Você está na página 1de 48

II MOSTRA DE GEOCIÊNCIAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ

Da geodiversidade ao geoturismo: valorização e divulgação do


geopatrimônio da microrregião de Picos.

José Francisco de Araújo Silva

Picos (PI), 26 de Novembro de 2018.


NOTAS INTRODUTÓRIAS

Os estudos relacionados à geodiversidade, ao geoturismo e ao patrimônio


geológico - também denominado de geopatrimônio, são recentes na literatura
brasileira e internacional, embora estes sejam campos essenciais para a
sobrevivência humana, planejamento e gestão territorial.

Nos últimos anos, as pesquisas relacionadas a tais temáticas têm aumentando


consideravelmente, porém, ainda estão muito aquém daquelas voltadas à
vertente biótica do planeta.

A necessidade de uma visão holística no intuito de compreender a relação


homem-sociedade-natureza cria novas perspectivas de pesquisas nas geociências.
Nesse cenário, os profissionais da Geografia, Biologia, História, Paleontologia,
entre outras Ciências, não podem ficar alheios.
NOTAS INTRODUTÓRIAS

O Piauí, assim como diversas outras partes do país, apresentam variadas áreas de
interesse geológico, geomorfológico e outros, muitas das quais podem, inclusive,
se tornarem futuros geoparques, porém, pouco estudadas.

Na microrregião de Picos há algumas dessas áreas, com destaque para aquelas onde
predomina o patrimônio geomorfológico, as quais apesar da excepcional beleza de
suas geoformas que resultam em feições erosivas impressas nos arenitos da
Formação Cabeças, são carentes de estudos, ficando subutilizados e passíveis de
danos os registros da história geológica/geomorfológica da região.
Fotos aéreas: Kyldary Gomes “K Drone”
1 GEODIVERSIDADE, PATRIMÔNIO GEOMORFOLÓGICO E TEMÁTICAS
AFINS: REVISÃO CONCEITUAL E METODOLÓGICA

Em muitos estudos usa-se o termo geopatrimônio como sinônimo de


patrimônio geológico e o uso dos termos: geológico(s), geossítio(s) e,
patrimônio geológico se dá em sentido lato sensu, compreendendo, portanto,
elementos de interesse geológico, geomorfológico, paleontológico, ou outros.
Em alguns estudos, quando há referências específicas à parte do patrimônio
geológico que tenha ênfase nos seus elementos geomorfológicos são
utilizadas as denominações geológico/geomorfológico e
geossítio/geomorfossítio, ou simplesmente geomorfológico e geomorfossítio.
1 GEODIVERSIDADE, PATRIMÔNIO GEOMORFOLÓGICO E TEMÁTICAS
AFINS: REVISÃO CONCEITUAL E METODOLÓGICA

1.1 Geodiversidade

Embora estudos indiquem a década de 40 como marco do emprego do termo


geodiversidade, somente nas duas últimas décadas é que este se popularizou e
vem ganhando notoriedade em produções e eventos científicos.

Hoje, já existe um consenso quanto a sua importância, tornando-se necessários


estudos com vistas à divulgação e conservação da geodiversidade.
1.1 Geodiversidade

Vários autores em diversas partes do mundo tem tentado, ao longo dos últimos
anos, definir geodiversidade.

No Brasil, os conceitos para Geodiversidade se desenvolveram ao mesmo tempo em


que ocorriam internacionalmente, porém, com objetivos diferenciados. No nosso
país, o objetivo era o planejamento territorial, já nos demais países o foco era a
conservação do patrimônio (REVERTE, 2014; SILVA et al.,2008a).
1.1 Geodiversidade
AUTORES INTERNACIONAIS

Diversidade natural entre aspectos Eberhard (1997), citado


por Silva et al.(2008a)
geológicos, geomorfológicos e pedológicos.

Geosingularidade presente em determinada


região. Pode ser: intrínseca (diversidade de Panizza (2009)
feições de uma área) ou extrínseca
(comparação com as feições de outra área).
Stanley (2000)
Nieto (2001)
Variedade de ambientes, processos e
Gray (2004)
fenômenos originários do substrato sobre o
Brilha (2005)
qual se assenta a vida humana.
Owen, Price e Reid (2005)
Pereira (2006)
1.1 Geodiversidade AUTORES NACIONAIS

Particularidades do meio físico, abrangendo solos, Veiga (1999)


rochas, clima, água, etc., condicionantes da
paisagem e da diversidade biológica e cultural.
Xavier da Silva e
Diversidade das características ambientais de Carvalho Filho (2001)
determinada área.
Galopim de Carvalho
Relação com biodiversidade: reino animal e (2007)

vegetal / reino mineral. Prandel e Almeida


(2014)
Meio abiótico composto por variados ambientes, CPRM (s/d)
fenômenos e processos constituintes da base
Pereira (2010)
sobre a qual se desenvolve a vida e que são
dotados de valores.
Rodrigues e Pedrosa
Testemunhos do passado geológico e processos (2013)
atuais formadores de novos testemunhos. Oliveira (2015)
1.1 Geodiversidade

De modo geral, pode-se inferir dos conceitos apresentados


anteriormente que a geodiversidade resulta da interação entre
paisagem, fauna, flora e a cultura, sendo a geologia e a
geomorfologia responsáveis por determinar a distribuição dos
habitats, das espécies e a forma como o homem organiza seu
espaço geográfico. Essa interação deixa clara a abordagem
holística e sistêmica que envolve a geodiversidade.
Fotos aéreas: Kyldary Gomes “K Drone”
Fotos aéreas: Kyldary Gomes “K Drone”
1.2 Patrimônio, patrimônio natural e geopatrimônio

Inicialmente relacionado ao que é deixado do pai e passado para seus filhos, com o Direito
passou-se a incluir os bens que um indivíduo consegue acumular por conta própria durante a
vida.

Choay (2001) diz que nos séculos XIX e XX patrimônio era compreendido apenas como bens
materiais, os monumentos e as edificações, considerando apenas seu valor histórico e artístico.

Hoje, o conjunto de bens considerados patrimônios, inclui não apenas bens dotados de
monumentalidade e materialidade.

Na atualidade, por conta da corrente ambientalista instaurada passou a ser considerado também
na esfera ambiental (MEIRA 2016) = Patrimônio Natural.

No entanto, tem-se percebido maior direcionamento das políticas relacionadas com a avaliação,
classificação e gestão do patrimônio natural para a natureza biótica (PEREIRA, 2006).
1.2 Patrimônio, patrimônio natural e geopatrimônio

Para Sharples (2002) o conceito de geopatrimônio, por vezes usado como


sinônimo de patrimônio geológico surge com a finalidade de possibilitar uma
conotação menos restrita que aquela imposta pelo termo “geológico”.

O conceito de Geopatrimónio, como equivalente do termo inglês


Geoheritage, [...] inclui o Património Geológico, o Património
Geomorfológico, o Património Hidrológico, o Património Pedológico
e outros já referidos (RODRIGUES; FONSECA, 2008, s/p.).
1.3 Conceitos e considerações acerca de patrimônio geológico

Patrimônio geológico: Parte da natureza abiótica que apresente valores significativos para
a sociedade. Compreende elementos da geodiversidade que devem ser conservados.

Rivas, Rivera e Guadalupe (2001) Brilha (2005) Pereira (2006) Lima (2008) Liccardo e Guimarães (2014)

Patrimônio geológico e geodiversidade são termos com significados bastante próximos, mas não
sinônimos. A geodiversidade engloba todos os elementos da natureza abiótica do planeta, já o
patrimônio geológico compreende apenas a parcela da geodiversidade cuja excepcionalidade a
destaque das demais.

Torna-se válido salientar que o conceito de patrimônio geológico, segundo a corrente teórica
predominante, engloba toda uma diversidade de categorias (patrimônio geomorfológico,
patrimônio mineralógico, patrimônio paleontológico, etc.) funcionando como conceito guarda-
chuva, porém, pesquisadores o segmentam em diferentes campos temáticos para dar maior
visibilidade ao elemento abordado (MEIRA, 2016, p. 26).
Fotos aéreas: Kyldary Gomes “K Drone”
1.4 Conceitos e considerações sobre patrimônio geomorfológico
Uma das formas de tornar os elementos geomorfológicos melhor valorizados é
conceber um valor patrimonial a estes. Nesse sentido, Vieira e Cunha (2004)
apontam a necessidade de estabelecer uma classificação dos elementos
geomorfológicos como patrimônio.
O património geomorfológico é constituído pelo conjunto dos elementos
geomorfológicos que devem ser sujeitos a medidas de geoconservação e de
divulgação, pelo valor intrínseco que encerram (RODRIGUES; FONSECA,
2008, p. 2).

Outros termos podem ser usados para designar local de interesse


geomorfológico, tais como sítio geomorfológico, geossítio de carácter
geomorfológico ou mesmo geomorfossítio (PEREIRA, 2006).
1.5 Turismo, ecoturismo, geoturismo: conceitos e considerações
Assim como as motivações, também são diversas as segmentações apresentadas pelo turismo. No
Brasil, o Ministério do Turismo elenca o turismo social, ecoturismo, turismo cultural, turismo de
estudos [...] (BRASIL, 2006).

Para o Instituto Brasileiro de Turismo (EMBRATUR), juntamente com o Ministério do Meio


Ambiente, ecoturismo é “um segmento da atividade turística que utiliza, de forma sustentável, o
patrimônio natural e cultural, incentiva sua conservação [...], promovendo o bem-estar das
populações.” (BRASIL, 2006, p.5).

Brilha (2005) compreende o geoturismo como parte do ecoturismo, diferentemente de Moreira


(2008), para quem o geoturismo deve ser encarado como distinto do ecoturismo.

Neste estudo, o geoturismo será considerado uma prática turística, tendo em vista o Ministério do
Turismo ainda não o elencar entre os segmentos do turismo

O estado do Piauí, assim como o restante do país, possui uma gama de lugares com potencialidades
para a prática do geoturismo, a exemplo das “Cidades de Pedras”-PI.
Fotos aéreas: Kyldary Gomes “K Drone”
2 Metodologias utilizadas na avaliação do patrimônio geológico

Várias são as metodologias possíveis de serem utilizadas para a avaliação do patrimônio


geológico. Especialmente nas duas últimas décadas têm surgido autores em diversas partes do
mundo com proposição de novos métodos para tal fim.

1 - Método de Cendrero (1996)


2 - Método de Brilha (2005; 2015)
3 - Método de Cumbe (2007)
4 - Método de Lima (2008).
5 - Método de Pereira (2010)
6 -Método da CPRM (2016)
2 Metodologias utilizadas na avaliação do patrimônio geomorfológico

1 Método de Grandgirard (1995, 1996, 1997, 1999a, 1999b)


2 Método de Panizza (1995, 1999, 2001)
3 Método de Rivas et al. (1997)
4 Método de Bruschi & Cendrero (2005)
5 Método de Coratza & Giusti (2005)
6 Método de Serrano & González-Trueba (2005)
7 Método de Pralong (2005)
8 Método de Pereira (2006)
9 Método de Oliveira (2015)
Exemplo: Metodologia adotada na avaliação do patrimônio
geológico/geomorfológico das “Cidades de Pedras-PI”.

Avaliação do patrimônio geomorfológico das “Cidades de Pedras-PI”,


Quantificação: Metodologia de Oliveira (2015) e CPRM
Inventariação: Metodologia de Oliveira (2015)
(2016).

Inventariação
(II) Avaliação qualitativa
(I) Identificação dos potenciais geomorfossítios (III) Caracterização

Quantificação
Avaliação numérica Seriação dos geomorfossítios
3 GEOPATRIMÔNIO DA MICRORREGIÃO DE PICOS

3.1 Localização e indicação de Geomorfossítios

A área popularmente conhecida como “Cidades de Pedras” está localizada nas fronteiras entre os
municípios piauienses de São João da Canabrava, São José do Piauí, Bocaina e Sussuapara,
pertencentes à microrregião de Picos-PI, mesorregião Sudeste do Piauí, no Território de
Desenvolvimento Vale do Guaribas. Trata-se de duas áreas conhecidas pelo mesmo nome “Cidade
de Pedras”.

Ressalta-se que todas as nomenclaturas utilizadas para os geomorfossítios advêm de


denominações locais já utilizadas para os mesmos pelos moradores da região e/ou visitantes.

Cabe destacar ainda que a escolha de tais geomorfossítios para avaliação de seus potenciais
turístico e didático, dá-se em virtude, principalmente, de os mesmos já apresentarem, em
maior ou menor grau, tais usos.

Por encontrarem-se em uma área de fronteiras municipais indefinidas, os mesmos geomorfossítios


presentes em um local, ora pertencem a um município, ora a outro, a depender da divisão
territorial considerada
2 APORTE TEÓRICO
2 APORTE TEÓRICO
Fotos aéreas: Kyldary Gomes “K Drone”
3.1 Patrimônio geológico/geomorfológico das “Cidades de Pedras-PI”.
2 APORTE TEÓRICO
2 APORTE TEÓRICO
2 APORTE TEÓRICO
3.2 Geomorfossítio Morro do Leme (Oeiras)
3.3 Geomorfossítio Furna da Quitéria (Dom Expedito Lopes)
3.4 Geomorfossítio Alpes o Buriti (Dom Expedito Lopes)
3.5 Geomorfossítio Sucavão (Paquetá)
3.6 Geomorfossítio Afloramento de diabásio (Picos)
3.7 Geomorfossítio Vale da Águia (Picos)
4 VALORIZAÇÃO E DIVULGAÇÃO DO GEOPATRIMÔNIO DA MICRORREGIÃO DE PICOS

4.1 Artigos sobre a temática já apresentados / publicados

SILVA, J. F. A.; AQUINO, C. M. S. . AÇÕES GEOEDUCATIVAS PARA DIVULGAÇÃO E VALORIZAÇÃO DA


GEODIVERSIDADE E DO GEOPATRIMÔNIO. GEOSABERES REVISTA DE ESTUDOS GEOEDUCACIONAIS, v.
9, p. 1-12, 2018.

VIANA, A. I. G. ; NUNES, H. K. B. ; SILVA, J. F. A. ; CABRAL, L. J. R. S. ; AQUINO, C. M. S. ; SANTOS, R. W. P. .


CARACTERIZAÇÃO FISIOGRÁFICA E SOCIOECONÔMICA DO MUNICÍPIO DE PICOS/PI:
POTENCIALIDADES, LIMITAÇÕES E VULNERABILIDADES. INTERESPAÇO: REVISTA DE GEOGRAFIA E
INTERDISCIPLINARIDADE, v. V.3, p. 88-108, 2017.

SILVA, J. F. A.; AQUINO, C. M. S. . PANORAMA GERAL DAS INICIATIVAS DE GEOCONSERVAÇÃO DO


PATRIMÔNIO GEOLÓGICO INTERNACIONAIS E NACIONAIS. CADERNO DE GEOGRAFIA, v. 27, p. 1-18,
2017.

SILVA, J. F. A.; NUNES, H. K. B. ; AQUINO, C. M. S. . A ESPETACULARIDADE CÊNICA DE GEOFORMAS NO


SUDESTE PIAUIENSE COMO FONTE DE CONTEMPLAÇÃO DA PAISAGEM E SUPORTE PARA O
GEOTURISMO. Revista Equador, v. 6, p. 137-149, 2017.
4 VALORIZAÇÃO E DIVULGAÇÃO DO GEOPATRIMÔNIO DA MICRORREGIÃO DE PICOS

4.1 Artigos sobre a temática já apresentados / publicados

SILVA, J. F. A.; NUNES, H. K. B. ; AQUINO, C. M. S. ; ARAUJO, G. L. . IDENTIFICAÇÃO DE GEOMORFOSSÍTIOS


NA MICRORREGIÃO DE PICOS-PI. In: Archimedes Perez Filho; Raul Reis Amorim.. (Org.). Os desafios da Geografia
Física na fronteira do conhecimento. 1eded.Campinas: UNICAMP, 2017, v. 1, p. 3042-3053.

SILVA, J. F. A.; NUNES, H. K. B. ; AQUINO, C. M. S. . INVENTARIAÇÃO E QUANTIFICAÇÃO DE


GEOMORFOSSÍTIOS NA MICRORREGIÃO DE PICOS (PIAUÍ). In: Henrique Simão Pontes; Nair Fernanda Burigo
Mochiutti; Laís Luana Massuqueto; Gilson Burigo Guimarães. (Org.). Anais do IV Simpósio Brasileiro de Patrimônio
Geológico e II Encontro Luso-Brasileiro de Patrimônio Geomorfológico e Geoconservação.. 1eded.Ponta Grossa: GUPE, 2017,
v. 1, p. 571-575.

SILVA, J. F. A.; NUNES, H. K. B. ; AQUINO, C. M. S. . ESTRATÉGIAS DE VALORIZAÇÃO E DIVULGAÇÃO DE


GEOMORFOSSÍTIOS DA MICRORREGIÃO DE PICOS (PIAUÍ), COM VISTAS A SUA UTILIZAÇÃO PELO
GEOTURISMO. In: Henrique Simão Pontes; Nair Fernanda Burigo Mochiutti; Laís Luana Massuqueto; Gilson Burigo
Guimarães. (Org.). Anais do IV Simpósio Brasileiro de Patrimônio Geológico e II Encontro Luso-Brasileiro de Patrimônio
Geomorfológico e Geoconservação.. 1eded.Ponta Grossa: GUPE, 2017, v. 1, p. 467-471.

SILVA, J. F. A.; AQUINO, C. M. S. ; NUNES, H. K. B. . INVISIBILIDADE DO PATRIMÔNIO GEOMORFOLÓGICO
FRENTE A OUTROS PATRIMÔNIOS.. 2017. (Apresentação de Trabalho/Congresso).

4 VALORIZAÇÃO E DIVULGAÇÃO DO GEOPATRIMÔNIO DA MICRORREGIÃO DE PICOS

4.1 Artigos sobre a temática já apresentados / publicados

SILVA, J. F. A.; NUNES, H. K. B. ; AQUINO, C. M. S. . INVENTARIAÇÃO E QUANTIFICAÇÃO DE


GEOMORFOSSÍTIOS NA MICRORREGIÃO DE PICOS (PIAUÍ). 2017. (Apresentação de
Trabalho/Simpósio).

SILVA, J. F. A.; AQUINO, C. M. S. ; OLIVEIRA, D. S. . AVALIAÇÃO E PROPOSTA DE UTILIZAÇÃO DA ?
CIDADE DE PEDRAS?, COMO LOCAL POTENCIADOR DE ATIVIDADES LIGADAS A EDUCAÇÃO
AMBIENTAL E AO GEOTURISMO.. 2016. (Apresentação de Trabalho/Simpósio).

SILVA, J. F. A.; AQUINO, C. M. S. ; OLIVEIRA, D. S. ; ARAUJO, G. L. . LEVANTAMENTO DA


GEODIVERSIDADE, DO PATRIMÔNIO GEOLÓGICO E GEOMORFOLÓGICO DA “CIDADE DE
PEDRAS”, PIAUÍ, PARA FINS TURÍSTICOS E EDUCACIONAIS. 2016. (Apresentação de
Trabalho/Congresso).



CONCLUSÕES

Apesar do crescente e contínuo número de pesquisas sobre geodiversidade e


temáticas afins, as mesmas ainda representam promissores objetos de investigação
científica, haja vista a importância que possuem para a humanidade e, em especial
no caso do Brasil, por conta da grande quantidade de lugares com elevadas
potencialidades em tais campos de estudo, mas ainda subutilizados.

A microrregião de Picos (Piauí) compreende algumas destas áreas, ricas em


geodiversidade, com grande potencialidade turística, didática e outras, porém,
escassas de investigação científica e de divulgação.

Tais áreas apresentam variados e evidentes valores ecológico, estético, cultural e,


especialmente, turístico e didático.
CONCLUSÕES

A avaliação destas áreas através das etapas de inventariação e quantificação


revelou que as mesmas, embora já possuam tímido aproveitamento turístico e
didático, podem ser muito mais exploradas.

As características cênicas excepcionais de suas geoformas possibilitam aos


geoturistas a contemplação de suas belezas e o entendimento de suas formações e
constante transformações, aliando o uso geoturístico destes lugares à educação
ambiental, possibilitando com isso a valorização, divulgação e consequente
melhor aproveitamento dos mesmos, e desenvolvimento sustentável para os
moradores da região, contribuindo para uma melhor qualidade de vida nestas
áreas que sofrem com baixos indicadores sociais.
CONCLUSÕES

Espera-se que sejam destinadas estratégias de geoconservação para esses lugares,


os quais caso não preservados podem ser seriamente danificados, o que culminará
em prejuízos econômicos, científicos e outros.

Espera-se ainda que demais pesquisas possam dar maior visibilidade ao


geopatrimônio existente na região, fazendo com que entidades públicas,
comunidade acadêmica e sociedade em geral deem a devida atenção a essa
vertente da natureza abiótica tão importante para a manutenção da vida na Terra,
porém, por muitos, ainda ignorada, e que possam direcionar esforços em prol de
sua geoconservação.
Conheça o Patrimônio Geomorfológico da Microrregião de
Picos-PI e guarde na memória parte da história da Terra.







Você também pode gostar