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men INIS-BR--3985
Orientadora:
Prof. Dr". Martha M.F, Vieira
Co-orientador:
Prof. Dr. Edmir Matson
São Paulo
2002
14-071:
L
INSTITUTO DE PESQUISAS ENERGÉTICAS E NUCLEARES
FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE SÃO PAULO
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
São Paulo
2002
deste trabalho
Resumo
Abstrat
LISTA DE FIGURAS
1 INTRODUÇÃO 01
2 OBJETIVOS 04
3 REVISÃO DA LITERATURA 06
4 APRESENTAÇÃO DO APARELHO 10
5 CARACTERÍSTICAS DO DIAGNODENT 13
6 FUNCIONAMENTO DO DIAGNODENT 14
7 METODOLOGIA 16
8 ESCALA DE VALORES USADA NOS CASOS CLÍNICOS 16
9 NOMENCLATURA DOS DENTES 17
10 RESUTADOS E DISCUSSÃO 18
11 EXEMPLOS DE CASOS CLÍNICOS 22
12 BENEFÍCIOS DO APARELHO DIAGNODENT 37
13 VANTAGENS SOBRE OUTROS MÉTODOS 38
14 LIMITAÇÕES DO APARELHO DIAGNODENT 39
15 CONCLUSÕES 40
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 41
SUMMARY
1. INTRODUÇÃO
2. OBJETIVOS
3. REVISÃO DE LITERATURA
baseado num laser de diodo com emissão em 655nm como alternativa para a
detecção da cárie dental.
REICH et ai (1998) afirmam que o sistema de diagnóstico a laser (Kavo
Company, Germany) detecta a cárie por fluorescencia da dentina cariada,
oferecendo uma melhor detecção das cáries de fissuras quando comparado
com outros métodos, apesar da limitação deste aparelho na detecção das
cáries proximais. Relatou também que nos últimos anos tem se tornado difícil o
diagnóstico da cárie pois clinicamente estão sendo observadas cáries ocultas
não diagnosticadas pelos métodos convencionais devido à mineralização da
superfície do esmalte pelo flúor. Um novo sistema de fluorescencia a laser foi
desenvolvido para o diagnóstico destas cáries ocultas.
HIBST e PAULUS (1998), concluíram que a fluorescencia de excitação
promove um novo e muito promissor método para detecção de cáries
escondidas, especialmente as cáries de fissura. Baseado neste método foi
desenvolvido este novo detector de cáries, o laser Diagnodent.
LUSSI (1998) relatou que a cárie se tornou um processo de progressão
lenta de possível remineralização de lesões iniciais de cárie, motivando assim o
desenvolvimento de um sistema de fluorescencia a laser para a quantificação
de cáries. LUSSI comenta também sobre o monitoramento longitudinal no
processo de cárie com o objetivo de definir se o tratamento será curativo ou
preventivo.
REICH et ai (1998), desenvolveram este aparelho laser Kavo
Diagnodent, mostrando que ele é capaz de detectar a cárie por fluorescencia da
dentina cariada oferecendo uma melhor detecção das cáries de fissura quando
comparado com outros métodos. Reich também afirma, baseado nos seus
estudos, que o equipamento a laser de 655nm mede a fluorescencia emitida por
desmineralização ou por cáries como resultado da excitação com luz de laser.
Relatou também que o diagnóstico de cáries tem se tornado mais difícil nos
últimos anos por haver clinicamente maior número de cáries ocultas que não
são diagnosticadas.
HIBST e GALL (1998) demonstraram que a excitação com luz vermelha
de comprimento de onda de 630 a 655nm é capaz de detectar cáries. A
fluorescencia emitida por exitação com comprimento de onda mais longo foi
reduzida nos tecidos mineralizados do dente fluorescendo com mais
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10
4. APRESENTAÇÃO DO APARELHO
5. CARACTERÍSTICAS DO DIAGNODENT
6. FUNCIONAMENTO DO DIAGNODENT
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7. METODOLOGIA
8. RESULTADOS E DISCUSSÃO
01 45 Cárie inicial Cárie inicial de esmalte Nada mostrou Cárie inicial de esmalte
03 36 Cárie com cavitação Cavitação Área radiolúcida difusa oclusal Cárie dentina
04 36 Sulcos com selante Sulco escurecido com selante Nada mostrou Cárie inicial de esmalte
08 26 Descalcificação oclusal Sulco com descalcificação Nada mostrou Cárie esmalte interno
09 26 Descalcificação sulco Sulco com descalcificação Nada mostrou Cárie dentina externa
ocluso distai
11 27 Sulco escurecido ocluso Sulco escurecido distai + Área radiolúcida na distai ociusal Cárie dentina externa
distai cavitação
12 26 Selante ociusal, sulco Sulco escurecido + cavitação Área radiolúcida sugerindo cárie Cárie dentina
palatino escurecido
15 26 Sulco escurecido ocluso Sulco escurecido ocluso distai Sem cárie Sem cárie
distai
22 36 Cárie debaixo do selante Cárie + selante Área radiolúcida Cárie esmalte e dentina
24 17 Descalcificação na Descalcificação ociusal com Área radiolúcida sugerindo cárie Cárie dentina interna
ociusal cavitação
26 47 Sulco pigmentado Sulco pigmentado + cavitação Área radiolúcida difusa Cárie dentina
27 46 Restauração ociusal Restauração amálgama Área radiolúcida sugerindo cárie Sem cárie
amálgama
33 46 Resina c/ infiltração Resina com infiltração Área radiolúcida Cárie dentina interna
marginal
34 47 Sulco oclusal escurecido Sulco escurecido + cavitação Área radiolúcida Cárie dentina
35 46 Restauração amálgama Reatauração amaigama+cárie Área radiolúcida dentina interna Sem cárie
38 17 Sulcos fissuras c/ Sulcos e fissuras seladas Área radiolúcida difusa Cárie esmalte/dentina
selamento
41 46 Restauração resina + Restauração resina d Área radiolúcida cárie em dentina Cárie dentina interna
infiltração cavitação
42 17 Sulco escurecido Sulco escurecido c/cavitação Área radiolúcida difusa Cárie esmalte interno
43 16 Selamento sulco oclusal Selante oclusal sulco Sem cárie Sem cárie
escurecido palatino
nada mostrou (não mostrou lesão cariosa); os outros 4 casos foram em dentes
com restauração em amálgama e selantes. Nesses casos o Rx digital indicou
a presença de cárie que não foi detectada pelo Diagnodent. Esse fato ocorre
porque os resultados obtidos pelo Diagnodent podem ser mascarados pelo
amálgama ou pelo selante (pode ocorrer um diagnóstico falso positivo devido
ao material fluorescente existente na composição do selante).
Perante o Rx digital a eficácia do diagnóstico com o aparelho Diagnodent
é superior porque quando a cárie é detectada ela já atingiu uma região mais
profunda do dente ao passo que com o aparelho Diagnodent ela é detectada já
na sua fase inicial.
Na TAB. 5 é apresentado o resultado da porcentagem de acerto dos
diferentes métodos de diagnóstico utilizados neste trabalho.
Inspeção V is u a i
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Videoscópio _. ... ..
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R x D ig i t a l ^.^vv,:;\.v-^;:íí;,ír;,: "
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Diagnodent . ^Mmmm-w»m^^m»mm:
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0,00% 20,00% 40,00% 60,00% 80,00% 100,00%
22
Figura 1a
Figura 1c Figura 1b
Figura 1d Figura 1e
23
Fig. 2a Fig. 2b
Fig. 2c Fig. 2d
A figura 2a representa o dente 47 (segundo molar inferior direito), a figura
2b o dente 46 (primeiro molar inferior direito), a figura 2c o dente 45 (segundo
pré-molar inferior direito), a figura 2d o dente 44 (primeiro pré-molar inferior
direito).
No dente 47 (fig 2a) as variações em valor numérico foram de 9,12,13
nas regiões em que a fissura estava menos profunda e no centro do dente a
leitura foi 15,16,17 sugerindo cárie em dentina.
No dente 46 (fig 2b) com restauração de amálgama para o qual não
obtidos valores correspondentes à cárie diagnosticada pelo exame clínico
visual e exame através da microcâmera intra-oral, e Rx digital que sugeriram
uma cárie profunda. O display do aparelho Diagnodent mostrou valores bem
baixos: 3,6,7 sugerindo não haver lesão cariosa. Assim foi concluído que o
feixe laser do aparelho não consegue atravessar a restauração de amálgama.
No dente 45 (fig 2c), o exame clínico visual e a microcâmera sugeriram
cárie de fissura, no exame com o laser Diagnodent os valores foram 10,11,13
sugerindo cárie de esmalte.
No dente 44 (fig 2d), os valores numéricos obtidos foram 9,10,11 sugerindo
cárie inicial de esmalte.
25
Fig. 3a Fig. 3b
Fig. 3c Fig. 3d
As figuras 3a, 3b, 3c, 3d, representam o dente 12 (incisivo lateral superior
direito).
No dente 12 da fotografia (fig 3a) foi efetuado exame visual, exame
através da microcâmera intra-oral e com os 2 aparelhos Diagnodent.
Após profilaxia prévia com pedra pomes e água, lavagem e secagem, foi
feita a leitura por 3 vezes em cada aparelho, mostrando no display o seguinte:
na primeira abordagem os valores foram de 15 a 18, sugerindo de acordo com
a tabela do fabricante lesão de cárie em dentina. Na segunda e terceira
tomadas foi confirmado este diagnóstico atingindo o valor numérico 22,
sugerindo cárie em dentina.
A figura 3b mostra que foi efetuada a remoção da resina, sendo feito o
monitoramento até a completa remoção da lesão cariosa. O aparelho mostrou
valores numéricos variando de 3 a 6,, sugerindo então a completa remoção da
cárie.
Após lavar a cavidade com tergensol (fig 3c), foi feita nova leitura,
observando-se valores numéricos inferiores para 1 e 2, sugerindo redução
bacteriana da cavidade.
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Depois de concluída a restauração em resina (fig 3d) foi feita nova tomada
de valores, que variaram entre 1 e 2, não havendo diferença numérica entre
dente aberto sem cáries e dente restaurado com resina.
27
Fig. 4a Fig. 4b
Fig. 4c Fig. 4d
Fig. 5a Fig. 5b
Fig. 6c Fig. 6d
As fotografias são dos dentes 47,37,45,44 (fig 6a, 6b, 6c, 6d).
No dente 47 (fig 6a) as variações de leitura foram de 9/12/13 nas regiões
em que a cavitação da fissura estava menos profunda e na região central do
dente as leituras foram 15/16/17, sugerindo cárie em dentina (conforme tabela
do fabricante).
No dente 37 (fig 6b) com restauração em amálgama, o exame clínico
visual e o através da microcâmera intra oral sugeriram uma cárie devido ao
aspecto visual apresentado, e também pela confirmação radiográfica (área
radiolúcida atingindo dentina).
No exame com os dois aparelhos Diagnodent as leituras foram 3/6/7
sugerindo não haver cárie neste dente, confirmando-se o que havia sido
observado anteriormente, que o feixe laser assim que o feixe laser do aparelho
não atravessa a restauração em amálgama podendo indicar um resultado falso
positivo.
No dente 45 (fig 6c), o exame visual e com a microcâmera intra oral
sugeriram cárie de fissura, e com o laser Diagnodent os valores obtidos foram
10/11/13, sugerindo cárie inicial de esmalte.
I
30
Fig. 7a Fig. 7b
Fig. 7c Fig. 7d
Fig. 8a Fig. 8b
Fig. 8c Fig. 8d
ÉÉI
34
Fig. 9a Fig. 9b
Fig. 9c Fig. 9d
As figuras representam os dentes 17(fig a), 16 (fig b),14 (fig c), 25(fig d)
Dente 17 (fig a): O exame visual apresentou sulco escurecido na face
mais distai do sulco ociusal; exame com a acucam mostrou sulco escuro com
cavitação na face distai do sulco ociusal; o Rx digital mostrou uma área
radiolúcida difusa. No exame com o Diagnodent obteve-se 6/7/10 e 11/14/9. O
tratamento efetuado foi a remoção da cárie do sulco cavitado, restauração em
resina e também o selamento das cicatrículas e fissuras sadias.
Dente 16 (fig b): Exame visual mostrou selamento dos sulcos oclusais; a
acucam mostrou selante ociusal e sulco palatino escurecido; o Rx digital não
mostrou presença de cárie, e os valores obtidos com o Diagnodent foram
10/11/11 e 8/9/8. O tratamento efetuado foi o conservador, com aplicação de
selante fluoretado.
Dente 14 (fig c): Exames visual, microcâmera Acucam, Rx digital e o
Diagnodent não constataram presença de cárie e o tratamento efetuado foi a
aplicação de selante.
Dente 25 (fig d): Exame visual não indicou a presença de cárie; com a
microcâmera Acucam observou-se a presença de sulco pigmentado; o Rx
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digital não indicou cárie; na leitura com o Diagnodent os valores foram 2/3/3 e
3/4/4 e o tratamento efetuado foi a aplicação de selante pentra seal 1
(cosmedent).
L-
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I
37
No exame visual tátil é usada uma sonda exploradora fina, mas talvez não
tão fina quanto as dimensões da lesão existente. Para ser detectada a cárie
teria que ser no mínimo da espessura da ponta do explorador; o que significa
que cáries menores do que a espessura do explorador não são detectadas por
este método, sendo que com o recurso a laser pode-se facilmente diagnosticá-
la. Isto é especialmente importante porque com o uso crescente de flúor e a
presença dele na água potável, o esmalte dentário é menos sensível a cáries,
podendo a cárie evoluir abaixo do esmalte dental mineralizado.
O método videoscópico, através das microcâmeras intra-orais, fornece
uma imagem do dente 28 vezes maior, facilitando assim a visualização da cárie,
mas não mostra a profundidade da lesão para que se possa fazer um melhor
planejamento do procedimento a ser efetuado.
As radiografias intra-orais fornecem a profundidade da lesão mas tomam
muito tempo do profissional com os processos de tomada radiográfica e
revelação, aumentando o tempo da consulta, e também expondo o paciente à
radiação.
I
39
CONCLUSÕES
BIBLIOGRAFIA
18 - Reich, E.; Al Marrawil, F.; Pitts, N.; Lussi, A. Clinical validation of a laser
caries diagnosis system. Caries Res, v.32, n.89, p.297, 1998.
43
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