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Cortejada

Série:
Como não ser seduzida por um
Bilionário
Livro Dois

Marian Tee
Envio: Soryu
Tradução: Anna Bya Azul
Revisão Final: GiVagliengo
Revisão Final:Carla Fernanda
Leitura Final: Kakau Ferrari
Formatação: Kakau Ferrari
Sinopse
Meu nome é Yanna Everleigh. Estava acostumada a pensar
que ser uma virgem estava fora de moda e seria suficiente para
manter longe os bonitos e sexys milionários - Bom, pelo menos do
tipo dos que não lhe namorariam. Mas estava enganada. Isso só
fazia que meu milionário me quisesse inclusive mais.

Seu nome é Constantijin Kastein. É quente e frio, arrogante e


cínico em um momento e malditamente doce no seguinte. Faz-me
esquecer de tudo sobre esperar um verdadeiro amor e ir
diretamente ao sexo quente. Mas também é o playboy nº 1 da
Holanda, e sou a dona do meu pior inimigo. Devo estar em vigia.

Talvez se eu lutar com força para conseguir e fingir que meu


coração não bate loucamente cada vez que o vejo - fingir que meu
corpo não fica fraco quando ele está perto - talvez finalmente ele
pare de tentar me seduzir.

Ou não.
Informações sobre a Série

Perseguida --- Distribuído


Cortejando --- Lançamento
Aprisionada --- Em breve
Lição #1

Só há uma maneira de obter mais de seu multimilionário.


E isso é o que você vê que está em você.

Tinham passado exatamente trinta e um dias desde que comecei a


trabalhar para a Kastein Inc. Dezoito dias desde que Constantijin e
eu tomamos caminhos separados em Las Vegas.

Constantijin Kastein era um multimilionário holandês, um


precioso gigante loiro a quem os meios de comunicação gostavam
de chamar o playboy nº 1 dos Países Baixos. Junto com dois de
seus outros amigos multimilionários, completavam a sociedade
infame dos três mosqueteiros devido a sua larga lista de
conquistas sexuais.

Constantijin estava totalmente fora de meu alcance, mas por


alguma estranha razão tinha desejado meu corpo. Eu o tinha
desejado também, mas queria mais. Tinha lhe pedido que fizesse
algo impossível e me deixou porque foi possível para ele fazê-lo.

As lembranças tinham me deixado suspirando, como sempre


faziam. Ultimamente, suspirava tanto que era um milagre que não
tivesse ficado sem oxigênio. Deveria estar agora totalmente afogada
no dióxido de carbono. Inclusive em meus sonhos, tinha a
sensação de que ainda não parava de suspirar pelo que tinha
acontecido e o que poderia ter sido entre Constantijin e eu.

George estava tão mal. O que passa em Las Vegas não fica lá.
Assediava-me, me espreitava e me matava cada vez que meu olhar
se encontrava com Constantijin, e voltava ao vê-lo rindo como se
nada estivesse mal em seu mundo.
Hoje era sexta-feira, só uns minutos depois das seis. Deveria
estar a estas alturas, me divertindo com o resto do mundo, não
estar trancada no escritório. Charli tinha me pedido que ficasse
para alguns trâmites de última hora que seu próprio secretário não
tinha resolvido. É obvio que disse "sim." Quando estava sozinha,
com o coração quebrado e com a impossibilidade de me masturbar
porque, um, não podia conseguir lidar com a vergonha e dois,
tinha um (quase) assunto com um multimilionário cujo pênis
colocava cada vibrador exageradamente em vergonha, o trabalho é
o melhor analgésico que se pode pedir.

O fantástico pagamento de horas extras para manter-me no


escritório era outra vantagem. De certo modo iria bem já que estou
totalmente na bancarrota desde que soprei minhas economias nos
últimos dois dias que tinha estado em Las Vegas. Foi assim como o
fodido Constantijin me tinha deixado. Sim, patética de mim. Não,
não o tem que dizer uma e outra vez. Sabia. George sabia. Mas
saber isso não me impediu de me sentir perdida, como se tivesse
tido uma vez o sol nas mãos e agora estivesse, como, na escuridão
total.

Estremeci, odiando a forma em que soava ao mesmo tempo


poética e infantil. A angústia pelo que não me convém. Se não
tinha dado conta até esta altura, tinha esta realmente horrível
tendência, modo desorientado da Alicia Silverstone1 quando me
sentia super mal.

George também tinha horas extras, mas ele já estava


preparado e tinha pressa para sair. Tinha um encontro com um
menino do 25/F, não importando se os dois já estivessem
comprometidos com outra pessoa. Tinham uma compreensão
muito elástica da palavra "Fidelidade". Às vezes, teria gostado de
sentir o mesmo. A vida teria sido menos complicada e mais
orgástica se o fizesse.

Toodle-loo*( *Tchau ) , Yanna — disse com um beijo de ar na



bochecha, enquanto arrumava os óculos dorky no nariz. Por sua
vez, sua camisa xadrez estava fora de vista, substituída por uma
jaqueta de aspecto elegante e uma camisa azul sedoso.

1) ATRIZ E EX -MODELO AMERICANA .


— Toodle-loo — devolvi, rindo.

Tratava-se de outra coisa que adorava em George. Era um gay


sem vergonha. A primeira vista, poderia pensar que era o moço do
pôster para a Microsoft de melhor aspecto. Então abria a boca, e
sabia no momento em que te chamava de Darling e que gostava
das garotas do mesmo modo que Paris Hilton gostava dos poodles.

Foi por volta das oito da noite quando me estiquei pela última
vez, depois de ter escrito a última parte do meu relatório. Sendo
uma perfeccionista, tinha que revisar três vezes antes de sair.

Depois de fechar a porta de nosso escritório, usei meu tempo


para caminhar. Qual o objetivo de sair correndo quando George e
Alyx estavam fora esta noite? Não era como se a última novela do
Pendergast do Preston & Child fosse se queixar se chegasse em
casa um pouco tarde.

Ao chegar na ala onde ficava a sala de Constantijin, me


encontrei diminuindo o passo até me deter, olhando meu reflexo
em suas paredes de cristal tinto. Por que estou fazendo isso? Não
tinha nem ideia. Só queria...

Só queria outra conexão com Constantijin, mesmo algo tão


tolo.

Pondo a bolsa de mão no chão, endireitei-me, olhando meu


reflexo de novo. Olhe não sou diferente de qualquer garota de
escritório de vinte e cinco anos, com o cabelo escuro que cai reto e
fino contra meus ombros e roupa de trabalho preta, totalmente
aborrecida, e meus companheiros ainda mais chatos do que
sensíveis.

Vejo-me como uma mulher que pode atrair alguém tão quente
como Constantijin Kastein? Não. Definitivamente não.

Decidi afofar o cabelo para fora, movendo a cabeça como uma


estrela de rock até que ficasse em uma grande confusão.

— Assim — murmurei, dando ao meu reflexo outro olhar


crítico.
Agora me via suficientemente tonta para os gostos de
Constantijin, talvez alguém com uma mescla de clássico e falta de
vergonha como a mulher que o tinha chamado em Las Vegas? Seu
nome era Selena Bartholomew e não estava envergonhada de ter
pesquisado sobre ela no Google, usando todas minhas habilidades
de investigação de Internet para ter acesso a suas mensagens
fechadas de twitter e as mensagens privadas da página do
Facebook.

E o que aprendi?

Que não era mais do que uma das muitas outras que estavam
constantemente atrás de Constantijin.

Meus olhos voltaram para meu reflexo.

Não, não é suficiente, decidi e procurei meu batom no interior


da bolsa. Apliquei várias camadas nos meus lábios, batendo-os
antes de passar ao meu reflexo. Agora parecia Taylor Swift ao
selvagem, a versão moreia.

Mas mesmo assim não era o suficiente tonta em minha


opinião.

Agachei-me de novo, deixando escapar um "Ahá" quando me


encontrei com minha última ferramenta de mudança de imagem.
Apliquei várias camadas de blush nas minhas bochechas, do tipo
que só aplicava para a discoteca porque era muito selvagem para
outro lugar, e depois de um momento de vacilação, também tirei a
jaqueta. Depois de puxar a minha camisa para baixo e estufar
meus peitos, me voltei para meu reflexo.

Oh, Por Deus!

Uma risada me escapou.

Se Constantijin me visse assim, estaria, como, totalmente


atraído. Não. Me veria mais como um palhaço do que como uma
loira burra.

Rindo de novo, agachei-me para agarrar o iPhone de minha


bolsa, com a intenção de tirar uma foto de mim mesma e enviar a
Alyx e George só para que rissem. Quando me virei, as luzes no
escritório de Constantijin estavam acesas, e uma sombra se moveu
em seu interior.

Deixei escapar um grito. E outro, e outro e outro...

O guarda da noite veio correndo, gritando.

— O que é?

Oh, graças a Deus! Tremendo de medo, fiquei sem fôlego.

— Há... — virei para o escritório de Constantijin.

— Há...

A sombra estava contraindo, mas vindo mais perto de mim ao


mesmo tempo.

— Oh, meu Deus, há...

Constantijin.

Aí estava Constantijin me sorrindo.

Virei para o guarda noturno que agora estava com o cenho


franzido para mim. Desta vez, me dei conta de como estava sem a
parte superior do uniforme, o cinto pendurado e as calças com o
zíper no meio do caminho.

Oh, querido.

Por isso não queria saber no que acabava de interrompê-lo.


Vermelha como um tomate, balbuciei:

— Sinto muito, não sabia que alguém estava aqui.

O olhar no rosto do guarda noturno dizia que queria me


matar, mas saiu sem dizer uma palavra depois de inclinar seu
chapéu respeitosamente para Constantijin, que acabava de sair de
seu escritório. Ter ele perto fez que meu temperamento ferver e
quando começou a rir de novo no momento que o guarda noturno
nos deixou, estava totalmente perdida.

De novo.

Bofetada.

— Yanna! — seu grunhido era mais feroz e furioso, que


qualquer vez.

E bem, tinha que admitir que estava mais que um pouco


assustada ao ver a expressão de seu rosto, certamente
Constantijin não estava tão zangado para esquecer que o
assassinato era um crime, obriguei-me a me manter firme.

— Merecia isso!

— Maldição que não o fazia! — nos olhamos um ao outro. Logo


depois de repente seu olhar caiu, e me dei conta do decote que
tinha puxado para baixo e meu peito palpitava de emoção...

Cruzei os braços sobre o peito com um grito de protesto.

— Pare de olhar!

Ele estava fazendo seu melhor esforço para não sorrir,


reconheço. Mas no que me diz respeito, tinha que se esforçar mais.
Desta forma não era divertido. Bom, está bem, era, mas tinha que
fingir que não era.

— Deveria ter me feito saber que estava aqui dentro — espetei.

— Estava a ponto de... Mas então vi sua repentina sacudida


de cabeça...

Suas palavras me fizeram recordar minhas ações com um


encolhimento.

—E logo começou a aplicação de maquiagem como se tivesse


um pequeno papel como um dos personagens do The
WalkingDead...
Oh Deus, este era o momento mais vergonhoso de minha
vida.

— E se por acaso fosse pouco, na realidade fez que seus


peitos...

Entendo — grunhi, interrompendo-o porquê não podia



suportar escutar outra palavra — Estava atuando como louca. Feliz
agora?

Constantijin me enviou um olhar de curiosidade, com a


cabeça inclinada para um lado. Era a primeira vez que o via assim
e meu coração tropeçou com a visão disto.

Constantijin estava aqui.

Constantijin estava falando comigo.

O impacto dessas realizações, finalmente me golpeou, e de


repente me fez difícil o respirar.

— Por que se comportou assim?

Encolhi os ombros, com vontades de mentir, mas com a


mente em tão mal estado que não podia pensar em outra coisa que
dizer além da verdade.

— Yanna?

Deixando escapar um suspiro, murmurei:

— Queria parecer uma idiota.

Ele se inclinou para trás.

— Por quê?

Olhei para cima, um pouco surpreendida pela onda de


choque através de seu tom. Não, era mais que uma descarga. Era
algo mais, como acabasse de cometer um genocídio diante de seus
olhos.
— Constantijin?

— Por quê? — perguntou com sua voz notavelmente mais fria.

Desconcertada, espetei-lhe:

— Porque estava pensando que você gostaria se me visse como


uma loira burra.

O silêncio que seguiu foi tão incrivelmente tenso que não me


atrevi a me mover por medo de que se o fizesse fosse arruinar a
atmosfera. Que não era boa, não estava mau, mas se sentia
crucial. Quando voltou a falar, foi com uma voz cortante que me
fez esquecer tudo a respeito de ser suave e vulnerável e tive
arrepios ascendentes.

— Venha ao meu escritório.

Deu-me as costas sem esperar minha resposta, o que me


pareceu totalmente censurável. Cravei meus calcanhares e lhe
respondi friamente.

— Não. Este é meu tempo livre e ...

— Yanna, poderia me obedecer por uma maldita vez e me


seguir para dentro? — desapareceu em seu escritório.

Debati comigo, me perguntando se devia empurrar minha


sorte ou não. Era meu tempo livre. E ele não disse "por favor", o
que deveria ter dito, mesmo sendo meu CEO. Além disso, do que
teria que falar? Trabalho?

Meus olhos se abriram.

Trabalho!

Oh, Meu Deus, e se íamos falar de trabalho? Totalmente


queria bater minha cabeça contra suas paredes de cristal até que
rachasse. Era uma tola por pensar que queria falar comigo sobre
qualquer outra coisa. Tinha semanas para fazê-lo, mas não o fez.
Assim, o que foi que me fez pensar que esta noite ia ser diferente?
Lição #2

Tome cuidado quando seu milionário quiser conversar,


Normalmente ele quer te foder.

Ficando paralisada depois que Constanstijin entrou em seu


escritório, velozmente trato de pensar uma desculpa para meu
desrespeitoso comportamento — não exatamente uma boa base
para um trabalho recomendado pelo CEO — mas não podia pensar
em nenhuma. Merda, Merda, Merda. Não poderia me despedir só
pelo modo como reagi, verdade?

Sentei-me lentamente depois de cruzar a entrada de seu


escritório, tensa de todos os modos. A última vez que viemos aqui
ele estava em modo de ataque, e terminei estendida sobre sua
mesa, sua boca sobre mim — bem, não pense nisso.

Constanstijin se deteve no meio do escritório, suas mãos para


trás, olhando para a janela. Estava elegantemente vestido em um
traje escuro, sem a gravata, seu reflexo se mostrava na janela.

Meus joelhos tremiam como resposta tardia a sua impossível


beleza. Oh, Deus, por que não podia me acostumar a quão lindo
era? Fazia um tempo tive esta grande paixão pelo Channing
Tatum, mas depois vê-lo em meu ginásio todos os malditos dias,
minhas lentes lentamente perderam esse tom rosado, e voltou a
humano diante dos meus olhos. Inclusive esses abdominais pelos
que se podiam babar agora eram por completo normais para mim.

Mas Constanstijin?
Cada dia parecia-me mais bonito, sexy, e muito mais
inalcançável do que já era.

Limpei a garganta.

— Senhor?

Constanstijin deu a volta. Desta vez, tinha uma perspectiva


realmente boa dele, e me fez soltar um pequeno ofego. Via-se
menos que perfeito. Ainda incrível, mas, agora era bonito em um
modo imperfeito como não foi antes.

Seu cabelo parecia como se tivesse passado a mão através


dele (devido a mim?), seus olhos tinham notáveis círculos escuros
por debaixo (por minha causa?), e seu rosto sem barbear cansado
levava uma fraca marca vermelha na bochecha esquerda
(totalmente por minha causa).

Seus olhos se estreitaram.

— Pare com isso de senhor.

Fique tranquila, fique tranquila, me lembrei, mordendo o


lábio para evitar dizer algo que não devia. Tinha uma urgência
muito má por me jogar nele e chorar como um bebê, é estranho.
Oh prezado senhor, como é estranho!

— Não acredito que seja uma boa ideia, senhor.

Sim, estava provocando-o. Não, não tinha ideia de porque o


fazia.

A exasperação alinhou sua cara.

— Yanna.

— Senhor Kastein — disse, imitando seu tom perfeitamente.

Olhamo-nos.
Meus lábios foram os primeiros a tremer, e então ele estava
sorrindo, a péssima despedida que tivemos semanas atrás
momentaneamente empalidecendo no presente.

— É muito obstinada — disse, sacudindo a cabeça, seu


sotaque grosso adorável.

E você é muito viciante. O pensamento me fez morder o lábio.

Seus olhos se escureceram.

Uh, Oh. Rapidamente soltando meu lábio, respondi:

— De... De que queria falar comigo?

— De nós.

Fiquei em branco.

— Pensei que íamos falar de trabalho.

Apenas apertando, respondeu:

— Não. Para nada.

— Então vou parar esta conversa. — me virava para a porta


ainda pensando que não estava segura de ter tomado a melhor
decisão.

— Yanna, se sair antes...

Impossível evitá-lo, dei-lhe um sorriso sobre meus ombros.


Oh, merda. O olhar selvagem em sua cara me fez ficar em pânico
enquanto pensava, não estava certa do por que. Auto preservação?
Acanhamento instintivo? Tudo entre os dois?

Não importava no final, não quando um Constanstijin furioso


de uma pernada me agarrou em uns segundos.

Deixei sair um chiado quando de repente me levantou com só


um braço ao redor da cintura. Com os pés pendurando ao menos
três pés no ar, minhas bochechas começaram a ruborizar-se,
lutando para que me baixasse.

— Constanstijin pare com isso!

Mas não respondeu, caminhando constantemente para o sofá


do lado da sala. O couro cobrindo-o era — adivinha — negro, com
algumas almofadas brancas, e cercado por mesas de vidro onde
fotos emolduradas de um casal de idosos estavam expostas.

Constanstijin me atirou sobre o sofá.

Imediatamente me zanguei como se um zumbi ressucitasse,


minha cabeça me apressasse a escapar, mas meu corpo me dizia
sente-se, sentindo quão perto estava de meu vício favorito. Quanto
ao meu coração, sempre era o órgão mais inútil. Tudo o que fazia
era me confundir.

Constanstijin esperou me empurrando para baixo, e minhas


pernas automaticamente se estenderam abertas como lhe dando
as boas-vindas de volta. Merda.

O que acontecia com meu corpo?

— Me solte — assobiei mesmo que os batimentos do meu


coração continuassem correndo, praticamente havendo fogo para
um recorde olímpico agora que o pênis de Constanstijin pulsava
pesadamente contra meu núcleo dolorido.

Tratei de empurrá-lo de meu caminho, apoiando as mãos em


seu peito, mas era uma semana de vontade e sabíamos.

Olhou-me, sério, seus olhos intensos.

— Yanna - grunhiu.

Havia algo que me fez parar de golpeá-lo no peito com suaves


golpes. Deus, sentia-me tão fraca, como um bebê recém-nascido
poderia lhe golpear com essa classe de resistência que estava
pondo.
— Você ganhou. — e isso foi tudo o que disse antes que seus
lábios tomassem os meus por um impressionante, desejoso,
enroscado, cordato e esmagador beijo.

Oh. Poderia chorar por esse beijo.

Espera, o fazia.

As lágrimas caíam de meus olhos fechados enquanto lhe


devolvia o beijo com fome, meus braços ao redor dele.

—Não chore, tesouro — grunhiu, beijando todo o caminho de


minhas lágrimas.

As lágrimas seguiam caindo mais.

As lambeu pelo caminho.

— Por favor, coração, você está me destroçando.

Enterrando meu rosto em seu pescoço, sorvi:

— Não entendo que está acontecendo agora.

Constanstijin de repente nos virou, e me encontrei deitada em


seu peito em um instante. Quando levantei a cabeça para olhá-lo
com receio, deu-me um sorriso, entretanto um triste enquanto
repetia:

— Você ganhou Yanna.

Franzi o cenho.

— Eu ganhei. O que?

Tomou uma mecha de meu cabelo, enroscando-o ao redor de


seu dedo, acariciando-o como se estivesse fascinado por sua
textura.

Então o deixou ir e, acariciando minha bochecha com o dedo,


me olhou nos olhos e disse:
— Vou te cortejar.

Deixei de respirar.

A falta de cor em seu rosto me disse que ele considerava suas


palavras uma enorme concessão de sua parte, e possivelmente era.
Não tinha nem ideia do que o fez mudar de ideia, mas agora
mesmo não era importante. O que importava é que ele disse.

— Escutou o que eu disse? — Constanstijin realmente me


sacudiu, impaciente e vendo mais que uma pequena incerteza a
respeito de minha reação, ao ficar olhando-o em branco. Limpando
a garganta, convoquei um sorriso tremulo em meus lábios.

— Só estou... sobrecarregada.

Devolveu-me o sorriso, mas ainda não chegava aos olhos.


Sustentou meu rosto de repente, me empurrando para baixo por
um curto e duro beijo que me deixou respirando outra vez, não,
hiper ventilando. Quando me dei conta, ele disse:

— Vou te cortejar, mas há condições.


Lição #3

Se um bilionário te permite ter a última palavra,


É porque ele terá a última risada.

— Uh...

Constantijin Kastein tinha concordado em me cortejar.

Minha mente repetia as palavras uma e outra vez. Parecia ter


dito algo, além disso, algo a respeito de confusão ou o que seja que
estou entendendo totalmente. Isto foi totalmente confuso para
mim, também.

Constantijin Kastein tinha concordado em me cortejar.

Oh, a mente aturdida. Era como se uma menina, uma total


Senhora Ninguém como eu, tivesse perguntado a Ryan Gosling se
ia cortejá-la (Nervos!) e ele tivesse concordado (Cadela!)

— Yanna?

O olhei sem compreender.

Constantijin Kastein tinha concordado em me cortejar.

Ele franziu o cenho.

Bom, esse não era um olhar que um homem que decidiu me


cortejar deveria ter. Sacudindo a confusão de minha cabeça lhe
disse:
-Q...Q...O que?

— Escutou o que disse?

—O que está confuso?

A exasperação fez que seu sotaque soasse ainda mais grosso,


grunhiu:

— Não. Disse que tinha condições.

Oh.

Era minha vez de franzir o cenho, e o fiz, com severidade.

—A que se refere com "condições"?

Ele era quem me queria cortejar e, entretanto, estava pondo


condições? Os holandeses têm uma compreensão diferente da
palavra "cortejar"?

— Ninguém deve saber que estou... — fez uma pausa e logo, a


contra gosto e com desgosto, disse — Que estou te cortejando.

Meu estômago se retorceu diante de suas palavras.

— Você se envergonha de mim?

Seus olhos se abriram e então voltou a me beijar, sua língua


audazmente varreu minha boca enquanto suas mãos percorreram
minhas costas, arrastando-se para baixo para cavar minhas
nádegas e as empurrar para seu pênis.

— Carinho — murmurou, soltando momentaneamente meus


lábios, mas nada mais — Zanga-me, confunde o inferno fora de
mim, mas se houver algo que nunca vou sentir vai ser vergonha de
você.

Moveu-se debaixo de mim, traguei um gemido porque seu


movimento tinha a sua ereção esfregando-se contra meu clitóris já
sensível.
Constantijin puxou minha cabeça para trás, contra seu peito.
Não pude evitar me retorcer mais perto dele, sobre tudo quando
com um sorriso na voz disse:

— De fato, é a única mulher que não tem meu sangue e de


quem estou orgulhoso.

— Sério? — sussurrei.

— Ama seu trabalho, vejo a cada vez que te ouço fazer uma
apresentação e falar com os outros sobre isso.

Seu elogio me deu vontade de chorar. Pisquei as lágrimas


porque sei que não gostaria que chorasse, engasguei-me:

— Obrigada.

Constantijin inclinou o queixo para cima.

— Assim, não, não estou fixando condições porque esteja


envergonhado de você — sua voz se suavizou — Não vai pensar isso
de novo, verdade?

Oh, estes europeus e seus confusos finais de frases. Sorri


tremulamente para ele e lhe disse:

— Sim.

Empurrou minha cabeça para baixo de novo.

— Agora as condições.

Não pude evitar e me estiquei.

— Não vamos dizer a ninguém sobre isto, não até que seja o
momento adequado. Neste momento, não está segura de mim,
assim não tem nenhum sentido que alguém se inteire. Os
romances de escritório são desencorajados e estão proibidos, mas
mesmo assim todos sabem que existem. Entretanto, não quero
mover o bote a menos que tenha uma boa razão.
— Uma boa razão? — repeti, um pouco confusa a respeito do
que poderia ser.

Ele não respondeu.

Levantei a cabeça de novo, lhe olhando nos olhos, pedindo a


reposta com preocupação.

— Constantijin?

Um sorriso, o sorriso secreto e malvado que tanto eu adoro,


apareceu em seus lábios quando disse:

— Como quando aceitar que posso te foder a qualquer


momento, aonde seja, de qualquer maneira.

Oh.

Esse tipo de razão.

Estava tão molhada depois disso.

E meu milionário playboy holandês sabia. Estava ali, em um


olhar ardente de desejo em seus olhos, a forma em que suas fossas
nasais queimaram e a forma em que seu pênis pulsou com mais
força contra meu sexo.

— Está de acordo, Yanna? — sussurrou.

Oh Deus. Ele estava usando seu tom sedutor, e cada palavra


que saía de sua boca era uma ameaça sedutora com a intenção de
lhe dar o controle total de meu corpo.

— Sim — terminei ofegando quando Constantijin se agachou e


puxou minha saia, deixando que sua ereção esfregasse ainda mais
estreitamente contra meu sexo. Com as calcinhas empapadas, era
como se não houvesse uma malha que nos separasse, e eu não
podia deixar de me mexer.

Gemi quando Constantijin me soltou inesperadamente e meu


corpo voltou a cair, meu sexo praticamente encharcado em sua
ereção. Senti sua mão serpentear para baixo enquanto agarrava
seu pênis e o guiava ao meu clitóris.

E então começou a esfregar.

— Constantijin!

Sorriu.

Oh Deus. Se pudesse esbofeteá-lo como estava acostumada a


fazer, tinha feito. Mas neste momento, tudo no que podia me
concentrar era na forma em que seu pênis continuava bombeando
meus clitóris.

— Me escute com atenção, Yanna, porque só direi uma vez.

Olhei-o, mas sabia que este não era meu ponto forte, não
quando também sabia que simultaneamente meus olhos
suplicavam que se esfregasse mais forte, mais rápido, e fizesse algo
que me desse um orgasmo só para desfrutar de seu toque.

De maneira perversa. Constantijin me devolveu o sorriso.


Começou falar, mas só a metade de minha mente podia
concentrar-se nas palavras.

— Para mim, cortejar é somente outro processo que nos ajuda


a nos conhecer melhor. Mas sou um homem muito ocupado. Farei
minha melhor dedicação em todo o tempo que possa te cortejar,
mas deve estar preparada para haver alguns compromissos.

— Ugh.

Senti a outra mão de Constantijin descendendo de novo e me


estiquei, sem saber o que esperar, mas sabendo que o que fosse se
sentiria...

Constantijin arrancou minha calcinha.

Sentia-me como fora deste mundo.

—Constantijin! — assobiei e logo o arruinei totalmente


gemendo enquanto seu pênis exigia entrar em mim.
— Olhe para mim, Yanna.

Obedeci-lhe, meus olhos nublados de desejo.

Em um tom duro e sem vacilar, disse:

— Não estou prometendo amor, Yanna. Quero que entenda


isso com perfeição.

Oh, isso era malditamente injusto. Como ia pensar em como


responder isso enquanto ele estava brincando com meu sexo com
seu pênis? A cabeça se deslizou uma fração antes de retirar-se por
completo e me deu um gosto tortuoso do que ia se passar entre
nós.

— Nunca tinha me apaixonado, e te advirto que não pense que


pode me fazer mudar de opinião no futuro.

Gemi quando a mão de Constantijin se uniu ao seu pênis,


seus dedos brincavam com meu clitóris enquanto seu pênis
deslizava acima e abaixo entre minhas dobras.

—Sinto-me muito atraído por você. E durante o tempo que


duremos, sou teu.

Seu polegar apertou com força contra meus clitóris.

Fiquei sem fôlego, meu corpo se arqueou, estava a um ponto


de distância de um orgasmo e estava segura de que desmaiaria
diante do puro prazer de fazê-lo.

Seus olhos se encontraram com meus, seu olhar possessivo e


exigente quando com um tom áspero perguntou:

— E será minha enquanto eu estiver te cortejando certo? Não


haverá outros pretendentes, ok?

A paixão nublava minha mente, mas apesar de que só a


metade de suas palavras chegaram aí, entendi o suficiente para me
obrigar a sacudir a cabeça. Oh não. Ele não estava saindo com
essa regra. A exclusividade no cortejo sempre tinha sido a
cobrança de um homem, e não ia trocar entre nós.

— Não — arrumei isso para dizer.

Estava aborrecido. Estava claro em seu olhar.

— Está segura de que quer dizer "não"? — zombou, movendo


seu pênis mais rápido, tirando outro gemido de mim — Se não
prometer exclusividade, te torturarei assim todo o tempo.

Neguei com a cabeça obstinadamente, inclusive enquanto


movia meus quadris tratando de apanhar seu pênis contra meu
clitóris para que pudesse vir.

— Está segura? — respirou em meu ouvido me fazendo tremer.


Estremeci-me ainda mais enquanto seus dedos riscavam formas ao
azar em meus quadris, os movimentos eram susceptíveis e
excitantes me fazendo perder meu fôlego.

— Não! — a palavra de protesto saiu de minha boca antes que


pudesse detê-la, meu corpo doeu de desejo quando Constantijin se
separou de mim sem prévio aviso, nos levando de volta a nossos
pés.

Boquiaberta e incrédula, só pude vê-lo enquanto alisava


minha saia até que nenhuma dobra ficou.

Olhei-o com horror. Realmente ia terminar de qualquer jeito?


Mais que esse ponto, não ia terminar isto?

Deu-me um sorriso tenso, que retornei com um pequeno.

Em voz baixa, disse:

— Nosso cortejo começou.

Mas essas palavras não eram o que minha mente tinha


ouvido. Ao ver a determinação em seus olhos e a expressão que
seguia sendo tensa em seu rosto enquanto lutava fisicamente para
manter sua excitação sob controle, fez que o ouvisse de outra
maneira.
Rainha, xeque-mate. Foi sua melhor jogada em nosso
tabuleiro de xadrez de sedução.

Levantei meu queixo, odiando como meu corpo ainda tremia


pela necessidade insatisfeita.

— Sim — disse-lhe em voz baixa — Começou — e o melhor era


que ele tomasse cuidado porque poderia ter em xeque seu Rei.

Ou inclusive um xeque-mate.
Lição #4

Trate de não se deixar levar


Quando seu multimilionário dançar com você.
Lembre que a dança terminará com a última nota da canção.

O cortejo sempre tinha sido comparado com a dança do


acasalamento, mas entre Constantijin e eu, era mais como uma
dança de guerra, uma batalha atrás de outra de sexo. A resistência
de Constantijin poderia ser devido a sua incapacidade para
renunciar ao controle. Ele era dos que gostavam de ter o controle
de tudo o que verdadeiramente desejavam, e por alguma razão eu
era a que desesperadamente desejava.

Mesmo assim brigava com ele, provocava-o, e o desafiava,


porque se me rendesse antes do tempo, significaria que eu
desistiria antes dele.

Era como o que Glenda disse outro dia. Com Constantijin fora
para uma reunião, Glenda tinha me convidado a acompanhá-la em
uma xícara de café.

— Você sem a parte superior de sua roupa e Constantijin sem


nada — assegurou Glenda quando lhe dava outra desculpa entre
dentes pelo pior momento da história.

Suas palavras me fizeram ruborizar. Até sendo exposta


durante muito tempo à natureza intensamente apaixonada de
Constantijin, ainda não podia me acostumar a quão fácil era para
as pessoas falarem de sexo.
— Vi mulheres lhe dando mamadas, danças privadas sobre a
mesa, masturbando-o ...

— Faço uma ideia — disse rápido, não querendo escutar outra


palavra. Só a ideia de todas as mulheres que tinham passado mais
de um segundo em seus braços me rompia por dentro. Odiava-o.
Realmente, realmente o odiava. Oh, Constantijin por que não podia
ser como o pastor nº 1 da Holanda em lugar de um playboy?

— Mas, sabe qual é a diferença entre você e todas essas


mulheres?

— Os peitos pequenos? — brinquei.

Sacudiu a cabeça, sua expressão sem sorriso,


misteriosamente me recordando o próprio rosto sério de
Constantijin. Ah. Tal chefe, tal secretária?

— Elas ficaram para terminar o que começaram. Você fugiu.

Oh.

— Constantijin ficou muito surpreso por isso. Não sabia o que


fazer com isso. Todas elas tinham estado pegas ao seu redor. Não
tinham mentalidade pelo que tinha visto, porque havia algo mais
que necessitavam de Constantijin, algo pelo que não lhes
importava perder o respeito por si mesmas.

Pensei atentamente em suas palavras.

— Glenda — disse finalmente — Está me dizendo que não faça


sexo com ele?

Encolheu-se de ombros.

— Glenda!

— Tudo o que estou dizendo é que é diferente, e isso foi o que


o atraiu para você.
Se havia algo que odiava na vida, seria isto: os conselhos
críticos, uma contradição da pior classe. Por que dar um conselho
que tinha que ser resolvido como um maldito quebra-cabeça?

— Não está ajudando — suspirei.

— Estou fazendo. Mas está muito quente por meu chefe para
entender o que estou dizendo.

Isso me fazia corar e rir ao mesmo tempo.

— Glenda!

Acariciou minha mão, um estranho sorriso de calor


aparecendo em seus lábios.

— Estou te apoiando, querida.

Isso era genial, na realidade, sobretudo porque o estilo de


cortejo de Constantijin não era nada como tinha imaginado. Era
lindo, enlouquecedor, e Oh, tão excitante.
1º Dia do Cortejo
Um buquê gigantesco me esperava em minha mesa,
suficientemente alto para que suas flores mais altas
ultrapassassem a altura das paredes de meu cubículo. George
gritou enquanto me dirigia para ele, ignorando os murmúrios
invejosos de Arian.

Abri o cartão.

Pensando em você todos os dias...

Sonhando contigo todas as noites...

Mal posso esperar para te foder incessantemente duro quando


for minha.

Oh, prezado senhor. Como podia ser tão romântico e tão


vulgar ao mesmo tempo? E por que minha calcinha molhou
lentamente? Tomei o cartão e a abracei perto de meu coração,
sabendo que ia ler uma e outra vez esta noite até que adormecesse.
5º Dia do Cortejo
Constantijin me fez voar fora do estado em seu jato privado.
Queria que nós dois desfrutássemos de um jantar privado, longe
dos olhos curiosos que nos assediavam cada vez mais no trabalho.
Arian era a que mais suspeitava. Tomou todas as habilidades de
atuação que eu tinha para não me afastar cada vez que a
apanhava tratando de paquerar Constantijin. Para lhe dar crédito,
ele não estava fazendo nada para animá-la, mas não podia ser
mais grosseiro?

O vôo já levava dez minutos de viagem e ainda estava toda


rígida em meu assento, a proximidade de Constantijin estava me
deixando louca. Desejava tanto beijá-lo, mas sabia que não faria,
não poderia. E se o fizesse, ele pensaria que estava sucumbindo a
suas demandas.

Mas necessitava deste cortejo, precisava sentir a segurança


de que realmente queria só a mim. Não acredito que sobrevivesse
se alguma vez me inteirava de que ele me queria ao mesmo tempo
que também queria outras mulheres.

— Yanna.

Constantijin ronronou meu nome, fazendo arrepiar todo meu


corpo.

A contra gosto o encarei.

Sorriu, o olhar malicioso em seus olhos prateados me dizendo


o muito que sabia que meu corpo doía por ele.

Golpeei-lhe o rosto instintivamente.

— Yanna.
O sussurro inquietantemente suave me fez me girar para o
outro lado, sabendo que estava em um grande, grande problema.
Iria me perdoar se lhe dissesse "ups", e agora?

— Yanna!

Desta vez foi um grunhido furioso.

De maneira servil, me virei para ele de novo. A careta


aterrorizante em seu rosto me fez protestar.

— Mas estava sorrindo!

— Então me diga que me detenha - apertou os dentes,


esfregando a bochecha, a qual ainda tinha a marca de minha mão
nela. Fez-me tragar. Oh, querido, ele me ia matar quando a visse.

— Sinto muito — murmurei.

— Deveria — replicou — Me esbofeteou mais vezes que


qualquer outra pessoa em toda minha vida.

Meus ombros caíram cansados.

— Sinto de novo.

Inclinou o queixo para cima, e tremi, seu toque reavivando o


desejo dentro de mim. Quando nossos olhares se encontraram, vi
que ele estava sorrindo de novo. Idiota!

Esta vez, apanhou minha mão antes que pudesse golpeá-lo de


novo. E então me beijou, sua língua introduzindo-se e explorando
minha boca.

Tudo o que pude fazer foi lhe devolver grosseiramente o beijo,


ofegando por mais. Meu corpo se inclinou para ele, desejando que
não houvesse barreira separando nossos assentos.Constantijin me
obrigou a retornar as janelas, ainda aprisionando minhas mãos
atrás de minhas costas. Gemi quando chupou minha língua. Gemi
de novo quando liberou meus lábios mas só para que pudesse
mordiscar minha clavícula.
— Constantijin — solucei.

Soltou-me.

Pisquei rapidamente em choque.

Estava sorrindo de novo.

Oh, maldito estúpido!


15º Dia do Cortejo
— Tem que parar de me enviar flores — disse entre risadas,
enquanto estava em meu banho e ele estava em Dubái, reunido
com os chefes do petróleo para o novo projeto imobiliário da
Kastein, Inc.

— Mas gosto de fazê-lo. Não posso deixar de pensar que


quando você estiver em minha cama, gostaria de usar todas essas
pétalas para polvilhá-las em cima de você, te fazer cócegas, e
utilizá-las para acariciar seus clitóris... — fez uma pausa e logo me
perguntou maliciosamente — Agora está quente?

— Não é da sua conta — arrumei para dizer.

Pôs-se a rir.

Esse som nunca falhava para me fazer o dia ou a noite.


Afundando-me novamente em meu banho de borbulhas, lhe disse
outra vez:

— Falo sério. Saber o muito que está gastando comigo com


cada ramo está me dando dor de cabeça.

Podia ouvi-lo franzindo o cenho enquanto respondia:

— Este é meu maldito cortejo ou o que?

Sabendo que nunca era algo bom ter uma disputa a longa
distância, disse rapidamente:

— Te enviei uma mensagem com imagem. Você recebeu?

Não respondeu, mas podia escutar o fraco som de seus dedos


tocando a tela de seu telefone celular.
— Yanna.

Desta vez, soava mais exasperado que irritado, me permitindo


dar um suspiro de alívio.

Tinha-lhe enviado uma mensagem com a imagem de um


buquê de flores, com um cartão eletrônico anexo. É tão lindo!

Recordar a mensagem me fez rir.

Constantijin disse sombriamente:

— Não sou lindo.

Isso me fazia rir ainda mais.

— Está jogando comigo de novo.

— Sim, desta vez, estou — confessei incapaz de deixar de rir.

Deus, não podia acreditar que estava tendo este tipo de


conversa com Constantijin. Quero dizer, quais eram as
probabilidades? Ele não era muito do tipo de ligar, e Deus sabia
que odiava enviar mensagens de texto. Se alguma vez tinha
desfrutado de uma chamada com outra mulher antes,
provavelmente teria sido da variedade explícita de sexo telefônico.

— É uma garota má.

Deus, eu adorava que seu sotaque se engrossasse e


começasse a falar em inglês simplificado.

— Aprendi com um homem mau.

Conteve o fôlego.

— Nunca estive tão excitado por uma simples chamada.

Isso nem sequer se aproximava. Nunca tinha estado tão


excitada, até que o conheci. Sem deixar de sorrir com meu sorriso
loucamente encantado, perguntei-lhe em voz baixa:
— Entretanto, você gostou da imagem?

Um sorriso também estava em sua voz quando respondeu em


voz baixa:

— Sim.

Aventurei-me:

— Esse é o tipo de buquê que adoraria que me desse.

Silencio na outra linha.

— Constantijin?

— É de verdade?

Um sorriso me escapou diante de seu tom de incredulidade.


Tratei de lhe explicar.

— Estou muito incomodada com o dinheiro que está gastando


comigo.

— Então, está falando realmente a sério?

Meu sorriso se converteu em uma risada genuína.

— Sim, Constantijin. Estou.

Um suspiro lhe escapou.

— Não te entendo absolutamente.

Acredito que é algo bom, pensei, mas sabia que era melhor
não dizê-lo.

— Se não quer que gaste meu dinheiro em flores, então, no


que deveria gastar meu dinheiro? Quero algo para te agradar.

— As mensagens de texto custam dinheiro - disse


amavelmente. Meu telefone começou a soar no fundo.
— Responda — ordenou.

— Não, está bem...

— Por favor.

Suspirando, limpei-me e sequei uma mão na toalha que


pendurava do corrimão e procurei atrapalhadamente meu telefone
na enorme banheira.

Meus olhos se abriram.

— Está me chamando?

Mas Constantijin já tinha finalizado a chamada da minha


conexão sem fio. Colocando a rede sem fio no lavabo, respondi sua
chamada no meu telefone celular, inalando bruscamente quando vi
Constantijin aparecer na tela.

Com o torso nu.

— Constantijin! — minhas vísceras se transformaram em


geleia diante da visão dele usando nada mais que um par de calças
de flanela, sua branca pele brilhando na escuridão da noite.
Estava de pé no balcão de seu quarto de hotel, apoiado contra o
corrimão. Embora só fosse através da tela do iPhone, pude
apreciar quão impressionantes eram as vistas de Dubái, com sua
mescla de paraíso urbano e a beleza selvagem do deserto.

— Eu gostaria que estivesse aqui, tesouro.

Suas palavras ditas com voz rouca fizeram que meus dedos se
enroscassem debaixo das borbulhas.

— Se estivesse aqui, teria te fodido neste mesmo lugar, te


tomando por detrás enquanto olhava a todo mundo e eles olhariam
para você, sabendo que não poderiam te ter porque é minha.

— Constantijin.
Oh, querido. Ia necessitar outra ducha depois disto. Estava
molhada por uma razão completamente diferente agora. Levantei-
me...

— Está no banheiro?

Oh, merda, esqueci.

Deixei-me cair de novo dentro das borbulhas.

— Yanna.

Sua voz era dura, e através do vídeo chamada pude ver seu
rosto ficando tenso com a mesma necessidade que corria por meu
corpo, incitando cada nervo até que quase estava tremendo de
desejo.

— Tenha piedade de um pobre homem e me mostre de novo


seus peitos, carinho.

— Não posso.

— Sim, você pode.

Neguei com a cabeça em silêncio.

A intensidade em seu olhar, a aguda frustração em seus


olhos, tudo chegou até mim, apesar de que estávamos separados
por meio mundo. Tragando, disse:

— Só por um segundo.

— Trinta — imediatamente negociou.

— Dez a partir de agora.

Levantei-me da água, deixando completamente descobertos


meus peitos para sua vista. Mesmo me sentindo corada, com meus
mamilos ficando duros, não perdi o ritmo de minha contagem
mental.
Um. Dois. Três. Oh Deus, isto era muito vergonhoso.
Precisava acelerar este processo. Quatro, cinco, seis, sete, oito,
nove, dez!

Deixei-me cair novamente em meu banho de espumas com


um rangido, meu rosto completamente em chamas agora.

— Esses não foram dez segundos — grunhiu Constantijin.

— Adeus, Constantijin.

— Não se atreva a desligar.

Rindo, me atrevi.

Meu telefone tocou um segundo mais tarde e sem deixar de


sorrir abri a mensagem de Constantijin.

Repito, esses NÃO foram dez segundos. Foram cinco. Eu contei.


Juro. O bom é que sempre guardo uma gravação de minhas
chamadas de vídeo.

Levantei-me com um salto de meu banho, apertando o botão


de chamada imediatamente.

— Yanna — praticamente ronronou em meu ouvido.

— Constantijin — grunhi de volta — Apague.

— Não.

Totalmente podia imaginá-lo sorrindo com seu sorriso


malicioso neste momento, especialmente quando disse:

— Te vejo na segunda-feira.

— Não se atreva a desligar!

Mas fiz.
23º Dia do Cortejo
— Você fez isto?

Uma zangada Glenda apareceu diante de meu cubículo,


agitando no ar uma pasta de cor rosa com corações cor lavanda.

Já que estava segura de ser a única com esse tipo de pasta na


Kastein Inc., disse-lhe tragando saliva:

— Sim?

Seu olhar furioso se intensificou.

— O Sr. Kastein diz que isto é ... — aspirou — A palavra que


usou não é algo com o que me sinta cômoda usando.

Fiquei boquiaberta.

Merda? Caralho? Fracasso épico?

— Tem que ir ao escritório do Sr. Kastein, imediatamente.

Não esperou que lhe respondesse. Deus, realmente era tal


chefe, tal secretária com estes dois.

— Espere!

Tive um momento difícil alcançando-a, reduzindo a


velocidade devido a meu novo par de sapatilhas, as quais
infelizmente decidi fazer entrar pela força hoje.

Enfurecida, Glenda se deteve na metade do caminho para o


escritório de Constantijin. Quando cheguei ao seu lado, ela
imediatamente começou a enumerar o que Constantijin
aparentemente não gostou no meu relatório.

— A extensão do relatório... — aspirou.

— Sinto muito — murmurei, embora não entendesse muito


bem por que a extensão de dez páginas de minha prova litográfica
era um problema. Queriam como o de Arian, o qual era mais curto
que uma mensagem de texto? Ela só fazia informe de larga
extensão quando adulava aos gerentes.

Enquanto caminhávamos junto a um grupo de internos,


Glenda continuou:

— E essa série que recomenda! — estremeceu-se.

Meu coração se afundou. Atė minha recomendação de séries


foi um problema? Honestamente pensei que gostaria de City
Hunter, tendo em conta quanto impressionante a adaptação
coreana era, além disso, e do fato de que Kastein Inc., com sua
própria adaptação, poderia criar um final melhor, dando assim
uma nova razão aos mercados asiáticos para voltar a ver a série.

Chegamos ao conjunto de escritórios de Constantijin.

— Entre, entre — disse irritada, praticamente me empurrando


dentro. Quando a porta se fechou atrás dela, Glenda me assustou
piscando um olho.

— Sinto muito, querida. Foram ordens do chefe para fazer que


sua visita aqui fosse discreta.

— Então... então, minha prova litográfica não era realmente


ruim?

— Oh, não, Constantijin adorou. Simplesmente se limitou a


dizer que deveria te torturar todo o caminho para aqui.

— Glenda!

—Culpe o chefe, querida — disse Glenda sobre seu ombro


enquanto retornava a sua mesa, já concentrada em suas tarefas.
Quando entrei no escritório de Constantijin, ele já estava
sorrindo abertamente.

Eu vi tudo vermelho.

— Agora não, carinho — disse Constantijin, facilmente


apanhando minha mão das bofetadas enquanto o alcançava —
Tenho algo melhor em mente.

E então ele estava me beijando com uma fome arrasadora, me


tomando por surpresa e me levantando completamente sobre meus
pés.
Lição #5

Sim é a única palavra que o multimilionário quer entender.


Quando diz "não,
Ele pensará que está dizendo "nunca."

Constantijin mal me levou a sua poltrona, caindo ele mesmo


nela e me acomodou em seu colo sem romper nosso beijo.

— Você me deixa louco de desejo, schat **.( * Tesouro em


holandês )

— Você também.

Eu ofegava, me arqueando enquanto seus lábios deixavam


um rastro de beijos e dentadas em meu pescoço.

Virou-me em seu colo, e me deixou tombada com as costas


contra seu peito, com as pernas abertas com ele no meio. Gemi
quando senti sua mão tirando minha blusa colocando livre de
minha saia. E logo foi cavando, empurrando meu sutiã para o lado
quase com raiva, suas mãos podiam cobrir completamente minha
pele.

— Constantijin.

— Quero um presente de despedida — disse enquanto


começava a beliscar meus mamilos.
— O que? — tentei perguntar, mas me concentrar enquanto
ele beliscava meus mamilos era bastante difícil.

— Quero te ver chegar antes de ir.

Oh meu Deus, Oh meu Deus! ...

— Diga que deixa? — soprou ao ouvido, me fazendo


estremecer.

— Constantijin...

— Quero lembrar do seu rosto quando a fizer chegar, Yanna.

Quando disse essas palavras, quando disse assim, seu


marcado sotaque holandês, uma carícia tenra e áspera ao mesmo
tempo, tudo o que pude fazer foi assentir, girando para os lados,
assim podia olhá-lo.

Uma de suas mãos se inundou em minha lingerie rendada.

— Aaaah!

Não fiz nenhum esforço por baixar minha voz, não quando
sabia que seu escritório tinha o som totalmente abafado e quando
sabia agora o quanto Constantijin gostava de me ouvir expressar
meu prazer com seu toque. Eu gostava, bom para ser honesta eu
gostava muito.

Molhando seus dedos com minha umidade, Constantijin


mordeu a minha orelha ligeiramente enquanto com um dedo me
penetrava tão profundamente, só o tamanho de seus nódulos lhe
impediu de ir mais fundo.

Deixando escapar um comprido gemido, me retorcia em seu


colo, separei minhas pernas ainda mais amplamente para que ele
pudesse me tocar mais profundamente.

— Você gosta de como meu dedo lhe fode, Yanna?

— Sim — chorei.
Nunca deixo de me reduzir a um choroso ato com seu toque.

— Está pronta para mais, carinho?

— Siiiii ..... aaaah!

Dois, não, três.... Oh meu Deus, quatro!

Meu sexo se estirou para acomodá-lo, estando muito disposto


a agradar igual ao resto de meu corpo. Seus dedos começaram a
mover-se em sincronia enquanto me fodia comprido e duro.

— Por favor, por favor.

Não pude evitar gritar as palavras quando seu polegar


começou a esfregar meu clitóris sem parar as investidas de seus
dedos.

Meus quadris começaram a mover-se, quase com exigência


saltando acima e abaixo nos dedos escorregadios.

— Depois deste maldito cortejo, uma vez que te dê conta do


muito que te quero, vou te amarrar na cama e te foder até que me
implore que pare.

Meu corpo começou a tremer diante de suas palavras, e sabia


que estava tão, tão perto de chegar.

A mão de Constantijin estava apertada ao redor de meu peito


esquerdo enquanto seus dedos continuavam seu ritmo castigador,
algo que não era suficiente.

— Não vou escutar o que diz, entretanto. Não vou parar,


inclusive se me implorar com sua boca.

Oh, Oh, Oh. Imaginando seu pênis em minha boca me


emocionou tanto que tinha montado em seus dedos com uma
velocidade ainda mais frenética.

— Constantijin.
Pegou meu mamilo, seu estado dolorosamente excitado reagia
ainda mais sensível a seu toque.

— Meu pênis esteve ardendo por você durante semanas. Será


necessário o dobro de tempo antes que eu vá ser capaz de deixar ir
por mais de um minuto sem ter que te ter.

Empurrou com força contra meu clitóris ao mesmo tempo,


seus dedos empurraram violentamente contra mim.

Encontrei-me com outro grito, meu corpo sacudido pelos


tremores de meu orgasmo.

Mais tarde, muito mais tarde, Constantijin cuidadosamente


arrumou meu aspecto antes de me colocar de novo no sofá com
ele. Metida em seus braços, amando o som de seu rápido
batimento cardíaco.

— Onde vai? — murmurei contra seu peito.

— Nova Iorque. Minha companhia patrocina vários eventos de


caridade que requerem minha assistência.

Mordi o lábio, porque quase disse que ia sentir saudades. Em


troca, disse:

— Tome cuidado.

Parou de acariciar meu cabelo para perguntar:

— Vai se comportar como uma boa garota enquanto estiver


longe?

Revirei os olhos.

—Não deveria ser eu quem lhe advertisse isso? Não sou a que
tem uma reputação de playboy aqui.

— Naturalmente, já que é uma mulher.

— Constantijin!
— Yanna!

Tive que sorrir diante isso.

— Mas tenha uma viagem segura, de acordo?

Seu rosto se endureceu de repente.

— Não respondeu a minha pergunta. Prometa que não estará


entretida com outros pretendentes.

Até com três semanas em nosso namoro e Constantijin ainda


tinha problemas para confiar em mim. Nunca deixava de perguntar
por meus "outros" pretendentes, apesar de que, agora já deveria
saber que teria sempre a mesma resposta para ele.

— Sabe que não é de sua incumbência.

E não o era, não até que estivesse preparado para


comprometer-se a algo mais permanente que ser amigos de merda
um do outro.

— Me dê um maldito nome, inclusive um maldito número...

Levantei-me para que pudesse enfrentá-lo.

— Constantijin, não.

Disse tão brandamente como pude. Tinha que aprender a


confiar em mim, da mesma forma em que estava lutando muito
duro para confiar nele apesar do que todas as histórias dos meios
diziam de sua pessoa.

Um brilho de irritação cruzou os olhos de Constantijin.

— Yanna.

— Sabe que não tem nenhum direito de dizer isso.

Fiz todo o possível por manter a voz suave. Odiava brigar com
ele, mas tive que me manter firme nisto. Ele tinha uma
personalidade dominante e não podia deixar que se saísse
contudo.

Seus olhos se fecharam.

— Bem.

Tive a tentação de tomá-lo de novo, mas não o fiz.

— -Sentirei sua falta.

As palavras no geral o faziam sorrir, mas desta vez só o


faziam sentir mais distante. E antes que me desse conta, ele tinha
saído.
Lição #6

O inferno não tem a ira do desprezo de uma mulher,


Mas o céu não tem nada tão lindo como um milionário
ciumento.

Meu fim de semana foi vazio sem uma só ligação ou


mensagem de Constantijin. Fazia que meu coração soluçasse de
medo, mas fiz o melhor por suprimi-lo. Segui pedindo para que
Constantijin tivesse fé. Embora, aqui estava eu, incapaz de confiar
nele sozinho, porque estaria muito ocupado com o trabalho.

Chegou segunda-feira e nunca tinha estado tão ansiosa por ir


ao trabalho. Mas fiquei surpresa, com Glenda me dizendo
suavemente que Constantijin estava atrasado e que estaria em
Nova Iorque indefinidamente.

O escritório não era o mesmo sem ele. Inclusive a comida,


meu maior consolo na vida, não era tão confortável como tinha
sido todos estes anos. Pela primeira vez em toda minha existência,
inclusive minha lasanha favorita tinha sabor de folhas de papel
reciclado mescladas com cartolina.

Fiz um esforço para resistir a vigiá-lo pelo Google até quinta-


feira. Não sabia o que estava acontecendo com ele. Só uma
pequena olhada, prometi a mim mesma, enquanto meus dedos
assaltavam espertamente um caminho secreto a seu mundo.

Em uns poucos segundos, o que fiz e não precisava fazer me


devolveu o olhar em dolorosas cores vivas.
Fileiras de fotos de Constantijin atendendo a diferentes
funções, vendo-se garbosamente amável em smokings e ternos,
enchiam a página. E sempre presente em seu braço estava a
encantadora Selena, elegante e linda, em uma forma similarmente
dourada, suas cabeças loiras fundindo-se sempre que posavam
juntos para as fotos.

Quando cliquei no link em outra capa de tablóide dos


mesmos eventos, encontrei uma foto de um paparazzi dos dois
entrando no que era legendado como o quarto de hotel de Selena,
as três da manhã.

Está bem, Yanna? — perguntou George com o cenho



franzido do seu cubículo quando me escutou soltar um ofego de
dor.

Rapidamente fechando os olhos, respondi em voz insegura:

— Sim.

Não chorei no trabalho e pela primeira vez em minha vida, me


esforcei para não falar com ninguém sobre isto. Não podia. Era
muito...

Oh Deus, nem sequer podia pensar em uma palavra para


isso.

Mas quando cheguei em casa à noite, rapidamente fechei a


porta, levantei as mantas, e deixei que as lágrimas caíssem
durante o resto da noite.

Glenda conseguiu me encurralar no dia seguinte, mas eu fiz o


meu melhor para evitá-la. Constantijin tinha me chamado e me
enviou mensagens todo o dia até que fui forçada a tirar a bateria
de meu telefone e jogá-lo dentro da gaveta. Se não fosse tão
prática, também teria trocado de número. Mas isso era muito não
prático e não para o não prático. Para o estúpido, tolo, absurdo,
mas só porque tinha extremamente mau gosto para homens.

O chefe está te procurando — foi tudo o que Glenda disse



enquanto praticamente me arrastava até o escritório de
Constantijin. Era terrivelmente forte para uma mulher de sua
idade.

Esfregando a mão, quase saltei de surpresa quando as mãos


de Constantijin se situaram em meus ombros, sussurrando
quando me girou para ele.

— Sentiu falta de mim?

Por um momento, meu coração se retorceu em todo tipo de


agonias quando olhei seu lindo rosto, seu dourado cabelo
acobreado brilhando, inclusive com mais brilho com os raios do sol
iluminando o escritório de Constantijin. Sua jaqueta estava
pendurada no encosto da cadeira, lhe deixando com camiseta de
seda, com as mangas enroladas até os cotovelos.

Também parecia diferente, como se estivesse... Como se


estivesse feliz em me ver, mas não estava segura de que eu
sentisse o mesmo.

Inteligente ele.

Saí de seu agarre. Ao permanecer tão perto de Constantijin,


me sentia imensamente pequena nos sapatos planos. Se soubesse
que estaria de volta hoje, em seu lugar teria usado saltos. E, e teria
vestido algo sexy de deixar cair a mandíbula, em lugar de um
normal de três peças.

— Então, não sentiu minha falta?

Um sorriso incrédulo apareceu em seus lábios.

Os lábios que poderiam ter tocado os lábios, bochechas, corpo


de outra mulher...quase perdi o equilíbrio, a onda de dor me
golpeando em um peso tangível.

— Está bem? — aproximou-se de mim.

Dei outro passo para trás, minha pele arrepiando diante da


ideia de ser tocada pelas mãos que poderia haver tocado outra
mulher na noite anterior.
Diferente dele, eu não era do tipo que enrolava, assim só
disse de mau humor:

— Te vi. — tomei uma profunda pausa — Te vi online... Um


punhado de fotos que mostravam você e Selena juntos e inclusive
uma foto em que aparecia entrando em seu quarto de hotel.

Constantijin ficou imóvel, uma máscara branca caindo por


seu precioso rosto. Então simplesmente disse:

— Já vejo.

— O que quer dizer com que já vê? — explodi, quase caindo


sobre meus joelhos diante da dor que suas palavras causavam.

Suas mãos foram para os bolsos.

— Não te avisei ser do tipo que se atribui a padrões duplos.

Levou vários momentos para eu entender o significado.


Empalideci quando fiz. Basicamente, estava me dizendo, que já
que eu não prometi fidelidade enquanto ele estivesse longe, não
significava que estivesse obrigado a fazer o mesmo. As diferenças
culturais talvez aqui funcionassem, mas, maldição, não podia ele
ter perguntado?

— Não é assim — disse rotundamente.

— É exatamente assim!

— Não, não o é! — Meus punhos se apertaram em impotente


ira e dor — É quem está me cortejando!

— Assim?

Não podia acreditar que estivesse de pé aí com tanta


arrogância, nem sequer incomodando-se em se defender ou se
desculpar.

— De verdade não entende? — perguntei com pouca energia.


— Você é quem não entende — disse entre os dentes
apertados. Estava zangado, realmente zangado, e isso me deixava
mais cansada — Te disse que não sou para ser jogado...

— E não foi. Nunca foi... — ofeguei por ar, a dor que sem
palavras estava admitindo me chocou — Não queria te prometer
que recusaria aos pretendentes, porque não queria que soubesse
quanto eu gostava de você. Só. Mas nunca me diverti com nenhum
pretendente. Nem sequer saí com ninguém ou falei com outro
rapaz além de você. Pode perguntar a qualquer um aqui, é a
verdade.

Constantijin estava pálido no momento que terminei, o qual


sinceramente me doeu porque inclusive depois do que fiz, nunca
foi minha intenção feri-lo. Somente queria que soubesse que isto
poderia realmente ter estado bem entre nós.

— Então, se já não houver nada que possa pensar ou dizer...

Um inesperado soluço me escapou e quando Constantijin


pareceu afetado diante do som, me virei incapaz de suportar o
olhar de compaixão em seu rosto.

Ao diabo com isto.

Apressei-me a sair da sala tão rápido como minha nova


loucura podia me levar. Caminhando diretamente para a sala de
descanso, me tranquei no primeiro cubículo que pude encontrar.

E então chorei de novo.

Mantive o telefone desligado todo o fim de semana e quando


fui trabalhar na segunda-feira, Glenda estava de pé observando
minha porta.

— O chefe quer te ver, assim invente uma desculpa e logo...

— Glenda — sussurrei.

Parou de falar, suas sobrancelhas levantando-se quando teve


um olhar mais próximo ao meu rosto. Olhos inchados, nariz
vermelho, lábios trêmulos, que era como me vi no espelho esta
manhã, e duvidava que agora me visse algo melhor.

— Glenda, por favor. Está tudo acabado entre nós.

Deu-me outro olhar antes de assentir, dando a volta e se


afastando. Chamadas e mensagens vieram depois, todas as quais
recusei e eliminei. As flores as seguiram, e as doei a uma
organização de caridade que ocupava um escritório no 7/F.

Na quinta-feira, Charli me disse que tinha uma chamada em


seu escritório. Pensando que era o cliente que tinham atribuído
antes, para negociar, atendi com rapidez, pretendendo soar muito
profissional quando disse:

— Bom dia, sou Yanna Everleigh...

— Yanna.

Era ele.

— Não desligue o telefone.

Sua voz soava em carne viva, como se tivesse ferindo a


garganta pela conversa. Muito bate-papo de travesseiro com sua
querida Selena, provavelmente. A ideia me endureceu, me dando a
força para lhe responder com silêncio.

— Sinto muito — falou com voz rouca — Fui um idiota.

Nunca tinha esperado que se desculpasse, muito menos que


admitisse ser um idiota, o qual tinha sido. Mas era muito tarde.

— Acabou — disse, forçando meu tom a permanecer simples e


sem emoções, apesar de ter a excepcionalmente forte urgência por
berrar como um bebê.

Sempre era tão injusto.

Me apaixonaria, me derrubaria, então voltaria a me fazer


apaixonar por ele.
— Por favor, não me incomode de novo — sussurrei antes de
terminar a chamada.

Charli me deu um olhar especulativo quando desliguei o


telefone.

— O, err, cliente não era uma boa partida?

Ela sabia.

Forcei um sorriso.

— Terminou comigo primeiro.

A sexta-feira chegou, desta vez com um grande evento da


companhia. Era o aniversário do Presidente do Comitê, com a
estrita presença requerida e o código de vestimenta formal. Teria
dado qualquer desculpa para faltar, estranhamente, a ideia de ver
seus pais feria. Mas não podia, não quando Charli me disse com
tão orgulhoso sorriso, como tinha arrumado para convencer ao
Conselho para me fazer sua apresentadora em lugar de contratar a
uma profissional.

Vim ao evento vestida para matar. O estilo grego de meu


vestido de tom ametista acrescentava ilusão de um mais generoso
decote para destacar minhas curvas enquanto os saltos chapeados
me emprestavam uns poucos centímetros extra. A altura
acrescentada era necessária. Queria me assegurar de que o
microfone não terminaria sendo mais alto que eu. Estar aí, fazer
isso, nunca queria me sentir como uma anã sobre o cenário de
novo.

George me ajudou com o cabelo, o qual tinha preso a meia


altura, enquanto deixava o resto encaracolado em torno de meus
ombros. Inclusive me deu uma mão com a maquiagem, arrumando
para fazer meus olhos grandes e luminosos com um escuro
delineador e uma dramática sombra de olhos.

— Está estupenda — entusiasmou-se George enquanto


caminhávamos de mão dadas para o salão de festas do hotel,
reservado para a função privada da Kastein Inc.
— Totalmente. — estive de acordo alegremente, apesar de que
por dentro até me sentia cem anos mais velha e cem vezes mais
zangada que um troll de pior aparência. Um coração quebrado e
eu, nunca fomos bons companheiros um para o outro.

— Não, sério — insistiu George — Olhe à direita.

Quando o fiz, distraidamente, um grupo de homens de


finanças assobiaram em apreciação, seus olhares confinando na
luxúria.

Corei.

— Vê?

— É a maquiagem — disse ao final.

Ele sacudiu a cabeça.

— Não, Umm. É você. — então me bateu no traseiro, me


fazendo rir — Agora, quebre uma perna. — Empurrou-me para
frente ao lado dos degraus dirigindo-se ao cenário.

Só tinha dado uns poucos passos quando perdi o equilíbrio,


principalmente devido ao puro nervosismo, e teria caído de bruços,
se um par de braços não me tivesse pegado.

Com o coração pulsando freneticamente, olhei acima.

Oh.

Não era Constantijin.

Era o Mr. Arrumado.

Ajudou-me a me levantar lentamente, não notei como suas


mãos sustentavam meus quadris um pouco mais de tempo de que
deveria.

— Agora a terceira vez, Yanna — disse com um sorriso.


Agora que voltava a estar de pé, apropriadamente podia
apreciar sua aparência, e tinha que admitir que vestiu
agradavelmente a roupa formal. O smoking branco era difícil de
levar para muitos homens, mas no Drake, simplesmente se via
como um anjo com um malvado senso de humor.

Especialmente com a forma em que estava me olhando.

Corando, gaguejei:

— Sei. Sinto muito.

Drake riu.

—Só estava brincando, Yanna. Não tenho queixa de ser seu


cavalheiro de brilhante armadura em qualquer momento.

Então hesitou, sua voz baixando um nível.

— Está completamente desejável.

— Umm, obrigado. Você também está bem esta noite.

— Só esta noite?

Estava horrorizada.

— Não me referia... — então vi a risada em seu olhar e grunhi


— Foi mau!

—Eu só queria que risse, porque acredito que não há motivo


para que esteja nervosa.

Deu-me um sorriso de megawatts, que me deixou muito


segura que faria com que meu coração saltasse um batimento do
coração se eu já não estivesse na sala de emergências, recebendo
tratamento para a comoção pós-traumática, graças a super
exposição por um injusto playboy multimilionário holandês.

Drake se inclinou mais perto, dei um passo atrás, mas era


muito tarde.
Pressionou um beijo na minha testa.

Quando se separou, eu estava ofegando.

— Seu beijo de boa sorte — disse com um sorriso antes de


afastar-se.

Mais que um pouco confusa, distraidamente me toquei a


frente quando subi ao cenário, me perguntando se talvez, talvez
tinha estado bem todo este tempo. Talvez Drake fosse o único para
mim e Constantijin Kastein era só a melhor intenção do Diabo
para me seduzir de meu romance "felizes para sempre jamais".

O centro de atenção imediatamente se dirigiu para mim


quando cheguei ao meio do palco. Automaticamente sorri à
multidão.

— Bem-vindos ao sexagésimo aniversário de nossa querida


Presidente do conselho, a Senhora Margaret Kastein. Em nome da
família Kastein gostaria de agradecer a todos por virem.

Embora tivesse o guia na mão, apenas o olhei, sabendo que


era melhor improvisar e manter o contato visual com minha
audiência. Nunca tinha sido o centro da atenção, mas isso não
significava que absorvesse as apresentações do cenário, ou, neste
caso, fizesse de anfitriã de trabalho. Muitas vezes, na realidade era
boa nisso já que minhas habilidades públicas para falar tinham
sido honradas em idade precoce, tanto com meus pais me
oferecendo como voluntária constantemente para atuar como
anfitriã para cada festa da companhia a que saíam.

Mais tarde, estava apresentando um jogo que tinha Arian


como uma das competidoras. Ela, também, estava estupenda,
especialmente com seus faróis acesos. O momento no que vi o
mamilo em alerta de Arian, imediatamente procurei George na
multidão. Nossos olhos se encontraram, e então estávamos
sorrindo.

Na verdade, tinha que entender Arian. Sempre é preciso


coragem para aparecer assim no cenário e só assim ela podia
seduzir Constam... quero dizer, a nosso CEO. Agora tinha que
começar a pensar nele de forma impessoal.
Duas horas mais tarde, fiz meu último discurso da noite,
declarando o fim do evento "oficial", o qual significava tempo para
dançar e ir a quão selvagem agora oficialmente começava.

— Obrigada!

Lancei-lhes um beijo de despedida, e a multidão se voltou


selvagem, com um dos meninos do Marketing deixando sair um
sonoro grito enquanto saltava mais alto, fingindo agarrar meu beijo
no ar.

Risadas e aplausos soavam com clareza ao fundo quando


desci do palco. George estava me esperando, sorrindo, e trocamos
abraços.

— Minhas mãos ainda estão tremendo — confessei.

George rodou os olhos.

— Esteve fantástica ahí!

Nos olhamos e então começamos a saltar como loucos. Deus!


Isso tinha sido difícil, ser anfitriã de uma festa de uma corporação
do Fortune 5002 e com milhares de empregados de todos os níveis
assistindo.

— Ahã...

Ainda apertando as mãos um do outro, giramos para o som.

Oh meu Deus, era Constantijin com sua mãe.

George e eu rapidamente nos liberamos um do outro, com os


rostos corando.

— Minha mãe queria felicitar à anfitriã por seu trabalho bem


feito — disse Constantijin, seus olhos nos meus enquanto meus
olhos estavam em ... Qualquer outro lugar menos nele. Inclusive
assim, não pude evitar roubar uma olhada a sua aparência.
2) Fortune 500 é um título usado para descrever as 500 companhias listadas pela
revista Fortune por ter ganho o maior ingresso, depois de impostos no ano, entre as
companhias públicas.)
Grande erro.

Estava, como, muito quente para ser verdade.

O cabelo de Constantijin estava repassado em um estilo


suave. Deveria tê-lo colocado totalmente ruim ou pior, mas não,
maldição, só se via mais nobre, como um fodido príncipe europeu.
Era todo um Antigo Mundo de glamour, e seu blazer inclusive
tinha abas, seu precioso corte enfatizando o impressionante largo
de seus ombros e altura.

—Mamãe, esta é a mulher de que estive falando, Yanna, e seu


amigo George. Ambos são novos executivos em nosso
departamento de marketing.

Podia sentir Constantijin me despindo com o olhar, mas


resisti ao magnético poder de seu olhar. Odiava como, depois de
tudo o que tinha feito, ainda me sentisse atraída por ele, uma
traça viciada em queimar uma e outra vez.

—George, Yanna, posso lhes apresentar a minha mãe,


Margaret Kastein?

—Boa tarde, Senhora Kastein — murmuramos George e eu


em uníssono.

A mãe de Constantijin era linda, e de fato uma versão mais


velha e feminina dele. Tinha um imponente ar sobre si, a idade só
acrescentando uma atemporal qualidade a sua beleza. Havia
especulação em seus brilhantes olhos azuis quando ele se virou
para mim depois de falar com George.

George de repente esticou o pescoço.

— Oh, acredito que meu amigo acaba de chegar. Desculpem-


me. — desapareceu um instante depois, o traidor.

— Realmente falou bem aí, querida — disse Margaret, ou


Marge como amavelmente nos pedia chamá-la, com um cálido
sorriso. Era muito pequena, e seu xale, fazia de uma falsa pelagem
de neve branca, a qual encaixava com sua figura escura
pendurando, a fazia ver-se inclusive menor. Mas quando me
olhou, soube que esta mulher era do tipo que não tinha problemas
para nada levando as calças na família.

E já que era nosso Presidente, provavelmente o fazia.

Dando-me conta de que estava esperando uma resposta,


gaguejei:

— Só estou honrada de que Charli pensasse que podia levar a


cabo o trabalho.

Antes que me desse conta, ela tinha pegado meu braço e


estávamos atravessando as bordas externas da festa, longe da
multidão. Constantijin nos seguia por atrás, distante uns poucos
passos, e fiz o melhor por ignorar a forma em que continuava me
olhando.

— Foi muito natural no palco.

— Umm, gra... Obrigada.

Tinha a sensação de que estávamos caminhando sem sentido,


mas quem era eu para dizer isso? Por um momento, perguntei-me
se isto era o prelúdio para um pagamento elevado. Ela poderia
estar tão impressionada por minhas tarefas de anfitriã que estava
acrescentando um zero a meu salário, nunca importava se ser
anfitriã tinha algo a ver com a busca de marketing.

Mas então me dei conta de que se me promovia ou me dava


um aumento de salário, seria também devido a Constantijin. O que
acontecia se ele se sentisse culpado e pensava que esta era uma
forma de desculpar-se?

A decepção fez com que meus ombros se afundassem um


pouco.

— Há algo mal?

Deus, ela era intuitiva. Forçando um sorriso, disse:

— Só estou enjoada. E aliviada de que sobrevivi a ser anfitriã


de seu aniversário. — congelada então acrescentei com pressa —
Oh meu Deus, lamento esquecer-me de felicitá-la de novo. Feliz
aniversário, Senhora Kastein.

—Está bem e Marge, por favor. — seus olhos piscaram. Mas


também pode me chamar "Mamãe" se quiser.

Minha mandíbula se abriu.

Deixou sair uma risada, que soava muito tempestuosa para


alguém que parecia tão refinada. Sem sequer olhar sobre seu
ombro, disse a seu filho.

— Nos deixe durante um momento, querido. Te chamo quando


terminar.

— Mãe — escutei Constantijin dizer atrás em um tom de


advertência.

A voz de Marge se voltou dura.

— Saia.

Torci a cabeça e fiquei surpreendida ao ver Constantijin já


saindo. Sim, então isso o fazia oficial.

Marge definitivamente era a chefa em sua família. Quando


olhei para trás, Marge estava sorrindo amavelmente de novo. Mas
desta vez, não estava tão atada.

— Senhora? — perguntei muito respeitosamente.

Sorriu.

—Oh, carinho, não tem motivo para estar assustada com


uma pequena anciã como eu.

Silenciosamente, não estava de acordo.

— Você e meu filho são incompatíveis um com o outro, não?

Quem imaginava que Constantijin seria um mexeriqueiro?


Tossindo, disse vagamente:

— Umm...

Sorriu com suficiência.

Oh meu Deus, era dela que Constantijin herdou sua forma de


rir com suficiência!

— Querida — suspirou — Tem algo que tenho que te dizer


sobre meu filho.

Algo em seu tom me fez estremecer.

— É um burro. O amo, é meu filho, mas é um burro.

Beeeem. Totalmente não iria vir isso, mas ouça, se ela queria
chamar Constantijin com a palavra B então não tinha nenhum
problema com isso.

Suspirou de novo.

— Na realidade, é minha culpa.

Olhou ao redor, seus olhos procurando Constantijin. Ele


permanecia oposto a nós, no outro extremo da festa, uma taça de
algum licor de cor escura em suas mãos. Quando nos viu olhando-
o, sua cabeça se inclinou a um lado com desconfiança, uma
sobrancelha levantando-se.

— Talvez algum dia, quando estiver mais tempo com ele, te


direi por quê. Provavelmente tenha que fazê-lo, de uma forma ou
de outra.

Suas palavras eram tão secretas que não pude evitar me


perguntar o que ela e Constantijin pareciam estar escondendo de
todo o mundo. Margaret de repente levantou a mão e a balançou.

Em uns segundos, Constantijin estava ao nosso lado e


Margaret lhe estava dizendo que me levasse a pista de dança.

Uau!
— Eu... — na realidade não podia dizer "não," não com
Margaret sorrindo em expectativa e com todos olhando em nossa
direção.

Constantijin sorriu para sua mãe.

Ela respondeu com um sorriso.

— É bem-vinda.

E então Constantijin estava me levando até a pista de dança,


suas mãos alcançando minha cintura enquanto o DJ reproduzia
uma lenta mescla de algo entre o One Republic e NE.

Fiquei rígida em volta de seus braços.

— Olhe para mim, Yanna.

— Não.

Forcei-me a sorrir enquanto me dava conta de que muitas


pessoas estavam nos olhando. Atuar com rigidez era esperado, ele
era o CEO e eu não era, mas parecer zangada significava ter algo
mais entre nós.

Mas Deus me sentia tão incrivelmente bem por estar de


novamente em seus braços. Muito bem.

Constantijin disse severamente:

— Sinto muito.

Mantive o olhar teimosamente sobre seus ombros, inclusive


quando meu estômago se revirou diante da irregular sinceridade
em sua voz.

— Caguei pra isso.

Não posso acreditar, não posso escutar, não posso...

— Falei de você com minha mãe.Contei-lhe tudo.


Minha cabeça se levantou diante isso.

— Você o que?

Seus olhos me perfuraram.

— Não queria falar comigo, e não sabia como chegar a você.

— Mmm... mas, por que sua mãe?

— Eu tenho cara de quem tem uma namorada platônica?

Tinha um ponto, mas... olhei-o.

— Sério, sua mãe?

Constantijin soltou:

— Era ou minha mãe ou Charli. Preferia que em meu lugar


falasse com sua chefa?

Maldição. Também tinha um ponto com isso.

Constantijin parecia visivelmente tentando encontrar as


seguintes palavras para dizer. Era estranho para ele estar perdido
pelas palavras, e não podia evitar olhá-lo inclusive enquanto todo
meu corpo formigava em aguda consciência de sua aproximação,
sua essência, sua grande dureza.

— Yanna... Nunca tive uma relação em toda minha vida.

Tropecei, ou o teria feito se ele não me tivesse apanhado com


rapidez, suas mãos ajustando-se a minha cintura. Meus olhos
estavam conectados com os seus, os quais resplandeciam com
emoção.

— Nunca? — sussurrei.

Bruscamente disse:
— Havia uma garota com a qual saí brevemente quando era
um adolescente, mas, além disso... Nunca encontrei um motivo
para me prender a uma mulher, nunca estive interessado em ser
fiel.

Seu aperto se ajustou mais, disse:

— Odiava como sempre parecia ter a dianteira entre os dois,


nunca me dando uma resposta correta...

— Por que sempre está perguntando coisas que não tem


direito de perguntar! — gritei.

Constantijin tossiu.

Isso foi suficiente para me lembrar de que tínhamos


audiência, e uma muito interessada nisto.

Baixando a voz com atraso, acrescentei.

— Senhor.

Seus olhos riram de mim, e o secreto e malvado sorriso que


tanto amava voltou a aparecer em seus lábios quando fiz uma
careta para ele.

— Amanhã as pessoas vão falar de nós — murmurei — Agora


deveria partir...

— Não. — a risada se foi de seus olhos, substituída por um


furioso brilho — Não saia. — Suas mãos se ajustaram em torno de
minha cintura, Constantijin murmurou — ainda não falamos sobre
nós.

— Constantijin...

— Sinto por estragar tudo. Posso dizer uma e outra vez, mas
não mudará as coisas. Dê-me outra oportunidade e esta vez será
diferente.

Desejava tanto acreditar nele, mas já me feriu e deixou


pendurando duas vezes. Sacudindo a cabeça, murmurei:
— Te perdoo Constantijin, mas...

— Uma oportunidade mais, Yanna. Isso é tudo o que peço.

Não, não, não, minha cabeça protestava de modo estridente,


mas era muito tarde. Constantijin estava sob minha pele de novo e
encontrou seu caminho de volta a meu coração.

— Só me dê tempo e espaço para pensar — disse.

— Bem.

Justo quando pensei que isso era tudo o que ia dizer, e isso
era francamente decepcionante, Constantijin falou de novo.

—Mas quero que saiba... Não só é sexo entre nós, Yanna. — a


música estava oscilando para trocar de tempos, e de repente ele
me deu voltas. Quando o fez, disse — Me importo com você.

Então estava me conduzindo de retorno ao George.

Literalmente estive chocada por mais que uns poucos


minutos, incapaz de acreditar que Constantijin Kastein fizesse tal
declaração. Desde a primeira vez que nos vimos, sempre tinha sido
sexo entre nós, ou ao menos pensei que o tinha sido para ele até
agora.

Importava-se.

Oh meu Deus, Oh meu Deus. Constantijin com seu


abertamente magnetismo sexual me deixava sem fôlego, seu pênis
uma arma contra a qual eu estava indefesa. Mas na realidade
estaria crescendo um coração em Constantijin?

— George.

Estava de novo sendo faladora, e estava morrendo por dizer a


alguém o que acabava de acontecer.

George deu um olhar a minha encantada expressão e


começou a rir.
Tampouco pude evitar rir, meu coração até se derretendo
pelas palavras de Constantijin. Era a primeira vez que me tinha
feito sentir suave e branda em lugar de quente e úmida. Era...
Uma boa sensação.

— George.

Foi tudo o que pude dizer.

George me apertou a mão.

— Sei, humm, sei.

Constantijin gostava de mim. Preocupava-se comigo. Agora


estava muito segura disso.Voltei a me virar para George, tentando
compartilhar com ele as palavras de despedida do Constantijin,
muito melhores que a última vez, verdade? Em seu lugar me
encontrei olhando ao Senhor Arrumado. Quero dizer, ao Drake.
Senhor, tinha que parar de pensar nele como o menino que
resolvia meus problemas. Porque não podia ser isso. No futuro,
seria Constantijin quem estaria arrumando meus problemas já que
gostava de mim, preocupava-se comigo, estava apaix...

Menos Yanna, menos Yanna. Pare de tirar conclusões.

— Gostaria de dançar, Senhorita Everleigh?

Sem pensar, olhei sobre o ombro, procurando um par de


olhos prateados. Em pouco tempo, encontrei o irônico olhar de
Constantijin entendendo a situação.

Deixei sair um suspiro de alívio, surpreendida porque não


tinha enlouquecido.

Meu telefone tocou.

Com o coração acelerando, sabendo quem seria antes que


visse o nome de Constantijin na tela, cliquei na mensagem para
abri-la.

Não creia que não estou ciumento. Estou. E fodidamente muito.


As palavras me fizeram sorrir, os dedos de meus pés se
curvaram, e meu rosto se esquentou.

Ah. Constantijin e suas ásperas palavras românticas, o que


disse sobre mim, de que não podia conseguir o suficiente, era a
sua única forma de me mostrar, humm, chateada?

Drake me ofereceu sua mão.

— Deveríamos?

Tomando-a, ri quando imediatamente me levou a pista de


dança com um pequeno giro. Tive um grande momento dançando
com ele, e qualquer número com outros homens. Não houve um
momento que tivesse para mim mesma, com um menino atrás do
outro pedindo para dançar comigo. E o fiz, com todos.

Adularam-me escandalosamente e me pediram meu número.


Sentia-me como a bela da festa, entretanto sabia que não era
porque fosse a garota mais bonita da sala. Era porque pensavam
que Constantijin estava interessado em mim, e eu o tinha
rejeitado. Que tivesse minha "marca de valor" elevava a beleza aos
olhos dos homens.

Constantijin não estava fazendo nada para parar as


especulações, permanecendo ao lado de sua mãe ao longo da
tarde, nunca dançando com ninguém mais.

Uma hora depois, meu telefone tocou de novo e não pude


pega-lo com suficiente rapidez.

Dança comigo?

Sorrindo, escrevi minha resposta.

Não.

Deixe-me ver o que pode dizer a isso, pensei, quase


cantarolando para mim mesma. Um garçom me ofereceu
champanhe e pensei que normalmente não beberia nenhum tipo
de licor, encontrei-me aceitando uma taça de champanhe.
O telefone tocou justo quando estava levando a taça aos
lábios.

Tem sexo comigo?

Engasguei-me com o champanhe.


Lição #7

Algumas vezes, você precisa tomar uma decisão sobre seu


multimilionário: Foder ou ser Fodida.

Era segunda-feira de novo e tinham duas notas e um


misterioso post-it vermelho em minha tela LCD. A esta altura tinha
desistido de vencer Charli no trabalho. Tinha chegado inclusive
uma hora mais cedo de minha hora de entrada, mas eis que Charli
já estava em seu escritório tomando seu capuchino quando entrei
apressada.

A primeira nota era uma mensagem de felicitação. Ou ao


menos assumi que o era já que setenta por cento estava escrito em
francês. Realmente um dia tinha que dizer a Charli que minhas
habilidades multilíngues não se estendiam exatamente para sua
língua nativa.

A segunda nota me fez salivar.

Acredita que um mangá obsceno baseado na escola


secundária seria aceito pela audiência de TV americana? Explique e
apresente. Para sexta-feira.

Só com minha sorte se consegue esta pergunta...Esta seria


muito mais fácil para Arian, que não tinha nenhum problema em
falar de algo sexual em público. Na sexta-feira passada no evento,
a escutei perguntar a Constantijin, muito inocentemente, se
achava que seu peito era muito grande.

Sim. Sei. Queria vomitar depois disso.


Vendo a preocupante nota de Charli, refleti sobre minhas
opções. Deus, obscenidade na escola secundária, era muito difícil
de abordar. Se pensava nas cenas de cama e na obscenidade nas
séries de Gossip Girl ou em Diários de Vampiros3 eram quentes,
esperar que lessem shoujo manga4 por dizer de Kanan Minami.
Essa garota havia redefinido o que era o sexo na escola
secundária.

Dando uma olhada em George, vi-o franzindo o cenho para


suas notas.

— Difícil tarefa para sexta-feira?

Assentiu, com emoção.

— Super sim.

Ri, os nervos soltando-se um pouco de meu estômago com a


nova palavra de George. Amava quando isso acontecia. Olhando
novamente meu LCD, dava-me conta que tinha deixado um post-it.
Tirando-o, reconheci a letra imediatamente.

Constantijin.

Só de pensar nele escrevendo esta nota me tirava o fôlego.


Sentia-me como se tivesse escrito uma carta de amor, o qual era
totalmente romântico e totalmente diferente nele. Eu adorava.

Eu sinto sua falta.

Tirei meu celular da bolsa, incapaz de me manter sem lhe dar


uma resposta. Mandei-lhe uma mensagem de texto.

Recebi seu recado.

Respondeu o texto imediatamente.

Essa não é a resposta que estava esperando.

3) Gossip Girl e Diários de Vampiros: Séries de televisão Americana dirigido ao público


adolescente e adulto jovem.
4) Shoujo Surripia: Manga dirigido a mulheres com temas românticos e algumas vezes
homossexual.
Não me incomodei em lhe responder, mas estive sorrindo todo
o tempo que estive no trabalho.

Já eram doze e trinta quando George me incomodou para ir


almoçar com ele. Aparentemente, o namorado oficial do menino
estava almoçando no 25/F, o qual significava para George que não
iria com ele.

A cafeteria estava mais movimentada que o normal. Parecia


que cada um dos presentes continuava falando da festa de Sexta-
feira passada e cada pessoa que passava ao meu lado felicitava ou
olhava. Bom, a maioria das mulheres me olhava. Também os
homens...

Dava-me conta que estava me aproximando mais e mais do


George até que praticamente estava me escondendo atrás dele. Não
era muito fácil fazê-lo, com meus saltos de dez centímetros que
faziam que me sobressaísse a ele. De fato os homens só se
acotovelavam um ao outro quando passava perto deles e alguns
até piscaram o olho.

— É a sensação da noite, querida — exclamou George.

Menino, desejaria que fosse verdade. Se for assim, então


queria dizer que todo o estranho furor desapareceria amanhã,
certo?

Enquanto George e eu fazíamos fila no balcão, uma voz atrás


de mim perguntou:

— Almoçando tarde?

Oh, Deus, Oh Deus, Oh me...

Era ele. Seguro que era ele. Tinha reconhecido a voz de


Constantijin, mas uma parte de mim não podia acreditar que
voltaria a vê-lo tão cedo.

Se acalme, se acalme, me disse enquanto plantava um sorriso


em meus lábios, tratando de ignorar a forma que meu coração
estava perto de sair do meu peito pela emoção. Constantijin estava
absolutamente sofisticado e lindo com seu traje branco e negro e
sem sua gravata habitual. Seus olhos vagaram possessivamente
sobre mim e tratei de não me retorcer quando seu olhar viajou
lentamente para minhas pernas nuas.

Recordei sua pergunta de antes, agarrei minha bandeja vazia


e disse:

— Charli nos deu muito trabalho para esta semana.

Assentiu em acordo.

— A apresentação da sexta-feira, certo?

Meus olhos se abriram.

— Estará lá?

— Yanna — disse muito devagar — Acredita que perderei a


oportunidade de te ver brilhar?

Oh, Deus. Por favor, que alguém me ajude a manter meu


coração ou será derretido a qualquer segundo.

— O próximo — disse a garçonete na minha frente de forma


impaciente. E logo seus olhos se iluminaram quando viu
Constantijin ao meu lado — Senhor? — inclinou-se para tomar a
bandeja de Constantijin e eu a contragosto me afastei.

— Desfrute de seu almoço Yanna — murmurou.

— Você também — disse timidamente.

Sorriu.

Eu flutuava.

George tinha encontrado uma mesa para nós e estava


sorrindo quando me uni a ele.

— Seu rosto está vermelho — disse-me enquanto colocava


minha bandeja sobre a mesa.
— Sim? — controlei a urgência de me abanar — Suponho que é
só porque está fazendo muito calor.

George sorriu satisfeito.

— Digo-o a sério!

— Sim, sim, ouvi isso antes.

Fez-me sentir na defensiva e envergonhada ao mesmo tempo.


A ponto de responder outra vez, me encontrei rodeada por outro
pequeno grupo de meninos e os reconheci como os mais novos
agentes de vendas recentemente contratados.

— Em... sim? — perguntei vacilante. Isso parecia ser um sinal


e todos se lançaram a sua própria conversa, isso me fez rir. Uns
minutos depois, em meio de uma conversa vergonhosamente
aduladora com os meninos a respeito de como não era muito bela,
meu telefone vibrou.

Estou fodidamente ciumento.

Não respondi, mas essas três palavras me tinham enjoado e


confundido durante todo o dia. Um minuto estava pensando em
suas palavras uma e outra vez. E ao seguinte minuto estava
irritada, me dizendo que não deveria estar feliz assim. Se enviasse
a Constantijin o mesmo tipo de texto, ele não estaria tão feliz como
eu. Provavelmente estaria, todo arrogante e sorrindo
discretamente, pensando que já era tempo que admitisse o quanto
irresistível ele era.

O relógio digital marcou sete da noite ao tempo em que


terminava com o trabalho e estava sozinha no escritório desde que
George partiu fazia uma hora. Estirei meus braços sobre minha
cabeça lentamente e sem pressa, desfrutando do alívio da tensão
em meus músculos e juntas.

Constantijin não tinha me chamado, fazia horas. Sabia que


não devia estar afetada por isso, mas estava. E estava muito
zangada comigo mesma, porque estava preocupada...
Pare Yanna. Isso de ir de um extremo a outro com
Constantijin, estava me convertendo em uma Alicia Silverstone5 no
seu filme Despistados. Quando geralmente só chego a ser como
Reese Witherspoon6 em Legalmente loira. Isto era muito pior.

Suspirando, cliquei no acesso direto para guardar meu


arquivo e me pus de pé. Relaxe, Yanna. Preciso deixar de me
obcecar com Constantijin. Colocando-me na ponta dos pés, me
estiquei para trás.

— Cansada?

Congelei.

Oh, Meu Deus!

Por que estava aqui?

Virando lentamente, vi Constantijin encostado na porta, sem


sua bolsa, sua camisa pendurando solta sobre sua calça e alguns
botões desabotoados, revelando mais do que o usual de seu
glorioso e duro peito.

— Pensei que estaria fora todo o dia — disse bruscamente.

Tinha mandado um texto esta tarde dizendo que teria que


sair do escritório. Tinha respondido com uma simples mensagem
que dizia TC7, todo o tempo estive tratando de não pensar em que
soava como se fosse um namorado.

Tive que vir pegar uns documentos e vi que as luzes



estavam acesas aqui.

— Ah. — comecei a arrumar minhas coisas — Bom e aonde vai


agora?

— Yanna?

— Sim?
5) Alicia Silverstone: Atriz americana e ex-modelo. Famosa pelos vídeos do Aerosmith.
6) Reese Witherspoon: Atriz e produtora americana.
7) TC: Take care, se cuide.
Caminhou para mim e parou antes de meu cubículo,
deixando uns centímetros de distância entre nós.

Por alguma razão, odiei que fizesse isso, pôr espaço entre nós.
Sabia que isso era tolo, mas assim era como me sentia.

— Por que tenho o pressentimento de que algo não está bem?


— disse arrastando as palavras.

Era inteligente, realmente inteligente! Sabia que não podia ser


um multimilionário sem ser inteligente. Encolhi os ombros com
inquietação.

— Não sei. — menti.

— Yanna. — sua voz tinha uma nota de advertência.

Continuei recolhendo minhas coisas, mas só estava


conseguindo tempo, com algo que não duraria mais de alguns
minutos. Forcei-me a olhá-lo.

— É só que... -Diabos! Como ia dizer isto?

— O que é?

— É estranho. — estalei.

Levantou uma sobrancelha.

No momento em que comecei a falar, era como se não


pudesse parar.

— Cada vez que me olha, É estranho! Cada vez que penso em


ti, é estranho! E acredito que não é justo, porque não é como me
sinto normalmente contigo! Você fala comigo como se fosse algo
cotidiano, mas quando falo contigo é como se ficasse sem fôlego!

E logo me dava conta do que acabava de revelar. Ofeguei e


tampei minha boca com a mão. Minha enorme boca indiscreta.

Mas quando olhei Constantijin, não estava sorrindo como eu


esperava. De fato, estava...Furioso.
— Possivelmente você não é tão sensível como pensa —
replicou.

— O que?

— Como acredita que eu me sinto? Com todos esses fodidos


homens daqui que podem te ver e te falar livremente, mas não
posso fazer isso, Ou sim? Sou o que corteja, mas não posso dizer a
ninguém isso e não posso advertir aos outros homens para que se
afastem! — Deu-me outro olhar irritado — e acredita que isso não
me afeta?

Vá!

Queria me arremessar para ele mas me contive. Tomou cada


parte de meu controle, mas o obtive.

— Bem!

Olhou-me.

Elevei os ombros com impotência.

— Quer que minta? Está fora de minha liga, Constantijin.


Assim, eu sou muito feliz de ver que lhe afeta.

— Se não me importasse eu cortejaria você? — Grunhiu.

Queria consolá-lo, mas não sabia como. Ou possivelmente


ainda não estava preparada. Suspirei.

— Sei que é impaciente. Mas é muito cedo. Não é o tempo


correto. — Olhei-o suplicante — Entende verdade?

Pôs suas mãos dentro dos bolsos e assentiu.

— Mas tem que confiar em mim algum dia. Faz ou não,


Yanna. Sei que a estraguei tudo. Admito que cometi um erro. Mas
temos que superá-lo. Se você não quiser... Então não há razão
para que continue te cortejando, certo?

Assenti.
Olhamos um ao outro, com nossos olhares tratando de
ocultar as emoções que estávamos sentindo. Disse lentamente:

— Possivelmente possa te levar a sua casa?

Carro esportivo ou ônibus?

Era muito óbvio.

— Possivelmente depois — respondi em voz baixa. O ônibus


era muito mais seguro para meu coração.

Ficou rígido e sabia que estava assim porque era do tipo que
não aceitava uma rejeição tão facilmente.

Forcei um sorriso.

— Então, nos vemos amanhã, De acordo? — Esperava que ele


se fosse ou dissesse algo, que fizesse algo que me dissesse como
estava com ele.

Constantijin finalmente me olhou, sua cara imperturbável.


Afastou-se para o lado.

Meu coração pulou uma batida, de uma má maneira. Isso foi


muito simbólico para mim e por um instante, pude imaginar que
tão terrível me sentiria se realmente se afastasse para um lado e
deixasse de me procurar.

— Nos vemos amanhã — disse só por educação.

Caminhando para o lado que ele estava, com as pernas


tremulas, sentia seu olhar em todo meu o caminho em que saía de
meu escritório. Odiei como ele era tão indeciso, mas agora me dava
conta que eu fazia o mesmo com ele. Entretanto, não era correto e
tudo o que podia fazer era me sentir mal.

Algo tinha que dar, mas não sabia por que e isso me
assustava.
Lição #8

A única espécie de trio que seu multimilionário entende:


Terá algo que ver com outra mulher e contigo.

Os dias da semana se viam especialmente compridos quando


pensava em Constanstijin, mas pareciam muitos curtos quando
me concentrava em meu trabalho. Ainda não podia fazer a minha
mente me decidir sobre ele.

Confiava nele? Amava-o ou estava cega por quão encantador


e sedutor ele era?

Na terça-feira foi complicado. Constantijin tinha me chamado,


mas não estava em sua usual forma de humor retorcido e nos
sentimos aliviados quando recebeu a chamada urgente para uma
reunião de negócios via skype com seu assistente dos países
baixos.

Na quarta-feira foi um pouco melhor. Constanstijin me


perguntou se queria sair, e em um impulso o convidei para que me
acompanhasse à igreja. Ajoelhados no banco da igreja lado a lado,
quando olhei o enorme crucifixo dourado diante de mim, dei-me
conta de que queria orar para pedir algo que não deveria pedir.

Quero dizer, Deus, era, como, pai no céu correto? Então não
poderia orar bem, querido Deus, por favor, faça as coisas bem
entre Constanstijin e eu, porque quero que seja o único que tome
minha virgindade.
Na quinta-feira também foi bom, fomos ao cinema. Esperei
com um sopro de ansiedade todo o tempo para que Constanstijin
fizesse um movimento, mas não o fez. Quando fomos para casa,
tive um momento difícil recordando a respeito do que se tratava o
filme, poderia facilmente escrever umas cinquenta páginas de
comentário de quão bem cheirava Constanstijin. Na escuridão do
cinema sua essência, a qual tinha uma ponta de sua picante
colônia, tecia um sedutor feitiço que me tinha literalmente
tremendo em um esforço para não ser a primeira a tocá-lo.

Oh, Constanstijin, O que devo fazer contigo?

E a sexta-feira chegou, e tinha que fazer outra apresentação.


Estávamos em outra sala de conferência, maior que a anterior.
Quase me sinto como a cachinhos de ouro, saltitando cada vez
mais distante de uma cama a outra, só que desta vez consegui um
cenário que se fez cada vez maior e magnífico. De fato, este
inclusive tinha cortinas de seis metros.

Preparava-me uma última vez, quando escutei George


terminar sua apresentação, revisei meu reflexo no espelho uma
última vez. Tinha um vestido negro curto, pescoço de tartaruga,
com mangas largas ajustadas que se adequava a minha figura a
perfeição, também tinha colocado meus óculos de leitura, não
porque necessitasse (só os usava esta noite), mas só porque queria
estar sexy e séria ao mesmo tempo.

Sim, sabia que era tola mas e o que? Isto me dava uma falsa
confiança.

O futuro do Smut: Estilo japonês no mercado americano.

Há duas formas de olhar o estilo japonês obsceno. Uns


consideram pornô suave, outros a mais decente versão de hentai8.

Uns também descrevem como essa classe de conteúdo


sugestivo ou cenas sexualmente explícitas que são, entretanto,
testemunhos emprestados e acrescentar algo à história.

8) Hentai é o gênero da manga e o anime de conteúdo pornográfico.


O sexo entre casais jovens de escola secundária na TV, é algo
que usualmente vemos, mas não na medida de como se desenha
em manga. É mais gráfico, sensual, sexy e simplesmente quente,
pode facilmente causar indignação no público.

Mas... O sexo se vende. E sei que ao final do dia, isso importa


muito. Se a Kastien Inc. escolhe adaptar um manga obscena para
a televisão americana, só proponho uma coisa: mostrar as
consequências do sexo em jovens nas escolas secundárias. Se nós
fizermos nossa própria versão disto finalmente, que seja assim. Os
pais podem dizer tudo o que queiram sobre o sexo, mas no final
eles não podem culpar a nossa companhia por não tomar a
oportunidade de educar jovens espectadores a respeito da mais
dura realidade de sexo sem planejamento e amparo.

Quando terminei minha prova litográfica, quase choro. Sexo


não era uma palavra que poderia dizer facilmente para uma sala
cheia de pessoas por muito tempo, minha voz se quebrou
enquanto ainda falava. Era duro porque não estava segura se
estava sugerindo o correto. Tudo o que sabia era que acreditava
nisso.

Mas então as pessoas começaram a aplaudir de pé. Quando


as luzes se acenderam, imediatamente vi Constanstijin parado na
parte de atrás do salão, aplaudindo também, seus olhos quentes
sobre mim.

Quando Charli tomou seu lugar, pude sentir Constanstijin me


observando, fiquei nervosa e enjoada, então me sentei, me virei, e
levantei o olhar para Arian, seus olhos me atravessavam.

Rapidamente me virei e fiz um rodeio para George. Agora não


era o melhor momento para ter um cara a cara com ela pelo
Constanstijin.

Charli brincava sobre mim sendo a melhor eleição sobre o


tema. Disse que era um bom exemplo das regiões conservadoras
da América porque eu ainda não podia nem sequer pronunciar a
palavra "sexo" sem lamentar.

Corei justo no momento e isso provocou que todos rissem


ainda mais.
Os comentários foram positivos pelo resultado da conferência.
Quando George e eu caminhávamos fora do escritório quase todos
pelo qual nós passávamos me felicitaram.

Honestamente, me fez sentir uma super estrela.

Uma super estrela que estava caminhando a passo de


caracol, porque ainda havia uma pessoa que não tinha me
felicitado.

— Yanna — chamou George impacientemente.

Parei perto da sala de bebidas.

—Umm, estou sedenta. Alcanço-te em um momento. — Era


uma mentira, claro. Estava esperando por Constanstijin.
Certamente apareceria a qualquer momento.

Inclinando-me, bebi vários goles de água. Mas ao mesmo


tempo em que me endireitei, alguém já estava perto de mim.

Meu coração começou a pulsar rapidamente.

Era...

Constanstijin, não.

O sorriso do Drake se voltou irônico.

— Decepcionada por mim?

Estava instantaneamente horrorizada.

— Oh, não! Não, absolutamente! — Deus, aspirei mentindo.

Seu sorriso se ampliou.

— Está tudo bem. Só queria te felicitar. Escutei que fez


realmente um bom trabalho esta tarde.

— Obrigada.
Estava fazendo meu melhor esforço para não corar, mas foi
impossível. A forma em que Drake me olhava nunca falhava para
fazer-me sentir desejável e tímida, tudo ao mesmo tempo. Era uma
lástima que me sentisse como se eu, bom, pertencesse a alguém
mais.

Drake limpou a garganta e o olhei com surpresa já que esta


era a primeira vez que ele soava menos que em seu usual tom
seguro de si mesmo.

— Então... Isto vai soar fora do lugar, mas realmente eu


gostaria de te convidar alguma vez para celebrar sua futura
promoção possivelmente?

— Aí não há promoção — protestei rindo.

— Mas a sério, que tal um jantar?

— Uhh... — E então foi quando me dei conta de Constanstijin


parado a uma curta distância, seu olhar entrecerrado. Oh, merda!

Ele escutou o Drake me perguntando?

Drake se voltou curiosamente, seguindo meu olhar e estava


visivelmente sobressaltado quando viu o olhar de Constanstijin
sobre nós.

— Senhor Kastein — murmurou saudando.

Constanstijin, deu-nos um curto assentimento antes de voltar


para seu escritório.

Merda.

Isto não era nada bom.

Voltando para Drake, Gaguejei um: — Sinto, mas não posso.


Estou... Estou saindo com alguém mais. — Aí. Disse.

Oh meu Deus, lhe disse que estava saindo com Constanstijin


Kastein!
O tom de decepção de Drake me fez sentir culpada quando
disse graciosamente:

— Ah. Minha derrota então.

Quando se foi, olhei para a porta do escritório de


Constanstijin em expectativa, esperando que ele viesse. Mas
minutos passaram e não o fez.

Oh.

Minha cabeça caiu aflita, caminhei lentamente para George,


que poderia ainda estar me esperando. Estava louco? Ele pensou
que eu era...

A porta do escritório de Constanstijin se abriu, quando eu já


quase tinha passado por ela. Antes de saber, estava sendo
devorada para dentro, a porta fechada de repente atrás de mim, e
Constanstijin franzia o cenho com um olhar de fúria e ciúmes em
sua cara quando me empurrou para a parede.

— Constantijin!

— Disse "sim"? — grunhiu, suas mãos golpeavam contra a


porta a cada lado de minha cabeça, eficazmente me aprisionando
ao redor de seus braços, e sabia que não havia melhor lugar onde
eu gostaria de estar.

Sacudindo minha cabeça, disse sem fôlego:

— Não

Desejava tanto que me beijasse agora. De fato, esperava-o.


Cada vez que estava ciumento, isso era o que fazia.

Mas neste momento, manteve-se me olhando e comecei a


ficar nervosa.

Constanstijin lentamente se afastou.

Meu coração imóvel.


— Isto não vai funcionar.

Merda. Caralho. Demônios. O que era o que estava dizendo.

Era irônico como essas palavras fizeram eu me dar conta que


estava a meio caminho de me apaixonar por Constanstijin, tinha
sido assim desde o começo.

Mas tinha meu orgulho. Assim me empurrei fora da parede e


disse rigidamente:

— Já vejo.

— É inútil — continuou, passando uma mão por seu cabelo-


Sinto muito, Yanna, sei que lhe prometi mas...

— Está bem — disse bobamente. Que mais havia que dizer?


Estava segura como o demônio que não ia lhe implorar para voltar.

Constantijin se viu surpreso.

— Está bem?

Forcei um olhar surpreso.

— Sim.

Olhou-me, entrecerrando os olhos.

— Então qual é sua resposta?

— Eu... — Espera. O que disse? Esclareci minha garganta-


Bom... — O que quis dizer?

— Não necessito que diga que sairá comigo imediatamente,


mas se você pudesse me dar uma maldita prova a respeito de como
se sente... — murmurou.

Constantijin me deu um olhar acusador.

— Toda a maldita semana foi dura. Era um inferno não te


tocar mesmo que te tivesse sozinha comigo todas estas noites.
Queria que te desse conta que isto entre nós não é somente sexo.
Estava disposto a esperar, mas quando vi esse menino lançando-se
para você outra vez...

Deu-me um olhar, como esperando por uma resposta.


Quando ainda não podia falar, grunhiu:

— Diga algo, por Deus.

Como poderia, quando me pegou totalmente de surpresa?


Quando disse que as coisas não funcionavam entre nós, meu
coração tinha morrido. E então agora, estava dizendo em não
muitas palavras que não poderia continuar sem mim, se lhe dava
ainda um pequeno sinal de que ainda tínhamos uma oportunidade
para estar juntos.

Queria rir histericamente.

Uma oportunidade?

Acaso não sabia que tinha centenas delas, tão louca que
estava por ele?

Olhei para ele e senti meu coração se derretendo ainda mais.


Fez que meu coração se sentisse como sorvete de nata frito pelo sol
do deserto, tudo suave e pegajoso com só um emocionado olhar de
seus olhos prateados.

Inalei profundamente várias vezes.

Está bem, estou pronta para isto.

Não.

Inalei várias vezes mais.

— Yanna? — seu tom alarmado.

Suponho que o olhei como um fantasma agora mesmo. Podia


sentir meu sangue deixar meu corpo e estava sozinho observando
o que fazer. Isto era um enorme passo para mim.
— Eu... eu... — não podia dizê-lo!

Assim decidi sozinho fazê-lo em seu lugar.

— Yan... — grunhiu, sua vez de ser tomado por surpresa

Quando me lancei para ele, meus lábios felizmente


descansaram totalmente em seus lábios. Minha língua
imediatamente chegou como um dardo em sua boca, senti-o ofegar
contra meus lábios. Isso me fez sorrir e fechei meus olhos em total
felicidade quando Constantijin se recuperou do choque e me
tomou em suas mãos imediatamente me arrastando perto
enquanto aprofundava o beijo, sua língua dançando com a minha.

— É isto real? — sussurrou contra meus lábios.

— Sim — engasguei-me.

O beijo mudou de doce a quente em um instante.


Constantijin tinha minha blusa desabotoada em segundos,
lançando-a com meu sutiã no chão e então estava começando com
meus peitos quase com adoração.

— Constantijin. — podia me sentir corar toda, sob seu olhar.

—Segure seus peitos para mim — ordenou sua voz fortemente


acentuada.

Com as mãos tremendo, segui suas instruções, segurando


meus peitos acima como se esperasse sua aprovação.

Um grunhido baixo e sexy escapou de sua boca, fazendo


meus dedos enroscarem-se, e então estava chupando a ponta de
meu mamilo. Torci para trás minha cabeça e gemi.

Isto fez que chupasse mais forte e claro me fez gemer mais
alto. Era como um ciclo que tinha os dois ofegando em necessidade
em segundos. Levantou-me em seus braços e fui ao redor de seu
pescoço. Estava ainda respirando forte, meus peitos loucamente
sensíveis e doloridos a cada vez que ricocheteava em seus braços
quando me movia.
Constanstijin usou seus pés para empurrar sua cadeira
executiva atrás da mesa até o meio da sala. Baixou-me
brandamente sobre ela e eu o olhava fascinada sem fôlego
enquanto empurrava minha saia e minha calcinha de renda para
baixo, as lançando ao piso.

Então ele estava olhando meu sexo.

Imediatamente tratei de fechar minhas coxas, mas sua voz


áspera "não" me deteve.

— Ponha suas pernas sobre os braços da cadeira, Yanna.

Congelei.

A cara de Constanstijin foi implacável.

— Faça.

Lentamente, levantei minhas pernas e coloquei uma a uma


nos braços da cadeira.

— Abra mais.

Tratando de superar minha vergonha, empurrei minhas coxas


para as abrir mais com minhas mãos. Dei um grito quando
Constanstijin lentamente se ajoelhou e ofeguei quando separou
minhas dobras mais amplamente abertas como minhas coxas.

— Constanstijin. — tive que gritar seu nome. Era impossível


não fazê-lo, com sua língua inteira preenchendo meu sexo aberto.

Levantou sua cabeça, seus olhos brilhando com força e desejo


como me advertindo com doce suavidade.

— Não feche suas coxas. Mantenha-as abertas para mim.

Meu corpo inteiro se sacudiu, pressionei minhas mãos duro


contra minhas coxas para mantê-las estendidas, soluçando
enquanto via sua cabeça lentamente descer. E então sua língua
estava em mim e gritei. Foi desumano, sua língua empurrando
dentro e fora em um ritmo furiosamente rápido que tinha o quarto
inteiro girando ao meu redor.

Estava tão fora de mim de desejo e me sentia perversa


empurrando minhas coxas mais abertas à medida que pensava
realmente o que queria fazer era agarrar seu cabelo, assim poderia
fazer que me beijasse mais profundamente.

Constanstijin levantou a cabeça outra vez.

— Você gosta?

— O que... que acredita? — consegui ofegar.

— O que acredito? — murmurou — Acredito que quero que


peça.

Esse sorriso malicioso que odeio e amo estava em seu rosto.


Repliquei sem fôlego:

— Não em você... aaahhh.

Constanstijin estava agora sugando meus clitóris enquanto


empurrava um dedo dentro de mim ao mesmo tempo, meu quadril
rodava para encontrar em sua boca e dedo enquanto se mantinha
empurrando-os para me abrir mais.

— Se abra — ordenou enquanto sugava duro meus clitóris e


lutava por obedecer apesar de sentir que me estendia além de
meus limites.

— Está pronta para vir, Yanna?

— Sim — gritei.

Estava indo agora, cada ordem se sentia obrigada por minha


necessidade dele e o que podia fazer ao meu corpo.

— Rogue por isso — grunhiu.

— Constanstijin, por favor!


Uma mão estava debaixo de minhas nádegas e então estava
me levantando ao mesmo tempo que golpeava meu clitóris, seu
outro dedo empurrou profundo e duro em meu interior. Gritei
enquanto me fazia em pedacinhos, minhas mãos instintivamente
pressionando minhas pernas fracas sobre o descanso de braços,
enquanto minha essência se mantinha esparramada.

Despertei nos braços de Constanstijin em seu sofá, estendida


sobre ele como uma escrava de um harém tentando me converter
em uma manta humana. Pisquei, um pouco aturdida primeiro e
então estava corada quando vi seu sorriso. Fez-me recordar o que
tinha acontecido recentemente.

— Bem-vinda de novo, doçura. — Pressionou um beijo em meu


cabelo.

Meu corpo inteiro se estremeceu por seu beijo. Eu estava


completamente nua e ele estava completamente vestido. Isto
deveria me fazer sentir mal, mas não. Envolvi meus braços mais
firmemente ao seu redor. Uma risada surpreendida escapou dele
antes de me envolver em seus braços.

Me aconcheguei mais perto, principalmente porque gostava


de saber que tinha o direito de fazer isto.

— Demônios, mas se sente fodidamente bem em meus braços.

Ri nervosamente.

Levantou meu queixo e meu fôlego apanhou um doce sorriso


em seus lábios.

— É verdade.

Oh, Senhor. Constanstijin em um tenro humor era um


espetáculo de contemplar.

— Me sinto bem, muito — admiti timidamente.

Enquanto os minutos passaram, encontrei-me lentamente


entrando em pânico. O que tinha feito? O que ia passar? Não havia
volta atrás agora! Oh meu Deus, eu ia ter sexo com Constanstijin
algum dia!

— O que está pensando?

— Que você tomará minha virgindade algum dia? — Oh,


demônios. O que disse?

Constanstijin se engasgou.

E debaixo de mim, senti-o voltar para a vida.

Corei.

Vendo isso, grunhiu. Tomando meu rosto, Constanstijin


disse:

— Não é o melhor momento ainda, mas logo, muito em breve,


tomarei sua virgindade.

Fingindo um cenho franzido, repliquei:

— Tão crédulo?

Um lento, sexy, e sem arrependimento confidente sorriso foi


sua única resposta. Foi suficiente para ter meu corpo quente de
novo. Então seus olhos se arrastaram para baixo, e ofeguei,
recordando tardiamente que estava ainda nua e ele não.

Olhei ao redor grosseiramente, imaginando como poderia


conseguir me vestir de novo quando minha roupa estava por todo o
escritório.

Constanstijin riu.

-Me deixe ajudar a se vestir, coração.

Ficou de pé, me levando em seus braços facilmente antes de


me deixar cuidadosamente deslizar abaixo nos meus pés. Pare aí,
me sentindo até mais envergonhada enquanto ele recolhia primeiro
meu sutiã.
Meu corpo se estremeceu enquanto Constanstijin pressionava
um beijo em cada mamilo antes de me colocar meu sutiã e fechá-lo
por mim.

Então ele se ajoelhou.

— Constanstijin!

Mas era muito tarde. Minhas mãos se curvaram ao redor de


seus braços com impotência enquanto sua língua estava em meus
clitóris alegremente e docemente, me mordendo antes de deixar ir
com um sorriso.

Ofegando e dolorida, olhei para baixo, para ele.

— Você...

As palavras falharam em mim e só poderia continuar


deslumbrada por ele, impotentemente enquanto levantava uma de
minhas pernas para cima, pressionando um tenro beijo em meu pé
antes de colocar minha calcinha de volta. Quando ambas as
pernas estavam dentro, Constanstijin empurrou para cima com
deliciosa lentidão, me dando mais tenros beijos em minha pele
enquanto o fazia. Ao tempo que o fazia, eu era uma confusão
tremula, e tudo o que podia pensar era por quê? Por que não
queria tomar minha virgindade agora?

Oh, senhor, por que ninguém me disse que o desejo sexual


não só nos fazia tolos? Fazia-nos cadela, também!

Riu outra vez, e quando nossos olhos se juntaram tive um


sentimento de preocupação de que ele sabia exatamente onde
estavam meus pensamentos.

— Quero te saborear, coração — murmurou enquanto


gentilmente fixava o colarinho da minha blusa.

Estava fascinada com cada movimento de suas mãos e mais


sobre seus pensamentos e sentimentos atrás de suas ações.
Constanstijin Kastein estava arrumando meu colarinho.
Constantijin, quem praticamente delegava tudo o que tinha que
fazer a seus inumeráveis ajudantes.

Oh, estava aturdida!

— Yanna?

Pestanejei para ele.

— Desculpa?

Seu cenho franzido.

— Te fiz uma pergunta.

Dando-lhe um tímido sorriso, disse:

— Sinto muito, estava... — golpeei meus lábios, não querendo


deixar saber como estava obcecada com cada pequena coisa que
fazia.

Levantou uma sobrancelha.

Bem, essa pequena ação era sexy. Ainda tinha meu corpo
formigando outra vez.

— Estava só pensando. — escutei a mim mesma dizendo, bem,


bem, mentindo — O que os outros diriam se nos apanhassem.

Seus olhos se estreitaram.

— Apanhados... por quem? O menino que queria chegar a


você?

Isso honestamente me levou mais que uns segundos para


recordar a quem se referia como "menino". Rendendo-me disse:

— Você e eu juntos sabemos que Drake não é um menino,


Constanstijin, e não, não me estava referindo a ele. Estava-me
referindo a qualquer um que trabalhe aqui.
— Ele é um menino e quanto a todos outros, O que te
preocupa? Você é uma mulher. Isso é tudo o que eles têm que
saber.

Sacudi minha cabeça persistentemente.

— Não. É muito cedo. Temos que nos dar... Dar a esta coisa
entre nós um pouco de tempo, nos dar o tempo de ajustá-lo antes
que outros saibam a respeito de nós.

Olhou-me durante um comprido momento.

— Yanna, falo sério quando digo que não vou cometer o


mesmo engano outra vez... Daqui em adiante, só seremos você e
eu. Os dois, nós, não outra mulher... — seus olhos entrecerrados
uma vez mais, sua voz horripilante enquanto terminava — E não
toleraria algum outro homem em sua vida. E não quero sequer seu
olhar em algum outro homem ou escutar o nome de outro homem
em sua língua.

A possessividade no olhar e nas palavras de Constanstijin me


fizeram tremer, mas não era medo o que estava sentindo. Uma
parte de mim ainda não podia acreditar que me queria, que lhe
importava o suficiente para que lhe desgoste a ideia de eu ter algo
com qualquer outro homem.

Mas tinha que parar nisto. Se as coisas fossem mal entre nós
outra vez, sabia que poderia ser a que mais sofreria dos dois.

— Só...Só me dê uma semana. Por favor?

Justo quando pensava que tinha um golpe na parede de tijolo


de Constanstijin sua expressão cedeu, suavizando-se ligeiramente
quando disse:

— Uma semana. E isso é tudo.

Passando um braço ao redor de minha cintura, levou-nos fora


de seu escritório, deixando ir sozinho para fechar a porta antes de
empurrar e fechá-la de novo.
Quando olhei ao redor, quase salto de susto desde que o
menino de quem Constanstijin falou tão amavelmente estava em
frente de nós, com um estranho olhar em seu rosto.

Ele não estava sozinho tampouco.

Atrás dele, vi pelo menos cinco caras familiares de finanças, o


departamento onde Drake trabalha também.

Oh, merda.

Isto era o que não queria que acontecesse. Acredito que


quando Constantijin me disse que estava sendo fiel, mas...
Intenções farão sozinho isto, intenções. A verdade era, que não
tinha a coragem de mostrar a todos sabendo que Constantijin e eu
estávamos saindo. Se ele terminasse por romper meu coração
outra vez, as pessoas não pensariam que era uma namorada que o
expulsou.

Cada um pensaria que era a cadela quem não soube manter


algo que merecia.

— Olá, Yanna.

Drake arrastou as palavras fazendo que me virasse para ele, e


o sorriso em seu rosto era tão amável e adulador como antes.
Tinha seu blazer pendurando em um de seus braços enquanto
sustentava sua maleta e várias pastas. Sua camisa tinha as
mangas enroladas nos cotovelos, as caudas penduradas sobre sua
calça, e desabotoado o suficiente baixo para mostrar um pouco do
pêlo de seu peito.

Honestamente, seria uma mentirosa se dissesse que não era


momentaneamente deslumbrante tão sexy Drake estava agora
mesmo.

— Nós terminamos a reunião criativamente — continuou.

O modo em que seu olhar se entretinha em meu corpo, a


maneira em que seus olhos estavam descaradamente apreciando
cada curva e polegada de pele que viu, eu não podia evitar corar.
Atrás de mim, senti Constantijin de repente tenso, como se
pudesse sentir meu corar e não gostava.

Oh, merda.

Sabia que Drake estava esperando uma resposta, gaguejei:

— Eu... Estava trabalhando até esta hora para, uhh, o Sr.


Kastein. Queria que... Que lhe desse os últimos horários de
trabalho do elenco para uma possível adaptação da Hana Kimi
para os E.U.A.

Com minha visão periférica vi Constantijin finalmente se


voltar. Quando o vi perto de pôr seu braço em minha cintura, me
assustei e me movi fora antes que pudesse chegar para mim.

Drake pestanejou quando inesperadamente dava vários


passos longe deles e só a uma curta distância da área de recepção.

— Está apressada para chegar em casa?

Tratando de ignorar as adagas disparadas dos olhos de


Constantijin, disse:

— Umm, sim.

Abri minha boca para dizer adeus, mas Drake se adiantou


falando.

— Me deixe te levar para casa então. Sei que pega ônibus,


mas a esta hora da noite, até uma garota independente como você,
precisa ter mais cuidado.

Ao mesmo tempo em que conseguia fechar minha enorme


boca, minha cabeça girando pela inesperada volta das coisas,
Drake estava aproximando-se do meu lado e tomando a pasta de
mim.

— M...mas...

— Preocupa-me o que aconteceria se deixasse que fosse


sozinha para casa esta noite — murmurou Drake.
Oh, Oh, merda.

Constantijin não estava me lançando adagas agora. Estava


literalmente tratando de não me matar com seu olhar e sabia que
só ia piorar.

Drake estava falando com um de seus colegas, deixando


instruções de último minuto das atas de sua reunião. Um coro de
boa noite seguiu e então Drake estava dizendo:

— Você também, senhor. Boa noite, senhor Kastein.

Meu telefone vibrou dentro de minha carteira e rapidamente,


desajeitadamente o agarrei sabendo quem era.

Se você fodidamente ousar ir com esse menino....

Oh, Oh, Oh, merda!

Acaso não sabia que não tinha outra opção que ir com esse
menino, quero dizer, homem? Era muito cedo para fazê-lo público.
Era só muito cedo, com a ferida que deixou em meu coração muito
fresca, e as lembranças do momento dele me rejeitando e me
afastando muito frescos.

O som de chegada do elevador me tirou de meu sonho. No


momento recuperei meus sons, Drake estava preparado dentro do
elevador, mantendo aberto o botão.

— Yanna?

Passei para dentro.

A última coisa que vi foi a cara fria impassível de Constantijin


antes que as portas do elevador se fechassem frente a nós. Com os
outros sempre caminhando, mas depois do Constantijin, eles
voltaram para nós, permiti a mim mesma lhe suplicar com meus
olhos, uma semana, trataria de me comunicar com ele
imediatamente.
Mas Constantijin só olhava, nem uma piscada na expressão
de sua cara que me dissesse que tinha chegado a ele. Quando as
portas do elevador finalmente se fecharam de repente, senti que
isto nos manteria permanentemente separados desta vez.

— Está tudo bem, Yanna? — perguntou Drake atrás de mim.

Não. Não estava. Só tive o melhor momento de minha vida há


um momento e agora estava tendo o pior.

Ia ser assim sempre entre Constantijin e eu uma e outra vez?


Seria sempre uma batalha para nós?

Forçando um sorriso para Drake, menti.

— Estou bem. Só cansada.

Quase inconscientemente, encontrei-me escrevendo um texto


para Constantijin.

Uma semana, digitei. Prometido uma semana só, para manter as


coisas entre nós, e isso é um período de sete dias começando esta
noite.

Mas ele não respondeu, embora esperei até a manhã


seguinte, inclusive pelo mais pequeno sinal de que ainda havia
algo pelo que esperar.
Lição #9

Os multimilionários não lambem suas feridas quando estão


feridos.
Eles conseguem inclusive mais.

— Estão vendo isto? — disse com um chiado a Daria e Alyx,


com quem estava tendo uma vídeo conferencia em meu iPad,
enquanto assinalava para a TV. Alyx riu tão forte que estive
tentada a golpear seu rosto na tela — É como um menino.
Realmente está saltando!

— Não posso evitá-lo!

Estava tão zangada que desejei que o piso sob meus pés
pudesse converter-se no duro, elegante e desalinhado corpo de um
homem chamado Constantijin Kastein.

— Estava me cortejando e agora está saindo com outra garota!


Na televisão!

Olhando para a tela, assobiei:

— Puto.

Daria estava rindo. Alta com cabelo curto encaracolado e


picantes olhos cinza, era a mais franca em nosso pequeno grupo.
Também era perigosamente impulsiva, mas Alyx e eu esperávamos
que o matrimônio pudesse refrear um pouco isso.
— Deveria penetrar no evento, lhe mostrar quem manda —
sugeriu ela.

Ou não.

— Seja realista. Não posso penetrar na arrecadação de fundos


de seu pai.

— Sabe, acredito que ela tem razão — Alyx se intrometeu


enquanto colocava uma larga faixa para o cabelo, sobre seu juvenil
corte de cabelo. Enquanto começava a passar creme sobre seu
rosto, uma de suas centenas de rituais antes de ir dormir.

Alyx acrescentou:

— Ele não pode fazer isto cada vez que brigam ou tenham um
mal-entendido.

Sacudi minha cabeça. O simples pensamento de penetrar e


de me colocar ali para a humilhação de Constantijin, tinha me
hiperventilado.

Daria se inclinou para frente, os olhos estreitando-se.

— Yanna, posso ver daqui que está tendo um ataque de


pânico.

Se isso era certo, então tinha melhor vista que Clark Kent, já
que Daria tinha seu iPad em uma posição de algum jeito afastado
dela. Eu praticamente podia ver a cama inteira em que estava
sentada com as pernas cruzadas, a qual era tão enorme que
provavelmente poderia caber uma equipe completa de futebol.

Do lado da tela de Daria, escutei um som masculino no


fundo, seguido de um tinido de copos e depois o tom com sotaque
grego do magnata marido de Daria.

— Por que Yanna está tendo um ataque de pânico? —


perguntou Nik enquanto aparecia a vista, vestindo uma branca
camisa tipo pólo desabotoada e jeans.
Alto, escuro, perigoso e um macho alfa até a medula, estava
acostumado a ser o maior idiota do mundo. Inclusive o odiava, e
tomou muito dizer a palavra com M9.

Um mal-entendido tinha ocasionado que Nik confundisse


Daria com uma ninfomaníaca e a tinha tratado como uma merda.
Felizmente, o amor verdadeiro, e uma boa dose de verdade, o
tinham reformado, e não cabia dúvida disso quando via o modo em
que Nik atuava agora ao redor de sua esposa.

Tomando assento junto à Daria em sua cama, Nik entregou a


ela um copo de champanhe e lhe deu um beijo na testa.

Por um momento tive que fechar os olhos, não querendo que


meus amigos vissem o completamente invejosa que, de repente, me
sentia a respeito da proximidade entre um velho matrimônio de
meses.

Obriguei-me a olhá-los quanto Nik voltou a falar.

— Olá, Alyx, Yanna.

Alyx lhe dedicou um polegar para cima.

— Olá, Nik. Assim, quantos hoje?

Daria gemeu, Nik sorriu e eu franzi o cenho em completa


confusão.

— Quantos o que?

— Sete — respondeu Nik, seu sorriso alargando-se.

Daria gemeu de novo.

— Sete o que? — demandei.

— Sete orgasmos para a Daria hoje — disse Alyx


pacientemente.

9) Se refere a considerá-lo o marido/esposo da Daria.


Desta vez, me uni a Daria com um gemido.

— Sério, Alyx? De verdade tinha que lhe perguntar isso?

— Só tinha curiosidade! Daria estava acostumada a odiar...

— Oh, olhe, a entrevista de Constantijin o está violando


totalmente na televisão! — soltou Daria.

Todos voltamos a ver e embora eu esperava que só fosse sua


maneira de mudar de assunto — não era.

Meu peito doía mais e mais a medida que seguia vendo a


entrevista de Constantijin — surpresa, surpresa, outra loira tola —
moendo seus lábios sobre os seus. Esses lábios eram meus! Ou ao
menos o tinham sido até faz uns dias. Mais segundos passaram, e
a câmara seguia centrando-se em seu beijo francês.

Sério, quando tinham transformado os shows de estilos de


vida em uma extensão do canal Playboy? Não podiam ver que a
mão dela estava a só uns centímetros de distância de agarrar
seu...?

Em um movimento suave, Constantijin tinha obrigado a sua


acompanhante a liberá-lo, ao mesmo tempo em que sutilmente
afastava sua mão.

— Cadela — grunhi.

— Quem? — perguntou inocentemente Alyx enquanto passava


mais creme na testa. Seu rosto agora era 25% carne, 75% mistura
azul — Constantijin ou a sua acompanhante?

— Ambos!

— Yanna, deixa de saltar. Está me dando dor de cabeça. —


Daria se virou para Nik.

— Você o que pensa? Já sabe como Yanna expulsou


Constantijin por seu Sr. Arrumado, verdade?

— Não o expulsei.
Apertei o cinturão de meu roupão, desejando que fosse uma
corda ao redor do pescoço de Constantijin.

— Por que chamas ao menino o Sr. Arrumado? — perguntou


Nik ao mesmo tempo.

— Ele não é um menino — gemi. Deus! Às vezes, Nik era muito


parecido com Constantijin e quase não queria falar com ele.

— Porque ele segue aparecendo no momento e lugar


adequados para atuar como o cavalheiro de brilhante armadura
para Yanna — explicou Daria.

— Ah.

— Isso não soa como um bom "ah" — disse com o cenho


franzido.

— Porque não o é — respondeu Nik sem reparos. Enquanto


punha Daria em seu colo, continuou — Sei como se sente Kastein,
Yanna. Se há uma coisa com a que os homens podem sentir-se
incômodos...

— Quer dizer inseguros — acrescentou sua esposa.

—...então seriam meninos que são muito mais agradáveis do


que nós alguma vez poderíamos ser. Isso é algo que realmente não
podemos vencer e se você escolheu ao Sr. Arrumado por cima dele
nesse momento, quem diz que você não voltará a fazê-lo quando
ele colocar a pata a próxima vez?

— Mas não foi assim — protestei — Não escolhi ao Sr.


Arrumado. Quero dizer Drake — por cima dele. Só pensei que seria
uma boa ideia ir com Drake para que ninguém suspeitasse de nós.

— E há algo mais — disse Nik triunfalmente.

Alyx sorriu.

— Por que tenho a sensação de que os multimilionários com


as mesmas plumas arrogantes se mantêm unidos?
Mas Nik só sorriu de volta.

— Alyx, Alyx — ronronou com uma voz tão sedutora que me


fez retorcer incomodamente. Esta era minha primeira visão de
quão atrativo Nik poderia ser se realmente o quisesse.

— Tudo em você diz que quando for sua vez de te apaixonar,


terá o momento mais difícil. Escolherá um milionário, inclusive
mais idiota do que eu era inclusive mais que Kastein.

Alyx levantou o queixo.

— Isso é o que você pensa.

Daria limpou a garganta.

— Muito bem, ponham fim a isto, meninos. Não queremos que


vocês dois percam o sono de novo em outra revanche interminável
de boxe via WiFi no Wii.

Vendo o olhar significativo de Daria sobre mim, também me


fiz um pouco de árbitro, acrescentando:

— E a vídeo chamada desta noite é completamente a respeito


de mim, não?

Logo que as palavras saíram, uma onda de depressão me


golpeou, e minha voz se apagou.

Esta chamada era sobre mim porque, francamente, estava no


limite. Era aterradora a maneira em que não podia deixar de
pensar nele e a forma em que não podia deixar de sofrer com cada
segundo que Constantijin não estava a meu lado.

— Yanna. — soou sóbrio Nik.

Arrumei-me para sorrir.

— Sim?

— A outra coisa de que estava falando, bom, não podemos


dirigir se mantiver como um segredo. É por isso que os homens
tomam amantes pobres. Provavelmente o fez sentir que estava
envergonhada...

— Envergonhada do que? Dele?

Assinalei a tela, a qual ainda estava em Constantijin já que


era uma cobertura de uma hora de duração de um show sobre as
melhores opções dos homens mais sexys do planeta. A televisão
mostrou uma foto dele em um evento de moda o inverno passado.
Seu cabelo dourado com reflexos acobreados estava um pouco
mais comprido do habitual, com uma tomada traseira de
Constantijin revelando como seus cachos caíam além de seu
cachecol branco como a neve. Sua maravilhosamente ajustada
gabardina negra fazia que seus ombros parecessem ainda mais
amplos do que eram e era um delicioso contraste com a sombra de
cor rosa de sua camisa e o cinza de suas calças.

Era incrivelmente formoso, e o fato de que tivesse sido meu —


mesmo brevemente — fazia que fosse difícil respirar.

— Sim, Yanna, ele poderia ter pensado isso. Kastein não é


perfeito, ninguém é. Todos temos nossos segredos. Enguiços.
Pontos fracos, e você poderia ser um deles.

Mordendo meu lábio, perguntei lentamente:

— Está dizendo que realmente deveria penetrar na


arrecadação de fundos?

Nik olhou a Daria e um sorriso apareceu imediatamente em


seu rosto.

— Eca — murmurou Alyx — Eles estão se comunicando em


silêncio.

Fazendo caso omisso disso, Daria me disse:

— Yanna, neném, este é um desses momentos em que deveria


ser feliz de ter um arrogante multimilionário como um de seus
amigos.

***
Não estou penetrando. Repeti as palavras em minha mente
uma e outra vez, mas não foram suficientes para dissipar a
ansiedade que apertava meu peito enquanto gaguejava meu nome.

O homem em um smoking deu a volta em algumas páginas.

— Correto. Ingresso, por favor?

Alguns outros convidados passaram diante de mim, enquanto


tirava o brilhante pedaço de papel que havia custado a Nik dois mil
dólares. Suponho que seu valor facial era muito mais alto que o
meu. Honestamente, o preço da entrada para a arrecadação de
fundos de Erik Kastein me assombrou. De fato, me deu vontade de
me retratar, mas Nik tinha ido comprar, dizendo que de todo o
modo era por uma boa causa.

O oficial de segurança escaneou meu ingresso antes de me


olhar com um sorriso respeitoso.

— Obrigado, Sra. Everleigh. Desfrute a noite.

Apertou um botão que tinham as portas de cristal tinto para


que se abrissem. Entrei e me encontrei em um estranho e
resplandecente mundo. Assim desta forma era como festejavam os
ricos e famosos.

Em minha mente, as arrecadações de fundo eram pouco


coloridas e aborrecidas ocasiões nas quais não deveria mostrar
seus dentes quando sorria. Mas esta arrecadação de fundos,
estava fora deste mundo, ou talvez os Kasteins realmente sabiam
como organizar uma boa festa.

O pai de Constantijin tinha reservado todo um museu para


sua arrecadação de fundos e o tinha transformado em uma espécie
de paraíso branco e negro. As paredes estavam cobertas de veludo
com listras brancas e negras, enquanto que o piso brilhava como
se fossem pérolas. Em um lado, a mesa de cristal negro do bufê
estava iluminada desde baixo, fazendo parecer como se as fileiras
de pires de coquetéis estivessem flutuando em muito ouro e ônix.
Em todas as partes a meu redor havia Kens e Barbies de
todas as formas e tamanhos. Poderiam ser do tamanho 1 a 10,
mas ainda pareciam perfeitos de uma maneira brilhante e de cera,
se tropeçasse com um deles, teria medo de fazê-los em pedacinhos.

Caminhei para frente, esticando o pescoço de vez em quando


com a esperança de vislumbrar a familiar cabeça com cabelo
dourado e acobreado.

Não estou penetrando, não estou penetrando, não estou...

Acidentalmente tropecei na borda do meu próprio vestido sem


alças de dois tons — criação que Daria tinha me enviado desde
Atenas — fazendo que tropeçasse com um garçom, que perdeu o
agarre de sua bandeja de taças de champanhe. As quais caíram no
piso e todos os olhos de repente estavam sobre nós.

Incluindo o olhar prateado que tinha estado me perseguindo


em meus sonhos.

Constantijin me olhou fixamente. Ia vestido todo de branco, o


qual deveria havê-lo feito parecer ridículo, mas não. Não o fazia.
Parecia perfeito. Nesse momento, dava-me conta do muito que
tinha sentido falta dele, e o muito que ainda sentia saudades. Ele
virou minha vida ao avesso com um só olhar, fez-me voltar para a
vida com uma só carícia...

E quando Constantijin se virou, rompeu meu coração de novo


em uma só instância. Um ofego silencioso me escapou. As pessoas
estavam rindo ao meu redor, e as olhadas silenciosas e insolentes
eram inclusive pior. Levantei uma mão, procurando sem ver algo
ao que me sustentar, mas a baixei de novo quando me dava conta
de que só seria capaz de agarrar ar.

Alguém de repente tomou minha mão.

Olhei para cima, e meus lábios se abriram em estado de


comoção. Esta tinha que ser a pior coincidência de toda minha
vida.

— Drake?
Um irônico sorriso familiar riscou seu rosto.

— Não soa muito feliz.

Minhas bochechas se incendiaram. Deus, que cadela era.


Drake Morrison teria sido um bom partido aos olhos de qualquer
outra mulher. Inclusive parecia mais lindo quando estava vestido
formalmente, e ainda não estava fazendo nada para esconder o
muito que, humm, desfrutava de minha companhia.

— Sinto Drake. Não quis dizer... — com um suspiro, confessei


— Só tem a melhor e a pior sincronização, Drake.

Seu sorriso se converteu em uma careta.

Por que Kastein continua te apanhando em minha



companhia?

Meus olhos se abriram.

— Como...? — empalideci — Eu mesma me delatei?

Ele negou.

—Relaxe, Yanna. Nenhum dos dois se delatou. Mas eu gosto


de você e devido a isso, vejo mais coisas do que outras pessoas
vêem.

— Não é o que pensa.

Ele levantou uma sobrancelha.

— Sério. Não estamos... Só estamos saindo.

— Não exclusivamente?

Pensando na última loira com a que o tinha visto na televisão,


respondi lentamente.

— Não.
Dizê-lo em voz alta doía e me fez procurar inconscientemente
Constantijin de novo, como se realmente tivesse que confirmar a
verdade do que estava dizendo com meus olhos. Tinha que vê-lo
com outra mulher, em pessoa. Se o fazia, talvez por fim pudesse
renunciar a ele.

Não tomou mais de um segundo encontrar Constantijin, como


se o destino só estivesse esperando para nos dar uma
oportunidade para que nossos olhares colidissem. Estava
elegantemente de pé sobre outro par de portas de cristal que
davam ao conservatório do museu.

Sabia que não era a única que o olhava. Havia muitos outros,
era um pressentimento que tinha. Mas Constantijin só tinha olhos
para mim.

Oh, Meu Deus.

As emoções cruas em seu olhar me fizeram recuperar o


fôlego, mas logo Constantijin se afastou de repente, com tal
brutalidade que quase pareceu grosseiro, nada como o
multimilionário mais sofisticado pelo que era conhecido.

Quando desapareceu através de outro conjunto de portas,


soube que tinha decidido afastar-se outra vez de mim, talvez para
sempre.

— Drake, sinto muito... tenho que ir. — engasguei inclusive


enquanto era incapaz de afastar meu olhar das portas que
Constantijin acabara de passar.

As lágrimas queimaram em meus olhos e fiz meu melhor


esforço para as piscar longe antes de que pudessem arruinar
minha máscara de cílios e terminasse parecendo com alguém que
acabava de escapar de um manicômio e a segurança tivesse que
me expulsar da festa.

Atrás de mim, Drake disse em voz baixa:

— Vá buscá-lo.
Isso me fez olhá-lo por cima do ombro com um sorriso
tremulo. Um dia, logo, realmente teria que lhe perguntar por que
parecia me conhecer tão bem, por que sempre parecia estar ali
para mim no momento e lugar adequado.

Mas não agora, não quando finalmente aceitei o que meu


subconsciente tinha sabido todo o tempo.

Meus pés começaram a mover-se, o peso em meu interior


dissipando-se com cada passo que dava para o homem cujo lindo
rosto ocultava uma grande quantidade de falhas de partir o
coração.

Esta vez seria diferente. Esta vez o cortejaria eu mesma se


tivesse que fazê-lo, porque para bem ou para mau, esta vez sabia
que estava apaixonada por ele.

... Continua

A última lição do “Como #Não ser seduzida por um


Bilionário” :
Peça a seu multimilionário que te corteje, e você obterá um
coração quebrado em troca.
Continua em ...
Como não ser seduzida por um Bilionário #3

Meu nome é Yanna Everleigh. Estava acostumada a pensar


que ser uma virgem estava fora de moda e seria suficiente para
manter longe os bonitos e sexys milionários — Bom, pelo menos do
tipo dos que não lhe namorariam. Mas estava enganada. Isso só
fazia que meu milionário me quisesse inclusive mais.

Seu nome é Constantijin Kastein. É quente e frio, arrogante e


cínico em um momento e malditamente doce no seguinte. Faz-me
esquecer de tudo sobre esperar um verdadeiro amor e ir
diretamente ao sexo quente. Mas também é o playboy nº 1 da
Holanda, e sou a dona do meu pior inimigo. Devo estar em vigia.

Talvez se eu lutar com força para conseguir e fingir que meu


coração não bate loucamente cada vez que o vejo — fingir que meu
corpo não fica fraco quando ele está perto — talvez finalmente ele
pare de tentar me seduzir.

Ou não.

Sobre A Autora
Marian Tee

Marian Tee é uma autora best-seller de tórridas comédias


românticas do New York Teme e de USA. É Filipino-China, viveu
toda sua vida em Filipinas, e é uma frustrada com os mangas. É
viciada nos filmes de horror, aos falidos bailes de hip hop, e adora
todas as coisas japonesas.

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