Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Noções de Direito
Noções de Direito
2013
Copyright © UNIASSELVI 2013
Elaboração:
Prof.ª Danielle Boppré de Athayde Abram
34
A158n Abram, Danielle Boppré de Athayde
Noções de direito/ Danielle Boppré de Athayde Abram.
Indaial: Uniasselvi, 2013.
181 p. : il
ISBN 978-85-7830-814-8
Impresso por:
Apresentação
Prezados Acadêmicos!
III
UNI
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há novidades
em nosso material.
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova diagramação
no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também contribui para diminuir
a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
UNI
IV
V
VI
Sumário
UNIDADE 1 – NOÇÕES GERAIS DE DIREITO ............................................................................. 1
VII
2.1 A CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 ..................................................................................... 42
2.2 DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS NA CONSTITUIÇÃO DE 1988 . ................. 43
2.2.1 Direitos e Garantias Individuais e Coletivos ........................................................................ 45
2.2.2 Direitos Sociais .......................................................................................................................... 52
2.2.3 Direitos da Nacionalidade ....................................................................................................... 53
2.2.4 Direitos Políticos ....................................................................................................................... 55
2.2.5 Direitos Relacionados à Organização, Participação e Funcionamento dos
Partidos Políticos ........................................................................................................................ 56
RESUMO DO TÓPICO 1 ...................................................................................................................... 57
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................ 58
VIII
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 87
2 DIREITO DO TRABALHO ................................................................................................................ 87
3 DIREITO DO CONSUMIDOR ......................................................................................................... 88
3.1 OBJETO DO DIREITO DO CONSUMIDOR .............................................................................. 88
3.2 CONCEITOS DE CONSUMIDOR E FORNECEDOR . ............................................................. 88
3.3 DIREITOS E DEVERES DO CONSUMIDOR ............................................................................. 90
3.3.1 Direitos do consumidor . ......................................................................................................... 90
3.3.2 Deveres do consumidor .......................................................................................................... 91
3.4 RESPONSABILIDADE DO FORNECEDOR .............................................................................. 91
3.5 DECADÊNCIA E PRESCRIÇÃO ................................................................................................. 92
3.6 DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA .................................................. 94
3.7 PROTEÇÃO DOS CONTRATOS DE CONSUMO .................................................................... 94
3.8 PUBLICIDADE E PROPAGANDA . ........................................................................................... 95
4 DIREITO AMBIENTAL ...................................................................................................................... 96
RESUMO DO TÓPICO 5 ...................................................................................................................... 97
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................ 98
IX
3.6 BENS PRINCIPAIS E ACESSÓRIOS ............................................................................................ 127
3.7 BENS PÚBLICOS E PRIVADOS ................................................................................................... 129
RESUMO DO TÓPICO 3 ...................................................................................................................... 130
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................ 131
TÓPICO 4 – PARTE GERAL - LIVRO III: DOS FATOS JURÍDICOS .......................................... 133
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 133
2 CONCEITO DE FATO JURÍDICO ................................................................................................... 133
3 CLASSIFICAÇÃO DOS FATOS JURÍDICOS ................................................................................ 134
4 NEGÓCIO JURÍDICO ........................................................................................................................ 135
4.1 REQUISITOS DE VALIDADE DO NEGÓCIO JURÍDICO ....................................................... 135
4.2 NULIDADE E ANULABILIDADE DO NEGÓCIO JURÍDICO ............................................... 136
RESUMO DO TÓPICO 4 ...................................................................................................................... 138
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................ 139
X
UNIDADE 1
NOÇÕES GERAIS DE
DIREITO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir desta unidade você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está organizada em seis tópicos. Em cada um deles você
encontrará atividades para maior compreensão das informações apresentadas.
1
2
UNIDADE 1
TÓPICO 1
CONCEPÇÃO DE “DIREITO”
1 INTRODUÇÃO
UNI
Mas afinal, o que é Direito? A palavra “direito” vem do latim directum, “literalmente
direto, trazendo à mente a concepção de que o direito deve ser uma linha direta, isto é, conforme
uma regra” (GAGLIANO; PAMPLONA FILHO, 2003, p. 2). O termo tem muitos significados e não
é possível resumi-lo em um só conceito.
2 O QUE É DIREITO?
Das palavras de Nader (2008, p. 22), extraímos que o homem é um ser
essencialmente programado para viver em sociedade:
Cooperação
gera
Interação Relação entre as
Competição
Social pessoas e os grupos
em sociedade
Conflito
FONTE: A autora
4
TÓPICO 1 | CONCEPÇÃO DE “DIREITO”
5
UNIDADE 1 | NOÇÕES GERAIS DE DIREITO
Cooperação
Relação
gera
DIREITO
entre as aplicação preventica:
Interação traz limites ao direito
pessoas e os
Social de cada um
grupos em
sociedade
Competição
aplica-se o Direito
Conflito
Para resolver o
conflito e se obter a
paz social
FONTE: A autora
6
TÓPICO 1 | CONCEPÇÃO DE “DIREITO”
Moral
Relações
Humanas
Religião
Política
(Controlar, orientar
ou punir desvios para
diminuir os conflitos
entr os seres
humanos)
Direito
7
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico você estudou que:
l De uma forma ampla, o Direito pode ser considerado como a ciência que estuda
as normas que regulamentam a vida em sociedade.
8
AUTOATIVIDADE
COOPERAÇÃO
COMPETIÇÃO
CONFLITO
9
10
UNIDADE 1
TÓPICO 2
DIREITO E MORAL
1 INTRODUÇÃO
Vimos anteriormente que o Direito, juntamente com a Moral, a Religião e
a Política, desempenha papel fundamental na prevenção dos conflitos que nascem
do convívio social.
A partir de agora, vamos focar nossa atenção nos conceitos de Moral e Direito.
2 DIREITO E MORAL
Como dissemos anteriormente, Direito e Moral são institutos distintos,
mas que se completam. Ao tratar dos pontos em comum entre Direito e Moral,
Führer e Milaré (2005, p. 33) esclarecem que “A vida social só é possível uma vez
presentes regras determinadas para o procedimento dos homens. Essas regras, de
cunho ético, emanam da Moral e do Direito – repositórios de normas de conduta,
evidentemente apresentam um campo comum.”
11
UNIDADE 1 | NOÇÕES GERAIS DE DIREITO
Moral Direito
Führer e Milaré (2005, p. 35) fornecem exemplo que bem ilustra esta
situação: A maquinação de um crime que é indiferente ao Direito, mas repudiada
pela Moral.
Das normas jurídicas “decorrem relações com efeitos bilaterais, entre duas ou
mais pessoas, ao passo que da regra moral derivam consequências unilaterais. Isto
é, ninguém está obrigado ao seu cumprimento” (FÜHRER; MILARÉ, 2005, p. 36).
12
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico você estudou que:
13
AUTOATIVIDADE
14
UNIDADE 1
TÓPICO 3
DIREITO OBJETIVO E
SUBJETIVO
1 INTRODUÇÃO
Do que estudamos até agora, você viu que o direito traz o conjunto de
normas aplicáveis às relações sociais. É a este conjunto de normas vigentes e
impostas, que devem ser conhecidas e cumpridas por todos, que se denomina
direito objetivo.
15
UNIDADE 1 | NOÇÕES GERAIS DE DIREITO
E
IMPORTANT
Führer e Milaré (2005) trazem um interessante exemplo que bem ilustra esta
ligação, que pode ser assim resumido: o meu direito de propriedade é garantido pela
Constituição Federal (regra de direito objetivo), sendo que, se alguém violar este
direito e invadir a minha propriedade, poderei acionar o Poder Judiciário para que a
irregularidade seja sanada, sendo esta faculdade o que se chama de direito subjetivo.
Assim, o Direito Empresarial, que faz parte do Direito Civil, traz regras de
direito objetivo, e os “direitos” dele resultantes serão regras de direito subjetivo.
Concluímos, assim, que, apesar das diferenças, grande ligação existe entre o
direito subjetivo e o objetivo. Podemos dizer, pois, de uma forma bem simplificada,
que o direito subjetivo decorre do direito objetivo e que ambos formam o que
conhecemos por “Direito”.
16
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico você estudou que:
17
AUTOATIVIDADE
e) Porém, apesar das diferenças, existe uma grande ligação entre o ( ), que é
coercitivo, e o ( ), que é facultativo. Podemos dizer que, de uma forma bem
simplificada, o ( ) decorre do ( ) e que ambos formam o que conhecemos
por “Direito”.
18
UNIDADE 1
TÓPICO 4
FONTES DO DIREITO
1 INTRODUÇÃO
A palavra “fonte” tem o sentido de “origem, gênese, de onde provém” (água).
Isto posto, podemos dizer que a lei é a principal fonte do Direito, como se
vê do art. 4º. da Lei de Introdução do Código Civil:
‘‘Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia,
os costumes e os princípios gerais de Direito”.
19
UNIDADE 1 | NOÇÕES GERAIS DE DIREITO
20
TÓPICO 4 | FONTES DO DIREITO
O juiz julgará com emprego da analogia, quando “um fato não foi regulado
de modo direto ou específico em lei de ser julgado pelo juiz e esse vai buscar a
solução em uma lei prevista para uma hipótese distinta, mas semelhante ao caso
não regulado” (RAPOSO; HEINE, 2004, p. 31).
Lei
Doutrina
Fontes do Costume
Analogia
Direito
Jurisprudência
Equidade
Princípios Gerais do Direito
FONTE: A autora
21
RESUMO DO TÓPICO 4
Neste tópico você estudou que:
22
AUTOATIVIDADE
a) ( ) Doutrina.
b) ( ) Lei.
c) ( ) Jurisprudência.
d) ( ) Costume.
a) ( ) Equidade.
b) ( ) Costume.
c) ( ) Lei.
d) ( ) Jurisprudência.
a) ( ) Lei.
b) ( ) Analogia.
c) ( ) Jurisprudência.
d) ( ) Doutrina.
a) ( ) Lei.
b) ( ) Doutrina.
c) ( ) Jurisprudência.
d) ( ) Costume.
5 Viver honestamente, não causar danos a outra pessoa e dar a cada um o que
é seu são exemplos de qual fonte de Direito:
23
c) ( ) Doutrina.
d) ( ) Costumes.
a) ( ) Doutrina.
b) ( ) Jurisprudência.
c) ( ) Equidade.
d) ( ) Analogia.
7 “Um fato não foi regulado de modo direto ou específico em lei de ser julgado
pelo juiz e esse vai buscar a solução em uma lei prevista para uma hipótese
distinta, mas semelhante ao caso não regulado” (RAPOSO; HEINE, 2004, p.
31). A que fonte do Direito se referem os autores?
a) ( ) Equidade.
b) ( ) Jurisprudência.
c) ( ) Doutrina.
d) ( ) Analogia.
24
UNIDADE 1
TÓPICO 5
NORMA JURÍDICA
1 INTRODUÇÃO
Já vimos anteriormente que o Direito é uma ciência que estuda as normas
jurídicas. Mas, o que são normas jurídicas?
25
UNIDADE 1 | NOÇÕES GERAIS DE DIREITO
26
TÓPICO 5 | NORMA JURÍDICA
BILATERAIS
- "Por enlaçar o direito
ABSTRATA - Por "não de uma parte com o dever
regular caso singular e por de outra". Ex. Quando se tem
estabelecer modelo aplicável a um cheque ou uma promissória, o
vários casos, enquadráveis no detentor do cheque tem o "direito"
tipo nela previsto" de receber e o emitente do
chque o "dever" de
pagar
AS NORMAS JURÍDICAS
são:
COERCITIVAS
- Pois uma vez
IMPERATIVAS - porque desrespeitada, a sanção é
contém "um comando, uma imposta pelo Estado, ou seja,
prescrição, impondo uma condita a a norma jurídica traz consigo
ser observada". uma sanção, que poderá cair sobre
a pessoa ou seu patrimônio. Por
exemplo, quando uma pessoa bate
no carro de outra e não paga,
ficará seu patrimônio sujeito a
ser vendido para recuperar
os danos que causou.
27
RESUMO DO TÓPICO 5
Neste tópico você estudou que:
28
AUTOATIVIDADE
1 O que é norma jurídica?
29
30
UNIDADE 1
TÓPICO 6
RELAÇÃO JURÍDICA
1 INTRODUÇÃO
Neste último tópico da nossa unidade, vamos estudar a relação jurídica.
31
UNIDADE 1 | NOÇÕES GERAIS DE DIREITO
A relação jurídica pode ser ainda pessoal, quando envolve relação das
pessoas entre si (ex.: contratos), ou real, quando envolvem as relações das pessoas
com as coisas, como, por exemplo, no direito de propriedade ou posse sobre um
imóvel.
Resumindo:
32
TÓPICO 6 | RELAÇÃO JURÍDICA
Por isso, podemos dizer que “Não há direito que não tenha sujeito, pois ele
tem por objetivo proteger os interesses humanos” (RAPOSO; HEINE, 2004, p. 33).
33
UNIDADE 1 | NOÇÕES GERAIS DE DIREITO
torna-se Sujeito Passivo nesta relação, pois terá que cumprir o que determina a
norma (entregar o bem).
FONTE: A autora
ATENCAO
Não somente as pessoas físicas são sujeitos de direito. Também poderão ser
sujeitos de direito, por exemplo, as empresas, os condomínios etc.
Prezados acadêmicos. Para aprofundar seus conteúdos, bem como para que
você tenha noção do que estudaremos na unidade seguinte, sugerimos a leitura de
parte do texto “Noções de Direito Civil”.
LEITURA COMPLEMENTAR
34
TÓPICO 6 | RELAÇÃO JURÍDICA
autorização para exigir, por meio dos órgãos competentes do Poder Público ou por
meio dos processos legais, em caso de prejuízo causado por violação de norma, o
cumprimento da norma infringida ou a reparação do mal sofrido; é a faculdade
que cada um tem de agir dentro das regras da lei e de invocar a sua proteção e
aplicação na defesa de seus legítimos interesses.
2) quanto ao autorizamento, podem ser: a) mais que perfeitas, que são as que por
sua violação autorizam a aplicação de duas sanções: a nulidade do ato praticado
ou o restabelecimento da situação anterior e ainda a aplicação de uma pena ao
violador; b) perfeitas, que são aquelas cuja violação as leva a autorizar a declaração
da nulidade do ato ou a possibilidade de anulação do ato praticado contra sua
disposição e não a aplicação de pena ao violador; c) menos que perfeitas, que são
35
UNIDADE 1 | NOÇÕES GERAIS DE DIREITO
[...]
FONTE: Disponível em: <http://www.centraljuridica.com>. Acesso em: 10 jun. 2008.
36
RESUMO DO TÓPICO 6
l Estevínculo nasce de uma norma jurídica que impõe direitos e deveres a cada
um dos participantes.
l Quando as pessoas se relacionam entre si, temos uma relação jurídica pessoal
(ex.: casamento). Quando a relação envolve coisas, temos uma relação jurídica
real (ex.: direito de propriedade).
37
AUTOATIVIDADE
38
UNIDADE 2
DIREITO PÚBLICO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
O conteúdo desta unidade está dividido em seis tópicos. Após estudá-los,
você deverá fazer os exercícios propostos ao final.
39
40
UNIDADE 2
TÓPICO 1
DIREITO CONSTITUCIONAL
1 INTRODUÇÃO
Este tópico 1 foi reservado para o estudo do Direito Constitucional que
estuda as normas constitucionais. Iniciaremos pelo seu conceito, para então
estudarmos especificamente a Constituição da República de 1988, principal objeto
do estudo do Direito Constitucional.
41
UNIDADE 2 | DIREITO PÚBLICO
LEI FUNDAMENTAL
CONSTITUIÇÃO E SUPREMA DE UM
ESTADO
E
IMPORTANT
Por isso é que nenhuma lei poderá ser contrária à Constituição, sob pena de ser
considerada inconstitucional e retirada do ordenamento jurídico. Em razão da supremacia da
Constituição, é comum a utilização da expressão “Carta Magna” para nos referirmos à Constituição.
42
TÓPICO 1 | DIREITO CONSTITUCIONAL
NOTA
l escrita:
porque é um “conjunto de regras codificado e sistematizado em um
único documento [...]”(MORAES, 2003, p. 38);
43
UNIDADE 2 | DIREITO PÚBLICO
garantias, dentre eles: a inviolabilidade da casa das pessoas (inciso XI), a liberdade
da manifestação do pensamento, a liberdade de consciência e de crença (inciso VI),
o direito de propriedade (art. XXII), entre muitos outros.
FUNDAMENTAIS
FONTE: A autora
UNI
44
TÓPICO 1 | DIREITO CONSTITUCIONAL
E
IMPORTANT
45
UNIDADE 2 | DIREITO PÚBLICO
l Habeas Corpus: (art. 5º. LXVIII): a vítima de ilegalidade ou abuso de poder poderá
impetrar habeas corpus. “Portanto, o habeas corpus é uma garantia individual
ao direito de locomoção, consubstanciada em uma ordem dada pelo Juiz ou
Tribunal ao coator, fazendo cessar a ameaça ou coação à liberdade de locomoção
em sentido amplo – o direito do indivíduo de ir, vir e ficar” (MORAES, 2003, p.
138). Interessante é o fato de que não é necessário ser advogado para impetrar
habeas corpus, podendo até ser impetrado pelo próprio paciente (vítima). O habeas
corpus pode ser preventivo ou repressivo.
l Habeas Data (art. 5º. LXXII): objetiva “fazer com que todos tenham acesso às
informações que o Poder Público ou entidades de caráter público (ex.: serviços
de proteção ao crédito) possuam a seu respeito” (MORAES, 2003, p. 153). O
habeas data cabe quando houver negativa de fornecimento destas informações,
que também poderão ser retificadas. É a lei n. 9.507/97 que estabelece as regras
referentes ao habeas data.
NOTA
46
TÓPICO 1 | DIREITO CONSTITUCIONAL
NOTA
47
UNIDADE 2 | DIREITO PÚBLICO
ser impetrado Mandado de Injunção para este fim, a fim de possibilitar o exercício
desta garantia.
l Ação Popular: Esta ação constitucional é prevista no art. 5º., LXXIII. Pode ser
definida como:
MANDADO DE
SEGURANÇA (direito
líquido e certo contra ato
coator de autoridade
ilegal ou abusivo)
HABEAS DATA
(conhecer e retificar
dados que contam de HABEAS CORPUS
registros públicos) (liberdade - direito de ir
e vir)
AÇÕES
CONSTITUCIONAIS
MANDADO
DE INJUNÇÃO
(garantia AÇÃO POPULAR
constitucional – (Patrimônio público -
omissão da norma) existência de ato lesivo)
FONTE: A autora
48
TÓPICO 1 | DIREITO CONSTITUCIONAL
NOTA
Quer conhecer mais sobre as ações constitucionais? Sugiro que leia a obra
Mandado de Segurança, ação popular, ação civil pública, mandado de injunção, habeas data.
São Paulo: Revista dos Tribunais.
49
UNIDADE 2 | DIREITO PÚBLICO
NOTA
E
IMPORTANT
“O sigilo bancário individual coloca-o na condição de “cláusula pétrea” (CF, art. 60,
§4º,IV), impedindo, dessa forma, a aprovação de emenda constitucional tendente a aboli-lo ou
mesmo modificá-lo estruturalmente” (MORAES, 2003, p. 97).
50
TÓPICO 1 | DIREITO CONSTITUCIONAL
Isto não quer dizer, por si só, que ele encerre em seu bojo um direito
adquirido. Do que está o seu beneficiário imunizado é de oscilações de
forma aportadas pela lei nova.
De uma forma resumida, podemos dizer, então, que por este princípio a lei
não poderá retroagir para modificar uma situação já concretizada.
Este princípio garante, assim, tanto nos processos judiciais quanto nos
administrativos, que serão respeitadas todas as fases do processo e garantida a
defesa em toda a sua amplitude (meios e provas). Como consequência da ampla
defesa, é assegurado ainda o contraditório, que garante que aquele que for acusado
terá o direito de se defender.
51
UNIDADE 2 | DIREITO PÚBLICO
UNI
É importante que você leia no inteiro teor o art. 7º Da Constituição Federal. Caso
não tenha um exemplar, baixe-o no site <www.planalto.gov.br>.
TUROS
ESTUDOS FU
52
TÓPICO 1 | DIREITO CONSTITUCIONAL
53
UNIDADE 2 | DIREITO PÚBLICO
E
IMPORTANT
II – naturalizados:
a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas
aos originários de países de língua portuguesa apenas residência por
um ano ininterrupto e idoneidade moral;
b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República
Federativa do Brasil há mais de quinze anos ininterruptos e sem
condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira.
§ 1º Aos portugueses com residência permanente no País, se houver
54
TÓPICO 1 | DIREITO CONSTITUCIONAL
[...]
I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude
de atividade nociva ao interesse nacional;
II - adquirir outra nacionalidade, salvo no casos:
a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira;
b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro
residente em estado estrangeiro, como condição para permanência em
seu território ou para o exercício de direitos civis.
55
UNIDADE 2 | DIREITO PÚBLICO
UNI
56
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico você estudou que:
l Hávárias ações constitucionais que tutelam a liberdade, tais como habeas corpus,
habeas data, entre outros.
57
AUTOATIVIDADE
a) ( ) Formal.
b) ( ) Rígida.
c) ( ) Sintética.
d) ( ) Dogmática.
a) ( ) Mandado de Injunção.
b) ( ) Ação Popular.
c) ( ) Ação Civil Pública.
d) ( ) Habeas Data.
a) ( ) A liberdade de ir e vir.
b) ( ) Direito líquido e certo.
c) ( ) Patrimônio público.
d) ( ) Liberdade de pensamento.
58
6 Segundo a Constituição Federal, não existirá no Brasil censura prévia.
Podemos dizer que esta afirmação decorre do princípio:
a) ( ) Da presunção de inocência.
b) ( ) Da liberdade de pensamento.
c) ( ) Da inviolabilidade do domicílio.
d) ( ) Nenhuma das alternativas anteriores.
a) ( ) Presunção de inocência.
b) ( ) Inviolabilidade do domicílio.
c) ( ) Devido processo legal.
d) ( ) Direito líquido e certo.
a) ( ) Ficarão suspensos.
b) ( ) Serão extintos.
c) ( ) Não serão nem extintos nem suspensos.
d) ( ) Serão transferidos para outro membro do partido.
59
( ) O mandado de segurança só pode ser impetrado por cidadãos.
( ) O mandado de segurança pode ser impetrado preventivamente.
( ) O habeas data serve para se ter acesso a informações constantes nos registros
públicos.
( ) O mandado de injunção e mandado de segurança têm o mesmo objetivo.
( ) A ação popular pode ser proposta por uma pessoa jurídica.
( ) O habeas corpus é impetrado para garantir o direito de ir e vir.
( ) Os princípios constitucionais são sempre absolutos.
( ) O direito à vida abrange não somente o direito de existir, mas também de
ter uma vida digna.
( ) O direito à liberdade de pensamento não é absoluto.
( ) Direito Moral e Material são expressões sinônimas.
60
UNIDADE 2 TÓPICO 2
DIREITO ADMINISTRATIVO
E DIREITO PROCESSUAL
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico, vamos estudar o Direito Administrativo que traz as regras
que disciplinam a atividade da Administração Pública. Iniciaremos pelo estudo
do conceito deste importante ramo do Direito, para então estudarmos os atos
administrativos. Por fim, estudaremos os princípios que regem a Administração
Pública e conheceremos os princípios e características dos contratos administrativos.
2 DIREITO ADMINISTRATIVO
61
UNIDADE 2 | DIREITO PÚBLICO
62
TÓPICO 2 | DIREITO ADMINISTRATIVO E DIREITO PROCESSUAL
Para fixar bem este conhecimento, visualize a figura a seguir (DICA: caso
necessite “decorar” estes princípios, veja que, na ordem em que aparecem na
figura, formam a palavra “LIMPE”):
FONTE: A autora
63
UNIDADE 2 | DIREITO PÚBLICO
64
TÓPICO 2 | DIREITO ADMINISTRATIVO E DIREITO PROCESSUAL
UNI
65
UNIDADE 2 | DIREITO PÚBLICO
Proíbe, pois, este princípio, como regra geral, uma atuação da administração
pública que não permita o conhecimento pela coletividade de seus atos. Ao
contrário, exige, assim, que seja possível o acompanhamento e a fiscalização dos
atos dos entes públicos pela sociedade.
Para a validade deste negócio jurídico, são necessários: agente capaz, forma
prescrita ou não defesa em lei e objeto lícito, conforme exige o art. 104 do Código Civil.
TUROS
ESTUDOS FU
66
TÓPICO 2 | DIREITO ADMINISTRATIVO E DIREITO PROCESSUAL
TUROS
ESTUDOS FU
67
UNIDADE 2 | DIREITO PÚBLICO
3 DIREITO PROCESSUAL
O Direito Processual é o ramo do Direito Público que regulamenta a forma
que as ações judiciais se desenvolverão no Judiciário. Traz as regras que chamamos
de “direito formal”, enquanto o Direito Civil, por exemplo, traz as regras de “direito
material”. Para entendermos este sistema, podemos visualizar o direito material
como sendo “o jogo”, enquanto o direito processual traz “as regras do jogo”.
68
RESUMO DO TÓPICO 2
Prezado(a) acadêmico(a), este tópico permitiu a você:
69
AUTOATIVIDADE
70
UNIDADE 2
TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
Partiremos agora para o estudo do Direito Penal e do Direito Tributário.
Inicialmente, vamos estudar o Direito Penal, analisando o fato típico, seu principal
objeto e as ações ou omissões culposas e dolosas que os configuram. Estudaremos
também a questão da culpa, para definirmos o que vem a ser um crime doloso ou
culposo. Ainda neste tópico, conheceremos as causas que excluem a antijuridicidade
do crime, tais como a legítima defesa e os crimes que têm por objeto a defesa do
patrimônio.
Também neste tópico, teremos uma breve noção do Direito Tributário, uma
vez que o seu estudo será objeto de disciplina própria de seu curso.
2 DIREITO PENAL
71
UNIDADE 2 | DIREITO PÚBLICO
etc.). Ainda é parte do Direito Penal a legislação extravagante, tais como a Lei de
Entorpecentes, a Lei Maria da Penha, a Lei de Execução Penal, entre outras.
Porém, para que esta ação ou omissão seja relevante para o Direito Penal,
é necessário que esta ação ou omissão esteja tipificada. Ou seja, é necessário que a
lei preveja que esta ação ou omissão seja enquadrada como crime ou contravenção,
chamados “tipos penais”. Caso contrário, esta ação será irrelevante para o Direito
Penal. O homicídio, o furto, o estupro e todos os crimes previstos na Parte Especial
do Código Penal são exemplos de tipos legais. Damásio de Jesus (2006, p. 33) fornece
um exemplo, ao citar o furto de uso, em que a pessoa pega um bem de outrem para
usar e após devolver, sem a intenção de subtraí-lo para si, como ocorre no furto
previsto no art. 155. Podemos dizer assim que se trata de um ato atípico, ou seja,
que não se enquadra no tipo legal, sendo assim irrelevante para o Direito.
Além de típico, o fato precisa ser antijurídico, ou seja, contrário à lei. O fato
antijurídico pode ser considerado como o “fato que, além de típico, não tem a seu
favor nenhuma justificativa como a legítima defesa ou o estado de necessidade”
(FÜHRER; MILARÉ, 2005, p. 141). Assim, um homicídio praticado em legítima
defesa será típico, mas não será antijurídico, porque haverá uma excludente de
antijuridicidade que é a legítima defesa, que estudaremos mais adiante.
72
TÓPICO 3 | DIREITO PENAL – DIREITO TRIBUTÁRIO
Por isso, podemos dizer que há crime culposo quando o agente deu causa
ao resultado por negligência, imprudência ou imperícia.
FONTE: A autora
73
UNIDADE 2 | DIREITO PÚBLICO
2.6 CULPABILIDADE
Havendo a conduta típica e antijurídica, para que tenha lugar a aplicação
da pena, há necessidade de haver a culpabilidade. Assim, diante de um fato típico
e antijurídico, verificar-se-á a conduta do agente, sendo a culpabilidade, segundo
74
TÓPICO 3 | DIREITO PENAL – DIREITO TRIBUTÁRIO
Prado (2005, p. 115), “um juízo de censura ou reprovação pessoal, ou seja, que recai
sobre a pessoa do agente, já que podia ter agido conforme a norma e não o fez [...]”.
A seguir, estudaremos os elementos da culpabilidade.
E
IMPORTANT
Como regra geral, apenas as pessoas físicas (seres humanos) podem ser sujeitos
ativos dos crimes. Como exceção a esta regra, temos a legislação ambiental, que prevê a
responsabilização penal da pessoa jurídica (Lei n. 9.605/98).
Por fim, as penas de multa que variam de 10 a 360 dias-multa (1 dia multa
= 1/30 do salário-mínimo (mínimo) a 5 salários-mínimos (máximo), conforme a
situação econômica do réu.
Na maioria dos crimes, as ações penais são públicas, ou seja, quem inicia
a ação penal é o Ministério Público, representado pelo Promotor de Justiça, que
oferece a denúncia, independentemente da vontade do ofendido. A este tipo de
ação damos o nome de ação penal pública incondicionada. Há casos, porém, em
que a ação penal é pública, mas depende de iniciativa do ofendido para que possa
ser iniciada. A esta iniciativa, dá-se o nome de “representação”.
76
TÓPICO 3 | DIREITO PENAL – DIREITO TRIBUTÁRIO
77
UNIDADE 2 | DIREITO PÚBLICO
78
TÓPICO 3 | DIREITO PENAL – DIREITO TRIBUTÁRIO
Induzimento à especulação
Art. 174 - Abusar, em proveito próprio ou alheio, da
inexperiência ou da simplicidade ou inferioridade mental
de outrem, induzindo-o à prática de jogo ou aposta, ou
à especulação com títulos ou mercadorias, sabendo ou
devendo saber que a operação é ruinosa:
Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa.
Fraude no comércio
Art. 175 - Enganar, no exercício de atividade comercial, o
adquirente ou consumidor:
I - vendendo, como verdadeira ou perfeita, mercadoria
falsificada ou deteriorada;
II - entregando uma mercadoria por outra:
Pena – detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, ou multa.
§ 1º - Alterar em obra que lhe é encomendada a qualidade
ou o peso de metal ou substituir, no mesmo caso, pedra
verdadeira por falsa ou por outra de menor valor; vender
pedra falsa por verdadeira; vender, como precioso, metal de
outra qualidade:
Pena - reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, e multa.
§ 2º - É aplicável o disposto no art. 155, § 2º.
Outras fraudes
Art. 176 - Tomar refeição em restaurante, alojar-se em hotel
ou utilizar-se de meio de transporte sem dispor de recursos
para efetuar o pagamento:
Pena - detenção, de 15 (quinze) dias a 2 (dois) meses, ou
multa.
Parágrafo único - Somente se procede mediante
representação, e o juiz pode, conforme as circunstâncias,
deixar de aplicar a pena.
Fraudes e abusos na fundação ou administração de
sociedade por ações
Art. 177 - Promover a fundação de sociedade por ações,
fazendo, em prospecto ou em comunicação ao público
ou à assembleia, afirmação falsa sobre a constituição da
sociedade, ou ocultando fraudulentamente fato a ela relativo:
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa, se o fato
não constitui crime contra a economia popular.
Emissão irregular de conhecimento de depósito ou
"warrant"
Art. 178 - Emitir conhecimento de depósito ou warrant, em
desacordo com disposição legal:
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
Fraude à execução
Art. 179 - Fraudar execução, alienando, desviando,
destruindo ou danificando bens, ou simulando dívidas:
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, ou multa.
Receptação Para que se configure a receptação, não é necessário que o
Art. 180- Adquirir, receber, transportar, conduzir ou ocultar, crime seja contra o patrimônio. Damásio de Jesus (2006, p.
em proveito próprio ou alheio, coisa que sabe ser produto 691) dá o exemplo de um funcionário público que pratica o
de crime, ou influir para que terceiro, de boa-fé, a adquira, crime de peculato.
receba ou oculte:
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
FONTE: A autora
3 DIREITO TRIBUTÁRIO
O Direito Tributário estuda todas as normas que dizem respeito à
arrecadação de tributos. Existem várias formas de tributo, especialmente: impostos,
contribuições de melhoria e taxas.
79
UNIDADE 2 | DIREITO PÚBLICO
O Direito Tributário estudará, pois, tudo que se refere aos tributos, desde
sua origem, fato gerador, o responsável pelo seu pagamento, qual a alíquota
correspondente, a base de incidência e como se faz o recolhimento. Este ramo do
Direito também especifica quem ficará isento do pagamento, o que é elisão fiscal etc.
TUROS
ESTUDOS FU
80
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você estudou o Direito Penal e aprendeu que:
l Para que seja aplicada a sanção prevista em lei, será necessário que também
esteja presente a culpabilidade.
l O Direito Tributário é o ramo do Direito Público que tem por objeto o estudo das
obrigações entre o contribuinte e o Fisco.
81
AUTOATIVIDADE
Grupo 1
(1) Requisitos para a configuração do crime.
(2) Fato antijurídico.
(3) Dolo.
(4) Modalidades de culpa.
(5) Imprudência.
(6) Imperícia.
(7) Modo de agir no crime de roubo.
(8) Excludentes de ilicitude.
(9) Modo de agir no crime de furto.
(10) Imputabilidade penal.
(11) Prestação de serviços à comunidade.
(12) Representação.
Grupo 2
82
UNIDADE 2
TÓPICO 4
1 INTRODUÇÃO
Neste penúltimo tópico de nossa unidade, vamos conhecer o Direito
Eleitoral e o Direito Militar.
2 DIREITO ELEITORAL
O Direito Eleitoral disciplina o processo eleitoral.
3 DIREITO MILITAR
Para Martins, (2008 p. 42) , “o direito militar pode ser definido como o
conjunto harmônico de princípios e normas jurídicas que regulam matéria de
natureza militar, podendo ser de caráter constitucional, penal ou administrativo.”
É, pois, o direito que regulamenta a atividade dos militares.
83
RESUMO DO TÓPICO 4
Neste tópico você estudou que:
84
AUTOATIVIDADE
85
86
UNIDADE 2
TÓPICO 5
Em que pese esta unidade 2 tratar dos ramos do Direito Público (apenas
para fins de divisão do nosso conteúdo) o Direito do Trabalho e o Direito do
Consumidor têm sido enquadrados pela doutrina como ramos especiais, que não
pertencem nem ao Direito Público, nem ao Direito Privado.
Neste tópico, traremos uma breve noção sobre o Direito do Trabalho, tendo
em vista que este será objeto de uma disciplina mais adiante. Em seguida, traremos
os principais institutos do Direito do Consumidor e do Direito Ambiental.
2 DIREITO DO TRABALHO
Regulamenta as relações trabalhistas, ou seja, “entre empregado e
empregador (patrão)” (NUNES, 2003, p. 131).
87
UNIDADE 2 | DIREITO PÚBLICO
TUROS
ESTUDOS FU
3 DIREITO DO CONSUMIDOR
88
TÓPICO 5 | RAMOS ESPECIAIS DO DIREITO: DIREITO DO TRABALHO E DIREITO DO CONSUMIDOR
89
UNIDADE 2 | DIREITO PÚBLICO
NOTA
90
TÓPICO 5 | RAMOS ESPECIAIS DO DIREITO: DIREITO DO TRABALHO E DIREITO DO CONSUMIDOR
91
UNIDADE 2 | DIREITO PÚBLICO
92
TÓPICO 5 | RAMOS ESPECIAIS DO DIREITO: DIREITO DO TRABALHO E DIREITO DO CONSUMIDOR
93
UNIDADE 2 | DIREITO PÚBLICO
l excesso de poder;
l infração da lei;
l falência;
l estado de insolvência;
94
TÓPICO 5 | RAMOS ESPECIAIS DO DIREITO: DIREITO DO TRABALHO E DIREITO DO CONSUMIDOR
DICAS
95
UNIDADE 2 | DIREITO PÚBLICO
DICAS
4 DIREITO AMBIENTAL
O Direito Ambiental “é composto das normas jurídicas que cuidam do
meio ambiente em geral, tais como a proteção de matas, florestas e animais a serem
preservados, o controle de poluição e do lixo urbano” (NUNES, 2003, p. 132).
96
RESUMO DO TÓPICO 5
Neste tópico você aprendeu que:
97
AUTOATIVIDADE
98
UNIDADE 2
TÓPICO 6
1 INTRODUÇÃO
Como último tópico desta unidade, trazemos noções gerais de direito
internacional público.
TUROS
ESTUDOS FU
99
UNIDADE 2 | DIREITO PÚBLICO
LEITURA COMPLEMENTAR
100
TÓPICO 6 | DIREITO PÚBLICO EXTERNO: DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO
101
UNIDADE 2 | DIREITO PÚBLICO
iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames
da justiça social, observados os seguintes princípios: I - soberania nacional; II -
propriedade privada; III - função social da propriedade; IV - livre concorrência;
V - defesa do consumidor; VI - defesa do meio ambiente, inclusive mediante
tratamento diferenciado conforme o impacto ambiental dos produtos e serviços
e de seus processos de elaboração e prestação; VII - redução das desigualdades
regionais e sociais; VIII - busca do pleno emprego; IX – tratamento favorecido para
as empresas de pequeno porte constituídas sob as leis brasileiras e que tenham
sua sede e administração no País. Parágrafo único. É assegurado a todos o livre
exercício de qualquer atividade econômica, independentemente de autorização de
órgãos públicos, salvo nos casos previstos em lei, para o atendimento da função
social da propriedade e desapropriação ante o não atendimento daquela.
empresas, talvez contribuiria para fomentar ainda mais esta atuação e para firmar
o entendimento de que a responsabilidade social decorre da lei.
V – Conclusões
Diante das breves considerações acima lançadas, têm-se as seguintes
conclusões:
FONTE: BESSA, Fabiane Lopes Bueno Netto. Responsabilidade Social das Empresas – Práticas
Sociais e Regulação Jurídica. Rio de Janeiro: Editora Lumen Júris, 2006, p. 140-141.
VOLTOLINI, Ricardo. Porter e a responsabilidade social empresarial. Gazeta Mercantil,
sexta-feira, 23 de Fevereiro de 2007. Disponível em: <www.gazeta.com.br/integraNoticia.aspx?>.
Acesso em: 23 fev. 2007.
GIOSA, Lívio. Responsabilidade Social forma um novo retrato das organizações brasileiras. Revista
Brasil Responsável, São Paulo. Disponível em: <www.liviogiosa.com.br>. Acesso em: 7 mar. 2007.
104
RESUMO DO TÓPICO 6
Neste tópico, resumidamente, você estudou:
105
AUTOATIVIDADE
106
UNIDADE 3
DIREITO PRIVADO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em dois tópicos e em cada um deles você encon-
trará atividades que o(a) ajudarão a aplicar os conhecimentos apresentados.
107
108
UNIDADE 3
TÓPICO 1
DIREITO CIVIL -
NOÇÕES E ESTRUTURA
1 INTRODUÇÃO
Como vimos na unidade1, o Direito Privado regulamenta as relações dos
particulares, sejam pessoas físicas ou jurídicas, sem que o Estado seja parte desta
relação.
Antes, porém, vamos estudar o conceito deste ramo do Direito, que é tido
como o principal ramo do Direito Privado, especialmente com a inserção do Direito
Empresarial no Código Civil, que entrou em vigor em 2003.
Podemos então dizer que o Código Civil é dividido em duas grandes partes:
109
UNIDADE 3 | DIREITO PRIVADO
TUROS
ESTUDOS FU
FONTE: A autora
110
TÓPICO 1 | DIREITO CIVIL - NOÇÕES E ESTRUTURA
DICAS
111
RESUMO DO TÓPICO 1
l ODireito Civil trata das relações entre particulares, sem que o Estado participe
desta relação.
l ODireito Civil é composto de uma parte geral e uma especial. A Parte Geral é
precedida da LICC (Lei de Introdução do Código Civil).
112
AUTOATIVIDADE
113
114
UNIDADE 3
TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
Agora que você já conhece a estrutura do Direito Civil, vamos estudar
separadamente cada uma das suas partes.
Como você já viu, a parte geral do Código Civil trata Das pessoas, Dos bens
e Dos Fatos Jurídicos.
Importante ressaltar que esta parte geral do Código Civil traz regras que
se aplicam a todos os ramos do Direito que compõem a parte Especial do Código e
que também será aplicável nas organizações empresariais.
115
UNIDADE 3 | DIREITO PRIVADO
Toda pessoa natural tem personalidade jurídica, desde que nasça com vida,
porém o Código Civil protege o nascituro (bebê em gestação) desde a concepção. Da
personalidade decorrem vários direitos, tais como ao nome, ao corpo, à honra etc.
Ou seja, uma pessoa física pode ter personalidade jurídica para praticar
um determinado ato da vida civil, porém ser incapaz para praticá-lo por si só, ou
“pessoalmente”, conforme diz o Código Civil. A capacidade é a regra, como nos
ensina Coelho (2006, p. 160):
116
TÓPICO 2 | PARTE GERAL DO CÓDIGO CIVIL
117
UNIDADE 3 | DIREITO PRIVADO
Este documento deverá ser redigido de acordo com o que dispõe a lei. Para
que a pessoa jurídica exista juridicamente, passando assim a ser sujeito de direito,
é necessário o registro deste documento no órgão competente (Junta Comercial
ou Cartório de Registro de Pessoas Jurídicas ou Títulos e Documentos, conforme
denominação em cada Estado), que também dependerá do tipo de sociedade.
118
TÓPICO 2 | PARTE GERAL DO CÓDIGO CIVIL
E
IMPORTANT
O Contrato Social das Sociedades Limitadas deverá ser vistado por um advogado
em todas as suas páginas.
Apenas a pessoa jurídica responde por suas obrigações como regra geral,
tendo existência e patrimônio próprios. Pode, contudo, ocorrer a desconsideração
da pessoa jurídica, nos casos previstos em lei, tanto no Código Civil como no
Código do Consumidor, em caso de abuso por parte dos seus componentes,
a exemplo do que ocorre quando usam a pessoa jurídica para cometer fraudes.
Quando houver a desconsideração da pessoa jurídica, os bens particulares de seus
integrantes poderão responder por dívidas da empresa.
l pessoa jurídica de direito privado, que são as que interessam ao nosso estudo,
uma vez que são regidas pelos princípios de direito privado. São elas: as
sociedades, as associações e as fundações.
As sociedades, por sua vez, de acordo com o Código Civil, podem ser
classificadas em empresárias ou simples.
119
UNIDADE 3 | DIREITO PRIVADO
FONTE: A autora
120
TÓPICO 2 | PARTE GERAL DO CÓDIGO CIVIL
121
RESUMO DO TÓPICO 2
l O Livro I da Parte Geral do Código Civil trata das pessoas físicas e jurídicas.
122
AUTOATIVIDADE
Grupo 1
Grupo 2
123
124
UNIDADE 3
TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
Os bens são estudados no Livro II da Parte Geral do Código Civil. Este
tópico será dedicado ao seu estudo, especialmente conceitos e classificação.
2 CONCEITO DE “BEM”
Para entendermos o conceito de bem, precisamos primeiro entender que,
para o Direito, “bem” e “coisa” não se confundem. São bens apenas as coisas que
têm valor econômico e que podem ser apropriados pelo homem.
Podemos, pois, chamar de “bem” “tudo aquilo que satisfaz uma obrigação”
(GONÇALVES, 2006, p. 238-239), podendo também ser considerados bens as
“coisas materiais, concretas, úteis aos homens e de expressão econômica, suscetíveis
de apreciação, bem como as de existência imaterial economicamente apreciáveis”.
125
UNIDADE 3 | DIREITO PRIVADO
126
TÓPICO 3 | PARTE GERAL - LIVRO II: DOS BENS
127
UNIDADE 3 | DIREITO PRIVADO
As pertenças, segundo o art. 93, ao contrário dos frutos e produtos, não são
partes integrantes do bem, como os produtos e os frutos, mas se destinam, de modo
duradouro, ao uso, serviço ou amorfoseamento de outro. Como exemplo, podem-
se citar os “objetos de decoração de uma residência” (GONÇALVES, 2006, p. 265).
Por fim, as benfeitorias “são os melhoramentos que podem ser inseridos na coisa”
(GONÇALVES, 2006, p. 267). O tipo de melhoramento que for inserido na coisa
determinará o tipo de benfeitoria, qual seja, necessárias, úteis ou voluptuárias.
128
TÓPICO 3 | PARTE GERAL - LIVRO II: DOS BENS
129
RESUMO DO TÓPICO 3
130
AUTOATIVIDADE
131
132
UNIDADE 3
TÓPICO 4
1 INTRODUÇÃO
No Livro III do Código Civil, vamos encontrar a legislação referente aos
fatos jurídicos. O entendimento deste conceito é também fundamental no estudo
das relações entre o Direito e as atividades empresariais.
Desta forma,
133
UNIDADE 3 | DIREITO PRIVADO
FONTE: A autora
Os atos jurídicos são divididos em lícitos, quando seus efeitos são voluntários,
e ilícitos, quando os efeitos são involuntários, conforme explica Gonçalves (2006,
p. 278).
134
TÓPICO 4 | PARTE GERAL - LIVRO III: DOS FATOS JURÍDICOS
4 NEGÓCIO JURÍDICO
Dentre a classificação dos atos jurídicos, temos o NEGÓCIO JURÍDICO,
como você pode ver do esquema anterior, tendo como característica principal a
junção da vontade dos agentes (particulares) que produzirá os efeitos pretendidos,
ou seja, criar, modificar, transferir ou extinguir direitos. Por isso se diz que o
contrato é seu símbolo (AMARAL apud GONÇALVES, 2006, p. 281).
E
IMPORTANT
Você entendeu por que este conceito é tão importante? Porque as transações
empresariais geralmente envolvem contratos, que são as principais espécies de negócio jurídico.
Para que o agente seja CAPAZ, é preciso que tenha CAPACIDADE CIVIL,
que é a aptidão para praticar por si os atos da vida civil. Esta incapacidade pode ser
absoluta ou relativa, como vimos acima. Em caso de incapacidade absoluta do agente
(por exemplo, menores de 16 anos) ele será representado e em caso de incapacidade
relativa (por exemplo, maior de 16 e menor de 18 anos) o agente será assistido.
135
UNIDADE 3 | DIREITO PRIVADO
São defeitos do ato jurídico os previstos nos artigos 138 ao 165 do Código
Civil: o erro substancial, o dolo, a coação, o estado de perigo, a lesão e a fraude
contra credores. De uma forma simplificada, podemos dizer que:
136
TÓPICO 4 | PARTE GERAL - LIVRO III: DOS FATOS JURÍDICOS
137
RESUMO DO TÓPICO 4
138
AUTOATIVIDADE
Com base nos conhecimentos adquiridos neste tópico, responda ao
questionário a seguir:
5 Caso um bem público seja vendido em afronta à lei, o que ocorrerá com o
contrato? Por quê?
139
140
UNIDADE 3
TÓPICO 5
CÓDIGO CIVIL -
PARTE ESPECIAL
1 INTRODUÇÃO
Agora sim podemos conhecer os ramos do Direito Civil que compõem
a parte especial do Código Civil: Direito das Obrigações, Direito da Empresa,
Direito das Coisas, Direito de Família e Direito das Sucessões. Cada um dos ramos
específicos desta parte especial disciplina uma espécie de relação jurídica, como
veremos nos próximos itens.
141
UNIDADE 3 | DIREITO PRIVADO
FONTE: A autora
142
TÓPICO 5 | CÓDIGO CIVIL - PARTE ESPECIAL
for possível. Exemplo: dois devedores se obrigam a entregar uma casa ao credor. A
obrigação será personalíssima, quando o cumprimento da obrigação só possa ser
executado pelo próprio devedor, de forma exclusiva e pessoal. Exemplo clássico
deste tipo de obrigação é o pintor famoso contratado para pintar um quadro.
l Quem deve pagar o próprio devedor, outra pessoa por ele, a não ser que a
obrigação seja personalíssima (que só pode ser cumprida pelo próprio devedor),
por exemplo, a obrigação de pintar um quadro.
l A Quem se deve pagar a obrigação, como regra geral, deve ser paga ao
próprio credor, ou pessoa por ele autorizada, para ter eficácia.
l Local do pagamento a obrigação como regra geral, deve ser paga no local
em que for convencionado. Na omissão, deverá ser cumprida no domicílio do
devedor. Se a prestação for a entrega do imóvel ou prestação relativa a este, o
local do pagamento será o da localização do bem.
143
UNIDADE 3 | DIREITO PRIVADO
Por fim, temos as arras ou sinal de negócio. As arras são uma quantia que
o comprador paga ao vendedor para garantir o negócio (arras compensatórias), ou
como compensação pelo arrependimento (arras penitenciais). Conforme o Código
Civil, quando o comprador desistir do negócio, perderá os valores das arras em
favor do vendedor. Quando for o vendedor o desistente, este deve devolver o que
recebeu em dobro.
144
TÓPICO 5 | CÓDIGO CIVIL - PARTE ESPECIAL
Porém, costuma-se dizer que o Código Civil limitou este princípio quando
exige que, quando as partes firmarem um contrato, será necessário haver a boa-
fé objetiva (art. 422 do Código Civil), que significa que a parte deverá pensar e
agir com probidade e honestidade. Também limitam a liberdade de contratar e a
função social do contrato (art. 421 do Código Civil).
TUROS
ESTUDOS FU
O direito real é o direito que uma pessoa exerce sobre uma coisa, tendo
o direito de buscar (através de uma ação judicial) esta coisa das mãos de quem
quer que se encontre. A este poder chama-se “direito de sequela”, que cria um
vínculo jurídico entre a pessoa e o bem e permite, por exemplo, que a pessoa
entre na justiça para pedir uma reintegração de posse de suas terras invadidas.
Além disso, tem efeito erga omnes, o que significa dizer que, estando devidamente
145
UNIDADE 3 | DIREITO PRIVADO
registrado no Registro de Imóveis, tem validade contra todos, sem que se possa
alegar desconhecimento da titularidade deste direito.
2.3.1 Propriedade
Segundo o art. 1.228 do Código Civil, a propriedade ou domínio é o direito
que seu titular possui de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito de reavê-la de quem
injustamente a possua ou detenha. É garantido pela Constituição Federal, em seu
art. 5º, XXII da Carta Magna, que, porém, diz que a propriedade deve atender
sua função social. Esta limitação também está expressa no parágrafo primeiro do
referido art. 1228 do Código Civil.
UNI
Você já ouviu dizer que quem não registra não é dono? Quer saber o que é este
título e este registro? É o que vamos ver em seguida.
146
TÓPICO 5 | CÓDIGO CIVIL - PARTE ESPECIAL
ATENCAO
Você viu que para ser proprietário de um bem imóvel não basta ter um contrato
ou uma escritura. É preciso que esta escritura esteja registrada no Registro de Imóveis. Assim,
se um imóvel for vendido duas vezes, será considerado proprietário aquele que primeiro
registrar a escritura.
147
UNIDADE 3 | DIREITO PRIVADO
l Abandono do imóvel.
l Perecimento da coisa.
2.3.2 Posse
Posse, segundo Raposo e Heine (2004, p. 81), é a ocupação de uma coisa. O
Código Civil considera, em seu art. 1196, como possuidor aquele que tem de fato
ou não algum dos poderes relativos à propriedade. O locatário pode ser citado
como exemplo de possuidor. Ele tem o poder de usar da coisa, e de buscá-la de
alguém que injustamente a possua.
148
TÓPICO 5 | CÓDIGO CIVIL - PARTE ESPECIAL
FONTE: A autora
l De boa-fé e de má-fé: O possuidor de boa-fé é aquele que “tem a posse com a plena
convicção de ser legítima, desconhecendo eventual vício na aquisição”, ao contrário
da de má-fé, onde o possuidor sabe que a posse é viciada. [...] Ele sabe que o bem
não lhe pertence e mesmo assim o detém (RAPOSO; HEINE, 2004, p. 83).
l Posse nova e posse velha: Diz-se posse nova aquela que é exercida pelo
possuidor há menos de um ano e um dia, enquanto a posse velha é exercida há
mais de um ano e um dia. Esta diferenciação é importante para a determinação
do tipo de ação judicial que deverá ser ajuizada para a defesa da posse.
149
UNIDADE 3 | DIREITO PRIVADO
Para ilustrar esta diferença, vamos pensar no seguinte exemplo: dois terrenos
vizinhos. O dono de um deles, entendendo que a cerca divisória está errada e que
sua área é maior, sem ter razão, derruba a cerca. Praticou um ato de turbação da
posse. Já se, neste mesmo caso, ele mudar a cerca de lugar, “invadindo” o terreno
do vizinho, ele praticará nítido ato de esbulho. Também a lei admite a possibilidade
de o possuidor evitar a ocorrência de ato de esbulho ou turbação, por exemplo,
evitando uma invasão, através de uma ação chamada interdito proibitório.
Estes direitos podem recair sobre coisas móveis, como, por exemplo, o
penhor ou sobre imóveis, a exemplo da hipoteca. Os direitos reais sobre as coisas
alheias serão apresentados a seguir.
150
TÓPICO 5 | CÓDIGO CIVIL - PARTE ESPECIAL
ficará para o proprietário, a não ser que haja um contrato estipulando uma
indenização.
UNI
Agora que você já conhece os direitos reais sobre coisas alheias de uso e gozo,
vamos partir para os direitos de aquisição.
151
UNIDADE 3 | DIREITO PRIVADO
ATENCAO
152
TÓPICO 5 | CÓDIGO CIVIL - PARTE ESPECIAL
E
IMPORTANT
lembre-se de que os direitos reais sobre coisas alheias devem ser registrados no
Registro de Imóveis do local onde se localiza o imóvel, para terem eficácia erga omnes (contra
todos). Este registro seguirá a ordem em que são apresentadas, fazendo-se a prenotação.
l não efetivar construções que possam poluir ou tirar poço ou nascente de outrem;
153
UNIDADE 3 | DIREITO PRIVADO
[...]
154
TÓPICO 5 | CÓDIGO CIVIL - PARTE ESPECIAL
Este regime foi aquele que, entre nós, e até o advento da Lei do Divórcio,
posicionou--se como o regime legal, casando-se sob sua regulamentação a
esmagadora maioria de brasileiros, até 1977.
Cria, o legislador civil nacional, outro regime de bens, que vem ocupar
o lugar deixado pelo regime dotal, sem que, no entanto, guarde relativamente
a este qualquer semelhança. Ocupa o lugar, não as características. Ao contrário,
o regime da participação final nos aquestos guarda semelhanças e adquire
características próprias a dois outros regimes, na medida em que se regulamenta,
155
UNIDADE 3 | DIREITO PRIVADO
TUROS
ESTUDOS FU
Caso queira se aprofundar mais neste assunto, sugiro a leitura do artigo “Alguns
Efeitos do Direito de Família na Atividade Empresarial”, da autoria de Pablo Stolze Gagliano,
Disponível em <http://www.mundojuridico.adv.br/cgi-bin/upload/texto590.rtf>.
156
TÓPICO 5 | CÓDIGO CIVIL - PARTE ESPECIAL
Por fim, o Direito das Sucessões, tem por objetivo dispor sobre como ocorrerá
a transmissão dos bens das pessoas falecidas” (FÜHRER; MILARÉ, 2005, p. 224).
157
RESUMO DO TÓPICO 5
l Existem vários direitos reais sobre as coisas alheias, tais como a hipoteca, a
anticrese etc.
l O Direito das Sucessões rege a transmissão dos bens das pessoas falecidas.
158
AUTOATIVIDADE
5. Obrigação personalíssima.
a) ( ) Usucapião.
b) ( ) Direito de sequela.
c) ( ) Propriedade.
d) ( ) Habitação.
159
2 Não se caracteriza como meio de perda da propriedade:
a) ( ) Usufruto.
b) ( ) Alienação.
c) ( ) Renúncia.
d) ( ) Abandono.
3 Por meio desta ação o possuidor defende sua posse que foi perdida:
a) ( ) Hipoteca.
b) ( ) Penhor.
c) ( ) Aluvião.
d) ( ) Usufruto.
6 Por este direito real sobre coisa alheia, o proprietário cede o imóvel a outra
pessoa, que poderá usar o mesmo e até receber os aluguéis:
a) ( ) Usufruto.
b) ( ) Hipoteca.
c) ( ) Servidão.
d) ( ) Penhor.
160
8 Diz-se que a posse é velha quando
a) ( ) Navio.
b) ( ) Aeronave.
c) ( ) Estradas de ferro.
d) ( ) Automóveis.
a) ( ) Separação de bens.
b) ( ) Comunhão Universal de Bens.
c) ( ) Participação final nos aquestos.
d) ( ) Comunhão parcial de bens.
a) ( ) Pacto antenupcial.
b) ( ) Separação de bens.
c) ( ) Participação final nos aquestos.
d) ( ) Comunhão Universal de Bens.
161
( ) Na zona rural a distância mínima entre as construções é de três metros.
( ) As árvores limítrofes são as que ficam na linha divisória entre dois
terrenos.
( ) Se o tronco estiver na linha divisória, a árvore limítrofe será considerada
como propriedade do vizinho que a tiver plantado.
( ) Se houver invasão de raízes e galhos no terreno poderão ser cortados até
a linha divisória pelo proprietário do terreno invadido.
( ) Os frutos caídos serão de propriedade do proprietário da árvore.
( ) O direito de construir é também limitado por regulamentos administrativos,
tais como o plano diretor de cada município.
162
UNIDADE 3
TÓPICO 6
1 INTRODUÇÃO
Prezado(a) acadêmico(a). Chegamos ao último tópico desta unidade e
também de nossa disciplina.
2 DIREITO COMERCIAL
O Código Civil de 2002 revogou a primeira parte do Código Comercial
(Lei n. 566/1850), passando então a regular vários institutos que eram do Direito
Comercial, segundo Requião (2006). Por isso, alguns autores entendem que não há
mais porque se distinguir o Direito Comercial, que passou a se denominar Direito
Empresarial.
TUROS
ESTUDOS FU
Caso queira saber mais sobre este assunto, sugiro a leitura da seguinte obra:
REQUIÃO, Rubens. Direito Comercial. vol. 1. Ed. Saraiva, 2006.
163
UNIDADE 3 | DIREITO PRIVADO
LEITURA COMPLEMENTAR
Como se sabe, e tal fato constitui uma realidade social, dificilmente a parte
consegue manifestar de forma plena e inequívoca a sua vontade no momento
negocial. Esse elemento tão raro e inerente à própria dignidade da pessoa humana
164
TÓPICO 6 | OUTROS RAMOS DO DIREITO PRIVADO: DIREITO COMERCIAL E DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO
perdeu o papel orientador que tinha no passado, eis que vivemos sob a égide do
“Impérios dos Contratos-Modelo”.
Sem prejuízo de outras leis especiais, percebe-se que quase todo o Código
Civil está dedicado aos negócios jurídicos e aos contratos, lembrando também
que mesmo os livros de Direito de Família e Direito das Sucessões também são
relacionados com o instituto. Lembramos que muitos consideram o casamento
como sendo um contrato “sui generis”, e o testamento, verdadeiro negócio jurídico
unilateral.
Instituto também presente no Direito Romano (9), não resta dúvidas que
poucos conceitos evoluíram tanto quanto o contrato. Tal evolução foi objeto de um
estudo clássico de San Thiago Dantas, para quem a doutrina contratual representa
o “termo de uma evolução, através da qual foram sendo eliminadas normas e restrições sem
fundamento racional, ao mesmo tempo em que se criavam princípios flexíveis, capazes de
veicular as imposições do interesse público, sem quebra do sistema” (10).
167
UNIDADE 3 | DIREITO PRIVADO
Não se pode mais aceitar o contrato com sua estrutura clássica, concebido
sob a égide do “pacta sunt servanda” puro e simples, com a impossibilidade da
revisão das cláusulas. O Direito do Consumidor trouxe inovações nesta matéria,
inovações que constam agora no Novo Código Civil, como a proteção do aderente
prevista nos artigos 423 e 434 da nova codificação, o que pode gerar a nulidade
absoluta de cláusulas abusivas, diminuindo a amplitude da Força Obrigatória das
Convenções.
168
TÓPICO 6 | OUTROS RAMOS DO DIREITO PRIVADO: DIREITO COMERCIAL E DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO
NOTAS
1 Nesse sentido, Tepedino, Gustavo. “As relações de Consumo e a Nova Teoria
Contratual”. Rio de Janeiro: Renovar, 2001, In: Temas de Direito Civil.
4 Direito Civil. Alguns Aspectos da sua Evolução. Rio de Janeiro: Editora Forense,
2001, p. 226.
6 Fundamentos do Direito Privado. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 1998, p.
540.
8 O Direito dos Contratos e seus Princípios Fundamentais. São Paulo: Editora Saraiva,
1994, p. 26.
9 “Sentiu-se, entretanto, na sociedade romana, cuja vida se tornou cada vez mais complexa
com o surgimento de maior pluralidade de negócios, a necessidade de dar uma certa
materialidade aos contratos. E surgiram, então, as quatro modalidades mencionadas
por Gaius. Primeiro, os contratos r, como uma espécie de contrato real, que se perfazia
mediante a entrega de uma coisa; contrato litteris, que se completavam pela inscrição
no codex do devedor; contrato verbis, que se realizavam mediante a troca de palavras
sacramentais, dos quais o mais importante era a stipulatio. Somente mais tarde veio o
contrato consensu, cujo nascimento foi lento e complexo, a que me referirei no segmento
seguinte. Nem por isto perdeu sentido a afirmativa de Gaius: as obrigações ora nascem
de um contrato ora do delito (vel ex contractu nascitur, vel ex delicto – Institutiones
Commentarius, Vol. III, n. 88)” (Silva Pereira, Caio Mário Da,. Direito Civil – Alguns
aspectos de sua evolução, Editora Forense, 2.001, Rio de Janeiro, p. 228).
169
UNIDADE 3 | DIREITO PRIVADO
12 O Direito dos Contratos e seus Princípios Fundamentais. São Paulo: Editora Saraiva,
1994, p. 1.
FONTE: TARTUCE, Flávio. A realidade contratual à luz do novo Código Civil . Jus Navigandi,
Teresina, ano 8, n. 190, 12 jan. 2004. Disponível em: <http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.
asp?id=4389>. Acesso em: 12 set. 2008.
170
RESUMO DO TÓPICO 6
171
AUTOATIVIDADE
Para realizar esta atividade, você terá que ter em mãos uma cópia da
LICC. Caso não tenha cópia impressa, baixe-a da internet no link “legislação”.
Responda às seguintes perguntas:
1 De acordo com a LICC, qual a lei aplicável quando se tratar de início e fim
da personalidade?
3 Qual a lei que regerá a sucessão de estrangeiro morto fora de seu domicílio?
172
REFERÊNCIAS
ACCIOLY, Hildebrando; SILVA, Geraldo Eulálio do Nascimento e. Manual de
Direito Internacional Público. 17. ed. São Paulo: Saraiva, 2005.
173
______. Decreto-lei nº 3.688, de 3 de outubro de 1941. Lei das Contravenções
Penais. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 03 out.
1941.
______. Lei nº 9.605, de 12 de Fevereiro de 1998. Dispõe sobre as sanções penais
e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente,
e dá outras providências. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil,
Brasília, DF, 13 fev. 1998.
______. Decreto-lei n. 2.848, de 7 de Dezembro de 1940. Código Penal. Diário
Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 31 dez.1940.
______. Lei n. 8.072, de 25 de Julho de 1990. Dispõe sobre os crimes hediondos,
nos termos do art. 5º, inciso XLIII, da Constituição Federal, e determina outras
providências. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF,
26 jul. 1990.
COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de Direito Civil. São Paulo: Saraiva, 2006.
DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro: Teoria Geral do Direito
Civil. São Paulo: Saraiva, 2003.
_____. Curso de Direito Civil Brasileiro: Teoria Geral do Direito Civil. São Paulo:
Saraiva, 2008.
GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro. Parte Geral. São Paulo:
Saraiva, 2006.
______. Direito Civil Brasileiro. Direito das Coisas. São Paulo: Saraiva, 2007.
JESUS, Damásio de. Código Penal Comentado. São Paulo: Saraiva, 2006.
174
MARTINS, Eliezer Pereira. Direito Constitucional Militar. Jus Navigandi,
Teresina, ano 7, n. 63, mar. 2003. Disponível em: <http://jus2.uol.com.br/doutrina/
texto.asp?id=3854>. Acesso em: 12 ago. 2008.
PRADO, Luiz Régis. Curso de Direito Penal Brasileiro. Parte Geral. São Paulo:
Revista dos Tribunais, 2005.
SILVA, Plácido e. Vocabulário Jurídico. 11. ed. Rio de Janeiro: Forense, 1991. 4v.
175
176
ANOTAÇÕES
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
177
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
178
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
179
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
180
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
181