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Curso de Operação e

Manutenção de
Equipamentos Vibratórios
O PENEIRAMENTO – CONCEITOS GERAIS
Alimentação

. O material se fluidifica por ação


da vibração.
Su . Na superfície de peneiramento,o
pe
rfí material fica sujeito a dois
ci
e
de fenômenos :
Pe
ne
ira 1) A Estratificação
m
en
to
2) A Probabilidade
Produto
passante Produto
retido
A ESTRATIFICAÇÃO
PENEIRAMENTO : A ESTRATIFICAÇÃO
Os fatores que influenciam a Estratificação são:

1. Umidade do material

2- Movimento do equipamento:
2.1 . Amplitude X Freqüência ;
2.2. Tipo de movimento;

2.3 . Direção do movimento .

3- Movimento do material

3.1. Espessura de camada;

3.2. Formato de partícula;


Devido à vibração, a camada de
material segrega. Os finos vão
3.3 . Grau de aderência (pegajoso) ;
para a parte inferior e entram
em contato com a tela.
3.4. Inclinação do equipamento.
PENEIRAMENTO/ESTRATIFICAÇÃO : A UMIDADE

à Umidade
tolerável : até 6%

à Umidade >10%-
Usar injeção de
água.
PENEIRAMENTO/ESTRATIFICAÇÃO : A UMIDADE

Fator “F”- Redução de Capacidade X Umidade


PENEIRAMENTO/ESTRATIFICAÇÃO : A UMIDADE

Algumas soluções :

à Secar o produto;

à Aquecer a tela;

à Utilizar Lavagem;

à Usar telas de borracha


ou auto-limpantes
à Usar “Ball Decks`”

OSCILANTE

BORRACHA SÔNICA
PENEIRAS E TIPOS
DE MOVIMENTOS
PENEIRAMENTO : MOVIMENTOS VIBRATÓRIOS

àUtilizado em peneiras inclinadas.


àA velocidade de transporte fica entre 30 a 38 m/min,
dependendo da inclinação e da relação amplitude x
freqüência.

à O vibrador pode girar a favor ou contra o fluxo para reter mais


o fluxo afim de melhorar a classificação.
PENEIRAMENTO : MOVIMENTOS VIBRATÓRIOS

àUsados em peneiras
horizontais , ou de pequenas
inclinações que podem ser
Descendente para classificação
e Ascendente para
desaguamento.
àMáquinas horizontais geralmente proporcionam maior
eficiência, porém menor capacidade. A velocidade de
transporte é aprox. 12m/min.
à Mecanismo pode ser do tipo sincronizado.
à Pode ser do tipo com auto - sincronismo.
ALTURA DE CAMADA
PENEIRAMENTO: A ALTURA DE CAMADA

CONDIÇÕES POSSÍVEIS:

Camada Baixaà à Material


passa muito rápido sobre a a
área de peneiramento,
perdendo a oportunidade de
passar por uma das aberturas
da tela.

Camada Muito Altaàà Não permite


que partículas menores atravessem
-na , caminhando assim para a bica
de descarga , sem ter a
oportunidade de entrar em contato
com a abertura de tela.

Altura de camada idealà


à De três a
quatro vezes a abertura da tela.
PENEIRAMENTO: A CLASSIFICAÇÃO EM
PENEIRAS CLÁSSICA X BANANA
CLASSIFICAÇÃO CLÁSSICA
alimentação
1) a - b: estratificação da alimentação
2) b - c: estratificação máxima - peneiramento
saturado
3) c - d: separação por constantes tentativas

deck da
peneira

1 2
3
a b c d
PENEIRAMENTO: A CLASSIFICAÇÃO EM
PENEIRAS CLÁSSICA X BANANA
PENEIRA BANANA
PENEIRA BANANA
DECK DE INCLINAÇÃO VARIÁVEL
Velo
cida

Capacidade da separação (m³/m²/h)


de
des
cre
sce
nte

26º

20º
16º

Comprimento da peneira (L)

Espessura reduzida da camada permite


Movimento Linear a remoção imediata de material fino
A PROBABILIDADE
PENEIRAMENTO : A PROBABILIDADE

É o processo de passagem do material através da


abertura da tela.
Fatores: - tamanho da partícula (d) em relação à
abertura da tela
a) d < 0,5 a Fácil
b) d > 1,5 a Indiferente
c) 0,5 < d < 1,5 a Crítico
EFICIÊNCIA DE PENEIRAMENTO

Material Material retido


passante

Material de “over”
no passante Material de
“under”no retido
EFICIÊNCIA DE PENEIRAMENTO

A eficiência pode ser definida como:


1- Eficiência de recuperação dos passantes :

qtde real de passantes /passante teórico

2- Eficiência de remoção dos passantes :

1 – (qtde under no over / qtde de over)

3- Eficiência como contaminação dos passantes :

1- (qtde de over no under / qtde de under)


PENEIRAMENTO:

VISÃO GERAL
PROCESSO PENEIRAMENTO

ESTRUTURAL TELAS ALIMENTAÇÃO


(peneira em si) DO MATERIAL
PENEIRAMENTO : A PENEIRA
PENEIRA

MOVIMENTO LAVAGEM AREA

AJUSTES FORMA LARGURA

COMPRIMENTO
SENTIDO GIRO
MOV.CIRCULAR
FREQUENCIA

AMPLITUDE MOV. LINEAR

INCLINAÇÃO MOV. ELIPTICO


PENEIRAMENTO: TELA

TELA

MATERIAL ABERTURA % DE AREA TIPO


DA TELA: DE TELA ABERTA

AÇO ESPESSURA

BORRACHA ESTRUTURA

PU FORMA FURO
PENEIRAMENTO: ALIMENTAÇÃO

ALIMENTAÇÃO

MATERIAL TAXA DE ALIMENTAÇÃO COMPOSIÇÃO

FORMA OVERSIZE

UMIDADE UNDERSIZE

DENSIDADE HALF SIZE

RUGOSIDADE PARTÍCULAS
CRÍTICAS
OS
EQUIPAMENTOS
VIBRATÓRIOS
Qual é o principal objetivo de
um equipamento vibratório?

•Promover uma separação granular entre em


vários tamanhos , no caso de peneiras vibratórias;

•Promover deslocamento de material no caso de


alimentadores, calhas e grelhas vibratórios;

•Promover desaguamento,escalpamento,etc, no
caso de peneiras e grelhas vibratórias.
EQUIPAMENTOS VIBRATÓRIOS TÍPICOS EM UMA PLANTA DE BRITAGEM

Grelha M

Peneira
Escalpe
Alimentador MV M

Peneira SH

Peneira
Banana

Peneira
desaguadora
Peneira F-
Peneira horizontal- LH p/ finos
Qual é o princípio da vibração ?
A vibração ocorre
mediante excitação
causada por forças
de origem
centrífuga ,
causada pela
rotação de massas
excêntricas .

Fc = m.V2/r = m.r.w2
Como estas forças são aplicadas num equipamento Vibratório?

Amplitude : 1,5 a 6mm Rotações: 700 a 1500 rpm


DEDUÇÕES IMPORTANTES

1) A amplitude de vibração independe da rotação dos mecanismos


vibratórios.
a= m.r/M

2) A força de excitação da peneira é proporcional ao quadrado


da rotação
Fc= mr.w2

3) O “m.r” do contra-peso não depende só de sua massa, mas


também da distância do centro de giro ao centro de gravidade da
massa excêntrica
CONTRA- PESOS
DEFINIÇÃO E
AJUSTES DE MR
DESENHOS E DEFINIÇÃO DO VALOR DE “ m.r ” DE CONTRA- PESO
VERSÃO ABERTURA EM “LEQUE”
DESENHOS E DEFINIÇÃO DO VALOR DE “ m.r ” DE CONTRA- PESOS
VERSÃO INSERTOS DE CHUMBO
AFERIÇÃO DE CONTRA- PESO
AFERIÇÃO DE CONTRA- PESOS
TIPO DE

VIBRADORES
VIBRADORES SINCRONIZADO POR ENGRENAGENS
VIBRADORES SINCRONIZADO POR ENGRENAGENS

Peneira Desaguadora com dois


mecanismos tipo Low Head
TIPO DE VIBRADORES: TIPO “H”
TIPO DE VIBRADORES: COM VOLANTES
TIPOS DE VIBRADORES: V-100
TIPOS DE VIBRADORES: V-100

Peneira modularMSH8’x20’DD
com dois vibradores compondo
movimento linear por auto-
sincronismo

Peneira CBS8x20DD de
movimento circular com um
eixo por módulo
TIPOS DE VIBRADORES: V-10
EIXO DE INTERLIGAÇÃO PARA VIBRADORES V-10
TIPO DE VIBRADORES: V-10 -CONEXÃO POR
EIXO DE INTERLIGAÇÃO
TIPO DE VIBRADORES: V-10 S
TIPO DE VIBRADORES: V-10/10S
ANÁLISE ESTRUTURAL- FREQUENCIA NATURAL

PENEIRA MODULAR
EM BANCADA DE
TESTE

ANALISADOR DE FREQUENCIA

RESULTADOS DE LEITURA DOS DOIS MODULOS DA PENEIRA


ANÁLISE ESTRUTURAL- FREQUENCIA NATURAL
CUIDADOS NA INSTALAÇÃO

- BICA DE ALIMENTAÇÃO- Melhorar a transferência do material –


Uso de caixa de pedra, bicas bifurcadas, asas distribuidoras,etc

- Respeitar folgas entre as partes vibrantes e fixas em torno


de 80mm na vertical e 20 mm lateralmente.

- Jamais agregar pesos extras à parte vibrante das peneiras/


alimentadores tais como bicas, guardas laterais, etc,

- Jamais acrescente decks além da configuração original de


fábrica ( incompatibilidade do Vibrador e CG da máquina);

- Checar o sentido de rotação do (s) vibrador (es).


CUIDADOS OPERACIONAIS E DE MANUTENÇÃO

-CONTRA-PESOS- Ajustar sempre os contra- pesos de forma igual


nos dois lados ;

-QUADROS OU VIGAS - verificar periodicamente revestimentos e


estado geral de vigas;
- TELAS- Utilizar sempre a fixação mais adequada. Verificar
adequado tensionamento de telas E abaulamento adequado ;

-JUNÇÃO DE PARTES - junção de chapas laterais com quadros ,


vigas , calha de alimentação utilizar parafusos de alta resistência ,
porcas e arruelas endurecidas e preferencialmente não reutiliza-los
CUIDADOS OPERACIONAIS E DE MANUTENÇÃO

-MOLAS: fazer inspeção e controle de nivelamento, limpeza e


substituição em caso de quebra ;

-ACIONAMENTOS POR POLIAS E CORREIAS- Em peneiras de auto-


sincronismo, verificar desgastes. Em caso de troca de polias
substituir todo o conjunto (polia movida/motora) de ambos os
acionamentos;

-ACIONAMENTO DIRETO POR EIXO CARDAN -Atentar para


lubrificação e o aperto dos parafusos de fixação das flanges;
CUIDADOS OPERACIONAIS E DE MANUTENÇÃO
-EIXO DE INTERLIGAÇÃO- Cuidado com alinhamento e apertos
adequados. NUNCA SUBSTITUA PEÇAS - TROQUE TODO O CONJUNTO (
Seu alinhamento é garantido por dispositivos de fábrica);

- Periodicamente, verifique o gráfico de amplitude do


movimento do equipamento. Ele é o indicador preciso das
condições estruturais e de performance .
CUIDADOS OPERACIONAIS E DE MANUTENÇÃO

- Siga corretamente as especificações dos lubrificantes


constantes nos manuais do equipamento.

-Recomendações de ajuste de Amplitude X abertura de malha:


ROLAMENTOS
ROLAMENTOS - CÁLCULO DE VIDA TEÓRICA
ROLAMENTOS - POR QUE OS ROLAMENTOS NÃO
ALCANÇAM SUA VIDA CALCULADA?

LUBRIFICAÇÃO
ROLAMENTOS - POR QUE OS ROLAMENTOS NÃO
ALCANÇAM SUA VIDA CALCULADA?

CONTAMINAÇÃO:
- A SOLUÇÃO VEM COM A TECNOLOGIA DE VEDAÇÃO.
LUBRIFICAÇÃO:
- A SOLUÇÃO VEM C/ A TECNOLOGIA PREDITIVA DE
ANÁLISE, CONTROLE E ESPECIFICAÇÃO DE LUBRIFICANTES
MAUS TRATOS:

A SOLUÇÃO VEM COM O CONTROLE DE VIBRAÇÕES, TÉCNICAS DE


MONTAGEM, ALINHAMENTO, BALANCEAMENTO, ETC.
DESMONTAGEM E MONTAGEM DE ROLAMENTOS
- Em geral todas as montagens dos componentes são deslizantes ,
com exceção do anel externo do rolamento no mancal;
- A retirada dos rolamentos deverá ser sempre feita em
ambiente limpo e através de prensa hidráulica.
- Deve-se executar uma inspeção dimensional das peças
principalmente no mancal e no eixo. O uso prolongado e sucessivas
desmontagens alteram as dimensões, obrigando recuperação ou
substituição destas peças. Segue abaixo orientação cujo desvio
máximo permissível com o qual os rolamentos terão 50% de vida
teórica inicial (retirado do manual de Instrução MB231):
ESPECIFICAÇÕES DE ROLAMENTOS
PARA APLICAÇÃO EM VIBRATÓRIOS
- Os rolamentos destinados à aplicação em máquinas vibratórias.
(peneiras, alimentadores, etc.) devem possuir as seguintes características:

- Folga radial C3 ou C4;


- Ranhura e furos para lubrificação no anel externo. Obrigatório quando
a lubrificação for à graxa ;

- Gaiolas (espaçadores) centradas / guiadas no anel externo ou interno;

- Gaiolas fabricadas em aço estampado e endurecido ou em bronze ou


em latão. Gaiola em poliamida não é aceitável;

- Recomendados pelos respectivos fabricantes como adequados para


aplicação vibratória.
ESPECIFICAÇÕES DE ROLAMENTOS
PARA APLICAÇÃO EM VIBRATÓRIOS
SUFIXOS PARA CADA FABRICANTE

- FAG: sufixo E.T41A, (antigo ES.JPA.T41A) disponível para diâmetros de 40 a


150mm com gaiola de aço estampado; A(S).MA.T41A a partir do diâmetro de
160mm com gaiola usinada de bronze.

- SKF com gaiola de bronze, fabricação USA . Prefixo indicado seguido do sufixo
CACM2/W502.

- NTN : sufixo C = gaiola em aço. Sufixo UAVS2 e BVS2 = gaiola de bronze.

- Torrington : sufixo YMW33W800C4 = gaiola de bronze; CJ e VCSJ = gaiola de


aço.

- SKF com gaiola de aço, fabricação Suécia: sufixo E/VA 405 ou 406 nos
diâmetros de 40 a 70 mm; EJA/VA 405 ou 406 nos diâmetros de 75 a 110 mm;
CCJA/W33VA 405 ou 406 nos diâmetros de 120 a 200 mm.
FIM
TELAS- TENSIONAMENTO
Raio de Curvatura ideal:
- perfeito tensionamento
- perfeita distribuição do
material sobre a tela Raio de Curvatura
muito grande:

- falta de tensionamento
soltura e/ou
quebra de telas

Raio de
Curvatura muito
pequena:
- material passa preferencialmente
pelas laterais
Desgaste localizado de tela/má
classificação
Molas trabalhando fora de esquadro
Acionamento por polias e correias

- Exige checagem de desgaste de


polias e correias
- Permite alterar rotação
Acionamento Direto por Eixo Cardan

- Elimina problemas c/ desgaste de


polias e correias;
- Rotação fixa do motor.

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