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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS


COTIL

INTRODUÇÃO À ENFERMAGEM
CLASSES:
1º Técnico de Enfermagem
1º Técnico em Enfermagem II

PROFESSORA RESPONSÁVEL
Tania M.Bernardo – COREN SP: 0115514

AUTORAS
Profª. Daisy Rodrigues Pommer – COREN SP 37.237
Profª. Eliane Covre Rebolla – COREN SP 26.307
Profª Marilene Alice da Cunha dos Santos – COREN SP 20.921

COLABORAÇÃO
Profa.Aline S.A.Pivatti-CORENSP011787185 Profa.Debora C.M.Alves-CORENSP
Profa. Andreza Silvestrini – COREN-SP: Profa.Luiza H.Ribeiro-CORENSP
Profa.Avani M.L.Bertolini-CORENSP Profa.Márcia R.O.Prada-CORENSP0100737
Profa. Beatriz J.Ferreira – CORENSP27508 ProfªMarla G.Carriti – CORENSP0157754
Profa. Clarice C.Pereira-CORENSP 13854 Profa.Priscila Luders-CORENSP0126979
Profa.Cláudia Rossi-CORENSP68935 Profa.Rosângela B.T.Mathias-CORENSP39301
Profa.Cristina M.D.G.Uhlmann-CORENSP Tania M.Bernardo – COREN SP: 0115514

Revisão e elaboração feita em 2019


Profª Tânia M. Bernardo
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SUMÁRIO

CONCEITO ...................................................................................................................... 2
CATEGORIAS PROFISSIONAIS .................................................................................. 3
A EQUIPE DE SAÚDE ................................................................................................... 5
SAÚDE , ASSEIO CORPORAL E CONDUTA PESSOAL ........................................... 6
NR-32 - NORMA REGULAMENTADORA Nº 32 ........................................................ 7
DESENVOLVIMENTO HISTÓRICO DA ENFERMAGEM ........................................ 8
PERÍODO DO SISTEMA NIGHTINGALE .................................................................. 13
ENFERMAGEM NO BRASIL ...................................................................................... 17
ANA NÉRI ..................................................................................................................... 18
PROCESSO DE ENFERMAGEM................................................................................. 21
RELATÓRIO DE ENFERMAGEM: ............................................................................. 23
PARTE II ........................................................................................................................ 30
TERMINOLOGIA APLICADA À ENFERMAGEM ................................................... 31
INTRODUÇÃO ÀS TÉCNICAS BÁSICAS DE ENFERMAGEM .............................. 49
LIMPEZA DE UNIDADE ............................................................................................. 50
PREPARO DO LEITO HOSPITALAR ......................................................................... 55
CAMA FECHADA ................................................................................................ 55
CAMA ABERTA E PARA OPERADO .......................................................... 57e 58
CAMA COM PACIENTE ...................................................................................... 59
HIGIENE ........................................................................................................................ 51
HIGIENE ORAL ............................................................................................................ 61
BANHO .......................................................................................................................... 64
BANHO NO LEITO....................................................................................................... 65
LAVAGEM DA CABEÇA DO PACIENTE ACAMADO ........................................... 68
MASSAGEM ................................................................................................................. 70
OXIGENOTERAPIA ..................................................................................................... 72
COLETA DE EXAMES ................................................................................................. 79
TRATAMENTO DE PEDICULOSE E REMOÇÃO DE LÊNDEAS ........................... 89
TRICOTOMIA ............................................................................................................... 91
APLICAÇÃO DE COMPRESSAS QUENTES E FRIAS E BOLSAS DE ÁGUA
QUENTE E FRIA........................................................................................................... 92
POSIÇÕES PARA CONFORTO, EXAMES E CIRURGIAS ....................................... 93
CONTENÇÃO DE MOVIMENTOS ............................................................................. 98
MOVIMENTAÇÃO E TRANSPORTE DE PACIENTE ............................................ 100
CONFORTO................................................................................................................. 103
2

PARTE I – INTRODUÇÃO À ENFERMAGEM

CONCEITO

Florence Nigthingale: “A Enfermagem é uma arte, é a mais bela das artes


e, considerando-a como tal, requer pelo menos tão delicado aprendizado
quanto à pintura ou a escultura”.
Marina de Andrade Rezende (presidente ABEN): “A Enfermagem é um
serviço profissional compreendendo cuidados ao paciente, prevenções de
doenças, manutenção e promoção da saúde do indivíduo e da família. É um
serviço pessoal que respeita a dignidade da personalidade humana e seu
destino”.
Wanda de Aguiar Horta: “Enfermagem é a ciência e a arte de assistir ao
ser humano (indivíduo, família e comunidade), no atendimento de suas
necessidades básicas, de torná-lo independente desta assistência, quando
possível, pelo ensino autocuidado, de recuperar, manter e promover sua saúde
em colaboração com outros profissionais”.
“Assistir, em Enfermagem, é fazer pelo ser humano tudo aquilo que ele
não pode fazer por si mesmo, ajudá-lo ou auxiliá-lo quando parcialmente
impossibilitado de se auto cuidar, orientá-lo ou ensiná-lo, supervisioná-lo ou
encaminhá-lo a outros profissionais”.
“Ser enfermeiro é se engajar na realidade da vida, é um sofrer e amar
consciente e decidido. É aceitar com autenticidade o uso constante e
responsável de sua liberdade. É compartilhar com seus pacientes as
esperanças, o amor, a vida, as alegrias, a saúde e o nascimento; as
decepções, a solidão e o sofrimento, a angústia e a dor, a morte, as tristezas e
frustrações. É dar de si mesmo e com isso crescer; é assumir um compromisso
e com ele amadurecer”. (Wanda Aguiar Horta).
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Categorias Profissionais
Distinguimos no Serviço de Enfermagem no Brasil as seguintes
categorias profissionais, a saber:
1. O enfermeiro nível universitário.
2. O técnico de enfermagem – segundo grau.
3. O auxiliar de enfermagem – grau variável.

OBS: O atendente de enfermagem – grau variável.

Parágrafo único da Lei 8967 de 28 de dezembro de 1994, assinada pelo


presidente Itamar Franco. É assegurado aos atendentes de enfermagem
admitidos antes da vigência da Lei nº 7498, de 25 de junho de 1986, o
exercício das atividades elementares de Enfermagem sob supervisão do
Enfermeiro.

Esta categoria aos poucos está se extinguindo devido às necessidades


e exigências do mercado de trabalho.

O ENFERMEIRO

É o profissional com nível universitário. A duração do curso é de 4


anos, podendo especializar-se em: “Administração Hospitalar”,
“Enfermagem Obstétrica”, “ Enfermagem Pediátrica”, “Enfermagem em
Saúde Pública”, etc.

São funções privativas do Enfermeiro:


a) Direção do órgão de enfermagem e chefia de serviço e de unidade
de enfermagem.
d) Consultoria, auditoria e emissão de parecer sobre matéria de
enfermagem.
e) Consulta de enfermagem.
f) Prescrição da assistência de enfermagem.

II - Como integrante da equipe de saúde:


a) Participação no planejamento, execução e avaliação da
programação de saúde.
c) Prescrição de medicamentos previamente estabelecidos em
programas de saúde pública e em rotina aprovada pela instituição de
saúde.
e) Prevenção e controle sistemático da infecção hospitalar, inclusive
como membro das respectivas comissões.
h) Prestação de assistência de enfermagem à gestante, parturiente,
puérpera e ao recém-nascido.
r) Participação em bancas examinadoras, em matérias específicas de
enfermagem, nos concursos para provimento de cargos ou contratação
de enfermeiros ou pessoal técnico e auxiliar de enfermagem.
Disponível em:
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http://www.aguaviva.mus.br/enfermateca/Trabalhos/LeisTrabalhistas.ht
m LEIS TRABALHISTAS NA ENFERMAGEM

O TÉCNICO DE ENFERMAGEM

É o profissional com nível de ENSIMO MÉDIO.

Art. 12 - O Técnico de Enfermagem exerce atividade de nível médio,


envolvendo orientação e acompanhamento do trabalho de Enfermagem em
grau auxiliar, e participação no planejamento da assistência de Enfermagem,
cabendo-lhe especialmente:

§ 1º Participar da programação da assistência de Enfermagem;

§ 2º Executar ações assistenciais de Enfermagem, exceto as privativas do


Enfermeiro, observado o disposto no Parágrafo único do Art. 11 desta Lei;

§ 3º Participar da orientação e supervisão do trabalho de Enfermagem em grau


auxiliar;

§ 4º Participar da equipe de saúde.

Disponível em: http://site.portalcofen.gov.br/node/4161. Acesso em 27/02/12.


LEI N 7.498/86, DE 25 DE JUNHO DE 1986.

O AUXILIAR DE ENFERMAGEM

É o profissional de nível fundamental, geralmente os cursos variam


de 11 meses a 2 anos.

Art. 13 - O Auxiliar de Enfermagem exerce atividades de nível médio, de


natureza repetitiva, envolvendo serviços auxiliares de Enfermagem sob
supervisão, bem como a participação em nível de execução simples, em
processos de tratamento, cabendo-lhe especialmente:

§ 1º Observar, reconhecer e descrever sinais e sintomas;

§ 2º Executar ações de tratamento simples;

§ 3º Prestar cuidados de higiene e conforto ao paciente;

§ 4º Participar da equipe de saúde.

Disponível em: http://site.portalcofen.gov.br/node/4161. Acesso em 27/02/12.


LEI N 7.498/86, DE 25 DE JUNHO DE 1986.
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A EQUIPE DE SAÚDE

A equipe de saúde funciona em casa, no hospital ou em outro órgão


de assistência. Os membros da equipe são: o médico, a equipe de
enfermagem, a assistente social, o farmacêutico, a nutricionista, o líder
religioso, o fisioterapeuta, a psicóloga, o terapeuta ocupacional e outros
profissionais afins.
Cada membro tem uma função específica e as diferentes funções se
relacionam com o plano total do cuidado a ser prestado ao cliente. É
grande a responsabilidade de qualquer membro da equipe de saúde: um
erro ou engano pode acarretar danos irreparáveis, inclusive a morte do
cliente.
As contribuições dos vários membros da equipe de saúde podem
variar, assumindo-se papéis mais ou menos ativos, dependendo da reação
do paciente e da complexidade de seus problemas.
A reação do paciente à moléstia é afetada por muitos fatores. O maior
problema do paciente, na ocasião em que foi indicado o tratamento médico,
pode não ser a saúde física imediata.
O cuidado de pacientes, a prevenção de doenças, a reabilitação e a
manutenção da saúde e do bem estar, requerem muito conhecimento e
muita habilidade, mais do que uma só pessoa pode adquirir.

ELEMENTOS QUE COMPÕEM A EQUIPE DE SAÚDE

 Médico (a): tem a seu cargo o diagnóstico e a prescrição de orientações


relativas ao seu tratamento.
 Enfermeiro (a): coordena a equipe de enfermagem que presta
assistência ao paciente; planeja; organiza, coordena, executa e avalia os
serviços de assistência de enfermagem a pacientes graves: participa do
controle de prevenção e controle de infecção hospitalar e de doenças
transmissíveis em geral.
 Técnico de Enfermagem: orienta e acompanha o trabalho de
enfermagem em grau auxiliar, participa da programação da Assistência
de Enfermagem, executa ações assistenciais de enfermagem.
 Auxiliar de Enfermagem: exerce ações de enfermagem, presta
cuidados de higiene e conforto ao paciente, observa, reconhece e
descreve sinais e sintomas.
 Fisioterapeuta: participa na restauração da função muscular e
respiratória por meio de calor, frio, pressão, massagem, exercício e
manipulação.
 Terapeuta Ocupacional: emprega o ensino de profissões e artes como
meio para a reabilitação de pacientes com deficiência física ou mental;
instrui o paciente em entretenimentos e ocupações das quais ele pode
participar durante a convalescência.
 Farmacêutico: profissional responsável pela área de medicamentos.
 Assistente Social: aconselha e orienta o paciente em relação aos
problemas sociais envolvidos em sua doença. Esse especialista mantém
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intercâmbio com instituições cujos recursos podem ser de vital


importância.
 Nutricionista: profissional responsável pela orientação científica das
refeições individuais e coletivas, visando à nutrição conveniente dos
indivíduos normais e doentes.
 Psicólogo: é o profissional que estuda o comportamento do ser humano
em relação ao seu meio ambiente.
 Líder Religioso: pastor, padre, ministro que auxiliam no apoio religioso
ao paciente.

SAÚDE, ASSEIO CORPORAL E CONDUTA PESSOAL.

No seu trabalho diário, em contato constante com as pessoas, quase


sempre numa grande proximidade com os pacientes, a equipe de Enfermagem
precisa apresentar-se impecavelmente uniformizada, ostentando uma
aparência física simpática e agradável.
Cabelos, barba, dentes, maquiagem, unhas, mãos, uniforme, sapatos,
meias, diariamente tem que ser cuidados, não só por uma questão estética,
mas também por serem veículos de contaminação.
A higiene corporal constante evita doenças de pele, mau hálito, cheiro de
suor e outros odores desagradáveis.
A equipe de Enfermagem deve cuidar-se, para não causar má impressão
ao cliente e a seus familiares, evitando, falar alto, gesticular, usar expressões
impróprias ou assumir atitudes que possam chocar de alguma forma as
pessoas que dependem de seu trabalho. Um ligeiro sorriso, uma indagação
amistosa, uma demonstração de solidariedade e compreensão ou outras
atividades positivas são indispensáveis, especialmente no contato inicial com o
cliente ou com aqueles que o acompanham.
É necessário respeitar as crenças e credos alheios aceitando convicções
contrárias às suas, animar os temerosos, conter os impulsivos, amenizar as
dores, acalmar ou estimular, conforme seja preciso.
Outras considerações importantes: ser ordeiro, colocando nos lugares
certos os materiais e utensílios de uso constante; utilizar cuidadosamente os
equipamentos ou aparelhagens da unidade; economizar os gastos de
materiais, sem prejudicar o rendimento da atuação; proteger o paciente dos
acidentes e complicações de seus males; não provocar ou aumentar o barulho;
não desperdiçar esforços próprios ou alheios; memorizar ou planejar
antecipadamente os atos que deve praticar, a fim de não se cansar e nem
perder tempo inutilmente; procurar agradar e ser agradável.
Junto ao paciente, no cumprimento de seus deveres, o Técnico em
Enfermagem exerce um papel relevante. Desde o primeiro momento seu
trabalho será analisado, criticado ou elogiado. Daí a grande importância de
apresentar-se e conduzir-se da melhor forma possível.
Exposto a diversos perigos como: contágio de doenças e acidentes deve o
profissional precaver-se, evitando os riscos inúteis, cuidando da própria saúde
e integridade física.
Deve procurar controlar suas emoções em situações perigosas, chocantes
e deprimentes para que manifestações de medo, ira, nojo ou desânimo não
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transpareça perante o cliente e familiares. Nestas situações, procurar o apoio


do supervisor para discutir, analisar e compreender melhor essas situações de
conflito.

NR-32 - NORMA REGULAMENTADORA Nº 32

É uma legislação do Ministério do Trabalho e Emprego que estabelece


medidas para proteger a segurança e a saúde dos Trabalhadores de saúde em
qualquer serviço de saúde, inclusive os que trabalham nas escolas, ensinando
ou pesquisando.
Seu objetivo é prevenir os acidentes e o adoecimento causado pelo
trabalho nos profissionais da saúde, eliminando ou controlando as condições
de risco presentes nos Serviços de Saúde.
Atinge não só os empregados próprios do Serviço de Saúde como
também os empregados das empresas terceirizadas, cooperativas, prestadoras
de serviço, enfim a todos os que trabalham na área de saúde, como por
exemplo: em atividades de limpeza, lavanderia, reforma e manutenção.
Sobre a rotina do trabalho da enfermagem do que a norma trata?
A NR32 abrange situações de exposição aos diversos agentes de risco
presentes no ambiente de trabalho, como os agentes de risco biológico; os
agentes de risco químico; os agentes de risco físico com destaque para as
radiações ionizantes; os agentes de risco ergonômico.
A NR-32 abrange ainda a questão da obrigatoriedade da vacinação do
profissional de enfermagem: tétano, difteria, hepatite B, com reforços e
sorologia de controle, recomendados pelo Ministério da saúde.
Ressalta cuidados como a proibição:
- do reencape e desconexão manual de agulhas
- a necessidade dos trabalhadores com feridas ou lesões nos membros
superiores passarem por avaliação médica obrigatória para só depois iniciarem
os trabalhos,
- a proibição do fumo
- a proibição do uso de adornos, manuseio de lentes de contato, do consumo
de alimentos e bebidas em postos de trabalho, do uso de sapatos abertos.
São exemplos de adornos: alianças e anéis, pulseiras, relógios de uso
pessoal, colares, brincos, broches, piercings expostos. Esta proibição estende-
se a crachás pendurados com cordão e gravatas.
32.2.4.6.2. Este item fala que os trabalhadores não devem deixar o local
de trabalho com os equipamentos de proteção individual, Nem com as
vestimentas utilizadas em suas atividades laborais.
Ressalta a obrigatoriedade:
- dos rótulos das embalagens,
- cuidados no manuseio dos quimioterápicos antineoplásicos,
- EPI para contato com RX,
- capacitação dos funcionários em horário de trabalho
- lavatórios para higiene das mãos providos de papel-toalha, sabonete líquido e
lixeira com tampa com acionamento por pedal em refeitórios,
- cuidados ergonômicos como níveis de ruído, condições de iluminação,
conforto térmico, limpeza e conservação dos ambientes de trabalho,
manutenção preventiva, lubrificação dos equipamentos, dispositivos para
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movimentação e transporte do paciente, mecânica corporal correta, sistema de


exaustão para odores.
Mediante um acidente do trabalho, ele deve ser comunicado à CAT
(Comunicação de Acidente do Trabalho), para registro no prontuário do
trabalhador.

DESENVOLVIMENTO HISTÓRICO DA ENFERMAGEM

A Enfermagem é uma profissão que se desenvolveu através dos séculos


em estreita relação com a história da civilização. Mas apesar disso, nem
sempre o ritmo de progresso se manifestou igualmente em todos os setores.
Assim podemos constatar que as descobertas científicas no campo da
medicina nem sempre foram correspondidas pelo progresso da enfermagem,
mas nos últimos 15 -20 anos, houve um grande avanço na enfermagem e um
esforço muito grande para acompanhar o desenvolvimento rápido da medicina.

Na Enfermagem distinguimos três elementos principais básicos:

 Espírito de serviço: ideal

 Habilidade: arte

 Ciência

Quando ainda não havia ciência, era o espírito de serviço que realizava já
embrionariamente aquilo que hoje chamamos de cuidados de enfermagem.
A arte se desenvolveu em seguida, isto é, a habilidade surgiu de uma
mistura de superstições com conhecimentos empíricos.
Só mais tarde veio a verdadeira ciência. O entrelaçamento destes 3
elementos básicos: espírito de serviço, arte e ciência, não se deram sempre
harmoniosamente. A história da enfermagem nos apresenta épocas de grande
dedicação e períodos do mais baixo nível científico e novamente períodos de
maiores conhecimentos científicos, mas com decadências na enfermagem pela
deficiência de elementos de elevado padrão moral.
Podemos dividir a história da enfermagem em períodos assim
compreendidos:

Período antes de Cristo

O tratamento do enfermo depende estritamente do conceito de saúde e


doença. Entretanto, a convicção de que as doenças eram um castigo de Deus,
ou efeitos do poder diabólico exercido sobre os homens, levaram os povos
primitivos a recorrer a seus sacerdotes ou feiticeiros, acumulando estes as
funções de médico, farmacêutico e enfermeiro.
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O tratamento consistia em aplacar as divindades, afastando os maus


espíritos por meio de sacrifícios. Usavam-se: massagens, banho de água fria
ou quente, purgativos, substâncias provocadoras de náuseas.

Tudo isso tinha por fim tornar o corpo humano tão desagradável que os
maus espíritos resolvessem abandoná-lo.

Mais tarde os sacerdotes adquiriram conhecimentos sobre plantas


medicinais e passaram a ensinar pessoas, delegando-lhes funções de
“enfermeiros” e “farmacêuticos”. Alguns papiros, inscrições, monumentos, livros
de orientações política e religiosa, ruínas de aquedutos e outras descobertas
nos permitem formar uma ideia do tratamento prestado aos enfermos.

 Egito A.C
Os documentos daquela época nos forneceram ideia do tratamento
dispensado aos doentes. Os mais antigos foram encontrados no Egito, no ano
4.688 A.C. ao ano 1552 da mesma era. Alguns destes documentos relatam
prescrições e fórmulas médicas seguidas de fórmulas religiosas, que o doente
devia pronunciar, enquanto ingeria o medicamento. Por outro lado, quem
preparava a droga, devia fazê-la ao mesmo tempo em que dizia uma oração à
Isis e a Hórus, princípio de todo bem.
Esses documentos não mencionam nada sobre os Hospitais e
enfermeiros, somente sobre a medicina, que era entrelaçada com crenças
religiosas, embora com desenvolvimento científico bem significativo para a
época. Reconheciam o coração como centro da circulação, embora
desconhecessem como esta se processava, e a respiração como um ato de
vital importância. Possuíam, junto aos templos, “ambulatórios” para que os
futuros sacerdotes pudessem praticar.

 Índia A.C
Documentos nos fornecem dados a respeito da Enfermagem, medicina e a
existência de hospitais.
Nessa época já conheciam e descreviam informações sobre vasos
linfáticos, músculos e nervos. Julgavam ser o coração sede da consciência e
ponto de partida de todos os nervos. Conheciam o processo da digestão.
Faziam suturas, amputações e corrigiam fraturas.
Medicina- O ensino teórico compreendia: a história das doenças e dos
remédios, influência dos astros e das pedras sobre a saúde, modo de extrair o
suco das plantas e preparo dos remédios. O ensino prático era quase nulo.
Sendo proibido derramar sangue de animais e sendo considerado impuro tocar
num cadáver, os estudantes faziam operações simuladas em folhas, cascas de
árvores, fruta e bonecos de argila.
Os hindus queriam que seus “enfermeiros” tivessem: asseio, habilidade,
inteligência, conhecimento de arte e culinária e de preparo dos remédios.
Moralmente, deveriam ser puros, dedicados e cooperadores.
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 Grécia A.C
Marcou esta época, pelo desenvolvimento e domínio da filosofia, das
ciências, letras e artes e principalmente no campo da medicina.
Mesmo no período mitológico e empírico, a medicina grega já tinha seu
esplendor. Depois que Hipócrates, lançou as bases da medicina científica, mais
se firmou a Grécia como autoridade médica. Tão importante foi à atuação de
Hipócrates, que se divide a medicina grega em dois períodos: antes e depois
de Hipócrates.
Período pré-Hipocrático- As primeiras teorias gregas sobre a medicina se
prendiam a Mitologia. Os médicos gregos desse período conheciam pelo
menos:
De anatomia: ossos, músculos e articulações.
Da Patologia: epidemias, lesões traumáticas, ferimentos.
Os mais antigos estabelecimentos que conhecemos na Grécia para o
tratamento dos doentes chamavam-se Xenodóquias, seu primeiro objetivo era
hospedar os viajantes. Havendo, porém doentes dentre os mesmos,
prestavam-se a esses os cuidados necessários. Outro estabelecimento grego
era o Iatrion, que corresponde aos nossos ambulatórios.
O tratamento consistia geralmente em banhos, massagens, sangrias,
purgativos e dietas. Era proporcionado aos doentes, sol, ar puro, e água
mineral.
Se a cultura física, o culto da beleza, a importância dada ao dever da
hospitalidade, foram fatores de progresso da medicina e da enfermagem, o
excesso de respeito pelo corpo, a ponto de considerar a dissecação de
cadáveres desrespeitosa, atrasava os estudos anatômicos indispensáveis aos
médicos.
A crença de que nascimento e morte eram coisas impuras conduzia ao
desprezo pela obstetrícia e ao abandono dos doentes em estado muito grave.
Hipócrates- Nasce o pai da medicina em 460 a.C. A ele devemos a
medicina científica.
Colocou de lado a crença de que as doenças eram causadas por maus
espíritos, explicava a seus discípulos a verdadeira causa das mesmas. Insistia
na observação cuidadosa do doente para o diagnóstico, o prognóstico e a
terapêutica.
Descreveu várias doenças dentre elas: tuberculose pulmonar, malárias,
icterícia, enterite, cólera, epilepsia, loucura, luxações, fraturas, cicatrização por
primeira e segunda intenção.
Descreveu 236 plantas medicinais. E empregou minerais como
medicamentos. Escreveu sobre deontologia médica, clima e epidemias.
A influência de Hipócrates foi levada à escola de Alexandria, que foi um
célebre centro de estudos nos últimos séculos antes da era cristã.
Dentre os progressos promovidos encontra-se a dissecação de cadáveres
que trouxe um grande adiantamento para a anatomia.

Palestina A.C
Moisés, o primeiro legislador do povo hebreu, não o foi apenas no terreno
religioso. Suas prescrições incluem preceitos de higiene que o colocam entre
os grandes sanitaristas de todos os tempos.
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O exame do doente, o diagnóstico, o isolamento, o expurgo, a desinfecção,


o afastamento dos objetos contaminados para lugar inacessível, são
ensinados. Há prescrições especiais e severas, para os casos de lepra, em
diversos trechos do Levítico e Deuteronômio.

 ASSÍRIA E BABILÔNIA A.C


Entre os assírios e babilônios existiam penalidades para os médicos em
casos de fracasso, tais como: amputação das mãos, indenização, etc. A
medicina era baseada na magia, acreditava-se que sete demônios eram os
causadores das doenças. Os sacerdotes “médicos” vendiam talismãs com
orações usadas contra os ataques dos demônios.
Deitavam os doentes nas ruas para que os transeuntes receitassem
conforme suas prévias experiências em casos semelhantes.
Nos documentos assírios e babilônicos não há menção de hospitais, nem
de enfermeiros.
Já faziam pesquisas anatômicas em animais.

Período da Unidade Cristã

O cristianismo, indiretamente provocou uma transformação na organização


política e social, por meio da reforma dos indivíduos e da família. Surgiu, nesta
época, um grande espírito de humanidade, e muitos cristãos, levados a
procurar uma vida mais santa e caridosa, se reuniam em pequenas
comunidades, que se dedicavam à assistência do pobre, velho, enfermos e
necessitados, em casas particulares (chamadas diaconias) ou hospitais.
Os romanos cristãos até então perseguidos, após o Edito de Milão, ano
335, pelo qual Constantino dava aos cristãos a liberdade de culto,
transformaram seus palácios em casas de Caridade e inúmeros hospitais
cristãos foram abertos.
Foi uma época áurea para os hospitais. Destacou-se a atuação das
grandes Abadessas (Madres Superioras) na melhoria da assistência aos
enfermos e elevação do nível da enfermagem.
Entre elas, ressaltamos o valor da Santa Hildegarda (século XI), nascida
na Alemanha, proveniente de família nobre educada num convento desde
criança, tornou-se uma das mais célebres Abadessas, pelos seus grandes
conhecimentos de Ciências Naturais, Enfermagem e Medicina.
Escreveu sobre doenças do pulmão, verminose e icterícia. Dava grande
importância à água em seus tratamentos e recomendava às “enfermeiras” que
proporcionassem frequentes banhos nos pacientes.
Conta-se que conseguiu curas notáveis e que seus conhecimentos
médicos se sobrepunham aos dos homens mais notáveis de seu tempo.
Nesse período surgiram organizações, sob a forma religiosa - militar como:
as Cruzadas, Cavaleiros de Lázaro, Cavaleiros de São João de Jerusalém e
outras. Essas organizações religiosas - militares prestavam cuidados de
"enfermagem" aos doentes e aos feridos.
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O espírito de humanidade naquela época contribuiu muito para que os


enfermos recebessem um bom padrão de assistência, embora muito pouco
tenha sido relatado, especificamente sobre a enfermagem.
Um nome de destaque para a enfermagem é S. Francisco de Assis que
impulsionado pelo Evangelho resolveu viver o desapego às riquezas em pouco
tempo outros vieram pedir-lhe orientação para viverem do mesmo modo.
Com o objetivo de viver como pregava o Evangelho, praticavam obras de
caridade, visitavam hospitais, onde além de exortar os doentes, davam-lhes
banhos, curavam-lhes as feridas, arrumavam-lhes os leitos.
Sua popularidade atraiu discípulas fervorosas.
Escolas de Medicina- Datam da Idade Média os agrupamentos de escolas de
ensino superior sob o título de Universidade.

Período de Decadência da Enfermagem

A baixa do espírito cristão repercutiu diretamente na enfermagem, tanto na


quantidade como na qualidade das pessoas que se dedicavam ao serviço dos
enfermos. Os donativos e a generosidade foram diminuindo cada vez mais, e
os hospitais entrando em sérias dificuldades de funcionamento por falta de
recursos humanos e materiais.

Aos poucos, a decadência se agravava, ocasionando o fechamento de


muitos hospitais.

Outro fator que colaborou para a crise dos hospitais foi a Reforma
religiosa (onde a igreja se dividiu), provocada por Lutero na Alemanha,
Henrique VIII na Inglaterra e Calvino na Suíça, que expulsou dos hospitais as
religiosas que assistiam os doentes, especialmente na Inglaterra.

Os cuidados prestados aos enfermos passaram a ser dados por pessoas de


baixo nível social e qualificação pessoal. Esta atividade passou a ser um
trabalho árduo e de baixa remuneração, não havendo mais ou muito pouco, o
sentido cristão que regeu, por longa época, a razão que assistiu os
necessitados.
O desenvolvimento cientifico da enfermagem naquela época foi muito
pequeno, não conseguindo acompanhar o avanço que a Medicina tinha
conseguido alcançar.
Mas, no século XVII, surgiu S. Vicente de Paula, que fundou o Instituto das
Filhas de Caridade, que se dedicavam na assistência e que fizeram reerguer a
enfermagem. Este Trabalho deu a São Vicente de Paula o título de "Precursor
da Enfermagem Moderna".
No século XIX surgiu Florence Nigthingale, reformando totalmente a
enfermagem e iniciando uma outra fase para a profissão.
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Período do Sistema Nightingale

Florence Nightingale nasceu em 12 de maio


de 1820, em Florence na Itália. Era filha de
ingleses.

Possuía inteligência incomum, tenacidade de


propósitos, determinação e perseverança, o que lhe
permitiu prevalecer suas ideias perante políticos e
oficiais do Exército. Dominava com facilidade o
inglês, o francês, o alemão, o italiano, além do
grego e latim. Viveu por muitos anos, buscando
sempre se aprimorar. Discutia história e literatura
como poucas damas de sua época.

Sua tendência para tratar os enfermos


manifestou-se desde a infância: crianças e animais doentes recebiam seus
solícitos e habilidosos cuidados.

Aos 24 anos, quis praticar em hospital, porém sua mãe não permitiu,
pois as condições dos hospitais ingleses naquela época justificavam os
temores de sua mãe.

O pessoal a serviço dos doentes era dividido em dois grupos: o primeiro,


diminuto, compunha-se de religiosas católicas e anglicanas, que começavam
apenas a se organizar; o segundo numeroso, era formado de pessoas sem
educação e sem moral. A maioria se embriagava.

Não fosse Florence dotada de tão decidida vocação e marcada


personalidade, desistiria diante dos imensos obstáculos que se lhe opunham.
Entretanto, perseverou e conseguiu a autorização para fazer estágios na
instituição Kaiserswerth, reconhecida pela moralidade e pelos elevados ideais
de seus fundadores.

Passou três meses na instituição que contava com um hospital com 100
leitos, além de outras obras de assistência.

Lá trabalhavam 49 diaconisas.

Florence apreciava a vida ativa e útil que tanto sonhara e que, então
começava a ser uma realidade. “Em carta a sua mãe, diz:” Isto é vida. Agora
sei o que é viver e amar a vida”. Sobre o ensino da enfermagem, porém, não
achou que correspondesse a seus desejos, o que é fácil compreender. Seus
dotes eram excepcionais, sua visão muito larga, encarando o problema com
horizontes mais amplos e o preparo de enfermeiras em bases mais científicas.

Depois, procurou fazer também um estágio na França, com as Irmãs de


Caridade, lá ficando apenas algumas semanas.
14

Em suas numerosas viagens, observou a enfermagem em seu próprio


país, na França, na Alemanha, na Áustria e na Itália, publicando estudos
comparativos das mesmas. Desde então, acompanhou-a o desejo de fundar
uma escola de enfermagem em novas bases.

Em 1854 rebentou a guerra da Criméia (a Inglaterra, a França e a Turquia


declaram guerra à Rússia).
Enquanto os feridos franceses e russos eram tratados por Irmãs de
Caridade, os soldados ingleses acham-se no maior abandono e a mortalidade
entre os hospitalizados era de 40%.

Florence escreveu ao Ministro da Guerra, Sr. Sidney Herbert,


oferecendo seus serviços.
Florence partiu para Scutari com 38 voluntárias entre religiosas e leigas
vindas de diferentes hospitais. Encontraram um hospital com 4000 feridos.
Prevendo deficiência das coisas mais necessárias, levara reforço de roupas,
remédios e provisões.

Apesar do excessivo trabalho das enfermeiras, não descuidou de nada


que reputava indispensável a uma boa enfermagem. Organizou a lavanderia e
a cozinha, proporcionou livros e distrações aos convalescentes, e teve a
satisfação de ver a mortalidade baixar para 2%.

Não contente com o desempenho de sua tarefa, levava a solicitude a


ponto de percorrer as enfermarias, à noite, com sua lâmpada, que era um raio
de esperança para os feridos.
Os soldados fazem dela anjo da guarda e ela passou a ser imortalizada
como a "Dama da Lâmpada".

Quem conhece um pouco a complexidade de um serviço hospitalar,


pode fazer ideia do que foi o trabalho daquelas 38 enfermeiras. Uma para cada
100 feridos, depositados aos 400 e aos 500 de uma só vez, em colchões no
chão do hospital, por falta de leitos, com as roupas cheias de sengue e lama
colando-se aos ferimentos, precisando, na maioria das vezes de cuidados
urgentes.

Essa foi, verdadeiramente, a prova de fogo de Florence. Aí revelou, mais


do que nunca, os tesouros da sua bondade, sua capacidade de trabalho e
organização e o resultado de sua pertinaz observação e sábia crítica do que se
fazia, até então nos serviços hospitalares.

Dispensou seus cuidados a dois hospitais em Scutari. Sua


correspondência, que procurava manter em dia, para manter o interesse de
seus amigos pelos feridos, oferece minúcias pitorescas de sinceridade e
realismo:
““. os velhos reformados, mandados para cuidar dos
doentes e feridos, não possuem a menor condição para o
trabalho; os soldados devem tratar uns dos outros... Não
15

foram tomadas medidas suficientes para o tratamento


dos feridos... Não há material para curativos e nem quem
os faça. Não há quem zele pelos hospitalizados..."
"Tivemos muita sorte com os médicos. Dois são verdadeiros
brutos e quatro verdadeiros anjos, porque este é um
trabalho que transforma em anjos ou demônios aos que o
fazem. Temos, no momento quatro filas de camas muito
próximas, separadas apenas o bastante para uma pessoa
passar entre elas. Há feridos deitados até junto à porta do
nosso quarto, e estamos desembarcando mais quinhentos e
quarenta. As mulheres inglesas, que estão sob minhas
ordens, são mais difíceis de governar do que 4000 homens.
Não devem deixar vir ajudar-nos aqueles que não tenham o
hábito da fadiga e privações...” Cada 10 minutos nos
chamam para estancar, de qualquer modo uma hemorragia,
enquanto procuram um cirurgião. Em nosso corredor, creio
que não se encontra um ferido, ao qual não falte um
membro. É enorme a mortalidade entre os operados. As
operações são feitas na própria enfermaria. “Arranjei um
biombo para as amputações, pois quando um pobre soldado
que deve ser operado vê seu companheiro morrer no ato
operatório, fica impressionado e isso diminui suas
possibilidades de êxito.”

Pouco a pouco foram mandadas novas enfermeiras; no fim da guerra eram


120, todos sob a direção de Florence. Algumas das primeiras voluntárias foram
despedidas por incapacidade de adaptação e, principalmente, por indisciplina.
Durante a Guerra, contrai o Tifo, doença infecciosa aguda causada pela
bactéria rickettsia, caracterizada por cefaleia intensa, febre elevada e contínua,
exantema maculoso generalizado, transmitida por ratos, piolhos, carrapatos e
pulgas. Apesar do seu precário estado de saúde, conservou-se Florence no
seu posto até o fim da guerra.

Pelos trabalhos na Criméia, recebeu um Prêmio do Governo Inglês de 40


mil libras, além de outras homenagens, não só do governo como também do
povo, e graças a esse prêmio, consegue iniciar o que para ela, era a única
maneira de mudar os destinos da enfermagem: criação de uma Escola de
Enfermagem no Hospital St. Thomas em Londres, 1860. Tinha 40 anos.

A saúde abalada não lhe permitiu dirigir a escola diretamente. Ficou


sempre em contato, porém, com a diretora, Mrs. Wardroper, que buscava suas
orientações nas menores coisas. As ambições de Florence ao fundar essa
escola eram nada menos que reformar a enfermagem em sua pátria e no
mundo inteiro, por meio de novas e numerosas escolas.

O ingresso de jovens educadas e de elevada posição social, e o cuidado


na seleção das candidatas, tornaram em breve uma belíssima realidade, o que
muito tempo não passara de um sonho.
16

Escreveu livros e artigos além de trazer uma reforma para a


enfermagem não somente na Inglaterra, mas nos vários países que adotaram o
Sistema Nightingale.

Morre em 13 de agosto de 1910, deixando florescente o ensino da


enfermagem. Tinha 90 anos.

As sementes lançadas por ela floresceram. Florence soube ver além da


mentalidade de seu tempo.

Lanterna turca usada por Florence na Criméia

JURAMENTO

"Solenemente em presença de Deus e desta Assembleia, prometo viver


uma vida honesta, praticando com fidelidade minha profissão. Abster-me-ei de
tudo quanto for prejudicial ou impróprio e não administrarei, nem tomarei por
minha conta remédios nocivos. Procurarei ser um dos colaboradores da equipe
de saúde, dedicando-me com paciência e lealdade ao bem estar de todos os
pacientes confiados aos meus cuidados. Farei tudo o que estiver ao meu
alcance para manter elevados os ideais de minha profissão, guardando o
segredo profissional durante toda a minha vida".
17

Enfermagem no Brasil

Desde a colonização do país, já se propunha a abertura de Santas Casas


de Misericórdia, muito comuns em Portugal. A primeira destas foi fundada em
1543, após a fundação da Vila de Santos, por Brás Cubas.
Quanto ao desempenho das atividades de enfermagem naquela época,
pouco se sabe, a não ser da atuação dos Jesuítas na fundação, direção e
manutenção das obras de caridade, auxiliados por voluntárias.
Entre os jesuítas, destacou-se o Padre José de Anchieta, que não se
limitou só à catequese, mas estendeu sua atenção ao campo da saúde e
educação, tão carentes naquela época.
Dada a grande atuação dos jesuítas na fundação, direção e
manutenção das obras de assistência, é de se supor que se encarregassem
eles próprios da supervisão e mesmo dos trabalhos gerais de enfermagem,
fazendo-se auxiliar pelos fiéis, aos quais ensinavam.
Também os escravos recebiam orientação de seus senhores para cuidar
de doentes particulares.
Qualquer pessoa podia iniciar-se no cuidado aos doentes e, após
pequena experiência intitular-se prático.
Em geral eram analfabetos. Outros mais educados, em lugares onde
não se havia médico, se orientavam por livros de medicina popular e
enfermagem caseira publicados em Portugal.
A própria ideia que se fazia da enfermagem, a falta de divulgação dos
conhecimentos científicos dessa época, simplificaram excessivamente as
exigências para o desempenho das funções atribuídas aos enfermeiros.
Em 1852 as Irmãs de Caridade vieram para a Santa Casa do Rio de
Janeiro e à medida que aqui chegavam, iam-Ihes sendo entregues os
estabelecimentos de assistência.
No século XIX se abriram as primeiras escolas de medicina no Brasil.
Abriu-se junto a Escola de Medicina da Bahia, o curso de parteiras.
Relegadas as funções de enfermeira ao plano doméstico ou religioso,
sem nenhum caráter técnico ou científico, não se cogitava entre nós, do
preparo de profissionais.
Tempos depois os psiquiatras sentiram a necessidade de preparo para
os que dedicassem ao cuidado dos doentes mentais, vindo a ser fundada no
Rio de Janeiro a Escola Alfredo Pinto em 1890.
Mas infelizmente não foi dada real atenção para o que se passava em
diversos países, onde se difundia o Sistema Nightingale, desta forma a Escola
Alfredo Pinto iniciaria a reforma da enfermagem, mas com bases bem
rudimentares.
Assim sendo, na Enfermagem brasileira, no tempo do Império, raros
nomes se destacaram e entre, todos os voluntários, merece destaque especial
o nome de ANA NÉRI.
18

Ana Néri

ANA NÉRI nasceu em 13 de dezembro de


1814, na cidade de Cachoeira, na Província da
Bahia. Casou-se com Isidoro Antônio Néri,
oficial da armada, enviuvando aos 30 anos.
Teve três filhos, dos quais dois médicos
militares e um oficial do exército.
Em 1865 entrou o Brasil em guerra com
o Paraguai. Seus dois filhos, um médico militar
e um oficial do exército são convocados a
servir a Pátria.
Ana Néri não resiste à separação dos
filhos e escreve ao Presidente da Província,
colocando-se a disposição de sua Pátria.

“Eu me chamo Ana Justina Ferreira Néri. Sou mãe de três rapazes
que acabaram de partir para a guerra. Eles eram tudo o que tinha, pois
o pai morreu quando eu estava com 29 anos. Não podendo resistir à
saudade deles, suplico-lhe que me deixe acompanhá-los. Prometo que
trabalharei como enfermeira em qualquer hospital e em defesa de todos
aqueles que sacrificarem sua vida pela honra nacional e a integridade do
Império".

Parte a 15 de agosto de 1865 com 51 anos para os campos de batalha


onde dois de seus irmãos também lutaram. Improvisa hospitais e não mede
esforços no atendimento aos feridos. Retoma a Pátria 5 anos depois. Trazia
consigo 4 órfãos de guerra.
É acolhida com carinho e louvores. Recebe uma coroa de louvor e Vítor
Meireles pinta sua imagem que é colocada no Edifício do Paço Municipal. O
governo Imperial lhe concede uma pensão além de medalhas humanitárias.
Faleceu no Rio de Janeiro em 20 de maio de 1880, com 65 anos.
Vítor Meireles pintou o seu retrato em tamanho natural, o qual
se encontra exposto na sede da Cruz Vermelha Brasileira. No dia 5 de julho de
1870, Ana chegou à Bahia, indo ocupar um lugar de honra da
Câmara Municipal de Salvador.
A República, em 1926, também demonstrou seu reconhecimento dando
à primeira escola oficial de enfermagem de alto padrão no Brasil, fundada por
Carlos Chagas em 1923, o nome de "Ana Néri". Por outro lado, em 1938 o
presidente Getúlio Vargas assinou o decreto nº 2.956, que instituía o dia 12 de
maio como o "Dia do Enfermeiro", data em que em todos os hospitais e escolas
de enfermagem do país devem prestar homenagens especiais à memória de
Ana Neri,
Dentre outras manifestações recebidas pela heroína, cabe ressaltar,
ainda, que a Rua da Matriz, local onde ela nasceu, passou a se chamar Rua
Ana Néri. E que foi criado na cidade de Salvador, em um dos locais
mais visitados pelos turistas, o Pelourinho, o Museu Ana Néri, para
divulgar os aspectos mais significativos da vida da ilustre baiana, e
19

resgatar, ao mesmo tempo, a história da enfermagem brasileira, do século


XIX até a atualidade.

Já funcionava no Rio um curso de enfermagem da Cruz Vermelha


Brasileira, limitando-se, porém, a preparar enfermeiras para hospitais. Mas a
Reforma Sanitária que estava ocorrendo no país marcava a necessidade de
enfermeiras visitadoras.
Em 1921, chega ao Rio de Janeiro, um grupo de enfermeiras
visitadoras, por iniciativa de Carlos Chagas, diretor do Depto. Nacional de
Saúde Pública, criado em 1920, para realizarem um curso intensivo,
implantando no Brasil o Sistema Nigthingale.
Coube também a Carlos Chagas a iniciativa da fundação da primeira
Escola de Enfermagem, que procurou seguir o Sistema Nightingale Escola de
enfermeiras do Departamento Nacional de Saúde Pública -1923. somente em
1931 passou a ser denominada Escola de Enfermagem Ana Néry. Em 1937 foi
incorporada a Universidade do Brasil e só em 1947 foi reconhecida como
estabelecimento de ensino superior Em 1923, a Escola deu uma prova
evidente de suas vantagens. Durante um surto de varíola, enfermeiras e alunas
dedicaram-se aos doentes e enquanto em epidemias anteriores a mortalidade
chegava a 50%, daquela vez chegou a 15%.
A partir daí é que a enfermagem brasileira passou por seu
desenvolvimento maior. As primeiras enfermeiras obtiveram bolsa de estudo
nos Estados Unidos e a primeira diretora brasileira da Escola Ana Néri,
enfermeira Raquel Haddock Lobo teve sua preparação profissional na França e
Estados Unidos.
Muitas outras escolas foram abertas, seguindo o mesmo sistema, surgindo
daí líderes que atuaram em diversas entidades, como diretoras ou na
assistência aos enfermeiros, sempre voltadas para os três elementos que são
indispensáveis na profissão de enfermagem: Ideal, Arte e Ciência.
Em 1949, (Lei 775), surgiu a primeira Lei de Ensino de Enfermagem, que
criou o Curso de Enfermagem e determinou que a direção do Curso de
Enfermagem e do Curso de Auxiliar de Enfermagem deveriam ser
obrigatoriamente ocupados por enfermeiras(os).
Em 1955 com a Lei 2.604, definiu-se quem poderia praticar a enfermagem:

1. Enfermeiro.......................................................Lei 775/49
2. Obstetriz..........................................................Lei 775/49
3. Auxiliar de Enfermagem..................................Lei 775/49
4. Enfermeiro prático (5 anos).............................Lei 2604/55
5. Prático de Enfermagem (2 anos)....................Lei 2604/55

Decreto 23.773 de 22/01/34 define Enfermeiro Prático como aquele que


tem 5 anos de prática no hospital.
Decreto 8778 de 22/01/46 define o prático de enfermagem como aquele
que tem 2 anos de prática e que fizeram exames para adquirir tal título.
Em 1961, surge a Lei de Diretrizes e Bases, n° 4024, que abre largos
horizontes para a formação dos mais variados profissionais em nível técnico.
20

Isto despertou grande interesse de várias escolas de enfermagem para esse


tipo de ensino de grau médio.
As escolas de enfermagem da Universidade Federal do Rio de Janeiro e
Luiza de Marilac da PUC no Estado da Guanabara promoveram os estudos
preliminares para a abertura de tal curso Colegial Técnico, o que se realizou
em 1966. Aos 4 de março de 1966 entra também em funcionamento a Escola
Técnica de Enfermagem Catarina Labouré, de Curitiba -PR.
O Conselho Federal de Educação aprovou a criação dos Cursos em
parecer n° 171 de 1966.
A figura do Técnico de Enfermagem ficou delineada pelo Parecer n° 45/72,
do Conselho Federal de Educação, publicado para a implantação da Lei n°
5692/71: diplomado em curso regular seriado, com duração mínima de 3 anos
de estudos teórico-práticos.
No dia 25 de junho de 1986 o Presidente da República Sr. José Sarney,
sancionou a Lei n° 7498 que dispôs sobre a regulamentação do Exercício da
Enfermagem em todo o território brasileiro, determinando o que cada categoria
de Enfermagem deve executar, e obrigando o AT ENF para no prazo de 10
anos estudar e tornar no mínimo Auxiliar de Enfermagem, vetando alguns. O
ministro do trabalho na época era o Sr. Almir Pazzianotto Pinto (D.O.E.
26/06/86).
Em 8 de junho de 1987, o Presidente Itamar Franco assina o Decreto n°
94.406, que regulamenta a Lei n° 7498, como havia no disposto a anterior no
artigo 25 de que esta seria regulamentada pelo Poder Executivo, no prazo de
120 dias a partir da data de publicação. Agora sem os vetos.

Para encerrar esta breve dissertação sobre a história da enfermagem no


Brasil, acho interessante citar o que diz Waleska Paixão (Diretora Escola Ana
Néri da Universidade do Brasil) em 1963 em seu livro intitulado “Páginas de
História da Enfermagem”.

“Após a fundação da primeira escola de alto padrão de enfermagem no


Brasil que foi o marco inicial de uma nova época para a enfermagem”. Não
podemos dizer, porém, que realizamos uma reforma na enfermagem.
Estamos nos primeiros passos. Poderíamos ter maior recrutamento se
as jovens de nossa sociedade tivessem compreendido a elevação da profissão
que lhes oferece como um dos melhores meios de trabalhar para a grandeza
nacional.
Ainda estamos precisando de pioneiras, dispostas a enfrentar
preconceitos sociais, dificuldades de adaptação, luta contra a situação precária
e anti-higiênica de muitos de nossos hospitais, oposições e incompreensões,
partidas, muitas vezes do que deveriam ser os mais eficazes colaboradores.
O Governo deve encarar seriamente o problema da enfermagem como
de capital importância, quer do ponto de vista da educação, quer da saúde.
Não basta planejar serviços. É preciso obter para os mesmos pessoal técnico,
numeroso e competente.”
21

SIMBOLOGIA APLICADA À ENFERMAGEM

Os significados dados aos símbolos utilizados na Enfermagem são os


seguintes:

 Lâmpada: caminho, ambiente;


 Cobra: magia, alquimia;
 Cobra + Cruz: Ciência;
 Seringa: Técnica;
 Cor verde: paz, tranquilidade, cura, saúde;
 Pedra da Enfermagem: esmeralda;
 Cor que representa a Enfermagem: verde esmeralda;
 Símbolo: LÂMPADA.

PROCESSO DE ENFERMAGEM

O processo de enfermagem é uma atividade do enfermeiro, cuja


abordagem visa solucionar problemas e atender as necessidades de
assistência à saúde dos pacientes e de enfermagem, esse processo é contínuo
e aborda as seguintes etapas:

Investigação: coleta sistemática de dados para determinar o estado de saúde


do paciente e identificar quaisquer problemas reais ou potenciais, divide-se em:
a) Anamnese de Enfermagem: em que se faz a entrevista do paciente, da
família e procura estabelecer relacionamento de confiança
paciente/enfermagem.
b) Exame Físico: detecta alterações, limitações e recursos do paciente,
preservando a individualidade, responsabilidade e conforto do paciente.

Diagnóstico: identificação dos problemas de saúde do paciente, suas


características particulares, etiologias, através da análise e resumo dos dados
coletados.

Planejamento: atribui prioridades aos problemas mais urgentes e críticos.


 Especifica os objetivos a curto, médio e longo prazo estabelecido pelo
enfermeiro e paciente juntos.
 Inclui atividades de enfermagem independentes bem como a prescrição
médica.

Implementação: concretiza o plano de atendimento por meio de intervenções,


supervisão do enfermeiro.

Avaliação: determina o sucesso da assistência de enfermagem e a


necessidade de se alterar o plano de cuidados. A avaliação contínua oferece
um meio de manter a viabilidade de todo processo de enfermagem e de
demonstrar a responsabilidade pela qualidade da assistência oferecida.
22

O Técnico em Enfermagem executa os procedimentos prescritos pelo


enfermeiro e participa do planejamento da assistência de enfermagem,
auxiliando no levantamento dos problemas e suas resoluções.

Exemplo de Prescrições de Enfermagem

https://www.slideshare.net/IcaroWine/sae-aplicada-ao-dpoc-enfermagem. Published
in: Health & Medicine. Published on May 15, 2016. Araújo. Icaro
23

RELATÓRIO DE ENFERMAGEM

A anotação de Enfermagem representa a comunicação escrita dos fatos


essenciais, de modo a manter uma história contínua dos acontecimentos
durante um período de tempo em que o cliente seja assistido pela equipe de
Enfermagem. (ITO et al., 2011)

A maneira de relatar sinais e sintomas poderá certamente variar em


alguns aspectos, mas os princípios serão sempre os mesmos.
Em qualquer situação, quer hospitalar, domiciliar ou clínica é importante
que todos os sinais e sintomas significativos sejam anotados no prontuário do
paciente. do cliente e servir de fonte de dados para processo administrativo,
legal, de ensino e pesquisa. Os registros podem ser do tipo manual, escrito à
tinta e nunca a lápis, eletrônico de acordo com a legislação vigente. Os
hospitais têm autoridade para definir as suas próprias exigências de
documentação, comprobatórios das ações de Enfermagem, desde que, elas
estejam comprometidas com os padrões éticos e legais e constem do manual
de organização do serviço de enfermagem.

O registro deve ser feito de modo narrativo e descritivo.

A importância das Anotações de Enfermagem

Ao Cliente

O cliente tem o direito que o seu prontuário esteja elaborado de modo


adequado, que todas as informações acerca do tratamento, exames
realizados e condições gerais estejam devidamente descritas. (ITO et al.,
2011)

Aspecto Legal:

Considerando a Resolução COFEN – 240/2000, que aprova o Código de


Ética dos Profissionais de Enfermagem, destaca-se o Capítulo V das
Proibições: no Art. 64 consta que “É proibido assinar ações de Enfermagem
que não executou, bem como permitir que outro profissional assine as que
executou”.

O conteúdo das anotações sobre os fatos a ser relatado deve ser


correto, completo e objetivo, servindo para a defesa legal. A ausência de
anotações sem os requisitos mencionados poderá provar o inverso, isto é , a
falta ou a má qualidade da assistência de Enfermagem. (OGUISSO, 1975).

A anotação incorreta, incompleta, falseada ou inexistente dos fatos


relacionados com o paciente, pode caracterizar um delito e acarreta punições
previstas, tanto na Lei do Exercício Profissional da Enfermagem, como no
Código Penal Civil Brasileiro.
24

Ainda de acordo com a DECISÃO COREN-SP-DIR/001/2000, de 2018,


homologada pelo Conselho Federal de Enfermagem, pela decisão COFEN nº
019/200, de 13 de março de 2000, normatizam-se no Estado de São Paulo os
princípio gerais para ações que constituem a Documentação de Enfermagem e
resolve-se que:

 Art.1 – O registro deve ser claro, objetivo, preciso, com letra legível.
 Art.2 – após o registro deve constar a identificação do autor constando
nome, COREN e carimbo.
 Art.3 – o registro deve constar em impresso devidamente identificado
com dados do cliente, e completado com data e hora.
 Art. 4 – O registro deve conter subsídios para permitir a continuidade do
planejamento dos cuidados de enfermagem nas diferentes fases e para
o planejamento assistencial da equipe multiprofissional.
 Art. 5 – O registro deve permitir e favorecer elementos administrativos e
clínicos para a auditoria de enfermagem.
 Art. 6 – O registro deve fazer parte do prontuário do cliente e servir de
fonte de dados para processos administrativos, legais, de ensino e
pesquisa
 Art. 7- Os registros podem ser: manual (escrito a tinta e nunca a lápis)
ou eletrônico (de acordo com a legislação vigente).

Como Realizar as Anotações:

 Letra legível.
 Informação objetiva.
 Realizar o relatório por Tempo e Evento.
 Conter Nome Completo e COREN (Carimbo) após carimbar, rubricar.
 Inexistência de rasura. Caso haja, colocar o termo ou texto entre vírgulas
ou parênteses seguida da palavra digo ou sem efeito.
 Não deixar espaços.
 Não deixar entrelinhas.
 Não deve possuir borrões e emendas.
 As informações devem ser: corretas, organizadas e completas.
 As abreviaturas quando normatizadas pela Instituição podem ser
usadas.

Seguem algumas sugestões de conteúdo de anotação de Enfermagem


que devem constar nos prontuários.(ITO et al., 2011)

Ao iniciar o plantão

Anotar as condições gerais em que o cliente encontra-se no momento


inicial do plantão, tais como:

 Condições gerais e sintomas: acordado, dormindo, orientado,


desorientado (especificar se é no tempo e/ou espaço), alerta,
hipoativo, hiperativo, sonolento, calmo, agitado, comunicativo, não
25

comunicativo, gemente, responde a estímulos verbais, físicos a


pressão, náuseas, tontura.
 Condições físicas e sinais: coloração e aspecto de mucosas e
pele (quando houver alterações), dados referentes a locomoção
do cliente,
 Presença e aspecto dos dispositivos (acesso venoso periférico,
sonda nasoenteral, sonda vesical de demora, tubos, cateteres...),
uso de equipamentos (monitores, respiradores, nebulizadores).A
anotação deve seguir a ordem céfalo caudal.
 Sinais Vitais: temperatura, pressão arterial, frequência cardíaca,
frequência respiratória e dor. Anotar os valores numéricos
aferidos. (quando houver alterações nos parâmetros).

Anotar os dados referentes às atividades ocorridas no período e as


condições relatadas pelo cliente.

 Alimentação: aceitação ou não , causas da recusa, forma de


alimentação (oral, enteral, parenteral) e quantidade.
 Cuidado corporal: higiene (tipo de banho, higiene íntima, oral,
cuidado com cabelos, unhas), conforto (mudança de decúbito),
hidratação e massagem corpórea).
 Eliminação vesical: aspecto, volume e frequência das
eliminações.
 Eliminação intestinal: aspecto (coloração e consistência),
quantidade e frequência.
 Visitas recebidas: identificação das visitas.
 Terapêutica e procedimentos realizados: realização de
medicação, curativos, aspiração, coleta de exames, punção
venosa, encaminhamento para exames, transferências,
orientações.
 Acidentes e intercorrências (se houver): quedas, evasão,
alterações comportamentais e as condutas tomadas às
intercorrências.

Modelo de Anotação de Enfermagem em Situações específicas

Lesão de Pele e Curativo

 Tipo de lesão (por pressão, ferida operatória, incisão cirúrgica, etc).


 Localização da lesão.
 Caracterização do leito da ferida: aspecto do tecido (descrever da forma
como está vendo, por exemplo: tecido amarelado no centro e rosado nas
bordas)
 Presença de exsudato: registrar aspecto, quantidade e odor).
 Tamanho da lesão: extensão (altura e largura) e profundidade.
 Tipo de curativo (aberto, fechado, compressivo).
 Produto utilizado.
 Queixas do cliente (dor, dificuldade de movimentação).
26

Exemplo

Data/hora Assinatura
.....................................Relatório..............................................
02/02/2019 8h Apresenta lesão por pressão em região sacral (10x7cm) com 3cm de pro-
fundidade, apresentando tecido rosado ao centro, pontos enegrecidos e
amarelados nas bordas, exsudato em média quantidade de aspecto esver-
deado. Realizado curativo oclusivo com papaína à 2% e AGE em bordas.-- Maria P. Silva
RA 3313CTL
Referiu dor durante a manipulação da ferida. ------------------x---------------------

Sinais Vitais

Anotar que a verificação foi realizada. Os valores numéricos aferidos


devem ser anotados quando houver alterações nos parâmetros).

Data/hora Assinatura
.....................................Relatório..............................................
02/02/2019 8h Verificado os sinais vitais; PA 170x90mmHg, FC 93 bpm. Comunicado en- Maria P. Silva
RA 3313CTL
fermeira Carla e medicada conforme item 5 da prescrição médica.------------
9h MariaP.Silva
Realizada a aferição da PA que encntra-se130x80mmHg.------------------------ RA 3313CT

Ao Iniciar o plantão

Anotar as condições gerais, Condições físicas e sintomas quando apresentar


alterações, sinais vitais e dispositivos apresentados

Data/hora Assinatura
.....................................Relatório..............................................
02/02/2019 7h Cliente encontra-se acordado, orientado quanto a tempo e espaço, apresen-
ta equimose no MSD na região do antebraço. Verificado SSVV; temperatu-
Maria P. Silva
ra axilar encontra-se 38.1°C. Mantém SNE com dieta em BI à 50 ml/h, cate-
RA 3313CTL
ter de oxigênio tipo óculos O2 3l/min, AVP no dorso da mão direita.-----------
7:20 MariaP.Silva
Administrado a medicação conforme item 3 da prescrição médica.------------- RA 3313CT
27

HOSPITAL CTL Paciente:


Registro: Clínica Médica

Data/hora --------------------RELATÓRIO------------ ASSINATURA Data/hora ------------------------------RELATÓRIO------------- ASSINATURA


-------------------- -----------
28

BIBLIOGRAFIA

1. APOSTILA: Sinais e Sintomas, professora Eliane Covre Rebolla, Colégio


Técnico de Limeira – UNICAMP, 42p.

2. APOSTILA: Sinais e Sintomas, Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto –


USP.

3. BRUNNER & SUDDARTH, Tratado de Enfermagem Médico-Cirúrgica,


8ªed., Guanabara Koogan, RJ, Vol. 1, 1998.

4. COREN-SP, A nova face da sua história, 1966, 16p.

5. Diagnóstico de Enfermagem da NANDA: definições e classificação –


1999-2000/organizado por North American Nursing Association; trad. Jeanne
Liliane Marlene Michel. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000.

6. Diário Oficial do Estado, Conselho Regional de Enfermagem de São


Paulo, N°59 – Seção I – 28 de março de 2000, pág.61.

7. Dicionário Médico Blakiston, 2ªed. Organização Andrei Editora, São Paulo,


1979.

8. Glossário de Enfermagem, Disciplina Clínica Médica, Escola de


Enfermagem de Ribeirão Preto - USP, 1978.

9. HORNEMANN, G.V., Procedimentos Básicos de Enfermagem, São Paulo:


EPU, 1977.

10. MCCLAIN, M.E. & GRAGG, S.H. Princípios Científicos de Enfermagem,


Rio de Janeiro: Científica, 1970.

11. NETTINA, S.M. Prática de Enfermagem, 6ªed., Guanabara Koogan, RJ,


Vol. I pág.3-9, 1998.

12. PAIXÃO, W. História da Enfermagem, 5ªed. Rio de Janeiro: Editora Júlio C. Reis,
1979.

13. SIMÕES, C. Glossário de Enfermagem, São Paulo, Livraria Atheneu, 1983.

14. TURKIEWICZ, Ir. M. História da Enfermagem, Paraná, Etecla, 1988, 49p.


29

15. Fundamentos de Enfermagem: Enfermagem: passado-presente-futuro, p.3-9.

16. ITO, Elaine Emi et al. Anotações de Enfermagem. 1ª edição. São Paulo: Martinari,
2011.
30

Parte II

Terminologia Aplicada à Enfermagem


31

TERMINOLOGIA APLICADA A ENFERMAGEM

ABSCESSO: Coleção localizada de pus.

ADERÊNCIA: União de duas superfícies normalmente separadas.

ADIPOSE: Relativo à gordura.

AFAGIA: Incapacidade de deglutição.

AFASIA: Incapacidade de falar.

AGUDO: Que apresenta curso breve, relativamente grave.

ALUCINAÇÃO: trata-se da “percepção” sem objeto, ou seja, ouvir vozes que


ninguém em volta está ouvindo, ver objetos ou figuras que não estão presentes
e assim por diante.

ANEURISMA: Bolsa formada por dilatação de uma artéria.

ANGINA PÉCTORIS: Dor no peito.

ANOREXIA: Perda do apetite.

ANOXEMIA: Diminuição da quantidade de oxigênio no sangue, abaixo dos


níveis fisiológicos.

ANÓXIA: Ausência de oxigênio, situação incompatível com muitas formas de


vida.

ANTIPIRÉTICO: Agente que reduz a febre.

ANTISSEPSIA: Conjunto de meios para impedir a multiplicação bacteriana em


tecidos vivos.

ANÚRIA: Ausência de excreção urinária.

APATIA: Falta de sentimento ou emoção.

APLASIA: Desenvolvimento defeituoso ou ausência de um tecido ou órgão. Ex:


aplasia de medula óssea.

APNÉIA: Período de cessação da respiração.

ARTERIOSCLEROSE: Espessamento, endurecimento e perda da elasticidade


das paredes arteriais.
32

ARRITMIA: Irregularidade do ritmo cardíaco.

ASCITE: Acúmulo anormal de líquido na cavidade peritoneal.

ASFIXIA: Sufocação.

ASPIRAÇÃO: Ato de sugar; remoção de líquido ou gases de uma cavidade.

ASSEPSIA: Conjunto de meios usados para prevenir a penetração de


microorganismos em um local que não os contenha.

ASSÉPTICO: Livre de microorganismos.

ASTENIA: Ausência ou perda de força; fraqueza.

ATAXIA: Perda de coordenação dos movimentos.

ATELECTASIA: Expansão incompleta do pulmão no momento do nascimento;


colapso de uma parte do pulmão.

ATEROSCLEROSE: Um tipo de arteriosclerose devido formação de depósitos


gordurosos e fibrosos na parede interna das artérias.

ATONIA: Abolia do tônus muscular.

ATRESIA: Imperfuração ou oclusão de uma abertura ou canal normal, como o


ânus, a vagina, o esôfago, o meato auditivo ou a pupila.

ATROFIA: Diminuição do tamanho de uma célula, tecido, órgão ou região.

AUSCULTA: Escutar, ouvir sons no organismo.

BIÓPSIA: Extirpação de um fragmento de tecido vivo com finalidade


diagnóstica.

BOLHA: Grande vesícula ou flictena, no interior ou abaixo da epiderme, cheia


de linfa ou de soro.

BRADICARDIA: Batimentos cardíacos lentos, com frequência inferior a 60


batimentos por minuto.

BRADPNÉIA: Ritmo respiratório lento.

CALAFRIO: Arrepio, acompanhado de breve tremor com sensação de frio.


Anota-se a hora em que se apresenta o calafrio e a sua duração; observa-se a
cianosidade das unhas e dos lábios e a lividez do rosto. A temperatura do
paciente deve ser tomada logo após o calafrio. Deve-se observar a presença
de sudorese, verificar se o calafrio aparece diariamente, sempre na mesma
hora, ou em dias alternados e se é acompanhado ou não de outros sintomas.
33

CÁLCULOS: Pedras formadas em várias partes do organismo, como vesícula e


rins.

CAQUEXIA: Fraqueza intensa e generalizada, desnutrição e emagrecimento.

CAQUÉTICO: Referente ou caracterizado pela caquexia.

CEFALÉIA: Cefalalgia; dor de cabeça. Ela é descrita com as palavras do


paciente e localizada de acordo com a região onde o mesmo acusa a dor
frontal, temporal, unilateral, parietal, occipital (nuca). Cerca de 70% das
cefaleias parecem ter por causa distúrbios gástricos, porém, podem ocorrer por
causa de intoxicação, uso excessivo da visão, distúrbios ovarianos, meningite,
abscesso ou tumor cerebral.

CHOQUE: Condição onde existe insuficiência do retorno venoso ao coração,


acarretando manifestações como: hipotensão, pulso fraco e filiforme,
taquicardia, desassossego, palidez e diminuição da excreção urinária. Pode ser
classificado, de acordo com o mecanismo em: cardiogênico, anafilático,
neurogênico, hipovolêmico e bacteriano.
CIANOSE: Coloração azulada da pele e mucosa devido à oxigenação
inadequada.

CISTITE: Inflamação da bexiga urinária.

CISTO: Saco, em geral contendo líquido ou material semi-sólido.

CISTOSCOPIA: Exame da bexiga urinária com instrumento que permite


visualização interna graças ao sistema de iluminação do aparelho
(Cistoscópio).

CITOSCÓPIO: Instrumento utilizado para diagnóstico e tratamento de lesões


de bexiga, do ureter e dos rins.

COLAPSO: depressão extrema, exaustão ou prostração, por causas físicas ou


psicogênicas.

COLOSTOMIA: Criação cirúrgica de uma abertura entre o cólon e a superfície


do corpo.

COMA: Estado de inconsciência da qual não se consegue despertar o


paciente. Ex: coma diabético: o paciente não interage com o meio ambiente e
apresenta hálito adocicado (maçã); coma urêmico: o paciente não interage com
o meio ambiente e o corpo exala cheiro de amônia.

CONSTIPAÇÃO: Motilidade intestinal reduzida, levando a um retardo anormal


na passagem das fezes; prisão de ventre.

CONSTRIÇÃO: Contração ou estreitamento.


34

CONTAMINAR: Poluir com microorganismos.

CONVULSÃO: Contração violenta ou série de contrações, involuntárias e


súbitas dos músculos esqueléticos, acompanhados ou não de perda de
consciência. Classificamos as convulsões em: clônicas ou intermitentes e
tônicas ou contínuas. As convulsões se apresentam em casos de neuropatias
infantis, histeria, epilepsia, eclâmpsia, tétano, uremia, verminoses,
envenenamento por estricnina ou início de certas meningites.

COPRÓLITO: Massa endurecida de matéria fecal nos intestinos.

CORIZA: Corrimento nasal.

COR PULMONALE: Cardiopatia devido a problemas na circulação pulmonar.

CRÔNICO: Prolongado; de longa duração.

CROSTA: Exsudatos que solidificam. Crostas podem também ser escamadas


quando se apresentam com tal aparência.

DEBRIDAMENTO: A retirada de tecido desvitalizado e de matéria estranha de


uma ferida.

DEFECAÇÃO: Evacuação intestinal.

DEGLUTIÇÃO: Ato de engolir alguma coisa.

DELÍRIO: Transtorno grave do estado mental, geralmente de instalação brusca,


caracterizada por confusão, incoerência, inquietação, distorção das sensações,
temores, alucinações, ilusões, excitação e desassossego: associa-se à febre,
intoxicação alcoólica ou medicamentosa, traumatismo cefálico e outras
encefalopatias. O delirium tremens é o delírio agudo dos alcoólatras,
geralmente acompanhado por movimentos desordenados das mãos. Pacientes
com delírio não devem ser deixados sozinhos, devem permanecer sob
vigilância.

DEPRESSÃO: Sentimento de melancolia ou tristeza.

DERMATITE: Inflamação da pele.

DESIDRATAÇÃO: Perda de água do corpo ou de um tecido.

DESINFECÇÃO: Destruição de germes patogênicos não esporulados por


meios químicos ou físicos; é usada comumente para objetos inanimados.

DESINFECÇÃO CONCORRENTE: Medidas para controlar a disseminação da


infecção. Ex: limpeza do leito hospitalar e do criado mudo.
35

DESINFECÇÃO TERMINAL: Medidas tomadas para destruir bactérias


patogênicas numa área que se encontra vaga pela alta de um paciente, pela
transferência do mesmo ou pelo óbito.

DESINFETANTE: Agente que destrói ou inibe os germes causadores de


doença.

DIAGNÓSTICO: Identificação de uma doença.

DIARRÉIA: Aumento do trânsito intestinal com eliminação de fezes amolecidas.

DIPLOPIA: Visão dupla: ver dois objetos onde existe apenas um.

DISARTRIA: Dificuldade na articulação de palavras.

DISFAGIA: Dificuldade de deglutição.

DISFASIA: Dificuldade de falar.

DISPNÉIA: Dificuldade de respirar.

DISTENSÃO ABDOMINAL: Aumento do abdômen devido à pressão interna


produzida por gases, líquidos ou outras causas.

DISTROFIA: Desenvolvimento deficiente.

DISTROFIA MUSCULAR: Doença caracterizada pela fraqueza progressiva e


atrofia dos músculos, é frequentemente hereditária.

DISÚRIA: Dificuldade ou dor à micção.

DIURESE: Excreção de urina de 24 horas.

DOENÇA: Moléstia ou enfermidade.

DOR: Alteração sensitiva que produz sofrimento ou mal-estar.

DORMÊNCIA: Entorpecimento de uma região por interferência com a função


nervosa; estado de uma região quando diz estar “adormecida”.

EDEMA: Acúmulo excessivo de líquido nos espaços dos tecidos (intersticial),


podendo este ser causado por problemas cardíacos, renais, tumor e problema
endócrino.

ELETROCARDIOGRAMA: Traçado gráfico da corrente elétrica produzida pela


contração do músculo cardíaco. Abreviadamente ECG.
36

ELETROENCEFALOGRAMA: Registro dos impulsos produzidos pelo cérebro.


Abreviadamente EEG.

ELETRÓLITO: Substância que, em solução aquosa, é capaz de produzir


corrente elétrica.

EMACIADO: Excessivamente magro.

EMBOLIA: Oclusão de um vaso sanguíneo por um corpo, geralmente um


coágulo, responsável por diversas síndromes, conforme tamanho do vaso
ocluído, a região irrigada e o caráter do êmbolo.

ÊMBOLO: Fragmento de substância estranha à corrente sanguínea, como um


coágulo sanguíneo, ar, gordura ou um corpo estranho, que é transportado pela
corrente sanguínea até se alojar em um vaso sanguíneo e obstruí-lo.

ÊMESE: Vômito; ato de vomitar.

EMPIEMA: Presença de pus em uma cavidade, um órgão oco ou um espaço


de organismo.

ENCEFALITE: Inflamação do cérebro.

ENDÊMICO: Peculiar a determinado povo ou região; aplica-se à moléstia que


ocorre mais ou menos constantemente em determinada localidade.
ENDOSCOPIA: Inspeção visual do interior de uma cavidade do corpo ou de
uma víscera.

ENDOSCÓPIO: Instrumento luminoso utilizado para endoscopia.

ENEMA: Clister; líquido injetado pelo reto com fins terapêuticos, diagnósticos.

ENFISEMA: Condição onde o alvéolo pulmonar está distendido ou roto em


resultado de pressão aérea.

ENTÉRICO: Referente ao intestino.

ENURESE: Incontinência urinária durante o sono.

EXSUDATO: Material com um elevado teor de proteína e células, que, na


inflamação, passa para os tecidos ou espaços adjacentes, através das paredes
vasculares.

EPIDEMIA: Surto extenso ou período de incidência exageradamente elevada


de uma moléstia, de uma comunidade ou região.

EPISTAXE: Hemorragia nasal.


37

EQUIMOSE: Extravasamento de sangue nos tecidos subcutâneos, alterando a


coloração da pele; qualquer extravasamento de sangue nos tecidos moles,
sendo doloroso à palpação. Aparece após uma contusão.

ERITEMA: Rubor cutâneo que ocorre em placas de tamanho e forma variáveis.


É caracterizado por manchas rubras em diversas regiões do corpo, ocorrendo
por congestão dos capilares. Pode ter diversas causas, como o calor, certos
medicamentos, os raios ultravioletas,...

ERUPÇÃO: A erupção ou enrubecimento da pele deve ser cuidadosamente


descrita com minúcia, pela grande variedade de aspecto, que pode apresentar.
Observar:
a) Pele rubra, áspera ao tato, com ou sem febre;
b) Pontos salientes que desaparecem sob pressão do dedo;
c) Pequenas espinhas (acne);
d) Vesículas (flictenas);
e) Se a erupção é rosada ou vermelha;
f) Se é dolorosa, com prurido ou não;
g) Se é úmida, seca ou escamosa.
A erupção pode apresentar-se como: eritema, mácula, pápula, vesícula,
pústula, crosta, púrpura, equimose e urticária.

ESFIGMO: Expressão que significa pulso.

ESFIGMOMANÔMETRO: Instrumento para medir a pressão arterial sanguínea.

ESPASMO: Contração muscular brusca.

ESTASE: Parada do fluxo do sangue ou de outros líquidos orgânicos.

ESTENOSE: Estreitamento anormal de uma passagem ou canal.

ESTÉRIL: Isento de germes.

ESTERILIZAÇÃO: Processo que elimina microrganismos inclusive esporos;


tornar um indivíduo incapaz de reproduzir.

ESTETOSCÓPIO: Instrumento de ausculta e detecção de sons originados no


interior do corpo.

ESTOMATITE: Inflamação dos tecidos moles da boca.


ESTUPOR: Inconsciência parcial ou quase completa, paciente só pode ser
despertado por estímulos rigorosos e repetidos.

EUPNÉIA: Respiração normal, regular e sem esforço.

EVACUAÇÃO: Eliminação de fezes.


38

EXERCÍCIO ATIVO: Exercício devido ao esforço voluntário do paciente.

EXERCÍCIO PASSIVO: Movimentação de partes do corpo por outra pessoa


sem o auxílio voluntário nem a resistência por parte do paciente.

EXOFTALMIA: Projeção do globo ocular uni ou bilateralmente.

EXPECTORAÇÃO: Substâncias estranhas que se encontram no pulmão, nos


brônquios, ou na traqueia e são eliminadas através da tosse.

EXTRAVASAMENTO: Escape de sangue de um vaso para os tecidos.

FEBRE: Elevação da temperatura do corpo acima do normal, ≥ 37,5ºC.

FIBROMA: Tumor benigno composto principalmente de tecido conjuntivo


fibroso. Este tecido inclui tendões, ligamentos e membranas fibrosas.

FISSURA: Fenda, sulco, rachadura.

FÍSTULA: Comunicação anormal, congênita ou adquirida, entre duas


superfícies ou outra estrutura oca e o exterior.

FLATULÊNCIA: Presença de gás, em quantidade excessiva, no estômago ou


no trato intestinal.

FLEBO: Expressão que significa veia.

FLEBITE: Inflamação de uma veia.

GAVAGE: Método empregado para introduzir líquidos no estômago através de


uma sonda.

GERMICIDA: Agente que destrói germes.

GLICOSÚRIA: Presença de glicose na urina.

HALITOSE: Hálito de odor fétido ou extremamente desagradável.

HEMATO: Radical que designa sangue.

HEMATÊMESE: Vômito de sangue.

HEMATOMA: Coleção extravascular circunscrita de sangue, habitualmente


coagulado, formando uma massa.

HEMATÚRIA: Emissão de urina contendo sangue.


39

HEMIPARESIA: Abolição não completa de força muscular de um lado do corpo.

HEMIPLEGIA: Paralisia de um lado do corpo; abolição da motilidade voluntária


de uma metade do corpo.

HEMOFILIA: Doença sanguínea hereditária, na qual faltam os elementos


necessários à coagulação sanguínea.

HEMÓLISE: Destruição de hemácias com consequente liberação de


hemoglobina.

HEMOPNEUMOTÓRAX: Coleção de sangue e ar dentro da cavidade pleural.

HEMOPTISE: Expectoração de sangue ou escarro sanguinolento dos pulmões.

HEMORRAGIA: Perda de grande quantidade de sangue dos vasos


sanguíneos.

HEMORRÓIDA: Varizes na parede retal inferior ou na parede anal.

HEMOSTASIA: Contenção de uma hemorragia ou de um fluxo de sangue.

HEMOTERAPIA: Tratamento de doenças com sangue ou com derivados de


sangue.

HEMOTÓRAX: Acúmulo de sangue na cavidade pleural.

HEPATITE: Inflamação do fígado.

HIPER: Prefixo denotativo de excessivo, acima do normal.

HIPERALGESIA: Sensibilidade excessiva à dor.

HIPERÊMESE: Vômito excessivo.

HIPEREMIA: Aumento da irrigação sanguínea de um órgão ou região do corpo.

HIPERFAGIA: Excesso de ingestão de alimentos.

HIPERGLICEMIA: Concentração aumentada de glicose no sangue.

HIPERPLASIA: Aumento de tamanho do órgão devido a aumento do número


de células.

HIPERPNÉIA: Aumento da profundidade e da frequência da respiração.

HIPERPROTEINEMIA: Nível sanguíneo de proteína anormalmente elevado.


40

HIPERTENSÃO: Pressão sanguínea persistentemente elevada, variável


conforme a idade.

HIPERTERMIA: Aumento anormal da temperatura corporal, ≥ 37,5ºC.

HIPERTROFIA: Aumento anormal do tamanho de um órgão ou tecido, como


resultado de um aumento no tamanho da célula.

HIPERVOLEMIA: Aumento anormal no volume sanguíneo.

HIPO: Prefixo denotativo de pouco, abaixo do normal.

HIPOCALEMIA: Deficiência de potássio no sangue.

HIPOGLICEMIA: Redução do teor de glicose no sangue, abaixo dos níveis


normais.

HIPOPERFUSÃO: Redução do fluxo sanguíneo de uma região ou órgão.

HIPOPLASIA: Subdesenvolvimento de um tecido ou órgão, usualmente


associado a uma diminuição do número de células.

HIPOTENSÃO: Queda anormal da pressão sanguínea.

HIPOTERMIA: Temperatura corporal subnormal.

HIPOVOLEMIA: Volume sanguíneo baixo ou diminuído.

HIPOXEMIA: Redução do teor de oxigênio no sangue.

HIPÓXIA: Deficiência de oxigênio para os tecidos.

ICTERÍCIA: Cor amarelada da pele, das membranas mucosas e das


secreções.

ILUSÃO: trata-se de percepções deformadas, por exemplo: uma pessoa com


medo pode “ver”, na sombra de um galho de árvore sobre a janela, o braço de
um ladrão.

INALAÇÃO: Absorção de medicamentos pelas vias respiratórias.

INCISÃO: Corte ou ferimento de um tecido do corpo.

INCONTINÊNCIA: Incapacidade de reter urina e fezes.

INCUBAÇÃO: Fase de uma doença infecciosa que vai do momento de infecção


até o aparecimento dos primeiros sintomas.
41

INFECÇÃO: Invasão do organismo por microrganismos produtores de doenças


e a reação orgânica à sua presença.

INFECÇÃO CRUZADA: Qualquer infecção que um paciente contrai de outro


paciente.

INFECCIOSO: Causado por infecção.

INFECTANTE: Capaz de produzir infecção.

INFESTAÇÃO: Invasão do organismo por artrópodes, incluindo insetos, ácaros


e carrapatos.

INFLAMAÇÃO: A reação dos tecidos a agressões ou danos caracterizados


clinicamente por calor, edema, rubor e dor.

INGUINAL: Virilha.

INSPEÇÃO: Exame visual do paciente no todo ou em parte.

INSPIRAÇÃO: Ato de levar ar para os pulmões.

INSTILAÇÃO: Introdução de um líquido em uma cavidade gota a gota.

INTERCELULAR: Entre as células.

INTERCOSTAL: Entre as costelas.

INTERDIGITAL: Entre os dedos.

INTERGLÚTEO: Entre as nádegas.

INTRACARDÍACO: Dentro do coração.

INTRA-UTERINO: Dentro do útero.

ISQUEMIA: Diminuição local do suprimento sanguíneo, por obstrução do fluxo


arterial ou por vasoconstricção.

LACERAÇÃO: Ferimento produzido por rasgamento ou dilaceração do tecido.

LESÃO: Área aberta ou fissura na superfície cutânea.

LEUCORRÉIA: Corrimento vaginal esbranquiçado, que em pequena


quantidade é considerado normal na época da ovulação, antes da menarca ou
no período da menstruação. Ph vaginal: 3,5 – 4,5. Corrimento profuso leitoso
ocorre quando há queda de resistência do organismo e ocorre invasão de
E.coli, estafilococo e estreptococo no canal vaginal.
42

LINFA: Líquido dos vasos linfáticos, coletado a partir do líquido intersticial;


exsudato.

LIPOTIMIA: Tontura, atordoamento. Difere da vertigem por não apresentar a


sensação de giro externo. Deve-se descrever o sintoma especificando a sua
duração, a ocasião em que aparece e o número de repetições.

LISE: Declínio gradual de uma temperatura elevada.

MÁCULA: Mancha; zona corada da pele sem elevação.

MEATO: Abertura ou passagem.

MELENA: Presença de sangue nas fezes.

MEMBRANA MUCOSA: Membrana de revestimento das cavidades e dos


canais que se comunicam com o ar. Mantém-se úmida graças à secreção de
diversos tipos de glândulas.

METEORISMO: Distensão abdominal por gases.

MIASTENIA: Síndrome caracterizada por diminuição progressiva da força em


um grupo determinado de músculo.

MIASTENIA GRAVE: Distúrbio na transmissão neuromuscular dos músculos


voluntários do corpo. Deficiência de acetilcolina nas terminações
neuromusculares. Crise miastênica é uma impossibilidade súbita de deglutir,
falar ou manter uma via aérea livre. Ocorre depressão respiratória, hipóxia
cerebral podendo levar o paciente à morte. O paciente apresenta face
sonolenta, diplopia e ptose palpebral.

MICÇÃO: Ato de urinar.

MIDRÍASE: Dilatação da pupila ocular.

MIOCÁRDIO: Músculo cardíaco.

MIOSE: Constrição da pupila ocular.

MÓRBIDO: Patológico, anormal, insalubre.

NÁUSEA: Sensação de mal-estar na região do estômago, com aversão pela


comida e tendência a vomitar.
43

NECROSE: Morte localizada de um tecido.

NEURALGIA: Síndrome dolorosa limitada ao território de distribuição de um


nervo.

NISTAGMO: Movimento oscilatório dos globos oculares. Pode ser congênito,


adquirido, fisiológico ou patológico.

ÓBITO: Morte, falecimento.

OBNUBILAÇÃO: Turvação mental; pode preceder a perda da consciência. O


indivíduo está acordado superficialmente, mas existe revezamento de
excitabilidade e irritabilidade, alternando com sonolência.

OBSTIPAÇÃO: Constipação ou prisão de ventre rebelde.

OBSTRUÇÃO: Oclusão ou estenose, especialmente em se tratando de


vísceras ocas, ductos e vasos.

OLIGÚRIA: Secreção de uma quantidade diminuída de urina.

ONICOFAGIA: Ato de roer unhas.

OPSTÓTONO: Estado no qual a cabeça e os MMII estão recurvados para trás.

ORTOPNÉIA: Dificuldade para respirar, exceto quando em posição sentado ou


ereto.

OTOSCOPIA: Visualização do canal auditivo e da membrana do tímpano por


meio do otoscópio.

OTOSCÓPIO: Aparelho destinado a otoscopia.

PÁPULA: Pequena elevação pruriginosa e eruptiva da pele, circunscrita e


edematosa, que geralmente termina por descamação.

PARACENTESE: Punção; retirada de líquido de um espaço cheio de líquido,


por meio de uma agulha ou trocater ocos, a fim de aspirar o líquido ali contido.

PARADA CARDÍACA: Súbita e inesperada cessação dos batimentos do


coração.

PARALISIA: Perda ou diminuição da sensibilidade e do movimento ou somente


de uma dessas propriedades, total ou parcialmente, de um órgão interno ou de
algum membro. Este distúrbio pode ter origem diretamente no local afetado,
devido ao traumatismo de um nervo ou de medula que controla a parte em que
se manifestou a paralisia.

PARAPLEGIA: Paralisia das pernas ou de porções inferiores do corpo.


44

PARESIA: Paralisia moderada; perda incompleta da força muscular; fraqueza


de um membro.

PARESTESIA: Sensação de formigamento em uma ou várias partes do corpo.

PEDICULOSE: Infestação por piolhos.

PERINEAL: Região situada no homem entre o ânus e o escroto e na mulher


entre o ânus e a comissura posterior da vulva.

PETÉQUIA: Mancha ou hemorragia minúscula e arredondada em uma


superfície como pele, mucosa, etc.

PILOSO: Cabeludo; coberto de pelos.

PIRÉTICO: Referente à febre.

PIREXIA: Elevação da temperatura acima do normal; febre.

PIROGÊNIO: Qualquer substância que produz febre.

PIROSE: Azia. Sensação de ardor ou calor, do estômago até a garganta.

PLEURISIA: Inflamação da pleura: pleuriz.

PIÚRIA: Ocorrência de pus na urina.

PNEUMOTÓRAX: Acúmulo de gás ou ar na cavidade pleural.

POLIDIPSIA: Sede excessiva.

POLIFAGIA: Comer exageradamente.

POLIÚRIA: Secreção aumentada de urina.

POLIPNÉIA: Aumento anormal da frequência respiratória.

PROCTOSCOPIA: Inspeção do canal anal e do reto com um proctoscópio.

PROCTOSCÓPIO: Instrumento para inspeção do canal anal e do reto.

PROGNÓSTICO: Opinião médica a respeito da evolução de uma doença.

PROSTRAÇÃO: Exaustão extrema.


45

PROFILAXIA: Prevenção das moléstias; medidas que evitam a instalação ou a


difusão das moléstias.

PROLAPSO: Queda ou descida de uma parte ou de um órgão; procidência.

PROLIFERAR: Multiplicar: reproduzir por aumento do número.

PRÓTESE: Substituto de uma parte ausente, como: dente, mão, perna, etc.

PROTEINÚRIA: Presença de proteína na urina.

PRURIDO: Coceira.

PTOSE PALPEBRAL: Diminuição da fenda palpebral.

PULSO: Batimento de uma artéria sentida sobre uma proeminência óssea.

PÚRPURA: manchas vermelhas na pele ou mucosa, devido a um


derramamento de sangue no tecido conjuntivo (hemorragias), subcutâneo, pele
e serosa (revestidos de cavidade).

PURULENTO: Com pus.

PUS: Consiste num exsudato rico em neutrófilos, viscoso, cremoso, de cor


amarela pálida ou verde amarela, que varia com certos tipos de infecção
bacteriana.

PÚSTULA: Vesícula contendo pus.

QUADRIPLEGIA: Tetraplegia; paralisia dos quatro membros.

RESPIRAÇÃO: Meio através do qual o indivíduo troca os gases dos seus


pulmões com os da atmosfera.

RETENÇÃO URINÁRIA: Condição na qual a urina é acumulada na bexiga e


não é eliminada.

RUBOR: Vermelhidão na pele, notada na face e pescoço.

SENIL: Referente à velhice ou às doenças da velhice.

SIALORRÉIA: Salivação.

SÍNCOPE: Desmaio, por ser um estado de inconsciência temporária ou perda


dos sentidos, ocasionada por uma redução momentânea da irrigação cerebral.
46

SINAL: Evidência objetiva ou manifestação física da doença verificada por


aparelhos.

SÍNDROME: Grupo de sinais e sintomas que, considerados em conjunto,


caracterizam uma moléstia ou lesão.

SINTOMA: Transtorno físico ou mental que origina queixas no paciente, como


por exemplo, dor, cefaleia e tosse.

SONO: O sono é uma suspensão periódica e normal da consciência e da vida


de relação, durante a qual o organismo se separa da fadiga. Deve ser
cuidadosamente observado sob os seguintes aspectos: duração, agitação,
intervalos, fala,...

SUDORESE: Sudação exagerada, transpiração; é a eliminação de líquidos


pelas glândulas sudoríparas. Quando abundante, sem que a temperatura
ambiente a justifique, é uma anormalidade encontrada na tuberculose, na
malária e no reumatismo agudo. Acompanha frequentemente a descida brusca
da temperatura na pneumonia. Pode também ser causada por dores agudas e
excitação nervosa.

TAQUICARDIA: Atividade cardíaca excessivamente rápida.

TAQUIPNÉIA: Aumento anormal da frequência respiratória.

TAXIA: Coordenação muscular.

TENESMO: Contração dolorosa e ineficaz com a finalidade de expulsar urina e


fezes.

TERAPÊUTICA: Tratamento, terapia.

TETANIA: Estado de irritabilidade neuromuscular aumentada, causado por uma


diminuição de cálcio do soro, que se manifesta por adormecimento intermitente
e cãibras ou tremores das extremidades.

TÉTANO: Moléstia infecciosa causada pela extrema rigidez do corpo,


espasmos tônicos dolorosos da musculatura voluntária, inclusive trismo e
opstótono e convulsões generalizadas.

TIPAGEM SANGUÍNEA: Determinação do grupo sanguíneo de um paciente


por meio de reações de laboratório.

TÓPICO: Local.
47

TOSSE: A tosse se caracteriza por movimentos expiratórios convulsos


precedidos e sucedidos de violentas inspirações. Este ato pode ocasionar a
expulsão de substâncias estranhas que se encontram no pulmão, nos
brônquios ou na traqueia.

TRANSURETRAL: Através da uretra.


TRANSVAGINAL: Através da vagina.

TRATO: Via ou trajeto.

TREMOR: É a agitação com contrações involuntárias e repetidas de um


membro ou de todo o corpo. Sua causa pode ser o uso de drogas, excesso de
álcool, distúrbio funcional do cérebro ou medula, idade avançada.

TRISMO: Espasmos tônicos dos músculos da mandíbula.

TROMBO: Coágulo sanguíneo formado em vida no interior do coração ou dos


vasos sanguíneos.

TROMBOSE: Formação de um trombo.

TUMOR: Qualquer crescimento de massa de tecido anormal e que não possua


função fisiológica.

ÚLCERA: Interrupção da continuidade de uma superfície epitelial, com base


inflamada.

UROGENITAL: Referentes aos órgãos urinários e genitais.

URTICÁRIA: Caracteriza-se por erupção súbita na pele, de placas vermelhas


ou brancas, elevadas com forte prurido, acompanhada geralmente por febre e
pulso elevado. O aparecimento da erupção é sempre sintoma bastante
importante, pois o paciente pode estar acometido de doença infecto-
contagiosa, requerendo, portanto, isolamento e instruções profiláticas aos
parentes e comunicantes em domicílio.

VASOCONSTRIÇÃO: Estreitamento da luz dos vasos sanguíneos,


particularmente das arteríolas.

VASODILATAÇÃO: Dilatação dos vasos sanguíneos, especialmente das


arteríolas.

VERTIGEM: Tontura, sensação de que o mundo está rodando.

VESÍCULA: Pequena elevação circunscrita na pele cheia de líquido seroso,


flictena, bolha, pequeno saco que contém líquido.

VIRULÊNCIA: Grau de patogenicidade de um microrganismo.

VÍSCERA: Qualquer órgão interno.


48

BIBLIOGRAFIA

ASPERHEIM, M.K. Farmacologia para Enfermagem, 7.ed., Rio de Janeiro:


Editora Guanabara Koogan, 1994.

Caderno de Saúde do CADAIS (Centro de Apoio ao Desenvolvimento de


Assistência Integral à Saúde) – Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo –
Organização do Centro de Material e Noções de esterilização, São Paulo –
1993.

Guia elaborado por enfermeiras brasileiras, Recomendações práticas em


processos de esterilização em estabelecimentos de saúde, Campinas/SP:
Komedi, 2000, 95p.

HOERR, N. L. Dicionário Médico, 2ª ed., São Paulo: McGraw-Hill, 1982.

KAWAMOTO E.E. & FORTES, J.I., Fundamentos de Enfermagem, São


Paulo: EPU, 1986, 137p.

OSOL, A. (Ed.). Dicionário Médico Blakiston, 2.ed. São Paulo: Andrei, 1979,
1.169p.

Portaria 196/83 – do Ministério da Saúde.

Portaria 930/92 – do Ministério da Saúde.


SANDRES, Apostila de treinamento da C.C.I.H. para pessoal de nível
universitário, 1992.
49

INTRODUÇÃO ÀS TÉCNICAS BÁSICAS DE ENFERMAGEM

Este Manual pretende ser um guia para as ações de enfermagem, cujas


técnicas visam propiciar um senso de similaridade e continuidade, que ofereça
segurança tanto a quem executa o cuidado, como a quem o recebe, devendo
ser adaptadas à realidade e às necessidades do cliente.
Os riscos a que se pode expor o paciente devem exigir de nós maior
preocupação, quanto às habilidades técnicas na execução do cuidado que lhe
é devido.
A finalidade principal das técnicas de enfermagem é de propiciar à equipe
de enfermagem e ao paciente SEGURANÇA, CONFORTO e ECONOMIA,
evitando ou diminuindo os riscos que podem ocorrer ao cliente.

Quanto a SEGURANÇA, visam prevenir:


- Acidentes (quedas, lesões, queimaduras) por falta de
conhecimento, imperícia ou atenção.
- Infecção hospitalar.
- Esquecimentos.

Quanto ao CONFORTO, têm por finalidade evitar:


- Posições incômodas.
- Ruídos desnecessários.
- Úlceras de decúbito
- Excesso de calor ou frio.
- Outros fatores que incomodem o paciente, tais como: má
iluminação.
maus odores.

Quanto à ECONOMIA, procuram reduzir os custos, poupando:


- Tempo: simplificando as ações, executando com método e
organização.
- Esforço: planejando o trabalho, evitando movimentos
desnecessários.
- Material: usando o material adequado, de modo correto,
mantendo-o sempre em ordem.

PRINCÍPIOS BÁSICOS DOS PROCEDIMENTOS

1. Conversar com o paciente e familiares explicando os procedimentos, por


mais simples que sejam.
2. Preparar e manter um ambiente seguro e confortável com iluminação e
ventilação adequadas, mantendo a privacidade do paciente.
3. Lavar as mãos.
4. Manter em ordem a mesa de cabeceira.
5. Separar e organizar o material a ser utilizado, se possível em bandejas.
6. Executar o cuidado com segurança, mantendo postura correta,
agilidade, observando o paciente e interagindo com ele.
7. Providenciar a limpeza do ambiente e a ordem do material.
8. LAVAR AS MÃOS antes e após cada procedimento.
50

9. Fazer o relatório de enfermagem no prontuário do paciente, referente às


intercorrências e cuidados prestados.

CUIDADOS PESSOAIS

1. Lavar as mãos.
2. Não usar adornos
3. Cabelos compridos devem ficar presos.
4. Manter o uniforme sempre limpo.
5. Usar calçados limpos, fechados e impermeáveis
6. Fazer seu trabalho sempre com a máxima atenção, para evitar
acidentes.
7. Não levar as mãos ao rosto e cabelos, durante a execução do serviço.
8. Seguir as precauções universais.

Planejamento e execução das técnicas

Nas descrições das técnicas executadas, mencionar os cuidados antes,


durante e após.
:
LIMPEZA DE UNIDADE

A limpeza frequente e minuciosa do ambiente hospitalar é imprescindível


para redução da sujidade do ambiente bem como a dos microorganismos
existentes.
Há evidências de que existe transmissão de doenças pelo ambiente.
Estudos confirmam que os microorganismos causadores de algumas
doenças podem sobreviver no ambiente por horas ou até mesmo dias. Por
exemplo:
O vírus da imunodeficiência humana consegue sobreviver em superfície
com matéria orgânica ressequida por até 3 dias e o vírus da hepatite nas
mesmas condições por até uma semana. Portanto toda matéria orgânica deve
ser descontaminada e desinfetada independente da área que estiver localizada
O serviço de limpeza em serviços de saúde deverá contribuir para
prevenir a deterioração de superfícies, objetos e materiais, promovendo
conforto e segurança aos pacientes, visitantes e funcionários por intermédio de
um meio limpo.
Deverá sempre se ter em mente a importância de manter as superfícies
limpas com otimização e racionalização do dispêndio de esforços, tempo e
custos.
Hoje já é uma rotina a inclusão do serviço de limpeza e higiene nos
programas que se destinam a reformulação da imagem institucional em que a
qualidade é fundamental.
Há também uma maior exigência dos clientes internos e externos em
relação as condições de higiene e limpeza e conservação dos pisos, paredes,
mobiliários e equipamentos, além da integração dos serviços de limpeza com a
CCIH, educação continuada e com a CIPA.
51

Limpeza é o processo de remoção de sujidade de superfícies do


ambiente, materiais e equipamentos, mediante a aplicação e ação de produtos
químicos, ação física, aplicação de temperatura ou combinação de processos
A limpeza da unidade do paciente, antes exclusiva da enfermagem, já
vem sendo realizada em muitas instituições por funcionários do serviço de
higiene.

Ao conceituarmos os processos de limpeza, encontramos:

Limpeza Concorrente: é o processo de limpeza realizado diariamente em


diferentes dependências: unidade do paciente, piso de quartos e enfermarias,
corredores, saguões, instalações sanitárias, áreas administrativas etc.
A limpeza concorrente é úmida e menos completa quando comparada a
limpeza terminal, não envolvendo a utilização de máquinas para a limpeza do
piso

Limpeza Terminal: é o processo de limpeza que ocorre em todas as


superfícies horizontais e verticais, incluindo paredes, tetos, pisos, portas, vidros
etc. No piso a limpeza é mais completa quando comparada a concorrente,
sendo realizada com máquina.
A peridiocidade depende da área onde a limpeza é realizada, sendo que
em quartos e enfermarias, ocorre após a alta, óbito, transferência do paciente
ou nas internações de longa duração (programada). As programadas devem
ser realizadas no período máximo de 15 dias quando em áreas críticas . Em
áreas semicríticas e não críticas o período máximo é de 30 dias.
Já em centro cirúrgico, por exemplo, a frequência da limpeza é sempre
diária, tanto a concorrente quanto a terminal.

A unidade do paciente é representada por todo o mobiliário, materiais e


equipamentos que estejam próximos do paciente e sejam passíveis de toques
frequentes pelas mãos dos profissionais de saúde e paciente. Sua frequência
deve ser diária e quando necessária antecede a limpeza do piso.
A presença de sujidade, principalmente matéria orgânica de origem
humana, pode servir como substrato para a proliferação de microrganismos ou
favorecer a presença de vetores, com a possibilidade de transportar
passivamente esses agentes. Sendo assim, toda área com presença de
matéria orgânica deverá ser rapidamente limpa e desinfetada,
independentemente da área do hospital.
Estudos têm demonstrado a presença de microrganismos
multirresistentes aos antimicrobianos em superfícies de leitos e equipamentos,
após limpeza e desinfecção inapropriadas.
Ressalta-se, portanto, a importância da elaboração de protocolos
rigorosos de limpeza e desinfecção de superfícies, pelos serviços de saúde,
para o controle desses microrganismos

As medidas utilizadas para diminuir a interferência do ambiente nas


infecções relacionadas à assistência à saúde envolvem:
 evitar atividades que favoreçam o levantamento das partículas em
suspensão, como o uso de aspiradores de pó (permitidos somente em
áreas administrativas);
52

 não realizar a varredura seca nas áreas internas dos serviços de saúde;
 as superfícies (mobiliários em geral, pisos, paredes e equipamentos,
dentre outras) devem estar sempre limpas e secas;
 remover rapidamente matéria orgânica das superfícies;
 isolar áreas em reformas ou em construção, utilizando tapumes e
plástico.
 No sentido de evitar fontes de fungos é importante retirar vasos com
flores e plantas dos quartos ou áreas assistenciais dos serviços de
saúde.
 A unidade do paciente é composta por: leito, criado –mudo, cadeira,
escada, suporte de soro, mesa de refeição e painel de controle.

Técnica da limpeza concorrente

Antes
 Lavar as mãos
 Preparar os materiais
 Colocar EPI.
Durante
 Retirar o pó com pano (compressa) embebido em álcool 70% e com
água e sabão previamente quando houver excreções (fezes, urina..),
realizar a limpeza do mais limpo para o mais contaminado com
movimentos amplos e num único sentido. Colocar os objetos do paciente
em ordem, retirando os materiais desnecessários.
Após
 Manter as roupas e outros pertences do paciente em locais apropriados.
 Não deixar comadre e outros objetos no chão.
 Observar a estética da unidade do paciente.
 Encaminhar para o expurgo o material usado
 Retirar as luvas
 Lavar as mãos.
 Realizar as anotações sobre o procedimento realizado.

Técnica da limpeza terminal

Antes

 Lavar as mãos
 Preparar os materiais
 Colocar EPI.
 Durante
 Seguir o conceito da área menos contaminada para a mais
contaminada.
 Se a mesa de refeição é a menos contaminada, devemos iniciar por ela.
Colocar água em uma das bacias a outra será utilizada para descarte da
água suja.
 Utilizar o jarro ou copo descartável para derramar a água no
pano(compressa), cuja água deverá escorrer na bacia para descarte. O
sabão deverá ser colocado no mesmo e os movimentos que utilizaremos
53

deverão ser num único sentido e amplos. O movimento de vaivém, não


é preconizado, pois, retorna a sujeira para o lugar já limpo
 Poderemos limpar o fundo da bandeja e deslocá-la para esta mesa de
refeição. O conceito passa a ser: ÁREA LIMPA EM CONTATO COM
ÁREA LIMPA. Não retornar com a mesma face da compressa onde
você já limpou.
 Dependendo da unidade, a sequência poderá ser: suporte de soro e o
painel de controle de Oxigênio, Ar comprimido e vácuo.
 Poderemos limpar o fundo da bandeja e deslocá-la para esta mesa de
refeição. O conceito passa a ser: ÁREA LIMPA EM CONTATO COM
ÁREA LIMPA. Não retornar com a mesma face da compressa onde
você já limpou.
 Dependendo da unidade, a sequência poderá ser: suporte de soro e o
painel de controle de Oxigênio, Ar comprimido e vácuo.
 Estando estes locais limpos, seguindo a mesma rotina, poderemos
iniciar a limpeza do criado mudo e da cadeira.
 O travesseiro inicia sua limpeza sobre o leito. Quando um de seus lados
está limpo, este deverá ser colocado sobre o criado-mudo (já limpo). O
lado sujo, no momento exposto, deverá então passar pelo mesmo
processo.
 Iniciaremos então o colchão. Caso estejamos em duas pessoas,
poderemos assumir metade da cama. Estando este lado limpo,
dobraremos o colchão, em direção aos pés da cama, unindo área limpa
com área limpa e iniciaremos a limpeza da cabeceira, grades, estrado e
parte postero-superior do colchão. Estando esta área limpa, voltaremos
à dobra do colchão para a cabeceira e limparemos a parte postero-
inferior do colchão, grades, estrado e pés da cama. As grades podem
ser elevadas para facilitar nossa postura e arejamento.
 Passaremos à limpeza das cremalheiras, pés da cama e escadinha.
 Identificar com fita adesiva o nome de quem realizou a limpeza, o tipo de
limpeza a data e a hora, colocar a identificação na base próximo aos pés
da cama.
Após
 Avisar a equipe de higiene para que realizem a limpeza do quarto.
 Os materiais utilizados deverão ser lavados, desinfetados e
acondicionados
 Retirar as luvas
 Lavar as mãos.
54

2
3

5 7
1
4
6
9
8
11

10

Sequência para a limpeza.

BIBLIOGRAFIA

2. Koch, R.M. Técnicas Básicas de Enfermagem, 14ª edição. Curitiba:


Florence, 1996, 152p.

3. Revista Técnica de Enfermagem NURSING, março 99, n.2, p. 12-17.


55

PREPARO DO LEITO HOSPITALAR


O preparo do leito hospitalar consiste em arrumá-lo, de acordo com as
características do paciente que vai ocupá-lo. Pode ser articulado para poder se
adaptar às necessidades do paciente (elevação dos MMII, posição de fowler,
trendelemburg, etc). O colchão é a parte da cama que o paciente geralmente
mais valoriza.
Para facilitar a comodidade ao paciente, deve ter-se em conta:
 O estado de manutenção do leito e do colchão.
 A higiene da cama e das suas roupas.
 Uma arrumação de cama sem rugas.
 Os acessórios adequados à cama segundo as necessidades do
paciente (colchões anti lesões por pressão, ou de pressão
alternada, arco, trapézio, etc).

FINALIDADES:
1. Preparar um leito seguro, funcional e confortável.
2. Manter a unidade com aspecto agradável.

Tipos de preparo
a) Cama fechada.
b) Cama aberta.
c) Cama com paciente.
d) Cama para operado.

CAMA FECHADA

É aquela que está desocupada, aguardando a chegada do cliente. Deve


ser arrumada próximo do horário de admissão.

MATERIAL
 2 lençóis.
 1 lençol móvel.
 1 impermeável.
 1 Cobertor.
 1 Colcha.
56

 Fronha.
 Toalhas de rosto e banho.

Material acessório conforme a rotina do hospital (copo, comadre, papagaio,


etc.) Identificar com o nome do paciente e data, cada um dos materiais que
será utilizado com exclusividade pelo paciente.

MÉTODO
1. Lavar as mãos.
2. Reunir o material necessário e levá-lo ao quarto.
3. Afastar a mesa de cabeceira.
4. Colocar a cadeira aos pés da cama e sobre ela, o travesseiro e a roupa
de cama, na sequência que for utilizar e empregando a técnica de
dobradura.
Ordem na qual a roupa deve ser colocada na cadeira:
- toalhas.
- fronha.-
- colcha. .
- cobertor.
- lençol de cima.
- lençol móvel
- impermeável.
-lençol de baixo.
5. Pegar o lençol pelo lado direito e colocá-lo sobre o centro do colchão, de
modo que a dobra do meio corresponda ao meio da cama.
6. Ajeitar o primeiro lençol, colocar o impermeável de acordo com as
necessidades do paciente e a seguir o lençol móvel, prendendo-os por
baixo do colchão e fazendo os quatro cantos no lençol de baixo .
7. Estender o lençol de cima, colocando a bainha rente ao colchão, na
cabeceira da cama.
8. Colocar o cobertor a dois palmos da cabeceira, estendendo-o sobre o
lençol, fazendo uma prega no centro, aos pés da cama (prega de
conforto) com o lençol e cobertos juntos.
9. Colocar a colcha também a dois palmos da cabeceira, fixando-a no
cobertor e/ou lençol de cima com uma pequena dobra. Fazer os cantos
da parte inferior da cama. Lençol, cobertor e colcha.
10. Rebater o lençol de cima sobre a colcha.
11. Cobrir o travesseiro com a fronha e colocá-lo na cabeceira da cama,
observando que a abertura da fronha fique voltada para o lado oposto ao
da porta de entrada.
12. Colocar as toalhas dobradas sobre o leito.
13. Colocar a cadeira e a mesa-de-cabeceira no lugar.
14. Verificar se está tudo em ordem e providenciar o material acessório
conforme a rotina do hospital.
57

CAMA ABERTA

É aquela que está sendo ocupada por um paciente que pode locomover-
se.

MATERIAL
 Devem ser levadas as peças de roupa que forem necessárias para
troca, mais os materiais que serão utilizados na limpeza concorrente.

MÉTODO
1. Lavar as mãos.
2. Colocar as roupas limpas dobradas e em ordem de uso na cadeira
3. Ordem na qual a roupa deve ser colocada na cadeira:
 fronha.
 cobertor.
 lençol de cima.
 lençol móvel.
 impermeável.
 lençol de baixo.
1. Remover as roupas sem agitar colocando-as no hamper. Não jogar a
roupa no chão.
4. Proceder a limpeza concorrente
5. A montagem da cama aberta assemelha-se a técnica da cama fechada
com exceção da colcha e toalhas que não precisam ser acrescentadas e
da finalização.
6. Na finalização da arrumação o lençol de cima e o cobertor devem ser
dobrados formando um triângulo para que a entrada do cliente na cama
seja facilitada.
7. Lavar as mãos.
8. Realizar as anotações.
58

CAMA PARA OPERADO

É feita para aguardar o paciente que está na sala de cirurgia ou em exame,


sob anestesia.

FINALIDADES
1. Proporcionar conforto e segurança ao paciente.
2. Facilitar a colocação do paciente no leito.
3. Prevenir a infecção.

MATERIAL
O mesmo que para a cama aberta, acrescida de:
 Forro para cabeceira (compressa, toalha de rosto, lençol dobrado).
 Comadre (sendo homem, coloca-se papagaio).

MÉTODO

1.Lavar as mãos.
2. Colocar as roupas limpas dobradas e em ordem de uso na cadeira
3. Ordem na qual a roupa deve ser colocada na cadeira:
 Compressa ou toalha de rosto.
 fronha.
 cobertor.
 lençol de cima.
 lençol móvel.
 impermeável.
 lençol de baixo.
4. Remover as roupas sem agitar colocando-as no hamper. Não jogar a
roupa no chão.
5. Proceder a limpeza concorrente
6. A montagem da cama para operado assemelha-se a técnica da cama
aberta com da finalização.
7. Na finalização da arrumação o lençol de cima e o cobertor devem ser
dobrados formando dois triângulos e após um rolo para que a entrada
do cliente na cama seja facilitada.
59

8. O travesseiro deve ficar no colchão no sentido dos pés da cama.


9. Colocar uma compressa ou toalha de rosto próximo a cabeceira da
cama.
10. Lavar as mãos.
11. Realizar as anotações.

Observação: O impermeável com o lençol móvel poderá mudar de altura,


dependendo do local da cirurgia.
Dependendo da cirurgia, providenciar frascos de aspiração, oxigênio,
suporte para soro, dentre outros matérias conforme a necessidade do
cliente.

CAMA COM PACIENTE

É a cama ocupada por paciente que não pode locomover-se.


Deve ser feita evitando-se cansar o paciente, o qual deverá ser afastado
sempre para o lado contrário àquele em que se está trabalhando. O paciente
ficará em decúbito lateral ou dorsal, conforme sua preferência e estado.
Em caso de doente grave, a troca da roupa de cama será feita por duas
pessoas, para evitar esforço demasiado do paciente e da enfermagem, e obter
andamento mais rápido do cuidado.
Geralmente uma arrumação da cama é feita durante o banho no leito, para
evitar perda de tempo e de esforço.

FINALIDADES
1. Proporcionar conforto ao paciente pela mudança de roupa.
2. Estimular a circulação pela mudança de posição.
3. Observar o aspecto geral do paciente.

MÉTODO
1. Conversar com o paciente sobre o cuidado.
2. Preparar o ambiente, se necessário, colocar o biombo.
3. Lavar as mãos.
4. Organizar o material e trazer para próximo do paciente.
5. Organizar a roupa de cama necessária, colocando-a no espaldar da
cadeira.
6. Desprender os lençóis da cama, iniciando por um dos lados.
7. Retirar o cobertor, deixando só o necessário com o paciente.
8. Colocar o paciente para um dos lados, protegendo-o com o lençol de
cima.
9. Enrolar o lençol de baixo, impermeável e lençol móvel a fim de que
fiquem embaixo do paciente.
10. Fazer a limpeza concorrente deste lado do colchão.
11. Colocar o lençol de baixo enrolado no sentido do comprimento, seguido
do impermeável e lençol móvel pois facilita a colocação no leito, deixar
os “rolinhos” bem próximos do corpo do paciente.
12. Passar o paciente para o lado já pronto.
13. Continuar a retirada gradativa da roupa usada e colocá-la no hamper.
14. Fazer a limpeza concorrente local.
60

15. Estender as roupas limpas, peça por peça, que já se encontram


dobradas no meio da cama.
16. Deixar o paciente confortavelmente no centro da cama.
17. Trocar a fronha.
18. Trocar o lençol de cima, evitando descobrir o paciente.
19. Fazer os cantos aos pés da cama, respeitando a prega de conforto para
os pés do paciente.
20. Colocar o cobertor conforme necessidade do paciente. Finalizar fazendo
os cantos.
21. Colocar o material em ordem.
22. Lavar as mãos.
23. Realizar as anotações.

BIBLIOGRAFIA

 LÓPES, M.A. & CRUZ, M.J.R. Hospitalização, Guias Práticos de


Enfermagem, Rio de Janeiro, McGrawHill, 1994, 394p.

 KOCH, R.M. et al. Técnicas Básicas de Enfermagem, 14ed. Curitiba:


Florence, 1996, 150p.
61

HIGIENE

Os hábitos da higiene corporal estão entre os primeiros requisitos ou


fatores essenciais para uma vida sadia. Estes incluem o cuidado diário da pele,
unhas, boca, nariz, cabelo e vestuário. A limpeza é o primeiro passo para a
prevenção, tanto da doença física como da mental. Tudo o que possa ser dito
do valor, dos efeitos fisiológicos e psicológicos de limpeza, no estado de saúde
e na sua manutenção, tem um significado muito maior quando se trata dos
cuidados a um doente.

HIGIENE ORAL
(boca, língua e dentes)

Um dos fatores essenciais à manutenção da saúde é prevenir o


aparecimento de infecção na boca, pois esta faz parte do aparelho digestório e
também do respiratório. O ph bucal é ligeiramente ácido: 6,35 a 6,55. Os
dentifrícios líquidos, em pasta ou em pó limpam a boca mais pela ação
mecânica do que por seu efeito químico, agindo sobre bactérias. Desta forma
quando houver necessidade antissépticos bucais devem ser usados.

A higiene oral de ser feita pela manhã, após as refeições, e de acordo com
a rotina da instituição.

FINALIDADES:
1. Limpeza da língua e dos dentes.
2. Prevenir infecções nos aparelhos digestório e respiratório.
3. Combater a infecção já instalada.
4. Proporcionar conforto e bem-estar ao paciente, fazendo com que ele
se sinta socialmente aceitável.

MATERIAL:
BANDEJA contendo:
- Escova de dente ou espátula com gazes (preferencialmente utilizar
escova de dente).
- Copo com água.
- Creme dental
- solução antisséptica quando houver necessidade.
- Cuba-rim ou copo descartável.
- Toalha de rosto ou compressa.
- Luvas de procedimento e óculos de proteção.
- Lubrificante para os lábios, quando necessário.
- Sonda para aspiração quando houver necessidade.
62

PACIENTE QUE PODE CUIDAR DE SI

MÉTODO:
Antes
1. Lavar as mãos (antes e depois do contato)
2. Conversar com o paciente.
3. Separar e organizar os materiais.
4. Preparar o ambiente.
Durante
5. Levar para a unidade do paciente o material necessário, colocando-o
sobre a mesa de cabeceira ou sobre a mesa de refeição.
6. Dispor o material, convenientemente, junto ao paciente.
7. Proteger a roupa do leito e a do paciente com a toalha.
8. Calçar as luvas e os óculos de proteção.
9. Instruir o paciente sobre o modo correto de escovar os dentes e a
língua.
10. Colocar a cuba-rim ou copo descartável sob o queixo do paciente, para
receber a água utilizada.
11. Enxaguar a escova, retirar o excesso de água e guardá-la em local
apropriado.
12. Deixar o paciente confortável e o ambiente em ordem.
Depois
13. Providenciar a limpeza e a ordem do material.
14. Retirar as luvas e o óculos de proteção.
15. Lavar as mãos.
16. Anotar o cuidado prestado.

PACIENTE EM ESTADO GRAVE OU INCONSCIENTE:

MÉTODO:
Antes
1.Lavar as mãos (antes e depois do contato)
2.Conversar com o paciente.
3.Separar e organizar os materiais.
4.Preparar o ambiente.
Durante
5. Levar para a unidade do paciente o material necessário, colocando-o
sobre a mesa de cabeceira ou sobre a mesa de refeição.
6.Dispor o material, convenientemente, junto ao paciente.
7.Proteger a roupa do leito e a do paciente com a toalha.
8.Calçar as luvas e os óculos de proteção.
9.Umedecer a gaze da bonequinha ou a escova de dentes em solução
com o creme dental.
10.Retirar o excesso de líquido para evitar bronco aspiração e proceder
a limpeza, quantas vezes houver necessidade. Fazer a limpeza da
língua, dentes e mucosa.
63

11.Umedecer a gaze da bonequinha ou a escova de dentes somente


com água, retirar o excesso e enxaguar, quando possível uma sonda
para aspiração poderá ser usada.
12.Aplicar o antisséptico na gaze da bonequinha, retirar o excesso e
aplicar na língua, dentes e mucosa.
13.Hidratar os lábios.
13.Enxaguar a escova, retirar o excesso de água e guardá-la em local
apropriado.
14.Deixar o paciente confortável e o ambiente em ordem.
Depois
15.Providenciar a limpeza e a ordem do material.
16.Retirar as luvas e o óculos de proteção.
17.Lavar as mãos.
18.Anotar o cuidado prestado.

CUIDADOS COM A DENTADURA OU PONTE MÓVEL

As próteses dentárias são feitas de material poroso e desta maneira


devem ser bem higienizadas, pois podem provocar o aparecimento de mau
hálito, sujidades e infecções.

Considerações:

 Se o paciente estiver inconsciente ou precisar ser submetido a uma


cirurgia, a prótese não deverá ser recolocada.
 A enfermagem tem responsabilidade pela guarda da dentadura ou ponte
móvel dos pacientes, registrando tal cuidado em prontuário.
 Quando o paciente não puder cuidar de sua dentadura, a enfermagem
deverá fazê-lo:

MÉTODO:
Antes
1. Lavar as mãos (antes e depois do contato)
2. Conversar com o paciente.
3. Separar e organizar os materiais.
4. Preparar o ambiente.
Durante
5. Levar para a unidade do paciente o material necessário, colocando-o
sobre a mesa de cabeceira ou sobre a mesa de refeição.
6. Dispor o material, convenientemente, junto ao paciente.
7. Proteger a roupa do leito e a do paciente com a toalha.
8. Calçar as luvas e os óculos de proteção.
9. Retirar a dentadura com auxílio de gaze e com todo cuidado para não
machucar as gengivas do paciente.
10. Proceder à limpeza das gengivas, língua e lábios com gaze e creme
dental. E caso haja necessidade aplicar antisséptico bucal.
11. Escovar a dentadura ou ponte móvel, (preferencialmente com escova)
64

12. Antes de colocar a dentadura ou ponte móvel na boca do paciente,


deve-se umedecê-la, para facilitar sua colocação.
13. Hidratar os lábios
14. Enxaguar a escova, retirar o excesso de água e guardá-la em local
apropriado.
15. Deixar o paciente confortável e o ambiente em ordem.
Depois
16. Providenciar a limpeza e a ordem do material.
17. Retirar as luvas e o óculos de proteção.
18. Lavar as mãos.
19. Anotar o cuidado prestado.

IMPORTÂNCIA DA HIGIENE DA PELE

A limpeza e o estímulo da pele durante uma doença são muito mais


importantes do que no estado normal. Evita o odor desagradável produzido
pelos produtos de excreção cutânea, de modo a conservar o paciente sempre
limpo e confortável.

BANHO
FINALIDADES:

a) Refrescar o paciente, mental e fisicamente;


b) Aliviar o desconforto da posição continuada, do calor e da
umidade;
c) Estimular a circulação;
d) Limpar produtos externos do metabolismo e substâncias de
decomposição que são irritantes e dão lugar a odores
desagradáveis;
e) Promover o relaxamento muscular e alívio à fadiga.

TIPOS DE BANHO:
1. De chuveiro (aspersão)
2. De imersão: banho na banheira (já higienizada).
3. De leito: para pacientes acamados.

BANHO DE ASPERSÃO
(CHUVEIRO)

Materiais

Os materiais utilizados no banho de aspersão depende das necessidades do


paciente para aquele momento.
65

Método
Antes
1. Lavar as mãos (antes e depois do contato)
2. Conversar com o paciente.
3. Separar e organizar os materiais.
4. Preparar o ambiente.
5. Colocar EPI(s)

Durante
6. Dispor toalha, sabonete, roupa, de modo acessível ao paciente no
banheiro.
7. Proteger todos os dispositivos com material impermeável (normalmente
é utilizado filme plástico transparente).
8. Encaminhar o paciente ao banheiro. Se necessário, apoiá-lo ou levá-lo
em cadeira de banho.
9. Verificar a temperatura da água.
10. Se o paciente não tiver condições de permanecer em pé, sentá-lo em
cadeira ou banquinho, no chuveiro.
11. Auxiliar o paciente no que for necessário, estimulando sua participação
sempre que possível.
12. Após o banho, secar e ajudá-lo a vestir-se, protegendo-o, para evitar
hipotermia.
13. Encaminhar o paciente para o leito ou poltrona.

Depois
14. Recolher o material e deixar o banheiro em ordem.
15. Retirar EPI(s)
16. Lavar as mãos.
17. Fazer o relatório de enfermagem.

BANHO NO LEITO

O banho no leito é realizado quando o paciente está impossibilitado de


ser encaminhado ao banho de aspersão, seja pela sua gravidade ou
incapacidade de locomoção.

MATERIAIS:

Bandeja:
 Materiais para a higiene oral (descritos na técnica para a H.O)
 Materiais para higiene capilar (descritos na técnica para H.C)
 Sabonete.
 Creme Hidratante.
 Desodorante.
 Gaze
 1 copo descartável.

Materiais de rouparia
 Toalha.
66

 Kit para arrumar a cama Roupas de cama: 2 lençóis (1 lençol de cima e


1 lençol de baixo), 1 fronha, 1 lençol móvel ( se houver necessidade) 1
cobertor e 1 fralda.
 Camisola ou pijama.
 Compressas ou luvas de banho.

Outros materiais
 Uma bacia com água morna.
 Uma bacia vazia para descartar a água suja.
 Comadre
 Hamper ou saco para as roupas sujas.
 Luvas de banho ou compressa.
 Saco plástico para lixo.
 Álcool para a limpeza concorrente.

Materiais opcionais
 Kit para a realização de curativos.
 Materiais para a troca de fixações (SNE, SVD...)
 Cortador de unha.
 Água para lavar a extensão da SNE após pausar a dieta para iniciar o
banho.

MÉTODO:

Antes
1. Lavar as mãos (antes e depois do contato)
2. Conversar com o paciente.
3. Separar e organizar os materiais.
- Preparar o ambiente. Desocupar a mesa de cabeceira (criado mudo) ou
a mesa de refeição. Sobre a mesma deverão ser colocados: as bacias, o
e a bandeja com os materiais.
- Colocar o biombo e o hamper.
4. Posicionar o hamper ou saco para lixo e para roupa de cama (usadas)
nos pés da cama.
5. Colocar EPI(s)
6. Soltar os lençóis e retirar a roupa do paciente deixando-o coberto com o
lençol. Deixar sobre o leito apenas o lençol de cima para proteger o
paciente.
7. Pausar a dieta e lavar a extensão da sonda para alimentação, quando
houver.
8. Encher uma bacia com água morna.

Durante

1. Realizar ou orientar a realização da higiene oral.


2. Realizar a higiene do couro cabeludo.
3. Lavar o rosto do paciente.
4. Lavar as orelhas e região do pescoço
5. Higienizar o tórax e abdomem.
6. Lavar MMSS.
67

7. Lavar as mãos com água corrente,.


8. Fazer a higiene dos MMII, iniciando pelo tornozelo em direção a região
inguinal
9. Lavar os pés com água corrente.
10. Virar o decúbito do paciente para lateral direito ou esquerdo, ou pedir
para que o paciente flexione os joelhos, para possibilitar a colocação da
comadre sob a região glútea. O paciente poderá optar por fazer esta
higiene e você poderá orientá-lo. Quando possível a higiene íntima pode
ser realizada sob a fralda.
11. Higienizar os genitais com as gazes, ensaboar a região no sentido
antero-posterior.
12. Mudar o decúbito do paciente para a lavagem das costas e higiene
íntima posterior.
13. Hidratar as costas.
14. Fazer a limpeza concorrente.
15. Trocar as roupas de cama e colocar a fralda.
16. Vestir o paciente.
17. Pentear os cabelos.
18. Realizar a troca das fixações. (SNE, SNG, SVD dentre outras)

Os movimentos usados para ensaboar devem ser circulares para ajudar na


circulação e em sentido único para enxaguar. Desta forma sempre seguir a
sequência: Ensaboar, Enxaguar, Secar, Hidratar.

Após

19. Deixar o paciente confortável e o ambiente em ordem.


20. Levar os materiais utilizados ao expurgo para limpeza e desinfecção.
21. Retirar os EPI(s)
22. Lavar as mãos.
23. Realizar as anotações de enfermagem.

Observações:

 A Higiene dos Cabelos deve ser antes do banho no leito.


 A Higiene Oral pode ser feita antes ou após o banho no leito.
 Quando o paciente apresentar dificuldades para sua mobilização, o
banho poderá ser feito em toda a extensão anterior do paciente e depois
posterior, deixando sempre os genitais por último.
 As unhas também deverão ser bem cuidadas, lembrando que unhas
compridas albergam germes patogênicos.
 Na lavagem externa masculina, ou seja, na lavagem do genital
masculino, o prepúcio deve ser tracionado e limpo para eliminar o
smegma, que é uma substância branca, cancerígena, que acumula
sujidades.
68

LAVAGEM DA CABEÇA DO PACIENTE ACAMADO

A técnica para a higiene dos cabelos e couro cabeludo tem o propósito de


prevenir o aparecimento de parasitas e infecções, para que o paciente se sinta
confortável.

FINALIDADES
1. Promover a limpeza dos cabelos e couro cabeludo.
2. Proporcionar conforto ao paciente.
3. Estimular a circulação do couro cabeludo.
4. Evitar o aparecimento de pedículos.

Cabelos Longos

Materiais:
 EPI(s)
 Xampu e condicionador;
 Tampão de algodão para os ouvidos;
 Pente e/ou escova;
 Copo descartável
 Toalha
 Saco de lixo de 100 litros (para a confecção do funil)
 Cobertor (para a confecção do funil)
 Saco plástico para lixo (pequeno);
 Bacia vazia para descartar a água
 Bacia com água morna

Técnica

1. Lavar as mãos (antes e depois do contato)


2. Conversar com o paciente.
3. Separar e organizar os materiais.
4. Preparar o ambiente. Desocupar a mesa de cabeceira (criado mudo) ou
a mesa de refeição. Sobre a mesma deverão ser colocados: as bacias, o
e a bandeja com os materiais.
5. Colocar o biombo.
6. Posicionar o hamper ou saco para lixo e para roupa de cama (usadas)
nos pés da cama.
7. Colocar EPI(s)
8. Preparar um rolo com o cobertor em formato de C e colocá-lo dentro do
saco plástico. Colocar a bacia vazia sobre a escadinha próximo a
cabeceira.
9. Proteger o pescoço do paciente com a toalha e os ouvidos com bolas de
algodão.
69

10. Colocar o paciente em diagonal sobre o leito, com a cabeça sobre o funil
e o travesseiro sob as escápulas.
Durante
11. Umedecer os cabelos e aplicar xampu.
12. Ensaboar bem, fazendo massagem no couro cabeludo com os dedos.
13. Enxaguar quantas vezes for necessário.
14. Aplicar o condicionador e enxaguar.
15. Remover o excesso de água dos cabelos.
16. Remover o saco plástico, colocando-o no balde, não esquecendo de
retirar o cobertor.
17. Puxar o travesseiro e a toalha das costas para a cabeça do paciente.
Secar os cabelos com a toalha
18. Retirar as bolinhas de algodão das orelhas.
19. Pentear os cabelos.
Depois
20. Deixar a unidade em ordem e o paciente confortável.
21. Providenciar a limpeza e a ordem do material.
22. Retirar os EPI(s)
23. Lavar as mãos.
24. Anotar o cuidado.

Cabelos Curtos

Materiais:
 EPI(s)
 Xampu e condicionador;
 Tampão de algodão para os ouvidos;
 Pente e/ou escova;
 Copo descartável
 Toalha
 Comadre envolvida e em saco plástico.
 Saco plástico para lixo (pequeno);
 Bacia vazia para descartar a água
 Bacia com água morna

Técnica

1. Lavar as mãos (antes e depois do contato)


2. Conversar com o paciente.
3. Separar e organizar os materiais.
4. Preparar o ambiente. Desocupar a mesa de cabeceira (criado mudo) ou
a mesa de refeição. Sobre a mesma deverão ser colocados: as bacias, o
e a bandeja com os materiais.
5. Colocar o biombo.
6. Posicionar o hamper ou saco para lixo e para roupa de cama (usadas)
nos pés da cama.
7. Colocar EPI(s)
8. Proteger o pescoço do paciente com a toalha e os ouvidos com bolas de
algodão.
70

9. Colocar a comadre sob a escápula do paciente e segurar a cabeça com


uma das mãos.
Durante
10. Umedecer os cabelos e aplicar xampu.
11. Ensaboar bem, fazendo massagem no couro cabeludo com os dedos.
12. Enxaguar quantas vezes for necessário. A água irá cair dentro da
comadre, durante a lavagem observar o nível de água e descartar
sempre que for preciso.
13. Aplicar o condicionador e enxaguar.
14. Remover o excesso de água dos cabelos.
15. Secar os cabelos com a toalha
16. Retirar as bolinhas de algodão das orelhas.
17. Pentear os cabelos.
Depois
18. Deixar a unidade em ordem e o paciente confortável.
19. Providenciar a limpeza e a ordem do material.
20. Retirar os EPI(s)
21. Lavar as mãos.
22. Anotar o cuidado.

Observações
 Ensaboar a cabeça com muito cuidado, evitando que escorra sabão nos
olhos.
 Estando o cabelo muito embaraçado, usar creme e pentear pequena
porção de cada vez, começando pelas pontas.
 A escovação dos cabelos estimula a circulação e remove partículas
aderentes ao couro cabeludo.

MASSAGEM

É a compressão manual e metódica dos tecidos corporais, com fins


terapêuticos, aplicada sobre os tecidos corporais.

FINALIDADES
1. Produzir relaxamento muscular.
2. Ativar a circulação sanguínea.
3. Evitar formação de lesões por pressão.
4. Reduzir possibilidades de atrofias.

MOVIMENTOS COMUNS

1. Deslizamento: pode ser superficial ou profundo. O superficial consiste


em movimentos longos, leves e rítmicos. O profundo é mais forte, sendo
em geral centrípeto, e visa principalmente esvaziar as veias, os vasos
linfáticos ou estimular o peristaltismo intestinal, por pressão mecânica.
71

2. Amassamento: consiste em agarrar o músculo, revolvê-lo e apertá-lo, de


acordo com o contorno da massa muscular.
3. Fricção: é um profundo movimento circular, em que os dedos não
deslizam sobre a pele, mas a pele se move com os dedos.
4. Percussão: consiste em dar palmadas ou bater de leve no tecido, com
as mãos cerradas.
5. Vibração: é um impulso vibratório ou agitante comunicado aos tecidos
do paciente por meio de contínua vibração do ombro, braço, mão e
dedos do executante.

MATERIAL
Bandeja contendo:
- recipiente com creme, vaselina ou óleo vegetal.

TÉCNICA

Antes
1. Lavar as mãos.
2. Organizar o material.
3. Aquecer o ambiente.
4. Explicar o procedimento e a finalidade ao paciente.
5. Colocar o paciente em posição confortável, expondo apenas a área a
ser massageada.
6. Colocar EPI(s).
Durante
7. Espalhar uma fina camada de creme, vaselina ou óleo vegetal nas mãos
e aplicar na região a ser massageada.
8. Executar o cuidado delicadamente, fazendo alguns ou todos os
movimentos de massagem.
9. Colocar as duas mãos espalmadas sobre a região escolhida e deslizá-
las, com leve pressão sobre a pele, em direção ao retorno venoso.
10. Repetir quantas vezes necessárias.
11. Colocar o paciente em posição confortável.
Depois
12. Recompor a unidade.
13. Retirar os EPI(s)
14. Lavar as mãos.
15. Proceder às anotações no prontuário.
72

OXIGENOTERAPIA

É a administração de oxigênio medicinal com finalidade terapêutica.

INDICAÇÕES
 Hipoxemia de qualquer origem.
 Reanimação cardiorespiratória.
 Auxiliar na administração de medicamentos no trato respiratório.
 Facilitar a expectoração.
 Diminuir os processos inflamatórios das vias aéreas.

MEDIDAS DE SEGURANÇA
Sendo o oxigênio inflamável, é muito importante:
1. Não permitir fumar no local – colocar avisos de “Não fumar”.
2. Cuidado com aparelhos elétricos que podem emitir faíscas.
3. Roupas que contém nylon, seda, podem gerar eletricidade estática e
produzir faíscas.
4. Nunca usar graxa ou óleo nas válvulas e no manômetro de oxigênio.
5. Transportar o torpedo com cuidado, pois na queda pode provocar
explosão (o ideal é que seja canalizado).

CUIDADOS COM O UMIDIFICADOR


1. O oxigênio precisa sempre ser administrado umidificado, pois a inalação
por longos períodos com baixa umidade lesa o epitélio ciliar da mucosa
respiratória, dificultando a eliminação do muco e provocando uma
reação inflamatória subepitelial.
2. A água usada no umidificador deve ser estéril/destilada.
3. Ao verificar que o nível de água no umidificador está baixo, desprezar a
água restante ,higienizar o frasco e recolocar nova água. Jamais
acrescentar água ao volume restante, para evitar torná-la um meio de
cultura.
4. Trocar o frasco e a extensão a cada 24 horas e a água a cada 8 horas.
5. Identificar o frasco com o nome, COREN, data e hora.

MEIOS DE ADMINISTRAÇÃO

O oxigênio pode ser administrado por intermédio de:


 Cateter nasal tipo óculos ou bilateral.
 Máscara facial ou de venturi.
 Máscara de macronebulização.
 Máscara de nebulização e inalação.
 Cânula endotraqueal.
 Outros
73

CATETER NASAL TIPO ÓCULOS

É usado quando não é necessária grande pressão na administração de


oxigênio.

Materiais
 EPI(s)
 Cateter nasal tipo óculos.
 Frasco umidificador
 Extensão de silicone.
 Fluxômetro de O2.
 Água destilada.

Método
1. Explicar ao paciente sobre o cuidado.
2. Preparar o ambiente, verificando as medidas de segurança.
3. Lavar as mãos
4. Verificar prescrição médica.
5. Organizar o material e trazer para perto do paciente.
6. Colocar o paciente em
posição de fowler, se
necessário.
7. Adaptar o cateter ao
intermediário de silicone e
este ao umidificador.
8. Colocar EPI(s).
9. Abrir o fluxômetro de oxigênio
(verde) e deixar fluir um pouco
de oxigênio para evitar
acidentes por saída
intempestiva de oxigênio.
10. Introduzir o cateter pelo
assoalho das narinas e o restante do cateter colocar atrás da orelha.
11. Retirar o EPI(s).
12. Aumentar o fluxo de oxigênio até a quantidade prescrita.
13. Deixar o paciente confortável e o ambiente em ordem.
14. Lavar as mãos.
15. Providenciar a limpeza e a ordem do material.
16. Anotar o cuidado prestado e checar a prescrição médica

Observações
 Observar o paciente durante o tratamento.
 Fazer higiene nasal, com soro fisiológico.
74

MÁSCARA DE VENTURI

A máscara de venturi constitui o método mais seguro e exato para liberar a


concentração necessária de oxigênio. A máscara é construída de modo a
permitir um fluxo constante de ar ambiental, misturado com um fluxo fixo de
oxigênio. A máscara de venturi emprega o princípio da entrada de ar
(represando o ar como um vácuo), o qual fornece um alto fluxo de ar com
enriquecimento de oxigênio controlado. O gás em excesso deixa a máscara
através do manguito perfurado, carregando com ele o dióxido de carbono
exalado. Este método permite a inalação de uma concentração constante de
oxigênio, sem considerar a profundidade ou frequência da respiração.
A máscara deve adaptar-se de modo suficiente para evitar que o fluxo de
oxigênio dirija-se para os olhos e a pele do paciente deve ser checada quanto à
presença de irritação. A máscara pode ser removida brevemente, dependendo
das condições do paciente, nos momentos de alimentação, ingestão hídrica e
medicação via oral.

Materiais
 Kit Venturi contendo: Máscara de oxigênio, blender, cachimbo, extensão
curta e longa.
 Cadarço para a troca da fixação.
 Copo de umidificação.
 Água destilada.
 Fluxômetro de O2.

MÉTODO
1. Explicar ao paciente sobre o cuidado.
2. Preparar o ambiente, verificando as medidas de segurança.
3. Lavar as mãos.
4. Organizar o material e trazer para perto do paciente.
5. Colocar o paciente em posição de Fowler.
6. Unir a máscara ao intermediário (traquéia), e este ao umidificador.
7. Abrir o fluxômetro e deixar sair um pouco de oxigênio, para evitar saída
intempestiva.
8. Adaptar a máscara à face do paciente e fixar com cadarço.
9. Regular o fluxo de oxigênio até a quantidade prescrita observando a
porcentagem de oxigênio (blender a ser utilizado).
10. Deixar o paciente confortável e o ambiente em ordem.
11. Lavar as mãos.
12. Providenciar a limpeza e a ordem do material.
13. Anotar o cuidado prestado.
75

Nebulização/ Inalação

É a administração de medicamento por via respiratória através de um


aparelho chamado nebulizador ou inalador. Nele, o líquido é transformado em
névoa, que é inalada a fim de fluidificar as secreções aderidas à parede
brônquica do paciente. Os medicamentos mais usados para nebulização ou
inalação são: solução fisiológica 0,9%, Berotec, Atrovent, Salbutamol, dentre
outros.

MATERIAL
 Fluxômetro de O2 ou de ar comprimido.(conforme prescrição médica)
 Nebulizador com a medicação.
 Entensão de silicone.
 Medicamento
 Lenço de papel

MÉTODO
1. Explicar o paciente o cuidado a ser executado.
2. Organizar o material, colocando a solução fisiológica com o
medicamento no nebulizador.
3. Preparar o paciente para receber o tratamento: em posição de Fowler,
ou sentado em uma cadeira.
4. Retirar o frasco umidificador e ligar o nebulizador à fonte de oxigênio ou
ar comprimido, para que o fluxo aja diretamente sobre o medicamento
que está no nebulizador.
5. Regular o fluxo de oxigênio ou ar comprimido de acordo com a
prescrição, que geralmente é de 3 a 5 litros.
6. Instruir o cliente para respirar profundamente a medicação e expirar
lentamente, permanecendo com a boca semi-aberta, sem conversar.
7. Manter a nebulização até consumir a solução.
8. Oferecer lenço de papel e orientar para escarrar, tossindo
profundamente.
9. Providenciar a limpeza e a ordem do material.
10. Anotar o cuidado prestado, volume e característica do escarro eliminado.

kit de inalação e tubo T( usado em pacientes


traqueostomizados e/ou intubados)
76

Macro nebulização

Painel de Gazes

Cilindro de oxigênio
77

Oxigenoterapia em Traqueostomia e Tubo endotraqueal

Respirador Mecânico (existe no mercado vários modelos)

Fluxômetro
78

Válvula

Máscara Laríngea
79

Coleta de Exames

São meios indispensáveis para definir o diagnóstico e auxiliar na avaliação


do estado do paciente;
A enfermagem é responsável em preparar o cliente para colher amostras
de:
Urina;
Fezes;
Escarro;
Sangue;
Dentre outros;

Os itens abaixo servem apenas de roteiro para destacar informações que


podem ser muito úteis e valorizadas em diferentes etapas do processamento
do exame.
 Identificação clara do paciente
 Informações sobre o paciente que são relevantes para o diagnóstico do
processo infecioso.
 Descrição da amostra .
 Natureza do Teste Solicitado.

Fatores que podem comprometer o exame microbiológico:


 Hipótese diagnóstica mal elaborada.
 Informações mal colhidas, incompletas, ou não devidamente
interpretadas, etc.
 Requisição inadequada da análise laboratorial.
 Coleta, conservação e transporte inadequados.
 Falhas técnicas no processamento da análise.
 Demora na liberação de resultado.
 Má interpretação dos resultados.

Identificação e transporte

Todo resultado liberado pelo laboratório de microbiologia é


consequência da qualidade da amostra recebida. O material coletado deve ser
representativo do processo infeccioso investigado, devendo ser eleito o melhor
sítio da lesão, evitando contaminação com as áreas adjacentes.
A coleta e o transporte inadequados podem ocasionar falhas no
isolamento do agente etiológico e favorecer o desenvolvimento da flora
contaminante, induzindo a um tratamento não apropriado.

Coleta

Portanto, procedimentos adequados de coleta devem ser adotados para


evitar o isolamento de um “falso” agente etiológico, resultando numa orientação
terapêutica inadequada.
80

O profissional responsável pela coleta será também responsável por


identificar de forma legível e correta o material a ser encaminhado ao
laboratório de microbiologia.

Identificação

Na amostra devem estar identificados:


 Nome e registro do paciente
 Leito ou ambulatório e especialidade
 Material colhido
 Data, hora e quem realizou a coleta

Considerações gerais da coleta microbiológica

 Colher antes da antibioticoterapia, sempre que possível.


 Instruir claramente o paciente sobre o procedimento.
 Observar a anti-sepsia na coleta de todos os materiais clínicos.
 Colher do local onde o microrganismo suspeito tenha maior
probabilidade de ser isolado.
 Quantidade suficiente de material deve ser coletado para permitir uma
completa análise microbiológica.
 Pedido do exame deve conter as informações descritas no módulo
anterior (ver requisição de exame).

Considerações de segurança

 Utilizar as barreiras de proteção necessárias a cada procedimento.


 Toda amostra deve ser tratada como potencialmente patogênica.
 Usar frascos e meios de transporte apropriados.
 Não manusear a amostra em trânsito.

Considerações de segurança

 Não contaminar a superfície externa do frasco de coleta e verificar se ele


está firmemente vedado. (caso ocorram respingos ou contaminação na
parte externa do frasco, fazer descontaminação com álcool 70% ou
outra solução descontaminante disponível)
 Não contaminar a requisição médica que acompanha o material.
 As amostras deverão ser transportadas em sacos plásticos fechados.
 Identificar claramente a amostra coletada, com todos os dados
necessários.
 Colocar a identificação no frasco de coleta e nunca na tampa ou sobre
rótulos.

Encaminhar os materiais imediatamente ao laboratório


(ou conforme prazo estipulado)
81

INSTRUÇÕES PARA COLETA DE HEMOCULTURAS

TÉCNICAS DE COLETA
 Colher antes da administração de antibióticos.
 Lavar as mãos e secá-las.
 Remover os selos da tampa dos frascos de hemocultura e fazer
assepsia prévia nas tampas com álcool 70%.
 Garrotear o braço do paciente e selecionar uma veia adequada. Esta
área não deverá mais ser tocada com os dedos. Fazer a anti-sepsia com
álcool 70% de forma circular e de dentro para fora.
 Aplicar solução de iodo ou solução anti-séptica padronizada pela
instituição também com movimentos circulares e de dentro para fora.
Para ação adequada do antiséptico, deixar secar por um a dois minutos
antes de efetuar a coleta.
 Coletar a quantidade de sangue e o número de amostras
recomendados de acordo com as orientações descritas ou se
discriminadas no pedido médico.
 Remover o iodo do braço do paciente com álcool 70% para evitar reação
alérgica.
 Identificar cada frasco com todas as informações padronizadas e enviar
ao laboratório juntamente com a solicitação médica devidamente
preenchida

Observações:

 Não é recomendada a técnica de coleta


através de cateteres ou cânulas quando se
podem utilizar punções venosas.
 Punções arteriais não trazem benefícios
na recuperação dos microrganismos
quando comparadas com punções
venosas.
 Não se recomenda a troca de agulhas entre a punção de coleta e
distribuição do sangue no frasco de hemocultura
 Método de coleta do sangue e o volume coletado influenciam
diretamente no sucesso de recuperação de microrganismos e uma
interpretação adequada dos resultados.
 Cada instituição deverá ter suas normas de coleta particularizadas de
acordo com o tipo de sistema utilizado (manual x automatizado) e do tipo
de paciente.

Fatores que influenciam diretamente os resultados de hemoculturas:


 O volume ideal corresponde a 10% do volume total do frasco de coleta.
Exemplo: frascos com 40 ml coletar de 4 ml a 5 ml de sangue.
 Método de anti-sepsia: A execução da técnica de anti-sepsia deve ser
realizada para reduzir os riscos de contaminação da hemocultura.
82

INSTRUÇÕES PARA COLETA DA PONTA DE CATETER INTRAVASCULAR

Cateteres intravenosos são importantes fontes de bacteremia e


fungemia, bem como causadores de complicações infecciosas no local da
inserção.
Quando existe suspeita de colonização no cateter, com a possibilidade
de evolução para septicemia, a ponta do cateter deve ser cultivada.

TÉCNICA DE RETIRADA DA PONTA DE CATETER

 Fazer uma rigorosa anti-sepsia da pele ao redor do cateter com álcool


70%, seguida de uma solução de iodo.
 Remover o cateter e, assepticamente, cortar 5 cm da parte mais distal,
ou seja, a que estava mais profundamente introduzida na pele. Não usar
tesouras embebidas em soluções anti-sépticas.
 Colocar o pedaço do cateter num frasco estéril, sem meio de cultura. O
material deve ser transportado imediatamente ao laboratório evitando
sua excessiva secagem.

Ponta do cateter

INSTRUÇÕES PARA COLETA DE ESCARRO

Existem ocasiões em que o paciente deve participar ativamente da


coleta de material, como no caso do escarro. A melhor coleta é feita sob a
supervisão direta da equipe de enfermagem ou do fisioterapeuta.
Lembrar que este material não é considerado ideal para avaliação
microbiológica do trato respiratório.
Hemocultura, lavado brônquico ou aspirado transtraqueal podem fornecer
resultados mais confiáveis.

 Orientar o paciente da importância da coleta do escarro e não da saliva.


As amostras de saliva são impróprias para análise bacteriológica, pois
não representam o processo infeccioso.
 Colher somente uma amostra por dia, se possível o primeiro escarro da
manhã, antes da ingestão de alimentos.
83

 Orientar o paciente para higienizar a boca, somente com água (não


utilizar pasta dental) e enxaguar a boca várias vezes, inclusive com
gargarejos.
 Respirar fundo várias vezes e tossir profundamente, recolhendo a
amostra em um frasco de boca larga. Se o material obtido for escasso,
coletar a amostra depois de nebulização.
 Encaminhar imediatamente ao laboratório.
 Na suspeita de infecção por micobactérias ou fungos, coletar pelo
menos três amostras, em dias consecutivos (somente uma amostra por
dia).
 Em caso de pacientes com dificuldades para escarrar, esta amostra
poderá ser induzida porminalação ou ser realizada coleta por aspiração
transtraqueal.

INSTRUÇÕES PARA COETA DE SECREÇÃO DE OROFARINGE

A contaminação com saliva, que contém uma flora bacteriana variada, pode
dificultar o isolamento do verdadeiro agente infeccioso.

 Solicitar ao paciente que abra bem a boca.


 Usando abaixador de língua e swab estéril, fazer esfregaços sobre as
amígdalas e faringe posterior, evitando tocar na língua e na mucosa
bucal.
 Procurar o material nas áreas com hiperemia próximas aos pontos de
supuração.
 Coletar a amostra exatamente na área inflamada, evitando outros sítios
na cavidade oral.
 Enviar imediatamente ao laboratório para evitar a excessiva secagem do
material.
84

INSTRUÇÕES PARA COLETA DE FERIDAS, ABSCESSOS E EXSUDATOS

 As margens e superfície da lesão devem ser descontaminadas com


solução de povidine iodine
 (PVPI) e soro fisiológico (metade/metade).
 Proceder à limpeza com solução fisiológica.
 Coletar o material purulento localizado na parte mais profunda da ferida,
utilizando-se, depreferência, aspirado com seringa e agulha. Quando a
punção com agulha não for possível, aspirar o material somente com
seringa tipo insulina.

Observações:

 A descontaminação da superfície das lesões ou abscessos abertos,


antes da coleta do material, é crítica para interpretação do resultado.
 Não coletar o pus emergente. O material das margens da lesão e a
parte mais profunda do sítio escolhido são mais representativos e
possuem maior viabilidade de microrganismos.
 A cultura de lesões secas e crostas não é recomendada, a menos que a
obtenção de exsudato não seja possível.
 A coleta de ferida de queimadura deve ser realizada após extensa
limpeza e debridamento da lesão. Biópsia da pele é a técnica mais
recomendada.

INSTRUÇÕES PARA COLETA DE FEZES

Devem ser coletadas no início ou fase aguda da doença, quando os


patógenos estão usualmente presentes em maior número e, preferencialmente,
antes da antibioticoterapia.

 Coletar as fezes com uma espátula (pedir que o paciente evacue em


uma comadre) e colocar em um frasco contendo o meio para transporte,
85

fornecido pelo laboratório, em quantidade equivalente a uma colher de


sobremesa. Preferir sempre as porções mucosas e sanguinolentas.
 Fechar bem o frasco e agitar o material.
 Se a amostra não for entregue no laboratório em uma hora, conservar
em geladeira a 4ºC, no máximo por um período de 12 horas. Marcar o
horário da coleta.

TIPOS DE EXAME DE URINA

 Tipo I: coleta da primeira micção do dia em recipiente limpo e seco para


análise quantitativa de substâncias como proteína, glicose, bactérias,
hemácias;
 Urina 24h/ proteinúria/ glicosúria: coleta de todas as micções em 24h
para avaliar função renal e quadro de diabetes;
 Urocultura: coleta em recipiente estéril para avaliar presença de
microorganismos;

INSTRUÇÕES PARA COLETA DE URINA

A coleta deve ser feita pela manhã, preferencialmente da primeira micção do


dia, ou então após retenção vesical de duas a três horas.

CRIANÇAS

Deve ser feita assepsia rigorosa prévia dos genitais com água e sabão
neutro, e posterior secagem com gaze estéril.

Modo de coleta:

O Ideal é coletar o jato intermediário (jato médio) espontâneo. Bem


indicado em crianças que urinam sob comando. Em lactentes em que não se
consegue coletar através do jato médio, pode-se usar o saco coletor de urina,
porém a troca deve ser realizada de 30 em 30 minutos e, ao trocar o coletor,
refazer a assepsia

Coletor infantil
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MATERIAL URINA TIPO I

 Bandeja;
 Luvas;
 Comadre ou papagaio;
 Frasco;
 Etiqueta;

PROCEDIMENTO

 Lavar as mãos;
 Preparar o material;
 Orientar o cliente quanto a primeira micção do dia, em jato médio;
 Calçar a luva;
 Coletar de 5 a 10 ml;
 Anotar prontuário;
 Encaminhar laboratório;

MATERIAL URINA 24H

 Recipiente graduado – 1 litro;


 Comadre ou papagaio;
 Luvas;
 Etiqueta;

PROCEDIMENTO

 Orientar quanto a guarda da urina;


 Urinar em recipiente após desinfecção;
 Desprezar a 1ª micção e coletar todas as demais;
 Enviar ao laboratório;
 Anotar prontuário;

MATERIAL UROCULTURA

Bandeja;
Luvas;
Cuba-rim estéril;
Seringa de 20 ml estéril;
Frasco coletor estéril;
Etiqueta;

PROCEDIMENTO

Lavar as mãos, reunir o material;


Realizar antissepsia ou lavagem dos órgãos genitais;
Orientar quanto a técnica do jato médio;
87

Colher a urina na cuba, em seguida aspirar cerca de 20 ml e acondicionar


no frasco coletor;
O paciente pode colher a amostra direto no frasco estéril;

INSTRUÇÕES PARA COLETA

 Enxaguar.
 Em mulheres afastar os grandes lábios para urinar. O primeiro jato de
urina deve ser desprezado
 no vaso sanitário.
 Colher o jato médio urinário no frasco fornecido pela enfermagem (um
pouco mais da metade do frasco). Evite encher o frasco

Pacientes cateterizados com sistema de drenagem fechada:

 Colher a urina puncionando-se o cateter na proximidade da junção com


o tubo de drenagem.
 Não colher a urina da bolsa coletora.
 No pedido laboratorial deverá constar que o paciente está cateterizado.
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Coleta à vácuo
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TRATAMENTO DE PEDICULOSE E LÊNDEAS


Os pedículos são parasitas hematófagos que podem viver no corpo
humano. São encontrados nos cabelos e em regiões pilosas do corpo.
Lêndeas são ovos dos pedículos do couro cabeludo, que precisam ser
removidos para extermínio completo do parasita.

FINALIDADES
1. Higiene e conforto do paciente.
2. Evitar a propagação.

Materiais:
 Solução indicada;
 Gazes e/ou bolas de algodão;
 02 gorros descartáveis;
 Luvas de procedimento;
 Saco plástico branco para lixo.
 Toalha
 Impermeável ou saco plástico grande;
 Biombo;
 02 aventais.
 Pente fino
 Materiais para higiene dos cabelos

SOLUÇÕES MAIS USADAS


- Tetmosol: deve ser diluído em duas ou três partes de água
imediatamente antes do uso. É inflamável. Seu uso é contra indicado
para lactentes.
- Benzoato de Benzila (Acarsan, Meticoçan).

MÉTODO:

1. Lavar as mãos (antes e depois do contato)


2. Conversar com o paciente.
3. Separar e organizar os materiais.
4. Preparar o ambiente
5. Colocar EPI
6. Colocar o impermeável sobre o travesseiro e sobre este a toalha.
7. Dividir o cabelo em partes e aplicar a solução com gaze, fazendo
fricções no couro cabeludo e, no final, embeber os cabelos com a
solução.
8. Prender bem o cabelo e colocar o gorro. O produto deve permanecer
nos cabelos seguindo as orientações do fabricante.
9. O impermeável deve permanecer a fim de não molhar o travesseiro.
10. Retirar os EPI(s).
11. Deixar o paciente confortável e o ambiente em ordem.
90

12. Providenciar a ordem e a limpeza do material


13. Lavar as mãos
14. Anotar o cuidado prestado.
15. Retornar ao quarto, se possível encaminhar o paciente ao banheiro e
acomoda-lo em uma cadeira.
16. Colocar EPI(s)
17. Retirar o goro do paciente.
18. Passar o pente fino.
19. Proceder à lavagem dos cabelos.
20. Secar e pentear os cabelos, encaminha-lo para o leito.
21. Deixar o paciente confortável e o ambiente em ordem.
22. Providenciar a ordem e a limpeza do material
23. Lavar as mãos
24. Anotar o cuidado prestado.

Observações
A fim de evitar a propagação de pedículos:
 Deixar o paciente se possível isolado dos demais.
 As gazes, o algodão e as luvas usadas devem ser colocados no saco
plástico de lixo.
 As roupas devem ser colocadas imediatamente em saco plástico
identificado.
 O pente deve ser desinfetado e guardado.
 O tratamento de pediculose deve seguir as orientações do produto
utilizado.
 No caso dos pedículos corporais ou pubianos, também denominados
chatos, é aconselhada a raspagem dos pelos.
 Na aplicação de soluções deve-se tomar o máximo cuidado, para que
não penetrem nos olhos do paciente.
 Devido o ciclo biológico do parasita, recomenda-se mais de uma
aplicação do produto.
 Fazer a aplicação do medicamento, até a remoção completa de todas as
lêndeas.
91

TRICOTOMIA
Tricotomia é a remoção dos pelos de uma determinada área corpórea, através
de raspagem da pele ou do couro cabeludo.

Os pelos são pequenas hastes flexíveis, que têm função protetora.


Distribuem-se com características próprias, individuais, sociais e raciais na
maior superfície corpórea. Assim, temos: cabelos, cílios, vibrissas, bigode,
barba, pelos pubianos e axilares, sendo mais abundante no sexo masculino.

FINALIDADE
 Reduzir a possibilidade de infecções em casos de cirurgias (Depende da
cirurgia).
 Facilitar a visualização da área a ser trabalhada.
 Facilitar a fixação de adesivos ou eletrodos em áreas muito pilosas.

Materiais:
 Lâmina e/ ou aparelho de gilete;
 Papel higiênico;
 Gazes;
 Tesoura;
 EPI(s);
 Impermeável;
 Forro;
 Saco plástico para lixo;
 02 copos descartáveis.
 Sabonete
 Biombo;
 Toalha e/ou compressa

TÉCNICA
1. Conversar com o paciente. Reunir todo o material necessário.
2. Lavar as mãos e colocar EPI(s).
3. Proteger a unidade com biombos, dependendo da área a ser
tricotomizada.
4. Forrar a cama no local da tricotomia com impermeável e forro.
5. Posicionar o paciente, expor a área a ser raspada, mantendo o paciente
protegido com lençol.
6. Cortar com uma tesoura o excesso de pelos se a área for de grande
pilosidade.
7. Ensaboar a área com a gaze.
8. Tracionar a pele com a mão e a gaze e proceder à tricotomia com
movimentos amplos e suaves, em direção ao crescimento dos pelos.
9. Retirar, sempre que necessário, o excesso de pelo do aparelho, com o
auxílio de papel higiênico ou água corrente.
92

10. Encaminhar o paciente ao banho após o término do procedimento. Caso


seja acamado, proceder a higienização da área.
11. Deixar a unidade em ordem
12. Retirar os EPI(s)
13. Lavar as mãos.
14. Anotar o procedimento.

Observação
Não se realiza a tricotomia em áreas onde há lesões de pele.

Aplicação de Compressas quentes e Frias e Bolsas de Água Quente e


Fria

O CALOR age estimulando ou acalmando o local em que é aplicado.


Facilita a suspensão, alivia a congestão, aquece e dá conforto, aumenta a
circulação e alivia a dor local. É contra-indicada em pacientes hemofílicos, com
hemorragias, com fenômenos tromboembólicos nos MMII.

CUIDADOS ESPECIAIS
1. Vigiar risco de queimaduras.
2. Envolver a bolsa com compressa, toalha ou outro material.
3. Esvaziar ⅓ ou ⅔ conforme a área a ser aplicada, retirando o ar da
bolsa, fechando-a.

O FRIO age diminuindo a congestão e a inflamação controla hemorragias


pela vasoconstricção, diminui hipertermia, alivia a dor, diminui o edema nas
luxações, contusões e queimaduras de 1° grau. É contra-indicada em estase
circulatória, pacientes debilitados e idosos.

CUIDADOS
1. Aplicações demoradas podem levar a necrose local.
2. Vigilância constante na área em que está sendo aplicada.

Algumas condutas médicas envolvem o contraste de compressas frias e


quentes, como por exemplo, numa contusão, onde normalmente é feita a
aplicação de gelo nas primeiras horas, com finalidade analgésica e prevenção
de edema, seguida de compressas quentes com finalidade de ativar a
circulação local e facilitar absorção dos líquidos extravasados.
Atualmente as compressas de gelo têm prevalecido nas contusões e
luxações mesmo após as primeiras horas.
93

POSIÇÕES PARA CONFORTO, EXAMES E CIRURGIAS.

Há diferentes posições com a finalidade de proporcionar conforto, realizar


exame físico e cirurgias.
De acordo com a região a ser examinada, a enfermagem deve ajudar o
paciente a adotar posições específicas, de modo a facilitar a observação ao
examinador e manter o conforto e a privacidade do paciente.
Em certos exames, recomenda-se usar perneiras, campos fenestrados, ou
lençol dobrado em diagonal. É mais indicado usar material descartável (de
papel).
Entre as posições mais comuns, temos:

1. DECÚBITO DORSAL HORIZONTAL (DDH), OU SUPINA:


O paciente se deita de costas, com as extremidades inferiores em
extensão ou ligeiramente flexionadas, para permitir o relaxamento dos
músculos abdominais.
Sob a cabeça colocam-se uma ou mais almofadas, se for necessário maior
relaxamento dos músculos citados.
Os braços se cruzam sobre o tórax ou são colocados ao longo do tronco.
Para exame, o paciente será coberto com um lençol que não fique preso
no colchão.

Imagem: http://www.giscecifisio.com/orienta%C3%A7%C3%B5es-para-dormir-bem.php

2. POSIÇÃO DE FOWLER:
Posição em que o paciente fica semi-sentado com apoio nos joelhos e nos
pés.
É usada para descanso e conforto. Em pacientes cardíacos e pulmonares,
é usada para facilitar a respiração.
Pode ser improvisada com uma cadeira virada com o espaldar colocado
sobre o colchão de modo em que o paciente fique recostado. O apoio nos
joelhos e nos pés, também pode ser improvisado com um cobertor enrolado em
um lençol, preso ao estrado da cama.
94

3. DECÚBITO VENTRAL OU PRONA:


É a posição em que o paciente fica deitado sobre o abdome, com a cabeça
voltada para o lado.
É usada para exames da coluna vertebral e da região cervical.
Para conforto, existe decúbito ventral de longa e de curta duração.
Longa duração
Os braços fletidos, voltados para cima ou então, distendidos ao longo do
corpo. Os pés permanecem geralmente fora da cama, à cabeça voltada para o
lado, repousa sobre pequeno travesseiro.
Nas mulheres, para proteção do busto, pode-se colocar almofada no tórax.
Curta duração
Mãos pendentes, cabeça voltada para o lado, sem travesseiro, e os pés
sobre a cama.

http://interfisio.com.br/especialidade/?neopediatria/imagens http://www.eerp.usp.br/movpac/estudar/movimentos/index09.html
95

4. DECÚBITO LATERAL OU SIMS:


Pode ser “direita” ou “esquerda”, conforme deitado sobre o lado direito ou
esquerdo.
Alguns consideram SIMS só decúbito lateral esquerdo: deitar o paciente
sobre o lado esquerdo, colocar-lhe sob a cabeça um travesseiro pequeno para
servir de apoio. Colocar o braço esquerdo para trás do corpo e este
ligeiramente inclinado para frente, de modo a fazer recair parte do peso do
corpo sobre o peito. O braço direito é colocado em qualquer posição que seja
confortável ao paciente. Flexionar lhe as pernas, ficando a direita em ângulo
agudo, bem próximo ao paciente; a esquerda, menos flexionada.
O paciente é coberto com um lençol ou cobertor, expondo-se as partes
necessárias por meio de dobras do lençol.
Essa posição é usada para lavagem intestinal, aplicação de medicamentos
por via retal, verificação de temperatura retal e repouso.

5. GENU PEITORAL:
Conforme o nome indica, o paciente se mantém ajoelhado e com o peito
apoiado na cama. Colocar um travesseiro sob o tórax e a cabeça do paciente.
Os braços, flexionados nos cotovelos, repousam sobre a cama, auxiliando
a amparar o paciente.
Para que o peso do corpo recaia sobre o peito e os joelhos, estes devem
ficar ligeiramente afastados um do outro; as pernas estendidas sobre a cama,
formando ângulo reto com as coxas.
Para cobrir o paciente nesta posição, usar dois lençóis comuns ou um
lençol fenestrado ou em losango.
Esta posição é usada para exames vaginais e retais.

http://www.odiariodeumenfermeiro.com.br/2009/02/nomes-das-posicoes-para-exames.html
96

6. GINECOLÓGICA:
A pessoa fica deitada de costas, com as pernas flexionadas sobre as
coxas, a planta dos pés sobre o colchão e os joelhos bem afastados um do
outro.
Existem mesas apropriadas para exame ginecológico – as pernas ficam
apoiadas num suporte (perneiras).
Cobre-se a paciente com um lençol em diagonal (losango) de modo que
uma ponta fique sobre o peito e a outra sobre a região vulvar. As outras pontas
são enroladas nos pés e ajustadas aos tornozelos.

7. LITOTÔMICA:
É considerada uma modificação da ginecológica.
A paciente é colocada em decúbito dorsal, com os ombros e a cabeça
ligeiramente elevados. As coxas, bem afastadas uma da outra, são flexionadas
sobre o abdome. Para cobrir a paciente existe um lençol especial, com
perneiras e abertura no centro.
É uma posição usada para parto, operação ou exame de períneo, vagina e
bexiga.
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8. TRENDELEMBURG:
Posição em que o corpo fica inclinado, com a cabeça em plano mais baixo
que o corpo, com um declive de 30 a 45°. Pode ser improvisada com suporte
ou tijolos nos pés da cama ou mesa.
As pernas podem ficar flexionadas (requer uma mesa especial) ou em
extensão.
É indicada para facilitar drenagem de secreções brônquicas e para
melhorar o retorno venoso (varizes, hemorragias, hipotensão e choque).
Em cirurgia, esta posição é usada para operações nos órgãos da região
pélvica, por deslocar o intestino para a parte superior do abdome.
O paciente pode adotar tanto o decúbito dorsal como o ventral.

http://enfermeradequirofano.jimdo.com/posiciones/posiciones-quir%C3%BArgicas/

9. POSIÇÃO ERETA, ORTOSTÁTICA OU EM PÉ:


É usada para detectar certas anormalidades ortopédicas ou neurológicas.
O paciente deve estar de chinelos, ou não sendo possível, o chão deverá
ser forrado com papel.

http://www.bjorl.org/conteudo/acervo/print_acervo.asp?id=3230
98

CONTENÇÃO DE MOVIMENTOS

A contenção física envolve a técnica de restrição dos movimentos do corpo


do paciente, restringindo sua habilidade em se mover quando esse oferece
perigo para si e para terceiros, por meio de dispositivos mecânicos ou manuais.

Por isso deve ser utilizada com intuito terapêutico, e não um ato agressivo,
desumano, antiético e grosseiro de "amarrar pessoas".

Existem outras estratégias que devem ser tentadas anteriormente às


medidas restritivas: inicialmente a abordagem verbal pela comunicação
terapêutica e, posteriormente, a contenção química prescrita pela equipe
médica.
 A Resolução 427 de 7 de maio de 2012 do Conselho Federal de
Enfermagem, normatizou os procedimentos da enfermagem no emprego
da contenção mecânica, onde deixa claro que deverá ser empregada
quando for o único meio disponível para prevenir dano imediato ao
paciente ou a terceiros, não deve ser prolongada desnecessariamente e
afirma ser necessário monitoramento do nível de consciência, dados
vitais e condições de pele e circulação nos locais e membros contidos,
com regularidade nunca superior a 1 hora.
 A resolução deixa claro que:
 Art. 1º Os profissionais da Enfermagem, excetuando-se as situações de
urgência e emergência, somente poderão empregar a contenção
mecânica do paciente sob supervisão direta do enfermeiro e,
preferencialmente, em conformidade com protocolos estabelecidos pelas
instituições de saúde, públicas ou privadas, a que estejam vinculados.
 Art. 2º A contenção mecânica de paciente será empregada quando for o
único meio disponível para prevenir dano imediato ou iminente ao
paciente ou aos demais.
 Parágrafo único. Em nenhum caso, a contenção mecânica de paciente
será prolongada além do período estritamente necessário.
 Art. 3º É vedado aos profissionais da Enfermagem o emprego de
contenção mecânica de pacientes com o propósito de disciplina, punição
e coerção, ou por conveniência da instituição ou da equipe de saúde.
 Art. 4º Todo paciente em contenção mecânica deve ser monitorado
atentamente pela equipe de Enfermagem, para prevenir a ocorrência de
eventos adversos ou para identificá-los precocemente.
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CONTENÇÃO POR MEIO DE LENÇÓIS

MATERIAL E MÉTODO
- Lençóis de algodão.
- Dobrar os lençóis em diagonal, até formar faixa de uns 25cm de largura.
1. Restrição do ombro
Colocar a faixa sob as costas do paciente, passando pelas axilas,
protegidas com algodão, cruzando sob o travesseiro e amarrando ao
estrado da cabeceira da cama.
2. Restrição do abdome (são necessários 2 lençóis)
Colocar um dos lençóis sobre o abdome do paciente e o outro, sob a região
lombar.
3. Restrição dos joelhos
Passar a ponta do lado direito sobre o joelho direito e por baixo do
esquerdo; a ponta do lado esquerdo sobre o joelho esquerdo e por baixo do
joelho direito, amarrando as pontas no estrado da cama.

CONTENÇÃO COM FAIXAS (Usadas nos punhos e nos tornozelos)

MATERIAL
- Faixa de crepe de 15 cm de largura e pelo menos 1 metro de
comprimento.
- Algodão ou compressa.

MÉTODO
1. Formar com a faixa uma figura em oito e apanhá-la pelos dois centros,
formando laço com nó.
2. Colocar o membro em posição apropriada, prendendo-o com a argola
formada pela faixa.
3. Proteger a pele com algodão ou compressa, tende também cuidado para
não apertar demasiadamente a argola.
4. Amarrar a extremidade da faixa no lado da cama.

CONTENÇÃO COM COLETE

O colete é uma vestimenta reforçada, sem mangas, com tiras largas e


longas, saindo de cada lado da parte da frente e cujas pontas são amarradas
nas laterais da cama.

OBSERVAÇÕES
1. Avaliar criteriosamente a necessidade de fazer ou manter a restrição de
movimentos, aplicando-a somente em casos de extrema necessidade.
2. Em alguns casos, pode-se evitar restrição colocando grades na cama.
3. Anotar sempre no relatório os pacientes que estão com contenção, e a
causa determinante da mesma.
100

4. Vigiar com frequência o local da restrição. Se o paciente ficar sobre


restrição durante muito tempo, tirá-la duas vezes ao dia, lavando o local
com água e sabão, passando talco, e protegendo o local com flanela.
5. Nunca restringir os ombros sem restringir o abdome.
6. Não fixar contenção de mão à cabeceira da cama.
7. Quando se coloca a contenção no abdome, deve-se evitar ajustar o
lençol sobre a região epigástrica.
8. Evitar fazer pressão sobre uma artéria.

MOVIMENTAÇÃO E TRANSPORTE DE PACIENTE

O primeiro fator importante ao mover ou levantar o paciente é o emprego


de uma boa mecânica corporal por parte da enfermagem ou de qualquer
pessoa que ajude. O pessoal de enfermagem deve evitar esforços
desnecessários, prevenindo, assim, danos não só para si como para o
paciente.
Os movimentos devem ser planejados. É bom fazer uma pequena
contagem para todos agirem juntos, somando forças, empregando princípios
de ergonomia.

MUDANÇAS DE POSIÇÃO

I. Virar o paciente em decúbito lateral:


1. Deslocar um pouco o paciente do centro da cama (para o lado oposto ao
que vai ser virado).
2. Cruzar as pernas do paciente.
3. Colocar uma das mãos no ombro do paciente e a outra na região lombar
ou na perna fletida, com um impulso virar o paciente para o lado direito
ou esquerdo.
4. Colocar um travesseiro entre as pernas, um amparando o dorso e o
outro no abdome, para recostar o braço.

II.Virar o paciente em decúbito lateral com auxílio do lençol móvel:


1. Soltar o lençol móvel de um lado.
2. Colocar o paciente um pouco mais para a beira do leiro, no lado oposto
ao que se vai virá-lo.
3. Cruzar a perna do paciente para o lado que se quer virar.
4. Pegar o lençol móvel, enrolar e puxar vagarosamente para cima, até o
paciente ficar virado de lado.
5. Colocar um travesseiro entre as pernas, um para apoiar o dorso e o
outro no abdome.
6. Deixar o paciente confortável e o ambiente em ordem.
101

III.Para colocar em decúbito ventral:


1. É preciso, primeiro, colocá-lo em decúbito lateral, e a seguir, colocar
uma das mãos no ombro e a outra na região coxofemoral, para auxiliar o
paciente a ficar na posição adequada.
2. Colocar travesseiros sobre as pernas, peito e abdome, deixando o
ambiente confortável.

COMO LEVAR O PACIENTE PARA A CABECEIRA DO LEITO

MÉTODO 1:
1. Pedir ao paciente que flexione os joelhos e firme os pés no colchão.
2. Colocar um dos braços de baixo do ombro do paciente até a axila
oposta.
3. Colocar o outro braço na altura da região lombar.
4. Pedir ao paciente que dê um impulso para cima, no momento em que o
enfermeiro ou auxiliar terminar de contar três.
5. Levantar o paciente para a cabeceira com movimento ritmado.

MÉTODO 2:
1. Pedir ao paciente que flexione os joelhos e firme os pés no colchão.
2. Pedir ao paciente que segure a cabeceira do leito.
3. Ajudar o paciente a deslocar-se para a cabeceira do leito.

QUANDO O PACIENTE NÃO PODE AJUDAR

São necessárias duas pessoas; uma de cada lado do leito.


- A primeira coloca um braço no ombro e o outro, na região glútea.
- A segunda coloca um braço na região lombar, e o outro na altura dos
joelhos.
Num momento ritmado, as duas levam o paciente para a cabeceira.
OBS: Para abaixar o paciente, usa-se a mesma técnica com exceção do
segundo método quanto o paciente pode ajudar.

PREPARO DA MACA

MATERIAL
- Acolchoado coberto totalmente com impermeável.
- Lençol, colcha.
- Travesseiro pequeno.

MÉTODO
Idêntico ao preparo da cama.
OBS: Quando não há acolchoado, improvisar com um cobertor, um plástico e
um lençol. Trocar a roupa da maca cada vez que for usada.

COMO PASSAR O PACIENTE DO LEITO PARA A MACA E VICE-VERSA

Com o auxílio do lençol


- São necessárias 4 pessoas.
1. Preparar a maca.
102

2. Explicar ao paciente o que vai ser feito.


3. Descer em um leque a colcha e o sobre-lençol que está cobrindo o
paciente.
4. Soltar o lençol móvel e enrolar as pontas bem próximo do paciente.
5. Colocar a maca paralela e encostada no leito.
6. As pessoas devem colocar-se duas ao lado da cama e duas ao lado da
maca, segurando o lençol móvel.
- Pacientes inconscientes ou que não colaboram, necessitam de apoio
especial na cabeça.
7. Ritmadamente, as quatro pessoas, um só movimento, passam o
paciente para a maca ou cama.
A braços
- São necessárias 3 pessoas.
1. Preparar a maca.
2. Explicar ao paciente o que será feito.
3. Colocar o lençol sob o paciente e abaixar a colcha e o sobre-lençol que
o cobre.
4. Envolver o paciente com o lençol.
5. Colocar a maca em ângulo reto com o leito (cabeceira da maca e os pés
do leito).
6. As pessoas se colocam ao lado do paciente, por ordem de altura:
- A mais alta na cabeceira: coloca um braço no ombro e outro na cintura;
- A média, no meio: coloca um braço na região dorsal, cruzando-o com o da
cabeceira e o outro na região femoral;
- A mais baixa, nos pés: coloca um braço na região lombar, cruzando com a
do meio e o outro, na região poplítea ou panturrilha.
7. Inspirar profundamente e, num movimento simultâneo, colocar o
paciente na beira da cama levantá-lo, colocando-o sobre o peito.
8. Caminhar vagarosamente.
9. Colocar o paciente cuidadosamente na maca ou cama.
10. Soltar o lençol que o envolve e cobri-lo devidamente.
11. Lavar as mãos.

COMO SENTAR O PACIENTE EM CADEIRA OU CADEIRA DE RODAS


- Pode ser feito por uma pessoa.

MATERIAL
- Cadeira ou cadeira de rodas.
- Escadinha (se necessário).
- Saco com peso (para travar as rodas da cadeira).
- Chinelos e roupão.

PREPARO DA CADEIRA
1. Forrar a cadeira com o cobertor dobrado.
2. Colocar o lençol em diagonal sobre o acolchoado.
3. Colocar a cadeira bem próxima do leito e encostada, para o lado dos
pés e um pouco obliquamente em relação à cama.
4. Travar ou calçar a cadeira com saco de peso.

PREPARO DO PACIENTE
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1. Explicar ao paciente os movimentos que serão executados e a forma


como poderá ajudar, se estiver em condições.
2. Abaixar a roupa de leito em leque.
3. Posicionar a cadeira ou a cadeira de rodas próximo ao leito.
4. Virar o paciente de lado, colocando um braço no ombro do paciente e o
outro, na região poplítea. O Braço mais distante do paciente se apóia no
ombro do executante que, com um impulso, senta-o no leito.
5. Observar seu estado geral.
6. Vestir-lhe o roupão e calçar os chinelos.
7. Fazê-lo levantar, apoiando-se nos ombros do executante que o segura
pela cintura.
8. Virar e sentar o paciente na cadeira.
9. Calçar-lhe os chinelos e cobrir-lhe.
10. Observar as reações e controlar o pulso.
11. Lavar as mãos.

COMO PASSAR O PACIENTE DA CADEIRA PARA O LEITO


1. Colocar a cadeira junto ao leito, no lado contrário ao que vai utilizar para
sua saída, para que o lado mais forte do paciente fique mais próximo do
leito.
2. Travar as rodas, calçá-las ou pedir a alguém ajude, segurando a
cadeira.
3. Auxiliar o paciente a levantar-se segurando-o pela cintura e orientando-o
para que se apoie nos ombros do executante.
4. Ajudá-lo a sentar-se na cama, usando uma escadinha.
5. Tirar o roupão e os chinelos.
6. Deitar o paciente e deixá-lo em posição confortável.
7. Verificar as reações e o pulso.
8. Deixar a unidade em ordem.

CONFORTO

Proporcionar conforto é uma das funções primordiais da enfermagem.


O paciente deve ser atendido como pessoa humana, isto é, levar em
considerações os vários problemas que ele apresenta, a fim de proporcionar-
lhe melhores cuidados.
O desconforto pode ser: psicológico, espiritual, ou físico.

Como causas do DESCONFORTO PSICOLÓGICO, podemos citar:


- Saudades da família, solidão;
- Preocupações financeiras;
- Mudança dos hábitos, com restrição da liberdade;
- Falta de atenção da equipe médica ou de enfermagem;
- Receio de sua não reabilitação;
- Medo do diagnóstico, da dor, do desconhecido;
- Exposição do próprio corpo.
104

Para diminuir essa situação é importante:


- Conhecer o paciente pelo nome, apresentá-lo nominalmente à equipe de
enfermagem, usar crachá, para que ele saiba identificar nominalmente o
pessoal que o atende;
- Conversar com o paciente: esclarecê-lo, orientá-lo, encorajá-lo, saber dos
seus problemas;
- Ser discreta a respeito de sua moléstia;
- Respeitar sua individualidade;
- Procurar, ao máximo, satisfazer suas necessidades e promover passa-
tempos;
- Não expor o paciente mais que o necessário;
- Avaliar rotinas pré-estabelecidas, visando o bem estar do paciente.

O DESCONFORTO ESPIRITUAL é sentido por muitos pacientes:


- Pela dificuldade de ir à igreja;
- Pela falta de isolamento para fazer suas orações;
- Pelo medo da morte.
Para melhorar esse desconforto a enfermagem deve:
- Interessar-se pela vinda de seu conselheiro espiritual (padre, rabino,
pastor, etc.);
- Ajudar o paciente chegar à Capela;
- Informá-lo sobre o horário dos cultos.
A enfermagem nunca deve tentar mudar a crença do paciente. Pode,
entretanto incentivá-lo a ter vivência espiritual satisfatória, o que o ajudará no
restabelecimento.

Vários fatores influem para o DESCONFORTO FÍSICO do paciente:


- Frio ou calor excessivo;
- Longo tempo na mesma posição;
- Postura incorreta;
- Atrito de roupas sobre feridas ou locais doloridos;
- Roupa de cama suja, enrugada ou úmida;
- Ruídos, barulho;
- Odor desagradável;
- Roupas apertadas;
- Falta de habilidade do pessoal para movimentá-lo.

Para promover melhor conforto físico do paciente deve-se:


- Evitar todas as causas externas que possam incomoda-lo: odores fortes,
barulho, excesso de cobertas, má posição de travesseiro, roupas úmidas e
enrugadas.
- Ao lidar com o paciente fazê-lo educadamente, porém, com firmeza.
- Evitar mãos frias e movimentos bruscos.

MEIOS DE PROPORCIONAR CONFORTO FÍSICO

Existem no mercado materiais específicos para proporcionar conforto


físico, como os posicionadores e protetores de espuma “casca de ovo “colchão
piramidal”“.
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No caso de paciente acamado é importante mantê-lo em posição


anatômica e confortável, evitando áreas de atrito ou má circulação.

I. ROLO, SUPORTE DE ESPUMA OU TRAVESSEIROS.

FINALIDADES
1. Evitar que o paciente escorregue na cama, quando recostado.
2. Diminuir tensão dos músculos abdominais.
3. Prevenir escaras (úlceras de pressão).

MATERIAL
- Rolo, travesseiro ou cobertor.
- Lençol.

MÉTODO
1. Dobrar o lençol em diagonal e nele enrolar o travesseiro, o cobertor ou o
rolo.
2. Flexionar os joelhos do paciente e colocar o rolo por baixo.
3. Amarrar as pontas nos varais da cama.
4. O rolo forrado pode também ser colocado entra os pés do paciente e a
cama.

II. ENCOSTO (quando a cama não for articulada)

FINALIDADE
Manter o paciente sentado. O encosto é usado para pacientes cardíacos,
com dispnéia, asmáticos, convalescentes e com drenagem torácica.

MATERIAL
Encosto, travesseiros pequenos ou almofadas e rolo.

MÉTODO
1. Preparar o rolo, envolvendo-o no lençol dobrado diagonalmente.
2. Colocá-lo sobre a cadeira, assim como o encosto em posição correta.
3. Auxiliar o paciente a sentar-se.
4. Retirar os travesseiros e colocar o encosto em posição correta.
5. Ajustar os travesseiros: os das costas são colocados em forma de V,
tendo o apoio por baixo.
6. Recostar o paciente, calçando-lhe a cabeça e os braços com
travesseirinhos.
7. Flexionar-lhe os joelhos, colocando por baixo o rolo.
8. Amarrar as pontas do lençol aos varais da cama.
OBS: Na falta de encosto, improvisar com uma cadeira virada, com o espaldar
voltado para o colchão.

III. RODA DE ESPUMA OU ALGODÃO

FINALIDADE
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Diminuir a pressão do corpo sobre o leito.

MÉTODO
1. Encapar a roda com uma fronha.
2. Colocar sob o paciente.

IV. ARCO DE PROTEÇÃO (armação de madeira ou ferro com arcos)

FINALIDADES
1. Proteger uma determinada região do corpo, contra o peso das cobertas.
2. Isolar áreas lesadas do contato com a roupa (escoriações,
queimaduras).

V. ARGOLAS DE ALGODÃO

FINALIDADE
Diminuir a pressão dos cotovelos, dos calcanhares e joelhos.

MÉTODO
1. Fazer uma argola com algodão de 10cm de diâmetro.
2. Cobrir o algodão, envolvendo-o com uma faixa.

VI. SACOS DE PESO

FINALIDADES
1. Erguer uma região do corpo.
2. Manter o membro em posição.
MÉTODO
1. Colocar o saco numa fronha.
2. Colocá-lo sob a região, ou lateralmente, para manter a posição.

VII. TRAVESSEIROS

PARA RETIRAR
1. Escorregar um braço sob a cabeça e com a mão na escápula, levantar
um pouco o paciente.
2. Com a mão livre, remover o travesseiro e colocá-lo sobre a cama,
retirando vagarosamente o braço da cabeça do paciente.

PARA COLOCAR
1. Colocar o travesseiro sobre a cama.
2. Suspender a cabeça do paciente do modo anteriormente descrito.
3. Colocar o travesseiro do lado oposto.
4. Com a mão livre, puxá-lo para debaixo da cabeça.
5. Se o paciente usar dois travesseiros, não colocar exatamente um sobre
o outro.
Procurar fazer com que a cabeça e o pescoço fiquem bem apoiados no
travesseiro.

PARA DIMINUIR A TENSÃO ABDOMINAL


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- Flexionar os joelhos, colocando sob os mesmos um travesseiro, rolo ou


cobertor enrolado e coberto com fronha ou lençol.

PARA DIMINUIR A TENSÃO DOS MÚSCULOS INTERCOSTAIS


- Colocar sob os quadris um travesseiro pequeno e macio.

PARA MANTER O PACIENTE EM DECÚBITO LATERAL


1. Virá-lo.
2. Colocar travesseiros:
- Sob a cabeça do paciente, de modo a ficar bem adaptado ao pescoço e
ombros.
- Junto às costas.
- Ao lado do paciente, para suporte do abdome.
- Entre os joelhos flexionados.

BIBLIOGRAFIA

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da cabeça: projeto pediculose. Rio de Janeiro: Fundação Oswaldo Cruz,
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traduzido e adaptado pelo departamento de Serviços Educacionais da
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1974.
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Prevenção e Controle de Infecções Hospitalares. Hospital das Clínicas e
Centro de Assistência Integral à Saúde da Mulher. Campinas-3ªed.,2003,
pág. 237-240.

11. Mamede, M.V. & Carvalho, E.C. & Cunha, A .M.P. Técnicas em
Enfermagem, , 2ª ed., São Paulo: SARVIER, 1984, 209p.

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controle das infecções hospitalares, Anexo IV: Lavagem das mãos.
Portaria Nº2.616, de 12 de maio de 1998.

13. Normas e Rotinas da Irmandade Santa Casa de Misericórdia


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14. Souza, E.D.F. Novo Manual de Enfermagem, 6ª ed. Rio de


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Material traduzido e adaptado à disciplina de Fundamentos de Enfermagem
da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto – USP.

17. Souza, E.D.F. - Novo Manual de Enfermagem, 6ª ed., Rio de


Janeiro, Cultura Médica, 1991, 491p.

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