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UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP

SISTEMA DE ENSINO A DISTÂNCIA


PEDAGOGIA

MARCIA REGINA DE ALMEIDA TOLEDO


RA 28228081

PROJETO INTEGRADOR
DE PEDAGOGIA

Cidade
2020
Cidade
2020
Cidade

Valinhos
2020
MARCIA REGINA DE ALMEIDA TOLEDO

PROJETO INTEGRADOR DE
PEDAGOGIA

Projeto Integrador apresentado à


UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP
, como requisito parcial à conclusão do Curso
de Pedagogia.

Docente supervisor: Prof. [Inserir nome do


coordenador do curso]

Valinhos
2020
INTRODUÇÃO (APRESENTAÇÃO DO TEMA) – A PANDEMIA COVID-19 DEIXOU
A EDUCAÇÃO MAIS DIGITAL?

Agora depois de seis meses de pandemia Covid-19, algumas escolas pelo


Brasil voltam as aulas e outras se preparam para o retorno que chamamos de “o
novo normal”. Com certeza todos nós aprendemos muito nesta pandemia e tivemos
muitos prós e contras com relação a educação de crianças e adolescentes. Sem
precendentes a pandemia obrigou as escolas a fecharem e o ensino online foi a
única opção de ensino e continuidade dos estudos em casa.
De início se pensava que seria um período curto onde as escolas estariam
suspensas e com o passar do tempo foi se vendo necessário que o tempo de
fechamento seria muito mais prologando do que se pensava.
Passada a fase crítica da pandemia o que aprendemos e o como ficará a
escola neste contexto? Segunda a pesquisa realizada pela Pearson lemos:
“Se a educação já passava por uma transformação com as tecnologias, esse
processo foi impulsionado de vez pela pandemia da Covid-19, que modificou
também as formas de aprendizado, as relações sociais, a participação familiar no
desenvolvimento do ensino e muito mais. O que vem pela frente?”
Meu estudo abrangerá um dos muitos aspectos aprendidos pelo pandemia: A
pandemia deixou a educação mais digital? Se sim qual será o impacto disto na
educação do futuro?
Além de se utilizar pesquisas já realizadas sobre o assunto, realizei também
uma pesquisa entre amigos e familiares a respeito do assunto. Apresentarei minhas
conclusões baseadas em muita pesquisa, leitura, experiencia pessoal e resultado
das pesquisas.
Gostaria de ressaltar este aspecto da Pandemia apenas na Educação
Fundamental das séries 1° a 5° ano.
A pandemia tem impactado a sociedade, que não será mais a mesma. Vários
aspectos se transformaram, inclusive a educação, que deverá ser ressignificada
após esse período, e o papel do professor é bastante relevante nesse processo.
A educação será ainda mais importante para lidar com os desafios futuros, e
o professor será um dos principiais responsáveis pela construção do novo modelo
de educação e relação com os estudantes.
Sem professores, não há educação, pois são eles que colocam em prática o
processo de ensino e aprendizagem, têm contato direto com os alunos e
acompanham de perto seu desenvolvimento e sua formação.
As melhores respostas à pandemia não vieram dos governos ou dos
ministérios da educação, mas antes de professores que, trabalhando em conjunto,
foram capazes de manter o vínculo com os seus alunos para os apoiar nas
aprendizagens. Em muitos casos, as famílias compreenderam melhor a dificuldade e
a complexidade do trabalho dos professores. Isso pode trazer uma valorização do
trabalho docente e criar as condições para um maior reconhecimento social da
profissão.
JUSTIFICATIVA

É de extrema importância não deixar este grande evento da história passar


sem que se reflita seus impactos na Educação Brasileira. Desde que a pandemia do
Covid 19 se instalou no mundo, cerca de 1.5 bilhões de estudantes ficaram fora da
escola em mais de 160 países, segundo relatório do Banco Mundial. A muito tempo
a educação carecia de mudanças e reformas e com o advento da pandemia- Covid
19 se levanta agora a grande oportunidade de se colocar tudo na mesa e pesar e
analisar que mudanças se fazem necessárias e imediatas.
Vários organismos internacionais estão publicando estudos sobre as
experiências internacionais de medidas para conter a pandemia e seu efeito na
educação. Como as escolas podem promover o aprendizado para todos, diante da
diversidade de contextos socioeconômicos da população e de dificuldade de acesso
de alguns para a educação a distância? Quais ações podem ser realizadas no curto
prazo?
Não se pode deixar de fora da pesquisa o impacto que o ensino online teve e
tem nas crianças e adolescentes que possuem alguma deficiência cognitiva. Apesar
de eficiente para a maioria dos alunos, os alunos com deficiência passaram por
tempos difíceis neste contexto digital de ensino.
Para além da incontestável necessidade de isolamento físico neste período,
os profissionais da Educação, em específico, e a sociedade como um todo devem
estar cientes dos efeitos gravosos a médio e a longo prazo que um período extenso
sem aulas pode ter sobre a aprendizagem dos estudantes.
A fim de exemplificar essas possíveis consequências, recorre-se aqui ao
estudo de Wills (2014), que investigou como greves de professores afetaram o
desempenho dos alunos no Ensino Fundamental na África do Sul. Os resultados
apontaram que, apesar de a duração média da greve nas escolas estudadas
representar apenas 7% dos dias oficiais do ano letivo, o efeito sobre a aprendizagem
dos estudantes foi equivalente a ¼ de ano perdido, o que sugere que as
paralisações podem gerar efeitos disruptivos na aprendizagem.
PROBLEMA
A Constituição da República define a Educação como um direito social
fundamental (art. 6º), garantindo que “o acesso ao ensino obrigatório e gratuito é
direito público subjetivo” (art.208, § 1º). E a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de
1996, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), em seu artigo 5º,
preconiza:
O acesso à educação básica obrigatória é direito público subjetivo,
podendo qualquer cidadão, grupo de cidadãos, associação comunitária,
organização sindical, entidade de classe ou outra legalmente constituída e,
ainda, o Ministério Público, acionar o poder público para exigi-lo.
Importante também atentar para a distinção entre ensino remoto e educação
a distância (EaD), para que não sejam tratados como equiparáveis.
EaD é estruturada e organizada para tal desde a sua concepção, inclusive
com regulamentação, diferentemente do ensino remoto. Surpreendidas pela
pandemia do novo coronavírus, as redes de ensino estão aprendendo e se
reinventando para fornecer conteúdos pedagógicos remotamente, no intuito de não
deixar os estudantes desamparados.
A pandemia tornou muito visível o declínio do modelo escolar, algo que os
historiadores vinham assinalando há vários anos, e a necessidade de abrir um novo
tempo na vida da escola. A pandemia acelerou a história e colocou-nos perante
decisões que, agora, são inevitáveis.
Este modelo escolar (ou forma escolar ou gramática da escola), que se
difunde mundialmente na segunda metade do século XIX, foi criticado por muitos ao
longo do século XX, mas, no essencial, manteve-se inalterado até aos nossos dias.
O que vai acontecer agora? Há muitos futuros possíveis: uma resistência do
modelo escolar, tentando sobreviver a qualquer dinâmica de mudança?
Seria ótimo se a escola caminhásse no sentido de:
1. Um reforço do espaço público da educação, assumindo que a educação
não se esgota na escola e que precisamos de novas ligações e compromissos, das
famílias e da sociedade, na educação das crianças – muitas respostas à pandemia,
em todo o mundo, revelaram a importância desta evolução.
2. Uma transformação da escola, com uma diversidade de espaços e de
tempos de trabalho (estudo individual e em grupo, acompanhamento por parte dos
professores, projectos de pesquisa, também lições, etc.), criando novos ambientes
de estudo e de aprendizagem, dentro e fora da escola – as respostas mais
interessantes à pandemia revelaram o sentido desta “metamorfose da escola”.
3. Uma alteração do papel dos professores, acentuando a sua
responsabilidade perante a globalidade do trabalho educativo (acompanhamento,
tutoria, apoio, etc., e não só “lições”), reforçando a sua ação na produção de
conhecimento pedagógico e curricular e evoluindo para formas de ação colaborativa
– as melhores respostas à pandemia foram resultado da colaboração entre grupos
de professores.
Em cada dia, decidimos um pouco, ou muito, da história do futuro.
OBJETIVOS

OBJETIVO GERAL

Explorar as implicações e impactos da Pandemia Covid-19 na Educação


Fundamental das séries de 1° a 5° ano. Discutir principalmente se a Educação se
tornou mais tecnológica e como irá repercutir na Educação do Futuro.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

 Apresentar um contexto geral do aprendizado usando a tecnologia e seu impactos


em crianças de primeira a quinta série do Ensino Fundamental.
 Discutir a temática de transferir a sala de aula para o ambiente virtual e suas
implicações no processo de aprendizado na infância.
 Explorar o uso da tecnologia na Educação do Futuro. Discutir o ensino híbrido e
suas metodologias ativas.
METODOLOGIA

Esta pesquisa será realizada com o auxílio de estudo e leitura cuidadosa de


textos propostos por especialistas no assunto proposto. Bem como vídeos de
palestras, e podcasts de pessoas do ramo com foco na tecnologia x educação dadas
neste período de pandemia.
Realizarei pesquisa junto a professores que ministram no ensino fundamental
e também entrevisarei famílias que possuem crianças nesta faixa etária.
Logo após com as informações tanto de estudo como de pesquisa realizarei
uma reflexão e análise dos dados coletados. Esta análise deve ser focada no
objetivo principal do estudo proposto que é resumido na pergunta chave: A
PANDEMIA COVID-19 DEIXOU A EDUCAÇÃO MAIS DIGITAL?
Após refletir e criar um texto analisando a situação problema levarei em
consideração esta problemática e sua influência na educação do futuro.
Vale lembrar que este estudo será baseado apenas nas séries de 1° a 5° ano
do Ensino Fundamental.
Também não tratarei de temas como a grande diferença social que se revelou
na pandemia sobre a dificuldade do acesso a conteúdo digital que ocorre nas
diversas classes sociais da sociedade.
Para crianças e adolescentes mais velhos não será levado em conta esta
temática já que envolveria outros estudos e por apresentarem mundos diferentes
tanto de currículo como capacidade de aprendizado.
CRONOGRAMA

Atividades Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro


1. Observar orientações x

2. Pesquisa bibliográfica x

3. Pesquisa documental x x

4. Pesquisa de campo x
5. Análise do material
x x
coletado
6. Redação do artigo x x

7. Finalização do artigo x
8. Postagem do artigo no
x
AVA
REFERÊNCIAS DO PROJETO

AGÊNCIA EDUCA MAIS BRASIL. Desafios do ensino a distância para crianças


durante a pandemia. Disponível em:
https://www.folhape.com.br/noticias/brasil/desafios-do-ensino-a-distancia-para-
criancas-durante-a-pandemia/140646/. Acesso em: set. 2020.

CHÃO DE ESCOLA. Podcast Chão de escola – Ep. 8 – Ensino Híbrido: o encontro


da educação com a tecnologia -. Disponível em: https://www.futura.org.br/podcast-
chao-de-escola-ep-8-ensino-hibrido-o-encontro-da-educacao-com-a-tecnologia/.
Acesso em: Out. 2020.

CHÃO DE ESCOLA. PodCast Novo coronavírus: professores e a Educação a


Distância. Disponível em: https://www.futura.org.br/podcast-chao-de-escola-ep-3-
coronavirus-professores-e-educacao-a-distancia/. Acesso em: Out. 2020.

CHÃO DE ESCOLA Podcast Chão de escola – Ep. 6 – Reabertura de escolas e o


novo coronavírus. Disponível em https://www.futura.org.br/podcast-chao-de-escola-
ep-6-retorno-as-salas-de-aula-e-o-novo-coronavirus/. Acesso em: Out. 2020.

CORWIN. Going Deeper with Distance Learning: Douglas Fisher, Nancy Frey, &
John Hattie. Disponível em:
https://www.facebook.com/CorwinPress/videos/799838577495881/. Acesso em: Out.
2020.

DURAN, Débora. Coronavírus viraliza educação on-line. Disponível em:


https://jornal.usp.br/artigos/coronavirus-viraliza-educacao-online/. Acesso em: Out.
2020.

EDUCAÇÃO E CORONAVIRUS. Levantamento das respostas de órgãos federais e


estaduais à pandemia do Coronavírus no âmbito da educação básica.. Disponível
em: http://educacaoecoronavirus.com.br. Acesso em: Out. 2020.

ENTRETANTO EDUCAÇÃO. Covid 19 x Educação: o que aprendemos com a


pandemia?. Disponível em: https://entretantoeducacao.com.br/educacao/covid-
educacao-o-que-aprendemos-com-pandemia/. Acesso em: set. 2020.

ESCOLAS EXPONENCIAIS. Escola em tempos de Coronavírus: o desafio de mudar


do ensino presencial para o ensino à distância. Disponível em:
https://escolasexponenciais.com.br/desafios-contemporaneos/escola-em-tempos-de-
coronavirus-o-desafio-de-mudar-do-ensino-presencial-para-o-ensino-a-distancia/.
Acesso em: Out. 2020

IDOETA, Paula Adamo. Os desafios e potenciais da educação à distância, adotada


às pressas em meio à quarentena. Disponível em:
https://www.bbc.com/portuguese/brasil-52208723 Acesso em: set. 2020.
LEMANN, Fundação. Educação não presencial na perspectiva dos alunos e famílias.
Disponível em: https://fundacaolemann.org.br/materiais/educacao-nao-presencial-
na-perspectiva-dos-alunos-e-familias-453. Acesso em: Out. 2020.

MITRA, Sucata. Children and the internet – New ways for new times. Disponível em:
https://vimeo.com/419298150. Acesso em: Out. 2020.

NÓVOA, Antonio. A pandemia de Covid-19 e o futuro da Educação - Revista Com


Censo #22 • volume 7 • número 3 • out. 2020

PEARSON BRASIL. A pandemia deixou a educação mais digital?. Disponível em:


https://www.youtube.com/user/pearsondobrasil/videos. Acesso em: set. 2020.

PEARSON BRASIL. Global Learner Survey. Disponível em:


https://www.pearson.com/news-and-research/the-future-of-education/global-learner-
survey.html. Acesso em: out. 2020.

SANTOS, Claitonei de Siqueira. Educação escolar no contexto de pandemia:


algumas reflexões. out, 2020.

SILVEIRA, Lecticia Maggi. Projeto – A Educação não pode esperar. Disponível em:
https://www.portaliede.com.br/wp-content/uploads/2020/06/Estudo_A_Educa
%C3%A7%C3%A3o_N%C3%A3o_Pode_Esperar.pdf. Acesso em: Out. 2020.

SINGER, Helena Singer. Não voltar, recriar a Escola. Disponível em:


https://educacaointegral.org.br/reportagens/nao-voltar-recriar-escola/. Acesso em:
out. 2020.

VIEGAS, Amanda Viegas. COMO O USO DA TECNOLOGIA É PREVISTO PELA


BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR (BNCC)?. Disponível em:
https://www.somospar.com.br/como-o-uso-da-tecnologia-e-previsto-pela-base-
nacional-comum-curricular-bncc/. Acesso em: Out. 2020.
A PANDEMIA COVID-19
DEIXOU A EDUCAÇÃO MAIS DIGITAL?
RESUMO

A PANDEMIA COVID-19 DEIXOU A EDUCAÇÃO MAIS DIGITAL?

Este artigo tem o objetivo de abordar sobre como a tecnologia através da


Internet, torna-se imprescindível como uma alternativa significativa para educação,
durante o período de pandemia, principalmente no Brasil, mais especificamente na
Educação Fundamental da 1° a 5° Série. Os procedimentos metodológicos estão
embasados no levantamento de informações através de pesquisas bibliográficas em
publicações online como revistas, jornais, legislação e a busca de dados em
relatórios virtuais de instituições renomadas na área da saúde e educação. O
impacto da pandemia na educação, traz à tona a discussão sobre a urgência de
mecanismos para a implementação da educação a distância em nosso país. Sabe-
se que a tecnologia é um fator primordial no que diz respeito à evolução digital,
permitindo experiências proveitosas especificamente no âmbito educacional. No
entanto, diante do contexto em que o mundo se depara, com uma realidade caótica
sem precedentes de uma pandemia causada pelo Covid-19, que se instalou no
mundo, fechando ou alterando diversos setores dentre eles o educacional, onde
milhares de crianças ficaram impedidas de ir à escola. Contudo, as instituições
educacionais se empenham na busca de novas modalidades de estudo, como o
suporte das tecnologias digitais. Assim, professores e alunos tiveram que se adaptar
às aulas a distância e utilizar toda a criatividade para dar continuidade às atividades
escolares, utilizando para isso a Internet que foi um diferencial neste processo e os
diversos recursos tecnológicos disponíveis.
Depois de seis meses de pandemia Covid-19, algumas escolas pelo Brasil
voltam as aulas e outras se preparam para o retorno que chamamos de o novo
normal. Com certeza todos nós aprendemos muito nesta pandemia e tivemos muitos
prós e contras com relação a educação de crianças e adolescentes. Sem
precendentes a pandemia obrigou as escolas a fecharem e o ensino online ser a
única opção de ensino e continuidade dos estudos em casa. Será que como
resultado disto tudo foi que a Pandemia deixou a Educação mais digital?
Além de se utilizar pesquisas já realizadas sobre o assunto, realizei também
uma pesquisa entre amigos e familiares a respeito do assunto. Apresentarei minhas
conclusões baseadas em muita pesquisa, leitura, experiencia pessoal e resultado
das pesquisas.
A pandemia tem impactado a sociedade, que não será mais a mesma. Vários
aspectos se transformaram, inclusive a educação, que deverá ser ressignificada
após esse período, e o papel do professor é bastante relevante nesse processo.
A educação será ainda mais importante para lidar com os desafios futuros, e
o professor será um dos principiais responsáveis pela construção do novo modelo
de educação e relação com os estudantes.
É de extrema importância não deixar este grande evento da história passar
sem que se reflita seus impactos na Educação Brasileira. Desde que a pandemia do
Covid 19 se instalou no mundo, cerca de 1.5 bilhões de estudantes ficaram fora da
escola em mais de 160 países, segundo relatório do Banco Mundial. A muito tempo
a educação carecia de mudanças e reformas e com o advento da pandemia- Covid
19 se levanta agora a grande oportunidade de se colocar tudo na mesa e pesar e
analisar que mudanças se fazem necessárias e imediatas.
Vários organismos internacionais estão publicando estudos sobre as
experiências internacionais de medidas para conter a pandemia e seu efeito na
educação.
Não se pode deixar de fora da pesquisa o impacto que o ensino online teve e
tem nas crianças e adolescentes que possuem alguma deficiência cognitiva.
Importante também atentar para a distinção entre ensino remoto e educação
a distância , para que não sejam tratados como equiparáveis.
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO..............................................................................................................3

DESENVOLVIMENTO..................................................................................................5
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA........................................................................................... 5
MATERIAL E MÉTODOS.................................................................................................. 7
RESULTADOS E DISCUSSÃO...........................................................................................8

CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................................17

REFERÊNCIAS...........................................................................................................20
3

INTRODUÇÃO

Agora depois de seis meses de pandemia Covid-19, algumas escolas pelo


Brasil voltam as aulas e outras se preparam para o retorno que chamamos de “o
novo normal”. Com certeza todos nós aprendemos muito nesta pandemia e tivemos
muitos prós e contras com relação a educação de crianças e adolescentes. Sem
precendentes a pandemia obrigou as escolas a fecharem e o ensino online foi a
única opção de ensino e continuidade dos estudos em casa.
De início se pensava que seria um período curto onde as escolas estariam
suspensas e com o passar do tempo foi se vendo necessário que o tempo de
fechamento seria muito mais prologando do que se pensava.
Passada a fase crítica da pandemia o que aprendemos e o como ficará a
escola neste contexto? Segunda a pesquisa realizada pela Pearson lemos:
“Se a educação já passava por uma transformação com as tecnologias, esse
processo foi impulsionado de vez pela pandemia da Covid-19, que modificou
também as formas de aprendizado, as relações sociais, a participação familiar no
desenvolvimento do ensino e muito mais. O que vem pela frente?”
Meu estudo abrangerá um dos muitos aspectos aprendidos pelo pandemia: A
pandemia deixou a educação mais digital? Se sim qual será o impacto disto na
educação do futuro?
Além de se utilizar pesquisas já realizadas sobre o assunto, realizei também
uma pesquisa entre amigos e familiares a respeito do assunto. Apresentarei minhas
4

conclusões baseadas em muita pesquisa, leitura, experiencia pessoal e resultado


das pesquisas.
Gostaria de ressaltar este aspecto da Pandemia apenas na Educação
Fundamental das séries 1° a 5° ano.
A pandemia tem impactado a sociedade, que não será mais a mesma. Vários
aspectos se transformaram, inclusive a educação, que deverá ser ressignificada
após esse período, e o papel do professor é bastante relevante nesse processo.
A educação será ainda mais importante para lidar com os desafios futuros, e
o professor será um dos principiais responsáveis pela construção do novo modelo
de educação e relação com os estudantes.
Sem professores, não há educação, pois são eles que colocam em prática o
processo de ensino e aprendizagem, têm contato direto com os alunos e
acompanham de perto seu desenvolvimento e sua formação.
As melhores respostas à pandemia não vieram dos governos ou dos
ministérios da educação, mas antes de professores que, trabalhando em conjunto,
foram capazes de manter o vínculo com os seus alunos para os apoiar nas
aprendizagens. Em muitos casos, as famílias compreenderam melhor a dificuldade e
a complexidade do trabalho dos professores. Isso pode trazer uma valorização do
trabalho docente e criar as condições para um maior reconhecimento social da
profissão.
5

DESENVOLVIMENTO

1.1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O uso das ferramentas tecnológicas na educação deve ser vista sob a ótica
de uma nova metodologia de ensino, possibilitando a interação digital dos
educandos com os conteúdos, isto é, o aluno passa a interagir com diversas
ferramentas que o possibilitam a utilizar os seus esquemas mentais a partir do uso
racional e mediado da informação.
No entanto, muitos professores ainda veem a tecnologia em sala de aula
como mais uma ferramenta de ensino onde por muitas vezes, aplicam a mesma
metodologia tradicional de ensino o que pode significar um retrocesso diante dos
avanços tecnológicos no qual vivemos. Reportam-se e avaliam-se os conhecimentos
produzidos em pesquisas prévias, destacando conceitos, procedimentos, resultados,
discussões e conclusões relevantes para o trabalho, com base em referenciais
teóricos (incluir autores, obras, citações, etc.).
A utilização das tecnologias embasadas em metodologias ativas pode
favorecer o processo de ensino e aprendizagem de forma mais eficaz e autônoma,
com foco no desenvolvimento humano em todas as suas vertentes e voltadas
principalmente para a realidade na qual vivenciamos.
A maioria dos professores imigrantes digitais que se inseriram no mundo da
tecnologia, têm uma forma de ensinar que nem sempre está em sintonia com o
modo como os nativos aprendem melhor, ou, pelo menos, que lhes desperta maior
interesse. (BACICH, 2015, p.31)
As metodologias utilizadas em sala de aula foram adaptadas para utilização
das tecnologias de forma ativa, assim como a curadoria de recursos midiáticos que
pudessem ser inseridos em suas aulas que fossem de fácil entendimento para os
educandos assim como a linguagem utilizada para a comunicação a distância.
Quanto a comunicação mediada por meios tecnológicos a distância, segundo
Quintas Mendes e outros autores, ao contrário do que se pensava, pode:
Apresentar uma coloração socioemocional muito forte, em muitos aspectos
não inferiores à comunicação face-a-face, sendo bastante favorável à criação de
comunidades de aprendizagens com relações sociais fortes e desempenhos de
6

tarefa comparáveis à comunicação presencial. (QUINTAS-MENDES et al, 2010, p.


258)
A tecnologia possui um papel fundamental na BNCC, de forma que a sua
compreensão e uso são tão importantes que um dos pilares da BNCC é a cultura
digital e como ela deve ser inserida no processo de ensino e aprendizagem.
Na Base existem duas competências gerais que estão relacionadas ao uso da
tecnologia, a quarta e a quinta:
Competência 4: Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora,
como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como
conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e
partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e
produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo.
Competência 5: Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de
informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas
diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e
disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer
protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.
Além de constar nas competência gerais, a tecnologia também é citada entre
os Direitos de aprendizagem e desenvolvimento da Educação Infantil e nas
Competências específicas de área nos Ensinos Fundamental e Médio, bem como
nos respectivos Objetivos de aprendizagem e desenvolvimento e habilidades.
O objetivo de a tecnologia ser trabalhada na Educação Infantil é estimular o
pensamento crítico, criativo e lógico, a curiosidade, o desenvolvimento motor e a
linguagem. Já no Ensino Fundamental, os alunos devem ser orientados pelos
professores para que eles consigam usufruir da tecnologia de forma consciente,
crítica e responsável, tanto no contexto de sala de aula quanto para a resolução de
situações cotidianas.
A Base, como um documento norteador da Educação Básica, prevê o uso de
tecnologias em sala de aula. Entretanto, um desafio para as escolas consiste na
implementação efetiva desses recursos.
7

1.2 MATERIAL E MÉTODOS

A pesquisa teve início com a visualização da live feita com o Sucata Mitra que
é um cientista da computação e teórico educacional indiano. Ele é mais conhecido
por seu experimento "Hole in the Wall" e amplamente citado em trabalhos sobre
alfabetização e educação. Seu live intitulado Children and the internet – New ways
for new times levantou a discussão sobre o ensino remoto nestes tempos de
pandemia. Para ver na integra acesse o link na bibliografia deste projeto.
Com o tema em mente após pesquisa os podcasts de Canal Chão de Escola
onde uma situação-problema é apresentada por uma/um professora/professor e
outros educadores debatem soluções e boas práticas em escolas e espaços de
aprendizagem. Com os mediadores: Ana Carolina Malvão e Hugo Rosas. Links dos
podcasts assistidos encontram-se na bibliografia.
Vários textos e vídeos foram acessados em destaque a Pearson Brasil que é
uma empresa líder em educação no mundo. E que tem a missão de transformar a
vida das pessoas por meio da educação. Foi assim que escolhi o título deste projeto
A PANDEMIA COVID-19 DEIXOU A EDUCAÇÃO MAIS DIGITAL?
Também realizei uma pesquisa no site www.mysurvio.com para pais e
professores. A Pesquisa foi respondida por 50 pessoas entre pais e professores e no
decorrer do tema encontram-se os resultados da pesquisa e suas implicações no
tópico apresentado.
Sites de pesquisa foram uma fonte em busca de dados e consequentemente
uma busca da resposta a pergunta do projeto. Segundo o site
http://educacaoecoronavirus.com.br/ foi feito levantamento das respostas de órgãos
federais e estaduais à pandemia do Coronavírus no âmbito da educação básica.
Também estudei a pesquisa da Global Learner (www.pearson.com) que consultou
7.000 pessoas em 7 países. Onde demonstra o que os alunos querem da educação
e do trabalho na era COVID. Também a Fundação Leman
(www.fundacaolemann.org) que fez a pesquisa encomendada ao Datafolha pela
Fundação Lemann, Itaú Social e Imaginable Futures com o intuito de traçar um
panorama da educação pública na pandemia sob o ponto de vista dos pais e
responsáveis e dos seus estudantes. Na terceira pesquisa da série, o Datafolha
entrevistou, via telefone, 1.056 pais ou responsáveis por 1.556 estudantes de
escolas públicas de 7 a 15 de julho de 2020.
8

1.3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

1.3.1. Resultados de Pesquisas


Assim que surgiram as primeiras determinações acerca do fechamento das
escolas no Brasil para evitar a propagação do Coronavírus, um mar de informações
desconexas e desencontradas invadiu a educação. Essa ausência de
sistematização gerou confusão e incerteza, dificultando o acesso rápido e fácil por
parte das lideranças escolares e de todos aqueles e aquelas que, de algum modo,
precisam saber como o cenário está evoluindo. Por esse motivo, criaram um
documento que organiza informações de âmbito nacional e estadual, para
sistematizar as principais medidas que vêm sendo tomadas na educação durante
essa crise.Segundo o site http://educacaoecoronavirus.com.br/ foi feito levantamento
das respostas de órgãos federais e estaduais à pandemia do Coronavírus no âmbito
da educação básica.
No item ensino remoto encontra-se o seguinte gráfico:
9

De acordo com o gráfico no item ensino remoto podemos notar que a


Educação não parou durante a Pandemia apesar do fechamento das escolas e que
por todo o território nacional de uma maneira ou de outra o ensino remoto continuou
com a utilização de várias plataformas para que o vínculo aluno escola se mantesse
mesmo em face a crise. Não se pode deixar de citar que grande parte foi porque o
professor se reinventou e literalmente se virou nos trinta para que isto acontecesse.
Os resultados da pesquisa do site www.pearson.com com a pesquisa
Pearson_Global-Learners-Survey_2020_- agosto 2020 são inúmeros e impossível
relatar todos aqui nesta pesquisa limitada apenas a temática tecnologia e educação.
Então escolhi apenas alguns itens que são pertinentes ao projeto.

Primeiro no tópico - As pessoas veem o potencial do ensino online para


expandir o acesso à educação. A pergunta chave neste item era: Quando você
pensa sobre o futuro das escolas e da educação, qual a probabilidade de que a
aprendizagem online dará às pessoas mais acesso a uma educação de qualidade?
(% Provável). A resposta a esta pergunta foi que: Globalmente, 78% das pessoas
acredita que aprender online dá às pessoas mais acesso a uma educação de
10

qualidade.

Segundo. O tópico Tecnologia como o espada de dois gumes: criando acesso


e desigualdade. As pessoas acreditam que o acesso à tecnologia (ou falta) tem
potencial para ser uma questão importante de igualdade. Veja a tradução abaixo:

Pensando em tecnologia e educação GLOBAL (%)


hoje,em que medida você concorda
que:

Nem todo mundo tem acesso à 87


tecnologia que eles
precisa aprender efetivamente online.
11

A pandemia COVID-19 tornou a 84


exclusão digital mais óbvia
entre aqueles que têm acesso à
tecnologia e aqueles
quem não tem.
A aprendizagem online aumentará a 82
desigualdade para aqueles
que não podem acessar ou pagar por
tecnologia.

Outro tema pesquisado foi que as pessoas prevêem mais escolaridade virtual. Após
o COVID-19, houve aumentos notáveis no Reino Unido, Canadá, China e Brasil.
Pensando em tecnologia e educação hoje, até que ponto você concorda que:
(%) Mais alunos do ensino fundamental e médio irão frequentar a escola
virtualmente (online) vs. frequentar uma escola tradicional dentro de dez anos. A
resposta no Brasil foi de 77%.
12

Em um mundo digital, as pessoas acreditam a educação está atrás da curva da


tecnologia e eles querem alcançar. Sendo que no Brasil 91% das pessoas acreditam
que a educação deve aproveitar a tecnologia para maximizar a experiência de
aprendizagem para alunos de todas as idades. E 75% que as instituições de ensino
são menos eficazes no uso de tecnologia do que outras indústrias (como saúde ou
bancos).
Vamos falar agora da pesquisa feita pela Fundação Lemann que debate a
Educação não presencial na perspectiva dos alunos e famílias. Para 77% dos pais
ou responsáveis ouvidos na pesquisa, os estudantes estão tristes, ansiosos, irritados
ou sobrecarregados na pandemia; Subiu de 74% para 82% em julho os alunos com
acesso a algum conteúdo pedagógico; Para 86% o ano letivo de 2020 deveria
continuar até 2021 para que os alunos aprendam, com reforço escolar, o que não
aprenderam durante a pandemia.

Eles concluem a pesquisa com a seguinte citação:


“Nada substitui o professor e a interação em sala de aula, mas a pandemia
13

nos
mostrou que a tecnologia pode ser uma aliada na educação. O modelo mais
adequado pode ser aula presencial com o uso da tecnologia, mas para isso
precisamos discutir a conectividade nas escolas e nas casas dos estudantes.
O que foi aprendido na pandemia não pode virar uma lembrança, mas uma
mudança de comportamento”, diz Denis Mizne, da Fundação Lemann

Agora minha pesquisa entre amigos e parentes, pais ou professores de


crianças no ensino fundamental.

A pesquisa mostrou claramente pelos número e pelos comentário dos pais


que eles não estão felizes com o ensino remoto imposto com a Pandemia
Covid-19. Mais ou menos 54% classificou o ensino remoto entre 6 – 8 pontos
na escala de 1 – 10.
Uma pessoa comentou: “ Na educação infantil a tecnologia de fato não foi
muito legal, devido a idade e também a falta de interesse e de tempo das
famílias. As crianças não tiveram a oportunidade de poder experimentar e
explorar as sugestões de atividades que os professores enviaram.”
14

Sem dúvida como mostrado no gráfico acima, os professores foram os


grandes heróis da educação remota em tempo de pandemia. 70% dos pesquisados
consideraram de 10 a 8 a graduação maior para o desempenho dos professores.
Aplausos de pé para cada um destes professores e professoras fantásticos!

Ao se pesquisar o desempenho dos alunos com o ensino remoto, a satisfação


foi baixa. 65% das pessoas escolheram dar entre 7 a 5 na escala de 1 – 10 para os
alunos. O que mostra a seguir em outra pergunta a dificuldade de se engajar no
ambiente virtual que o aluno sente, mostrando que 45% dos pesquisados
consideram que isto seria o pior da educação remota.
15

Considere esta fala importante:


Meu filho tem dificuldades na fala ,e ele estava fazendo algumas seções com
a fono ,mas com o covid 19 atrapalhou bastante ,e na escola ele interagia com os
colegas ,o que ajudava ele nessa dificuldade,e ele previsa aprender algumas coisas
como números e o alfabeto,estou tentando em casa ,mas não tem sido muito
fácil,estamos tentando ensinar ele a escrever o nome também. Mas as professoras
tem um jeito melhor de ensinar do que nós pais .

Os gráficos acima demonsntram que a pandemia aproximou as família da


educação dos seus filhos que segunda a pesquisa 53% consideraram que isto foi o
melhor resultado da pandemia no cenário da educação. Sendo que 50% disseram
que a comunicação escola-aluno-família melhorou no ensino remoto.
Veja este comentário:
A pandemia trouxe muito envolvimento da família aqui em casa. Meu, do meu
pai e de outros familiares, não sabemos todas as dúvidas do estudante... confesso
que está sendo bem cansativo chegar depois de um dia trabalhado e ter que estudar
o conteúdo para poder ensinar!!!! Mas com esforço de ambas as partes todos
aprendem....
16

Finalmente, 70% consideram que “Sim” a pandemia tornou a educação mais


digital. No entanto observe o comentário a seguir:
A pandemia afetou muito a educação porque o nosso país não está
preparado para o ensino virtual. Estamos LONGE de vivermos um ensino virtual de
qualidade, como nos países de primeiro mundo. Só por isso nos afetou tanto.
Mais um comentário significativo:
Eu sinto que a experiência de ensino á distância durante a pandemia por
extremamente variado depende da escola e nível socio-econômico do aluno. Para
os alunos que engagaram no ensino, tiveram muitos ganhos especialmente em
resiliência e independência, porem isso é uma grande minoria dos alunos.
E mais um:
Na verdade, a tecnologia se intensificou mas não quer dizer que ajudou na
educação. Pra passar de anos os alunos apenas entregaram trabalhos e as provas
poderiam ser consultadas, dificultando saber se o aluno realmente aprendeu ou só
teve nota pra passar de ano. Mas não existem culpados, pois todos fomos pegos de
surpresa e tivemos que nos organizar de acordo com o que achávamos correto a
fazer.
17

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Gostaria de citar Sucrata Mitra que diz: “Incentivo as crianças a usarem


computadores em seu próprio ritmo para criar aspirações”.
“Em nove meses, um grupo de crianças sozinhas com um computador - em
qualquer idioma - alcançaria o mesmo padrão que uma secretária de escritório.”
O cientista e educador Sucrata Mitra propõe que as crianças aprendem
sozinhas quando colocadas em frente a um computador! Que foi o que aconteceu
nos últimos seis meses com o acontecimento sem precedentes da Pandemia Covid
19.
Com a necessidade inesperada os professores se viram forçados a começar
o ensino remoto para manter a conexão do aluno com a escola e continuidade de
ensino para que não se perdesse o ano letivo.
No entanto muitos professores acharam que deveriam reproduzir a sala de
aula no ambiente virtual, coisa que é primeiro impossível e segundo tem pouca
efetividade no aprendizado dos alunos.
Apesar dos docentes tentarem seu melhor muitos tinham falta de
conhecimento e prática com o uso da tecnologia no ensino. Isto dificultou o processo
de aprendizagem. A formação tradicional do professor não incluiu o uso de
tecnologia durante a aula.
O fechamento das escolas empurrou milhões de alunos — e seus professores
— para a frente de computadores, tablets ou smartphones. Mas isto não significou
que o aprendizado estava e está tendo sucesso.
Muito se tem falado de maneira equivocada de que a educação pós pandemia
será focada em ensino híbrido como definição de ensino presencial e online. Mas o
18

ensino híbrido é definido com autonomia do estudante e individualização de


conteúdo. Levando a utilização de metodologias ativas como a sala de aula invertida
e a rotações por estações. O fato de gravar uma aula não se caracteriza como
ensino híbrido e pode ser somente uma aula expositiva que o protagonista é o
professor e não o aluno.
O uso da tecnologia para o ensino precisa ser melhor compreendido e
trabalhado. Isto sim foi despertado e incentivado com a pandemia, neste sentido a
educação deve um despertar para a tecnologia.
O professor precisa se desafiar e aprofundar mais no ensino híbrido levando
em conta a realidade dos alunos e da escola que ensina. O ensino híbrido seria
utilizar o que se tem de melhor nos dois mundos online e presencial. Produzindo
recursos digitais, com uma curadoria destes recursos. Conectando
pedagogicamente buscando o engajamento do aluno, reforçando a autonomia do
estudante e o professor assumindo o papel de mediador no processo e não apenas
passar o conteúdo e dar todas as respostas. Vale citar Sucrata Mitra:
Se as crianças souberem que há alguém acima delas que sabe todas as
respostas, elas ficarão menos inclinadas a encontrar as respostas por si mesmas.
O ensino híbrido abre as portas para a personalização do ensino tendo a
tecnologia como sua aliada. A pandemia de Covid-19 reacendeu as reflexões sobre
um modelo que dá protagonismo e autonomia aos estudantes. Mas será que nossa
Educação está pronta pra isto?
Termino meus estudos com dois comentários relevantes que fizeram na
minha pesquisa:
As crianças precisam de maior interação entre elas mesmas. Isso não tem
tecnologia que aproxime.
A pandemia transformou os métodos de ensino. Tornou a participação dos
pais mais importante e necessária.
A pergunta inicial - A PANDEMIA COVID-19 DEIXOU A EDUCAÇÃO MAIS
DIGITAL? Sem dúvidas no entando apenas foi um início desta discussão. A
Educação do futuro ainda precisa encontrar outros caminhos que passam pela
tecnologia para ser eficaz na formação de pequenos jovens que liderarão o mundo
do futuro.
19

REFERÊNCIAS

AGÊNCIA EDUCA MAIS BRASIL. Desafios do ensino a distância para crianças


durante a pandemia. Disponível em:
https://www.folhape.com.br/noticias/brasil/desafios-do-ensino-a-distancia-para-
criancas-durante-a-pandemia/140646/. Acesso em: set. 2020.

CHÃO DE ESCOLA. Podcast Chão de escola – Ep. 8 – Ensino Híbrido: o encontro


da educação com a tecnologia -. Disponível em: https://www.futura.org.br/podcast-
chao-de-escola-ep-8-ensino-hibrido-o-encontro-da-educacao-com-a-tecnologia/.
Acesso em: Out. 2020.

CHÃO DE ESCOLA. PodCast Novo coronavírus: professores e a Educação a


Distância. Disponível em: https://www.futura.org.br/podcast-chao-de-escola-ep-3-
coronavirus-professores-e-educacao-a-distancia/. Acesso em: Out. 2020.

CHÃO DE ESCOLA Podcast Chão de escola – Ep. 6 – Reabertura de escolas e o


novo coronavírus. Disponível em https://www.futura.org.br/podcast-chao-de-escola-
ep-6-retorno-as-salas-de-aula-e-o-novo-coronavirus/. Acesso em: Out. 2020.

CORWIN. Going Deeper with Distance Learning: Douglas Fisher, Nancy Frey, &
John Hattie. Disponível em:
https://www.facebook.com/CorwinPress/videos/799838577495881/. Acesso em: Out.
2020.

DURAN, Débora. Coronavírus viraliza educação on-line. Disponível em:


https://jornal.usp.br/artigos/coronavirus-viraliza-educacao-online/. Acesso em: Out.
2020.

EDUCAÇÃO E CORONAVIRUS. Levantamento das respostas de órgãos federais e


estaduais à pandemia do Coronavírus no âmbito da educação básica.. Disponível
em: http://educacaoecoronavirus.com.br. Acesso em: Out. 2020.

ENTRETANTO EDUCAÇÃO. Covid 19 x Educação: o que aprendemos com a


pandemia?. Disponível em: https://entretantoeducacao.com.br/educacao/covid-
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ESCOLAS EXPONENCIAIS. Escola em tempos de Coronavírus: o desafio de mudar


do ensino presencial para o ensino à distância. Disponível em:
https://escolasexponenciais.com.br/desafios-contemporaneos/escola-em-tempos-de-
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IDOETA, Paula Adamo. Os desafios e potenciais da educação à distância, adotada


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https://www.youtube.com/user/pearsondobrasil/videos. Acesso em: set. 2020.

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