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INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO

-ISCE – LUANDA-
MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO EDUCACIONAL
MÓDULO DE EDUCAÇÃO E DIREITO

Nome: Hamilton Jacinto da Silva

RESENHA CRÍTICA DO DECRETO PRESIDENCIAL Nº 26/11 DE 23 DE FEVEREIRO

INTRODUÇÃO

O Decreto Executivo nº26/ 11 de 23 de Fevereiro é um documento que aprova o


regulamento sobre a elaboração de processo para a criação de cursos de graduação a
serem ministrados nas Instituições de Ensino Superior, ultrapassando assim todas as
dificuldades que existiam na instrução correcta dos processos que visavam criar novos
cursos nas Unidades orgânicas das Instituições de Ensino Superior. E este trabalho tem
como objectivo principal fazer uma resenha crítica do regulamento do processo de criação
de cursos de graduação em Instituições de Ensino Superior, os pontos fortes bem como
os considerados mais fracos do diploma.
RESENHA CRÍTICA DO DECRETO PRESIDENCIAL Nº 26/11 DE 23 DE
FEVEREIRO
CAPÍTULO I
(Disposições gerais)
O presente regulamento estabelece o processo que deve ser observado para a criação de
cursos de graduação a ministrar nas Instituições de Ensino Superior a nível nacional, cujas
dúvidas e omissões devem ser resolvidas pela Ministra do Ensino Superior, Ciência
Tecnologia e Inovação. (ANGOLA, 2011, p.1122).
Artigo 2º
(Âmbito)
O presente regulmento é aplicável a todas as Instituições de Ensino Superior que
pretendam ministrar cursos de graduação. (ANGOLA, 2011, p.1122).
Artigo 3º
(Cursos de graduação)

1. A formação a nível de graduação compreende dois níveis nomeadamente: o


bacharelato e a licenciatura.
Quanto a este ponto, quando foi aprovado e implementado este diploma, o bacharelato
ainda fazia parte do nível de graduação. Hoje a realidade é diferente, o nível de bacharel
já não corresponde ao nível de graduação.
A criação dos cursos de graduação nas instituições de Ensino Superior estão sugeita ao
pagamento de uma taxa de solicitação que está estabelecida num diploma próprio.
Neste ponto, em função do que diz o regulamento, é justo que as Instituições paguem uma
taxa para em função das comissões que são criadas para o acompanhamento, vistorias até
a sua consumação.
Ainda no artigo 3, ponto nº5, não é permitida a criação e o funcionamento de cursos de
graduação em regime de franquia nas Instituições de Ensino Superior.
Já no ponto número 4, ainda no artigo nº 3, o legislador faz mensão de que os cursos de
graduação oficialmente criados são ministrados a título experimental, isto por um período
de vigência do ciclo de formação, carecendo de acreditação periódica após avaliação
positiva do seu desempenho para o funcionamento.
Na realidade, entende-se, que tem faltado acompanhamento por parte do Organismo de
Tetela. Muitas Instituições funcionam a margem da lei quanto a esse aspecto violando
claramente o regulamento.
Artigo 5º
(Parcerias)
Relativamente as parcerias, este artigo comporta dois pontos. O legislador dá a liberdade
das Instituições fazerem parcerias entre duas ou mais Instituições a nível nacional ou
internacional, através de cooperações, desde que as mesmas sejam do conhecimento por
parte do organismo de tutela que deverá homologar as respectivas parcerias.
Quanto a este aspecto que faz mensão as parcerias, pensa-se que tem faltado
acompanhamento por parte do Ministério do Ensino Superior. Há Instituições, na sua
maioria privadas que fazem parcerias sem a homologação do organismo de tetula.
Entende-se que existem muitas Instituições de ensino e o poder de acompanhamento ou
de fiscalização é um elemento muito difícil.

CAPÍTULO II
(Criação de cursos de graduação)

Artigo 6º
(Solicitação de criação de cursos de graduação)
As Instituições de Ensino Superior devem solicitar ao organismo de tutela a criação de
cursos de graduação para que estes possam ser ministrados nas suas unidades orgânicas
Artigo 7
(fazes para a criação dos cursos de graduação)
A criação de cursos de graduação obedecem algumas fases que no entender do legislador
comporta 3 fases nomeadamente:
a) A primeira fase é a de avaliação do processo documental para autorização da
criação do curso;
b) A segunda fase comporta a vistoria para a constatação das condições técnico-
pedagógicas de funcionamento do curso de graduação;
c) A terceira fase, por sinal a última, é a de aprovação do curso de graduação com
emissão do respectivo decreto executivo de criação.

Artigo 8
(processo de criação de cursos de graduação)
Para a criação dos cursos de graduação, as Instituições de Ensino Superior devem
previamente solicitar ao Departamente Ministerial de tutela autorização para o efeito.
Neste artigo, o legislador faz mensão de um conjunto de pressupostos como condição
principal para consecução de autorização para a criação de curso de graduação numa
instituição de Ensino Superior. Alguns pressupostos são considerados exajerados em
termos de burocracia, como por exemplo, o pressuposto da alínea m, que faz mensão
sobre a fundamentação do valor anual da propina e outros encargos e as metodologias de
pagamento ao longo do curso. Pensa-se que a maior parte das Instituições tendem a furtar-
se a “ prestação de contas” o que fará com que não se cumpram como se prevê estas
exijencias. Outrossim, é do conhecimento, que as únicas modalidades de ensino a nível
de graduação são de regime presencial até ao momento da aprovação do fererido diploma.
Hoje já existem diplomas próprios que regulam esta matéria.

Artigo 10
(Decreto executivo de criação do curso)
Verificando-se o preencimento de todos os requisitos para a criação de um curso de
graduação (mencionadas no artigo nº 8), o Departamento Ministerial de tutela emite o
respectivo Decreto de criação do curso. E, fazendo uma articulação com o ponto nº 2 do
mesmo artigo que faz referência de que o referido decreto executivo tem a validade de
um cíclo de formação, findo o qual a Instituição de Ensino Superior deve solicitar a
acreditação do curso junto INAAREES.
Quanto a este ponto, a pergunta que se impõe é: será que as instituições de Ensino
Superior têem solicitado acreditação dum determinado curso em fase de experimentação
quando termina o prazo? Ou é mais aquele que já se conhece que entra na rotina?
Tem-se notado que as Instituições de Ensino Superior entram na rotina em função da falta
de fiscalização quanto a este aspecto. Ainda no mesmo artigo, no ponto nº3, o referido
decreto executivo de criação não é transmissível, o que se concorda, precavendo uma total
anarquia por parte das Instituições.
Artigo 12
(Entrada em funcionamento de curso de graduação)
Cada curso de graduação entra em funcionamento numa Instituição de Ensino Superior
após avaliação positiva da vistoria das condições técnico-pedagógicas para o efeito, e a
publicação do respectivo diploma legal de criação emitido pelo Departamento Ministerial
de tutela. Quanto este aspecto, tem-se notado ao encerramento de muitos cursos não
legalizados por parte do organismo de tutela, evitando assim, anarquia no sector da
educação superior.
CONCLUSÃO

Depois da análise feita ao Decreto executivo nº 26/11 de 23 de Fevereiro que aprova o


regulamento sobre a elaboração de processo de criação de cursos de graduação a ministrar
nas Instituições de Ensino Superior, concluiu-se que é um imperativo o cumprimento de
pressupostos que visam impor a legalidade na criação dos cursos para o respectivo
funcionamento.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Angola. (23 de Fevereiro de 2011). Diário da República, Decreto Executivo 26/11 .


Regulamento. Luanda, Luanda, Angola: Imprensa Nacional.

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