A temática da gestão administrativa e financeira do SUS traz como debate o
processo de gestão do planejamento governamental, a administração pública gerencial e burocrática, o ciclo orçamentário e a distinção entre Direito público e privado.
O processo de gestão do planejamento governamental pode ser dividido em três
níveis, estratégico, tático e operacional. O primeiro nível tem como característica a generalização, a abrangência e uma apresentação sintética, com metas a longo prazo, orientação global e abordagem integral. O segundo, é mais detalhado, com metas a médio prazo e abordagem orientada para cada unidade de organização. E o operacional, mais específico e analítico, com metas a curto prazo (BRASIL, 2015).
Quanto à administração pública burocrática e gerencial, as principais diferenças
entre elas consistem no fato de que a burocrática tem ênfase no controle rígido dos processos, com destaque para o desenvolvimento da profissionalização, ideia de carreira, hierarquia funcional, impessoalidade e o formalismo. Já a gerencial, foca na ideia de eficiência e qualidade na prestação dos serviços, necessidade de redução de custos e tem como objetivo ações que beneficiem o cidadão (BRASIL, 2015).
Em relação a questão financeira, o ciclo orçamentário possui oito fases, as quais
são: formulação do Planejamento Plurianual pelo Executivo; apreciação e adequação do plano pelo Legislativo; proposição das metas e prioridades da Administração Pública e da política de alocação de recursos pelo Executivo, por meio do projeto de LDO; apreciação e adequação do projeto LDO pelo Legislativo; elaboração da proposta de orçamento pelo Executivo; apreciação, adequação e autorização legislativa; execução dos orçamentos aprovados; controle, por meio da avaliação da execução e julgamento das contas da Administração (BRASIL, 2015).. Por fim, a distinção entre o Direito público e privado. O Direito Público passa a ser compreendido como repertório mínimo de disposições e instrumentos referentes ao governo representativo e o Direito Privado radicaliza a emancipação do indivíduo (BACELAR FILHO, 2011). As entidades de direito público tem titularidade sobre as ações e serviços de interesse público, onde existe certa soberania do Estado. Já nas de direito privado, os interesses individuais, das pessoas físicas, prevalecem, mesmo no caso das organizações sem fins lucrativos (BRASIL, 2015).
REFERÊNCIAS
Brasil. Conselho Nacional de Secretários de Saúde. A gestão administrativa e financeira
no SUS. Coleção Para Entender a Gestão do SUS, v. 8. Brasília: CONASS, 2011, 132p. Acessível em: http://www.conass.org.br/bibliotecav3/pdfs/colecao2011/livro_8.pdf e atualização: https://www.conass.org.br/biblioteca/pdf/atualizacao-2015/L08_Gestao- Admin-eFinanceira-no-SUS_jun2015.pdf Bacellar Filho, Romeu Felipe. A Administração Pública entre o Direito Público e o Direito Privado. Revista da Procuradoria‐Geral do Município de Belo Horizonte ‐ RPGMBH Belo Horizonte, ano 4, n. 8, jul. / dez. 2011