Você está na página 1de 3

CENTRO UNIVERSITÁRIO PAULISTANO

Curso de Psicologia – Matéria DESENVOLVIMENTO ATÍPICO


Professora Eliete Ribeiro
Aluna: Patrícia Soares Carletti * RA 20710035
RESUMO 20/04/2020 “ALTAS HABILIDADES E SUPERDOTAÇÃO AH/SD”

Até o início do século XX não havia formas de se quantificar estaticamente


atributos da inteligência; Alfred Binet (1905), um psicólogo francês,
desenvolveu a primeira escala de desenvolvimento infantil; Milhares de
crianças foram observadas sistematicamente, possibilitando a identificação e a
descrição das tarefas que podiam ser desempenhadas em cada etapa do
desenvolvimento cronológico infantil.
Definição de Super Dotação: Pessoa que se sai bem nos testes de inteligência,
ou que apresenta um desempenho intelectual superior - QI alto; Potencial
superior: Habilidade geral intelectual, aptidão acadêmica específica,
criatividade, liderança, artes e/ou habilidade psicomotora (ampliação do
conceito AH/SD); Os que apresentam grande facilidade de aprendizagem,
levando-os a dominar rapidamente conceitos, procedimentos e atitudes por
terem condições de aprofundar e enriquecer esses conteúdos, devem receber
desafios suplementares em classe comum, em sala de recursos ou em outros
espaços definidos pelos sistemas de ensino inclusive para concluir em menor
tempo cada séria ou etapa escolar.
As crianças com altas habilidades/superdotação não constituem um grupo
homogêneo, variando tanto em habilidades cognitivas quanto nível de
desempenho e personalidade. Tal conceito leva à análise de um conceito
moderno de inteligência, o modelo proposto por Gardner é o mais aceito, ele
defende que a inteligência se divide da seguinte forma: Linguística: habilidades
envolvidas na leitura e na escrita, um tipo de inteligência apresentada pelos
poetas; Musical: habilidades inerentes a atividades de tocar um instrumento,
cantar, compor; Lógico/matemática: habilidade de raciocínio, computação
numérica, resolução de problemas, pensamento científico; Espacial: habilidade
de representar e manipular configurações espaciais; Corporal/cinestésica;
habilidade de usar o corpo inteiro ou parte dele para a realização de tarefas;
Interpessoal: habilidade de compreender outras pessoas e contextos sociais;
Intrapessoal: capacidade de compreender a si mesmo, tanto sentimentos e
emoções, quanto estilos cognitivos e inteligência; Naturalística: habilidade de
perceber padrões complexos no ambiente natural; Isso nos leva ao seguinte
conceito: “Portadores de altas habilidades/superdotados são os educandos que
apresentam notável desempenho e elevada potencialidade em qualquer dos
seguintes aspectos, isolados ou combinados: capacidade intelectual superior,
aptidão acadêmica específica pensamento criativo ou produtivo, capacidade de
liderança talento especial para artes e capacidade psicomotora.” A
superdotação como um fenômeno multidimensional agrega todas as
características de desenvolvimento do indivíduo sejam eles: aspectos afetivos,
cognitivos, neuropsicomotores e de personalidade. É comum acreditar que
para ser considerado superdotado o indivíduo necessariamente tenha que
apresentar um desempenho surpreendentemente significativo e superior desde
muito jovem, ou dado contribuições originais na área científica ou artística
reconhecida como de inestimável valor para a sociedade.

Entretanto, a superdotação pode existir em somente uma área da


aprendizagem acadêmica, tal como a matemática, por exemplo, ou pode ainda
ser generalizada em habilidades que se manifestam através de todo o currículo
escolar.
O conceito de altas habilidades evoluiu historicamente de uma concepção
unidimensional, limitada a aptidões cognitivas e avaliação psicométrica para
uma compreensão multidimensional. Embora a literatura especializada não se
alicerce em um conceito uniforme existe um consenso quanto à sua ampliação.
Os elevados níveis de cognição e desempenho em uma área ou mais de
conhecimento constituem elementos comuns às várias concepções, como
também o reconhecimento da importância de ações para o desenvolvimento do
talento. Em síntese, talento não se desperdiça, estimula-se.

O desempenho superior pode estar mais relacionado a vida familiar, aos traços
de personalidade e ao engajamento em atividades de seu interesse, do que
simplesmente as habilidades cognitivas superiores. Estudos recentes estão
mostrando que existe a possibilidade de alto potencial em alunos com
dificuldade de aprendizagem (uma dificuldade especifica por um lado e o alto
potencial por outro). As escolas da rede regular de ensino devem prever e
prover na organização de suas classes comuns, de serviços de apoio
pedagógico especializado em salas de recursos. É essencial que o aluno com
altas habilidades/superdotação se desenvolva em seu próprio ritmo,
aproveitando ao máximo suas potencialidades e competências, sem ser
“subjugado” a um conteúdo curricular que já domina; que seja estimulado a
construir novos conhecimentos, ao mesmo tempo em que conviva com
parceiros da mesma faixa etária, no contexto regular da sala de aula. Obrigar o
aluno a trabalhar conteúdos que não lhe constituem desafios de aprendizagem
é mantê-lo desmotivado, aborrecido e livre para desenvolver padrões
indesejáveis de relacionamento e de comportamento escolar. No dia a dia da
escola em muitas situações se torna necessário ser flexível na utilização do
espaço físico, na utilização de materiais e equipamentos, na organização e
reorganização de grupos de trabalhos, na estruturação de planejamentos e em
procedimentos e processos de avaliação.

Você também pode gostar