Você está na página 1de 40

2/6/2009

Introdução a Nutrição
Clínica manutenção da saúde
aliada a uma taxa normal de
crescimento

apoio às fases de maior


demanda
Maria Clorinda Soares Fioravanti
Prof.Adjunto
Prof. Adjunto do Departamento de contribuir para uma
Medicina Veterinária da Universidade
Federal de Goiás
performance de alta qualidade

(clorinda@vet.ufg.br)
Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda

Introdução a Nutrição Clínica

Pontos que dev em


ser considerados Saúde

Vitalidade
Conceitos fundamentais
Longevidade
Principais nutrientes

Vitaminas e minerais
Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda

1
2/6/2009

Alimentação
Ração ou Dieta
É o fornecimento de quantidades
adequadas de uma dieta, de forma palatável, Combinação de diferentes alimentos,
para alcançar um efeito desejado em um dado
animal fornecidos em um período de 24 horas, de
forma adequada e balanceada para o animal
Nutrição
É a ciência que estuda a utilização dos
nutrientes necessários para permitir o equilíbrio
metabólico e a utilização ótima da dieta
administrada
Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda

Alimento
É o produto ou substância que fornece os Alimentos
nutrientes, que combinados de forma racional,
suprem as necessidades dos animais Cereais e subprodutos

Carnes e vísceras
Nutriente
É um componente orgânico ou mineral dos Gorduras e óleos
alimentos que desempenha funções vitais no
organismo como predecessor ou co- co -fator de Vegetais
reações metabólicas essenciais para a
manutenção dos processos vitais Alimento industrializado = ração
Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda
Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda

2
2/6/2009

Água Umidade
Nutrientes
FDA e FDN
Carboidratos Carboidratos Extrativos não
nitrogenados
Proteínas
Gorduras Extrato etéreo
Lipídios
Proteína Proteína bruta
Vitaminas
Minerais Cinzas
Minerais
Vitaminas Muito pouco para
Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda
ser pesado

Outras substâncias
Compostos - água 1%

Inorgânicos - sais inorgânicos


Ac. Nucleícos
- proteínas 1% Água
Compostos - lipídios 75% - 85%
- carboidratos
Orgânicos - ácidos nucléicos Carboidratos
Proteínas
- vitaminas 1%
Lipídios 10% - 15%
2% - 3%
Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda

3
2/6/2009

Funções
4-5 8-10 12 Mais de 9
Nutriente
1 Semana
Semanas Semanas Semanas meses - Envolvida em quase todas as etapas da
n=16
n=7 n=6 n=2 n=22
Água % 78.8 74.3 70.9 67.3 61.7 hidrólise, oxidação e redução
Proteína % 14.0 15.8 19.9 18.9 19.5 - Regulação da temperatura
Gordura % 3.6 6.3 4.6 7.5 12.2
Cinzas % 2.5 2.7 4.6 4.5 4.9 - Lubrificação dos tecidos

- Meio líquido para os sistemas sangüíneos e


linfáticos

Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda

Depois do oxigênio é o mais importante


Fontes
elemento para a sobrevivência a curto prazo

- Ingestão de líquidos
- 84% do peso de
recém--nascido
recém
- Água ingerida com os alimentos
- 50% a 60% do peso
do adulto
- Água metabólica
- perda suportável
somente de 10% a 12% (metabolismo de carboidratos, proteínas e gorduras)
do peso corporal
Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda

4
2/6/2009

Perdas
2,5 gramas de água para cada grama de
- Urina
alimento seco
- Respiração

- Fezes
• Alimento desidr atado (90%
90% de matér ia seca) - é
- Perdas imperceptíveis pela pele sempr e seguido pela ingestão de água

- Saliva, secreções nasais e genitais • Alimentos enlatados (75%


75% de umidade) - pouca ou
nenhuma água adicional é ingerida
- Leite
Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda

O consumo é controlado por:


Relação quantitativa linear entre o
consumo do alimento e o consumo de - Sede
- Fome
água
- Atividade metabólica
- Trabalho
- Gestação
- Lactação
- Meio ambiente (umidade e temperatura)

Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda

5
2/6/2009

Conseqüências da Restrição de Água: Divididos em três grupos:


Curto Prazo ⌦ Monossacarídeos - açucares simples
diminuição do consumo de alimento (glicose, frutose e galactose)
limitação do ganho de peso
⌦ Di
Dissacarídeos
ssacarídeos - reunião de dois monossacarídeos
retardo no crescimento
(lactose, maltose e sacarose)
Longo Prazo
⌦ Poli
Polissacarídeos
ssacarídeos - açucares complexos
cálculos renais
depósitos minerais anormais (amido, glicogênio, dextrina e fibras)

Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda

Carboidratos / Glucídios / Glúcides / Glicídios / ⌦ Monossacarídeos - solúveis


Hidratos de Carbono / Açucares
⌦ Composição química = C, H, O - Frutose

em alguns = N ou S - Galactose
⌦ Função energética e plástica
- Manose
⌦ São nutrientes essencialmente vegetais
⌦ Necessidade depende do nível de proteína da dieta
Glicose
⌦ Custo da ração
Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda

6
2/6/2009

⌦ Polissacarídeos - insolúveis
⌦ Dissacarídeos - solúveis
Tipo de amido
• Sacarose = Glicose + Frutose
• Amilose
• Lactose = Glicose + Galactose
– Polímero de cadeia reta
• Maltose = Glicose + Glicose - α ligação
• Celobiose = Glicose + Glicose - β ligação
• Amilopectina
– Polímero de cadeia ramificada

Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda

⌦ Polissacarídeos - insolúveis ⌦ Mais Polissacarídeos - insolúveis

• Amido
• Glicogênio
– é formado por unidades repetidas do – Semelhante a amilopectina
dissacarídeo MALTOSE – Estocado em animais (pequenas quantidades)
– então ele é:
é:
• Celulose
GLICOSE

Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda

7
2/6/2009

⌦ Polissacarídeos - insolúveis Fibr as solúveis –> fer mentadas pelas bactérias –>
ácidos gr axos de cadeia curta
Fibras X Celulose
Fibr as não-solúveis –> não fer mentáveis –> melhoram
• Fibra é glicose conectada por ligações a contr atilidade das fibras musculares
alfa
Mistura de fibras –
• Celulose é glicose conectada por normaliza o tempo de
ligações beta
trânsito e o conteúdo de
água do bolo fecal
Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda

⌦ Polissacarídeos - insolúveis

Fibras dietéticas
•Carboidratos complexos, geralmente derivados de
plantas, que resistem a digestão pelas enzimas dos
mamíferos
•Fontes - parede celular de plantas ou vegetais,
frutas e cereais, além de outras camadas protetoras
de sementes
•Grupo diverso de substâncias, que incluem celulose
e outros carboidratos complexos como as fructanas
e oligossacar ídeo s
Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda

8
2/6/2009

⌦ Os pequenos animais são incapazes de


utilizar polissacarídeos como a celulose
Gata Vaca
⌦ Certos dissacarídeos podem não ser bem
tolerados Pr oteína % 6.3 - 8.6 4.7

⌦ A capacidade de digerir lactose depende do Lactose % 4 4.7


nível de atividade da β -galactosidase no intestino, Gor dur a % 5-9 3.8
que apesar de estar presente nos animais adultos,
é maior nos jovens Cálcio mg/L 1500 - 2000
Fer r o mg/L 3-6 >1
Ener gia kcal/L 850 - 1600

Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda

⌦ A intolerância a lactose, caracterizada por Deficiência


diarréia, pode ser vista em animais que recebem Não tem significado clínico para cães
subitamente quantidades de lactose superiores e gatos
a capacidade de digestão Excesso
Fatores que devem ser considerados
considerados:: Cães e gatos podem utilizar altos
- Predisposição individual níveis de carboidratos desde que:
- Manejo alimentar 1. Outros nutrientes estejam presentes
- Quantidade em quantidades apropriadas
2. Vegetais e cereais devem ser
cozidos ou tratados para permitir a
digestão do amido
Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda

9
2/6/2009

Lipídios
Principais grupos
⌦ Fisicamente são caracterizados pela
⌦ Glicerídeos - óleos e gorduras (simples)
insolubilidade em água e solubilidade em solventes
orgânicos, como o éter, o álcool e o clorofórmio ⌦ Cerídeos - ceras (simples)

⌦ Função energética e plástica, além de atuarem ⌦ Fosfolipídios - componentes das membranas


como hormônios celulares (compostos)

⌦ Ocorrem em abundância nas plantas e nos ⌦ Esteroídes - hormônios (derivados)


animais
Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda

Gordura mais importante da dieta - Glicerídeo


⌦ Fonte econômica de energia produtiva e de
São as m ais important es fontes d e ener gia,
ácidos graxos em rações para animais
especialmente os triglicerídios (óleos e gorduras)
monogástricos
Variam d e acordo co m o taman ho d a cad eia d e
carbono e com a presença de duplas ligações
⌦ Duas vezes mais energético que proteínas e
carboidratos Óleo - abundante em plantas

(80% a 90% de gordura insaturada)


1 g de lipídeo = 9 kcal de EM
Gordur a - abundant e nos anim ais, acu mulando-
mulando- se
1 g de carboidrato ou proteína = 4 kcal de EM principalmente em células adiposas

(50% a 60% de gordura insaturada)


Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda

10
2/6/2009

Ácidos Graxos Insaturados Essenciais O organismo tem necessidade de duas famílias


distintas:
São necessários em pequenas quantidades para
a manutenção da saúde normal e não podem ser Série N3 ou Ômega 3 - ácido α linolênico
sintetizados em quantidades suficientes no Função metabólica - integridade da membrana
celular, funcionamento do sistema nervoso e
organismo a partir de outros lipídios:
lipídios: indução da imunidade

- Linoleíco
Série N6 ou Ômega 6 - ácido linoleíco
- Linolênico Função metabólica - manter a integridade da pele e
dos pêlos
- Araquidônico
Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda

Ácidos Graxos Insaturados Essenciais


Série N3 ou Ômega 3 - ácido α
linolênico
Ácido Linoleíco
Sintetizado por algas
peixes e demais animais marinhos
Ácido Linolênico
Ácido Araquidônico
Série N6 ou Ômega 6 - ácido linoleíco
Ácido Linoleíco Sintetizado por plantas (milho,
açafrão, girassol, algodão, soja)

Ácido Linolênico animais terrestres

Ácido Araquidônico
Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda

11
2/6/2009

O tipo e a quantidade de gordura fornecida


influenciam:
Animais NÃO podem interconverter
⌦ Apetite e a ingestão de alimentos
N3 ⇔ N6
⌦ Necessidades de vitaminas, minerais e proteínas
⌦ Capacidade de realizar trabalho muscular
N3 e N6 - precursores dos eicosanoídes ⌦ Velocidade e eficiência de ganho e perda de peso
⌦ Estado da pelagem
(leucotrieno, tromboxano, prostaglândina,
prostaciclina) ⌦ Aparência física
⌦ Performance reprodutiva
⌦ Tipo de gordura depositada no organismo

Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda


⌦ Patologias orgânicas

N3 : N6 Deficiência de ácidos graxos essenciais

5:1 10 : 1 28 : 1 pode ocorrer em animais alimentados com

níveis de leucotrieno B4 dietas pobres em gordura ou de baixa

níveis de leucotrieno B5 (menos inflamatório) qualidade por longos períodos de tempo

Raramente animais desenvolvem deficiência


Dietas ricas em N3 - tratamento da atopia em associação a doenças hepáticas, doenças
biliares, pancreatite crônica ou problemas de
má absorção
Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda

12
2/6/2009

Sinais: Proteínas

Pelos ásperos e sem brilho ⌦ São formadas essencialmente por C, O, N e H, mas


Lipidose hepática podem apresentar enxofre

Anemia ⌦ São macromoléculas formadas pela junção de


Infertilidade várias moléculas menores, os aminoácidos, unidos
por ligações peptídicas em diferentes quantidades e
Alterações da pele - distúrbios na flora
seqüências
bacteriana – infecções secundárias - seborréia

Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda

Resulta em consumo Funções


excessivo de calorias. A
longo prazo pode levar a ⌦ Auxiliar reações químicas - enzimas
obesidade e/ou alterações
⌦ Proteção do organismo - anticorpos
no crescimento em
animais jovens ⌦ Atuar no metabolismo - hormônios (glucagon e
insulina)
Os animais geralmente comem para satisfazer
os requerimentos de energia, dietas com alta ⌦ Principal componente estrutural do organismo
gordura podem não estar balanceadas quanto
⌦ Fonte alternativa de energia
aos outros nutrientes essenciais
Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda

13
2/6/2009

Uso como fonte de energia


⌦ Apresentam grande diversidade
⌦ A medida que aumenta o nível de proteína da
⌦ A forma está relacionada com a função
dieta, a proporção de proteína que é oxidada e
usada como energia também aumenta ⌦ Pequeno número de aminoácidos - 20
⌦ Quando a energia da dieta é limitada, a ⌦ Os aminoácidos podem ser sintetizados pelo
proporção de proteína que é oxidada e usada organismo ou obtidos diretamente dos alimentos
como energia aumenta ainda mais
Aminoácidos essenciais
⌦ Muito cara para ser usada como fonte primária
de energia Aminoácidos não-
não-essenciais
Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda

Fatores que Afetam o s Requerimento s de


AA Essenciais AA Não-
Não- essenciais
Proteína
Arginina Alanina
Qualidade da proteína Histidina Asparagina
qualidade quantidade
Isoleucina Aspartato
Composição de aminoácidos da proteína Leucina Cisteína
melhor composição quantidade Lisina Glutamato
Metionina Glutamina
Digestibil idade da proteína
digestibilidade quantidade Fenilalanina Glicina
Triptofano Hidroxilisina
Densidade de energia da dieta Treonina Hidroxiprolina
energia quantidade Valina Prolina
Taurina (somente Serina
para gatos) Tirosina
Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda

14
2/6/2009

•Quantidades insuficientes na dieta ou pequena


quantidade de um aminoácido em particular
•Sinais
Sinais::
- Diminuição do crescimento
No organismo ocorrem incessantes
- Perda de peso
- Pelos ásperos e sem brilho reações químicas, produzindo ou consumindo
- Anorexia
energia. A energia é perdida sob a forma de
- Aumento da susceptibilidade a doenças
- Perda muscular e emaciação calor, movimentação ou produção
- Edema e morte
•Deficiência de um único aminoácido resulta em
anorexia e subseqüente balanço negativo do
nitrogênio Nutrição Clínica - Prof Maria Clorinda
a
Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda

Quantidades acima dos requerimentos não


Os animais apresentam duas
melhoram a musculatura, são convertidas a necessidades energéticas a serem
gordura e estocadas como tecido adiposo consideradas:

DE BASE manutenção do metabolismo


basal
Excesso de proteína na alimentação é fonte
VARIÁVEIS crescimento, reprodução,
relativamente ineficiente e cara de energia
lactação, trabalho e outras

Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda

15
2/6/2009

Fatores Ligados ao Necessidade Energética de Manutenção (NEM)


Fatores Externos Animal
•grau de atividade física •idade Aporte energético necessário para um animal
•fase do ciclo reprodutivo adulto, com atividade física reduzida, em
•condições climáticas
•estado de saúde
situação de conforto térmico

NEM = 2 X MB (kcal/dia) NEM = 1,4 X MB (kcal/dia)

100 X PV0,88 (kcal/dia) 70 X PV (kcal/dia)


Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda

Metabolismo Basal Fases de Maior Exigência Energética


1 - Crescimento
Energia utilizada pelo animal em jejum,
O aumento das necessidades energéticas é
descansado e em repouso – transformada particularmente importante após o desmame
em calor e liberada do organismo 1,2 a 3,6 X NEM

MB = 30 X PV + 70 (kcal/dia)

70 X PV0,75 (kcal/dia)

Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda

16
2/6/2009

Cão (X NEM) Gato (X NEM) Cão (X NEM) Gato (X NEM)

Nasc.. – 3 meses = 2,0


Nasc Nasc
Nasc.. – 10 semanas = 3,6 1a semana = 1,5 1a semana = 1,3

3 – 6 meses = 1,6 10 – 20 semanas = 1,9 2a semana = 2,0 2a semana = 1,4

6 – 12 meses = 1,2 20 – 30 semanas = 1,4 3a semana = 3,0 3a semana = 1,6

3 – 9 meses (gigante) = 1,6 33 – 40 semanas = 1,1 4a semana = 4,0 4a semana = 1,8

9 – 24 meses (gigante) = 1,2 > 4a semana = 1 + 0,25 X n. crias > 4a semana = 2,8

Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda

Fases de Maior Exigência Energética Fases de Maior Exigência Energética


2 - Lactação
3 - Gestação
As necessidad es energéticas são muito altas
1,0 a 1,4 X NEM
(fêmeas com ninhadas numerosas produzem
durante a lactação, mais de duas vezes o seu peso
próprio peso em leite )
até 4 X NEM

Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda

17
2/6/2009

Cão (X NEM)

Primeiras 6 semanas = 1,0 (X NEM)

Últimas 3 semanas = 1,3 1 hora / dia (leve) = 1,1

Gato (X NEM) 1 dia (leve) = 1,5

Primeiras 6 semanas = 1,0 1 dia (pesado) = 2,0 – 4,0

Últimas 3 semanas = 1,4

Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda

Fases de Maior Exigência Energética Fases de Maior Exigência Energética


4 – Enfermidades - Passado
4 - Trabalho
As necessidades dependem do tipo e da
1,1 a 4,0 X NEM severidade da enfermidade
0,5 a 2,0 X NEM

Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda

18
2/6/2009

Fases de Maior Exigência Energética


4 – Enfermidades - Atual Tipos de energia:
energia:

As necessidades dependem do tipo e da


severidade da enfermidade ⌦ Energia bruta - é a energia total do alimento
Idade X NEM Após sua ingestão, uma parte dessa energia é
perdida com as fezes e outra na urina

⌦ Energia metabolizável - é a quantidade de


energia retida pelo organismo para a cobertura
de suas diferentes necessidades

Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda

ENERGIA BRUTA (Energia total do alimento)


PROTEÍNA + LIPÍDIO + CARBOIDRATO
Nutrientes que fornecem energia
energia::
⌦ lipídios
ENERGIA FECAL
⌦ carboidratos (exceto as fibras) (Qualidade e quantidade das fibras do alimento)
⌦ proteínas ENERGIA DIGESTÍVEL

ENERGIA URINÁRIA
Medida da energia
energia:: ENERGIA METABOLIZÁVEL
⌦ a energia pode ser medida pela conversão em EM = EB - EF - EU
calor (bomba calorimétrica) ENERGIA CALÓRICA
GASTA NA DIGESTÃO
ENERGIA LÍQUIDA
Aproveitamento da energia
energia::
⌦ somente parte da energia é utilizada pelo PRODUÇÃO Ã
MANUTENÇÃO Ã
- Fertilidade - Metabolismo Básico
organismo (energia metabolizável) o restante é - Sist. Termorregulador
- Crescimento
perdido - Gestação - Sistema Imunológico
- Amamentação - Deslocamentos
Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda

19
2/6/2009

Grau de Importância das Deficiências e Excessos das


Vitaminas para a Saúde dos Cães e Gatos
Vitaminas Vitamina Deficiência Excesso

⌦ São substâncias orgânicas particulares, que Vitamina A


atuam como co co--fatores para muitas enzimas,
portanto são indispensáveis à maior parte dos Vitamina D
processos metabólicos
⌦ São necessárias em quantidades muito Vitamina E

pequenas (não representam fonte de energia)


Tiamina (B1)
⌦ Podem ser obtidas na alimentação ou pela
síntese orgânica (vitamina D, K, B 2 ou riboflavina,
ácido fólico e C) Cianocobalamina (B12)

Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda

Classificação
É essencial para visão, controle do crescimento
São classificadas de acordo com a solubilidade: ósseo e reprodução
⌦ Lipossolúveis - A D E K Está envolvida na regulação do crescimento
grandes quantidades estocadas celular e na diferenciação celular e é essencial
toxicidade
para a manutenção da integridade da pele
deficiência lenta

⌦ Hidrossolúveis - Complexo B C
pequenas quantidades estocadas
pouca ou nenhuma toxicidade
deficiência rápida
Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda

20
2/6/2009

⌦ Ocorrência ⌦ Características:
níveis vitamínicos normais
rara em cães e gatos
dermatite rebelde a tratamentos
ausência dos demais sinais clínicos
⌦ Diagnóstico raças que respondem à terapia
história alimentar

sinais clínicos

exames laboratoriais
- dosagem sérica de vitamina A
Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda

⌦ Tratamento

administração de dieta balanceada de boa ⌦ Tratamento


Tratamento::
qualidade
vitamina A oral 10.. 000 unidades
10
reposição oral 200 UI/kg diariamente
(adicionar a dieta balanceada que diariamente

contenha 5.000 a 10.000 UI / vitamina A / - dos sintomas 4 semanas


kg de matéria seca)
- cura 2 a 6 meses

Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda

21
2/6/2009

⌦ Pouco comuns Espondilose Cervical Deformante


⌦ Tratamento
controlam a absorção
correção da dieta (troca gradual)

administração de substância lipotróficas


utiliza formas ativas colina e metionina
(absorção não controlada)
⌦ Resultado
vísceras (fígado e rim) e óleos de peixe alterações esqueléticas remodelação normal
lesão da placa epifisária crescimento retardado
Espondilose cervical deformante
Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda

Sua principal função é regulação da


Espondilose Cervical Deformante concentração plasmática de cálcio e fósforo
⌦ Sinais Clínicos A forma ativa é produzida na pele do gatos sob
pelagem reduzida / letargia influência da luz UV
Os requerimentos dietéticos são difíceis de
r elutância em mover
mover--se / claudicação estabelecer em decorrência da interação com o
d or no pescoço à palpação consumo de cálcio e fósforo e da capacidade de
síntese orgânica
múltiplas exostoses (vértebras cervicais /
torácicas - membros anteriores)
ventro--flexão da cabeça
ventro
o lhar fixo - inabilidade em mover a cabeça
Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda

22
2/6/2009

Funciona como antioxidante e junto com o


⌦ Ocorrência selênio é importante para a manutenção da
integridade das membranas celulares prevenindo a
rara em cães e gatos peroxidação dos ácidos graxos polinsaturados da
membrana celular, conferindo proteção contra os
- administração crônica excessiva de efeitos adversos dos radicais livres e oxigênio
óleo mineral oral molecular

- concomitante com as carências ou


desequilíbrios de cálcio e fósforo

Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda

Os requerimentos dietéticos estão diretamente

⌦ Mais freqüente que as carências associados a quantidade consumida de ácidos


espécies acometidas - cães e gatos graxos

sinais clínicos A vitamina E e a C são


- desossificação assintomática
- níveis elevados de cálcio efeitos inter--relacionadas em
inter
em nervos periféricos e músculos
sua capacidade
- calcificação metastática
particularmente nos rins antioxidante
- osteoporose generalizada
Nutrição Clínica - Prof Maria Clorinda
a
Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda

23
2/6/2009

⌦ Pansteatite ou Doença da Gordura Amarela


⌦ Ocorrência
Tratamento
pouca importância clínica - eliminação do peixe da
alimentação
- degeneração dos músculos esqueléticos
- d ieta comercial bem balanceada e
- diminuição da performance reprodutiva de boa qualidade
- vitamina E (alfa
(alfa--tocoferol) oral
- degeneração da retina
10 a 25 UI ( 2 X dia - 5 a 7 dias)
- falhas na resposta imunológica - corticoterapia diminuir a
inflamação e reduzir a dor
Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda

Principal função é a manutenção dos níveis


⌦ Pansteatite ou Doença da Gordura Amarela
normais das proteínas sanguíneas de coagulação
gatos alimentados com peixes gordurosos
ou níveis marginais de vitamina E Deficiência dietética é rara em cães e gatos em
circunstâncias normais, pois a maioria ou todos
- anorexia / depressão / pirexia
os requerimento são supridos pela síntese
- hiperestesia do tórax e abdômen bacteriana intestinal
- alterações no comportamento e agilidade
Sua absorção no intestino ocorre na presença de
- pelagem diminuída e/ou áspera
sais biliares e outros lipídios, portanto a síndrome
- dor à palpação da gordura abdominal da má
má--absorção pode resultar em deficiência
- presença de depósitos de gordura
nodular ou granular
- febre / leucocitose com neutrofilia
Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda

24
2/6/2009

Ácidos Graxos

Glicose Ácido Pantotênico ⌦ Ocorrência


Tiamina ocorrência natural rara em cães e gatos
Glicólise Acetato presença de fatores anti
anti--tiamina (tiaminase)
Beta--oxidação
Beta

TCA Ciclo CO2 gatos são mais susceptíveis


NADH2 altos requerimentos na dieta
Niacina Transporte Elétron ATP
alguns peixes tiaminase
Piridoxina (B6) Riboflavina deficiência em 23 a 40 dias de
1/2 O 2 + 2 H+ >> 1 H2O
consumo de dietas compostas
Aminoácidos somente por peixe cru
Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda

É necessária para reações do metabolismo da


glicose e oxidação dos aminoácidos e ácidos ⌦ Sinais clínicos - predominantemente nervosos
graxos
início - anorexia / perda de peso / depressão
A deficiência no consumo acarreta severa redução
na capacidade das células em gerar energia progressão - ataxia / paresia / ataques convulsivos
Os requerimentos dietéticos são proporcionais ao
consumo de energia na dieta e ingestão de dietas final - severa fraqueza / prostração / morte
com muito carboidrato aumenta as necessidades de
tiamina

Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda

25
2/6/2009

⌦ Tratamento Sinais de deficiência são


raros em animais devido
eliminação do peixe cru da alimentação
a presença da vitamina
administração de dieta comercial em quantidades
tiamina intravenosa ou subcutânea 75 a adequadas nos ovos,
leite, carne e cereais
100 mg (2 X dia) - sinais nervosos
tiamina oral vários meses
Sinais da deficiência de riboflavina em diferentes espécies
Espécies Estágio Fisiológico Sinais da Deficiência
Gato adulto catarata, lipidose hepática
Cão todas as classes anorexia, lesão corneal
Humanos adulto dermatite em torno do nariz e boca

Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda

Precursora da coenzima, flavina Ácido nicotínico e nicotinamida atuam como


mononucleotídio (FMN) e flavina adenina fontes alimentares desta vitamina
dinucleotídio (FAD).
(FAD). As enzimas que necessitam As formas ativas são a nicotinamida adenina
de FMN ou FAD como cofatores são chamadas dinucleotídio (NAD+) e nicotinamida adenina
flavoproteínas dinucleotído fosfato (NADP+)
Várias flavoproteínas também apresentam íons
metálicos sendo chamadas metaloflavoproteínas As duas coenzimas estão envolvidas na glicólise
Ambas classes de enzimas são envolvidas em anaeróbica, na oxidação/síntese de ácidos graxos,
uma grande variedade de reações de redox TCA ciclo de reações e na síntese de hormônios
esteroídes e vários outros processos

Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda

26
2/6/2009

Vários monogástricos, exceto o gato, podem


sintetizar niacina a partir do aminoácido essencial Pantotenato é necessário para a síntese da
triptofano coenzima A (CoA
CoA)) e da ácido graxo sintetase
(ACP)
Gatos necessitam receber niacina pré-
pré-formada É componente essencial para a produção de
na dieta, pois esta vitamina tem papel central no energia a partir de carboidratos, gorduras e
metabolismo energético e seus requerimento são aminoácidos
calculados com base no consumo de energia Mais de 70 enzimas necessitam da CoA ou da
ACP para funcionarem

Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda

Sinais de deficiência são extremamente raros


devido a sua larga distribuição nos grãos,
Sinais de deficiência cereais, legumes e carne
são alterações da pele, O diagnóstico é difícil porque os sinais
lembram as demais deficiências de vitamina B e
lesões das mucosas
incluem anorexia, alopecia e espasticidade dos
da boca, língua e membros

estômago e sinais de
origem nervosa

Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda

27
2/6/2009

Piridoxal, piridoxamina e piridoxina são A deficiência está geralmente relacionada a


coletivamente conhecidos como vitamina B6 deficiência geral de todas as vitaminas do
complexo B
Os três componentes são eficientemente
convertidos na forma biologicamente ativa da A isoniazida e a penicilamina (usada no
vitamina B 6, o piridoxal fosfato tratamento da artrite reumatoíde e cistinúrias) são
drogas que se ligam ao piridoxal e ao piridoxal
É importante para mais de 1000 reações
fosfato, resultando em deficiência
enzimáticas e a maior parte destas reações
envolvem o metabolismo dos aminoácidos

D-P enicilamina

Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda

A deficiência está geralmente relacionada a


deficiência geral de todas as vitaminas do É necessária para enzimas que regulam a
complexo B
síntese de gordura e glicose
A isoniazida e a penicilamina (usada no
tratamento da artrite reumatoíde e cistinúrias) são É encontrada em numerosos alimentos e é
drogas que se ligam ao piridoxal e ao piridoxal
fosfato, resultando em deficiência produzida por bactérias intestinais

D-P enicilamina

Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda

28
2/6/2009

Deficiências geralmente aparecem após Duas reações com significado clínico que
terapias prolongadas com antibióticos que necessitam da vitamina B 12 como cofator:
cofator :
destroem a fauna intestinal ou após consumo
excessivo de ovo cru No catabolismo dos ácidos graxos – conversão
do propionil-
propionil -CoA
CoAem
em succinil
succinil--CoA
CoApara
para oxidação
A deficiência de biotina resulta em no ciclo do ácido tricarboxílico (TCA) ou de Krebs
diminuição na síntese protéica, resultando em
dermatite seca escamosa
A segunda reação é a
que catalisa a conversão
da homocisteina em
metionina pela metionina
sintetase
Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda

O fígado pode estocar grandes quantidades,


Cozimento portanto as deficiências são raras

Sintetizada exclusivamente por microrganismos

Fontes dietéticas incluem fígado, rim, coração e


Inativação de fatores inibidores da
atividade da tripsina absorção de alguns frutos do mar
proteínas mal digeridas

Inativa a avidina impede a


absorção intestinal de biotina
Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda

29
2/6/2009

⌦ Distúrbio hereditário de má absorção


⌦ Espécie acometida .⌦ Tratamento longo
Cães Schnauzer gigante administração regular de injeções
intra--musculares de vitamina B 12
intra - doses

baixas - 1 mg a cada 4 ou 5 meses


em outros casos são necessárias
doses semanais de 0, 5 mg uma vez por semana
Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda

Forma ativa da tetrahidrofolato (THF), que


⌦ Sinais clínicos carreira o chamado carbono
carbono--um do
metabolismo
crescimento retardado Carbono é central para a síntese das purinas
letargia / perda de peso e pirimidinas, para o catabolismo da histidina e
neutropenia / anemia não-
não-regenerativa para a regeneração da metionina à partir
homocistena usando o 5-metil
metil--THF e vitamina
resposta positiva à terapia de reposição da B 12
vitamina Fontes dietéticas incluem leveduras, vegetais
folhosos e fígado
testes de má absorção de outros nutrientes
normais

Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda

30
2/6/2009

⌦ Anemia não regenerativa e trombocitopenia = ⌦ Suplementação cálcio sérico - hipercalcemia


aplasia medular relativa
(pancitopenia tropical canina)
⌦ Hipercalcitoninismo alterações no esqueleto de
cães jovens
⌦ Anemia não regenerativa e trombocitopenia =
medula normal Superalimentação + Altas taxas de crescimento =
(alta celularidade - leucócitos, eritrócitos e Osteodistrofia Hipertrófica
plaquetas) Osteopetrose
deposição óssea na metáfise e periósteo
carência de ácido fólico e vitamina B12 reabsorção do osso
Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda

⌦ Sintetizada por cães e gatos Minerais


⌦ Os elementos inorgânicos encontrados nas células
⌦ Função formação do colágeno, podem ser puros ou estar ligados entre si formando
cicatrização da pele e remodelação óssea sais
⌦ Os elementos mais abundantes são o sódio,
⌦ Severo estresse (ou trauma) elevam os potássio, cloro, cálcio, magnésio, enxofre, fósforo e
requerimentos de vitamina C devida a rápida ferro
depleção nos estoques da adrenal ⌦ A presença dos sais minerais caracteriza a
alcalinidade e acidez de um meio
⌦ Exercem influência sobre a distribuição da água
entre as células e entre os compartimentos
intercelulares
Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda

31
2/6/2009

Funções Classificação
⌦ Macroelementos
⌦ ativam reações catalisadas por enzimas
São aqueles minerais que existem no
⌦ fornecem suporte para o esqueleto organismo em quantidades apreciáveis
⌦ auxiliam na transmissão nervosa e contração ( cálcio, fósforo, magnésio, enxofre e os eletrólitos
sódio, potássio e cloro)
muscular
⌦ componentes de certas enzimas transportadoras ⌦ Microelementos ou elementos traços
e hormônios Incluem um grande número de minerais que
estão presentes no organismo em quantidades
⌦ atuam no equilíbrio hidro-
hidro -eletrolítico muito pequenas

Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda

Grau de Importância das Deficiências e Excessos dos


Minerais para a Saúde dos Cães e Gatos

Sódio, Potássio, Cloro Mineral Deficiência Excesso


Iodo, I
Na, K, Cl
Cálcio
Hormônios tireóideos:
Cromo, Cr Balanço iônico da célula, controle da taxa de
metabolismo
Transmissão nervosa,
Magnésio
Ação da insulina, Contração muscular Ferro, Fe
entrada da glicose na
célula Transporte de oxigênio
Cobre
Magnésio, Mg Zinco, Zn,
Calcio, Ca Antioxidante Vitaminas C, E
Fósforo, P Transcrição
genética
Zinco
Síntese de tecido conjuntivo / osso

Zn, Vit. C, Cobre (Cu)


Potássio

32
2/6/2009

Inter -relação cálcio X fósforo


Inter- A adição de quantidades
Relação Ca : P alimentar excessivas de cálcio ou de
alimentos ricos em cálcio em
dietas balanceadas, podem
1,2 : 1 a 1,4 : 1 0,9 : 1 a 1,1 : 1 contribuir para o desenvolvimento
de desordens esqueléticas
Controle Homeostático
Essa prática também pode levar a
PTH - Ca e P sérico
deficiência clínica ou subclínica de
Vitamina D - Ca e P sérico zinco
Calcitonina - Ca e P sérico
Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda

JOVENS - Raquitismo Mesmo com o aumento


ADULTOS - Osteomalácia dos requerimentos, a
Hiperpatireoidismo Secundário Nutricional suplementação de cálcio
durante a gestação e
cálcio ou fósforo - liberação do paratormônio
lactação é, geralmente,
contra--indicada, pois
contra
Mais importante na clínica de cães
além de desnecessária,
- principalmente animais jovens de
não evita o aparecimento
rápido crescimento
da eclampsia
Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda

33
2/6/2009

⌦ Deficiência
⌦ Excesso
não é comum em cães e gatos
- doença primária de estocagem de cobre no
fígado, aparece em algumas raças de cães
⌦ Excesso
- trata
trata--se de um distúrbio hereditário que
a intoxicação é improvável pois a absorção é resulta no acúmulo de cobre no fígado e
controlada pela necessidade eventualmente lesão hepática

O excesso de magnésio na
dieta foi implicado, como
causa provável, na ocorrência
da síndrome urológica felina
Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda

⌦ Deficiência ⌦ Deficiência

resulta em anemia microcítica hipocrômica, como participa da síntese de proteínas, a


semelhante àquela observada na deficiência de deficiência de zinco está, geralmente, associada a
ferro.. Não é comum em cães e gatos
ferro crescimento retardado de animais jovens e
deficiências imunológicas
⌦ Excesso
⌦ Dermatoses responsivas ao zinco
disfunções que prejudiquem a passagem do
excesso de cobre do fígado para ser excretado algumas raças de cães apresentam uma
pela bile ou que dificultem de excreção da bile, alteração genética, que ocasiona anormalidades
podem resultar em acúmulo de cobre no fígado, na absorção e metabolismo do zinco, resultando
algumas vezes em níveis tóxicos - secundário a em aumento de requerimentos dos animais
hepatopatias afetados
Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda

34
2/6/2009

⌦ Dermatoses responsivas ao zinco A depleção crônica de


potássio parece ser uma
- Bulll terrier - Malamute do Alasca
alteração séria e
- Husky Siberiano - Dogue
Dogue--alemão
relativamente comum,
- Dobermann especialmente nos gatos
portadores de doença
renal
(20% a 30% de animais
com insuficiência renal
crônica apresentam
hipocalemia)
Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda

⌦ Deficiência
Devido a abundância de potássio nos
alimentos, a deficiência de origem alimentar é
muito difícil de acontecer em cães e gatos

Cães e gatos podem apresentar


depleção de potássio nos casos
de obstrução de piloro ou outra
doença que provoque alcalose
metabólica (vômitos), consumo
de diuréticos e doença hepática
crônica
Calminha, já está acabando.....

Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda

35
2/6/2009

Hoje as carências nutricionais A maioria dos alimentos dos pequenos


francas são raras animais são formulados para serem
nutricionalmente completos, de modo a
fornecerem quantidades adequadas de todos
Os problemas ocorrem com mais freqüência
os nutrientes requeridos pelos cães e gatos,
como resultado da
da::
que são definidos pelo NRC
Superalimentação
Suplementação excessiva
Exposição a substâncias inibitórias
Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda

Apesar dos produtos manufaturados serem


Os nutrientes não
alimentos completos, é possível que haja a
funcionam isoladamente,
produção de alimentos com alguma
uma interação entre os
deficiência::
deficiência
nutrientes essenciais é
necessária para o
1 - Inadequado ou incompleto conhecimento da
metabolismo celular normal
nutrição de pequenos animais

2 - Perda de estabilidade dos nutrientes no


Essas relações afetam a absorção de processamento e estocagem
nutrientes, o uso e a excreção
3 - Erro na formulação do alimento
Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda

36
2/6/2009

1 - Inadequado ou incompleto conhecimento da 1 - Inadequado ou incompleto conhecimento da


nutrição de pequenos animais nutrição de pequenos animais

A taurina é um nutriente essencial para Mais recentemente, observou


observou--se que a
gatos, entretanto sua essencialidade na dieta carnitina foi benéfica no tratamento da
dos gatos só foi bem conhecida a partir de
1975.. O NRC sugere para animais em
1975 cardiomiopatia dilatada (CMD) de certas famílias
crescimento 400 mg/kg e para animais em de cães.
cães. Esta observação aliada ao fato da
reprodução 500 mg/kg
mg/kg.. Entretanto estudos carnitina ser encontrada em baixas quantidades
recentes tem indicado que os requerimentos do nas plantas e nos grãos de cereais dá uma
NRC podem ser inadequados sensação de “déjà vu”

Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda

1 - Inadequado ou incompleto conhecimento da 2 - Perda de estabilidade dos nutrientes no


nutrição de pequenos animais processamento e estocagem

A L -carnitina é um nutriente não essencial


A composição e os vários métodos de
para animais domésticos
domésticos.. Este composto pode
ser biossintetizado por qualquer animal e processamento dos alimentos de cães e gatos
funciona como um carreador de ácidos graxos são muito exigentes e potencialmente
para a mitocôndria
mitocôndria.. Está diretamente envolvida destrutivos a certos tipos de nutrientes como as
com a oxidação dos ácidos graxos e o vitaminas.. Os níveis de vitaminas podem ser
vitaminas
metabolismo da energia
energia.. Estudos recentes tem
dramaticamente reduzidos devido a perdas no
indicado que a biossíntese da carnitina pode ser
limitada ou inadequada em certos animais processamento e estocagem

Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda

37
2/6/2009

2 - Perda de estabilidade dos nutrientes no


3 - Erros na formulação do alimento
processamento e estocagem

Os quadros de carências francas de Biodisponibilidade é a quantidade


vitaminas são raros em cães e gatos gatos.. relativa de nutriente disponível no alimento
Provavelmente o que mais ocorre são níveis sub
sub--
para o animal e que pode ser usada em
ótimos de vitaminas, que podem eventualmente
conduzir a sinais subclínicos de deficiência, que processos metabólicos
são muito mais difíceis de serem diagnosticados
nos animais

Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda

3 - Erros na formulação do alimento


3 - Erros na formulação do alimento
Os nutricionista podem também não levar em
Apesar do desenvolvimento das conta a adequação de certos nutrientes que
ciências da nutrição e da computação, normalmente não seriam considerados como
teoricamente é possível que um ou mais problemas na alimentação dos pequenos animais.
animais.
nutrientes possam estar deficientes em uma Os valores do NRC nem sempre são os mais
ração..
ração Poucas formulações indicam a adequados;; além disso, considerando-
adequados considerando -se a
biodisponibilidade em particular dos escassez de informações científicas na área de
nutrientes para o animal nutrição de pequenos animais, não é surpresa que
possam ocorrer erros na formulação dos alimentos
Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda

38
2/6/2009

Proporciona duas principais categorias de


Epidemiologia nutricional é uma área informações:
especial na qual dieta, nutrição e CAUSA: algum fator de uma dieta em
práticas de alimentação são particular causou esse problema de saúde
direcionadas e relacionadas com a específico?

causa, tratamento ou prevenção de TRATAMENTO: alguma modificação ou


doenças suplementação na dieta pode ser usada
como um tratamento efetivo para este
problema de saúde?
Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda

3 Mecanismos:
O conhecimento da causa da doença pode
1 - Deficiência dietética de nutrientes específicos
fornecer os mecanismos de controle ou deficiência de taurina
prevenção
2 - Excesso d e alim entos (sup er alim entação) ou de
um elemento em particular
Tratamento por meio de modificações da obesidade
doenças metabólicas do esqueleto de cães jovens
dieta pode melhorar a qualidade de vida, doença do trato urinário dos gatos
impedir a progressão da doença ou
aumentar a taxa de recuperação ou ainda 3 - Fator es d e man ejo r elacionados a dieta
(freqüência e tipo de alimento)
promover a cura doença do trato urinário

Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda Nutrição Clínica - Prof a Maria Clorinda

39
2/6/2009

Finalmente: acabou.....

40

Você também pode gostar