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TRINO AJARÃ CONDENA MÁRIO SASSI, MAS PRATICA UM ATO

MIL VEZES PIOR


( vale | 6th February 2010 |
04:27:38 PM. )

Trino Tumuchi, Mestre Mário Sassi, foi


consideravelmente condenado e
massacrado pelo Araken e Ajarã que não
admitiam que ele criasse um estudo mais
avançado dentro do amanhecer. Do dia
que ele assumiu esta pesada bagagem ele
passou por momentos difíceis em sua
carreira espiritual, como conta em seu
desabafo abaixo, mas ele somente queria
avançar mais um pouco na evolução doutrinária. Como Marido de Tia Neiva ele tinha
como missão junto ao Pai Seta Branca trazer os sinais da nova era, estabelecer novos
contatos e proclamar a chegada dos grandes iniciados na terra. Mas não foi bem assim
que aconteceu, ele foi esmagado e perseguido, digamos que eles queriam dar o exemplo
para todos, então Mário sofreu seus últimos dias em uma cadeira de roda, todo
estropiado e sem forças pra lutar pela sua própria vida.

Mas e agora como ficam estes últimos acontecimentos! A cisão doutrinária imposta pelo
Ajarã arrebentou a corda mais uma vez, só que ele não levou uma centena de jaguares
como seu Mário, ele levou, sim, milhares de mestres que romperam com o templo mãe
esperando um líder que sustente esta bandeira com amor e sem ódio. Mas como é ser
um líder trabalhando com sagacidade contra os mais humildes, impondo sua lei e se
desviando da meta maior.

Todos os templos que estão fora da contagem do templo mãe perderam suas
classificações e não representam na força decrescente o grau de responsabilidade pelo
povo que detém, cada um deverá buscar dentro de sua individualidade o seu caminho
traçado, isso para que tenha direito de subir até os planos luminosos e serem ouvidos na
legião.

Ser líder é ser manso e pacifico, é sempre estar ensinando o amor, o respeito e a
dignidade. Não é atropelar e nem se impor, mas conquistar todos os corações pela
evolução. Conhecer o sistema é fazer parte de Deus.
A CISÃO

Salve Deus!

Em 1990 foi deflagrada a cisão do Trino Tumuchy, que saiu do Vale do


Amanhecer com um grupo, indo formar um novo templo, cuja instituição foi
denominada ORDEM UNIVERSAL DOS GRANDES INICIADOS, com total liderança de
uma entidade que se identificava como Koatay 108.

Houve bom volume de cartas e mensagens, escritas pelo Tumuchy, mas


destaquei essas três que aqui estão transcritas, porque, através delas, pode-se
perceber o envolvimento crescente daquelas mentes por uma força sombria. Não
vou entrar em detalhes e, muito menos, em julgamento.

Quem conviveu com o Trino Tumuchy sabe a profunda diferença entre a


individualidade Tumuchy e a personalidade Mário Sassi. Quem viveu aqueles dias
tumultuados lembra como todos nós sentimos a falta de nossa líder Koatay 108,
desde os Trinos Presidentes Triada, que assumiram a responsabilidade da Corrente,
até os de branquinho, o que gerou dúvidas, desconfianças e, até mesmo,
desespero.

Isso prejudicou o padrão vibratório de cada um de nós, e, dependendo do


grau de variação da vibração, deu oportunidade para que o Vale das Sombras
agisse, o que provocou atitudes negativas na maioria dos médiuns, com a saída de
muitos, recolhimento de outros e progressão claudicante de grande parte dos que
permaneceram.

Essa situação causou sérios problemas para a continuidade da condução da


Doutrina, inclusive pelas atitudes assumidas pela personalidade Mário Sassi, que
dominou a individualidade Tumuchy, colocando a imensa bagagem transcendental
do Trino a serviço de interesses personalísticos e materiais, provocando choques
com a administração da Doutrina, levando ao inevitável afastamento do grupo do
Tumuchy para outro templo por eles criado.

Pela leitura dos textos a seguir, escritos pelo próprio Tumuchy, podemos
observar o progressivo alienamento da base doutrinária implantada por Tia Neiva,
e a construção de estrutura frágil pela obediência à discutível presença de um
Espírito de Luz que se autodenominava Koatay 108. Mas vamos deixar que a mente
e a consciência do leitor avalie, por sua percepção e sensibilidade, o que nos
revelam as entrelinhas dessas menagens.

Salve Deus!

Trino Triada Tumarã

Vale do Amanhecer, 19 de maio de 2003


1. UM GRITO DE ALERTA!

Na minha função de 1º Mestre Sol Trino Tumuchy, eu, Mário


Sassi, venho cumprir a promessa feita ao Pai Seta Branca, o
Simiromba de Deus, incorporado em Tia Neiva, em 1968, quando
me disse:

Meu filho, você é um missionário de


Deus e, em nome de Nosso Senhor Jesus
Cristo, terá que anunciar as premissas da
civilização do Terceiro Milênio, recebidas
por intermédio desta médium clarividente.
Você dará testemunho do Espírito da
Verdade, cuja missão é marcar a transição
milenar. Os três anos que teve de
aprendizado e disciplina seriam poucos se
não fosse a grande bagagem de que é
portador, pelas vidas que já teve neste
planeta. Hoje mesmo dar-lhe-ei as provas dessas vivências
transcendentais. Mas não tente, nunca, ultrapassar a verdade, pois
o Homem se alimenta apenas daquilo que pode dar testemunho. A
transição real irá começar em 1984, quando Capela, o Planeta
Monstro, fizer sentir, na Terra, sua ação. Abrirei para você um novo
mundo, e você escreverá com o Espírito da Verdade. A Clarividente
que coloco à sua disposição tem os seus olhos entregues a Nosso
Senhor Jesus Cristo. Também você confiou a Ele sua paz e sua
tranqüilidade, cujo penhor é a ausência de qualquer deslize moral.
Tudo será feito por amor de Deus Todo Poderoso, e estarei aqui
sempre que você precisar de alguma afirmação.

Segundo Neiva, essa minha Iniciação teria sido feita na noite anterior, numa
casa transitória.
E desde 1984 as coisas na Terra começaram a mudar, e tudo
estava pronto para essa mudança. Em 1985, Neiva partiu para
outro plano, se colocando numa melhor posição estratégica para
poder completar sua obra. No plano físico a obra já estava pronta.
Restava completá-la nos outros planos, quando chegasse a hora.
Tudo, a partir desse ponto, passou a depender dos Jaguares, pois
eles tinham a condição para isso.

Mas, a realização da tarefa dependia da sintonia dos mestres


com os planos espirituais. E, assim que Neiva partiu, foi elaborado,
por sugestão do Trino Ajarã, um ritual especial para contatar os
altos planos. Consistia ela de os Trinos de reunirem numa sala
reservada da Casa Grande, envergando suas indumentárias.
Fariam uma preparação e se manteriam em silêncio para
receberem as intuições para poder exercer o comando da Doutrina
do Amanhecer.

E isso nunca foi feito e, pior que isso, a Casa Grande foi
abandonada e parcialmente demolida. Era o centro de irradiação
adequado para alimentar o Vale. As reuniões dos Trinos passaram a
se realizar em ambiente impróprio, e foram sendo envolvidas em
correntes negativas. E, depois de dois anos de reuniões
improdutivas, nas quais eram examinados mais os planos físicos do
que espirituais, foi-se fazendo sentir a predominância dos Trino
Arakem e do Trino Ajarã. A parte filosófica, que era representada
pelo Trino Tumuchy, foi completamente abandonada.

E, nos dois últimos anos, de 88, 89, até hoje, não se


realizaram mais reuniões. As decisões passaram a ser tomadas
pelos Trino Arakem e Ajarã, um voltado para o Templo-Mãe e outro
voltado para os templos externos.

E assim foi sendo destruída a estrutura básica do Vale do


Amanhecer, que repousava, no seu nível mais alto, nos Trinos do
Amanhecer, no seu quadro completo.
Diz-nos o Evangelho que a árvore se conhece pelos frutos. E
eu afirmo, em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo, que os frutos
resultantes desse abalo na estrutura do Vale do Amanhecer estão
sendo amargos e destrutivos.

Tudo ficou inseguro a partir dessa cisão dos Trinos. A


magnífica estrutura deixada por Neiva está sendo sistematicamente
destruída, embora a alegação constante seja a de que “tudo está
sendo conservado exatamente como Neiva deixou”, e isso,
exatamente, está sendo nossa amarga sentença.

Pelo que posso entender – e que Deus me ajude para que


esse entendimento seja verdade – Neiva estava programada para
caminhar conosco além daquela data em que desencarnou. Mas o
seu plexo físico não resistiu, e a tarefa ficou em nossas mãos. Mas,
manter “tudo como ela deixou” significa estagnação e morte da
Corrente, que está se exaurindo, se acabando, por falta de
alimentação espiritual.

O Trino Ajarã, no dia 28/04/90, numa aula para os Presidentes


dos Templos Externos, teve a coragem de afirmar: “Se a Corrente
está na contramão, como afirmou o Trino Tumuchy nesta aula, a
culpa cabe, exclusivamente, aos Trinos deste Amanhecer...” Eu
concordo, inteiramente, com essa afirmação e me sinto incluído
nessa culpa. Mas, a verdade mesmo, é que somos uma tribo, e que
se os Trinos falharem, todos falharão, porque somos todos
Jaguares e só voltaremos para Capela se cumprirmos nossa
missão. E ela está em perigo!

Na minha visão de Tumuchy, estamos falhando por não


sabermos amar, ainda... Essa falta de amor se manifesta, cada vez
mais, com maior intensidade. Isso se deve a um excesso de
disciplina administrada com muito desamor. Os médiuns estão
sempre com medo de cometerem faltas e, os que têm um pouco de
autoridade, agem com muito rigor, lhes faltando a caridade. Temos
um exemplo nos Tronos, que são o cartão de visitas do Vale: os
responsáveis atuam mais como fiscais do que como manipuladores
de energias, desrespeitando as entidades, perturbando os médiuns
e constrangendo os pacientes. Qualquer gesto diferente que o
médium faça, logo tem um “chefe” lhe chamando a atenção.

Por outro lado, nos mesmos Tronos, as interferências são


constantes, algumas vezes do próprio subconsciente dos Aparás e,
outras, de espíritos sofredores. Isso se deve a um desenvolvimento
muito mecanizado e à ausência de pregação do Evangelho. Os
Doutrinadores estão se transformando em robôs místicos, repetindo
sempre as fórmulas padronizadas, sem entrosamento com os
espíritos que estão sendo doutrinados. Ignoram as forças que estão
sendo manipuladas, não sabem o que se passa nos Tronos, não
“sentem” a realidade.

Isso tudo – e outros problemas que se passam no Templo –


estão causando a perda da capacidade desobsessiva, trazendo o
descrédito para a eficiência que sempre tivemos.

O QUE EU ENTENDO COMO ALIMENTAÇÃO ESPIRITUAL

Nossa Doutrina nos diz, claramente, que temos três reinos na


nossa natureza humana: corpo, alma e espírito. O corpo e a alma
formam a nossa natureza física – o plexo físico e o plexo psíquico –
ou seja, a nossa figura humana, nossa personalidade, nossos
impulsos e nossas tendências. Tudo isso está inserido na Lei
Cármica, a Lei da Terra. Esses plexos são chamados de “corpos
inferiores”, porque pertencem ao campo vibratório da superfície
terrena.
Mas, o espírito!... No espírito está a Lei Crística, a Lei do Céu,
a Lei dos Planos Superiores, e constitui o polo da eternidade, o
mais importante de nossa natureza, nosso terceiro reino.

Então, o segredo, a parte esotérica da Doutrina, está no


processo de mediunização, através do qual entramos em contato
com o nosso espírito e, como conseqüência, com o Reino
Espiritual, com os Mentores e com os Guias Espirituais.

Sendo assim, nossa Doutrina é puramente espiritual, guiada


pelos espíritos para uma missão específica, um plano de trabalho
que Pai Seta Branca traçou, Tia Neiva implantou e os Jaguares
executam.

Mas é um plano de trabalho programado no tempo, com as


etapas se sucedendo harmoniosamente. Assim foi, desde o
começo, sempre dirigido pelo plano espiritual. Neiva era a
intermediária entre esse plano e a Terra, e continua sendo, embora
tenha mudado de plano.

Foi para garantir a execução desse plano que ela criou o


Doutrinador. O Doutrinador é intuitivo, mas, para que sua intuição
funcione, ele tem que estar harmonizado em seus três reinos, ou
seja, em harmonia com seu carma, seu psiquismo e seu espírito.
Sem essa condição, o Doutrinador não intui, não sintoniza com o
destino certo da Doutrina. Por esse motivo, ele depende do Apará
que, além de lhe aliviar as cargas psíquicas, lhe dá a comunicação
com os Espíritos Superiores que guiam o Doutrinador.

Então, o rumo certo da Doutrina depende desses fatores:

1) A infra-estrutura deixada por Neiva;


2) A intuição do Doutrinador; e

3) contato com os Espíritos Superiores, através do Apará.

E assim se faz a nossa alimentação espiritual, o pão nosso de cada dia. O abandono
de qualquer desses elementos tira a Doutrina do rumo certo, trazendo a
desarmonia e atraindo correntes negativas. E isso vem acontecendo desde que
Neiva mudou de plano. Os Trinos somente se preocupam com o exterior da
Doutrina, calcando toda sua força nos rituais, ou seja, na parte exotérica.
Abandonou-se a razão de ser da missão, o porquê de tudo o que se faz, a parte
esotérica, e, assim, estamos perdendo o rumo, a finalidade e o objetivo da
Corrente.

Enquanto isso, se libera o personalismo, o autoritarismo e os


caprichos pessoais, sempre se falando que é para conservar tudo
como Neiva deixou. E os Jaguares estão ficando cada vez mais
tristes, sem vibração, perdendo o apetite de viver, suas vidas de
enredando cada vez mais, com sua moral frouxa, principalmente os
Doutrinadores.

O descuido com a parte esotérica e o abandono do Evangelho


estão provocando uma queda na voltagem vibracional e a
conseqüente queda no poder da cura desobsessiva. O crescimento
numérico, em parte provocado pela multiplicação dos templos
externos, está atropelando os rituais e gerando confusão. A
conseqüência é o excesso de padronização do ensino e no
desenvolvimento, o que tira toda a criatividade do trabalho, e que
exige, cada vez mais, disciplina, que, aliás, se tornou o tema
principal do ensino.

Meus mestres, o corpo mediúnico está doente e


desarmonizado. Os médiuns estão, cada vez menos, sabendo
assimilar seus carmas, e estão sofrendo mais do que o necessário.
Se as energias estivessem sendo melhor distribuídas e as forças
decrescentes funcionassem, não haveria tanta dor. Não funcionam
porque os Trinos estão desarmonizados, não se reúnem, não
discutem os problemas e a Corrente toda sofre as conseqüências.

Isso tudo vem acontecendo há cerca de quatro anos. Desde


que Neiva desencarnou, as forças negativas foram tomando conta
da Corrente, pelos mesmos motivos que causaram o êxodo da
UESB: vaidade, ambições pessoais e o mundo físico. As forças
negativas estão tomando conta da Corrente, e ela esta perdendo as
forças e o poder da cura desobsessiva. Os médiuns estão apáticos,
com medo e meio cegos – e essa é a situação atual. Na verdade, o
pior cego é aquele que não quer enxergar, e nisso é que estamos
nos tornando: cegos e indiferentes.

No começo desta reunião eu repeti meu juramento, feito ao


Pai Seta Branca, para que todos saibam qual a minha posição com
relação à Corrente. Todos os meus esforços para manter a
harmonia têm sido inúteis. Adotei uma posição de espera e
paciência, para me manter nos limites da Doutrina, que recomenda
tolerância, humildade e amor. Mas não fui compreendido e, pior que
isso, estou sendo condenado em reuniões sem a minha presença, e
até mesmo no Radar foi dito que estou desequilibrado.

Isso está acontecendo porque estou consciente do que


acontece e porque estou executando o programa traçado pelos
planos superiores, onde tudo estava previsto. Como já disse nesta
reunião, existe um cronograma, no qual está previsto a vinda dos
Grandes Iniciados para enfrentar o fim dos tempos, que começou
em 1984, como foi delineado claramente por Pai Seta Branca.

E nós temos todas as condições para executar plenamente


essa tarefa se nos harmonizarmos com os planos espirituais e
Koatay 108. O que está acontecendo é que fechamos nossas
mentes em relação à Espiritualidade Maior. Permanecemos mais
liberando nosso magnético animal, que é emitido pelos nossos eus
inferiores, estamos rastejando quando poderíamos estar voando
junto com os Espíritos Luminosos, que são os responsáveis por
nossa missão. Como estamos vivendo perigosamente em relação a
ela, Pai Seta Branca teve que apressar a vinda dos grandes
espíritos crísticos, com os quais já convivemos em épocas remotas.
Esses espíritos nós já os invocamos nas várias cerimônias que
fazemos com o Turigano, Estrela de Nerhu, Estrela Candente,
Elevações de Espadas e Unificações. Eles sempre estiveram
presentes nessas cerimônias e, agora, vieram em nosso auxílio.

As coisas tinham começado com simplicidade, quase


naturalmente, no Castelo do Silêncio. O Adjunto Yuricy preparava
as ninfas para a incorporação de Seta Branca e, intuitivamente,
para fazer ambiente, chamava alguns Ajanãs para esse trabalho. O
foi nesses Ajanãs que os Grandes Iniciados começaram a se
manifestar, inclusive fazendo algumas curas de casos mais graves,
como se fosse uma demonstração de seus poderes.

Por falta de compreensão dos Trinos, esse fato foi


violentamente reprimido. O Adjunto Yuricy lutou bravamente, mas
acabou sendo derrotada pela intransigência dos Trinos. Ela ainda
tentou receber esses grandes espíritos em sua própria casa, e foi
ameaçada de tê-la invadida.

Ela, então, apelou para o Tumuchy. Eu, sabendo que a vinda


desses espíritos fazia parte da programação, pois Neiva já havia
começado esse trabalho, que só não se completou por causa do
agravamento do seu estado físico, abriguei-a em minha casa. Mas
ela, ameaçada de perder seus privilégios de Yuricy, fraquejou e
acabou cedendo às pressões. E foi, então, que o Trino Tumuchy
continuou com o trabalho, tornando-se, aos olhos dos outros Trinos,
em fora da lei...

Fora de que lei? Fora da lei dos Homens, da lei da


intolerância, a lei dos Vales Negros da incompreensão! Durante o
tempo em que esse trabalho durou, nenhuma pergunta foi feita ao
Tumuchy, nenhum diálogo foi estabelecido. Apenas, a condenação
pura e simples, por estar o Tumuchy fazendo trabalho em sua casa.
O Trino Ajarã tentou me induzir a parar com esse trabalho e eu lhe
perguntei se ele apoiaria a idéia desse trabalho ser feito no Templo,
mas ele não admitiu a idéia.

Sugeri, então, que ele fosse à minha casa, para saber o que
estava se fazendo, mas ele não aceitou o convite, nem mesmo de
mandar um seu representante verificar. E o meu trabalho continuou,
em meio a uma campanha repressiva e caluniosa, desencadeada
pelos próprios Trinos. Um dia, em reunião com os senhores Arcanos
e Trinos, eu disse que iria parar com esse trabalho. Tive a intenção,
nessa reunião, de explicar o que estava fazendo, e obter apoio dos
nossos mestres. Mas a euforia foi tanta, que a reunião se encerrou
sem que os mestres ficassem sabendo, e tudo continuou na
mesma.

E agora eu pergunto: Como vai ser daqui para diante?

Koatay 108 se fez presente na força dos Grandes Iniciados, e


passou a comandar o trabalho. A médium que a incorpora veio de
um templo externo, e o faz com perfeição, não deixando margem à
dúvida. É mesmo Koatay 108 que se faz presente! Ela mesma tem
feito a invocação desses grandes espíritos nos médiuns que me
acompanham. Ela não admitiu a idéia de se interromper o trabalho,
e afirma que esse trabalho tem que ser feito no Templo. Então, eu
pergunto aos Trinos e aos Arcanos: O que faço? Não posso
desobedecer uma ordem dos Planos Superiores. Isso seria
insensatez e seria ridículo acatar uma ordem de pessoas que estão
evidentemente desarmonizadas, e desobedecer à Espiritualidade
Maior.

Estou fazendo o que devo, plenamente consciente da minha


responsabilidade, com apoio total de Koatay 108, com base plena
nas leis doutrinárias e com autoridade que adquiri nos vinte e quatro
anos de trabalho exclusivamente para esta Corrente. Foi o Tumuchy
quem escreveu os livros da Doutrina, sempre com o aval da
Clarividente, e nunca me afastei, uma vírgula sequer, dessa
Doutrina, seja nas minhas aulas ou nas conversas que tive.

Seja qual for o resultado desta reunião, continuo convencido


da urgência deste trabalho e afirmo que o Templo é o lugar próprio
para a solução do conflito, sempre nos limites da tolerância, da
humildade e do amor. Fica a convocação que os Trinos e os
Arcanos procurem saber o que está acontecendo. Por que não
conversar com Koatay 108? Ponho-me à disposição de todos os
nossos médiuns, e já tive a autorização de Koatay 108 para colocar
a médium à disposição dos Trinos e dos Arcanos, desde que a
incorporação se faça em clima apropriado e com o ritual que a
invocação de Koatay 108 exige.

Vale do Amanhecer, 29 de maio de 1990 – Mário Sassi, Trino


Tumuchy

2. A VINDA DE KOATAY 108

Meus Mestres Jaguares:

Estamos atravessando um momento difícil de nossa jornada.


A estrada que, até agora, era pavimentada e lisa, tornou-se
pedregosa e acidentada. Enquanto Tia Neiva nos guiava, a estrada
era fácil e a jornada amena.

Depois que ela partiu, nos sentimos perdidos e sem rumo.


Mas, será que está certo nos sentirmos assim? Será que a mãe
carinhosa, que amava tanto seus filhos, iria abandoná-los nos
momentos difíceis de suas jornadas?
Não! O que estamos fazendo é cometer um lamentável
engano. Não, não é ela que está nos abandonando. Nós é que
estamos nos alheando dela! Nós é que estamos falhando! Ela nos
amava e nos ama ainda mais. Nós é que deixamos de amá-la.
Estamos desfrutando do jardim e da mansão que ela nos deixou,
mas não estamos sabendo conservá-los. Em vez de melhora-los,
estamos destruindo-os. E é bem no plano físico que isso mais
aparece. Mestre Humarram nos disse uma vez: “A lei física que nos
chama à razão é a mesma que nos conduz a Deus!” Será que não
dá para entender o que esse pedacinho do mundo físico – o Vale do
Amanhecer – está nos dizendo? Olhemos em torno de nós, e o que
estamos vendo? Construções que abafam os lugares iniciáticos,
irreverência com os rituais, com a presença de crianças e rádios
falando alto, casas e barracos impedindo a circulação das energias,
águas poluídas, não por bactérias, mas pelas vibrações negativas
das mentes desatinadas de muitos, mentes alcoolizadas ou
drogadas pela luxúria, envergando, muitas vezes, o sagrado
uniforme. Será que foi isso que nossa Mãe Clarividente nos legou?
Não, é evidente que não!

Uma cidade mediúnica e sagrada não, pode conviver com


médiuns sem desenvolvimento, mercadores gananciosos e
inescrupulosos, mulheres semi-prostituídas e pessoas amorais.

O Vale do Amanhecer é terreno sagrado, que tinha sido


mantido por séculos, para que dele partisse a grande mensagem de
Seta Branca. Meu Deus! O que fizemos dele?

O mesmo estrago que fizemos com nosso pequeno mundo


físico, estamos fazendo com nossas almas. Já não controlamos
nossas emoções, nem nossos impulsos. Estamos vivendo como
vivem os que não têm Deus em seus corações. Estamos
empedernidos, duros de coração, e chegamos a ser cruéis em
nosso dia a dia. Estamos nos esquecendo do que somos – ou
deveríamos ser: Jaguares verdadeiros!...
Não estamos tendo tolerância, nem humildade e muito menos
amor.

Se abraçamos a missão de levar a Humanidade para o amor,


como podemos fazer isso se nós mesmos não estamos amando?
Que pode a Mãe Clarividente fazer diante de tanto desatino? Ela
não está mais na Terra, e não pode chamar seus filhos à razão.
Como pode seu espírito agir?

Jesus, o Divino Mestre, também teve esse problema. Não


bastou a pregação do seu Evangelho e nem seu sacrifício na cruz
para que seus discípulos tivessem aprendido seus ensinamentos.
Ele teve que ressuscitar para completar a sua obra.

Neiva está fazendo o mesmo. Ela está ressuscitando em


Koatay 108. A diferença entre Jesus ressuscitado e Jesus
encarnado é que, em espírito, Ele não tinha mais problemas
sentimentais de relacionamento com os seus discípulos. Ele os
teve, e muitos, quando encarnado. O mesmo está acontecendo,
agora, com Tia Neiva, Koatay 108. Ela agora é a espada da Justiça,
vinda como uma Grande Iniciada, sem os embaraços da vida
sentimental, sem o apego por estes ou aqueles, nem mesmo pelos
que foram gerados pela sua carne.

E, para evitar os embaraços sentimentais que ela não veio na


força dos Jaguares, pois, como Jaguar, ela estaria enredada nas
teias sentimentais da tribo. Por isso, ela veio na força dos Grandes
Iniciados. Esta força é sobre-humana, vai muito além do coração. É
a suprema força do amor incondicional, que vem de Deus, amor por
tudo e por todos, toda a criação. Os Grandes Iniciados trazem a
força evolutiva para todos os seres humanos, força essa que não
particulariza, não discrimina, é impessoal.
Por essa razão, ela é diferente da força dos Pretos Velhos,
dos Caboclos e dos Curadores. Esses espíritos evoluem a cada um
particularmente, são carinhosos e pacientes conosco,
individualmente. Suportam, pacientemente, as nossas imperfeições.
Os Grandes Iniciados evoluem humanidades, tratam do conjunto e
do geral, não particularizam, não discriminam.

Essa é a razão porque sua força chega nos momentos de


transição, no período em que o destino de toda a Humanidade está
em jogo. Os planetas e as estrelas estão se movimentando e
tirando a estabilidade da Terra e da Natureza. O Planeta Monstro –
que talvez seja Capela ou Plutão – vai se aproximando da órbita da
Terra, e vai alterar todo seu sistema, com mares invadindo terras,
montanhas aparecendo onde não existiam, os climas se alterando...
Enfim, tudo vai mudar.

Nesse quadro catastrófico, o que interessa, agora, aos


Grandes Iniciados e a Koatay 108, é o resultado do trabalho feito
por Tia Neiva, uma vez que a fase terminou, ou está terminando.
Como os resultados do que fizemos até agora não é o que os
planos espirituais esperavam, Neiva teve que voltar, mas veio na
roupagem de Koatay 108. Ela veio para consertar o que está
errado. Não há dúvida de que ela fará isso, uma vez que o Brasil
depende do Vale do Amanhecer, e o mundo depende do Brasil. Se
o Vale falhar, falha o Brasil e falha o planeta Terra. O Vale é
responsável pelo que vai acontecer na transição do Segundo para o
Terceiro Milênio.

E o que é essa transição?

Respondem Koatay 108 e o Velho Tumuchy:

“Todas as atividades humanas vão florescer, grandes coisas vão ser inventadas,
haverá grandes descobertas arqueológicas, as ciências vão atingir verdadeiro
esplendor, as religiões vão mudar de características, o que possibilitará unir Ciência
e Religião, o mundo material e o mundo espiritual. MAS NADA DISSO SERÁ
APROVEITADO PELA HUMANIDADE ATUAL, que já tem a sua sentença e irá
continuar sua evolução em outros mundos. A atual Humanidade irá entregar tudo
isso aos habitantes do Terceiro Milênio, que já começaram a existir, a partir dos
superdotados.”

Mas tudo isso – a filosofia dos acontecimentos, os rituais


adequados, os processos de cura desobsessiva, manipulação de
energias em todos os níveis – já existe no Vale do Amanhecer e na
nossa Doutrina. Só que tudo está soterrado sob os escombros do
desamor, da intolerância, do orgulho, da vaidade e da teimosia. Ora,
Pai Seta Branca já nos disse, claramente, que o Homem não
constrói sobre seus escombros, donde se deduz que todo esse
entulho terá que ser removido. E como pode acontecer isso? Como
podem fatos subjetivos, sentimentos e ações humanas serem
removidos? A resposta é uma só: removendo pessoas que sejas
portadoras dessas posturas. E isso faz pensar num êxodo, num
esvaziamento do Vale.

Quem não tiver cultivado sentimentos de amor, de tolerância e


de humildade, não vai poder conviver com pessoas que tenham
cultivado esses sentimentos.

O joio terá que ser, inexoravelmente, separado do trigo!

E a oportunidade é agora, oportunidade de os Jaguares


reverem suas posições, suas posturas, antes que seja tarde para
eles...

Koatay 108 está presente. Os Grandes Iniciados também!...

Creio que deve haver um prazo, um tempo. Mas a contagem


regressiva
Já começou. Os acontecimentos estão acontecendo. Estamos nas
portas do Terceiro Milênio, e esta carta é um grito de alerta!

Vale do Amanhecer, 14 de julho de 1990 – Mário Sassi, Trino


Tumuchy

3. A ORDEM UNIVERSAL DOS GRANDES INICIADOS

Aos Mestres desta Corrente, Arcanos e Trinos deste Amanhecer:

Eu queria trazer esta mensagem em uma reunião no Templo,


onde houvessem Trinos e Arcanos presentes. Mas, em vista das
dificuldades que me têm sido oferecidas ultimamente, resolvi não
convocá-la, e estou transmitindo-a por escrito, o que garante mais
autenticidade.

Estamos em um momento de transição. A Corrente do


Amanhecer tem sofrido tremendos percalços que a tem levado a um
desvirtuamento gradual, chegando este a tal ponto, agora, de ter
virado uma verdadeira ditadura e, em matéria de religião, não pode
haver esse tipo de atitude que leva, inexoravelmente, ao desastre.

Com este gradual desvirtuamento, a Corrente tornou-se


materialista. Temos visto toda a espécie de negócios em torno do
Vale do Amanhecer. A venda indiscriminada de lotes, negócios com
terrenos e comércio tornaram-se de uma maneira tão absurda que
desvirtuaram completamente a finalidade da Doutrina. Em vez da
caridade, da tolerância e do amor, tornamo-nos negociantes e
estamos caminhando para um abismo que nem conhecemos a
profundidade.
E, no meio de toda essa crise, surgiu a figura de Koatay 108.
Foi Neiva que veio completar seu trabalho. Ela percebeu tudo o que
estava acontecendo, e voltou como Koatay 108, na roupagem de
Koatay 108 (que é a junção de forças cabalísticas adquiridas em
encarnações anteriores, como Pytia, Nefertiti, Cleópatra, Natacha e
Tia Neiva), exatamente para mudar o rumo da Corrente. Sua
primeira medida foi estabelecer as bases do trabalho da nova fase,
fazendo-o na minha casa, vez que, desde o início da Corrente e até
agora, tinha todas as credenciais, todas as condições para fazer
isso. Na ocasião, convidei alguns Arcanos para assistir a
incorporação de Koatay 108/ Esclareço que a médium que a
incorpora procurou-me, no final de 1988, especialmente para
oferecer a incorporação desse espírito. Na verdade, acreditei,
completamente, nas comunicações mas, os Arcanos que convidei
na ocasião, não acreditaram. Já estavam habituados na descrença
em relação às incorporações. Esta, também, foi uma das formas de
decadência que penetrou na Doutrina do Amanhecer – o descrédito
do Apará – em todos os dias, nos Tronos e em qualquer ocasião
solene. Sem a comunicação espiritual, a direção desta Corrente
passou a ser exercida pelo ser humano, quando, na verdade, ela
não foi feita para ser regida pelos homens, mas, sim, pelos
espíritos. Enquanto existia a Clarividente Neiva, ela obedecia,
rigorosamente, ao plano espiritual. Mas, depois de seu desencarne,
o mando, a autoridade maior desta Doutrina, passou a ser dos
humanos, principalmente determinadas figuras que se arvoraram
em donos da Corrente.

Agora, Koatay 108 veio para corrigir essa situação. O fato de


ter chegado na força do Ministro Tumuchy foi porque o Jaguar,
sendo força da Terra, não poderia trazê-la. Daí porque ela afirma,
claramente, que veio na força dos Grandes Iniciados, cujo assunto
já discuti em outra carta. Os Grandes Iniciados são os fazedores do
mundo. São avatares, aqueles que estão na presença de Deus, e
vieram, agora, para ajudar na reformulação da Corrente. E, para
isso, foi preciso trazer do plano espiritual para o plano da Terra a
cabala do Ministro Tumuchy. Cabala é um centro de irradiação de
forças e, devido às atuais circunstâncias da Doutrina do Amanhecer,
foi instalada em minha casa.
Foram feitas inúmeras tentativas e trabalhos para
reformulação das mentes dos Jaguares, mas a força negativa
predominou, porque estavam todos lançados no trabalho superficial
de emitir energia apenas para o mundo material. A corrigenda que
Koatay 108 trouxe foi lançar a Corrente em uma nova fase, que se
concretizará no Templo dos Deuses ou Templo do Sol, para que o
Jaguar deixe de manipular apenas a energia da Terra, e busque a
força do Sol, força esta que traz a evolução, a verdadeira doutrina
crística. Tanto que Jesus foi chamado o Cristo-Sol. De maneira que,
lentamente, convivemos com dificuldades muito grandes, porém
com persistência, fomos implantando a base energética do futuro
Templo.

Trabalhamos na Cabala do Ministro Tumuchy intensamente,


buscando as forças espirituais, sempre na presença de Koatay 108,
que passou a dirigir os trabalhos diretamente. De maneira que, a
partir de certo tempo, o Templo começou a ser esboçado, e temos
que partir para sua construção. O lugar já foi escolhido pela
espiritualidade, o que nos obriga a mudar daqui, o que não deixa de
ser o mesmo Vale do Amanhecer. Só que em outro lugar. Na
verdade, isto não é uma separação, nem vai ser uma divisão, e é,
sim, a UNIFICAÇÃO em torno de ideais maiores que Koatay 108
sempre professou. Pai Seta Branca aprovou inteiramente a
movimentação e, dentro de pouco tempo, começaremos a
construção desse Templo.

O primeiro ato será nos mudarmos daqui. Será implantada


uma cruz, como foi aqui no início deste Amanhecer. A cruz é
formada de milhares de espelhos, onde se refletirá a luz do Sol.
Será um novo Amanhecer, o começo da UNIFICAÇÃO DOS
JAGUARES, nas diferentes forças de cada médium, os quais terão
a liberdade de buscar. Haverá plena liberdade, dentro de uma
disciplina diferente, orientada por Koatay 108.

Devo aqui esclarecer que todos os espíritos que se


manifestaram na Cabala, tais como Pai Seta Branca e Pai João de
Enoque, o Executivo desta Corrente, aprovaram plenamente a
mudança.
Aos que temem a divisão, posso confirmar, em nome de
Nosso Senhor Jesus Cristo, que não existe divisão. Existe a busca
da UNIFICAÇÃO, através da união dos Jaguares num ponto mais
amplo e mais alto, partindo de uma vida espiritual, realmente, e não
de rituais vazios, rituais que nada significam e que estão sendo
executados automaticamente. Nossos trabalhos viraram rotina e a
verdadeira força do Jaguar não tem tido oportunidade de ser
exercida. Vamos voltar, então, às origens, como foi Neiva no
começo da Doutrina do Amanhecer. O tempo dirá se temos razão
ou não com esta movimentação. A árvore se conhece pelos frutos.
E nós nos esforçamos para mostrar bons frutos nesta nova fase.
Não haverá mais período de perseguição aos mestres que
trabalham comigo.

Vamos começar novamente o que poderia ser feito aqui.


Entretanto, as forças negativas que se encontram em
funcionamento no Vale não o permitem. O recomeço será, portanto,
num lugar limpo, sem emanações, como na UESB, quando foi
preciso romper com toda aquela situação e começar em terreno
limpo, rico das energias da natureza.

O recomeço é a única maneira de trabalhar pela unificação


das religiões (que já estão unificadas no mundo espiritual). Partirá
do Jaguar a unificação. “Haverá um só rebanho, um só Pastor!...” e
isto será com o mediunismo, porque, na verdade, a base de todas
as religiões, neste planeta, repousa no mediunismo.

Sempre foram os grandes médiuns os intermediários entre o


Céu e a Terra. Estamos buscando fazer o que Francisco de Assis
conseguiu fazer no seu tempo. Na encarnação de Francisco de
Assis, Pai Seta Branca o fez. Foi o grande reformador das religiões
daquele tempo, mas ele não foi feliz na organização que montou. As
forças negativas traíram-no e sua obra foi desvirtuada,
transformando-se numa fábrica de caridade. Os franciscanos que
se reuniram em torno dele caíram no plano material, superficial, das
coisas. A mesma coisa está acontecendo, hoje, com o Jaguar. Uma
vida superficial, apenas ritualística. A ordem aqui é trabalhar,
trabalhar compulsivamente, sem que isso leve ao aperfeiçoamento
espiritual, sem preparar as pessoas para sua realização espiritual.
O Jaguar está tendo a ousadia de transformar a Doutrina de Jesus,
que custou tanto sacrifício para ser resgatada pelos Apóstolos, em
um simples amontoado de rituais. A ousadia é muito grande, e o
Jaguar vai pagar por isso, porque dele se esperava coisa muito
mais ampla. Não é nem um nem outro Jaguar, são todos os que
estão envolvidos.

Caímos no engodo de transformar a Doutrina em ritual. Este é


muito importante para o complemento da vida espiritual, mas rituais
vazios não salvam. No Templo do Sol, eles existirão, mas serão
aprofundados e sentidos. Corresponderão à realidade espiritual. É
preciso preparar as pessoas, os médiuns, para desenvolverem sua
percepção espiritual e não, simplesmente, buscarem conforto num
ritual vazio. Não basta pronunciar determinadas palavras e fazer
determinados gestos. Muitas religiões caíram nesse engodo e,
hoje, estão em franca decadência.

O Jaguar não pode falhar, então. Tivemos que recorrer ao Pai


Seta Branca, a Koatay 108, a Mãe Yara e outros, para nos
encaminhar. O trabalho que vamos desenvolver irá chamar os
verdadeiros missionários, que terão a oportunidade de exercer suas
missões. Irá despertar o mundo interior das pessoas, que é onde o
progresso espiritual se faz. Esse mundo interior exige uma relação
profunda com os Grandes Mestres do Cristianismo, e se processa
pela mediunidade. A mediunidade que levará as religiões, no futuro,
a tornarem-se menos materialistas e menos rotineiras.

Cabe ao Jaguar unir o mundo do futuro, o mundo do amanhã,


preparando-o para o Terceiro Milênio. O Terceiro Milênio é
exatamente o milênio em que o Cristo Jesus retornará. Koatay 108
e Pai Seta Branca, vendo tudo isso, estão dando uma sacudida no
Jaguar. Ela não quer ver jogado fora todo o sacrifício dela e de
outros. Alertai, alertai! – fala um de nossos hinos.
Então, vamos procurar nos alertar, de acordo com o mesmo
hino. A mudança proposta pela espiritualidade é um grito de alerta,
é uma parada brusca para alertar os Jaguares que estão se
perdendo num emaranhado de “livro de rituais”, sem que nada de
nossa filosofia seja comunicada. Nossos Doutrinadores, em vez de
estarem transmitindo a nossa Doutrina, estão transmitindo fórmulas
preparadas, como se isso bastasse para o progresso espiritual do
Jaguar.

Lutamos para mudar essa situação, principalmente no sentido


de colocar a Corrente novamente sob a Direção Espiritual, porque
os Homens são insensatos e nenhum Jaguar tem condição de
dirigir um trabalho de tamanha grandeza. É preciso que os Espíritos
Superiores o façam. Se temos um sistema mediúnico, por que não
o utilizamos para receber as instruções dos espíritos? Com o Apará
desacreditado não há condições de transmitir as verdades do Céu.
Eles são a voz direta do Céu! Mas o descrédito mão lhes dá
condições para sê-lo. Com isso, desvirtuou-se também o papel do
Doutrinador, que seria o intérprete, realmente, das comunicações.
Como conseqüência de tudo isso, perdeu-se a fé nos espíritos e,
sem saber o que fazer, apenas começaram a negar,
sistematicamente, tudo o que era comunicação e a maior negação
foi feita agora, com a médium que recebe Koatay 108. Numa
ocasião, em uma reunião de Arcanos, propus que ela fosse levada
ao Templo, para trazer a mensagem de Koatay 108. Na
oportunidade, o Trino Ajarã voltou-se violentamente contra mim,
alegando que iria desmoralizar a médium, submetendo-a a uma
prova de fogo. Na verdade, ela submeter-se-ia tranqüilamente a
essa prova, pois, graças a Deus, nestes mais de três anos, até
agora, só tem dado prova de veracidade da comunicação. Não
pretendo fazer apologia da médium, mas lembrar que toda
incorporação é verdadeira, até prova em contrário.

Não foi dada oportunidade à médium, embora Arcanos e


Trinos tenham sido convidados, mas nunca foram à minha casa
para verificar o que se estava fazendo. Preferiram qualificar meu
trabalho de “macumba de fundo de quintal”. Na verdade, depois de
mais de vinte anos de Doutrina, depois de uma vida inteira dedicada
a essa Corrente, compreendendo profundamente sua grandeza,
não iria cair na bobagem de fazer macumba no fundo do meu
quintal. Ninguém entendeu direito a coisa e passaram a
desmoralizar-me sistematicamente e a perseguir os médiuns que
trabalham comigo. Tudo isso, afinal de contas, passou, mas a luta
foi muito triste. Foi doloroso ver médium perseguindo médium.
Outros, arvorando-se em autoridade que não tem, exercendo,
através de uma autoridade que ninguém lhe concedeu, uma tirania.
Mas, como toda ditadura tende a cair, a ser derrubada, esta
também vai ser derrubada pelo plano espiritual. Na nova fase não
haverá ditadura. Os trabalhos serão desenvolvidos inteiramente de
acordo com os ideais de Pai Seta Branca e de Koatay 108, que é
fiel ao Pai, a Seta Branca e a Jesus.

O Templo do Sol será aberto a todos os Jaguares, a todo


aquele que estiver interessado na verdadeira religião, na expressão
real da mediunidade. O nosso triângulo, dentro do mesmo princípio
– humildade, tolerância e amor – será: verdade, justiça e gratidão.
Verdade, por causa dos olhos da Clarividente Neiva; Justiça, porque
Pai Seta Branca é o guardião da Justiça; e Gratidão, porque o
Jaguar deve aprender a ser grato a Deus, Pai Todo Poderoso.

Estamos ousando fazer esta mudança em nome de Nosso


Senhor Jesus Cristo, e nos sentimos plenamente convictos do que
estamos fazendo.

Não nos move nenhuma ambição de poder, destes poderes


aqui da Terra. Não existem poderes aqui na Terra. Os poderes são
os do Céu e esses só são conquistados através do sacrifício, da dor
e da disciplina.

Vamos voltar, com a graça de Deus, aos tempos áureos do


Jaguar. Vamos voltar a Yucatã, quando tínhamos conseguido um
elevado nível de espiritualização, mas, infelizmente, fomos vítimas
da ambição e de ingratidões.
Neste instante, em que nos separamos fisicamente pelo
tempo que Deus quiser, pedimos compreensão dos que nos cercam
e dos Jaguares que ficam. Pedimos humildade e tolerância.
Humildade para reconhecer os erros cometidos e saber que é
necessário reformulação de tudo. Tolerância de nossos amigos
Jaguares para com as nossas dificuldades. Pedimos, também,
caridade e amor, por saberem que estamos imbuídos dos maiores
desejos de progresso espiritual, com o objetivo de servir ao Pai
Seta Branca.

Pedimos a Deus que nos ajude e que o Divino e Amado


Mestre Jesus e Pai Seta Branca nos dêem forças necessárias para
a realização desta nova etapa.

Salve Deus!

Trino Tumuchy

SALVE DEUS!

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