O documento descreve os princípios e objetivos da reabilitação pulmonar, que incluem melhorar a capacidade física e emocional dos pacientes com doenças respiratórias crônicas para garantir sua independência, melhorar sua qualidade de vida e reduzir hospitalizações e custos. O documento também detalha as quatro fases da reabilitação pulmonar.
O documento descreve os princípios e objetivos da reabilitação pulmonar, que incluem melhorar a capacidade física e emocional dos pacientes com doenças respiratórias crônicas para garantir sua independência, melhorar sua qualidade de vida e reduzir hospitalizações e custos. O documento também detalha as quatro fases da reabilitação pulmonar.
O documento descreve os princípios e objetivos da reabilitação pulmonar, que incluem melhorar a capacidade física e emocional dos pacientes com doenças respiratórias crônicas para garantir sua independência, melhorar sua qualidade de vida e reduzir hospitalizações e custos. O documento também detalha as quatro fases da reabilitação pulmonar.
Os princípios conceptuais da aplicação de um PRP fundamentam-se na
recuperação, manutenção ou optimização dos níveis fisiológicos, psicológicos, sociais, ocupacionais e emocionais, essenciais ao bem-estar do indivíduo com doença respiratória. O principal objectivo da reabilitação pulmonar é, assim, melhorar a capacidade física e também emocional dos doentes de forma a garantir-lhes o maior grau de independência na sua vida cotidiana. É uma intervenção multidisciplinar, abrangente e baseada em evidências, destinada a doentes com afecções respiratórias crónicas sintomáticas. É importante frisar que a RP não visa melhorar a função respiratória, mas reduzir e, se possível, eliminar a sensação de dispneia e as alterações musculoesqueléticas. Munindo-se de diversas estratégias como a combinação de sessões supervisionadas de exercício e um programa educacional, a RP pretende melhorar o estado de saúde dos doentes, diminuir o número e a duração das exacerbações e consequentes hospitalizações, reduzindo a dependência dos cuidados de saúde e os custos associados. Melhora a qualidade de vida e reduz a morbimortalidade.
A American Thoracic Society em seu Guideline de Reabilitação Pulmonar,
atesta que a RP melhora a capacidade para o exercício, reduz a dispneia, melhorando a qualidade de vida, ajuda a restaurar a função emocional, reduzindo os níveis de depressão e ansiedade e aumentando a capacidade do paciente em controlar a própria doença, de forma que seus benefícios superam qualquer forma de terapia isolada.
Este programa não deve considerar somente a capacidade física do
paciente, mas também a sua educação, sua experiência, personalidade e atividade laboral e recreativa. O avanço no entendimento desses fatores promoveu um ganho de adesão dos pacientes ao programa, que constitui um dos principais fatores para sua eficácia, por se tratar usualmente de um tratamento de longo prazo e, em alguns casos, vitalício, do qual o pacientes jamais terá alta definitiva
Por conseguinte, os objetivos gerais serão: diminuir e controlar os sintomas
respiratórios, aumentar a capacidade física, melhorar a qualidade de vida, reduzir o impacto psicológico da limitação física, diminuir o número de exacerbações relacionadas à doença e prolongar a vida.
A fase 1 inicia se após o paciente ter sido considerado compensado
clinicamente, como decorrência da otimização do tratamento clínico e/ou utilização de procedimento intervencionista. Devem predominar a combinação de exercício físico de baixa intensidade, técnicas para o controle do estresse e programas de educação em relação aos fatores de risco. A fase 2 inicia se imediatamente após a alta e/ou alguns dias após um evento cardiovascular ou descompensação clínica de natureza cardiovascular, pulmonar e metabólica. Duração prevista: três a seis meses, podendo em algumas situações se estender por mais tempo. Fazem parte desta fase um programa educacional direcionado à modificação do estilo de vida, com ênfase na reeducação alimentar e estratégias para cessação do tabagismo. A reabilitação nesta fase tem como principal objetivo contribuir para o mais breve retorno do paciente às suas atividades sociais e laborais, nas melhores condições físicas e emocionais possíveis.
Fase 3 – Duração prevista: seis a 24 meses. Destina-se a atender
imediatamente os pacientes liberados da fase 2, mas pode ser iniciada em qualquer etapa da evolução da doença, não sendo obrigatoriamente seqüência das fases anteriores. Portanto, pacientes de baixo risco que não participaram da fase 2 são bons candidatos. . O principal objetivo é o aprimoramento da condição física, mas deve ser considerada também a necessidade de promoção de bem estar (melhora da qualidade de vida) e demais procedimentos que contribuam para a redução do risco de complicações clínicas, como é o caso das estratégias para cessação do tabagismo e reeducação alimenta.
Fase 4 – É um programa de longo prazo, sendo de duração indefinida, muito
variável. As atividades não são necessariamente supervisionadas, devendo ser adequadas à disponibilidade de tempo para a manutenção do programa de exercícios físicos e às preferências dos pacientes em relação às atividades desportivas recreativas. Devem ser igualmente considerados os recursos materiais e humanos disponíveis. Nesta fase os pacientes após cada avaliação médica, principalmente quando são submetidos a testes ergométricos, cuja periodicidade não deve exceder a um ano, devem ser avaliados e orientados na prática, sempre que possível com algumas sessões supervisionadas de exercícios. Os objetivos principais desta fase são o aumento e a manutenção da aptidão física. Não há obrigatoriedade de que esta fase seja precedida pela fase 3. A equipe da reabilitação deve propor a programação de atividades que seja mais apropriada, prescrevendo a carga de exercícios que atenda às necessidades individuais. Os pacientes devem ser periódica e sistematicamente contatados pela equipe do programa de RCPM, mesmo que por telefone, pelo menos uma vez a cada seis meses. Deve ser considerada a possibilidade de atividades em grupo, aproveitando, por exemplo, o calendário de atividades educacionais dirigidas à população.
Treinamento Muscular Respiratório é indicado quando fica comprovado que a
musculatura inspiratória contribui para o aparecimento de dispneia e de limitação ao exercício. Utilizado em fases de descompensação desses pacientes, o Suporte Ventilatório Não-invasivo (SVNI) por pressão positiva, vem agora auxiliando na estabilização da dispneia durante o esforço e contribuindo para manutenção do exercício durante o PRP.