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ATIVIDADE AVALIATIVA – DISCIPLINA MINERAÇÃO E MEIO

AMBIENTE

Profa. Michele Cristina Rufino Barbosa


Letícia Cristina de Sousa Dias – 201710074
Ygor Morroni Krandatavicius – 201710873

Capão da Serra

A Pilha do Capão da Serra foi classificada conforme a tabela 1:

Tabela 1 - Capão Da Serra – Classificação.

Pilha Capão da Serra


Fatores Chaves que afetam a
Faixa de Condições ou Descrições Pontuação
estabilidade

Altura da pilha 300 metros 200

Configuraçã
o da pilha Volume da pilha Médio 5.000.000 m3 50

Inclinação do Talude Suave 22° 0

Inclinação da Fundação Suave 5° 0

Empilhamento
de estéreis em
Moderadament encostas, em
Grau de confinamento 50
e confinado vales abertos, ou
transversais a
vales
Intermediária
entre
competente e
Tipo de Fundação Intermediária fraca; ganho de 100
resistência do
solo com
adensamento
Moderadamente
resistente,
Qualidade do Material da pilha Moderada 100
durabilidade
variável
Disposição ao
longo das curvas
Método de construção Favorável de níveis; 0
Construção
ascendente
Desenvolviment
o limitado da
superfície
Condições piezométricas e freática na pilha;
Intermediária 100
climáticas Precipitação
moderada; Alta
infiltração no
interior da pilha.
< 25m³ por
Taxa de disposição Baixa metro linear de 0
crista por dia
Zona de risco
Sismicidade Baixa 0
sísmico 0 e 1
Fonte: Dos autores, 2020

Pontuação total: 600 – classe III – Potencial de Ruptura moderado.

Considerando que a pilha é de classe III, o monitoramento deve ser realizado de


acordo com a tabela 2, Monitoramento, inspeção e exigências para reabertura.

Tabela 2 - Monitoramento, inspeção e exigências para reabertura – Classe III

Classes Pontuação Monitoramento


Descrição Frequência Relatórios
da Pilha da Pilha Instrumental
Instrumentação Encarregado de turno faz a inspeção 4 horas
para
monitoramento de Inspeção e Interpretação dos resultados Relatório Diário
movimentações da instrumentação feita pelo diário
III 600 -1200 necessárias como engenheiro
especificados pelo
projetista Inspeção periódica detalhada realizada
mensal Quadrimestral
Piezômetros onde pelo engenheiro
aplicável Inspeção por um auditor independente anual Anual

Como a pilha foi classificada e enquadrada como Classe III e possui um risco moderado
de ruptura, o primeiro risco é exatamente a ruptura da pilha causando um deslizamento.
Analisando cada classificação separadamente, nota-se que possui uma alta taxa de infiltração no
interior da pilha, causando uma superfície dos materiais ali confinados mais escorregadia; a
altura da pilha também pode ser um fator causador de algum problema no futuro.

De acordo com a Tabela 2, as medidas que podem ser tomadas para evitar esses
problemas são os monitoramentos de movimentação do estéril, nos períodos
previamente já definidos. Com a análise dos resultados feita diariamente.

Rosalino

A Pilha de Rosalino foi classificada conforme a tabela 4:

Tabela 4 – Classificação pilha de Rosalino.

Pilha de Rosalino
Fatores Chaves que afetam a Faixa de Condições ou
Pontuação
estabilidade Descrições

Altura da pilha 100 m 100

Configuração
da pilha Volume da pilha Grande 82.000.000 m3 100

Inclinação do Talude Íngreme 38° 100

Inclinação da Fundação Íngreme 45° 200


Aterros de
encosta ou
Sem aterros de crista
Grau de confinamento 100
confinamento sem
confinamento na
base
Capacidade de
Tipo de Fundação Fraca suporte limitada, 200
solos moles

Mais que 25%


Qualidade do Material da pilha Pobre 200
de finos

Bancos ou
Método de construção Favorável camadas não 0
muito espessos
(<25m de
espessura)
Alta
precipitação;
Significativo
Condições piezométricas e
Desfavorável potencial de 200
climáticas
desenvolvimento
de superfície
freática.
< 25m³ por
Taxa de disposição Baixa metro linear de 0
crista por dia
Zona de risco
Sismicidade Alta sísmico 4 ou 200
maior
Pontuação total: 1400 – Classificação: Classe IV – Potencial de ruptura alto;

Considerando a pilha analisada como Classe IV, o monitoramento deve ser realizado de
acordo com a Tabela 5.

Tabela 5 - Monitoramento, inspeção e exigências para reabertura – Classe IV

Classes
Pontuação Monitoramento
da Descrição Frequência Relatórios
da Pilha Instrumental
Pilha
Programa de Encarregado de turno faz a
4 horas
Inspeção detalhada a inspeção
ser especificada pelo
projetista Inspeção e Interpretação dos Relatório Diário
Piezômetros onde resultados da instrumentação feita diário
aplicável pelo engenheiro
IV >1200
Piezômetros em
fundações Inspeção periódica detalhada
mensal Quadrimestral
provavelmente realizada pelo engenheiro
necessários se solos
finos estiverem Inspeção por um auditor
anual Anual
presentes independente

Os principais problemas dessa pilha de Classe IV, são os deslizamentos que já


ocorreram de forma sequencial, as erosões que podem ocorrer, paralização das
atividades por conta dos riscos e dos deslizamentos.

De acordo com o descrito na Tabela 5, como a pilha é de Classe IV e possui alto


risco de ruptura, as medidas que devem ser tomadas são mais rigorosas e emergenciais,
como por exemplo, a instalação dos piezômetros onde for necessário por conta dos
solos finos presentes na região da pilha. Realizações de alguns relatórios diariamente
para inspeções específicas da pilha.

O principal fator do rompimento dessa pilha, foi a falta de capacidade da


pilha em conter o material nela depositados, a falta de monitoramento dos riscos que ela
estava mostrando.

Pilha de Crista

A Pilha de Crista foi classificada conforme a tabela 6:

Tabela 6 – Classificação pilha de Crista.

Pilha de Crista
Fatores Chaves que afetam a Pontuaçã
Faixa de Condições ou Descrições
estabilidade o

Altura da pilha 260 metros 200


Configuraçã
o da pílha Volume da pilha Médio 4.000.000 m ³ 50
Inclinação do Talude Íngreme 38° 100
Inclinação da Fundação Extrema 45° 200

Empilhamento
Moderadament
Grau de confinamento de estéreis em 50
e confinada
vales abertos

Intermediária
entre
Tipo de Fundação Intermediária 100
competente e
fraca;
Predominância
de rochas fracas,
Qualidade do Material da pilha Pobre 200
com mais de
25% de finos
Construção
Método de construção Favorável 0
ascendente
Alta
precipitação;
Significativo
Condições piezométricas e climáticas Desfavorável 200
potencial de
desenvolviment
o de superfície
freática.
< 25m³ por
Taxa de disposição Baixa metro linear de 0
crista por dia
Zona de risco
Sismicidade Alta sísmico 4 ou 200
maior

Pontuação: 1300 – Classificação: Classe IV – Potencial de ruptura alto

Considerando a pilha como Classe IV, o monitoramento deve ser realizado de acordo
com a Tabela 5, demonstrada anteriormente.

Os principais problemas que podem existir nessa pilha são os deslizamentos,


erosões, acidentes ocasionados pelos deslizamentos de material estéril.

As medidas que podem ser tomadas para prevenção dos riscos que essa pilha
oferece, são os monitoramentos diários onde for necessário a elaboração de relatórios
também diários, a instalação de piezômetros nos locais aplicáveis também surge como
uma medida mitigadora dos riscos que essa pilha oferece.

Um fator observado que gerou certa dificuldade em classificar as pilhas de


estéril, foi a falta de detalhamento tanto nas tabelas quanto nas informações das pilhas,
pois dessa forma, nota-se uma certa margem de erro nas classificações por causar
interpretações diferentes sobre o enquadramento do fator analisado.

Com isso, o principal problema, o mais recorrente, verificado que a pilhas de


estéril podem ter, são os deslizamentos e as erosões.

O local pode ser mais bem avaliado para a disposição do material, pois os
índices pluviométricos devem ser melhor analisados, a capacidade de fundação da pilha
é um fator importante na análise da região. O relevo presente também é um fator
impactante na análise, o tipo de solo e a profundidade do lençol freático devem ser
considerados. Portanto, observa-se que todas as características da área precisam ser
avaliadas de forma mais completa, e dessa forma os problemas que as pilhas de estéril
apresentam, podem ser evitados ou minimizados.

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