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EAE

AULA 44
03/06/2020

CALVÁRIO
OBJETIVO DA AULA

(Valorizar o sentimento de amor e humildade de Jesus pelo seu exemplo)


Mostrar o exemplo de sacrifício e desprendimento de Jesus em prol de sua
mensagem de amor e vitória da vida sobre a morte.

ROTEIRO DA AULA

 Introdução
 A Caminho do Calvário
 No Calvário
 Conclusão

INTRODUÇÃO
No relatório feito a Pilatos porOseus
Julgamento
agentes, Jesus foi classificado como
Messias, título religioso de um herói nacional judeu, destinado a libertar o país
da ocupação estrangeira. Levando Pilatos a imaginar um conspirador contra
Roma.
Naquela mesma manhã, juntamente com Jesus, outro Jesus, o Bar Abas, seria
julgado como conspirador e salteador. Sabendo disso, partidários do segundo,
pedindo sua libertação, se aglomeraram às portas do palácio onde se
hospedava o Procurador.
Pilatos ouviu as acusações contra Bar Abas: “chefe de bando armado; ataque
a viajantes em estradas e a casas ricas para roubar; reunião de armas
proibidas e de gente para realizar levante popular contra os romanos naquela
Páscoa.”
Pilatos decreta que Bar Abas seja açoitado e crucificado, e o corpo deixado
para ser devorado pelos corvos.
Veio Jesus, escoltado, de mãos amarradas, quando entrou um escravo se
ajoelhou na frente de Pilatos e entregou bilhete escrito por sua esposa,
Cláudia Prócula (enteada de Tibério), intercedendo por Jesus: “Não levantes a
mão contra o homem justo.” (a pedido de uma servidora dela)

Pilatos ouviu as acusações contra Jesus: “chefe espiritual do levante


organizado por Bar Abas (...)”, cujo êxito o faria assumir como Rei-Messias.

Pilatos interrogou a Jesus: “És então, o rei dos judeus?”

“- Tu o dizes.”, respondeu Jesus.

Próximo estavam o velho Hanan - Promotor do Sinédrio - e outros assistentes


diretos do Sumo-sacerdote, e, mais além, atrás das grades do portão, a
multidão formada em sua maioria de aderentes de Bar Abas.

Pilatos perguntou aos representantes do Templo: “De que acusais este


homem?” Responderam que blasfemou contra Deus e incita o povo à revolta.

Jesus foi levado de um lado para o outro, do Templo ao palácio de Herodes,


de lá ao de Pilatos, depois do de Pilatos ao de Herodes e de novo ao de
Pilatos, em silêncio, semi-nu, sofrendo zombarias, humilhações, sem
protestos.

Mien escreveu, em Jesus, Mestre de Nazaré: a história que desafiou 2.000


anos (p.267), que na guarnição de Pilatos, prestavam serviço sobretudo
gregos, samaritanos e sírios, que nutriam ódio atávico pelos judeus...Açoitado
com chicotes dentados onde muitos desmaiavam de dor... Improvisaram
manto, caniço e coroa de espinhos, deboches... sem dizer uma palavra...

Como predito por Isaías: “Ele foi oprimido, porém não abriu a boca; como um
cordeiro foi levado ao matadouro e como ovelha muda perante seus
torquiadores, assim não abriu a sua boca.”

Pilatos decidiu que bastava, julgando suficiente a punição, mas os sacerdotes


aproveitaram a flagelação para instigar ao máximo a multidão. Assim quando

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Jesus foi trazido novamente, inchado, ferido, com a coroa de espinhos e o
manto ensanguentado, a pedir a crucificação de Jesus.

Pilatos incitou Jesus para que se defendesse, mas Jesus ficou em silêncio,
imóvel, de olhos baixos. Pilatos percebeu que estava enganado em relação ao
preso, declarando que não via culpa em Jesus, sabendo do costume de
libertar um preso na Páscoa, e julgou-se confiante nessa estratégia para livrá-
lo. Perguntou a quem querem que solte por homenagem às festas, Jesus ou
Bar Abas. A multidão clamou por Bar Abas. Pilatos alegou não ver culpa
alguma em Jesus e perguntou novamente, mas, então, o velho Hanan, incisivo
e maldoso, interveio dizendo que Jesus não era o rei dos judeus, e sim César.
Ou no texto de Mien (p.268): - “Se o soltares, quer dizer que não és amigo de
César, pois todo aquele que se considera rei, opõe-se ao imperador”. Pilatos
percebe o perigo na situação armada, posto que temia outras intrigas em
Roma, já sabia que tinha culpa em atos autoritários que o beneficiaram
pessoalmente...

Pilatos lavou as mãos à vista de todos, dizendo: “- Eu não tenho culpa do


sangue deste justo (p.269).” E mandou que Jesus fosse levado, açoitado e
crucificado com rei dos judeus, porque esse, na sua opinião, era o único
motivo que poderia justificar sua condenação. “A prisão, o processo e a
execução tinham sido concluídos num piscar de olhos, como os sacerdotes
desejavam” (p.274). Talvez isso possa explicar por que não houve nenhum
protesto maior dos seguidores de Jesus.

Mas por que Jesus não se defendeu? Ele “queria” ser condenado, então? Bom,
o que diria Jesus em sua defesa? Entraria em discussões teológicas com
Pilatos? Enalteceria a si próprio como “o filho de Deus”, o enviado, diante do
poder terreno? Com que propósito? Creio que ele não teria como fazê-lo sem
deixar sua humildade de lado. Não poderia agir de outra maneira diferente
sem comprometer sua mensagem de amor e humildade, e sabendo que
estava predita sua crucificação. Era preciso que tudo se passasse conforme os
profetas, afinal “ele veio cumprir a lei”.

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A CAMINHO DO CALVÁRIO (Golgotha, em aramaico, “lugar do crânio”; Calvário, em
latin), o divino Rabi enfrentou o suplício de carregar o madeiro em que seria
crucificado, caindo e levantando sob chicotadas, deixando pegadas de sangue
pelo caminho, até precisar finalmente da ajuda de Simeão de Cirene para
concluir a caminhada até o local do martírio.

NO CALVÁRIO, Mien conta (p.273), Jesus recusou a beberragem especial


preparada por mulheres judias, dada aos condenados, que embotava os
sentidos para aliviar em parte os horríveis sofrimentos da crucificação.

“A crucificação não era somente considerada uma morte ignominiosa, mas era
sobretudo um dos castigos mais desumanos que o mundo antigo jamais
inventou, pois conciliava a tortura física com a humilhação moral. Não por
acaso qualquer um que tivesse a cidadania romana era excluído desta morte
´horrível e infame´, em todo o império. Esta punição era geralmente
reservada aos bárbaros revoltosos e aos escravos. (...)”(Mien, p.273). [como
no caso do apóstolo Paulo]

EM CONCLUSÃO, Jesus nos deu um exemplo de humildade e desprendimento


ao aceitar a autoridade terrena sobre si, suportar zombarias, humilhações,
torturas horríveis e a morte na cruz, sem protestar, sem dizer uma palavra
contra quem quer que fosse, como para demostrar a seus seguidores que é
preciso aceitar nossas dificuldades na vida com o olhar voltado para a vida
espiritual, para o reino de Deus. Jesus vivenciou sua mensagem de amor e
paz, como filho do Homem, e também como filho de Deus.

REFERÊNCIAS

 ARMOND, E. Capítulo 43: Para o Calvário In O Redentor. 12ª.


Edição. São Paulo: Editora Aliança, 1993. p.155-158
 MIEN, A. No Gólgota In Jesus, Mestre de Nazaré: a história que
desafiou 2.000 anos. Tradução de Irami Bezerra Da Silva. Vargem
Grande Paulista: Editora Cidade Nova, 1998. p.271-279.

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