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Resumo:
A Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) é extremamente relevante no cenário trabalhista
devido aos sujeitos envolvidos nos tratamentos dos dados pessoais. E, por conta da responsabilidade
social e legal das organizações, optou-se por abordar neste artigo os efeitos negativos da não
conformidade com a LGPD na esfera laboral, em especial, nas relações de trabalho.
1 Boa-fé, finalidade, adequação, necessidade, livre acesso, qualidade dos dados, transparência, segurança, prevenção, não
discriminação e responsabilização e prestação de contas.
2
2 Segundo a LGPD, em seu artigo 5, inciso X tratamento é “toda operação realizada com dados pessoais, como as que se
referem a coleta, produção, recepção, classificação, utilização, acesso, reprodução, transmissão, distribuição, processamento,
arquivamento, armazenamento, eliminação, avaliação ou controle da informação, modificação, comunicação, transferência,
difusão ou extração”.
3 Pedido de demissão, término de contrato, por justa causa, dentre outras formas previstas na legislação trabalhista.
5. Considerações finais
Ao longo deste artigo foi possível analisar os principais aspectos sobre a LGPD nas relações de
trabalho, devido à grande quantidade de dados pessoais de colaboradores e terceiros, que as
organizações tratam. Desta forma, é necessário reforçar a importância do assunto abordado, visto que
a não conformidade impactará fortemente na sobrevivência das empresas no mercado.
Durante o desenvolvimento identificam-se três fases de tratamento de dados nas relações de
trabalho, iniciando na fase pré-contratual, consolidando na contratual e finalizando com a pós-
contratual. Ou seja, desde o primeiro contato até após o encerramento do vínculo laboral existe
tratamento de dados pessoais que são protegidos pela LGPD. Ainda, que o início da adequação à lei
referenciada possa ser visto como uma etapa/ferramenta do Compliance Trabalhista, sendo que haverá
a necessidade de um monitoramento contínuo devido às mudanças que ocorrerão nesta área, bem
como a importância da conformidade no cotidiano. Para isso, será necessário a implementação de
auditorias periódicas.
Sendo assim, como existe a necessidade da conformidade à LGPD mesmo sem existir um
programa de integridade, as organizações precisam elaborar um plano de ação visando o cumprimento
da legislação relativa à proteção de dados pessoais. Caso contrário, deverá arcar com as consequências,
que poderão gerar danos financeiros, produtivos, reputacionais e outros.
Na esfera laboral, o risco de vazamento de dados pessoais e dados pessoais sensíveis é o fator
mais alarmante, visto que as consequências danosas ainda que indenizáveis, não apagarão os impactos
negativos ocasionados nas vidas dos titulares de dados.
Referências
BRASIL. Lei n.º 13.709, de 14 de agosto de 2018. Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais
(LGPD). Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2018/lei/l13709.htm>.
Acesso em: 04 jun. 2021.
NEGRÃO, Célia Lima; PONTELO, Juliana de Fátima. Compliance, controles internos e riscos: a
importância da área de gestão de pessoas. 2 ed. Brasília: Editora Senac, 2017.
Elaborado por:
Elizeu Miguel Campos Melo
Membro do Comitê de Conteúdo da ANPPD
Data da publicação:
Agosto de 2021