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LOGÍSTICA INTEGRADA - SATISFAÇÃO DOS CLIENTES E REDUÇÃO DEartigo48
LOGÍSTICA INTEGRADA - SATISFAÇÃO DOS CLIENTES E REDUÇÃO DEartigo48
CUSTOS
Denis Domingos Soares – denissoares.caf@hotmail.com
Eduardo Ribeiro de Souza – eduardo_r.souza@hotmail.com
Filipe Fernandes Soares – filipe-fernandes@uol.com.br
Mariana Fernandes Soares – adm.marianafernandes@gmail.com
Everton Rodrigo Salvático Custódio – everton@unisalesiano.edu.br
RESUMO
Este trabalho tem por objetivo a discussão do conceito de logística integrada
e identificação dos problemas ocorridos durante os processos. Ao se integrar a
logística tem como um dos maiores objetivos minimizar custos e permitir que toda a
demanda proporcionada pelo mercado seja atendida. Um processo logístico
eficiente tem o poder de oferecer ao cliente um nível de serviço de excelência,
através do cumprimento do prazo de entrega estipulado pela empresa no ato da
compra. O contexto atual nos mostra, que a cada dia que passa, os clientes estão
buscando, com maior frequência, um nível de serviço de excelência. Isso faz com
que as empresas se dediquem cada vez mais a não só reduzir seus custos, mas,
além disso, agradar seus clientes em proporções iguais. Nesse contexto vemos que
o cliente além de escolher seu fornecedor pelo preço oferecido, escolhe também
pelas necessidades atendidas, como cumprimento do preço combinado, qualidade
do produto e do serviço oferecido, quantidade solicitada, cumprimento do prazo de
entrega, entre outros.
ABSTRACT
This paper aims at discussing the concept of integrated logistics and
identification of problems occurred during the process. By integrating logistics has as
a major goal of minimizing costs and allow all provided by the market demand is
attended.An efficient logistic process has the power to offer the customer a level of
service excellence by meeting the deadline set by the company at the time of
purchase. The current situation shows us that every day, customers are looking for,
more often, a level of service excellence. This means that companies are dedicated
more to not only reduce costs but also please their customers in equal proportions. In
this context we see the customer as well as choose their supplier by the price
offered, choose the well needs met, as the fulfillment of the agreed price, product
quality and service offered, amount requested, the compliance deadline, among
others.
INTRODUÇÃO
As empresas que pretendem firmar-se em um cenário globalizado e muito
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competitivo devem buscar novas alternativas para destacar-se oferecendo serviços
de qualidade em tempo hábil e consequentemente ganhar a confiança dos clientes,
agregando valor ao produto.
Partindo desse conceito, a ferramenta que vem ganhando espaço e
notoriedade entre os gestores é o sistema de logística integrada, conjunto de
atividades e processos interligados com a finalidade de otimizar o sistema
inteiramente, minimizando os custos e consequentemente agregando valor ao
produto final, buscando a satisfação do cliente.
Neste âmbito, a logística foi desenvolvida com o intuito de dispor dos recursos
certos, na hora certa. Ela é responsável pelo controle dos pedidos de vendas,
materiais, planejamento do processo produtivo, suprimentos, distribuição e
informação para otimizar os recursos materiais e humanos da organização.
Administrar de maneira eficiente esta ferramenta é indispensável na tomada
de decisões, pois é capaz de reduzir custos, assim como aumentar a
competitividade organizacional. Dentro da logística de transporte, essa integração do
sistema pode significar redução dos custos em várias modalidades classificadas
como: rodoviária, ferroviária, hidroviária e aérea.
A logística de transportes pode reduzir os custos organizacionais, isso se
houver uma integralização dos processos realizados, de maneira que os recursos
sejam distribuídos de forma correta, em horário e local corretos, tornando as
empresas mais eficientes e melhorando seus resultados, proporcionando
flexibilidade e eliminando desperdícios, alavancando, assim, a lucratividade presente
e futura.
1 SURGIMENTO E EVOLUÇÃO
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Até os anos 50 as empresas não se importavam com o nível de serviço e nem
com a satisfação do cliente, o que fez com que até então a logística empresarial não
se desenvolvesse.
Portanto, conforme historiadores, embora a logística sempre tenha existido,
sua evolução aconteceu de forma lenta até os anos 1940, pois a necessidade de
movimentação de produtos [...] era quase inexistente. (RAZZOLINI, 2010)
Segundo Pozo (2007), a logística é um campo em plena expansão e possui
grande potencial para adquirir resultados significantes para a empresa, porém, esse
conceito não era aceito 50 atrás, o que fez com que a logística fosse pouco utilizada
até os anos 70.
No período de 50 a 75, grandes mudanças aconteceram. Como por exemplo,
os consumidores que passaram a exigir mais variedade e qualidade; os
administradores das empresas, que cada vez mais, estavam em busca da melhoria
dos resultados através da redução de custos; e o avanço tecnológico, com a
chegada do computador, e consequentemente a possibilidade de tratar problemas
logísticos com a os sistemas desenvolvidos.
O interesse administrativo por essas técnicas computacionais foi despertado
em razão de que elas podiam auxiliar na identificação de economias significativas
em áreas-problema da logística [...] (POZO, 2007).
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gestão empresarial.
Logística é muito mais do que visão de depósito, palete, caminhão, etc., ela
se preocupa com a qualidade, custos, prazos e ciclos dos serviços
prestados no atendimento a clientes (LEANDRO, 2004).
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De acordo com Carmelito (2008) essas mudanças na logística no Brasil são
lideradas por dois segmentos industriais, o automobilístico e o grande varejo. Apesar
dos fortes investimentos dessas empresas, os esforços esbarram na deficiência da
infra-estrutura de transportes e comunicação.
Nas empresas de transporte de carga o sistema logístico é o principal
componente, é medido por três indicadores financeiros: custo, faturamento e lucro.
O transporte representa, em média, 64% dos custos logísticos, 4,3% do
faturamento e, em alguns casos, mais que o dobro dos lucros. (WANKE, 2010)
A principal decisão que deve ser tomada pelas empresas privadas e estatais em
relação ao transporte de cargas é o tipo de modal que vai ser utilizado. Existem
cinco os modais de transportes de cargas e de acordo com Wanke (2010) suas
principais características são:
a) rodoviário: apresenta pequenos custos fixo porque a construção e
manutenção das rodovias dependem do poder público e seus custos
variáveis (por exemplo, combustível, óleo e manutenção) são medianos;
b) ferroviário: possui características opostas ao transporte rodoviário, custos
fixos elevados em decorrência dos investimentos feitos em manutenção e
infra – estrutura e custos variáveis pequenos;
c) aquaviário: representa custos fixos medianos devido ao investimento em
embarcações e equipamentos e custos variáveis muito pequenos devido à
grande quantidade transportada;
d) dutoviário: apresenta os custos fixos mais elevados em função dos direitos
de passagem, construção, estações de controle e capacidade de
bombeamento com custos variáveis baixos e muitas vezes desprezíveis;
e) aéreo: apresenta custos fixos baixos (aeronaves e sistemas de manuseio).
Seus custos variáveis são os mais elevados (combustível, mão de obra e
manutenção;
Além dos cinco modais existe também a intermodalidade que é a utilização
conjunta de mais de um modal, no qual são utilizados documentos fiscais individuais
para cada tipo, e a multimodalidade que pode ser definida pela integração total da
cadeia de transporte, de modo a permitir um gerenciamento integrado dos modais
utilizados, bem como das operações de transferência, com a aplicação de um único
documento.
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Segundo Carmelito (2011) o Brasil enfrenta muitos problemas no modal
rodoviário, como o alto preço do frete e dos pedágios, riscos de roubos de cargas e
malha viária mal conservada e insegura, tornam o transporte pelo esse tipo de modal
ainda mais caro e exige cuidados extremos para que, ao chegar às mãos do
consumidor, o produto esteja com a qualidade inalterada.
O modal rodoviário representa o melhor caminho devido às grandes
dimensões do Brasil, já que a flexibilidade e o fácil acesso dos caminhões a diversos
tipos de lugares também são pontos que favorecem na hora da distribuição. Com
uma das maiores malhas viárias do planeta, o modal rodoviário também é o mais
utilizado no Brasil para transporte de mercadorias entre os países do Mercosul
(CARMELITO, 2011).
O investimento no setor de transporte resulta no aumento da eficiência
econômica de qualquer país, deixando os preços mais competitivos e,
consequentemente, mais justo para o consumidor agregando valor ao produto e
diminuindo os custos.
Segundo Wanke (2010) cada modal de transporte possui um custo diferente e
se adéqua para determinados tipos de produto e de operações, para a escolha do
modal de transportes e preciso estar atento aos aspectos relativos a custos e a
prestação de serviços de transportes.
Com relação aos aspectos de custos é preciso destacar o nível de
imobilização de capital em ativos fixos (medidas em toneladas x quilômetros
transportadas, ou seja, através do produto do peso transportado pela quilometragem
percorrida) a presença de rendimentos crescentes e decrescente de escala de
consumo de combustíveis, lubrificantes e materiais de reposição.
Para Wanke (2010) a tendência mundial é a contratação de serviços de maior
valor agregado ou, pelo menos, de outros serviços logísticos que não o transporte
mais também baseado em ativos.
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matéria-prima até o ponto de consumo final, assim como dos fluxos de informações
que colocam os produtos em movimento, com o propósito de providenciar níveis de
serviço adequados aos clientes a um custo razoável.
São consideradas atividades principais desta cadeia: o transporte, a
manutenção de estoque e processamento de pedidos, como atividades secundárias,
a armazenagem, o manuseio de matérias, a embalagem de proteção, a obtenção, a
programação de produtos e a manutenção de informações. Este processo é de
suma importância para a economia e para as empresas que têm como objetivo
ofertar níveis de serviços eficientes e eficazes. (CAIXETA FILHO; MARTINS, 2007)
A administração de matéria e a distribuição física são peças fundamentais da
logística empresarial, sendo que ambas trabalham com o processamento de
pedidos, transporte e controle de estoque, porém diferem entre si na origem dos
fluxos analisados. A distribuição física opera com o produto final de uma empresa e
a administração de matéria opera com suas matérias-primas necessárias para a
fabricação deste produto final.
De acordo com Caixeta Filho; Martins (2007), a logística empresarial tem
como meta garantir a disponibilidade de produtos, matérias dos mercados e pontos
de consumo com a máxima eficiência, rapidez e qualidade, com custos controlados
e conhecidos. A logística é considerada como a última fronteira da administração de
empresas em que é possível conseguir economias significativas e reforçar a
competitividade.
Para atingir esta meta, a logística vem desenvolvendo-se um ritmo mais
acelerado, para fazer frente à demanda de administrar e coordenar cadeias de
suprimento e distribuição cada vez mais complexa.
(continua)
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(continuação)
Para Lacerda (2002) o fluxo reverso de produtos pode ser usado para manter
os estoques reduzidos, diminuindo o risco com a manutenção de itens de baixo giro.
Para incentivar a compra de todo o mix de produtos algumas empresas aceitam a
devolução de itens que não tiverem bom comportamento de venda. Embora este
custo da devolução seja significativo, acredita-se que as perdas de vendas seriam
bem maiores caso não se adotasse esta prática.
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2.2 Logística como vantagem competitiva
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que a empresa atenda as necessidades solicitadas.
Todas as atividades e seus inter relacionamentos para atender pedidos de
seus clientes e satisfazer suas necessidades é definido como logística de marketing
e tem uma importante visão da logística industrial. Ciclagem logística de marketing é
definida como a administração da sincronização do ciclo mercadológico,
promocional, da força de vendas, de fabricação, de aviamento de pedidos e de
distribuição física para bem atender ao cliente e evitar perdas para a empresa.
Essas atividades funcionando perfeitamente podem eliminar perdas
substanciais, redução do dinheiro investido no negócio, manter o cliente satisfeito e,
com isso, e conquistar uma parte maior do mercado. No canal de distribuição o
serviço é composto de todos os elementos de armazenamento, movimentação e
transporte no canal de distribuição. Deve haver uma adequação desses
equipamentos de distribuição às características técnicas do produto movimentado e
ao sistema de comercialização da empresa. (GURGEL, 2000).
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distribuição física para que não cause atrasos na entrega, gerando insatisfação aos
clientes.
Para Pozo (2007) a logística é vital para que a empresa tenha sucesso, pois
ela é responsável por fornecer a seus clientes bens e serviços adequados, no
momento que desejar e, principalmente, com o custo desejado.
CONCLUSÃO
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administração, assim como profissionais de outras áreas afins que tenham interesse
pelo assunto.
REFERÊNCIAS
FARIA, A.C.; COSTA, M.F.G. Gestão de custos logísticos. São Paulo: Atlas, 2007.
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