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Legislação Estadual 2020

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Sumário
1. Competência tributária ............................................................... 5
2. Características do ITCD .............................................................. 6
3. Competência atribuída ao Senado Federal .................................. 7
4. Princípios Constitucionais - ITCD ................................................ 8
5. ITCD e Imunidades Constitucionais ........................................... 8
6. Sujeito passivo ......................................................................... 10
6.1 - Contribuinte do ITCD...............................................................................11
6.2 - Responsáveis .........................................................................................12
6.3 - Responsabilidade por transferência a terceiros ...........................................14
7. Elemento espacial do fato gerador ............................................ 17
8. Elemento temporal do fato gerador .......................................... 20
8.1 - Aspecto temporal na sucessão causa mortis ..............................................20
8.2 - Aspecto temporal nas doações..................................................................20
9. Base de cálculo ......................................................................... 22
10. Entendimento jurisprudencial - ITCD. .................................... 23
11. Código Civil - ITCD. ................................................................ 24
11.1 – Sucessão causa mortis ..........................................................................24
11.2 – Procedimentos referentes à Sucessão......................................................25
11.3 – Ordem de Sucessão ..............................................................................29
11.4 - Transmissões .......................................................................................32
11.5 – Renúncia à herança ..............................................................................33
11.6 – Morte Presumida ..................................................................................35
11.7 – Múltiplos fatos geradores .......................................................................35
11.8 – Adiantamento da legítima ......................................................................35
11.9 – Regimes de bens ..................................................................................36
11.10 – Dívidas do de cujus e despesas funerárias .............................................38
12. Situações problema ITBI e ITCD ............................................ 39
13. – Questões Comentadas......................................................... 42
13.1 - Questões do CESPE ...............................................................................42
13.2 - Questões da FGV ..................................................................................51
13.3 - Questões do FCC...................................................................................55
14. – Lista de Exercícios .............................................................. 64
13.2 - Questões da FGV ..................................................................................68
13.3 - Questões do FCC...................................................................................70
15. – Gabarito .............................................................................. 76

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O ITCD na Constituição Federal


ITCMD – IMPOSTO SOBRE TRANSMISSÃO CAUSA MORTIS E DOAÇÃO DE
QUAISQUER BENS OU DIREITOS (ARTS. 35 A 42 DO CTN; ART. 155, I, DA CF)

Vamos falar sobre outro imposto que pode ser instituído pelos Estados membros
da federação.
É o imposto sobre a transmissão causa mortis e doação de quaisquer bens
ou direitos, também identificado como ITCMD ou ITCD.
A Constituição Federal estabelece a competência em relação à instituição do
imposto, além de trazer algumas outras previsões sobre o possível conflito de
competência em algumas situações, fixando a regra para saber qual Estado será o
competente para instituir, cobrar e arrecadar o imposto de acordo com o tipo de
bem.

Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos


sobre:
I - transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos;
§ 1.º O imposto ITCD (inciso I):
I - relativamente a bens imóveis e respectivos direitos, compete ao Estado
da situação do bem, ou ao Distrito Federal
II - relativamente a bens móveis, títulos e créditos, compete ao Estado onde
se processar o inventário ou arrolamento, ou tiver domicílio o doador,
ou ao Distrito Federal;
III - terá competência para sua instituição regulada por lei complementar:
a) se o doador tiver domicilio ou residência no exterior;
b) se o de cujus possuía bens, era residente ou domiciliado ou teve o seu
inventário processado no exterior;
IV - terá suas alíquotas máximas fixadas pelo Senado Federal;

Causa Mortis

Compete aos
ESTADOS e Bens e
Transmissão
DF instituir Direitos
IMPOSTOS

Doação

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1. Competência tributária

A competência para a instituição do ITCMD (Imposto sobre transmissão Causa


Mortis e doação de quaisquer bens ou direitos) é dos Estados e do Distrito
Federal, conforme o art. 155 da CF.
Antes da CF de 1988, o imposto causa mortis e o imposto de transmissão inter
vivos estavam na competência dos Estados e do DF, de modo conjunto e aglutinado.
Após a promulgação da Carta Magna, houve uma bipartição da competência.
Aos Estados e DF, coube a competência sobre a transmissão causa mortis ou não
onerosa de bens móveis ou imóveis, despontando o ITCMD.
Aos Municípios, coube a competência sobre a transmissão inter vivos e as de
caráter oneroso de bens imóveis, exsurgindo o ITBI.
O imposto será devido quando ocorrer a transmissão de bens ou de direitos, mas
não é qualquer tipo de transmissão, tem que ser transmissão decorrente de causa
mortis, ou seja, alguém morreu e deixou bens a serem transmitidos por herança.
Ou a transmissão de bens ou direitos por doação.
A transmissão de bem imóvel pode ser feita por causa mortis, por doação ou
por ato oneroso. À transmissão de bem imóvel causa mortis ou por doação caberá
a incidência do imposto de transmissão causa mortis e doação, o ITCD, a cargo
dos Estados, enquanto a transmissão "inter vivos", a qualquer título, por ato
oneroso, de bens imóveis estará sujeita ao imposto de transmissão de bens
imóveis, ITBI, a cargo dos Municípios.
Nosso objeto de estudo é o ITCD, mas é importante ter a exata noção da
diferença entre as transmissões.

ITCD ITBI
• Estados • Municípios
• Quaisquer BENS • APENAS bem IMÓVEL
• Transmissão GRATUITA • Transmissão ONEROSA
• Inter Vivos (Doação) e • Inter Vivos
Causa Mortis

O ITCD de bem imóvel e dos direitos relativos ao imóvel será devido ao Estado
da situação do bem, ou seja, do Estado em que estiver localizado o bem, ou ao
Distrito Federal.
§ 1º O imposto previsto no inciso I:
I - relativamente a bens imóveis e respectivos direitos, compete ao Estado da
situação do bem, ou ao Distrito Federal

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Em relação aos bens móveis, aos títulos e aos créditos transmitidos, o ITCD
será devido ao Estado onde ocorrer o inventário ou arrolamento nas transmissões
causa mortis. Nos casos de transmissão por doação o ITCD será devido ao Estado
do domicílio do doador.
§ 1º O imposto previsto no inciso I:
II - relativamente a bens móveis, títulos e créditos, compete ao Estado onde
se processar o inventário ou arrolamento, ou tiver domicílio o doador, ou ao
Distrito Federal;

A guerra fiscal poderia acontecer entre os Estados em relação a doadores


domiciliados no exterior ou em relação a bens de falecidos domiciliados ou
residentes no exterior.
Para evitar essa disputa arrecadatória entre os Estados, a Constituição previu que
a Lei Complementar irá regulara competência sobre o ITCD de doador e de
cujus com bens no exterior.
Como essa lei até hoje ainda não foi criada, os próprios Estados exercem suas
competências plenas disciplinando a situação em lei própria
§ 1º O imposto ITCD:
III - terá competência para sua instituição regulada por lei complementar:
a) se o doador tiver domicilio ou residência no exterior;
b) se o de cujus possuía bens, era residente ou domiciliado ou teve o seu
inventário processado no exterior;

2. Características do ITCD

O Imposto sobre Transmissão "Causa Mortis" e por Doação, de Quaisquer Bens ou


Direitos – ITCMD – recebe as seguintes classificações segundo a doutrina
majoritária:

Direto Carga econômica recai em quem deu ensejo ao FG

Reais Leva em consideração o próprio bem ou coisa

Classificações
Fiscal Caráter eminentemente arrecadatório

Imp. sobre o
Patrimônio e Classificação apresentada no CTN
Renda

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3. Competência atribuída ao Senado Federal

Os Estados e o Distrito Federal fixam livremente as alíquotas, respeitando-se o


máximo de 8%, definido pelo Senado, na Resolução n.º 9/1992.
O ITCMD tem suas alíquotas MÁXIMAS fixadas pelo Senado Federal.
Esta resolução tem dois mandamentos principais e muito importantes, portanto
vamos vê-los:
Res. Senado Federal nº 9
Art. 1º A alíquota máxima do Imposto de que trata a alínea "a", inciso I, do
art. 155 da Constituição Federal será de oito por cento, a partir de 1º de
janeiro de 1992.
Art. 2º As alíquotas dos Impostos, fixadas em lei estadual, poderão ser
progressivas em função do quinhão que cada herdeiro efetivamente
receber, nos termos da Constituição Federal.

Além da determinação de que a alíquota máxima seja de 8%, a resolução permite


que o imposto seja progressivo, ou seja, assuma valores maiores de acordo com o
valor do patrimônio transferido.
À luz do entendimento majoritário da doutrina e da jurisprudência, sempre foi
comum a recusa à progressividade para o Imposto sobre Transmissão Causa Mortis
e Doação (ITCMD).
Vale ressaltar, o STF admite, em julgado recente, a progressividade dos
impostos reais, ou seja, é considerado constitucional a progressividade das
alíquotas do ITCD.
Mas veja bem, a Resolução apenas permite que lei estadual que institui o imposto
estabeleça a progressividade.
Esta fica a cargo do legislador estadual. Além disso, a alíquota deverá ser clara na
lei estadual.
É muito importante que você, ao se preparar para um certame específico, conheça
a alíquota aplicada pelo Estado em questão.

Temos a previsão de que o Senado Federal fixará por meio de


Resolução as alíquotas máximas permitidas aos Estados na lei instituidora do
imposto.
A Resolução 09 de 1992 do Senado Federal instituiu a alíquota máxima de 8%.
Essa mesma resolução autorizou a progressividade das alíquotas do imposto
causa mortis com base no valor que cada herdeiro tem a receber na transmissão.

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Fixou máxima em 8%

Senado alíquota
Federal
ITCD PROGRESSIVAS em
Permitiu
função do quinhão

STF Constitucional

4. Princípios Constitucionais - ITCD

O imposto não possui qualquer exceção aos princípios constitucionais que


vimos na aula zero.
Dentre os principais princípios que o ITCMD, toma destaque dois princípios que
estão previstos na Constituição que são o da anterioridade anual e o da
noventena ou anterioridade nonagesimal.

• Anterioridade anual: Proíbe a cobrança do tributo no mesmo ano


da publicação da lei que o instituir ou majorar.
• Anterioridade nonagesimal: Publicação da lei que instituir ou
aumentar tributo deve ser feita pelo menos 90 dias antes de sua
exigência.
O ITCD é um imposto que está sujeito à anterioridade anual e nonagesimal.

5. ITCD e Imunidades Constitucionais


Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é
vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
VI - instituir impostos sobre:
a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;
b) templos de qualquer culto;
c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas
fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições
de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os
requisitos da lei;
d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão.
e) fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil contendo
obras musicais ou literomusicais de autores brasileiros e/ou obras em geral
interpretadas por artistas brasileiros bem como os suportes materiais ou
arquivos digitais que os contenham, salvo na etapa de replicação industrial de
mídias ópticas de leitura a laser.
Art. 152. É vedado aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios
estabelecer diferença tributária entre bens e serviços, de qualquer natureza,
em razão de sua procedência ou destino.

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Art. 150, VI-a) é a Imunidade tributária recíproca.


Esta é a Imunidade tributária recíproca. Caso ocorra alguma transmissão ao
município, por exemplo, não poderá o Estado tributar essa transmissão com o
ITCMD.
Art. 150, VI-b) Imunidade religiosa.
A imunidade sobre templos de qualquer culto também é um tipo de imunidade
subjetiva.
O objetivo aqui é garantir a liberdade de crença religiosa, evitando que por
meio da tributação o Poder Público interfira nas entidades religiosas.
Em virtude de a liberdade de crença religiosa ser direito individual protegido pela
CF (art. 5.º, VI), a imunidade religiosa é uma cláusula pétrea (por proteger esse
direito individual). Note que a imunidade religiosa também se aplica somente aos
IMPOSTOS.
Tenha em mente que toda e qualquer religião está protegida por essa
imunidade, seja ela católica, adventista, budista ou outras existentes.
ATENÇÃO: de acordo com a CF, a imunidade aplica-se somente em relação a
patrimônio, renda e serviços relacionados às finalidades essenciais dos
templos religiosos, mas vale a mesma observação feita em relação às autarquias e
fundações: é suficiente que essa vinculação seja indireta para gozo da
imunidade.
- Imunidade religiosa. É vedado ao Estado cobrar o ITCMD sobre transmissões
em que templos são os contribuintes.

Art. 150, VI-c) Imunidade de Partidos Políticos (e suas fundações), Sindicatos


de Trabalhadores, Entidades de Educação e de Assistência Social
É Vedado cobrar ITCD quando essas entidades forem contribuintes do imposto

Art. 150, VI-(d),(e) é a Imunidade Cultural e Fonográfica.


Esses itens se referem às imunidades cultural e fonográfica.
Este item é muito interessante. Se a herança for dada em livros, estará imune ao
ITCMD!

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Art. 152. Não Discriminação baseada em procedência ou destino.


A CF estabelece que não pode um ente federativo, simplesmente porque ele quer,
cobrar imposto diferenciado em razão da procedência de determinado produto ou
serviço.
Não pode, por exemplo, o Estado determinar que o ITCD para um donatário de
outro Estado seja maior ou menor que o do seu território. Mesma regra vale para
os bens

É vedado aos E, DF e
Não aos M estabelecer
discriminação diferença tributária
pela entre bens e serviços,
procedência de qualquer natureza,
ou destino em razão de sua
procedência ou
destino.

6. Sujeito passivo

No ITCD temos o Estado que é o sujeito ativo da obrigação, e o contribuinte


que será o sujeito passivo, responsável pelo cumprimento da obrigação tributária.
Temos também as pessoas que serão responsáveis pessoalmente e os
solidariamente obrigados ao pagamento do imposto.

Os sujeitos passivos do ITCMD são: os herdeiros ou legatários; quaisquer das


partes ligadas à doação (doador ou donatário), conforme estabelecido em lei.
À lei estadual é facultada a eleição do responsável tributário, por exemplo, em
doações, o doador pode ser o responsável, caso o donatário não recolha o tributo.
A transmissão consiste na passagem jurídica da propriedade de bens ou direitos
de uma pessoa para outra.
Dá-se em caráter não oneroso pela ocorrência de morte (causa mortis) ou doação
(ato de liberalidade).
O CTN prevê que nas transmissões causa mortis despontam tantos fatos
geradores distintos quantos forem os herdeiros ou legatários.

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6.1 - Contribuinte do ITCD


Vamos conhecer os principais contribuintes do ITCD previsto na legislação do
ITCD.
- Na transmissão por doação o contribuinte será o doador, quando esse
doador for domiciliado ou residente no país.
- O contribuinte será o donatário, quando o doador for de fora do país.
Já nas sucessões causa mortis, fica mais complicado determinar como
contribuinte o donatário, visto que ele está morto, então ficam sendo aqueles que
recebem os bens: os herdeiros ou legatários.

Outras situações que podem estar presentes na lei estadual


- Na extinção do usufruto por morte do usufrutuário o contribuinte será o nu-
proprietário.
- O beneficiário será o contribuinte na morte de usufrutuário nos casos de
usufruto simultâneo, será também na renúncia de usufruto, e na extinção do
direito de uso, de habitação e de servidão.
- Na transmissão causa mortis o sujeito passivo será o beneficiário ou recebedor
dos bens ou direitos transmitidos.
Além dos bens são abarcadas as transmissões dos títulos, créditos, ações,
quotas e valores, de qualquer natureza.
Como regra geral, temos na maioria dos Estados os sujeitos passivos do ITCD na
esquematização abaixo.

Contribuinte do ITCD
Transmissão
Na doação causa mortis

Doador donatário
beneficiário ou
recebedor

o doador não for


domiciliado ou residente
domiciliado ou residente
no país dos bens, títulos, créditos, ações,
no país
quotas e valores, de qualquer
natureza, bem como dos direitos a
eles relativos transmitidos

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6.2 - Responsáveis

O CTN nos ensina o que caracteriza alguém como responsável tributário.


Seguindo esse dispositivo podemos elencar, conforme a Lei estadual em comento,
algumas pessoas, escolhidas pela lei, para serem responsáveis pelo pagamento
do ITCD devido.
Primeiramente é preciso entender que a morte do de cujos marca a abertura da
sucessão. Durante esse período, até a prolação da sentença de partilha, o conjunto
de bens e direitos deixados pelo falecido é chamado de espólio.
Em relação aos tributos devidos pelo de cujus que tiveram fato gerador antes da
morte, passam a ser de responsabilidade do espólio, já que a lei diz que o marco
temporal dessa troca de sujeição passiva é a abertura da sucessão e essa se dá
pela morte.
Em relação aos tributos que tiveram fato gerador durante o processo de
sucessão, ou seja, que aconteceram entre a morte (abertura da sucessão) e o fim
da partilha ou adjudicação, são de responsabilidade do espólio como contribuinte,
mas a partir da partilha, esses tributos passam para a responsabilidade do sucessor
e o cônjuge meeiro.
Os sucessores e o cônjuge meeiro são considerados responsáveis desde o
momento da morte até o momento da partilha.
Sendo que essa responsabilidade sucessória por causa da morte será limitada ao
montante do valor recebido pelo herdeiro ou pelo cônjuge como quinhão, meação
ou legado. Após a partilha, cada beneficiário será o contribuinte de dívidas que
surgirem.
O espólio não possui personalidade jurídica, mas o CTN o trata como sujeito de
obrigações, conferindo-lhe a condição de sujeito passivo.
O que é Espólio? São os bens que integram o patrimônio que o de cujus possuía
no momento da morte e que serão partilhados. O espólio será administrado pelo
inventariante, e será o responsável pelo pagamento das dívidas do de cujus.
Ele, o espólio, será responsável tributário relativamente às dívidas tributárias
deixadas pelo de cujos e contribuinte relativamente aos novos fatos
geradores ocorridos após a abertura da sucessão.
Após a dissolução do espólio, as dívidas tributárias que porventura remanescerem
serão de responsabilidade dos herdeiros ou do meeiro.

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Morte do de cujos = Sentença de


abertura da sucessão partilha

De Cujos Espólio Herdeiros

responsável responsável
FG

Contribuinte responsável
FG

No final do artigo abaixo, temos uma regra com a finalidade de evitar que a
existência de débitos superiores aos bens e direitos recebidos pelo sucessor
(herdeiro), pois, nesse caso, o herdeiro teria de utilizar seu próprio patrimônio para
pagar débitos que não gerou.

Para melhor entendimento do sentido desta regra, vejamos alguns conceitos


oriundos do direito das sucessões:

Quinhão: é uma fração do patrimônio deixado pelo de cujus. Desse modo, se o


herdeiro tem direito a 1/4 de uma herança de 100 mil reais, então receberá um
quinhão de 25 mil reais e só responderá por débitos tributários até esse montante.
Legado: quando o de cujus havia deixado testamento, doando seus bens para
pessoa determinada (legatário). Desse modo, se o legatário receber um carro no
valor de 50 mil reais, somente responde por débitos até esse montante.
Meação: corresponde à metade do patrimônio do casal pertencente a cada
cônjuge. Existe somente quando o regime de casamento adotado apresente
comunicação patrimonial. Assim, os cônjuges têm entre si uma sociedade conjugal
ou matrimonial. Quando um deles vem a falecer, o outro tem direito à meação,
sendo responsável pelos respectivos tributos.

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Nas palavras do CTN:

CTN Art. 131. São pessoalmente responsáveis:


I - o adquirente ou remitente, pelos tributos relativos aos bens adquiridos
ou remidos;
II - o sucessor a qualquer título e o cônjuge meeiro, pelos tributos devidos
pelo de cujus até a data da partilha ou adjudicação, limitada esta
responsabilidade ao montante do quinhão do legado ou da meação;
III - o espólio, pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da abertura
da sucessão.”

6.3 - Responsabilidade por transferência a terceiros

Agora, veremos o que a lei chama de responsabilidade pessoal de terceiros, surge


em função de atos praticados irregularmente, ou seja, com excesso de poder
ou por infração de lei, de contrato ou de estatuto.
É considerado um caso de responsabilidade por substituição, pois o dever de
cumprir a obrigação tributária recai sobre o responsável desde a ocorrência do fato
gerador. Em se tratando de atos praticados com EXCESSO DE PODERES ou
INFRAÇÃO DE LEI, CONTRATO SOCIAL OU ESTATUTOS, a regra é a de que as
consequências do ato ilícito sejam atribuídas pessoalmente ao agente, pois a
punição deve atingir direta e exclusivamente aquele que agrediu o ordenamento
jurídico.
As pessoas que respondem por essa situação são as mesmas do artigo 11 e mais,
mandatários, prepostos e empregados, além de diretores, gerentes ou
representantes das pessoas jurídicas.
Os responsáveis legais são acionados a pagar o imposto devido quando o
contribuinte estiver impossibilitado de cumprir a obrigação principal e nessa
situação responderão solidariamente nos atos em que intervierem ou pelas
omissões praticadas como responsáveis. São os mesmos casos de responsabilidade
e as mesmas pessoas responsáveis dos que estão previstos no CTN. Trata-se,
segundo a doutrina, de uma responsabilidade subsidiária, apesar de o termo
utilizado na legislação ser solidário, essa responsabilidade só surge
subsidiariamente em relação a impossibilidade de cumprimento do contribuinte do
imposto.
São considerados responsáveis os pais, os tutores, os curadores, os
administradores de bens de terceiros, o inventariante, os servidores públicos, os
tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício. Todos esses nas respectivas
situações previstas na norma abaixo.

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O CTN também prevê:


“CTN Art. 134. Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da
obrigação principal pelo contribuinte, respondem solidariamente com este nos
atos em que intervierem ou pelas omissões de que forem responsáveis:
I - os pais, pelos tributos devidos por seus filhos menores;
II - os tutores e curadores, pelos tributos devidos por seus tutelados ou
curatelados;
III - os administradores de bens de terceiros, pelos tributos devidos por
estes;
IV - o inventariante, pelos tributos devidos pelo espólio;
V - o síndico e o comissário, pelos tributos devidos pela massa falida ou
pelo concordatário;
VI - os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício, pelos
tributos devidos sobre os atos praticados por eles, ou perante eles, em
razão do seu ofício;
VII - os sócios, no caso de liquidação de sociedade de pessoas.

CUIDADO: Estabelece o CTN que o disposto acima (art. 134) só se aplica, em


matéria de penalidades, às de caráter moratório.
Essa regra baseia-se no fato de as multas punitivas decorrerem de atos ilícitos e,
por isso, estarão sujeitas à regra da responsabilização pessoal (art. 135).
Lembre-se de que as pessoas acima citadas também podem ser pessoalmente
responsáveis, caso tenham agido com excesso de poderes ou infração de lei,
contrato social ou estatuto.
Nesse caso, serão responsáveis por substituição, já que terão adquirido a
qualidade de responsáveis desde a ocorrência do fato gerador. Compartilhamos com
vocês o quadro mnemônico do Professor Eduardo Sabbag1:
Art. 134 do CTN Art. 135 do CTN
Responsabilidade subsidiária Responsabilidade pessoal
Depende da insolvência do NÃO depende da insolvência do
contribuinte contribuinte
Responsabilidade por transferência Responsabilidade por substituição
Responsável incorre em omissão, O responsável age com excesso de
ausente o excesso de poder e a poder ou infração de lei, contrato
infração da lei ou estatuto
Responsabilidade subsidiária Responsabilidade pessoal

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Na impossibilidade do cumprimento da obrigação principal pelo contribuinte, respondem


solidariamente com este nos atos em que intervierem ou pelas omissões de que forem responsáveis

PAIS, pelo imposto devido por seus FILHOS MENORES

TUTORES e CURADORES, pelo imposto devido por seus tutelados e curatelados

ADMINISTRADORES DE BENS DE TERCEIROS, pelo imposto devido por estes

RESPONSABILIDADE
SUBSIDIÁRIA INVENTARIANTE, pelo imposto devido pelo espólio
DE TERCEIROS
SÍNDICO e COMISSÁRIO, pelos tributos devidos pela massa falida ou pelo concordatário

OS SERVIDORES PÚBLICOS, OS TABELIÃES, ESCRIVÃES E DEMAIS SERVENTUÁRIOS

Os SÓCIOS, no caso de liquidação de sociedade de pessoas

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7. Elemento espacial do fato gerador

No caso de bens imóveis e respectivos direitos, o imposto compete ao Estado


da situação do bem (ou ao DF), conforme art. 155, § 1.º, I, da CF.
No caso dos bens móveis, títulos e créditos, o imposto caberá ao Estado (ou
ao DF) onde se processar o inventário ou arrolamento, ou onde tiver domicílio
o doador.(art. 155, § 1.º, II, da CF)

ITCD

Bens IMÓVEIS Bens MÓVEIS

Compete ao Compete ao

Estado da situação Estado em que se


Estado de domicílio
do bem processar o
do doador
inventário

Causa Mortis Doação

Causa da
Natureza do objeto Competência
transferência

Causa mortis ou
Bens imóveis Estado onde se encontrar o imóvel
doação

Estado em que for processado o


Causa mortis
arrolamento ou inventário
Bens móveis
Doação Estado onde for domiciliado o doador

- Doador no exterior;
- De cujus no exterior Enquanto não editada a lei
Causa mortis ou
ou bens no exterior ou complementar, cada Estado define por
doação
inventário processado lei própria
no exterior
Fonte: ALEXANDRE, Ricardo. Direito Tributário. 13ª edição, 2019.

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Observe o exemplo:
Jorge faleceu no Rio Grande do Norte, seu inventário foi feito no Rio de Janeiro,
sendo ele possuidor de um imóvel em São Paulo e de um automóvel no Paraná.

O ITCD devido pelo apartamento transmitido será devido ao Estado de São Paulo,
e o ITCD devido pelo automóvel transmitido irá para o Rio de Janeiro.

Ressalte-se que uma lei complementar deverá disciplinar as seguintes


situações:

 Se o doador tiver domicílio ou residência no exterior (art. 155, § 1.º, III, a, da CF);

 Se o de cujus possuir bens, for residente ou domiciliado ou tiver seu inventário


processado no exterior (art. 155, § 1.º, III, b, da CF).

ITCD

de cujus
Doadores
no Exterior domiciliados ou - Possuia bens
- Domicílio
- Inventário

Regulados por Lei Complementar

A Lei Complementar deve disciplinar as situações em que o doador ou o de cujus


tiverem domicílio no exterior e a transmissão se referir a bem móvel (a
incidência relativa a bens imóveis ocorre sempre no local do bem, não se necessita
de Lei complementar para disciplinar transmissão de bens imóveis).
Enquanto a referida norma não surgir no universo jurídico, cada Estado cria a
sua disciplina, exercendo sua competência suplementar.

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DICAS BIZURADAS Para qual Estado/DF o ITCMD é devido?

Sujeito Ativo ITCMD

////////////////////////////// Bem IMÓVEL Bem MÓVEL

lugar da situação
Doação Domicílio do DOADOR
do bem
lugar da situação
Lugar de processamento do
Causa Mortis
do bem inventário ou arrolamento
Doação: domicílio do
EXCEÇÃO: doador ou de cujus
lugar da situação DONATÁRIO
com domicílio no exterior
do bem Causa mortis: Domicílio do
(LC, na falta, Lei Estadual)
HERDEIRO ou LEGATÁRIO

Bem Imóvel e respectivos direitos:

• Doação: Estado/DF onde situado o bem.


• Causa Mortis: Estado/DF onde situado o bem.

Bem Móvel, títulos e créditos:


• Doação: Estado/DF onde domiciliado o DOADOR (donatário NÃO).
• Causa Mortis: Estado/DF onde se processar o inventário ou arrolamento.

A competência será definida por LEI COMPLEMENTAR nos seguintes casos


(BIZU: "exterior" por lei complementar):

• Doação: quando o DOADOR tiver domicílio ou residência no exterior.


• Causa Mortis: de cujos com bens no exterior, ou domiciliado no exterior
ou com inventário processado no exterior.

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8. Elemento temporal do fato gerador

O momento em que ocorre o fato gerador será o da transmissão, ou conforme


estabelecer a lei estadual.
A definição do momento de ocorrência do fato gerador é importante, pois,
definido esse momento, aplica-se a legislação vigente para efeito de apuração do
imposto.

8.1 - Aspecto temporal na sucessão causa mortis


O óbito de uma pessoa que possui bens acarreta a transmissão desses bens. Essa
transmissão pode ser feita por meio da sucessão legítima, em que há previsão
na lei de quem são as pessoas que sucederão o de cujus na propriedade desses
bens e temos a sucessão testamentária, em que o de cujus escolhe alguns
sucessores de seus bens por meio do testamento.
A fato gerador do ITCD na transmissão causa mortis ocorre na data da
abertura da sucessão legítima ou testamentária, mesmo que seja uma
sucessão provisória.
A abertura da sucessão se dá com o óbito do de cujus. A abertura da
sucessão se dá no momento da morte (princípio “saisine”).
A sucessão (“causa mortis”) é a transferência de bens, que ocorre no
momento da morte do titular de um bem (ou um direito), a quem for considerado
sucessor seu.
A sucessão pode ser legítima (de acordo apenas com a disciplina legal – sem a
existência de testamento) ou testamentária (de acordo com o testamento que,
dentro dos limites legais, estabelece como deve ser distribuído o patrimônio do “de
cujus”).

8.2 - Aspecto temporal nas doações


No caso dos bens imóveis, será o momento do registro da escritura de
transmissão, por ser esse o momento em que a transmissão surte efeito a terceiros,
conforme o Direito Civil.
 Móveis: Se o bem for algo móvel, o momento é o da tradição do bem.
Entenda tradição como o momento da entrega do bem.
 Imóveis: No caso da doação de imóveis, o momento é o da transmissão da
propriedade.
Esse momento é determinado pelo Registro do título de transferência no
Registro de imóveis.

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Fato Transmissão Bens ou Direitos


Gerador

Tantos fatos Causa Mortis Doação


geradores quantos
forem os
herdeiros,
legatários ou - propriedade ou domínio útil de bem imóvel
donatários - direitos sobre bens imóveis
- bens móveis, títulos, créditos, ações, quotas e
valores, de qualquer natureza, bem como dos
- direitos a eles relativos.

MOMENTO do FG = na data da TRANSMISSÃO

Abertura da
sucessão legítima Óbito do autor da herança e na provisória
Causa ou testamentária
Mortis
Da ocorrência
Previstos na lei estadual
fato jurídico
Se o bem for algo móvel, o momento é o da
Móveis
tradição do bem.
Doação
No caso da doação de imóveis, o momento
Imóveis:
é o da transmissão da propriedade

Outros casos que a lei estadual pode trazer. Fique sempre atento.

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9. Base de cálculo

A base de cálculo do ITCMD será o valor venal dos bens ou direitos


transmitidos e da doação, conforme o CTN.
Tal valor venal, em princípio, representará o valor de mercado do bem, sem que
se supere o último.
A base de cálculo pode ser verificada no que resta do obsoleto CTN, que se aplica
ao ITCMD:
CTN Art. 38: A Base de Cálculo é o valor venal dos bens ou direitos
transmitidos.

Segundo entendimento do STF, o cálculo é feito sobre o valor dos bens na data da
avaliação (Súmula n.º 113), observando-se a alíquota vigente na data da abertura
da sucessão (Súmula n.º 112), e o imposto não será exigido antes da homologação
(Súmula n.º 114).
Observe-se o teor das três súmulas do STF, acima mencionadas:

entendimento do STF

“O imposto de transmissão causa mortis é devido pela alíquota


vigente ao tempo de abertura da sucessão” STJ Súmula 112

“O imposto de transmissão causa mortis é calculado sobre o valor


dos bens na data da avaliação” STJ Súmula 113

“O imposto de transmissão causa mortis não é exigível antes da


homologação do cálculo” STJ Súmula 114

Valor Venal bens, títulos, créditos, ações, quotas e valores,


de qualquer natureza

BC - ITCD
Fazenda Pública Estadual
apurado mediante
avaliação
judicial, Fazenda Pública intimada

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10. Entendimento jurisprudencial - ITCD.

Súmula n.º 112 do STF:


“O imposto de transmissão causa mortis é devido pela alíquota vigente ao tempo
da abertura da sucessão”.
Súmula 112 – Marcelo faleceu em 2018 e a alíquota do ITCMD, à época, era de
3%. Em 2019, o Estado publicou lei elevando a alíquota para 4%. Mesmo que a
homologação da transmissão dos bens para seus os herdeiros ocorra em 2010, a
alíquota aplicável será de 3%.
Súmula n.º 113 do STF:
“O imposto de transmissão causa mortis é calculado sobre o valor dos bens na
data da avaliação”.
Súmula 113 – Os bens de Marcelo (o mesmo do exemplo acima), em 2008, valiam
R$ 100.000,00. Os bens foram avaliados em 2009 por R$ 120.000,00. O inventário
terminou em 2010, quando os bens valiam R$ 140.000,00 .
A Base de Cálculo do ITCMD será R$ 120.000,00.
Súmula n.º 114 do STF:
“O imposto de transmissão causa mortis não é exigível antes da homologação do
cálculo”.
Súmula 114 – Se a homologação tiver ocorrido em 2019, é nesse momento que
será devido o ITCMD.
SÚMULA Nº 331
É legítima a incidência do imposto de transmissão "causa mortis" no inventário por
morte presumida.
Súmula 331 – Mesmo que Marcelo tenha se perdido em um acidente aéreo e que
seu corpo nunca tenha sido encontrado, a transferência dos bens será tributada
pelo ITCMD, mesmo se a sucessão for provisória.
No caso de aparecimento do ausente, as legislações estaduais asseguram a
restituição do imposto recolhido pela sucessão provisória.

Súmula n.º 590 do STF:


“Calcula-se o imposto de transmissão causa mortis sobre o saldo credor da
promessa de compra e venda de imóvel, no momento da abertura da sucessão do
promitente vendedor”.

Marcelo, antes de falecer, tinha um imóvel de R$ 200.000,00.


Ele tinha se comprometido à venda desse imóvel e já tinha recebido R$ 80.000,00.
O saldo credor relativo à promessa de compra e venda é:
200.000 – 80.000 = 120.000
Então a Base de cálculo da transmissão “causa mortis” será R$ 120.000 (transfere-
se apenas o direito de receber o recebível – essa será a base de cálculo).

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11. Código Civil - ITCD.

Vamos fazer uma revisão de alguns termos utilizados nessa aula. O estudo
completo deve ser feito no seu curso de código civil. Porém, eu tenho certeza que
irá aprender bastante coisa nas próximas aulas.
11.1 – Sucessão causa mortis
A sucessão causa mortis é um procedimento por meio do qual se transferem as
posses do de cujus a seus herdeiros ou legatários. A sucessão inicia no momento
da morte da pessoa. Chamamos esse momento de “abertura da sucessão”.
Vejamos algumas definições primeiramente:
O Código civil, em seu Art. 1.786, determina que são duas as modalidades de
sucessão:
Sucessão legítima – aquela que decorre da lei, que enuncia a ordem de vocação
hereditária, presumindo a vontade do autor da herança. É também denominada
sucessão ab intestato justamente por inexistir testamento.
Sucessão testamentária – tem origem em ato de última vontade do morto, por
testamento, legado ou codicilo, mecanismos sucessórios para exercício da
autonomia privada do autor da herança.
Herdeiro legítimo: É aquele que recebe a legítima, mas não um bem em especial.
Ele não consta de testamento.
Legatário: Como bem leciona Giselda Maria Fernandes Novaes Hironaka,
“entende-se o legado – segundo o direito brasileiro – como a atribuição de certo ou
certos bens a outrem por meio de testamento e a título singular.
Envolve, assim, uma sucessão causa mortis que produzirá efeitos apenas com
o falecimento do testador. Consiste, sem dúvida, numa liberalidade deste para
com o legatário, o que não exige dizer que se deva sempre traduzir em benefício
para este último, já que pode ocorrer a vir a ser o legado pelos encargos que o
acompanham ou mesmo vir a se converter num ônus pesado demais para quem
o recebe”.
Inventário: O inventário é o processo que sucede a morte, no qual se apuram os
bens, os direitos e as dívidas do falecido para chegar à herança líquida, que é o que
será de fato transmitido aos herdeiros. Dentre as dívidas quitadas no inventário, se
encontra o pagamento do ITMCD.
Arrolamento: O Arrolamento é um inventário simplificado. Pode ser de duas
maneiras:
• comum: Os bens serão divididos judicialmente;
• sumária: O herdeiros dividem os bens entre si e apresentam a partilha ao
juiz para homologação.
Quinhão: É a parte que cabe a cada beneficiário.

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11.2 – Procedimentos referentes à Sucessão


Meação:

Antes de proceder com a partilha da herança, é necessário verificar se o de cujus


era casado e qual o regime de bens. A meação pode ser pedida em vida, no caso
de separação. Se um dos dois ficar com parte superior ao que determina o código
civil, incorrerá em ITCMD, relativo à doação.

Comunhão parcial de bens com bens adquiridos antes do matrimônio:

O cônjuge sobrevivente fica com metade dos bens adquiridos na constância


do casamento (meação). Os bens restantes da meação são partilhados excluindo
o cônjuge sobrevivente. Já os bens adquiridos antes do casamento são partilhados
inclusive com o cônjuge sobrevivente.
Ex: João possuía antes do casamento com Maria 120.000. Após o casamento os
dois acumularam bens no valor de 1.000.000 (fora os 120.000 que João já tinha).

1. Primeiro procede-se a meação.


Maria recebe a metade dos 1.000.000 = 500.000

2. Restam 500.000 mais os 120.000 de João de antes do matrimônio.


Maria, Ataliba e Bruno dividem os 120.000 = 40.000 para cada.
Ataliba e Bruno dividem o restante da meação, 500.000 = 500.000/2 = 250.000
para cada.
Total para cada: Maria: 500.000 + 40.000 = 540.000
Ataliba e Bruno = 250.000 + 40.000 cada = 290.000 cada.

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Comunhão parcial sem bens adquiridos antes do matrimônio: O cônjuge


sobrevivente fica com metade dos bens e o restante será partilhado entre os
herdeiros. O cônjuge não participa dessa divisão.
Ex: Nem João nem Maria possuíam nada antes do matrimônio. Após o casamento
os dois acumularam bens no valor de 1.000.000

Maria recebe a meação e fica com 500.000. Ataliba e Bruno dividem os restantes.

Comunhão universal de bens: Todos os bens, inclusive aqueles adquiridos


antes do matrimonio, são divididos e o cônjuge sobrevivente fica com a
metade. O restante será partilhado entre os herdeiros. O cônjuge não participa
desta partilha do restante.

Ex. João possuía antes do casamento com Maria 120.000. Após o casamento os
dois acumularam bens no valor de 1.000.000 (fora os 120.000 que João já tinha).
Agora a meação de Maria inclui os 120.000
Maria fica com: 1.120.000 / 2 = 560.000
Ataliba e bruno dividem 560.000 = 280.000 cada.

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Separação total de bens: Todos os bens vão para a partilha entre os herdeiros,
e o cônjuge sobrevivente participa dessa divisão.
Cônjuge sobrevivente pode concorrer com os descendentes, desde que não esteja
separado. Entretanto aqui teremos algumas diferenças entre cada regime de
comunhão de bens.
O cônjuge concorrerá com o descendente se não for casado sob regime de
comunhão universal ou separação obrigatória de bens ou se houver bens
particulares do de cujus no casamento com comunhão parcial (aqueles adquiridos
antes do casamento).
Neste caso, há mais uma regra:

Se o cônjuge sobrevivente concorrer com descendentes que são dele e do


de cujus, o cônjuge recebe uma parte igual à dos descendentes, mas nunca
inferior a 25%.
Imagine que se o número de descendentes for até 3, divide-se a herança entre os
descendentes + cônjuge. Se for maior que 3, retira-se 25% para o cônjuge e divide-
se o resto para os descendentes.
Ex. João e Maria são casados em separação total de bens. João no momento da
morte possui patrimônio de 600.000 (os bens de Maria são apenas dela e estão
separados).

O patrimônio de João será dividido em partes iguais para Maria, Ataliba e Bruno
= 600.000 / 3 = cada um fica com 200.000

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Agora, se a família fosse assim:

Teríamos 5 pessoas para dividir os 600.000. Mas Maria deve receber pelo menos
25%. Então, separamos 25% para Maria e dividimos o resto:
Maria = 600.000 x 25% = 150.000
Ataliba, Bruno, Breno e Carlos dividem o resto (450.000) =
= 450.000 / 4 = 112.500 para cada.

Se o cônjuge sobrevivente concorrer com descendentes do de cujus que


não são descendentes dele (por exemplo, filhos de outro casamento), ele entra na
divisão de maneira igualitária, não importando o número de descendentes. Se
houver 9 descendentes, o cônjuge vai receber 10% (100% / (9 descendentes +
cônjuge)).
Ex. Se a família fosse assim:

Como os descendentes são apenas de João, os 600.000 seriam divididos em


partes iguais. Maria, Ataliba, Bruno, Breno e Carlos receberiam 600.000 / 5 =
120.000

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11.3 – Ordem de Sucessão


Conhecer essa ordem é fundamental para as provas de legislação tributária. Após
a meação, é feita a partilha, conforme a ordem que veremos abaixo
Essa ordem é chamada de ordem de vocação hereditária, e ela lista quem tem
preferência sobre a herança. Essa ordem está estabelecida no Código Civil, Art.
1.829.
Vou listar as classes abaixo, e dentro de cada classe, você verá que há uma
subclasse. Por exemplo, dentro dos descendentes, há filhos, netos, bisnetos, etc.
Se houver alguém na classe superior, a herança para aí, ou seja, é dividida na
totalidade entre todos que estão nessa classe. Então, se há filhos, não é dividido
nada para os netos. Contudo, se houver concorrência dentro da classe, quer dizer
que aquele que concorre, recebe uma parte também. Por exemplo, na classe dos
descendentes, o cônjuge sobrevivente concorre, ou seja, a herança é dividida entre
os filhos e ele.
Abaixo da lista, adicionarei alguns exemplos e mais algumas regras.
1º - Descendentes:
1.1 - Filhos

Herdeiros Necessários (1 ao 3)
1.2 – Netos (somente se não houver os acima)
1.3 – Bisnetos (somente se não houver os acima) 1.4 - (...)
Concorrem com o cônjuge sobrevivente, exceto se casado em comunhão
universal ou separação obrigatória de bens.
2º - Ascendentes: (somente se não houver descendentes)
2.1 – Pais
2.2 – Avôs (somente se não houver os acima)
2.3 – Bisavôs (somente se não houver os acima) 2.4 - (...)
Concorrem com o cônjuge sobrevivente, exceto se casado em comunhão
universal ou separação obrigatória de bens.
3º - Cônjuge Sobrevivente (ou cônjuge supérstite)
4º - Colaterais – somente até o quarto grau, e somente se não houver nenhum
acima
4.1 – irmãos
4.2 – sobrinhos
4.3 – tios
4.4 – sobrinho-neto
4.5 - tio-avô
4.6 – primo-irmão

Além desses acima, como sogro, genro, etc, não há direito à herança.

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Até o 3º item – Cônjuge sobrevivente -, são considerados herdeiros


necessários. Se houver pessoas na família até este item, e o de cujus fizer um
testamento, só poderá destinar ao legatário deste testamento até a metade da
herança. Atenção, pois é metade dos seus bens, pois num casal em comunhão
parcial ou total, metade dos bens já são do cônjuge sobrevivente.
Exemplo, João e Maria, casados sob comunhão parcial de bens tinham um
patrimônio de 100.000, e dois filhos. Se João morrer, a metade (50.000) já são de
Maria. Ele poderá pôr em testamento metade de sua parte, ou seja, metade dos
outros 50.000 = 25.000.
Todos os filhos herdam a mesma quantia, mesmo que sejam adotados ou
provenientes de relação extraconjugal. Se for filho, tem direito.
Se não houver filhos vivos, porém vários netos, estes recebem a herança em
partes iguais, e não importa de quem forem filhos. Por exemplo, se a família era
assim:

João tinha dois filhos, Ataliba e Bruno. Ataliba tinha um filho apenas e Bruno tinha
3 filhos. Porém, Ataliba e Bruno já eram mortos quando João morreu.
Se João deixou 120.000, estes serão divididos em partes iguais pelos 4 netos,
independente do fato de 3 serem filhos de Bruno e apenas Adolfo era filho de
Ataliba.
Cada um recebe 120.000/ 4 = 30.000.

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Neste caso, temos que dividir a herança pelos filhos. No caso, Bruno será
REPRESENTADO. A parte que cabe àquele que morreu será dividida pelos seus
descendentes.
No caso, primeiro dividimos a herança em duas partes, entre Ataliba e Bruno.
120.000/2 = 60.000
Mas, como Bruno é morto, os 60.000 de Bruno serão divididos entre seus três
filhos. Então, Bernardo, Bianca e Bartolomeu recebem 60.000/3 = 20.000 cada um.
Pronto, creio que praticamente todos os casos que são cobrados em concursos nós
vimos. Se ocorrer qualquer situação em que não sejam respeitadas as divisões
acima, esse excedente será considerado doação.

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11.4 - Transmissões
Para entendermos melhor os casos que veremos nas leis estaduais, é necessário
entender os conceitos das transmissões. Nem sempre é muito claro quando ocorreu
uma transmissão que pode ser tributada. A legislação envolve temas diversos, como
transmissões em que um beneficiário recebe o “direito de usar” alguma coisa, sem
se tornar dono dela. São esses casos que veremos, e quando ou o que é necessário
para ocorrer uma transmissão.
Por exemplo, não pode, em regra, haver uma sucessão causa mortis com a pessoa
viva. Para estudarmos essas transmissões, é necessário conhecer alguns conceitos:
 Posse: Vamos retirar o conceito diretamente do código civil: CC Art. 1.196.
Considera-se possuidor todo aquele que tem de fato o exercício, pleno ou não, de
algum dos poderes inerentes à propriedade.
Ou seja, tem a posse aquele que está com a coisa, que está no imóvel e dele
usufruindo.
 Domínio útil: É quando a pessoa tem a posse, porém não é o proprietário.
Geralmente é por meio de uma compensação ao proprietário.
 Direitos reais: Os direitos reais são divididos em vários institutos diferentes.
Vejamos:
1 - Propriedade – é o direito que o proprietário tem de usar e dispor da coisa.
2 - Direitos reais sobre coisa alheia:
a) Uso: enfiteuse, superfície, servidão, usufruto, uso e habitação
b) Garantia: penhor, hipoteca e anticrese
c) Direito Real de Aquisição: compromisso irretratável de venda
d) Interesse Social: concessão de uso especial para fins de moradia e
concessão de direito real de uso.
Pela legislação do ITCMD, não são considerados fatos geradores as
transmissões de servidões e os de garantia (penhor, hipoteca e anticrese).
Os direitos reais sobre coisa alheia são direitos que determinada pessoa adquire
sobre bens que permanecem na propriedade de outra.
Não vem ao caso analisarmos cada um deles, pois isso daria algumas aulas
completas, portanto lembrem-se quais são eles. O nosso foco é saber que sobre a
transmissão dos direitos reais pode incidir o ITCMD. • Bens imóveis por
natureza: É o solo e a sua superfície, espaço aéreo, subsolo e coisas que alí
se encontram devido à ação da natureza, como árvores, pedras e frutos. • Bens
imóveis por acessão física: são todos aqueles que o homem incorpora ao solo,
como casas, edifícios e até mesmo árvores cultivadas pelo homem. Para constituir
bem imóvel, este deve estar ligado ao solo de maneira que sua remoção não seja
algo usual, ou que possa causar danos à coisa.

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Vamos agora analisar quais transmissões estão sujeitas ao ITCMD. As legislações


estaduais podem versar sobre diversos tipos de transmissões, mas as mais
abordadas em concursos são as transmissões de:
o propriedade ou domínio útil de imóveis;
o direitos reais sobre imóveis;
o bens móveis;
o títulos, créditos, ações ou quaisquer valores e títulos que os representem;
o bem incorpóreo em geral;
o direitos reais sobre bens móveis;
Além desses, temos o caso especial da aquisição de bens em
excesso por algum beneficiário. Pode ocorrer esse fato na sucessão causa mortis,
dissolução de sociedade conjugal (divórcio), ou alteração de regime de bens no
casamento.
O que acontece nesse caso em especial é que alguém ficou com mais bens em
relação ao que determina a lei, e nesse caso, esse excedente será tratado como
uma doação.
Imagine a seguinte situação: João tem dois filhos e únicos herdeiros:
Alberto e Bernardo. João morre e verifica-se que ele tinha R$100.000,00 em bens.
Alberto fica com R$ 60.000,00 e Bernardo com R$ 40.000,00. A lei determina que
ambos ficassem com R$ 50.000,00. Como Alberto ficou com R$ 10.000,00 a mais,
os R$ 10.000,00 serão tributados como doação, e os R$ 50.000,00 restantes
como herança.

11.5 – Renúncia à herança

É possível, pela maioria das legislações, que uma transmissão de excedente seja
tributada como herança normal. Para isso, o herdeiro deve renunciar ao seu
quinhão.
A renúncia deve ser sem ressalvas, em benefício do monte. Ou seja, os
valores permanecem no monte para divisão aos demais. Além disso, o
renunciante não deve ter praticado qualquer ato que demonstre a intenção de
aceitar a herança ou legado.
Se o renunciante indicar algum outro herdeiro para receber sua parte, então volta
a ser caso de doação.

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Importante: Caso um filho renuncie à herança, os bens voltam ao monte e


seus filhos não tem direito. Porém se todos os filhos renunciem, os netos
passam a ter direito. Por exemplo:

Digamos que na família acima, Ataliba renuncie à herança a favor do monte. Adolfo
não terá direito a nada e tudo fica para Bruno. Se Bruno também renunciar, Adolfo,
Bernardo, Bianca e Bartolomeu partilharão a herança em partes iguais.

O ponto importante disso tudo é que, em geral, as legislações


preveem alíquota diferentes para as doações!

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11.6 – Morte Presumida

No caso de desaparecimento, com probabilidade extrema de morte, da pessoa,


um juiz poderá determinar a “morte presumida” dessa pessoa. A declaração de
morte presumida feita pelo juiz é o momento de abertura da sucessão e, por
conseguinte, o momento em que passa a ser devido o ITCMD.
E mesmo a morte sendo presumida, incidirá o ITCMD.
Quem determinou isso foi o STF em sua súmula de nº 331:
É legítima a incidência do imposto de transmissão causa mortis no inventário
por morte presumida.

11.7 – Múltiplos fatos geradores

O fato gerador do ITCMD ocorre por pessoa por transmissão.


Mesmo que ocorra a transmissão de um bem a duas pessoas distintas, serão dois
os fatos geradores. Nas transmissões causa mortis e doações ocorrem tantos
fatos geradores distintos quantos forem os herdeiros, legatários ou
donatários.
Por exemplo, João tinha dois herdeiros, e apenas uma casa como bem. Ao morrer
ocorrem dois fatos geradores na transmissão da casa aos dois herdeiros de João.
Questão muito recorrente em provas.

11.8 – Adiantamento da legítima


A transferência de bens dos pais a um dos filhos, através de doação, não depende
do consentimento dos demais filhos. Contudo, a doação realizada pelos pais aos
filhos, com exclusão de um ou mais herdeiros, configura-se adiantamento de
legítima (conforme disposto no artigo 544 do Código Civil).
Esse adiantamento significa que o bem doado vai ser descontado quando da
partilha da herança. Ou seja, aquele herdeiro que recebeu na doação
receberá, na partilha, parte menor que a dos demais.
Resumidamente, o adiantamento da legítima ocorre quando uma pessoa cede
algum bem a um herdeiro ainda em vida, bem esse que viria a ser partilhado no
futuro.
• Por exemplo um pai que cede um imóvel a um filho antes da morte.
Como não temos Lei Complementar Federal dispondo sobre Imposto sobre
Transmissão Causa Mortis e Doação, vamos verificar na Lei Estadual do ITCMD qual
será o momento do Fato Gerador do adiantamento da legítima.

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Vale lembrar que os descendentes que concorrerem à sucessão do ascendente


comum são obrigados, para igualar as legítimas, a conferir o valor das doações que
dele em vida receberam, sob pena de sonegação. A colação tem por fim, igualar na
proporção estabelecida pelo Código Civil, as legítimas dos descendentes e do
cônjuge sobrevivente.
Curiosidade!

O Código Civil disciplina em seus artigos 1.992 a 1.996 sobre os sonegados em


inventário e partilha.

Desta forma, o herdeiro que sonegar bens da herança, não os descrevendo no


inventário quando estejam em seu poder, ou, com o seu conhecimento, no de
outrem, ou que os omitir na colação, a que os deva levar, ou que deixar de restituí-
los, perderá o direito que sobre eles lhe cabia.
11.9 – Regimes de bens
Quando uma pessoa falece, a primeira coisa que devemos avaliar é se era casada
ou não. Sendo casada, deve-se procurar saber dentro de qual regime de bens se
enquadrava esse casamento.
Se for “comunhão universal”, quando foi instituído o casamento o cônjuge passa
a ter direito à meação, ou seja, metade do patrimônio do casal.
Essa meação é um direito do cônjuge e não entra na sucessão, mesmo antes do
falecimento.

Aderbal era casado com Suriana sob o regime da comunhão universal e o casal
possuía um patrimônio de R$ 80000. Tinham quatro filhos que não moravam mais
com eles. Quando Aderbal faleceu tivemos para a sucessão o seguinte:
• Meação do cônjuge sobrevivente = R$ 40000
• Herança a ser partilhada = R$ 40000 (monte tributável)
Como a meação não entra na sucessão, ela não é tributada pelo ITCMD. Vale
lembrar que Suriana não herda, uma vez que pelo regime universal tem a meação
de tudo, jamais concorrerá à herança com os descendentes.
Sendo assim, teremos quatro fatos geradores pela transmissão causa mortis, uma
para cada filho do casal.

Se for “comunhão parcial”, o cônjuge terá direito à meação, entretanto, caso


haja algum bem particular do “de cujus”, esse bem não entrará para cálculo da
meação e será destinado ao monte para ser dividido entre os herdeiros. Para facilitar
o entendimento: se não houver bem particular, será exatamente igual ao
regime de comunhão universal.

Aderbal era casado com Suriana sob o regime da comunhão parcial e o casal
possuía um patrimônio de R$ 80000. Aderbal possuía ainda bens particulares no

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valor de R$ 20000 adquiridos antes do matrimônio (como exemplo de bens


particulares, poderia ser também aqueles adquiridos por herança ou doação).
Tinham quatro filhos que não moravam mais com eles.
Quando Aderbal faleceu tivemos para a sucessão o seguinte:
• Meação do cônjuge sobrevivente = R$ 40000 (a meação será de apenas sobre
a parte em comum do casal)
• Herança a ser partilhada = R$ 60000 (o que sobrar retirada a meação mais os
bens particulares - monte tributável).

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Como a meação não entra na sucessão, ela não é tributada pelo ITCMD. Nesse
caso, Suriana também será herdeira, mas apenas sobre os bens particulares em
concorrência com os outros herdeiros.
Sendo assim, teremos cinco fatos geradores pela transmissão causa mortis, uma
para cada filho do casal e mais a transmissão relativa ao bem particular para o
cônjuge.

Se for “separação voluntária”, o cônjuge não terá direito à meação, mas terá
direito à herança. Se for “separação obrigatória” não terá direito à meação e
tampouco à concorrência sucessória.
Aderbal era casado com Suriana sob o regime da separação voluntária de bens,
sendo que Aderbal possuía um patrimônio de R$ 80000.
Tinham quatro filhos que não moravam mais com eles. Quando Aderbal faleceu
tivemos para a sucessão o seguinte:
• Meação do cônjuge sobrevivente = Não há meação.
• Herança a ser partilhada = R$ 80000 (monte tributável) Sendo assim,
teremos cinco fatos geradores pela transmissão causa mortis, uma para cada filho
do casal e mais a transmissão relativa ao cônjuge.

11.10 – Dívidas do de cujus e despesas funerárias


Se houver dividas do espólio, essas devem ser retiradas do total da herança.
Espólio é o conjunto dos bens que integra o patrimônio deixado pelo de cujus, e que
serão partilhados, no inventário, entre os herdeiros ou legatários. Também deverão
ser abatidas da herança as despesas funerárias.

Cabe aqui um comentário: essas despesas devem ser abatidas após ser separada
a meação, uma vez que são passivos da herança e somente sobre ela devem ser
debitados.
Súmula STF 115: Sobre os honorários do advogado contratado pelo
inventariante, com a homologação do juiz, não incide o imposto de
transmissão causa mortis.

Veja que é necessário pagar todos os custos da transmissão, e quem paga é o


espólio, mas sobre os honorários referentes a essa transmissão não incorrerá
ITCMD.

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12. Situações problema ITBI e ITCD

Outros casos que também podem ser considerados fato gerador?


-Partilha não onerosa feita pelos pais, por ato entre vivos, em favor de
descendente;
-Excesso não oneroso na divisão de patrimônio comum ou partilhado, em
virtude de:
A) Dissolução da sociedade conjugal por separação judicial ou divórcio;
B) Extinção de condomínio ou sociedade de fato e de sucessão legítima ou
testamentária.

Qual é a diferença entre o ITBI e o ITCD?

=> O ITBI (Imposto de Transmissão de Bens Imóveis) incide nas transmissões


onerosas de imóveis “inter vivos”, ou seja, nas transmissões dos imóveis entre
vivos.

=> O ITCD (Imposto sobre a Transmissão Causa Mortis ou Doação de Bens e


Direitos) incide na doação de bens moveis e imóveis e sobre a transmissão de
bens e direitos por motivo da morte do proprietário (transmissão para os
herdeiros de bens e direitos móveis e imóveis).

Vamos conhecer uma presunção de doação importante no nosso estudo.

Para efeitos deste artigo, presume-se doação o excesso não-oneroso na


divisão de patrimônio comum ou partilhado, em virtude de dissolução da
sociedade conjugal por separação judicial ou divórcio, de extinção de
condomínio ou sociedade de fato e de sucessão legítima ou testamentária.

Assim, considerando o conceito de doação no Código Civil citaremos os seguintes


casos em que o ITCD é devido:

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Partilha não feita pelos pais por ato entre vivos em favor de
onerosa descendente

dissolução da sociedade
ITCD é conjugal por separação
devido judicial ou divórcio

na divisão de patrimônio
Excesso não
comum ou partilhado em de extinção de
oneroso
virtude de condomínio ou
sociedade de fato

de sucessão legítima ou
testamentária.

Dúvida #01 Professor, em se tratando de processo de divórcio em que um dos


ex-cônjuges fica com a maior parte dos bens e se compromete a pagar ao outro a
diferença posteriormente, de forma parcelada, há excesso de meação e
consequentemente tributação pelo ITCD?
R: Caso este acordo faça parte da sentença do processo de divórcio, não
haverá tributação do ITCD, uma vez que fica caracterizado o caráter
oneroso desta transmissão de propriedade, não se verificando a ocorrência de
doação.
Todavia, o não pagamento desta diferença conforme acordado configura
perdão de dívida, que corresponde à doação. Neste caso, o ITCD passa a ser devido.

Exemplo 1 Excesso proveniente de sucessão causa mortis.

Na partilha de 2 imóveis – um imóvel com valor de R$ 500.000,00 e outro de


R$300.000,00 entre dois irmãos. Total de R$800 mil.
O correto seria que cada um ficasse com R$ 400.000,00, porém cada um fica com
um imóvel.
Como não houve compensação feita pelo irmão que recebeu mais, considera-
se que o que o irmão que recebeu menos doou esse “excesso” de R$
R$100.000,00.
Logo, é devido o ITCD por doação desse R$100.000,00.

Teremos três FG do ITCD:


• 2 (Dois) ITCD por sucessão causa mortis com BC de R$400.000,00.
• 1 (Um) ITCD por doação desse R$100.000,00.

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Exemplo 2 - caso de dissolução da sociedade conjugal, em que


cada metade dos bens pertence a um dos cônjuges, temos situação semelhante
caso sejam estipulados valores diferentes da meação (cada metade de um todo).

Um casal, casados em regime e comunhão universal, possui 2 imóveis, um de R$


200 mil e outro de R$ 300mil. Ao se separarem, cada um ficou com um imóvel, não
havendo compensação.
Veja que caberia, em tese, R$ 250mil para cada.
Dessa forma, há ITCMD por excesso de meação sobre os R$ 50 mil a mais que
uma das partes recebeu.
Atenção! Caso tivesse havido compensação, em qualquer dos casos, sobre ela
incidiria ITBI

Exemplo 3 Para o caso de alteração do regime de comunhão


de bens, o mesmo acontece para a hipótese da dissolução da sociedade conjugal,
sendo qualquer parcela transmitida para o outro cônjuge tributada a título de
doação.
Assim, por exemplo, se os cônjuges acertaram que o regime de comunhão de
bens era de que 60% dos bens pertencem a A e 40% destes a B, e posteriormente
acordam dividi-los igualmente, haverá doação de 10% do valor do patrimônio do
cônjuge A para o B, incidindo o ICMD.

Dúvida #02 Professor, na hipótese de renúncia à herança em favor de pessoa


determinada ocorrerá a incidência do ITCD?
R: Sim, pois, nesta hipótese, não ocorre renúncia à herança, mas sim, a aceitação
da herança pelo herdeiro e a consequente doação de seu quinhão a pessoa
determinada.
Verifica-se, portanto, a ocorrência do fato gerador relativo à aceitação da herança
(causa mortis) e ocorrência do fato gerador relativo à doação. Por exemplo,
renúncia do filho em favor da mãe: ocorre aceitação da herança pelo filho e doação
dos bens herdados por ele a sua mãe.

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13. – Questões Comentadas

13.1 - Questões do CESPE

1. CEBRASPE (CESPE) - Procurador Municipal de Campo Grande/2019


Com relação à organização do Estado e às funções essenciais à justiça, julgue o
item subsecutivo.
Situação hipotética: Maria, proprietária de um apartamento em Natal – RN e de
um automóvel emplacado em Porto Alegre – RS, faleceu em Belo Horizonte – MG,
e seu inventário foi feito no estado de Goiás.
Assertiva: O imposto sobre transmissão causa mortis e doação de quaisquer bens
ou direitos (ITCMD) referente ao apartamento e o ITCMD referente ao automóvel
serão recolhidos, respectivamente, pelo estado de Goiás e pelo estado do Rio
Grande do Sul.
Resolução:
O ITCMD de bens imóveis compete ao Estado da situação do bem, sendo assim
será recolhido pelo Estado do Rio Grande do Norte.
Já o automóvel terá seu ITCMD recolhido pelo Estado de Goiás, que foi onde se
processou o inventário,
ERRADO

2. CESPE - Auditor-Fiscal da Receita Estadual (SEFAZ RS)/2019

Segundo a Lei n.º 8.821/1989, é contribuinte do ITCD


a) o doador, quando domiciliado ou residente no país.
b) o donatário, independentemente do domicílio do doador.
c) o espólio, nas transmissões causa mortis.
d) o doador, ainda que não seja domiciliado nem residente no país.
e) o inventariante.
Resolução:
Grave a nossa tabela. Como regra geral, esses são os contribuintes do ITCD.

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Contribuinte do ITCD
Transmissão
Na doação causa mortis

Doador donatário
beneficiário ou
recebedor

o doador não for


domiciliado ou residente
domiciliado ou residente
no país dos bens, títulos, créditos, ações,
no país
quotas e valores, de qualquer
natureza, bem como dos direitos a
eles relativos transmitidos

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3. (CESPE/PGM Manaus - AM/Procurador do Município /2018)


Considerando o que dispõe a CF, julgue o item a seguir, a respeito das limitações
do poder de tributar, da competência tributária e das normas constitucionais
aplicáveis aos tributos.
Compete aos municípios instituir o ITCMD.
Resolução:
Tal imposto é de competência dos Estados e do Distrito Federal:
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre:
I - transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos;

Não se deve confundir o ITCMD com o ITBI (de competência dos Municípios):
Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre:
II - transmissão "inter vivos", a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis,
por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de
garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição;

ITCD ITBI
• Estados • Municípios
• Quaisquer BENS • APENAS bem IMÓVEL
• Transmissão GRATUITA • Transmissão ONEROSA
• Inter Vivos (Doação) e • Inter Vivos
Causa Mortis

ERRADO

4. (CESPE/PGE-AM/Procurador do Estado/2016)
Em relação às espécies tributárias e às características dessas espécies, julgue o
item que se segue.
É inconstitucional a fixação de alíquota progressiva para o ITCMD.
Resolução:
O entendimento do STF é no sentido de possibilidade de o ITCMD ser progressivo
mesmo sem expressa previsão constitucional:
“No entendimento majoritário do Supremo, surge compatível com a Carta da
República a progressividade das alíquotas do Imposto sobre Transmissão Causa
Mortis e Doação.” (RE 542.485).
ERRADO

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5. (CESPE/TCE-PA/Auditor de Controle Externo/2016)


Com base nas normas gerais e constitucionais de direito tributário, julgue o item
que se segue.
Situação hipotética: O inventário de determinado contribuinte nascido em São Luís
e residente em Manaus que faleceu em São Paulo foi aberto em Belo Horizonte. De
seu inventário faz parte um imóvel situado em Salvador. Assertiva: Nesse caso, o
imposto sobre heranças e doações referente a esse imóvel deve ser pago em Belo
Horizonte.
Resolução:
O ITCD é devido em caso de transmissão de bem imóvel ao Estado onde está
localizado o bem. Portanto, será devido ITCD ao Estado da Bahia já que o imóvel é
de Salvador.
Errada

6. (CESPE/Ana MPU/MPU/2015)
Em relação a crédito e obrigações tributárias, fato gerador e domicílio tributário,
julgue o item que se segue.
O imposto sobre heranças e doações incidente sobre bens móveis é de
competência da unidade da Federação onde tais bens forem localizados.
Resolução:
O ITCMD quando incidente sobre bens móveis, títulos e créditos, compete ao
Estado onde se processar o inventário ou arrolamento, ou tiver domicílio o doador,
ou ao Distrito Federal.
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre:
I - transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos;
§ 1º O imposto previsto no inciso I:
I - relativamente a bens imóveis e respectivos direitos, compete ao Estado da
situação do bem, ou ao Distrito Federal
II - relativamente a bens móveis, títulos e créditos, compete ao Estado onde se
processar o inventário ou arrolamento, ou tiver domicílio o doador, ou ao Distrito
Federal;
III - terá competência para sua instituição regulada por lei complementar:
ERRADO

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7. (CESPE/PGE-PI/Procurador do Estado/2014)
Ocorre o fato gerador do ITCMD quando da transmissão causa mortis na data da
abertura da sucessão legítima ou testamentária, mesmo no caso de sucessão
provisória.
Resolução:
De acordo com a legislação, ocorre sim o fato gerador do ITCD na data da abertura
da sucessão e até mesmo na sucessão provisória.
Ocorre o fato gerador:
I - na transmissão "causa mortis":
a) na data da abertura da sucessão legítima ou testamentária, mesmo nos casos
de sucessão provisória e na instituição de fideicomisso e de usufruto;
Correta

8. (CESPE/PGE-PI/Procurador do Estado/2014)
Em se tratando de contrato de doação, o ITCMD será devido ao Estado do Piauí
quando o doador residir no território desse estado, ainda que o bem imóvel esteja
localizado no território de outro estado.
Resolução:
Em caso de transmissão de bem imóvel, o ITCD será devido no Estado da
localização do bem.
Errada

9. (CESPE/TJ-ES/Notário/2013)
Assinale a opção correta acerca do imposto de transmissão causa mortis e doação
de quaisquer bens ou direitos (ITCMD).
A) Por ser tributo real, o ITCMD não pode ser progressivo.
B) A competência para a instituição do ITCMD é da União no território do DF.
C) A competência para a instituição do ITCMD é dos municípios e do DF.
D) A instituição do ITCMD relativo a bens imóveis e respectivos direitos compete
ao município da situação do bem e ao DF.
E) A instituição do ITCMD relativo a bens móveis, títulos e créditos compete ao
Estado onde se processa o inventário ou o arrolamento, ou onde tiver domicílio o
doador, ou ao DF
Resolução:
O ITCD pode sim ser progressivo. Esse imposto é de competência dos Estados.
Compete também ao Estado onde o bem imóvel está localizado. E nas transmissões
de bens móveis, títulos e créditos, o imposto será devido ao Estado onde se
processar o inventário ou arrolamento nos casos de causa mortis e devido, em
regra, ao Estado de domicílio do doador em caso de doação.
E

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10. (CESPE/TJ-BA/Notário/2013)
A respeito do ITCMD, assinale a opção correta.
A) O ITCMD é considerado um tributo pessoal e, portanto, pode ser progressivo.
B) A competência para a instituição do ITCMD é dos municípios, dos estados e do
DF.
C) A competência para a instituição do ITCMD é dos municípios e do DF.
D) O STF decidiu pela constitucionalidade da alíquota progressiva do ITCMD, o qual
é considerado tributo real.
E) As alíquotas máximas do ITCMD são fixadas pelas assembleias legislativas dos
estados.
Resolução:
ITCD é imposto real, com competência para instituição pertencente aos Estados e
do DF. O STF decidiu pela constitucionalidade da progressividade do ITCD. As
alíquotas máximas desse imposto devem ser fixadas pelo Senado Federal.
D

11. (CESPE/TJ-BA/Notário/2013)
Compete aos estados e ao Distrito Federal instituir ITCMD. Nesse sentido, é correto
afirmar que o ITCMD
A) deve ter suas alíquotas máximas do imposto fixadas pela Câmara dos
Deputados.
B) compete ao Estado da situação do bem, ou ao Distrito Federal, quando se tratar
de bens imóveis e respectivos direitos.
C) compete ao Estado da situação do bem, ou ao Distrito Federal, quando se tratar
de bens imóveis, móveis, títulos e créditos.
D) compete ao Estado onde se processar o inventário ou arrolamento, ou tiver
domicílio o doador, ou ao Distrito Federal, quando se tratar de bens imóveis.
E) deve ter suas alíquotas máximas fixadas por decreto presidencial.
Resolução:
O ITCD terá suas alíquotas máximas fixadas pelo Senado Federal.
Compete ao Estado da situação do bem quando a transmissão for referente a bens
imóveis ou direitos relativos a esses bens.
B

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12. (CESPE/TJ-PI/Notário/2013)
Determinada pessoa, domiciliada em Timon – MA, proprietária de imóvel rural
localizado em Teresina – PI, recebeu, em 8/11/2013, notificação para pagar, até
8/12/ 2013, o ITR relativo ao exercício de 2013. Na data do recebimento da
notificação, essa pessoa já tinha acertado informalmente a venda do imóvel, tendo
marcado a lavratura da escritura do imóvel em cartório em 11/11/2013. Na situação
hipotética apresentada, o imposto sobre a transmissão causa mortis e doação de
quaisquer bens ou direitos
a) será devido ao Estado onde se localizar a serventia de notas em que for lavrada
a escritura.
b) será devido ao Estado do Piauí, em razão da localização da terra.
c) não será devido ao Estado do Maranhão, por ser o imposto de competência
municipal.
d) não será cobrado, por se tratar de transmissão onerosa.
e) será devido a qualquer dos dois estados, cabendo ao tabelião decidir a esse
respeito.
Resolução:
A situação apresentada pelo enunciado versa sobre uma transmissão onerosa,
ou seja, situação em que não há incidência do ITCD.
D

13. (CESPE/NeR (TJ RR)/TJ RR/2013)


No caso de um contribuinte nascido em Roraima falecer no Estado Rio de Janeiro
e deixar, como única herança, ações preferenciais de empresas sediadas na Bahia
negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo, a cobrança do imposto sobre
transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos, incidente sobre
a herança por ele deixada caberá
a) ao Estado do Rio de Janeiro, local de falecimento do contribuinte.
b) ao Estado em que o contribuinte declarava seu imposto de renda.
c) ao Estado da Bahia, sede das empresas.
d) ao Estado de São Paulo, em razão de as ações estarem nesse Estado
custodiadas.
e) ao Estado em que se processar o inventário ou arrolamento.
Resolução:
Como o falecido só deixou bens móveis (ações preferenciais de empresas sediadas
na Bahia negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo), a competência para cobrar
o ITCMD será do Estado onde se processar o inventário ou arrolamento.
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre:
§ 1.º O imposto previsto no inciso I: (ITCMD)
II - relativamente a bens móveis, títulos e créditos, compete ao Estado onde se
processar o inventário ou arrolamento, ou tiver domicílio o doador, ou ao Distrito
Federal;
E

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14. (CESPE/NeR (TJ ES)/TJ ES/Provimento/2013)


Assinale a opção correta acerca do imposto de transmissão causa mortis e doação
de quaisquer bens ou direitos (ITCMD).
a) Por ser tributo real, o ITCMD não pode ser progressivo.
b) A competência para a instituição do ITCMD é da União no território do DF.
c) A competência para a instituição do ITCMD é dos municípios e do DF.
d) A instituição do ITCMD relativo a bens imóveis e respectivos direitos compete
ao município da situação do bem e ao DF.
e) A instituição do ITCMD relativo a bens móveis, títulos e créditos compete ao
Estado onde se processa o inventário ou o arrolamento, ou onde tiver domicílio o
doador, ou ao DF.
Resolução:
a) Errada - O entendimento do STF é no sentido de possibilidade de o ITCMD ser
progressivo mesmo sem expressa previsão constitucional:
“No entendimento majoritário do Supremo, surge compatível com a Carta da
República a progressividade das alíquotas do Imposto sobre Transmissão Causa
Mortis e Doação.” (RE 542.485).

b) Errada – O ITCMD é de competência dos Estados e Distrito Federal:


Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre:
I - transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos;

c) Errada – O ITCMD é de competência dos Estados e Distrito Federal:


Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre:
I - transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos;

d) Errada – A instituição do ITCMD relativo a bens imóveis e respectivos direitos


compete ao Estado da situação do bem e ao DF.
§ 1º O imposto previsto no inciso I:
I - relativamente a bens imóveis e respectivos direitos, compete ao Estado da
situação do bem, ou ao Distrito Federal;

e) Correta – De acordo com a CF.


§ 1º O imposto previsto no inciso I:
II - relativamente a bens móveis, títulos e créditos, compete ao Estado onde se
processar o inventário ou arrolamento, ou tiver domicílio o doador, ou ao Distrito
Federal;
E

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15. (CESPE/Proc. MPC/TCE-BA/2010)


Julgue o item a seguir, relativo ao direito tributário brasileiro.
Considere a seguinte situação hipotética.
Certa pessoa faleceu em 2/12/2009, deixando bens móveis e imóveis a partilhar
entre os herdeiros. Ocorre que o ITCMD só passou a ser cobrado, efetivamente, em
maio de 2010, quando sua alíquota já havia sido majorada, em abril de 2010. Nessa
situação, o ITCMD será devido pela alíquota vigente ao tempo da abertura da
sucessão.
Resolução:
O ITCMD (mortis causa), terá, para fins de lançamento, a alíquota vigente no
momento do fato gerador, ou seja, da abertura da sucessão.
Art. 144. O lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da
obrigação e rege-se pela lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou
revogada.
§1.° Aplica-se ao lançamento a legislação que, posteriormente à ocorrência do fato
gerador da obrigação, tenha instituído novos critérios de apuração ou processos de
fiscalização, ampliado os poderes de investigação das autoridades administrativas,
ou outorgado ao crédito maiores garantias ou privilégios, exceto, neste último caso,
para o efeito de atribuir responsabilidade tributária a terceiros.
CERTO

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13.2 - Questões da FGV

16. FGV - OAB UNIFICADO - Nacional/XXIX Exame/2019


A Fazenda Pública apurou que fato gerador, ocorrido em 12/10/2007, referente a
um imposto sujeito a lançamento por declaração, não havia sido comunicado pelo
contribuinte ao Fisco. Por isso, efetuou o lançamento de ofício do tributo em
05/11/2012, tendo sido o contribuinte notificado desse lançamento em 09/11/2012,
para pagamento em 30 dias. Não sendo a dívida paga, nem tendo o contribuinte
impugnado o lançamento, a Fazenda Pública inscreveu, em 05/10/2017, o débito
em dívida ativa, tendo ajuizado a ação de execução fiscal em 08/01/2018.
Diante desse cenário, assinale a afirmativa correta.
a) A cobrança é indevida, pois o crédito tributário foi extinto pelo decurso do prazo
decadencial.
b) A cobrança é indevida, pois já teria se consumado o prazo prescricional para
propor a ação de execução fiscal.
c) A cobrança é devida, pois a inscrição em dívida ativa do crédito tributário, em
05/10/2017, suspendeu, por 180 dias, a contagem do prazo prescricional para
propositura da ação de execução fiscal.
d) A cobrança é devida, pois não transcorreram mais de 10 anos entre a ocorrência
do fato gerador (12/10/2007) e a inscrição em dívida ativa do crédito tributário
(05/10/2017).
Comentários
O lançamento [natureza jurídica mista] declara a obrigação tributária e
constitui o crédito tributário.
CTN, art. 173. O direito de a FP constituir o crédito tributário extingue-se
após 5 anos [prazo decadencial], contados:
I - do 1º dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia
ter sido efetuado;

01/01/2008 - início do prazo decadencial.


31/12/2012 - término do prazo decadencial.
CTN, art. 174. A ação para a cobrança do crédito tributário prescreve em 5
anos, contados da data da sua constituição definitiva.

A prescrição quinquenal para a cobrança dos tributos sujeitos a lançamento de


ofício é contada da data de sua constituição definitiva, ou seja, quando já não
caiba recurso adm. ou findo o prazo para sua interposição. (STJ -
jurisprudência em teses).
09/11/2012 - data em que o contribuinte foi notificado.
09/12/2012 - prazo limite para impugnação.
08/12/2017 - prazo limite para ajuizamento da ação de execução fiscal.
B

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17. FGV - OAB UNIFICADO - Nacional/XXIX Exame/2019


Otávio, domiciliado no Estado X, possui ações representativas do capital social da
Sociedade BETA S/A, com sede no Estado Y, e decide doar parte da sua participação
acionária a Mário, seu filho, então domiciliado no Estado Z.
Com dúvidas quanto ao Estado para o qual deverá ser recolhido o imposto sobre
a Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCD) incidente nessa operação, Mário
consulta seu escritório, destacando que o Estado Z estabelece alíquotas inferiores
às praticadas pelos demais Estados.
Com base nisso, assinale a afirmativa correta.
a) O ente competente para exigir o ITCD na operação em análise é o Estado X,
onde tem domicílio o doador.
b) O ITCD deverá ser recolhido ao Estado Y, uma vez que o bem a ser doado
consiste em participação acionária relativa à sociedade ali estabelecida, e o imposto
compete ao Estado da situação do bem.
c) O ITCD deverá ser recolhido ao Estado Z, uma vez que o contribuinte do imposto
é o donatário.
d) Doador ou donatário poderão recolher o imposto ao Estado X ou ao Estado Z,
pois o contribuinte do imposto é qualquer das partes na operação tributada.
GABARITO: LETRA A!

CF, art. 155. Compete aos Estados e ao DF instituir impostos sobre:


I - transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos;
II - relativamente a bens móveis, títulos e créditos, compete ao Estado onde se
processar o inventário ou arrolamento, ou tiver domicílio o doador, ou ao DF;

Por se tratar de uma doação de bem móvel, O recolhimento do ITCD compete


ao Estado onde tem domicilio o doador. Ou seja, o Estado X.
• OBS: Não foi uma transmissão causa mortis, mas uma doação.

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18. (FGV/SEFIN-RO/Auditor Fiscal/2018)


O Estado X editou uma lei na qual fixou alíquotas progressivas, que variam de 1%
a 8% do Imposto sobre a Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCD), em razão do
valor do bem a ser transmitido e sua localidade. Sobre o caso descrito, assinale a
afirmativa correta.
a) A fixação de alíquotas do ITCD não cabe aos Estados-membros e sim ao Senado
Federal.
b) A fixação de alíquotas progressivas do ITCD é inconstitucional, uma vez que a
progressividade, no caso dos impostos reais, só pode ser adotada se houver
expressa previsão constitucional.
c) A progressividade estabelecida é válida, porém a alíquota máxima de 8% viola
o confisco, uma vez que restringe desmedidamente o matrimônio do contribuinte.
d) A fixação de alíquotas progressivas do ITCD não ofende a Constituição Federal,
pois é um imposto que revela efetiva capacidade contributiva de quem percebe a
transferência patrimonial.
e) A fixação de alíquotas progressivas do ITCD é inconstitucional, uma vez que a
Constituição Federal veda a progressividade de impostos de natureza real.
Comentário:
A fixação de alíquotas máximas será incumbência do Senado Federal. Por meio de
Resolução o Senado autorizou que os Estados utilizem a alíquota máxima de 8%
para o ITCD.
Quem fiz a alíquota é o próprio Estado instituidor do ITCD, devendo respeitar o
limite máximo estipulado pelo Senado. Além disso, deu permissão para que os
Estados utilizassem a alíquota progressiva de acordo com o valor dos bens
transmitidos.
O STF já posicionou entendimento de que a progressividade da alíquota dos
impostos reais como o ITCD é constitucional, já que compatível com o princípio da
capacidade contributiva.
Portanto, a fixação de alíquotas progressivas do ITCD não ofende a Constituição
Federal já que a progressividade revela a cobrança de acordo com a capacidade
contributiva.
D

19. (FGV/SEFIN-RO/Auditor Fiscal/2018)


Argeu, residente e domiciliado no Estado de Rondônia, doou ao filho César,
residente no Estado de Goiás, um rebanho com 2 mil cabeças de gado, o qual se
encontra na Fazenda Riacho Doce, localizada no Estado de Mato Grosso. Nesse caso,
o Imposto incidente sobre a doação
a) é devido no Estado de Mato Grosso, onde está o rebanho.
b) é devido no Estado de Goiás, onde reside o donatário.
c) não é devido, por não haver incidência sobre transmissão de animais.
d) é devido no Estado de Rondônia, onde o doador tem domicílio.
e) é devido no Estado em que a escritura pública de doação for lavrada.
Comentário:

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Nessa questão precisamos conhecer a competência da incidência do imposto sobre


a transmissão de doação de bens móveis.
Em regra, o imposto será devido ao Estado de domicílio do doador. Argeu, o pai e
doador, é domiciliado em Rondônia, então, independentemente da localização dos
bens ou do donatário, o imposto será devido do Estado de Rondônia.
D

20. (FGV/SEFIN-RO/Auditor Fiscal/2018)


A abertura da sucessão, momento que marca a ocorrência de um dos fatos
geradores do Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação de Quaisquer Bens
ou Direitos (ITCD), ocorre na data
a) da distribuição da petição inicial do inventário.
b) em que morreu o autor da herança.
c) da nomeação do inventariante.
d) da lavratura do testamento.
e) em que há a aceitação da herança.
Comentário:
A abertura da sucessão ocorre na data do óbito do de cujus ou autor da herança.
B

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13.3 - Questões do FCC


21. FCC - Procurador do Estado do Amapá/2018
De acordo com as normas da Constituição Federal, o ITCD, imposto de
competência estadual, tem como sujeito ativo o Estado federado
a) em que esteja situado o bem imóvel transmitido, no caso de transmissão causa
mortis de bem de propriedade de pessoa falecida que tivesse domicílio e residência
em país estrangeiro.
b) de domicílio do doador, tratando-se de transmissão por doação, em que o bem
imóvel esteja situado em Estado diverso daquele em que o doador está domiciliado.
c) de domicílio do donatário, tratando-se de transmissão por doação, em que o
doador seja domiciliado e residente em país estrangeiro, e o bem móvel doado se
encontre igualmente em país estrangeiro.
d) de domicílio do legatário, tratando-se de bem móvel, em que o autor da herança
fosse domiciliado no Estado “A” (onde tramitou o processo de inventário), o bem
objeto do legado se encontrasse no Estado “B” e o legatário fosse domiciliado no
Estado “C”.
e) em que esteja situado o bem móvel transmitido, tratando-se de doação em que
o doador e donatário tenham domicílios e residências em diferentes países
estrangeiros, mas o objeto da doação esteja em território nacional.
Resolução:
Bizu para a prova
- BEM IMÓVEL: onde ele se localizar.
- BEM MÓVEL: - DOAÇÃO: domicílio do doador.
- MORTIS CAUSA: onde se processar o inventário ou arrolamento.
Sujeição ATIVA ITCMD
Bem imóvel Bem móvel
Doação lugar da situação do bem Domicílio do DOADOR
Lugar de processamento do inventário
Causa Mortis lugar da situação do bem
ou arrolamento
EXCEÇÃO: doador ou de cujus com Doação: domicílio do DONATÁRIO
domicílio no exterior lugar da situação do bem Causa mortis: Domicílio do HERDEIRO
(LC, na falta, Lei Estadual) ou LEGATÁRIO

Alternativa a CORRETO - Neste caso, a competência do ITCD é do Estado onde o


BEM IMÓVEL está localizado.
b) ERRADO - Em se tratando de BEM IMÓVEL, a ITCD é do Estado onde se localiza
o bem.
c) ERRADO - Em se tratando de doação de BEM MÓVEL, o ITCD é do Estado onde
tem domicílio o doador.
d) ERRADO - Legatário recebe legado (não há vínculo de parentesco) e herdeiro
recebe herança. Em se tratando de inventário (testamento) de BEM MÓVEL, o ITCD
é do estado onde tem domicílio o doador/legatário, neste caso, é no Estado "C".
e) ERRADO - Somente no caso de BEM IMÓVEL é que se considera o local do bem.
A

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22. (FCC/DPE-AP/Defensor/2018)
Antônio faleceu no Amapá, onde residia, deixando para seus sucessores a
propriedade sobre bem imóvel e o direito de posse sobre outro imóvel, todos
situados no Pará, além da propriedade de veículo automotor que se encontrava em
uso de familiar residente em Roraima. Considerando que o processo de inventário
foi regularmente aberto perante uma das Varas do Amapá, o imposto sobre a
transmissão causa mortis será devido, nos termos da Constituição Federal,
a) apenas ao Amapá, competente para instituir o tributo sobre a transmissão de
todos os bens deixados pelo falecido.
b) ao Pará, relativamente à transmissão da propriedade e do direito de posse sobre
o imóvel; a Roraima, relativamente à transmissão da propriedade do veículo
automotor.
c) ao Pará, relativamente à transmissão da propriedade sobre o imóvel; ao Amapá,
relativamente à transmissão do direito de posse sobre o imóvel e ao direito de
propriedade do veículo automotor.
d) ao Pará, relativamente à transmissão da propriedade e do direito de posse sobre
o imóvel; ao Amapá, relativamente à transmissão da propriedade do veículo
automotor.
e) apenas ao Pará, relativamente à transmissão da propriedade e do direito de
posse sobre o imóvel, sendo vedada pela Constituição Federal a instituição de
imposto sobre a transmissão causa mortis de veículo automotor.
Comentário:
Antônio é o de cujus. Deixa bem imóvel e direito relativo a bem imóvel localizados
no Pará. Deixa também bem móvel, um carro. O ITCD sobre a transmissão causa
mortis do bem imóvel e do direito relativo ao bem imóvel será devido no Estado da
localização do bem, ou seja, no Pará. Enquanto que o ITCD sobre a transmissão
causa mortis relativo ao bem móvel, o carro, será devido ao Estado onde se
processar o inventário, no caso em tela, ao Amapá.
Portanto, relativamente à transmissão de propriedade e do direito de posse sobre
o imóvel caberá o ITCD ao Estado do Pará e relativamente à transmissão da
propriedade do veículo automotor caberá ITCD ao Estado do Amapá.
D

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23. FCC - AFRE (SEF SC)/Gestão Tributária/2018


De acordo com a Constituição Federal, o ITCMD será devido ao Estado de Santa
Catarina, caso ocorra
a) transmissão causa mortis de valor em dinheiro, depositado em agência bancária
localizada neste Estado, sendo que o processo de inventário tramita na Comarca de
Curitiba/PR, e os herdeiros e legatários desta importância estão domiciliados em
Chapecó/SC.
b) doação de bem móvel localizado no Município de Palmas/TO, sendo o donatário
domiciliado neste Estado e o doador domiciliado no Distrito Federal.
c) doação do direito real de laje, relativamente a bem imóvel localizado no
Município de Porto Alegre/RS, cujo titular da construção- base seja domiciliado no
Município de Blumenau/SC e o titular do direito real de laje seja domiciliado,
temporariamente, no Município de Nova Iguaçu/RJ.
d) doação de bem imóvel localizado em Município catarinense, sendo o doador
domiciliado no Município de Manaus/AM e o donatário domiciliado em país
estrangeiro.
e) transmissão causa mortis do direito real de superfície, relativamente a bem
imóvel localizado no Município de Fortaleza/ CE, cujo titular da propriedade tem
domicílio no Município de Joinville/SC, o autor da herança tinha domicílio no
Município de Chapecó/SC, e os herdeiros têm domicílio no Município de Bragança
Paulista/SP.
a) ERRADO. Como é bem móvel e é causa mortis, será devido ao Estado/DF
onde se processar o inventário. O ITCMD será devido, então, para o Paraná-
PR e não para Santa Catarina.

b) ERRADO. Será devido ao Estado/DF onde tiver domiciliado o DOADOR


(donatário não!!!). Nesse item, o ITCMD será devido, então, para o Distrito
Federal e não para Santa Catarina.

c) ERRADO. Direito real de bem imóvel e é doação, será devido ao Estado/DF


onde estiver situado o bem. Nesse item, o ITCMD será devido, então, para o Rio
Grande do Sul - RS e não para Santa Catarina.

d) CERTO. Como é bem imóvel e é doação, será devido ao Estado/DF onde


estiver situado o bem. Nesse item, o ITCMD será devido, então, para Santa
Catarina - SC.

e) ERRADO. Direito real de bem imóvel e é causa mortis, vemos no nosso


resuminho que será devido ao Estado/DF onde estiver situado o bem. O ITCMD
será devido, então, para o Ceará - CE e não para Santa Catarina.
D

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24.FCC - AFRE (SEF SC)/Gestão Tributária/2018


Os Estados têm competência para instituir o ITCMD em seus territórios. De acordo com as
normas constitucionais a este respeito, cabe à lei complementar regular a competência para
sua instituição, nos casos em que o
a) de cujus, que sempre tiver tido seu domicílio no país, houver falecido, deixando apenas
herdeiros de nacionalidade estrangeira.
b) testamento tiver sido declarado nulo e os herdeiros declarados indignos, ou se todos os
herdeiros ou legatários forem domiciliados no exterior, na data da abertura da sucessão.
c) de cujus, que sempre tiver tido seu domicílio no país, houver doado bens imóveis aqui
localizados, menos de 360 dias antes da abertura da sucessão.
d) doador tiver mudado seu domicílio de um Estado federado para outro, menos de 360
dias antes de antecipar a legítima para seus herdeiros necessários.
e) de cujus possuía bens no exterior ou o seu inventário tiver sido processado no exterior.
Lei complementar quando houver bens no exterior, ou o de cujos (herdeiros não
importa) for domiciliado no exterior ou o inventário ser processado no exterior.

No caso de doação, vimos que só será necessária lei complementar quando o doador tiver
domicílio ou residência no exterior.

Obs: Na alternativa d, o item fala que o doador sair de um Estado federado para outro,
ambos dentro do Brasil, o item está errado!

e) CERTO.
► A competência será definida por LEI COMPLEMENTAR nos seguintes casos (BIZU:
"exterior" por lei complementar):

• Doação: quando o DOADOR tiver domicílio ou residência no exterior.

• Causa Mortis: de cujos com bens no exterior, ou domiciliado no exterior ou


com inventário processado no exterior.

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25. FCC - Auditor Fiscal da Receita Estadual (SEFAZ GO)/2018


De acordo com a Constituição Federal, o Estado de Goiás será sujeito ativo da
obrigação tributária principal, relativamente ao ITCMD, na
a) transmissão causa mortis de bem imóvel localizado no Distrito Federal, quando
o inventário seja processado no Município de Rio Verde/GO.
b) transmissão, por doação, de um terreno localizado em Senador Canedo/GO,
sendo que o doador tem domicílio e residência em Manaus/AM e o donatário tem
domicílio e residência no Distrito Federal.
c) transmissão causa mortis de veículo automotor localizado no Distrito Federal,
quando o inventário seja processado no Distrito Federal, mas o legatário deste bem
seja domiciliado em Morrinhos/GO.
d) transmissão onerosa de um apartamento localizado no Município de
Anápolis/GO, sendo que o alienante tem domicílio e residência em Catalão/GO, e o
adquirente tem domicílio e residência no Distrito Federal.
e) transmissão, por doação, da propriedade de rebanho localizado em fazenda do
Município de Nova Crixás/GO, sendo que doador e donatário têm domicílio e
residência no Distrito Federal.
Resolução:

• o sujeito ativo de bem IMÓVEL será o loca da situação do imóvel, como


esse terreno, que é um bem imóvel, está em Senador Canedo/GO, o
ITCMD será devido para Goiás.

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26. (FCC/SEGEP-MA/Téc.Receita/2016)
Constituição Federal atribui competência aos Estados para instituir o ITCD. De
acordo com o texto constitucional, esse imposto terá
a) competência para sua instituição regulada por lei complementar, se o donatário
residir ou tiver domicílio em Estado diverso daquele em que estiver domiciliado o
doador.
b) competência para sua instituição regulada por lei complementar, se o doador
tiver domicilio no exterior.
c) suas alíquotas máximas fixadas por lei complementar.
d) competência para sua instituição regulada por lei complementar, se o de cujus
possuía bens imóveis em Estado federado diverso daquele que foi o do seu último
domicílio.
e) suas alíquotas mínimas fixadas pelo Senado Federal.
Comentário:
a) Errada – A competência para regulação por lei complementar ocorre quando
doador é domiciliado no exterior.
b) Correta – Se o doador tiver domicílio no exterior, a competência do ITCD será
regulada por lei complementar.
c) Errada – As alíquotas máximas são estipuladas pelo Senado Federal.
d) Errada – Em caso de bens imóveis no Brasil a competência do ITCD já está na
própria Constituição e será ao Estado da situação do bem imóvel.
e) Errada – Alíquotas máximas fixadas pelo Senado.
B

27. (FCC/SEFAZ-MA/Técnico da Receita/2016)


Durante o exercício de 2015, Timóteo, domiciliado em Florianópolis/SC, fez duas
doações. A seu primo médico, Paulo, ele doou um terreno à beira-mar, localizado
na cidade de Penha/SC, como forma elegante de remunerá-lo pelos inumeráveis
serviços médicos que lhe foram prestados gratuitamente por Paulo, durante os anos
em que passou por dificuldades financeiras. Doou, também, a sua irmã Cibele, um
sítio de porte médio, localizado no Município de Itajaí/SC, doação essa onerada com
o seguinte encargo: Cibele deveria doar importância equivalente a 15% do valor
desse sítio para a construção de uma creche destinada às crianças pobres,
residentes no Município de Pedreiras. Nenhuma das duas transmissões foi amparada
por isenção ou não incidência do ITCD. Tendo em conta as informações acima e o
disposto na Lei estadual, o ITCD referente a essas doações incidirá sobre o valor de
mercado total
a) do terreno, excluída a parcela equivalente a 50% do valor correspondente aos
serviços médicos prestados, e sobre o valor venal do sítio, excluída a parcela
equivalente a 25% do valor referente ao cumprimento do encargo.
b) dos dois bens doados, sem exclusão de qualquer parcela.
c) do terreno, excluída a parcela de valor correspondente aos serviços médicos
prestados, e sobre o valor venal total do sítio.
d) do terreno, excluído o valor correspondente aos serviços médicos prestados, e
sobre o valor venal do sítio, excluído o valor referente ao cumprimento do encargo.

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e) do terreno, e sobre o valor venal do sítio, excluído o valor referente ao


cumprimento do encargo.
Comentário:
Não há em nenhuma legislação estadual tributária caso de abatimento de base de
cálculo do valor dos bens para efeito de apuração do imposto em relação a
transmissão de doação.
Portanto, essas doações incidirão sobre o valor de mercado dos dois bens doados,
sem exclusão de qualquer parcela.
B

28. (FCC/SEFAZ-SP/Agente Fiscal/2013/ADAPT..)


Perseu morava e trabalhava na cidade de Florianópolis/SC, era casado e tinha três
filhos.
Quando em férias com a família na cidade de Angra dos Reis/RJ veio a falecer em
razão de acidente de automóvel.
A data do óbito foi 15/6/2012. Após sua morte, por ocasião do processamento do
inventário em Florianópolis/SC, apurou-se que Perseu era proprietário de uma casa
em Angra dos Reis/RJ, de um apartamento em Florianópolis/SC e de uma coleção
de moedas raras.
Com respeito ao ITCMD, em relação:
I. à casa em Angra dos Reis, parcela de 50% do imposto é devida ao Estado do
Rio de Janeiro, local de falecimento de Perseu, e parcela de 50% ao Estado de Santa
Catarina, local de processamento do inventário.
II. ao apartamento de Florianópolis/SC e à coleção de moedas raras, o imposto é
devido ao Estado de Santa Catarina.
III. à coleção de moedas raras, o imposto é devido ao Estado do Rio de Janeiro,
por ter sido o local de falecimento de Perseu.
IV. à casa em Angra dos Reis, o imposto é devido ao Estado do Rio de Janeiro, o
Estado de situação do bem imóvel.
V. à coleção de moedas raras, o imposto não é devido, em razão de imunidade
constitucionalmente prevista.
Está correto o que se afirma APENAS em:
a) I e II
b) I e III
c) III e V
d) II e IV.
e) IV e V
Comentário:
I – Errada - O ITCD da casa de Angra deve ser 100% ao Estado do bem e não
apenas 50%.
II – Correta – O apartamento de Florianópolis/SC terá o ITCD devido ao Estado
de SC, a coleção de moedas raras, como bem móvel, terá o ITCD para SC também
porque foi o local onde se processou o inventário.
III – Errada - A coleção de moedas não é devido ao RJ e sim a SC.

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IV – Correta – Sobre a transmissão da casa em Angra caberá o ITCD ao Estado


do RJ, já que é o devido ao local do bem imóvel.
V – Errada – Cabe sim ITCD à transmissão de moedas raras.
D

29. (FCC/Prefeitura de SP/Auditor Fiscal/2012)


Um menino menor de idade, com dez anos, recebeu, na qualidade de herdeiro
testamentário, por ocasião da morte de sua avó, um imóvel urbano, localizado em
município do interior de Santa Catarina, no valor de R$ 350.000,00.
Houve a aceitação da herança pelo menor, que, nesse ato, foi representando por
seus pais. Nesse caso, o tributo devido na transmissão causa mortis de bens imóveis
caberá
a) aos pais do menor de idade, pois o menino, por ser menor de idade, não tem
capacidade tributária.
b) ao menino menor de idade, pois ele tem capacidade tributária, e, no caso de
impossibilidade de exigência do cumprimento dessa obrigação tributária por ele,
seus pais responderão solidariamente com ele, nos atos em que intervierem ou
pelas omissões de que forem responsáveis.
c) cinquenta por cento ao menino menor de idade e cinquenta por cento aos pais
do menor.
d) aos pais do menino menor de idade e ao próprio menino, pois o menor não tem
capacidade jurídica para ser, isoladamente, contribuinte.
e) ao menino menor de idade, pois ele tem capacidade tributária, e, no caso de
impossibilidade de exigência do cumprimento dessa obrigação tributária por ele,
seus pais responderão solidariamente com ele.
Comentário:
O contribuinte do imposto é o herdeiro testamentário, já que mesmo sendo menor
de idade terá capacidade tributária.
No entanto, os pais são responsáveis solidariamente pelo pagamento do imposto
desse menor. Veja que na lei analisada não há subsidiariedade e sim solidariedade.
Por isso não podemos considerar a letra e) correta, mas devemos considerar a
letra b) como a correta.
Já que a responsabilidade dos pais recai sobre eles em relação aos atos que
intervierem, como no caso do enunciado, ou nas omissões que forem responsáveis.
B

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30. (FCC/TJ-AP/Notário/2011)
Na transmissão causa mortis, o de cujus deixou bens imóveis localizados em
diversos municípios do país, em especial em São Paulo, Rio de Janeiro, Fortaleza,
Macapá, Florianópolis e Serra do Navio. O inventário foi processado no lugar da
abertura da sucessão, ou seja, em Santa Catarina. O imposto incidente sobre a
transmissão causa mortis - ITCMD, em razão da competência constitucional, é
devido ao
a) Município da situação do bem imóvel.
b) Município do lugar do inventário.
c) Município da situação do bem imóvel e ao Estado do lugar do inventário, em
partes iguais.
d) Estado do lugar do inventário.
e) Estado da situação do bem imóvel.
Comentário:
O ITCD é um imposto devido aos Estados.
E nas transmissões causa mortis de bens imóveis caberá ao Estado onde está
localizado o bem imóvel. Portanto, o ITCD é devido ao Estado de situação de cada
bem imóvel considerado.
E

31. (FCC/PGE-AM/Procurador/2010)
Sr. João da Silva, natural do Estado de Santa Catarina, sempre possuiu domicílio
em seu Estado, nele vindo a falecer. Com a abertura da sucessão, constatou-se, no
inventário que tramita na Justiça de seu Estado natal, que seu patrimônio era
constituído de 5 casas no Estado de Santa Catarina, recursos financeiros em uma
conta poupança no Estado do Rio de Janeiro e um apartamento no Estado de São
Paulo. A cobrança do ITCMD sobre os referidos bens compete
a) aos três Estados, devendo ser repartido de forma igual para cada Ente da
Federação.
b) aos Estados de Santa Catarina, do Rio de Janeiro e de São Paulo,
respectivamente.
c) somente ao Estado de Santa Catarina, uma vez que seu inventário foi
processado no próprio Estado.
d) somente ao Estado de Santa Catarina, uma vez que o de cujus tinha domicílio
no Estado.
e) ao Estado de Santa Catarina, em relação às 5 casas e à conta poupança, e ao
Estado de São Paulo, em relação ao apartamento.
Comentário:
O ITCD devido pelas 5 casas será devido ao Estado de Santa Catarina, do
apartamento de São Paulo caberá o ITCD ao Estado de São Paulo e em relação à
conta poupança termos ITCD devido ao Estado de Santa Catarina, por ser o local
do inventário.
E

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14. – Lista de Exercícios

1. CEBRASPE (CESPE) - Procurador Municipal de Campo Grande/2019


Com relação à organização do Estado e às funções essenciais à justiça, julgue o
item subsecutivo.
Situação hipotética: Maria, proprietária de um apartamento em Natal – RN e de
um automóvel emplacado em Porto Alegre – RS, faleceu em Belo Horizonte – MG,
e seu inventário foi feito no estado de Goiás.
Assertiva: O imposto sobre transmissão causa mortis e doação de quaisquer bens
ou direitos (ITCMD) referente ao apartamento e o ITCMD referente ao automóvel
serão recolhidos, respectivamente, pelo estado de Goiás e pelo estado do Rio
Grande do Sul.

2. CESPE - Auditor-Fiscal da Receita Estadual (SEFAZ RS)/2019

Segundo a Lei n.º 8.821/1989, é contribuinte do ITCD


a) o doador, quando domiciliado ou residente no país.
b) o donatário, independentemente do domicílio do doador.
c) o espólio, nas transmissões causa mortis.
d) o doador, ainda que não seja domiciliado nem residente no país.
e) o inventariante.

3. (CESPE/PGM Manaus - AM/Procurador do Município /2018)


Considerando o que dispõe a CF, julgue o item a seguir, a respeito das limitações
do poder de tributar, da competência tributária e das normas constitucionais
aplicáveis aos tributos. ( )CERTO ( )ERRADO

4. (CESPE/PGE-AM/Procurador do Estado/2016)
Em relação às espécies tributárias e às características dessas espécies, julgue o
item que se segue.
É inconstitucional a fixação de alíquota progressiva para o ITCMD.
( )CERTO ( )ERRADO

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5. (CESPE/TCE-PA/Auditor de Controle Externo/2016)


Com base nas normas gerais e constitucionais de direito tributário, julgue o item
que se segue.
Situação hipotética: O inventário de determinado contribuinte nascido em São Luís
e residente em Manaus que faleceu em São Paulo foi aberto em Belo Horizonte. De
seu inventário faz parte um imóvel situado em Salvador. Assertiva: Nesse caso, o
imposto sobre heranças e doações referente a esse imóvel deve ser pago em Belo
Horizonte. ( )CERTO ( )ERRADO

6. (CESPE/Ana MPU/MPU/2015)
Em relação a crédito e obrigações tributárias, fato gerador e domicílio tributário,
julgue o item que se segue.
O imposto sobre heranças e doações incidente sobre bens móveis é de
competência da unidade da Federação onde tais bens forem localizados.
( )CERTO ( )ERRADO

7. (CESPE/PGE-PI/Procurador do Estado/2014)
Ocorre o fato gerador do ITCMD quando da transmissão causa mortis na data da
abertura da sucessão legítima ou testamentária, mesmo no caso de sucessão
provisória.
( )CERTO ( )ERRADO
8. (CESPE/PGE-PI/Procurador do Estado/2014)
Em se tratando de contrato de doação, o ITCMD será devido ao Estado do Piauí
quando o doador residir no território desse estado, ainda que o bem imóvel esteja
localizado no território de outro estado.
( )CERTO ( )ERRADO
9. (CESPE/TJ-ES/Notário/2013)
Assinale a opção correta acerca do imposto de transmissão causa mortis e doação
de quaisquer bens ou direitos (ITCMD).
A) Por ser tributo real, o ITCMD não pode ser progressivo.
B) A competência para a instituição do ITCMD é da União no território do DF.
C) A competência para a instituição do ITCMD é dos municípios e do DF.
D) A instituição do ITCMD relativo a bens imóveis e respectivos direitos compete
ao município da situação do bem e ao DF.
E) A instituição do ITCMD relativo a bens móveis, títulos e créditos compete ao
Estado onde se processa o inventário ou o arrolamento, ou onde tiver domicílio o
doador, ou ao DF

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10. (CESPE/TJ-BA/Notário/2013)
A respeito do ITCMD, assinale a opção correta.
A) O ITCMD é considerado um tributo pessoal e, portanto, pode ser progressivo.
B) A competência para a instituição do ITCMD é dos municípios, dos estados e do
DF.
C) A competência para a instituição do ITCMD é dos municípios e do DF.
D) O STF decidiu pela constitucionalidade da alíquota progressiva do ITCMD, o qual
é considerado tributo real.
E) As alíquotas máximas do ITCMD são fixadas pelas assembleias legislativas dos
estados.

11. (CESPE/TJ-BA/Notário/2013)
Compete aos estados e ao Distrito Federal instituir ITCMD. Nesse sentido, é correto
afirmar que o ITCMD
A) deve ter suas alíquotas máximas do imposto fixadas pela Câmara dos
Deputados.
B) compete ao Estado da situação do bem, ou ao Distrito Federal, quando se tratar
de bens imóveis e respectivos direitos.
C) compete ao Estado da situação do bem, ou ao Distrito Federal, quando se tratar
de bens imóveis, móveis, títulos e créditos.
D) compete ao Estado onde se processar o inventário ou arrolamento, ou tiver
domicílio o doador, ou ao Distrito Federal, quando se tratar de bens imóveis.
E) deve ter suas alíquotas máximas fixadas por decreto presidencial.
12. (CESPE/TJ-PI/Notário/2013)
Determinada pessoa, domiciliada em Timon – MA, proprietária de imóvel rural
localizado em Teresina – PI, recebeu, em 8/11/2013, notificação para pagar, até
8/12/ 2013, o ITR relativo ao exercício de 2013. Na data do recebimento da
notificação, essa pessoa já tinha acertado informalmente a venda do imóvel, tendo
marcado a lavratura da escritura do imóvel em cartório em 11/11/2013. Na situação
hipotética apresentada, o imposto sobre a transmissão causa mortis e doação de
quaisquer bens ou direitos
a) será devido ao Estado onde se localizar a serventia de notas em que for lavrada
a escritura.
b) será devido ao Estado do Piauí, em razão da localização da terra.
c) não será devido ao Estado do Maranhão, por ser o imposto de competência
municipal.
d) não será cobrado, por se tratar de transmissão onerosa.
e) será devido a qualquer dos dois estados, cabendo ao tabelião decidir a esse
respeito.

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13. (CESPE/NeR (TJ RR)/TJ RR/2013)


No caso de um contribuinte nascido em Roraima falecer no Estado Rio de Janeiro
e deixar, como única herança, ações preferenciais de empresas sediadas na Bahia
negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo, a cobrança do imposto sobre
transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos, incidente sobre
a herança por ele deixada caberá
a) ao Estado do Rio de Janeiro, local de falecimento do contribuinte.
b) ao Estado em que o contribuinte declarava seu imposto de renda.
c) ao Estado da Bahia, sede das empresas.
d) ao Estado de São Paulo, em razão de as ações estarem nesse Estado
custodiadas.
e) ao Estado em que se processar o inventário ou arrolamento.

14. (CESPE/NeR (TJ ES)/TJ ES/Provimento/2013)


Assinale a opção correta acerca do imposto de transmissão causa mortis e doação
de quaisquer bens ou direitos (ITCMD).
a) Por ser tributo real, o ITCMD não pode ser progressivo.
b) A competência para a instituição do ITCMD é da União no território do DF.
c) A competência para a instituição do ITCMD é dos municípios e do DF.
d) A instituição do ITCMD relativo a bens imóveis e respectivos direitos compete
ao município da situação do bem e ao DF.
e) A instituição do ITCMD relativo a bens móveis, títulos e créditos compete ao
Estado onde se processa o inventário ou o arrolamento, ou onde tiver domicílio o
doador, ou ao DF.

15. (CESPE/Proc. MPC/TCE-BA/2010)


Julgue o item a seguir, relativo ao direito tributário brasileiro.
Considere a seguinte situação hipotética.
Certa pessoa faleceu em 2/12/2009, deixando bens móveis e imóveis a partilhar
entre os herdeiros. Ocorre que o ITCMD só passou a ser cobrado, efetivamente, em
maio de 2010, quando sua alíquota já havia sido majorada, em abril de 2010. Nessa
situação, o ITCMD será devido pela alíquota vigente ao tempo da abertura da
sucessão.

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13.2 - Questões da FGV

16. FGV - OAB UNIFICADO - Nacional/XXIX Exame/2019


A Fazenda Pública apurou que fato gerador, ocorrido em 12/10/2007, referente a
um imposto sujeito a lançamento por declaração, não havia sido comunicado pelo
contribuinte ao Fisco. Por isso, efetuou o lançamento de ofício do tributo em
05/11/2012, tendo sido o contribuinte notificado desse lançamento em 09/11/2012,
para pagamento em 30 dias. Não sendo a dívida paga, nem tendo o contribuinte
impugnado o lançamento, a Fazenda Pública inscreveu, em 05/10/2017, o débito
em dívida ativa, tendo ajuizado a ação de execução fiscal em 08/01/2018.
Diante desse cenário, assinale a afirmativa correta.
a) A cobrança é indevida, pois o crédito tributário foi extinto pelo decurso do prazo
decadencial.
b) A cobrança é indevida, pois já teria se consumado o prazo prescricional para
propor a ação de execução fiscal.
c) A cobrança é devida, pois a inscrição em dívida ativa do crédito tributário, em
05/10/2017, suspendeu, por 180 dias, a contagem do prazo prescricional para
propositura da ação de execução fiscal.
d) A cobrança é devida, pois não transcorreram mais de 10 anos entre a ocorrência
do fato gerador (12/10/2007) e a inscrição em dívida ativa do crédito tributário
(05/10/2017).
17. FGV - OAB UNIFICADO - Nacional/XXIX Exame/2019
Otávio, domiciliado no Estado X, possui ações representativas do capital social da
Sociedade BETA S/A, com sede no Estado Y, e decide doar parte da sua participação
acionária a Mário, seu filho, então domiciliado no Estado Z.
Com dúvidas quanto ao Estado para o qual deverá ser recolhido o imposto sobre
a Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCD) incidente nessa operação, Mário
consulta seu escritório, destacando que o Estado Z estabelece alíquotas inferiores
às praticadas pelos demais Estados.
Com base nisso, assinale a afirmativa correta.
a) O ente competente para exigir o ITCD na operação em análise é o Estado X,
onde tem domicílio o doador.
b) O ITCD deverá ser recolhido ao Estado Y, uma vez que o bem a ser doado
consiste em participação acionária relativa à sociedade ali estabelecida, e o imposto
compete ao Estado da situação do bem.
c) O ITCD deverá ser recolhido ao Estado Z, uma vez que o contribuinte do imposto
é o donatário.
d) Doador ou donatário poderão recolher o imposto ao Estado X ou ao Estado Z,
pois o contribuinte do imposto é qualquer das partes na operação tributada.

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18. (FGV/SEFIN-RO/Auditor Fiscal/2018)


O Estado X editou uma lei na qual fixou alíquotas progressivas, que variam de 1%
a 8% do Imposto sobre a Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCD), em razão do
valor do bem a ser transmitido e sua localidade. Sobre o caso descrito, assinale a
afirmativa correta.
a) A fixação de alíquotas do ITCD não cabe aos Estados-membros e sim ao Senado
Federal.
b) A fixação de alíquotas progressivas do ITCD é inconstitucional, uma vez que a
progressividade, no caso dos impostos reais, só pode ser adotada se houver
expressa previsão constitucional.
c) A progressividade estabelecida é válida, porém a alíquota máxima de 8% viola
o confisco, uma vez que restringe desmedidamente o matrimônio do contribuinte.
d) A fixação de alíquotas progressivas do ITCD não ofende a Constituição Federal,
pois é um imposto que revela efetiva capacidade contributiva de quem percebe a
transferência patrimonial.
e) A fixação de alíquotas progressivas do ITCD é inconstitucional, uma vez que a
Constituição Federal veda a progressividade de impostos de natureza real.
19. (FGV/SEFIN-RO/Auditor Fiscal/2018)
Argeu, residente e domiciliado no Estado de Rondônia, doou ao filho César,
residente no Estado de Goiás, um rebanho com 2 mil cabeças de gado, o qual se
encontra na Fazenda Riacho Doce, localizada no Estado de Mato Grosso. Nesse caso,
o Imposto incidente sobre a doação
a) é devido no Estado de Mato Grosso, onde está o rebanho.
b) é devido no Estado de Goiás, onde reside o donatário.
c) não é devido, por não haver incidência sobre transmissão de animais.
d) é devido no Estado de Rondônia, onde o doador tem domicílio.
e) é devido no Estado em que a escritura pública de doação for lavrada.
20. (FGV/SEFIN-RO/Auditor Fiscal/2018)
A abertura da sucessão, momento que marca a ocorrência de um dos fatos
geradores do Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação de Quaisquer Bens
ou Direitos (ITCD), ocorre na data
a) da distribuição da petição inicial do inventário.
b) em que morreu o autor da herança.
c) da nomeação do inventariante.
d) da lavratura do testamento.
e) em que há a aceitação da herança.

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13.3 - Questões do FCC


21. FCC - Procurador do Estado do Amapá/2018
De acordo com as normas da Constituição Federal, o ITCD, imposto de
competência estadual, tem como sujeito ativo o Estado federado
a) em que esteja situado o bem imóvel transmitido, no caso de transmissão causa
mortis de bem de propriedade de pessoa falecida que tivesse domicílio e residência
em país estrangeiro.
b) de domicílio do doador, tratando-se de transmissão por doação, em que o bem
imóvel esteja situado em Estado diverso daquele em que o doador está domiciliado.
c) de domicílio do donatário, tratando-se de transmissão por doação, em que o
doador seja domiciliado e residente em país estrangeiro, e o bem móvel doado se
encontre igualmente em país estrangeiro.
d) de domicílio do legatário, tratando-se de bem móvel, em que o autor da herança
fosse domiciliado no Estado “A” (onde tramitou o processo de inventário), o bem
objeto do legado se encontrasse no Estado “B” e o legatário fosse domiciliado no
Estado “C”.
e) em que esteja situado o bem móvel transmitido, tratando-se de doação em que
o doador e donatário tenham domicílios e residências em diferentes países
estrangeiros, mas o objeto da doação esteja em território nacional.
22. (FCC/DPE-AP/Defensor/2018)
Antônio faleceu no Amapá, onde residia, deixando para seus sucessores a
propriedade sobre bem imóvel e o direito de posse sobre outro imóvel, todos
situados no Pará, além da propriedade de veículo automotor que se encontrava em
uso de familiar residente em Roraima. Considerando que o processo de inventário
foi regularmente aberto perante uma das Varas do Amapá, o imposto sobre a
transmissão causa mortis será devido, nos termos da Constituição Federal,
a) apenas ao Amapá, competente para instituir o tributo sobre a transmissão de
todos os bens deixados pelo falecido.
b) ao Pará, relativamente à transmissão da propriedade e do direito de posse sobre
o imóvel; a Roraima, relativamente à transmissão da propriedade do veículo
automotor.
c) ao Pará, relativamente à transmissão da propriedade sobre o imóvel; ao Amapá,
relativamente à transmissão do direito de posse sobre o imóvel e ao direito de
propriedade do veículo automotor.
d) ao Pará, relativamente à transmissão da propriedade e do direito de posse sobre
o imóvel; ao Amapá, relativamente à transmissão da propriedade do veículo
automotor.
e) apenas ao Pará, relativamente à transmissão da propriedade e do direito de
posse sobre o imóvel, sendo vedada pela Constituição Federal a instituição de
imposto sobre a transmissão causa mortis de veículo automotor.

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23. FCC - AFRE (SEF SC)/Gestão Tributária/2018


De acordo com a Constituição Federal, o ITCMD será devido ao Estado de Santa
Catarina, caso ocorra
a) transmissão causa mortis de valor em dinheiro, depositado em agência bancária
localizada neste Estado, sendo que o processo de inventário tramita na Comarca de
Curitiba/PR, e os herdeiros e legatários desta importância estão domiciliados em
Chapecó/SC.
b) doação de bem móvel localizado no Município de Palmas/TO, sendo o donatário
domiciliado neste Estado e o doador domiciliado no Distrito Federal.
c) doação do direito real de laje, relativamente a bem imóvel localizado no Município
de Porto Alegre/RS, cujo titular da construção- base seja domiciliado no Município de
Blumenau/SC e o titular do direito real de laje seja domiciliado, temporariamente, no
Município de Nova Iguaçu/RJ.
d) doação de bem imóvel localizado em Município catarinense, sendo o doador
domiciliado no Município de Manaus/AM e o donatário domiciliado em país estrangeiro.
e) transmissão causa mortis do direito real de superfície, relativamente a bem imóvel
localizado no Município de Fortaleza/ CE, cujo titular da propriedade tem domicílio no
Município de Joinville/SC, o autor da herança tinha domicílio no Município de
Chapecó/SC, e os herdeiros têm domicílio no Município de Bragança Paulista/SP.
24. FCC - AFRE (SEF SC)/Gestão Tributária/2018
Os Estados têm competência para instituir o ITCMD em seus territórios. De acordo
com as normas constitucionais a este respeito, cabe à lei complementar regular a
competência para sua instituição, nos casos em que o
a) de cujus, que sempre tiver tido seu domicílio no país, houver falecido, deixando
apenas herdeiros de nacionalidade estrangeira.
b) testamento tiver sido declarado nulo e os herdeiros declarados indignos, ou se todos
os herdeiros ou legatários forem domiciliados no exterior, na data da abertura da
sucessão.
c) de cujus, que sempre tiver tido seu domicílio no país, houver doado bens imóveis
aqui localizados, menos de 360 dias antes da abertura da sucessão.
d) doador tiver mudado seu domicílio de um Estado federado para outro, menos de
360 dias antes de antecipar a legítima para seus herdeiros necessários.
e) de cujus possuía bens no exterior ou o seu inventário tiver sido processado no
exterior.

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25. FCC - Auditor Fiscal da Receita Estadual (SEFAZ GO)/2018


De acordo com a Constituição Federal, o Estado de Goiás será sujeito ativo da
obrigação tributária principal, relativamente ao ITCMD, na
a) transmissão causa mortis de bem imóvel localizado no Distrito Federal, quando
o inventário seja processado no Município de Rio Verde/GO.
b) transmissão, por doação, de um terreno localizado em Senador Canedo/GO,
sendo que o doador tem domicílio e residência em Manaus/AM e o donatário tem
domicílio e residência no Distrito Federal.
c) transmissão causa mortis de veículo automotor localizado no Distrito Federal,
quando o inventário seja processado no Distrito Federal, mas o legatário deste bem
seja domiciliado em Morrinhos/GO.
d) transmissão onerosa de um apartamento localizado no Município de
Anápolis/GO, sendo que o alienante tem domicílio e residência em Catalão/GO, e o
adquirente tem domicílio e residência no Distrito Federal.
e) transmissão, por doação, da propriedade de rebanho localizado em fazenda do
Município de Nova Crixás/GO, sendo que doador e donatário têm domicílio e
residência no Distrito Federal.

26. (FCC/SEGEP-MA/Téc.Receita/2016)
Constituição Federal atribui competência aos Estados para instituir o ITCD. De acordo
com o texto constitucional, esse imposto terá
a) competência para sua instituição regulada por lei complementar, se o donatário
residir ou tiver domicílio em Estado diverso daquele em que estiver domiciliado o
doador.
b) competência para sua instituição regulada por lei complementar, se o doador tiver
domicilio no exterior.
c) suas alíquotas máximas fixadas por lei complementar.
d) competência para sua instituição regulada por lei complementar, se o de cujus
possuía bens imóveis em Estado federado diverso daquele que foi o do seu último
domicílio.
e) suas alíquotas mínimas fixadas pelo Senado Federal.
27. (FCC/SEFAZ-MA/Técnico da Receita/2016)
Durante o exercício de 2015, Timóteo, domiciliado em Florianópolis/SC, fez duas
doações. A seu primo médico, Paulo, ele doou um terreno à beira-mar, localizado
na cidade de Penha/SC, como forma elegante de remunerá-lo pelos inumeráveis
serviços médicos que lhe foram prestados gratuitamente por Paulo, durante os anos
em que passou por dificuldades financeiras. Doou, também, a sua irmã Cibele, um
sítio de porte médio, localizado no Município de Itajaí/SC, doação essa onerada com
o seguinte encargo: Cibele deveria doar importância equivalente a 15% do valor
desse sítio para a construção de uma creche destinada às crianças pobres,
residentes no Município de Pedreiras. Nenhuma das duas transmissões foi amparada
por isenção ou não incidência do ITCD. Tendo em conta as informações acima e o
disposto na Lei estadual, o ITCD referente a essas doações incidirá sobre o valor de

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mercado total
a) do terreno, excluída a parcela equivalente a 50% do valor correspondente aos
serviços médicos prestados, e sobre o valor venal do sítio, excluída a parcela
equivalente a 25% do valor referente ao cumprimento do encargo.
b) dos dois bens doados, sem exclusão de qualquer parcela.
c) do terreno, excluída a parcela de valor correspondente aos serviços médicos
prestados, e sobre o valor venal total do sítio.
d) do terreno, excluído o valor correspondente aos serviços médicos prestados, e
sobre o valor venal do sítio, excluído o valor referente ao cumprimento do encargo.
e) do terreno, e sobre o valor venal do sítio, excluído o valor referente ao
cumprimento do encargo.

28. (FCC/SEFAZ-SP/Agente Fiscal/ADAPT.)


Perseu morava e trabalhava na cidade de Florianópolis/SC, era casado e tinha três
filhos.
Quando em férias com a família na cidade de Angra dos Reis/RJ veio a falecer em
razão de acidente de automóvel.
A data do óbito foi 15/6/2012. Após sua morte, por ocasião do processamento do
inventário em Florianópolis/SC, apurou-se que Perseu era proprietário de uma casa
em Angra dos Reis/RJ, de um apartamento em Florianópolis/SC e de uma coleção
de moedas raras.
Com respeito ao ITCMD, em relação:
I. à casa em Angra dos Reis, parcela de 50% do imposto é devida ao Estado do
Rio de Janeiro, local de falecimento de Perseu, e parcela de 50% ao Estado de Santa
Catarina, local de processamento do inventário.
II. ao apartamento de Florianópolis/SC e à coleção de moedas raras, o imposto é
devido ao Estado de Santa Catarina.
III. à coleção de moedas raras, o imposto é devido ao Estado do Rio de Janeiro,
por ter sido o local de falecimento de Perseu.
IV. à casa em Angra dos Reis, o imposto é devido ao Estado do Rio de Janeiro, o
Estado de situação do bem imóvel.
V. à coleção de moedas raras, o imposto não é devido, em razão de imunidade
constitucionalmente prevista.
Está correto o que se afirma APENAS em:
a) I e II
b) I e III
c) III e V
d) II e IV.
e) IV e V

29. (FCC/Prefeitura de SP/Auditor Fiscal/2012)


Um menino menor de idade, com dez anos, recebeu, na qualidade de herdeiro
testamentário, por ocasião da morte de sua avó, um imóvel urbano, localizado em
município do interior de Santa Catarina, no valor de R$ 350.000,00.

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Houve a aceitação da herança pelo menor, que, nesse ato, foi representando por
seus pais. Nesse caso, o tributo devido na transmissão causa mortis de bens imóveis
caberá
a) aos pais do menor de idade, pois o menino, por ser menor de idade, não tem
capacidade tributária.
b) ao menino menor de idade, pois ele tem capacidade tributária, e, no caso de
impossibilidade de exigência do cumprimento dessa obrigação tributária por ele,
seus pais responderão solidariamente com ele, nos atos em que intervierem ou
pelas omissões de que forem responsáveis.
c) cinquenta por cento ao menino menor de idade e cinquenta por cento aos pais
do menor.
d) aos pais do menino menor de idade e ao próprio menino, pois o menor não tem
capacidade jurídica para ser, isoladamente, contribuinte.
e) ao menino menor de idade, pois ele tem capacidade tributária, e, no caso de
impossibilidade de exigência do cumprimento dessa obrigação tributária por ele,
seus pais responderão solidariamente com ele.

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30. (FCC/TJ-AP/Notário/)
Na transmissão causa mortis, o de cujus deixou bens imóveis localizados em
diversos municípios do país, em especial em São Paulo, Rio de Janeiro, Fortaleza,
Macapá, Florianópolis e Serra do Navio. O inventário foi processado no lugar da
abertura da sucessão, ou seja, em Santa Catarina. O imposto incidente sobre a
transmissão causa mortis - ITCMD, em razão da competência constitucional, é
devido ao
a) Município da situação do bem imóvel.
b) Município do lugar do inventário.
c) Município da situação do bem imóvel e ao Estado do lugar do inventário, em
partes iguais.
d) Estado do lugar do inventário.
e) Estado da situação do bem imóvel.

31. (FCC/PGE-AM/Procurador/)
Sr. João da Silva, natural do Estado de Santa Catarina, sempre possuiu domicílio
em seu Estado, nele vindo a falecer. Com a abertura da sucessão, constatou-se, no
inventário que tramita na Justiça de seu Estado natal, que seu patrimônio era
constituído de 5 casas no Estado de Santa Catarina, recursos financeiros em uma
conta poupança no Estado do Rio de Janeiro e um apartamento no Estado de São
Paulo. A cobrança do ITCMD sobre os referidos bens compete
a) aos três Estados, devendo ser repartido de forma igual para cada Ente da
Federação.
b) aos Estados de Santa Catarina, do Rio de Janeiro e de São Paulo,
respectivamente.
c) somente ao Estado de Santa Catarina, uma vez que seu inventário foi
processado no próprio Estado.
d) somente ao Estado de Santa Catarina, uma vez que o de cujus tinha domicílio
no Estado.
e) ao Estado de Santa Catarina, em relação às 5 casas e à conta poupança, e ao
Estado de São Paulo, em relação ao apartamento.

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15. – Gabarito

ERRADO D

A D

ERRADO B

ERRADO A

Errada D

ERRADO D

Correta E

Errada B

E B

D B

B D

D B

E E

E E

CERTO

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