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Global Street Design Guide PT
Global Street Design Guide PT
Global de
Desenho de
Ruas
Guia Global de
Desenho de Ruas
Guia
Global de
Desenho
de Ruas
Global
Designing
Cities
Initiative
Global
Designing
Cities
Initiative
Danny Pleasant
Tesoureiro da NACTO
Diretor de Transportes da Cidade de Charlotte
Crissy Fanganello
Secretária da NACTO
Diretora de Transportes de Obras Públicas
da Cidade e Condado de Denver
Robin Hutcheson
Membro representante afiliado da NACTO
Diretor de Transportes da Cidade de Salt Lake
2.1 O processo de configuração das ruas 20 6.1 Uma variedade de usuários de ruas 68
2.2 Alinhando com as agendas de cidades e regiões 22 6.2 Comparando os usuários de ruas 70
2.3 Envolvendo os parceiros corretos 24
6.3 Desenhando para pedestres 72
2.4 Estabelecendo uma visão de projeto 26
6.3.1 Visão geral 72
2.5 Comunicação e engajamento 28
Velocidade 72
2.6 Custos e orçamentos 30
Variações 73
2.7 Definindo fases e estratégias intermediárias 32
6.3.2 Redes de pedestres 74
2.8 Coordenação e gerenciamento de projeto 34
6.3.3 Ferramentas para pedestres 76
2.9 Implantação e materiais 36
6.3.4 Calçadas 78
2.10 Gerenciamento 38
Tipos de calçadas 79
2.11 Manutenção 39
Geometria 80
2.12 Institucionalizando mudanças 40
Recomendações de desenho 82
6.3.5 Travessias de pedestres 84
3 Medindo e avaliando ruas 43 Recomendações de desenho 84
Tipos de travessias 86
3.1 Como medir ruas 44
6.3.6 Refúgios para pedestres 88
3.2 Quadro-resumo 46
6.3.7 Extensões de calçadas 89
3.3 Medindo a rua 48
6.3.8 Acessibilidade universal 90
6.3.9 Sistemas de sinalização orientativa 91
XI
Financiado por
Michel Bloomberg,
Fundador da Bloomberg Philanthropies
Ex-prefeito da cidade de Nova York
XIII
Prefácio
Janette Sadik-Khan,
Diretora da Bloomberg Philanthropies
Presidente da Global Designing Cities Initiative
Ex-Comissária da Cidade de Nova York
Departamento de Transportes
XV
Priorizando as pessoas no desenho de ruas
1. Pedestres
2. Ciclistas e
passageiros de
transporte coletivo
3. Comerciantes e
fornecedores de
serviços urbanos
4. Pessoas em automóveis
particulares
X VII
Ruas ao redor do mundo
As cidades têm crescido rapidamente e suas ruas estão As decisões sobre meios de transporte tomadas hoje impactarão
mudando. Ao redor do mundo, os investimentos locais em o desenvolvimento de cidades, a saúde e a segurança de seus
vias expressas e expansões estão sendo transferidos para o moradores, sua equidade e estabilidade social, a qualidade de
transporte coletivo e as cidades, e o papel do desenho é alterar a seu ar, de sua água e a emissão de carbono por décadas futuras.
Cidades em rápido crescimento têm a oportunidade de evitar
prática da construção de grandes vias para a criação de ruas que
os erros do uso voltado a vias expressas no século XX – equívocos
favoreçam espaços de qualidade. A maior parte da população cada vez mais reconhecidos em países que já investiram
mundial vive em cidades, e a grande maioria se locomove a pé, pesadamente em vias expressas à custa de cidades sustentáveis
em bicicleta ou em transporte coletivo – mas grande parte e habitáveis. Não há lugar neste novo mundo para a ideia de
dos espaços públicos das cidades é atualmente designada aos que o progresso esteja associado ao uso crescente de carros e
carros. Esse desequilíbrio cada dia mais visível está mudando investimento em infraestrutura para veículos privados.
a forma como as cidades são planejadas. As ruas precisam ser Essa crença é a base do conceito segundo o qual apenas carros
desenhadas para equilibrar melhor as necessidades de mais devem ser acomodados pelas ruas, e que pessoas não pertencem
pessoas. ao espaço público.
16
15 13
42
15
14 47 12
11 26 29
30
25
23
24 2 45
7
33
34
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30
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18
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1 16
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4 10
9 5
42
41
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10
9
28
26
28
11 36
37
Uma nova abordagem para o desenho As ruas são catalisadores para a transformação urbana. O Guia
de ruas, baseada em pessoas e lugares, global de desenho de ruas apresenta as técnicas e estratégias
atualmente exploradas pelos principais urbanistas e engenheiros
demonstra a transformação possível do mundo.
de ruas existentes em ótimos espaços O guia se baseia no princípio de que as ruas são espaços
públicos para pessoas tanto quanto corredores para locomoção,
urbanos. demarcando uma mudança de classificação funcional de
ruas categorizadas apenas de acordo com sua capacidade
de circulação de tráfego e oferta de acesso veicular. Em vez
disso, ele adota uma abordagem baseada no contexto local,
nas necessidades de múltiplos usuários e em metas sociais,
econômicas e ambientais mais amplas.
Desenho de ruas
Impacto
As vias urbanas devem atender
às demandas de mais pessoas do
que atendem hoje. Elas devem
ser desenhadas para vencer a
infinidade de desafios que as cidades
enfrentarão nos próximos anos,
contribuindo para os objetivos
urbanos e resultados desejados nas
seguintes áreas:
• Saúde e segurança pública
• Qualidade de vida
• Sustentabilidade ambiental
• Sustentabilidade econômica
• Equidade social
A B C
Ruas Orientações para o Transformações das ruas
desenho de ruas
Capítulos 1 a 3 Capítulos 4 a 9 Capítulos 10 e 11
Entenda por que as ruas importam, Reconheça a importância de considerar Identifique reconfigurações possíveis
aprenda sobre os processos envolvidos o contexto e a cultura no desenho para uma variedade de tipos de ruas e
na formação e implantação de grandes de ruas para lugares. Identifique os cruzamentos e aprenda com os estudos
projetos de ruas, visualize o que é possível diferentes grupos de pessoas que de caso sobre como outras cidades
fazer e identifique o que avaliar para utilizam a rua e use as estratégias de transformaram suas ruas.
gerar suporte comunitário e político para desenho apresentadas para atender
projetos futuros. às suas necessidades. Use o capítulo
8, “Estratégias operacionais e de
gerenciamento”, para auxiliar a gestão
do espaço da rua ao longo do tempo e o
capítulo 9, “Controles de projeto”, para
estabelecer ativamente os parâmetros
para grandes desenhos de ruas futuros.
Pedestres
Ciclistas
Motoristas
Passageiros de
transporte coletivo
Conversão de medidas
Ver Apêndice A: Tabela de conversão para
Operadores de carga e encontrar um conjunto completo de
fornecedores de serviços conversões para as principais dimensões
dentre as várias unidades de medida
utilizadas neste guia, tais como:
• Distância (1 m = 3,3 pés)
Comerciantes • Velocidade (1 km/h = 0,62 m/h)
3
Definindo Ruas
O que é uma Rua
Via
Qualidade de Vida
Sustentabilidade Ambiental
Sustentabilidade Econômica
Equidade Social
Árvores e vegetação
têm demonstrado
reduzir ruídos
Um estudo na urbanos entre 3 e 5 De acordo com um
Nigéria avaliou decibéis.12 estudo de 2002, o
que árvores transporte público
perenes e de produz 95% menos
folhas largas monóxido de
podem reduzir carbono do que os
temperaturas em carros.13
até 12º C.11
Carros e caminhões
respondem por cerca de
40% de toda a emissão
Estima-se que vielas
de CO2 ao redor do
ou ruas verdes,
planeta. Espera-se que
tambores de chuva e
o consumo de energia
plantação de árvores
para transportes terá
sejam de 3 a 6 vezes
dobrado até 2050.
mais eficazes em gerir
águas pluviais a cada
UDS 1.000 investidos
do que métodos
convencionais.
A Cidade de Nova
York tem relatado economia
Em Houston, Texas, as anual em energia elétrica
árvores fornecem USD de cerca de 81% ao longo
1,3 bilhão em água de de um período de 10 anos
chuva (com base em ao substituir todas as
USD 0,66/pé cúbico de Observar a natureza lâmpadas de iluminação
armazenamento)15 levou a 23 dias a pública por LEDs.
menos de doenças
entre trabalhadores
e melhorou o bem
estar de maneira
geral.14
100%
30 km/h
RISCO DE MORTE DO PEDESTRE
80%
0 5m
VELOCIDADE
60%
40 km/h
40%
0 18 m
20%
50 km/h
0%
0 10 20 30 40 50 60 70 80
0 25 m
VELOCIDADE DE IMPACTO (km/h) DISTÂNCIA DE PARADA
Relação entre velocidade de impacto e risco de morte do pedestre. Relação entre velocidade e distância de parada. O gráfico acima aponta
Diversos estudos recentes (Pasanen, 1993, DETR 1998, Rosen e Sanders as distâncias de parada mínimas, incluindo percepção, reação e tempo
2009 e Tefft 2011) mostram a existência de relação clara entre velocidade de frenagem. São baseadas em condições de pista seca e visibilidade
de veículos e óbitos de pedestres, reforçando a ideia de que velocidades perfeita.21
acima de 40 km/h não deveriam ser permitidas em ruas urbanas. No
entanto, muitos desses estudos foram conduzidos em países de alta
renda e existem razões para acreditar que esta relação deve ser ainda
mais grave em países de baixa e média renda.20
Saúde Humana
A Organização Mundial da Saúde (OMS)
define saúde como um estado de
completo bem-estar físico, mental e
social (e não a mera ausência de doença).
As ruas urbanas fornecem a base
para experiências cotidianas e devem,
portanto, ser desenhadas para favorecer
a saúde humana e o bem-estar de todas
as pessoas.
Experiência Humana
A experiência humana em bairros
e cidades é moldada pelas ruas. A
facilidade com que as pessoas se
locomovem de um lugar a outro, acessam
serviços, aproveitam seus arredores e
se sentem seguras impacta sua saúde
mental e seu conforto.
Calçada
8.000–9.000/hora
A capacidade de ruas orientadas para carros e de ruas multimodais. Na rua multimodal, a capacidade da rua é aumentada por uma
Estes dois diagramas ilustram a capacidade potencial do mesmo espaço distribuição mais equilibrada de espaço entre os meios. Esta
de rua quando desenhado de duas maneiras diferentes. No primeiro redistribuição de espaço permite uma variedade de atividades não
exemplo, a maior parte do espaço é alocada a automóveis particulares, móveis, tais como áreas de estar e descanso e paradas de ônibus, assim
tanto em movimento quanto estacionados. As calçadas acomodam como árvores, plantios e outras estratégias de infraestrutura verde. As
postes de serviços e de iluminação e mobiliário urbano que estreitam a figuras mostram a capacidade de uma faixa de 3m de largura ocupadas
faixa livre para menos de 3m, reduzindo sua capacidade. por diferentes meios em condições de pico com operações normais.
Capacidade por Hora de uma Rua Orientada para Carros Capacidade por Hora de uma Rua Multimodal
4.500/h x2 9.000 pessoas/h
8.000/h x2 16.000 pessoas/h
1.100/h x3 3.300 pessoas/h 7.000/h x1 7.000 pessoas/h
0 x2 0 pessoas/h
6.000/h x1 6.000 pessoas/h
1.100/h x1 1.100 pessoas/h
0 x1 0 pessoas
Existente
60 km/h
Remodelação
40 km/h
Melbourne, Austrália
19
Configurando ruas
O processo de configuração das ruas
Analise o local
Implementação do projeto
Envolva todos os parceiros
Planejamento e desenho
Construa o projeto
Avalie os impactos
Atualize as políticas
Projetos para ruas sustentáveis e Cidades e regiões podem ter documentos que estabelecem
prioridades e agendas de grande escala, direcionando e guiando
mobilidade devem demonstrar como ações como elas almejam crescer, desenvolver-se ou mudar ao longo
locais podem favorecer e aprimorar metas do tempo. Esses documentos podem ser prescritivos ou ter um
papel de orientação, identificando metas de longo prazo.
da cidade e região. As ruas constituem a maior porcentagem de espaço público
na cidade, devendo ser organizadas para melhor servir à sua
população. Assegure que os governos locais e regionais integrem
desenhos de ruas sustentáveis para além de suas políticas
de transportes e em seus objetivos de desenvolvimento mais
amplos.
Fatores socioeconômicos
Autoridades regionais e nacionais Comunidades com grandes proporções de pessoas
Interaja com os agentes que estabelecem metas e prioridades desfavorecidas, como as de baixa renda, com altos índices de
baseadas em interesses de grande escala. Eles são capazes desemprego e baixos níveis educacionais.
de manter em mente um cenário mais amplo e enxergar limites
políticos do passado para estabelecer prioridades em diferentes Segurança viária
escalas, do transporte regional e nacional à sustentabilidade Locais com mais registros de fatalidades e acidentes de trânsito.
ambiental e justiça social.
Saúde pública
Profissionais do setor privado e pesquisadores Áreas com alta incidência de doenças respiratórias, cardiovasculares
Associe-se a profissionais do setor privado como planejadores e males crônicos. Áreas que sejam particularmente poluídas ou
de transporte, urbanistas, arquitetos e engenheiros que possam próximas a zonas de indústria pesada.
compartilhar sua expertise e conhecimento prático sobre
ruas sustentáveis inovadoras. Colabore com acadêmicos e Acesso e mobilidade
pesquisadores para trazer as boas práticas e processos mundiais Áreas com acesso deficiente de transporte coletivo e falhas na
à discussão. infraestrutura para pedestres e ciclistas. Áreas com longos tempos
de deslocamento entre residência e local de trabalho ou estudo, e
Sociedade civil organizada altas taxas de automóveis particulares e com menor demanda por
Identifique grupos organizados de cidadãos, organizações sem opções de caminhada, ciclismo ou transporte coletivo.
fins lucrativos ou associações focadas em interesses específicos
que possam oferecer expertise e suporte importantes a causas e Destinos
usuários específicos. Áreas-chave, como escolas, hospitais, mercados, espaços abertos,
corredores comerciais e terminais de transporte coletivo.
Comunidades locais
Envolva os cidadãos para se informar a respeito de suas Vulnerabilidade ambiental
expectativas e preocupações, e adquirir conhecimento local Em alguns casos, o investimento é destinado a áreas particularmente
essencial sobre ruas específicas. Moradores e grupos informais vulneráveis a riscos e desastres naturais, como inundações costeiras,
devem participar do esforço para a conquista de ruas sustentáveis. alagamentos, liquefação do solo e deslizamentos.
As ruas são configuradas por diversos Os múltiplos níveis de governos nacionais, subnacionais,
regionais ou locais, os profissionais técnicos, o público em geral
públicos, que variam conforme os e outros participantes têm, cada um, diferentes interesses.
limites jurisdicionais são cruzados ou as Entenda e reconheça o papel de cada parceiro – formal ou
informal – para permitir um processo transparente e ajudar
lideranças políticas se alteram. Descubra a reduzir a fragmentação profissional. Valorize diversas
quem está envolvido em seu contexto contribuições para reunir perspectivas locais e expertise técnica
e ofereça encontros regulares para que os diálogos intersetoriais
local, defina responsabilidades e assegure favoreçam a sustentabilidade e a retenção de conhecimento de
que o desenho de ruas priorize opções boas práticas em longo prazo.
de mobilidade sustentáveis e ativas que A lista a seguir oferece uma noção de algumas das pessoas,
grupos e entidades cujos diversos interesses e esforços devem
coloquem as pessoas em primeiro lugar. ser alinhados para moldar ruas vibrantes, atrativas, seguras e
funcionais.
Variáveis de custo
A Comissão para Segurança Viária Global
(Commission for Global Road Safety) Assegure que as seguintes variáveis sejam consideradas no início
de cada projeto de ruas:
recomenda que 10% dos custos totais de
projeto sejam destinados à segurança, Materiais
Os custos de materiais variarão com base em disponibilidade
inclusive de infraestrutura de transporte local, localização e transporte. Unidades modulares instaladas
não motorizado (NMT – Non-Motorized no local podem ser mais econômicas.
Transportation). 1
Mão de obra
A viabilidade e disponibilidade de mão de obra variam bastante
Os custos para construção de ruas ótimas são completamente entre os diversos países e regiões.
distintos para países diferentes e dependem de uma série de
variáveis. A escala de uma rua é um determinante básico dos Tecnologia
custos globais, uma vez que ruas largas que percorrem longas Semáforos e câmeras de fiscalização têm custos proibitivos
distâncias custam mais que as de perfis estreitos. É também em alguns locais, e os custos de reparo e manutenção contínua
fundamental para o planejamento de longo prazo considerar o podem permitir que sejam instalados, mas não utilizados. Não
equilíbrio global entre o capital inicial e os custos de ciclo de vida há disponibilidade de fontes de energia confiáveis em todos os
da rua, que incluem operação, manutenção, reparos e reposições. lugares, o que torna necessário o uso de sistemas auxiliares de
Investir desde o início em projeto e materiais de qualidade energia renovável, e isso pode aumentar os custos.
proporcionará economia durante seu ciclo de vida.
Considere orçamentos e cronogramas locais, múltiplas fontes Duração
de financiamento e alinhamento dos projetos com as novas A duração do projeto e da obra podem impactar os custos
iniciativas para ruas sustentáveis sempre que possível. globais, influenciando em custos de mão de obra, aluguel de
equipamentos ou perda de renda para os estabelecimentos
adjacentes. Projetos de grande capital também são afetados por
taxas de inflação.
Clima
Alguns tipos de clima demandam materiais de construção
específicos que resistam ao calor ou frio extremo, impactando
nos custos globais. Locais de climas extremos devem ainda
considerar custos adicionais para manutenção em seus
orçamentos periódicos.
Cadeiras móveis e mesa retomam Balizadores flexíveis delineiam Parklet instalado para proporcionar Vasos de plantas e tinta utilizados
o espaço para pedestres em um uma ciclovia temporária. espaço adicional para pedestres. para criar uma praça temporária.
estacionamento.
2.10 | Gerenciamento
2.11 | Manutenção
A manutenção contínua da rua pode melhorar evitar danos à rua. As decisões de recapeamento e reconstrução
precisam ser levadas em consideração para minimizar custos
significativamente o ciclo de vida útil da recorrentes gerados por manutenções extras. Compreenda o ciclo
infraestrutura. Conserve proativamente de vida dos materiais e elementos e agende apropriadamente as
manutenções e substituições oportunas.
uma rua para evitar que problemas crônicos
se desenvolvam a ponto de se tornar Limpeza de rua
degradações mais graves. A limpeza frequente mantém as ruas e os espaços públicos em condições
seguras e de asseio. Esse processo mantém um olhar constante
Conserve uma rua com limpeza e varrição regulares e reparo sobre a rua e ajuda a identificar os problemas com antecedência.
permanente e semipermanente de superfícies fissuradas e
com buracos em calçadas e leitos viários; faça recapeamento,
Gestão local
substituição de elementos de rua danificados e reparo de serviços
públicos. Envolva os participantes locais. As pessoas têm orgulho de seus
Garanta que os custos de manutenção contínua sejam previstos ambientes, e oferecer-lhes uma rua de fácil manutenção as
com precisão nos custos iniciais de projeto. Aprenda com ajuda a cuidar dela. A gestão e a apropriação locais por meio de
experiências anteriores e entre em contato com instituições de manutenção diária como limpeza, rega de árvores e desobstrução
outras cidades para se orientar sobre opções de materiais e boas de sarjetas podem contribuir bastante para favorecer os
práticas de manutenção. procedimentos de manutenção mais formais.
Muitos lugares terão dificuldades em prover manutenção
apropriada por conta da falta de fundos, equipamentos ou mão
de obra especializada, além dos desafios relacionados ao clima. Engajamento dos parceiros
É fundamental identificar qual combinação de recursos pode ser Instrua as partes responsáveis, como entidades locais, parceiros
utilizada com mais eficácia para cada contexto local. privados e comunidades adjacentes, a respeito dos benefícios da
O bom desenho torna a manutenção mais fácil. Ao planejar a manutenção e de seus papéis na configuração das ruas.
manutenção de ruas, considere as estratégias a seguir.
Manutenção ao longo do tempo
Prevenção Efetue análises de custo de ciclo de vida de curto e longo prazo
A prevenção é um aspecto fundamental da manutenção e do para ajudar a gerar manutenção contínua em outros orçamentos.
gerenciamento de ruas, e inclui pesquisas, inspeções, manutenção As condições e o uso da rua podem mudar ao longo do tempo, e
preventiva e gestão de serviços públicos. Inspeções e avaliações projetar ruas que se adaptem a diferentes usos é essencial para
regulares podem ajudar a identificar oportunamente os elementos a sustentabilidade em longo prazo. Isso pode envolver ainda
que precisem de manutenção. A gestão de serviços públicos substituições ou transformação de instalações temporárias em
refere-se à manutenção de serviços subterrâneos, a fim de permanentes.
43
Medindo e avaliando ruas
Como medir ruas
Copenhagen, Dinamarca: contadores de bicicletas na ponte Nørrebrogade registram o número de ciclistas por dia
e ano em uma cidade onde 45% de todos os trajetos para locais de trabalho ou estudo são feitos em bicicleta.
foram realizadas.
• Coleta automatizada de dados por
meio de dispositivos como filmagem
Durante
automatizada de tráfego.
Antes
Depois
Fotografias do tipo antes e depois são úteis
para lembrar às pessoas o que é possível.
Certifique-se de que as vistas tenham
correspondência precisa e enquadre-as de
forma a se concentrar na área de interesse.
3.2 | Quadro-resumo
Implementação
Implementação
Implementação
Fotografias e vídeos de Local do projeto e entorno imediato. • Comprimento e largura das calçadas
antes e depois novas e melhoradas.
• Prolongamento de ciclovias.
Mantenha a coerência em relação aos • Prolongamento de faixas exclusivas de
locais dimensionados. transporte coletivo.
• Ampliação do tempo de semáforo para
Plantas e seções de travessia de pedestres.
antes e depois • Quantidade de árvores adicionais
plantadas.
• Porcentagem de moradores satisfeitos
com as instalações ou condições
específicas.
Pesquisas qualitativas
sobre infraestrutura
Fotografias e vídeos de Local do projeto, redes conectadas e • Alteração de divisão modal e contagem
antes e depois vizinhança próxima. de usuários.
• Atividades não móveis novas ou
Mantenha a coerência em relação aos alteradas.
locais dimensionados. • Mudança na velocidade média dos
veículos.
Contagens e observações • Preferências dos usuários.
de campo • Volume de água tratada ou infiltrada.
Notas das locações
Análises quantitativas
Pesquisas qualitativas
Análises quantitativas Escala de projeto, bairro, malha e cidade. • Segurança da pista (mortos ou
gravemente feridos = KSI – killed or
seriously injured / fatalidades e lesões
Escolha escalas relevantes para métricas por local).
específicas. • Taxas de doenças respiratórias e
crônicas.
Pesquisas qualitativas • Qualidade do ar.
• Emissão total de CO2 por veículos.
• Volumes de água desviados do sistema
da cidade.
• Valores imobiliários.
Análises comparativas de • Porcentagem de população com acesso
resultados de censos a transportes coletivos.
• Percepção de qualidade de vida.
Análises ambientais
Impactos resultantes
Segurança Saúde humana Ambiente Qualidade de vida
• Número de acidentes por • Porcentagem de pessoas • Níveis de partículas em • Quantidade de pessoas que
ano que caminham ou pedalam suspensão vivem perto de instalações
• Distribuição dos acidentes com frequência diária • Níveis de ruído por tráfego de bicicletas ou transporte
por meio de transporte, • Porcentagem da população de caminhões e automóveis coletivo
usuário, tipo, localização e com depressão • Índices de drenagem após • Tempos totais de viagem por
período do dia • Porcentagem da população chuvas fortes meio de transporte e usuário
• Taxas de criminalidade por com doenças respiratórias • Temperaturas médias • Número de empregos e
tipo, localização e período • Quantidade de espécimes acesso a eles
do dia vegetais • Nível de satisfação com as
condições da rua local
Amsterdã, Holanda
53
Desenhando ruas para cidades ótimas
Princípios-chave de desenho
57
Desenhando ruas para lugares
Definindo lugar
Desenhe ruas para estimular os usos dos Desenhe ruas que favoreçam a extensão Amplie o espaço para pedestres e
edifícios adjacentes. Forneça faixas livres visual dos pisos térreos para o espaço acrescente mobiliário urbano de apoio
para circulação, espaço para mobiliário público, acrescentando vida e interesse à próximo a entradas movimentadas, mas
urbano e designe áreas para que os usos rua. Proporcione áreas ajardinadas, obras não em seu caminho. Promova entradas
dos pisos térreos estendam-se para as de arte e outros elementos envolventes frequentes e ativas e assegure faixas
ruas em locais estratégicos. que reduzam o impacto negativo de livres apropriadas para acomodar os
fachadas cegas ou recuos inativos de volumes de pedestres.
edifícios.
Paris, França
67
Desenhando ruas para pessoas
Uma variedade de usuários de ruas
Pedestres incluem pessoas de todas Ciclistas incluem pessoas que utilizam Passageiros de transporte coletivo são
as habilidades e idades que se sentam, bicicletas, ciclo-riquixás e bicicletas os usuários de meios como trens, ônibus
caminham, fazem uma pausa e de carga. As instalações devem ser ou veículos coletivos pequenos. Esse
descansam nas ruas urbanas. Desenhar seguras, diretas, intuitivas, claramente meio de transporte sustentável aumenta
para pedestres significa tornar as ruas delineadas e parte integrante de uma consideravelmente a capacidade global
acessíveis aos usuários mais vulneráveis. rede coesa e conectada para encorajar e a eficiência da rua. Espaços exclusivos
Desenhe espaços seguros com calçadas seu uso por pessoas de todas as idades e para transporte coletivo oferecem aos
contínuas e desobstruídas, ofereça níveis de confiança. Faixas para ciclismo passageiros o suporte para um serviço
diversidade visual, envolva as fachadas com uma divisão efetiva do tráfego, bem conveniente, confiável e previsível. Áreas
de edifícios, projete em função da escala coordenadas com a temporização de de embarque acessíveis promovem o uso
humana e incorpore proteção contra semáforos e incorporadas aos desenhos seguro e igualitário. O espaço dedicado
climas extremos, a fim de assegurar uma de cruzamentos, formam a base para uma a uma rede de transporte coletivo deve
vivência de rua agradável. rede de ciclismo acessível e conectada. se alinhar à demanda, atendendo às
necessidades de serviços sem sacrificar a
qualidade da paisagem de rua.
12 m
quando se locomovem. Cada um precisa de uma área envoltória 2,5 m
operacional que os mantenha confortáveis e propicie um
deslocamento seguro. Embora o movimento a pé e em bicicleta
8m
e sua armazenagem ocupem a menor quantidade de espaço e 1m
5m
tenham a maior flexibilidade, o conforto e a segurança oferecidos
por esses meios são fortemente influenciados pela quantidade de 1m
2m
espaço disponível para eles.
1m
Velocidade de locomoção 1 m² 2 m² 36 m² 12,5 m² 24 m²
Massa e vulnerabilidade
0,8 km
A massa desempenha um papel muito importante no caso de
um acidente. Quando um veículo pesado colide com outro mais
leve, os ocupantes do veículo leve correm muito mais risco de
sofrer ferimentos graves. Os pedestres, ciclistas e motociclistas Distâncias médias percorridas por diferentes usuários e veículos em
correm maior risco de sofrer lesões graves quando colidem com 10 minutos.
um automóvel, e são comumente conhecidos como usuários
vulneráveis. Em comparação com outros usuários de rua, esse
grupo está particularmente exposto a lesões por não estar
protegido pelo casco de um veículo.
50 m² 100 m² 36 m² 400 m²
3m
25 m
22 4,5 4 2 4 8 50
100
Pessoas:
50
32
22 4-25
18
Variações
Um adulto alerta que enxergue perfeitamente, caminhe com tráfego, exceto os de menor velocidade e volume. Proporcione
confiança em qualquer ambiente e reaja rapidamente aos espaço suficiente em calçadas movimentadas para que as
automóveis é mais uma exceção do que uma regra, e não deve pessoas que andam em grupos passem umas pelas outras. Utilize
ser usado como exemplo para o desenho. Em vez disso, selecione semáforos de contagem regressiva para pedestres, minimize o
os atributos de rua usando uma variedade de “pedestres de tempo de espera e, ao mesmo tempo, maximize a duração da fase
projeto”, discutidos detalhadamente a seguir. Todos os pedestres para os pedestres.
se beneficiam de distâncias mais curtas de travessia, áreas de
refúgio, espaços amplos para aguardar em cruzamentos, controle
de cruzamentos que priorizem o seu movimento e calçadas que
sejam lateral e verticalmente separadas de todos os tipos de
1,2 a 1,4 m
que andam com bengalas ou andadores. As calçadas devem ser
largas o suficiente para permitir que duas pessoas em cadeiras
de rodas passem uma pela outra, com faixas livres mais largas
do que 2 m e nunca inferiores a 1,8 m em ruas de baixo volume de
tráfego. As faixas livres devem estar desobstruídas, niveladas e
ter superfícies regulares. Projete rampas acessíveis com pouca
inclinação – de preferência de 8% – em todas as travessias e 0,8 m 1,2 a 1,5 m 1,8 m
forneça caminhos de passagens em nível em canteiros centrais,
ilhas de refúgio de pedestres e ilhas de esquinas.
Crianças
Com uma população mundial que inclui dois bilhões de crianças
com menos de 15 anos de idade, todas as ruas devem ser
0,7 a 1,5 m
Adultos e idosos
A população mundial está envelhecendo, porém um grande
número de ruas não acomoda as necessidades dos idosos. Como
pedestres, os adultos mais velhos compõem uma pequena parte
1,5 a 2,0 m
Nova Déli, Índia. Uma viela estreita oferece um São Paulo, Brasil. Parklets em uma rua de Paris, França. Calçadas largas fornecem
atalho conveniente entre bairros. bairro proporcionam um espaço para a pausa. espaço para o passeio e a contemplação.
As calçadas devem ser Faixas de pedestres seguras Os refúgios de pedestres Extensões de calçada são um
contínuas e oferecer uma faixa e frequentes favorecem um reduzem as distâncias recurso utilizado normalmente
livre para trajeto consistente ambiente urbano propício à de travessias e fornecem em cruzamentos para
com o volume de pedestres, caminhada. As faixas devem áreas de espera para as estreitar visual e fisicamente
mas ser sempre largas o ser dispostas em todos os pessoas que não conseguem a faixa de tráfego e encurtar
suficiente para permitir que cruzamentos e também em atravessar a largura total da as distâncias de travessia.
duas pessoas em cadeiras pontos no meio de quadras rua na fase para pedestres Elas aumentam o espaço
de rodas passem uma pela onde houver expectativa dos semáforos. Utilize ilhas de de meio-fio disponível aos
outra. Aloque espaço para de tráfego de pedestres ou refúgio de pedestres sempre pedestres que aguardam para
as entradas de edifícios e forem observadas linhas de que as velocidades e os atravessar a rua, tornam-nos
atividades comerciais fora da desejo. Acentue a segurança volumes de veículos tornarem mais visíveis aos motoristas
faixa livre. Mobiliário urbano, das travessias demarcadas as travessias em estágio e reduzem as velocidades de
arborização e serviços devem com o auxílio de semáforos e único perigosas para alguns tráfego. Extensões de calçada
servir de amortecimento entre controle de parada, elementos usuários, e também sempre mais amplas podem acomodar
a faixa livre e o tráfego de elevados, ilhas de refúgio e que possível nas ruas de três mobiliário urbano, assentos,
veículos. raios de curvas fechados. ou mais faixas de tráfego. vendedores, paradas
Reduza a velocidade dos de transporte coletivo,
veículos que se aproximam armazenamento de neve,
das faixas de pedestres. vasos de plantas e árvores.
Instale meios-fios para criar Forneça recipientes de O projeto de fachada de Inclua áreas com tratamento
um limite estrutural entre a resíduos convenientemente edifícios desempenha paisagístico sempre que
calçada e as faixas adjacentes disponíveis, a fim de um papel importante na possível para criar um
de bicicletas ou veículos. Os conservar o ambiente de experiência geral dos ambiente de caminhada
meios-fios desencorajam os pedestres limpo e agradável. pedestres. A configuração agradável, contribuir para
veículos a invadir ou bloquear Distribua os recipientes para dos pisos térreos influencia a a identidade do bairro e
áreas de pedestres e muitos lixo em locais adjacentes às identidade da rua e o nível de incentivar a opção pelo
são integrados às sarjetas faixas livres de trajeto, perto envolvimento dos pedestres. transporte ativo. O paisagismo
para auxiliar na canalização de esquinas, vendedores, Entradas frequentes, níveis melhora as condições
de água. Eles não devem ter faixas de pedestres e adequados de transparência, microclimáticas, limpa o ar,
mais do que 15 cm de altura e parklets. Os recipientes variação visual e texturas filtra a água e aumenta a
precisam incorporar rampas devem ser dimensionados contribuem para moldar um biodiversidade de uma cidade,
nas travessias de pedestres de acordo com a utilização ambiente de rua atraente. oferecendo benefícios para a
para facilitar o acesso seguro. prevista e os planos de saúde física e mental.
coleta e manutenção locais.
Compactadores movidos a
energia solar podem aumentar
a capacidade de coleta em
áreas de alto volume.
6.3.4 | Calçadas
As calçadas desempenham um papel essencial na vida das Assim como as expansões e melhorias viárias têm
cidades. Como condutoras de circulação e acesso de pedestres, historicamente melhorado a qualidade das viagens para os
elas estimulam a conectividade e promovem o caminhar. Enquanto motoristas, um desenho de calçada de alto nível pode encorajar
espaços públicos, as calçadas servem de porta de entrada para as caminhadas ao torná-las mais atraentes.
as cidades, ativando as ruas social e economicamente. Calçadas Os rebaixos de guia para acesso de veículos devem ser
seguras, acessíveis e bem conservadas são um investimento limitados nas áreas de grandes volumes de pedestres e,
fundamental e necessário às cidades e têm demonstrado quando inevitáveis, devem preservar os níveis mínimos de
contribuir para a saúde pública geral e maximizar o capital social. acessibilidade, declividades e faixas livres de trajeto.
1 2 3 4
Tipos de calçadas
Calçadas residenciais
MALMÖ, SUÉCIA
Ainda que as ruas residenciais
ofereçam menor capacidade do que os
movimentados centros urbanos, suas Esta calçada residencial em Malmö
calçadas devem sempre manter uma proporciona uma faixa livre de
faixa livre confortável e acessível. A pedestres e está alinhada com
zona de fachada pode variar de acordo usos residenciais térreos. Entradas
com o recuo dos edifícios em relação frequentes e trechos ajardinados
à beirada da rua e com a forma como favorecem uma experiência de
são projetados os elementos, como caminhada envolvente.
cercas, quintais, escadarias ou faixas
de plantio. As calçadas residenciais
são utilizadas para caminhar, brincar e
socializar, e sempre que possível devem
contemplar a arborização e o plantio. A
zona de mobiliário deve ser projetada para
acomodar instalações adicionais para
crianças e infraestrutura verde, quando Malmö, Suécia
possível. Os rebaixos de guias para acesso
de veículos devem ser minimizados.
Calçadas comerciais
NOVA YORK, EUA
As ruas comerciais são caracterizadas
por grandes volumes de pedestres,
pisos térreos ativos, entradas de frente A Broadway é um dos principais
para a rua, atividades comerciais que se corredores comerciais de Nova York,
estendem sobre a calçada e circulação percorrendo 21 km da extensão
de carga. Essas ruas variam de grandes total de Manhattan. Suas amplas
avenidas a pequenos becos e vielas. As calçadas medem em geral entre 6 m e
calçadas dos corredores comerciais mais 8 m de largura, atendendo a grandes
amplos devem ter zonas de fachada e de volumes de pedestres e propiciando
mobiliário urbano claramente definidas espaço para árvores de grande porte,
para acomodar assentos de restaurante, paradas de ônibus, mobiliário urbano
produtos comerciais, bancos, vegetação e extensão de atividades comerciais.
urbana, sinalização e iluminação pública, Uma recente ampliação de calçadas
dentre outras infraestruturas necessárias. expandiu sua largura para 14 m em
A zona de meio-fio pode também incluir algumas áreas mais movimentadas.
instalações de transporte coletivo rebaixos
de guia ou rampas para os serviços de Broadway, Nova York, EUA
carga.
Geometria
Recomendações de desenho
As calçadas são um elemento importante
de infraestrutura urbana que facilitam a
caminhada, a socialização, a interação e o
comércio. Elas devem ser implementadas
em todas as ruas urbanas e ser acessíveis
a todos os usuários.
5,4 m
50
nível dos olhos
Arborização e paisagismo
Contemple arborização e plantio a fim de
proporcionar sombreamento e sensação Antes
de abrigo à rua. Plante espécies nativas
para promover a biodiversidade. Dê
preferência a espécies de árvores
cujas raízes tenham impacto limitado à
integridade da calçada.
As árvores existentes devem ser
mantidas sempre que possível nos
projetos de remodelação de ruas. Se
houver necessidade de remoção, a
mesma quantidade de árvores deverá ser
plantada na própria rua.
Locais em obras
Todas as obras que obstruam a
calçada devem ser atenuadas com
a disponibilização de uma calçada
temporária com passagem segura e
conveniente ou um desvio claramente
demarcado. Forneça iluminação
adequada sob os andaimes e em outros
Depois
locais em obras.
Chennai, Índia
São Paulo, Brasil. Uma colorida travessia diagonal de pedestres no centro da cidade.
Recomendações de desenho
Locação As demarcações de alta visibilidade Visibilidade e clareza visual
nos padrões de escada ou zebra são
As travessias de pedestres podem ser preferíveis às paralelas ou tracejadas, Proporcione áreas adequadas de
locadas em cruzamentos ou meios de pois são mais visíveis para os veículos espera para que os pedestres possam
quadras. que se aproximam e têm estimulado enxergar o tráfego em sentido contrário
os motoristas a darem preferência aos e reforce a visibilidade dos motoristas,
Implemente faixas de pedestres em todas acrescentando extensões de meio-fio ou
pedestres.
as vias de um cruzamento. Os pedestres ilhas de refúgio.
são propensos a desobedecer a travessias
de três estágios e podem colocar a si Semáforos Restrinja o estacionamento na via ou
mesmos em situações de perigo. instale extensões de meio-fio a fim de
Quando as velocidades dos veículos tornar os pedestres mais visíveis aos
Instale as faixas onde forem detectadas forem maiores que 30 km/h e o volume de motoristas e os carros mais visíveis aos
linhas de desejo significativas. Dentre pedestres e as demandas por travessias pedestres. Isso é denominado clareza
os casos frequentes encontram-se as forem de moderados a altos, implante visual da rua e deve ser oferecida em
paradas de ônibus no meio de quadras, semáforos nas travessias a fim de todas as travessias.
estações de metrô, parques, praças, promover um ambiente seguro para a
monumentos ou entradas de edifícios caminhada. Medidas adicionais de segurança
públicos.
Travessias sem semáforos são
A presença de uma faixa de pedestres
normalmente seguras em ruas de baixo
Espaçamento por si só não torna uma rua segura. Com
volume de tráfego e velocidades abaixo de
base nos volumes de pedestres e de
30 km/h.
Forneça travessias em nível a cada 80 m ou veículos, nas velocidades e na largura
100 m em ambientes urbanos.3 Distâncias e configuração da via, as travessias de
maiores que 200 m devem ser evitadas, pedestres podem demandar medidas
pois geram problemas de observância e Comprimento (distância adicionais de segurança, tais como ilhas
segurança. de travessia) de refúgio, semáforos ou estratégias de
moderação de tráfego.
Se uma pessoa levar mais do que três Mantenha as distâncias de travessia o
minutos para chegar até uma faixa de mais curtas possível com o uso de raios
pedestres, ela pode decidir atravessar pequenos em esquinas, extensões de
por um trajeto mais direto, porém menos meio-fio, ilhas de refúgio de pedestres e Separação de nível
seguro. canteiros centrais. Proporcione sempre travessias
Os critérios para espaçamento Os canteiros centrais e as ilhas de refúgio de pedestres em nível, exceto em
entre faixas de pedestres devem ser permitem aos pedestres atravessar em circunstâncias nas quais elas cruzem
determinados de acordo com as redes de dois estágios, o que é mais fácil e seguro vias expressas de acesso limitado ou
pedestres, o ambiente construído e as nos casos de travessia de múltiplas faixas recursos naturais, como rios.
linhas de desejo. Os projetistas precisam de trânsito. Travessias de pedestres subterrâneas
considerar tanto as demandas existentes ou por passarelas demandam espaço de
para travessias quanto as projetadas. calçada, aumentam dramaticamente as
Largura distâncias de caminhada e normalmente
Uma faixa de pedestres deve ser pelo são evitadas pelos pedestres, em favor
Demarcação menos tão larga quanto as calçadas que de percursos mais diretos. São muito
ela conecta e não deve medir menos do caras e precisam de manutenção regular
Demarque sempre a faixas de pedestres, para limpeza e segurança. Em muitos
que 3 m de largura.
independentemente do padrão ou do casos, são subutilizadas e recebem pouca
material do pavimento. manutenção. Ao retirar os pedestres da
vigilância natural das ruas, elas geram
problemas de segurança pessoal.
80–100 m 80–100 m
Em todas as esquinas
de cada cruzamento
Tipos de travessias
Volume de pedestres Baixo a alto Volume de pedestres Alto Volume de pedestres Médio a alto
Com semáforo Sim Com semáforo Sim Com semáforo Não
Em cruzamento Sim Em cruzamento Sim Em cruzamento Sim
Meio de quadra Não Meio de quadra Não Meio de quadra Sim
Velocidade veicular Qualquer velocidade Velocidade veicular Qualquer velocidade Velocidade veicular Abaixo de 30 km/h
Volume veicular Baixo a alto Volume veicular Médio a alto Volume veicular Médio a alto
As faixas de pedestres devem ser Em uma travessia diagonal, uma fase As travessias sem semáforo em
alinhadas o máximo possível com as exclusiva de semáforo permite que os cruzamentos e meios de quadra podem
faixas livres das calçadas. Desvios pedestres atravessem o cruzamento ser elevadas, por meio da extensão do
inconvenientes criam ambientes pouco em todas as direções ao mesmo tempo. nível da calçada através da rua.
favoráveis para os pedestres. Durante essa fase, todo o tráfego de
veículos fica parado. Elas ajudam a moderar o tráfego,
Muitas faixas de pedestres são favorecem a acessibilidade e aumentam
desenhadas com listras estreitas e Esse tipo de travessia sinalizada evita a visibilidade entre os motoristas e
inadequadas, recuadas dos cruzamentos conflitos entre pedestres e veículos em pedestres.
e desalinhadas em relação às faixas livres conversão.
das calçadas, o que resulta em distâncias As travessias elevadas podem ser
mais longas de travessia. Deve ser aplicada apenas em aplicadas em movimentadas ruas
cruzamentos com altos volumes de principais de bairros e ruas comerciais
As travessias em cruzamentos devem pedestres e projetada de forma a ou em encontros entre ruas estreitas de
ser tão compactas quanto possível para proporcionar espaço suficiente para bairro de baixas velocidades e corredores
facilitar o enquadramento do pedestre em agrupamentos de grandes quantidades de mais amplos. Ver 11.5: Pequenos
movimento dentro do campo de visão do pessoas nas esquinas das calçadas. cruzamentos elevados e 11.6: Cruzamento
motorista. com portal de bairro.
Se não for bem coordenada, podem ser
gerados longos períodos de espera tanto
para pedestres quanto para motoristas.
Reduza os tempos de espera para
pedestres a fim de aumentar os níveis de
observância e segurança.
Volume de pedestres Baixo a médio Volume de pedestres Baixo a médio Volume de pedestres Baixo
Com semáforo Não/acionado Com semáforo Ativado Com semáforo Não
Em cruzamento Não (prefira elevado) Em cruzamento Não Em cruzamento Não
Meio de quadra Sim Meio de quadra Sim Meio de quadra Sim
Velocidade veicular Acima de 30 km/h Velocidade veicular Acima de 30 km/h Velocidade veicular Abaixo de 30 km/h
Volume veicular Médio Volume veicular Médio Volume veicular Baixo
to ar
do tam
calçadas quando o espaço for limitado e dificultar a disposição do
po
Pa
patamar. 1,8 m
Patamar
O patamar no nível da rua deve ter profundidade mínima de 1,8 m
para comportar a manobra de uma cadeira de rodas.
(12%) (12%)
Superfícies táteis
Instale pisos táteis ou faixas de sinalização perceptível nas
rampas de calçada ou outras transições entre as áreas de
pedestres, veículos e compartilhadas.
As superfícies táteis devem ser compostas por texturas distintas
que tenham um significado uniforme para alertar as pessoas ao
se aproximar de zonas de conflitos.
Sinalização orientativa M MG R
d 10 minutos
Os sistemas de sinalização orientativa devem incentivar o M
MG Rd
’s Rd
multimodais e adotar a perspectiva do pedestre. A sinalização
St. Mark
5 minutos
le Rd
orientativa funciona em conjunto com outras informações visuais
Lavel
M
Rd le
com a finalidade de auxiliar na orientação e propiciar confiança
Lavel
M
proximidade de um destino. M
M
k’s Rd
St. Mar
Os sistemas de sinalização orientativa devem indicar as distâncias Bank
rk’s Rd
minutos.
d
yR
nc
s ide
Re
St. Ma
M
Localização
M
Dimensões
A escala dos elementos de sinalização orientativa deve ser
proporcional à do corpo humano, incluindo a altura do olhar de
adultos, crianças e pessoas em cadeiras de rodas. Os textos
devem ser simples e grandes o suficiente para que possam ser
lidos por pessoas com visão baixa ou deficiente. Os mapas e sinais
devem incluir caracteres em braille, especialmente nos destinos
principais e em áreas com grandes volumes de pedestres.
Utilize linguagem visual clara, normatização gráfica e mapas que
possam ser compreendidos universalmente. A sinalização viária e
orientativa deve servir para orientar todos os tipos de usuários, de
moradores e trabalhadores locais a visitantes e turistas.
Variações
As instalações para bicicletas devem ser projetadas para
diversos veículos e usuários, de crianças em triciclos pequenos
a transportadores de mercadorias em bicicletas de carga, bem
como ciclo-riquixás.
Bicicletas convencionais
Os veículos mais comuns, não motorizados e de trilha única.
15 cm
1,8–2,2 m
0,7–1 m 1,7–1,8 m
Triciclos e ciclo-riquixás
Triciclos e ciclo-riquixás são veículos mais largos e em alguns
15 cm
casos compartilham as instalações das faixas para ciclismo.
Carregam normalmente um ou dois passageiros.
2–2,5 m
1–1,5 m 2,5–3 m
Bicicletas de carga
Bicicletas de carga são veículos de tração humana especialmente
15 cm
1–1,2 m 2–2,5 m
Níveis de conforto
Muitas pessoas têm interesse pelo ciclismo, mas são dissuadidas As instalações para bicicletas devem ser projetadas não apenas
de praticá-lo em função das estressantes interações com os para os ciclistas altamente capazes e experientes, mas também,
veículos motorizados. Esses ciclistas potenciais, definidos como e especialmente, para crianças que estão aprendendo a pedalar,
“interessados, mas apreensivos”, respondem pela maioria da ciclistas mais velhos, adultos carregando crianças ou cargas e
população e variam em idade e habilidade para o ciclismo.5 Os moradores que percorrem longas distâncias em direção a seu
ciclistas experientes e eventuais são mais tolerantes ao tráfego, local de trabalho ou estudo.
mas respondem por uma parcela significativamente menor da Esses ciclistas necessitam de níveis mais altos de separação e
população. proteção contra o tráfego de veículos motorizados.
Segurança Conectividade
Via ciclável
Redes cicloviárias: As cidades devem priorizar
o ciclismo como um meio de transporte Ciclofaixa
sustentável ao assegurar o planejamento e a
implementação de redes cicloviárias. Projetar Ciclofaixa no contrafluxo
uma gama de instalações cicloviárias que
proporcionem rotas seguras, convenientes Ciclovia com amortecimento
e conectadas ajuda os ciclistas a acessar
destinos importantes sem a necessidade Ciclofaixa de mão única
de utilizar transporte motorizado.
Complemente as redes cicloviárias com Ciclovia de mão dupla
áreas de estacionamento de bicicletas,
sinalização orientativa clara, programas de Estação de compartilhamento
compartilhamento de bicicletas e conexões de bicicletas
com a infraestrutura de transporte coletivo.
Sydney, Austrália. Uma ciclovia protegida Copenhagen, Dinamarca. Ciclovias amplas e Buenos Aires, Argentina. Uma ciclofaixa de
também incorpora infraestrutura verde. elevadas permitem que os ciclistas pedalem mão dupla em uma rua de mão única estimula a
lado a lado. conectividade.
São espaços especialmente O amortecimento demarcado O amortecimento pode ser Os divisores segmentados
projetados para a circulação em nível é feito por meio da construído com barreiras de concreto criam uma
de bicicletas. Existem pintura de áreas paralelas às instaladas no leito viário que separação física da ciclofaixa
dois tipos principais de ciclofaixas que as separam do proporcionam uma separação para prevenir sua invasão
instalações: as dedicadas e tráfego adjacente de veículos física da pista de ciclismo. por carros e caminhões e, ao
as exclusivas. As instalações automotores. Ele aumenta o Eles aumentam a segurança mesmo tempo, permitir que
dedicadas são porções do conforto e a segurança dos dos ciclistas e previnem os ciclistas saiam da pista.
leito viário designadas ao uso ciclistas ao mesmo tempo em a invasão de carros e São elementos relativamente
preferencial dos ciclistas e que desencoraja os motoristas caminhões. O amortecimento estreitos e de fácil instalação,
geralmente denominadas de invadir a ciclofaixa. As zonas por plantio também que aumentam o conforto e
ciclofaixas. As instalações de amortecimento devem apresenta a oportunidade de a segurança dos ciclistas.
exclusivas são fisicamente ter largura de 1 m e podem embelezamento e integração As pistas de ciclismo com
separadas da faixa de tráfego também ser utilizadas próximas de infraestrutura verde. A divisores segmentados de
por meio de elementos a faixas de estacionamento pista de ciclismo adjacente concreto devem ser largas
verticais e podem ser para prevenir que os ciclistas deve ser projetada de forma o suficiente para permitir
utilizadas unicamente por sejam atingidos pela abertura a ter boa drenagem e com a ultrapassagem entre os
ciclistas. das portas dos carros. largura suficiente para ciclistas.
permitir a ultrapassagem
entre os ciclistas.
1 2 3 4
Tipos de instalações
Ciclofaixas
MADRI, ESPANHA
São definidas como uma porção do
leito viário, designado por meio de
Em um esforço para promover o
demarcações de piso, como faixas e
ciclismo na cidade, a municipalidade
sinalização, para o uso preferencial ou
de Madri iniciou um ambicioso
exclusivo de bicicletas. As ciclofaixas
programa que visa dobrar a extensão
são tipicamente dispostas do lado direito
da infraestrutura cicloviária até 2016.
das outras faixas de veículos na mesma
Nas estreitas ruas do centro da cidade,
direção ou do lado esquerdo em vias de
a municipalidade criou uma rede de
mão única. Os ciclistas podem precisar
ciclofaixas no contrafluxo a fim de
sair da faixa para ultrapassar outras
promover a conectividade e gerar
bicicletas, fazer conversões ou desviar de
uma malha cicloviária mais segura e
obstáculos.
abrangente.
Ciclovias
PUEBL A , MÉ XICO
São instalações cicloviárias exclusivas,
fisicamente separadas do tráfego de
Em Puebla, México, uma ciclovia de
veículos motorizados e das calçadas. Elas
4,7 km de extensão foi implementada
proporcionam o mais alto grau de conforto
em 2015, conectando uma importante
e segurança aos ciclistas. As ruas com
universidade ao centro da cidade.
ciclovias têm uma taxa de lesões mais
Foram instaladas ciclovias protegidas
baixa do que ruas semelhantes sem
do lado esquerdo, ao longo dos
instalações exclusivas.6 As ciclovias
canteiros centrais do Boulevard 14 Sur
protegidas têm separações por zonas
e de outras duas ruas de mão dupla
de amortecimento elevadas ou faixas de
a partir do estreitamento das faixas
estacionamento, enquanto as ciclovias
de veículos para larguras-padrão.
elevadas são separadas verticalmente,
Batedores de rodas, refletores e
ficando no nível da calçada ou no nível
pintura demarcam as ciclovias.
intermediário entre a calçada e o leito
viário. Materiais, guias ou balizadores
ajudam a identificar o espaço e previnem
contra a invasão de veículos. Puebla, México
Vias cicláveis
GOTEMBURGO, SUÉCIA
São as vias em que os ciclistas
compartilham a rua com veículos, e os
Esta rua ciclável proporciona uma
automóveis são considerados convidados.
superfície regular para o trajeto do
A velocidade nessas vias não deve
ciclista no centro da via, ao passo
exceder os 30 km/h. Os tratamentos
que os carros trafegam sobre os
de projeto gerenciam a velocidade e o
paralelepípedos que recobrem suas
volume de automóveis com a moderação
laterais. Esse desenho posiciona os
ou restrição do tráfego de passagem,
ciclistas no centro da rua, tornando-os
enquanto mantêm a conectividade
mais visíveis e exigindo que os
para as bicicletas. As vias cicláveis
motoristas reduzam sua velocidade
desempenham um papel importante
para aumentar a segurança.
nas redes cicloviárias ao complementar
e oferecer conexões entre outras
instalações para bicicletas.
Gotemburgo, Suécia
Geometria
Elementos principais:
1 Ilha de refúgio de esquina
2 Faixa de retenção avançada
3 Travessia recuada pela extensão do meio-fio
Permeabilidade filtrada
A instalação de barreiras físicas em alguns cruzamentos pode
regular o volume de veículos ao desviar o tráfego motorizado, ao
mesmo tempo em que permite que outros meios sejam filtrados.
Isso impede que os motoristas utilizem áreas residenciais como
atalhos e incentiva o acesso contínuo à rede cicloviária.
Os elementos de permeabilidade filtrada mais comuns são
os desviadores e as ilhas de refúgio. Podem ser criados com
materiais permanentes ou elementos intermediários, como
barreiras de concreto ou vasos de plantas, ou elementos de
concreto construídos no leito viário.
Podem ainda ser utilizadas ciclofaixas curtas no contrafluxo de
ruas de mão única para filtrar o tráfego de veículos. As estratégias
de filtragem também reduzem as velocidades dos veículos e
reforçam a segurança da rede cicloviária.
Estocolmo, Suécia
Sydney, Austrália
Praça
Mín. 3 m
COMPARTILHAMENTO DE BICICLETAS
HANGZHOU, CHINA
Variações
Os veículos utilizados para transporte coletivo variam em os residentes ao longo das respectivas rotas. A escolha do
velocidade, conforto, capacidade e custo, mas podem todos veículo deve ser norteada por essas questões, bem como pela
contribuir para a criação de redes abrangentes. A escolha dos capacidade e conforto dos passageiros, custos de operação e
veículos no sistema impacta no nível de emissões de carbono, sustentabilidade.
qualidade do ar, qualidade da viagem e níveis de ruído para
2,5 m
Serviços de ônibus
Os ônibus locais de rota fixa compõem a base do transporte ônibus) é um tipo especial de alta capacidade, com serviço de
coletivo urbano e com frequência são o meio que mais faz falta paradas limitadas, que transita por uma infraestrutura exclusiva
em cidades com um setor de transporte informal. Os veículos de corredores. Os sistemas de BRT incluem estações, cobrança
variam de ônibus-padrão a modelos maiores e articulados, e de passagem prévia ao embarque e maior espaçamento entre as
podem trafegar por rotas e horários locais ou expressos. O BRT paradas do que os sistemas de ônibus. Eles empregam veículos
(sigla em inglês para Bus Rapid Transit, ou transporte rápido por de alta capacidade, como ônibus articulados ou biarticulados.
3m
2,4–2,6 m 30–60 m
Tipo de rede
O tipo de rede é uma consideração contextual no desenho de rua.
A rede planejada ou existente afeta a eficiência de um sistema
de transporte de massa. As redes com grades de ruas principais,
que se conectam a grandes centros de atividade de emprego,
são a forma predominante na maioria das cidades, permitindo
transferências entre linhas e acesso a toda a cidade.
MAPE AMENTO DE TR ANSPORTE COLE TIVO
Tipo de serviço NAIRÓBI, QUÊNIA
A frequência de serviço, sua capacidade, o espaçamento Quase um terço dos cidadãos de Nairóbi, no Quênia, utiliza
entre as paradas e a densidade dos destinos são as principais o Matatu, um sistema de miniônibus particulares da cidade,
influências no desenho de rua. Os serviços de alta capacidade mas só recentemente ele foi oficialmente mapeado. Um
podem oferecer velocidades mais altas e ampliar as distâncias projeto colaborativo chamado Digital Matatus, desenvolvido
de viagem e confiabilidade, enquanto as rotas locais cobrem em parceria entre a Universidade de Nairóbi, o Centro para
trechos mais curtos, mas com velocidades mais baixas e menor Desenvolvimento Urbano Sustentável da Universidade de
capacidade. As redes eficazes empregam um misto de tipos de Columbia, o Civic Data Design Lab do MIT e o Groupshot,
serviços com base em considerações contextuais e demandas. vem utilizando a coleta de dados por contribuição coletiva
por meio de telefones celulares para padronizar os dados de
tráfego para os Matatus de Nairóbi, disponibilizando mapas
Objetividade e legibilidade da rede ao público pela primeira vez.
Identifique os principais corredores de viagem e de trajetos
entre as residências e os locais de trabalho/estudo para ajudar
a planejar um serviço direto e frequente e servir os locais onde
o transporte coletivo menos formalizado cobre os trechos finais
dos percursos. O sistema de transporte coletivo deve acomodar
tanto o usuário regular quanto o passageiro de primeira viagem,
proporcionando um serviço previsível, confiável e legível.
Planejamento de estação
Crie empreendimentos densos e de uso misto em torno de
paradas de transporte coletivo para aumentar seu número
de passageiros. Proporcione um espaço público de alta
qualidade, ruas caminháveis, projetos de estações confortáveis
e intercâmbio entre meios de transporte complementares
para atrair ainda mais passageiros e benefícios compostos.
O transporte coletivo pequeno geralmente oferece uma
operação flexível quando as paradas não são necessariamente
Guangzhou, China. Este sistema de BRT foi Helsinki, Finlândia. Uma rua de transporte São Paulo, Brasil. Abrigos de transporte
inaugurado em 2010 e transita por um corredor coletivo com um dos mais antigos sistemas de coletivo delineiam corredores com alto número
dedicado. bondes eletrificados do mundo. de passageiros.
As estações de transporte Todas as paradas de Ofereça assentos para Forneça máquinas de venda
coletivo são estruturas transporte coletivo devem reforçar a acessibilidade de bilhetes para que os
maiores em ruas mais amplas oferecer uma área de dos sistemas de transporte passageiros possam comprar
ou em canteiros centrais, embarque que permita que coletivo a usuários idosos suas passagens antes da
utilizadas em conjunto pessoas que utilizam cadeiras e com limitações físicas. chegada do veículo, a fim
com rotas de alto volume de rodas acessem o veículo. Os assentos podem ser de acelerar o processo de
de passageiros ou quando Se as entradas não forem disponibilizados dentro embarque e melhorar a
várias rotas se cruzam. O todas acessíveis, as portas de abrigos de transporte eficiência geral. As máquinas
projeto deve refletir o volume específicas dos veículos coletivo ou como elementos de venda de bilhetes devem
de passageiros e seus devem ser claramente independentes na zona de manter as faixas livres
prováveis trajetos. Podem demarcadas e indicadas na comodidades da calçada, e para pedestres e exibir
ser fornecidos espaços área de embarque. devem ter encostos totais informações claras sobre o
para atividades ou serviços ou parciais. Eles devem ser processo de compra. Utilize
comerciais para melhorar a organizados de modo a manter diversos idiomas e símbolos
experiência do passageiro a faixa livre para pedestres visuais para atingir um público
de transporte coletivo. e zonas de embarque mais amplo.
As estações devem ser desobstruídas. Devem ser
projetadas para se conectar fornecidos mais assentos
aos dois lados da rua. onde houver maior demanda
ou uso intenso por idosos ou
pessoas com deficiência.
1 3
2
Tipos de instalações
Geometria
Tipos de paradas
As configurações de paradas de transporte coletivo devem ser As ilustrações a seguir mostram seis das configurações de paradas
baseadas nas tipologias dos serviços de transporte, dimensões dos mais comuns. Cada uma delas deve ser estudada em relação ao
veículos, capacidade, quantidade de passageiros e frequência. contexto local e pode ser utilizada por diversos tipos de veículos.
Paradas na faixa
Essas paradas permitem que os veículos de transporte coletivo
embarquem os passageiros sem sair de sua faixa, reduzindo
assim seu tempo de parada. São aplicáveis onde o transporte
coletivo opera em uma faixa dedicada e grandes volumes de
veículos motorizados dificultam a saída dos ônibus das paradas, >3 m
ou onde as velocidades de trajeto forem de baixas a moderadas.
As paradas nas faixas conferem a mais alta prioridade ao
transporte coletivo.
Paradas em ilhas
Essas ilhas são plataformas ladeadas por faixas de trajeto
em ambos os lados, permitindo que os veículos de transporte >3 m
coletivo transitem pela faixa central, onde há menos conflitos
com outros usuários. Elas fornecem um espaço dedicado para
os passageiros aguardarem. Devem ser localizadas próximas a
travessias de pedestres para facilitar o acesso dos passageiros.
São necessárias ilhas de paradas distintas para cada direção
de tráfego do transporte coletivo. As paradas podem ser
escalonadas para proporcionar espaço para faixas de conversão
e, ao mesmo tempo, oferecer os benefícios das paradas
posteriores ao cruzamento em ambas as direções.10
Paradas recuadas
Essas paradas fornecem uma baia recuada no meio-fio para os
veículos de transporte coletivo encostarem para o embarque
de passageiros, permitindo a passagem de outros veículos. Em
ruas com faixas dedicadas ao transporte coletivo, as paradas
recuadas devem ser utilizadas somente para proporcionar a
ultrapassagem dos serviços locais pelos expressos, ativando
as transferências entre rotas, ou para permitir que os ônibus
desviem de veículos enfileirados que aguardam para fazer
conversão nos cruzamentos. Essas paradas, também chamadas
de baias de ônibus, podem ainda ser apropriadas para locais onde
os ônibus precisam parar e aguardar por um período, como os
finais de linha ou pontos de transferência de alto tráfego.
Localização de paradas
As paradas de transporte coletivo podem ser posicionadas oportunidades de transferência, distâncias de caminhada e
anterior ou posteriormente aos cruzamentos, ou ainda no meio da conflitos com outros usuários. Cada oportunidade de localização
quadra em circunstâncias limitadas. A locação das paradas afeta deve ser analisada levando em consideração o contexto local.
a velocidade do transporte coletivo e sua capacidade, segurança,
>3m
Compartilhamento de faixas de
transporte público com bicicletas
Os ônibus e as bicicletas muitas vezes competem pelo mesmo
espaço próximo ao meio-fio. Em ruas sem infraestrutura
cicloviária, as faixas de ônibus adjacentes ao meio-fio
frequentemente atraem o tráfego de bicicletas, o que leva
algumas cidades a permitir sua circulação nas faixas de ônibus.
As faixas compartilhadas de ônibus e bicicletas podem acomodar
ambos os meios de transporte com segurança, a baixas
velocidades e com avanços moderados dos ônibus, que são
desencorajados de ultrapassar. As bicicletas só têm permissão
BUS
para ultrapassar os ônibus nas paradas. As faixas de ônibus não
devem ter mais do que 4 m de largura. Ainda que não façam parte
de uma rede cicloviária de alto conforto, as faixas compartilhadas
entre ônibus e bicicletas são preferíveis ao tráfego misto. Quando
o espaço permitir, deve ser fornecida instalação cicloviária
dedicada.
Faixas de contrafluxo em
vias de mão única
As faixas de ônibus no contrafluxo podem ampliar a conectividade
e reduzir os tempos de viagem. Essas faixas são tipicamente
aplicadas a rotas de ônibus para criar conexões estratégicas
e eficientes, embora possam ser empregadas ao longo de
corredores extensos. As faixas no contrafluxo podem permitir
operações mais eficientes de transporte coletivo onde uma rede
de ruas de mão única complicaria sua circulação. O trajeto de
ônibus nos dois sentidos em uma mesma rua, em vez de uma
combinação de ruas de mão única paralelas, pode melhorar a
legibilidade da rota e atender melhor aos destinos principais.
Desenhe faixas de transporte coletivo no contrafluxo como
ruas de mão dupla, com especial consideração em alertar os
pedestres para a aproximação potencial de um veículo vindo
de uma direção inesperada. A boa sinalização é essencial para
reduzir conflitos. As conversões através das faixas de contrafluxo
devem ser restritas ou administradas, sendo que as restrições
criam uma oportunidade para a criação de uma ciclovia livre de
conflitos, protegida pela faixa de transporte coletivo. As faixas de
contrafluxo devem ter entre 3,5 m e 4 m de largura para permitir
um amortecimento suficiente entre os veículos que trafegam em
sentido contrário.
Áreas de descanso
As áreas de descanso são espaços dedicados aos motoristas
de transporte coletivo, próximos a áreas de estacionamento
designadas a automóveis ou a miniônibus e auto-riquixás.
Proporcione áreas dedicadas a estacionamento e descanso para
melhorar o conforto de motoristas e, ao mesmo tempo, evitar que
esses usos ocupem o espaço dos outros usuários da calçada.
As áreas de descanso devem ser abrigadas ou sombreadas,
conforme o clima local. Elas podem ser instaladas em calçadas
largas, extensões do meio-fio ou em recuos, e não devem obstruir
a faixa livre de trajeto dos pedestres. ÁREA DE DESCANSO
Rua de faixas
Veículos Espaço Rua de bairro Ambiente múltiplas com Vias
estacionados compartilhado urbano semáforos e expressas
separação para e condições
bicicletas rurais
Variações
Os tamanhos de veículos e características das frotas variam de veículos motorizados de duas rodas. Os carros grandes e
ao redor do mundo, geralmente em resposta ao desenho caminhões leves utilizados como veículos particulares são
de rua, estacionamentos, características regulatórias e comuns quando as ruas urbanas, e especialmente as faixas de
níveis de riqueza. Em muitas cidades, os veículos precisam tráfego, são relativamente largas. Assegure que os veículos de
frequentemente trafegar por redes de ruas estreitas ou todos os tipos correspondam aos padrões mundiais de segurança
históricas ou têm disponibilidade limitada de estacionamento, para favorecer tanto a proteção de seus ocupantes quanto dos
o que incentiva um padrão de frota de tamanho menor e o uso demais usuários da rua.
1,8 m
transporte coletivo é limitado.
0,8–1 m 1,75–2 m
Automóveis
Existem automóveis particulares de diversos tamanhos, que
dependem do tipo e do contexto. Os carros elétricos têm fonte
de energia potencialmente sustentável e por vezes são utilizados
em programas de compartilhamento, que permitem o acesso a
veículos motorizados com reduzido impacto pessoal e social. Os
veículos acessíveis são especificamente projetados para pessoas
1,5–1,7 m
1,8–2 m 4,5–5 m
motocicletas.
1,5 m 2,5 m
Algumas das questões fundamentais relacionadas ao Ao nível da cidade, as redes podem ser planejadas de forma
gerenciamento da rede urbana de veículos são: a permitir conectividade de superfície entre bairros sem entrar
• Determinar onde e como deve ser provido acesso e para quais nas áreas de maior densidade, desestimulando o uso de veículos
tipos de veículos motorizados particulares para viagens a destinos concentrados,
• Criar conectividade básica de rede que são mais bem servidos por transporte coletivo.
• Evitar que o tráfego de passagem sufoque as ruas das cidades As zonas sem carro e zonas exclusivas de entrega nos centros
• Limitar o acúmulo de automóveis em áreas densas das cidades e em outras áreas de destino oferecem grandes
espaços públicos e têm um efeito sobre a rede ao reduzir a
A conectividade de rede é mais importante para o acesso de demanda do tráfego de automóveis. Isso libera a capacidade para
veículos motorizados particulares à cidade do que a velocidade frete e viagens, que são menos bem servidas pelo transporte
em cada segmento de rua. Para os automóveis, um sistema de coletivo.
classificação de ruas deve ser baseado no ambiente operacional
do veículo e na possibilidade de se deslocar através da cidade, e
não na extensão pretendida de trajetos. Zonas de velocidade reduzida
Os sistemas em grelha fornecem redes conectadas com As zonas de velocidade reduzida de bairro são programas
cruzamentos frequentes que permitem técnicas de conduzidos por comunidades ou municipalidades que visam
gerenciamento de tráfego e operação unidirecional com desvios reduzir os limites de velocidade, a fim de diminuir os riscos
relativamente curtos. As ruas paralelas podem servir a diferentes de acidentes de trânsito. Elas melhoram a qualidade de vida
funções em uma malha e favorecer contextos distintos. Em dos moradores ao tornar as ruas mais seguras e reduzir os
algumas porções da rede, a maioria das ruas pode ter uma níveis de ruídos e de poluição do ar. Os governos locais e
função de passagem, o que diminui o volume de cada uma delas, comunidades devem designar zonas de velocidade reduzida em
mas espalha os impactos em torno de uma área. Em outras ruas residenciais ou de bairro e em áreas em torno de escolas
áreas, pode ser vantajoso que a maioria das ruas seja filtrada, e destinos importantes. Ver 6.6.7: Estratégias de moderação de
aumentando os volumes de veículos na rua principal, mas tráfego.
proporcionando um ambiente de qualidade superior em outras
ruas.
Pode ser usada uma estratégia de permeabilidade filtrada ou Zonas de tráfego limitado
de controle de tráfego por área, a fim de evitar que todas as ruas São as zonas onde o tráfego motorizado é restrito e o acesso
se tornem vias de passagem. Os veículos que estiverem apenas é permitido apenas a usuários ou veículos específicos. Podem
de passagem podem ser incentivados a desviar-se de uma rua em ser incluídos os moradores locais, as pessoas com licenças de
confluências sucessivas, criando boas condições de acesso para acessibilidade, os veículos ecológicos, de entregas, de serviços
veículos motorizados, sem permitir volumes elevados em porções públicos, policiais e de emergência, em horários específicos
sensíveis da rua. A utilização de mudanças de direção de rua e de e com propósitos de carga/descarga. O acesso a zonas de
desvios para desencorajar alguns deslocamentos de passagem tráfego limitado pode ser completamente restrito, permitido em
e o incentivo ao uso de rotas menos sensíveis por meio de determinados horários ou permitido mediante o pagamento de
sinalização orientativa e continuidade da faixa podem permitir a uma taxa de acesso. O tráfego é geralmente fisicamente restrito,
criação de bem-sucedidas redes de rua compartilhada em escala por meio do uso de balizadores fixos ou retráteis. Ver 8.5: Gestão
de bairro e zonas de velocidade reduzida. de volume e acesso.
Porto, Portugal. Zonas de tráfego limitado Copenhagen, Dinamarca. Ruas de velocidade Bandung, Indonésia. Estacionamento de
delimitadas por balizadores. reduzida ao redor de bairros residenciais da veículos motorizados de duas rodas.
cidade.
4m 3,5 m 3,5 m 4m
Existente
Os padrões das vias expressas para Largura da faixa de tráfego Faixas com largura de 3 m são apropriadas
largura de faixas, quando aplicados As faixas largas de tráfego têm sido para áreas urbanas e têm um impacto
às cidades, resultam em faixas favorecidas em alguns lugares para criar positivo na segurança da rua, sem
excessivamente largas e indiferenciadas, um ambiente mais complacente com os prejudicar as operações de tráfego.
motoristas, especialmente em regiões Para rotas designadas de caminhões ou
que apresentam um desempenho ruim
de alta velocidade, em que as faixas transporte coletivo, pode ser utilizada
na maior parte do dia, gerando excessos uma faixa de 3,3 m em cada direção. Em
de velocidade fora dos horários de pico e estreitas proporcionam sensação de
desconforto ou aumentam o potencial de casos específicos, faixas mais estreitas
sobreposição de uso das faixas durante de trajeto, medindo de 2,7 m a 3 m, podem
colisões laterais.
os períodos de pico de tráfego. Reduzir ser eficazes para o tráfego de passagem
a largura de faixa para 3 m ou menos Tem-se acreditado que faixas com menos combinado com uma faixa de conversão.¹²
favorece as velocidades seguras de de 3,5 m de largura reduzem o fluxo e a Não são recomendadas faixas com mais
direção em um ambiente urbano. capacidade de tráfego, uma alegação que de 3 m de largura, pois elas possibilitam os
as novas pesquisas desmentem.¹¹ excessos de velocidade não intencionais
e o estacionamento em fila dupla, além de
consumirem um valioso espaço da via aos
custos de outros meios de locomoção.
As políticas restritivas que favorecem Vias de múltiplas faixas Largura da faixa de estacionamento
o uso de faixas largas de tráfego não
Nas vias de múltiplas faixas onde É recomendado que as faixas de
têm lugar em configurações urbanas
circulam veículos de transporte coletivo estacionamento meçam entre 1,8 m
limitadas, onde cada centímetro conta.
ou de carga, deve ser projetada uma a 2,5 m de largura. As cidades são
Pesquisas têm demonstrado que faixas
faixa mais larga na posição mais externa, incentivadas a demarcar essas faixas
mais estreitas podem gerenciar as
adjacente ao meio-fio ou à faixa de para indicar aos motoristas sua distância
velocidades com eficácia, sem reduzir a
estacionamento. O desenho das faixas em relação aos carros estacionados.
segurança, e que faixas mais largas não
correspondem a ruas mais seguras.¹³ internas deve permanecer com a mínima
Além disso, as faixas de tráfego mais largura possível, de 3 m ou menos.
largas aumentam a exposição e as
distâncias de travessias de pedestres.14
A largura das faixas deve ser considerada
na composição geral da rua.
Geometria
1m
5,5 m
R= 3 m
R=20 m
(efetivo)
Raios de esquina
A diminuição de raios de esquina reduz as
velocidades de conversão dos veículos,
bem como as distâncias de travessias de
pedestres. Minimizar o raio de esquina é
essencial para a criação de cruzamentos
seguros e compactos. Ver 6.6.5: Raios de
esquina.
Edifícios e árvores
A existência de edifícios com fachadas
articuladas e janelas em uma rua indica
que ela pertence a um ambiente urbano, e
não a uma via expressa. Ver 5: Desenhando
ruas para lugares.
Tratamentos de portal
Os tratamentos de portal alertam os
motoristas para seu ingresso em uma
área de maior lentidão. Esses tratamentos
podem incluir sinalização, portais
de acesso, plataformas atenuadoras
de velocidade, travessias elevadas e
extensões do meio-fio.
Estreitamentos de via
Esses estreitamentos ocorrem em um
ponto da via próximo ao meio de quadra.
Podem ser combinados com plataformas
atenuadoras de velocidade para criar
travessias de pedestres de alta qualidade.
Podem também ser utilizados em ruas de
mão dupla de baixo volume para forçar
os motoristas que trafegam em sentidos
opostos a ceder preferência um ao outro.
Ver 6.3.7: Extensões de calçadas.
Minirrotatórias
As minirrotatórias são ilhas circulares
em cruzamentos que servem tanto
para reduzir velocidades quanto para
organizar o tráfego, fazendo os veículos
contornarem a ilha, em vez de cruzarem
diretamente pela intersecção.
Ver 11.4: Minirrotatória.
Lombadas
As lombadas são formadas por seções
elevadas da via com um formato
senoidal, medindo normalmente de
10 cm a 15 cm de altura e entre 4 m
e 6 m de extensão. Essas dimensões
podem ser personalizadas de modo
a corresponder à velocidade-alvo da
rua. As lombadas geralmente são
construídas com os mesmos materiais
da pista, mas também podem ser feitas
de materiais diferentes.
Almofadas atenuadoras de
velocidade
Esses elementos são similares às
lombadas, mas possuem recortes para
rodas nas laterais que permitem que
veículos grandes, como os ônibus, passem
por elas sem ser afetados, enquanto
reduzem as velocidades dos automóveis.
Plataformas atenuadoras de
velocidade
Essas plataformas são similares às
lombadas, mas têm um topo plano que
mede normalmente entre 6 m e 9 m
de extensão. Quando as plataformas
atenuadoras de velocidade são
combinadas com faixas de pedestres em
um cruzamento ou no meio de quadra,
são chamadas de travessias elevadas. Ver
6.3.5: Travessias de pedestres.
Progressão de semáforo
Os semáforos temporizados para
velocidades favoráveis às bicicletas e
ao transporte coletivo desencorajam
os motoristas de acelerar e geram
velocidades mais baixas e seguras ao
longo de um corredor. Ver 8.7: Gestão de
velocidade e 8.8: Sinalização e semáforos.
ONLY
BUS
Desviadores
Os desviadores e outras estratégias de
gestão de volume, tais como de restrição
de circulação e de acesso, ajudam a
reduzir volumes e velocidades dos
veículos motorizados. Essa redução tem
impacto significativo sobre o conforto
dos ciclistas. Ver 8.5: Gestão de volume e
acesso.
Ruas compartilhadas
Ao remover as distinções físicas entre as
áreas de pedestres, ciclistas e veículos,
os tratamentos de ruas compartilhadas
forçam todos os usuários a utilizar
as ruas em conjunto, reforçando a
conscientização e reduzindo a velocidade
dos veículos motorizados. Ver 10.4: Ruas
compartilhadas.
Variações
Os veículos para entregas de mercadorias podem variar de
caminhões grandes e veículos utilitários a carrinhos de mão
para distribuição local. Os veículos de serviços urbanos variam
bastante dependendo do contexto e podem incluir caminhões de
bombeiros, de coleta de resíduos e veículos de limpeza urbana.
As ruas urbanas, em sua maioria, não devem ser desenhadas
para acomodar caminhões grandes. Quando estes precisarem
ser acomodados, desenhe ruas que permitam acesso por
múltiplas faixas de trajeto para comportar os raios de conversão
dos veículos. Em ruas urbanas devem ser permitidos somente
caminhões de cabine de frente plana (conhecidos como “cara
chata”) ou baixa (os VUC, veículos urbanos de carga), por
permitirem maior visibilidade e segurança.
2m 7–10 m
2,5 m 7–11 m
2,5 m 15–18 m
Rotas de acesso
Os veículos grandes de entrega normalmente se abastecem
A segurança é fundamental para
de mercadorias em pontos de acesso a rodovias regionais. A determinar a maneira como os veículos
exposição às emissões e à poluição sonora geradas por veículos grandes devem circular através de uma
grandes está associada a desafios de saúde pública, tais como
altos índices de asma e elevação dos níveis de estresse. Essas rede viária. As ruas devem ser projetadas
rotas devem ser planejadas de modo a evitar bairros residenciais para o usuário mais vulnerável, e não para o
e áreas com grandes volumes de pedestres e bicicletas.
maior veículo possível.
Redes de distribuição
Muitos locais em áreas urbanas precisam de serviços frequentes
de entrega e retirada. Esses locais apresentam conflitos entre
altos volumes de pedestres e caminhões grandes de carga. Veículos de limpeza urbana
Designe áreas urbanas onde as mercadorias possam ser A manutenção de ruas limpas é uma consideração importante
transferidas para veículos menores, apropriados para a escala para a saúde, o senso de orgulho e a administração de um bairro.
das ruas urbanas. A varrição regular das ruas também reduz o ingresso de poluentes
e detritos na bacia hidrográfica. As dimensões dos caminhões de
Acesso limitado limpeza são importantes, mas não devem orientar o desenho de
Limite o acesso para entregas comerciais, a fim de que sejam ruas. Quando as ciclovias separadas não puderem ser atendidas
realizadas fora dos horários de pico e nos períodos noturnos, pelos veículos-padrão, é altamente recomendado que se invista
quando as ruas ficam menos movimentadas. Evite áreas com em alternativas menores.
grande atividade noturna de pedestres.
Caminhões de bombeiros e veículos de emergência
Zonas de carga/descarga Os veículos grandes podem acessar as faixas dedicadas ao
Projete baias dedicadas à carga para evitar que os veículos transporte coletivo em áreas congestionadas e percorrer raios de
de entrega bloqueiem as calçadas ou ciclovias. As zonas de conversão que incluem múltiplas faixas de tráfego. Onde houver
carga devem ser implantadas em todas as quadras onde houver instalação de hidrantes, garanta que haja espaço livre apropriado
realização de entregas e devem ser impostas restrições de tempo para o acesso.
ou de licença.
Veículos superdimensionados
Redução de conflitos Pode ser oferecido acesso por determinadas rotas a veículos
Os veículos grandes apresentam um desafio à segurança dos superdimensionados que carregam itens grandes. Pressuponha
usuários vulneráveis, como ciclistas e pedestres, em particular sua projeção eventual sobre múltiplas faixas de tráfego,
os mais idosos, as crianças e as pessoas com deficiências. mobiliário urbano baixo e canteiros centrais, por conta da baixa
Esses veículos devem manter sua velocidade abaixo de 30 km/h frequência desses tipos de carregamentos.
em áreas urbanas. Limite as conversões em áreas de grandes
volumes de pedestres para minimizar os conflitos e evite o
compartilhamento de rotas entre ciclistas e caminhões sempre
que possível.
Istambul, Turquia. Áreas de acesso limitado São Paulo, Brasil. Ruas compartilhadas com Estocolmo, Suécia. Sinalização para indicar
permitem que apenas alguns veículos entrem zonas de carga/descarga. zonas de carga e horários de entrega.
em determinadas zonas.
As rotas designadas para As vagas dedicadas ao Em ruas largas, as faixas Quando os veículos de carga
caminhões e veículos grandes estacionamento para veículos ou canteiros centrais e de serviços municipais
devem ser claramente grandes evitam conflitos podem operar como área de precisam acessar áreas
demarcadas para minimizar com outros usuários. Podem conversão para os veículos de restrição ao tráfego
o tráfego indesejado em ser selecionados materiais grandes. Quando estes regular de veículos, podem
ruas de bairro. A sinalização duráveis para suportar cargas convertem ao entrar ou sair ser instalados balizadores
pode incluir limites de peso e pesadas. de ruas menores, os raios retráteis ou removíveis para
restrições de altura e largura. mínimos são maiores e podem facilitar seu acesso.
demandar o uso de ambas
as faixas. Faixas de retenção
recuadas ou cruzamentos
com tratamento para clareza
visual podem facilitar as
conversões difíceis ao mesmo
tempo em que mantêm uma
boa visibilidade para todos os
usuários.
6.7.4 | Geometria
6m
3,3 m 2,5–3 m 10 m
8–10 m
Planejamento estratégico
As cidades devem desenvolver planos abrangentes para
gerenciar o transporte de carga e aumentar sua eficiência,
reduzindo ao mesmo tempo os impactos sobre áreas urbanas
adensadas. Os planos municipais devem incluir restrições de
horário para limitar a permissão de atividades de carga. Planos
abrangentes de mobilidade devem identificar rotas prioritárias de
caminhões para acesso local, transferências regionais, acessos
superdimensionados e restrições de rotas. Analise como as áreas
de carga são fornecidas no nível da quadra e considere adotar
estratégias de cobrança de pedágio regional ou tarifação sobre
congestionamentos.
Gestão de rotas Gestão de horários
Miniveículos
Utilitários
Variações
Os usos comerciais proporcionam vitalidade e atividade no
espaço da rua, estimulam as economias locais e tornam as ruas
mais habitáveis e atrativas para todos os usuários. Muitos tipos
de atividades comerciais oferecem comodidades e acrescentam
identidade à rua, dos cafés em calçadas a bancas de feira, food
trucks e carrinhos de empurrar.
Cafés em calçadas
Os cafés em calçadas têm um papel importante ao animar as
ruas e criar destinos em vizinhanças. Enquanto áreas de estar
estreitas podem ser acomodadas em faixas de cerca de 1 m da
largura, outras maiores requerem faixas mais largas, medindo
entre 2 m e 4 m.
A área reservada não deve interferir na faixa livre para
1,4 m
0.5 m 0.3 m 2m
0,3 m 0,5 m 2m
É muito importante fornecer O acesso à água limpa é Assegure que as áreas As cidades podem definir
energia elétrica a vendedores fundamental para assegurar dedicadas para vendas sejam os horários de operação
que comercializam alimentos que os vendedores de bem iluminadas, propiciando para vendas na rua em
ou que necessitam de alimentos na rua atendam um ambiente seguro para os locais específicos ou
equipamentos elétricos e aos padrões mínimos de consumidores e vendedores. durante determinados dias.
utensílios para se manter saúde e higiene. Proporcione A iluminação incentiva O incentivo temporário à
aquecidos durante os meses recipientes de resíduos as pessoas a passar seu circulação de pedestres nas
de inverno. O uso de aparelhos adequados e coleta eficiente tempo nessas áreas e anima ruas durante os finais de
elétricos, especialmente em de lixo em áreas com altas espaços que, de outra forma, semana ou horários de almoço
espaços confinados, é mais concentrações de vendedores seriam pouco convidativos, pode promover as atividades
seguro do que a utilização a fim de mantê-las limpas e intensificando a vigilância ao ar livre em áreas de baixo
de gás, madeira ou outros atraentes e prevenir contra natural da rua. a médio volume de pedestres
combustíveis. condições insalubres. Forneça ou acomodar uma quantidade
recipientes distintos para maior de vendedores em
materiais compostáveis, como locais já adensados.
restos de alimentos e outros
resíduos orgânicos, e para
itens recicláveis.
6.8.3 | Geometria
2,4 m
Faixa livre
1m
Amortecimento
Artista Vendedor
de rua de rua
1m 2-3 m 2m
Food truck
3-5 m
Sydney, Austrália
151
Serviços e infraestrutura
Serviços
7.1 | Serviços
Painéis solares
Iluminação
Sinalização orientativa
Duto de eletricidade e tecnologia de
informação e comunicação (TIC)
Tubulação de gás
Adutora de água
Bueiro
Sanitários públicos
Infraestrutura verde
Drenagem e bacia coletora
Adutora de água potável
Adutora de água de reúso
Hidrante
Esgoto sanitário
Adutora de águas pluviais
Bacia coletora
Opção 1
Instale os serviços no leito viário
Vantagens:
• redução do tempo de obra;
• economia em aquisição de terrenos;
• criação de ruas compactas e favoráveis a caminhadas.
Desvantagens:
• os reparos podem causar interrupções para o transporte
coletivo, as ciclovias e o tráfego;
• Pode ser necessária proteção adicional, por conta das cargas
0,3 m
do tráfego contínuo. Duto de 0,15 m Adutora de
eletricidade água de reúso
e TIC
0,15 m Adutora
de água potável
Opção 2
Instale os serviços adjacentes ao leito viário
Vantagens:
• previne a interdição de faixas de tráfego durante obras e
reparos;
• requer menos proteção por conta do volume de tráfego mais baixo;
• reduz a necessidade de aquisição de terras para futuras
expansões da via.
Desvantagens:
• necessidade de espaços maiores;
• perda de área para pedestres durante reparos e manutenção. Duto de
eletricidade 0,15 m
e TIC Esgoto sanitário
0,3 m Águas
pluviais
0,55 m Adutora
de água resfriada 0,15 m Adutora de
água de reúso 0,15 m Adutora
0.075 m de água potável
Gás natural
Opção 3
Instale os serviços em uma galeria subterrânea
Vantagens:
• facilidade de acesso para manutenção;
• não causa impactos ao tráfego durante as manutenções;
• custos mais baixos de manutenção.
Desvantagens:
• necessidade de custos de capital significativos;
• maior tempo de construção;
• a compatibilidade entre os serviços deve ser considerada;
• necessidade de medidas contra inundações;
• necessidade de poços de ventilação;
• os serviços molhados devem ser mantidos separados dos secos. Adutora de
água de
Esgoto sanitário
reúso
Águas pluviais
Duto de
eletricidade
Adutora de água e TIC
resfriada
Vala de Jardim de
infiltração chuva
3 m mín.
Meio-fio Sarjeta
Lençol freático
Tubos perfurados/porosos
Coletores
0,5 m
0,3 m
0,5 m
0,5 m
1m
3m
3m
3m
3m
Pontos Câmeras de Iluminação de Bicicletas Painéis Sensor de Sinalização orientativa Iluminação Semáforo
de wi-fi segurança e fachada compartilhadas solares medição de interativa e transporte pública para
vigilância qualidade do ar público em tempo real veículos
Estações de Aplicativos de Câmeras de Parquímetros Sinalização Semáforo Semáforo Iluminação Fachada ativa
carregamento para segurança para monitoramento luminosa para para para iluminada
carros elétricos dispositivos de velocidade pedestres bicicletas pedestres
móveis
Dimensões e espaçamento
Distribua as luminárias de forma a proporcionar uma iluminação
uniforme nas vias e calçadas. Verifique a localização de
obstruções, como árvores ou painéis publicitários. 1 x Altura A 1 x Altura B
2,5-3 x Altura A
com a tipologia da rua e o uso do solo. Na maioria dos contextos,
2,5–3 x Altura B
a altura-padrão para ruas estreitas em locais residenciais,
comerciais e históricos varia entre 8 m e 10 m. Postes mais
altos, medindo entre 10 m e 12 m, são apropriados para ruas
mais largas em áreas comerciais ou industriais.
1 x Altura A 1 x Altura B
O espaçamento entre os postes de iluminação corresponde normalmente a 2,5 a 3 vezes a altura da luminária. Uma única linha de
postes pode ser suficiente para iluminar uma rua estreita, enquanto ruas mais largas podem demandar diversas linhas.
Poluição luminosa
Concentre o facho luminoso dos postes e luminárias diretamente
sobre a rua para minimizar ofuscamentos e poluição luminosa, que
podem impactar negativamente sobre a fauna local e o bem-estar
das pessoas.
Eficiência energética
Soluções de baixo consumo de energia, como o LED (Light
Emitting Diodes ou diodo emissor de luz), reduzem o consumo de
energia e a poluição luminosa. As lâmpadas de LED têm longa vida
útil, de 50.000 a 70.000 horas, quando não operantes em altas
temperaturas.
Deve ser considerada a instalação de uma fonte de energia
de emergência, como um gerador auxiliar, para a iluminação
de corredores viários importantes, especialmente em locais
onde o fornecimento elétrico não é regular ou onde eventuais
tempestades podem causar falta de energia.
16 5
Estratégias operacionais e de gerenciamento
Visão geral
Copenhagen, Dinamarca
As técnicas operacionais são um Essa abordagem proativa de operações Essa abordagem é baseada em um
poderoso conjunto de ferramentas de rua integra política e infraestrutura de conjunto de prioridades e metas, como as
que podem ajudar as cidades a atingir transportes, necessidades econômicas seguintes:
seus objetivos no sentido de priorizar a e sociais e decisões de uso do solo, • Projete para as pessoas em primeiro
a fim de maximizar a eficiência do lugar, criando redes funcionais de
segurança dos usuários vulneráveis e
desenvolvimento sustentável e do uso de caminhada e ciclismo que conectam
estimular o uso de meios de transporte meios de transportes. a cidade e oferecem acesso seguro a
sustentáveis. Para oferecer uma rede As estratégias discutidas nesta seção todas as ruas.
de transportes eficiente e igualitária, as são geralmente de baixo custo e podem • Integre serviços robustos de transporte
cidades devem equilibrar as circulações ser implementadas com conhecimentos coletivo para trajetos em escala
regionais e locais e, ao mesmo tempo, técnicos básicos. As estratégias de bairro, cidade e região de modo
alterar a prioridade para meios operacionais podem ser modificadas a fornecer a base para mobilidade
espacialmente eficazes e reduzir a progressivamente e adaptadas com sustentável, especialmente em cidades
dependência de veículos particulares. A base em respostas e desempenho. grandes.
Esses princípios vêm sendo aplicados • Crie segurança no sistema com
estrutura de gerenciamento viário utiliza
há tempos em vias expressas de acesso velocidades de projeto eficientes,
as operações de rua e o desenho de ruas controlado e vias rurais, mas devem ser porém mais baixas em contextos
para destinar um espaço viário valioso, implementados de maneira diferente em urbanos, e garanta que os corredores
com base em segurança, características configurações urbanas. de velocidades mais altas sejam
do usuário, demandas de acesso e metas convertidos em ruas urbanas
políticas amplas. ou permaneçam fora das áreas
urbanizadas, por meio de rigorosa
gestão de desenvolvimento.
• Projete em prol da coexistência entre
pessoas, veículos particulares e
caminhões a partir da criação de uma
rede de veículos que utilizem o espaço
da rua de maneira eficiente. Proteja
a habitabilidade das ruas principais
por meio de estratégias de desenho
que separem os grupos de usuários
e priorizem a prática de atividades
diferentes em corredores diferentes.
Singapura, Singapura
Delft, Holanda
Roma, Itália
Estabeleça velocidades para Em vez de desenhar ruas que suportem As velocidades reduzidas expandem o
velocidades mais altas do que o limite uso da visão periférica dos motoristas,
limites humanos máximo permitido, a velocidade-alvo a ser ampliando seu cone visual e aumentando
A combinação entre velocidade e conflito estabelecida deve ser baixa o suficiente suas chances de enxergar as pessoas que
para que mesmo os motoristas que não
produz resultados fatais. O limite do atravessam a rua.
corpo humano para resistir a impactos a obedecerem apresentem mínimo risco
é o parâmetro essencial do desenho aos pedestres.
para as vias urbanas. A segurança para a Organize as ruas grandes, compartilhe as
Permeabilidade ruas pequenas
locomoção a pé e por bicicleta requer que Todas as ruas devem ser fáceis de
as velocidades dos veículos motorizados As ruas grandes demandam um espaço
atravessar e desenhadas de forma a dedicado para cada usuário. Em
sejam ajustadas para os níveis de incentivar a travessia segura. Os locais
sobrevivência. A maneira sistemática ruas pequenas ou cruzamentos com
planejados para as travessias devem ser velocidades muito baixas, as pessoas
de se eliminar fatalidades se dá pela frequentes, levando em conta o tempo
erradicação das interações em alta podem se misturar aos veículos com
despendido pelas pessoas que precisam segurança. As ferramentas apropriadas
velocidade por meio de: atravessar. Em ruas de múltiplas faixas,
• redução das velocidades máximas de de operações de tráfego e desenho
reduza as distâncias entre os pontos de geométrico devem ser aplicadas de
operação dos veículos; travessia e a distância (quantidade de
• eliminação de conflitos potencialmente acordo com o nível de conectividade e
faixas) entre os refúgios de pedestres, volume de tráfego da rua.
fatais; especialmente em ruas onde não existem
• redução de velocidade em áreas de controles de tráfego. Ruas acessíveis são ruas seguras
conflito para níveis muito baixos.
As ruas devem oferecer caminhos
A probabilidade de sobrevivência em um Legibilidade e uniformidade acessíveis que correspondam às
acidente é muito maior quando se opera As ruas seguras podem ser lidas por seus necessidades fundamentais de circulação
abaixo dos 30 km/h. Os usuários mais usuários – a geometria, os materiais de todos os usuários, em especial
jovens ou mais idosos e os conflitos com e as demarcações na via transmitem os pedestres em cadeiras de rodas,
veículos maiores requerem velocidades informações essenciais, incluindo as os deficientes visuais e as pessoas
ainda mais baixas. Para os usuários mais velocidades apropriadas e os locais onde com carrinhos de bebês. As ruas sem
vulneráveis e os veículos maiores, pode podem ser previstos encontros com acessibilidade sujeitam os usuários mais
não existir uma velocidade de impacto outras pessoas e veículos. vulneráveis a condições de insegurança.
apropriada para a sobrevivência.
Reduza as velocidades de conversão
sobre travessias de pedestres a 10 km/h
e velocidades máximas a 30 km/h onde
houver compartilhamento de faixa entre
bicicletas e veículos motorizados. Em
ruas onde a interação entre os pedestres
e veículos for limitada a travessias
frequentes e controladas, podem ser
permitidas velocidades de até 40 km/h.
16 m
1,5 m/s
Principal
96 24 96 24
Ciclos de longa duração (em segundos) devem Posição de vantagem multimodal, intervalo 1.
ser utilizados em casos limitados, pois podem Os pedestres, bicicletas e veículos de
dividir os bairros e tornar as caminhadas ou transporte coletivo recebem uma posição de
travessias das ruas frustrantes ou proibitivas. vantagem ao ingressar em um cruzamento,
normalmente de 6 segundos ou mais.
Principal
0,8 m/s
36 24 36 24 36 24 36 24
Ciclos de duração balanceada (em segundos) Posição de vantagem multimodal, intervalo 2. Os ciclos semafóricos devem permitir que os
reduzem os tempos de espera em todas as O semáforo fica verde para o tráfego de pedestres que se locomovem a diferentes
direções e criam oportunidades de travessia a passagem e em conversão, enquanto os velocidades atravessem a rua ou alcancem uma
intervalos mais próximos. pedestres, ciclistas e veículos de transporte área de refúgio com segurança. O gráfico mostra
coletivo prosseguem, com os veículos em uma rua de 16 m de largura e a distância que
conversão dando a preferência aos pedestres. cada pessoa pode percorrer em 12 segundos.
Copenhagen, Dinamarca
17 7
Controles de projeto
Velocidade de projeto
de acidente. A velocidade
em ruas urbanas deve ser 32-40 km/h
limitada a 40 km/h.
12 m
10-20%
48-56 km/h
22 m
50-75%
65+ km/h
35 m
Distância de parada
+90%
Risco de fatalidade para o pedestre
Conforme a velocidade de um veículo aumenta, a visão periférica de seu motorista se estreita
gravemente, o que impacta na distância de parada e no risco de fatalidade de pedestres. Ver 1.5:
Ruas seguras salvam vidas.
O veículo de projeto é aquele de manobra Para as instalações de pedestres, como Diretrizes recomendadas
mais trabalhosa que utiliza uma rua ou calçadas, rampas e travessias, os veículos
instalação de forma rotineira. Pode ser um essenciais de projeto incluem um usuário Quando os veículos de emergência são
pedestre em cadeira de rodas, um ciclista de cadeira de rodas ou um pequeno grupo muito maiores do que o veículo de projeto,
em uma bicicleta de carga, um caminhão de pessoas caminhando juntas. Em alguns eles podem ser autorizados a fazer
de entregas ou um ônibus, dependendo casos, o modelo de projeto será composto conversões utilizando todas as áreas da
do tipo de instalação e de seu volume de por dois grupos desse tipo, passando um via, incluindo elementos montáveis, como
usuários. A escolha do veículo de projeto pelo outro. Um grupo grande, como uma as ilhas de esquina ou as extremidades de
afeta diretamente o desenho da rua, com turma de crianças, pode ser utilizado canteiros centrais, e mesmo porções da
impactos na segurança e no conforto como veículo de controle, especialmente calçada, quando necessário. Balizadores
de cada usuário. Os cruzamentos e as para ilhas de pedestres. flexíveis, guias montáveis e outros
faixas de transição, em particular, são dispositivos facilitam a circulação
projetados para o uso confortável do Para as instalações de ciclismo, utilize as de emergência. Projete em conjunto
veículo de projeto. bicicletas de carga ou, quando houver, os com os atendentes de emergência
ciclo-riquixás como veículos de projeto, para reduzir as dimensões ou o raio de
O veículo de controle é aquele de manobra especialmente ao projetar curvas de conversão necessário para veículos
mais trabalhosa para o qual uma rua ciclovias, transições e mudanças de nível, recém-adquiridos.
tenha sido planejada, mas de preferência bem como áreas restritas.
trafegando a velocidades muito baixas Os veículos maiores podem ser restritos
ou realizando conversões por múltiplos Para as instalações de transporte a determinadas vias com base no
pontos. coletivo, dentre as quais os corredores contexto ou na tipologia de rua, de
e faixas exclusivas ou de tráfego misto, forma a permitir o uso de um veículo de
utilize os veículos típicos de transporte projeto menor. Embora as restrições
Diretrizes essenciais coletivo como veículos de projeto, mas para veículos maiores ocorram muitas
apenas para sua circulação durante o vezes por necessidade em áreas centrais
Utilize tanto um veículo de projeto quanto
serviço. Como as rotas de transporte ou distritos históricos, elas também
um veículo de controle para determinar os
coletivo não realizam conversões em são feitas com o objetivo de permitir
raios de conversão e a largura das faixas
todos os cruzamentos, mas podem um desenho mais seguro e apropriado à
de um cruzamento, considerando que a
utilizar ruas fora da rota para retornos, escala humana para as ruas mais novas.
presença do veículo de controle na rua é
coordene-se com seus operadores a fim A circulação de veículos maiores pode
pouco frequente e pode ser acomodada
de determinar os locais de conversão para ser permitida em horários determinados,
por meio de intervenções temporárias,
esses veículos, e desenhe tais conversões ou as entregas podem ser realizadas por
como fechamentos de via, e pode utilizar
de forma apropriada. carrinhos ou bicicletas de carga. Esses
múltiplas faixas e elementos viários
montáveis para fazer conversões.4 Utilize Para os veículos motorizados, escolha métodos ajudam a prevenir a escolha
faixas de retenção avançadas ou outros o menor raio de conversão que possa de veículos de projeto excessivamente
elementos para acomodar os movimentos acomodar seu uso frequente ou rotineiro. grandes. Ver 8: Estratégias operacionais e
dos veículos de projeto. Não amplie os Projete em função de velocidades de de gerenciamento.
cruzamentos existentes para permitir a conversão muito baixas, de no máximo
conversão de veículos maiores. 10 km/h. Os raios pequenos de esquina
nos cruzamentos também encurtam as
distâncias de travessia dos pedestres
e economizam tempo de semáforo. Ver
6.6.5: Raios de esquina.
O desenho de ruas deve ser orientado Evaporação de tráfego e Capacidade modal e divisão modal
por metas e guiado por políticas, com as demanda induzida
decisões de ano de projeto fornecendo A capacidade modal adequada ajuda a
suporte a tais metas. As políticas Demanda induzida. As viagens em um atingir uma divisão modal desejável. Crie
municipais de transporte priorizam com determinado meio aumentam conforme novas ruas em grandes empreendimentos
frequência a caminhada, o ciclismo ele se mostra mais vantajoso em termos presumindo que a maioria dos trajetos
e o transporte coletivo. Muitas delas de conforto, custo, tempo de viagem ou curtos será percorrida a pé ou de bicicleta,
estabelecem metas explícitas de divisão percepção de conveniência. O aumento e incluindo acesso ao transporte coletivo.
modal para reduzir a dependência dos da capacidade de veículos em uma rua ou
veículos de ocupação individual.* Atender rede viária pode resultar no aumento das Em ruas existentes com novo
a essas metas e objetivos agressivos viagens de veículos, que deslocam outras empreendimento, implemente medidas
requer uma mudança tanto nos atividades e tornam o tráfego mais lento. operacionais que alterem a capacidade
investimentos em infraestrutura quanto de veículos, como temporização de
nos comportamentos de viagens. Evaporação de tráfego. Em áreas urbanas, semáforos ou designação de faixas,
o volume de veículos particulares é apenas depois que os impactos do
O ano de projeto é aplicado para informar reduzido conforme a capacidade da via referido empreendimento no tráfego
as condições futuras que um projeto deve passa a ser destinada ao transporte forem conhecidos, e não confiando em
acomodar. Se for assumido um aumento coletivo, bicicletas e pedestres. Isso é previsões autorrealizáveis.
de tráfego, será estabelecida uma conhecido como evaporação de tráfego.
projeção autorrealizada** de aumento Pesquisas mostram que, quando a As instalações cicloviárias muitas
de tráfego. Os cenários convencionais capacidade de uma via é alterada para vezes experimentam um crescimento
também podem estar em desacordo outros meios, uma parte do tráfego de substancial de uso quando são oferecidas
com os objetivos e preferências da veículos é absorvida por rotas paralelas, com alto nível de conforto. Leve em
comunidade. Por exemplo, uma taxa de mas os motoristas também trocam os consideração esse possível crescimento.
crescimento anual de 2% no volume de automóveis por outros meios, transferem
veículos representa duplicar a quantidade seus trajetos para outros horários ou
de veículos em 35 anos, ou em menos de alteram seus destinos. Nessas situações, Capacidade e revisão do
duas gerações.5 A maioria das cidades o tráfego cai em cerca de 11%.6 desenvolvimento
e dos bairros não pode suportar tal
crescimento. Redução de quilômetros percorridos A revisão do desenvolvimento é essencial
por veículos. Para reduzir os veículos- para o desenho de rua, quando são
quilômetro percorridos (em inglês, tomadas as decisões de longo prazo.
* N.T.: “veículos de ocupação individual”: VKT – Vehicle Kilometers Traveled), Utilize a capacidade existente do
do termo em inglês “Single Occupancy construa ruas que incluam instalações transporte coletivo e as oportunidades de
Vehicle”, para designar automóveis, vans ou aumento de capacidade para determinar
caminhonetes em que o motorista é o único
exclusivas de transporte coletivo,
ocupante. calçadas confortáveis, infraestrutura onde o novo desenvolvimento é desejável.
cicloviária e desenvolvimento compacto. Estime a capacidade necessária
** N.T.: “projeção autorrealizada”: ideia As instalações dedicadas ao transporte de pessoas e transporte de cargas.
segundo a qual um falso conceito, quando coletivo ajudam a transferir parte da Estabelecer uma divisão modal desejável
aplicado e repetido com convicção, gera um circulação em veículos particulares e e realista com base na conectividade
comportamento que termina por torná-lo táxis para meios coletivos mais eficientes, do transporte coletivo e na proximidade
verdadeiro.
aumentando a capacidade de locomoção dos destinos ajuda a determinar as
das pessoas na rua e, ao mesmo tempo, instalações necessárias para atingir uma
reduzindo a quilometragem percorrida. combinação modal igualitária.
A hora de projeto, relacionada aos Diretrizes essenciais Leve em conta todos os usos da rua ao
níveis de atividade durante uma hora, é longo das 24 horas do dia e dos sete dias
utilizada para determinar as dimensões Baseie as decisões operacionais em da semana. Isso inclui a locomoção em
apropriadas de uma rua. O procedimento medidas quantitativas imparciais, que todos os meios de transporte no período
tradicional de utilizar apenas o volume consideram as métricas globais da de rush, os passeios noturnos, as idas ao
do horário de pico e as projeções de comunidade e as diversas funções que mercado no fim de semana, as refeições
aumento de volume permite que os uma rua deve cumprir, incluindo a de nos horários de almoço e as entregas
volumes de tráfego ditem a construção de segurança, suporte ao comércio local, comerciais. O mapeamento dessas
uma infraestrutura custosa, sem que se fornecimento de acesso a empregos atividades estáticas, móveis, existentes
determine o quanto o tráfego é desejado e serviços e metas ambientais. Ver 3: e esperadas fornece um retrato temporal
em uma rua. Medindo e avaliando ruas. da rua que pode ser utilizado em seu
desenho.
Em vez de criar uma infraestrutura para
ser utilizada apenas durante algumas Diretrizes recomendadas Utilize as viagens de pessoas em vez
horas a cada dia, considere os níveis das viagens de veículos para determinar
médios de atividade de uma rua por meio Expanda a análise da hora de projeto de capacidades. Os manuais de geração
da análise de diversas horas, para obter forma a contemplar os diversos horários de viagens que consideram apenas as
um retrato mais claro da demanda. Criar de pico ao longo da semana para todos os viagens em veículos ou confiam em
capacidade desnecessária pode custar usuários. As análises devem incluir uma pequenos exemplos de localidades
caro. O custo varia bastante conforme hora do pico matinal, uma do pico de meio- suburbanas devem ser evitados.
o valor de propriedade da terra e outras -dia, uma do pico da tarde e uma do
variáveis. pico de fim de semana. Estude esses A gestão de demanda de transportes
picos para obter uma compreensão mais descreve programas que procuram
Ao estabelecer proativamente a detalhada de trajetos, que resultará em mudar a escolha do meio de locomoção,
capacidade para veículos motorizados, a um desenho mais adequado ao uso real normalmente para alguma opção
hora de projeto também pode ser utilizada da rua. alternativa dos veículos de ocupação
para orientar a quantidade de tráfego que individual. As pessoas são incentivadas
uma rua irá acomodar e organizá-la de a fazer uso de transporte coletivo,
modo a favorecer o equilíbrio entre seus caminhar, pedalar, não realizar o
diversos usuários. viagens, combinar trajetos ou circular
em diferentes períodos do dia. Esses
programas são mais econômicos
do que a expansão de capacidade.
Ver 8: Estratégias operacionais e de
gerenciamento.
18 7
Ruas
Estratégias para desenho de ruas
30
Acomode usos diversos Desenvolva soluções orientadas Aja agora – comece por algum lugar!
Assegure os usos eficientes e diversos pelo contexto Mova os meios-fios, mude os
das ruas ao proporcionar espaços para Desenhe ruas que sejam orientadas alinhamentos, retome o espaço e
interações e encontros sociais, atividades e influenciadas por seu lugar na rede redirecione o tráfego. Utilize uma
culturais e usos comerciais. Incorpore viária, pela proximidade de destinos abordagem de distribuição em fases
estratégias de infraestrutura verde importantes, pelo uso do solo de suas para as remodelações mais importantes,
sempre que possível. Ver 6.8: Desenhando adjacências e por sua densidade. Ver 5: considere soluções intermediárias de
para o comércio e 7.2: Infraestrutura verde. Desenhando ruas para lugares. projeto e identifique as áreas de suporte
político e financeiro. Encontre um lugar
por onde começar a transformação e aja
agora! Ver 2.7: Definindo fases e estratégias
intermediárias.
12
1
3
20
10
11
13
16 15
8
21
10.3
Espaços
prioritários de
pedestres
10.3.1 Ruas exclusivas de pedestres
10.3.2 Vielas e becos
10.3.3 Parklets
10.3.4 Praças de pedestres
19 2
Ruas
Espaços prioritários de pedestres
19 3
Ruas
Espaços prioritários de pedestres
Ruas exclusivas de pedestres
Existente | 18 m | 40 km/h
Remodelação | 18 m
Existente | 22 m | 40 km/h
Remodelação | 22 m
Visão geral
Até 1962, todas as ruas e praças de
Copenhagen tinham intenso tráfego e
estacionamento de veículos, e sofriam a
pressão do rápido crescimento da frota de
veículos particulares.
A pedestrianização de Copenhagen
começou pela rua principal da cidade,
Strøget, que foi convertida em 1962 como
um experimento. A conversão dessa
via principal de 1,15 km de extensão em
uma rua de pedestres foi vista como
um esforço pioneiro, que deu origem a
muitos debates públicos antes de ser
concretizada. “Ruas de pedestres nunca
funcionarão na Escandinávia” era uma
das teorias. “Sem carros não há clientes,
e sem clientes não há negócios”, diziam os
comerciantes locais.
Desde cedo, Strøget mostrou-se um
grande sucesso, com os comerciantes
percebendo que os ambientes livres de
tráfego elevam as receitas financeiras. Depois
Magasin Torv, a praça próxima à Igreja
Fotos: Gehl Architects
Nikolaj, e Gråbrødre Torv foram as
primeiras praças a ser reformadas.
A pedestrianização de Strøget
realçou o potencial para a vida ao ar
livre na Dinamarca.
ESTUDO DE CASO
Elementos-chave Chaves para o sucesso Avaliação
Remoção de todo o tráfego da rua. O sucesso da pedestrianização das ruas
Remoção de guias e calçadas, acréscimo
de Copenhagen pode ser atribuído, em
parte, à natureza gradual da mudança, +35%
de nova pavimentação. que deu tempo às pessoas para
alterarem seus padrões de direção e Aumento no volume de pedestres no
Consolidação do mobiliário urbano para
estacionamento para padrões de ciclismo primeiro ano após a conversão.
facilitar a circulação de pedestres.
e uso de transporte coletivo a fim de
acessar os destinos principais da cidade
– além de oferecer tempo para que elas +600%
Metas desenvolvam maneiras de utilizar esse
novo espaço público disponível. Aumento no espaço dos pedestres, de
• Melhorar a conectividade no centro da
15.800 m² em 1962 para 99.700 m² em 2005.
cidade.
• Proporcionar um ambiente atraente e
de alta qualidade.
• Criar um espaço que favoreça o
Lições aprendidas +81%
comércio. A pedestrianização de Strøget realçou
• Incentivar uma variada gama de o potencial para a vida pública ao ar Aumento na quantidade de assentos em
pessoas a viver e passar seu tempo no livre na Dinamarca, uma vez que os cafés ao ar livre, de 2.970 no ano de 1986
centro da cidade. dinamarqueses até então nunca haviam para 7.020 em 2006.
• Revitalizar os becos esquecidos da tido lugar ou oportunidade de desenvolver
cidade, transformando-os em vielas uma vida pública em espaços públicos.
vibrantes. Essa remodelação criou espaços públicos +400%
tranquilos, ainda que cheios de vida.
Strøget demonstrou ainda que as ruas de Aumento nas atividades estacionárias de
Engajamento pedestres podem aumentar a renda dos 1968 a 1996.
Cidade de Copenhagen, Stadsarkitektens comerciantes locais.
Direktorat, Stadsingeniørens Direktorat,
Bjørn Nørgård. +20%
Aumento dos volumes de pedestres de 15
minutos/dia, em média, na cidade como
um todo.
Praça
10-12m
10–12 m King’s
Praça New
t
Amager øge
Str
DEPOIS
t
ge
rø
Praça da St
ANTES
Prefeitura
Palácio de
Christiansborg
Prefeitura
Legenda de usuários: Tivoli
Tráfego misto Gardens 0 200 m
Espaço de pedestres Estacionamento N
1970
1980
2010
1990
2000
Existente | 8 m | 20 km/h
As vielas, também conhecidas Condições existentes Elas oferecem atalhos benéficos aos
como becos, são ruas estreitas que pedestres que atravessam grandes
acrescentam diversidade ao conjunto do As vielas são geralmente delineadas quadras, melhorando a permeabilidade
por edificações contínuas de ambos os geral da cidade.
espaço público, favorecendo o que há de
lados, que criam uma forte sensação de
mais autêntico de uma cidade. As vielas confinamento. As vielas residenciais podem ser faceadas
comerciais, que muitas vezes são antigas por garagens e ter acesso limitado aos
vias de serviço readaptadas, oferecem As vielas comerciais são normalmente moradores. Os becos e as vielas podem
oportunidades para a criação de novas ativadas pelo comércio de pequeno ser importantes para os serviços locais
porte, oficinas, galerias, cafés ou e a coleta de lixo, mas também ser mal
fachadas para espaços esquecidos,
restaurantes. Esses espaços têm baixos iluminadas e pouco transitadas, o que cria
priorizam os pedestres e proporcionam valores de aluguel no início, tornando-se uma atmosfera de insegurança para os
espaços vibrantes aos bairros. Elas convidativos para que novos comerciantes pedestres.
podem funcionar como uma rede para se mudem para eles e atraentes para os
a navegação dos pedestres pela cidade consumidores da região.
e criar uma identidade global para as
Elas ficam normalmente próximas a ruas
regiões centrais.³
centrais maiores ou a espaços públicos, e
As cidades vêm transformando suas oferecem acesso conveniente a destinos
vielas a partir de becos ocupados por importantes.
caminhões e furgões de entrega em
novas fachadas ativas, criando espaços
convidativos para os locais e visitantes.
Remodelação | 8 m | 10 km/h
Recomendações de projeto 2 Mantenha uma faixa livre acessível Restrinja o acesso para cargas e entregas
de 3,5 m de largura para a passagem de ao início das manhãs ou ao final das
1 Amplie a área de fachada disponível veículos de emergência. O mobiliário noites, quando a atividade de pedestres
para o comércio na cidade e crie permanente pode ser distribuído ao longo é menor.
ambientes intimistas por meio da das beiradas dos edifícios ou disposto no
transformação de vielas e becos com usos centro da faixa, desde que mantenha a Utilize iluminação para moldar a
ativos de pisos térreos. faixa livre ao longo dos edifícios. Os itens identidade e a experiência do espaço e, ao
móveis podem ser posicionados na faixa mesmo tempo, proporcionar um ambiente
As ruas devem ser avaliadas e desenhadas seguro em todos os horários.
caso a caso, a fim de assegurar que de acesso de emergência, contanto que
serviços como o de carga possam ser não impeçam sua circulação, que pode ser Agende manutenção regular e boa
acomodados quando necessário. necessária, ainda que pouco frequente. administração a fim de assegurar que
Planeje o acesso local de emergência e a área permaneça limpa e livre de
Se houver acesso de veículos, limite a forneça rotas de passagem adjacentes. obstáculos.
velocidade de viagem a 10 km/h. Ver 6.7: Desenhando para operadores de
cargas e serviços. Projete o pavimento com inclinação para
garantir a drenagem eficiente das áreas
Ofereça estacionamento para bicicletas principais de pedestres.4
e instalações de compartilhamento de
bicicletas no entorno imediato da viela. No encontro entre uma viela e uma rua
de tráfego mais alto, implante uma
Proíba o estacionamento de veículos travessia elevada de pedestres para
nas vielas, exceto em circunstâncias adequar o contexto, a dimensão da rua
específicas. e as velocidades de viagem.5 Ver 6.3.5:
Travessias de pedestres.
Existente | 10 m | 20 km/h
Considerações adicionais
Os climas locais afetam a experiência e o
uso da rua. Considere cobrir as vielas para
oferecer proteção climática e incentivar
seu uso ao longo de todo o ano. Podem
ser utilizadas telas para proteção contra
o vento.
Envolva os artistas locais, moradores e
comerciantes para moldar a identidade do
espaço, de acordo com seus usos e tipos
de negócios.6
O uso de sinalização, texturas e materiais
diversos nas bordas dos edifícios
proporcionam interesse visual à viela.
As vielas comerciais devem ter
atividades vibrantes no térreo. Incentive
os estabelecimentos a proporcionar
aberturas grandes e transparentes
diretamente sobre a via, para reforçar a
atividade.
Remodelação | 10 m | 10 km/h
Sydney, Austrália. A recém-convertida Ash Street, que conecta Angel Cairo, Egito. Uma viela local atrai atividades noturnas, mantendo a rua
Place a Palings Lane, é delineada por restaurantes e cafés. segura e vibrante.
Block Place
A rede de vielas
melhora a
conectividade e
legibilidade no Distrito
Central de Negócios (em
inglês, Central Business
District – CBD) e, ao
mesmo tempo, oferece
ambientes atraentes
que favorecem o Hardware Lane
comércio local.
ESTUDO DE CASO
Visão geral Elementos-chave Lições aprendidas
A revitalização das vielas de Melbourne Espaços prioritários de pedestres sem As parcerias com os proprietários de
começou no início dos anos 1990, quando tráfego de veículos. edifícios são essenciais para o sucesso
a cidade de Melbourne e o governo do das vielas.
estado desenvolveram um trabalho Materiais de pavimentação de qualidade e
para proteger e modernizar as vielas projetos de iluminação personalizados. A parceria entre a municipalidade
remanescentes. Isso fez parte de um e os pequenos comerciantes gerou
Remoção de obstáculos, balizadores, investimento para os projetos das vielas.
programa mais amplo de regeneração, meios-fios e elementos de rua
que pretendia trazer as pessoas de volta desnecessários. As áreas de alimentação na calçada se
à cidade após sair do trabalho, e tornar a mostraram um sucesso mesmo durante
cidade um ambiente animado, seguro e Melhoria da limpeza, supervisão das as estações mais frias.
acolhedor. vielas e sinalização orientativa.
As vielas de Melbourne se tornaram uma
As ruas foram limpas e houve incentivo Ativação por meio de eventos culturais e atração turística muito popular.
para a criação de fachadas ativas voltadas artísticos, entre outros
para a rua e o desenvolvimento de uso
misto. A cidade trabalhou em parceria Engajamento
com universidades para estimular a Metas
grande população internacional de Cidade de Melbourne, associações
• Revitalizar o interesse e as atividades comerciais locais, cooperativas de
estudantes a viver na cidade e trazer
das vielas da cidade. artistas e associações de moradores.
consigo diversidade cultural e energia às
• Melhorar a conectividade e a
áreas públicas.
legibilidade ao longo do centro da
O desenvolvimento de um programa cidade.
contínuo de exposições temporárias de • Oferecer um ambiente atraente e
arte pública conferiu um sentimento de alta qualidade que favoreça os
de entusiasmo e descoberta às vielas. negócios.
Os pequenos comércios locais, em • Incentivar uma gama diversa de
especial os cafés, foram motivados a pessoas a viver e passar seu tempo no
se mudar para o CBD e ocupar as áreas centro da cidade.
frontais das vielas. Os comerciantes
receberam incentivos para manter seus
estabelecimentos abertos até tarde, a fim
de estimular a vida noturna.
7 1. Malthouse Lane
5 1 2. Hosier Lane
Catedral de 3. Degraves Street
St. Paul 2 4. Centre Place Lane
4
5. Block Place
6. Union Lane
3 7. McKillop Street
Estação Ferroviária 8. Hardware Lane
de Flinders Street
0 200 m
Mapa das vielas de Melbourne N
Cronograma do projeto Durante os séculos XIX e XX, as vielas eram privadas, fechadas,
confinadas e negligenciadas.
1980–Hoje
No entanto, nos anos 1990, seu verdadeiro potencial foi
identificado. Desde então, tem sido observada uma soma de
esforços para modernizar e desenvolver ainda mais as vielas.
1980
1990
2000
2010
2020
Existente
Remodelação
Recomendações de projeto 3 Garanta que os parklets tenham uma Os projetos estruturais dos parklets
transição nivelada com a calçada e o variam e dependem da inclinação da
1 Os parklets devem ser protegidos por meio-fio para permitir acesso fácil e evitar rua e de seu desenho geral. A estrutura
meio da instalação de um batedor de riscos de tropeços. deve acomodar a inclinação da via e
rodas à distância de 1,2 m para assegurar proporcionar uma superfície plana ao
sua visibilidade pelo tráfego de veículos, Instale os parklets a uma distância de parklet.7
pedestres e automóveis estacionados. pelo menos 5 m dos cruzamentos. Quando
for considerar a instalação de um parklet Para obter uma superfície nivelada,
Essa área de amortecimento também normalmente são utilizados pés de
pode servir para os proprietários de em local próximo a um cruzamento,
analise os volumes de conversão de altura regulável, espaçados e ajustados
imóveis adjacentes acomodarem o lixo com diferentes alturas sob o piso. Outro
para coleta junto ao meio-fio. tráfego, o fluxo de pedestres, as linhas de
visão e a visibilidade. método possível é por meio do uso de
2 Incorpore elementos verticais, como estrutura metálica com vigas inclinadas.
postes ou balizadores flexíveis, para Mobílie os parklets de maneira a
impossibilitar ou dificultar os roubos. Para Utilize superfícies antiderrapantes
tornar os parklets visíveis ao tráfego. para minimizar os riscos de acidentes
a seleção do local de implantação, deve
Proporcione uma largura mínima de 1,8 m ser considerado o nível de vigilância tanto e assegurar a acessibilidade de
para os parklets ou a largura da faixa de durante o dia quanto à noite. cadeirantes.
estacionamento. A capacidade de carga dos pisos varia de
Utilize mesas e cadeiras móveis e integre
Instale pequenos canais entre a base e assentos e outros elementos à estrutura acordo com a exigência das entidades
a plataforma para facilitar a drenagem do parklet para favorecer sua flexibilidade locais. Projete em função de uma carga
alternativa, de forma que o projeto de um e funcionalidade. Trabalhe com parceiros de, no mínimo, 450 kg/m².8
parklet não iniba o escoamento de águas para gerenciar os itens móveis e verificar a Instale um guarda-corpo para definir o
pluviais. possibilidade de armazená-los em algum espaço. Sua estrutura não deve ter mais
outro lugar durante a noite. do que 0,9 m de altura e precisa ser capaz
de suportar uma força horizontal de pelo
menos 90 kg.
Os parklets variam em configuração e desenho, mas em geral substituem duas ou mais vagas de
estacionamento paralelo, ou de três a quatro vagas em ângulo. Eles podem conter assentos, mesas,
vegetação, suportes de bicicleta, obras de arte, estruturas de sombreamento e outros elementos.
GL ASGOW, ESCÓCIA
LIMA , PERU
Visão geral
São Francisco leva o crédito pela criação
do primeiro parklet. Os parklets foram
introduzidos com as primeiras praças de
rua em 2009 como parte de um esforço
colaborativo entre diversas entidades
municipais, um programa atualmente
conhecido como Pavement to Parks (P2P).
Em razão do engajamento de organizações
sem fins lucrativos e comerciantes
locais, os parklets são melhorias de rua
orientadas pelo contexto.
A criação dos parklets e de espaços
abertos similares de pequena escala
inspirou um esforço difundido através de
diversas cidades nos Estados Unidos e ao
redor do mundo. Até março de 2015, mais
de 60 parklets haviam sido instalados Depois
por comerciantes, grupos de bairro, Fotos: Sam Heller
organizações sem fins lucrativos e outras
instituições ao longo de São Francisco.
ESTUDO DE CASO
Elementos-chave Chaves para o sucesso Avaliação
Os parklets são removíveis e não impedem Um administrador ou um parceiro local
a drenagem junto ao meio-fio. forte, que supervisiona as operações e
Os parklets são abertos ao público, seus
manutenções diárias, é essencial para o +4%
sucesso em longo prazo.
administradores não devem utilizá-los
Aumento na atividade de pedestres
com exclusividade nem com propósitos As cidades devem cultivar um conjunto
comerciais. diverso de parceiros de projeto. Podem
ser associações de bairro, instituições
Os parklets são universalmente
acessíveis. Todos eles são elevados à
culturais ou de serviços, ou organizações +11%
sem fins lucrativos, além de lojistas e
altura da calçada, sem obstáculos ao entidades comerciais. Aumento no volume de bicicletas
acesso de cadeiras de rodas.
As atividades ao longo do dia e da semana
demonstram o quanto um espaço
Metas público é querido e utilizado. A atividade
também incentiva a mescla social com
160
• Reimaginar o potencial de uma rua. uma sensação elevada de segurança e Vagas de estacionamento convertidas
• Promover a interação no bairro. conforto. Os lugares ideais são rodeados
• Estimular a segurança e as atividades por usos que naturalmente geram
dos pedestres. atividades de pedestres.
• Incentivar o transporte não motorizado.
• Favorecer o comércio local. A programação regular com parcerias 5.600
culturais e institucionais locais ajuda
a criar uma identidade positiva para o Área em m² de leito viário convertido em
Engajamento lugar, gera senso de administração local parklets e praças de rua
Departamento de Planejamento de e orgulho.
São Francisco, Obras Públicas de
São Francisco, Agência Municipal 61%
de Transportes (SFMTA), associação
comercial local, associações de cidadãos, Pedestres que se sentem “muito seguros”
organizações sem fins lucrativos e em relação aos veículos nos parklets
distritos de benefício comunitário.
0 1 milha
Existente
Depois
Remodelação
espaços abertos em um bairro. pode ser feito com pintura ou por meio sujeitas a invasões ou aos veículos em
da instalação de balizadores ou vasos de conversão devem ser reforçadas com o
Utilize as praças públicas para plantas. uso de objetos pesados, como vasos de
reconfigurar e revitalizar os cruzamentos plantas ou balizadores, que alertam os
inseguros ou subutilizados. As Dê a devida atenção à navegação dos motoristas para a nova linha de meio-fio.
reconfigurações de praças tornam os indivíduos com baixa visão ou dificuldades
cruzamentos mais seguros por meio de locomoção; forneça rampas e Instale suportes de estacionamento
da redução da velocidade dos veículos, superfícies acessíveis, e faixas táteis de ou estações de compartilhamento de
da simplificação de padrões de tráfego alerta com alto contraste de cor entre as bicicletas quando o espaço permitir.
complexos e da atenuação de conflitos zonas modais. Ver 6.3.8: Acessibilidade
universal. Acomode as operações de carga e
potencialmente perigosos. Ver 11.11: descarga no início das manhãs ou no final
Cruzamento complexo: acrescentando Leve em consideração o clima local e a das noites, nos desenhos temporários e
praças públicas. durabilidade dos materiais ao selecioná- permanentes.
As praças transformam e ativam os -los, bem como o plano de manutenção da
praça.¹¹ Contemple canalização de drenagem e
segmentos de rua subutilizados e superfícies permeáveis no projeto da
proporcionam um alívio em locais onde a Forneça iluminação adequada para praça. Os pisos devem ter inclinações
demanda dos pedestres não é atendida, garantir a segurança em todos os transversais mínimas e receber
fazendo o tráfego a pé transbordar para horários. tratamentos de borda para atenuar a
o leito viário. As praças tornam a via e inclinação total.
os cruzamentos mais compactos e mais
fáceis para a travessia dos pedestres.
MOSCOU, RÚSSIA
Configurações de praças
Configuração 1: Praças retomadas
As praças retomadas são criadas a partir da tomada de controle
de espaços urbanos residuais, estacionamentos desocupados,
áreas sob estruturas elevadas e outros espaços que não
estão apropriadamente programados para seu contexto. São
projetadas para áreas com alto volume de pedestres e carência
de espaços públicos. Elas conectam os espaços públicos às
atividades de uso do solo das vizinhanças e reduzem conflitos.
Antes
Elementos-chave
Espaço de pedestre com melhorias
visuais, maximizando o conforto e os usos
ativos.
Mobiliário, normalmente assentos e
mesas móveis para máxima flexibilidade.
Áreas estendidas para atividades ao ar
livre.
Metas
• Criar um destino para os pedestres.
• Favorecer a circulação a pé.
• Melhorar o acesso do transporte
público
• Reforçar a segurança de veículos e
pedestres.
• Dar suporte ao desenvolvimento local e
criar parcerias comunitárias.
• Preservar e promover a identidade
dos bairros.
Depois
Foto: Departamento de Transportes da cidade de Nova York (DOT)
ESTUDO DE CASO
Visão geral Lições aprendidas
O Plaza Program faz parte de um esforço O Plaza Program é uma medida de baixo
municipal, conduzido pelo Departamento custo, que possibilita a criação de
de Transportes da cidade de Nova York, comodidades que favorecem os encontros
que tem a finalidade de criar espaços sociais, reforçam o senso de lugar e
públicos de baixo custo e alta qualidade, intensificam a circulação de pedestres e a
em trechos subutilizados de vias ao longo segurança.
da cidade.
O programa gera suporte para mudanças
O programa visa priorizar as áreas por meio do tratamento temporário de
que carecem de espaços abertos, superfícies, utilizando as alterações
especialmente em bairros de alto volume intermediárias para coletar dados que
de pedestres ou de baixa renda. favoreçam a mudança permanente.
Antes
As praças têm demonstrado estimular a Facilitar a criação de novos espaços
vitalidade econômica local, a mobilidade públicos por meio de processos de Pearl Street, Nova York. Espaços subutilizados
são usados como estacionamento.
dos pedestres, a segurança e o acesso ao inscrição permite que as comunidades
transporte público. solicitem a implantação de praças em
seus bairros.
O Departamento de Transportes da cidade
de Nova York associou-se a organizações
sem fins lucrativos para desenvolver
praças que atendam às necessidades Engajamento
das comunidades locais, e trabalha Departamento de Transportes da cidade
com grupos locais para administrar sua de Nova York (DOT), Departamento de
manutenção contínua. Planejamento Municipal, Departamento
Existem 71 praças em toda a cidade em de Projetos e Obras, parcerias privadas,
alguma fase de planejamento, projeto, associações de cidadãos, grupos de
construção ou conclusão, com 49 delas defesa e distritos de desenvolvimento
abertas ao público até 2015. comercial.
Depois
Pearl Street, Nova York. Praça ativada com
assentos e plantio.
CENTRAL
BR
AVENIDA LEXINGTON
área conhecida como Midtown Manhattan. O projeto criou novas RUA W 56 AVENIDA MADISON
AVENIDA FDR
12a AVENIDA
11a AVENIDA
10a AVENIDA
6a AVENIDA
9a AVENIDA
8a AVENIDA
7a AVENIDA
3a AVENIDA
2a AVENIDA
1a AVENIDA
Square, em conjunto com melhorias de segurança ao longo do
eixo da Broadway, entre a Columbus Circle e a Madison Square.
O Departamento de Transportes coletou dados abrangentes nos
meses imediatamente anteriores e subsequentes à implantação Midtown
RUA W 46
do projeto, destacando os impactos dessas medidas.
TIMES ESTAÇÃO
RUA W 42 SQUARE PARQUE GRAND
BRYANT CENTRAL
Hell’s
Kitchen
Cronograma do Projeto Green Light for Midtown RUA W 36
HERALD
2009 – 2015 (aprox. 6 anos) SQUARE
BRO
PARQUE
ADW
Chelsea
1995
2000
2005
2010
2015
CHELSEA PARQUE
AY
RUA W 26 MADISON
10.4
Ruas
compartilhadas
10.4.1 Ruas compartilhadas comerciais
10.4.2 Ruas compartilhadas residenciais
Bogotá, Colômbia
218
Ruas
Ruas compartilhadas
219
Ruas
Ruas compartilhadas
Ruas compartilhadas comerciais
Existente | 12 m | 40 km/h
2 1
3
Remodelação | 12 m | 10 km/h
Existente | 14 m | 40 km/h
Buenos Aires, Argentina. Uma movimentada rua compartilhada Londres, Reino Unido. A Exhibition Road foi transformada em rua
comercial onde os pedestres e ciclistas têm prioridade. compartilhada por meio de um concurso de desenho de ruas, anterior aos
Jogos Olímpicos de 2012.
Remodelação | 14 m | 10 km/h
Antes Depois
Remodelação de rua existente, seguindo orientações e padrões do
Manual de desenho de ruas urbanas de Abu Dhabi, do Manual de desenho
da esfera pública e do Manual de projeto de corredor de serviços.
Estação
Britomart
Sky Tower
l
Depois
era
ott
Fed
by
Rua
Rua
Parque Albert
0 100 m
A transformação da Fort Street em
N
uma rua compartilhada resultou no
aumento do volume de pedestres
em 54% e no acréscimo de 47% em
gastos de consumidores.
ESTUDO DE CASO
Visão geral Chaves para o sucesso Avaliação
A Fort Street demonstra como as ruas Colaboração com os principais parceiros.
compartilhadas podem transformar um
distrito em um local de destino, elevando Monitoramento e avaliação do projeto +54%
o número de visitantes para compras e antes e depois de sua implantação, com o
objetivo de comunicar seus impactos. Aumento no volume de pedestres
outras atividades.
Ela é uma dentre os diversos novos Teste de variações de desenhos.
espaços compartilhados implantados no
Distrito Central de Negócios de Auckland
(em inglês, Central Business District –
+47%
CBD) nos últimos anos, para aprimorar a Engajamento Aumento de gastos dos consumidores
conectividade dos pedestres e oferecer
um espaço público de alta qualidade. Entidades públicas
Conselho de Auckland, Transporte de
Auckland
-25%
Metas Grupo privado
Diminuição no volume de veículos
• Integrar melhor a área com a rede de Comerciantes e operadores locais
ruas adjacentes.
• Priorizar os pedestres.
Associações de cidadãos e sindicatos +80%
Blind Foundation
• Criar um espaço público diferenciado. Sentiram-se mais seguros na área
• Criar uma área que favoreça o Projetistas e engenheiros
comércio e os moradores, e propicie Boffa Miskell, Jawa Structures, TPC
oportunidades para diversas (engenharia de tráfego), LDP (iluminação)
atividades.
• Oferecer uma rua de alta qualidade,
atraente e durável que contribua para
que o centro da cidade seja sustentável
e passível de manutenção.
Elementos-chave
Remoção de todas as demarcações entre
as áreas de pedestres e veículos, como
meios-fios e balizadores.
Áreas estendidas para atividades ao ar
livre.
Os pedestres podem utilizar a via por
inteiro.
Rotas acessíveis ao longo das linhas dos
edifícios para os deficientes visuais.
2,60 3,60 6,00 4,77 2,00
,75 Remoção de todas as vagas de
19,12 m estacionamento.
DEPOIS
Legenda de usuários:
Cronograma do projeto
Espaço de pedestres
Junho de 2009 – abril de 2013 Bicicletas
Transporte coletivo
Tráfego misto
Paisagismo
1995
2000
2005
2010
2015
Estacionamento
Existente | 9 m | 40 km/h
Remodelação | 9 m | 10 km/h
Recomendações de projeto 1 Teste os desenhos com estratégias Mantenha uma faixa livre para a
intermediárias e soluções de baixo circulação de veículos e bicicletas. Essa
Transforme as ruas com baixos volumes custo. Vasos de plantas móveis, faixa pode ser definida pela utilização
de veículos e grande atividade de esculturas, mobiliário urbano e vagas de paisagismo, mobiliário urbano, zonas
pedestres em ruas compartilhadas. de estacionamento demarcadas podem de estacionamento, postes urbanos de
Trate essa rua como uma zona de atuar como defletores horizontais de serviços ou pisos texturizados.
velocidade reduzida. Utilize deflexões velocidade e ajudar a atingir os resultados
desejados. Utilize texturas e mobiliário urbano para
verticais e horizontais para reduzir as reforçar a prioridade dos pedestres.
velocidades dos veículos. Ver 6.6.7: 2 Projete portais bem demarcados
3 Alterne materiais e cores para
Estratégias de moderação de tráfego. nas ruas compartilhadas, com entradas
de veículos estreitas para reduzir suas demarcar as diferentes zonas. As vagas
Utilize guias e tratamentos de superfície de estacionamento devem ser claramente
para criar geometrias pouco usuais que velocidades a níveis apropriados. Utilize
mudanças de nível, texturas e cores demarcadas para evitar o estacionamento
estimulem a sensação de ambiente irregular.
compartilhado e incentivem os motoristas para acabamento de piso e faixas táteis
a reduzir a velocidade, desviando seus para alertar os pedestres quando eles Implante canalização de drenagem no
trajetos. estiverem saindo da rua compartilhada centro da rua ou ao longo de sarjetas
e passando para uma área de tráfego em nível, dependendo das instalações
Desenhe ruas residenciais compartilhadas comum. de serviços subterrâneos e de outras
para que operem intuitivamente como condições existentes.
espaços de uso comum, em que os Designe zonas para estacionamento,
pedestres sejam priorizados. Utilize a paisagismo e atividades flexíveis, a fim Selecione os pavimentos, materiais e
sinalização para instruir o público nos de criar condições de chicana e reduzir as mobiliários com base no clima regional
estágios iniciais de implementação. A velocidades de tráfego. As zonas flexíveis e na durabilidade. Opte por materiais
sinalização nesses tipos de ruas muitas permitem que as ruas sejam utilizadas compatíveis com a neve em regiões de
vezes tem a representação de crianças pelos moradores como uma extensão de clima frio ou pisos permeáveis em lugares
brincando para alertar os motoristas suas casas, como zonas de brincadeiras com altos índices de chuvas. Ver 2.9:
quando estão ingressando em uma área de para crianças ou estacionamentos de Implantação e materiais.
baixa velocidade. bicicletas.
Existente | 10 m | 40 km/h
Nova Déli, Índia. Muitas ruas residenciais funcionam naturalmente como Amsterdã, Holanda. Os espaços dedicados para brincadeiras favorecem
espaços compartilhados, multiplicando-se como espaços sociais para o compartilhamento da rua por todos os usuários e moderam o tráfego de
reuniões e brincadeiras. veículos ao configurar uma deflexão horizontal.
Remodelação | 10 m | 10 km/h
Copenhagen, Dinamarca. A “Ala das Batatas”, ou Kartoffelraekkerne, Malmö, Suécia. O bairro Bo01 incorpora estacionamento de bicicletas,
tem estrutura para brincadeiras, paisagismo e mesas para piquenique infraestrutura verde e mobiliários para reduzir a velocidade dos veículos
na rua. e priorizar as pessoas.
O processo conduzido
de baixo para cima,
colocado em prática
pelas organizações sem
fins lucrativos locais,
garantiu o apoio e
engajamento
comunitário durante a
criação desta rua
compartilhada Depois
ESTUDO DE CASO
Visão geral Metas Chaves para o sucesso
A Van Gogh Walk, anteriormente chamada • Oferecer espaço para as crianças O processo conduzido de baixo para cima,
de Isabel Street, é a peça central de brincarem e os moradores se colocado em prática pelas organizações
um projeto conduzido por moradores encontrarem. sem fins lucrativos locais, garantiu o apoio
em Stockwell, um distrito do sul de • Compensar a carência de espaço e engajamento comunitário.
Londres. Esse projeto transformou público ao ar livre na região.
uma via tradicional em uma nova rua • Favorecer a segurança e as atividades O projeto ocupou uma via subutilizada,
compartilhada e um espaço comunitário. dos pedestres. que anteriormente tinha a maior parte de
• Promover a interação entre a vizinhança seu espaço alocado aos carros.
O financiamento para a transformação e as atividades ao ar livre, como a
da rua foi alocado pelo conselho de O local carecia de espaço aberto de
jardinagem. qualidade e áreas para as crianças
bairro e obtido por uma organização sem • Incentivar os meios de transporte não
fins lucrativos chamada Streets Ahead, brincarem.
motorizados.
que captou o valor futuro dos ganhos O projeto formalizou os usos públicos
planejados pela melhoria das ruas do informais preexistentes.
bairro. Engajamento
A Isabel Street era uma rua residencial Entidades públicas
de 12 m de largura de baixo tráfego, Conselho de Lambeth
frequentemente utilizada como área de
brincadeiras pelas crianças do bairro. Associações de cidadãos e sindicatos
Streets Ahead
A maioria das propriedades do entorno é
formada por unidades residenciais sem Projetistas e engenheiros
jardins, e o parque mais próximo fica um Shape (Arquiteto Paisagista),
pouco distante, gerando demanda por FM Conway (Construtora)
espaço público.
Elementos-chave
Remoção de todas as demarcações entre
as áreas de pedestres e veículos.
Os pedestres podem utilizar a via por
inteiro.
Áreas estendidas para atividades ao ar
livre, incluindo áreas para brincadeira e
jardinagem.
3,5 6,00 3,3
12,3 m
DEPOIS
ANTES
Legenda de usuários:
Cronograma do projeto
Espaço de pedestres
2009 – 2013 Bicicletas
Transporte coletivo
Tráfego misto
Paisagismo
1995
2000
2005
2010
2015
10.5
Ruas de
bairro
10.5.1 Ruas residenciais
10.5.2 Ruas principais de bairro
232
Ruas
Ruas de bairro
23 3
Ruas
Ruas de bairro
Ruas residenciais
Existente | 13 m | 20 km/h
Depois
Fortaleza, Brasil. Imagens de antes e depois
mostram a transformação de uma rua
residencial pela utilização de medidas de
moderação de tráfego.
Remodelação | 13 m | 20 km/h
Recomendações de projeto
Mantenha uma faixa de tráfego em cada
direção com no máximo de 3 m de largura.
Ver 6.6.4: Faixas de tráfego.
Desenhe calçadas com rampas de
acessibilidade e faixas livres de pedestres
contínuas e desobstruídas.
Essa configuração apresenta dimensões
justas em virtude da restrição de espaço.
Quando existir mais área disponível, ou a
quantidade de vagas de estacionamento
puder ser diminuída, destine espaço
adicional aos pedestres, oferecendo-
-lhes um ambiente mais favorável
a caminhadas, com paisagismo e
mobiliário urbano.
1 Alterne as extensões de meio-fio
e jardins de chuva com as vagas de
estacionamento para criar pontos de Sydney, Austrália
estreitamento na via, que ajudam a
reduzir as velocidades.
2 Introduza travessias elevadas nos
Utilize as extensões de meio-fio para cruzamentos, pois elas atuam como
implantar árvores, postes de iluminação, medidas de moderação de velocidade e
suportes de bicicletas e outros priorizam os pedestres. Ver 11.5: Pequenos
mobiliários urbanos. cruzamentos elevados.
Existente | 16 m | 40 km/h
Condições existentes
Esta rua residencial de mão única tem
estacionamento irregular na faixa
adjacente ao meio-fio e faixas de tráfego
largas, que incentivam a aceleração e
tornam a rua insegura para os usuários
vulneráveis.
As calçadas são descontínuas ou
não existentes, resultando na falta
de acessibilidade para os pedestres.
As rampas de entrada de veículos,
as inclinações da via, os postes de
iluminação e outros serviços criam
obstruções frequentes.
4
Remodelação | 16 m | 20 km/h
Existente | 24 m | 60 km/h
Condições existentes
Essa ilustração representa uma rua
de mão dupla em um bairro de alta
densidade. A rua serve ao tráfego local e a
algum tráfego de passagem.
Remodelação | 24 m | 40 km/h
Largura da via: 20 m
Cruzamento em “T”
Fotos: Cidade de Sydney
ESTUDO DE CASO
Elementos-chave Lições aprendidas Chaves para o sucesso
Separação. Uma ciclovia segregada dos Por ser a primeira de seu tipo estabelecida Liderança política do Conselho da Cidade
motoristas e pedestres, posicionada entre em uma área de conservação de Sydney.
a calçada e os veículos estacionados ou estabelecida, houve uma pequena
em movimento. oposição verbal acerca de possíveis danos Liderança e gestão de profissionais
ou prejuízos às árvores protegidas pelo experientes do Conselho da Cidade de
Proteção. Barreiras físicas, como patrimônio, da provável perda de vagas de Sydney.
canteiros centrais, guias, vegetação estacionamento, das potenciais lesões
de amortecimento e jardins de chuva, de ciclistas causadas pelas portas dos Consultores experientes.
maximizam a separação dos motoristas e carros e dos riscos de lesões de pedestres
pedestres, proporcionando aos ciclistas causadas pelos ciclistas. Parceria colaborativa com o
um senso de proteção, ao mesmo tempo Departamento de Estradas.
em que melhora também a experiência Os programas de treinamento para
dos pedestres. o uso de bicicletas e de mudança de Empreiteiros motivados.
comportamento ao longo de rotas
Estreitamento de faixa. Faixas com cicloviárias movimentadas promovem
larguras adequadas moderam o tráfego uma cultura positiva em relação ao Engajamento
de veículos e retomam o espaço da ciclismo e adaptam os usuários para
Entidades públicas
via para a caminhada, o ciclismo e o uma percepção nova e compartilhada do
Conselho da Cidade de Sydney, serviços
embelezamento. espaço público.
de ônibus, de estradas e marítimos de
Sydney
Cruzamentos em “T”. Os cruzamentos em Para garantir um ambiente seguro
“T” de baixo volume com ruas transversais e preservar a comodidade para os Grupos privados e parcerias
resultaram no desenvolvimento de pedestres e moradores, foram adotadas Comerciantes locais
um “ambiente compartilhado de as seguintes medidas:
cruzamento”. Esse desenho dá o direito • Limite de velocidade reduzido a 40 km/h, Associações e organizações sem fins
de uso da via aos pedestres e fornece por meio da instalação de dispositivos lucrativos
direitos equivalentes a ciclistas e de moderação de tráfego e da remoção Bike Sydney
motoristas na área do cruzamento. das linhas centrais da via para diminuir a
velocidade dos veículos. Projetistas e engenheiros
• Extensões de meio-fio instaladas para Group GSA, GTA Consultants e Northrop
ampliar as linhas de visão e reduzir as
distâncias de travessias de pedestres
e ciclistas.
• Melhorias na paisagem da rua e na
iluminação das rotas cicloviárias.
Legenda de usuários:
Espaço de pedestres
Bicicletas
Transporte coletivo
Tráfego misto
Paisagismo
Estacionamento
2,40
3,60 2,10 5,80 2,10 2,80 3,60
20 m
DEPOIS
ANTES
2000
2005
2010
2015
Existente | 18 m | 50 km/h
Remodelação | 18 m | 30 km/h
Existente | 22 m | 50 km/h
Condições existentes
Essa ilustração representa uma rua
principal de bairro com excessivas
faixas de tráfego e estacionamento
junto ao meio-fio, que promovem uma
paisagem urbana caótica e centrada nos
automóveis. A rua é utilizada como uma
via de passagem, e não como um destino
em si.
Remodelação | 22 m | 40 km/h
Recomendações de projeto
A rua é transformada a partir da remoção
de uma faixa de tráfego em cada direção,
que permite o acréscimo de ciclofaixas
protegidas e o alargamento das calçadas,
e promove diversas opções de mobilidade.
Existente | 30 m | 60 km/h
Condições existentes
A ilustração retrata uma rua principal de
bairro com um leito viário muito largo e
estacionamento irregular dos dois lados.
Esta rua conecta os subúrbios ao centro
da cidade, servindo predominantemente
como uma avenida.
O estacionamento em ângulo amplia
o raio de conversão no cruzamento,
incentivando as curvas em alta velocidade
e reduzindo a visibilidade. As travessias
de pedestres podem não ser demarcadas
nem possuir semáforos.
Adis Abeba, Etiópia Charleston, EUA
Os motoristas muitas vezes não dão
preferência aos pedestres nas travessias.
Tais condições expõem os usuários
Os carros que entram e saem das vagas de As calçadas são inacessíveis e muitas
vulneráveis a conflitos.
estacionamento bloqueiam as faixas de vezes bloqueadas ou interrompidas por
tráfego e criam condições perigosas para carros estacionados, postes, vendedores
os ciclistas. Essa é também uma causa de rua e demais mobiliários urbanos.
comum de colisões traseiras.
Algumas atividades de piso térreo, tais
Os passageiros de transporte coletivo são como as de carga, podem extrapolar para
forçados a desembarcar na via porque os a calçada, obstruindo a faixa livre de
carros estacionados bloqueiam o acesso pedestres.
dos ônibus às suas respectivas paradas.
5
4
1
2
Remodelação | 30 m | 40 km/h
Extensão: aproximadamente 1 km
Financiamento: público
Antes
Velocidade máxima: 40 km/h
a Catedral de
rb Rua M
tsu St. Mark G
Ka
ua
Mark’s
R
lle
Rua St.
Rua Lave
Rua
M
us
eu
m
k’s
Banco Estatal
Depois
t. Mar
da Índia
Foto: Jana Urban Space
Rua S
cy
en
a
Re
sid
Os desafios da rua foram tratados
Ru
por meio de uma abordagem
abrangente e multidimensional:
quebre uma vez, e conserte de uma
Mapa do contexto
vez por todas.
ESTUDO DE CASO
Visão geral Chaves para o sucesso Avaliação
A reconstrução dessa rua de mão • Coordenação entre instituições.
única trouxe à tona diversos desafios
importantes, incluindo o desenho e
• Participação e engajamento públicos
desde os estágios iniciais do projeto. +250%
planejamento inadequados, padrões • Documentação e verificação das
ruins de manutenção e gerenciamento instalações de serviços existentes Aumento no volume de pedestres
ineficiente dos serviços. como parte do processo de
O projeto foi tratado por meio de planejamento e desenho.
uma abordagem abrangente e -3 min.
multidimensional elaborada pelo
programa Tender S.U.R.E.: quebre uma
Engajamento
Tempo de espera em travessias de
vez, e conserte de uma vez por todas. Entidades públicas pedestres reduzido de 5 minutos para 2
Essa abordagem promove o investimento Governo de Karnataka, Companhia minutos
inicial em materiais e a construção de Municipal de Bangalore (BBMP),
qualidade para aumentar a durabilidade. Departamento de Desenvolvimento de
Bangalore, KPTCL, Polícia de Trânsito, 12 seg.
Companhia Metropolitana de Transportes
Metas de Bangalore (BMTC), BESCOM Tempo de travessia dos pedestres
reduzido em 12 segundos em função das
• Equilibrar os usos existentes. Organizações sem fins lucrativos distâncias mais curtas de travessia
• Melhorar a experiência do usuário, Jana Urban Space, Centro Janaagraha
aumentar a segurança dos pedestres e pela Cidadania e Democracia
moderar o tráfego.
• Reduzir os procedimentos nocivos de Projetistas e engenheiros
construção por meio do investimento Jana USP (Projetista), NAPC (Construtora)
em construção de qualidade com
durabilidade de longo prazo.
Elementos-chave
Calçadas melhoradas e estendidas.
linhas de serviços.
2000
2005
2010
2015
Estacionamento
10.6
Avenidas e
bulevares
10.6.1 Ruas centrais de mão única
10.6.2 Ruas centrais de mão dupla
10.6.3 Ruas de transporte coletivo
10.6.4 Ruas grandes com transporte coletivo
10.6.5 Grandes avenidas
25 0
Ruas
Avenidas e bulevares
251
Ruas
Avenidas e bulevares
Ruas centrais de mão única
Existente | 18 m | 50 km/h
4
3 5
Remodelação | 18 m | 30 km/h
Existente | 25 m | 60 km/h
O espaço insuficiente na calçada força Essa rua pode ter sido convertida em
a atividade comercial, os vendedores e operação de mão única para acomodar o
pedestres a ocupar parte do leito viário e crescimento de volume, mas permanece
das vagas de estacionamento. congestionada em razão da falta de
espaço destinado a outros usos.
A ausência de travessias demarcadas cria
um ambiente inseguro para os usuários
vulneráveis. As calçadas altas sem
rampas de pedestres impedem o acesso
universal.
2
1
Remodelação | 25 m | 30 km/h
Existente | 31 m | 50 km/h
Condições existentes
Esta figura mostra uma rua larga de mão
única no centro da cidade que coexiste
com uma combinação extremamente ativa
de usos do solo.
Remodelação | 31 m | 30 km/h
Largura da via: 30 m
Financiamento: público
Visão geral
A Second Avenue de Manhattan foi
transformada por meio de uma série de
projetos, cada um deles reconfigurando
uma seção de múltiplas quadras da rua.
ESTUDO DE CASO
Metas Engajamento Avaliação
• Diminuir a quantidade de acidentes Entidades públicas
de trânsito e fornecer uma instalação
cicloviária segura e dedicada.
Departamento de Transportes da Cidade
de Nova York, Transporte Coletivo da
+60%
• Reduzir os tempos de viagem dos Cidade de Nova York
ônibus. Ampliar o volume de ciclistas e Aumento no volume de ciclistas
as atividades de pedestres. Associações de cidadãos e sindicatos
• Reduzir os volumes de tráfego, ruídos e
poluição e, ao mesmo tempo, aumentar
Grupos de defesa locais
+9%
a segurança dos pedestres. Projetistas e engenheiros
• Estimular a vitalidade econômica e Departamento de Transportes da cidade Aumento no número de passageiros
promover a atividade comercial local. de Nova York, Departamento de Projetos e da linha M15 de ônibus
Obras da cidade de Nova York
-12%
Lições aprendidas
Redução no volume de veículos
O projeto favoreceu a mobilidade e pela manhã
sustentabilidade. Ajudou a reduzir os
volumes de veículos, uma vez que seus
usuários passaram a utilizar outros meios -15%
de locomoção, incluindo o ciclismo (+60%)
e o transporte coletivo (9% de aumento na Redução no volume de veículos à tarde
quantidade de passageiros).
Elementos-chave
Remoção de uma faixa de veículos
motorizados.
Cronograma do projeto
Legenda de usuários:
2010 – Hoje Espaço de pedestres
Bicicletas
Transporte coletivo
Tráfego misto
1995
2000
2005
2010
2015
Paisagismo
Existente | 20 m | 50 km/h
Remodelação | 20 m | 30 km/h
Existente | 30 m | 60 km/h
Bogotá, Colômbia
2
3
Remodelação | 30 m | 40 km/h
Toronto, Canadá
Existente | 40 m | 60 km/h
1
3
Remodelação | 40 m | 40 km/h
Extensão: 0,8 km
Largura da via: 28 m
Visão geral
Götgatan é uma vibrante rua principal
no distrito central de Södermalm, com
escritórios, lojas e restaurantes que
atendem a um denso distrito residencial.
A rua é também a mais importante rota
para os ciclistas que veem dos subúrbios
do sul com destino ao Distrito Central de
Negócios.
ESTUDO DE CASO
Metas Lições aprendidas Avaliação
• Melhorar o ambiente urbano e o A experiência é um método bem-sucedido
desempenho de uma rua popular de para a conquista rápida de mudanças
compras e entretenimento. quando não se tem certeza sobre os +90%
• Reforçar a acessibilidade e a segurança resultados.
dos ciclistas, que superam os
Aumento no volume de bicicletas
motoristas em quantidade nos horários Deixe claro que o processo é uma
de pico. experiência para que os usuários não
• Ilustrar os princípios da Estratégia de
Mobilidade Urbana e demonstrar a
pensem que as alterações estão sendo
feitas de maneira econômica. 68%
flexibilidade do ambiente de rua como
parte de um processo mais amplo de Ative áreas de mobiliário temporário para Pedestres que declararam que o ambiente
engajamento público. evidenciar os novos usos. As entregas são da rua está melhor do que antes
• Coletar informações em uma ampla um ponto-chave de conflitos e precisam
gama de métricas que orientem de consultoria e projetos cuidadosos.
a tomada de decisões para uma
reconfiguração mais permanente
72%
da rua. Engajamento
Ciclistas que se sentiram mais seguros
Entidades públicas após a implementação
Administração de tráfego da Cidade
de Estocolmo, Polícia de Estocolmo,
Brigada de Incêndio da Grande Estocolmo, 40%
Transporte de Estocolmo
Comerciantes que acham que o ambiente
Associações e grupos de rua está melhor
Câmera de Comércio de Estocolmo,
Companhias da Associação Sueca de
Transporte Rodoviário, Associação
Sueca de Táxis, Associação Sueca de
Ciclistas, Associação Sueca de Pedestres,
moradores e comerciantes locais.
Elementos-chave
Ampliação da largura das calçadas com
zonas para mobiliário urbano temporário.
2000
2005
2010
2015
Estacionamento
Existente | 16 m | 50 km/h
Remodelação | 16 m | 15 km/h
Existente | 32 m | 50 km/h
4
3
Remodelação | 32 m | 15 km/h
Existente | 35 m | 50 km/h
2
1
Remodelação | 35 m | 20 km/h
Minneapolis, EUA
Largura da via: 30 m
Visão geral
A Swanston Street é uma das principais
vias do eixo norte-sul da cidade de
Melbourne, delineada em ambos os lados
por uma grande quantidade de marcos
urbanos simbólicos.
Depois
Fotos: Cidade de Melbourne (antes) e Dongsei Kim (depois)
ESTUDO DE CASO
Metas Em uma inovadora estratégia de Lições aprendidas
divulgação, foram contratados
• Fortalecer a identidade da cidade e comediantes para trabalhar com os O engajamento da comunidade ao longo do
favorecer a experiência do usuário e o usuários, ajudando-os a entender o projeto garantiu o compartilhamento de
acesso de consumidores, visitantes, novo arranjo espacial e as condições informações durante o desenvolvimento
trabalhadores, ciclistas e usuários de modificadas do tráfego. do desenho. Um agente de articulação
transporte coletivo. comunitária em tempo integral manteve
• Criar espaços públicos mais atraentes, os comerciantes locais e parceiros
democráticos e seguros. Elementos-chave importantes informados, e lidou com os
• Oferecer espaços onde as pessoas problemas na medida em que surgiam, ao
possam se encontrar e se reunir. Ampliação da largura das calçadas. longo do período de construção.
• Proporcionar espaços para artes e
eventos. Reforço da legibilidade das ruas.
Engajamento
Ciclofaixas dedicadas.
Sucessos-chave Entidades públicas
Elevação das plataformas de bondes para Cidade de Melbourne, Yarra Trams,
Fornecer um ambiente comercial permitir o acesso universal. VicRoads, Polícia de Victoria,
aprimorado. Departamento de Transportes,
Remoção do acesso de táxis e veículos em Planejamento e Infraestrutura Local
Proporcionar uma experiência de todos os horários.
transporte coletivo eficiente, igualitária e Grupos privados e parcerias
confortável. Manutenção do acesso de veículos de Grupo Australiano de Indústria,
serviços públicos, entregas e emergência. Associação Australiana de Comércio
Desenho de paisagem urbana de alta
qualidade, que reflete as características Acabamentos de alta qualidade, incluindo Associações de cidadãos e sindicatos
singulares da cidade. pavimentação com granitos e pedras do Bicicletas de Victoria, Sindicato dos
tipo bluestone, projeto personalizado de Trabalhadores de Transportes
As recém-construídas paradas de
bondes criaram uma zona compartilhada, iluminação, mobiliário e vegetação típica.
Projetistas e engenheiros
mudando o comportamento de seus Cidade de Melbourne
Paradas de transporte coletivo
passageiros, ciclistas e pedestres.
posicionadas sempre que possível nas
proximidades de destinos públicos, tais
como a City Square e a State Library.
Legenda de usuários:
Espaço de pedestres
Bicicletas
Transporte coletivo
Tráfego misto
Paisagismo
Compartilhado
2000
2005
2010
2015
Existente | 32 m | 60 km/h
Remodelação | 32 m | 30 km/h
Existente | 38 m | 60 km/h
Remodelação | 38 m | 30 km/h
Extensão: 1,95 km
Largura da via: 30 m
elementos-chave
Alargamento da calçada (de 4 m para 8 m)
e estreitamento da faixa de tráfego.
Ciclovia segregada.
Depois
Fotos: APUR, NACTO
ESTUDO DE CASO
Visão geral Não foi implantada nenhuma vaga de Avaliação
estacionamento junto ao meio-fio ao
A transformação do bulevar faz parte do longo do bulevar. Os cruzamentos se
programa Espaces Civilisés (Espaços
Civilizados), lançado no início dos anos
tornaram mais seguros com faixas de
pedestres, ilhas de refúgio ampliadas e
+145%
2000 com o objetivo de reduzir o grande fases de semáforo estendidas para as
volume de tráfego que dominava muitos Aumento no volume de bicicletas entre
travessias.
dos amplos bulevares e avenidas de Paris. 2001 e 2007
Foram acrescentados nova pavimentação,
O Boulevard de Magenta foi um dos
primeiros a ser transformado após a
paisagismo e mobiliário urbano às
calçadas e praças. Os comerciantes
-50%
introdução das diretrizes de espaços assinaram cartas de qualidade
cívicos. para estabelecer a adoção de uma Diminuição no volume de tráfego
sinalização uniforme e procedimentos de
Apelidado pelos moradores locais de
Via Expressa Magenta, o bulevar chegou
administração pública. -32%
a suportar volumes de tráfego de até
1.400 veículos por hora em cada direção, Diminuição na poluição do ar entre 2002
frequentes excessos de velocidade e Metas e 2006
muitas fatalidades nos cruzamentos. Os
níveis de ruído e poluição estavam entre • Reduzir as fatalidades de tráfego, os
os mais altos da cidade. congestionamentos e a poluição. 0
• Criar um ambiente mais atraente e
No âmbito do programa, foram investidos orientado ao uso dos pedestres. Fatalidades de tráfego em quatro anos
24 milhões de euros em alargamento de • Criar um espaço que favoreça os após a transformação
calçadas, arborização e construção de negócios.
ciclovias protegidas. Foram instalados
divisores de granito para proteger uma -5,5%
nova faixa dedicada aos ônibus. Engajamento
Redução na poluição sonora (de 72 dB
Para acomodar as entregas, foram Municipalidade de Paris, Região de Île-de- para 68 dB)
instaladas vagas para caminhões com 30 -France, Governo Central, associações de
minutos de tolerância na área de meio-fio cidadãos e comerciantes.
adjacente às faixas dedicadas aos ônibus. 293
Número de árvores plantadas
Legenda de usuários:
Espaço de pedestres
Bicicletas
Transporte coletivo
Tráfego misto
Paisagismo
Estacionamento para entregas
1,50
4,70 2,40 3,50 5,80 3,50 8,60
30 m
DEPOIS
ANTES
Cronograma do projeto
Março de 2001 – maio de 2006 (aprox. 5 anos e 3 meses)
1995
2000
2005
2010
2015
Existente | 52 m | 70 km/h
As vias mais amplas da cidade têm muitas Condições existentes O transporte coletivo de massa que
vezes uma importância regional, mas circula no corredor central tem pontos
não são integradas às suas localidades. A ilustração acima retrata uma rua principal de acesso e saída restritos. As paradas
com um corredor central de transporte podem carecer de elementos de
Perigosamente rápidas e ainda assim
coletivo e ciclofaixas desprotegidas. Ela acessibilidade apropriados.
propensas a congestionamentos, essas serve como um eixo arterial com três
ruas servem ao tráfego de passagem ao amplas faixas para o tráfego veloz de Os veículos de carga estacionados em fila
custo de outros usos e formam barreiras veículos em cada direção. Essa rua conecta dupla criam conflitos ao forçar os veículos
para os pedestres e o tráfego transversal. a cidade através de diversos bairros e tem a mudar de faixa e proporcionam riscos à
Muitas ruas foram projetadas com base importância regional. segurança dos motoristas e ciclistas nos
no pressuposto segundo o qual a única horários de pico.
maneira de expandir a capacidade para a As questões de segurança para os
circulação de pessoas seria por vias com usuários vulneráveis são agravadas pelas
larguras mais amplas. No entanto, as ruas longas distâncias de travessia e faixas de
mais largas são inerentemente menos pedestres mal definidas e recuadas, que
aumentam seu tempo de percurso.
eficientes por faixa, por isso a melhor
maneira de otimizar seu rendimento é
As calçadas são largas. No entanto, a
fazendo uso de meios de transporte de falta de paisagismo e de atividades dos
ocupação mais alta. pisos térreos faz delas espaços pouco
convidativos e maçantes.
Remodelação | 52 m | 40 km/h
Recomendações de projeto
Delimite e demarque os diferentes meios
de transporte de forma a compartilhar e
administrar a rua de maneira eficiente.
Reforce as faixas centrais de transporte
coletivo por meio de pavimentações
distintas ou tratamento de cores. Forneça
plataformas para embarque em nível,
rampas e caminhos acessíveis, bem como
elementos sonoros e táteis.
1 Implante travessias com controle no
meio da quadra, próximas às paradas de
transporte coletivo, a fim de facilitar o
Antuérpia, Bélgica Barcelona, Espanha
acesso dos pedestres pelos dois lados da
rua. Cubra as paradas para proporcionar
um espaço de espera protegido e 2 Substitua uma faixa de tráfego em 3 Designe zonas de carga em locais
confortável.
cada direção por uma ciclovia protegida estratégicos da faixa de estacionamento.
pela faixa de estacionamento para Restrinja as atividades de entrega ou
Instale ilhas de refúgio no canteiro central
incentivar o ciclismo como uma opção incentive sua realização fora dos horários
e nas extensões de meio-fio para encurtar
de mobilidade saudável e sustentável. de pico para eliminar as obstruções
a distância total de travessia.
Podem ser instaladas estações de causadas pelo estacionamento em
Incentive a atividade comercial e a compartilhamento de bicicletas fila dupla. Ver 6.7: Desenhando para
presença de vendedores de rua nas adjacentes às ciclovias e próximas às operadores de cargas e serviços.
calçadas mais amplas. Acrescente estações de transporte coletivo para
mobiliário urbano e paisagismo, acomodar os trechos iniciais e finais de
mantendo uma faixa livre contínua para os trajeto.
pedestres.
Implante arborização e infraestrutura
verde ao longo dos canteiros laterais
adjacentes à faixa de estacionamento
para dissipar o ruído da via, gerenciar o
escoamento de águas pluviais e favorecer
o ambiente urbano.
GUIA GLOBAL DE DESENHO DE RUAS 283
Ruas
Avenidas e bulevares
Grandes avenidas
Existente | 62 m | 70 km/h
Condições existentes
A ampla rua urbana acima ilustrada
comporta um tráfego de passagem em
alta velocidade nas faixas de tráfego
centrais e um tráfego local combinado
com veículos estacionados em fila dupla
nas faixas laterais de serviço. Um canteiro
central com gradis limita a travessia de
pedestres.
1 4
3
2
Existente | 76 m | 70 km/h
5
1
Extensão: 2,7 km
Financiamento: público
Depois
Fotos: Cidade de Buenos Aires
ESTUDO DE CASO
Visão geral Elementos-chave Metas
Uma das mais largas vias urbanas do Novo corredor central de BRT com quatro • Melhorar a segurança da via e as
mundo, a avenida 9 de Julio funcionava faixas, em substituição ao tráfego misto condições de tráfego.
como uma via expressa através da cidade. que circulava pelo mesmo espaço. • Melhorar o desempenho, a eficiência e
Em 2013, ela foi transformada por um a confiabilidade do transporte coletivo.
abrangente projeto de capital, com a Plataforma de embarque central em nível. • Promover a alteração modal dos
finalidade de promover o uso do corredor veículos particulares para o transporte
Canteiros laterais com vegetação. coletivo.
pelo transporte coletivo e por pedestres.
As rotas de ônibus foram deslocadas de • Melhorar a qualidade do ar, reduzir o
Caminhos centrais para o trajeto de consumo de energia e a emissão de
estreitas ruas paralelas para a avenida, pedestres, conectando todas as estações
o que favoreceu a sua eficiência e poluentes.
da avenida. • Reduzir a poluição sonora.
legibilidade, e ampliou a capacidade da
avenida. Demarcações para os pedestres e • Redesenhar 60% de todas as ruas
acréscimo de semáforos de LED, com da área central, a fim de priorizar os
indicadores de contagem regressiva nas pedestres e ciclistas.
Chaves para o sucesso paradas de transporte coletivo.
• Coordenação entre instituições.
• Modernização da frota de veículos e
treinamento dos motoristas.
Engajamento
• Projeto orientado pelo contexto. Entidades públicas
• Participação e engajamento públicos. Cidade de Buenos Aires, Governo Federal,
• Compromisso da cidade em melhorar a operadores de ônibus
infraestrutura de transporte coletivo ao
longo do corredor. Associações de Cidadãos e Organizações Legenda de usuários:
sem Fins Lucrativos Espaço de pedestres
Organizações sem fins lucrativos locais e Bicicletas
associações de moradores, motoristas de Transporte coletivo
ônibus e de táxis, e lojistas Tráfego misto
Paisagismo
Estacionamento
2 3 3 3 3 3 3 3 3 2 7 6
8m 11 m 24 m 15 m 11 m
DEPOIS
ANTES
2000
2005
2010
2015
-63% -5.615%
Diminuição nos tempos de Redução de toneladas de CO2
trajeto de ônibus devido à equivalentes por ano
implantação do BRT
10.7
Condições
especiais
Ainda que os princípios fundamentais para a
priorização de pessoas possam ser aplicados por
todo o planeta, é também essencial identificar e
melhorar as condições especiais típicas de cada
lugar.
As cidades se estabeleceram ao longo de
diferentes períodos, urbanizaram-se em taxas
diversas e têm evoluído e se adaptado aos seus
respectivos contextos e condições climáticas e
ambientais.
As características especiais das redes de rua
muitas vezes oferecem oportunidades exclusivas
para a transformação. Elas podem ser alavancadas
de forma a melhorar a qualidade do espaço
público, proporcionar novas opções de mobilidade
e reorganizar a infraestrutura urbana existente.
Esses projetos estratégicos podem ter um impacto
transformador sobre a área expandida para além do
bairro e dos limites da intervenção física.
Os projetos podem incluir a pedestrianização de
centros históricos, a restauração de cursos d’água
naturais, o redesenho de estruturas elevadas,
a revitalização de áreas adjacentes a orlas ou o
redesenvolvimento de antigos bairros industriais.
Este capítulo discute algumas das oportunidades
menos tradicionais para o redesenho de ruas.
Trabalhe em conjunto com governos locais,
projetistas e comunidades a fim de identificar
as condições especiais nos bairros que estejam
preparados para a reestruturação.
Cairo, Egito
290
Ruas
Condições especiais
2 91
Ruas
Condições especiais
Melhoria de estruturas elevadas
Existente | 34 m | 50 km/h
Existem estruturas elevadas em muitas Condições existentes O espaço sob a estrutura elevada oferece
cidades ao redor do mundo. Diversos sombreamento e proteção contra
bairros foram divididos ao longo de um A ilustração acima retrata a condição de chuva, mas é escuro e inseguro. Pode
século de construção de vias elevadas uma rua com estrutura elevada pela qual ser utilizado como estacionamento
expressas, avenidas e corredores percorrem múltiplas faixas de tráfego. regular ou irregular e é propenso ao
dedicados ao transporte coletivo sobre acúmulo de resíduos por conta da falta de
As estruturas elevadas, tais como vias
ruas existentes. A melhoria dos espaços manutenção ou de administração.
expressas, viadutos e ferrovias, têm sido
debaixo e ao redor dessas estruturas construídas em muitas cidades com a
pode transformar áreas inutilizadas em finalidade de evitar os cruzamentos com
locais diferenciados, que revitalizam os semáforos e reduzir o tempo de espera
bairros e reconectam as comunidades. para o tráfego de passagem em alta
velocidade dos veículos motorizados ou
de transporte coletivo. Com a intenção
de atender às necessidades dos veículos
pelas estruturas elevadas, as cidades
criaram espaços pouco convidativos para
os usuários no nível da rua.
Remodelação | 34 m | 30 km/h
2
Introduza travessias que conectem os
Acrescente tratamentos de canteiros centrais entre si, de forma a
iluminação, cores e superfícies. Quando posicionar os espaços como um corredor
os níveis de ruído forem altos, instale contínuo.
painéis de absorção sonora, forros
acústicos ou elementos amortecedores
para atenuar a poluição sonora.
Financiamento: municipalidade de
Zaanstad
Visão geral
Koog aan de Zaan é uma cidade localizada
10 km a noroeste de Amsterdã e faz parte
de sua área metropolitana. Na década
de 1970, foi construída uma nova via
expressa, que dividiu o tecido urbano da
cidade de maneira brutal.
Por muitos anos, a área foi negligenciada
e utilizada como estacionamento de
superfície.
O projeto pretendeu restaurar a conexão
entre os dois lados da cidade e ativar o
espaço sob a via expressa elevada.
Um processo participativo que contou
com o engajamento de moradores, Depois
comerciantes e do governo local levou
Fotos: NL Architects
à proposta de redesenho do espaço
localizado abaixo da estrutura, que incluiu
um supermercado, uma loja de flores,
uma peixaria e instalações recreativas,
como um parque, uma praça de skate e
uma marina para esportes náuticos, que
reconectou os dois lados da cidade e os
ligou ao rio vizinho à área.
ESTUDO DE CASO
Elementos-chave Lições aprendidas Engajamento
Transformação do espaço antes utilizado O desejo político e a colaboração entre o Entidades públicas
como estacionamento de superfície sob governo local e a comunidade tornaram Municipalidade de Zaanstad
uma estrutura elevada em uma área ativa possível a transformação de um espaço
de uso misto. que havia sido negligenciado por mais de Associações de cidadãos e organizações
trinta anos. sem fins lucrativos
Ampliação das calçadas e novos materiais Moradores e comerciantes
de pavimentação.
Projetistas e engenheiros
Chaves para o sucesso NL Architects, Carve
Lojas em contêineres e espaços
recreativos que podem ser alterados com O engajamento dos moradores e
o passar do tempo. comerciantes no processo de desenho
orientou a municipalidade sobre as
necessidades da comunidade e ajudou a
Metas criar um espaço cívico de sucesso.
• Reconectar os dois lados da cidade de
Koog aan de Zaan. Parque
• Reativar o espaço abaixo da estrutura
elevada.
• Oferecer espaços recreativos e
comodidades locais aos moradores. A’
Praça
Marina
Cronograma do projeto
B
A B’
2003 – 2006 (2 anos e 10 meses) Praça da
Igreja
1995
2000
2005
2010
2015
Seção AA’
Legenda de
usuários:
Espaço de
pedestres
Bicicletas
Transporte
18,5 5,9 3,40 1,90 3,40 1,80 10,9 coletivo
27 m Tráfego
misto
DEPOIS
Entregas /
estacionamento
ANTES
Seção BB’
Existente | 47 m | 70 km/h
Remodelação | 47 m | 40 km/h
Recomendações de projeto
A estrutura elevada é removida para
criar uma rua igualitária para múltiplos
usuários. A implantação de faixas
de transporte coletivo aumenta sua
capacidade. A infraestrutura cicloviária
e a melhoria do espaço de uso dos
pedestres resultam em experiências mais
seguras e confortáveis para a caminhada
e o ciclismo.
1 Acrescente um corredor central
dedicado ao transporte coletivo ladeado
por amplos canteiros centrais, que
servem como áreas de embarque, refúgios
de pedestres e espaço para implantação
de infraestrutura verde. Ver 6.5.4:
Infraestrutura para transporte coletivo.
Largura da via: 50 m
Visão geral
O Governo Metropolitano de Seul decidiu
desmontar a pista de dez faixas e a
via expressa elevada de quatro faixas,
pelas quais circulavam mais de 170.000
veículos por dia ao longo do canal
Cheonggyecheon. A transformação
da rua incentivou a prevalência do
uso do transporte coletivo sobre o de
veículos particulares e a criação de
espaços públicos ambientalmente mais
sustentáveis e orientados ao uso de
pedestres. O projeto contribuiu para
o aumento de 15,1% na quantidade de
passageiros de transporte coletivo e de
3,3% de passageiros de metrô entre 2003
e 2008. A rua revitalizada atrai agora Depois
64.000 visitantes diariamente. Fotos: Companhia Metropolitana de Gerenciamento de Instalações de Seul
ESTUDO DE CASO
Metas Engajamento Avaliação
• Melhorar a qualidade do ar, da água e Entidades públicas
de vida.
• Reconectar as duas partes da cidade
Governo Central, Municipalidade de
Seul, Governo Metropolitano de Seul,
+76%
que estavam antes divididas pela Administração do Patrimônio Cultural
infraestrutura da via. Aumento nas atividades de pedestres
Grupos privados e parcerias
Lições aprendidas Grupo de Pesquisas de Cheonggyecheon
-4,5%
A governança inovadora e a coordenação
entre agências foram essenciais ao Associações de cidadãos e sindicatos
Comitê de Cidadãos para o Projeto de Redução nos efeitos de ilha de calor
processo. urbano
Restauração de Cheonggyecheon
O engajamento público com os moradores,
comerciantes locais e empresários foi Projetistas e engenheiros -45%
importante para racionalizar o processo. Equipe de projeto urbano do Instituto de
Desenvolvimento de Seul, Dongmyung Diminuição no volume de veículos
A redução da capacidade das faixas de Eng, Daelim E&C
tráfego resultou na diminuição do tráfego
de veículos. Foram realizadas cerca de 4.000 reuniões -10,3%
com os moradores. Foi desenvolvido um
programa chamado “Muro da Esperança” Diminuição na poluição do ar
para incentivar o engajamento da
população, que resultou na participação
de 20.000 pessoas. +15,1%
Aumento na quantidade de passageiros
de ônibus
+3,3%
Aumento na quantidade de passageiros
de metrô
Elementos-chave
Remoção da estrutura de concreto da via
expressa elevada.
1995
2000
2005
2010
Existente | 40 m | 60 km/h
2 1
Remodelação | 40 m | 20 km/h
População: 30.000
Largura da via: 24 m
Visão geral
Este é um corredor comercial e um dos
quatro cruzamentos ferroviários do
norte de Paso Robles, na Califórnia,
que estabelece uma conexão essencial
entre uma escola local e um parque da
cidade, e dá acesso às áreas de feiras
do centro do estado. Quando a cidade se
desenvolveu na década de 1880, essa via
foi pavimentada por cima de um córrego
enterrado, o Mountain Springs Creek,
um afluente do Rio Salinas, que corre
pelas proximidades e drena uma área
de 1.200 acres, e pouca infraestrutura
foi proporcionada para a canalização do
córrego. Com o crescimento da cidade
e a aceleração de seu desenvolvimento
em direção a montante, o escoamento de
águas pluviais poluídas aumentou. Antes
da transformação, a rua e os imóveis
adjacentes eram inundados durante as
grandes tempestades, que causavam
erosões e criavam riscos para o tráfego. Depois
Fotos: SvR Design Company (antes), CannonCorp Engineering (depois)
No início do processo, os membros
da equipe reconheceram os diversos
benefícios do desenho em prol da
segurança, da sustentabilidade ambiental
e da boa qualidade dos espaços públicos.
O recém-configurado eixo transformou
cinco quadras da cidade por meio de
moderação de tráfego, da melhoria de
mobilidade dos ciclistas e pedestres
e da introdução de drenagem natural
pela rede de transportes, aumentando o
reabastecimento do lençol freático.
ESTUDO DE CASO
Metas Chaves para o sucesso Avaliação
• Reduzir a frequência e gravidade Aproveite os profissionais com
das inundações na rua e melhorar a
infiltração das águas pluviais.
experiência em tecnologias emergentes
em ruas verdes para fornecer suporte à
-30%
• Reforçar a segurança para os expertise dos engenheiros locais.
pedestres e ciclistas. Diminuição da velocidade média
• Reduzir a velocidade dos veículos por Os elementos de projeto ao longo do de 49 km/h para 38 km/h
meio da implantação de dispositivos eixo correspondem às restrições da via,
de moderação de tráfego.
• Ampliar o sombreamento e o apelo
bem como às metas de gestão de águas
pluviais e de mobilidade. -20%
estético por meio de arborização e uso
de plantas tolerantes às secas. Redução da área dedicada ao
Engajamento tráfego de veículos
Entidades públicas
Lições aprendidas Cidade de Paso Robles (proprietária)
Conselho de Águas da Costa Central da
0
Após ter sido autuada por uma descarga
Califórnia
ilícita no Rio Salinas, a cidade trabalhou Sem acidentes (com veículos, ciclistas e
em parceria com o conselho estadual de pedestres) desde a conclusão do projeto
Grupos privados e parcerias
águas para redirecionar o valor da multa Iniciativa para os Empreendimentos
para o financiamento do plano conceitual,
que foi a base para o requerimento de
de Baixo Impacto da Costa Central da
Califórnia +80%
uma Concessão Estadual pela Ecologia
Urbana, que financiou a engenharia e a Associação de cidadãos e sindicatos Aumento de árvores plantadas,
construção final. Grupo Consultivo de Parceiros de 48 para 88
(proprietários e comerciantes das
O trabalho conjunto de organizações
públicas, privadas e não governamentais
proporcionou um apoio mais amplo e
adjacências)
15.000 L
Projetistas e engenheiros
o acesso a um financiamento inovador SvR Design Company, CannonCorp Água tratada e infiltrada para cada
ao criar defensores de projeto fortes e Engineering, Earth System Pacific milímetro de chuva
diversificados.
Elementos-chave
Gestão de águas pluviais, com a inclusão
de infraestrutura verde.
2000
2005
2010
2015
Estacionamento
Existente | 21 m | 70 km/h
Os fechamentos temporários de
ruas podem ocasionar a produção
de diferentes quantidades e tipos de
resíduos, gerando demanda por serviços
adicionais de limpeza.
Remodelação | 21 m | 40 km/h
Ruas de recreação
Feiras de rua
Fechamentos sazonais
Medellín, Colômbia
Eventos especiais
Kolkata, Índia
Extensão: 1 km
Área: 1.000.000 m²
Recreação ativa
Largura da via: 45 m
Visão geral
O Raahgiri Day é a primeira iniciativa
promovida por cidadãos de um evento
sem carros na Índia, desenvolvida para
incentivar os pedestres, ciclistas e o uso
de outros meios não motorizados.
ESTUDO DE CASO
Elementos-chave Temas abordados Engajamento
Muitas ruas da cidade são Segurança viária. Mais de 140.000 O Raahgiri Day é o resultado da
temporariamente pedestrianizadas para pessoas morrem anualmente na Índia por contribuição ativa dos parceiros
permitir que os moradores e visitantes conta de acidentes viários, a maioria das fundadores e grupos de cidadãos, meios
desempenhem e participem de uma série quais pedestres e ciclistas, que não são de comunicação, associações pelo
de atividades recreativas. respeitados nas ruas. bem-estar de moradores, escolas, ONGs,
organizações privadas, grupos recreativos
Os fechamentos de ruas são repetidos em Poluição do ar. De acordo com um e outros. Esses grupos se conectaram
períodos e locais regulares, de forma a relatório da OMS, ocorrem mais de 62.000 imediatamente com a ideia e ajudaram a
estabelecer padrões de uso. mortes prematuras a cada ano na Índia, divulgá-la em suas comunidades.
em virtude da poluição do ar.
Entidades públicas
Falta de atividade física. O relatório Ministério do Desenvolvimento Urbano,
Metas da OMS também estima a ocorrência Alta Corte de Punjab e Haryana,
de mais de 43.000 mortes prematuras Companhia Municipal de Gurgaon, Polícia
• Oferecer aos moradores, visitantes
anuais na Índia em decorrência da falta de de Gurgaon, Instituto de Desenvolvimento
e comerciantes um espaço mais
atividades físicas, grande parte delas em de Déli, Conselho Municipal de Nova Déli,
favorável à circulação a pé.
função de escolhas pouco saudáveis de Polícia de Déli, Companhia Municipal de
• Reduzir a poluição do ar.
estilo de vida. Bhopal
• Elevar a sensibilização a respeito da
segurança viária.
• Melhorar a qualidade de vida em Desenvolvimento inclusivo. Muitas áreas Grupos privados e parcerias
Gurgaon. urbanas estão se tornando exclusivas Diversos institutos privados, empresas,
por não existir um mecanismo formal que marcas internacionais, companhias
facilite a interação entre os diferentes de comunicação, grupos de ciclismo,
setores da sociedade. O resultado dessa caminhada e corrida, academias de dança
segregação se manifesta pela inquietação e música, institutos de ioga, ginástica
social. aeróbica e dança
2000
2005
2010
2015
Avaliação
79% -16% +14%
Lojistas contentes com o Raahgiri Redução no nível de ruído Aumento no volume de pedestres
71% +87%
Apoiaram o Raahgiri a partir de Participantes que começaram a
março de 2014 caminhar ou pedalar em trajetos
curtos
Existente | 20 m | 50 km/h
Conforme as cidades ao redor do mundo Condições existentes Essas antigas áreas industriais podem
migram de sistemas econômicos ser alvo de uma extensiva regeneração
baseados na indústria e na manufatura A ilustração acima retrata uma ampla urbana, com potencial para canalizar
para economias de serviço, as rua que percorre uma área industrial investimentos públicos e privados
antigas grandes áreas industriais são subutilizada, onde é planejado um novo significativos.
transformadas para acomodar outros empreendimento.
usos. Caracterizadas por amplas ruas Essa rua de mão dupla contém duas
delimitadas por armazéns e fábricas largas faixas de tráfego em cada direção,
desocupados, essas áreas oferecem designadas a acomodar caminhões
uma oportunidade para a elaboração grandes. Os carros estacionam
de desenho de ruas que respeite o perpendicularmente de ambos os lados
patrimônio do bairro, enquanto recebem da rua.
e acomodam diferentes usos.
O volume de tráfego é baixo, mas os
veículos circulam em alta velocidade.
Remodelação | 20 m | 20 km/h
Extensão: 400 m
Área: 14.000 m²
Largura da via: 23 m
Financiamento: público
Visão geral
A transformação da Jellicoe Street
faz parte de um projeto mais amplo
de revitalização do Wynyard Quarter,
que deixou de ser uma área portuária
industrial para se tornar um bairro de
beira-mar ativo e vibrante. A área se
localiza no limite da cidade, próxima ao
porto, sobre um solo contaminado.
ESTUDO DE CASO
Elementos-chave Lições aprendidas Avaliação
Uma rede de jardins de chuva foi Embora o tratamento das superfícies
integrada ao desenho de rua. tenha reduzido a velocidade dos
veículos, o comportamento inadequado
+1.293%
Acesso limitado de veículos. dos motoristas forçou a Agência de
Desenvolvimento Portuário a implantar Aumento na atividade de pedestres
Remoção dos meios-fios (abordagem de mecanismos de controle, como batedores
espaço compartilhado). de roda adjacentes aos jardins de chuva
e linhas amarelas tracejadas, para
+67%
Integração de veículos sobre trilhos restringir o estacionamento.
(bondes). Aumento no volume de ciclistas
O uso das vagas de estacionamento foi
Uso de vegetação nativa e local. monitorado e foram feitas as alterações
apropriadas, incluindo a substituição do
+57%
estacionamento por vagas de bicicletas
ou zonas de carga. Aumento na quantidade de
Metas passageiros de ônibus
• Criar um ponto de destino singular e As seguintes medidas foram utilizadas
um espaço cívico. para criar um ambiente de rua mais -456%
• Trazer atividades recreativas ao sustentável:
local. Redução no volume matinal de veículos
• Transformar a área e, ao mesmo • Projeto de sensibilidade hídrica, que
inclui captação, tratamento e reúso de
tempo, preservar a herança
industrial. águas pluviais. -451%
• Conquistar um ambiente que seja • Reúso de materiais existentes do lugar,
bem conectado e que, ainda assim, como os blocos de concreto de uma Redução no volume vespertino de veículos
ofereça experiências nitidamente fábrica de cimento local.
diversas. • Promoção de atividades saudáveis,
educação ambiental e interação social. +533%
Aumento da absorção de carbono
pelas árvores acrescentadas
2000
2005
2010
2015
Estacionamento
Existente | 30 m | 60 km/h
1
3
Remodelação | 30 m | 30 km/h
Largura da via: 34 m
Engajamento
Entidades públicas
Governo do Canadá, Província de Ontário,
Cidade de Toronto, Waterfront Toronto,
Companhia de Transportes de Toronto,
Toronto Hydro, Toronto Water, Enbridge,
Bell Canada, Rogers, Cogeco e Allstream
Associações de cidadãos
A empresa Waterfront Toronto se envolveu
com os moradores e comerciantes
locais ao longo do processo de projeto e
construção.
Projetistas e engenheiros
West 8, DTAH, BA Group Municipal
Services, ARUP, MMM Group e James
Urban and Associates
Depois
Fotos: Waterfront Toronto
ESTUDO DE CASO
Visão geral Os bondes da Companhia de Transportes Lições aprendidas
de Toronto percorrem a via por sua
A revitalização do Queens Quay é um dos parte central. As calçadas do lado A consulta pública foi a principal
mais amplos projetos de reconstrução norte favorecem o desenvolvimento característica deste projeto desde o seu
viária coordenada de Toronto, que da atividade comercial. O projeto início. A Waterfront Toronto sediou quase
transformou 1,7 km da principal rua engloba ainda a completa reforma da cem reuniões públicas e de consulta aos
da orla da cidade em um modelo de infraestrutura subterrânea da rua. parceiros ao longo do curso do projeto.
referência de bulevar. Foram projetados elementos municipais
de gestão de águas pluviais e esgotos Como as obras de projetos lineares em
O leito viário de quatro faixas de tráfego bairros urbanos densos são sempre
sanitários novos e modernizados para
de veículos foi reduzido, passando a ter complicadas, a Waterfront Toronto
durar por uma geração.
apenas duas, e o tráfego leste-oeste foi trabalhou de perto com seus parceiros
transferido para a parte norte da rua. A companhia Waterfront Toronto durante a construção a fim de manter
As faixas dedicadas para conversão, estabeleceu parcerias com diversas uma linha aberta de comunicação de via
uma sofisticação da temporização dos empresas de serviços e entidades dupla. Esse empenho incluiu reuniões
semáforos e as novas baias para carga públicas (Toronto Water, Companhia de mensais com os representantes da
mantêm a fluidez do tráfego ao longo do Transportes de Toronto) e aproveitou comunidade e notificações semanais de
lado norte. a oportunidade para atualizar sua obras. O gerenciamento das necessidades
infraestrutura na zona de construção. e cronogramas dos diversos parceiros e
Livre do tráfego de veículos, a parte sul
do Queens Quay se tornou um generoso serviços demandou um excepcional alto
passeio de pedestres, com uma fileira nível de coordenação entre agências.
dupla de árvores e uma nova ciclovia fora
Metas
do espaço da rua, que preencheram uma • Reequilibrar a rua, fornecendo a Proteger as características da paisagem
lacuna na existente Trilha da Orla do Lago cada meio de transporte a sua devida e ao mesmo tempo abrir espaço para
Ontário. parcela. todas as instalações necessárias
• Criar um bulevar à beira-mar mais se mostrou um exercício difícil, mas
convidativo e agradável e com acesso compensador. Quando surgiram conflitos
à orla. sobre a locação da infraestrutura e dos
• Atrair novos negócios e promover o serviços subterrâneos, a Waterfront
turismo. Toronto desenvolveu soluções criativas
para assegurar que o espaço de uso dos
pedestres pudesse coexistir com os
serviços essenciais.
Elementos-chave
Criação de um passeio de pedestres ao
longo da orla.
2000
2005
2010
2015
Existente
Remodelação
São Paulo, Brasil. A transformação das ruas principais do centro da cidade em áreas de pedestres
ocorreu entre 1976 e 1981. À época, havia cerca de vinte ruas no programa, cobrindo uma área de
aproximadamente 60.000 m². Além disso, a largura de algumas calçadas foi estendida para 10 m.
Essa nova configuração permitiu a qualificação de usos diários com áreas de estar sombreadas.
Atualmente, essa área está em processo de expansão e redesenvolvimento, com o emprego de
novo mobiliário para acomodar as novas formas de uso.
Extensão: 5.000.000 m
Financiamento: público
Visão geral
A Municipalidade Metropolitana de
Istambul deu início a uma série de
projetos de pedestrianização em 2005
para melhorar a qualidade de vida na
península histórica.
ESTUDO DE CASO
Elementos-chave Lições aprendidas Avaliação
Os pedestres podem caminhar pela via Os principais desafios à implementação
inteira. foram as dificuldades com a coordenação
entre agências, particularmente
80%
Materiais e texturas de pavimentação de entre os ministérios, e a oposição dos
qualidade. comerciantes locais. Muitos deles temiam Satisfação geral
que a pedestrianização pudesse ter um
Remoção progressiva dos obstáculos,
meios-fios e balizadores.
impacto negativo sobre seus negócios. +68%
Aumento da segurança da rua para os
Engajamento pedestres, de acordo com os moradores
Entidades públicas
Metas
• Reduzir radicalmente a poluição do ar
Municipalidade Metropolitana de
Istambul, UKOME, Municipalidade de
+83%
no centro histórico. Fatih (lideranças)
Melhoria das condições para o uso a pé,
• Oferecer mais espaços favoráveis aos
Grupos privados e parcerias de acordo com os comerciantes
pedestres para moradores, visitantes
e comerciantes. Upper Laleli Industrial Association
• Proporcionar um ambiente atraente e
de alta qualidade. Organizações sem fins lucrativos -80%
• Criar um espaço que incentive o EMBARQ Turquia (liderança), Universidade
de Belas Artes de Mimar Sinan Redução dos níveis de SO2
comércio local.
Projetistas e engenheiros
Gehl Architects -42%
Redução dos níveis de NO2
Co
rn
od
eO Bósforo
ur
o
Besiktas
Eminönü
ro Vefa
fo
Beyoglu
B ós Saraçhane
Universidade
Uskudar de Istambul
Fatih Palácio de Topkapı
Península
Beyazit
Histórica Santa Sofia
Sultanahmet
Goztepe
Mar de Mármara
0 500 m
Mar de Mármara N
Mapa do centro de Istambul Mapa da Península Histórica
Cronograma do projeto Entre 2005 e 2009, quatro praças e ruas próximas foram
pedestrianizadas. Em 2010, um projeto de gestão de áreas para
2005 – 2014 (aprox. 9 anos) ônibus turísticos, uma reorganização de áreas de estacionamento
e um projeto de rotas de traslado foram concluídos. Em 2010,
a praça Sultanahmet e as ruas de seu entorno também foram
pedestrianizadas. Entre 2011 e 2012, foi feito o mesmo em 250
1995
2000
2005
2010
2015
10.8
Ruas em áreas
informais
As áreas urbanas informais compõem uma grande
porção do tecido edificado em muitas cidades do
mundo. Elas normalmente surgem em resposta
às migrações urbanas e à falta de habilidade das
cidades para absorver o crescimento populacional
ou fornecer habitação a valores acessíveis e
serviços adequados dentro de uma estrutura urbana
planejada.
Embora os assentamentos informais sejam
integrantes da economia e da subsistência global de
muitas cidades, eles são muitas vezes espacialmente
segregados e desconectados em virtude da falta
de infraestrutura. A ausência de ruas e espaços
abertos para conectá-los aos seus arredores pode
praticamente impossibilitar a provisão de serviços
básicos.
Enquanto as pessoas continuarem a se mudar
para áreas urbanas à procura de empregos, existirão
oportunidades para assegurar que o desenho de ruas
em assentamentos novos e existentes seja um meio
para se promover comunidades fortes e seguras.
Trabalhe em conjunto com as comunidades locais
em estratégias que invistam na provisão de serviços
locais, em ambientes seguros para a locomoção a
pé e o ciclismo, e na melhoria do acesso público e
de serviços de emergência. A rua desempenha um
importante papel na provisão de serviços para os
moradores de bairros informais e, ao mesmo tempo,
reduz os deslocamentos e melhora a conectividade
geral e a qualidade de vida.
322
Ruas
Ruas em áreas informais
323
Ruas
Ruas em áreas informais
Visão geral
10.8.3 | Recomendações
Largura da via: 19 m
Extensão: aprox. 1 km
Financiamento: público
Depois
Fotos: Empresa de Desenvolvimento Urbano
ESTUDO DE CASO
Visão geral Além disso, a Empresa de Engajamento
Desenvolvimento Urbano negociou com
O caminho urbano chamado Calle 017 é o proprietário dos imóveis adjacentes Entidades públicas
uma rua de 19 m de largura, localizada à rua para que fossem utilizados Municipalidade de Medellín, Empresa
entre o rio Medellín e a estação Andalucía tratamentos similares nas áreas das de Desenvolvimento Urbano (EDU),
de Metrocable de Medellín. Essa rua fachadas das edificações, a fim de manter Departamento de Transportes,
desempenha um importante papel uma identidade de desenho urbano Departamento de Planejamento Municipal
comercial e serve como local de encontro consistente e reconhecível.
para os moradores. Nos últimos anos, ela Associações de cidadãos e sindicatos
vivenciou um aumento em suas atividades A Calle 107, antes uma via orientada Comunidade de Andalucía
comerciais. à circulação de automóveis, foi
transformada em uma rua mista e Projetistas e engenheiros
O projeto da rua inclui um passeio de Empresa de Desenvolvimento Urbano
pedestres, melhorias dos espaços favorável aos pedestres, estimulando o
desenvolvimento comercial. (EDU)
públicos existentes e um novo parque. O
redesenho pretende fortalecer o papel
da rua a partir do reconhecimento de
sua natureza como um eixo central e da Metas
estimulação do comércio localizado em
• Criar uma distinção clara entre o
sua extensão.
espaço público e o privado.
• Oferecer lugares para brincadeiras e
Levando em consideração uma série de relaxamento.
requisições feitas pelos moradores, a • Criar uma rota de pedestres segura,
cidade de Medellín decidiu modernizar bem iluminada e de fácil vigilância.
a rua. Em sua porção sul, ela foi • Empregar procedimentos sustentáveis
parcialmente convertida em um passeio de paisagismo.
urbano, que incluiu a criação de uma • Utilizar desenhos e materiais duráveis
ampla calçada pavimentada com e de fácil manutenção.
materiais de qualidade, com o objetivo
de tornar o passeio visualmente mais
reconhecível.
Elementos-chave
Materiais duráveis e de alta qualidade, de
origem local.
2m 3m 7m
12,8 m
DEPOIS
ANTES
2000
2005
2010
2015
Área: 28.000 m²
Financiamento: Banco de
Desenvolvimento Alemão (KfW)
Visão geral
Este projeto é parte do programa de
Prevenção à Violência por meio de
Melhorias Urbanas (em inglês, Violence
Prevention through Urban Upgrading –
VPUU), que visa abordar quatro tipos de
exclusão (econômica, cultural, social e
institucional) em assentamentos de baixa
renda, como parte de um empenho para Depois
reduzir a criminalidade. Foto: VPUU NPC
ESTUDO DE CASO
Metas Chaves para o sucesso Engajamento
• Fornecer uma distinção clara entre o A participação comunitária nas fases de Entidades públicas
espaço público e o privado. projeto e implementação de Khayelitsha Administração da Cidade do Cabo,
• Oferecer lugares para brincadeiras e facilitou o desenvolvimento do desenho Tesouro Nacional Sul-Africano, Ministério
relaxamento. de vários componentes dos espaços. Isso Federal Alemão para a Cooperação e o
• Criar uma rota de pedestres segura, capacitou a participação comunitária, Desenvolvimento Econômico, Banco de
bem iluminada e de fácil vigilância. a transferência de habilidades e as Desenvolvimento Alemão (KfW)
• Empregar procedimentos sustentáveis oportunidades de trabalho contínuo na
de paisagismo. manutenção dos espaços públicos. Associações de cidadãos e organizações
• Utilizar desenhos e materiais duráveis sem fins lucrativos
e de fácil manutenção. Comunidade de Khayelitsha, Fórum de
O sentimento de orgulho local, o
Desenvolvimento de Khayelitsha (KDF),
engajamento e a administração têm
VPUU NPC, Grassroots Soccer, Mosaic
sido fundamentais para a redução
Lições aprendidas do vandalismo e da violência urbana,
transformando o uso e a percepção do Projetistas e engenheiros
Por meio de um desenho participativo e AHT Group AG/SUN Development Team,
do desenvolvimento conjunto entre as espaço.
Tarna Klitzner Landscape Architects
lideranças locais e os departamentos (TKLA), Jonker & Barnes Architects,
Os moradores se voluntariaram
municipais competentes, a equipe Naylor Naylor Van Schalwyk, Talani, N2
para formar grupos de segurança
profissional foi capaz de transformar uma Construction e Ross Engineering
e participaram dos esforços pela
área de alta criminalidade em um espaço manutenção. Muitas atividades
público sustentável e multifuncional. acontecem hoje no novo espaço público, o
que reforça a vigilância natural das ruas e
favorece o senso de segurança.
Elementos-chave
Materiais de alta qualidade e grande
durabilidade, disponíveis no local.
Plantação de árvores.
2000
2005
2010
2015
-45%
Diminuição na taxa de homicídios
entre 2006 e 2014 na Área Segura de
Confluência
Visão geral
Korogocho é o quarto maior assentamento
informal de Nairóbi, que teve início na
década de 1970 com os trabalhadores das
pedreiras, e foi submetido a um primeiro
redesenvolvimento em 1987. A partir daí,
as ruas têm sido apropriadas por diversos
usos e foram estreitadas ao longo do
tempo.
ESTUDO DE CASO
Metas Lições aprendidas Engajamento
• Estabelecer a confiança dos O nível de participação afeta fortemente Entidades públicas
moradores no programa de melhorias. o vínculo dos moradores com a rua. A Ministérios do Governo Local, da
• Melhorar as condições físicas, comunicação é essencial para aumentar Habitação, das Terras e de Finanças;
econômicas e sociais de vida por a conscientização sobre as mudanças Cidade, Condado e Província de Nairóbi;
meio de planejamento e gestão ocasionadas pelo projeto. Governo Italiano
participativos.
• Ampliar a atividade microeconômica, Engaje-se com os moradores no Associações de cidadãos e organizações
a segurança e a mobilidade para os processo de melhoria para garantir a sem fins lucrativos
moradores. sustentabilidade social dessas áreas. Comissão dos Moradores de Korogocho,
• Provocar o senso de orgulho entre os ONU-Habitat, missionários de Comboni
moradores. A segurança de uma rua tem muitas
• Facilitar o planejamento e a segurança dimensões. Desenhe ruas de forma Projetistas e engenheiros
do fornecimento de posse. a acomodar todos os usuários e Conselho da Cidade de Nairóbi e
• Desenvolver a segurança por meio desencorajar as atividades criminosas. Ministério do Governo Local
do aumento das oportunidades
comerciais e da iluminação pública. Crie ruas que comportem todos os meios
de transporte.
Avaliação
Conserve o papel da rua como o de um
espaço vibrante de encontros públicos.
+20%
Desenhe ruas que sejam flexíveis e
Aumento em espaços abertos
satisfaçam as diversas necessidades da
comunidade. Forneça tanto estruturas
temporárias quanto permanentes. Os moradores relataram:
• Um aumento em novas atividades
Considere a gestão de resíduos, a limpeza • Um aumento no volume de pedestres
e os reparos das ruas nos assentamentos • Uma quantidade maior de vendedores
de favelas. e atividades comerciais
• Um aumento na percepção de
segurança
Elementos-chave
As ruas foram priorizadas de maneira a
assegurar a circulação por todas as oito
aldeias.
Retomada do espaço público com a
reversão da largura das ruas para aquela
que havia sido estabelecida na melhoria
de 1987.
1,5-2 6 0,5 5
Novas conexões com o tecido urbano do
13,5 m entorno.
DEPOIS
2000
2005
2010
2015
Acra, Gana
335
Cruzamentos
Estratégias de desenho para cruzamentos
Integre o tempo e o espaço Aumente o espaço dos pedestres Comece com os usuários vulneráveis
Reconfigure os cruzamentos Aumente o espaço dos pedestres Desenhe uma infraestrutura segura
utilizando semáforos como alternativa ao redesenhar a geometria de um nos cruzamentos começando pelas
à sua ampliação, a fim de tratar cruzamento, consolidando-o em necessidades dos usuários mais
questões relativas à lentidão ou a áreas lógicas e utilizáveis. Use praças vulneráveis. Utilize o comportamento dos
congestionamentos. Isso ajuda a temporárias e elementos e materiais de pedestres existentes e as linhas de desejo
reduzir as velocidades entre as junções, baixo custo para estimular a vida pública para guiar o desenho. Implante calçadas,
priorizando o transporte coletivo e e reduzir as preocupações relativas travessias e ilhas de refúgio de pedestres
aumentando a segurança. Implemente à segurança com rapidez. Ver 6.3.7: seguras e acessíveis, e instalações
intervalos para a saída antecipada de Extensões de calçadas e 10.3: Espaços dedicadas e proteção nos cruzamentos
transporte coletivo prioritário, pedestres prioritários de pedestres. para os ciclistas. Reduza a velocidade
e ciclistas, e administre as conversões dos veículos por meio de estratégias de
à esquerda por meio de fases dedicadas moderação do tráfego. Ver 6: Desenhando
de semáforo. Ver 8.8: Sinalização e ruas para pessoas e 8.7: Gestão de
semáforos. velocidade.
Existente Remodelação
Integre o tempo e o espaço Aumente o espaço dos pedestres Comece com os usuários vulneráveis
• Restringir as conversões dos veículos • Realoque o espaço para os pedestres e • Realinhe as travessias de pedestres
nos cruzamentos com ângulos agudos e ciclistas. Amplie as calçadas estreitas para que elas correspondam às linhas
volumes muito baixos economiza tempo e acrescente instalações cicloviárias. de desejo.
de semáforo e reforça a segurança. • Avalie e desenhe o espaço de uso • Acrescente rampas de pedestres e
Implante extensões de meio-fio e público por completo de uma maneira áreas de refúgio nas travessias.
canteiros centrais. holística, a fim de criar um território • Reduza a velocidade dos veículos por
• Alinhe as faixas de retenção em todas ininterrupto para os pedestres. meio de raios menores de conversão e
as vias do cruzamento, de modo que • Introduza paradas de transporte faixas de tráfego mais estreitas.
fiquem perpendiculares às faixas de coletivo e outras instalações em locais • Forneça espaços dedicados aos
tráfego, intensificando a clareza e apropriados. ciclistas.
a visibilidade tanto para os veículos
quanto para os pedestres.
Existente | 50 km/h
2
5m
Remodelação | 30 km/h
Existente | 50 km/h
Condições existentes
Esse é um cruzamento entre duas ruas de
mão única, cada uma delas com uma faixa
de tráfego e estacionamento irregular em
ambos os lados.
Singapura, Singapura
Remodelação | 30 km/h
Existente | 60 km/h
Os cruzamentos entre ruas de escalas Condições existentes Na rua maior, os ciclistas e pedestres,
diferentes muitas vezes carecem do embora legalmente autorizados
mesmo nível de definição, segurança Essa ilustração retrata o cruzamento a atravessar, são implicitamente
entre uma avenida de mão dupla e uma desencorajados de fazê-lo em função do
e clareza dos cruzamentos entre ruas
rua residencial de mão dupla. desenho.
de mesma escala. No encontro de ruas
estreitas com vias mais largas, defina As travessias recuadas de pedestres
aumentam suas distâncias de percurso, Os automóveis muitas vezes não dão
a transição e o contexto utilizando
e eles tendem a atravessar em locais preferência aos pedestres nesses locais e
tratamentos de portal, tais como têm poucos sinais projetados para sugerir
extensões de meio-fio, travessias não demarcados. Embora cada rua
desempenhe um papel diferente no nível que deveriam.
elevadas e raios de curva pequenos. Use
da rede, sua hierarquia não fica clara nos
esses elementos de desenho para que as cruzamentos.
pessoas que realizam conversões para
a rua mais estreita fiquem cientes de Os automóveis estacionados perto das
estar ingressando em um ambiente de esquinas na rua residencial obstruem a
velocidade reduzida. visibilidade mútua entre os motoristas e
pedestres. Estes precisam avançar sobre
o leito viário para conseguir ver se um
automóvel se aproxima e para ser vistos
pelos motoristas.
Remodelação | 30 km/h
Existente | 60 km/h
O encontro entre ruas de mão dupla e de Condições existentes Os raios muito abertos nas esquinas
mão única oferece uma oportunidade incentivam as conversões em alta
para redesenhar o cruzamento de forma Esse exemplo ilustra um cruzamento velocidade, enquanto a ausência de
onde uma rua larga de mão única com espaço de refúgio gera falta de segurança
a compactá-lo, reduzindo as distâncias
três faixas de tráfego e estacionamento no movimentado cruzamento. As faixas
de travessia de pedestres e retomando o adjacente ao meio-fio encontra uma rua de retenção muito próximas às travessias
espaço público. Repense a geometria do de mão dupla com duas faixas de tráfego de pedestres, ou que não estejam
cruzamento, os tempos dos semáforos em cada direção. demarcadas, limitam a capacidade de
e os volumes de tráfego para formular reação dos motoristas em uma situação
um desenho que esclareça a hierarquia Nesse tipo de cruzamento, os ciclistas e
de risco.
pedestres estão sujeitos a longos tempos
dos usuários da rua e, ao mesmo tempo,
de exposição para atravessar a rua.
reforce a segurança e a legibilidade do Os automóveis estacionados
cruzamento. irregularmente podem invadir a travessia
de pedestres e expor os usuários
vulneráveis aos veículos em conversão e
ao tráfego em sentido contrário.
3 2
Remodelação | 30 km/h
Existente | 70 km/h
Remodelação | 40 km/h
Existente | 60 km/h
Condições existentes
A ilustração acima retrata um amplo
cruzamento sem semáforos e com uma
ampla, porém inacessível, rotatória
ajardinada. Canteiros centrais dividem as
duas mãos de tráfego em ambas as ruas.
Remodelação | 40 km/h
Existente | 50 km/h
Bangkok, Tailândia
4 3
Remodelação | 30 km/h
Existente
Depois
São Paulo, Brasil
Remodelação
Existente
Condições existentes
Muitas cidades possuem amplas
rotatórias com espaços centrais
inacessíveis, padrões complexos de
circulação de veículos e condições de
perigo para todos os usuários.
Remodelação
Existente | 60 km/h
Helsinki, Finlândia
3 61
Agradecimentos
Bloomberg Philanthropies CONSULTORES Alemanha
Kelly Henning Arup Berlim
Kelly Larson Burkhard Horn
Rebecca Bavinger Susan Ambrosini Joerg Ortlepp
Gabriela Antunes Maria Pohle
Conselho Consultivo Anthony Durante Karlsruhe
Ellen Greenberg Andre Munch
Janette Sadik-Khan
Penny Hall
Linda Bailey
Joseph Kardos
Hal Harvey
Pablo Lazo Argentina
Margaret Newman
Vincent Lee Buenos Aires
Helle Soholt
Trent Lethco Soledad Aguirre Sors
Darren Walker
Paula Saad Guillo Dietrich
Mark Watts
Varanesh Singh Juanjo Mendez
Global Designing Cities Initiative Sol Mountford
Skye Duncan Nelson Nygaard
Austrália
Ankita Chachra Michael King
Abhimanyu Prakash Ria Lo Gosford
Fabrizio Prati Paul Moore Judy Jaeger
Karina Ricks Melbourne
National Association of City Jeffery Tumlin Rob Adams
Shivam Vohra Steven Burgess
Transportation Officials Leanne Hodyl
Stephanie Wright
Linda Bailey Rob Moore
Laurie Almian-Derian MRCagney Stuart Niven
Alex Engel Bart Sbeghen
Peter Breen
Kate Fillin-Yeh Ros Rymer
Steven Burgess
Ted Graves Sydney
Chris Dowie
Corinne Kisner Sandy Burgoyne
Melissa Dunlop
Matthew Roe Kerry Gallagher
Gerard Reardon
Craig Toocheck Simon Lowe
Will Somerville
Aaron Villere Emily Scott
Estado de Victoria
Sam Schwartz Engineering Kristie Howes
Bloomberg Associates
Michael Flynn Giles Michaux
Janette Sadik-Khan Sam Frommer Daniel Przychodzki
Nicholas Mosquera Vig Krishnamurthy Lorrae Wild
Seth Solomonow
Andrew Wiley-Schwartz Pure + Applied Azerbaijão
Parceiros da Iniciativa Bloomberg Paul Carlos Baku
Urshula Barbour Vusal Rajabli
para a Segurança Global no Trânsito Chris Mills
EMBARQ - World Resources Institute Shantal Henry Brasil
Global New Car Assessment Program Miles Baretto Fortaleza
Global Road Safety Partnership Nick Cesare Ezequiel Dantas
Johns Hopkins Bloomberg School of Public Karilyn Johansen Diego França
Health Carrie Kawamura Porto Alegre
The World Bank-Led Global Road Safety Tony Lindau
Facility Outros Marta Obelheiro
Vital Strategies Lee Altman Rio de Janeiro
World Health Organization Anita Bulan Priscila Coli Rocha
Guangyue Cao Clarisse Cunha Linke
C40 Thomas F. Reynolds Mauricio Duarte Pereira
Seth Schultz Maria Agustina Santana Washington Fajardo
Clare Healy Ziyang Zeng André Lopes Pacheco Ormond
Laura Jay São Paulo
Gunjan Parik Ciro Biderman
COLABORADORES GLOBAIS Adriano Borges Costa
Kathryn Urquhart
Gabi Callejas
África do Sul Danielle Hoppe
Cidade do Cabo Fernando Mello Franco
Katherine Ewing Gustavo Partezani Rodrigues
Rashiq Fataar Luis Eduardo Surian Brettas
Barbara Southworth
Moderação de tráfego
O uso do desenho físico e de outras medidas, incluindo o
estreitamento das vias e as deflexões verticais ou horizontais,
com a intenção de diminuir a velocidade ou reduzir o trânsito de
automóveis para melhorar a segurança de pedestres e ciclistas, é
conhecido como moderação de tráfego.
Portada
Quando um ciclista em movimento é atingido pela súbita abertura
da porta de um veículo estacionado dentro de sua respectiva
zona, o incidente é designado como portada.
Projetos intermediários
As estratégias de projetos intermediários são um conjunto
de ferramentas e táticas que as cidades podem utilizar para
melhorar suas vias e espaços públicos em curto prazo. Eles
incluem uso de materiais provisórios e de baixo custo, novas
instalações públicas e parcerias criativas com participantes
locais, que juntos permitem a entrega mais rápida dos projetos e
um desenho mais flexível e apropriado.
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2011). (Crowthorne: Transport Research Laboratory, 2007).
10. Ibid.
2 Configurando ruas
6 Desenhando ruas para pessoas
1. Kim Dumitrescu et al., Share the Road: Investment in Walking
and Cycling Road Infrastructure (Nairobi: UNEP Transport, 1. NYC Department of City Planning, Active Design: Shaping the
nov. 2010). Sidewalk Experience (Nova York: NYC DCP, 2013).
2. New York City Department of Transportation, Street Design 2. Como exemplo, o Design Engineering Manual, de Washington,
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lados de todas as ruas ou vias.
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14. Pesquisas anteriores apresentaram diversas estimativas
Health and Community Development, Maseno University,
sobre a relação entre a largura da faixa de tráfego e a
2012).
velocidade de viagem. Foi calculado que cada 0,30 m
adicionados à largura da via resultavam em um aumento de 2. A. Bartmann et al., “Street Environment, Driving Speed and
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20
0 1m 2 3 4 5 6 7 8 9 10
10 km/h
30
0 3,3 pés
6.2 mph
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 m
0 33 pés
0 0 40 km/h
Distância Velocidade
0,1 m = 0,33 pés 1 km/h = 0,62 mph
0,5 m = 1,65 pés 5 km/h = 3,1 mph
0,6 m = 2 pés 10 km/h = 6,2 mph
1,0 m = 3,3 pés 15 km/h = 9,3 mph
1,2 m = 4 pés 20 km/h = 12,4 mph
1,5 m = 5 pés 30 km/h = 18,6 mph
1,8 m = 6 pés 40 km/h = 24,8 mph
2,0 m = 6,6 pés 45 km/h = 27,9 mph
2,5 m = 8,2 pés 50 km/h = 31 mph
3,0 m = 10 pés 60 km/h = 37,2 mph
3,2 m = 10,5 pés
3,3 m = 10,85 pés
3,5 m = 11,48 pés
3,6 m = 11,8 pés
4,0 m = 13,12 pés
4,5 m = 14,75 pés
5,0 m = 16,4 pés
6,0 m = 19,5 pés
10 m = 33 pés
20 m = 65,6 pés
30 m = 98,4 pés
40 m = 132,21 pés
50 m = 164 pés
60 m = 196,85 pés
70 m = 228,65 pés
80 m = 262,5 pés
90 m = 295,3 pés
100 m = 330 pés
Outras instalações de Quantidade, dimensão, comprimento e frequência das Totais, e por tipo e localização, dentro da área de projeto.
pedestres travessias de pedestres.
Acessibilidade universal* Porcentagem ou extensão de superfície de calçada em Verifique os buracos, obstáculos, rachaduras e riscos de
boas condições. tropeços removidos, ou a área total repavimentada.
Quantidade ou porcentagem de travessias com piso tátil Quantidade de elementos de rua e mobiliário desenhados
na borda. de forma a ser facilmente detectáveis pelos deficientes
visuais (demarcações com contrastes de cor, balizadores,
recipientes de resíduos, sinalização viária, etc.).
Rede Porcentagem dos segmentos totais com infraestrutura Inclua ciclovias separadas nas ruas com velocidade
cicloviária segura e confortável. superior a 30 km/h, ou acesso compartilhado em ruas de
velocidade reduzida, abaixo de 30 km/h.
Cruzamentos* Quantidade de cruzamentos com infraestrutura cicloviária Meça a quantidade. Verifique a localização das faixas de
e porcentagem. retenção avançadas, das áreas de espera para conversão,
da prioridade nos semáforos e da detecção de presença de
bicicletas.
Qualidade da Porcentagem ou comprimento das superfícies das Verifique os buracos, obstáculos, rachaduras e riscos de
Infraestrutura cicloviária instalações cicloviárias em boas condições. tropeços removidos, ou a área total repavimentada.
Estacionamento* Quantidade de espaços para estacionamento de bicicletas. Verifique o porcentual ocupado em diversos horários do dia.
Cruzamentos* Quantidade de cruzamentos com instalações de transporte Meça a quantidade e verifique a localização das faixas de
coletivo e porcentagem. saída antecipada, dos semáforos prioritários de transporte
coletivo, das instalações exclusivas, etc.
Qualidade das faixas de Porcentagem ou comprimento das faixas de transporte Verifique os buracos, obstáculos, ocorrências de
transporte coletivo coletivo em boas condições. vandalismo, rachaduras e riscos de tropeços removidos, ou
a área total repavimentada.
Acessibilidade Quantidade e porcentagem de paradas de transporte Verifique a distância de caminhada até a estação de
coletivo com acessibilidade universal. transporte coletivo.
Estacionamento* Quantidade de vagas de estacionamento. Verifique se são fixas ou ativadas pelo usuário.
Compartilhamento Quantidade de instalações e vagas no espaço da rua para Verifique se são fixas ou ativadas pelo usuário.
de carro* instalações de compartilhamento de carros.
Rebaixos no meio-fio* Quantidade de rebaixos no meio-fio. Quantidade média de Conversões de mão única para mão dupla e vice-versa.
entradas de veículos por 100 m de fachada de quadra. Verifique as mudanças diárias direcionais/mão única/mão
dupla e seus horários.
Rebaixos no meio-fio* Quantidade de rebaixos de meio-fio para baias de carga nos Verifique a largura e localização.
edifícios adjacentes.
Largura do acesso dos veículos de emergência, quantidade Verifique nas ruas compartilhadas e áreas restritas.
de balizadores.
Quantidade de assentos em cafés e restaurantes. Área Verifique o tamanho e a quantidade de novos negócios.
ocupada. Estime a quantidade de vendedores informais ou ilegais e
sua localização.
Tamanho da quadra Tamanho médio da quadra. Verifique onde as quadras têm extensão menor do que
100 m – 150 m.
Infraestrutura verde* Quantidade de árvores e vasos de plantas. Verifique a localização, o espaçamento e as dimensões das
covas das árvores.
Mudanças operacionais
Fases de semáforos Quantidade de fases, duração e frequência dos intervalos.
Operação de rua Quantidade de ruas nas quais a direção da faixa foi alterada Conversões de mão única para mão dupla e vice-versa.
e comprimento total. Verifique as mudanças diárias direcionais/mão única/mão
dupla e seus horários.
* Localização. Quando for relevante, verifique a localização dessas instalações e o espaçamento entre elas para cada uma dessas categorias.
Comprimento médio de viagem por meio de transporte. Verifique as médias dos horários de pico.
Porcentagem de todos os motoristas que obedecem aos Verifique se são veículos particulares, coletivos ou de carga.
limites de velocidade. Verifique o limite de velocidade.
Pedestres
Contagem de pedestres* Quantidade de pessoas caminhando. Pedestres por dia. Meça em diferentes períodos do dia e da noite (dentro e fora
Volumes de travessia de pedestres. dos horários de pico, horário do almoço/jantar, à noite e por
estação). Anote sua localização.
Atividades de pedestres* Quantidade de pessoas por tipo de atividade. Conte quantas pessoas estão circulando, paradas em pé,
sentadas, aguardando, socializando ou dormindo. Meça
em diferentes períodos (diurno/noturno, dentro e fora dos
horários de pico, horário do almoço/jantar, dia útil/fim de
semana e por estação). Anote a localização e duração da
estadia.
Comportamento dos Porcentagem de usuários que atravessam em Conte as travessias de pedestres nos cruzamentos e meios
pedestres* conformidade com as normas ou não. de quadra, as demarcadas e as não demarcadas, as pessoas
que caminham nas calçadas e/ou no leito viário.
Satisfação dos pedestres* Porcentagem de usuários satisfeitos. Identifique a satisfação do usuário a respeito da nova rua
e os aspectos qualitativos de seu uso em comparação com
as condições prévias. Os usuários passam mais tempo na
área do que antes? Visitam a área com mais frequência? Eles
ficam por mais tempo e por quê?
Conforto dos pedestres* Porcentagem de usuários que se sentem seguros e Pesquisas quantitativas: verifique os níveis/taxas de
confortáveis ao caminhar. estresse. Um número crescente de crianças, idosos e
mulheres tem sido associado a ambientes de caminhada
mais seguros.
Ciclistas
Contagem de ciclistas* Quantidade de pessoas que pedalam e como: Meça em diferentes períodos do dia (dentro e fora dos
quantos ciclistas por dia. horários de pico, diurno/noturno e por estação). Quantidade de
usuários de bicicletas compartilhadas. Anote sua localização
e o tipo de bicicleta (particular, compartilhada, etc.).
Comportamento dos Porcentagem de usuários que pedalam em conformidade Conte quantos ciclistas utilizam as instalações e/ou o leito
ciclistas* com as normas. viário.
Os ciclistas que usam a calçada ou as travessias de
pedestres, os corredores de transporte coletivo, ou que não
param nos cruzamentos.
Satisfação dos ciclistas* Porcentagem de usuários satisfeitos. Identifique a satisfação dos usuários a respeito da nova
instalação e os aspectos qualitativos de seu uso em
comparação com as condições prévias.
Conforto dos ciclistas Porcentagem de usuários que se sentem seguros e Pesquisas quantitativas: verifique os níveis/taxas de
confortáveis ao utilizar a infraestrutura cicloviária. estresse.
* Divisão demográfica. Quando for relevante, para cada uma dessas categorias, verifique idade, gênero, faixa de renda, origem (onde vivem), etnia e
deficiência física.
Comportamento dos Porcentagem de usuários de transporte coletivo que Observe os passageiros que esperam na parada de ônibus,
passageiros aguardam sua chegada em conformidade com as normas. no leito viário e na faixa livre da calçada.
Contagem dos veículos* Quantidade de veículos de transporte coletivo por tipo. Inclua todos os tipos de transporte coletivo (auto-riquixás,
miniônibus, ônibus, bondes, etc.). Verifique a proporção
de ônibus que circulam em faixas exclusivas e no tráfego
misto.
Comportamento do Porcentagem de motoristas que dirigem em conformidade Contabilize os motoristas de transporte coletivo que
motorista com as normas. excedem a velocidade, não param no cruzamento, etc.
Verifique a velocidade de conversão.
Satisfação do passageiro* Porcentagem de usuários satisfeitos. Identifique a satisfação dos usuários a respeito da nova
instalação e os aspectos qualitativos de seu uso, em
comparação com as condições prévias.
Tempo de viagem Tempo médio de viagem através da cidade. Verifique ao longo de eixos específicos.
Contagem de veículos* Quantidade de veículos motorizados particulares. Verifique a ocupação média. Verifique o tipo de veículo
(carro compartilhado/grande/pequeno).
Comportamento do Porcentagem de motoristas que dirigem em conformidade Verifique se os motoristas excedem a velocidade, não
motorista* com as normas. param nos cruzamentos, etc. Verifique a velocidade de
conversão.
Porcentagem de viagens de veículos comerciais e de carga. Meça como uma proporção das viagens de veículos totais.
Ocupação da zona de carga Porcentagem de tempo que as zonas de carga ficam Podem ser ajustados padrões fotográficos, variando entre
ocupadas. Bom, Aceitável, Ruim e Inaceitável, para avaliar as ruas ao
longo da área de estudo.
Quantidade de pavimentos e área de pavimento por tipo de Verifique por localização, tipo e indústria. Verifique se os
estabelecimento. estabelecimentos são culturais, de negócios, recreativos
ou outros. Verifique se são públicos ou privados, com ou
sem fins lucrativos.
Desocupação Porcentagem de área de pavimento desocupado. Verifique por localização e tipo: escritórios, comércio,
espaços de entretenimento, recreação e cultura.
Eventos ao ar livre Quantidade e frequência de eventos ao ar livre. Verifique por localização e tipo: eventos culturais,
recreativos ou outros. Verifique se são públicos ou
privados.
Desocupação Quantidade e porcentagem de edifícios, terrenos e lotes Verifique por localização e tipo: escritórios, comércios,
desocupados. espaços de entretenimento, recreação e cultura.
Iluminação Porcentagem da área bem iluminada (sem pontos de Verifique a quantidade de postes de iluminação
escuridão) pela instalação. posicionados em frente a janelas residenciais.
Eficiência energética Quantidade de eletricidade consumida. Eletricidade consumida na área de projeto pela iluminação
de rua e outras instalações públicas.
Quantidade de eletricidade produzida por microgeração. Verifique a quantidade de eletricidade produzida por
painéis solares, pequenas turbinas eólicas, etc., dentro da
área de projeto.
Infraestrutura verde Porcentagem de CO2 potencialmente capturado pelas Estime a quantidade de CO2 que pode ser capturada por
árvores plantadas. árvores e plantas dentro da área de projeto.
Volume e porcentagem de águas pluviais tratadas/limpas. Meça o volume e a parcela de águas pluviais limpas pela
infraestrutura verde.
Quantidade de escoamento de águas pluviais desviadas Meça o volume e a parcela de águas pluviais absorvidas por
dos sistemas municipais. superfícies permeáveis.
Participação Quantidade membros da comunidade que participou de Verifique se o projeto ampliou o engajamento e a
reuniões, audições e campanhas públicas. participação dos cidadãos.
Reciclagem Porcentagem de resíduos coletados para reciclagem. Observe a parte coletada para reciclagem como uma
porção do total de resíduos.
AMB
S&S
ECO
EQ
QV
Segurança viária Quantidade de acidentes por ano* Divisão por meio de transporte e usuário.
Quantidade de KSI / 100.000 habitantes* Verifique a localização e o período do dia.
Poluição sonora Nível de ruído causado pelo tráfego de São recomendáveis níveis abaixo de 92 dB
caminhões e automóveis e outras atividades para caminhões e abaixo de 82 dB para
de rua carros.
Poluição luminosa Níveis de brilho e ofuscamento do céu Estime a porcentagem de céu visível e de
escuridão do céu noturno.
Mercado imobiliário Valores imobiliários, valores patrimoniais, Avalie as alterações nos impostos prediais.
aluguéis, impostos prediais
Exemplos Largura da via Calçadas Infraestrutura Faixas de Faixas de Estacionamento Estudo de caso
cicloviária transporte tráfego na rua
coletivo
E R E R E R E R E R
Parklets 1 3m 3m 1 1 Pavement to
Parks;
São Francisco,
EUA
3 30 m 5m 7,5 m 4 2
Legenda:
Existente
E
Remodelado
R
E R E R E R E R E R
3 31 m 6m 6m 4 2
Remoção de 1 47 m 3m 6m 10 4 Cheonggyecheon;
estruturas Seul,
elevadas Coreia do Sul
NA NA Khayelitsha;
Cidade do Cabo,
África do Sul
NA NA Ruas de
Korogocho;
Nairóbi, Quênia
Pedestres
Ciclistas
Motoristas
3,3 m 2,5-3 m
Ciclistas
Motoristas
Comerciantes
2,4 m 1m 2m 2,4 m 1m
2,4–2,5 m 1,5 m 2–2,5 m
2,4 m
1,5 m
Raios de esquina
2m
Minimize os raios de esquina para reduzir
a velocidade dos veículos em conversão,
manter os cruzamentos compactos e
assegurar que os espaços sejam seguros
e favoráveis aos pedestres. Os raios
de esquina em áreas urbanas podem
medir a partir de 0,6 m. Ver 8: Estratégias
operacionais e de gerenciamento.
Infraestrutura verde
Implante estratégias de infraestrutura MÍNIMO MÍNIMO
verde na zona de mobiliário urbano da 3m
calçada, em extensões do meio-fio ou nos
canteiros centrais. Ver 7.2: Infraestrutura
verde.
2,4 m
caminhos acessíveis para os pedestres
nas calçadas. O espaço entre a estrutura
e a beirada do meio-fio deve permitir
o embarque acessível no transporte
coletivo. Os abrigos devem ficar a
uma distância de pelo menos 3 m dos
cruzamentos. Ver 6.5: Desenhando para
usuários de transporte coletivo. 5,5 m
1,8-2,4 m
Cruzamentos com proteção para
bicicletas
Proporcione uma separação física para
os ciclistas nos cruzamentos sempre
que possível. Mantenha demarcações
contínuas através do cruzamento para
alertar os motoristas e ciclistas sobre
a potencial zona de conflito. Ver 6.4:
Desenhando para ciclistas.
3m
Calçadas 1 m1 m
Assegure que as calçadas mantenham
uma faixa livre contínua e desobstruída
de 2,4 m (mínimo absoluto de 1,8 m) para R3m
permitir que duas cadeiras de rodas
passem confortavelmente uma pela
outra. Ver 6.3.4: Calçadas.
Travessias de pedestres
Assegure que as travessias de pedestres 1,5 m
estejam alinhadas com as faixas livres das
calçadas e sejam claramente demarcadas
para indicar os lugares seguros para R 0,5 m 3m
atravessar a rua. Ver 6.3: Desenhando para
pedestres.