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ATENDIMENTO DE ENFERMAGEM EM EMERGÊNCIA E


URGÊNCIA TRAUMÁTICA

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Sumário
NOSSA HISTÓRIA ........................................................................................4
1.1- METODOLOGIA ...................................................................................7
1- APRESENTAÇÃO ................................................................................9
2- DEFINIÇÃO ..........................................................................................9
3- COMPONENTES ................................................................................10
UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE OU UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA
(ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA, NÚCLEOS DE APOIO À
SAÚDE DA FAMÍLIA E PROGRAMA DE SAÚDE NA ESCOLA) –
SALA DE OBSERVAÇÃO: ..............................................................11
6 A AB deve também: ..............................................................................12
- COMPONENTE MÓVEL DE URGÊNCIA (PRÉ- HOSPITALAR/SAMU
192 EOUTROS):..............................................................................12
- SALAS DEESTABILIZAÇÃO: .............................................................13
 Serão procedimentos da sala deestabilização:...................................13
- UNIDADES DE PRONTO ATENDIMENTO (UPA 24 HORAS), SALAS
DE ESTABILIZAÇÃO, PRONTO SOCORROS DE HOSPITAIS
GERAIS E SERVIÇO DE URGÊNCIA 24HORAS: ..........................14
- HOSPITAIS COM HABILITAÇÃO EM CENTRO DE TRAUMA TIPO I,
II EIII: ...............................................................................................15
ATENÇÃO DOMICILIAR ..........................................................................15
REABILITAÇÃO (AMBULATORIAL E HOSPITALAR) A ..........................17
ENFERMARIAS DE LONGA PERMANÊNCIA .........................................19
SERVIÇO DE REINTEGRAÇÃO SOCIAL................................................20
CENTRAIS DE REGULAÇÃO MUNICIPAIS E ESTADUAIS ...................20
ATENÇÃO ESPECIALIZADA HOSPITALAR .........................................21
UNIDADES DE ATENÇÃO ESPECIALIZADA .......................................21
4- CRITÉRIOS PARA HABILITAÇÃO DE CENTROS DE TRAUMA .....22
5- REQUERIMENTO DE HABILITAÇÃO DE CENTROS DE TRAUMA .36
6 MONITORAMENTO EAVALIAÇÃO ....................................................39
6.1 AÇÕES DAENFERMAGEM................................................................40
Acolhimento e Classificação de Risco: .....................................................40
Suporte Básico (SBV) e Avançado de Vida (SAV): ..................................40
Atendimento à Vítima de Trauma: ............................................................41
Assistência ao Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) e ao Acidente Vascular
Encefálico (AVE): ............................................................................41

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Assistência às Emergências Obstétricas: ................................................41


6.2 ESCALA DEGLASGOW .....................................................................42
Inclusão da reatividade pupilar nos critérios de avaliação: ......................42
Mudança no score total: 1 a 15 pontos: ...................................................43
6.3 CONCLUSÃO .....................................................................................44
6.4 REFERÊNCIAS: .................................................................................45

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NOSSA HISTÓRIA

A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, em


atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-Graduação.
Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo serviços educacionais
em nível superior.

A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de


conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no
desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. Além de
promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem
patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicação ou outras
normas de comunicação.

A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma confiável


e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base profissional e ética.
Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições modelo no país na oferta de
cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, excelência no atendimento e valor do
serviço oferecido.

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1- INTRODUÇÃO
A urgência é caracterizada como um evento grave, que deve ser
resolvido urgentemente, mas que não possui um caráter imediatista, ou seja,
deve haver um empenho para ser tratada e pode ser planejada para que
este paciente não corra risco demorte.

A emergência é uma situação gravíssima que deve ser tratada


imediatamente, caso contrário, o paciente vai morrer ou apresentará uma
sequela irreversível.

Os profissionais de enfermagem devem estar atentos e preparados


para atuarem em situações de urgência e emergência, pois a capacitação
profissional, a dedicação e o conhecimento teórico e prático, irão fazer a
diferença no momento crucial do atendimento ao paciente. Muitas vezes
estas habilidades não são treinadas e quando ocorre a situação de
emergência, o que vemos são profissionais correndo de uma lado para outro
sem objetividade, com dificuldades para atender o paciente e ainda com
medo de aproximar-se da situação.

Por outro lado, quando temos uma equipe treinada, capacitada e


motivada, o atendimento é realizado muito mais rapidez e eficiência,
podendo na maioria das vezes, salvar muitas vidas.A enfermagem trabalha
diariamente com pacientes em risco de morte e que dependem deste
cuidado para que mantenham suas vidas. As ações da equipe de
enfermagem visam sempre à assistência ao paciente da melhor forma
possível, expressando assim, a qualidade e a importância da nossa
profissão.

Estudar, capacitar, praticar são ações essenciais para o


desenvolvimento profissional de enfermeiros, técnicos e auxiliares de
enfermagem, portanto estar preocupado com as ações desenvolvidas no dia
a dia de trabalho é fundamental. Neste contexto, a enfermagem participa de
todos os processos, tanto na urgência quanto na emergência. São diversos

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locais onde os profissionais de enfermagem podem atuar como, por


exemplo: Unidade de atendimento pré hospitalar, Unidade de saúde 24hs,
Pronto Socorro, Unidade de Terapia Intensiva, Unidade de dor Torácica,
Unidade de Terapia intensiva Neo Natal, Unidade deInternação.

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1.1- METODOLOGIA
Para o cuidado zeloso, autêntico, é preciso compreender aquele que
será cuidado. Isso requer um perscrutar atento do cuidador sobre a
experiência existencial do ser que precisa do cuidado. Exige, sobretudo,
saber perguntar e refletir sobre o que foi revelado. Acreditando nos
fundamentos da fenomenologia, as autoras vêm buscando construir uma
metodologia para a arte de cuidar em enfermagem. Inspiradas nessa visão,
procuram desenvolver habilidades de um pensar e de um fazer
fenomenológico para ser-com-o-outro num modo autêntico de solicitude.
Neste trabalho, são apresentadas reflexões sobre a compreensão do ser-
paciente e sobre uma metodologia do cuidado, para que respaldem o(a)
enfermeiro(a) em seu cotidiano.

A Enfermagem é tida como uma atividade humana que possibilita a


reprodução da existência e a satisfação de necessidades materiais e não-
materiais. Como toda atividade humana pressupõe determinações históricas
e sociais¹, o Enfermeiro por sua formação e atuação profissional desenvolve
papéis nos âmbitos: educativo, gerencial, na coordenação e implementação
da assistência de Enfermagem ao binômio paciente, família e comunidade.
Para a prestação do cuidado o Enfermeiro deve fazer uso de algumas
metodologias, pois este é um profissional que tem conhecimento
técnico/científico voltado para o cuidado².

Na saúde pública, foi implantando pelo Ministério da Saúde em 1994


o Programa Saúde da Família (PSF), que é uma estratégia de reorientação
do modelo assistencial, operacionalizada mediante a implantaçãode

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equipes multiprofissionais em unidades básicas de saúde (UBS). As equipes


atuam com ações de promoção da saúde, prevenção, recuperação,
reabilitação de doenças e agravos mais freqüentes, e na manutenção da
saúde desta comunidade .

O Enfermeiro, como integrante desta equipe, tem como principais


atribuições: realizar cuidados diretos de enfermagem, fazendo a indicação
para a continuidade da assistência prestada; consulta de enfermagem,
solicitar exames complementares, prescrever/transcrever medicações,
estabelecidos em programas de saúde pública; planejar, gerenciar,
coordenar, executar e avaliar a Unidade de Saúde da Família (USF);
supervisão e coordenação das ações dos Agentes Comunitários de Saúde e
dos técnicos de enfermagem.

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1- APRESENTAÇÃO

A Secretaria de Atenção à Saúde (SAS) do Ministério da Saúde (MS)


tem entre suas Redes Temáticas prioritárias a Rede de Atenção às
Urgências e Emergências (RUE), dela fazendo parte a Linha de Cuidado ao
Trauma. A Portaria no 1.600, de 07 de julho de 2011, reformula a Política
Nacional de Atenção às Urgências e institui a Rede de Atenção às Urgências
no Sistema Único de Saúde (SUS). A organizaçãoo da RUE tem a finalidade
de articular e integrar todos os equipamentos de saúde, objetivando ampliar
e qualificar o acesso humanizado e integral aos usuários em situação de
urgência e emergência nos serviços de saúde, de forma ágil e oportuna. A
Linha de Cuidado ao Trauma propõem reduzir a morbimortalidade pelo
trauma no Brasil, por meio de ações de vigilância, prevenção e promoção da
saúde e através da implantação da Linha de Cuidado ao Trauma na RUE, a
fim de incrementar e implementar a Rede de Atenção às Urgências e
Emergências e estabelecer a Rede de Atendimento Hospitalar ao Trauma,
objetivando ampliar e qualificar o acesso humanizado e a atenção integral ao
paciente traumatizado. O objetivo deste Manual Instrutivo é esclarecer e
apoiar os gestores, trabalhadores e usuários do SUS no que diz respeito ao
conceito, critérios de adesão, implantação, financiamento e
operacionalização da Linha de Cuidado ao Trauma naRUE.

2- DEFINIÇÃO
Entende-se por Linha de Cuidado ao Trauma o processo integrado de
atenção ao paciente vítima de trauma, que articula os pontos de atenção da
RUE, com vistas à prevenção dos agravos, garantia de padrões adequados
de acessibilidade aos recursos tecnológicos, à gravidade dos casos e à
continuidade do cuidado, com atribuição prévia de responsabilidades
assistenciais e mecanismos de regulação, coordenação, comunicação e
transporte sanitário entre os diversos serviços e respectivos gestores.

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3- COMPONENTES

Dentro do conceito de atenção ao paciente vítima de trauma devem estar


previstas a educação popular em saúde, as ações da Atenção Básica, os
Serviços de Urgência/Emergência (hospitalares, componentes fixos e
móveis), os Centros de Trauma, a Reabilitação, Cuidado Ambulatoriais e a
Reintegração Social. A Linha de Cuidado ao Trauma objetiva proporcionar
cuidado integral e continuado, promovendo a transferência entre os pontos
de atenção à saúde, tendo como pressuposto que todos têm fundamental
relevância no fluxo da Linha de Cuidado. Ainda, esta Linha de Cuidado
sustenta a inquestionável relevância do papel exercido das ações de
educação coletiva em saúde e da otimização do controle adequado dos
fatores de risco na tentativa de redução da incidência do trauma.
Considerando a necessidade da rápida identificação da gravidade do trauma
que um paciente sofreu, a rápida resolução de quadros clínicos de risco de
perder a vida e reduzir sequelas, além da necessidade de estabelecer na
RUE Centros de Atendimento ao Trauma por complexidade, possibilitando a
resolução integral da demanda ou transferindo-a, responsavelmente, para
um serviço de maior complexidade, dentro de um sistema hierarquizado e
regulado, definem-se como constituintes da Linha de Cuidado ao Trauma os
seguintes componentes:

 Unidades de Atenção Básica à Saúde (Sala deObservação);


 Componente Móvel de Urgência (Pré-hospitalar / SAMU
192);Sala de Estabilização(SE);
 Unidades de Pronto Atendimento (UPA 24horas) e Pronto-
Socorros de hospitaisgerais (não referenciados para
atendimento ao Trauma); Hospitais com habilitação em Centro
de Trauma (CT) Tipo I, Tipo II e Tipo III aospacientes vítimas
detrauma;

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 AtençãoDomiciliar; Serviços de Reabilitação Ambulatorial e


Hospitalar;Enfermaria de longapermanência;
 Serviços de ReintegraçãoSocial;
 Centrais deRegulação;
 5 Centros de informações toxicológicas; Atenção
Especializada Hospitalar;Unidades de AtençãoEspecializada;

É essencial que as diretrizes de atenção ao paciente vítima de trauma


sejam definidas e pactuadas pelos diferentes componentes da Linha de
Cuidado, de forma a uniformizar o cuidado e permitir o acesso de todos os
pacientes às terapias estabelecidas, respeitando as diferenças regionais.
Com o objetivo de incentivar a definição de papéis e missões entres os
serviços de saúde para atender as necessidades da Rede, destaca-se a
seguir algumas especificidades de atenção ao trauma nos pontos de
atenção daRUE.

UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE OU UNIDADE DE SAÚDE DA


FAMÍLIA (ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA, NÚCLEOS DE APOIO À
SAÚDE DA FAMÍLIA E PROGRAMA DE SAÚDE NA ESCOLA) – SALA DE
OBSERVAÇÃO:

A Atenção Básica (AB) caracteriza-se por um conjunto de ações de


saúde, no âmbito individual e coletivo, que abrange a promoção e a proteção
da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a
reabilitação, redução de danos e a manutenção da saúde com o objetivo de
desenvolver uma atenção integral à saúde da população de sua área de
abrangência.

A ação da AB na Linha de Cuidado ao Trauma vai além do evento


agudo. A equipe da Unidade Básica de Saude - UBS deve realizar ações, no
âmbito individual e coletivo, para promoção e prevenção de acidentes e
agravos. Dentre os temas para abordagem aos pacientes de vítimas de
trauma, devem ser ressaltados como será e quando será necessário acionar

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Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), enfatizando para que o


usuário saiba a importância de procurar os serviços de saúde nos primeiros
momentos pós-acidente, possibilitando o tratamento em tempo oportuno.

Na abordagem do evento agudo, quando o usuário procura a unidade


com queixas sugestivas de trauma ou violência, a equipe deve realizar o
primeiro atendimento, acolher e classificar o risco da urgência, bem como
avaliar sinais vitais, fazer exame neurológico e, após isso entrar em contato
com a Central de Regulação de Urgência (ou Serviço de Urgência) para
encaminhamento do usuário quando indicado.

6 A AB deve também:

 Promover ações de prevenção aotrauma;


 Realizar acolhimento com classificação de risco e
vulnerabilidade aos usuáriosvítimas de trauma, realizando a
devida avaliação, manejo inicial do caso e encaminhamento,
seguindo o fluxo pactuado de referência e contra referência, se
houver necessidade, e de acordo com acomplexidade;
 Garantir a retaguarda de transporte de urgência para
encaminhamento adequado dopaciente ao serviço de
referência, quandonecessário.

- COMPONENTE MÓVEL DE URGÊNCIA (PRÉ-


HOSPITALAR/SAMU 192 EOUTROS):

 Acolher as chamadas de causa traumática da população por


meio do númerouniversal de acesso gratuito 192;
 Configurar-se como principal direcionador do fluxo regulatório da
urgência;
 Dispor de Central de Regulação para encaminhamento imediato
dos pacientestraumatizados aos hospitais habilitados para o
atendimento de acordo com a complexidadeexigida;

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 Manter comunicação contínua entre o transporte e a unidade


receptora;
 Utilizar protocolo unificado de cuidado pré-hospitalares,
conforme as diretrizesclínico-assistenciais definidas pelo
Ministério da Saúde(MS);
 Capacitar as equipes de atendimento móvel deurgência:
 Unidade de SuporteAvançado (USA), Unidade de Suporte
Básico (USB), Veículo de Intervenção Rápida (VIR),
ambulancha, aeromédico e motolância; Integrar sistema de
regulação com o de informação e registro detrauma;
 Atuar de forma articulada com os demais pontos de atenção ao
trauma.

- SALAS DEESTABILIZAÇÃO:

 Fornecer retaguarda aos pacientes críticos e graves atendidos


em regime deurgência, em localidades de vazio assistencial e
que o encaminhamento sem estabilização prévia incorra em
risco devida;
 Realizar atendimentos e procedimentos médicos e de
enfermagem adequados aoscasos críticos ou de maior
gravidade, estabilizando os pacientes, para encaminhamento
rápido para os Centros deTrauma;
 Encaminhar os pacientes, após estabilização clínica, para
internação em serviçoshospitalares, por meio do Complexo
Regulador/Regulação de Urgência, ou para as Portas de
Urgência referenciadas pela Central de Regulação das
Urgências;
 Serão procedimentos da sala deestabilização:
 - Manutenção das vias aéreas;
 - Respiração e ventilação;-

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 Circulação e controle dehemorragia;


 - Imobilizaçãocervical;
 Avaliação neurológica;-
 Exposição do paciente para avaliação completa; - Controle da
hipotermia.
 Prover atendimento e/ou referência adequados ao serviço de
saúdehierarquizado,
 regulado e integrado à RUE da região, a partir da complexidade
clínica e traumática dousuário;
 Referenciar e contrarreferenciar os pacientes para os demais
serviços de atençãointegrantes da Rede de Atenção à Saúde,
proporcionando continuidade no tratamento com impacto
positivo no quadro de saúde individual ecoletivo;
 Solicitar retaguarda técnica ao SAMU 192 e a UPA de
referência, sempre que agravidade/complexidade dos casos
ultrapassarem a capacidade instalada daSE.

- UNIDADES DE PRONTO ATENDIMENTO (UPA 24 HORAS),


SALAS DE ESTABILIZAÇÃO, PRONTO SOCORROS DE HOSPITAIS
GERAIS E SERVIÇO DE URGÊNCIA 24HORAS:

 Serem integrantes e componentes da RUE, além de contarem


com estrutura decomplexidade intermediária para o
atendimento do usuário vítima detrauma.
 A estratégia visa atendimento inicial do paciente e está
diretamente relacionada ao trabalho do Componente Móvel de
Urgência, que organiza o fluxo de atendimento e encaminha o
paciente ao serviço de saúde adequado àsituação;
 Oferecer acolhimento e atendimento de Urgência e
Emergência, com classificaçãode risco, aos pacientes vítimas
detraumaquederementradanoServiço,comresolutividade

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nos casos de menor complexidade e encaminhamento com


garantia de atendimento ao serviço especializado (via
regulação);
 Encaminhar os casos de maior complexidade para os Hospitais
com habilitação emCentro de Atendimento ao Trauma tipo I, II
e III, por meio das Centrais de Regulação das Urgências –
Complexo Regulador, após realização de procedimentos
mínimos deestabilização.

- HOSPITAIS COM HABILITAÇÃO EM CENTRO DE TRAUMA


TIPO I, II EIII:

 São estabelecimentos hospitalares integrantes da RUE,


que desempenham o papelde referência especializada
para atendimento aos pacientes vítimas de trauma. Para
fins de implementação e financiamento, os Centros serão
habilitados pelaCoordenação Geral da Média e da Alta
Complexidade/Departamento de Atenção
Especializada/Secretaria de Atenção à Saúde/ Ministério
da Saúde, por meio de Portaria específica a ser
publicada.

ATENÇÃO DOMICILIAR

Caracteriza-se por um conjunto de ações de promoção à


saúde, prevenção e tratamento de doenças e reabilitação prestadas
em domicílio, com garantia de continuidade de cuidados e integrada
às Redes de Atenção àSaúde.

A Atenção Domiciliar pode ser realizada por equipes de saúde


que atuam no conjunto dos pontos de atenção que compõem a rede,
principalmente pelas Equipes de Atenção Básica (ESF/NASF) e
Equipes de Atenção Domiciliar, que devem ofertar suporte clínico e

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acompanhamento domiciliar aos usuários que têm indicação deste


tipo de cuidado, dentre eles, os usuários vitima de trauma com maior
dependência, maior dificuldade de transporte, com maiores riscos de
complicações e/ou que possuem a indicação de finalizar seu
tratamento em domicílio. De acordo com a Pt. GM/MS 2.527 de 27 de
outubro de 2011, os Serviços de Atenção Domiciliar - SAD são
compostos pelas Equipes Multidisciplinares de Atenção Domiciliar
(EMAD) e pelas Equipes Multidisciplinares de Apoio(EMAP).

As EMAD são 9 formadas por médicos, enfermeiros,


fisioterapeuta e/ou assistente social e auxiliares/técnicos de
enfermagem; e as EMAP, por, no mínimo, três profissionais de nível
superior, entre as seguintes categorias profissionais: assistente social,
fisioterapeuta, nutricionista, fonoaudiólogo, psicólogo, terapeuta
ocupacional e farmacêutico. A lógica do trabalho destas equipes deve
ser centrada na família, no cuidador e no usuário, como uma tríade de
estreita relação, para garantia de respostas concretas às
necessidades dos usuários.

A Atenção Domiciliar, enquato modalidade de cuidado e


componente da Rede de Atenção às Urgências - RUE, tem como
objetivo reduzir a demanda por atendimento hospitalar e/ou redução
do período de permanência dos pacientes traumatizados internados,
além da humanização da atenção e a ampliação da autonomia dos
usuários. O cuidado pode ser desenvolvido de acordo com o tipo de
serviço que a indica, em:

- Pré-hospitalar:quando a Atenção Domiciliar é indicada


como alternativa à internação hospitalar. Neste caso, os
profissionais que atuam nas portas de urgência e emergência
têm o papel de indicar os cuidados no domiciílio e acionar a
EMAD para a condução docaso.

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- Pós-hospitalar:quando a Atenção Domiciliar é


indicada como alternativa segura e preferível para dar
continuidade aos cuidados iniciados no hospital durante uma
internação hospitalar. Neste caso, as equipes de Atenção
Domiciliar podem realizar ações de busca-ativa dos usuários
internados ou a equipe que trabalha no hospital pode indicar a
AD e acionar a EMAD para a condução do caso, realizando
uma alta programada.

Nesse sentido, as equipes que compõem os Serviços de


Atenção Domiciliar têm o papel de, além de cuidar dos
pacientes no domicílio, auxiliar na gestão do cuidado dos
mesmos e realizar a articulação dos pontos de atenção, de
modo a ampliar a resolutividade e a integralidade do cuidado.

REABILITAÇÃO (AMBULATORIAL E HOSPITALAR) A


Linha de Cuidado do Trauma deve oferecer o acesso à
reabilitação dos pacientes vítimas de traumatismo que
apresentarem sequelas físicas, auditivas, intelectuais ou
visuais, sejam elas temporárias ou permanentes, progressiva,
regressiva, ou estável; intermitente e contínua; severa e em
regime de tratamento intensivo.

Neste sentido, a Rede de Cuidado à Pessoa com


Deficiência – Viver sem Limites, fundamentalmente os serviços
especializados de reabilitação, bem como as equipes de
reabilitação hospitalares devem ser acionadas com o intuito de
promover os cuidados necessários para a melhoria da
funcionalidade, por meio de medidas de prevenção da perda
funcional, de redução do ritmo da perda funcional, da melhora
ou recuperação da função; da compensação da função perdida;
e da manutenção da função atual.

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As ações reabilitação/habilitação devem ser executadas


por equipes multi e interdisciplinares e desenvolvidas a partir
das necessidades de cada indivíduo e de acordo com o
impacto da deficiência sobre suafuncionalidade.

Funcionalidade é um termo que indica os aspectos


positivos da interação entre um indivíduo (condição de saúde)e
seus fatores contextuais (ambientais e pessoais). De maneira
similar, a incapacidade refere-se a um termo genérico para
deficiências, limitações de atividades e restrições de
participação, indica, portanto, os aspectos negativos da
interação de um indivíduo (com uma condição de saúde) e
seus fatores contextuais, ambientais e pessoais. Deficiência e
atividade norteiam o processo de reabilitação, enquanto a
primeira trata de uma anormalidade de uma estrutura do corpo
ou função fisiológica, a segunda mostra o contexto da tarefa ou
ação de um indivíduo, ou seja, a perspectiva individual da
funcionalidade.

O olhar da reabilitação no contexto da funcionalidade


amplia os horizontes e contextualiza o indivíduo, a família, a
comunidade em uma perspectiva mais social, privilegiando
aspectos relacionados à inclusão social, o desempenho das
atividades e a participação do indivíduo na família, comunidade
e sociedade.

Os pontos de atenção do componente de Atenção


Especializada em Reabilitação Auditiva, Física, Intelectual,
Visual, Ostomia e em Múltiplas Deficiências devem produzir,
em conjunto com o usuário, seus familiares e acompanhantes,
e de forma matricial na Rede de Atenção à Saúde, um Projeto
Terapêutico Singular (PTS), baseado emavaliações

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multidisciplinares das necessidades e capacidades das


pessoas com deficiência, incluindo dispositivos e tecnologias
assistivas, e com foco na produção da autonomia e o máximo
de independência em diferentes aspectos davida.

Além disso, é fundamental o estabelecimento de fluxos


e práticas de cuidados à saúde contínua, coordenada e
articulada entre os diferentes pontos de atenção da Rede de
Cuidado às Pessoas com Deficiência em cadaterritório.

 O componente de Atenção Especializada em


Reabilitação é constituído dos seguintes Pontos
deAtenção:
 Serviços de Saúde Habilitados em uma
modalidade deReabilitação;
 Centros Especializados em Reabilitação (CER II,
III eIV);
 Serviços de apoio – OficinasOrtopédicas.




ENFERMARIAS DE LONGA PERMANÊNCIA

As enfermarias de longa permanência se constituem


como unidades intermediárias entre os cuidados
hospitalares de caráter agudo e crônico reagudizado e a
atenção básica, prévia ao retorno do paciente ao
domicílio.

Têm como objetivo a recuperação clínica e funcional, a


avaliação e a reabilitação integral da pessoa com perda
transitória ou permanente de autonomia potencialmente
recuperável de forma parcial ou total e que não

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necessite de cuidados hospitalares intensivos e em


estágio agudo.

São considerados pacientes em situação de perda de


autonomia aqueles com limitações físicas, funcionais,
neurológicas e/ou motoras, restritos ao leito, ou qualquer
condição clínica que indique a necessidade de cuidados
prolongados em unidade hospitalar.

A normatização das enfermarias de retaguarda para


longa permanência se dará mediante publicação de
Portaria específica, em vias de conclusão. Além de
dispor sobre organização das unidades de cuidados e
equipe multidisciplinar, versa sobre financiamento
diferenciado.

SERVIÇO DE REINTEGRAÇÃO SOCIAL

Objetiva contribuir efetivamente para o processo de


inserção social das pessoas, incentivando a organização
de uma rede ampla e diversificada de recursos
assistenciais e de 12 cuidados, facilitadora do convívio
social, capaz de assegurar o bem estar global e
estimular o exercício pleno de seus direitos civis,
políticos e decidadania.

CENTRAIS DE REGULAÇÃO MUNICIPAIS E


ESTADUAIS

Central de Regulação de Internação Hospitalar:


regula o acesso voltada às internações hospitalares
eletivas e de urgência, admitindo-se, no caso da
urgência, o acesso por meio da Central de Regulação
das urgência, dependendo da organização local. A

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regulação do acesso entre as portas de entrada da Rede


de Urgência e Emergência da Linha de Cuidado do
Trauma se dará através das Centrais de Regulação
mediante as necessidades de cada paciente e a
disponibilização do recurso assistencial mais oportuno e
adequado.

ATENÇÃO ESPECIALIZADA HOSPITALAR


Constituída pela Rede hospitalar existente, com
habilitação ou não em alta complexidade para atenção
ao trauma, não classificada como Centro de Trauma na
RUE. Tem sua ação voltada para realizar atendimento
ao paciente vítima de trauma, segundo critérios
específicos, onde não há Centro de Trauma disponível
ou quando a atenção nesse serviço apenas agrega
melhora clínica e cuidado ao paciente vítima detrauma.

UNIDADES DE ATENÇÃO ESPECIALIZADA


Serviço próprio ou referenciado para atendimento dos
casos que necessitem do especialista para atenção
ambulatorial dos casos de trauma. Casos com etiologia
bem definida, estáveis, que precisam apenas manter
prevenção e cuidado por tempo determinado ou podem
ser encaminhados para acompanhamento na Rede
Básica (Atenção Básica), com plano terapêutico definido
pelo especialista da Unidade de Referência. São
exemplos os 13 ambulatórios ortopédicos de cuidados
aos pacientes vítimas de trauma, com seguimento
ambulatorial de fraturas ou pós-operatório geral.

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4- CRITÉRIOS PARA HABILITAÇÃO DE CENTROS DE


TRAUMA

Os Centros de Trauma são organizados conforme tipologias, sob as


seguintes formas:

I - Centro de Trauma TipoI;

II - Centro de Trauma Tipo II; e

III - Centro de Trauma TipoIII.

A definição de cada um dos Tipos dos Centros de Trauma tem como


parâmetro o dimensionamento da RUE e a localização dos pontos de
atenção ao trauma, considerando-se ainda o número de habitantes com
cobertura assistencial e o tempo de deslocamento até o respectivo Centro
deTrauma.

Centro de Trauma Tipo I O Centro de Trauma Tipo I é um


estabelecimento hospitalar que desempenha o papel de referência para
atendimento ao paciente traumatizado e identifica-se como Hospital Geral,
seguindo as tipologias das Portas de Entrada Hospitalares de Urgência de
que trata a Portaria nº 2.395/GM/MS, de 11 de outubro de 2011.

Para se habilitar como Centro de Trauma Tipo I, o estabelecimento


hospitalar deve cumprir os seguintes requisitos:

I - ser referência para, no mínimo, uma região de saúde, conforme o


desenho da regionalização definido nos Planos Estaduais deSaúde;

II - ter estrutura para realizar ações de média complexidade com


cobertura populacional até 200.000 (duzentos mil)habitantes;

III - participar da RUE e ser Porta de Entrada Hospitalar de Urgência


instalada estrategicamente na citadaRede;

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IV - ser referência regional, com realização de, no mínimo, 10% (dez


por cento) dos atendimentos oriundos de outros Municípios, conforme
registro no Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de
Saúde(SIH/SUS);

V - possuir, no mínimo, 100 (cem) leitos cadastrados no Sistema


Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde(SCNES);

VI - possuir equipe específica na Porta de Entrada Hospitalar de


Urgência para atendimento às vítimas de trauma de média complexidade,
em regime de plantão 24 (vinte e quatro) horas, composta pelos seguintes
profissionais:

a) clínicogeral;

b) pediatra, se o estabelecimento hospitalar for referência em


atendimento na área depediatria;

c) ortopedista;

d) cirurgiãogeral;

e) anestesiologista com atividade no centrocirúrgico;

f) enfermeiros;

g) técnicos de enfermagem; e

h) equipes para manejo de pacientescríticos;

VII - possuir equipe suficiente para realização de cirurgias dos casos


de trauma que são de competência desse hospital e que não comprometa o
atendimento da Porta de Entrada Hospitalar deUrgência;

VIII - possuir Centro Cirúrgico e leitos de enfermaria suficientes para o


atendimento aotrauma;

23
Faculdade de Minas

IX - ter leitos de retaguarda para garantir a atenção integral do


Componente Hospitalar da RUE, constituídos nos termos de ato específico
do Ministro de Estado daSaúde;

X - ter referência de Centro de Trauma Tipo II e/ou III ou de outro


estabelecimento hospitalar para casos de maior complexidade, regulado
pela Central de Regulação, após realização de procedimentos mínimos de
estabilização dopaciente;

XI - possuir retaguarda de leitos de Unidade de Terapia Intensiva


(UTI), regulados na RUE, para cuidado aos pacientes de trauma, sejam
adultos e/ou pediátricos, que necessitarem dos cuidados de terapia
intensiva;

XII - realizar atendimento de urgência 24 (vinte e quatro) horas por


dia, todos os dias da semana, inclusive finais de semana eferiados;

XIII - possuir serviço de diagnose por imagem (radiologia e


ultrassonografia);

XIV - ter protocolos clínicos e assistenciais escritos edisponibilizados;

XV - possuir serviço de laboratório clínico ou disponível em tempo


integral;

XVI - ter serviço de hemoterapia ou disponível em tempointegral;

XVII - ter serviço de reabilitação ou disponível;e

XVIII - garantir acompanhamento ambulatorial dos pacientes


atendidos.

Os requisitos mínimos que compõem a estrutura necessária para


realizar ações de média complexidade são:

I - serviço de diagnose por imagem (radiologia e ultrassonografia);

II - sala cirúrgica;

24
Faculdade de Minas

III - serviço de laboratório clínico ou disponível em tempo integral;e

IV - serviço de Hemoterapia ou disponível em tempointegral.

Considera-se Porta de Entrada Hospitalar de Urgência instalada


estrategicamente na RUE aquela que for qualificada conforme as regras
previstas na Portaria nº 2.395/GM/MS, de 2011, que organiza o Componente
Hospitalar da RUE no âmbito do SUS.

Considera-se equipe suficiente para realização de cirurgias dos casos


de trauma aquela composta por, pelo menos, 1 (um) cirurgião ou
ortopedista.

As cirurgias dos casos de trauma que são de competência do


estabelecimento hospitalar são aquelas que podem ser realizadas pelo
cirurgião geral e/ou ortopedista e sejam de média complexidade.

Os médicos das equipes de plantão e os das equipes de apoio


deverão possuir título de especialista na área de atuação, reconhecido pelo
Conselho Federal de Medicina (CFM) ou Conselho Regional de Medicina
(CRM), ou residência médica reconhecida pelo Ministério da Educação
(MEC).

Os prestadores de serviços que se encontrarem disponíveis para o


Centro de Trauma Tipo I deverão estar cadastrados no SCNES como
terceiros vinculados ao estabelecimento de saúde.

Os estabelecimentos hospitalares que não se enquadrarem


estritamente nos requisitos acima, mas que, excepcionalmente, forem
considerados estratégicos para a referência regional no Plano de Ação
Regional da RUE, poderão ser considerados Centro de Trauma Tipo I
mediante pactuação na Comissão Intergestores Regional (CIR) e na
Comissão Intergestores Bipartite (CIB) ou, se for o caso, no Colegiado de
Gestão da Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal (CGSES/DF),
com posterior avaliação e validação pelo Ministério da Saúde.

25
Faculdade de Minas

Os Municípios ou regiões de saúde com populações de sua área de


abrangência menor que 200.000 (duzentos mil) habitantes e localizados a
mais de 60 (sessenta) minutos de deslocamento de um Centro de Trauma
Tipo I por meio de transporte sanitário mais rápido disponível deverão contar
com estrutura ambulatorial ou hospitalar (Unidades de Pronto Atendimento
24 hs - UPA 24hs) ou Salas de Estabilização (SE) para a garantia do
primeiro atendimento e estabilização dos casos de trauma com plantão
médico 24 (vinte e quatro)horas.

Centro de Trauma Tipo II

O Centro de Trauma Tipo II é um estabelecimento hospitalar que


desempenha o papel de referência para atendimento ao paciente
traumatizado e identifica-se como Hospital Especializado Tipo I, segundo a
tipologia das Portas de Entrada Hospitalares de Urgência de que trata a
Portaria nº 2.395/GM/MS, de 2011.

Para se habilitar como Centro de Trauma Tipo II, o estabelecimento


hospitalar deve cumprir os seguintes requisitos:

I - ser referência para, no mínimo, uma região de saúde, conforme o


desenho da regionalização definido nos Planos Estaduais deSaúde;

II - ter estrutura para realizar ações de média e alta complexidade


com cobertura populacional de 200.001 (duzentos mil e um) a 500.000
(quinhentos mil)habitantes;

III - possuir pelo menos 1 (uma) habilitação em alta complexidade


conferida pelo Ministério da Saúde, qual seja de traumatoortopedia ou
neurocirurgia;

IV - participar da RUE e ser Porta de Entrada Hospitalar de Urgência


instalada estrategicamente na citadaRede;

26
Faculdade de Minas

V - ser referência regional, com realização de, no mínimo, 10% (dez


por cento) dos atendimentos oriundos de outros Municípios, conforme
registro noSIH/SUS;

VI - possuir, no mínimo, 100 (cem) leitos cadastrados noSCNES;

VII - possuir equipe específica na Porta de Entrada Hospitalar de


Urgência para atendimento às vítimas de trauma, em regime de plantão 24
(vinte e quatro) horas, composta pelos seguintesprofissionais:

a) clínicogeral;

b) pediatra, se o estabelecimento hospitalar for referência em


atendimento na área depediatria;

c) cirurgião;

d) ortopedista;

e) anestesiologista com atividade no centrocirúrgico;

f) enfermeiros;

g) técnicos de enfermagem; e

h) equipes para manejo de pacientescríticos;

VIII - possuir equipe suficiente para realização de cirurgia dos casos


de trauma que são de competência desse hospital e que não comprometa o
atendimento da Porta de Entrada Hospitalar de Urgência;17

IX - possuir Centro Cirúrgico e leitos de enfermaria suficientes para o


atendimento aotrauma;

X - ter leitos de retaguarda para garantir a atenção integral do


Componente Hospitalar da RUE, constituídos nos termos de ato específico
do Ministro de Estado daSaúde;

27
Faculdade de Minas

XI - garantir retaguarda de terapia intensiva para os casos de trauma


ou pósoperatório de trauma ou queimadura, quando necessitarem desse
cuidado;

XII - ter disponíveis ou garantir a assistência ao trauma, 24 ( vinte e


quatro) horas por dia, todos os dias da semana, inclusive finais de semana e
feirados, para as seguintes equipes médicas e de odontologia, de acordo
com a necessidade dotrauma:

a) neurocirurgia;

b) ortopedia etraumatologia;

c) cirurgiavascular;

d) cirurgiaplástica;

e) cirurgiapediátrica;

f) cirurgia crânio-maxilo facial e/ou cirurgia e traumatologia buco-


maxilofacial;

g) urologia;

h) cirurgia torácica eginecologia/obstetrícia;

i) clínicogeral;

j) pediatria, quando referência em atendimento à pediatria;e

k) oftalmologia;

XIII - possuir leitos de UTI para cuidado aos pacientes de trauma,


sejam adultos e/ou pediátricos, que necessitarem de terapiaintensiva;

XIV - realizar atendimento de urgência 24 (vinte e quatro) horas por


dia, todos os dias da semana, inclusive finais de semana eferiados;

XV - possuir serviço de diagnose por imagem com radiologia e


ultrassonografia;

28
Faculdade de Minas

XVI - possuir serviço de tomografia computadorizada ou disponível


em tempointegral;

XVII - garantir acesso à ressonância magnética em tempointegral;

XVIII - possuir suporte de equipe multiprofissional compostapor:

a) fisioterapeuta;18

b) assistentesocial;

c) nutricionista;

d) farmacêutico; e

e) psicólogo;

XIX - ter protocolos clínicos e assistenciais escritos edisponibilizados;

XX - possuir serviço de laboratório clínico ou disponível em tempo


integral;

XXI - ter serviço de hemoterapia ou disponível em tempointegral;

XXII - possuir serviço de reabilitação oudisponível;

XXIII - possuir referência de Centro de Trauma Tipo III ou Hospitais


Especializados para os casos de maior complexidade, regulado pela Central
de Regulação, após realização de procedimentos mínimos de estabilização
do paciente;e

XXIV - garantir acompanhamento ambulatorial dos pacientes


atendidos.

Os requisitos mínimos que compõem a estrutura necessária para


realizar ações de média e alta complexidade são:

I - leitos de UTI;

29
Faculdade de Minas

II - serviço de diagnóstico por imagem (radiologia, ultrassonografia,


tomografia computadorizada e ressonânciamagnética);

III - salacirúrgica;

IV - serviço de laboratório clínico;e

V - serviço dehemoterapia.

Considera-se Porta de Entrada Hospitalar de Urgência instalada


estrategicamente na RUE aquelas que forem qualificadas conforme regras
previstas na Portaria nº 2.395/GM/MS, de 2011, que organiza o Componente
Hospitalar da RUE no âmbito do SUS.

Considera-se equipe suficiente para realização de cirurgias dos casos


de trauma aquela composta por, pelo menos, 1 (um) cirurgião ou ortopedista
ou neurocirurgião ou cirurgião vascular ou cirurgião plástico ou cirurgião
pediatra ou cirurgião crânio-maxilo-facial ou cirurgião e traumatologista buco-
maxilo-facial ou urologista ou cirurgião torácico ou ginecologista ou obstetra
ou oftalmologista.

As cirurgias dos casos de trauma que são de competência do


estabelecimento hospitalar são aquelas que podem ser realizadas pelos
especialistas e sejam de média complexidade ou pelo ortopedista e/ou
neurocirurgião e sejam de média ou alta complexidade, mediante a
habilitação do referido estabelecimento de saúde.

Os médicos das equipes de plantão e os médicos e cirurgiões-


dentistas das equipes de apoio deverão possuir título de especialista
na respectiva área de atuação, reconhecido pelo Conselho Federal de
Medicina (CFM), Conselho Regional de Medicina (CRM), Conselho
Federal de Odontologia (CFO) ou Conselho Regional de Odontologia
(CRO), ou residência médica ou odontológica, de acordo com a
respectiva área de atuação, reconhecida pelo Ministério da Educação
(MEC).

30
Faculdade de Minas

Os prestadores de serviços que se encontrarem disponíveis


para o Centro de Trauma Tipo II deverão estar cadastrados no SCNES
como terceiros vinculados ao estabelecimento desaúde.

Os estabelecimentos hospitalares que não se enquadrarem


estritamente nos requisitos acima, mas que, excepcionalmente, forem
considerados estratégicos para a referência regional no Plano de Ação
Regional da RUE, poderão ser consideradas Centro de Trauma Tipo II
mediante pactuação na CIR e na CIB ou, se for o caso, no CGSES/DF,
com posterior avaliação e validação pelo Ministério da Saúde.

Os Centros de Trauma Tipo II deverão estar localizados numa


distância correspondente a um tempo de deslocamento de, no máximo,
60 (sessenta) minutos dos Centros de Trauma Tipo I, medido pelomeio
de transporte sanitário mais rápido disponível permanentemente para a
maioria dos casos deremoção.

Centro de Trauma Tipo III

O Centro de Trauma Tipo III é um estabelecimento hospitalar


que desempenha o papel de referência para atendimento ao paciente
traumatizado e identifica-se como Hospital Especializado Tipo II,
segundo a tipologia das Portas de Entrada Hospitalares de Urgência de
que trata a Portaria nº 2.395/GM/MS, de2011.

Para se qualificar como Centro de Trauma Tipo III, o


estabelecimento deve cumprir os seguintes requisitos:

I - ser referência, com estrutura para realizar ações de média e


alta complexidade para uma cobertura populacional de 500.001
(quinhentos mil e um) a 1.500.000 (um milhão e quinhentos mil)
habitantes;

31
Faculdade de Minas

II - ter pelo menos 2 (duas) habilitações em alta complexidade,


conferidas pelo Ministério da Saude, sendo obrigatório que uma delas
seja detraumato-ortopedia;

III - participar da RUE e ser Porta de Entrada Hospitalar de


Urgência instalada estrategicamente na citadaRede;

IV - ser referência regional, com realização de, no mínimo, 10%


(dez por cento) dos atendimentos oriundos de outros Municípios,
conforme registro noSIH/SUS;

V - possuir, no mínimo, 100 (cem) leitos cadastrados noSCNES;

VI - ter equipe específica na Porta de Entrada Hospitalar de


Urgência para atendimento às vítimas de trauma, em regime deplantão
24 (vinte e quatro) horas, composta pelos seguintesprofissionais:

a) clínicogeral;

b) pediatra, se o estabelecimento hospitalar for referência em


atendimento àpediatria;

c) cirurgião;

d) ortopedista;

e) anestesiologista localizado no centrocirúrgico;

f) enfermeiros;

g) técnicos de enfermagem; e

h) equipes para manejo de pacientes críticos e dimensionados


para o número deleitos;

VII - possuir equipe suficiente para realização de cirurgia dos


casos de trauma e que não comprometa o atendimento da Porta de
Entrada Hospitalar de Urgência;

32
Faculdade de Minas

VIII - possuir Centro Cirúrgico e leitos de enfermaria suficientes


para o atendimento aotrauma;

IX - ter leitos de retaguarda para garantir a atenção integral do


Componente Hospitalar da RUE, constituídos nos termos de ato
específico do Ministro de Estado daSaúde;

X - garantir retaguarda de terapia intensiva para os casos de


trauma ou pósoperatório de trauma ou queimados, quado necessitarem
dessecuidado;

XI - ter disponíveis ou garantir a assistência ao trauma 24 (vinte


e quatro) horas por dia, todos os dias da semana, inclusive finais de
semana e feirados, para as seguintes equipes médicas e de
odontologia:

a) cirurgiavascular;

b) cirurgiaplástica;

c) cirurgiapediátrica;

d) cirurgia demão;

e) otorrinolaringologia;

f) oftalmologia;

g) cirurgia crânio-maxilo-facial e/ou cirurgia e traumatologia


buco-maxilofacial;

h) urologia;

i) cirurgiatorácica;

j) endoscopia;

k) ginecologia/obstetrícia;

l) clínicageral;

33
Faculdade de Minas

m) pediatria, quando referência em atendimento à pediatria;e

n) nefrologia;

o) neurocirurgia; e

p) ortopedia etraumatologia;

XII - realizar atendimento de urgência 24 (vinte e quatro) horas


por dia, todos os dias da semana, inclusive finais de semana e
feriados;

XIII - possuir serviços de diagnose com radiologia,


ultrassonografia e tomografiacomputadorizada;

XIV - possuir ou ter disponível radiologia vascular


intervencionista e ressonânciamagnética;

XV - ter protocolos clínicos e assistenciais escritos e


disponibilizados;

XVI - possuir serviço de laboratório clínico ou disponível em


tempointegral;

XVII - ter serviço de hemoterapia ou disponível em tempo


integral;

XVIII - possuir serviço de reabilitação oudisponível;

XIX - garantir acompanhamento ambulatorial dos pacientes


atendidos; e

XX - ser referência em atenção ao trauma para o gestor de


saúde e garantir o desenvolvimento de processos formativos para as
equipes, por iniciativa própria ou por meio decooperação.

Os requisitos mínimos que compõem a estrutura necessária


para realizar ações de média e alta complexidadesão:

34
Faculdade de Minas

I - leitos de UTI;

II - serviço de diagnose por imagem (radiologia, ultrassonografia,


tomografia computadorizada, ressonância magnética e radiologia
intervencionista);

III - salacirúrgica;

IV - laboratório clínico;e

V - hemoterapia.

Consideram-se Porta de Entrada Hospitalar de Urgência


instalada estrategicamente na RUE aquelas que forem qualificadas
conforme regras previstas na 22 Portaria nº 2.395/GM/MS, de 2011,
que organiza o Componente Hospitalar da RUE no âmbito do SUS.

Considera-se equipe suficiente para realização de cirurgias dos


casos de trauma aquela composta por, pelo menos, 1 (um) cirurgião ou
ortopedista ou neurocirurgião ou cirurgião vascular ou cirurgião plástico
ou cirurgião pediatra ou cirurgião da mão ou cirurgião crânio-
maxilofacial ou cirurgião e traumatologista buco-maxilo-facial ou
urologista ou cirurgião torácico ou ginecologista ou obstetra ou
oftalmologista ou otorrinolaringologista ou endoscopista.

As cirurgias dos casos de trauma que são de competência do


estabelecimento hospitalar são aquelas que podem ser realizadas
pelos especialistas e sejam de média complexidade ou pelo ortopedista
e/ou neurocirurgião e sejam de média ou altacomplexidade.

Os médicos das equipes de plantão e os médicos e cirurgiões-


dentistas das equipes de apoio deverão possuir título de especialista
na respectiva área de atuação, reconhecido pelo Conselho Federal de
Medicina (CFM), Conselho Regional de Medicina (CRM), Conselho
Federal de Odontologia (CFO) ou Conselho Regional de Odontologia
(CRO), ou residência médica ou odontológica, deacordo com a

35
Faculdade de Minas

respectiva área de atuação, reconhecida pelo Ministério da Educação


(MEC).

Os prestadores de serviços que se encontrarem disponíveis


para o Centro de Trauma Tipo III deverão estar cadastrados no SCNES
como terceiros vinculados ao estabelecimento desaúde.

Os estabelecimentos hospitalares que não se enquadrarem


estritamente nos requisitos acima, mas que, excepcionalmente, forem
considerados estratégicos para a referência regional no Plano de Ação
Regional da RUE, poderão ser considerados Centro de Trauma Tipo III
mediante pactuação na CIR e na CIB ou, se for o caso, no CGSES/DF,
com posterior avaliação e validação pelo Ministério da Saúde.

Os Centros de Trauma Tipo III deverão estar localizados numa


distância correspondente a um tempo de deslocamento de, no máximo,
60 (sessenta) minutos dos Centros de Trauma Tipo II, medido pelo
meio de transporte sanitário mais rápido disponível permanentemente
para a maioria dos casos de remoção.

5- REQUERIMENTO DE HABILITAÇÃO DE CENTROS DE


TRAUMA
Para habilitação de um estabelecimento hospitalar como Centro de
Trauma Tipo I, II ou III, o ente federativo interessado, por meio de sua
respectiva Secretaria de Saúde, deverá encaminhar requerimento, por meio
físico, ao Ministério da Saúde, incluindo-se os seguintes documentos:

I - cópia do Plano de Ação Regional (PAR) aprovado pela CIB ou


documento que comprove a discussão e a implementação do PAR e
aprovação da CIB;23

36
Faculdade de Minas

II - expediente que comprove a aprovação da CIR e CIB para a


referida implantação da Linha de Cuidado ao Trauma e habilitação do
respectivo Centro de Trauma Tipo I, II ouIII;

III - Termo de Compromisso assinado pelo gestor estadual e/ou


municipal ou distrital de saúde, por meio do qual se obriga a estabelecer e
cumprir a Linha de Cuidado ao Trauma da RUE, aprovada pelo Ministério da
Saúde, com realização de ações que permitam sua plena integração com os
outros pontos de atenção, nos termos do documento-base da referida linha
de cuidado, de modo a garantir o cuidado integral e de qualidade aos
pacientes com trauma;e

IV - Formulário para Vistoria do Gestor - Normas de Classificação e


Habilitação de Centro de Trauma, assinado pelo gestor estadual e/ou
municipal ou distrital de saúde, conforme modelos constantes dos Anexos I,
II e III, com comprovação documental do atendimento dos requisitos para
classificação do estabelecimento hospitalar como Centro de Trauma Tipo I, II
ouIII.

Na hipótese de pedido de habilitação de um estabelecimento


hospitalar como Centro de Trauma Tipo II ou Tipo III, além dos documentos
previstos acima, o requerente deverá informar o número de leitos de UTI ou
de leitos de retaguarda ao paciente com trauma.

Na hipótese de algumas atividades exigidas para habilitação serem


realizadas por outros estabelecimentos hospitalares, além dos documentos
previstos acima, o requerente deverá encaminhar termo de compromisso
conforme modelo constante do Anexo IV.

Os entes federativos e regiões de saúde que ainda não dispuserem


de PAR, mas que forem considerados estratégicos para implantação da
Linha de Cuidado ao Trauma conforme pactuação da CIB e CIR, poderão
pleitear a habilitação para Centro de Trauma Tipo I, II ou III com dispensa da
apresentação dosdocumentos. Para suprira dispensa, o ente federativo

37
Faculdade de Minas

interessado, por meio de sua respectiva Secretaria de Saúde, deverá


encaminhar à CGMAC/DARAS/SAS/MS as seguintes documentações
específicas:

I - comprovação da cobertura do componente SAMU 192 daRUE;

II - comprovação da existência de pontos de atenção de UPA 24hs e


do conjunto de serviços de urgência 24 (vinte e quatro) horas não
hospitalares da RUE; e

III - expediente ou Termo de Compromisso do gestor local de saúde


que comprove articulação assistencial entre SAMU 192, UPA 24 horas ou do
conjunto de serviços de urgência 24 (vinte e quatro) horas não hospitalares
da RUE, unidades hospitalares de retaguarda e outros serviços de atenção à
saúde para promoção da reabilitação, construindo fluxos coerentes e
efetivos de referência e contrareferência e ordenando esses fluxos por meio
de Centrais de Regulação Médica instalados naregião.

O Ministério da Saúde, por meio da Coordenação-Geral de Média e


Alta Complexidade (CGMAC/DARAS/SAS/MS), avaliará a documentação
encaminhada pela Secretaria de Saúde interessada, sendo que poderá
realizar vistoria "in loco" a qualquer tempo para avaliação do cumprimento
ou não dos requisitos exigidos parahabilitação.

O Ministério da Saúde poderá efetuar diligências e solicitar do


requerente documentos e outras providências para subsidiar a análise do
pedido de habilitação.

Em caso de manifestação favorável da CGMAC/DARAS/SAS/MS a


respeito do pedido de habilitação, a Secretaria de Atenção à Saúde
(SAS/MS) adotará as providências para a publicação de portaria de
habilitação do estabelecimento hospitalar.

38
Faculdade de Minas

Em caso de manifestação desfavorável da CGMAC/DARAS/SAS/MS,


a SAS/MS comunicará, por expediente físico, o resultado da análise à
Secretaria de Saúde interessada.

6 MONITORAMENTO EAVALIAÇÃO
O Ministério da Saúde monitorará e avaliará periodicamente o
atendimento contínuo dos requisitos de habilitação pelos estabelecimentos
hospitalares e a efetiva realização dos serviços prestados para manutenção
do repasse dos recursos financeiros ao ente federativo beneficiário, além
dos seguintes itens de desempenho dos Centros deTrauma:

I - cumprimento da Linha de Cuidado aoTrauma;

II - submissão à auditoria do gestor local de saúde; e

III - regulação integral pelas Centrais deRegulação.

O monitoramento e a avaliação será realizado com periodicidade


máxima de 1 (um) ano, a partir do início do repasse de recursos financeiros
previsto nesta Portaria.

Os Centros de Trauma poderão ser monitorados, em caráter


complementar, da seguinte forma:

I - visitas "in loco" pelas Secretarias de Saúde estaduais, Distrital e


municipais, bem como pelo Ministério da Saúde;e

II - atuação, quando couber, do Sistema Nacional de Auditoria(SNA).

O repasse do incentivo financeiro será imediatamente interrompido


quando constatada, durante o monitoramento, a inobservância dosrequisitos
de habilitação e das demais condiçõesprevistas.

Uma vez interrompido o repasse do incentivo financeiro, novo pedido


somente será deferido após novo procedimento de habilitação de Centro de

39
Faculdade de Minas

Trauma, em que fique demonstrado o cumprimento de todos os requisitos


previstos nesta Portaria, caso em que o 26 custeio voltará a ser pago, sem
efeitos retroativos, a partir do novo deferimento pelo Ministério da Saúde.

6.1 AÇÕES DAENFERMAGEM


Os serviços de Urgência e Emergência podem ser fixos a exemplo das
Unidades de Pronto Atendimento e as emergências de hospitais ou móveis
como o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). Ainda, podem
ter diferentes complexidades para atendimento de demandas urgentes e
emergentes clínicas e cirúrgicas em geral ou específicas como unidades
cardiológicas, pediátricas e traumatológicas.
O importante é que, independente da complexidade ou da
classificação do serviço, existem 5 coisas imprescindíveis que todo
Enfermeiro de Urgência e Emergência deve saber.

Acolhimento e Classificação de Risco:

O acolhimento do paciente e família na prática das ações de atenção


e gestão nas unidades de saúde tem sido importante para uma atenção
humanizada eresolutiva.
A classificação de risco vem sendo utilizada em diversos países,
inclusive no Brasil. Para essa classificação foram desenvolvidos diversos
protocolos, que objetivam, em primeiro lugar, não demorar em prestar
atendimento àqueles que necessitam de uma conduta imediata. Por isso,
todos eles são baseados na avaliação primária do paciente, já bem
desenvolvida para o atendimento às situações de catástrofes e adaptada
para os serviços de urgência¹. O Enfermeiro deve estar além de acolher o
paciente e família, estar habilitado a atendê-los utilizando os protocolos de
classificação de risco.
Suporte Básico (SBV) e Avançado de Vida (SAV):

A parada cardiorrespiratória é um dos eventos que requerem


atenção imediata por parte da equipe de saúde e o Enfermeiro tanto dos
serviços móveis quanto dos fixos de urgência e emergência devem estar
aptos.
O protocolo American Heart Association (AHA) é a referência de
SBV e SAV utilizado no Brasil. A AHA enfatiza nessa nova diretriz sobre a
RCP de alta qualidade e os cuidados Pós-PCR². O SBV é uma sequência
de etapas de atendimento ao paciente em risco iminente de morte sem
realização de manobras invasivas e o SAV requer procedimentos invasivos
e de suporte ventilatório ecirculatório³

40
Faculdade de Minas

Atendimento à Vítima de Trauma:

Os acidentes automobilísticos e a violência são as maiores causas


de morte de indivíduos entre 15 e 49 anos na população das regiões
metropolitanas,superandoasdoençascardiovasculareseneoplasias . 4

Por isso, o enfermeiro vai se deparar com vítimas de trauma nas


urgências e emergências e deverá estar habilitado a agir de acordo com os
protocolos de Atendimento Pré-Hospitalar e Hospitalar ao Trauma.

Assistência ao Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) e ao Acidente


Vascular Encefálico (AVE):

As doenças cardiovasculares representam uma das maiores causas de


mortalidade em todo o mundo e O IAM é uma das principais manifestações
clínicas dadoençaarterial coronária .
5

O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é uma das maiores causas de


morte e incapacidade adquirida em todo o mundo. Estatísticas brasileiras
indicam que o AVC é a causa mais frequente de óbito na população adulta
(10% dos óbitos) e consiste no diagnóstico de 10% das internações
hospitalares públicas. O Brasil apresenta a quarta taxa de mortalidade por
AVCentreos países da AméricaLatinaeCaribe .6

Então, o Enfermeiro precisa estar apto a realização da avaliação


clínica para identificação e atendimento precoce do IAM e AVE ou AVC e
prevenção de complicações.

Assistência às Emergências Obstétricas:

As principais causas de morte materna no Brasil são por hemorragias


ehipertensão . O Enfermeiroprecisa saber comoidentificar precocemente a
7

pré-eclâmpsia e eclampsia, bem como as hemorragias gestacionais e


uterinas, pois é uma demanda constante dos serviços de urgência e
emergência e até mesmo os que não são referência em atendimento
gestacional.

41
Faculdade de Minas

6.2 ESCALA DEGLASGOW


A Escala de Coma de Glasgow é amplamente utilizada por diversos
profissionais da saúde, especialmente por aqueles que trabalham no âmbito
hospitalar, com o intuito de definir o estado neurológico de pacientes a partir
da análise de seu nível de consciência. É uma ferramenta bastante útil para
traçarmos prognósticos da vítima e prevenirmos eventuais sequelas.
Em 2018, essa escala sofreu algumas modificações importantes na sua
aplicação, com o intuito de que fossem obtidas informações mais precisas
sobre o prognóstico do paciente.

Confira, agora, as mudanças que foram realizadas na nova Escala de Coma


de Glasgow:

Inclusão da reatividade pupilar nos critérios de avaliação:

Na antiga versão da escala, os únicos critérios avaliados eram:


abertura ocular, resposta verbal e resposta motora.

42
Faculdade de Minas

Agora, na nova versão, foi incluída a Reatividade Pupilar, ou seja, a


reatividade da pupila à luz. Ao contrário dos outros critérios, este é
pontuado de forma decrescente: o pior resultado apresenta a maior
pontuação. Assim, teremos a seguinteatribuição:

2 pontos – Nenhuma reatividade em ambas as pupilas

1 ponto – Sem reação em apenas uma das pupilas

0 pontos – Caso as duas pupilas estejam funcionando normalmente.

Mudança no score total: 1 a 15 pontos:

Na antiga versão da Escala de Coma de Glasgow, a pontuação


variava de 3 a 15 pontos.

Agora, na nova versão, a escala varia de 1 a 15 pontos.

Isso acontece porque, na nova aplicação, pontuaremos normalmente


todos os outros critérios e, após a nota final, o score da reatividade pupilar
será subtraído!

Como assim?

O cálculo do score será feito da seguinte forma:

Escore final = Abertura ocular [1 a 4] + Resposta verbal [1 a 5] +


Resposta motora [1 a 6] – Reatividade Pupilar [0 a 2]

Caso todos os critérios estejam normais, teremos um escore de 15


(afinal, as pupilas normais significam 0 pontos a menos!). Entretanto, caso o
paciente apresente a menor pontuação em todos os critérios, teremos o
escore final de 1!

43
Faculdade de Minas

6.3 CONCLUSÃO
Em virtude dos fatos, a enfermagem é uma ciência cujo objetivo é a
implantação do tratamento de doenças e o cuidado ao ser humano,
individualmente, na familia ou em comunidade de modo integral e holístico.

44
Faculdade de Minas

6.4 REFERÊNCIAS:

www.ministeriodasaude.com.br26/03/2020

www.scelo.com.br26/03/2020

www.tuasaude.com.br26/03/2020

45

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