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SEMINÁRIO TEOLÓGICO EVANGÉLICO

BETEL BRASILEIRO

ELIUDI BRITO DE SOUSA BATISTA

PANORAMA APOCALIPSE

Parauapebas-PA
2021
ELIUDI BRITO DE SOUSA BATISTA

PANORAMA APOCALIPSE

Trabalho apresentado ao Seminário Teológico do


Betel Basileiro – STEBB como requisito para
obtenção de nota na matéria de Panorama do Novo
Testamento II.

Professor (a) Saulo de Castro Batista.

Parauapebas-PA
2021
PANORAMA APOCALIPSE

O livro de Apocalipse é uma revelação dos eventos que


ocorrerão no fim dos tempos e no estabelecimento do Reino de Deus.
A teologia básica do livro, portanto, é sua escatologia. Ele declara ser
uma profecia das “coisas que brevemente devem acontecer” (1:2-3),
cujo evento central é a segunda vinda de Jesus Cristo (1:7).
Contudo, a interpretação desse livro é a mais difícil e confusa
de todos os livros do Novo Testamento. Ao longo da história da
interpretação, várias abordagens distintas emergiram. A abordagem
mais fácil do Apocalipse é seguir sua própria tradição particular,
como a opinião verdadeira, e ignorar todas as outras; mas o
intérprete inteligente deve se familiarizar com os vários métodos de
interpretação, para que possa criticar e purificar sua própria opinião.

Conteúdo

Apocalipse assegurou às igrejas da Ásia Menor que Cristo


sabia da situação delas e ele as chamava a permanecerem fiéis
contra toda tentação. Sua vitória já havia sido assegurada pelo
sangue do Cordeiro (5.9-10; 12.11). Cristo voltaria logo para vencer
Satanás e todos os seus agentes (19.11 – 20.10), e o povo de Cristo
gozaria de eterna paz em sua presença (7.15-17; 21.3-4).
O Apocalipse é um exemplo de literatura apocalíptica. Como
Ezequiel, Daniel e Zacarias, o livro contém visões com muitos
elementos simbólicos. Pelo uso de imagens visuais assim como
promessas e admoestações verbais, ele tece numa vasta tapeçaria
poética os temas encontrados no total das Escrituras. Sua
profundidade é apresentada por meio de múltiplas alusões, que com
frequência se referem simultaneamente a várias passagens do
Antigo Testamento. É uma “revelação”, ou seja, uma exposição que
tenciona nutrir todos aqueles que são servos de Cristo (1.1).
O tema principal de Apocalipse é a afirmação de que Deus
governa a História e a levará a sua consumação em Cristo. No centro
estão as visões de Cristo (1.12-16) e de Deus (4.1-5.14). Deus
demonstra sua majestade, autoridade e justiça como Rei e Juiz do
universo (1.12-20). Essas visões centrais prenunciam a consumação
da História quando a gloria de Deus enchera todas as coisas (21.22-
23; 22.5). Elementos detalhados nas visões enriquecem essas
verdades e devem ser vistos como parte de um quadro maior. O
Apocalipse é, assim, um livro pictórico, uma apresentação dramática
que permite ao leitor ter uma visão teocêntrica da História. Não é um
livro enigmático para ser usado como fonte de cálculos ocultos.
O prologo (1.1-3) explica o proposito básico do livro. Ap 1.4-
22.21 é uma carta com uma saudação (1.4-5a), um corpo (1.5b-
22.20) e uma despedida (22.21). Nos seus aspectos formais, essa
disposição é semelhante as cartas de Paulo. A porção principal do
livro (4.1 – 22.5) consiste de sete ciclos de julgamento, cada um dos
quais leva a uma descrição da segunda vinda, e, finalmente, uma
oitava seção final que apresenta a suprema visão da nova Jerusalém
após a segunda vinda (21.1 – 22.5). Cada um dos sete ciclos de
julgamento é mais bem-compreendido se os considerarmos como
descrevendo a mesma guerra espiritual, mas de um novo ponto
vantajoso. Os ciclos posteriores concentram-se cada vez mais nas
fases mais intensas de conflito e na segunda vinda propriamente dita.
A visão da Nova Jerusalém apresenta a paz de novos céus e da nova
terra depois que a guerra houver cessado.
Abaixo, uma caminhada por Apocalipse:
INTRODUÇAO: O CONTEXTO HISTORICO (CAPITULOS 1 A
3)
1:1-8 – Prologo
1:9 a 3:22 – O contexto histórico

VISÅO INTRODUTORIAS: A CENA NO CEU E NA TERRA (4:1


A 8:5)
4:1 a 5:14 – Uma visão do trono celestial
6:1 a 8:5 – A abertura dos sete selos

JUIZOS PRELIMINARES (TEMPORAIS) SOBRE O IMPERIO


(8:6 A 11:19)
8:6 a 9:21 – Os juízos das sete trombetas
10:1 a 11:19 – As duas visões de interlúdio

CONFLITO ENTRE A IGREJA E OS PODERES MALIGNOS


(12:1 A 14:20)
12:1-17 – Guerra no céu e seu resultado
13:1-18 – As bestas do mar e da terra
14:1-20 – Resultado da guerra santa: justificação e juízo

AS SETE TAÇAS: O JUIZO DIVINO CONTRA A “BABILONIA”


(15:1 A 16:21)
15:1-8 – O preludio
16:1-21 – Babilônia é julgada

RESUMO: O CONTO (ORIGINAL) DAS DUAS CIDADES (17:1


A 22:21)
17:1 a 19:10 – Deus julga a prostituta pela opressão econômica
19:11 a 20:15 – A última batalha
21:1 a 22:11 – A nova Jerusalém: a noiva do Cordeiro
22:12-21 – Epilogo

Temos, então, quatro perspectiva sobre Apocalipse:

1 – Preterista: Todos os eventos do Apocalipse foram


cumpridos durante o Império Romano.
2 – Histórica: O Apocalipse é um panorama da história da Igreja
desde a era apostólica até a consumação.
3 – Idealista: O Apocalipse não é uma representação de
eventos reais, mas, sim, uma descrição simbólica da batalha
espiritual entre o bem e o mal.
4 – Futurista: A partir do capítulo 4, o Apocalipse descreve os
eventos futuros que se fazem acompanhar do fim da era.
Em um sentido muito real, a Escritura termina no ponto em que
começa. O que fora interrompido em Genesis 3 é renovado e
completado em Apocalipse 19-22.
1. Genesis retrata o início do homem em um belo paraíso (Gn
1;2); Apocalipse retrata o paraíso maravilhoso da eternidade
futura (Ap 21,22).

2. Genesis revela Satanás pela primeira vez (Gn 3:1-5);


Apocalipse indica seu destino final (Ap 20:10).

3. Genesis desvela a tentativa inicial de Satanás minar a


Palavra de Deus (3:1-5); Apocalipse declara que isso sera
amaldiçoado (Ap 22:18,19) e não terá lugar na nova
Jerusalém (Ap 22:15).

4. Genesis relata a primeira desobediência do homem (Gn


3:6,7); Apocalipse visualiza um tempo futuro no qual haverá
obediência perfeita (Ap 21;22).

5. Genesis introduz a maldição (3:15–19); Apocalipse antecipa


o tempo em que a maldição será retirada (Ap 22:3).

6. Genesis alerta que a cabeça de Satanás será ferida (Gn


3:15); Apocalipse confirma que isso e cumprido (Ap 19:20-
20:3).

7. Genesis conta como o homem perdeu o privilegio de comer


da arvore da vida (Gn 3:22-24); Apocalipse promete que o
homem comera mais uma vez dessa arvore (Ap 22:2).

8. Genesis retrata a tagedia do pecado (Gn 3;4); Apocalipse


olha para um tempo no qual não haverá tristeza (Ap 21:4).

9. Genesis relata o primeiro homicida, polígamo e rebelde (Gn


4); Apocalipse aponta para um lugar no qual todos os
residentes viverão em perfeita retidão (Ap 21;22).

10. Genesis reporta a primeira morte (Gn 4:8); Apocalipse diz


que, no futuro, não haverá morte (Ap 21:4).
11. A promessa final de Cristo na Escritura é encontrada em
Ap 22:20a: “Sim, venho em breve!”. A essa declaração, o
apostolo Joao e todos os cristãos respondem: “Amém. Vem,
Senhor Jesus!” (Ap 22:20b).
Biografia
1. Comentario bíblico, Mac Arthur;
2. Como ler a bíblia livro por livro, Gordon Free e Douglas Stuart;
3. Biblia de Genebra.

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