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ALTERAÇÕES INFLAMATÓRIAS
ALTERAÇÕES INFLAMATÓRIAS
1. INTRODUÇÃO
2. INFLAMAÇÃO AGUDA
A inflamação aguda é uma resposta rápida do organismo que tem por finalidade
recrutar as células do sistema imunológico e as proteínas plasmáticas, como os
anticorpos, para o sítio de infecção ou tecido danificado. Ela é acelerada no início e tem
curta duração, persistindo por horas ou poucos dias. Suas principais características são
a formação de edema, pelo acúmulo de exsudato proveniente de fluido de proteínas do
plasma, a migração de leucócitos, como macrófagos, mastócitos, células dendríticas, e
a predominância de neutrófilos (também denominados polimorfos nucleares).
O processo inflamatório agudo possui quatro principais fases: reconhecimento
do patógeno ou célula necrótica; extravasamento leucocitário; resolução; e recuperação
do tecido. A fase de reconhecimento do patógeno ocorre através da ativação da
fagocitose dos macrófagos após o primeiro contato, sendo o desfecho a morte do
agente agressor e a liberação de restos celulares no endotélio. Na fase do
extravasamento leucocitário, ocorre alteração no calibre vascular, provocando
afrouxamento das células do endotélio, a fim de facilitar a entrada dos neutrófilos no
tecido e a eliminação do agente agressor. Nesse momento, também há o aumento do
fluxo sanguíneo, o qual irá causar calor e eritema local. Essa entrada leucocitária é
realizada através do movimento de rolamento, que consiste no reconhecimento das
moléculas de adesão endoteliais (quimiotaxia). A resolução é a fase em que há o
término do processo inflamatório e o processo de recuperação do tecido lesado é
iniciado. Nesse momento, o endotélio vascular volta ao seu estado normal
(homeostasia), para que não haja o extravasamento de células circulatórias e proteínas
plasmáticas. Os restos celulares do agente agressor presentes no tecido são eliminados
pelos macrófagos e células dendríticas. A recuperação tecidual pode ter como
consequência a fibrose; a formação de fibrose se dá quando o dano é maior e não é
possível restabelecer a estrutura normal do tecido ou órgão lesado, sendo a área de
necrose substituída por uma cicatriz fibrosa.
As características histopatológicas do tecido injuriado são as seguintes: infiltrado
de leucócitos (neutrófilos) nas regiões de inflamação aguda, congestão vascular
ocasionada pelo aumento do fluxo e das células sanguíneas, resultando em estase, áreas
de necrose e ulceração, exsudato e pouca fibrose (Figura 1).
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Figura 1 – A: micrografia (40x) apresentando corte histológico de pulmão humano saudável, sem alterações
celulares e morfológicas (ID da foto: 797494915) – 1 e 2: espaços brônquio-alveolares limpos e sem alterações
celulares e 3: vaso sanguíneo sem congestão. B: micrografia (40x) apresentando corte histológico de pulmão
humano com inflamação aguda causada por pneumonia (ID da foto: 1054509680) — 4: invasão do lúmen brônquio-
alveolar por neutrófilos, macrófagos e proteínas plasmáticas; 5 e 6: congestão e aumento da permeabilidade
vascular. Coloração por H&E (hematoxilina e eosina).
3. INFLAMAÇÃO CRÔNICA
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Figura 2 – A: micrografia (40x) apresentando corte histológico de fígado humano saudável, sem alterações celulares
e morfológicas - 1: espaço porta entre os lóbulos hepáticos; 2: veia centrolobular; 3: sinusoides com células de
Kupffer e 4: hepatócitos sem alterações (ID da foto:1817584823); B: micrografia (40x) apresentando corte
histológico de fígado humano apresentando inflamação crônica causada por Schistosoma mansoni (ID da foto:
1468314308) — 5: infiltrado de linfócitos e eosinófilos; 6: formação de granuloma causado pela calcificação do ovo
do parasita e área de fibrose ao redor; 7: destruição do parênquima e células gigantes. Coloração por H&E
(hematoxilina e eosina).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABBAS, Abul K.; LICHTMAN, Andrew H.; PILLAI, Shiv. Imunologia Celular e Molecular. 8ª
edição. Rio de Janeiro: Elsevier Editora Ltda, 2015.
ROBINS & CONTRAN. Bases Patológicas das Doenças. 8ª edição. São Paulo: Elsevier
Editora Ltda, 2010.