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2 As Raízes do EUpreendedorismo
As Raízes do
EUpreendedorismo
As fontes de inspiração para a
Rede Ubuntu de EUpreendedorismo
Eduardo Seidenthal
com a participação de Cristiane Vilar
Diogo, Joana Madia, Marina Campos,
Monica Malheiros, Renata Fonseca,
Silvia Maiolino eTaly Szwarcfiter
2a Edição
São Paulo
2020
UBUNTU
Eu sou porque você é. Você é porque nós somos!
As Raízes do EUpreendedorismo 3
Copyright(c) 2015 por Eduardo Seidenthal
Fotos
Dudu Contreras
Revisão
Silvia Maiolino e Cristiane Vilar Diogo
(Ornando.comVc)
4 As Raízes do EUpreendedorismo
Agradecimentos
A Nelson Mandela.
As Raízes do EUpreendedorismo 5
6 As Raízes do EUpreendedorismo
Índice “ As Raízes do EUpreendedorismo”
Capítulo 1: Contextualizando
Introdução 11
O que é EUpreendedorismo e o Modelo PURPOSE 14
Fluxo e Objetivo do Livro 25
Nosso Propósito 30
Como tudo começou? 30
Inspirações teóricas que permeiam este livro (por
Renata Fonseca) 46
Capítulo 2: Abrir
Preâmbulo 63
Honrando as origens 67
Perspectivas sobre o mundo de dentro 68
Perspectivas sobre o mundo 73
As experiências como caminho para a abertura 77
Abertura nas relações 81
Abertura na matéria 88
Capítulo 3: Incluir
Crenças que suportam o Princípio do Incluir 96
Um olhar inclusivo 107
Linguagem (por Taly Szwarcfiter) 113
É um processo! 129
A importância dos vínculos 135
Acolher a nossa sombra 141
As Raízes do EUpreendedorismo 7
Capítulo 4: Colaborar
Prêambulo 153
Filosofia UBUNTU 160
Teoria do eu e nós 166
Crença da abundância e da escassez 168
Os diferentes níveis de compreensão e prática da colaboração 175
Lá na minha pós... A prática da colaboração (por
Marina Campos, a Nina) 182
A inovação como consequência... 203
Mas o que você é, meu? 206
Estruturas colaborativas 211
E os ambientes? 208
Capítulo 5: Ornar
Preâmbulo 213
Ornando as diferentes perspectivas 216
A busca por também ornar as linhas de
desenvolvimento 220
O poder da vulnerabilidade 222
A Linguagem do Palhaço (por Mônica Malheiros) 239
A estética 257
O ornar expresso nos ambientes 261
Ornar para quê? 268
Capítulo 6: Acreditar
Preâmbulo 271
Acreditar em si 273
Acreditar nos outros 277
O acreditar e o tempo 281
O acreditar na prática 284
E o resultado? 294
Acreditar em algo maior (por Joana Madia) 299
8 As Raízes do EUpreendedorismo
Capítulo 7: A reconexão com o meu propósito
Ubuntu e EUpreendedorismo, o impulso que eu precisava! 321
Ornando.comVc (por Cristiane Vilar e Silvia Maiolino) 328
Raízes Novas - Abrir 341
Incluir 345
Colaborar 350
Ornar 355
Acreditar 358
Apêndice 1 380
Apêndice 2 382
Minibiografias 384
Bibliografia 391
As Raízes do EUpreendedorismo 9
10 As Raízes do EUpreendedorismo
Contextualizando
Capítulo 1:
Contextualizando
Quando pensei em escrever este livro, tive uma imagem muito nítida da
intenção desta obra. Desde o início da Rede Ubuntu, em junho de 2009,
usamos esta linda árvore da savana africana para descrevê-la.
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Contextualizando
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Contextualizando
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Contextualizando
Modelo PURPOSE
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Contextualizando
Seguem os 10 Ds de Bygrave:
Decisiveness (Decisão)
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Contextualizando
. Confidence (Confiança)
. Motivation (Moticação)
. Effort (Esforço)
. Responsability (Responsabilidade)
. Initiative (Iniciativa)
. Perseverance (Perseverança)
. Caring (cuidado)
. Teamwork (Trabalho em Equipe)
. Common sense (Senso Comum)
. Problem solving (Solução de Problemas)
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Contextualizando
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Contextualizando
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Contextualizando
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Contextualizando
Assim, como você pode ver, tudo nesse modelo está inter-
ligado.
O próximo tema do nosso modelo de EUpreendedorismo
é Protagonismo. A nossa capacidade de assumir as rédeas de
nossas vidas e seguir em frente.
Quem é responsável pela realização do seu propósito? Você
mesmo. Não delegue isso a ninguém, ainda que a criança den-
tro de você esteja louca para delegar. Para o seu chefe, para a
organização em que trabalha, para os seus pais, para o gover-
no, para o cliente...
Muitas vezes, culpamos os outros pela nossa infelicidade e
por não seguirmos na direção que queremos. E, mais uma vez,
pode até ser que obstáculos existam, mas, em última instância,
você é o responsável.
O sexto tema do nosso modelo PURPOSE é Olhar, Ouvir
e Sentir. Esse é um dos meus temas preferidos e diz respeito à
nossa capacidade de percepção. Percepção de si, dos outros ao
nosso redor, do ambiente.
Nossa capacidade de olhar macro, de ver the big picture e,
ao mesmo tempo, focar na pequena atividade que está à nossa
frente e é fundamental para a realização de nosso propósito.
Nossa capacidade de escuta. De ouvir as nossas vozes inter-
nas2 e, ao mesmo tempo, escutar os outros, pois muitos nos
dão presentes diariamente e insistimos em não escutar.
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Contextualizando
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Contextualizando
propósito
Paixões
ubuntu
P r o jetos
Projetos
Resiliência
jetos
Projetos Pro Protagonismo
Olhar, ouvir, sentir
ia
ênc
$ustentabilidade
i
exper
Execução
coachin
g
acr
A b rir e dit ar
Cola b o r ar
or
nar
incl uir
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Contextualizando
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Contextualizando
28 As Raízes do EUpreendedorismo
Contextualizando
significados.
Devo ler este livro?
Procurei escrever este livro da maneira mais inclusiva possí-
vel, para ornar com todos os nossos Princípios. Um livro para
você que:
As Raízes do EUpreendedorismo 29
Contextualizando
Nosso Propósito
Nós temos um sonho! O sonho de que milhões (por que
não bilhões?) de pessoas e suas respectivas organizações neste
planeta empreendam seus propósitos genuínos!
Temos o sonho de criar um grande movimento para pro-
vocar, inspirar, apoiar e servir pessoas, grupos e organizações
a refletir sobre seus propósitos, mapear caminhos para a sua
realização e colocar tais propósitos em prática.
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Contextualizando
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Contextualizando
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Contextualizando
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Contextualizando
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Contextualizando
Tipos de Rede
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Contextualizando
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Contextualizando
As Raízes do EUpreendedorismo 45
Contextualizando
Obrigada, Edu, por me convidar para fazer parte deste livro tão
especial, que fala sobre tudo o que eu acredito. Eu conheci o Edu
em 2008 na Johnson & Johnson, ele trabalhava em Marketing e eu,
em Recursos Humanos. Em 2009, eu deixei minha carreira executi-
va e iniciei minha trajetória como coach e facilitadora e, em 2010,
reencontrei o Edu, já na Rede Ubuntu. Come-
çamos a desenvolver diversos projetos juntos
desde então, o que tem sido uma contribuição
enorme para o meu próprio desenvolvimento.
Como o Edu falou, eu adoro estudar e co-
nhecer novas abordagens sobre desenvolvimen-
to humano, psicologia, educação e tudo que se
relaciona a isso. Sou uma completa apaixonada
pelas relações humanas, seus mistérios e desa-
Começamos a
desenvolver diversos fios.
Espero que a breve abordagem sobre essas te-
projetos juntos
orias possa ajudar a todos vocês.
desde então, o
que tem sido uma
Abordagem Integral
contribuição enorme
para o meu próprio
Toda teoria, por definição, é incompleta. Por
desenvolvimento.
melhor que seja, ela é simplesmente uma leitu-
ra de parte da realidade. Na Rede Ubuntu de
EUpreendedorismo, transitamos por diferentes
teorias para ampliarmos cada vez mais as nossas
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Contextualizando
Quadrantes
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Contextualizando
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Contextualizando
Níveis de Consciência
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Contextualizando
Autossobrevivência
Poder do
Indivíduo Fluxo Integrado
Autoempreendedorismo
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Contextualizando
Linhas de Desenvolvimento
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Contextualizando
Estados de consciência
Tipos
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Contextualizando
Drive
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Contextualizando
Autonomia
Propósito
Excelência
Antroposofia
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Contextualizando
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Contextualizando
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Contextualizando
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Contextualizando
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Contextualizando
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Contextualizando
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62 As Raízes do EUpreendedorismo
Abrir
Capítulo 2:
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Preâmbulo
7 Filme de 2011, dirigido por Cameron Crowe e estrelado por Matt Damon.
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64 As Raízes do EUpreendedorismo
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Egocêntrico Etnocêntrico
Globocêntrico Cosmocêntrico
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66 As Raízes do EUpreendedorismo
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Honrando as origens
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68 As Raízes do EUpreendedorismo
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mesmo.
Abrir-me para aspectos que queria ver e aspectos que que-
ria esquecer, que doíam, mas que, no final das contas, não dá
para esquecer, não é mesmo? Este tem sido um aprendizado
enorme: se deixamos para lá certos pontos da nossa vida, mais
dia, menos dia, o tema volta. Então, por que não encarar logo,
já que muitas vezes são esses os aspectos que nos impedem de
seguir evoluindo, crescendo?
Vale aqui ressaltar um aspecto fundamental do EUpreen-
dedorismo: o respeito ao tempo de cada um. Assim como na
natureza, cada organismo vivo deste planeta tem o seu tempo.
Alguns crescem mais rápido, outros mais devagar. Alguns du-
ram mais, outros se vão rapidamente. Não é melhor nem pior,
é o que é.
Na jornada de se abrir e começar a se olhar é preciso dar
passos pequenos (baby steps) nessa direção. Começar pelos de-
safios mais simples, mais fáceis, e ir ganhando tração em seu
desenvolvimento.
Este, em geral, é um dos maiores problemas de processos
de desenvolvimento humano. Quando a experiência, a dinâ-
mica proposta, é um passo ainda muito grande para as pes-
soas, acaba afugentando muitos dos processos de autoconhe-
cimento, por ser uma dose muito maior do que a necessária
para aquele momento.
Abrir as perspectivas sobre você mesmo, muitas vezes, dói.
Pode doer, mas não precisa machucar, como diria o querido
Sensei de Aikido, José Bueno. Você pode ficar triste, angustia-
do, mas não precisa sofrer, pois o mais importante no processo
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Zona de
Acomodação
Incômodo
Positivo
Help
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72 As Raízes do EUpreendedorismo
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des.
Aliás, quando nossos filhos nos perguntavam: “Pai, de que
religião nós somos?”, nossa resposta, minha e da Jojo, era:
“Somos espiritualistas, Vivi e Gabi. Acreditamos em Deus,
que ele também está dentro de nós, portanto, escolhemos li-
vremente que prática ou caminho espiritual seguir...”.
Esta resposta, anos depois, é fruto de toda essa abertura
no campo de nossa espiritualidade, ou mesmo em relação à
abertura holística que minha mãe me provocou.
A Lalá, ou melhor, Lais Jordão Ribeiro Seidenthal, minha
querida mãe, decidiu ingressar na faculdade de Psicologia lá
pelos meus dez anos de idade. E, à medida que ela foi se abrin-
do para a Psicologia e em seguida para as inúmeras terapias
alternativas (Florais de Bach, Cura Energética, Reiki, Cons-
telação Familiar, Frequência de Brilho, etc.), de forma indi-
reta fui tomando contato com mundos, ou perspectivas de
mundo, muito diferentes! E, sendo honesto, sou eternamente
grato por esta formação, história e abertura.
Outra grande influência dos meus pais foram as mudanças
de cidade que fizemos ao longo da vida. Aos sete anos, saí de
São José dos Campos, na época ainda considerada uma cida-
de de Interior de São Paulo, para vir para a capital paulista.
Naquele momento uma nova dimensão do mundo se abriu.
Pouco tempo depois, quando eu tinha 11 anos, meu amado
pai, Waldir Seidenthal, executivo da Kodak na época (aque-
la empresa que inventou a máquina fotográfica e o filme de
rolo…), foi transferido para a pequena cidade de Rochester,
no estado de Nova York, nos Estados Unidos. Moramos lá
74 As Raízes do EUpreendedorismo
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durante 18 meses.
Viajar e morar fora, definitivamente abrem nossas pers-
pectivas de vida. Entramos em contato com outras visões de
mundo, com outros valores, muito diferentes dos nossos.
Por exemplo, para mim, foi um choque viver em um país
que tinha uma máquina de jornal, na qual alguém coloca-
va umas moedinhas, abria a tampa e pegava um exemplar.
Apenas um. Como assim? Na época, no Brasil, se tivesse uma
máquina daquelas, um indivíduo colocaria a moedinha, pe-
garia todos os jornais e, provavelmente, na esquina seguinte
venderia os jornais para levantar uma graninha
(lembra dos níveis de consciência?).
Outra enorme oportunidade ao viajar ou
morar fora é ver sua vida por outro ângulo.
Problemas que pareciam enormes passam a ter
outra dimensão. Há, como costumo dizer, um
“chacoalhão” nos seus valores, fazendo você re-
fletir bastante sobre o que é importante ou não
na sua vida.
O que isso tem a ver com o EUpreendedoris-
mo? Vou dar um simples exemplo.
Ter múltiplas perspectivas do mundo nos abre mais portas,
nos abre mais possibilidades. Eu diria que enxergar possibili-
dades é um dos fatores preponderantes da inovação. Ao traba-
lhar com centenas, milhares de jovens a esta altura, presencio
ainda muitos deles com um olhar baseado na falta de perspec-
tivas, na escassez.
Se amo ensinar, então, só posso ser professor. Se amo
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76 As Raízes do EUpreendedorismo
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78 As Raízes do EUpreendedorismo
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As Raízes do EUpreendedorismo 79
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E você, o que tem feito para se desenvolver de maneira integral? Que tal fazer
um quadro como o mostrado ao lado para você? Basta cruzar o que você
precisa se desenvolver, com práticas que já faz e outras que deseja fazer. As
possibilidades são infinitas, basta escolher e dar o primeiro passo.
80 As Raízes do EUpreendedorismo
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Vulnerabilidade
Espiritualidade
Flexibilidade
Perspectivas
Polaridades
Coletividade
Emocional
Presença
Leveza
Físico
Música
Pintura
Percussão
Palhaço
Bicicleta
Aikidô
Teatro
Yoga
Massagem
Terapia
Dança
Fotografia
Paraqued.
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86 As Raízes do EUpreendedorismo
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Abertura na matéria
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88 As Raízes do EUpreendedorismo
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Conteúdo
Meu conteúdo, meu conhecimento, minhas informa-
ções. Meu, meu, meu. Aprendi desde criança que precisamos
guardar a sete chaves aquilo que sabemos, pois este é o nosso
diferencial. Nasci em uma época que tinha esta crença: infor-
mação é poder. Hoje ela é questionada, mas muitos processos,
muitos sistemas, muitas instituições, muitas estruturas ainda
expressam tal crença.
Muitas organizações ainda se protegem atrás de senhas e
chaves de acesso para tudo. Por trás de políticas de privacidade
e confidencialidade, existe uma limitação de acesso a conteú-
do dos mais variados tipos, hoje absolutamente disponíveis, e
de graça, na internet.
Informação não é mais poder. A “sacada” está no cruza-
mento de todos os conhecimentos, ou melhor, no cruzamento
de todas as inteligências, como diria Don Tapscott em seu
TED Talk.
As organizações irão se destacar, cada vez mais, se permiti-
rem que as interações ocorram para que, assim, a circulação de
conteúdos ou de inteligências se dê livremente. Sei que parece
loucura, e a mim também pareceu, mas desde que começamos
a experimentar essa direção, a abertura de conteúdo só se pro-
va benéfica! Vou dar um exemplo.
Em 2012, gravamos as 13 primeiras pílulas virtuais da Rede
Ubuntu de EUpreendedorismo. O que são pílulas virtuais?
São conteúdos concentrados dos nossos processos de aprendi-
zagem. Decidimos gravá-los em vídeo para que não ficássemos
repetindo a mesma coisa em todo programa que fizéssemos. A
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90 As Raízes do EUpreendedorismo
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algum tempo.
Em 2013, quando nos reunimos pela primeira vez com o
Oswaldo, e ele disse: “Edu, abre tudo! Abra seu conteúdo...”,
minha primeira reação foi de espanto, medo. “E se nossos
concorrentes virem as pílulas e copiarem? Ou pior, e se fize-
rem até melhor e passarem na nossa frente?”
Após essa reação inicial, logo vieram reflexões mais pro-
fundas de onde nós, facilitadores, adicionamos valor. Os con-
teúdos e exercícios expressos nas pílulas não eram novidade.
Aliás, todos estão disponíveis e livres em livros, sites, artigos.
O diferencial estava e está na conexão desses diferentes conhe-
cimentos. Na criação coletiva (facilitadores e participantes) de
um processo de aprendizagem. No final de 2013, decidimos
abrir nossas pílulas livremente na web e, desde então, os bene-
fícios são notórios.
Primeiro, a reação inicial do meu pai que, ao ver as pílulas
pela primeira vez, disse: “Agora, sim, eu entendi o que você
está fazendo, filho!” A abertura do conteúdo tem se mostrado
muito rica para que mais e mais pessoas compreendam o que
é o EUpreendedorismo. Concretizar, de alguma forma, um
conceito mais abstrato.
Outro benefício claro é o aumento das possibilidades de
uso de tais conhecimentos e de pessoas acessando tais conte-
údos. Apenas lembrando que, em última instância, o nosso
propósito é espalhar, democratizar o autoconhecimento, e a
abertura das pílulas vai ao encontro deste nosso desejo.
Se você perguntar: “E os concorrentes, viram?”, não tenho
como afirmar, mas suspeito que sim. No entanto, honesta-
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Incluir
Capítulo 3:
Incluir
“Nós somos galhos da mesma árvore.”
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Individual Coletivo
• Úteis
• Conquistas • Troca de
• Realização aprendizados
• Satisfação dos • Crescimento
meus desejos • Clima
Individual Coletivo
• Egoísmo • Stress
• Solidão • Frustração
• Menos aprendizado • Nunca é o suficiente
e crescimento • E eu?
• Clima ruim • Insustentável
Fazer/Prática Teoria
Curto Prazo Longo Prazo
Dúvida Certeza
Fazer Planejamento
Dar Pedir
Rigor Flexibilidade
Espiritual Razão
Emocional Razão
Centralizar Descentralizar
Feminino Masculino
Liderar Seguir
Pessoal Profissional
Mãe Profissional
Sério Divertido
Abertura Retração
Incluir Limites
Parar Caminhar
Medo Coragem
Sugiro neste momento uma pausa na leitura. Pegue uma das polarida-
des que mais chama a sua atenção e procure fazer o exercício de refletir
sobre os pontos positivos e negativos de cada um dos polos.
2. Que alertas existem para que você perceba que está “entrando”
nos quadrantes negativos de cada um dos polos?
Um olhar inclusivo
Linguagem
Por Taly Szwarcfiter
Obrigada, Edu!
Conheci o Edu há alguns anos, quando fazia
pouco tempo que ele tinha iniciado a Rede Ubun-
tu. Encontramo-nos em uma tarde, para um papo
despretensioso, para a gente se conhecer, conhe-
cer os nossos percursos, sonhos, projetos.
O papo fluiu e eu fui me encantando com
tudo o que ele estava criando. Umas semanas
depois, habitando já os Princípios do Abrir e do
Incluir, o Edu me convidou para desenvolvermos
juntos o programa Semear, que atenderia aos jo-
vens aprendizes da Natura. Começo de um lindo Descobri na Ontologia
sonho feito realidade. alguns conceitos que
Até então, eu tinha meu consultório de aten- fizeram muito sentido
dimento clínico psicológico. E também realizava para mim.
alguns projetos dentro de escolas. Começamos a
construir e implementar, junto com a Nina e a
Momô, como o Edu já comentou, o programa.
Inicialmente, observei muito, e uma das coisas que mais me
chamava a atenção era a rápida resposta e mobilização que
via entre os jovens. As mudanças começavam a ser percebidas
muito rapidamente. Eu queria entender por quê.
Conversando com o Edu, identifiquei que grande parte
desses resultados vinham de ferramentas trazidas da sua for-
mação como coach.
El Observador
Somos observadores do mundo. Construímos universos
a partir do nosso olhar, do que observamos. E a lente com
que observamos foi se constituindo ao longo da nossa histó-
ria. Não só da nossa, mas também da dos nossos pais, avós,
ancestrais. E toda essa bagagem de olhares que herdamos vai
desenhando a lente pela qual enxergamos o mundo.
Observar é ver e interpretar.
Vemos o mundo e o interpretamos e, a partir destas ima-
gens, criamos o mundo em que nos mobilizamos.
Esta construção do que somos e do mundo em que habita-
mos opera dentro das construções linguísticas.
• Afirmações
• Declarações
• Promessas
• Pedidos
• Ofertas
Afirmações
Exemplo:
Fez sol terça-feira passada em Madri. Preciso de pelo me-
nos uma testemunha que possa comprovar se essa afirmação é
verdadeira. Se, pelo contrário, alguém que esteve na terça-fei-
ra, em Madri, me disser que choveu o dia todo, esta continu-
ará sendo uma afirmação, só que falsa.
As afirmações são plausíveis de serem comprovadas.
Declarações
• Não
• Sim
• Não sei
• Obrigado
• Perdão
• Te amo
• Julgamentos
Exemplo:
A - “Você pode me dar carona?”
B - “Claro! Só me dá uns minutinhos que já saio.”
Meia hora depois:
A - “Você tem previsão de que horas vai sair?”
B - “Já, já. Só que antes eu vou passar no mercado e
depois levo você.”
Os Julgamentos
Promessas
Pedidos
Ofertas
É um processo!
dia.
O segundo item que gera confiança é sua intenção. Ou, em
nossas palavras, o seu propósito. Todos nós, na maioria das
vezes, percebemos em uma relação a intenção da outra pessoa,
não é mesmo? Pois é, se percebemos no outro, ele também
percebe na gente! Confiamos mais naqueles em cujas inten-
ções e propósitos nós acreditamos.
O terceiro tema que gera confiança são as competências,
isto é, se a pessoa é capaz de entregar aquilo que ela está se
propondo a entregar naquela relação.
Finalmente, os resultados, ou a experiência, ou mesmo as
realizações que a pessoa demonstrou durante a jornada. Cos-
tumamos confiar mais naqueles que já demonstraram algo,
que já fizeram e com quem tivemos experiências positivas.
Depois de ter descoberto estes quatro pilares que geram
confiança, tenho usado esta reflexão de forma rotineira em
minha vida, principalmente porque a teoria os coloca em or-
dem, sendo que é possível você começar a confiar em alguém
sem os dois últimos, isto é, só com os dois primeiros pilares.
Você é capaz de começar a confiar em uma pessoa se en-
xergar verdade nela, se ela ornar. Para ver a importância que
damos a este ponto, perceba que uma das raízes do EUpreen-
dedorismo é dedicada só a esse ponto: ORNAR.
Além de ver se ela é autêntica, o segundo pilar fundamental
é o propósito, o quanto acreditamos no propósito da pessoa.
Veja a conexão desses dois conceitos com a essência do EU-
preendedorismo. Perceba como tudo está interligado.
Conforme mencionei, estas reflexões se tornaram impor-
Foco no propósito
Esta é uma ação muito válida para a sombra do consenso e
colegiado. Toda vez que as discussões começarem a se tornar
intermináveis, ou mesmo rolar muito “mi, mi, mi”, alerta! Fo-
Protagonismo
Um tema que temos desenvolvido muito nos diferentes
trabalhos que realizamos, fundamental para lidarmos com vá-
rias das nossas sombras. Agir, ter iniciativa, ir atrás, assumir
responsabilidade pela solução são características fundamentais
para lidar com muitas das nossas sombras.
Alinhamento de expectativas
Em um ecossistema aberto e inclusivo como o da Rede
• O que eu ofereço?
• O que eu espero?
Capítulo 4: Colaborar
“Juntos somos mais fortes.”
Filme: Mandela – A Long Walk to Freedom
Reflexão
Abrir:
Por qual perspectiva você está enxergando a África do Sul
neste momento? Claro que os noticiários, muitas vezes, re-
tratam atos de violência que ocorrem lá, mas essa é a única
perspectiva da realidade? Que tal também olhar por outros
ângulos e perceber os inúmeros exemplos de convivência, de
paz, de amor que estão ocorrendo, no mesmo instante, nessa
região?
Incluir:
Ao se abrir para essas perspectivas, que tal incluí-las e dialogar
com essa vozinha interna, com esses julgamentos?
A partir dos julgamentos criados dentro de você, o que eles dizem
sobre si? Reflita: Que observador do mundo eu sou, como enxergo
esses aspectos da realidade?
A África do Sul, assim como todos nós, vive um processo, uma
experiência (lembra-se da imagem da árvore mencionada no começo
do livro?) com luz e sombra.
Ela ainda apresenta, sim, atos de violência e de preconceito e
também exemplos de convivência, paz e harmonia. Uma E (em mai-
O poder da pergunta
Filosofia UBUNTU
15 - Instituto Padre António Vieira é uma organização não governamental portuguesa. Para
mais informações, acesse www.ipav.org.pt.
16 - John Volmink, nasceu e cresceu na Cidade do Cabo, África do Sul. Ele começou sua
carreira acadêmica na University of the Western Cape e completou seu PhD em Mathematics
Education na Cornell University, Ithaca NY, United States of America em 1988.
Lenda Ubuntu17
17 - Texto de Raimon Pannikar, e associado à palavra Ubuntu pela querida Lia Diskin, da
Palas Athenas, e que hoje circula pela Web como uma inspiração.
Teoria do Eu e Nós
18 - Ser motorista de trator era um sonho de criança meu, e uso a imagem do motorista
de trator para explicar muito do meu propósito. Abrir novos terrenos, arar a terra para que
novas plantações possam ser realizadas.
Desapego
Dentro da experiência do Princípio do Colaborar, ressalto a importância
da prática de uma competência fundamental: o desapego.
Em um mundo cada vez mais líquido, fluido, em que o equilíbrio passa
pelo dinamismo, pelo movimento, o exercício do desapego é crucial em nos-
sas jornadas EUpreendedoras.
Tão bonito quanto falar de desapego é o exercício de incorporar tal com-
petência em nosso dia a dia... Meu filho, meu marido, minha esposa, meu
projeto, minha marca, minha ideia, meu argumento. Fomos treinados a nos
apegar. Apego a coisas, ideias, relacionamentos, crenças.
Ouvi, certa vez, uma frase magnífica de Humberto Maturana: “A mudan-
ça reside em tudo aquilo que a gente quer manter.” Como assim? O que é
essencial para você? O que é fundamental? Isso será mantido e todo o resto
estará, portanto, sujeito à mudança... Justamente, por isso, a mudança re-
side em tudo aquilo que queremos manter, pois todo o resto estará sujeito
a ela...
O que você quer manter em sua vida essencialmente?
E, logo em seguida, uma importante reflexão. Traga de dentro de você
algum desafio que esteja enfrentando neste momento, seja um medo, uma
angústia, uma decisão que esteja procrastinando, e reflita a partir deste de-
safio: “O que é essencial ser mantido? O que pode ser mudado? No que
estou apegado ou apegada?”
Boas reflexões... e ações!
mentos como “este País não tem jeito mesmo!” são inevitáveis
em momentos como esse.
O diálogo interno começou e me lembrei, imediatamente,
que já havia tomado multa em estrada por ter furado uma fila
de carros parados no trânsito, pois passei pelo acostamento.
Logo em seguida veio o diálogo com a vozinha inicial:
“O que você já está julgando, Eduardo?” Dentro do vagão,
ouvindo uma bela música, aconteceu um insight: conectei o
conceito dos níveis de consciência já mencionados aqui com o
tema colaboração e produzi a tabela a seguir.
Lembrando que cada nível inclui e transcende o nível ante-
rior (como já mencionado no Capítulo I), esta tabela, a partir
da minha reflexão e entendimento, é uma rápida e simples de-
monstração de como evoluímos ao longo da vida do ponto de
vista da colaboração, ou pelo menos temos o potencial para...
No primeiro nível, você colabora simplesmente para benefício
próprio. Aqui o importante é você conseguir o que quer, levar
“vantagem”, independentemente dos impactos disso ao seu redor.
Passando para o próximo nível, você inclui e transcende o ní-
vel anterior, isto é, você colabora pensando em si e também inclui
o outro. Uma reflexão comum nesse nível seria: “Será que não
existe uma forma de nós dois sairmos ganhando? Será que não
existe uma possibilidade de sairmos os dois satisfeitos desta expe-
riência?” Lembro-me perfeitamente que, há anos, era uma gran-
de descoberta no mundo corporativo e em cursos de negociação
o conceito do “ganha-ganha”.
No nível mundocêntrico, passamos a incluir não só eu e o
outro, mas expandimos o conceito do outro para incluir ou-
tras pessoas que não estão fazendo parte daquela relação, na-
quela situação, e também o meio ambiente, a economia, etc.
A consciência de que uma ação afeta o sistema como um todo.
Neste nível, muitas vezes se colabora com outra pessoa,
com algo maior. E pode ser que você não receba nada em troca
naquela relação específica. Como uma crença de que, por es-
tarmos interligados, aquele gesto voltará para você de alguma
forma – um conceito muito atrelado à filosofia Ubuntu.
Outro ponto desse nível é que o receber em troca de seu
gesto, muitas vezes, implica numa questão atemporal. Existe
uma consciência aqui de que tudo tem o seu tempo na vida e
que aquele gesto pode retornar a você quando for o momento
para isso.
Finalmente, o nível cosmocêntrico. E dizemos “finalmen-
te” pelo simples fato de que ainda não conseguimos enxergar
mais nenhum outro nível, pelo menos por enquanto. Ele in-
clui todos os níveis anteriores, a partir da existência de uma
crença de que, além de estarmos todos interconectados, esta-
mos também conectados em muitas dimensões, por exemplo,
em um plano com frequências variadas.
Acredito que nesse nível existe a nítida sensação de um
chamado. A colaboração aqui passa por se colocar em fluxo,
agindo em prol de algo maior. E a beleza de que, ao se colocar
nesse estado, uma sensação de conexão no seu sentido mais
amplo da palavra se faz presente.
Vale ressaltar que todos nós potencialmente transitamos
por todos os níveis. Também é importante reconhecer que
todos nós já tivemos atitudes em um ou mais desses níveis,
a começar pelo egocêntrico. Assim, se a vozinha julgadora
emergir, preste atenção: quantas e quantas vezes já não agimos
apenas em benefício próprio em nossa vida?
Posso dizer que tenho a nítida sensação, desde o começo,
que a Rede Ubuntu, como organização, como movimento,
como organismo vivo, é um processo maior. E diria claramen-
te que a generosidade que tanto já me disseram que tenho se
origina nesse conceito.
O meu exercício de desapego descrito nas páginas ante-
riores tem fundamento justamente nessa crença: de que sou
veículo de algo muito maior. Isso não quer dizer, em hipótese
alguma, que eu estou como ser humano no estágio de consci-
Lá na minha pós...
A prática da colaboração
Por Marina Campos, a Nina.
mundo.
Gostamos muito de falar do tema do universo lúdico, se-
gundo a ideia apresentada no livro Brincadeira em todo Canto
– Reflexões e Propostas para uma Educação Lúdica, de Daniela
Girotto. Lúdico vem de ludere, que, em latim, quer dizer ilu-
são. A palavra ilusão, em geral, vem carregada de uma cono-
tação negativa, algo ou alguém sem âncora na
realidade, sem noção das coisas, incapaz. Aqui,
porém, se trata de entender ilusão como o es-
paço onde tudo é possível, o espaço de inúme-
ras possibilidades. Mais ainda, o espaço onde
“eu” posso tudo, isto é, estou no comando.
Pois bem, deste modo, se trata do espaço onde
sou autônomo!
Agora, imagine um mundo repleto de pes-
soas que enxergam milhares de possibilidades e
sabem que são as donas de seus destinos? Quão
mais capazes de enxergar a abundância seriam? Quão confian-
tes – em si e no mundo – seriam? Quanto medo teriam de se
aventurar, de saltar no escuro? Qual seria o tamanho da sua fé?
O homem precisa do lúdico. O homem precisa da arte.
Você e eu precisamos deles. Para nos sentirmos bem, para en-
xergar o mundo também sob outros prismas, para mudar nos-
sos comportamentos e atitudes.
É deste reconhecimento que nasceu a parceria entre a PoP e a
Rede Ubuntu. Foi da experiência com a linguagem do palhaço
que todos da Rede abraçaram a ideia de misturarmos essa lin-
guagem com o modelo PURPOSE, de utilizar essa ferramenta
Estruturas colaborativas
Ubuntu!
Capítulo 5: Ornar
Preâmbulo
Vale aqui uma janela de conexão desta nossa conversa sobre o ornar
dos quadrantes com a teoria do Eu e do Nós que exploramos no capítulo
anterior, no Princípio do Colaborar.
Uma reflexão muito importante que fazemos em nossos processos de
aprendizagem, ao explicarmos os quadrantes, é uma sutil diferença que
existe entre os quadrantes superiores e inferiores da matriz.
Quando eu não orno aquilo que tenho dentro de mim com aquilo que
tenho fora, quem é o responsável? Resposta simples: eu.
Quando vamos aos quadrantes inferiores, quando não ornamos (equipe,
família, organização ou mesmo a sociedade) aquilo em que acreditamos e
valorizamos com aquilo que fazemos e expressamos no mundo, quem é
responsável? Nós. E quem é o “nós”?
Perceba aqui a Teoria do Eu e do Nós surgindo novamente. Nos qua-
drantes inferiores, normalmente criamos uma entidade para explicar o não
ornar. É comum escutarmos frases do tipo: “Esta minha empresa não tem
jeito mesmo!”, “Esta minha família não tem jeito mesmo... olha isso!” ou “E
este Brasil, então?”
Quem é a empresa, a família, o País? Quando não ornamos, de forma
geral, responsabilizamos o outro. E, como vimos, ao responsabilizar o ou-
tro, quem começa a mudar? Ninguém. E o processo de evolução coletiva
fica estancado, parado.
Vale a reflexão: O que anda incomodando você nos grupos dos quais
participa? E o que você tem feito a respeito?
Os efeitos do EUpreendedorismo
exceções) desconectada.
Tínhamos pedido para os jovens fazerem seus respectivos
roadmaps (um exercício importante do processo do EUpreen-
dedorismo) para aquele módulo. Após uma dinâmica de aque-
cimento, na qual introduzimos os conceitos, perguntamos
quem gostaria de compartilhar seus roadmaps com a turma.
Lembro-me, como se fosse hoje que, de uma turma de apro-
ximadamente 35 jovens, uma menina, a Andressa, levantou a
mão. Agradecemos sua atitude de se voluntariar e continua-
mos nosso pedido, já que o melhor para aquela dinâmica era
termos em torno de três voluntários para mostrar a diversida-
de de possibilidades e olhares para aquele único exercício. Para
nossa surpresa, após algum tempo de silêncio e desconforto,
chegamos à dura realidade de que somente aquela jovem havia
feito o exercício entre os módulos. Isto mesmo, uma de 35.
Após certa “bronquinha” na turma por aquele comporta-
mento e pouco envolvimento com o programa, com falas va-
riadas entre nós facilitadores e também da profissional de RH,
levantei da cadeira e disse: “Vamos continuar e seguir apenas
com o exemplo da Andressa. Então, Andressa, como ficou o
seu roadmap?” Nessa hora, uma vozinha dentro de mim “gri-
tou”: “Espere aí, Eduardo, não dá para continuar assim. O
negócio não está rolando, não está oRnando...!” Retornei para
a cadeira, fiquei um pouco em silêncio (segundos que pare-
ceram horas) e pedi para a Andressa parar um pouco de falar
sobre o seu roadmap. Virei para a turma e disse: “Pessoal, não
dá para continuar assim. De verdade, na semana passada tive-
mos uma reunião com ela (apontei para a pessoa de RH que
aprendi que é preciso ser forte. E que homem não chora! Ho-
mem é forte. Que para termos sucesso é preciso ter as coisas
sob controle e não falhar. Ser perfeito! Que recentemente ti-
nha descoberto por que tinha tanta dificuldade de chorar, pois
tinha dificuldade de entrar em contato com a minha vulnera-
bilidade. Que precisava reescrever esta crença, dentro de mim,
de que “homem não chora!” Que também es-
tava sendo colocado frente a frente com a reali- O poder de ser
dade de que, no fundo, não temos controle de verdadeiro com você
nada. É uma ilusão! E que aquela experiência, mesmo, com aquilo
naqueles dois dias com eles, era a possibilida- que está dentro, e
de de viver na pele que estava tendo um pa-
agir a partir disto,
pel como educador, como facilitador, que não
tinha controle de absolutamente nada. Pois o mesmo lidando com
nosso processo dependia da nossa interação, do os desconfortos da
nosso encontro. vulnerabilidade.
À medida que fui contando estes meus in-
sights a eles, as lágrimas começaram a correr
pelo meu rosto. E, conforme continuava, mais lágrimas es-
corriam... Até que não consegui continuar. Parei, olhei para
a Taly, pedi para ela continuar e fui me sentar no canto da
sala, me debulhando em lágrimas. Taly se levantou e, quando
começou a falar, um jovem no fundo levantou a mão e disse:
“Posso dar um abraço no Edu?” Assim que ele se levantou,
todos os outros começaram a se levantar e, por fim, estávamos
todos lá, abraçados na sala. Inesquecível. Certamente, uma
das experiências mais marcantes da minha história. E sou
muito grato por isso. Uma experiência de oRnar.
A Linguagem do Palhaço
Por Mônica Malheiros, ou Solenta,
dependendo da perspectiva!
Bem, uma vez que nos conectamos com nós mesmos, es-
tamos prontos para nos conectarmos com o outro, com os
para as pessoas.
Eu para o outro - Nesta etapa, chega o momento em que
nos colocamos na relação com o outro, nos expressamos com
ele e para ele.
Apesar de ser palhaça, eu sou extremamente tímida e me
sinto muito desconfortável falando em público. Mas na jor-
nada da vida é preciso seguir caminhando, é sempre espe-
rado mais um passo adiante. Hora de colocar experiência
e conhecimento para rodar. Segundo a tradição dos griots23
de Burkina Faso e Mali, um indivíduo só ganha direito à
palavra aos 42 anos de idade. Foi mais ou menos com essa
idade que comecei a realizar o Curso de Autonticidade, mi-
nha prova de fogo nesse quesito (dessa vez eu não estava tão
lenta assim, só um pouquinho).
final.
Não posso terminar este curto texto sem alguns agrade-
cimentos: a Marina Campos, nossa querida Nina, que me
aguenta com todas as minhas reticências e confusões e, prin-
cipalmente, pela companhia nessa construção de estar sendo
palhaça a serviço das pessoas. Na palhaçaria, devo agradecer
aos mestres Naiza de França, Ricardo Puccetti, Carlos Si-
mioni, Silvia Leblon, Juliana Jardim, Tortell Poltrona, Cláu-
dio Thebas e a todos os mestres palhaços e bufões com quem
não tive a oportunidade de estudar junto, mas me inspira-
ram profundamente: Léo Bassi, Nani Colombaioni, Fellini,
Buster Keaton, Charles Chaplin, Roberto Benigni… e a lista
segue. E, no EUpreendedorismo, em que consigo me apro-
priar de toda essa história para seguir além, devo agradecer a
todos os parceiros de ubuntu, ubuntices, ubuntuação, ubun-
tulelê, principalmente ao Eduardo Etc. O TAO e à Taly Vai
Que Fica. Família, amigos e marido eu deixo para agradecer
quando escrever um livro inteiro.
A Estética
de EUpreendedorismo.
Além disso, como já vimos na teoria das polaridades, so-
mos diferentes E iguais. Portanto, existe algo que nos conecta
universalmente. E foi nesse contexto que criamos a Lingua-
gem da Rede Ubuntu. Certamente, pelo seu caráter orgânico,
ela irá evoluir com o tempo, mas reúne ótimas referências para
construirmos esse ecossistema Ubuntu.
Territórios de linguagem da
Rede Ubuntu de EUpreendedorismo
Simplicidade
Organicidade
Capítulo 6: Acreditar
Preâmbulo
Propósito
Medo
Acreditar em si
O acreditar e o tempo
O acreditar na prática
que estava vivendo e, por isto, não tinha um real para poder
me pagar. E logo surgia a imagem das contas de escola, plano
de saúde, etc., em minha mente. Angústia...
Após respirar fundo, topava alguns desses projetos e, hones-
tamente, acredito que esse seja um Canteiro fundamental para
quem quer EUpreender e está em busca de seu propósito, ou
mesmo para aqueles que desejam ter mais clareza sobre o que
querem fazer, sobre qual jardim querem plantar.
Segundo as nossas variáveis, esse é um Canteiro de +P, pois
há projetos que oRnam muito com seu propósito; é -T, pois
pode ser feito já, no curtíssimo prazo; e, finalmente, é -$, pois
é voluntário ou com valores muito simbólicos.
Uma prática que usava muito nesse Canteiro era fazer sem
troca financeira, mas ter algum tipo de troca que valorizasse
o meu próprio trabalho e esforço. Assim, fiz e faço até hoje
muito escambo, trocando serviços e produtos ou, mesmo se
não tinha nada para trocar, pedia para a pessoa fazer algo de
bom para outra pessoa e depois me descrever como tinha sido
a experiência. Uma prática Ubuntu. Recomendo...
Fator-chave de sucesso neste Canteiro “Voluntário” é o
aprendizado. Escolher projetos que vão fazer você aprender
sobre si mesmo, já que experimentará atividades que acredita
que fazem parte do seu propósito e terá a linda oportunidade
de sentir isto na prática. Se são mesmo parte do seu propósito,
se há coisa faltando, etc.
Aprendizado sobre abordagens, metodologias ou mesmo
evoluções sobre o serviço ou produto que está oferecendo.
Como disse Claudio Sassaki, fundador da Geekie, se você não
Canteiros do EUpreendedorismo
“Sonho”
“Voluntário” Modelo de
Aprendizado Negócio “É possível”
“A RODA +P -T-$ +P +T+$ Evolução
GIRAR” do sonho
Flexibilidade +P +/-T +/-$
-P -T +$
E o resultado?
pagar.
Vale ressaltar que esse foi o caminho que fez sentido para
mim, essa foi a verdade que brotou de meu coração. E tudo
isso pode ser vivido dessa forma ou de outras, inclusive com
trabalhos maravilhosos, que acompanho, de pessoas que
conseguem, com muita maestria e sabedoria, trazer luz aos
desafios do mundo corporativo e do mundo como um todo.
E também posso garantir que, mesmo como empreendedo-
ra, muitos desafios virão, parecidos ou diferentes dos de exe-
cutiva, mas com certeza virão.
Voltando à minha história, óbvio que, na época, o Edu
ainda era executivo de multinacional e estávamos em uma
situação muito tranquila, o que me permitiu tomar essa de-
cisão sem me preocupar se íamos ter dinheiro ou não para
pagar as contas básicas do mês. E organizada e metódica
como sou, também já tinha o meu Plano B em andamento.
Logo que voltei de Boston, já tinha começado a organizar e
colocar de pé o meu Plano B, já estava construindo minha
empresa.
Apesar de parecer loucura, para quem estava olhando de
fora, foi tudo, de certa forma, muito bem pensado, muito
bem sentido e vivido, tanto a luz quanto a sombra deste pro-
cesso mágico, que foi dar vida ao meu sonho maior, que não
era apenas o nascimento da Victoria, nem o nascimento de
minha empresa, mas era ouvir e respeitar o caminho que o
meu coração me mostrava. Era respeitar minha crença abso-
luta de que estamos aqui nesta vida para ser felizes, e ponto.
E foi isto que fiz. Coloquei mais um tijolinho na constru-
vida.
De que existe algo maior que se manifesta em nossa vida
e que, em muitos momentos, independentemente de crenças
ou valores, passa pela nossa história deixando cravadas suas
impressões digitais em nosso caminhar.
Que todos nós temos os dias de limão e limonada, e está
tudo certo, eles fazem parte de nossa existência. E também
depende da escolha de cada um de nós transformar o limão
em uma doce e suculenta limonada. E, principalmente, o de
acolher e honrar que um dos maiores desafios que temos no
aqui e no agora é sermos responsáveis por nossa vida. Acei-
tar que tudo o que acontece, mesmo as maiores alegrias ou
tragédias, é fruto de nossas escolhas conscientes ou incons-
cientes. Quando assumimos as rédeas de nossa vida, permi-
timos que uma conexão maior aconteça e uma nova melodia
comece a tocar em nosso ser.
Passar a vida reclamando e não fazer nada para mudar, a
meu ver, é um grande desperdício de tempo, potencial, ener-
gia e luz. Não estamos aqui para brincar de viver. Estamos
aqui para simples e completamente existir. E para existir, no
meu ponto de vista, você apenas tem que ser. Mas ser com
coerência, com maestria, com consciência, de forma inteira
e integral com você mesmo, com os outros e com o todo.
E ser significa assumir a sua luz e deixá-la brilhar. E tam-
bém, na mesma intensidade, acolher a sua sombra e curar
tudo o que precisa ser curado em sua vida para expandir
ainda mais o que precisa ser expandido. Só assim estaremos
presentes por completo no aqui, no agora e no todo.
Sonhar Acreditar
#INSPIRAÇÕES
Cada um de nós tem a força interna para conseguir tudo aquilo que
deseja. O caminho nos ajuda a irmos nos lapidando e nos moldando
para receber melhor aquilo que tanto desejamos. Só recebemos aquilo
que, de verdade, estamos preparados para colher.
Tudo é tão perfeito e tão sábio que podemos sonhar, construir, plantar
e caminhar em busca de nossos sonhos. Mas se, por algum motivo, ainda
não estamos preparados para colher um fruto determinado, sempre nos
é dada a oportunidade de olhar para este sonho de novo e compreender
o motivo pelo qual ele ainda, neste momento, não se tornou realidade.
Outras vezes, ele se torna realidade, com outras cores, formas e luz.
Mas estamos tão obcecados pelo sonho inicial que não percebemos a
beleza da vida em tecer de outra forma tudo aquilo de que precisamos.
Tudo tem um motivo para ser. Se não estamos felizes com o que
estamos recebendo, devemos começar a mudar a nós mesmos, pois
atraímos exatamente a energia que vibramos. Única e exclusivamente
nosso mérito, nossa responsabilidade.
Capítulo 7:
A reconexão com o meu
propósito
Ubuntu e EUpreendedorismo, o impulso que eu
precisava!
ORNANDO.COMVC:
Um negócio fruto das Raízes do EUpreendedorismo
Por Cristiane Vilar Diogo e Silvia Maiolino
que você não é coach é importante que esteja com a gente.” E fui
buscando o meu espaço.
E, assim, no ritmo e nas circunstâncias de cada uma, chega-
mos à Rede Ubuntu e fomos nos conhecendo, pessoal e profissio-
nalmente, por demandas da própria Rede, entre elas o “Papo de
Propósito”, programa de entrevistas online mensal, para inspirar
pessoas sobre propósito, EUpreendedorismo e a própria Rede,
produzido incialmente pela Cris, Luana Fonseca e Tati Sthal, lá em
2017, quando ainda não se falava em lives. Quando a Tati resolveu
se desligar do programa, fui convidada pela Cris a me juntar ao
projeto, contribuindo com a minha experiência de jornalista.
será capaz de publicar nas Redes Sociais uma vez por sema-
na, comece assim. Muito melhor do que se programar para
três ou quatro publicações e não dar conta, pois o seu core
business é outro. Além do nosso principal produto, o Posi-
cionamento de Comunicação e Marketing, essa metodologia
já rendeu dois produtos: a Mentoria e o Programa Ornando
a Comunicação para CEOs, uma iniciativa voltada a criar
presença digital e posicionamento de marca para líderes e
gestores, como forma de potencializar um negócio.
Um ativo, um diferencial
Abrir
27- Coragem para Liderar, Brené Brown, Rio de Janeiro, Best Seller, 2019
Incluir
Colaborar
Ornar
Acreditar
Capítulo 8:
Comentários Finais
A relação dos Princípios
Ornar
Abrir
Acreditar
Colaborar
Incluir
Fim ou começo?
propósito
Paixões
ubuntu
P r o jetos
Projetos
Resiliência
jetos
Projetos Pro Protagonismo
Olhar, ouvir, sentir
ia
ênc
$ustentabilidade
i
exper
Execução
coachin
g
acr
A b rir e dit ar
or
Cola b o r ar
nar
incl uir
Querida Família,
Um grande abraço,
Edu Seidenthal
Eduardo Seidenthal
Iniciador da Rede Ubuntu, uma rede colaborativa de pes-
soas e organizações voltadas para o desenvolvimento do EU-
preendedorismo. Eduardo é educador, facilitador, coach, pa-
Joana Madia
É EUpreendedora de sua vida e de seus sonhos! Mãe da
Vivi e do Gabi – os grandes amores de sua vida, Joana hoje
vive com grande alegria a realização de trabalhar com o que
ama, a criação de joias.
Formada em Administração de Empresas pela PUC/SP.
Atuou durante 12 anos na área de Marketing, começando
sua carreira na consultoria Madia Mundo Marketing e, na
sequência, em multinacionais do mercado de consumo como
Seara, Santista, Bunge, Whirlpool e Bongran, trabalhando
com importantes e renomadas marcas. Em 2005, decidiu
seguir seu coração e trabalhar com paixões que faziam seus
olhos brilharem mais ainda. Após uma série de cursos de
Marina Campos
A Nina é formada em Marketing e Comunicação Social
pela ESPM. Trabalhou 14 anos na área de planejamento estra-
tégico em agências como Loducca, Lew’Lara e Lowe, agência
da qual foi também Diretora Geral. Foi articulista do jornal
Meio & Mensagem e uma das fundadoras do Grupo de Plane-
jamento. Em 2005, decidiu buscar um caminho profissional
diferente, mas... ainda não sabia qual! Usando o lema “proje-
tos legais com pessoas legais”, trabalhou três anos como con-
sultora na área de sustentabilidade (quando realizou projetos
para Bradesco, Coca-Cola e Vipal), enquanto gestava uma
ideia inovadora: a PoP – Palhaços a Serviço das Pessoas, criada
em parceria com a Mônica Malheiros. A PoP é uma empresa
dedicada a desenvolver pessoas, ideias e relações, levando-as
sempre além! Nesses sete anos, tem se dedicado a realizar apre-
Renata Fonseca
É coach formada pelo Instituto EcoSocial e psicóloga for-
mada pela PUC/RJ. Fez seu MBA em Administração e Ne-
gócio pela FGV/RJ. É mãe da Giulia e da Sofia e esposa do
Silvia M. Maiolino
As palavras são uma inspiração para a Silvia, tanto por sua
paixão pela leitura quanto pela escrita. E, assim, foi natural
começar a carreira pelo Jornalismo. Após a graduação pela Es-
cola de Comunicações e Artes da USP, aprendeu muito na
redação do jornal “O Estado de S.Paulo”. E isso foi essencial
para a sua atuação, por mais de 25 anos, em agências de Co-
municação Corporativa e organizações, promovendo ações de
Taly Szwarcfiter
É uma cidadã do mundo movida a vínculos. Mãe da Isa e
do Martín. Nasceu no Uruguai, morou em Jerusalém e há dez
anos mora em São Paulo. Seu propósito: acompanhar, inspirar
e motivar as pessoas a se apropriarem de suas vidas e seus ca-
minhos de luz. Curiosa por entender e mergulhar na essência
do Ser Humano, vem andando no mundo da psicologia, da
educação e do coaching ontológico há mais de 20 anos. For-
mada em Psicologia pela Universidad de la Republica Oriental
del Uruguay e no Brasil pela UNIP - Universidade Paulista.