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SERMÃO ESCATOLÓGICO DE JESUS

A destruição de Jerusalém e o princípios das dores


Mt. 24:1-14

Mt. 24 é conhecido como o Sermão Escatológico de Jesus. Esse sermão pode ser encontrado
em Mc. 13 e Lc 21.
Mas a final, o que é escatologia? Escatologia é a divisão da Teologia Sistemática que estuda as
profecias bíblicas sobre o futuro. É por isso que a escatologia é melhor definida como sendo “a doutrina
das últimas coisas”.
Por isso, Mt. 24 é conhecido como Sermão Escatológico, porque Jesus vai falar sobre os
acontecimentos futuros que antecederão a sua segunda vida.
O sermão escatológico de Jesus inicia depois que os discípulos, saindo do templo, comentaram
com Jesus acerca da suntuosidade e beleza do templo. O texto de Marco diz: Quando ele estava saindo
do templo, um de seus discípulos lhe disse: “Olha, Mestre! Que pedras enormes! Que construções
magnificas” (M 13:1). E aí os Jesus diz no v 2 de Mt 24.
O sermão começa com uma pergunta feita por Pedro, Tiago, Joao e André (Mc 13:3-4).

O Sermão Escatológico de Jesus – Diferentes Interpretações

Basicamente existem cinco interpretações predominantes:

1. Todo o sermão trata da destruição de Jerusalém em 70 d.C., portanto já se cumpriu


totalmente;
2. Todo o sermão trata da destruição de Jerusalém e do início da Igreja no dia de
Pentecoste, portando praticamente tudo já foi cumprido restando apenas a consumação da
pregação do Evangelho no mundo;
3. A maior parte do sermão se refere à destruição de Jerusalém que já se cumpriu, porém,
a última parte se refere à Segunda Vinda Cristo que ainda se cumprirá;
4. Todo o sermão trata da Segunda Vinda de Cristo e Julgamento Final, portanto nada se
cumpriu;
5. O sermão compreende o período desde a primeira vinda de Cristo, referindo-se à
destruição de Jerusalém, até a segunda vinda de Cristo no fim dos tempos com o julgamento do
mundo.

O Sermão Escatológico de Jesus – Organização e Explicação:

O sermão abrange desde a Primeira Vinda de Cristo, com Sua morte e ressurreição, até a Sua
Segunda Vinda. Assim, os três períodos que são abordados nos relatos de Jesus são:
1. Período inicial que vai desde Sua Primeira Vinda até a destruição de Jerusalém e
do Templo na década de 70 d.C.;
2. Segundo período chamado de Princípio das Dores que abrange desde a destruição
de Jerusalém até o início da Grande Tribulação;
3. Terceiro período conhecido como a Grande Tribulação que terminará na Segunda
Vinda de Cristo e o julgamento do mundo.

A Destruição de Jerusalém e do Templo:

A destruição de Jerusalém ocorreu por conta de uma revolta chamada de Grande Revolta
Judaica. A Grande Revolta foi motivada a princípio pelas tensões religiosas, evoluindo para protestos
contra o pagamento de tributos e ataques a cidadãos romanos.
O imperador Vespasiano então envia seu general Tito para conter a revolta. Os eventos que
ocorreram foram
 Jerusalém seria sitiada: Jerusalem é cercada pelas tropas romanas e o objetivo
desse cerco era derrubar as muralhas que protegiam a cidade. Mais de70 mil soldados
participaram desse cerco.
 Jerusalém seria destruída: Após pouco mais de três anos de cerco, o exército
romano invadiu Jerusalém e à destruíram. Estima-se que mais de 600 mil judeus foram
massacrados. A cidade seria queimada e sua população dizimada. Esse evento seria o juízo de
Deus sobre aquela geração.
 O Templo seria destruído: As tropas romanas do general Tito tomam a cidade de
Jerusalém. Em 8 de setembro de 70, o Templo é saqueado e incendiado e os habitantes são
deportados como escravos. O Templo, construído por Salomão em 970 a. C. e reconstruído por
Herodes em 19 a. C., era o símbolo e o centro do poder religioso e político dos judeus.
 Dispersão: os sobreviventes desse momento terrível seriam espalhados pelo
mundo todo e ficariam dispersos.

O Princípio das Dores:


Jesus relatou os acontecimentos que caracterizariam o Princípio das Dores:
 Falsos profetas e falsos cristos:
 Guerras e desastres naturais:
 Pregação do Evangelho no mundo:
 Perseguições:

O interessante é que mesmo com todas essas coisas Jesus alertou que ainda não seria
o fim. Esses acontecimentos seriam como contrações de parto e, conforme o fim fosse se
aproximando, essas contrações ficariam mais intensas. Por isso a expressão “Princípio
de Dores” descreve perfeitamente esse período.

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