Você está na página 1de 6

O PAPEL DA ENFERMAGEM NO CONTEXTO

CARDIOVASCULAR

Pós-graduados Envolvidos Na Análise: (kkk)


ELAINE SAMARA
EDVAN COSTA
FABIELLE DIAZ

Práticas adotadas pelo enfermeiro e sua equipe no cuidado seguro à pessoa


com doença cardiovascular. A adesão às melhores práticas acarreta melhor
desempenho, reduzindo a morbimortalidade e o custo das doenças
cardiovasculares, além de contribuir para maior segurança dos pacientes.
Trata-se de um estudo descritivo, com abordagem qualitativa, desenvolvido em
uma instituição hospitalar privada especializada em cardiologia no Sul do
Brasil, no período entre agosto e outubro de 2015.
Os achados apontam a interface entre liderança do enfermeiro e a segurança
do paciente na compreensão das melhores práticas de cuidado à pessoa com
doença cardiovascular, os quais serão apresentados em duas categorias
temáticas:
1 “Melhores práticas nas ações de cuidado ao paciente”
Essa categoria é composta por cinco subcategorias, que abordam as melhores
práticas de cuidado na esfera das relações diretas entre profissional e paciente
hospitalizado.
“Conferência da identificação do paciente”: nome, pulseira, identificação no
leito, data de nascimento.
“Prevenção de infecção hospitalar”: lavagem das mãos, assepsia dos materiais.
“Conferência de medicamentos”: desde a farmácia até a administração.
“Identificação e cuidados ao paciente com risco de queda”: idosos, pós-
operatório, pacientes com dificuldades de marcha.
“Cuidados ao paciente com risco de desenvolver úlcera por pressão”:
mudanças de decúbito a cada duas horas

2 “Melhores práticas de liderança do enfermeiro”


“Assistência integral ao paciente”: o enfermeiro além de ser líder de uma
equipe e realizar a gestão da unidade, é responsável também por prestar
cuidado direto ao paciente.
“Comunicação como prática segura de cuidado”: evidenciou-se a importância
da comunicação entre as equipes para a prevenção de eventos adversos.
“Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE)”: foi considerada como
uma prática relevante para garantir o cuidado seguro ao paciente. Inicia-se com
o histórico de enfermagem, onde é possível identificar os riscos e as
necessidades de cuidados, seguido pela realização de um plano de cuidado.
Diariamente os enfermeiros preenchem as escalas assistenciais, como Braden,
Stratify, Escala Assistencial de Complexidade e de Flebite, as quais auxiliam os
enfermeiros a avaliar o dimensionamento de pessoal, o grau de risco dos
pacientes, assim como a avaliação das intervenções a partir da evolução e
prescrição de enfermagem, possibilitando a gestão do cuidado.
1 INSUFUCIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA
Administrar O2 para reduzir dispneia e fadiga
Posicionar em Fowler para facilitar a respiração e aliviar a congestão pulmonar
Registrar intolerância ao decúbito (ortopnéia) e elevá-lo além de 30º se necessário
Monitorizar frequência respiratória, profundidade e facilidades respiratória
Manter um registro do que foi ingerido e eliminado
Pesar diariamente o cliente
Monitorizar a frequência de pulso e a pressão arterial
Avaliar os sinais de sobrecarga hídrica e avaliar as alterações
Observar sinais e sintomas da diminuição da perfusão periférica: pele fria, palidez
facial, enchimento capilar retardado.

2 ARRÍTIMIA CARDÍACA
Avaliar o nível de consciência;
Instalar oxigenoterapia de acordo com a orientação médica
Verificar dos sinais vitais
Monitorização cardíaca
Realizar ECG
Providenciar exames complementares
Deixar preparado todo o material de urgência necessário (material de intubação
endotraqueal, ventilador mecânico, material de oxigenação e aspiração, etc.);
Outros cuidados, de acordo com as condições do paciente.
“As relações de trabalho na equipe”: através da comunicação, troca de
experiência, ajuda mútua, cooperação e bom relacionamento entre os
membros da equipe.
“Orientação como prática de cuidado seguro”: está relacionada à orientação
que deve ser realizada junto aos pacientes, familiares e equipe de
enfermagem. Além de se configurar como uma ação de liderança do
enfermeiro, garante também a resolutividade das dúvidas, norteia o cuidado da
equipe de enfermagem, empodera o familiar e paciente, e estimula a
participação no cuidado, reduzindo os eventos adversos e garantindo um
cuidado seguro.

3- hipertensão Arterial
O enfermeiro atuante na atenção básica ,pode Realizar atendimento clínico
individual (consulta de enfermagem) em todas as faixas etárias. Realizar
diagnóstico de enfermagem .Avaliação de resultados e prescrição da
assistência de enfermagem, incluindo solicitação de exames complementares e
prescrição de medicações da competência do enfermeiro de acordo com
protocolos e/ou normativas municipais ou validados pelo município. Atuar no
Rastreamento de novos casos e assintomáticos.Além disso, todas as gestantes
devem ter sua pressão arterial verificada em cada consulta.
Intervenção de enfermagem
Verificar sinais vitais;
• Instalar monitorização cardíaca;
• Puncionar acesso venoso periférico;
• Comunicar imediatamente a equipe médica da
unidade de emergência;
• Instalar oxigênio suplementar;
• Administrar infusão endovenosa de
nitroprussiato conforme prescrição médica;
• Realizar eletrocardiograma de 12 derivações;
• Encaminhar paciente à radiografia de tórax
e tomografia computadorizada conforme
solicitação médica;
• Coletar exames laboratoriais;
• Coletar histórico de saúde do paciente e
avaliar os sintomas que sugerem danos a
órgãos alvo;
• Orientar o paciente quanto à monitorização
residencial da pressão arterial;
• Orientar o paciente sobre controle do peso,
alimentação saudável, redução da ingesta de
sal, prática de atividade física e cessação do
tabagismo;
• Orientar o paciente quanto aos sinais e
sintomas das crises hipertensivas;
• Orientar o paciente sobre a importância da
adesão ao tratamento para hipertensão.

Abordagem Inicial
• Coletar histórico de saúde do paciente;
• Avaliar sintomas que sugerem lesão a órgãos-alvo;
• Verificar sinais vitais;
• Instalar monitorização multiparâmetros;
• Acionar equipe médica e multiprofissional;
• Puncionar acesso venoso periférico;
• Instalar oxigênio suplementar;
• Administrar medicação endovenosa conforme prescrição médica

Avaliação do paciente
• Realizar exame físico;
• Realizar avaliação neurológica;
• Avaliar perfusão capilar;
• Avaliar presença de edemas.
Intervenções de enfermagem
• Monitorizar sinais vitais;
• Avaliar e acompanhar os valores de PA;
• Coletar exames laboratoriais conforme solicitação;
• Realizar eletrocardiograma de 12 derivações conforme solicitação;
• Encaminhar à radiografia de tórax ou tomografia computadorizada conforme
solicitação;
• Realizar controle de diurese;
• Garantir repouso do paciente no leito;
• Manter a cabeceira da cama elevada 30 graus;
• Acompanhar resultados de exames laboratoriais e de imagem;
• Monitorar paciente que esteja em risco de apresentar convulsões;
• Encaminhar paciente à Unidade de Terapia Intensiva conforme solicitação;
• Registrar e documentar os cuidados prestados.
Intervenções para a educação em saúde
• Orientar o paciente quanto aos sinais e sintomas das crises
hipertensivas e complicações tardias;
• Orientar o paciente sobre a importância da adesão ao tratamento para
hipertensão arterial;
• Orientar o paciente quanto à monitorização residencial da
pressão arterial;
• Orientar o paciente quanto à adoção de hábitos de vida saudáveis;
• Orientar a paciente quanto ao acompanhamento ambulatorial
em longo prazo.

4-TROMBOSE VENOSA PROFUNDA


O Enfermeiro exerce um papel fundamental na melhor evolução clínica do
paciente, com melhoras significativas. É essencial o reconhecimento dos
primeiros sinais de sangramento decorrente do uso de anticoagulantes bem
como o processo de reabilitação, com o estimulo ao movimento passivo e ativo
no leito e à deambulação precoce. O processo de enfermagem é
imprescindível para a boa qualidade na assistência, pois seu principal objetivo,
além de alcançar um bom prognóstico, é também a prevenção da Embolia
Pulmonar.
A escolha da terapia profilática vai depender da estratificação de risco do
paciente. Os fatores de risco da trombose venosa profunda podem ser
compreendidos através da tríade de Virchow que são: Estase venosa
(diminuição do fluxo venoso), Lesão Endotelial (proporcionando diretamente a
formação de trombos), Hipercoagulabilidade (sangue fica mais suscetível à
formação de coágulos), Tromboembolismo venoso prévio, história prévia de
embolia pulmonar, varizes, pós-operatórios, obesidade, imobilização

Diagnóstico de Assistência de Justificativa Científica


Enfermagem (NANDA) Enfermagem
Hipertermia relacionada - Orientar o paciente Detecção do quadro
à flebite caracterizada quanto às complicações infeccioso relacionado à
por aumento da da doença; - Atentar TVP e observância da
temperatura aos sinais e sintomas evolução do estado
das doenças e clínico do paciente
condições associadas à
TVP; - Prover conforto e
bem-estar ao paciente.
Perfusão tissular Manter membros Auxilia o fluxo
periférica ineficaz elevados a 45 graus; - sanguíneo venoso e
relacionada à trombose Aplicar terapia aumento da atividade
venosa profunda compressiva com meia fibrinolítica do endotélio
caracterizada dilatação elástica assim que venoso, estimulando a
do sistema venoso possível ou conforme anticoagulação.
superficial prescrição médica; -
Estimular exercícios
para ativação da bomba
muscular da panturrilha
em parceria com o
fisioterapeuta.
Dor aguda relacionada Observar e anotar O controle da dor é um
ao processo infeccioso características da dor; - fator determinante no
do sistema venoso Administrar analgesia tempo de hospitalização
periférico caracterizado conforme prescrição pois influencia
por EVA 10 (Escala médica; - Avaliar sinais diretamente na melhora
Visual Analógica que vitais de 1 em 1 hora. no quadro geral do
determina a intensidade paciente.
da dor do paciente
Mobilidade física Estimular A deambulação precoce
prejudicada relacionada movimentação ativa auxilia a circulação
restrição dos e/ou passiva no leito; - sistêmica, melhora da
movimentos Administrar analgesia autoestima, autonomia,
caracterizada por regular conforme prevenção de ulcera por
enfraquecimento prescrição médica; - pressão e minimização
musculoesquelético e Fornecer conforto ao dos riscos do
dor. paciente. desenvolvimento da
TVP, além de prevenir a
ocorrência da síndrome
por desuso e ulcera por
pressão.
Risco para hemorragia Observar e relatar mportante para controle
digestiva relacionado a presença de e risco de anemias e
sangramento por uso de sangramentos; - quadros de hipotensão
Anticoagulantes. Atentar-se para severas.
ocorrência de
trombocitopenia; -
Verificar sinais vitais de
1 em 1 hora

REFERENCIAS:
https://revistas.ufpr.br/cogitare/article/download/45648/pdf
http://www2.ebserh.gov.br/documents/147715/0/Assist
%C3%AAncia+a+clientes+com+comprometimento+cardiocirculat
%C3%B3rio.pdf/6da7045c-6133-47c2-8455-94a405b3ebc7

http://www.corensc.gov.br/wp-content/uploads/2018/04/Protocolo-de-Enfermagem-
Volume-1.pdf

http://socesp.org.br/revista/edicao-atual/cuidados-de-enfermagem-em-crise-hipertensiva-
uma-revisao-integrativa/84/199/

ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO FRENTE À TROMBOSE VENOSA PROFUNDA


https://www.mastereditora.com.br/periodico/20171104_141512.pdf

Você também pode gostar