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Aula 2 DNJ
Aula 2 DNJ
SUMÁRIO DO VOLUME
FÍSICA
SUMÁRIO COMPLETO
VOLUME 1
UNIDADE: ONDULATÓRIA
1. Movimento Harmônico Simples
2. Ondas
3. Acústica
VOLUME 2
UNIDADE: ÓPTICA
4. Introdução
5. Espelho plano
6. Espelho esférico
7. Refração
8. Lentes esféricas
9. Instrumentos ópticos
10. Óptica da visão
VOLUME 3
UNIDADE: TERMOLOGIA
11. Termometria
12. Dilatação térmica dos sólidos
13. Dilatação térmica dos líquidos
14. Propagação de calor
15. Calorimetria
16. Mudanças de estado físico
17. Estudo dos gases
18. Termodinâmica
4 Física
Física 5
Movimento Harmônico Simples
ONDULATÓRIA
1. Movimento HARMÔNICO SIMPLES
1.1 Movimento Oscilatório Periódico
f= n
∆t Balanço.
Disponível em: <http://mundodascordas.
webnode.com.br>. Acesso em:
01 ago. 2013.
1
f = 1 ou T =
T f
Corda de um violão.
6 Física
Movimento Harmônico Simples
Imaginemos que um balanço esteja realizando um movimento com 10 repetições (oscilações) a cada
20 s. Seu período e sua frequência podem ser determinados da seguinte maneira:
∆t
→ T = 20 → T = 2,0 s
T=
n 10
f = n → f = 10 → f = 0,5 Hz ou f = 1 = 1 = 0,5 Hz
∆t 20 T 2,0
Todo movimento cujo sentido é regularmente invertido (alternância de sentidos), dá-se o nome
de movimento oscilatório ou vibratório. São exemplos de movimentos oscilatórios: movimento do
pêndulo simples, movimento de um diapasão, movimento de um sistema formado por uma massa e uma
mola, movimento da corda de um violão, etc.
A B O +A x
–A
C
A esfera do pêndulo oscila entre A e B. O corpo de massa m preso em uma mola oscila
C é a posição de equilíbrio. entre + A e – A. O é a posição de equilíbrio.
Em todos esses exemplos, existem forças que atuam sobre os corpos oscilantes a fim de trazê-los para
sua posição de equilíbrio. Essas forças são chamadas de forças restauradoras. No nosso curso, não iremos
considerar as forças dissipativas, como, por exemplo, as forças de resistência do ar ou de atrito, que atuam
nos corpos até que eles parem em sua posição de equilíbrio.
Nesta figura, temos um sistema constituído por um corpo de massa m preso a uma mola de constante
elástica k (sistema massa-mola) que passa a oscilar entre os pontos – A e + A, simétricos ao ponto de
equilíbrio O (em que a força resultante na partícula é nula). A mola é ideal, e os atritos são desprezíveis.
k
m
–A O +A
x
Em relação ao eixo x, a posição do corpo, num determinado tempo t, é chamada elongação da mola.
Lógico, se o corpo se encontra na posição de equilíbrio, a elongação é zero. Nos pontos de inversão do
movimento – A e + A ocorre a elongação máxima da mola, denominada de amplitude do movimento.
Dizemos que um corpo realiza um Movimento Harmônico Simples Linear quando a força restauradora,
que age nele, tem valor algébrico diretamente proporcional à elongação da mola, ou seja:
F = –k · x
onde k é a constante elástica da força e o sinal negativo indica que a força F tem sentido negativo ao do
eixo x.
Física 7
Movimento Harmônico Simples
Exercícios de sala
F (N)
1 Um corpo realiza um movimento oscilatório, sob ação de
uma força resultante, cujo valor algébrico varia em função da 10
abscissa x, conforme o gráfico ao lado. Determine:
a) O tipo de movimento realizado pela partícula; +5
x (m)
–5
– 10
b) A amplitude do movimento;
Existem três tipos de energia que podem estar envolvidas em um movimento harmônico simples: energia
potencial gravitacional (EPG), energia potencial elástica (EPEL) e energia cinética (EC). A soma dessas
três energias é igual à energia mecânica (EM) do sistema, ou seja:
EM = EC + EPG + EPEL
Quando num sistema não atuarem forças dissipativas (exemplo, o atrito), a energia mecânica se
conserva. No nosso estudo, trabalharemos sempre com sistemas em que a EM é constante durante o
movimento qualquer de um corpo.
8 Física
Movimento Harmônico Simples
De maneira informal, diz-se que energia potencial gravitacional é a energia que um corpo tem devido
à sua altura em relação a um nível de referência. Na verdade, ela está intimamente ligada à posição, em
relação a um ponto qualquer, de um corpo imerso em um campo gravitacional. Para entender de maneira
mais clara, imagine que o chão da sala é o nível de referência. Qualquer coisa que não esteja no chão terá
energia por estar a certa altura em relação a ele.
Matematicamente, calcula-se a energia potencial gravitacional de um corpo da seguinte forma:
EPG = m∙g∙h
sendo que h é a altura do corpo em relação a um nível de referência, g é a aceleração da gravidade local e,
m é a massa do corpo.
No entanto, em geral, os sistemas que executam MHS são construídos de forma a não haver variação
da energia potencial gravitacional, ou seja, eles são colocados na horizontal. Geralmente esses sistemas são
representados pelo sistema massa-mola, sendo assim, as duas energias mais importantes para o MHS são
a energia potencial elástica (EPEL) e a energia cinética (Ec).
A EPEL, como visto na Mecânica, é dada por:
2
EPEL = kx
2
Na posição de equilíbrio (x = 0), podemos verificar que a EPEL é nula e, nos pontos de inversão, onde
ocorre a máxima deformação (x = ± A), a EPEL é máxima. Em suma, temos:
–A O +A
EPEL =
kA2 EPEL = 0 EPEL =
kA2
máx 2 máx 2
–A O +A
EC = mv
2
EC = 0 máx
EC = 0
máx
2
Como dito anteriormente, nas situações mais comuns de corpos se movimentando em MHS, a
energia potencial gravitacional não varia. Sendo assim, a energia mecânica do sistema em um ponto é a
soma da energia potencial elástica e da energia cinética no referido ponto. Assim, temos:
EM = EC + EPEL
mv2 kx2
EM = +
2 2
Física 9
Movimento Harmônico Simples
Nos pontos x = ± A, a EC = 0 e a energia mecânica será igual à energia potencial máxima. Logo:
EM = EC + EPEL
kA2
EM = 0 +
2
2
EM = kA
2
Com isso, o gráfico da EM em função de x é uma reta paralela ao eixo x (EM constante), como
indicado na figura ao lado. EM
Para qualquer elongação x, temos que: 1
kA2
2
EM = EC + EPEL
kA2 = E + kx2
C
2 2
2 kx2 x
EC = kA – 0 x A
2 2 –A
EPEL x
0
Exercícios de sala
2 Uma partícula cuja massa é 100 g realiza um MHS presa a uma mola de constante elástica igual a
20 N/m. Quando a elongação da mola é de 10 cm, a velocidade da partícula é 4,0 m/s.
Determine:
a) A energia mecânica da partícula;
b) A amplitude do movimento.
10 Física
Movimento Harmônico Simples
3 (PUC) Uma partícula de massa 0,5 kg move- Consideramos que uma partícula esteja
se sob ação de apenas uma força, à qual está realizando um MCU e que os pontos A1, A2,
associada uma energia potencial Ep cujo gráfico
em função de x está representado nesta figura.
A3, A4, A5 e A6 correspondem às posições dessa
partícula em um determinado instante. Agora,
Ep (J) fazendo a projeção desses pontos em seu diâmetro,
encontramos os pontos P1, P2, P3, P4, P5 e P6,
que estão realizando um MHS. Verifica-se que
o período T do MCU é igual ao do MHS, pois,
1,0 J
quando a partícula realiza uma volta completa, sua
projeção também realiza uma oscilação completa e
recomeça o movimento.
– 1,0 0 + 1,0 x (m) A2
A4
A5 A6
onde ω é a velocidade angular (pulsação ou frequência angular) da partícula no MCU, que pode ser
representador por:
ω = 2π ou ω = 2π ∙ f
T
em que T é o período de rotação da partícula e f a sua frequência.
As posições da projeção P, que realiza MHS, são encontradas num eixo com origem no centro da circunferência
O e orientado da esquerda para a direita, como indicado na figura anterior. Pelo triângulo OA2P, temos:
x = OA2 · cos θ
Mas OA2 = R = A é o raio da circunferência, que é igual à amplitude do MHS e θ = θ0 + ω ∙ t. Assim, temos:
Nessa equação, o termo θ = θ0 + ω ∙ t é denominado fase do MHS, que é expresso em radiano, sendo
variável com o tempo t. Quando t = 0, a fase vale θ = θ0, sendo chamado de fase inicial do MHS, cujo
valor depende da posição inicial do móvel em seu movimento, como indicado nos casos seguintes.
t=0
A partícula inicia o seu movimento (t = 0) no ponto A,
X
–A O A ou seja, de máxima elongação, que forma zero grau com o
eixo x, que serve como referencial de estudo.
x=A
x decrescente
θ0 = 0
t=0
X
A partícula inicia o seu movimento (t = 0) no ponto B,
–A O A que forma 90º com o eixo x positivo.
x=0
x decrescente
θ0 = π/2
x=–A
x Crescente
θ0 = π
X
A partícula inicia o seu movimento (t = 0) no ponto C,
–A O A formando 270º com o eixo x positivo.
C
x=0
x Crescente
θ0 = 3π/2
12 Física
Movimento Harmônico Simples
• x = 0 (posição de equilíbrio)
cos (ωt + θ0) = 0 e como sen2θ + cos2θ = 1, onde θ = ωt + θ0, dai temos:
sen (ωt + θ0) = ± 1
v= ± ωA A velocidade máxima será v = + ωA quando
|vmáx| = ωA o corpo estiver em movimento progressivo
(movimentando no sentido positivo de x) e
• x = ± A (amplitude) v = – ωA, quando seu movimento for retrógrado
cos (ωt + θ0) = ± 1 (movimentando no sentido negativo de x).
sen (ωt + θ0) = 0
v=0
O valor máximo da velocidade para um corpo que realiza θ
MHS ocorre quando ele passa pela sua posição de equilíbrio amcu
e, possui velocidade nula, quando o corpo está nas posições de
elongação máxima (x = ± A), já que é nesse instante que ocorre θ
De acordo com as expressões anteriores encontradas, verificamos que são nos extremos (elongações
máximas, ou seja, x = ± A) que ocorrem as maiores variações de velocidade. Em outras palavras, nos
extremos da trajetória, sua aceleração é máxima e o seu valor é dado por:
|amáx| = ω2A
–A 0 +A
v=0 vmáxima = ± ωA v=0
ECinética = 0 EPotencial = 0 ECinética = 0
kA2 mvmáx2 kA2
EPmáxima = Em = 2 ECmáxima = Em = EPmáxima = Em =
2 2
amáxima = ω2A a=0 amáxima = – ω2A
f = 1 → f = 1 Hz
T 20
A pulsação ω é dada por:
→ ω = π rad/s
1
ω = 2π · f → ω = 2π ·
20 10
Agora, consideremos um corpo que executa um MHS de amplitude 4 m, pulsação 4π rad/s e fase
inicial π rad. Vamos determinar as equações horárias da elongação, velocidade e aceleração desse corpo.
A equação horária da elongação pode ser obtida diretamente, já que todas as grandezas físicas
necessárias foram dadas pelo exercício, logo:
Exercícios de sala
3π
5 A pulsação de um MHS é π rad/s, a fase inicial é rad e a amplitude é 1 m.
2
a) Qual o período e a frequência desse MHS?
b) Escreva as equações horárias da elongação, da velocidade escalar e da aceleração escalar para esse
movimento.
c) Determine o máximo valor assumido pela velocidade escalar e pela aceleração escalar nesse MHS.
A gora, vamos analisar os gráficos do MHS, considerando, inicialmente, a fase inicial θ0 = 0. As equações
horárias do MHS ficam:
x = A · cos (ωt)
v = – ωA ∙ sen (ωt)
α = – ω2A ∙ cos (ωt)
Em seguida, vamos substituir a pulsação que multiplica o tempo por ω = 2π , para que os cálculos
T
sejam facilitados, e substituir o tempo t por frações do período T. Logo, teremos:
t 0 T/4 T/2 3T/4 T
x A 0 -A 0 A
v 0 - ωA 0 ωA 0
α - ω2A 0 ω 2A 0 - ω 2A
T/4 T/2 t
0 3T/4 T
–A
v v = – ω · A · sen ωt
+ω·A
T/4 3T/4 t
0 T/2 T
–ω·A
α
α = – ω2 · A · cos ωt
+ω ·A
2
Exercícios de sala
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