 2019 carateriza-se pela entrada do PART, traduzindo-se num crescimento
substancial do número de passageiros que ultrapassa os números de passageiros de 2011.

Relativamente ao tráfego médio diário nas pontes 25 de Abril e Vasco da Gama, verifica-se uma redução do tráfego diário,
em ambas as pontes, nos anos de crise, invertendo-se esta tendência, na ponte Vasco da Gama, em 2014. Na ponte 25 de
Abril, o aumento do tráfego diário acontece em 2015, tendo-se verificado uma nova redução entre 2017 e 2018. Comparando
os valores de 2011 e os de 2018, a ponte 25 de Abril apresenta valores semelhantes, enquanto na ponte Vasco da Gama se
verifica um crescimento de 8%. Em paralelo, a taxa de motorização em 2019 apresenta um aumento relativamente aos
valores de 2018 tanto no Seixal como na AML (516 veículos ligeiros/1000 habitantes, em 2019 vs 501 veículos ligeiros/1000
habitantes, em 2018, no Seixal e 588 veículos ligeiros/1000 habitantes, em 2019 vs 575 veículos ligeiros/1000 habitantes,
em 2018, na AML).

Após 2011 observou-se uma redução quer no TP quer no TI nos anos de crise. Esta tendência é invertida, atingindo-se, na
sua maioria, os valores de 2011 nos últimos anos. Neste sentido considerou-se que a repartição modal do cenário base
(2019) é a mesma de 2011.

Meta 2030

A repartição modal expectável em 2030 com a implementação do PMTCS é a apresentada na Figura 38.

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2030

SEIXAL 42% 33% 17% 4%2%

Aldeia de Paio Pires 47% 36% 12% 2%3%

Amora 38% 33% 21% 5% 3%

Arrentela 45% 30% 19% 4%3%

Seixal 48% 31% 16% 3%1%

Corroios 43% 37% 14% 3%2%

Fernão Ferro 54% 28% 13% 3%3%

TI TC Pedonal Ciclável Outro

Figura 38 – Meta para a repartição modal por freguesia no Seixal, em 2030

Para o TP, para além das medidas e ações propostas, foi considerado o impacto do aumento de oferta no TCR, de 47% nos
veículos/quilómetro anuais face à oferta atual. Estimou-se um impacto que coloca os valores do TP próximos dos verificados
em 2001.

Para os modos suaves, as medidas e ações propostas contribuem para um aumento tanto do modo pedonal como do modo
ciclável. Os valores estimados para o modo pedonal são também próximos dos valores verificados em 2001. No modo ciclável
estima-se um crescimento elevado em todas as freguesias, destacando-se a freguesia de Amora onde se estima que 5% da
população use a bicicleta nas suas deslocações pendulares.

Para o TI estima-se uma redução bastante significativa em todas as freguesias do concelho.

Tempo médio das deslocações

No caso das intervenções sobre a rede rodoviária, tanto em termos de fecho como de melhoria de desempenho, e na
expansão do MTS recorreu-se ao modelo de transportes com vista a estimar o impacto em termos de ganho de tempo
resultante da implementação de cada uma destas medidas.

O modelo permitiu apurar os ganhos de tempo apresentados na Tabela 42.

GANHOS (passageiros*hora)
Ficha de Ação TI TP
HPM Anual HPM Anual
B.1.3.1 Concretização do projeto de 1 605
expansão do MTS 2 033 603
C.1.1.1 Fecho da Rede Viária 226 285 880
C.1.1.2 Melhoria do desempenho da
rede e da acessibilidade 1 239 1 569 916

Tabela 42 – Ganhos estimados com o tempo médio das deslocações

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Taxa de sinistralidade

Cenário Base

Retomando a análise da sinistralidade rodoviária realizada na primeira fase deste projeto, a ANSR estabeleceu o Índice de
Gravidade3 como indicador de referência, mas no âmbito europeu e internacional um dos indicadores mais usados é o número
de mortes na estrada por cada 100 000 habitantes.

Em termos de gravidade o pior ano foi o de 2016 com um índice de gravidade de 2,8 dadas as 11 vítimas mortais, o número
mais elevado num período de 10 anos.

É possível observar que nos últimos anos a gravidade dos acidentes dentro do concelho sofreu um incremento consistente
a partir do ano 2013, até chegar aos mesmos níveis de gravidade do distrito de Setúbal, que apresentava valores de
referência mais elevados (Figura 39). Também os valores da média nacional seriam mais elevados, embora nos últimos anos
tenha havido um recuo positivo fazendo com que o índice de gravidade seja menor ou igual ao do Seixal.

Figura 39 – Evolução do Índice de Gravidade no concelho do Seixal entre 2008-2017 face à média do distrito e nacional

Relativamente ao rácio de mortes por cada 100 000 habitantes veja-se que os valores têm vindo a aumentar desde 2011,
embora a tendência nacional seja de recuo, no entanto há que referir que nos dois últimos anos em análise – 2016 e 2017 –
houve uma descida de aproximadamente 7 para 4 mortes por cada 100 000 habitantes (Figura 40).

3 Índice de gravidade: número de mortos por 100 acidentes com vítimas.

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Figura 40 – Evolução do n.º de Mortes por cada 100 000 hab. no concelho do Seixal entre 2011-2017 face à média do distrito e nacional

Apesar da existência destes dois indicadores, o índice de gravidade é o escolhido para a avaliação da sinistralidade
rodoviária. Não dispondo de dados mais recentes, assume-se que o valor para o cenário base (2019) é o valor observado
em 2017.

Meta 2030

Em 2030 a sinistralidade rodoviária, em termos de índice de gravidade, deverá apresentar valores inferiores a 0,8, o menor
valor verificado entre 2008 e 2017.

05.3.2. ESTIMATIVA DAS METAS DE RESULTADO


Com vista a apoiar o processo de avaliação são estabelecidas metas de resultado que permitem aferir o cumprimento do
PMTCS.

Metas
Indicadores de realização Cenário Base
2024 2030
% de novas áreas de construção servidas por TP n.d. - n.a.
% de novas áreas de construção afetas a comércio e serviço em Fernão Ferro n.d. - n.a.
Capitação da rede ciclável estruturante (m / 100 habitantes no concelho) 9,75 25,14 52,20
Capitação da rede pedonal estruturante (m / 100 habitantes no concelho) n.d. 0,15 0,47
Nº de intervenções implementadas 0 n.a. n.a.
% de novas áreas de construção afetas à indústria n.d. - n.a.
Reativação do Cais da Siderurgia Nacional não não sim
Nº de sistemas integrados 0 0 4
Nº de circulações nas horas de ponta, corpo do dia e noturno 0 - Família de Coina
Nº de circulações em Dia Útil 27 + 26 - 50 + 50.
Existência do serviço fluvial na margem sul não não sim
Extensão da rede (km) 0 - 39,5

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Metas
Indicadores de realização Cenário Base
2024 2030
Nº de veículos disponíveis para a realização do serviço n.a. n.a. n.a.
Existência de um Observatório da Mobilidade não não sim
Nº de circuitos pedi-bus e bike-bus 0 18 27
Nº de planos implementados 0 5 10
N.º e tipo de ações realizadas para informar e sensibilizar 0 4 10
Nº de postos de carregamento 6 2 4
Extensão das vias (km) n.d. - n.a.
Existência de regulamento não sim sim
Implementação do projeto piloto não sim sim
Execução da nova hierarquia não - sim
Nº de quilómetros executados (km) 0 - 35
Nº de quilómetros intervencionados (km) 0 - 33
Extensão de corredores bus (m) 0 955 1 661
Nº de sistemas automáticos de controlo de velocidade n.d. 1 1
Nº de sistemas de semáforos para peões n.d. 2 2
Nº de paragens intervencionadas 0 63 133
Nº de estações e interfaces de TP adaptadas a pessoas de mobilidade reduzida n.d. 5 5
% de frota de TP adaptada a Pessoas com Mobilidade Reduzida n.d. - n.a.
Oferta de estacionamento por tipologia n.d. - n.a.
10 estações +80 20 estações +60
Nº de estações e bicicletas de bikesharing 0
bicicletas bicicletas
Nº de lugares de bicicletas no TP n.d. - n.a.
Implementação do sistema tarifário não - sim

Nº de lugares de estacionamento nos parques de estacionamento dissuasores 0 1 290 1 290

Nº de lugares de estacionamento nos parques reativados 0 1 006 1 006


Existência de equipa de fiscalização do estacionamento não sim sim
Nº de lugares de estacionamento formalizados ND 11550 38500
Nº de novos lugares de estacionamento ND 254 254
Nº de serviços de informação em tempo real n.d. - n.a.
Nº de espaços de apoio à mobilidade 0 1 5
Existência de uma plataforma de mobilidade não sim sim
Nº de zonas 30 e/ou coexistência n.d. 4 4
Existência de um plano de segurança rodoviária não sim sim
Metas
Indicadores de resultado Cenário Base
2024 2030
% da população residente na área de influência dos 400 m da rede TP, com pelo menos 2
76% 87% 90%
serviços por hora, no período de maior procura

Repartição modal dos movimentos pendulares Ver subcapítulo 05.3.1 Ver subcapítulo 05.3.1

Tráfego de pesados na EN10-2 (Paio Pires) 52 veículos/hora < 36 veículos/hora


Repartição modal dos utilizadores no acesso ao hospital n.d. - n.a.
Nº de viagens realizadas pelo serviço n.d. n.a. n.a.
Relatório anual de acompanhamento do PMTCS n.a. 1 por ano
20 por ação ou pelo
N.º de participantes a aderir à ação n.a. menos 50% dos
estudantes
Nº de veículos elétricos vendidos n.d. n.a. n.a.
Tráfego de pesados nos centros urbanos n.d. - n.a.
Verificação da redução dos fluxos nas vias que descem de hierarquia n.a. - n.a.
Tempo médio das deslocações pendulares em TI e em TP (minutos) Ver subcapítulo 05.3.1 Ver subcapítulo 05.3.1
Sinistralidade rodoviária (Índice de Gravidade) Ver subcapítulo 05.3.1 Ver subcapítulo 05.3.1

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Metas
Indicadores de realização Cenário Base
2024 2030
Índice de satisfação dos passageiros quanto aos serviços de TP n.d. - >80%
Ocupação do estacionamento diurna e noturna n.d. - n.a.
Taxa de ocupação n.d. - <80%
Redução do estacionamento ilegal n.d. - n.a.
Tabela 43 - Metas para 2024 e 2030

No caso da repartição modal e da sinistralidade rodoviária apresenta-se seguidamente o contributo de cada uma das ações
com impacto nestas metas.
Repartição Modal Sinistralidade
Ação
TC Pedonal Ciclável Rodoviária
A.1.3.1| Reforço de centralidades locais em Fernão Ferro 5% 4%
A.2.1.1| Travessia pedonal e ciclável Seixal-Barreiro 20% 15%
A.2.1.2| Ecovia da Ponta dos Corvos 4%
A.2.2.1| Corredor Verde EN378 5% 4%
A.2.3.1| Requalificação das passagens superiores/inferiores 10%
A.3.1.1| Concentração e densificação das áreas industriais 3%
B.1.1.1| Extensão e reforço da oferta do serviço ferroviário da Fertagus ao Oriente 7%
B.1.2.1| Reforço da oferta no terminal fluvial do Seixal 15%
B.1.2.2| Criação de um serviço fluvial na margem sul 10%
B.2.1.1| Extensão de linhas de TCR 10%
B.3.2.1| Implementação Pedi-Bus e Bike-Bus 5% 4%
B.3.3.1| Mobilidade sustentável para escolas 10% 7.5%
B.3.3.2| Mobilidade sustentável para empresas e polos 3% 5% 4%
C.1.2.1| Implementação de corredores bus 11%
C.2.1.1| Melhoria do rebatimento do TCR nas interfaces 7%
C.3.1.1| Execução da rede pedonal estruturante 10%
C.3.2.1| Execução da rede ciclável estruturante 15%
C.3.2.2| Instalação de equipamentos de apoio à utilização de bicicleta 4%
D.1.1.1| Reforço das condições de intermodalidade nos principais interfaces 10% 20% 15%
D.1.2.1| Rede de bikesharing 7.5%
D.1.3.1| Transporte de bicicletas nos TP 3% 4%
D.3.1.1| Sistema de informação ao público 15%
D.3.1.2| Espaços de apoio à mobilidade 3% 4%
D.3.2.2| Mapa pedonal Seixal a pé (e comunicação) 5%
D.3.2.3| Carta ciclável municipal (e comunicação) 4%
D.4.3.1| Plataforma de mobilidade 3% 5% 4%
E.1.1.1| Requalificação urbana Seixal – Arrentela - Amora 5%
E.1.1.2| Zonas 30 e/ou de coexistência 5%
E.2.1.1| Redução dos fluxos de atravessamento em vias de elevada sinistralidade 10%
E.2.1.2| Medidas de acalmia de tráfego nos eixos de maior fluxo 10%
E.2.1.3| Medidas de acalmia de tráfego nos eixos cicláveis 5%
E.2.1.4| Medidas de acalmia no acesso aos estabelecimentos escolares 5%
E.3.1.1| Medidas de eliminação de pontos negros 20%
E.3.1.2| Reforço da sinalização rodoviária 5%
E.3.2.1| Reformulação de cruzamentos 5%
E.3.2.2| Intervenções sobre as passadeiras 10%
E.3.3.1| Plano de segurança rodoviária 20%
C.1.3.1| Sistemas automáticos de controlo de velocidade n.a.
C.1.3.2| Sistemas de semáforos para peões n.a.
Tabela 44 - Contributo de cada ação para a meta da repartição modal e da sinistralidade rodoviária

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06. SÍNTESE CONCLUSIVA
A mobilidade das pessoas e bens é cada vez mais uma questão fulcral para a competitividade dos territórios. A
implementação de estratégias de mobilidade sustentável combina-se com um cenário de crescente preocupação ambiental,
com a redução dos custos de deslocação e com a melhoria da qualidade de vida das populações. O estudo do território do
Concelho do Seixal, nas suas dinâmicas populacionais, de emprego e de mobilidade, é o ponto de partida elementar para a
reflexão e tomada de consciência sobre a sua situação atual, de forma a garantir a sustentabilidade e a eficiência do sistema
de mobilidade.

Na verdade, as características intrínsecas do território do Seixal criam uma série de desafios à implementação de uma
estratégia desta natureza. Em primeiro lugar, apesar da forte integração dos padrões de mobilidade nas várias freguesias
que compõem o município, a existência de relações de interdependência heterogéneas face aos concelhos envolventes e a
descontinuidade territorial marcada pela barreira rodoferroviária, impedem a existência de um sistema de transportes públicos
contínuo sobre o território. Aliando este facto a uma forte componente da mobilidade individual nos movimentos diários da
população, conclui-se que a mudança de mentalidades não é possível apenas com o repensar das políticas de gestão
territorial. O principal objetivo deste PMTCS consiste na criação de medidas, tanto de cariz físico como imaterial, que
possibilitem a transferência do transporte individual para os modos suaves e para o transporte público.

O papel estruturante dos interfaces ferroviários na organização da mobilidade e do próprio território, em paralelo com a matriz
urbana de génese antiga, que se materializa em núcleos históricos diferenciados, constituem os sistemas âncora de atuação
do PMTCS. Desta forma, é sobre os interfaces ferroviários que todo o sistema de transportes é montado, articulando as
várias componentes do sistema e apostando na densificação destas áreas, tanto em termos residenciais como com comércio
e serviços. Nos núcleos históricos desenvolvem-se estratégias de proteção do espaço público, procurando libertar espaço
para os modos suaves e para uma vivência mais aprazível da rua, mas assegurando a conexão com as diferentes redes –
rodoviária, TC, pedonal e ciclável.

A mobilidade ciclável, fortemente aliada à mobilidade pedonal, outro dos pontos-chave desta estratégia, depende da criação
de infraestrutura dedicada, essencial para garantir as condições de segurança nas deslocações. A existência de uma rede
pedonal estruturante municipal, assente em vias que organizam o território concelhio, em paralelo com a rede ciclável que
integra um conjunto de eixos de elevado valor paisagístico, permite a estruturação das redes urbanas num sistema
abrangente. A criação de campanhas de sensibilização e de formação, o ajuste dos instrumentos de gestão territorial e a
implementação de mecanismos de monitorização e acompanhamento completarão o rol de medidas necessárias.

A segurança rodoviária constituiu também um eixo de atuação que organiza um conjunto alargado de ações, tanto do ponto
de vista da acalmia de tráfego, da redução de fluxos como da minimização de conflitos, concorrendo para a redução do
número de acidentes e da sua gravidade. Esta atuação conheceu uma preocupação acrescida sobre os utilizadores
vulneráveis, peões e ciclistas, cuja proteção na via é tida por prioritária.

Prevendo um aumento da quota do transporte público para 33%, do pedonal para 17% e do ciclável para 4%, estima-se uma
redução da quota do transporte individual para 42%. O conjunto das ações articuladas no PMTCS contribuem para o
cumprimento desta meta em 2030, concorrendo para uma mobilidade mais sustentável no Concelho do Seixal.

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ANEXOS

ANEXO 1 – Sugestões para a rede ciclável

Figura 41 – Detalhe tipo de intervenção em passagens inferiores

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Figura 42 – Detalhe tipo de intervenção em passagens superiores

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Figura 43 – Detalhe tipo de intervenção em arruamentos de sentido único

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Figura 44 – Detalhe tipo de intervenção medidas de acalmia

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ABREVIATURAS
AML Área Metropolitana de Lisboa
ANSR Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária
APA Agência Portuguesa do Ambiente
CP Comboios de Portugal
EEDS Estratégia Europeia de Desenvolvimento Sustentável
EES Locais de elevada sinistralidade
EMNAC Estratégia Nacional para a Mobilidade Ativa Ciclável 2020 -2030
ENDS Estratégia Nacional de Desenvolvimento Sustentável
ENSR Estratégia Nacional de Segurança Rodoviária
GEE Gases com Efeito de Estufa
IMOB Inquérito à Mobilidade nas Áreas Metropolitanas do Porto e Lisboa
IMT Instituto da Mobilidade e dos Transportes
MTS Metro Sul do Tejo
PALMT Plano de Ação Local de Mobilidade e Transportes
PART Programa de Apoio à Redução do Tarifário dos Transportes
PATMT Plano de Ação Territorial de Mobilidade e Transportes
PDM Plano Director Municipal
PEDEPES Plano Estratégico para o Desenvolvimento da Península de Setúbal
PENSE Plano Estratégico Nacional de Segurança Rodoviária
PERLOVT Plano Estratégico da Região de Lisboa, Oeste e Vale do Tejo
PET Plano Estratégico dos Transportes
PETI3+ Plano Estratégico de Transportes e Infraestruturas
PIOTAC Plano Intermunicipal de Ordenamento do Território da Área de Coina
PMSR Plano Municipal de Segurança Rodoviária
PMTCS Plano de Mobilidade e Transportes do Conselho do Seixal
PMTI Plano de Mobilidade e Transportes Intermunicipal da Margem Sul do Tejo
PNAEE Plano Nacional de Ação para a Eficiência Energética
PNI Programa Nacional de Investimentos
PNPOT Programa Nacional da Politica de Ordenamento do Território
PROTAML Plano Regional de Ordenamento do Território da Área Metropolitana de Lisboa
RJSPTP Regime Jurídico do Serviço Público do Transporte de Passageiros
TCR Transporte coletivo rodoviário
TI Transporte individual
TMH Tráfego Médio Horário
TOD Transit-Oriented Development
TP Transporte público
TST Transportes Sul do Tejo

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Acordo de Colaboração entre o município de Seixal e o IHRU, IP no âmbito do 1.º Direito - Programa de Apoio ao Acesso à Habitação
ANEXO I
PROGRAMAÇÃO FINANCEIRA

SOLUÇÕES HABITACIONAIS PROGRAMAÇÃO FINANCEIRA (INVESTIMENTO PREVISTO / ANO)

Fase
Entidade Art. 18ª n.º 3 N.º Fogos/ AHab Total
Designação Tipo de solução 2021 2022 2023 2024 2025 2026 Total
promotora DL 37/2018 alojamentos [m²]

Agregados a residir Aquisição e reabilitação de


Núcleos
em Núcleos frações ou prédios para Município de
precários - 170 17.041 1 11.586.677,11 € 13.935.327,87 € 1.096.037,02 € 26.618.042,00 €
Precários - Vale de destinar a habitação - art.º Seixal
Art.º11
Chicharos 29.º b)
Agregados a residir
Construção de prédios ou Núcleos
em Núcleos Município de
empreendimentos precários - 209 21.582 1 5.452.050,45 € 5.452.050,45 € 5.452.050,45 € 5.452.050,45 € 5.452.050,45 € 27.260.252,25 €
Precários - Sta, Seixal
habitacionais - art.º 29.º b) Art.º11
Marta de Corroios
Agregados a residir Aquisição e reabilitação de
Núcleos
em Núcleos frações ou prédios para Município de
precários - 79 8.198 1 3.201.319,00 € 3.201.319,00 € 3.201.319,00 € 3.201.319,00 € 12.805.276,00 €
Precários - Sta, destinar a habitação - art.º Seixal
Art.º11
Marta de Corroios 29.º b)
Agregados a residir Aquisição e reabilitação de
Núcleos
em Núcleos frações ou prédios para Município de
precários - 18 1.622 2 1.266.782,00 € 1.266.782,00 € 2.533.564,00 €
Precários - Rio destinar a habitação - art.º Seixal
Art.º11
Judeu 29.º b)
Agregados a residir
Construção de prédios ou Núcleos
em Núcleos Município de
empreendimentos precários - 55 4.455 3 3.580.892,18 € 2.046.224,11 € 5.627.116,29 €
Precários - Seixal
habitacionais - art.º 29.º b) Art.º11
Dispersos
Reabilitação de frações ou
Habitação Município de
de prédios habitacionais - 164 17.010 1 7.161.784,37 € 7.161.784,37 € 7.161.784,37 € 21.485.353,11 €
Municipal - Cucena Seixal
art.º 29.º b)
Habitação Reabilitação de frações ou
Município de
Municipal - de prédios habitacionais - 34 3.340 1 1.406.252,78 € 1.406.252,78 € 1.406.252,78 € 4.218.758,34 €
Seixal
Fogueteiro art.º 29.º b)
Habitação Reabilitação de frações ou
Município de
Municipal - Vale de de prédios habitacionais - 20 2.186 1 938.905,30 € 938.905,30 € 938.905,30 € 2.816.715,90 €
Seixal
Milhaços art.º 29.º b)
Habitação Reabilitação de frações ou
Município de
Municipal - de prédios habitacionais - 9 811 1 341.458,38 € 341.458,38 € 341.458,38 € 1.024.375,15 €
Seixal
Dispersos art.º 29.º b)
Construção de prédios ou
Pedidos de Município de
empreendimentos 470 44.771 2 18.850.102,77 € 18.850.102,77 € 18.850.102,77 € 56.550.308,30 €
Habitação Seixal
habitacionais - art.º 29.º b)
Aquisição e reabilitação de
Pedidos de frações ou prédios para Município de
100 9.489 2 4.940.606,00 € 4.940.606,00 € 4.940.606,00 € 14.821.818,00 €
Habitação destinar a habitação - art.º Seixal
29.º b)
Construção de prédios ou Pessoas
Alojamento urgente Município de
empreendimentos vulneráveis - 10 950 2 1.199.946,24 € 1.199.946,24 €
e temporário Seixal
habitacionais - art.º 29.º b) Art.º10
Reabilitação de frações ou Pessoas
Alojamento urgente Município de
de prédios habitacionais - vulneráveis - 15 750 2 1.136.791,17 € 1.136.791,17 €
e temporário Seixal
art.º 29.º b) Art.º10
TOTAL 1.353 132.205 12.786.623,35 € 37.234.131,64 € 25.805.195,31 € 43.559.261,05 € 32.364.728,08 € 26.348.377,32 € 178.098.316,75 €
Comparticipação IHRU 5.991.507,63 € 15.859.663,49 € 10.364.237,12 € 15.815.998,19 € 11.769.171,83 € 9.144.512,89 € 68.945.091,00 €
Empréstimo bonificado 6.675.642,48 € 18.972.044,93 € 13.064.539,85 € 21.792.696,50 € 16.763.626,94 € 13.629.716,41 € 90.898.267,00 €
FONTES DE FINANCIAMENTO
Autofinanciamento 119.473,24 € 2.402.423,22 € 2.376.418,34 € 5.950.566,36 € 3.831.929,31 € 3.574.148,02 € 18.254.959,00 €
Outras

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