Boletim Operário
Caxias do Sul,
15 de dezembro
de 2021
Diário de Notícias
Rio de Janeiro
5 de junho de 1890.
Ano VIII Edição nº 1.806
Capa
Greve dos Carroceiros
Telegrama
Campos, 4.
Continua a greve dos carroceiros.
O Club Marechal Deodoro
distribuiu boletins, convidando o
povo para um grande meeting no
Teatro Empyreo, e esposando a
causa dos grevistas. A reunião
realizou-se sendo orador o
Doutor Nilo Peçanha, que se
comprometeu a conseguir da
intendência municipal
revogação do imposto, que por
aquele modo foi protestado por
aqueles trabalhadores.
(C. T. da Imprensa).
Diário de Notícias
Rio de Janeiro
6 de junho de 1890.
Ano VIII Edição nº 1.807
Capa
A greve dos carroceiros
(Telegrama)
Campos, 5.
Os carroceiros, que se haviam
declarado em greve, voltaram ao
trabalho. A intendência
municipal, em sessão de hoje,
atendeu à mensagem que lhe foi
dirigida pelo Club Marechal
Deodoro, revogando o imposto.
Esta resolução causou boa
impressão.
(C. T. da Imprensa).
Gazeta de Notícias
Rio de Janeiro
5 de junho de 1890.
Ano XVI Edição nº 156
Capa
Greve dos Carroceiros
Campos, 4
Continua a greve dos carroceiros,
que fizeram passeata pacifica nas
ruas. O Club Republicano
Marechal Deodoro distribuiu
boletim convidando os
interessados a uma conferência
no Theatro Empyreu. A pedido
do Club falará o Doutor Nilo
Peçanha.
Página 2
a
Campos, 4
A intendência municipal
suspendeu a cobrança dos
impostos de industrias e
profissões e o prazo de 15 dias
estabelecido para o pagamento
sem multa.
- Os carroceiros voltaram ao
trabalho mantendo-se resolvidos
a fazer outra vez greve se for
cobrado o imposto a que chama
de capitação e decretado pela
intendência. O comércio está
também disposto a fechar as
portas, caso continue a cobrança
dos referidos impostos.
- Redação da República
Página 1
Edição nº 673
O Paiz
Rio de Janeiro
5 de junho de 1890.
Ano VI Edição nº 2.066
Página 2
Um falso aviso ontem transmitido
ao Doutor Chefe de Polícia de
Niterói fez com que essa
autoridade mandasse seguir
imediatamente um piquete de 12
praças para a ilha da Conceição,
onde, constara, tinham-se os
trabalhadores declarado em
greve. Nada havendo na referida
ilha que exigisse a sua presença, a
força policial regressou as 5 horas
da tarde.
O Paiz
Rio de Janeiro
12 de junho de 1890.
Ano VI Edição nº 2.073
Capa
Vários operários da fábrica de
cigarros lotéricos da turma que se
ocupa na manufatura dos cigarros
de papel, reclamaram dos
proprietários daquele
estabelecimento que lhes fossem
aumentados os salários. Não
tendo recebido solução tão
pronta como pretendiam, os
reclamantes fizeram ontem greve
e retiraram-se em número de 19,
depois de ligeira perturbação da
ordem nas oficinas. Os
proprietários, julgando-se
prejudicados com o ocorrido,
levaram o fato ao conhecimento
da polícia.
 15 de dezembro de 2021 Boletim Operário
O Estado de São Paulo
São Paulo
22 de junho de 1890.
Ano Edição nº
Página 2
Greve
Consta que os carroceiros
fizeram greve, deliberando não
trabalhar de amanhã em diante.
Ao que parece motivou essa
resolução o fato de haver a
intendência aumentado a taxa
que eles pagavam de 40$000 para
120$. Esta greve vai prejudicar
muito ao comércio.
Diário de Notícias
Rio de Janeiro
25 de junho de 1890.
Ano VIII Edição nº 1.826
Capa
Greve de Carroceiros
O Diário Popular, de S. Paulo, na
edição de 23, deu a seguinte
notícia:
“Ontem, cerca de 1 hora da
tarde, reuniu-se numeroso grupo
de carroceiros no Largo dos
Curros, para protestar contra o
aumento de impostos,
resolvendo deixar de trabalhar do
1º do mês em diante se não
forem diminuídos esses
impostos. A elevação do imposto
parece que foi de 40$000 a
120$000, e a propósito da
questão encontramos hoje no
Estado de S. Paulo as seguintes
linhas do presidente da
intendência:
“Senhor Redator – Como
informação a uma local do
Estado, publicada ontem
relativamente à projetada greve
de carroceiros, tenho a dizer-lhe
que a intendência elevou os
impostos sobre carroças, pelo seu
enorme tamanho, atravancam as
ruas, como porque os condutores
enchem-nas de tal modo de
carga, que é impossível aos
animais, às vezes maltratados,
subirem as ladeiras da cidade,
originando-se assim cenas
repugnantes, contra os quais o
seu jornal tem reclamado por
vezes. Além disso, tais carroças
estragam consideravelmente as
calçadas. Se a intendência elevou
o imposto sobre carroças baixas,
com o fim de indiretamente ir
suprimindo-as, por outro lado
diminuiu o dos carroções de
mola, não só poque eles são o
melhor sistema para a condução
de carga, como porque nas molas
está o corretivo para o exagero de
carga e mau trato dos animais. No
Rio e em Santos já não se usam
mais as carroças baixas e o
mesmo pouco a pouco hão de ir-
se dando aqui. Entretanto, se os
carroceiros se julgam agravados
em seus direitos, em vez de greve,
melhor será que representem a
intendência, que nunca se
recusou até agora a atender a
reclamações justas.”
Página 2
Edição nº 673
Gazeta de Notícias
Rio de Janeiro
3 de julho de 1890.
Ano XVI Edição nº 184
Capa
Uma espécie de greve
O subdelegado do 2º distrito de
Santa Ana mandou recolher ao
xadrez da 9ª estação policial nove
operários da fábrica de tecidos
Rink, que, tendo sido despedidos
da fábrica por turbulentos,
tinham-se colocado em frente ao
portão do estabelecimento,
fazendo assuadas e impedindo o
ingresso dos demais operários.
Os turbulentos, depois de
severamente admoestados pela
autoridade, foram soltos. A esta
espécie de greve podia dar-se
também o título de greve gorada.
A Tribuna
Rio de Janeiro
3 de julho de 1890.
Ano I Edição nº 3
Capa
A Greve
Os operários do Rink, tal qual
como os Senhores Subdelegados,
fizeram ontem parede. A alguns
que foram presos mandou o
subdelegado soltar, porque não
lhes achou culpabilidade.
Pudera! Se os operários fossem
presos que mereciam os
subdelegados grevistas? Vem a
propósito. Nasce de cima a
formação das greves.
 15 de dezembro de 2021 Boletim Operário
Diário de Notícias
Rio de Janeiro
3 de julho de 1890.
Ano VIII Edição nº 1.834
Capa
Fábrica Rink
Espalhando-se ontem a notícia de
que se haviam declarado em
greve os operários da Fábrica
Rink, procuramos coligir
informações a respeito, para de
seu resultado serem orientados
os nossos leitores. Não houve
greve. Um operário, que tinha
sido despedido pela gerência,
conseguiu aliciar onze
companheiros seus, com o fim de
ser perturbado o trabalho da
fábrica. A autoridade policial
cuidadosamente pôs a bom
recato os amotinadores, que
foram soltos à tarde. O trabalho
da fábrica começou e terminou às
horas do costume. O Senhor
Bertholdo Waehneldt, gerente
da fábrica, faz na secção
competente uma declaração
n’este sentido.
Diário de Notícias
Rio de Janeiro
4 de julho de 1890.
Ano VIII Edição nº 1.835
Capa
Telegramas
Rio Grande do Sul, 3.
Os operários da fábrica de
tecidos dos senhores Rheingantz
estão desde ontem em greve, por
ter a gerência do estabelecimento
recusado demitir um cidadão
inglês, inspetor dos trabalhos da
fábrica, antipático aos operários.
A greve foi geral. Cerca de 500
homens abandonaram as
maquinas, estando a fábrica
guardada por força pública, a fim
de evitar desordens.
Rio Grande do Sul, 3.
Os operários da fábrica
Rheingantz dirigiram-se hoje,
incorporados aos escritórios dos
jornais “Artista”, “Diário” e
“Echo do Sul”; relataram os
acontecimentos que precederam
a greve e pediram aos redatores
que os acompanhassem até o
escritório da gerência daquela
fábrica. Acedendo os jornalistas,
disseram os operários que
voltariam ao trabalho se o
inspetor fosse licenciado até a
chegada do proprietário
Rheingantz. Estes seria o arbítrio
da questão. O gerente do
estabelecimento não anuiu ao
pedido e respondeu que esperava
lhe dessem nota escrita e
documentada dos atos
increpados ao inspetor. Só
depois disto tomaria
providências. Continua a greve.
Só uma pequena parte dos
operários voltou ao trabalho.
O Estado de São Paulo
São Paulo
4 de julho de 1890.
Ano XVI Edição nº
Página 2
Greve
Um grupo de operários da
Fábrica do Rink, no Rio fizeram
greve anteontem pelo fato de
terem sido despedidos da mesma
fábrica alguns companheiros. A
polícia providenciou sobre o
caso, capturando os mais
exaltados.
Página 3
Edição nº 673
O Estado de São Paulo
São Paulo
5 de julho de 1890.
Ano XVI Edição nº
Capa
Greve
Declararam-se anteontem em
greve os operários da fábrica de
tecidos dos Senhores Rheingantz,
no Rio Grande, por ter-se a
gerencia do estabelecimento
recusado demitir o inspetor dos
trabalhos. No mesmo dia foram
incorporados às redações do
Artista, do Diário e do Echo do
Sul, pedir aos redatores que os
acompanhassem ao escritório da
gerência da fábrica, declarando
que voltariam ao trabalho se o
inspetor fosse licenciado até a
chegada do proprietário. O
gerente do estabelecimento não
anuiu ao pedido e respondeu que
esperava lhe dessem nota escrita
e documentada dos atos
increpados ao inspetor. Só
depois disto tomaria
providências. Continua a greve.
Só uma pequena parte dos
operários voltou ao trabalho.
Diário de Notícias
Rio de Janeiro
9 de julho de 1890.
Ano VIII – Edição nº 1.840
Capa
Rio Grande do Sul, 7 (retardado).
Terminou hoje a greve dos
operários da fábrica Rheingantz.
Só deixaram de comparecer ao
trabalho 40 grevistas, que
continuam decididos na sua
primeira resolução. A gerência
do estabelecimento despediu oito
operários, que considerou chefes
do movimento.
 15 de dezembro de 2021
O Estado de São Paulo
São Paulo
10 de julho de 1890.
Ano XVI Edição nº
Capa
Rio Grande
Cessou anteontem a greve dos
operários da fábrica de tecidos do
Senhor Rheingantz, deixando de
comparecer aos trabalhos apenas
40 grevistas. Foram despedidos 8
operários como chefes do
movimento.
Boletim Operário
A Tribuna
Rio de Janeiro
12 de julho de 1890.
Ano I Edição nº 12
Página 2
Greve dos tanoeiros
Mais uma greve – a terceira de 13
dias a esta parte. Principiou pelos
subdelegados, passou pelos
tecelões e está nos tanoeiros.
Ontem era um dó observar o
silêncio das ruas de Bragança,
Saúde e Gamboa, onde há
bastantes tanoeiros. Os arcos, os
martelos, os cravos, as aduelas, as
plainas, as enchós, estava tudo
atirado para um canto,
sonolentas, numa imobilidade de
cataléptico. A força havia rusgado
com o dinheiro, e da turra
proviera a inércia. Cheguem a um
acordo as partes e voltem aos
antigos amores.
Página 4
Edição nº 673
O Paiz
Rio de Janeiro
19 de julho de 1890.
Ano VI Edição nº 3.007
Capa
Alfandega
Aos cidadãos Saldanha Marinho,
Wandenkolk e J. Severiano da
Fonseca
Suplicamos o vosso prestigio a
nosso favor para que nos sejam
aumentados os nossos
vencimentos. O general Ministro
da fazenda nos é favorável; o
inspetor cidadão Botafogo
denota a melhor vontade para a
realização do seu ideal (o
montepio), os dignos cidadãos
não se opõem. O que não
podemos atinar é a demora que
há para se conseguir esse
resultado. As capatazias com a
greve obtiveram 25% de
aumento, e nós com a ordem até
hoje temo obtido zero. Lembrai-
vos que o dia 15 de setembro é o
dia glorioso de vossas obras e a
confirmação da república. Como
enfrentar com os nossos
companheiros de trabalho nesta
desigualdade?
Os operários das obras
 15 de dezembro de 2021 Boletim Operário
A Tribuna
Rio de Janeiro
20 de julho de 1890.
Ano I Edição nº 20
Capa
A greve
Ontem, as 6 horas da manhã,
apresentaram-se cerca de 700
operários da fábrica de fiação e
tecidos de Vila Isabel, junto ao
respectivo edifício, e, na maior
ordem possível, sem um
distúrbio, sem uma assuada
depararam uma comissão de 20
membros para se entender com o
respectivo gerente o Senhor
Antônio Xavier Carneiro, e dele
exigir a demissão do inglês
William, mestre geral, que, pelo
seu procedimento opressivo, tem
a todos desgostado. O Senhor
Carneiro respondeu a comissão
que não despedia o mestre
William, e que os operários
podiam e estavam no seu direito,
deixando de trabalhar.
Procuraria, pois, outros que se
sujeitassem a direção de William.
Em boa ordem recolheram-se os
operários as suas habitações e
folgaram ontem todo o dia.
Muitos que foram mandados
chamar pelo Senhor Carneiro
responderam uniformemente
que com a comissão nomeada se
trataria dos negócios da greve.
Singularmente não se
entenderiam com o Senhor
Gerente. Compareceu um dos
senhores delegados, que não teve
ocasião de agir, porque não
houve desordem. O senhor
tenentes Vinhaes, chefe dos
operários, compareceu ao local,
aconselhou seus amigos a que
não provocassem motim,
manifestando, porém,
pacificamente as suas intenções e
propugnando com calma a vitória
de seus interesse e dignidade. Ao
retirar-se foi o Senhor tenente
Vinhaes saudado calorosamente
pelos 700 operários grevistas.
A fábrica de tecidos deixou
ontem de produzir 25.000 metros
de várias fazendas e perdeu além
disso o material e o combustível
que já havia empregado para
iniciar o trabalho.
A Tribuna
Rio de Janeiro
22 de julho de 1890.
Ano I Edição nº 22
Capa
As greves
Fábrica Rheingantz
Greve Geral
Do Diário do Rio Grande:
“Continua a greve dos operários
das fábricas de tecidos. Ao que
nos consta, estão no firme
propósito de não voltarem ao
trabalho enquanto persistir a
resolução da gerência e do
conselho fiscal, que por seu turno
estão também dispostos a não
cederem do seu propósito de
sustentar o Senhor Pietehmann.
Consta-nos que ontem foi
apresentada uma representação
assinada por todo os operários,
com a exposição dos motivos de
queixa que dizem ter daquele
empregado. Alegam os grevistas
não poderem voltar ao
estabelecimento, achando-se
presente o inspetor, pois, receiam
que o encontro com o Senhor
Pietchmann de origem a conflito
de graves consequências.
Ontem ainda o estabelecimento
esteve guardado por uma força de
10 ou 12 praças de linha. Temos
esquecido dizer que o que deu
motivo a greve foi, além das
queixas articuladas pelos
operários o fato de se ter
despedido o apontador, por não
ter querido sujeitar-se a
suspensão imposta pelo inspetor.
O ex-apontador e um irmão dos
Senhores Carlos e Alfredo
Rheingantz. Na população as
opiniões dividem-se pró e contra
os operários e a administração.
Página 5
Edição nº 673
Por nossa parte lamentamos o
fato que veio perturbar a marcha
regular de um tão importante
estabelecimento.
Em seu número de 8 deste
publica o Correio Mercantil de
Pelotas o seguinte telegrama do
Rio Grande:
Julho, 6.
No domingo em reunião dos
redatores do Echo do Sul, Artista
e Diário com a comissão de
vigilância dos operários da fábrica
Rheingantz, deviam ficar
assentados meios de acabar com
a greve dos referidos operários.
Pensamos, diz o Echo, ter
encontrado o meio de resolver a
questão, voltando os operários ao
trabalho. A solução desejada
depende da boa vontade dos
operários, que são homens
pacíficos e bem intencionados,
mas depende também da
honrada gerência da fábrica.
- Outra greve deu-se também
sexta-feira a bordo do paquete
Desterro.
Um moço de bordo queixou-se
que a comida não estava boa,
fazendo reclamações ao
cozinheiro. Este foi apoiado
pelos criados recaindo todos em
cima do pobre moço, que fugiu
espavorido para a proa. Os
marinheiros tomaram-lhe a
defesa e houve sarilho entre a
gente de proa e a gente de ré, do
que resultou fazerem greve todos
os marinheiros. Nenhum quis
trabalhar, sendo necessário
mandar vir trabalhadores para o
serviço do guincho.
 15 de dezembro de 2021
Acrescenta o mesmo colega em
seu número de 9:
“O Senhores Manoel José de
Andrade, redator do Diário, F.
Carvalho, do Artista, e J. J. Cesar,
do Echo do Sul, publicaram uma
declaração coletiva, pela qual se
vê que foram infrutíferos os seus
esforços para fazer chegar a um
acordo o gerente da fábrica
Rheingantz e os operários
grevistas. Convidado para assistir
a reunião que aqueles colegas
fizeram com a presença dos
chefes grevistas, o gerente
declarou que não assistiria a ela,
porque isso seria aceitar a
competência de gente estranha a
fábrica para deliberar sobre a sua
marcha e direção. Além disso
apesar de se ter comprometido a
não fazer alteração alguma no
pessoal até amanhã de 7, o
Senhor Rheingantz, antes de
findo o prazo, despediu os
operários cabeças da greve. Em
tal caso, a imprensa retirou a sua
interferência, deixando que os
operários procedessem como
quisessem.
Resultado:
Greve
“Ontem, diz o Echo do Sul,
voltaram ao trabalho da fábrica
de tecidos muitos dos operários
que se mantinham em folga.
Provavelmente os outros voltarão
também, ficando apenas sem
trabalho os oitos despedidos pela
administração. O Senhor
Gerente interno, estando à espera
dos operários, falou-lhes
brandamente, mostrando a
conveniência de voltarem todos
as suas ocupações. Pouco a
pouco, em turmas, foram os
grevistas entrando para a fábrica
que não tem ainda completo o
pessoal. Conservaram-se em
greve uns quarenta e tantos
trabalhadores, e entre eles alguns
dos melhores operários.
Boletim Operário
Em 11 publicou o mesmo colega:
Devido a intervenção dos mestres
da fábrica de tecidos
Reheingantz, do Rio Grande,
foram readmitidos os
empregados chefes da greve,
recentemente despedidos.
Segundo o Echo do Sul, o
prejuízo causado à fábrica pela
interrupção dos trabalhos sobe a
vinte contos de réis.
O Paiz
Rio de Janeiro
22 de julho de 1890.
Ano VI Edição nº 3.010
Página 2
Estados do Sul
- Na cidade do Rio Grande os
redatores do Diário do Rio
Grande, do Artista e do Echo do
Sul, consorciados para o fim de
conciliar os grevistas da fábrica de
tecidos de Rheingantz & C.,
reuniram-se e interpuseram os
seus bons ofícios para com a
administração dessa fábrica. Não
conseguiram o seu propósito e,
pelas folhas respectivas, fizeram a
narração minuciosa das
ocorrências. Pediam os operários
a retirada do inspetor dos
trabalhos da fábrica, negando-se
o administrador interino a
satisfaze-los, porque, disse
textualmente, “semelhante
proceder importaria em
reconhecer a mesma gerência
outra competência além da sua
para resolver quaisquer questões
atinentes à marcha de negócios e
mudança de pessoal daquele
estabelecimento”.
Em vista disso, continuavam os
operários em greve.
Página 6
Edição nº 673
O Paiz
Rio de Janeiro
24 de julho de 1890.
Ano VI Edição nº 3.012
Capa
Noticiário
Tendo-se por ordem da
respectiva diretoria retirado o
mestre geral da Companhia
Confiança Industrial, por motivo
da greve ali aberta desde sábado
de manhã, os operários, sempre
na melhor ordem, voltaram ao
trabalho na segunda-feira logo ao
primeiro toque.
O Paiz
Rio de Janeiro
14 de agosto de 1890.
Ano VI Edição nº 3.033
Página 3
A greve de ontem
Os operários da Casa Laemmert
protestam contra a verrina
publicada ontem na Gazeta de
Notícias pelo Senhor Luiz da
França e Silva; e agradecem
penhorados os auxílios prestados
pelo Centro do Partido Operário.
O Estado de São Paulo
São Paulo
5 de setembro de 1890.
Ano XVI Edição nº 4.666
Capa
Telegramas
Rio, 4.
Pedreiros da companhia de
saneamento fizeram greve no
Jardim Botânico.