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Teoriafreud
Teoriafreud
2 – Freud também pontuou que o ser humano possui dualidades instintivas em constante
inter-relação no psiquismo. Ex: instinto de vida e morte/amor e ódio.
3 – Coloca em sua obra que o ser humano busca constantemente o prazer, estando este
ligado a conteúdos inconscientes, instintivos. Nascemos inconsciente/id –buscamos
constantemente o princípio do prazer, aos poucos frente as frustrações inevitáveis da vida
vamos nos frustrando e a realidade começa a impor-se, surge então o princípio da realidade.
Durante a vida estamos sempre tentando nos aliviar dos desprazeres, isso é instinto. Ex: Se
colocamos o dedo na tomada e levamos um choque, tiramos o dedo rapidamente de forma
reflexa, ficamos com este registro e não colocaremos mais o dedo em tomadas. Sentimos
fome e buscamos comer, sentimos frio e nos cobrimos, etc.
Pontos do método psicanalítico:
1) Enfoque dinâmico: “a economia da energia nervosa”: energia psíquica, energia
pulsional, libido. Analogia com o campo da física: a energia é transformada e não
destruída. Energia psicológica é transformada em angústia, causa sintomas físicos
ou de pensamento. Princípio do prazer e da realidade (energia é gasta sem demora
ou rotas alternativas).
2) Enfoque topográfico:
a) primeira tópica: inconsciente (sonhos, chistes e atos falhos), pré-consciente (imagens
mentais e linguagem), consciente (alguns pensamentos).
b) segunda tópica: Id (Isso), ego (Eu), Superego (Supereu).
A estrutura da personalidade
Freud num primeiro momento realizou a divisão da mente em inconsciente, pré-
consciente e consciente (divisão topográfica). O inconsciente seria formado pelos impulsos
instintivos (sexuais, agressivos, etc.), contendo idéias e afetos reprimidos, desejos,
descargas instituais, fortemente vinculado ao princípio do prazer. Estes afetos reprimidos
podem se tornar conscientes através do pré-consciente.
Mas dentro da psicanálise o conceito de personalidade foi estabelecido em três
instâncias psíquicas: id, ego e superego. Embora cada uma dessas partes da personalidade
total tenha suas próprias funções e se separe cada instância psíquica, com o objetivo de
estudo, elas interagem de forma interligada e dinâmica. O comportamento é quase sempre o
produto de uma interação (luta) entre essas três instâncias; e raramente uma delas opera
com a exclusão das outras.
O ego
Parte consciente da personalidade, a parte que entra em contato com a realidade exterior e é
responsável pela atividade direta da comunicação com o meio ambiente através das
seguintes funções: atenção, memória, senso-percepção, consciência, orientação,
pensamento, linguagem, inteligência, conduta e afeto. Todo comportamento humano
manifesta funções de ego.
O superego
É formado pela introjeção de valores, leis, normas, principalmente pelo pai (introjeção da
figura paterna ou seu substituto forma o superego). É a nossa estrutura moral que nos diz o
que é certo, errado. É ele que emite ao ego o que este pode ou não fazer. O SE pode ser
rígido, punitivo, castrados, etc.
O id
É a instância original da personalidade: ele é a matriz da qual se originam o ego e o
superego. Nascemos id e este consiste em tudo aquilo que é psicológico, que é herdado e
que se acha presente no nascimento, incluindo os instintos. O id não tolera tensão está
sempre buscando o prazer. Esse princípio da redução da tensão pelo qual o id opera é
chamado princípio do prazer. Esta é a instância mais profunda de nosso aparelho psíquico.
Temos aqui armazenados os conteúdos inconscientes, reprimidos. É a parte inata da
personalidade, ou seja, a parte de nossos instintos mais primitivos, fisiológicos (fome, sede,
desejo sexual).
Objetivo de um tratamento = tornar consciente o inconsciente (aumentar as
capacidades egóicas).
Fase Oral
Período: de 0 a 1 ano aproximadamente.
Características principais: a região do corpo que proporciona maior prazer à
criança e a boca. É pela boca que a criança entra em contato com o mundo, é por
esta razão que a criança pequena tende a levar tudo o que pega à boca. O principal
objeto de desejo nesta fase é o seio da mãe, que além de a alimentar proporciona
satisfação ao bebê.
Fase Anal
Período: 2 a 4 anos aproximadamente
Características: Neste período a criança passa a adquirir o controle dos esfíncteres
e a zona de maior satisfação é a região do ânus. A criança descobre que pode
controlar as fezes que saem de seu interior, oferecendo-as à mãe ora como um
presente, ora como algo agressivo. É nesta etapa que a criança começa a ter noção
de higiene.
Fase Fálica
Período: de 4 a 6 anos aproximadamente.
Características: Nesta etapa do desenvolvimento a atenção da criança volta-se para
a região genital e ela apresenta um forte comportamento narcisista, de representação
de si, onde cria uma grandiosa imagem de si mesma. Inicialmente a criança imagina
que tanto os meninos quanto as meninas possuem um pênis. Ao serem defrontadas
com as diferenças anatômicas entre os sexos, as crianças criam as chamadas "teorias
sexuais infantis", imaginando que as meninas não tem pênis porque este órgão lhe
foi arrancado (complexo de castração). As meninas vêem-se incompletas (por causa
da ausência e conseqüente inveja do pênis). Neste período surge o complexo de
Édipo, no qual o menino passa a apresentar uma atração pela mãe e a se rivalizar
com o pai, e na menina ocorre o inverso.
Complexo de Édipo:
Édipo era filho de Laio, rei de Tebas, e de Jocasta, sua esposa: O rei soube por um oráculo
que estava fadado a ser assassinado por um filho varão. Quando nasceu um menino, o rei
entregou-o a um pastor para deixá-lo no monte Citeron para morrer. Entretanto, condoído, o
pastor entregou a criança ao rei de Corinto, Políbio, que não tinha filhos. Quando Édipo
chegou à puberdade e um oráculo lhe disse que mataria seu pai e formaria uma união
incestuosa com sua mãe, decidiu não regressar a Corinto para junto daquele que supunha
ser seu pai. Em seu caminho encontrou Laio, a quem matou. Quando Édipo chegou a
Tebas, a Esfinge apresentou-lhe um enigma para que resolvesse. Édipo resolveu o enigma,
e os tebanos, em prova de gratidão, deram-lhe Jocasta como esposa. Quando finalmente,
através de Tirésias, descobriu a relação existente entre ele e sua esposa, Édipo vazou os
olhos, enquanto Jocasta se enforcava. Édipo saiu de Tebas e passou a levar a vida errante de
um vagabundo, acompanhado de sua filha Antígona, sendo finalmente destruído pelas
divindades vingadoras, as Eumênides.
Os psicanalistas encaram a situação de Édipo, como sendo uma característica humana geral.
Durante a fase final da infância, a criança passa por um processo mental onde há uma
mudança nos interesses sexuais. A carga energética troca de alvo, em relação aos pais.
Normalmente, o menino fica principalmente ligado à mãe, a menina ao pai. A solução da
luta determina o caráter das reações subseqüentes da criança. Durante o período de latência,
o complexo de Édipo é normalmente abandonado, em favor de atividades e interesses
extraparentais. Com o advento da puberdade, a situação edipiana infantil original é
despertada de novo, sendo normalmente dissolvida pela canalização de interesses para
outras pessoas.
Fase de Latência
Período: de 6 a 11 anos aproximadamente.
Características: este período tem por característica principal um deslocamento da
libido da sexualidade para atividades socialmente aceitas, ou seja, a criança passa a
gastar sua energia em atividades sociais e escolares. É o investimento no outro, em
coisas do exterior.
Fase Genital
Período: a partir de 11 anos.
Características: neste período, que tem início com a adolescência, há uma retomada
dos impulsos sexuais, o adolescente passa a buscar, em pessoas fora de seu grupo
familiar, um objeto de amor. A adolescência é um período de mudanças no qual o
jovem tem que elaborar a perda da identidade infantil e dos pais, da infância, para que
pouco a pouco possa assumir uma identidade adulta. Ele procura se diferenciar do
outro, ao mesmo tempo em que procura se inserir num grupo com estilos e gostos
próprios.
4) Continuum normal-anormal: estudo do patológico para entender o normal.
5) Método psicanalítico: “Nossa infância permanece conosco sempre”.esforço para
criar métodos para acessar informações sobre a infância de adultos: associação livre
(não aleatoriedade); análise dos sonhos (conteúdo manifesto e e latente);
transferência (técnica interpretativa – depende da “psicanálise”).
Bibliografia:
Freud, S. Obras Completas de Sigmund Freud. Imago, 1982.