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Universidade Estadual de Feira de Santana

Departamento de Ciências Sociais Aplicadas


CIS203 – Análise Microeconômica II
Professor: João Paulo Moreira de Carvalho Souza

Atividade 03

1) Determinada empresa tem a seguinte função de produção: 𝑄 = 𝐿! 𝐾 − 𝐿" , em que


K e L são fatores de produção e Q é a quantidade produzida. A empresa está produzindo
com K=9.

a) Determine a expressão analítica do produto total, produtividade média e


produtividade marginal do fator L.

𝑄 = 𝐿! 𝐾 − 𝐿"

𝑃𝑇 = 9𝐿! − 𝐿"

9𝐿! − 𝐿"
𝑃𝑀é𝑑 = = 9𝐿" − 𝐿#
𝐿
𝜕𝑄
𝑃𝑀𝑔 = = 36𝐿" − 3𝐿#
𝜕𝐿

2) Uma função de produção Cobb-Douglas é dada por 𝐹(𝑥, 𝑦) = 𝐴𝑥 $ 𝑦 % . O tipo de


rendimentos à escala desta função vai depender dos valores de 𝛼 + 𝛽. Relacione-se com
os diferentes tipos de rendimentos à escala.

𝑓(𝑡𝑥, 𝑡𝑦) = 𝐴(𝑡𝑥)$ (𝑡𝑦)% = 𝐴𝑡 $ 𝑥 $ 𝑡% 𝑦 % = 𝑡 $&% <𝐴𝑥 $ 𝑦 % = = 𝑡 $&% 𝑓(𝑥, 𝑦)

Se 𝛼 + 𝛽 < 1 implica em rendimentos decrescentes à escala;


Se 𝛼 + 𝛽 = 1 implica em rendimentos constantes à escala;
Se 𝛼 + 𝛽 > 1 implica em rendimentos crescentes à escala.

3) Considere a expressão genérica da função de produção do tipo Cobb-Douglas com


dois fatores, trabalho (L) e capital (K): 𝑦 = 𝐴𝐿$ 𝐾% .

a) Determine as expressões algébricas da produtividade média e da produtividade


marginal de ambos os fatores.

𝑌
𝑃𝑀𝑒𝑑' = = 𝐴𝐿$() 𝐾%
𝐿
𝜕𝑌
𝑃𝑀𝑔' = = 𝛼𝐴𝐿$() 𝐾%
𝜕𝐿
𝑌
𝑃𝑀𝑒𝑑* = = 𝐴𝐿$ 𝐾 $()
𝐾
𝜕𝑌
𝑃𝑀𝑔* = = 𝛽𝐴𝐿$ 𝐾%()
𝜕𝐾

b) Verifique se a função se trata de uma função homogênea. Quais as condições que


se têm de verificar para que o processo de produção que ela traduz admita
rendimentos constantes, decrescentes ou crescentes à escala?

𝑌 = (𝑡𝐿, 𝑡𝐾) = 𝐴(𝑡𝐿)$ (𝑡𝐾)% = 𝑡 $&% (𝐴𝐿$ 𝐾 $ ) = 𝑡 $&% 𝑌(𝐿, 𝐾), consiste em uma função
homogênea de grau 𝛼 + 𝛽

𝛼 + 𝛽 < 1, função homogênea de grau inferior a 1, implica em rendimento


decrescentes à escala;

𝛼 + 𝛽 = 1, função homogênea de grau 1, rendimentos constantes à escala;

𝛼 + 𝛽 > 1, função homogênea de grau superior a 1, rendimentos crescentes à escala.

4) Caracterize as seguintes funções de produção quanto a rendimentos à escala e


produtividades marginais:

a) 𝑦 = 32𝐾 )⁄# 𝐿)⁄#

𝑌(𝑡𝐾, 𝑡𝐿) = 32(𝑡𝐾))⁄# (𝑡𝐿))⁄# = 32. 𝑡. 𝐾 )⁄# 𝐿)⁄# = 𝑡. 32𝐾 )⁄# 𝐿)⁄# = 𝑡. 𝑌(𝐾, 𝐿), apresenta
rendimentos constantes à escala.

𝜕𝑌 1 )⁄#() )⁄# ()⁄# )⁄#


1 )⁄# )⁄# 𝐿 )⁄#
𝑃𝑀𝑔* = = . 32. 𝐾 . 𝐿 = 16. 𝐾 . 𝐿 = 16. E F . 𝐿 = 16. E F >0
𝜕𝐾 2 𝐾 𝐾

𝜕𝑌 1 )⁄# ()⁄# )⁄# ()⁄# )⁄#


1 ) ⁄# 𝐾 )⁄#
𝑃𝑀𝑔' = = . 32. 𝐾 . 𝐿 = 16𝐾 . 𝐿 = 16. 𝐾 . E F = 16. E F >0
𝜕𝐿 2 𝐿 𝐿
,-./!
,*
= −8𝐾 ("⁄# . 𝐿)⁄# < 0

𝜕𝑃𝑀𝑔*
= −8𝐾 )⁄# . 𝐿("⁄# < 0
𝜕𝐿

As produtividades marginais são positivas e obedecem a Lei dos Rendimentos


Marginais Decrescentes.

b) 𝑦 = 𝛼𝐾 ! + 𝛽𝐿!

𝑌(𝑡𝐾, 𝑡𝐿) = 𝛼(𝑡𝐾)! + 𝛽(𝑡𝐿)! = 𝛼𝑡 ! 𝐾 ! + 𝛽𝑡 ! 𝐿! = 𝑡 ! (𝛼𝐾 ! + 𝛽𝐿! ) = 𝑡 ! 𝑌, apresenta


rendimentos crescentes à escala.
𝜕𝑌
𝑃𝑀𝑔* = = 𝛼. 4. 𝐾 " = 4𝛼𝐾 " > 0
𝜕𝐾

𝜕𝑌
𝑃𝑀𝑔' = = 4𝛽𝐿" > 0
𝜕𝐿
𝜕𝑃𝑀𝑔*
= 12𝛼𝐾 # > 0
𝜕𝐾

𝜕𝑃𝑀𝑔*
= 12𝛽𝐿# > 0
𝜕𝐿

As produtividades marginais não obedecem a Lei dos Rendimentos Marginais


Decrescentes, o sinal dependerá de 𝛼 𝑒 𝛽.

c) 𝑦 = 40𝐾 + 20𝐿

𝑌(𝑡𝐾, 𝑡𝐿) = 40𝑡𝐾 + 20𝑡𝐿 = 𝑡(40𝐾 + 20𝐿) = 𝑡. 𝑌, apresenta rendimentos constantes à


escala.

𝑃𝑀𝑔* = 40

𝑃𝑀𝑔' = 20

,-./!
,*
=0

𝜕𝑃𝑀𝑔*
=0
𝜕𝐿

Ambas as produtividades marginais são positivas e não obedecem a Lei dos


Rendimentos Marginais Decrescentes.

d) 𝑦 = 𝐾 )⁄# 𝐿0,2

𝑌(𝑡𝐾, 𝑡𝐿) = (𝑡𝐾))⁄# . (𝑡𝐿)0,2 = 𝑡 )⁄# . 𝑡 0,2 . 𝐾 )⁄# . 𝐿0,2 = 𝑡 ),) . 𝐾 )⁄# . 𝐿0,2 = 𝑡 ),) . 𝑌, apresenta
rendimentos crescentes à escala.

𝜕𝑌 1 ()⁄# 0,2 1 1 )⁄# 0,2 1 1 0,3 0,2 1 1 0,3 0,3 0,)


𝑃𝑀𝑔* = = 𝐾 𝐿 = E F .𝐿 = E F .𝐿 = E F .𝐿 𝐿
𝜕𝐾 2 2 𝐾 2 𝐾 2 𝐾
1 𝐿 0,3 0,)
= E F .𝐿
2 𝐾

,4 ) 0,! * 0,!
𝑃𝑀𝑔' = ,'
= 0,6𝐾 )⁄# . 𝐿(0,! = 0,6𝐾 0,! 𝐾 0,) . K' L = 0,6 K ' L . 𝐾 0,)
,-./!
,*
= −0,25𝐾 ("⁄# 𝐿0,2 < 0

𝜕𝑃𝑀𝑔*
= −0,24𝐾 )⁄# . 𝐿(),! < 0
𝜕𝐿

Ambas as produtividades são positivas e atendem a Lei dos Rendimentos Marginais


Decrescentes.

5) Considere a seguinte função de produção 𝑄 = 200𝐾𝐿.

a) Encontre as quantidades ótimas dos fatores de produção L e K necessários à


produção de 2025 unidades de um bem, considerando que a empresa os adquire
às taxas 4 e 10 unidades monetárias, respectivamente.

𝑄 = 200𝐾𝐿

𝐶𝑇 = 4𝐿 + 10𝐾, sujeito a 200𝐾𝐿 = 2025

200𝐾𝐿 = 2025

2025 – 200KL=0

ℒ = 4𝐿 + 10𝐾 + 𝜆(2025 − 200KL)

,ℒ
⎧ ,' = 0
⎪ ,ℒ 4 − 200𝜆𝐾 = 0 200𝜆𝐾 = 4 #006* !
= 0 → X → X → Y = )0 →
10 − 200𝜆𝐿 = 0 200𝜆𝐿 = 10 #006'
⎨,* 2025 − 200𝐾𝐿 = 0 200𝐾𝐿 = 2025 200𝐾𝐿 = 2025
⎪ ,ℒ = 0
⎩ ,6
* !
= 𝐾 = 0,4𝐿
Y ' )0 →Z →
200𝐾𝐿 = 2025 200.0,4. 𝐿 = 2025

𝐾 = 0,4.5,03 = 2,01
Y
80𝐿 = 2025 → 𝐿# = 25,3125 → 𝐿 = [25,3125 = 5,03
#

-./' 7
− -./* = 7 "
!

b) Determine o custo por unidade de produto.

𝐶𝑇 4.5,03 + 10.2,01 20,12 + 20,1


𝐶𝑀𝑒𝑑 = = = = 0,0198617284
𝑄 2025 2025
c) Suponha que a empresa introduz uma série de inovações de forma que a função
de produção se altera para 𝑄 = 300𝐾𝐿. Se a empresa pretende manter o mesmo
nível de produção, terá de alterar as quantidades dos fatores produtivos? Se sim,
para quanto?

𝑚𝑖𝑛',* 𝐶𝑇 = 4𝐿 + 10𝐾
] → ℒ = 4𝐿 + 10𝐾 + 𝜆(2025 − 300𝐾𝐿)
𝑠. 𝑎. 300𝐾𝐿 = 2025

4 − 300𝜆𝐾 = 0 300𝜆𝐾 = 4 300𝜆𝐾 4 𝐾 4


X 10 − 300𝜆𝐿 = 0 → X 300𝜆𝐿 = 10 → X 300𝜆𝐿 10 → X 𝐿 10 → 𝐾 = 0,4𝐿 →
= =
2025 − 300𝐾𝐿 = 0 300𝐾𝐿 = 2025 300𝐾𝐿 = 2025 300.0,4𝐿. 𝐿 = 2025

𝐾 = 0,4.4,1079 = 1,64316
Y
120𝐿 = 2025 → 𝐿# = 16,875 → 𝐿 = [16,875 = 4,1079
#

d) Verifique se o custo unitário é afetado.

𝐶𝑇 4.4,1079 + 10.1,64316 16,4316 + 16,4316


𝐶𝑀𝑒𝑑 = = = = 0,0162287407
𝑄 2025 2025

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