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essa disciplina se refere a toda e qualquer execução provisória, execução provisória como
atividade material de implementação pratica de um comando decisório, seja ele decorrente de
uma sentença ou decisão interlocutória, sempre que haja uma decisão que autorize a pratica
de atos matérias de concretização no plano empírico, estaremos falando de atividade
executiva, se esse titulo executivo não for definitivo, estaremos diante de uma execução
provisória, isso ocorre por exemplo com uma sentença que seja impugnável por apelação sem
efeito suspensivo automático ou tendo efeito suspensivo automático, tenha a parte obtido a
autorização para execução provisória, por meio de uma decisão, seja o cumprimento de uma
decisão interlocutória.
se no caso da sentença parece bem claro, na decisão interlocutória é tão comum quanto,
como é o caso das liminares, assim o processo se desenvolve para o juiz voltar a decidir e
enquanto isso a decisão foi cumprida, por exemplo, o juiz determina que a empresa de
telefonia retire o nome do autor dos cadastros, isso é um ato material de execução, isso
significa que a decisão é um titulo executivo, porem provisório, porque há antecipação dos
efeitos da tutela, mas existe uma observação importante, pois nem toda execução tirada de
uma decisão interlocutória é execução provisória, pois existem decisões interlocutórias que se
convertem em títulos executivos definitivos, lembremos da possibilidade da decisão parcial de
mérito, o juiz pode decidir obre um capitulo e o processo seguir para decidir outro capitulo,
como o exemplo da pessoa que pede dano material e moral, o juiz diz que o dano moral já está
pronto para julgar, mas o dano material ainda precisa produzir prova, então a decisão de dano
moral, caso ninguém recorra transitará em julgado, virando um título de execução definitivo,
caso tenha acolhido o pedido de autor e condenado o réu a pagar, cujo cumprimento não será
provisório, ou seja, podemos ter execução definitiva de título executivo judicial tirado de
decisão interlocutória ou sentença e podemos ter execução provisória porque tirada de
decisão interlocutória ou sentença ainda impugnável.
O que pode ser objeto de cumprimento provisório? Qualquer titulo executivo provisório, seja
ele de sentença, ou seja de decisão interlocutória, porque impugnado por recurso despido de
efeito suspensivo, seja por que não tem automaticamente, seja porque tendo foi obtido por
decisão judicial ou autorização para executar.
Art 520 caput – para saber como se faz decisão provisória deve se saber como se faz decisão
definitiva.
Ii – pode ser que o cumprimento provisório tenha causado prejuízo ao executado, que deve
ser demonstrado pelo executado e ele deve alegar nos mesmos autos do processo.
Iii – só fica sem efeito em relação ao que for anulado, exemplo da exceção feita em face do
executado no valor de 30 mil, faz a penhora e o tribunal diz que é devido apenas 15 mil, deve-
se desconstituir a penhora em relação aos 15 mil e mantém a penhora sobre os outros 15.
Iv – supondo que você está numa execução provisória, a outra parte quer um carro meu, ou
pelo menos ficar a posse do bem no curso da execução provisória, pode haver já a
transferência de posse? Sim, mas o exequente precisa prestar uma caução, pois caso o tribunal
reforme a decisão, terei direito a ter o carro de volta, mas também ser ressarcido de eventuais
prejuízos.
Na doutrina, costuma-se pensar que nos casos em que o exequente tem pouca condição
financeira, deve-se dispensar e exigência de caução, porque não seria idôneo condicionar essa
possibilidade apenas ao exequente.
Art. 521. A caução prevista no inciso IV do art. 520 poderá ser dispensada
nos casos em que:
I - o crédito for de natureza alimentar, independentemente de sua origem;
II - o credor demonstrar situação de necessidade;
III - pender o agravo fundado nos incisos II e III do art. 1.042 ;
III – pender o agravo do art. 1.042; (Redação dada pela Lei nº
13.256, de 2016) (Vigência)
IV - a sentença a ser provisoriamente cumprida estiver em consonância
com súmula da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal ou do Superior
Tribunal de Justiça ou em conformidade com acórdão proferido no julgamento de
casos repetitivos.
Parágrafo único. A exigência de caução será mantida quando da dispensa
possa resultar manifesto risco de grave dano de difícil ou incerta reparação.
iii – o agravo do 1042 é para tentar fazer subir recurso especial ou extraordinário que não foi
admitido, caso o recorrente interponha o agravo, a pendência desse agravo é possível praticar
atos expropriatórios na pendencia do agravo. a probabilidade aqui é de que aquele que
ganhou nem segundo grau já possa ser prestigiado.
iv – nesse caso pode levar a execução até o fim sem caução porque se você teve uma decisão
favorável baseado em provimento vinculante em princípio é o caso de permitir que você tenha
o provimento e não quem está se insurgindo, não faz sentido que aquele que muito
provavelmente tem razão tenha que esperar aquele que provavelmente não tenha razão.
§ único – a regra é que o ato culminante só pode ser realizado se houver caução, mas há essas
exceções, porem há a exceção da exceção, se nesses casos, o executado demonstrar que pode
sofrer um risco de dano de difícil ou incerta reparação, era que ser oferecida caução.
obs: se prestar caução deve levar a execução até o fim. inferências epistêmicas e normativas.
Art. 522. O cumprimento provisório da sentença será requerido por petição
dirigida ao juízo competente.
Parágrafo único. Não sendo eletrônicos os autos, a petição será
acompanhada de cópias das seguintes peças do processo, cuja autenticidade
poderá ser certificada pelo próprio advogado, sob sua responsabilidade pessoal:
I - decisão exequenda;
II - certidão de interposição do recurso não dotado de efeito suspensivo;
III - procurações outorgadas pelas partes;
IV - decisão de habilitação, se for o caso;
V - facultativamente, outras peças processuais consideradas necessárias
para demonstrar a existência do crédito.
REGRA DO PARAG ÚNICO – imagine que se está executando uma sentença, o réu interpôs
apelação que será processada pelo tribunal, os autos vão para lá. o exequente quer executar
provisoriamente e então monta um instrumento para promover a execução provisória, que
será instruída com a cópia de alguns documentos, que precisam ser autenticadas, o advogado
pode certificar a autenticidade, não sendo necessário a autenticação de cartório, ao fazer isso
o advogado assume responsabilidade de forma pessoal caso seja falso.
A regra é que a execução provisória da sentença se faça no mesmo juízo que proferiu a
sentença. A competência para a execução pode ser de outro juízo.
importante observar que a sentença é substituída pelo acordão do tribunal, que é um título
executivo, com efeito substitutivo, pois substitui a sentença de primeiro grau.
PARAG UNICO – o executado pode optar por interpor a execução no lugar dos bens
penhoráveis, mesmo que a sentença tenha sido dada em local diverso. Isso se dá em
cumprimento definitivo ou provisório.