Você está na página 1de 46

Introdução

 A “lixiviação” é a extração ou solubilização dos


constituintes químicos de uma rocha, mineral,
solo, depósito sedimentar e etc. pela ação de
um fluido percolante.
 Em metalurgia e outras áreas relacionadas, a
lixiviação é utilizada para separar metais de
valor de um minério por meio de solução
aquosa de maneira barata (sem ser necessário
o beneficiamento do minério).

Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico 2


Introdução

 Em outros casos, também é usada para se fazer a


remoção de impurezas, quando recebe o nome
de “lixiviação inversa”.
 Este tipo de lixiviação chamamos de “lixiviação
química” e pode ser divida em dois tipos:
• lixiviação direta e
• lixiviação sob pressão.
 Já em geologia, chamamos de lixiviação ao
processo de “arraste” ou “lavagem” dos sais
minerais presentes no solo, caracterizando uma
forma inicial de erosão, ou erosão leve.

Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico 3


Aplicação

 O processo de lixiviação é executado com o


objetivo único de separação.
 A lixiviação consiste, tipicamente, na remoção do
metal de valor de modo a separá-lo de uma
grande massa de ganga com um beneficiamento
mínimo do minério.
 Contornam-se, dessa forma, os custos associados
ao tratamento do minério.
 O procedimento segue com processos extrativos
hidrometalúrgicos.

Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico 4


Aplicação

 Em alguns casos, a lixiviação também é usada


para a remoção de impurezas. Quando
realizada com este objetivo, o processo é
chamado de lixiviação inversa, ou
beneficiamento hidrometalúrgico.
 O mineral do metal de valor permanece no
estado sólido.

Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico 5


Aplicação

 O caso do Alumínio– a mais importante aplicação


da lixiviação – é intermediário entre os citados
anteriormente, onde o teor do minério contendo
o metal de valor é elevado e a lixiviação é feita
basicamente para deixar intocadas as impurezas.
• O teor de Al2O3 na composição típica da bauxita (uma
mistura de minerais) de uso industrial está na faixa de
40-60%.
 O procedimento segue com processos extrativos
hidrometalúrgicos.

Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico 6


Características

 A capacidade de tratar minérios com baixos teores,


dispensando o seu beneficiamento, é a característica
básica da lixiviação, que se fundamenta na
especificidade do agente de lixiviação empregado.
 Idealmente, e de maneira geral, o agente lixiviante
deve ser:
• barato
• específico – para não reagir com a massa de minerais da
ganga e assim dissolver elementos indesejados
• solúvel em água; e
• reciclável – para não elevar os custos do procedimento
extrativo.

Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico 7


Reagentes

 Na lixiviação, os reagentes mais comuns são:


• ácido sulfúrico,
• sulfeto férrico,
• amônia e
• carbonato de amônio.

Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico 8


Reagentes

 O ácido sulfúrico é usado com minerais da classe dos


óxidos.
 O sal férrico oxidante é empregado no ataque a sulfetos.
 As soluções amoniacais são empregadas na lixiviação de
cobre nativo ou cobre e níquel no estado metálico
(previamente reduzidos em alguma outra operação).
 Se o mineral for um sulfato – natural ou produto da
ustulação de um sulfeto – bastará água para dissolvê-lo.
 Se pudermos escolher entre ácidos ou álcalis,
escolheremos ácidos para uma ‘ganga ácida’, e vice-
versa.

Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico 9


Reagentes

 Podemos descrever como principais fatores


que determinam a escolha do tipo de
lixiviante:
• A cinética de reação do lixiviante com o minério;
• O custo dos reagentes;
• As reações químicas entre a solução lixiviante e a
ganga; e
• A capacidade de separação sólido/líquido e
recuperação do agente.

Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico 10


Reagentes

 A concentração do agente na água varia bastante: o


ácido sulfúrico, por exemplo, é usado desde a
concentração de 1-5 g/L, na lixiviação em pilhas, até
a concentração de 50 g/L, na lixiviação por agitação.

Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico 11


Reagentes

 O emprego de bactérias na lixiviação de


sulfetos é uma prática industrial moderna;
 Por exemplo, a bactéria Thiobacyllus ferro-
oxidans, durante a lixiviação do sulfeto de
cobre contendo ferro, oxida o Fe² e o Fe³.
 Isso inibe a dissolução do ferro e, por
conseqüência, multiplica a taxa de dissolução
do cobre por um fator que varia entre 10 e
100 vezes.

Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico 12


Tipos de Lixiviação

 Após a seleção do reagente, o próximo passo é a


escolha do sistema de lixiviação.
 Os sistemas mais usados são:
• Lixiviação em tanques
• Lixiviação no local (“In Situ Leach”)
• Lixiviação em pilhas (“Heap Leach”)
 E quanto a operação:
• Com agitação aberta
• Com agitação sob pressão
• Em leitos estáticos

Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico 13


Tipos de Lixiviação

Em situ

Leito
Em pilhas
Estático

Em tanques
Processos estáticos
de Lixiviação
Abertos
Tanques
Agitados
Sob pressão
Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico 14
Tipos de Lixiviação

 Logo, existem muitos métodos de lixiviação, a


escolha de um deles depende de diversos
fatores como, por exemplo,
• granulometria do minério,
• taxa de produção,
• custo,
• composição do mineral,
• técnicas subsequentes necessárias.

Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico 15


Tipos de Lixiviação
 A natureza dos métodos varia desde aqueles
nitidamente industriais, que necessitam equipamentos
sofisticados e apresentam produção elevada, até as
técnicas quase desprovidas de reatores, que são
empregadas proximamente ou diretamente na mina,
ou mesmo no solo não-minerado (in situ).
 Isso se aplica especialmente aos minérios com teores
tais que o custo da mineração é impeditivo.
 Um estágio intermediário é aquele da lixiviação em
‘pilhas’ de minério (sobre uma superfície impermeável)
– mas, que também podem ser de rejeitos acumulados
por antigos empreendimentos de mineração.

Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico 16


Tipos de Lixiviação

 Os sistemas de lixiviação estática em pilhas e no local


são mais adequados a situações onde dispõe-se de
corpos mineralizados de baixo teor.
 Nestas condições, o investimento a ser feito numa
unidade de lixiviação pode não compensar os ganhos a
serem obtidos com um aumento na recuperação do
metal de interesse.
 Este quadro se altera para os casos em que se trata de
depósitos com níveis de concentração mais elevados,
onde uma diminuição na eficiência da lixívia poderia
implicar em perdas econômicas significativas.

Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico 17


Lixiviação em Tanques

 Nesta técnica, a lixiviação é conduzida em


tanques conectados em série, onde o minério
finamente triturado entra em contato com a
solução lixiviante, que pode ser ácida ou alcalina,
formando uma “lama”, cuja densidade é a
máxima possível (tipicamente 55% de umidade)
para minimizar o consumo de reagentes e volume
no circuito.
 A densidade deve ser tal que seja possível
alcançar um nível onde a adequada mistura de
reagentes e controle das condições de lixiviação
possam ser obtidos.
Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico 18
Lixiviação em Tanques

 O sistema de agitação nos tanques pode ser


tanto mecânico, quanto agitação usando ar.
 A escolha do método de agitação é
dependente de um número de variáveis tais
como:
• densidade do minério,
• tamanho de partícula,
• natureza abrasiva (determinado pela forma e
mineralogia).

Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico 19


Lixiviação em Tanques

 Para “lamas” mais grosseiras, o consumo de ar (no caso


de agitação por ar) pode ser inaceitavelmente elevado.
 O circuito de lixiviação pode conter até 12 tanques em
série, porém 4 ou 5 tanques podem ser considerados
suficientes para garantir que todo material entre no
circuito com um tempo de residência adequado.
 Os tanques são conectados de tal forma que o circuito
possa ser desviado, quando da necessidade de
manutenção em qualquer um deles.
 Este sistema de lixiviação apresenta um fluxograma
complexo, em alguns casos é necessário um circuito
em dois estágios.

Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico 20


Lixiviação em Tanques

 Uma larga variedade de esquemas de adição de


reagentes tem sido adotada; em alguns casos os
reagentes são adicionados no início do circuito, em
outros, tanto a solução lixiviante quanto o oxidante são
distribuídos em quase todos os tanques do circuito.
 Diversos parâmetros precisam ser controlados para
uma melhor eficiência do processo.
 No caso de circuitos cuja lixiviação é em meio ácido, o
pH não deve ser superior a 2, para evitar a precipitação
do íon férrico e outros íons.
 A acidez do licor final deve ser suficientemente alta
para prevenir a precipitação de alguns metais.

Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico 21


Lixiviação em Tanques

 A temperatura e a concentração dos


componentes da solução irão determinar o valor
de pH no qual a precipitação irá ocorrer.
 A grande desvantagem da técnica de lixiviação
em tanques (além do alto consumo de energia) é
o tipo de rejeito que é gerado: após a lixiviação, o
licor obtido rico em metal é separado e segue as
demais etapas para obtenção do produto final, e
o material sólido (os chamados “tailings”), segue
para a área de deposição de rejeitos.

Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico 22


Lixiviação em Tanques

 O gerenciamento deste tipo de rejeito constitui


um desafio, principalmente em termos de
gerenciamento a longo prazo, por causa dos
grandes volumes produzidos e por serem
constituídos.
 Além dos grandes volumes gerados, devido à fina
granulometria do material, o acesso e a dispersão
no ambiente dos constituintes danosos do
“tailing” através do arraste eólico, deve ser
restringido.
• Ex: rejeito da lixiviação para obtenção de urânio.

Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico 23


Lixiviação em Tanques

Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico 24


Lixiviação em Tanques

Fluxograma de Um Processo de Lixiviação em Tanques.

Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico 25


Lixiviação em Tanques

 Quanto a forma de operação, tanques agitados,


agitados sob pressão, ou simplesmente leito
estáticos, diferenciam a cinética química e
aumentam a velocidade da reação e o
rendimento da lixiviação, alcançando índices de
100% de extração para alguns metais.
 Serão estudados em cada minério, e como
aumentam o rendimento e a velocidade da
reação.

Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico 26


Lixiviação In Situ
 O processo de “In Situ Leach” (ISL) combina a
mineração e o beneficiamento de um determinado
mineral ou elemento em uma única etapa.
 Esta técnica pode ser utilizada na recuperação de
urânio, cobre, níquel, ouro, ferro, fosfato, embora
urânio e cobre sejam os elementos mais
correntemente explorados.

Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico 27


Lixiviação In Situ
 Enquanto que o processo tradicional de
mineração envolve as etapas de escavação e
remoção do minério, (seja em cava aberta ou
escavação subterrânea) e o processamento do
minério por beneficiamento físico e químico para
lixiviar o elemento de interesse do minério, a
técnica de ISL envolve a circulação direta da
solução lixiviante, através do corpo mineralizado
e posterior recuperação desta solução contendo
o metal de interesse nela dissolvido.
 Neste método, não é efetuada a escavação do
minério, diminuindo, assim, a geração de rejeitos
sólidos e a formação de aerossóis.
Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico 28
Lixiviação In Situ
 Entretanto, nem todos os depósitos de minério são
adequados para a aplicação da técnica de ISL.
 O corpo mineralizado deve possuir as seguintes
características:
• Ocorrer em rochas porosas ou permeáveis (como arenitos);
• Estar confinado (isolado) por camadas de material impermeável,
como por exemplo, argilas;
• Estar localizado abaixo do lençol freático e portanto saturado
com água subterrânea de ocorrência natural;
• O tipo de mineralização deve ser facilmente lixiviável,
• Possuir um teor mínimo para que a recuperação seja
economicamente viável;
• Permitir um contato efetivo entre a solução lixiviante e o
minério .

Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico 29


Lixiviação In Situ

 Os minérios que tipicamente atendem a este


critério são usualmente encontrados em
arenitos ou em areias de leitos de rios antigos.

Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico 30


Lixiviação In Situ
 Em alguns casos, o processo de ISL envolve a
perfuração de uma série furos até o aqüífero
onde está contido o depósito.
 Uma solução lixiviante é injetada no aqüífero
para oxidar e dissolver o metal de interesse,
sendo então bombeada para a superfície para
extração em uma planta de processo.
 A solução antes de entrar em contato com o
minério é chamada de solução estéril, por não
conter o elemento que se deseja extrair, sendo
que quando retorna à superfície, a solução se
encontra “carregada” com o elemento de
interesse.
Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico 31
Lixiviação In Situ
 Os furos são divididos em furos de extração e de
injeção.
 Locais fora da área do depósito também são
perfurados para que se faça o monitoramento, a fim de
identificar um possível escape das soluções.
 Devido à complexidade e variedade inerente à
formação deste tipo de depósito, uma variedade de
soluções lixiviantes e de configurações do sistema de
bombeamento e monitoramento podem ser utilizadas.
 A eficiência desta técnica está na faixa de 60-80% de
recuperação.

Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico 32


Lixiviação In Situ

 A imagem abaixo apresenta um esquema típico


do processo de ISL para a extração de Urânio.

Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico 33


Lixiviação In Situ

 Mineração de Bauxita – São Domingos – PA

Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico 34


Lixiviação In Situ

 Canal para adição de agente lixiviante

Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico 35


Lixiviação Em Pilhas

 A técnica de “Heap Leach” é muito utilizada


na mineração de ouro, prata, cobre e urânio
quando o minério apresenta baixos teores.
 Neste método, o minério é extraído, britado e
disposto em pilhas sobre uma superfície
impermeável, com sistema de coleta de
soluções para que seja adicionada a solução
lixiviante, que tal como na ISL pode ser ácida
ou alcalina.

Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico 36


Lixiviação Em Pilhas

Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico 37


Lixiviação Em Pilhas

 A uniformidade na distribuição da solução de


lixiviação é um fator essencial para o bom
desempenho da técnica, além disso, alguns
fatores devem ser considerados, tais como:
• Mineralogia do Minério
• Oxidação
• Reagentes utilizados

Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico 38


Lixiviação Em Pilhas

Mineralogia do Minério:
 O “Heap Leach” é mais dependente da mineralogia do que a
lixiviação agitada convencional.
 As pilhas de minério com alto teor de argila apresentam baixa
permeabilidade e, até a década de 80, o “Heap Leach” não era
considerado adequado para estes minérios.
 Em países como a China, onde o solo é rico em argila, o minério era
processado por técnicas convencionais de lixiviação agitada que
apresentam como desvantagens um fluxograma mais complexo,
alto consumo de energia e de reagentes, aumentando assim, o
custo da produção.
 A fim de minimizar este tipo de problema, têm sido estudados
métodos de aglomeração do minério, deixando-o na forma de
pelotas (pellets).

Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico 39


Lixiviação Em Pilhas

Oxidação:
 Alguns metais como o urânio são pouco solúveis
em meio redutor, por isso, dependendo do tipo
de minério, é necessário a adição de um agente
oxidante para melhorar a eficiência da lixiviação.
 Além dos oxidantes químicos, estudos utilizando
bactérias atualmente têm sido desenvolvidos em
minerais contendo pirita (FeS2).
 O mecanismo ocorre de forma indireta; a bactéria
oxida a pirita, e o íon férrico resultante oxida o
metal de interesse.

Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico 40


Lixiviação Em Pilhas

Reagentes:
 As soluções lixiviantes utilizadas possuem as
mesmas características das utilizadas nos
processos convencionais de lixiviação agitada,
porém os volumes utilizados geralmente são
menores.

Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico 41


Lixiviação Em Pilhas

 Dentre as vantagens da técnica de “Heap


Leach” podemos destacar:
• a técnica oferece um custo relativamente baixo
para recuperação de metais em minérios de baixo
teor; e
• o tamanho das partículas do minério nas pilhas,
mais grosseiro, facilita a disposição do minério
exaurido, minimizando erosão e espalhamento
pelo vento.

Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico 42


Lixiviação Em Pilhas

 Pilhas de Lixiviação

Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico 43


Lixiviação x Percolação

 Não se deve confundir lixiviação com percolação.


 É comum haver a confusão dos termos lixiviação e
percolação porque, tecnicamente, diz-se que a
lixiviação é a remoção de solutos por meio de um
agente lixiviante que percola o solo/minério.
 A percolação consiste no movimento descendente do
agente rumo às regiões mais profundas do solo.
 Assim, se torna claro, o agente lixiviante percola, o
soluto lixivia, isto é, sofre lixiviação.

Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico 44


Conclusão

 Lixiviação em pilhas – devido aos baixos investimento e custos


operacionais, pode ser utilizada para o aproveitamento de minérios
marginais ou rejeitos.
• A recuperação, nesses casos, é relativamente baixa, os ciclos são
longos e o consumo de reagentes é elevado.
• A lixiviação em pilhas de minérios é o principal método de
beneficiamento de minérios oxidados de ouro de baixo teor. Podem
ser alcançadas recuperações da ordem de 50 a 85%.
 Lixiviação em tanques estacionários (“vat leaching”) – apresenta
resultados intermediários entre a lixiviação em pilhas e a lixiviação
em tanques agitados em termos de recuperação metalúrgica
alcançada, investimentos e custos operacionais envolvidos, sendo
preterida em relação à técnica de lixiviação em pilhas.
 Lixiviação em tanques agitados – muito utilizada para tratar
minérios que requerem moagem, com teores altos, que justifiquem
o investimento e os custos operacionais mais altos. São alcançadas
recuperações superiores a 90%. .

Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico 45


OBRIGADO!

Niquelândia, 2011

brenno.senai@sistemafieg.org.br

Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico 46

Você também pode gostar