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COLÉGIO TÉCNICO

SÃO BENTO
“Tradição em formar Profissionais com Qualidade”

Noções
de
Primeiros Socorros

Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405


Tel.: (11) 4678-5508- colegiosaobento@uol.com.br
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"Tradição em formar Profissionais com Qualidade"

Sumário

Primeiros Socorros...................................................................................................01

Conceitos Aplicados aos Primeiros Socorros..........................................................01

Aspectos Legais do Socorro....................................................................................02

As Fases do Socorro................................................................................................03

Sinais Vitais e Sinais Diagnósticos.........................................................................06

Remoção do Acidentado........................................................................................11

Hemorragias............................................................................................................14

Queimaduras...........................................................................................................17

Isolação..................................................................................................................19

Internação..............................................................................................................20

Desmaio.................................................................................................................20

Convulsões.............................................................................................................21

Estado de Choque..................................................................................................23

Ferimentos..............................................................................................................24

Fraturas – Luxações – Entorses.............................................................................27

Traumas de Crânio, Tórax e Coluna......................................................................31


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Envenenamentos....................................................................................................34

Acidentes Causados por Animais Peçonhentos.....................................................38

Oxigenoterapia.......................................................................................................41

Princípios da Reanimação.......................................................................................42

Parada Respiratória.................................................................................................43

Parada Cardíaca......................................................................................................46

Engasgamento........................................................................................................49

Afogamento...........................................................................................................50

Parto de Emergência.............................................................................................52

Referências Bibliográficas e Agradecimentos......................................................55

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Primeiros Socorros

Objetivos

Conhecer os principais aspectos do comportamento e da conduta de um profissional de


saúde que presta um atendimento de primeiros socorros.

Conhecer os aspectos legais do socorro, conhecer as 4 fases do socorro e saber realizar


um exame primário e um secundário.

Introdução

Toda pessoa que estiver realizando o atendimento de primeiros socorros deve, antes de
tudo, atentar para a sua própria segurança.

O impulso de ajudar a outras pessoas não justifica a tomada de atitudes


inconseqüentes, que acabem transformando-o em mais uma vítima.

A seriedade e o respeito são premissas básicas para um bom atendimento de primeiros


socorros. Para tanto, evite que a vitima seja exposta desnecessariamente e mantenha o devido
sigilo sobre as informações pessoais que ela lhe revele durante o atendimento.

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Conceitos Aplicados aos Primeiros Socorros

Primeiros Socorros: são os cuidados imediatos prestados a uma pessoa cujo estado
físico coloca em perigo a sua vida ou a sua saúde, com o fim de manter as suas funções vitais
e evitar o agravamento de suas condições, até que receba assistência médica especializada.

Triagem: processo de avaliação de paciente para determinar as prioridades de


tratamento.

Socorrista: atividade regulamentada pelo Ministério da Saúde, segundo a portaria n°


824 de 24 de junho de 1999. O socorrista possui um treinamento mais amplo e detalhado que
uma pessoa prestadora de socorro.

Urgência: O termo urgência quer dizer que as condições são graves, mas que
geralmente não oferecem risco de morte; são de prioridade moderada.

Emergência: O termo emergência identifica situações que necessitam de cuidados


especializados imediatos, para evitar a morte de um individuo ou complicações graves.

Acidente: fato do qual resultam pessoas feridas que necessitam de atendimento.

Incidente: fato ou evento desastroso do qual não resulta pessoas mortas ou feridas,
mas que pode oferecer risco futuro.

Sinal: é a informação obtida a partir da observação da vítima.

Sintoma: é a informação a partir de um relato da vítima.

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Aspectos Legais do Socorro

Omissão de Socorro

Segundo o artigo 135 do Código Penal, a omissão de socorro consiste em “Deixar de


prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à criança abandonada ou
extraviada, ou à pessoa invalida ou ferida, em desamparo ou em grave e iminente perigo; não
pedir, nesses casos, o socorro da autoridade pública”.

Pena: detenção de 01 (um) a 06 (seis) meses, ou multa.

Parágrafo único: a pena é aumentada de metade, se da omissão resulta lesão corporal


de natureza grave, e triplicada, se resulta em morte.

Importante: o fato de chamar o socorro especializado, nos casos em que a pessoa não
possui um treinamento específico ou não se sente confiante para atuar, já descaracteriza a
ocorrência de omissão de socorro.

Direitos da Pessoa que Estiver Sendo Atendida

O prestador de socorro deve ter em mente que a vítima possui o direito de recusa do
atendimento. No caso de adultos, esse direito existe quando eles estiverem conscientes e com
clareza de pensamento. Isto pode ocorrer por diversos motivos, tais como crenças religiosas
ou falta de confiança no prestador de socorro que for realizar o atendimento. Nestes casos, a
vítima não pode ser forçada a receber os Primeiros Socorros, devendo assim certificar-se de
que o socorro especializado foi solicitado e continuar monitorando a vítima, enquanto tenta
ganhar a sua confiança através do diálogo.

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Caso a vítima esteja impedida de falar em decorrência do acidente, como um trauma
na boca, por exemplo, mas demonstre através de sinais que não aceita o atendimento, fazendo
uma negativa com a cabeça ou empurrando a mão do prestador de socorro, deve-se proceder
da seguinte maneira:

 Não discuta com a vítima;


 Não questione suas razões, principalmente se elas forem baseadas em crenças
religiosas;
 Não toque na vítima, isto poderá ser considerado como violação dos seus direitos;
 Converse com a vítima, informe a ela que você possui treinamento em Primeiros
Socorros, que irá respeitar o direito dela de recusar o atendimento, mas que está
pronto para auxiliá-la no que for necessário;
 Arrole testemunhas de que o atendimento foi recusado por parte da vítima;
 No caso de crianças, a recusa do atendimento pode ser feita pelo pai, pela mãe ou
pelo responsável legal. Se a criança é retirada do local do acidente antes da chegada
do socorro especializado, o prestador de socorro deverá se possível, arrolar
testemunhas que comprovem o fato.
O consentimento para o atendimento de Primeiros Socorros pode ser formal, quando a
vítima verbaliza ou sinaliza que concorda com o atendimento, após o prestador de socorro ter
se identificado como tal e ter informado a vítima de que possui treinamento em Primeiros
Socorros, ou implícito, quando a vítima esteja inconsciente, confusa ou gravemente ferida a
ponto de não poder verbalizar ou sinalizar consentimento com o atendimento. Neste caso, a
legislação infere que a vítima daria o consentimento, caso tivesse condições de expressar o
seu desejo de receber o atendimento de primeiros socorros.

O consentimento implícito pode ser adotado também no caso de acidentes envolvendo


menores desacompanhados dos pais ou responsáveis legais. Do mesmo modo, a legislação

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infere que o consentimento seria dado pelos pais ou responsáveis, caso estivessem presentes
no local.

AS Fases do Socorro

Avaliação do Ambiente

A primeira atitude a ser tomada no local do acidente é avaliar os riscos que possam
colocar em perigo a pessoa prestadora dos Primeiros Socorros. Se houver algum perigo em
potencial, deve-se aguardar a chegada do socorro especializado. Nesta fase, verifica-se
também a provável causa do acidente, o numero de vítimas e a gravidade das mesmas e todas
as outras informações que possam ser úteis para a notificação do acidente. Proceda da
seguinte forma:

 Mantenha a vítima deitada, posição confortável, até certificar-se de que a lesão não
tem gravidade;
 Investigue particularmente a existência de hemorragia, envenenamento, parada
respiratória, ferimentos, queimaduras e fraturas;
 Dê prioridade ao atendimento aos casos de hemorragia abundante, inconsciência,
parada cárdio respiratória, estado de choque e envenenamento, pois EXIGEM
SOCORRO IMEDIATO;
 Verifique se há lesão na cabeça, quando o acidentado estiver inconsciente ou
semiconsciente. Havendo hemorragia por um ou ambos os ouvidos, ou pelo nariz,
PENSE em fratura de crânio;
 Não dê líquido a pessoas inconscientes;

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 Recolha, em caso de amputação, à parte seccionada, envolva-a em um pano limpo
para entrega IMEDIATA ao médico;
 Certifique-se de que qualquer providencia a ser tomada não venha a agravar o
estado da vítima;
 Chame o médico ou transporte à vítima, SE NECESSÁRIO.
 Inspire confiança – EVITE O PÂNICO
 Comunique a ocorrência à autoridade policial local. Forneça as seguintes
informações:
 Local, horário e condições em que a vítima foi encontrada;
 Quais os Primeiros Socorros a ela prestados.

Solicitação de Auxílio

Solicite se possível à outra pessoa que peça auxílio chamando o socorro especializado
comunicando a provável causa do acidente, o número de vítimas, a gravidade das mesmas e
todas as outras informações que ele precisar. Estas informações você terá obtido
anteriormente, durante a de avaliação do ambiente.

Sinalização

Efetuar sempre que necessário, a sinalização do local para evitar a ocorrência de novos
acidentes. Pode ser feita com cones, fita zebrada, ou qualquer objeto que chame a atenção de
outras pessoas para o cuidado com o local, na falta destes recursos, pode-se pedir para que
uma pessoa fique sinalizando a certa distância.

Atendimento
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Ao iniciar o atendimento, deve-se ter em mente o que fazer e o que não fazer. Manter
o autocontrole é imprescindível nesta fase. Não minta para a vítima.

Procure expressar segurança e confiança no que faz. No atendimento, a pessoa que


estiver prestando os Primeiros Socorros deve realizar dois exames básicos: exame primário e
exame secundário.

Exame Primário: o exame primário consiste em verificar:

 Consciência;
 Respiração;
 Pulso;
 Se as vias aéreas estão desobstruídas.
Este exame deve ser feito imediatamente. Se a vítima não estiver respirando, mas
apresentar batimentos cardíacos (pulso), iniciar a respiração artificial conforme o
procedimento. Caso não haja sinal de pulso, iniciar a RCP segundo o procedimento.

Exame Secundário: consiste na verificação de:

 Nível de consciência;
 Escala de Coma de Glasgow.

Avaliar os 5 sinais vitais:

 Pulso;
 Respiração;
 Pressão arterial (PA), quando possível;
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 Temperatura;
 Dor.

Avaliar os 3 Sinais Diagnósticos:

 Tamanho das pupilas (midriase: quando dilatadas; miose: quando contraídas);


 Enchimento capilar (perfusão sanguínea das extremidades);
 Cor da pele.

Realizar o exame físico na vítima:

 Pescoço;
 Cabeça;
 Tórax;
 Abdome;
 Pelve;
 Membros inferiores;
 Membros superiores;
 Dorso.

O que o prestador de primeiros socorros deve observar ao avaliar o pulso e a


respiração.

Sinais Vitais e Sinais Diagnósticos

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Toda lesão ou doença tem formas peculiares de se manifestar e isso pode ajudá-lo no
diagnóstico da vítima. Estes indícios são divididos em dois grupos: os sinais e os sintomas.

Alguns são bastante óbvios, mas outros indícios importantes podem passar
despercebidos, a menos que você examine a vítima cuidadosamente, da cabeça aos pés
(avaliação secundária).

Os sinais são detalhes que você poderá descobrir fazendo o uso dos sentidos (visão,
tato, audição, olfato) durante a avaliação da vítima. Sinais comuns de lesão incluem
sangramento, edema, aumento de sensibilidade ou deformação; já os sinais de doenças que
são mais comuns são pele pálida ou avermelhada, suor temperatura elevada e pulso rápido.

Sintomas são sensações que a vítima experimenta e é capaz de descrever. Pode ser
necessário que o socorrista faça perguntas para definir a presença ou ausência de sintomas.

Pergunte à vítima consciente onde exatamente sente dor; examine a região indicada
procurando descobrir possíveis lesões por trauma, mas lembre-se de que a dor intensa numa
região pode mascarrar outra enfermidade mais séria embora menos dolorosa. Alem da dor,
outros sinais que podem ajudá-lo no diagnóstico, incluem náuseas, vertigem, calor, frio,
fraqueza e sensação de mal-estar.

Pulso: é uma onda de sangue gerada pelo batimento cardíaco e propagada ao longo
das artérias. A freqüência comum do pulso em adultos é de 60 a 100 batimentos por minuto; a
freqüência do pulso nas crianças em geral é superior a 80 batimentos por minuto.

O pulso é palpável em qualquer área onde uma artéria passe sobre uma proeminência
óssea ou se localize próxima à pele.

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As alterações na freqüência e volume do pulso representam dados importantes no
socorro pré-hospitalar. Um pulso rápido, fraco, geralmente é resultado de um estado de
choque por perda sanguínea. A ausência de pulso pode significar um vaso sanguíneo
bloqueado ou lesado, ou que não há batimento cardíaco.

Pulso Radial Pulso Carotídeo

Respiração: a respiração normal é fácil, sem esforço e sem dor. A freqüência pode
variar bastante. Um adulto respira normalmente entre 12 a 20 vezes por minuto. Respiração e
ventilação significam a mesma coisa, ou seja, o ato de inspirar e expirar o ar.

Ocasionalmente, podem-se fazer deduções a partir do odor da respiração, como por


exemplo, a respiração de quem ingeriu bebida alcoólica. No estado de choque observam-se
respirações rápidas e superficiais. Uma respiração profunda, difícil e com esforço pode
indicar uma obstrução nas vias aéreas, doença cardíaca ou pulmonar.

Pressão arterial: é a pressão que o sangue circulante exerce sobre as paredes internas
das artérias. Uma vez que na pessoa normal o sistema arterial é um sistema fechado, ligado a
uma bomba e completamente cheia com sangue, as mudanças na pressão sanguínea indicam

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mudanças no volume do sangue, na capacidade dos vasos ou ainda, na capacidade do coração
em funcionar como bomba.

A pressão arterial é registrada em níveis sistólicos (alto) e diastólicos (baixo). A leitura


da pressão é feita em milímetros (mm) de mercúrio (Hg).

A pressão arterial é determinada por um aparelho conhecido como


esfigmomanômetro, que é usado em conjunto com o estetoscópio.

Esfigmomanômetro Estetoscópio

A pressão arterial de um adulto é geralmente, de 120 x 80 mm Hg.

A pressão arterial pode cair acentuadamente nos estados de choque, após uma
hemorragia grave, após um infarto do miocárdio (IAM).

Temperatura: a pele é responsável, em grande parte, pela regulação desta


temperatura, irradiando o calor através dos vasos sanguíneos subcutâneos e evaporando água
sob forma de suor.

A temperatura normal do corpo é de 37°C.

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Uma pele fria e úmida é indicativo de uma resposta do sistema nervoso simpático a
um traumatismo ou perda sanguínea (estado de choque). A exposição ao frio geralmente
produz uma pele fria e seca. Uma pele quente e seca pode ser causada por febre, em uma
doença, ou ser o resultado de uma exposição excessiva ao calor, como na insolação.

Pupilas: as pupilas quando normais são do mesmo diâmetro e possuem contornos


regulares; pupilas contraídas podem ser encontradas nas vitimas viciadas em drogas (chamada
de miose). As pupilas indicam o estado de relaxamento ou inconsciência, geralmente tal
dilatação ocorre rapidamente após uma parada cardíaca.

As pupilas desiguais são geralmente encontradas nas vitimas com lesões de crânio ou
acidente vascular cerebral. Na morte, as pupilas estão totalmente dilatadas e não respondem a
luz.

Midriase e Miose

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Coloração da pele: a cor da pele depende primeiramente da presença de sangue
circulante nos vasos sanguíneos subcutâneos.

Uma pele pálida, branca, indica circulação insuficiente e é vista nas vitimas em
choque ou com infarto do miocárdio. Uma cor azulada (chamada de cianose) é observada na
insuficiência cardíaca, na obstrução das vias aéreas, e também em alguns casos de
envenenamento. Poderá haver uma cor vermelha em certos estágios do envenenamento por
monóxido de carbono (CO2) e na insolação.

Estado de consciência: normalmente, uma pessoa esta alerta, orientada e responde


aos estímulos verbais e físicos. Qualquer alteração desde estado pode ser indicativo de doença
ou trauma.

O estado de consciência é provavelmente o sinal isolado mais seguro na avaliação do


sistema nervoso de uma pessoa. Uma vítima poderá apresentar desde leve confusão mental
por embriaguez, até coma profundo, como resultado de uma lesão craniana ou
envenenamento.

Capacidade de Movimentação: a incapacidade de uma pessoa consciente em se


mover é conhecida como paralisia e pode ser o resultado de uma doença ou traumatismo.

A incapacidade de mover os membros superiores e inferiores, após um acidente, pode


ser o indicativo de uma lesão da medula espinhal, na altura do pescoço (coluna cervical). A
incapacidade de movimentar somente os membros inferiores pode indicar uma lesão medular
abaixo do pescoço.

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A paralisia de um lado do corpo, incluindo face, pode ocorrer como resultado de uma
hemorragia ou coágulo intra-encefálico (Acidente Vascular Cerebral).

Reação a Dor: a perda do movimento voluntário das extremidades, após uma lesão,
geralmente é acompanhada também de perda da sensibilidade. Entretanto, ocasionalmente o
movimento é mantido, e a vítima se queixa apenas de perda da sensibilidade ou dormência
nas extremidades.

É extremamente importante que este fato seja reconhecido como um sinal de provável
lesão da medula espinhal, de forma que a manipulação do acidentado não agrave o trauma
inicial.

Remoção do Acidentado

A remoção da vítima do local do acidente para o hospital é tarefa que requer da pessoa
prestadora de Primeiros Socorros o MAXIMO DE CUIDADO E CORRETO
DESEMPENHO.

Antes da Remoção:

 TENTE controlar a hemorragia com compressão;


 INICIE a respiração de socorro (em caso de parada respiratória);
 EXECUTE a massagem cardíaca externa (quando a vítima estiver sem pulso);
 IMOBILIZE as fraturas com talas próprias ou improvisadas;
 EVITE o estado de choque, se NECESSÁRIO.

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Para o transporte da vítima podemos utilizar meios habitualmente empregados: maca
ou padiola, ambulância, helicóptero ou de RECURSOS IMPROVISADOS:

 Ajuda de pessoas;
 Maca;
 Cadeira;
 Tábua;
 Cobertor;
 Porta ou outro material disponível.

Como proceder:

Vítima consciente e podendo andar:

Remova a vítima apoiando-a em seus ombros.

Vítima consciente não podendo andar:

Transporte à vítima utilizando os recursos aqui demonstrados, em casos de:

 Fratura, luxações e entorses de pé.


 Contusão, distensão muscular e ferimentos dos membros inferiores.
 Picada de animais peçonhentos: cobra, escorpião e outros.

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Vítima inconsciente:

Como levantar a vítima do chão SEM AUXÍLIO DE OUTRA PESSOA:

Como levantar a vítima do chão COM A AJUDA DE UMA OU MAIS PESSOAS

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Vítima consciente ou inconsciente:

Como remover a vítima, utilizando-se de cobertor ou material semelhante:

Como Remover Vítima de Acidentados Suspeitos de Fraturas de Coluna e Pelve:

 Utilize uma SUPERFÍCIE DURA - porta ou tábua (maca improvisada).

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 Solicite ajuda de pelo menos cinco pessoas para transferir o acidentado do local
encontrado até a maca.
 Movimente o acidentado COMO UM BLOCO, isto é, deslocando todo o corpo ao
mesmo tempo, evitando mexer separadamente a cabeça, o pescoço, o tronco, os braços
e as pernas.

Como Remover Acidentado Grave Não Suspeito de Fratura de Coluna Vertebral


ou Pelve, Em Decúbito Dorsal:

Utilize macas improvisadas como: portas, cobertores, cordas, roupas, etc.;

IMPORTANTE:

1. EVITE paradas e freadas BRUSCAS do veículo, durante o transporte;


2. PREVINA-SE contra o aparecimento de DANOS IRREPARÁVEIS ao acidentado,
movendo-o o MENOS POSSÍVEL.
3. SOLICITE, sempre que possível, a ASSISTÊNCIA DE UM MÉDICO na remoção
de acidentado grave.
4. NÃO INTERROMPA, em hipótese alguma, a RESPIRAÇÃO DE SOCORRO e a
MASSAGEM CARDÍACA EXTERNA ao transportar o acidentado.
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Hemorragias

As hemorragias são divididas em duas classes:

1ª Classe: perda aproximadamente de até 15% da volemia; e

2ª Classe: perda de 15% a 30% da volemia.

A hemorragia é definida como uma perda aguda de sangue circulante. Normalmente o


volume de sangue correspondente a 7% do peso corporal no adulto. Por exemplo, um homem
de 70 Kgs tem aproximadamente 5 litros de sangue. Na criança o volume é 8 a 9 % do peso
corporal.
Obs.: no obeso considera-se o peso ideal, cuidado para não evoluir para choque
hemorrágico.

As metas do tratamento de emergência são controlar o sangramento, manter um volume


sanguíneo circulante adequado para a oxigenação circular e evitar o choque. As vitimas que
sofrem de hemorragia estão em risco de parada cardíaca causada pela hipovolemia.

AS HEMORRAGIAS PODEM SER INTERNAS OU EXTERNAS:


HEMORRAGIA INTERNA: se a vítima não mostra sinais externos de sangramento
mais existe bradicardia, pressão arterial decrescente, sede, apreensão, pele fria e úmida, ou
enchimento capital retardado, suspeita-se de hemorragia interna.

Suspeitar quando existe:


 Acidente por desaceleração;
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 Ferimento por projétil de arma de fogo, faca ou estilete, principalmente no tórax e
abdome;

Sinais e sintomas:
 Pulso rápido e fraco;
 Palidez da pele e mucosas;
 Sudorese profunda;
 Pele fria e úmida;
 Pressão arterial decrescente;
 Sede.

Seqüência no atendimento:
 Deitar a Vítima;
 Se não houver contra-indicação, elevar os membros inferiores;
 Verificar V.R.C.N. (vias aéreas, respiração, circulação, sistema nervoso);
 Transportar a vítima ao hospital.

HEMORRAGIA EXTERNA: A hemorragia externa, visível ao exame primário do


paciente, deve ser prontamente controlada pela pressão direta sobre o local do sangramento
em ferimentos superficiais.

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Nos ferimentos profundos com hemorragia devemos tomar as seguintes medidas:

Seqüência no atendimento:
 Deitar a Vitima;
 Cobrir o ferimento com gaze ou pano limpo;
 Pressionar o local com firmeza;
 Se o ferimento for aos membros, elevar o membro ferido;
 Caso não haja controle, pressionar diretamente as artérias que nutrem o membro
afetado (axila no MS ou femural no MI) nos locais os quais elas se situam logo abaixo
da pele;
 Evitar o uso de torniquete, pois pode levar a amputação cirurgia do membro se não for
afrouxado corretamente e no tempo certo;
 Transportar a vitima para o hospital.

HEMORRAGIA NASAL (Epistaxe): é causada pela ruptura dos vasos da mucosa


nasal que pode ser produzida por traumatismos, hipertensão arterial, uso de anticoagulante,
fatores ambientais como excesso de sol, etc. acontece freqüentemente, porque o nariz é muito
vascularizado.
Nestes casos, devemos colocar a vitima com a cabeça inclinada para frente, deixando-a
nesta posição por 5 minutos e fazendo compressão com os dedos nas narinas. Caso a
hemorragia não cesse com esta manobra, o paciente deve ser conduzido a um hospital.

Queimaduras

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A pele é a nossa barreira natural de proteção contra os mais variados agentes
agressores, como microorganismos, agentes físicos e químicos. Além disso, a pele é o órgão
mais extenso do corpo humano e é muito importante no controle da temperatura e retenção de
líquidos.

A definição de queimadura é bem ampla, porém, basicamente, é a lesão causada pela


ação direta ou indireta produzida pelo calor no corpo ou pelo frio.

A sua manifestação varia desde uma pequena bolha (flictena) até formas mais graves
capazes de desencadear respostas sistêmicas proporcionais à gravidade da lesão e sua
respectiva extensão.

AS QUEIMADURAS SÃO CLASSIFICADAS DE ACORDO COM:

 A profundidade (graus);
 A extensão (área corpórea atingida);

De acordo com o agente causador, a queimadura pode ser:

1. TÉRMICA (provocada por calor, líquidos quentes, objetos aquecidos, vapor);


2. QUÍMICA (provocada por ácidos e bases);
3. ELÉTRICA (quando provocada por raios e corrente elétricas);
4. POR RADIAÇÃO (quando provocada por radiação nuclear);
Para se classificar a queimadura de acordo com a sua extensão existem vários
métodos, porém seu aprendizado requer muita prática. Para o socorrista é suficiente observar
que quanto maior a extensão da queimadura maior risco de vida vítima estará correndo.

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De acordo com a profundidade, as queimaduras podem ter a seguinte graduação:

1. PRIMEIRO GRAU: atinge somente a epiderme; a pele apresenta hiperemia; edema


e há ardor no local;

2. SEGUNDO GRAU: Atinge a epiderme estendendo-se até a derme. A pele apresenta


flictenas dor local intensa, hiperemia e edema (podem ser superficiais ou profundas);

3. TERCEIRO GRAU: Atinge epiderme, a derme e a hipoderme, e muitas vezes a


bainha muscular. Por afetar os nervos, é menos dolorosas, porem muito graves pela
dificuldade de regeneração do tecido lesado que apresenta deformidade, requerendo a
realização de enxerto.

OBS: a queimadura não é obrigatoriamente uniforme! Podem ocorrer nos diversos


graus e ao mesmo tempo.

De acordo com a extensão, a queimadura pode ser:

1. Área pequena: é quando atinge menos que 10% do corpo (menos áreas nobres,
como rosto, a genitália e mucosas - esses casos são graves);
2. Área grande: é quando atinge mais de 10% do corpo.

PRIMEIROS SOCORROS EM QUEIMADURAS:


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 Interrompa imediatamente o efeito do calor (utilize água fria, não use água gelada, ou
utilize um lençol para apagar as chamas no corpo da vítima).
 Em caso de acidentes com queimaduras promovidas por corrente elétrica, não toque
na vítima até que se desligue a energia. Tome cuidado com os fios soltos e água no
chão. Observe se há parada respiratória, em caso afirmativo proceda com a respiração
de socorro. Transporte imediatamente à vítima para o hospital.
 Faça a avaliação primária da vítima. Identifique qual o tipo, grau e extensão da
queimadura. A queimadura é uma lesão estéril, por isso tenha cuidado ao manuseá-la e
evite ao máximo contaminá-la.
 Retire pulseiras, jóias, relógios, roupas que não estejam grudadas na pele da vítima.
 Caso a queimadura seja de 1º grau, retire a pessoa do sol, utilize substâncias
refrescantes como produtos para aliviar a dor e faça a administração por via oral de
líquidos.
 Caso a queimadura seja de 2º ou de 3º graus, lembre-se de cobrir a área queimada com
gazes molhadas em soro fisiológico ou água limpa.
 Mantenha o curativo molhado usando recipientes de soro ou água limpa até levar a
vítima ao hospital.
 NÃO fure as flictenas (bolhas)!
 NÃO utilize manteiga, creme dental, gelo, óleo, banha, café na queimadura.
 Remova a pessoa para o hospital caso a queimadura seja muito extensa, ou seja, de 2º
ou 3º graus.

Insolação

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É uma perturbação decorrente da exposição DIRETA e PROLONGADA do
organismo aos raios solares.

COMO SE MANIFESTA:
 Pele quente e avermelhada.
 Pulso rápido e forte.
 Dor de cabeça acentuada.
 Sede intensa.
 Temperatura do corpo elevada.
 Dificuldade respiratória.
 Inconsciência.

COMO PROCEDER: Remova a vítima para um lugar fresco e arejado, afrouxe as


vestes da vítima. Mantenha o acidentado em repouso e recostado, aplique compressas geladas
ou banho frio se possível. Procure o hospital mais próximo.

Intermação

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Perturbação do organismo causada por excessivo calor em locais úmido e não
arejados.

COMO SE MANIFESTA:
1. Dor de cabeça e náuseas.
2. Palidez acentuada.
3. Sudorese (transpiração excessiva).
4. Pulso rápido e fraco.
5. Temperatura corporal elevada.
6. Câimbra no abdome ou nas pernas.
7. Inconsciência.
COMO PROCEDER: Remova a vítima para um lugar fresco e arejado, afrouxe as
vestes da vítima. Mantenha o acidentado deitado com a cabeça mais baixa que o resto do
corpo.

Desmaio

O desmaio consiste na perda transitória da consciência e da força muscular, fazendo


com que o paciente caia no chão. Pode ser causado por vários fatores, como a subnutrição, o
cansaço, excesso de sol, stress. Pode ser precipitado por nervosismo, angústia e emoções
fortes, além de ser intercorrência de muitas outras doenças.

IDENTIFICAÇÃO:
 Tontura;
 Sensação de mal-estar;

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 Pele fria, pálida e úmida;
 Suor frio;
 Perda da consciência.

TRATAMENTO: Diante de um indivíduo que sofreu desmaio, devemos proceder da


seguinte maneira:
 Arejar o ambiente;
 Afrouxar as roupas da vítima;
 Deixar a vítima deitada e, se possível, com as pernas elevadas;
 Não permitir aglomeração no local para não prejudicar a vítima.

Convulsões

A convulsão pode ser conceituada como uma contração violenta, ou uma série de
contrações dos músculos voluntários, com ou sem perda da consciência por parte da vítima.
Pode ser causada por um TCE (Traumatismo Crânio Encefálico); porém, há outros fatores
como hiperpirexia, distúrbios metabólicos, intoxicações exógenas, processos infecciosos do
SNC, epilepsias e tumores cerebrais, entre outros.
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Os sinais e os sintomas da convulsão são em geral a perda do equilíbrio, a
inconsciência, a palidez, a cianose dos lábios e a presença de espasmos incontroláveis que
sacodem o corpo da vítima.

A epilepsia é uma doença do sistema nervoso central que se caracteriza em sua fase
mais grave, por crises de convulsão.

As vítimas que sofrem convulsões ou ataques epilépticos podem apresentar perda de


equilíbrio, queda abrupta, inconsciência, contração de toda a musculatura corporal, aumento
da atividade glandular com abundante salivação, vômitos, e em alguns casos, micção e
evacuação involuntárias.
Ao atender uma vítima em crise convulsiva, o socorrista deverá afastar os objetos
próximos para que ela não se machuque (batendo contra eles). Não impeça os movimentos
convulsivos, apenas posicione-se de joelhos atrás da cabeça da vítima e proteja, a fim de
evitar traumatismos. Posicione a vítima lateralmente para que ela não aspire vômitos e outras
secreções para os pulmões.

Quando os espasmos desaparecerem, acomode a vítima confortavelmente e certifique-


se de que ela está respirando (ver, ouvir e sentir). Depois a encaminhe para receber assistência
médica qualificada. Basicamente, podemos dizer que o tratamento deste tipo de vítimas
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resume-se em proteger a vítima durante a crise e encaminhá-la para atendimento
especializado quando a consciência for recuperada. Durante a crise, não use de força para
conter a vítima, nem ponha nada em sua boca.
O socorrista deve prevenir a convulsão febril em crianças, promovendo banhos de
imersão a uma temperatura igual a do corpo. É recomendável manter compressas frias na
região frontal da cabeça. A criança deverá ser mantida neste banho até a temperatura baixar a
níveis próximos do normal. A criança deverá vestir roupas leves e ser mantida em local
arejado e sem correntes de ar.
Uma vez ministrados esses cuidados, encaminhe-a para receber assistência qualificada
para detectar e tratar a causa da febre.

Estado de Choque
O choque é um estado grave em que ocorre diminuição do volume de sangue para os
tecidos resultando em perfusão inadequada com redução do oxigênio celular, ocasionando
prejuízos para as funções vitais.

É o conjunto de manifestações que resultam de um desequilíbrio entre o volume de


sangue circulante e a capacidade do sistema vascular, causados geralmente por: choque
elétrico, hemorragia aguda, queimadura extensa, ferimento grave, envenenamento, exposição
a extremos de calor e frio, fratura, emoção violenta, distúrbios circulatórios, dor aguda e
infecção grave.

TIPOS DE ESTADO DE CHOQUE:

 Choque Cardiogênico: Incapacidade do coração de bombear sangue para o resto do corpo.


Possui as seguintes causas: infarto agudo do miocárdio, arritmias, cardiopatias;

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 Choque Neurogênico: Dilatação dos vasos sangüíneos em função de uma lesão medular.
Geralmente é provocado por traumatismos que afetam a coluna cervical;
 Choque Séptico: Ocorre devido à incapacidade do organismo em reagir a uma infecção
provocada por bactérias ou vírus que penetram na corrente sangüínea liberando grande
quantidade de toxinas;
 Choque Hipovolêmico: Diminuição do volume sangüíneo. Possui as seguintes causas:
 Perdas sangüíneas - hemorragias internas e externas.
 Perdas de plasma - queimaduras e peritonites.
 Perdas de fluídos e eletrólitos - vômitos e diarréias.
 Choque Anafilático: Decorrente de severa reação alérgica. Ocorrem as seguintes reações:
 Pele: urticária, edema e cianose dos lábios;
 Sistema respiratório: dificuldade de respirar e edema da árvore respiratória;
 Sistema circulatório: dilatação dos vasos sangüíneos, queda da pressão arterial, pulso
fino e fraco, palidez.

COMO SE MANIFESTA: A pele fica fria e pegajosa, aumenta a sudorese (transpiração


abundante) na testa e nas palmas das mãos, a face fica pálida com expressão de sofrimento. A
pessoa tem uma sensação de frio, chegando às vezes a ter tremores.

A pessoa pode sentir náuseas e vômitos, a ventilação fica curta, rápida e irregular.
Perturbação visual com dilatação da pupila, perda do brilho dos olhos, o pulso fica fraco e
rápido e a pessoa pode ficar parcialmente ou totalmente inconsciente.

COMO PROCEDER: Realize uma rápida inspeção na vítima, combata, evite ou contorne a
causa do estado de choque, se possível. Mantenha a vítima deitada e em repouso, controle

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toda e qualquer hemorragia externa, verifique se as vias aéreas estão permeáveis, retire da
boca, se necessário secreção, dentadura ou qualquer outro objeto.

Execute a massagem cardíaca externa associada à respiração de socorro boca – a -


boca, se a vítima apresentar ausência de pulso, dilatação das pupilas e parada respiratória.
Afrouxe a vestimenta da vítima, vire a cabeça da vítima para o lado caso ocorra vômito.

Eleve os membros inferiores cerca de 30 cm, exceto nos casos de choque


cardiogênicos (infarto agudo do miocárdio, arritmias e cardiopatias) pela dificuldade de
trabalho do coração. Procure aquecer a vítima.

Remova IMEDIATAMENTE a vítima para o hospital mais próximo.

Ferimentos

Qualquer rompimento anormal da pele ou superfície do corpo é chamado de


ferimento. A maioria dessas lesões compromete os tecidos moles, a pele e os músculos. As
feridas podem ser abertas ou fechadas. A ferida aberta é aquela na qual existe uma perda de
continuidade da superfície cutânea. Na ferida fechada, a lesão do tecido mole ocorre abaixo
da pele, porém não existe perda da continuidade na superfície.

Todos os ferimentos logo que ocorrem, causam dor, produzem sangramentos e podem
causar infecções. As roupas sobre um ferimento deverão ser sempre removidas para que o
socorrista possa melhor visualizar a área lesada. Remova-as com um mínimo de movimento.
É melhor cortá-las do que tentar removê-las inteira, porque a mobilização poderá ser muito
dolorosa e causar lesão e contaminação dos tecidos.

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O socorrista não deverá tocar no ferimento, caso a ferida estiver suja, ou ainda, se for
provocada por um objeto sujo, deverá ser limpa com o uso de água e sabão. Diminua a
probabilidade de contaminação de uma ferida, utilizando materiais limpos e esterilizados para
fazer o curativo inicial. Todos os ferimentos devem ser cobertos por uma compressa (curativo
universal), preparada com um pedaço de pano bem limpo ou gaze esterilizada. Esta compressa
dever ser posicionada sobre a ferida e fixada firmemente com uma atadura ou bandagem.

Antes de utilizar uma bandagem, o socorrista deverá proteger o ferimento com


compressas limpas e de tamanho adequado. Deixe sempre as extremidades descobertas para
observar a circulação e evite o uso de bandagens muito apertadas que dificultam a circulação
sangüínea, ou ainda, as muito frouxas, pois soltam.

Não devemos remover corpos estranhos (facas, lascas de madeira, pedaços de vidro ou
ferragens) que estejam fixados em ferimentos. As tentativas de remoção do corpo estranho
(objeto empalado) podem causar hemorragia grave ou lesar ainda mais nervos e músculos
próximos a ele.

Controle as hemorragias por compressão e use curativos volumosos para estabilizar o


objeto cravado. Aplique ataduras ao redor do objeto, a fim de estabilizá-lo e manter a
compressão, enquanto a vítima é transportada para o hospital, onde o objeto será removido.

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Se o ferimento provocar uma ferida aberta no tórax da vítima (ferida aspirante) e, for
possível perceber o ar entrando e saindo pelo orifício, o socorrista deverá imediatamente
providenciar seu tamponamento, para tal, deverá usar simplesmente a mão (protegida por uma
luva descartável) sobre a ferida ou fazer um curativo oclusivo com material plástico ou papel
alumínio (curativo de três pontas). Após fechar o ferimento no tórax, conduza a vítima com
urgência para um hospital. Se o ferimento for na região abdominal da vítima e houver a saída
de órgãos (evisceração abdominal), o socorrista deverá cobrir as vísceras com um curativo
úmido e não tentar recolocá-las para dentro do abdome. Fixe o curativo com esparadrapo ou
uma atadura não muito apertada. Em seguida, transporte à vítima para um hospital. Não
dê alimentos ou líquidos para a vítima.

Em alguns casos, partes do corpo da vítima poderão ser parcialmente ou


completamente amputadas. Às vezes, é possível, por meio de técnicas microcirúrgicas, o
reimplante de partes amputadas. Quanto mais cedo à vítima, junto com sua parte amputada,
chegar ao hospital, melhor. Conduza a parte amputada protegida dentro de um saco plástico
com gelo moído. O frio ajudará a preservar o membro. Não deixe a parte amputada entrar em
contato direto com o gelo. Não lave a parte amputada e não ponha algodão em nenhuma
superfície em carne viva.

Em casos de esmagamento (normalmente encontrados nos acidentes de trânsito,


acidentes de trabalho, desabamentos e colapsos estruturais), se a vítima ficar presa por
qualquer período de tempo, duas complicações muito sérias poderão ocorrer. Primeiro, a
compressão prolongada poderá causar grandes danos nos tecidos (especialmente nos
músculos). Logo que essa pressão deixa de ser exercida, a vítima poderá desenvolver um
estado de choque, à medida que o fluido dos tecidos vá penetrando na área lesada. Em
segundo lugar, as substâncias tóxicas que se acumularam nos músculos são liberadas e entram
na circulação, podendo causar um colapso nos rins (processo grave que poderá ser fatal).

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O tratamento merecido por uma vítima com parte do corpo esmagado é o seguinte:

1. Evite puxar a vítima tentando liberá-la. Solicite socorro especializado para


proceder ao resgate (emergência fone 193);
2. Controle qualquer sangramento externo;
3. Imobilize qualquer suspeita de fratura;
4. Trate o estado de choque e promova suporte emocional à vítima;
5. Conduza a vítima com urgência para um hospital.
Fraturas – Luxações – Entorses

O esqueleto humano é a estrutura de sustentação do corpo sobre o qual se


apóiam todos os tecidos. Para que possamos nos mover, o esqueleto se articula em vários
lugares e os músculos que envolvem os ossos fazem com que estes se movam. Esses
movimentos são controlados pela vontade e coordenados por nervos específicos.

Existem diferentes formas de lesões nessas estruturas. Os ossos podem quebrar-se


(fratura), desencaixar-se em alguma articulação (luxação) ou ambos. Os músculos e os
tendões que os ligam aos ossos podem também ser distendidos ou rompidos.

FRATURAS: Podemos definir uma fratura como sendo a perda, total ou parcial, da
continuidade de um osso. A fratura pode ser simples (fechada) ou exposta (aberta). Na fratura
simples não há o rompimento da pele sobre a lesão e nas expostas sim, isto é, o osso fraturado
fica exposto ao meio ambiente, possibilitando sangramentos e um aumento do risco de
infecção.

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Fratura exposta

No caso de fraturas, a vítima geralmente irá queixar-se de dor no local da lesão. O


socorrista poderá identificar também, deformidades, edemas, hematomas, exposições ósseas,
palidez ou cianose das extremidades e ainda, redução de temperatura no membro fraturado.

A imobilização provisória é o socorro mais indicado no tratamento de fraturas ou


suspeitas de fraturas. Quando executada de forma adequada, a imobilização alivia a dor,
diminui a lesão tecidual, o sangramento e a possibilidade de contaminação de uma ferida
aberta. As roupas da vítima devem ser removidas para que o socorrista possa visualizar o
local da lesão e poder avaliá-lo mais corretamente. As extremidades devem ser “alinhadas”,
sem, no entanto, tentar reduzir as fraturas expostas. Realize as imobilizações com o auxílio de
talas rígidas de papelão ou madeira, ou ainda, com outros materiais improvisados, tais como:
pedaços de madeira, réguas, etc.

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Nas fraturas expostas, antes de imobilizar o osso fraturado, o socorrista deverá cobrir o
ferimento com um pano bem limpo ou com gaze estéril. Isto diminuirá a possibilidade de
contaminação e controlará as hemorragias que poderão ocorrer na lesão. É importante que nas
fraturas com deformidade em articulações (ombros, joelhos, etc.), o socorrista imobilize o
membro na posição em que ele for encontrado, sem mobilizá-lo.

A auto-imobilização é uma técnica muito simples, que consiste em fixar o membro


inferior fraturado ao membro sadio, ou o membro superior fraturado ao tórax da vítima. É
uma conduta bem aceita em situações que requeiram improvisação. Esta técnica é também
muito utilizada no atendimento de fraturas nos dedos da mão. Na dúvida, imobilize e trate a
vítima como portadora de fratura até que se prove o contrário.

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Nas fraturas associadas com sangramentos significativos, o socorrista deverá estar
preparado para atender também o choque hipovolêmico (já estudado anteriormente).

LUXAÇÕES: A luxação é uma lesão onde às extremidades ósseas que formam uma
articulação ficam deslocadas, permanecendo desalinhadas e sem contato entre si. O
desencaixe de um osso da articulação (luxação) pode ser causado por uma pressão intensa,
que deixará o osso numa posição anormal, ou também por uma violenta contração muscular.
Com isto, poderá haver uma ruptura dos ligamentos. Os sinais e sintomas mais comuns de
uma luxação são: dor intensa, deformidade grosseira no local da lesão e a impossibilidade de
movimentação. Em caso de luxação, o socorrista deverá proceder como se fosse um caso de
fratura, imobilizando a região lesada, sem o uso de tração. No entanto, devemos sempre
lembrar que é bastante difícil distinguir a luxação de uma fratura.

Luxação do joelho

ENTORSES: Entorse pode ser definida como uma separação momentânea das
superfícies ósseas, ao nível da articulação. A lesão provocada pela deformação brusca,
geralmente produz o estiramento dos ligamentos na articulação ou perto dela. Os músculos e
os tendões podem ser estirados em excesso e rompidos por movimentos repentinos e

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violentos. Uma lesão muscular poderá ocorrer por três motivos distintos: distensão, ruptura ou
contusão profunda. A entorse manifesta-se por um dor de grande intensidade, acompanhada
de inchaço e equimose no local da articulação. O socorrista deve evitar a movimentação da
área lesionada, pois o tratamento da entorse, também consiste em imobilização e posterior
encaminhamento para avaliação médica. Em resumo, o objetivo básico da imobilização
provisória consiste em prevenir a movimentação dos fragmentos ósseos fraturados ou
luxados. A imobilização diminui a dor e pode ajudar a prevenir também uma futura lesão de
músculos, nervos, vasos sangüíneo, ou ainda, da pele em decorrência da movimentação dos
fragmentos ósseos. Se a lesão for recente, esfrie a área aplicando uma bolsa de gelo ou
compressa fria, pois isso reduzirá o inchaço, o hematoma e a dor.

Entorse do Tornozelo

TÉCNICAS DE IMOBILIZAÇÃO: Se o membro fraturado estiver dobrado, o


socorrista não poderá imobilizá-lo adequadamente. Deverá então, com muito cuidado, aplicar
uma tração manual para endireitá-lo, o que impedirá a pressão sobre os músculos, reduzindo a
dor e o sangramento que estejam ocorrendo no local da lesão. A tração deverá ser aplicada
com firmeza observando o alinhamento do osso até que o membro fique totalmente
imobilizado. Se o socorrista puxar em linha reta, não causará nenhuma lesão. No entanto,
recomenda-se não insistir na manobra caso a vítima informar que a dor está ficando muito
forte.

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Traumas de Crânio, Tórax e Coluna

As lesões da cabeça incluem o traumatismo do couro cabeludo, do crânio e do cérebro.


Acidentes com batidas fortes na cabeça são geralmente acompanhadas de hemorragias no
cérebro, as quais, se não corrigidas de forma urgente, podem causar lesões graves e até a
morte. O traumatismo crânio-encefálico (TCE) afeta todos os sistemas do organismo e seus
sinais e sintomas mais comuns são: os sangramentos pelo nariz, boca e ouvidos, a perda da
consciência, anormalidade no diâmetro das pupilas (pupilas desiguais), convulsões,
equimoses ao redor dos olhos e atrás dos ouvidos, deformidades no crânio, alterações do
ritmo respiratório ou até a parada da respiração, entre outros. Ao atender uma vítima com
suspeita de TCE, o socorrista deverá presumir que ela possua também uma lesão na coluna
cervical, até se prove o contrário. O transporte da vítima deverá ser realizado numa maca
rígida, com a cabeça e o pescoço mantidos em alinhamento com o eixo do corpo. Deveremos
também imobilizar a cabeça e o pescoço com um equipamento denominado colar de
imobilização cervical.

Os cuidados emergenciais necessários para atendimento de uma vítima com lesões


cranianas ou encefálicas são os seguintes:

1. Mantenha as vias respiratórias sempre permeáveis (abertas);


2. Controle as hemorragias externas por compressão;
3. Avalie as lesões associadas na coluna cervical;
4. Imobilize e transporte para um hospital com constante observação dos sinais
vitais.

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Durante o transporte para o hospital, posicione a vítima de TCE deitada com a cabeça
levemente elevada (quando a lesão é isolada). Se houver lesão associada na coluna cervical,
mantenha-a deitada na maca rígida e eleve o cabeceira da maca, sem movimentar a região do
pescoço. Se a vítima apresentar hemorragia, deverá ser transportada em decúbito lateral, ou
seja, deitada sobre a lateral do corpo (para evitar a aspiração de vômito ou a obstrução das
vias aéreas com sangue).

Existe também o grave problema das lesões na coluna, muito comuns nos acidentes
por desaceleração. Estas vítimas, se atendidas de forma inadequada ou por pessoa leiga que
não possua os conhecimentos das técnicas de socorro e imobilização, poderão ter suas lesões
agravadas ou o comprometimento neurológico definitivo da região atingida.

O tratamento imediato, logo após o acidente é essencial porque a manipulação


imprópria pode causar dano maior e perda da função neurológica. Qualquer vítima de
acidente de trânsito, queda de nível ou qualquer outro traumatismo na região craniana ou
cervical, deverá ser considerada portadora de uma lesão na coluna vertebral, até que tal
possibilidade seja afastada.

Os sinais e sintomas mais comuns de lesão na coluna incluem: dor regional, a


incapacidade de movimentar-se, a perda da sensibilidade tátil nos membros superiores e
inferiores, a sensação de formigamento nos membros, deformidade na coluna, entre outros.
Vítimas conscientes devem ser orientadas para não movimentarem a cabeça.

Antes de remover a vítima, o socorrista deverá imobilizar a coluna usando um colar


cervical e uma tábua de suporte (maca rígida). Pelo menos três socorristas devem
cuidadosamente posicionar a vítima na maca rígida, usando a técnica do rolamento em
monobloco. Um socorrista (líder) deve assumir o controle da cabeça da vítima para evitar
movimentos de flexão, rotação ou extensão, para tal, devem posicionar as mãos em ambos os
lados da cabeça da vítima, mantendo constante alinhamento e leve tração.
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As vitimas sentadas devem ser removidas com o uso de macas rígidas curtas, da forma
que segue:

 Imobilize a cabeça da vítima com as mãos, alinhando-a em posição vertical (tira


de tração);
 Um segundo socorrista aplica o colar cervical;
 Posicione a maca rígida curta (imobilizando a coluna vertebral) movimentando a
vítima o mínimo possível;
 Fixe a vítima com os tirantes e ataduras;
 Remova a vítima girando-a e deitando-a sobre a maca rígida longa.

Em acidentes motociclísticos, a pessoa que presta o socorro devera remover o capacete


da vítima com muito cuidado, para não converter uma contusão cervical (no pescoço) em
lesão da medula.

O capacete deve ser rompido com o auxilio de dois socorristas, a menos que haja
dificuldade na remoção, aumentando a dor (vítima consciente) ou esmagamento do capacete.
Em tais casos, o socorrista deve imobilizar a vítima na tabua de suporte com o capacete no
lugar. Enquanto o socorrista (líder) remove o capacete, um segundo imobiliza a cabeça e o
pescoço, mantendo-os alinhados.

Os traumatismos de tórax caracterizam-se pelos seguintes sinais e sintomas:

 Dor regional,
 Aumento de sensibilidade na região lesada,
 Dor que se agrava pela respiração,
 Respiração superficial (encurtamento ou dificuldade de respirar),
 Eliminação de sangue com tosse,
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 Cianose nos lábios, pontas dos dedos e unhas,
 Posturas características (vítima inclinada sobre o lado da lesão, com a mão ou o braço
sobre a região lesada, e imóvel),
 Sinais de choque (pulso rápido e PA baixa).

Nas fraturas de costelas, caracterizadas por uma dor intensa, o socorrista deverá
providenciar o atendimento pré-hospitalar imobilizando o braço da vítima sobre a fatura,
usando para tal uma bandagem triangular como tipóia e outra para fixar o braço sobre o tórax.

Quando duas ou mais costelas estão quebradas em dois pontos poderá ocorrer o que
denominamos de respiração paradoxal. Essa lesão especifica denomina-se de tórax instável ou
tórax em báscula.

O tratamento pré-hospitalar consiste em estabilizar o segmento instável (em báscula)


que se move paradoxalmente durante as respirações. O socorrista deverá usar uma almofada
pequena ou toalhas dobradas presas com fitas adesivas largas. O tórax não deve se totalmente
enfaixado. Transportar a vítima deitada sobre a lesão. Se possível, o socorrista deverá
ministrar oxigênio suplementar à vítima.

Alguns traumatismos na região da caixa torácica acabam provocando lesões internas


nos pulmões e no coração (pneumotórax, hemotórax, etc.). O ar que escapa do pulmão
perfurado e as hemorragias de dentro do tórax podem resultar colapsos pulmonares. O sangue
envolvendo a cavidade do pericárdio pode também resultar numa perigosa compressão do
coração.

Todas estas lesões são emergências serias que requerem pronta intervenção medica. O
socorrista poderá identificá-las pelos seguintes sinais e sintomas:

 Desvio de traquéia,
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 Aumento do volume das veias do pescoço,
 Cianose e sinais de choque
 Enfisema subcutâneo (coleção de ar abaixo da pele)

Nesses casos o socorro consistirá simplesmente na condução urgente da vítima para


que a mesma possa receber atendimento médico adequado.

Envenenamento

Medicamentos, plantas, produtos químicos e substâncias corrosivas são os principais


causadores de envenenamentos ou intoxicação, especificamente em crianças.

Os sinais e sintomas mais comuns são queimaduras nos lábios e na boca, hálito com
cheiro da substância ingerida, vômitos, alteração da pulsação, perda de consciência,
convulsões e, eventualmente, parada Cardio respiratória.

SUBSTÂNCIAS TÓXICAS:

A lista de substâncias que pode provocar envenenamento é extensa, e muitos produtos tóxicos
ficam logo ali, ao alcance da mão: na prateleira do banheiro, na geladeira, no jardim. Os acidentes são
muito comuns, mas, em sua maioria, poderiam ser facilmente evitados.

Alguns cuidados podem evitar acidentes por envenenamento como:

 Não deixe os produtos tóxicos à vista de crianças. Eles devem estar em locais altos
e trancados à chave.

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 Não tomar remédio na frente de crianças nem incentivá-las a aceitar o
medicamento argumentando que seu sabor é bom.
 Não guarde nenhum produto químico fora da embalagem original, para evitar
confusão. Imagine o estrago que pode causar uma pessoa com sede ao lado de uma
garrafa de refrigerante cheia de alvejante.
Além disso, caso haja um acidente, a embalagem original aonde vem escrita sua fórmula pode
ser de grande ajuda. Pelo mesmo motivo, evite usar produtos clandestinos. Veja, a seguir, lista de
algumas substâncias tóxicas que podem causar muito mal quando ingeridas.

Ácidos e bases:

 Ácido muriático;
 Água sanitária;
 Alvejante;
 Amoníaco;
 Cal virgem;
 Clareador de pêlos;
 Detergente em grânulos (usado em lava-louças);
 Descolorante;
 Desinfetante;
 Limpador de fogão;
 Limpador de metal;
 Removedor de calos e verrugas;

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 Removedor de ferrugem;
 Soda cáustica;
 Tablete de Clinitest (usado por diabéticos para medir glicose na urina);
 Tintura e alisante de cabelo.

Derivados de petróleo:

 Aguarrás;
 Álcool combustível;
 Inseticida solúvel em solvente orgânico;
 Diluente de tinta;
 Fluido de isqueiro;
 Gasolina;
 Naftalina líquida;
 Polidor e cera de assoalho ou mobília;
 Polidor de metal solúvel em solvente orgânico;
 Querosene;
 Removedor de cera (usado em limpeza de casa);
 Removedor de esmalte;
 Removedor de tinta;
 Solvente "Thinner";
 Tinta solúvel em solvente

Plantas:

 Arruda;
 Avelós;
 Cambará;
 Chapéu de Napoleão;
 Confrei;
 Coroa de Cristo;

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 Comigo Ninguém Pode;
 Costela de Adão;
 Espirradeira;
 Giesta;
 Inhame Bravo;
 Jibóia;
 Mandioca
 Brava;
 Pinhão Paraguaio;
 Saia branca;
 Taioba.

Outras substâncias comuns:

 Água oxigenada;
 Álcool (usado em limpeza de casa);
 Anticongelante (polietileno glicol);
 Bebidas alcoólicas (principalmente junto com outras substâncias);
 Bituca de cigarro;
 Caixa de palito de fósforo;
 Detergente comum;
 Desodorante;
 Drogas se uso abusivo (maconha, cocaína, crack...);
 Esmalte;
 Inseticidas em geral;
 Medicamento;
 Naftalina em bolinhas;

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 Perfume;
 Pilhas e baterias;
 Purpurina;
 Raticida (em especial os clandestinos);
 Repelente de inseto

Envenenamento por Ingestão

O que não fazer:

 Se a vítima estiver inconsciente, não provoque vômitos. Ao contrario do que o senso


comum manda não se deve induzir o vômito na pessoa intoxicada. O vômito pode
causar um desgaste desnecessário no trato digestivo da vítima e não ira resolver o
problema.
 Não induza o vômito se a substância ingerida for corrosiva e derivada de petróleo,
vomitar vai piorar, e muito, a situação.
 Se, no entanto, acontecerem vômitos involuntários, cuide para que a vítima use um
balde, para que o material possa ser abalizado pelos médicos.
 Outro mito muito difundido: beber leite, também não é aconselhado. Leite, água,
azeite ou qualquer outro liquido pode fazer muito mal. A regra é simples: a vítima
NÃO DEVE BEBER NADA, no máximo, pode fazer um bochecho para a boca.

O que Fazer:

 Em caso de envenenamento por ingestão, a primeira coisa que se deve fazer é tentar
descobrir a substância ingerida, porque o tratamento varia caso a caso.
 Se a vítima apresentar convulsões, não tente imobilizá-la nem segurar sua língua.
Apenas garanta que ela não vai esbarrar em algo e se machucar ainda mais.

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 Caso haja uma parada respiratória, apresse a ida ao hospital. Infelizmente, nos casos
de intoxicação, fazer respiração boca -a - boca não vai adiantar.
 Deite a vítima de lado, com a cabeça apoiada sobre o braço, para evitar que ela se
sufoque com vômitos involuntários. Se a pessoa estiver com frio, agasalhe-a.
 Preste muita atenção em cada reação, pois suas descrições vão ser essenciais na hora
do atendimento médico. Observe se a vítima está fria ou quente, se saliva, vomita,
parece confusa ou sonolenta. Esteja atento aos detalhes.
 Se você conseguir, leve junto com o paciente o produto que causou o envenenamento.
Vale a embalagem, o resto do veneno ou, em caso de plantas, um ramo que possa ser
facilmente reconhecido.
 Se não houver sinal da substância ingerida, mas a vítima tiver vomitado, pode-se levar
o próprio vômito para ser analisado. Esse procedimento também o útil no caso de
ingestão de comprimidos, mesmo que você já esteja levando a embalagem.

Acidentes Causados por Animais Peçonhentos

A trajetória histórica

A preocupação com o envenenamento por picada de cobra é muito antiga. Em 1880


surgiram os primeiros trabalhos científicos relacionados ao ofidismo. Com as descobertas dos
soros antidiftéricos e antitetânicos por volta de 1896, o cientista Albert Calmette, do Instituto
Pasteur, em Paris, estudava a possibilidade de se descobrir um medicamento eficaz contra os
venenos ofídicos e direcionou as pesquisas para a imunológica. Concluiu que com o veneno
das serpentes, imunizando animais de laboratório, poderia ser obtido um soro capaz de

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neutralizar completamente os efeitos nocivos das peçonhas tanto in vitro como in vivo,
firmando os princípios básicos da soroterapia antiofídica.

Nessa época, Vital Brazil também preocupado com o problema do ofidismo no Brasil
criou os soros específicos para nossas espécies venenosas, na então fazenda Butantã. A partir
de 1901, com a produção de soro eqüino contra o veneno das serpentes brasileiras, Vital
Brazil passou a distribuir, junto com o soro, o Boletim de Acidente Ofídico. Com a
notificação em cada município dos óbitos por acidente ofídico, traçou o perfil das pessoas
acidentadas, a área do corpo acometida e o tipo de serpente envolvida nesses acidentes.

Os acidentes causados por animais peçonhentos são mais graves nas crianças e adultos
maiores de 50 anos, merecendo especial atenção na rigorosa observação de quaisquer sinais
ou sintomas indicativos de necessidade da intervenção imediata.

Panorama atual dos acidentes com animais

A época de calor e chuvas é a mais propícia para a ocorrência dos acidentes, pois é
quando os animais estão em maior atividade coincidindo com o período de plantio e colheita
agrícola. Na Região Norte é mais freqüente nos três primeiros meses do ano. No Nordeste, o
pico coincide com meses de abril a junho. Nas regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste, os meses
de dezembro a março concentram a grande maioria dos casos, enquanto que no inverno o
número de acidentes diminui bastante.

Essas ocorrências de acidentes devem ser notificadas. No Brasil existem pelo menos
quatro sistemas de informação que tratam do registro de acidentes por animais peçonhentos:
Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (Sinitox), Sistema Nacional de

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Agravos de Notificação (Sinan), Sistema de Internação Hospitalar (SIH-SUS) e o Sistema de
Informação de Mortalidade (SIM).

Os acidentes considerados de importância em saúde pública, pelo seu alto risco e


freqüência de acontecimentos são associados às picadas por serpentes, aranhas e escorpiões.

Veja os quadros abaixo:

Tipos de serpentes mais conhecidas, sintomatologia após a picada e formas de tratamento.

Tipos de Serpentes / Sintomatologia Tratamento

Bothrops, jararaca, jararacuçu, urutu, cotiara, caiçaca. Soro antibotrópico

O veneno tem ação proteolítica e na coagulação sanguínea.

Sintomatologia: dor e inchaço no local da picada, com manchas arroxeadas e sangramento Soro antibotrópico-laquético
pelos orifícios da picada, sangramentos em gengivas, pele e urina.

Risco de complicação: infecção e necrose na região da picada e insuficiência renal.

Crotalus, cascavel. Soro anticrotálico

O veneno tem ação proteolítica, neurotóxica e na coagulação sanguínea.

Sintomatologia: o local da picada não apresenta lesão evidente, apenas uma sensação de
formigamento; dificuldade em manter os olhos abertos, com aspecto sonolento, visão turva ou
dupla são as manifestações características, acompanhadas por dores musculares generalizadas
e urina escura (cor de coca-cola).

Lachesis, surucucu. Soro antilaquético

O veneno tem ação proteolítica, neurotóxica e na coagulação.

Sintomatologia: dor e inchaço, às vezes, com manchas arroxeadas e sangramento pelos Soro antibotrópico-laquético
orifícios da picada, sangramentos em gengivas, pele e urina. Pode apresentar vômitos, diarreia

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e queda da pressão arterial.

Micrurus, coral verdadeira. Soro antilaquético

O veneno tem ação neurotóxica.

Sintomatologia: não apresenta alteração importante no local da picada, mas pode desencadear:
visão borrada ou dupla, pálpebras caídas (ptose) e face com expressão sonolenta.

Aranhas Tratamento

Marrom, O veneno tem ação proteolítica. Soro antiloxoscélico

Sintomatologia: a picada é pouco dolorosa e cerca de 12 horas após pode surgir dor local,
inchaço, mal-estar geral, náuseas e febre.

A lesão endurecida e escura pode evoluir para ferida com gangrena e necrose de difícil
cicatrização.

Raramente pode provocar escurecimento da urina.

Armadeira; O veneno tem ação neurotóxica. Soro antiaracnídico

Sintomatologia: dor imediata e intensa, com poucos sinais visíveis no local da picada.

Raramente as crianças podem apresentar agitação, náuseas, vômitos e diminuição da pressão Anestésico tipo lidocaína
sanguínea.

Viúva negra Anestésico tipo lidocaína

Sintomatologia: dor na região da picada, contrações nos músculos, sudorese e alteração


circulatória (na pressão sanguínea e nos batimentos cardíacos).

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Escorpiões Tratamento

Preto e Amarelo Soro antiescorpiônico ou o


Soro antiaracnídico
Sintomatologia: dor no local da picada, de início imediato e intensidade variável, com boa
(polivalente)
evolução na maioria dos casos. Crianças podem apresentar manifestações graves como náuseas
e vômitos, alteração da pressão sanguínea, agitação e falta de ar. Anestésico tipo lidocaína

Não há um tempo limite para tratar uma pessoa picada por animal peçonhento, mas ela
deve ser levada logo ao serviço de saúde para avaliação. No entanto, o tempo é um fator
determinante para a boa evolução dos casos, pois em acidentes ofídicos, entre seis e 12 horas
após a picada, aumentam os riscos de complicações.

1. Após o acidente, os procedimentos gerais recomendados pelo Instituto Butantã


são:
2. Lave o local da picada de preferência com água e sabão.

3. Mantenha a vítima deitada: evite caminhada ou movimentação excessiva para não


favorecer a absorção do veneno.
4. Não faça torniquete.
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5. Não fure, não corte, não queime, não esprema, não faça sucção no local da ferida e
nem aplique folhas, pó de café ou terra para evitar infecção.
6. Não ofereça pinga, querosene, fumo à vítima.
7. Procure o serviço de saúde mais próximo para receber o soro.

Não há contra-indicação para aplicação do soro, mas são necessários cuidados na


administração parenteral (via subcutânea ou endovenosa) pelo risco de reação anafilática. Em
gestantes, considerar o risco de descolamento prematuro da placenta e sangramento uterino.

Ainda, segundo o Instituto Butantã, as medidas de prevenção desses acidentes


envolvem:

 Não andar descalço;


 Olhar sempre com atenção os caminhos e áreas de mata;
 Usar luvas de couro, não colocar as mãos em buracos na terra, entre espaços
situados em montez de lenha ou entre pedras;
 Tampar as frestas e buracos das paredes e assoalhos;
 Não depositar ou acumular material como lixo, entulhos e materiais de
construção: limpar terrenos baldios pelo menos na faixa de 1 a 2 metros junto ao muro ou
cercas;
 Combater a proliferação de insetos, principalmente baratas e cupins, pois são
alimentos para aranhas e escorpiões;
 Preservar os predadores naturais de aranhas e escorpiões como seriemas,
corujas, sapos, lagartixas e galinhas.

Oxigenoterapia

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Qualquer distúrbio no processo respiratório poderá ser potencialmente fatal, pois
poderá causar asfixia. Este é o termo utilizado para definir o sufocamento, ou seja, qualquer
condição que impeça o oxigênio de ser levado ao sangue.

A redução de oxigênio no corpo é conhecida por hipóxia. Esta faz como que os tecidos
se deteriorem mo rapidamente (as células cerebrais morrem se forem privadas de oxigênio por
cerca de três minutos).

Os sinais e os sintomas da falta de oxigênio são: respiração rápida, difícil e ofegante,


confusão, agitação, cianose e perda da consciência.

Se esta condição de hipóxia não for revertida, a respiração e os batimentos cardíacos


podem parar.

Existe um equipamento leve e portátil para a administração de oxigênio suplementar, e


muitos dos que são treinados para prestar Primeiros Socorros, aprendem a usá-lo.

O oxigênio poderá ser utilizado para complementar à respiração artificial ou ainda,


para enriquecer o percentual de oxigênio oferecido as vitimas que conseguem respirar
(oxigenoterapia). Se adequadamente ministrado por pessoa treinada, o oxigênio não causa mal
algum.

O oxigênio deverá ser ministrado em dose de 10 l/min (dez litros por minuto), (quando
utilizadas válvulas de débito continuo) nas ocorrências em geral e 15 l/min (quinze litros por
minuto), quando em emergências hiperbáricas: verificando no fluxômetro do aparelho.

O socorrista deverá observar as seguintes regras ao usar o oxigênio: não fumar, nem
permitir que haja qualquer chama perto do equipamento de provisão de oxigênio, evitar
quedas e batidas no cilindro de oxigênio, não usar qualquer tipo de lubrificante nas válvulas
do equipamento, não deixar de providenciar a revisão do aparelho e sua recarga após o uso.

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Princípios da Reanimação

Para que a vida possa ser preservada faz-se necessário que mantenhamos um fluxo
constante de oxigênio para o cérebro. O oxigênio é transportado para os tecidos cerebrais
através da circulação sanguínea. O coração é a bomba que mantém esse suprimento e, se ele
parar (parada cardíaca), ocorrerá à morte, a menos que se tomem medidas urgentes de
ressuscitação.

As manobras de ressuscitação cardiopulmonar resumem-se na seqüência de origem


norte-americana denominada “ABC da vida”, a qual podemos adaptar a nossa língua:

A = Airway = Abertura das vias aéreas

B = Breathing = Respiração

C = Circulation = Circulação

A correta aplicação das etapas da Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP) poderá manter


a vida até que a vítima se recupere o suficiente para ser transportada para uma unidade
hospitalar ou até que possa receber tratamento pré-hospitalar por uma equipe especializada.

Parada Respiratória

É a supressão súbita dos movimentos respiratórios, podendo ser acompanhado ou não


de parada cardíaca.

Diagnóstico:

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 Ausência de movimentos respiratórios;
 Cianose (cor azul arroxeada dos lábios, unhas – não obrigatórias);
 Dilatação das pupilas (não obrigatórias);
 Inconsciência.

Em caso de parada respiratória, siga as instruções a seguir:

1. DETERMINE O ESTADO DE CONSCIÊNCIA DA VÍTIMA: A pessoa que presta


o socorro deve chamar e movimentar levemente a vítima. Nos casos de parada respiratória
após um acidente traumático (em especial nos traumas de cabeça e pescoço), movimente a
cabeça da vítima o mínimo possível, para evitar o agravamento de lesões já existentes e até
uma paralisia por compressão da medula espinhal.

2. POSICIONE A VÍTIMA: Se a vítima encontra-se inconsciente, ou seja, não


responde, deite-a de costas sobre uma superfície plana e rígida e abra as vias aéreas, elevando
o queixo e inclinando a cabeça para trás (extensão da cabeça).

3. VERIFIQUE SE A VÍTIMA ESTÁ RESPIRANDO: Posicione o seu ouvido sobre a


boca e o nariz da vítima e verifique se ela respira (ver, ouvir e sentir). Tente ouvir e sentir o ar
expirado pela vítima, observando ainda, se o peito está movimentando-se (expansão do tórax).
4. INICIE A RESPIRAÇÃO ARTIFICIAL: Se a vítima não respira, proceda da
seguinte forma:
1) Feche as narinas da vítima com seus dedos (polegar e indicados);
2) Coloque sua boca com firmeza sobre a boca da vítima;

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3) Sopre lentamente até o peito dela encher-se, retire sua boca e deixe o ar sair
livremente.

No socorro de adultos, mantenha a freqüência de 1 ventilação a cada 5 segundos e, 1


ventilação a cada 3 segundos para crianças e 1 sopro bem suave a cada 3 segundos para bebês
(0 a 2 anos). Depois de controlada a situação, transporte a vítima para um hospital. Se não
houver retorno espontâneo da respiração, mantenha a respiração artificial durante todo o
transporte, até a chegada na unidade hospitalar.
Obs.: Sempre que possível, realize a respiração artificial com o auxílio de um
equipamento de proteção (máscara facial), evitando o seu contato direto com a boca da
vítima.
Nos acidentes com suspeita de traumatismo cervical (lesão no pescoço), é importante
que o socorrista mantenha a cabeça e o pescoço da vítima sempre alinhada e imóvel,
movimentando-os com extrema cautela. Nesses acidentes a manobra de extensão da cabeça
deverá ser substituída por outro procedimento, que consiste na projeção para frente, dos
ângulos da mandíbula. A cabeça da vítima deverá permanecer em uma posição neutra.

Técnica da manobra de extensão da cabeça: (método da cabeça inclinada e mandíbula


elevada).

 Deitar a vítima de costas, posicionar-se na altura do tórax.


 Inclinar a cabeça para trás, posicionando uma mão na testa da vítima e dois dedos na
mandíbula que é empurrada para cima (não hiper-estender).
OBS: usar esse método quando a vítima não apresenta lesão de coluna.

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Técnica da manobra modificada: método de empurrar a mandíbula com a cabeça em


posição neutra.

 Deitar a vítima de costas, posicionar-se à frente da parte superior da cabeça desta.


 Colocar as mãos em cada lado da cabeça da vítima.
 Levantar a mandíbula com os dedos indicadores, mantendo a cabeça em posição
neutra (estabilizada).
OBS: usar esse método para vítima com lesão ou suspeita de lesão de coluna.

Técnica para o uso do Sistema Boca a Máscara:

 O socorrista fica ajoelhado atrás da cabeça da vítima;


 Estende a cabeça para abrir as vias aéreas;
 A mascara é posicionada sobre a face da vítima, com o ápice sobre a ponta do nariz e a
base entre os lábios e o queixo;
 Os dedos: indicador, médio e anelar de cada mão segura à mandíbula da vítima,
elevando-a para cima e para frente, enquanto que os polegares são colocados sobre a
parte superior da mascara. A pressão firme entre os polegares e os dedos mantém a
mascara bem selada a face;
 O socorrista inspira profundamente e expira através da abertura da mascara;
 O socorrista remove então sua boca e permite que vítima expire passivamente. O
tempo para cada ventilação é o mesmo que o descrito na técnica boca a boca.

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OBS: a mascara facial pode ser também usada para o socorro de lactentes. Invertendo-
a o ápice fica colado abaixo do queixo do lactente, enquanto que a base cobre a fonte e os
lados da face. O socorrista deve realizar as respirações, com sopros bem suaves.

Respiração boca-nariz:
Colocar a boca sobre o nariz e
feche a boca da vítima. Em crianças
podemos colocar a boca sobre o nariz e a
tomando o cuidado de não expirar com
excessiva pressão.

Parada Cardíaca

A parada cardíaca é definida como uma cessação súbita e inesperada dos batimentos
cardíacos. O coração para de bombear o sangue para o organismo e os tecidos começam a
sofrer os efeitos da falta de oxigênio. O cérebro, centro essencial do organismo, começa a
morrer após cerca de três minutos privado de oxigênio.
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O socorrista deverá identificar e corrigir de imediato a falha no sistema circulatório.
Caso haja demora na recuperação da vítima, esta poderá sofrer lesões graves e irreversíveis.
A compressão torácica externa é eficiente na substituição dos batimentos do coração
por dois motivos principais: primeiro, pelo fato do coração estar situado entre o osso esterno
(que é móvel) e a coluna vertebral (que é fixa) e, segundo, porque o coração quando na
posição de relaxamento, fica repleto de sangue. Portanto, o coração ao ser comprimido pelo
osso esterno expulsa o sangue e depois, ao relaxar-se, novamente se infla, possibilitando uma
circulação sangüínea suficiente para o suporte da vida.
Em caso de parada cardíaca, o socorrista deverá seguir as instruções abaixo:
1. Posicione a vítima deitada sobre uma superfície plana e rígida;
2. Verifique o pulso na artéria carótida (no pescoço) para certificar-se da ausência de
batimentos cardíacos. Somente inicie a compressão torácica externa quando não houver
pulso;
3. Localize a borda das costelas e deslize os dedos da mão esquerda para o centro do tórax,
identificando por apalpação o final do osso esterno (apêndice xifóide). Marque dois dedos
a partir do final do osso esterno e posicione sua mão direita logo acima deste ponto, bem
no meio do peito da vítima. Coloque a sua mão esquerda sobre a direita e inicie as
compressões.
A compressão cardíaca é produzida pela compressão vertical para baixo, exercida
através de ambos os braços do socorrista, comprimindo o osso esterno sobre o coração da
vítima. A compressão torácica externa deve ser realizada com os braços esticados usando o
peso do corpo do socorrista. Não esqueça que você deve realizar as compressões junto com a
respiração de boca a boca.
Se estiver sozinho, socorrendo uma vítima, dê dois sopros (ventilações) e faça trinta
compressões, num ritmo de aproximadamente cem compressões por minuto. Se o socorro for
em dupla, para cada duas ventilações dadas pelo primeiro socorrista, o segundo deve executar
trinta compressões (ritmo também de aproximadamente 100 por minuto). Com dois
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socorristas, a ressuscitação cardiopulmonar (RCP) deve ser realizada com um socorrista
posicionado de cada lado da vítima, podendo os mesmos, trocar de posição quando
necessário, sem, no entanto interromper a freqüência de compressões e ventilações.
O pulso carotídeo deve ser apalpado periodicamente durante a realização da RCP, a
fim de verificar se houve o retorno dos batimentos cardíacos. Verifique o pulso após cinco
ciclos de RCP. Não demore mais que 5 segundos para verificar o pulso para não comprometer
o ritmo das compressões.
A compressão e a descompressão devem ser ritmadas e de igual duração. A palma da
mão do socorrista não deve ser retirada de sua posição sobre o osso esterno, porém a pressão
sobre ela não precisa ser feita, de forma que possa retornar a sua posição normal.
Em crianças, a compressão torácica (massagem cardíaca externa) deve ser realizada
com apenas uma das mãos posicionada sobre o meio do peito da vítima, no terço inferior do
osso esterno. No socorro de bebês, o socorrista deve apalpar o pulso na artéria braquial, e
realizar a massagem cardíaca com apenas dois dedos. Comprimir o peito do bebê, um dedo
abaixo da linha entre os mamilos.
Qualquer vítima inconsciente deverá ser colocada na posição de recuperação. Esta
posição impede que a língua bloqueie a passagem do ar. O fato de a cabeça permanecer numa
posição ligeiramente mais baixa do que o resto do corpo facilita a saída de líquidos da boca da
vítima. Isto reduz o risco de aspiração de conteúdos gástricos. A cabeça e a região dorsal
(coluna vertebral) devem ficar alinhadas, enquanto os membros dobrados mantêm o corpo
apoiado em posição segura e confortável.

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As complicações mais comuns produzidas por manobras inadequadas de RCP são as


seguintes:
1. A vítima não está posicionada sobre uma superfície rígida;
2. A vítima não está em posição horizontal (se a cabeça está elevada, o fluxo sanguíneo
cerebral ficará deficitário);
3. As vias aéreas não estão permeáveis;
4. A boca ou máscara não está apropriadamente selada na vítima e o ar escapa;
5. As narinas da vítima não estão fechadas;
6. As mãos foram posicionadas incorretamente ou em local inadequado sobre o tórax;
7. As compressões são muito profundas ou demasiadamente rápidas (não impulsionam
volume sangüíneo adequado);
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8. A razão entre as ventilações e compressões é inadequada;
9. A RCP deixa de ser executada por mais de 5 segundos (alto risco de lesão cerebral).

As manobras da RCP não são indicadas nas vítimas que se encontram em fase terminal de
uma condição irreversível e incurável, mas uma vez iniciada a RCP devemos mantê-la até
que:
1. Haja o retorno espontâneo da circulação (retorno do pulso). Continuar a ventilar;
2. Haja o retorno da respiração e da circulação;
3. Pessoal mais capacitado chegar ao local da ocorrência;
4. Socorrista estiver completamente exausto e não conseguir realizar as manobras de
reanimação.

RCP – Lista de Consulta Adultos Crianças Bebês

Parada respiratória com pulso presente ventile a


cada...
5 segundos; 3 segundos; 3 segundos.

Dois dedos acima Um dedo abaixo


do final do osso da linha entre os
Parada cardíaca. Local da compressão... Como no adulto
externo mamilos

Método da compressão sobre o externo... Duas mãos Somente a palma Dois ou três
sobrepostas, com a de uma mão sobre dedos
palma de uma mão o peito
sobre o peito

Numero de compressões por minuto 100 100 100 - 200

Afundamento do externo durante as compressões 3,5 a 5 cm 2,5 a 3,5 cm 1,5 a 2 cm

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por minuto...

Razão entre as compressões e as ventilações...

15X1 5X1 5X1

Contagem das compressões durante a RCP 1e2e3e4e5 1e2e3e4e5 1, 2, 3, 4, 5


ventile, ventile ventile, ventile, ventile

Cuidado: não pratique compressões torácicas em nenhuma pessoa com batimentos cardíacos.

Engasgamento

O engasgamento ou sufocação pode ser definido como uma obstrução total ou parcial
das vias aéreas, obstrução esta, provocada pela presença de um corpo estranho.
Na obstrução total das vias aéreas a vítima não consegue tossir, falar ou respirar.
Em caso de engasgamento ou sufocação, auxilie a vítima prestando o socorro da forma
que segue:

1. Se a vítima está consciente, de pé ou sentada, posicione-se por trás dela e coloque seus
braços ao redor da cintura da vítima. Segure um dos punhos com a sua outra mão,
colocando o polegar contra o abdome da vítima, entre o final do osso esterno
(apêndice xifóide) e o umbigo. De então repetidos puxões rápidos para dentro e para
cima, a fim de expelir o corpo estranho. Repita os movimentos até conseguir
desobstruir as vias aéreas da vítima, ou então, até ela ficar inconsciente.
2. Se a vítima está inconsciente, deite-a de costas e posicione-se sobre o seu quadril.
Coloque a palma de uma de suas mãos contra o abdome da vítima, cerca de 4 dedos
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acima do umbigo. Com a outra mão sobre a primeira, comprima 5 vezes contra o
abdome da vítima com empurrões rápidos para cima. Depois abra a boca da vítima e
pesquise a presença do corpo estranho. Se esse aparecer na boca, retire-o com seu
dedo. Se não, providencie uma ventilação e se o ar não passar, reposicione a cabeça e
ventile novamente. Se a obstrução persiste repita o procedimento novamente, até
conseguir expulsar o objeto que causa a obstrução respiratória.
3. Lactentes devem ser virados de cabeça para baixo sobre o braço de um adulto. Dê 5
pancadas firmes no meio das costas da vítima. O socorrista deve posicionar a cabeça
do bebê num nível abaixo do resto do corpo, de forma que o objeto que está sufocando
possa sair das vias aéreas. Vire o bebê e comprima 5 vezes sobre o tórax, em seguida,
tente visualizar o corpo estranho na boca do bebê e remova-o com seu dedo mínimo.
Se o corpo estranho não aparece, repita as manobras de compressão nas costas e sobre
o tórax, até conseguir a completa desobstrução.
OBS: em pessoas extremamente obesas ou em estágio avançado de gravidez, a técnica
de compressão abdominal (manobra de Heimlich) não deve ser executada. Nesses casos,
recomenda-se a compressão sobre a parte inferior do tórax da vítima, ou seja, a substituição
da compressão abdominal por compressão torácica.

Afogamentos

Afogamento é um tipo de acidente muito comum, principalmente no verão, quando a


quantidade de banhistas nas praias e piscinas é bem maior.
Os afogamentos podem ser ocasionados por diversos tipos de acidentes, tais como
mergulhos em águas rasas, abusos de álcool antes de entrar no mar, cãibras ou desmaios
durante a prática de natação em águas profundas, acidentes com veículos aquáticos, etc.

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Afogamento pode ser definido como uma sufocação na água. Esta sufocação pode ser
provocada pela inundação das vias aéreas ou pelo fechamento da glote, estimulada pela
presença de líquidos (espasmo de laringe). Nos dois casos, o resultado final será a asfixia
(hipóxia) resultante da falta de oxigênio. As células nervosas são as primeiras a sofrer com a
privação de oxigênio, morrendo em poucos minutos.
A primeira providência a ser tomada diante de um afogamento é solicitar socorro
especializado.
Os salvamentos não devem ser tentados por pessoas inexperientes que não consigam
ter controle sobre as vítimas em pânico na água. O socorrista deverá realizar o socorro de uma
vítima de afogamento, seguindo sempre a seqüência descrita abaixo:
1) Jogar um objeto flutuante para a vítima ou tentar segurá-la com uma corda, remo ou
galho;
2) Se não obtiver êxito, tentar alcançá-la com um bote ou outro tipo de embarcação;
3) Apenas quando tais tentativas já tiverem sido feitas e se o socorrista for capaz de fazê-
lo tentar o salvamento através da natação.

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Em caso de afogamento seguido de parada respiratória, o socorrista deverá iniciar o
socorro aplicando a ventilação artificial o mais rápido possível, mesmo antes da vítima ter
sido retirada da água. Se for necessária a ressuscitação cardiopulmonar, esta deverá ser
iniciada assim que a vítima estiver deitada sobre uma superfície rígida, com o pescoço
estabilizado.
A retirada de uma pessoa da água, quando há suspeita de lesão de coluna (provocada
por um mergulho em local raso ou acidente com embarcação) envolve os mesmos princípios
de socorro usados em qualquer outra vítima que apresente igualmente suspeita de tal lesão.
Geralmente a vítima com lesão na coluna é encontrada dentro da água, inconsciente e em
decúbito ventral. O socorrista deverá socorrer a vítima desvirando-a, com o cuidado de não
mobilizar sua cabeça e pescoço. A avaliação do acidentado é realizada ainda dentro da água, e
se não há respiração, deverão ser iniciadas imediatamente as manobras de respiração artificial.
Com o auxílio de um segundo socorrista, a vítima deve ser imobilizada em uma maca rígida e
posteriormente, transportada para um hospital. Se não houver o retorno da respiração
espontânea, a respiração artificial deverá ser mantida durante todo o resgate e transporte da
vítima.
Os vômitos nos afogados submetidos à RCP permanecem como principal fator de
complicação durante e após a ressuscitação. Ao contrário do que se preconizavam anos atrás,
a posição da vítima de afogamento em água salgada e que necessita manobras de
ressuscitação na areia, deve ser paralela à linha do mar, de forma a evitar vômitos e
aspirações, que ocorrem com maior freqüência com a posição cefálica mais baixa. A
indicação anterior objetivava drenar água dos pulmões da vítima por gravidade, mas não é
mais recomendada.

Parto de Emergência

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A grande maioria dos partos se resolve espontaneamente, apenas sendo assistidos pelo
médico ou obstetra. Haverá situações em que o parto acontecerá antes de a parturiente chegar
ao hospital, ou mesmo a caminho dele. Nestes casos, deve-se estar treinado para assistir
(acompanhar) ao parto.
No final da gestação, a parturiente começa a apresentar sinais e sintomas que são
indicativos do início do trabalho de parto.

Identificação do parto iminente:


 Construções regulares a cada 2 minutos;
 Visualização da cabeça do bebê no canal de nascimento;
 Saída de água pela vagina (ruptura da bolsa das águas);
 Gestante multípara, com vários partos normais;
 Nestas condições, o parto está se iniciando.

Procedimentos gerais:
 Sem expor a parturiente, ela deverá estar livre de todas as vestimentas que possam
obstruir o canal de nascimento;
 Em hipótese alguma o processo de nascimento do bebê poderá ser impedido, retardado
ou acelerado;
 Sempre o marido, os pais ou outro parente próximo deverá acompanhar o tempo todo,
a parturiente;
 Não permitir a presença de curiosos. Procurar ser o mais discreto possível e manter ao
máximo a privacidade da gestante;
 Não permitir que a gestante vá ao banheiro se é constatado os sinais do parto iminente.

Procedimentos específicos:

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 Colocar a parturiente deitada de costas, com os joelhos elevados e as pernas afastadas
uma da outra e pedir-lhe para conter a respiração, fazendo força de expulsão cada vez
que sentir uma contração uterina;
 Quem vai assistir ao parto deverá lavar bem as mãos;
 À medida que o parto progride, ver-se-á cada vez mais a cabeça do feto em cada
contração. Deve-se ter paciência e esperar que a natureza prossiga o parto; nunca se
deve tentar puxar a cabeça da criança para apressar o parto;
 À medida que a cabeça for saindo, deve-se apenas ampará-la com as mãos, sem
imprimir nenhum movimento, que não o de sustentação;
 Depois de sair totalmente, a cabeça da criança fará um pequeno movimento de giro e,
então, sairão rapidamente os ombros e o resto do corpo. Sustentá-lo com cuidado.
Nunca puxar a criança, nem o cordão umbilical; deixar que a mãe expulse
naturalmente o bebê;

 Após o nascimento da criança, limpar apenas o muco do nariz e a boca com gaze ou
pano limpo e assegurar-se de que começou a respirar. Se a criança não chorar ou
respirar, segurá-la de cabeça para baixo, pelas pernas, com cuidado para que não
escorregue, e dar alguns tapinhas nas costas para estimular a respiração. Desta forma,
todo o líquido que estiver impedindo a respiração sairá;

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 Se o bebê ainda assim não respirar, fazer respiração artificial delicadamente,
insuflando apenas o volume suficiente para elevar o tórax da criança, como ocorre em
um movimento respiratório normal;
 Não há necessidade de cortar o cordão umbilical, se o transporte para o hospital
demorar menos de 30 minutos. Porém, se o tempo de transporte for superior a 30
minutos, deitar a criança de costas e, com um fio previamente fervido, fazer nós no
cordão umbilical: o primeiro a aproximadamente quatro dedos da criança (10 cm) e o
segundo nó distante a 5 cm do primeiro. Cortar entre os dois nós com uma tesoura,
lâmina ou outro objeto esterilizado;
 O cordão umbilical sairá junto com a placenta, cerca de 20 minutos após o
nascimento;
 Após a saída da placenta, deve-se fazer massagem suave sobre o abdome da
parturiente para provocar a contração do útero e diminuir a hemorragia que é normal
após o parto;
 Transportar a mãe e a criança ao hospital para complementação assistencial médica.
Deve-se também transportar a placenta para o médico avaliar se ela saiu
completamente.

Telefones Úteis Defesa Civil: 199*


Policia Civil: 147* Ser. de Intermediação Surdo/Ouvinte: 1402
Policia Militar: 190* SOS Criança: 1407*
Pronto Socorro – Ambulância: 192* Disque DETRAN: 1514

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Bombeiros: 193* Disque Saúde: 1520
Acidentes de Trânsito: 194* OBS: *SERVIÇO NÃO TARIFADO
Emergência (falta de energia): 0800196196*

Referências Bibliográficas

Rosemberg, S. N.; Livro de Primeiros Socorros; Record.

Santos, Canetti Brito; Manual de Socorros de Emergências; Atheneu.

Trevilato, Gerson; Guia Prático de Primeiros Socorros; Casa.

http://www.brigadamilitar.rs.gov.br

http://www.saudeemmovimento.com.br

http://www.drgate.com.br

Brunner, S.C.S.; Suddarth, B.G.B.; Tratado de Enfermagem Médico Cirúrgica; 10 ed., Rio
de Janeiro, Guanabara Koogan 2005.

Revista Cientifica Currents; volume 16, numero 4, dez / 05 – fev / 06.

Programa de Formação de Profissionais de Nível Técnico para a Área da Saúde no Estado


de São Paulo.

American Heart Association. Suporte Avançado de Vida em Cardiologia.

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Agradecimentos

Agradecemos a toda equipe do Colégio Técnico São Bento e em especial à Professora


Marleide de Souza Pontes que participou da revisão desta apostila.

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