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UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO – UFOP

CENTRO DE EDUCAÇÃO ABERTA E A DISTÂNCIA – CEAD

IMAGENS DA EDUCAÇÃO NA MÍDIA

ADRIANA TOSTA RÊGO

ELIANA DE OLIVEIRA GONZAGA

ROSELI RAMOS CRUZ

Salvador – Bahia
Junho, 2010
UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO – UFOP

CENTRO DE EDUCAÇÃO ABERTA E A DISTÂNCIA – CEAD

IMAGENS DA EDUCAÇÃO NA MÍDIA

Trabalho apresentado
ao Professor André Felipe Pinto Duarte
Regentes da Disciplina
Estagio Supervisionado II

Por:

Adriana Tosta Rêgo


Eliana de Oliveira Gonzaga
Roseli Ramos Cruz

Salvador – Bahia
Junho, 2010
“Que lei é essa que impede o filho enterrar seus pais assassinados?
Que lei eu transgredi impedindo de Leandro ser assassinado?
Eu sei que vou ser julgada, por que fugi com uma criança. Não importa, eu fiz
isso pra salvar uma vida.
Essa é a lei que me orienta, vou lutar para que os culpados recebam punições
tão pesadas quanto as que me impuseram. O FUTURO COM LEANDRO SERÁ
MELHOR!”
Essa é a ultima fala da personagem Verônica, a professora que dá a vida pelo
menino Leandro. Quantos professores dariam a vida por um aluno? Quantos
educadores são preparados para viver uma situação igual a da professora Verônica?
Porém vemos situações iguais ou até piores quase todos os dias em salas de aulas;
estão estampados quase sempre em jornais e telenoticiários tragédias em salas de
aulas - lugares para se trabalhar a cidadania, a construção de um indivíduo
eloquente, honesto, um cidadão que conhece os seus direitos e deveres, mas a
escola ou qualquer outra instituição educacional está inserida em uma sociedade,
nela, inevitavelmente, irão aflorar as deficiências dessa sociedade.

O filme aborda questões sociais e deficiências de uma sociedade onde o capitalismo


selvagem faz parte da sua conjuntura, ações que demonstram a desigualdade
social, como por exemplo, o tráfico de drogas e o envolvimento de autoridades como
policiais, ficando óbvio que essas ações são distúrbios que dificultam a formação do
cidadão nos grupos sociais e conseqüentemente também nas instituições
educacionais e nos grupos familiares, enfim em toda a sociedade.

Dentro das instituições educacionais deve-se ter como ferramenta e agente


transformador a educação tendo assim como um dos seus objetivos principais banir
ou trabalhar para banir distúrbios sociais. Verônica era uma professora que estava
cansada de sala de aula, algumas cenas mostram a sua falta de paciência com seus
alunos – fato que é uma realidade em nossas escolas -, porém ela não fechou os
olhos para esses distúrbios; lembrando qual era o seu papel como educadora, fez o
que deveria fazer, o filme mostra isso na cena em que ela se compromete a levar o
menino para casa, pois seus pais não foram buscá-lo.
A Educação deve ter como ação primordial formar o indivíduo em cidadão
desenvolvendo no universo educacional a equidade, a humildade, o senso de justiça
e conscientizá-los de quais são os direitos e deveres como cidadão. Fica claro que a
professora Verônica foi muito mais além de suas práticas pedagógicas e de sua
ação como cidadã, mostrado em uma cena que a colega lhe pergunta “por que você
não leva Leandro à delegacia? Por que não leva ele para o conselho tutelar ?” Não
seria errado se a professora Verônica tomasse essa atitude, mesmo sabendo do fato
de que os pais do menino foram assassinados e que os traficantes estavam atrás
dele para matá-lo também, por conta do Pen-drive que o menino tinha em mãos
com a gravação de todo o envolvimento do tráfico com os policiais, seria mais que
correto como cidadão que tem conhecimento dos seus direitos e deveres a
professora entregar o menino ao conselho tutelar.

O filme aborda a questão do dia a dia da nossa sociedade, porém com ações quase
que extintas não só pelos educadores, mas pelo ser humano em si, o Amor ao
próximo; fica a pergunta: quem se envolveria em uma situação dessas se não
tivesse nutrido um imenso amor ao próximo? Se a professora não amasse tanto o
Leandro será que ela agiria dessa forma pelo simples fato de ser correto? Com
certeza não, pois entregá-lo ao conselho tutelar não estaria errado. A personagem
Verônica não estava mais preocupada somente em seguir as leis, mas em salvar a
vida do menino, só faz isso quem ama! Quem ama se entrega, se doa sem querer
nada em troca, entrega sua vida pelo ato do amor, essa sentimento foi o ponto
culminante da relação do menino com a professora; não se pode fechar os olhos,
são atitudes quase extintas. Penso que pela conjuntura social numa sociedade
capitalista, o egoísmo que é alimentado pela desigualdade social, fazendo os
indivíduos se voltarem para seus próprios problemas.

Concluímos enfatizando que o exercício da educação é formar o cidadão, lutando


sempre para excluir a falta de respeito ao próximo, conscientizando sobre a
equidade, a justiça e o bem estar de todos - esses objetivos são de extrema
relevância muito mais que concluir grade curricular - pois ações como citadas
primeiramente irá desenvolver um sentimento de amor pelo próximo, banindo não só
o trafico e as guerras entre gangues e a morte, o suicídio, mais a fome, o aborto, a
pobreza... a tristeza, a angustia, a falta de fé e esperança e paz que reinam
principalmente nas classes pobres. Deve-se ensinar nas salas de aula que somos
seres que temos alma, sentimento e sim trabalhar os bons sentimentos, vemos que
somente assim faremos um mundo melhor desenvolvendo dentro de cada educador
a Verônica que todos temos escondidos nos escombros dos nossos problemas
diários, nas lutas do cotidiano, pois as ações dela foram dirigidas pelo mais nobre
dos sentimentos: o amor; não estamos aqui para criticar a classe dos educadores,
mas queremos enaltecer os que amam e fazem a diferença em qualquer lugar com
qualquer profissão, em qualquer situação.

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