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AULA ATIVIDADE TUTOR NC Engenharias

AULA
ATIVIDADE
TUTOR

Curso:
NC Engenharias
AULA ATIVIDADE TUTOR NC Engenharias

Disciplina: Física Geral e Experimental: Mecânica

Teleaula: 03 – Trabalho e Energia


ESTRATÉGIA PARA A SOLUÇÃO DE PROBLEMAS DE FÍSICA

(1) IDENTIFICAR OS CONCEITOS RELEVANTES: Primeiro, defina quais conceitos de Física são
relevantes ao problema. Embora esta etapa envolva nenhum cálculo, às vezes, é a parte mais
desafiadora da solução do problema. Mas não pule esse passo; escolher a abordagem errada no
começo pode tornar o problema mais difícil do que realmente é, ou até induzir a uma resposta
errada.

Neste ponto você deve também identificar a variável-alvo do problema – ou seja, a grandeza
cujo valor se está tentando descobrir. Pode ser a velocidade em que um projétil atinge o solo, a
intensidade do som de uma sirene ou a dimensão da imagem produzida por uma lupa. Algumas
vezes, o objetivo é encontrar uma fórmula matemática em vez de um valor numérico. Outras
vezes, também, o problema terá mais de uma variável-alvo. A variável-alvo é o objetivo do
processo de solução do problema; não a perca de vista enquanto busca a solução.

(2) PREPARAR O PROBLEMA: Com base nos conceitos selecionados na etapa de Identificação,
escolha as equações que usará para resolver o problema e defina como vai usá-las. Se for o caso,
represente graficamente a situação descrita no problema.

(3) EXECUTAR A SOLUÇÃO: Nesse passo, ‘entra a matemática’. Antes de se empolgar com os
cálculos, faça uma lista de todas as grandezas conhecidas e desconhecidas e observe quais são
variáveis-alvo. Então resolva as equações para as desconhecidas.

(4) AVALIAR SUA RESPOSTA: O objetivo da solução de problemas de Física não é só obter um
número ou uma fórmula; é obter uma melhor compreensão. Isso significa que você deve
examinar sua resposta para saber o que ela está dizendo. Não deixe de se perguntar: “Essa
resposta faz sentido?” Se a sua variável-alvo era o raio da Terra e sua resposta foi 6,38
centímetros, algo deu errado no seu processo de solução do problema. Reavalie o problema e
corrija sua solução conforme necessário.
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Questão 1:
Analise as situações abaixo e responda às questões propostas.

(1) (a) Quanto trabalho é realizado sobre uma bola de boliche de 75 𝑁 quando você a carrega
horizontalmente através de uma sala com 10 𝑚 de comprimento? (b) Quanto trabalho é
realizado sobre a bola quando você a ergue 1 𝑚?

(2) Em qual das situações abaixo o haltere entra em movimento após ser solto?

Fonte: https://cutt.ly/Fk4na22.
(3) Um objeto pode possuir energia? E trabalho?

(4) Quando você está viajando num carro veloz, qual é a sua energia cinética com relação ao
carro? E com relação à estrada?

GABARITO

(1a) Nenhum trabalho resultante é realizado. Um pouco de trabalho é realizado para iniciar
seu movimento e um pouco de trabalho negativo é realizado para que ela pare.
(1a) 𝑊 = 𝐹𝑑𝑐𝑜𝑠𝜃 → 𝑊 = (75)(1) cos(0) → 𝑊 = 75 𝐽

(2) Em (b) o haltere tem energia potencial gravitacional armazenada que pode ser
transformada em energia cinética, o que não acontece na configuração (a).

(3) Energia: sim! Mas num sentido relativo! Ex. um objeto que foi erguido pode possuir
energia potencial gravitacional com relação ao piso abaixo, mas nenhuma energia potencial
gravitacional com relação a um ponto no mesmo nível.

Trabalho: não! O trabalho não é algo que um objeto tenha e, sim, algo que um objeto realiza
em algum outro objeto. Um objeto pode realizar trabalho apenas se possui energia.

(4) Quando você está viajando num carro veloz, você não possui energia cinética com
relação ao carro, pois encontra-se parado dentro do mesmo, mas possui energia cinética
com relação à estrada, pois, juntamente com o carro, está em movimento.

Questão 2:
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Um homem limpando o chão puxa um aspirador de pó́ com uma força de módulo 𝐹 = 50,0 𝑁
em um ângulo de 30,0° com a horizontal.

Fonte: https://cutt.ly/ok4wdeP.

Calcule o trabalho realizado por uma força sobre o aspirador de pó́ enquanto ele é deslocado
3,00 𝑚 para a direita. Despreze os atritos e considere que o cano do aspirador é ideal (massa e
elasticidade desprezíveis).

GABARITO

Temos de descobrir o trabalho realizado sobre um corpo por uma força, se


conhecemos a força sobre o corpo, o deslocamento dele e o angulo entre os dois
vetores; portanto, categorizamos este problema como um de substituição.
Identificamos o aspirador de pó como o sistema.
Usando a definição de trabalho:
𝑊 = 𝐹𝑑𝑐𝑜𝑠(𝜃 )
𝑊 = (50,0)(3,00)(𝑐𝑜𝑠30,0°) = 130 𝐽

Observe nesta situação que a força normal (𝑛⃗) e a força gravitacional (𝑃⃗ = 𝑚𝑔) não
realizam trabalho sobre o aspirador de pó porque essas forças são perpendiculares
a um deslocamento de seus pontos de aplicação.
A presença ou ausência de atrito não é importante ao calcular o trabalho realizado
pela força aplicada. Além disso, esse trabalho não depende do fato de o aspirador se
mover com velocidade constante ou acelerando.

Questão 3: Cada um dos dois motores a jato de um avião Boeing 767 desenvolve uma
propulsão (força que acelera o avião) igual a 197.000 N.

(a) Quando o avião está voando a 250 m/s, qual é a potência instantânea que cada motor
desenvolve?

(b) O ar que circunda um avião em voo exerce uma força de arraste que atua em oposição ao
movimento do avião. Quando um Boeing 747 está voando em linha reta a altitude constante e
velocidade constante de 250 m/s, qual é a taxa em que a força de arraste produz trabalho sobre
ele?

GABARITO
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(a) A potência instantânea é a taxa em que a propulsão realiza o trabalho. A propulsão está
no mesmo sentido da velocidade de modo que 𝐹∥ é exatamente igual à propulsão.

𝑊 𝐹. 𝑑
𝑃= = = 𝐹 . 𝑣 = 𝐹∥ 𝑣
∆𝑡 ∆𝑡
𝑃 = (1,97 × 105 )(250) = 4,93 × 107 𝑊

(b) O avião possui velocidade horizontal constante, portanto a força resultante horizontal
sobre ele deve ser igual a zero. Logo, a força de arraste para trás deve ter o mesmo módulo
que a força para a frente devido à propulsão combinada dos dois motores. Isso significa que
a força de arraste deve produzir trabalho negativo sobre o avião à mesma taxa com que a
força de propulsão combinada produz trabalho positivo. A propulsão combinada realiza
trabalho a uma taxa de 2(4,93 × 107 𝑊) = 9,86 × 107 𝑊, logo, a força de arraste deve
realizar trabalho à taxa de −9,86 × 107 𝑊.

Questão 4:
Uma técnica comum utilizada para medir a constante de força de uma mola é demonstrada pela
configuração na figura.

Fonte: https://cutt.ly/Xk4exmd.

A mola é suspensa verticalmente e um corpo de massa 𝑚 é preso à sua extremidade inferior.


Sob a ação da “carga” 𝑚𝑔, a mola distende-se a uma distância 𝑑 de sua posição de equilíbrio.

(a) Se uma mola é distendida 2,0 𝑐𝑚 por um corpo suspenso de massa 0,55 𝑘𝑔, qual é a
constante de força da mola?

(b) Qual o trabalho realizado pela mola sobre o corpo quando ele se distende nessa distância?
Poderíamos esperar que o trabalho realizado pela força gravitacional, uma vez que a força
aplicada em uma direção oposta à força da mola, seja a negativa da resposta anterior? Vamos
descobrir.

GABARITO

(a) O corpo na figura não está acelerando, então, ele é considerado uma partícula
em equilíbrio. Como o corpo está́́ em equilíbrio, a força resultante sobre ele é zero e
a força elástica para cima equilibra a força gravitacional para baixo 𝑚𝑔.
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Fonte: https://cutt.ly/Xk4exmd.
Vamos aplicar o modelo da partícula em equilíbrio ao corpo.

𝐹𝑒𝑙 + 𝑚𝑔 = 0
𝐹𝑒𝑙 = 𝑚𝑔
Aplicando a lei de Hooke:
𝑘𝑑 = 𝑚𝑔
𝑚𝑔 (0,55)(9,8)
𝑘= =
𝑑 2,0 × 10−2
𝑘 = 2,7 × 102 𝑁/𝑚
(b) Para calcular o trabalho realizado pela mola sobre o corpo, utilizaremos o
teorema do trabalho-energia cinética:
𝑊𝑒𝑙 = ∆𝐾
1 1
𝑊𝑒𝑙 = 0 − 𝑘𝑑 2 = − (2,7 × 102 )(2,0 × 10−2 )2
2 2
𝑊𝑒𝑙 = −5,4 × 10−2 𝐽
Este trabalho é negativo porque a força da mola atua para cima sobre o objeto, mas
seu ponto de aplicação (onde a mola se conecta ao objeto) se move para baixo.
Enquanto o corpo se desloca a uma distância de 2,0 𝑐𝑚, a força gravitacional
também realiza trabalho sobre ele. Este trabalho é positivo porque a força
gravitacional é para baixo, assim como o deslocamento do ponto de aplicação dessa
força. Poderíamos esperar que o trabalho realizado pela força gravitacional, uma vez
que a força aplicada em uma direção oposta à força da mola, seja a negativa da
resposta anterior? Vamos descobrir.

𝑊𝑚 = 𝐹 . 𝑑
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𝑊𝑚 = (0,55)(9,8)(2,0 × 10−2 ) cos(0)


𝑊𝑚 = 1,1 × 10−1 𝐽
Se você̂ esperava que o trabalho realizado pela gravidade fosse simplesmente aquele
realizado pela mola com um sinal positivo, poderá́ se surpreender com este
resultado! Para entender por que este não é o caso.

Questão 5:
Um fazendeiro engata um trenó carregado de madeira ao seu trator e o puxa até uma distância
de 20 m ao longo de um terreno horizontal. O peso total do trenó carregado é igual a 14.700 N.
O trator exerce uma força constante de 5.000 N, formando um ângulo de 36,9° acima da
horizontal. Existe uma força de atrito de 3.500 N que se opõe ao movimento.

(a) Calcule o trabalho que cada força realiza sobre o trenó e o trabalho total realizado por todas
as forças.

(b) Suponha que a velocidade inicial do trenó é 20 m/s. Qual a velocidade escalar do trenó após
o deslocamento de 2,0 m.

GABARITO

Diagrama de corpo livre:

(a) O trabalho realizado pelo peso é igual a zero porque sua direção é perpendicular ao
deslocamento. Pela mesma razão, o trabalho realizado pela força normal também é igual a
zero. Falta considerar a força exercida pelo trator e a força de atrito.

Força exercida pelo trator:

𝑊𝑇 = 𝐹𝑇 𝑑𝑐𝑜𝑠𝜃 = (5000)(20)𝑐𝑜𝑠36,9° = 8,0 × 104 𝑁𝑚

Força de atrito:

𝑊𝑓 = 𝑓𝑑𝑐𝑜𝑠𝜃 = (3500)(20)𝑐𝑜𝑠180° = −7,0 × 104 𝑁𝑚


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Trabalho total realizado:

𝑊 = 𝑊𝑃 + 𝑊𝑁 + 𝑊𝑇 + 𝑊𝑓 = 0 + 0 + 8,0 × 104 − 7,0 × 104 = 1,0 × 104 𝑁𝑚

(b) Pelo teorema do trabalho-energia cinética:


1 1
𝑊 = ∆𝐾 → 𝑊 = 𝑚𝑣 2 − 𝑚𝑣02
2 2
1 1 2𝑊
𝑚𝑣 2 = 𝑊 + 𝑚𝑣02 → 𝑣 2 = + 𝑣02
2 2 𝑚
2𝑊 2(9,8)(1,0 × 104 )
𝑣2 = + 𝑣02 = + 2,02
𝑃 14700
𝑔

𝑣 2 = 17,3

𝑣 = 4,2 𝑚/𝑠

Questão 6:
O bate-estaca é um equipamento utilizado para execução de fundações profundas em grandes
construções. Em um desse equipamento, um bloco de ferro, de massa superior a 500 kg, cai de
certa altura sobre a estaca, atingindo o repouso logo após a queda.

Fonte: https://cutt.ly/Fk4na22.
A respeito da situação descrita, analise as afirmações abaixo. Despreze as dissipações de energia
nas engrenagens do motor.

I – Houve transformação de energia potencial gravitacional do bloco de ferro em energia


cinética; esta será máxima no instante imediatamente anterior ao choque com a estaca.

II – Como o bloco parou após o choque com a estaca, toda energia do sistema desapareceu.

III – A potência do motor (energia / tempo) do bate-estaca será tanto maior quanto menor for
o tempo gasto para erguer o bloco de ferro até a altura ocupada por ele, antes de cair.

Assinale a alternativa correta

Todas as afirmações estão corretas.

Somente a afirmação I está correta.

Somente a afirmação II está correta.


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Somente as afirmações I e II estão corretas.

Somente as afirmações I e III estão corretas.

GABARITO

O movimento do bloco do bate-estaca pode ser dividido nos seguintes trechos: (a) a subida
do bloco, na qual a potência da força exercida no bloco vale 𝑃 = |∆𝐸𝑃 |/∆𝑡; (b) a queda do
bloco, na qual há transformação de energia potencial gravitacional em cinética; (c) o choque
do bloco com a estaca, no qual há dissipação de energia. A energia cinética se transforma
em outras formas de energia, principalmente energia térmica.

Logo:
I – certa

II – errada: a energia é dissipada, não desaparece.


III – certa: basta observar a expressão 𝑃 = 𝑊/∆𝑡.

Questão 7:
Um cavaleiro com massa de 0,2 kg está em repouso sobre um trilho de ar sem atrito e ligado a
uma mola cuja constante é dada por k = 5,0 N/m. Você puxa o cavaleiro fazendo a mola se
alongar 0,1 m e a seguir o liberta sem velocidade inicial. O cavaleiro começa a se mover
retornando para sua posição inicial (x = 0). Qual é o componente x da sua velocidade no ponto
x = 0,08 m?

GABARITO

Como a força da mola varia com a posição, este problema não pode ser resolvido pelas
equações do movimento com aceleração constante. Aplicaremos o conceito de que, quando
o cavaleiro começa a se mover, a energia potencial elástica é convertida em energia cinética.
O cavaleiro permanece sempre na mesma altura durante o movimento, de modo que a
energia potencial gravitacional não influi no movimento.

Logo:
1 1 1 1
𝑚𝑣𝑓2 + 𝑘𝑥𝑓2 = 𝑚𝑣𝑖2 + 𝑘𝑥𝑖2
2 2 2 2
1 1 1
𝑚𝑣𝑓2 + 𝑘𝑥𝑓2 = 0 + 𝑘𝑥𝑖2
2 2 2
1 1
𝑣𝑓2 = 𝑘(𝑥𝑖2 − 𝑥𝑓2 ) = (5)(0,12 − 0,082 ) = 0,09
𝑚 0,2
𝑣𝑓 = 0,3 𝑚/𝑠
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Questão 8:
Uma bola de massa 𝑚 é largada de uma altura ℎ acima do chão, como mostra a figura.

Fonte: https://cutt.ly/vk4ovxP.

(a) Desprezando a resistência do ar, determine a velocidade da bola quando ela está́ a uma
altura 𝑦 acima do chão. Escolha o sistema como a bola e a Terra.

(b) Determine a velocidade da bola em relação à altura 𝑦 escolhendo a bola e o sistema.

(c) E se a bola fosse jogada para baixo de sua posição mais alta com uma velocidade 𝑣𝑖 ? Qual
seria sua velocidade na altura 𝑦?

Para a resolução desse exercício, utilize a abordagem de energia.

GABARITO

(a) A figura é nossa experiência diária com corpos em queda nos permitem
conceitualizar a situação. Como foi sugerido no problema, identificamos o sistema
como a bola e a Terra. Como não há resistência do ar nem qualquer outra interação
entre o sistema e o meio, o sistema é isolado e, portanto, usamos este modelo. A
única força entre os membros do sistema é a gravitacional, que é conservativa.
Como o sistema é isolado e não há forças não conservativas atuando dentro dele,
aplicamos o princípio da conservação da energia mecânica ao sistema bola-Terra.
∆𝐾 + ∆𝑈 = 0
1 1
( 𝑚𝑣𝑓2 − 𝑚𝑣𝑓2 ) + (𝑚𝑔𝑦 − 𝑚𝑔ℎ) = 0
2 2
1
( 𝑚𝑣𝑓2 − 0) = −(𝑚𝑔𝑦 − 𝑚𝑔ℎ)
2
𝑣𝑓2 = 2𝑔(ℎ − 𝑦)

𝑣𝑓 = √2𝑔(ℎ − 𝑦)
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A velocidade é sempre positiva. Se fosse pedido a você̂ para encontrar a velocidade


da bola, usaria o valor negativo da raiz quadrada como o componente 𝑦 para indicar
a direção para baixo.
(b) Neste caso, o único tipo de energia no sistema que se modifica é a energia
cinética. Um único objeto que pode ser modelado como uma partícula possui energia
potencial. O efeito da gravidade é realizar trabalho na bola através do limite do
sistema. Utilizamos o modelo do sistema não isolado.
𝑊 = ∆𝐾
1
𝐹𝑔 𝑑𝑐𝑜𝑠(180) = 𝑚𝑣 2
2 𝑓
2(𝑚𝑔)(𝑦 − ℎ)(−1)
𝑣𝑓2 =
𝑚
𝑣𝑓 = √2𝑔(ℎ − 𝑦)

O resultado final é o mesmo, independentemente da escolha do sistema.


Tenha sempre em mente que a escolha do sistema deve ser feita por nós. Algumas
vezes, o problema é muito mais fácil de resolver se for feita uma escolha criteriosa
do sistema a ser analisado.
(c) Se a bola for jogada para baixo inicialmente, podemos esperar que sua velocidade
na altura 𝑦 seja maior do que se ela simplesmente cair.
Faça sua escolha do sistema, seja o da bola sozinha ou o da bola e a Terra. Você
deverá descobrir que sua escolha forneceu o seguinte resultado:

𝑣𝑓 = √𝑣𝑖2 + 2𝑔(ℎ − 𝑦)

Questão 9:
O mecanismo de lançamento de uma arma de brinquedo consiste em uma mola movida a
gatilho.
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Fonte: https://cutt.ly/9k4gvem

A mola é comprimida para uma posição 𝑦𝐴 , e o gatilho é disparado. O projétil de massa 𝑚 sobe
para uma posição 𝑦𝐶 acima da posição na qual sai da mola, indicada na figura como posição
𝑦𝐵 = 0. Considere um engatilhamento da arma para o qual 𝑚 = 35,0 𝑔, 𝑦𝐴 = −0,120 𝑚 e 𝑦𝐶 =
20,0 𝑚.

(a) Desprezando todas as forças resistivas, determine a constante da mola.

(b) Encontre a velocidade do projétil conforme ele se move pela posição de equilíbrio B da mola.

GABARITO

(a) Identificamos o sistema como o projétil, a mola e a Terra. Ignoramos tanto a


resistência do ar sobre o projétil quanto o atrito na arma e, portanto, modelamos o
sistema como isolado sem a atuação de forças não conservativas.
Como o projétil começa do repouso, sua energia cinética inicial é zero. Escolhemos
a configuração zero para a energia potencial gravitacional do sistema como sendo
quando o projétil sai da mola em 𝐵. Para esta configuração, a energia potencial
elástica também é zero.
Após a arma ser disparada, o projétil atinge uma altura máxima 𝑦𝐶 . A energia
cinética final do projétil é zero.
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A partir do modelo do sistema isolado, escrevemos uma equação de conservação da


energia mecânica para o sistema entre as configurações quando o projétil está nos
pontos 𝐴 e 𝐶:
∆𝐾 + ∆𝑈𝑔 + ∆𝑈𝑒𝑙 = 0
1 1 1 1
( 𝑚𝑣𝑓2 − 𝑚𝑣𝑖2 ) + (𝑚𝑔𝑦𝐶 − 𝑚𝑔𝑦𝐴 ) + ( 𝑘𝑥𝑓2 − 𝑘𝑥𝑖2 ) = 0
2 2 2 2
1
(0 − 0) + (𝑚𝑔𝑦𝐶 − 𝑚𝑔𝑦𝐴) + (0 − 𝑘𝑦𝐴2 ) = 0
2
1 2
𝑘𝑦 = 𝑚𝑔(𝑦𝐶 − 𝑦𝐴 )
2 𝐴
2𝑚𝑔(𝑦𝐶 − 𝑦𝐴)
𝑘=
𝑦𝐴2

2(0,035)(9,8)(20,0 − (−0,12))
𝑘=
(0,120)2
𝑘 = 958 𝑁/𝑚
(b) A energia do sistema conforme o projétil se move pela posição de equilíbrio da
mola inclui somente a cinética do projétil.
Os dois tipos de energia potencial são iguais a zero para esta configuração do
sistema.
∆𝐾 + ∆𝑈𝑔 + ∆𝑈𝑒𝑙 = 0
1 1
( 𝑚𝑣𝐵2 − 0) + (0 − 𝑚𝑔𝑦𝐴 ) + (0 − 𝑘𝑥𝑖2 ) = 0
2 2
1 1
𝑚𝑣𝐵2 = 𝑚𝑔𝑦𝐴 + 𝑘𝑦𝐴2
2 2
2𝑚𝑔𝑦𝐴 + 𝑘𝑦𝐴2
𝑣𝐵2 =
𝑚
2(0,035)(9,8)(−0,12) + (958)(0,12)2
𝑣𝐵2 =
(0,035)
𝑣𝐵 = 19,85 𝑚/𝑠
Este exemplo inclui dois tipos diferentes de energia potencial. Note que na parte (a)
não precisamos considerar nada sobre a velocidade da bola entre os pontos 𝐴 e 𝐶,
que é parte da força da abordagem de energia; variações nas energias cinética e
potencial só dependem dos valores inicial e final, e não do que acontece entre as
configurações que correspondem a estes valores.
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Fonte: https://cutt.ly/9k4gvem

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