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Revista Eletrônica Aboré - Publicação da Escola Superior de Artes e Turismo Edição 03/2007

ISSN 1980-6930

COMUNIDADE DO JANAUARI: UMA ANÁLISE DA


ATIVIDADE TURÍSTICA

Mayara Carvalho Trindade1


Lígia Fonseca Heyer2

RESUMO

O presente artigo apresenta uma análise da atividade turística realizada na Comunidade do


Janauari, especificamente no Parque Fluvial do Janauari, integrante do município de Iranduba no
Estado do Amazonas. Inicia-se com a localização do município e da comunidade, logo em
seguida apresenta as características físicas e sócio-econômicas do atrativo turístico. Também,
descreve o início da atividade turística na comunidade e como vem sendo organizada, além de
citar suas potencialidades. Finaliza com algumas considerações sobre o turismo no Parque
Fluvial do Janauari.

PALAVRAS CHAVES: atividade turística, Comunidade do Janauari e potencialidades.

ABSTRACT

The present article presents an analysis of the tourism activity happening at Janauari
Community, specifically the Janauari Fluvial Park integrated with Iranduba city in the State of
Amazon. It begins by describing the location of the city and of the community, and then it
presents the physical, social and economic characteristics of the area. Also, it describes the
beginning of the tourist activity in the community and then describes the potencial activity. It
finishes with some thonghts on tourism in the Janauari Fluvial Park.

KEY-WORS: tourist activity, Janauari´s Community and potencial activity.

1. INTRODUÇÃO

Atualmente, o mundo depara-se com sérios problemas ambientais como o aquecimento


global que de acordo com Livi (2005) é a mudança climática do planeta e o aumento da sua

1
Bacharel em Turismo, pós-graduanda em Turismo e Desenvolvimento Local pela Universidade do Estado do
Amazonas. E-mail: maytrindade@gmail.com
2
Profª Dra. em Geografia Física pela Universidade de São Paulo. Docente da Universidade do Estado do Amazonas
UEA E-mail: lheyer@uea.edu.br
2

temperatura, podendo provocar alterações significativas. Cientistas acreditam que o aumento da


concentração de poluentes na atmosfera seja responsável por esse fenômeno climático.
Devido à questão ambiental estar em enfoque, a Amazônia tornou-se motivo de
preocupação mundial por ser a maior floresta preservada do planeta. No entanto, a marca
Amazônia tem ganhado forças e atraído um grande número de turistas para a região norte do
Brasil, podendo fortalecer a atividade turística que vem sendo realizada.
Conseqüentemente, os principais segmentos da atividade do turismo no Estado do
Amazonas são: o turismo de natureza e o ecoturismo. Laarman e Durst (1993) citado por Beard et
al (2003) definem que o turismo de natureza ocorre em parques e áreas relativamente intocadas,
áreas alagadas e reservas protegidas. A Embratur (1994) diz que o ecoturismo utiliza,
sustentavelmente, o patrimônio natural e cultural, incentivando sua conservação e buscando
formação de uma consciência ambientalista, além de promover o bem estar das populações.
Esses segmentos do turismo promoveram no Amazonas o crescimento de produtos
turísticos em ambientes naturais trabalhados por hotéis de selva e agências de receptivo. Um
exemplo de produto turístico de natureza é o tradicional passeio fluvial que visita uns dos
principais atrativos do Amazonas, o Encontro das Águas. Porém, esse passeio, também, inclui a
visita ao Parque Fluvial do Janauari, pertencente à Comunidade do Janauari.
Assim, o objetivo da pesquisa é analisar a atividade turística realizada na Comunidade do
Janauari, bem como verificar se a população local usufrui algum benefício com as visitações dos
turistas. Foi utilizado o método da observação e entrevista com dois comunitários, sendo
qualitativa a dimensão da pesquisa.
O artigo é relevante para a academia, devido não existir bibliografia aprofundada sobre o
tema abordado. É também importante para a comunidade estudada e para o setor privado, pois
analisa a atividade turística existente no local, podendo verificar pontos fortes e fracos.
O texto está dividido em duas partes. A primeira relata as características da comunidade,
mostrando seus aspectos físicos, sociais e econômicos e a segunda descreve o início da atividade
turística no local abordado, assim como é realizada nos dias presentes. Por fim, a conclusão busca
mostrar a importância da atividade para a comunidade e alternativas que possam gerar benefícios
para a população local.

2. A COMUNIDADE DO JANAUARI
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A Comunidade do Janauari está localizada na margem direita do Rio Negro, pertencente


ao município de Iranduba, distante do porto de Manaus 22 (vinte e dois) quilômetros e como vias
de acesso: terrestre através de um ramal pavimentado de saibro e fluvial em 45 minutos de barco.
O município de Iranduba possui uma área territorial de 2.354 km² e a Comunidade do
Janauari possui 9 mil hectares. Limita-se com os municípios do Careiro ao Leste, Manaquiri ao
Sul, Manacapuru ao Sudeste, Novo Airão ao Noroeste e Manaus ao Norte. Os municípios do
estado do Amazonas estão divididos em micro e meso-regiões. Iranduba integra a 7ª micro-região
(Rio Negro-Solimões) e a meso-região (Centro Amazonense), que é uma meso-região comandada
por Manaus.
A comunidade foi fundada em 1° de agosto de 1880 segundo relatos dos comunitários,
pois o Sr. João Antônio Coelho Filho nasceu em 1885 e seu pai já residia no Janauari há cinco
anos. O significado da palavra Janauari tem origem indígena e foi composta a partir das palavras
Jauari (árvore da região) e Jauaná (tribo indígena).
A Comunidade do Janauari está dividida em cinco comunidades menores, são elas:
Comunidade Vila Nova; Comunidade São José II; Comunidade São Pedro, Comunidade Vila
Brasil e a comunidade flutuante Janauarilândia. Porém, a pesquisa concentra-se na área do Parque
Fluvial do Janauari, onde as comunidades são estudadas no geral e não particularmente.
O Parque Fluvial do Janauari possui uma área de 6.684.012 m2 e Soares et al (2007)
comenta que o mesmo integra a Área de Proteção Ambiental Encontro das Águas. Essa área de
proteção compreende grande parte do município de Iranduba com uma área aproximada de
107.000 hectares e está situado entre os rios Negro e Solimões.
A Área de Proteção Ambiental Encontro das Águas foi criada pela Prefeitura de Iranduba
através da Lei Municipal nº 041/2000, tendo como finalidade conservar e preservar a diversidade
biológica da localidade, como também, programar ações visando o desenvolvimento sustentável e
a manutenção da qualidade do meio ambiente.

2.1 ASPECTOS FÍSICOS DA COMUNIDADE JANAUARI

A vegetação da região do Janauari é caracterizada por uma floresta densa e por


campinarana com formação arbustiva e herbácea. As espécies encontradas na área são a vitória-
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régia, samaúma, seringueira, samaumeira. Com relação à fauna, as principais espécies são: jacaré,
piranha, cobra, macaco, preguiça, arara e uma grande variedade de pássaros.
O relevo está classificado como planície sedimentar, compreendendo matas de terra firme,
igapós e várzeas. Branco (1997) define terras firmes como terras altas e localizadas em áreas
acima dos limites de inundação periódica dos rios, não havendo renovação anual do limo ou
sedimentos férteis levados pelos cursos dos rios. Nas matas de terra firme encontram-se as
grandes árvores de madeira de lei da Amazônia e em alguns locais as copas das árvores são tão
grandes que impedem a passagem de até 95% da luz do sol, tornando o interior da floresta escuro,
mal ventilado e úmido.
As matas de igapó estão localizadas em terrenos mais baixos, próximos aos rios, podendo
manter-se permanentemente alagadas. Durante o período de cheia, as águas inundam as margens
dos rios, avançam pela floresta e chegam quase a alcançar as copas das árvores, formando os
"igapós". Quando esse fenômeno acontece nos pequenos rios e afluentes, são denominados
"igarapés". As árvores encontradas nesse tipo de matas podem atingir 20 metros de altura, mas é
comum encontrar-se árvores de dois a três metros, com ramificação baixa e densa, de difícil
penetração. Sua espécie mais famosa é a vitória-régia, conhecida como a "rainha dos lagos".
A folha da vitória-régia pode chegar a medir um metro e oitenta centímetros de diâmetro.
As bordas de suas folhas são levantadas e espinhosas, para evitar a ação destruidora dos peixes, e
as raízes se fixam no fundo da água, formando um bulbo com um cordão fibroso revestido de
espinhos. A flor também se abre protegida por espinhos e muda de cor, do branco para o rosa,
com o passar do tempo. O bulbo da vitória-régia é muito apreciado pelos índios e as sementes se
assemelham às do milho. No período de seca as vitórias-régias desaparecem, voltando suas
sementes a germinar na estação das cheias.
E as matas de várzeas estão localizadas entre a terra firme e os igapós, variando de acordo
com a proximidade dos rios, possuem um manto fértil que é anualmente renovado pelas aguas,
trazendo elementos fertilizantes que propiciam a formação de pastagens e plantações. Nelas
podem ser encontradas árvores de grande porte como a seringueira, as palmeiras e o jatobá.
De acordo com a SUDAM (1984), o clima no município de Iranduba é Tropical Chuvoso
e Úmido, sendo uma época mais seca (verão Amazônico), com início em junho e vai até final de
outubro e temperatura média máxima de 33ºC, a outra época mais chuvosa, considerada o
inverno, que inicia em novembro e vai até maio, com temperatura média mínima de 23º C. A
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umidade relativa varia de 77% (agosto) a 87% (fevereiro). O regime pluviométrico anual fica em
torno de 1800 a 2200 mm.
Referente à hidrografia, a Comunidade do Janauari está situada à margem direita do Rio
Negro, porém na entrada da região percebe-se a presença também do Rio Solimões, formando um
pequeno encontro das águas, como é chamado pelos canoeiros. Isso se dá devido a um atalho
entre os rios Negro e Solimões chamado de Furo do Paracuúba.
Entretanto, o Rio Negro predominante na região é classificado como um rio de águas
pretas e nasce sob a denominação de Guainia, na serra do Junai, na Colômbia. A extensão total de
seu curso é de, aproximadamente, 1.700 km, sendo que 1.200 km corre em território brasileiro.
O Rio Negro possui uma bacia irregular e seus cursos seguem por áreas de relevo plano,
pouco acidentado e onde não há muita erosão dos terrenos. Conseqüentemente, suas águas não
carregam grandes quantidades de matérias em suspensão, por isso suas águas não possuem
turbidez e são transparentes, devido a grande quantidade de matéria orgânica dissolvida. A
coloração varia do marrom-oliváceo ao marrom-café, com uma transparência que permite
enxergar de 2 a 3 metros de profundidade.

2.2 ASPECTOS SÓCIO-ECONÔMICOS DA COMUNIDADE DO


JANAUARI
De acordo com a Amazonastur (2004), a população local é estimada em 290 pessoas em
terra firme, 155 residentes nas áreas ribeirinhas e 2 tribos indígenas. Os serviços básicos que os
autóctones têm acesso são: energia elétrica, transporte, telefonia e posto de saúde. Também, há
uma escola municipal, onde 23 crianças estão cursando a educação infantil e 265 o ensino
fundamental.
Com relação à economia, primeiramente seguem as atividades do município de Iranduba,
em seguida destacam-se as atividades da comunidade. Entre elas temos:
Setor Primário
Agricultura baseada principalmente no cultivo de produtos como milho, arroz, mandioca,
maracujá, repolho, pepino, couve, alface, coentro, feijão de metro, melancia, pimentão,
tomate, maracujá, citros e mamão havaí.
Na pecuária faz-se a criação de bovinos para corte e produção de leite.
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A pesca é utilizada pelas camadas de baixa renda como principal fonte de alimentação.
Entre os meses de maio e novembro há uma grande abundância de peixes, contribuindo
com o comércio de peixes em mercados e feiras.
A avicultura (criatório de galinhas e frangos) é praticada para o consumo interno das
famílias.
Há criação de tambaqui em açudes (piscicultura), pois houve a organização de
comunidades e de produtores.
O extrativismo vegetal é uma atividade tradicional no município de Iranduba através da
extração de produtos como madeira, sendo os subprodutos como a lenha para olarias e
padarias.
Na hortifruticultura cultiva-se repolho, tomate, alface, coentro, pepino.
Setor Secundário
Indústrias como olarias, serrarias, frigoríficos, laticínios e panificadoras.
Setor Terciário:
Estabelecimentos comerciais e serviços como hotéis, pensões, mercado municipal,
matadouro municipal e feira.
Entretanto, na comunidade nota-se que o artesanato e o turismo são as principais
atividades econômicas geradoras de renda para a população local, já a agricultura, a pesca e a
criação de animais são praticadas para subsistência familiar.
O artesanato produzido pela comunidade é comercializado através da Associação da Feira
de Artesanato Janauarilândia, localizada ao lado do Restaurante Valdecy. Anteriormente a sua
criação, essa atividade já era realizada, onde 18 famílias produziam artesanato e vendiam no
parque fluvial. A associação foi criada em 2004, assim fortalecendo a atividade e beneficiando
mais famílias, pois atualmente há 30 famílias participantes. Contudo, outros autóctones também
trabalham com artesanato, sendo que sua produção é levada para a cidade de Manaus.
Para a confecção de artesanato, utilizam-se matérias-primas como madeira, sementes e
fibras para a produção de quadros, colares, brincos, pulseiras, chaveiros, zarabatanas, flautas,
miniaturas de canoas e animais, etc.

3. ATIVIDADE TURÍSTICA
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A atividade turística no Janauari começou com a agência de turismo Selvatur, fundada em


abril de 1965, logo após, em junho do mesmo ano a Amazon Explorers também ingressou no
segmento receptivo. Alguns anos depois, outras agências começaram a explorar esse mesmo
segmento, como a Fontur e agências menores.
As agências de turismo Amazon Explorers, Selvatur e Fontur fazem do passeio fluvial um
produto turístico tradicional, pois algumas delas operam nesse setor há mais de 40 anos,
oferecendo ao turista uma opção de lazer na cidade de Manaus.
Durante o passeio, há um guia de turismo capacitado, com a finalidade de apresentar os
atrativos naturais, interagir com o visitante, contando curiosidades da região amazônica. Como
roteiro, a saída é realizada do porto flutuante de Manaus, avistando a frente da cidade e as
palafitas3. O barco segue pela margem esquerda do Rio Negro em direção ao Encontro das
Águas, onde é possível observar os botos.
Continuando o passeio, o próximo atrativo é o Parque Ecológico do Janauari, onde o
turista tem a oportunidade de conhecer um pouco da floresta amazônica, fazendo o passeio de
canoa motorizada pelos igarapés e igapós na época de cheia (dezembro a junho) ou caminhada na
selva durante a vazante (julho a novembro), e ainda podendo apreciar o Lago da vitória-régia.
Após os passeios, o almoço é servido em um restaurante flutuante e em seguida o grupo retorna a
Manaus.
O passeio fluvial é realizado diariamente com duração de aproximadamente seis horas,
possuindo uma maior demanda nos meses de dezembro a fevereiro, e nos meses de junho e julho.
Segundo a proprietária do Restaurante Valdecy, o número de pessoas que passaram pelo seu
restaurante no mês de dezembro de 2006 foi de 1.670 pessoas.
Com a freqüente utilização da área, em dezembro de 1984, foi constituído o Consórcio de
Empresas Turísticas para a exploração da atividade, no imóvel Fazenda Santo Antônio,
conhecido como Parque Fluvial do Janauari. As empresas integrantes tinham um objetivo
comum: utilizar o parque com fins ecológicos e turísticos. Cada consorciado tinha direito às
receitas próprias de sua exploração na atividade, mas era obrigada a pagar uma taxa uniforme
para cada visitante. Porém, hoje, esse consórcio não está mais em vigor.
As agências de turismo utilizam o Parque Fluvial do Janauari como produto turístico,
fazendo uso apenas de uma pequena área da comunidade para realização das atividades turísticas

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Habitação popular da região amazônica.
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como passeio de canoa motorizada pelos igarapés, vista as vitórias-régias, pescaria de piranha e
focagem ao jacaré. Também, usufruem da pequena infra-estrutura turística existente como os
restaurantes flutuantes: Rainha da Selva, Restaurante Valdecy e Flutuante do Ipixuna.
Atualmente para a realização dos passeios de canoa motorizada e o almoço, as agências de
turismo Amazon Explorers, Selvatur e Fontur terceirizam os serviços do Restaurante Valdecy.
Entretanto, o ponto forte da Comunidade do Janauari é a natureza. De acordo com a
Amazonastur (2004), os atrativos naturais estão localizados em área pública, pertencentes à bacia
do rio Solimões e têm potencial nas seguintes atividades:
Igarapé Janauari banho, canoagem, pesca de subsistência e caminhada.
Igarapé Umirituba natação, banho, canoagem, caminhada, pedalinho, camping
e pesca de subsistência.
Igarapé Ipixuna canoagem, pesca de subsistência, pesquisa cientifica, pesca
esportiva e caminhada no período de seca.
Igarapé Xiborema apenas passeio turístico e observação de pássaros.
Porém, esses atrativos naturais não possuem visitações e atividades turísticas regulares,
pois há excursões de selva organizadas pelas agências de receptivo, onde grupos privativos
pernoitam em barco regional, no mínimo de dois dias e uma noite.
De tal modo, como a visitação diária é apenas na área do Parque Fluvial, os benefícios da
atividade turística não contemplam a maior parte da população, pois o número de empregos
diretos e indiretos é insuficiente. Parte da geração de renda circula entre os proprietários de
restaurantes flutuantes e artesãos, mas são as agências de turismo com sede em Manaus que
lucram com essa atividade econômica.

4. CONCLUSÃO

O turismo na Comunidade do Janauari tem se desenvolvido de maneira lenta, devido à


utilização apenas da área do Parque Fluvial. O que se pode perceber é o potencial existente em
outras áreas da comunidade e as atividades de lazer que poderiam ser realizadas. Nota-se que a
infra-estrutura turística ainda é básica, limitando-se aos restaurantes flutuantes e à feira de
artesanato.
Outro aspecto que merece atenção é o fato do Parque Fluvial do Janauari ser uma área de
proteção ambiental, e mesmo assim, o governo não é atuante na comunidade. Não há incentivos
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por parte do poder público, como projetos ou programas voltados para o desenvolvimento do
turismo.
Com isso, a localidade depende inteiramente das excursões organizadas pelas agências de
turismo com sede na cidade de Manaus. Essas empresas, na sua maioria, não estão interagindo de
forma sustentável com a comunidade. Poderia, por exemplo, ser feito um trabalho de capacitação
ou de conscientização ambiental com os moradores, garantindo a sustentabilidade da área no
futuro e conseqüentemente da atividade.
A proposta do artigo foi alcançada, pois com a análise da atividade turística na
Comunidade do Janauari concluímos que a região tem potencial para o desenvolvimento de
outras atividades turísticas em toda sua extensão, deste modo não concentraria as visitações
apenas na área do Parque Fluvial e ainda beneficiaria outras pessoas da comunidade.
Portanto, a vocação da Comunidade do Janauari para o turismo é evidente, mas é
necessário que ocorra um envolvimento entre a comunidade, o poder público e as empresas
privadas, a fim de melhorar a infra-estrutura turística, capacitar à mão-de-obra local e ainda criar
projetos que visem minimizar os possíveis impactos negativos ambientais.

REFERÊNCIAS

AMAZONASTUR. Inventário sócio-econômico e turístico. Manaus, 2004.


BEARD, Colin; SWARBROOKE, John; LECKIE, Suzanne; PROMFRET, Gill. Turismo de
aventura: conceitos de estudos de caso. Tradução: Marise Toledo. Rio de Janeiro: Elsevier,
2003.
BRANCO, Samuel Murgel. O desafio amazônico. São Paulo: Moderna, 1995.
EMBRATUR/IBAMA. Diretrizes para uma Política Nacional de Ecoturismo. Brasília, 1994.
LIVI, Fernando. A febre do clima. Disponível em:
<http://www1.universia.com.br/materia/materia.jsp?materia=8759>. Acesso em 14 de julho de
2007.
SOARES, Carlos; TEIXEIRA, Wenceslau; PINTO, Willer; COSTA, Lizit. Geotecnologia
aplicada ao estudo da dinâmica do uso e cobertura da terra na Área de Proteção Ambiental
(APA) Encontro das Águas - Iranduba (AM). Florianópolis, 2007.
SUDAM/Projeto de Hidrologia E Climatologia Da Amazônia. Atlas Climatológico da
Amazônia Brasileira. Belém, 1984.
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