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Bioética,

biossegurança e
legislação

Colégio Técnico
São Bento
SUMÁRIO
Capítulo 1 - Bioética ................................................................................................................. 5
1.1 Bioética ............................................................................................................................. 6
1.1.1 Diferentes momentos da Bioética .............................................................................. 6
1.1.2 Bioética e Estética..................................................................................................... 8
1.2 Conduta do Profissional de Estética ................................................................................ 8
1.3 Comportamento Ético ....................................................................................................... 9
1.4 Imagem do Esteticista .................................................................................................... 10
1.5 Código de ética dos profissionais de estética ................................................................ 11
1.5.1 Cap. I ........................................................................................................................ 11
1.5.2 Cap. II ....................................................................................................................... 12
1.5.3 Cap. III ...................................................................................................................... 14
1.5.4 Cap. IV ..................................................................................................................... 15
1.5.5 Cap. V ...................................................................................................................... 15
1.5.6 Cap. VI ..................................................................................................................... 15
1.5.7 Cap. VII .................................................................................................................... 16
1.5.8 Cap. VIII ................................................................................................................... 16
1.6 Perfil Profissional do Técnico em Estética ..................................................................... 17
Capítulo 2 - Biossegurança .................................................................................................... 18
2.1 O que é Biossegurança .................................................................................................. 19
2.1.1 Biossegurança na Estética ...................................................................................... 19
2.2 O Papel da Anvisa no Brasil ........................................................................................... 20
2.3 Profissionais de Saúde e Tipos de Exposições ............................................................. 21
2.5 Tipos de riscos ................................................................................................................ 21
2.6 Tipos de riscos que podem ser enfrentados na clínica estética .................................... 22
2.6.1 Riscos Biológicos ..................................................................................................... 22
2.6.2 Riscos bioquímicos e químicos ............................................................................... 22
2.6.3 Riscos físico-acidentais ........................................................................................... 22
2.6.4 Riscos ergonômicos ................................................................................................. 23
2.7 Controle Biológico ........................................................................................................... 23
2.8 Termos e Conceitos em Biossegurança ........................................................................ 23
2.8.1 Limpeza ou Remoção Mecânica ............................................................................. 23
2.8.2 Antissepsia ............................................................................................................... 23
2.8.9 Antisséptico .............................................................................................................. 24
2.8.10 Assepsia ................................................................................................................. 24
2.8.11 Degermação ........................................................................................................... 24

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2.8.11 Descontaminação .................................................................................................. 24
2.8.12 Desinfestação ........................................................................................................ 25
2.8.13 Desinfetante ........................................................................................................... 25
2.8.14 Detergente.............................................................................................................. 25
2.8.15 Esterilização ........................................................................................................... 25
2.8.16 Desinfecção ........................................................................................................... 25
2.8.17 Esterelizante .......................................................................................................... 25
2.8.18 Germicida ............................................................................................................... 26
2.8.19 Bacteriostase ......................................................................................................... 26
2.9 Classificação dos artigos (materiais ou instrumentais) por risco de contaminação...... 26
2.9.1 Artigos não-críticos .................................................................................................. 26
2.9.2 Artigos semicríticos .................................................................................................. 26
2.9.3 Artigos críticos .......................................................................................................... 27
2.10 Os germes e a origem das infecções ........................................................................... 27
2.11 Acidente do trabalho ..................................................................................................... 27
2.12 Biossegurança no Trabalho do Profissional de Estética ............................................. 28
2.14 Tipos de EPI ................................................................................................................. 29
2.14.1 Óculos de Proteção ............................................................................................... 30
2.14.2 O gorro e a máscara de proteção .......................................................................... 30
2.14.3 O avental ................................................................................................................ 31
2.14.4 As luvas .................................................................................................................. 32
2.15 Uso do álcool gel .......................................................................................................... 35
2.16 Manipulação de Instrumentos e Materiais ................................................................... 36
2.17 Manipulação de Materiais Cortantes ............................................................................ 36
2.18 Vacinação ..................................................................................................................... 37
2.19 Procedimentos exigidos para garantir um ambiente livre de contaminações ............. 37
2.20 Limpeza dos materiais do ambiente de trabalho ......................................................... 37
2.21 Conduta do profissional de estética ............................................................................. 39
2.22 Normas para Cosméticos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)
contidas na resolução n 335 (julho de 1999) ....................................................................... 39
2.23 Autoclave X Estufa ....................................................................................................... 40
2.23.1 Calor seco .............................................................................................................. 41
2.23.2 Calor úmido ............................................................................................................ 41
Outros fatores para mudar para autoclave: ...................................................................... 41
Tabela que resume a comparação entre os dois processos: .............................................. 42
2.24 Ambiente de Trabalho .................................................................................................. 43

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Capítulo 3 - Legislação ........................................................................................................... 44
3.1 Direito e Estética ............................................................................................................. 45
3.2 Ética e Ordem Jurídica ................................................................................................... 46
3.4 Federação ....................................................................................................................... 48
3.5 A FEBRAPE – Federação Brasileira dos Profissionais Esteticistas .............................. 48
3.6 Regulamentação da Profissão de Estética .................................................................... 48
3.7 Ética Profissional do Esteticista ..................................................................................... 50
3.8 Estética e o Código Penal .............................................................................................. 51
3.9 Estética e Direitos Adquirido por Lei .............................................................................. 51
4. Referências........................................................................................................................... 52

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Capítulo 1 - Bioética

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1.1 Bioética

Bioética vem do grego: bios = vida + ethos = relativo à ética. É o


estudo transdisciplinar entre Ciências Biológicas, Ciências da Saúde, filosofia (Ética)
e Direito (Biodireito) que investiga as condições necessárias para uma administração
responsável da Vida Humana, animal e responsabilidade ambiental. Considera,
portanto, questões onde não existe consenso moral como a fertilização in vitro,
o aborto, a clonagem, a eutanásia, os transgênicos e as pesquisas com células
tronco, bem como a responsabilidade moral de cientistas em suas pesquisas e
aplicações.
Assim, em 1971, o termo aparece pela primeira vez no livro "Bioética: Ponte
para o Futuro", de Van Rensselaer Potter, da seguinte maneira:
A Bioética é uma ética aplicada, chamada também de “ética prática”, que visa
“dar conta” dos conflitos e controvérsias morais implicados pelas práticas no âmbito
das Ciências da Vida e da Saúde do ponto de vista de algum sistema de valores
(chamado também de ética). Como tal, ela se distingue da mera ética teórica, mais
preocupada com a forma e a lógica dos conceitos e dos argumentos éticos, pois,
embora não possa abrir mão das questões propriamente formais (tradicionalmente
estudadas), está destinada a resolver os conflitos éticos concretos.
Podemos subdividir a disciplina em 3 (três) âmbitos:
1) A bioética humana (bioética medica ou ética biomédica)
2) A biomédica animal (que se ocupa com temas próprios da vida animal, tais
como: direitos dos animais, problemas éticos relacionados com a experimentação
biomédica, ética das intervenções sobre o patrimônio genético das espécies…)
3) A bioética ambiental, que se interessa com as questões de valor
relacionados com o impacto do homem sobre o ambiente natural (ecologia e justiça,
desenvolvimento sustentável, biodiversidade, alimentação transgênico).

1.1.1 Diferentes momentos da Bioética

a) Bioética geral: ocupa-se das funções éticas, é o discurso sobre os valores


e os princípios originários da ética médica e sobre fontes documentais da bioética

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b) Bioética especial: analisa os grandes problemas enfrentando-os sempre
sob o perfil geral, tanto no terreno médico quanto no biológico (engenharia genética,
aborto, eutanásia, experiência clínica etc.). São as grandes temáticas da bioética.
c) Bioética clínica (o de decisão): trata da praxis médica e do caso clínico,
quais são os valores em jogo e quais os caminhos corretos de conduta.
São cinco, os princípios bioéticos:
Princípio da autonomia: requer do profissional respeito à vontade, o respeito
à crença, o respeito aos valores morais do sujeito, do paciente, reconhecendo o
domínio do paciente sobre sua própria vida e o respeito à sua intimidade. Este
princípio gera diversas discussões sobre os limites morais da eutanásia, suicídio
assistido, aborto, etc. Exige também definições com respeito à autonomia, quando a
capacidade decisional do sujeito (ou paciente) está comprometida. São as pessoas
ou grupos considerados vulneráveis. Isto ocorre em populações e comunidades
especiais, como menores de idade, indígenas, débeis mentais, pacientes com dor,
militares, etc. Com relação à ética em pesquisa, gera o princípio do "termo de
consentimento livre e esclarecido" a ser feito pelo pesquisador e preenchido pelos
sujeitos da pesquisa ou seus representantes legais, quando os sujeitos estiverem
com sua capacidade decisional comprometida.
Princípio da beneficência: assegura o bem-estar das pessoas, evitando
danos e garante que sejam atendidos seus interesses. Trata-se de princípio
indissociável ao da autonomia.
Princípio da não maleficência: assegura que sejam minorados ou evitados
danos físicos aos sujeitos da pesquisa ou pacientes. Riscos da pesquisa são as
possibilidades de danos de dimensão física, psíquica, moral, intelectual, social,
cultural ou espiritual do ser humano, em qualquer fase de uma pesquisa e dela
decorrente. Dano associado ou decorrente da pesquisa é o agravo imediato ou
tardio, ao indivíduo ou à coletividade, com nexo causal comprovado, direto ou
indireto, decorrente do estudo científico.
Princípio da justiça: exige equidade na distribuição de bens e benefícios em
qualquer setor da ciência, como por exemplo: medicina, ciências da saúde, ciências
da vida, do meio ambiente, etc.
Princípio da proporcionalidade: procura o equilíbrio entre os riscos e
benefícios, visando ao menor mal e ao maior benefício às pessoas. Este princípio

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está intimamente relacionado com os riscos da pesquisa, os danos e o princípio da
justiça.

1.1.2 Bioética e Estética

"Eu proponho o termo Bioética como forma de enfatizar os dois componentes


mais importantes para se atingir uma nova sabedoria, que é tão desesperadamente
necessária: conhecimento biológico e valores humanos.” (Van Rensselaer Potter,
Bioethics. Bridge to the future. 1971).
De acordo com o CIDESCO (Comitê Internacional de Estética
e Cosmetologia), o esteticista ou profissional de beleza, tem como função
atender e cuidar de seus clientes, embasado em solida formação técnica, com
domínio absoluto de todos os setores que compõem a estética. Um dos maiores
pilares de sustentação do trabalho do esteticista é o exercício da ética profissional:
um conjunto de normas de conduta que devem ser aplicadas em qualquer atividade,
fazendo com que o profissional respeite o seu semelhante, preciando a dignidade
humana. A ética profissional envolve questões morais, normativas e jurídicas, a
partir de estatutos e códigos específicos.

1.2 Conduta do Profissional de Estética

“A boa conduta ética faz do esteticista um profissional diferenciado e


valorizado por clientes e colegas”.
Embora os esteticistas ainda aguardem pela regulamentação da profissão,
conforme o processo em trâmite no Congresso Nacional, já são praticadas normas
técnicas e regras de conduta que norteiam as atividades dos profissionais de
estética.
As instituições de ensino e entidades relacionadas à classe e até mesmo os
profissionais de estética, buscam estabelecer critérios e padrões para o exercício
pleno desta profissão cada vez mais valorizada e que requer constante
aprimoramento técnico e científico, a fim de acompanhar o ininterrupto crescimento
da indústria cosmética mundial. Além de todo o embasamento científico adquirido
em cursos de níveis técnico e superior, um dos grandes pilares de sustentação do

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trabalho do esteticista é o exercício da ética profissional: um conjunto de normas de
conduta que devem ser aplicadas em qualquer atividade, fazendo com que o
profissional respeite seu semelhante, valorizando a dignidade humana e a
construção do bem-estar no contexto sócio-cultural da comunidade onde atua. A
ética profissional está presente em todas as profissões e abrange questões morais,
normativas e jurídicas, a partir de estatutos e códigos específicos. Devemos lembrar,
que o comportamento ético não se restringe apenas aos assuntos profissionais. Em
nossa vida pessoal e social, estamos sempre buscando nos comportar de maneira
ética e moral. Além disso, em toda ação humana o “fazer” e o “agir” estão
diretamente interligados, ou seja, o primeiro, diz respeito à competência e eficiência
pertinente ao profissional. O segundo refere-se à sua conduta e ao conjunto de
atitudes que o mesmo deve assumir no desempenho de sua atividade, contribuindo
de maneira positiva (ou negativa) para a construção de sua imagem no mercado.

1.3 Comportamento Ético

De acordo com o CIDESCO (Comitê Internacional de Estética e


Cosmetologia), o esteticista ou profissional da beleza, tem como função atender e
cuidar de seus clientes, embasado em sólida formação técnica, com domínio total de
todos os setores que compõem a estética e a cosmetologia. É seu papel prestar
serviços de alta qualidade ao público, com os objetivos de melhorar e manter a
aparência externa e as funções naturais da pele, influenciando-os ao relaxamento e
ao bem-estar físico do corpo e da mente. Deve, ainda, estar qualificado para exercer
sua capacidade em âmbito internacional, mantendo conduta ética e moral
irrepreensível. Vale lembrar que, além de aplicada aos clientes, a conduta ética
deve-se estender aos colegas de profissão, aos parceiros, fornecedores e aos
profissionais de outras áreas, que podem contribuir de maneira significativa para o
sucesso do esteticista. E se à primeira vista o código de ética pode parecer um
manual de regras rígidas, sua implementação certamente vai facilitar o
relacionamento com clientes e parceiros e pode, ainda, tornar se um grande
diferencial do trabalho oferecido pelo esteticista.

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1.4 Imagem do Esteticista

O profissional é o seu próprio cartão de visita. Lembre-se que o fazer e o agir


estão sempre interligados, sendo que suas consequências certamente também
caminharão juntas. E como em todas as áreas profissionais, os esteticistas também
possuem um código de ética a ser seguido, garantindo segurança e qualidade tanto
para clientes, como para a própria classe. Confira, a seguir, algumas das atribuições
e proibições pertinentes ao exercício da profissão de esteticista:
a) O esteticista presta assistência de estética ao cliente, em situações que
requerem medidas de higienização, hidratação ou revitalização da pele, em nível de
camada córnea, estando apto a colaborar em outras áreas profissionais correlatas à
estética, quando solicitado por profissional responsável;
b) O profissional deve zelar pela provisão e manutenção adequada de seu
local de trabalho (cabine, sala, gabinete, etc), aplicando princípios de higiene, saúde
e biossegurança;
c) Cabe ao esteticista programar e coordenar todas as atividades e
tratamentos de eletroestética, que visem o bem-estar e o perfeito atendimento ao
cliente;
d) O esteticista deve avaliar o tratamento estético adequado e necessário a
cada cliente, de maneira particular e personalizada, responsabilizando-se pela
aplicação do mesmo, d entro de parâmetros de absoluta segurança;
e) É dever do profissional respeitar o direito ao pudor e à intimidade do
cliente;
f) Respeitar o direito do cliente em decidir sobre a conveniência ou não da
realização e manutenção do tratamento estético indicado pelo esteticista;
g) Assumir seu papel na determinação dos padrões desejáveis do ensino e do
exercício das várias áreas da estética;
h) Manter sigilo sobre fatos dos quais tome conhecimento em razão de sua
atividade profissional e exigir o mesmo comportamento da equipe que está sob sua
supervisão;
i) Zelar pelo prestígio das entidades relacionadas à estética (associações,
federações, sindicatos), levando ao conhecimento das mesmas qualquer ato
atentatório contra seus dispositivos;

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j) Tratar colegas e profissionais com respeito e cortesia;
k) Conhecer e respeitar as atribuições pertinentes à sua atividade, não
invadindo áreas de responsabilidade de outros profissionais. Além de antiético,
romper os limites cabíveis ao esteticista, pode comprometer a segurança e a saúde
do cliente;
l) Indenizar prontamente, eventuais prejuízos causados por negligência, erro
inescusável ou dolo, na aplicação de tratamento de sua responsabilidade;
m) É proibido ao esteticista abandonar seu cliente em meio ao tratamento,
sem garantias de continuidade de assistência, salvo por força maior;
n) Agir com negligência, imperícia ou imprudência, aplicando tratamentos
inadequados ao cliente, colocando em risco a saúde de seu cliente;
o) Prescrever medicamentos ou praticar atos exclusivos da classe médica;
p) Tornar-se cúmplice de pessoas que exerçam ilegalmente atividades na
área estética;
q) Praticar ou divulgar técnicas para as quais não esteja habilitado ou que não
possuam comprovação científica;
r) Exibir, a título de exemplificação ou sob qualquer outro pretexto, fotos,
slides, imagens, filmes ou o próprio cliente em eventos públicos (conferências,
palestras, seminários, etc), sem prévia e expressa autorização do mesmo;

1.5 Código de ética dos profissionais de estética

1.5.1 Cap. I
Dos Princípios Gerais
Art. 1º – O código de ética do Esteticista tem por objetivo estabelecer normas de
conduta do profissional de Estética.
Art. 2º – Considera-se Esteticista, o portador de diploma de Tecnólogo,
de Graduação ou de Pós Graduação em Estética, expedido por instituições de
ensino superior, bem como o portador de diploma da Habilitação Profissional
Técnica de Estética, em nível médio, expedido por instituições de cursos de nível
médio, devidamente autorizadas ou conforme lei vigente.
Art. 3º – O Esteticista, no exercício de suas funções, deve comprometer-se com as
seguintes disposições:

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I – Realizar seu trabalho/atividade com responsabilidade e comprometimento,
promovendo seu desempenho pessoal, profissional, científico e ético.
II – Preservar em sua conduta a honra, a lealdade, a nobreza e a dignidade da
profissão, zelando pela moral e o caráter de essencialidade a toda sociedade.
III – Exercer suas funções com elevado padrão de qualidade, zelo, discrição e
honestidade.
IV – Empenhar-se, permanentemente, em seu aperfeiçoamento pessoal e
profissional, com realização de cursos profissionais, em entidades educacionais
idôneas, que prezam pela qualidade de ensino, bem como participar constantemente
de feiras e congressos.
V – Manter-se atualizado quanto aos conhecimentos técnico-científico inovadores
relacionados à profissão.
VI – Evitar qualquer posicionamento em que seus interesses entrem em conflito com
suas responsabilidades.
VII – Realizar apenas os procedimentos permitidos ao seu nível de competência.
VIII – Indicar, sempre que necessário ou quando detectar patologia que não esteja
ao alcance de seus conhecimentos técnicos e científicos, o serviço de profissionais
especializados.
IX – Reconhecer alterações patológicas, biomecânicas e avaliar tecidos moles que
interfiram com a condição estética assim como no tratamento, identificando as
restrições profissionais a esses atendimentos.
X – Cabe ao profissional de estética dar amplitude a importância que exerce no bem
estar da sociedade em geral, agindo de forma direta e imediata nas regras, leis e
atos normativos que regem a profissão.
Art. 4º – A Associação dos Profissionais de Cosmetologia, Estética e Maquilagem
do Estado de São Paulo – Assocemsp, como entidade de classe, zelará pelo
cumprimento integral deste
Código de Ética pelos seus associados assim como o desenvolvimento cientifico
profissional.

1.5.2 Cap. II
Do Exercício Profissional

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Art. 5º – Cabe ao Profissional de Estética, os seguintes procedimentos na Estética:
I – Realizar avaliações, bem como reconhecer disfunções estéticas.
II – Manter-se atualizado quanto aos conhecimentos técnico-científico relacionados à
profissão.
III – Selecionar a técnica, em estéticas, recurso de trabalho assim como o estimulo a
ser feito, de acordo com a ficha de avaliação e as necessidades do cliente,
qualidade, zelo, discrição e honestidade.
IV – Orientar ao cliente sobre condutas de prevenção de afecções estéticas.
V – Recomendar atividade física e alimentação saudável.
VI – Indicar cosméticos apropriados a cada cliente de acordo com o tipo de pele.
VII – Indicar óleos essenciais, assim como fitoterápicos ou outra técnica adicional
que o profissional possua com a finalidade estética, incluindo procedimentos de SPA
estético.
VIII – Palpar e avaliar o sistema tegumentar.
IX – Aplicar estímulos manuais de terapia corporal.
X – Aplicar radiações e frequências de luz que não agridam o organismo com a
finalidade estética.
XI – Realizar procedimentos pré e pós-cirúrgicos com o encaminhamento e devido
acompanhamento médico.
XII – Aplicar técnicas de eletroterapia com seus devidos aparelhos.
XIII – Selecionar e aplicar técnicas de revitalização, prevenção e manutenção facial,
corporal e capilar.
XIV – Aplicar técnicas de limpeza de pele.
XV – Aplicar técnicas de micropigmentação estética e corretiva, inclusive, técnicas
de maquiagem com esta finalidade.
XVI – Aplicar técnica inovadora em estética, calcados em fundamentação cientifica e
conhecimento técnico, que não prejudique a saúde do cliente e da sociedade.
XVII – A utilização de cureta destinada a procedimentos estéticos para extração.

Art. 6º – É vedado ao Esteticista, no exercício de suas funções:


I – Prescrever ou aplicar medicamentos.
II – Induzir pessoas a recorrerem aos seus serviços.
III – Prolongar desnecessariamente as sessões de procedimento estético.
IV – Divulgar resultados e métodos de pesquisas não realizadas por si.

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V – Atrair cliente mediante a propaganda falsa, que ponha em risco a credibilidade
da classe.
VI – Utilizar ou divulgar produtos que não estejam cientificamente comprovados.

1.5.3 Cap. III


Do Respeito com Cliente
Art. 7º – O Esteticista em relação aos clientes possui os seguintes deveres e
obrigações:
I – Respeitar a individualidade, dignidade e direitos fundamentais da pessoa
humana.
II – Saber ouvir seu cliente e demostrando empatia.
III – Respeitar as convicções religiosas, políticas e filosóficas do cliente.
IV – Informar antecipadamente, ao cliente, sua condição, aos procedimentos e
técnicas a serem aplicadas, conforme as possibilidades e limites profissionais do
esteticista.
V – Manter comportamento ético, incluindo o sigilo profissional.
VI – Arquivar ficha de anamnese detalhada do cliente para identificar as condições
do mesmo para os tratamentos indicados.
VII – Cadastrar o cliente com todos seus dados pessoais.
VIII – Agendar atendimentos e manter arquivado este controle.
IX – Formular contrato de prestação de serviços adquiridos pelo cliente, identificando
tratamentos e regras a serem seguidas para o êxito do tratamento.
X – Treinar devidamente seu pessoal de apoio.
XI – Providenciar a manutenção previa de seu espaço de
atendimento estético inclusive equipamentos.
XII – Adquirir produtos e equipamentos que atendam as necessidades do cliente.
XIII – Relatar informações técnicas e produzir relatórios com estas informações a um
centralizador de pesquisas da área estética caso seja requisitado.
XIV – Manter senso estético social em seu local de atendimento, ambiente de
trabalho e sobre si mesmo.
XV – Demostrar criatividade e liderança.
XVI – Relacionar com cuidados de biossegurança e zelar pela saúde.

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1.5.4 Cap. IV
Das Relações com outros Profissionais
Art. 8º – O Esteticista no exercício de suas funções se relacionará com outros
profissionais de área afins e correlatas, devendo:
I – Executar os procedimentos estando nos limites permitidos.
II – Reconhecer situações especiais que requeiram intervenção de especialista,
encaminhando cliente a tratamentos específicos.
III – Manter comportamento ético evitando críticas ou praticando atos que
prejudiquem seu trabalho ou sua reputação.
IV – Enaltecer a atuação do Esteticista, no sentido de elevar o nível de respeito e
reconhecimento de sua categoria profissional.

1.5.5 Cap. V
Das Relações com Entidades de Classe
Art. 9º – O Esteticista, no exercício de suas funções, deverá:
I – Filiar-se às entidades de classe representativas da profissão.
II – Colaborar pessoalmente e cientificamente com a entidade de classe, objetivando
fortalecer o respeito pela profissão.
III – Colaborar com entidades representativas da profissão em suas atividades.
IV – Comunicar às entidades competentes, situações de exercício ilegal da profissão
ou da conduta profissional em desacordo com esse código.
Art. 10º – O Esteticista receberá das entidades de classe a que estiver filiado, o
apoio necessário para:
I – Exercer com clareza e ética as atividades inerentes a sua profissão.
II – Tornar a profissão reconhecida pelo mercado de trabalho.
III – Manter-se em dia com os avanços e as inovações do seu setor produtivo.
V – Conseguir, dentro de suas possibilidades, excluir os profissionais que não
possuam necessária formação e competência profissional.

1.5.6 Cap. VI
Da Divulgação e Publicidade
Art. 11º – O Esteticista, no exercício de sua profissão, não deve:
I – Propagar ou promover qualquer matéria que não contenha dados reais.

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II – Participar apenas de eventos que sejam aprovados pela entidade de classe.
III – Descumprir na divulgação de seu trabalho, as normas do código de defesa do
consumidor.
IV – Divulgar informações confidenciais sobre clientes ou empresa que exerça suas
funções.

1.5.7 Cap. VII


Das Penalidades
Art. 12º – Qualquer desrespeito aos artigos desse código de ética, ou colocar
qualquer atividade negativa em detrimento às entidades de classe ou à profissão,
serão considerados como conduta sujeita à ação disciplinar.
Art. 13º – O Esteticista ao infringir as regras desse código de ética, no exercício de
suas funções
sofrerá as seguintes:
I – Advertência.
II – Censura.
III – Suspensão da inscrição ou matrícula, na entidade de classe, por prazo
determinado.
V – Exclusão do quadro da entidade de classe.
§ 1º – Os atos de advertência e censuras são atos confidenciais e reservados.
§ 2º – Os atos de suspensão e exclusão se tornarão públicos aos demais
associados.
§ 3º – Da aplicação de qualquer penalidade caberá recurso no prazo de 30 (trinta)
dias.
Art. 14º – Compete à entidade de classe, na jurisdição do esteticista infrator, a
apuração das faltas cometidas contra este código de ética e aplicações de
penalidades.

1.5.8 Cap. VIII


Das Disposições Finais
Art. 15º – O profissional participará da entidade a que está filiado, pagando as taxas
anuais
estipuladas.

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Art. 16º – Este código de ética entrará em vigor a partir da sua data de publicação.

1.6 Perfil Profissional do Técnico em Estética

O Técnico em Estética é o profissional que indica e aplica com segurança


procedimentos de estética facial e corporal, utilizando produtos cosméticos e
equipamentos próprios, voltando-se para o bem-estar físico, estético e mental das
pessoas, pois atua na melhora da qualidade de vida de seu cliente. Trabalha
integrado em clínicas de estética e dermatológicas e clínicas próprias, estando
preparado para:
a) Promover a proteção e recuperação de pele da face e do corpo;
b) Indicar e aplicar, com segurança, procedimentos de estética facial ou
estética corporal, utilizando adequadamente produtos cosméticos e equipamentos
próprios disponíveis no mercado, adotando técnicas de higiene e segurança no
trabalho e realizando procedimentos de primeiros socorros em situações de
emergência ocorridas em cabine de estética;
c) Manter-se atualizado e adquirir conhecimentos participando de cursos,
palestras e treinamentos, que possibilitem a incorporação de novas técnicas e
métodos;
d) Assumir postura profissional condizente com seu posto de trabalho e se
relacionar de forma produtiva e ética com outros profissionais, clientes e
fornecedores, atuando em equipes multidisciplinares e contribuindo de forma efetiva
para atingir os objetivos estabelecidos em seu plano de trabalho;
e) Operar aparelhos e equipamentos para tratamento estético;
f) Ser empreendedor, gerenciar e administrar suas atividades, aplicando
estratégias der Marketing pessoal de serviços e de produtos, de forma a aumentar
sua produtividade.

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Capítulo 2 - Biossegurança

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2.1 O que é Biossegurança

Biossegurança pode ser definida como o conjunto de ações voltadas para a


prevenção e proteção do trabalhador, minimização de riscos inerentes às atividades
de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de
serviços, visando a saúde do homem, dos animais, a prevenção do meio ambiente e
a qualidade dos resultados (teixeira & valle, 1996).

2.1.1 Biossegurança na Estética

A biossegurança na estética consiste em ações de prevenção de doenças no


ambiente de trabalho. Sabemos que quando se trata da relação de contato
profissional-cliente os riscos de serem transmitidas doenças que vão desde um
simples resfriado, até uma micose, hepatite e AIDS existem. Algumas medidas hoje
são até mesmo colocadas no guia técnico que existe para profissionais, um trabalho
realizado pela COVISA, com o propósito de garantir a qualidade da saúde daquele
que cuida da beleza. E isso vale tanto nos serviços de saúde, como hospitais,
clínicas e consultórios odontológicos, quanto em salões de beleza, centros de
estética, estúdios de tatuagem, esmalterias, entre outros. Em razão da crescente
demanda do segmento de beleza, a vigilância sanitária mobiliza-se para verificar e
garantir a qualidade e segurança do serviço prestado. Para quem entende que
Beleza está ligada diretamente com o bem-estar e esse com a saúde, inserir tais
atitudes no ambiente de trabalho é contribuir também pela credibilidade na atuação
da esteticista ou do profissional de beleza. A fundamental assepsia e antissepsia
das mãos, a lavagem com sabonete líquido antes e depois de cada procedimento,
antes de colocar luvas e depois de retirá-las e, o uso de antissépticos que destroem
as bactérias e, que inclusive várias empresas de cosméticos na área de estética
possuem, com ativos hidratantes que higienizam e não deixam as mãos ressecadas.
A apresentação do profissional também é super importante, não somente por
questão visual, mas pela higiene, unhas compridas acumulam sujidades, cabelos
soltos é fonte de transmissão, sapatos abertos não protegem o profissional e o uso
do avental é justamente para que haja uma separação, entre o ambiente externo e

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do trabalho, preservando a integridade higiênica do contato profissional-cliente. A
limpeza do ambiente é essencial, imagine, depois de um dia cheio, numa cidade
movimentada como São Paulo, por exemplo, sua cliente ir até a sua cabine e lá
entrar num ambiente limpo, aromatizado quem sabe... e obrigatoriamente arejado,
com toda estrutura organizacional, lixeiras de pedal, pra que não se tenha contato
com o lixo, mantendo os materiais perfuro - cortantes como a agulha tipo insulina,
separados do lixo comum, evitando até mesmo por em risco a saúde daquele que
realiza a coleta, além do uso de lençol, espátula e materiais de apoio descartáveis, e
os que não forem realizar a limpeza correta, desinfecção primeiramente com água e
sabão, depois adequando de acordo com o material, a esterilização com soluções
como álcool a 70% ou autoclave. O uso imprescindível dos chamados EPI's
(Equipamentos de Proteção Individual), que são as máscaras que protegem da
inalação de aerossóis, protetores oculares, aventais e gorros que protegem de
respingos, e as luvas que devem ser sempre usadas em procedimentos que entrem
em contato com secreções, devendo ser descartadas após o uso. Devemos nos
atentar também aos cosméticos que utilizamos nos procedimentos, eles devem ser
devidamente regulamentados pela ANVISA/Ministério da saúde, prestando atenção
nas datas de validade e armazenando-os em local seco, limpo e arejado. Tudo isso
está incluso no que você esteticista pode e deve oferecer ao seu cliente! Os custos
não existem, quando se leva em conta, o diferencial em ter beleza com segurança,
os clientes sentem a diferença, pagam por ela e só tendem a crescer no seu
estabelecimento, você obtém além dos resultados em seus tratamentos sem
comprometimento, a certeza de que é uma profissional, uma verdadeira "cuidadora"
da beleza, do bem-estar e do principal: Saúde! Promova isso, contagie o mercado
com o que há de melhor!

2.2 O Papel da Anvisa no Brasil

Diversos profissionais ligados à área de saúde estética, como esteticistas,


manicures, podólogos, cabeleireiros precisam seguir regras e normas estipuladas
pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para obter o Alvará Sanitário,
sem o qual o estabelecimento não pode funcionar. Existe a necessidade de cumprir
as regras de Biossegurança – A esterilização de materiais usados, o tamanho
adequado do local de trabalho, o que pode e o que não pode estar nesse ambiente

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de trabalho, as boas condições físico-estruturais, o local dos equipamentos para
evitar a contaminação cruzada e as boas práticas dos profissionais da área. O papel
da Anvisa é o de fiscalizar e fazer cumprir essas regras de biossegurança, podendo
a empresa ser inspecionada sem prévio aviso. A esterilização deve ser realizada
em um local exclusivo ou na área de procedimento de modo a facilitar a remoção
completa de riscos frente a contaminações. Antes da esterilização é preciso a
higienização de equipamentos como espátulas, cureta e demais equipamentos que
sejam de metais. Ela também pode ser feita com equipamentos específicos para
este fim, como as autoclaves e estufas.

2.3 Profissionais de Saúde e Tipos de Exposições

São considerados profissionais e trabalhador do setor saúde os que atuam,


direta ou indiretamente, em atividades onde há risco de exposição ao sangue e a
outros materiais biológicos, incluindo aqueles profissionais que prestam assistência
domiciliar, atendimento pré-hospitalar e ações de resgate feitas por bombeiros ou
outros profissionais. As exposições que podem trazer riscos de transmissão
ocupacional do HIV e dos vírus das hepatites B(HBV) e C (HCV) são definidas
como:
•Exposições percutâneas - lesões provocadas por instrumentos perfurantes
e cortantes (por ex. agulhas, bisturi, vidrarias);
•Exposições em mucosas - por ex. quando há respingos na face envolvendo
olho, nariz, boca ou genitália;
•Exposições cutâneas (pele não-íntegra) - p.ex. contato com pele com
dermatite ou feridas abertas
•Mordeduras humanas - consideradas como exposição de risco quando
envolverem a presença de sangue, devendo ser avaliadas tanto para o indivíduo que
provocou a lesão quanto àquele que tenha sido exposto.

2.5 Tipos de riscos

Os riscos no ambiente laboral podem ser classificados em cinco tipos, de


acordo com a Portaria n° 3.214, do Ministério do Trabalho do Brasil, de 1978. Esta

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Portaria contém uma série de normas regulamentadoras que consolidam a
legislação trabalhista, relativas à segurança e medicina do trabalho. Encontramos a
classificação dos riscos na sua Norma Regulamentadora número 5 (NR-5):
NORMA REGULAMENTADORA 32 - NR 32
Segurança e saúde no trabalho em serviços de saúde
Do objetivo e campo de aplicação
Esta Norma Regulamentadora - NR tem por finalidade estabelecer as diretrizes
básicas para a implementação de medidas de proteção à segurança e à saúde dos
trabalhadores dos serviços de saúde, bem como daqueles que exercem atividades
de promoção e assistência à saúde em geral.

2.6 Tipos de riscos que podem ser enfrentados na clínica estética

Nós podemos dividir os riscos em: riscos biológicos, bioquímicos e químicos,


físico-acidentais e ergonômicos.

2.6.1 Riscos Biológicos

Entra nessa categoria qualquer tipo de ser vivo que possa apresentar algum
tipo de ameaça: Bactérias, Leveduras, Fungos, Parasitas e também outros seres
humanos. O risco pode ficar em materiais usados pelos profissionais (alicates,
espátulas, escovas, máscaras, luvas, touca, entre outros).

2.6.2 Riscos bioquímicos e químicos

Risco químico é quando se envolve algum perigo ao manusear materiais


químicos que podem causar danos físicos ou prejudicar a saúde, podemos dizer que
substâncias tóxicas se encaixam nessa categoria.

2.6.3 Riscos físico-acidentais

Envolvem-se aqui riscos com equipamentos, máquinas usadas pelo


profissional de estética, e também a infraestrutura e instalação da clínica. Entra-se

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nessa categoria temperaturas excessivas, vibrações, radiações, umidade,
eletricidade e incêndio.

2.6.4 Riscos ergonômicos

Envolve-se a engenharia humana, são fatores que também podem entrar na


categoria de riscos físicos, inclui-se aqui o esforço físico, postura inadequada
durante procedimentos, situação de estresse e monotonia/repetitividade.

2.7 Controle Biológico

Antes de abordar os principais métodos de limpeza, desinfecção e


esterilização dos materiais utilizados por esteticistas, manicuros e pedicuros,
considera-se muito importante que seja feita uma breve revisão sobre a
nomenclatura técnica no controle dos microorganismos.
Morte microbiana: do ponto de vista microbiológico, os microorganismos são
considerados mortos quando perdem definitivamente a capacidade de multiplicação.

2.8 Termos e Conceitos em Biossegurança

2.8.1 Limpeza ou Remoção Mecânica

Remoção física de sujidades com a finalidade de manter o asseio e higiene


do ambiente. A lavagem é feita com fricção mecânica com água e sabão ou
detergente, auxiliada por esponja ou escova, ou a utilização de máquina ultrassônica
com detergente.

2.8.2 Antissepsia

Utilização de agentes químicos sobre o tecido vivo (pele) com o objetivo de


inibir ou eliminar os micro-organismos. Feito com substâncias químicas
(antissépticos/germicidas) com a finalidade de reduzir o número e micro-organismos
presentes na superfície da pele. Os álcoois possuem excelente atividade contra

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todos os grupos de microorganismos, com exceção dos esporos bacterianos. O
álcool não é tóxico para a pele, mas resseca superfície, pois remove gorduras. Os
Iodóferos são excelentes agentes antissépticos para pele, semelhante ao álcool,
sendo ligeiramente mais tóxico para pele que o álcool. A clorexidina destrói os
microorganismos com menos eficácia que álcool, porém tenha uma ampla atividade
microbriana.. O paraclorometaxilenol (PCMX), por ser tóxico e possuir atividade
residual, tem sido usado apenas na assepsia das mãos. O triclosan é muito eficiente
para matar as bactérias, mas não outros microorganismos.

2.8.9 Antisséptico

Substância capaz de deter ou inibir a proliferação de microorganismos


patogênicos, em tecidos vivos, em temperatura ambiente.

2.8.10 Assepsia

Conjunto de medidas adotadas para impedir a introdução de agentes


patogênicos no organismo.

2.8.11 Degermação

Trata-se da remoção de detritos, impurezas, sujeiras e microorganismos da


flora transitória e alguns da flora residente depositados sobre a pele do paciente ou
nas mãos da equipe de profissionais. É feita por meio de ação mecânica (lavagem e
esfregação da pele com água e sabão) ou pelo uso de anti-sépticos. Exemplo: antes
de realizar um procedimento depilatório o algodão embebido em solução
antisséptica é passado sobre a pele.

2.8.11 Descontaminação

Processo que consiste na remoção física dos contaminantes ou na alteração


de sua natureza química para substâncias inócuas.

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2.8.12 Desinfestação

Exterminação ou destruição de insetos, roedores e outros seres que possam


transmitir infecções ao homem.

2.8.13 Desinfetante

Substância ou produto capaz de deter ou inibir a proliferação de


microorganismos patogênicos em ambientes e superfícies em temperatura
ambiente.

2.8.14 Detergente

Substância ou preparação química que produz limpeza; possui uma ou mais


propriedades: tensoatividade, solubilização, dispersão, emulsificação e umectação.

2.8.15 Esterilização

É a total destruição de todos os tipos de microorganismos através de agentes


físicos ou químicos, incluindo os esporos bacterianos, as microbactérias, os vírus
não encapsulados (em lipídios) e também os fungos – portanto, visa a destruição
dos organismos mais resistentes.

2.8.16 Desinfecção

Remoção de agentes infecciosos, na forma vegetativa, de uma superfície


inerte, mediante a aplicação de agentes químicos ou físicos.

2.8.17 Esterelizante

Agente físico (estufa/autoclave) ou químico (glutaraldeído a 2% ou


formaldeído a 38%) capaz de destruir todas as formas de micro-organismos-
inclusive a esporuladas.

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2.8.18 Germicida

É um agente químico genérico que mata germes, micróbios. Alguns


apresentam efeitos específicos como: bactericida (mata bactérias), virucida (mata
vírus), fungicida (mata fungos).

2.8.19 Bacteriostase

Nesta condição a bactéria não está se multiplicando, no entanto, ela não está
morta. O crescimento bacteriano poderá recomeçar quando as condições do meio
forem favoráveis. Exemplo, bactérias armazenadas na geladeira ficam “paralisadas”
em baixas temperaturas.

Cuidado: Não existe o termo antibactericida, pois isto quer dizer “não mate as
bactérias".

2.9 Classificação dos artigos (materiais ou instrumentais) por risco


de contaminação

2.9.1 Artigos não-críticos

São todos aqueles que entram em contato com a pele íntegra do cliente, ou
que não entram em contato direto com a pele, devendo sofrer processos de limpeza
ou desinfecção. Exemplo: espátulas, lixas, cubetas.

2.9.2 Artigos semicríticos

São aqueles que entram em contato com a pele não-íntegra ou mucosas do


cliente. Estes artigos requerem desinfecção de alto nível ou esterilização. Exemplo:
alicates para cutícula na ausência de sangramento, curetas na ausência de
sangramento ou de secreção purulenta (pus).

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2.9.3 Artigos críticos

São aqueles que penetram na pele e nas mucosas do paciente atingindo os


tecidos subepiteliais no sistema vascular. Estes artigos deverão sofrer processos de
esterilização. Exemplo: alicates para cutícula, espátulas e curetas com a presença
de sangue ou secreções purulentas.

2.10 Os germes e a origem das infecções

Os germes são seres vivos infinitamente pequenos, não sendo possível vê-los
a olho nu. Para serem visualizados, precisamos da ajuda de um microscópio. Por
isso são chamados de microrganismos ou micróbios = micro (pequeno) bio (vida).
Estes micróbios são classificados em: protozoários, fungos, vírus, bactérias. Como
exemplo de doenças causadas por protozoários tem a Giardíase, doença intestinal
que causa diarréia. Das doenças causadas por fungos, temos as micoses de pele e
a Candidíase oral (sapinho) ou vaginal. Exemplo de doenças causadas por vírus tem
a Gripe, as Hepatites e a AIDS. Como doenças bacterianas, os furúnculos, as
amigdalites, e as pneumonias causadas por estes germes são alguns exemplos.
Assim, fica ilustrado que os microrganismos, também chamados de agentes
infecciosos, podem causar infecção.
Infecção é uma doença caracterizada pela presença de agentes infecciosos que
provocam danos em determinados órgãos ou tecidos do nosso organismo causando
febre, dor, eritema (vermelhidão), edema (inchaço), alterações sanguíneas (aumento
do número de leucócitos) e secreção purulenta do local afetado, muitas vezes. O
nosso contato com microrganismos não significa obrigatoriamente que
desenvolveremos doenças.

2.11 Acidente do trabalho

Considera-se acidente de trabalho o acidente sofrido pelo trabalhador a


serviço da empresa na realização do trabalho ocasionando danos corporais,
perturbação funcional ou doença que cause a morte, perda ou redução temporária
ou permanente da capacidade para exercício do trabalho. São considerados, ainda,

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como AT os acidentes de trajeto e as doenças ocupacionais. É importante ressaltar
que os acidentes sofridos pelos trabalhadores, no horário ou local de trabalho,
devido agressões praticados por terceiros ou colegas de trabalho também são
considerados acidentes de trabalho. Assim como aqueles acidentes sofridos fora do
local e horário de trabalho, desde que o trabalhador esteja executando ordens ou
serviços para a empresa.

2.12 Biossegurança no Trabalho do Profissional de Estética

Durante o desenvolvimento de nosso trabalho na área da saúde, tanto no


atendimento direto ao cliente ou nas atividades de apoio, entramos em contato com
material biológico. Como material biológico, nos referimos a sangue, secreções e
excreções, saliva e outros fluidos corporais. Estes materiais biológicos podem estar
alojando microrganismos, por isso consideramos estes fluidos de pacientes ou os
equipamentos e ambiente que tiveram contato com eles, como potencialmente
contaminados por germes transmissíveis de doenças. Por não sabermos se os
germes estão ou não presentes nestes equipamentos, vamos sempre considerá-los
contaminados. Desta forma, na nossa rotina de trabalho sempre devemos estar
conscientes da importância de nos protegermos ao manipularmos materiais, artigos,
resíduos e ambiente sujos de sangue e/ou secreções.
O profissional de estética deve evitar contato com a matéria orgânica (sangue
e secreções, entre outros). Deve-se utilizar barreiras protetoras, que são de extrema
eficácia na redução da contaminação microbiana. Essa proteção se faz através do
uso de EPI´s (Equipamentos de Proteção Individual), que irão bloquear a
transmissão de microrganismos evitando a contaminação do profissional, a dos
clientes e do ambiente de trabalho.

2.13 Equipamentos de Proteção Individual – EPI's

Iremos abordar algumas considerações sobre o que são os equipamentos de


proteção individual, bem como, deve ser o uso correto dos mesmos pelo profissional
na realização de procedimentos estéticos, como forma de proteção contra doenças
infecto-contagiosas. Na realização de limpezas de pele, a alta rotatividade no

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atendimento e o contato profissional-cliente muito próximo e prolongado, fazem com
que o risco de exposição do esteticista a microorganismos provenientes do cliente,
seja por meio de secreções como a saliva; fluídos como sangue; exsudatos
provenientes da extração de acnes ou por meio de lesões na pele seja aumentado.
Desta forma, o profissional pode torna-se mais vulnerável à contaminação por
diversas doenças infecto-contagiosas, como: herpes, hepatite B, hepatite C, gripe,
resfriado, tuberculose e AIDS.
Para os fins de aplicação da Norma Regulamentadora – NR 6, considera-se
Equipamento de Proteção Individual - EPI, todo dispositivo ou produto, de uso
individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de
ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.
As recomendações hoje existentes para o uso de EPI's são bastante
genéricas e padronizadas, não considerando variáveis importantes como o tipo de
equipamento utilizado na operação, os níveis reais de exposição e até mesmo das
características ambientais e da cultura onde o produto será aplicado. Estas variáveis
acarretam muitas vezes gastos desnecessários, recomendações inadequadas e
podem aumentar o risco do trabalhador, ao invés de diminuí-lo.
Obrigação do empregador:
 Fornecer os EPI’s adequados ao trabalho
 Instruir e treinar quanto ao uso dos EPI’s
 Fiscalizar e exigir o uso dos EPI’s
 Repor os EPI’s danificados
Obrigação do trabalhador:
 Usar e conservar os EPI’s
Quem falhar nestas obrigações poderá ser responsabilizado:
 O empregador poderá responder na área criminal ou cível, além de ser
multado pelo Ministério do Trabalho.
 O funcionário está sujeito a sanções trabalhistas podendo até ser demitido
por justa causa.

2.14 Tipos de EPI

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2.14.1 Óculos de Proteção

Os óculos, assim com as máscaras, também representam uma barreira de


proteção de transmissão de infecções, mais particularmente, uma proteção para os
profissionais, diante do risco de fluídos contaminados como sangue, exsudatos e
secreções, atingirem diretamente os olhos.
(Os óculos de proteção devem ser usados para
evitar que sangue, exsudatos (como pus ou
secreções como saliva), atinjam os olhos do
profissional durante o atendimento, visto que a
conjuntiva do olho apresenta menor barreira de
proteção, que a pele).
Um exemplo de situação que poderia ocorrer na estética, durante uma
limpeza de pele, seria na extração de uma pústula, que tende, com a pressão dos
dedos, espirrar o seu conteúdo, podendo atingir face e olhos do profissional. Os
óculos devem ser colocados após a máscara, ficando posicionado sobre a mesma.
Consideramos que os óculos adequados devem possuir barreiras laterais, ser
leves e confortáveis e de transparência o mais absoluta possível, devendo ser de
material de fácil limpeza. Quando os óculos apresentarem sujidades, devem ser
lavados com sabonetes líquidos germicidas ou soluções anti-sépticas, enxaguados e
enxugados com toalha de papel.

2.14.2 O gorro e a máscara de proteção

O gorro evita a queda dos cabelos (que representam uma importante fonte de
infecção, já que podem conter inúmeros microrganismos), na área do procedimento.
Além disso, o gorro oferece uma barreira mecânica para a possibilidade de
contaminação dos cabelos, através de secreções que possam "espirrar", além de
evitar que microorganismos possam colonizar os cabelos do profissional. É uma
medida de segurança e de higiene, tanto para o profissional quanto para o cliente,
que também deverá utilizá-lo.

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O profissional deve prender os cabelos, sem deixar mechas aparentes, de
forma que o gorro cubra todo o cabelo e orelhas,
conforme. Ao retirar o gorro, o mesmo deve ser
puxado pela parte superior central e descartado no
lixo, devendo ser trocado entre os atendimentos
sempre que houver necessidade, devido ao suor e
as sujidades. Gorros descartáveis não devem ser
guardados, pois representam um meio bastante
propício à proliferação de bactérias.
A máscara representa uma importante forma de proteção das mucosas da
boca e do nariz, contra a ingestão ou inalação de microorganismos, também
representa a mais importante medida de proteção das vias superiores, contra os
microorganismos presentes durante a fala, tosse ou espirro. Devem ser sempre
utilizadas no atendimento de todos os clientes e são obrigatoriamente descartáveis.
Devem apresentar boa qualidade de filtração e ser seguras durante duas horas de
uso.
O profissional deve considerar algumas características ao comprar máscaras,
as quais devem:
 Ser confortáveis;
 Ter boa adaptação aos contornos faciais;
 Não tocar lábios e a ponta do nariz;
 Não irritar a pele;
 Não provocar embaçamento dos óculos;
 Ter boa capacidade de filtração;
 Ser descartável.

2.14.3 O avental

Os vários tipos de aventais são usados para fornecer uma barreira de


proteção e reduzir a oportunidade de transmissão de microorganismos. Previnem a
contaminação das roupas do profissional, protegendo a pele da exposição a fluídos
como sangue, exsudatos e secreções orgânicas.

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Os aventais não precisam ter necessariamente a cor branca, apesar de
possibilitar a melhor visualização de sujidades, devem apresentar mangas longas
para que os punhos possam ser cobertos pelas luvas, para assim, permanecerem
descontaminados, o que irá possibilitar uma melhor
proteção do profissional. Os aventais devem ser
trocados, sempre que apresentarem sujidades e
contaminação visível seja por sangue ou por secreções
orgânicas. Devem ser utilizados somente na área de
trabalho e nunca devem ser guardados no mesmo local,
onde são guardados objetos pessoais.

2.14.4 As luvas

As luvas são usadas como barreira de proteção prevenindo contra


contaminação das mãos ao manipular material contaminado, reduzindo a
probabilidade de que microrganismos presentes nas mãos sejam transmitidos
durante procedimentos.
O uso de luvas não substitui a necessidade da LAVAGEM DAS MÃOS porque
elas podem ter pequenos orifícios inaparentes ou danificar-se durante o uso,
podendo contaminar as mãos quando removidas.

luvas sobre luvas

Técnicas:
 Lavar as mãos com água e sabão antes de calçá-las;
 Colocá-las de forma a cobrir os punhos do avental;

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 Enquanto o profissional estiver de luvas, não deverá manipular objetos como
canetas, fichas de clientes, maçanetas, ou qualquer objeto que esteja fora do seu
campo de trabalho, a não ser com o uso de sobre - luvas;
 Usar luvas de látex SEMPRE que houver CHANCE DE CONTATO com
sangue, fluídos do corpo, trabalho com microrganismos e animais de laboratório.
 Usar luvas de PVC para manuseio de citostáticos (mais resistentes, porém
menos sensibilidade).
 Lavar instrumentos, roupas, superfícies de trabalho SEMPRE usando luvas.
 Luvas (de borracha) usadas para limpeza devem permanecer 12 horas em
solução e
 Hipoclorito de Sódio a 0,1% (1g/l de cloro livre = 1000 ppm). Verificar a
integridade das luvas após a desinfecção.
 NUNCA reutilizar as luvas, DESCARTÁ-LAS de forma segura.
 As luvas deverão ser retiradas imediatamente, após o término do tratamento
do cliente;
 Deverão ser removidas pelo punho, evitando tocar na sua parte externa;
 Deverão ser jogadas no lixo para materiais contaminados;
 As mãos deverão ser lavadas, assim que as luvas forem retiradas. Segundo o
Ministério da Saúde (BRASIL, 2000a), as luvas não protegem de perfurações de
agulhas, mas está comprovado que elas podem diminuir a penetração de sangue,
em até 50% de seu volume.
É necessário esclarecer os profissionais, que não acreditam na necessidade
de maiores cuidados com a própria saúde, que a não utilização dos equipamentos
de proteção individual, pode favorecer a sua própria contaminação.
 Ao lavarmos as mãos estabelecemos uma sequência de esfregação das
partes da mão com maior concentração bacteriana. Vejamos a técnica da
lavagem das mãos:

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É importante lembrar que para melhor remoção da flora microbiana as mãos
devem estar sem anéis e com as unhas curtas, caso contrário, uma carga
microbiana ficará retida nestes locais sendo passíveis de proliferação e transmissão.
Na lavagem rotineira das mãos o uso de sabão neutro é o suficiente para a remoção
da sujeira, da flora transitória e parte da flora residente. O uso de sabões com
anticépticos devem ficar restritos a locais com pacientes de alto risco e no
desenvolvimento de procedimentos cirúrgicos e invasivos ou em situações de surto
de infecção hospitalar.

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2.15 Uso do álcool gel

Geralmente as instalações físicas no ambiente de trabalho têm poucas pias e


temos uma demanda grande de trabalho, de forma que lavamos pouco as mãos
comparadas ao número de vezes em que a lavagem das mãos está indicada. Para
substituir a lavagem das mãos, indicamos a aplicação de um anticéptico de ampla e
rápida ação microbiana que é o álcool gel. O álcool gel é composto de álcool 70%
mais 2% de glicerina para evitar o ressecamento das mãos. Ele irá destruir a flora
aderida nas mãos no momento da aplicação, porém as mãos não devem apresentar
sujidade visível. Neste caso indica-se a lavagem das mãos com água e sabão.
Vejamos como usar o álcool gel:
- aplicar o álcool glicerinado (3 a 5 ml) nas mãos e friccionar em todas as faces da
mão até secar naturalmente;
- não aplicar quando as mãos estiverem visivelmente sujas.
O álcool gel também pode ser usado como antisséptico após a lavagem das mãos.

Uso correto do álcool em gel

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2.16 Manipulação de Instrumentos e Materiais

Os instrumentos e materiais sujos com sangue, fluidos corporais, secreções e


excreções devem ser manuseados de modo a prevenir a contaminação da pele e
mucosas (olhos, nariz e boca), roupas, e ainda, prevenir a transferência de
microrganismos para outros pacientes e ambientes. Todos os instrumentos
reutilizados têm rotina de reprocessamento. Verifique para que estes estejam limpos
ou desinfetados/esterilizados adequadamente antes do uso em outro cliente ou
profissional. Confira se os materiais descartáveis de uso único estão sendo
realmente descartados e se em local apropriado.

2.17 Manipulação de Materiais Cortantes

Ao manusear, limpar, transportar ou descartar agulhas, lâminas de barbear,


tesouras e outros instrumentos de corte tenham cuidado para não se acidentar. A
estes materiais chamamos de instrumentos perfuro - cortantes. Eles devem ser
descartados em caixas apropriadas, rígidas e impermeáveis que devem ser
colocado próximo a área em que os materiais são usados. Nunca recape agulhas
após o uso. Não remova com as mãos agulhas usadas das seringas descartáveis e
não as quebre ou entorte. Seringas e agulhas reutilizáveis devem ser transportadas
para a área de limpeza e esterilização em caixa de inox ou bandeja.

Exemplos de caixas de descarte de materiais perfuro – cortantes

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2.18 Vacinação

Todos os profissionais de saúde devem estar vacinados contra a hepatite B e


o tétano. Estas vacinas estão disponíveis na rede pública municipal.

2.19 Procedimentos exigidos para garantir um ambiente livre de


contaminações

É importante ressaltar que em ambiente coletivo onde há convivência de


pessoas com origem e costumes diversificados, é necessário adotar procedimentos
de higienização diferentes dos comumente utilizados em ambientes domésticos. De
acordo com o decreto nº 23.915 da Covisa (Vigilância Sanitária Municipal), os
profissionais de beleza devem seguir as seguintes normas sanitárias:
 Possuir paredes e pisos lisos e impermeáveis para não acumular micro-
organismos, poeira ou resquícios de secreções;
 Deve ter: lixeira de pedal com saco plástico para descarte de material
contaminado, lavatório com sabonete líquido e papel toalha;
 Maca com superfície lisa ou lavável, forrada de lençol TNT ou papel branco
(resistente);
 Todos descartáveis devem ser trocados a cada cliente;
 Mesa auxiliar (carrinho) com superfície lisa e lavável, para acomodar bandeja
forrada com papel toalha para os materiais de uso;
 Touca e faixas devem ser descartáveis;
 Utilizar instrumentos esterilizados ou descartáveis;
Na cabine de estética ou na clínica, a esteticista deve estar atenta para higienização
de materiais.

2.20 Limpeza dos materiais do ambiente de trabalho

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Material Quando Com o quê

Limpar filtro mensalmente Sabão e água com hipoclorito 1%


Deixar de molho o filtro por 30
Ar Condicionado minutos e na superfície deixar a
solução por 15 minutos. Secar
com papel descartável.
Limpar diariamente ou sempre Com pano ou papel descartável,
Bancadas que houver contaminação. usar álcool 70%. Remover a
contaminação e passar a solução.
Paredes Mensalmente. Com água e sabão.
Diariamente ou sempre que Com água e sabão.
Pias
houver contaminação.
Diariamente ou sempre que Sabão e água com hipoclorito a
Pisos houver contaminação. 1%. Limpeza com um molho de 15
minutos. Secar com pano.
Os sacos plásticos devem ser Sabão e água hipoclorito 1%.
trocados diariamente. É Deixar de molho o filtro por 30
Lixeiras preciso lavar semanalmente minutos e secar.
ou sempre que houver
contaminação.
Fonte: INA Instituto

O simples fato de lavar as mãos de forma corretamente pode evitar uma série
de contaminações, seja por fungos ou bactérias. Esta lavagem tem a finalidade de
livrar as mãos da sujeira, removendo bactérias, transitórias e residentes, como
também, células descamativas, pelos, suor, oleosidade da pele, e deverá ser feita
antes e depois de atender cada cliente. Os profissionais devem adotar este
procedimento como um hábito e seguir as recomendações. Mas existem critérios na
hora de escolher o produto de higienização. Por exemplo, o sabonete em barra, ao
formar rachaduras, pode abrigar muitas bactérias. A própria água da saboneteira,
somada aos restos que se dissolveram, também é criadouro para os
microorganismos, pois não contém álcool em sua formulação.

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Além disso, para oferecer uma higienização mais profunda, evitando a propagação
de germes que podem ocasionar infecções. É indicado o complemento com o uso de
um produto antisséptico.

2.21 Conduta do profissional de estética

 Manter as unhas cortadas (curtas); as mãos devem estar limpas; se estiver


com esmaltes, utilizar cores claras ou translúcidas.
 A assepsia das mãos e dos materiais utilizados deve ser feita entre um
paciente e outro.
 Todos os aparelhos estéticos (equipamentos eletroestéticos) devem passar
por manutenção periódica preventiva.
 Os materiais metálicos devem ser esterilizados em estufa ou autoclave, sendo
devidamente armazenados em locais apropriados.
 Touca, faixa de cabelo, lençóis, protetores de maca, sapatilha ou bata devem
ser de uso único e exclusivo do paciente (os materiais podem ser descartados ou
lavados com água sanitária).
 Luvas, espátulas de madeira e algodões devem ser descartados em lixeira.
 Após a utilização de agulha de insulina, colocar no coletor descartável para
evitar contágio.
 Antes, durante e também após os procedimentos é necessário cuidar da
higiene do consultório.
 A espátula de plástico deverá ser lavada com água e sabão.
 Fazer a manutenção adequada dos cosméticos.
 Manter as vestes e os jalecos extremamente limpos.

2.22 Normas para Cosméticos da Agência Nacional de Vigilância


Sanitária (Anvisa) contidas na resolução n 335 (julho de 1999)

 O profissional deverá seguir a orientação dos fabricantes e respeitar a


data de validade dos cosméticos, observando se possuem os rótulos de
identificação contendo: nome, marca, lote, conteúdo, prazo de validade,
composição, fabricante ou importador, instrução de uso e finalidade. Estes devem

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ser mantidos em suas embalagens originais, em temperatura ambiente adequada e
protegida da luz.
 O profissional deve evitar falar com a boca muito próxima a uma
embalagem aberta do cosmético e após o uso fechá-lo imediatamente, para não
haver contaminação.
 Os produtos com ativos termossensíveis devem ser mantidos na
geladeira e os demais devem ser guardados ao abrigo da luz, da umidade e em local
fresco, aproximadamente entre 20 e 25 C.
 Cosméticos que sofrem rápida oxidação – por exemplo, óleos de
massagem – devem ser fracionados em pequenos tubos a fim de evitar exposição
excessiva ao ambiente.
 Para evitar sobras de cosméticos, habitue-se a utilizar sempre a
quantidade necessária do produto, pois uma vez retirado da embalagem original, o
cosmético não poderá voltar para ela.
 Não retirar o produto e um pote com as mãos, pois ocorre a
contaminação com microorganismos; a regra geral é: ao retirar o produto do pote,
fechar sempre a tampa.
 O profissional deverá armazenar e manusear os produtos cosméticos
para evitar a contaminação por microorganismos e não comprometer os resultados
dos tratamentos estéticos.
 Os cosméticos possuem nutrientes e água em suas formulações,
ingredientes que facilitam a manipulação de microorganismos. A contaminação
microbiana de cosméticos altera seu aspecto e os tornarão impróprios para uso.
 Empresa de cosméticos incluem em suas formulações conservantes
em quantidades suficientes para garantir sua resistência aos germes; no entanto, se
o manuseio e a conservação forem inadequados, bactérias e fungos se
desenvolverão, comprometendo o trabalho do profissional de estética.

2.23 Autoclave X Estufa

Calor seco - Estufas


Calor úmido - Autoclaves

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2.23.1 Calor seco

A esterilização em calor seco é feita em estufas elétricas equipadas com resistências


e termostato. A circulação de ar quente e o aquecimento dos materiais se fazem de
forma lenta e irregular, mesmo quando possuem ventiladores (não é o caso da
maioria que está no mercado). Para atingir os parâmetros de esterilização, longos
períodos de exposição são necessários e a temperatura é bem mais elevada quando
comparada ao calor úmido.

2.23.2 Calor úmido

O processo de esterilização por calor úmido, na forma de vapor saturado sob


pressão, é considerado por vários autores, o mais seguro, rápido, eficiente e
econômico disponível para instrumentos termo resistentes. Desta forma a
esterilização por estufas somente é indicada quando a esterilização em autoclaves é
impossibilitada pela natureza do artigo, isto é, quando sofrem dano em presença de
umidade ou quando são impermeáveis, como pós e óleos.
Outros fatores para mudar para autoclave:
 autoclaves com preços mais acessíveis
 popularização de envelopes em papel grau cirúrgico
 embalagens compatíveis com os instrumentais odontológicos
 avanço no conhecimento no controle de infecções
 dificuldade de inativação do vírus da hepatite B pelo calor seco.
 facilidade de controle de processo nas autoclaves
 com indicadores de monitorização práticos, de fácil leitura e ampla distribuição
 consenso na literatura científica do vapor como o método preferencial para
esterilização em odontologia:
 CDC (Centers for Disease Control and Prevention – EUA) de 2003,
 OSAP (Organization for Safety, Asepsis and Prevention)
 ANVISA (2006).

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Tabela que resume a comparação entre os dois processos:
ESTUFA AUTOCLAVE
Monitoração do ciclo VISUAL o operador deve ficar ELETRÔNICA O operador deve
olhando para o termômetro acompanhar o ciclo, porém é dado
externo. Se houver diferenças um aviso sonoro se o ciclo for
de temperatura que interrompido. Se houver falha na
comprometam o ciclo, o temperatura o equipamento
equipamento não fornece aviso interrompe o ciclo e mostra no
nem interrompe o ciclo. painel, como ciclo anulado.
Controle do ciclo Manual – Operador poderá Ciclos pré-programados. Maior
escolher inadequadamente facilidade de operação. Menor
tempo e temperatura possibilidade de erro do operador.
Tempo total do No mínimo 2 horas Em média 63 minutos
ciclo Partindo dos
equipamentos frios e
contando com o tempo de
secagem para autoclave
Temperatura do 170o C no máximo 134o C no máximo
instrumental durante o ciclo
Monitorização química de Maior custo da fita zebrada Menor custo da fita zebrada.
processo
Monitorização química por Difícil de encontrar integradores, Disponível. Várias opções.
integradores e emuladores. não há emuladores
Tempo mínimo para Uma semana. Indicadores Indicadores biológicos
monitorização biológica autocontidos não disponíveis. autocontidos disponíveis de três
ficar pronta usais entre 24 e 48 horas.
Diferenças de temperatura Grande –calor seco distribuído Mínimas.Calor úmido por vapor
dentro do equipamento por convecção por gravidade saturado sob pressão
Recomendação da Restrita a artigos que não Método preferencial de
comunidade científica podem ser autoclavados. esterilização para artigos
compatíveis

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2.24 Ambiente de Trabalho

O ambiente de trabalho deve ser calmo e silencioso para proporcionar


relaxamento ao cliente. O cliente deve estar confortavelmente instalado e, no caso
da drenagem linfática manual da face, a maca estará levemente erguida para que a
gravidade auxilie na drenagem. A pele deve estar completamente limpa, sem
cosméticos que poderiam dificultar o tato e provocar o deslizamento dos dedos
sobre ela, o que não deve ocorrer. Em alguns casos, como os de acne e pós-cirurgia
plástica, a drenagem pode ser aplicada sobre compressas de gaze umedecidas em
soro fisiológico.

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Capítulo 3 - Legislação

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3.1 Direito e Estética

O presente estudo foi elaborado para que se tenha uma visão ampla sobre a
regulamentação da profissão de Estética, objetivando a divulgação da norma que
estabelece a ética, direitos e obrigações. O intuito é que Técnicos em Estética,
Tecnológos em Estética e Esteticistas (que também, preparam-se para adentrar no
mundo acadêmico), possam em união, desfrutar dessa conquista que por muitos
anos, esteticistas de todo Brasil, lutaram pelo reconhecimento da profissão.
A sociedade sempre buscou o mundo da estética, seja para o
embelezamento, seja para dar continuidade aos tratamentos dos pós-operatórios,
seja por compartilhar com o profissional de Estética momentos de tristeza e de
alegrias, de dúvidas, de angústias e ansiedades. Em verdade, a relação entre
profissional e cliente, tornou-se muito forte, criando-se um vínculo de afeto,
responsabilidade e respeito, ou seja, a estética vem adquirindo um novo conceito,
não apenas na visão do “embelezamento”, mas como junção entre a imagem
pessoal e a sensibilidade em lidar com os sentimentos de seus clientes, em síntese;
a relação deve ser sincera, principalmente em se tratando de um ser humano, que,
em algumas situações, está sensível e desorientado, buscando compreensão e
refúgio para seus problemas.
Procurando o melhor em tecnologia e no atendimento, a Estética ramifica-se
criando novos ramos que valorizam a especificidade da área, como por exemplo; os
pré e pós-operatórios de cirurgia plástica/estética, Drenagem Linfática Manual,
eletroterapia, estética facial, estética corporal, terapia capilar entre outras. Quanto
aos direitos adquiridos por profissionais de Estética, pode-se afirmar que a estética
ganha força total no mundo do Direito, o que é legitimado através da
regulamentação da profissão e que permite legalmente aplicação de técnicas e
eletroterapia na estética, que por muitos anos esteticistas já dominavam a técnica e,
que estavam ameaçados de perder história de lutas, de perseverança, de conduta
honrosa e digna, dando mérito às decisões de nossos governantes, por decidirem
positivamente sobre a regulamentação da profissão, sendo a mesma, uma das mais
antigas na sociedade brasileira e no mundo. Esse movimento não foi em vão, pois o
congresso nacional decreta a regulamentação das profissões de Técnico em
Estética e Tecnólogo em Estética, garantindo por Lei a formalização do diploma em
Instituições, através do MEC. Surge o Direito para legitimar a proteção para o

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esteticista, no entanto, quando adquirir-se Direitos, as obrigações também surgem e
a responsabilidade cresce, portanto, deve o profissional cumprir com sua
responsabilidade e garantir assim, o direito à segurança, o direito da igualdade, o
direito da dignidade da pessoa humana, direitos esses que a Lei garantirá ao
profissional, entre outros direitos que rege a nossa constituição Brasileira. Só
conhecimento não basta, o importante é praticá-lo com clareza, sensatez e
competência, buscando a cada dia informações sobre o modo de agir, da conduta,
da ética, distinguindo o lícito do ilícito, de forma que nenhuma pessoa ou órgão
tenha o poder de acusá-lo de um ato impróprio. Ao contrário, responderá pelo ato
ilícito, por não cumprir os requisitos da Lei. Se a lei diz para não fazer e assim
mesmo o faz, nesse momento assume toda a responsabilidade do ato cometido.

3.2 Ética e Ordem Jurídica

A Ética é uma ciência que busca a compreensão do comportamento humano,


analisa a conduta do homem através dos costumes, dos valores e de suas crenças.
É nesse contexto que a ética analisa as ações do homem para melhor orientá-lo. Há
momentos em que o homem precisa tomar decisões e muitas vezes torna-se um
momento muito difícil, principalmente quando homem precisa julgar o seu próximo,
então, o que vai realmente interferir nesse julgamento são os meios e modo que
esse homem foi ensinado, e conduzido à sociedade, portanto, é fundamental a
atitude, pois é com ela que se irá discernir no que é justo ou injusto, no que é bom
ou mau. Aristóteles pronunciou que o homem é um ser racional, se refletirmos neste
ponto, pode-se entender que isso faz do homem um ser diferente do animal, esta é
uma das características do ser humano, pois o homem pode pensar, decidir e
escolher. E o que dizer da moral? Moral se compreende por um conjunto de
normas e condutas que controlam o comportamento do homem, são regras impostas
pela sociedade para estabelecer a ordem e os princípios fundamentais do ser
humano. O ser humano precisa de disciplina, para que haja respeito e solidariedade
entre a comunidade. THOMAS HOBBES dizia que a natureza do homem é má e
egoísta. Para HOBBES, o homem sempre será o lobo do próprio homem, precisa do
Estado para controlá-lo e manter a ordem. Quando nos deparamos com a expressão
de HOBBES, no primeiro momento surge um efeito de crueldade à pessoa humana
pela expressão do autor, porém; essa expressão identifica o desinteresse do próprio

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homem por sua espécie, afirmado que o homem é capaz de destruir seu próximo,
não medindo esforços para conseguir seus objetivos. É nesse sentido que HOBBES
acredita que o homem precisa ser dominado, e que o Estado é o meio para
controlar o impulso da maldade do ser humano. Através dessa análise, pode-se
entender o “Porquê” do nascimento da Norma Jurídica, para impor a Lei. A Norma
Jurídica é o controle social, ela nasceu dos costumes e valores de uma sociedade,
estabelecendo as relações humanas, a ordem e a organização da comunidade.
Para que haja uma organização é preciso que exista uma doutrina coercitiva para
impor regras, deveres e direitos, e assim, compreender porque nasceu o Direito na
sociedade, visto que ele exerce força coercitiva que garante a ordem social através
do Estado, o Direito surgiu para controlar, corrigir e fazer com que a LEI seja
cumprida.
A História vem mostrando mudanças na sociedade através do
comportamento e do entendimento do homem, o que teve como consequência, uma
transformação na conduta humana, estabelecendo no mundo atual, novas regras. É
evidente que no passado havia situações que para aquela sociedade eram ilícitas,
mas com o passar dos séculos, deixou de ser ilícitas tornando-se lícitas, formando
assim, uma nova sociedade. Nasce então métodos na sociedade para disciplinar,
corrigir, controlar o comportamento do cidadão, nesse sentido surgi o Direito, para
que se faça justiça, dando ao homem também o direito à defesa. O Direito impõe as
obrigações e deveres de forma que os indivíduos cumpram a LEI sem ter que sofrer
uma ação coercitiva da força social organizada. Portanto, sabemos que não existe
Direito sem a sociedade, nem sociedade sem o direito (Ubi Societas, ibi jus). O
Direito é fundamental na vida do ser humano.

3.3 Estética e Regulamentação da Profissão

A Constituição Federal Brasileira é a Lei suprema outorgada à nação, pela


vontade soberana do povo, por meios de seus representantes escolhidos. A
constituição é expressa e costumeiras (não escrita), no sentido de Direito público e
supremo, designa normas fundamentais, tendo por finalidade estabelecer todas as
formas necessárias para delimitar a competência dos poderes públicos, impondo as
regras de ação das instituições públicas, e as restrições que devem ser adotadas
para garantia dos direitos individuais. DE PLÁCIDO E SILVA (2008).

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3.4 Federação

Segundo Plácido Silva, a Federação é empregado na técnica do Direito


Público, representada como a união indissoluvelmente instituída por Estados
independentes ou da mesma nacionalidade para a formação de uma só entidade
soberana. Portanto, pode-se entender que tudo que está relacionado na Federação,
refere-se ao Estado soberano, “federal”, e às coletividades públicas unidas na
federação tem preferência “federado”.

3.5 A FEBRAPE – Federação Brasileira dos Profissionais


Esteticistas

A FEBRAPE é uma entidade que surgiu com o intuito de unificar as


associações de Esteticistas e representá-las diante dos governos, instituições e
entidades que a representasse à toda sociedade brasileira, desde que estejam todas
regulamentadas e reconhecidas legalmente. A Federação sobre poderes legais
objetiva o nascimento da ética, dos valores, da moral da classe organizada, tendo
por incentivo o movimento cidadania e responsabilidade social. Segundo Rosângela
Façanha, presidente da FEBRAPE, a Federação desenvolve um canal de
comunicação com os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.

3.6 Regulamentação da Profissão de Estética

CÂMARA DOS DEPUTADOS PROJETO DE LEI Nº 595 DE 2003


Dispõe sobre a regulamentação das profissões de Técnico de Estética e de
Tecnólogo em Estética.
O CONGRESSO NACIONAL decreta:
Art. 1º Esta lei visa regulamentar as profissões de Técnico em Estética e de
Terapeuta Esteticista. (Tecnólogo em Estética).
Art. 2º O exercício das profissões de Técnico de Estética é privativo:
I – dos portadores de diploma do Curso de Formação de Estética Facial e Corporal,
no caso do Técnico de Estética;

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II – dos portadores de diploma de Nível Superior de Tecnologia em Estética, no caso
do Terapeuta Esteticista;
III – dos que até a data da publicação desta lei tenham comprovadamente exercido a
atividade de Esteticista por mais de cinco anos.
Art. 3º Compete ao Técnico de Estética atuar na área de estética facial e corporal
mediante as seguintes atividades:
I – análise e anamnese da pele;
II – limpeza de pele profunda;
III – tratamento de acne simples com técnicas cosméticas;
IV – tratamento de manchas superficiais de pele;
V – procedimentos pré e pós cirúrgicos como drenagem linfática, eletroterapia facial,
massagens relaxantes e aplicação da cosmetologia apropriada;
VI – auxílio ao médico dermatologista e cirurgião plástico nos tratamentos pós
procedimentos dermatológicos, bem como pré e pós operatórios em cirurgia plástica;
VII – auxílio aos setores de dermatologia em ambulatórios hospitalares dos centros
de tratamento de queimaduras na recuperação de pacientes queimados;
VIII – esfoliação corporal, bandagens, massagens cosméticas, banhos aromáticos e
descoloração de pelos;
IX – drenagem linfática corporal;
X – massagem mecânica, vacuoterapia;
XI – eletroterapia geral para fins estéticos;
XII – depilação eletrônica.
Art. 4º Compete ao Tecnólogo em Estética:
I – a direção, a coordenação, a supervisão e o ensino de disciplinas relativas à
Estética Facial e Corporal;
II – o treinamento institucional nas atividades de ensino e de pesquisa na área de
Estética Facial e Corporal;
III – a auditoria, a consultoria e a assessoria sobre cosméticos e equipamentos
específicos de estética;
IV – o gerenciamento de projetos de desenvolvimento de produtos cosméticos e
serviços correlacionados à Estética;
V – a elaboração de informes, de pareceres técnicos científicos, de estudos, de
trabalhos e de pesquisas mercadológicas ou experimentais relativos à Estética e à
Cosmetologia;

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VI – a atuação em equipes multidisciplinares dos estabelecimentos de saúde quanto
aos procedimentos de dermatologia e de cirurgia plástica.
Art. 5º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
Sala da Comissão, em 24 de abril de 2003. Deputado HENRIQUE EDUARDO
ALVES Presidente.

3.7 Ética Profissional do Esteticista

A nossa constituição Federal é clara quando proibi a discriminação religiosa,


social, racial e política. Devendo o Esteticista atender seus clientes sem restrições,
mantendo uma posição solidária e humana. É inescusável que o esteticista não
conheça o código de ética do esteticista e desconheça a Constituição Brasileira,
devendo o profissional obter conhecimento do que a Lei proibi para somente de
posse desse conhecimento ter segurança e domínio para fazer o atendimento. O
esteticista deve estar habilitado em curso técnico em Estética ou superior em
Tecnologia em Estética, para que tenha permissão em assumir a profissão. Sendo
assim, o profissional de Estética assume responsabilidade perante o Estado e a
FEBRAPE, devendo ter capacidade de atuar em sua ação prática no manuseio de
cosméticos específicos e equipamentos relacionados a estética, bem como;
conhecimento de anatomia e fisiologia da pele. Para ser um bom profissional, deve-
se atualizar em conhecimentos técnicos e científicos, apresentar-se zelosamente, ter
atitude honrosa, resguardando os interesses dos clientes sem prejuízo da dignidade.
A avaliação em anamnese estética do cliente é fundamental para a indicação de
procedimentos estéticos, de acordo com cada tipo e alteração de pele. Para a
recuperação da pele, o profissional deve executar todas as técnicas existentes na
tecnologia estética, desde que seja adequada e reconhecida cientificamente. É
fundamental para um bom desempenho que o ambiente de trabalho esteja
padronizado conforme exigência da vigilância sanitária, e que o esteticista tenha
domínio a técnica no manuseio dos equipamentos eletro-estético ao aplicá-los em
seus clientes. É essencial que possua agilidade, coordenação motora, percepção,
paciência, hábitos de higiene de si mesmo e do ambiente.

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3.8 Estética e o Código Penal

Das lesões corporais


É vedado ofender a integridade corporal ou saúde de outrem, sob pena aplicada nos
rigor da lei. Segundo o artigo 129 CP.
É PROIBIDO POR LEI:
● o esteticista anunciar cura seja da pele ou outras enfermidades;
● usar títulos que não possua que não foi habilitado-especializações;
● praticar atos de deslealdade com o colega de profissão e seus clientes,
● prescrever medicamentos
● injetar substâncias ou praticar atos cirúrgicos
● publicar trabalhos científicos sem citar bibliografias;
● o profissional de estética deve fazer cumprir a LEI, sobre o risco de ser
responsabilizado pelo ato cometido. Responderá administrativamente e em caso de
lesão corporal, responderá criminalmente.

3.9 Estética e Direitos Adquirido por Lei

É legitimado ao profissional de estética devidamente formado em cursos Técnicos e


de Tecnologia superior o exercício de:
● a técnica de Drenagem Linfática Manual
● pré e pós-cirúrgico e ademais procedimentos estéticos
● ultra-som estético
● endermoterapia
● vacuoterapia
● equipamentos em geral relacionado a estética
● honorários
● direito a recursos judiciais mediante advogados
● adquirir centro de estética
● centro de beleza
● estabelecimento direcionado à estética.

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4. Referências

BAPTISTA, P. Herpes simplex. Artigos por especialidades: artigos em inglês, 2003.


Disponível em: <http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?549>. Acesso em: 2 out.
2004.

BAUMANN, J. C.; SANTO, M. L. Sistema imunológico: fortalecer ou enfraquecer um


grande segredo. Curitiba: Paraná Livros, 1991.

BORAKS, S. Diagnóstico bucal. 3. ed. São Paulo: Artes Médicas, 2001.

DAL, Gobbo, Priscila. Estética facial essencial: orientação para o profissional de


estética/Priscila Dal Gobbo; revisão científica Carlos da Silva Garcia. São Paulo:
Atheneu Editora, 2010.

BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Políticas da Saúde. Coordenação


Nacional de DST e AIDS. Manual de condutas. Controle de infecções na prática
odontológica em tempos de AIDS:. Brasília: Ministério da Saúde, 2000a. Disponível
em: <http://www.aids.gov.br/manual_odonto.pdf>. Acesso em: 9 nov. 2004.

BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Políticas da Saúde. Coordenação


Nacional de DST e AIDS. Manual de condutas. Exposição ocupacional a material
biológico: hepatite e HIV. Brasília: Ministério da Saúde, 2000b. Disponível em:
<http://lildbi.saude.gov.br/cgi-bin/wxis.exe/iah_txtc/>. Acesso em: 10 nov. 2004.

https://prezi.com/hbhdqegjignt/bioetica-na-estetica/

http://angelicabeauty.blogspot.com.br/2008/10/noes-e-conceitos-de-controle-de.html

http://sociedade-da-estetica.blogspot.com.br/2008/04/profisso-esteticista-tica-na-
esttica.html

http://www.cristofoli.com/biosseguranca/autoclave-x-estufa/

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