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(1928) The Esoteric Orders and Their Work - ForTUNE, Dion (PT-BR)
(1928) The Esoteric Orders and Their Work - ForTUNE, Dion (PT-BR)
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Biblioteca Esotérica Virtual
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ............................................................. 2
ESOTERISMO, OCULTISMO E MISTICISMO ..................................... 4
A ORIGEM DOS MISTÉRIOS ................................................. 6
AS TRÊS GRANDES TRADIÇÕES .............................................. 8
OS CAMINHOS DA TRADIÇÃO OCIDENTAL ..................................... 14
A EVOLUÇÃO E A FUNÇÃO DOS MESTRES ..................................... 20
O TREINAMENTO E O TRABALHO DE UM INICIADO ............................. 26
AS ESCOLAS OCULTAS .................................................... 30
ORDENS, FRATERNIDADES, GRUPOS ......................................... 34
O USO E O PODER DO RITUAL ............................................. 40
JURAMENTOS E OBRIGAÇÕES ............................................... 42
OS CAMINHOS DIREITO E ESQUERDO ........................................ 46
PROCURANDO O MESTRE ................................................... 49
A ESCOLHA DE UMA ESCOLA OCULTA ........................................ 59
O CAMINHO DA INICIAÇÃO ................................................ 62
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INTRODUÇÃO
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O Raio que tem correlação com o Plano Astral Superior é conhecido como
Raio Céltico, porque sua iniciação do eu emocional superior deu à cultura
racial céltica o seu ímpeto. Ê visto, em sua mais alta manifestação, nos
inícios da tradição grega, especialmente nos cultos dionisíacos, antes
que a influência dos pensamentos oriental e egípcio tivesse produzido
desdobramentos que não eram típicos do gênio racial helénico.
O Raio Céltico é essencialmente elemental, e se relaciona com o aspecto
natural das coisas. Sendo uma iniciação das emoções, seus padrões de
valor são estéticos, não éticos, seus ideais são a beleza e a alegria,
não a verdade e a bondade, e devemos ter isso em mente quando julgamos
suas devoções. Ele está bastante afastado do mundo dos homens e dos
valores mundanos, mas, sem o seu fermento, o utilitarismo dos homens
esmagaria de todo a visão mais ampla.
É desse Raio que todo trabalho imaginativo extrai a sua inspiração, e os
artistas criativos retiram sua força. é, essencialmente, o Raio dos
Artistas, seja qual for o meio no qual sua capacidade artística encontre
expressão. E é a força desse Raio que faz a sutil diferença entre os
produtos do trabalhador manual e os produtos da máquina e dá aos produtos
feitos à mão o sutil fascínio que eles exercem sobre a alma sensitiva.
Mesmo que a sua técnica não seja tão perfeita quanto a da fábrica, elas
estão vivas com a maravilhosa vida elemental do Raio Céltico, que aquele
que as faz, trabalhando com a criativa inspiração haurida daquele Raio,
colocou nelas. Sim, elas estão literalmente vivas, animadas com a
essência elemental; e eis por que elas são "agradáveis", de uma forma que
o objeto feito pela máquina não o é.
Contudo, embora a expressão grega da Sabedoria Antiga forneça excelente
material de estudo, é através da forma que ela estabeleceu no espírito
grupai da nossa raça que devemos procurar aproximação com os contatos
reais do seu poder; e a verdadeira expressão do Raio Céltico, para o
habitante das Ilhas Britânicas, está nas lendárias tradições gaélicas.
Muitas gerações do intelecto britânico foram nutridas com a tradição
clássica, e, conseqüentemente, produziram aquele remoto, antiquado e
estranho tipo de beleza literária ou artística que é chamada clássica.
Esse é um tipo de beleza para cuja apreciação uma cultura especial se faz
mister, uma cultura clássica similar àquela que inspirou o criador da
coisa bela, porque a vida elemental que anima suas criações é derivada do
aspecto helénico do Raio Céltico (porque a tradição romana também deriva
dessa fonte), portanto não atrai o homem comum, que não estabeleceu tais
contatos dentro da sua alma. Contatos com uma força estranha têm de ser
lenta e elaboradamente estabelecidos. Não surgem espontaneamente, nem são
inatos. E não só devem ser estabelecidos como devem ser ternamente
amados, porque são as plantas tropicais da alma.
Porém, o que deriva da nossa tradição popular nativa nasce do solo como
água vivificada pela boa terra escura e refrescada com o alento da erva e
da árvore. Nasce, rebrilha, e quem passa pelo caminho, embora, seja
insensível, não pode senão regozijar-se, pois aquilo, para ele, é
congénito. Não precisa de comentários que faiem da sua beleza. Ama-a
porque ele a aprecia e ele a aprecia porque ela vitaliza a sua natureza.
Ela vitaliza a sua natureza porque o põe em contato com a terra nativa,
aquecida de sol, molhada de chuva, aquela terra que seus pés nus
palmilharam quando ele era uma criança, quando sua alma estava aberta e
ela ainda podia sentir o Invisível. Sopra através de sua alma como o
vento dos lugares mais altos, e passa sobre ele como as ondas do mar
aberto. Seu coração salta, ao sentir aquilo, como as chamas que se elevam
goruscantes de um fogo vivo. Porque, pelo pó de seus ancestrais, ele tem
afinidade com os elementos da sua terra nativa, e, pela estrada dos
sonhos da sua infância, aproxima-se do contato Céltico. Porque o iniciado
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Muito se tem escrito, nos últimos anos, a respeito Daqueles que são
chamados Mestres, e muitas opiniões diferentes foram expressas. Há
escritores que Os colocam como apenas um pouco inferiores à Divindade, e
outros que parecem usar a palavra como equivalente aos "controles" dos
espiritualistas, chegando mesmo a referir-se a Eles como em forma humana,
com lugar e residência no plano físico. Isso produziu mal-entendidos, e
levou a um aviltamento do conceito sobre esses Seres Divinos e super-
homens, com os quais a humanidade tem possibilidade de estabelecer
contato. O mal-entendido é em grande parte devido ao fato de que toda a
super-humanïdade tem sido classificada, com frequência, em conjunto, por
parte de estudantes irrefletidos; e as funções de Adepto, Mestre, e
Mestre dos Mestres, Logos Estrela, ou Raio Chohan (segundo a terminologia
empregada) têm sido confundidas, e suas gradações também o foram. Na
terminologia empregada nestas páginas, a palavra Mestre jamais é aplicada
a um ser encarnado no plano físico, e sim reservada para Aqueles que já
não precisam encarnar para realizar Seu trabalho. O termo Adepto é usado
para aqueles seres que passaram além do estágio que a evolução já atingiu
em nosso planeta, e, assim, nada têm a aprender das suas condições, e
preferem encarnar-se apenas para realizar determinado trabalho. Esses não
são vistos como Seres Divinos, mas como Irmãos Mais Velhos. O homem ou a
mulher que avançou para além de um certo grau nos Grandes Mistérios é
citado como iniciado e, abaixo desses, vêm os graus de irmão, neófito,
dedicado, servidor e buscador.
Como os graus da hierarquia referem-se a estágios evolutivos, sua
significação é melhor entendida estudando-os em sua sequência, começando
pela primeira manifestação, que é hoje a mais alta, cada advento
subsequente levando a iniciação para mais um estágio no percorrer dos
planos. E, como a humanidade, neste ínterim, evolui firmemente para os
planos superiores, chega-se a uma ocasião em que a consciência cósmica
pode ser atingida e mantida no estado desperto normal. "Em minha carne eu
verei Deus." O trabalho dos Manus, o que se originou de evoluções
anteriores, foi explicado em outro capítulo, e retomaremos a história no
ponto em que os Grandes Mestres, que foram discípulos dos Manus, entram
em funcionamento.
Consideremos, primeiro, a condição da humanidade ao tempo em que os Manus
começaram a aparecer no plano físico. Essa condição era bem mais baixa do
que a do mais primitivo selvagem, a inteligência sendo essencialmente
animal em seu tipo, pois a função dos Manus era dar assistência ao
desenvolvimento das faculdades caracteristicamente humanas, e distinguir-
nos de nossos irmãos mais novos, os animais. Os próprios Manus procediam
de evoluções anteriores. A sua função era auxiliar a humanidade a
recapitular rapidamente as experiências evolutivas que deviam trazê-la ao
nível em que seus predecessores se haviam retirado do plano físico, de
modo que a humanidade pudesse assumir o trabalho do planeta no ponto onde
os Senhores da Mente o tinham deixado. Com a intenção de poupar o tempo
que seria empregado em reconstrução laboriosa, certas entidades
aperfeiçoadas, da onda de vida anterior, assumiram a tarefa de entregar à
humanidade os frutos da sua evolução.
A Humanidade mal havia alcançado o estágio de consciência perceptiva,
isto é, podia formar imagens mentais que se iam engrenando em sequência
de memórias. Agora, fazia-se necessário que a consciência conceptiva
fosse desenvolvida, de modo que a memóría-imagem pudesse ser sintetizada
em generalizações. Por meio de sugestão, de transmissão de pensamentos,
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fé através das trevas do Véu, e, por trás desse Véu, sentimos que nossas
mãos são tomadas pelas mãos atenciosas do Guardião da Alma.
Silenciosamente, na noite, as mãos podem ser elevadas acima da cabeça, e
o toque respondedor representar-se na imaginação, e então podemos
descobrir que a imaginação transformou-se em realidade, e um súbito poder
tocou a alma, uma Presença invisível foi sentida na escuridão, e o
caminhante sabe que não está sozinho.
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AS ESCOLAS OCULTAS
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por causa das vibrações do ar, procedentes da corda vibrada do piano, que
se introduzem sobre as cordas da harpa, e uma delas, a que for capaz de
vibrar com aquele ritmo, é posta em movimento. A mesma coisa acontece com
o iniciador e seu discípulo. A atividade do eu superior do iniciador
estimula a do discípulo. Essa é a parte mais vital do treinamento oculto.
A teoria do ocultismo pode ser aprendida nos livros que agora estão à
disposição do grande público, mas é apenas com o ocultista ativo que um
estudante pode receber a inoculação espiritual que irá operar em suas
veias. Muito poucas são as almas que tiveram a possibilidade de conceber
através do Espírito Santo, e o estudo dos livros sobre embriologia não as
levará para muito mais próximo do seu objetivo.
Os Sacerdotes da Ordem de Prometeu são aqueles Portadores da Luz que
instituem os novos graus nos Mistérios, à proporção que o avanço da
evolução torna o homem mais capacitado para receber ensinamento maior.
São eles os primeiros dispensadores de um grau que ainda não tenha sido
trabalhado sobre a Terra. Não se deve pensar, portanto, que quando um
homem apareça com um ensinamento novo, seja, forçosamente, um Sacerdote
da Ordem de Prometeu. A Ordem de Prometeu é o grau superior que mais se
aproxima da Ordem de Melquisedeque, e esses graus não são conferidos aos
simples e ignorantes, como se dá com os graus místicos da Luz Interior,
tal como os Quacres sabem, mas representam as mais altas aquisições de um
iniciado. Devemos recordar que Moisés foi levado, como recém-nascido, ao
palácio do Faraó, e que o Senhor Jesus foi "levado para o Egito" quando
criança. A importância dessas palavras não precisa ser enfatizada para os
estudantes de ocultismo. Cuidado com o ocultista autodidata. Ele não é
confiável, tal como não o é o médico autodidata.
Grande peso é dado à sucessão apostólica, ou derivação de uma genuína
tradição, e não há trabalho oculto, tomado como distinto do
desenvolvimento místico, que seja possível sem isso. Pode ser que a brasa
trazida ao altar, recentemente consagrado, seja, para todos os
observadores externos, apenas cinza morta, mas se ali houver a mínima
fagulha de fogo, ela poderá ser soprada e fazer-se chama, e então, uma
criteriosa quantidade de combustível permitirá que o altar resplandeça
naquele fogo, e as iniciações podem ser levadas a efeito com a sua luz e
calor. Para o fogo do altar duas coisas são necessárias: carvão aceso e
um suprimento de combustível; e, embora a sucessão apostólica seja
trazida de uma tradição genuína, a não ser que haja conhecimento oculto,
a não ser que o templo esteja adequadamente orientado, o fogo não poderá
ser soprado para se tornar chama. E mesmo depois que tenha sido
devidamente aceso e preparado, pode ainda acontecer-lhe apagar-se por
falta de combustível, ou sufocado sob as cinzas. Nem todos os que gritam
"Senhor, Senhor" são convocados por nosso Pai.
Uma escola de ocultismo só pode ser fundada por um iniciado de alguma
grande tradição. Deve ser recordado que Paracelso viajou pelo Oriente
Próximo antes de receber poder oculto. E lembraremos, também, que Madame
Blavatsky adentrou o Tibete antes de ficar habilitada a fundar uma escola
esotérica. O motivo que leva os Mistérios Menores da Europa a usarem a
terminologia do negócio de construção é o fato de que as relações
necessárias para os graus são encontradas em rituais adulterados, que as
associações medievais de construtores realizavam "para dar sorte" quando
lançavam as pedras dos alicerces. Esses rituais datam dos tempos em que
os templos dos Mistérios eram projetados como grandes símbolos e sistemas
de correspondência, e os homens que fizeram o trabalho tinham sido,
portanto, iniciados em certos graus inferiores, a fim de poderem realizar
corretamente suas tarefas. Só trabalhadores iniciados tinham permissão
para construir esses templos simbólicos, tal como só zeladores iniciados
podem cuidar dos templos maçónicos. Assim, um conhecimento elementar dos
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a areia do deserto, e não haverá mais ciência esotérica, porque toda ela
se terá tornado exotérica. Esse dia, porém, não é para agora, nem mesmo o
resplendor do seu alvorecer é visível, mesmo do mais alto pico da
montanha da esperança; portanto, devemos nos contentar, por ora, em
trabalhar com o nosso x, com a nossa quantidade desconhecida, através de
processos mentais não aplicáveis ao laboratório do cientista.
As grandes Ordens esotéricas possuem pormenorizadas cosmogonias,
concernentes aos Mundos Invisíveis, que se aglomeram em torno daquela
pequena manifestação que é percebida pelos cinco sentidos físicos, e tal
como o telescópio ou o microscópio abriram para o homem o conhecimento de
todos os universos devida nova, que eram imperceptíveis aos sentidos
desajustados, certos poderes pouco conhecidos da mente, quando forem
desenvolvidos, hão de revelar plano sobre plano de existências, dos quais
o homem comum sequer suspeita. As escolas esotéricas ensinam o uso desses
poderes, porque eles são, para o ocultista, o que o microscópio é para o
biológico e pelo seu uso ele ganha a possibilidade de se relacionar com
aqueles estados de consciência que se esquivam à mente humana em seu
presente estágio de desenvolvimento.
O estudante, contudo, não está equipado com esses poderes, e volta-se
para o Invisível a fim de fazer experimentos, da melhor maneira que lhe
seja possível, tal como o pesquisador trabalha em ciência natural, mas é
instruído para usar suas faculdades recém-despertas, a fim de relacionar-
se, primeiramente, com uma cosmogonia que ele, teoricamente, já conhece
bem. A diferença entre esses dois métodos é a diferença entre a navegação
de Colombo para a América e a navegação de um transatlântico moderno. O
comandante deste último tem seus mapas e instrumentos de navegação, e
pode dizer, a qualquer momento, onde está exatamente, e chegar ao
ancoradouro de qualquer lugar ao longo do litoral do Atlântico sem ter de
fazer sondagens para isso, ao passo que Colombo dependia inteiramente da
sorte para encontrar seu porto de destino, e foi só o fato de lhe ser
fisicamente impossível ultrapassar a América que o impediu de fazer isso.
Quando nos lembramos de que Colombo estava, de fato, tentando chegar à
índia, tendo acreditado que o conseguira, compreendemos que a posição da
ciência natural pode não ser tão satisfatória como às vezes pensa que é.
Foi, realmente, encontrada muita terra firme, mas seria aquela terra
firme a índia que ele acreditava ser?
ê a posse do mapa e da bússola que distingue o iniciado de uma autêntica
Ordem Oculta do psíquico nato que está tateando seu caminho para o
Invisível através de sistemas primitivos. O mapa é uma cosmogonia e um
Sistema de Correspondências que capacitam o estudante a encontrar seu
caminho acima e abaixo dos planos do Invisível. Com aquele mapa ele
conhece as estradas. Sem ele, deve lutar por campos e matas, da melhor
forma que lhe seja possível.
Um Sistema de Correspondências compõe-se de um grupo de símbolos que a
mente concreta pode captar e do conhecimento das cadeias associadas que
os ligam uns aos outros. Esse conhecimento é absolutamente essencial para
o desenvolvimento oculto e é diferente para cada uma das grandes divisões
da humanidade e da superfície da Terra porque as condições locais variam,
e a seus aspectos astral e mundano o sistema deve ser adaptado, embora em
seus aspectos superiores sejam universal. Por exemplo, muitas operações
ocultas são melhor realizadas em uma certa ocasião, e o tempo é diferente
nas diferentes longitudes. Portanto, a operação que seria realizada a uma
certa hora, em Londres, tem de ser realizada cinco horas depois em Nova
Iorque, porque ela pode não depender da hora solar, mas da hora sideral,
e essa é constante para todo o globo, e a diferença na hora solar entre
uma parte e outra tem de ser levada em conta. Da mesma maneira, em
qualquer processo que tenha relação com correntes magnéticas e marés,
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elas têm de ser calculadas pelo ponto em que a operação deve ocorrer, e
isso não pode ser resolvido ao acaso. Todas essas considerações mostrarão
que o ocultismo prático não é coisa a ser aprendida em livros pelo não-
iniciado. Uma Ordem conhece os métodos de elevar e desenvolver a
consciência melhor adaptada à Terra e à raça a que ele pertence, e, sem
essa orientação, um estudante da Ciência Secreta está em séria
desvantagem.
Para poder servir-se de um mapa, entretanto, é necessário ter
instrumentos de navegação e compreender seu uso; do contrário é possível
saber onde fica a América, mas ignorar de todo a própria localização em
relação a ela. Os instrumentos do ocultista são certas faculdades da
mente pouco conhecidas, treinadas e desenvolvidas por certos processos
definidos. Não é possível dizer muito nestas páginas a respeito do
trabalho dos Mistérios Maiores que é posto em prática pelas Ordens, mas
foi dito o bastante para tornar claro que elas possuem a cosmogonia
secreta e entendem os métodos de treinamento da consciência superior.
Antes que tal treinamento possa ser empreendido, contudo, é necessário
que a consciência inferior e o caráter recebam cuidadosas purificação e
disciplina, de forma que os alicerces sejam profundamente assentados com
a segurança de que não se deslocarão ou cederão quando a grande
superestrutura do conhecimento oculto levantar-se sobre eles, através do
funcionamento da mente superior. A não ser que isso seja feito, é muito
provável que ocorra um desastre. Na verdade, pode mesmo dizer-se que o
desastre ocorrerá, com certeza. Muitas almas, naturalmente, receberam a
iniciação em vidas anteriores, portanto depressa recapitulam e recordam
seu antigo conhecimento quando de novo têm contato com os Mistérios, mas,
mesmo para essas almas, é bom refrescar suas lembranças passadas e
assegurar-se de que as trouxeram para sua consciência quando despertas,
em sua integridade, antes de empreenderem a perigosa tarefa do
desenvolvimento oculto. Para a alma que está vindo para a Senda pela
primeira vez, tal treinamento preliminar é essencial. Uma proporção muito
grande dos desastres que ocorrem na busca do ocultismo prático é devida à
negligência em relação ao treinamento preliminar, de forma que os
alicerces não podem suportar a superestrutura. Uma escola ocultista é uma
sala de ginástica da mente, e se um estudante tentar realizar certos
feitos quando não é treinado para isso ou não tem condição, um
sério.acidente pode ocorrer e ele ficar prejudicado para toda a vida,
enquanto, tendo o treinamento apropriado, pode realizar o mesmo feito com
perfeita segurança. Os exercícios que desenvolvem a percepção superior,
têm de ser graduados tão cuidadosamente quanto aqueles que desenvolvem o
corpo e a ignorância, ou, um sistema falho produz resultados tão maus na
Loja quanto na sala de ginástica. Entre os atletas, existe uma máxima: a
de que homem algum pode treinar a si mesmo, e diz-se exatamente o mesmo
entre os ocultistas, como um bom número de estudantes arrojados
descobriram, por experiência própria. O ocultismo é uma grande aventura,
e não é sem riscos, embora, em certas circunstâncias, esses riscos sejam
os que um homem corajoso pode considerá-los como algo que deva,
justificadamente, ser enfrentado. Nesse ponto, o ocultismo não é
diferente do alpinismo: há, sempre, certo elemento de perigo, e esse
elemento pode assumir, inesperadamente, sérias proporções; coisa que um
homem não pode prever. Porém, dispondo de bons guias, boas cordas, e uma
cabeça firme, não há motivo para que um homem não se habitue às
altitudes, fazendo tentativas em subidas mais fáceis, e tomando-se,
finalmente, capaz de conquistar os picos clássicos do alpinismo. Mas o
homem que saia diretamente de um escritório em Londres, e sem guias, sem
mapas, e sem cordas, levando nada mais do que um Baedeker * ultrapassado,
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pela qual a raça tem caminhado. Então condenará aquele ensinamento por
estar fora de alinhamento com a evolução.
Finalmente, o iniciado pode verificar que diferentes padrões prevalecem
em sociedades e entre homens em diferentes estados de desenvolvimento.
Para avaliá-los com justiça, teria de levar em consideração em que degrau
da escada evolucionária eles estão, porque os princípios têm de ser
diferentemente aplicados aos diferentes estados de desenvolvimento,
embora eles próprios sejam imutáveis. Por exemplo, cada homem primitivo
tem de ser um guerreiro e um caçador, se esse é o seu dever para com a
sociedade; mas, se o impulso predatório persiste numa sociedade
civilizada, ele conduz ao crime. Foi observado como muitos criminosos
habituais se distinguiram na guerra, e a notável libertação em relação ao
crime que prevaleceu enquanto esse derivativo esteve disponível para os
aventurosos impulsos da raça. O criminoso profissional não é, de forma
alguma, um homem de temperamento ignóbil ou de desagradável disposição,
invariavelmente. Às vezes, ele tem virtudes heróicas. Com frequência,
trata-se de um homem que não se adaptou à civilização e que se rebela
contra as condições repressoras da vida moderna. Se fosse um membro dos
grupos de colonizadores, seu procedimento seria considerado bom e teria
boa reputação. é mau porque está deslocado no tempo. Os impulsos que
atuam sobre ele deixaram de servir aos propósitos sociais. Ele é atávico,
um "atirado de volta" a condições primitivas.
Esses princípios nos possibilitam fazer a estimativa dos Caminhos da
Direita e da Esquerda e do Ocultismo Negro, assim como do Ocultismo
Branco. O Caminho da Direita é o que prolonga a linha da evolução e
conduz ao seu objetivo pela trilha mais direta; é a trilha mais curta
entre o estágio no qual um homem chega quando ouve o Chamado, e a União
Divina. Portanto, deve-se notar que nenhuma trilha específica pode ser
traçada como se fosse o Caminho verdadeiro ou o sistema pelo qual todos
os homens devem trilhar. "Os caminhos de Deus são tantos quanto o número
de respirações dos filhos dos homens." é o fato de ser a trilha direta ou
indireta que conta.
Ainda, no que se refere ao Ocultismo Negro, é impossível rotular qualquer
operação em todos os momentos e sob todas as circunstâncias como
explicitamente Negra ou explicitamente Branca. Tudo quanto podemos dizer
é que, sob certas circunstâncias, ela é negra ou branca. Sujeira foi
definida como material extraviado, e o mal pode ser definido como força
extraviada. A força pode ser extraviada no tempo ou no espaço. Uma coisa
pode estar certa em uma ocasião e errada em outra. O Ocultismo Negro,
então, pode ser definido como uma força extraviada, ou como métodos
obsoletos.
A questão dos métodos iniciatórios obsoletos foi tratada em capítulo
anterior, mas agora devemos retomar a questão, sob o ponto de vista do
treino prático de um candidato, como é dado em uma escola oculta. Que o
aspirante se imagine como de pé no ponto mais baixo de uma elipse cujo
ponto mais alto é Deus. À sua esquerda, estende-se o caminho pelo qual
ele desceu para a matéria; à sua direita, estende-se o caminho peio qual
ele retornará ao Espírito. Se ele voltasse sob seus passos ao longo do
caminho pelo qual veio, estaria palmilhando o Caminho da Esquerda;
avançasse ele pelo caminho que a evolução finalmente segue, e estaria
seguindo o Caminho da Direita. Por qualquer dessas trilhas pode elevar-se
sobre os planos, e se alcançar o conhecimento em um plano, pelo Caminho
da Direita, será Mestre de ambos os seus aspectos, o primitivo e o
evoluído. Terá, contudo, de ter o cuidado de conservar ambos os seus
aspectos em seus lugares exatos, senão eles já não mais o deterão.
Tornemos isso claro através de um exemplo: suponhamos que, sem iniciação,
ele tentasse penetrar na consciência superior com o auxílio de drogas. A
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PROCURANDO O MESTRE
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limiar. As grandes forças que os Mestres deixam livres sobre a alma que
se abre para Elas estão enchendo suas profundezas, como uma nascente
fluindo para um reservatório. Lentamente, as águas reúnem forças por trás
da barreira que separa a subconsciência da consciência, e, quando chega a
hora, o iniciador coloca a mão sobre a alavanca que opera as comportas, e
a água flui para o canal determinado.
Essa operação, entretanto, tem dois aspectos e é executada em dois planos
simultaneamente, tal como um túnel através de uma montanha é perfurado ao
mesmo tempo nas duas extremidades. E tal como o impulso na feitura de um
túnel depende da habilidade dos engenheiros e da exatidão de seus
instrumentos, para que os dois cortes se encontrem ou se percam um do
outro, nas entranhas do monte, também depende da habilidade psicológica
do professor que as duas linhas do desenvolvimento se encontrem ou se
percam na profundeza do subconsciente do aspirante. Seu dever é fazer com
que o treinamento da personalidade e da mente consciente seja
conduzido,de tal forma que as partes torcidas se façam retas, e o Caminho
da Alma seja levado a alinhar-se com o Caminho do Poder do Espírito,
descendo como o fulgor de um relâmpago. Se isso não for feito, a junção
entre os dois Caminhos pode ter de ser feita por meio de uma curva em S,
como a que deformou um dos primeiros túneis dos Alpes. Essa sinuosidade
no caminho do poder é sempre uma fonte de perigo, porque a tendência de
uma força é seguir sempre em linha reta, e ela pode falhar ao tomar a
curva. Essa força, cavando um caminho através da percepção e derrubando
tudo quanto encontra em sua passagem, é conhecida pelos ocultistas como
um dano, e vem a ser causa de muitas patologias, tanto da mente como da
moral e do corpo. O risco de uma tal ocorrência é muitíssimo diminuído
quando o Caminho é palmilhado sob a orientação de um professor de
confiança. Ele saberá qual é o ângulo da direção da força iniciatória e
pode instruir seu aluno sobre o modo como ele poderá alinhar com ela o
estado de percepção.
Como aquele que vislumbrou a possibilidade do Grande Trabalho poderá
encontrar um Mestre que o treine para o seu desempenho? Esta é uma
pergunta importante para o buscador sincero. Mas, recordem isto: andar
pelo Caminho é muito diferente de estudar o mapa. O mapa pode ser
estudado à luz da lâmpada, junto à lareira, e o Caminho é percorrido sob
o vento e a escuridão dos pontos improdutivos da alma. Porque o Caminho
está dentro, e leva, da percepção do cérebro, através da subconsciência,
à superconsciência. E, apesar disso, ele não é nada subjetivo, e é em
relação ao aspecto objetivo da indagação que o estudante sem dúvida se
sentirá curioso.
Consideremos a história espiritual de alguém que se volta para a busca, e
notemos os estágios pelos quais passará.
Primeiro, vem a formulação do conceito: ele concebe a ideia da iniciação
e o ideal do serviço de,um Mestre, e deseja fazer a sua dedicação. Mas,
basta o desejo? Sim, é o bastante, se for bastante forte e bastante
longo; se continuar sem hesitação e sem abalos, através de todas as
provas da alma que testarão a sua fibra, através da purgação que a
purificará para o contato com o Mestre e através do duro trabalho do
treinamento que a irá preparar para o serviço do Mestre. Se o desejo da
iniciação se mantiver firme através de tudo isso, levará o discípulo aos
pés do Mestre.
Como são poucos, entretanto, os que conseguem, ou sequer compreendem a
força do desejo que se faz necessária para produzir a iniciação! A bela
tradição oriental fala do Mestre que manteve seu discípulo sob a água até
que ele ficasse quase sem fôlego, e disse-lhe que, quando ele desejasse a
luz tão fervorosamente quanto havia desejado o ar, o receberia. E a
história ocidental fala do homem que vendeu tudo quanto tinha, a fim de
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comprar uma pérola de grande preço. Aquele que põe o pé no Caminho, pode
nada levar consigo; nus viemos para o mundo, e nus o deixaremos, passando
para uma consciência superior. Os "que desejam o céu" são muitos, mas os
que suportam a jornada divina são poucos. É impossível tirar o maior
proveito de ambos os mundos, porque onde nosso tesouro estiver, aí estará
também o nosso coração.
Só aqueles para os quais a sensualidade da carne, o desejo dos olhos e o
orgulho da vida deixaram de ter significação, podem tentar o Caminho que
leva às alturas, e para eles a jornada não será penosa, porque viajam
leves. O que vai com as mãos vazias caminha facilmente. O grande peso das
necessidades egoístas é que fazem a trilha cansativa.
Logo depois vem para a alma um período amargo de conflito. Ela vislumbrou
o ideal divino, bebeu as águas vivas do espírito, e essas águas geraram
nela uma sede que não pode ser saciada na Terra. Tendo conhecido a
realidade, não encontra repouso nas aparências. Entretanto, ainda não
exauriu os deleites da matéria. O melhor é que essa pessoa calcule
seriamente o custo, antes de embarcar na Grande Busca e de chamar os
Mestres para ajudá-la em suas pesquisas. Porque os Mestres aceitarão a
sua palavra, se ela os invoca, e levam-na a passar pela chama da
circunstância, de forma que toda a impureza seja expurgada de seu
caráter. Se, entretanto, o minério da sua natureza for expurgado de seu
caráter. Se, entretanto, o minério da sua natureza for pobre de metal
espiritual, a conflagração assim causada irá gerar tal calor que o ouro
fundirá e escorrerá, e a forma daquele homem será perdida. Só o homem
despido de desejos pode passar pela Grande Liberação, e quando alguém que
é governado pelos desejos tenta a passagem, esses desejos, sendo
arrancados pelas raízes, sangram a alma. É melhor que um amadurecimento
do espírito seja obtido de forma que deixe de lado seus desejos carnais,
naturalmente, ultrapassando-os, ao invés de violentar os instintos da
natureza. Não é a supressão, mas a ultrapassagem dos desejos que devemos
procurar. Os frutos maduros soltam-se das hastes com facilidade, e o
homem, que tiver aprendido as lições que a vida nos dá, irá passar sem
queixas. Uma experiência abortiva, incompleta, da vida, não é bom
alicerce para a iluminação.
A iniciação não pode ser obtida em menos de três encarnações de firme
esforço dirigido. Na primeira encarnação a alma concebe o ideal e embala-
o em segredo, preenchendo todos os deveres da humanidade com humildade e
paciência, construindo assim o seu caráter. Na segunda encarnação a alma
sofre testes e purgação, e tem de enfrentar seu karma e dessa época se
fala como a encarnação-semente. Na terceira encarnação ela recapitula
rapidamente o desenvolvimento obtido nas outras duas, e está pronta para
o Caminho.
Cada pessoa que concebe o ideal da iniciação tem de certificar-se sobre
se a consciência está sendo despertada pela primeira vez, ou se é a
memória que retorna das profundezas do subconsciente, depois do sonho
entre os nascimentos. É aqui que o conselho de um professor que possa ler
os Registros é muito necessário, porque a imaginação aquecida pela
ambição da aventura ou pelo espírito de emulação pode levar o candidato a
extraviar-se gravemente, fazendo-o correr o risco de sair da sua
profundidade. Pode também acontecer que a vida anterior, preparatória,
não tenha preenchido o seu propósito e a preparação tenha ficado
incompleta. O trabalho, então, tem de ser feito novamente, antes que se
consiga um avanço maior. Finalmente, há muitas almas que foram iniciadas
no passado, mas foram deslocadas para a Magia Negra, ou falharam em um
teste, e devem, trabalhosamente, subir de volta pelo caminho que foi
perdido. Tais almas são psíquicas, frequentemente, mas não têm
conhecimento do ocultismo. Os sentidos sutis que foram desenvolvidos
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cozinheira. Os Mestres pouco uso têm para a incompetência, como pouco uso
têm para o pecado, e se formos incompetentes no cumprimento de qualquer
aspecto dos nossos compromissos, um substrato de fraqueza estará
subjacente em toda a natureza, e os testes do Caminho descobrirão qual é,
no devido tempo, o buscador, tendo se submetido com segurança aos testes
preliminares, descobre o Caminho propriamente dito abrindo-se diante
dele, e tendo considerado a maioria dos meios à sua disposição,
esgotando-os, novas oportunidades lhe serão dadas. O esgotamento do
material colocado em sua mão, para que o trabalhasse, é um ponto muito
importante em relação com o seu progresso. O buscador deve ansiar por
livros além dos seus meios, e sentir-se incapaz de avançar em seus
estudos por não os ter: mas, já esgotou as possibilidades da biblioteca
pública municipal? Ou, pode desejar ensinamentos profundos em meditação,
mas tem de aprender a manter a serenidade durante as horas mais
atarefadas de seu trabalho? Todas essas coisas são usadas pelos Mestres
como disciplina, e Eles observam a proficiência do discípulo nessas
coisas antes que Eles lhe permitam avançar, e um dos testes mais seguros
é a boa ordem do aposento que a pessoa ocupa, e a condução ordenada de
seus negócios. Um ocultista precisa ter temperamento calmo e nervos de
aço, e há poucas caminhadas na vida que não possam ser feitas para
proporcionar oportunidades para o desenvolvimento de preliminares
essenciais.
Tudo tendo sido feito, então, o buscador pode agir em solidão, a Loja
Estrela sob a qual seu Caminho está sendo feito designa-lhe um Guia. O
ofício do Guia é um dos primeiros a ser preenchido por uma alma que se
adiantou para além da encarnação na matéria. Depois da última morte do
corpo de alguém que se dedicou ao serviço dos Mestres, a alma
recentemente liberada é empregada no grande trabalho humanitário que se
desenvolve no plano astral. Esse é um trabalho bem conhecido de quantos
estão empenhados em pesquisa espiritualista, e não precisamos entrar em
pormenores nestas páginas. E o ofício de Guia é uma das suas subdivisões.
Um Guia atua como mensageiro entre o Mestre e o seu discípulo,
transmitindo instruções por meio de sugestão telepática à consciência da
alma sob seus cuidados. Tem, também, a tarefa de resguardar seu protegido
durante suas primeiras expedições para os planos ocultos, salvaguardando-
o durante os difíceis momentos de transição de um plano para outro, e
amparando-o até que ele tenha conquistado habilidade ao fazer essa
transição através dos estados de consciência.
Durante um período que varia de alguns meses até vários anos, a relação
entre o Guia e o buscador deve continuar, e ao fim desse tempo eles se
mostram tão bem relacionados um com o outro como qualquer par de amigos.
Os Guias são simplesmente seres humanos de um tipo elevado, que não
recebem corpo físico, e cuja personalidade é a da última encarnação.
Chega uma ocasião, entretanto, em que o Guia está pronto para alcançar um
trabalho superior, mas o buscador ainda não está preparado para o próximo
estágio. Um novo Guia será então designado para ele, e o outro se afasta,
embora possa, de vez em quando, vir visitar seu antigo protegido, porque
essas amizades do plano oculto são tão reais como as do plano da Terra.
Entretanto quando chega a ocasião em que o discípulo está pronto para
caminhar entre os planos com segurança e confiança, podendo receber por
si mesmo as ordens do Mestre, já não precisa do auxílio do Guia, que
então se afasta para dedicar-se a outro trabalho.
Muitas almas são treinadas totalmente dessa maneira, a partir dos planos
interiores, mas há outras que não desenvolvem tão prontamente o
psiquismo, e, para essas, usa-se outro método. O Guia atuará como
elemento de ligação entre o discípulo a ser treinado e outro servidor do
mesmo Mestre que já tenha sido treinado no corpo físico, e colocará o
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e, se você tem motivo para acreditar que essa sugestão está agindo, se
descobrir ideias impondo-se à sua mente, ideias que normalmente não
seriam ali toleradas, faria bem em realizar a meditação que deve
esclarecer seus passos, em uma igreja onde o Santíssimo Sacramento é
guardado, porque diante daquela Presença e potência nada pode vir que
produza uma mentira.
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O CAMINHO DA INICIAÇÃO
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deveriam dar seu apoio, em prova de gratidão pela luz que eles próprios
receberam, e a fim de que o Caminho seja mais fácil para outros.
Através dos livros e conferências de tais sociedades, o candidato
aprenderá que seu sonho tem um fundamento em fatos, e que sua ânsia
íntima está baseada em um instinto verdadeiro. Eles fornecerão o mapa do
Caminho, embora ninguém, a não ser o próprio candidato, possa percorrê-
lo. Deles aprenderá a origem do homem como uma potencialidade divina, a
sua evolução através das experiências sétuplas da forma e sua
transcendência final de forma no desenvolvimento da divina realidade.
Aprenderá sobre os sete planos e suas possibilidades, e também aprenderá
sobre a existência dos Mestres.
Tendo aprendido todas essas coisas, tendo, por assim dizer, adquirido a
teoria da ciência esotérica, como pode o candidato passar essa teoria
para a prática? Como, pessoalmente, irá passar pela experiência daquilo
que lê? Poderá alcançar a percepção do plano astral pelo uso da auto-
hipnose e das drogas: o método é simples, mas as consequências são
desastrosas para o eu superior. Pode, também, levar o astral à
manifestação no plano físico pelo uso da magia. O conhecimento desses
métodos, contudo, é cuidadosamente guardado e não facilmente obtido,
assim como não pode ser usado sem perigo por alguém que não seja um
Adepto.
A forma de alcançar conhecimento pessoal dos mundos superiores pode ser
facilmente contatada, embora não possa ser praticada tão facilmente. Os
sentidos da individualidade podem conhecer esses mundos. Se, entretanto,
os aspectos superiores do homem, a natureza espiritual e o poder do
pensamento abstrato forem cultivados até que tenham atingido um alto grau
de desenvolvimento, e se o foco da percepção for, então, deslocado da
personalidade, a unidade de encarnação, para a individualidade, a unidade
de evolução, será possível aumentar õ desenvolvimento desses aspectos da
natureza, até que o Universo seja apreendido em termos de pensamento
abstrato e intuição espiritual. O deslocamento do foco da consciência é
alcançado pelo deslocamento do foco do desejo das coisas dos sentidos
para as coisas do espírito. Não é bastante que a vontade seja dirigida
para um objetivo espiritual; um estágio de desenvolvimento deve ser
alcançado, no qual os desejos espontâneos também para ali se dirijam.
Muitos pretensos iniciados cometem o engano de pensar que desejar
iniciação é suficiente, mas esse não é o caso. A maioria dos desejos da
natureza, tanto conscientes como subconscientes, devem ser afastados das
coisas dos sentidos para as coisas do espírito. E, como a mente
subconsciente contém muito do que concerne à infância da raça e inclina-
se para a matéria em sua forma mais densa, é necessário levar a
consciência além do que habitualmente é o território do subconsciente, a
fim de garantir a assimilação dos desejos instintivos pelas finalidades
da natureza espiritual.
A fim de conseguir essa assimilação, devemos, primeiro, nos conhecer em
nossos aspectos mais primitivos, e então sublinhar esses aspectos até que
eles possam ser assimilados pela personalidade. Porque, enquanto a
personalidade não se tiver integrado, não pode, deliberadamente, ou por
sua volição esclarecida, procurar a realização da sua vida nos ideais da
individualidade. Essa é a apoteose da personalidade. Por isso é que a
fome da alma está sempre clamando, porque não pode encontrar satisfação
nas coisas dos sentidos. A união com o aspecto divino do eu, o Deus
interior, deve preceder à percepção do Deus do Todo, do qual ele é apenas
uma parte. O nível espiritual da natureza do homem é apenas uma porção
circunscrita do Espírito Uno, o Todo, o aspecto numênico da manifestação.
Porque para aquilo que é em si mesmo numênico, ou uma realidade
subjacente, não pode haver satisfação no que é fenomenal, ou da natureza
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A Society of The Inner Light, fundada por Dion Fortune, tem cursos para
todos que desejem seguir seriamente o Estudo da Tradição Esotérica
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