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Mecânica Geral 2 – Aula 1

Adaptado de “Notas de Aula: J. Walt Oler, Texas Tech University”.


• A Dinâmica inclui:
- A cinemática, que é o estudo da geometria do movimento e é usada para
relacionar deslocamento, velocidade, aceleração e tempo sem referência às
causas do movimento.
- A cinética, que é o estudo da relação existente entre as forças que atuam sobre
um corpo, a massa do corpo e seu movimento. A cinética é usada para prever o
movimento causado por forças conhecidas ou para determinar as forças
necessárias para produzir um dado movimento.
• Movimento retilíneo: posição, velocidade e aceleração de uma partícula que se
move ao longo de uma linha reta.
• Movimento curvilíneo: posição, velocidade e aceleração de uma partícula que se
move ao longo de uma linha curva em duas ou três dimensões.
• Diz-se que uma partícula que se move ao longo de uma
linha reta está em movimento retilíneo.

• A coordenada de posição de uma partícula é definida


pela distância, positiva ou negativa, da partícula a uma
origem fixa na linha em que ela se desloca.

• O movimento de uma partícula é conhecido se a


coordenada de posição da partícula é conhecida para
cada instante do tempo t. O movimento da partícula
pode ser expresso sob a forma de uma função, por
exemplo,
x = 6t 2 − t 3
ou na forma de um gráfico de x em função de t.
• Consideremos uma partícula que ocupa as
posições P, no instantte t, e P’, no instante t+Dt,
Dx
Velocidade média =
Dt
Dx
Velocidade instantânea = v = lim
Dt →0 Dt
• A Velocidade instantânea pode ser positiva ou
negativa. A intensidade da velocidade é conhecida
como velocidade escalar da partícula.
• Pela definição de derivada,
Dx dx
v = lim =
Dt →0 Dt dt
por exemplo,
x = 6t 2 − t 3
dx
v= = 12t − 3t 2
dt
• Consideremos uma partícula com velocidade v,
no instante t, e v’, no instante t+Dt,
Dv
Aceleração instantânea = a = lim
Dt →0 Dt
• A aceleração instantânea pode ser:
- positiva: correspondendo a um aumento
em uma velocidade positiva ou a uma
diminuição em uma velocidade negativa;
- negativa: correspondendo a uma dimi-
nuição em uma velocidade positiva ou a um
aumento em uma velocidade negativa.
• A partir da definição de derivada:
Dv dv d 2 x
a = lim = =
Dt →0 Dt dt dt 2
por exemplo, v = 12t − 3t 2
dv
a= = 12 − 6t
dt
• Consideremos uma partícula cujo movimento é descrito
pelas seguintes equações:
x = 6t 2 − t 3
dx
v= = 12t − 3t 2
dt
dv d 2 x
a= = 2 = 12 − 6t
dt dt
• quando t = 0, x = 0, v = 0, a = 12 m/s2

• quando t = 2 s, x = 16 m, v = vmáx = 12 m/s, a = 0

• quando t = 4 s, x = xmáx = 32 m, v = 0, a = -12 m/s2

• quando t = 6 s, x = 0, v = -36 m/s, a = -24 m/s2


• Lembremos que o movimento de uma partícula é tido como conhecido se sua
posição for conhecida para cada instante do tempo t.

• Mais frequentemente, as condições do movimento serão especificadas pelo tipo


de aceleração que a partícula possui. Portanto, para determinar a velocidade e a
posição é necessário efetuar duas integrações.

• Três classes comuns de movimento são aquelas em que:


- a aceleração é uma dada função do tempo, a = f(t)
- a aceleração é uma dada função da posição, a = f(x)
- a aceleração é uma dada função da velocidade, a = f(v)
• a aceleração é uma dada função do tempo, a = f(t) :
v (t ) t t
dv
= a = f (t ) dv = f (t ) dt  dv =  f (t ) dt v(t ) − v0 =  f (t ) dt
dt v0 0 0
x (t ) t t
dx
= v(t ) dx = v(t ) dt  dx =  v(t ) dt x(t ) − x0 =  v(t ) dt
dt x0 0 0

• a aceleração é uma dada função da posição, a = f(x) :

ou a = v = f (x )
dx dx dv dv
v= ou dt = a=
dt v dt dx
v(x ) x x
v dv = f (x )dx  v dv =  f (x )dx v(x ) − 12 v02 =  f (x )dx
1 2
2
v0 x0 x0
• a aceleração é uma dada função da velocidade, a = f(v):

v (t ) t
dv dv dv
= a = f (v ) = dt  f (v ) =  dt
dt f (v ) v0 0
v (t )
dv
 f (v ) = t
v0
x (t ) v (t )
dv v dv v dv
v = a = f (v ) dx =  dx =  f (v )
dx f (v ) x0 v0
v (t )
v dv
x(t ) − x0 = 
v0 f (v )
SOLUÇÃO:
• Integramos a aceleração duas vezes para
encontrar v(t) e y(t).

• Determinamos o valor de t para o qual a


velocidade se iguala a zero (instante em que
a elevação é máxima) e calculamos a
Uma bola é arremessada para cima com altitude correspondente.
velocidade vertical de 10 m/s de uma janela
localizada a 20 m acima do solo. • Determinamos o valor de t para o qual a
Determine: elevação se iguala a zero (instante em que a
• a velocidade e a elevação da bola acima bola atinge o solo) e calculamos a
do solo para qualquer instante t, velocidade correspondente.
• a elevação máxima atingida pela bola e o
correspondente valor de t, e
• o instante em que a bola atingirá o solo e a
velocidade correspondente.
SOLUÇÃO:
• Integramos a aceleração duas vezes para
encontrar v(t) e y(t).
dv
= a = −9,81 m s 2
dt
v (t ) t

 dv = − 9,81dt v(t ) − v0 = −9,81t


v0 0
m  m
v(t ) = 10 −  9,81 2  t
s  s 
dy
= v = 10 − 9,81t
dt
y (t ) t

 dy =  (10 − 9,81t )dt


y0 0
y (t ) − y0 = 10t − 12 9,81t 2

 m  m
y (t ) = 20 m + 10 t −  4,905 2 t 2
 s  s 
• Determinamos o valor de t para o qual a velocidade
se iguala a zero.

m  m
v(t ) = 10 −  9,81 2  t = 0
s  s 
t = 1,019 s

• Calculamos a altitude correspondente.

 m  m
y (t ) = 20 m + 10 t −  4,905 2 t 2
 s  s 
 m  m
y = 20 m + 10 (1,019 s ) −  4,905 2 (1,019 s )
2

 s  s 

y = 25,1m
• Determinamos o valor de t para o qual a elevação da
partícula se iguala a zero e calculamos a velocidade
correspondente.
 m  m
y (t ) = 20 m + 10 t −  4,905 2 t 2 = 0
 s  s 

t = −1,243 s (não se aplica )


t = 3,28 s

m  m
v(t ) = 10 −  9,81 2  t
s  s 
m  m
v(3,28 s ) = 10 −  9,81 2  (3,28 s )
s  s 

m
v = −22,2
s
SOLUÇÃO:

a = − kv • Integramos a = dv/dt = -kv para encontrar


v(t).
• Integramos v(t) = dx/dt para encontrar
x(t).
O mecanismo de freio usado para reduzir o
recuo em certos tipos de arma consiste em um • Integramos a = v dv/dx = -kv para
pistão preso ao cano e que se move em um encontrar v(x).
cilindro fixo, cheio de óleo. Quando o cano
recua com velocidade inicial v0, o pistão se
move e o óleo é forçado através de orifícios
em seu interior, causando uma desaceleração
do pistão e do cano a uma taxa proporcional à
velocidade de ambos.
Determine v(t), x(t), e v(x).
SOLUÇÃO:
• Integramos a = dv/dt = -kv para encontrar v(t).
v (t )
dv dv t
v(t )
a= = −kv  v = −k  dt ln = −kt
dt v0 0 v0

v(t ) = v0 e − kt

• Integramos v(t) = dx/dt para encontrar x(t).


dx
v(t ) = = v0 e − kt
dt
x (t ) t t
 1 
− kt
 dx = v0  e dt x(t ) = v0 − e − kt 
0 0  k 0

x(t ) =
v0
k
(
1 − e −kt )
• Integramos a = v dv/dx = -kv para encontrar v(x).
v x
dv
a = v = − kv dv = − k dx  dv = −k  dx
dx v0 0
v − v0 = − kx
v = v0 − kx

• Alternativamente,

com x(t ) =
v0
k
(
1 − e −kt )
v(t )
e v (t ) = v0 e − kt
or e − kt
=
v0
v0  v(t ) 
temos, x (t ) = 1 − 
k  v0 
v = v0 − kx
Para uma partícula em movimento retilíneo uniforme, a aceleração é zero e a
velocidade é constante.
dx
= v = constante
dt
x t

 dx = v  dt
x0 0

x − x0 = vt
x = x0 + vt
Para uma partícula em movimento retilíneo uniformemente acelerado, a
aceleração é constante.
v t
dv
dt
= a = constante  dv = a  dt
v0 0
v − v0 = at

v = v0 + at

x t
dx
dt
= v0 + at  dx =  (v0 + at )dt x − x0 = v0t + 12 at 2
x0 0

x = x0 + v0t + 12 at 2

(v )
v x
− v02 = a(x − x0 )
dv
= a = constante  v dv = a  dx 1 2
v 2
dx v0 x0

v 2 = v02 + 2a(x − x0 )
• Para partículas que se movem ao longo da mesma
linha, o tempo deve ser contado a partir do mesmo
instante inicial e os deslocamentos devem ser medidos
em relação à mesma origem e no mesmo sentido.

x B A = x B − x A = coordenada de posição relativa de B


xB = x A + xB A em relação a A

v B A = v B − v A = velocidade relativa de B
em relação a A
vB = v A + vB A

a B A = a B − a A = aceleração relativa de B
em relação a A
aB = a A + aB A
SOLUÇÃO:
• Substituímos a posição e a velocidade iniciais e
a aceleração constante nas equações gerais para
o movimento retilíneo uniformemente acelerado.
• Substituímos a posição inicial e a velocidade do
elevador na equação para o movimento retilíneo
uniforme.
Uma bola é arremessada verticalmente de • Escrevemos equações para a posição relativa da
uma altura de 12 m de um poço de eleva- bola em relação ao elevador e resolvemos para a
dor com velocidade inicial de 18 m/s. No posição relativa zero, ou seja, para a posição em
mesmo instante, um elevador de platafor- que ambos se chocam.
ma aberta passa pelo nível de 5 m, subindo • Susbstituímos o valor do instante de tempo do
com velocidade de 2 m/s. Determine (a) impacto nas equações para a posição do elevador
quando e onde a bola atinge o elevador e e para velocidade relativa da bola em relação ao
(b) a velocidade relativa da bola em relação elevador.
ao elevador quando a bola o atinge.
SOLUÇÃO:
• Substituímos a posição e a velocidade iniciais e a
aceleração constante nas equações gerais para o
movimento retilíneo uniformemente acelerado.
m  m
vB = v0 + at = 18 −  9,81 2 t
s  s 
 m  m 2
y B = y0 + v0t + at = 12 m + 18 t −  4,905 2 t
1
2
2

 s  s 

• Substituímos a posição inicial e a velocidade do


elevador na equação para o movimento retilíneo
uniforme.
m
vE = 2
s
 m
y E = y0 + v E t = 5 m +  2 t
 s
• Escrevemos equações para a posição relativa da bola em
relação ao elevador e resolvemos para a posição relativa
zero, ou seja, para a posição em que ambos se chocam.

( )
y B E = 12 + 18t − 4,905 t 2 − (5 + 2t ) = 0

t = −0,39 s (não se aplica )


t = 3,65 s
• Susbstituímos o valor do instante de tempo do impacto nas
equações para a posição do elevador e para velocidade
relativa da bola em relação ao elevador.

yE = 5 + 2(3,65) y E = 12.3 m

vB E = (18 − 9,81t ) − 2
= 16 − 9,81 (3,65) m
vB E = −19,81
s
• A posição de uma partícula pode depender da posição de outra
partícula ou de várias outras partículas.
• Na figura ao lado, a posição do bloco B depende da posição do
bloco A. Como a corda tem comprimento constante, tem-se que a
soma dos comprimentos dos seus segmentos é constante.
x A + 2 x B = constante (um grau de liberdade)
• As posições dos três blocos ao lado são dependentes.
2 x A + 2 x B + xC = constante (dois graus de liberdade)
• Para partículas cujas posições estão relacionadas linearmente, uma
relação semelhante é válida entre as velocidades e as acelerações
das partículas.
dx A dx dx
2 + 2 B + C = 0 ou 2v A + 2vB + vC = 0
dt dt dt
dv dv dv
2 A + 2 B + C = 0 ou 2a A + 2aB + aC = 0
dt dt dt
SOLUÇÃO:
• Colocamos a origem na superfície horizontal
superior e escolhemos o sentido positivo para
baixo.
• O cursor A tem movimento retilíneo unifor-
memente acelerado. Calculamos sua acele-
ração e o tempo t para que passe por L.
• A polia D tem movimento retilíneo uniforme.
A polia D está presa a um cursor que é Calculamos a variação da posição no tempo t.
puxado para baixo com velocidade de 7,5 • O movimento do bloco B é dependente dos
cm/s. No instante t = 0, o cursor A começa movimentos do cursor A e da polia D. Es-
a se mover para baixo a partir de K com cremos relações entre os movimentos e as
aceleração constante e velocidade inicial resolvemos para obter a variação na elevação
nula. Sabendo que a velocidade do cursor do bloco B.
A é de 30 cm/s ao passar pelo ponto L,
• Derivamos a relação de movimento duas
determine a variação na elevação, a
vezes para obter equações para a velocidade e
velocidade e a aceleração do bloco B
para a aceleração do bloco B.
quando o bloco A passar por L.
SOLUÇÃO:
• Colocamos a origem na superfície horizontal
superior e escolhemos o sentido positivo para baixo.
• O cursor A tem movimento retilíneo uniformemente
acelerado. Calculamos sua aceleração e o tempo t
para que passe por L.

v A2 = (v A )0 + 2a A x A − ( x A )0 
2

2
 cm 
 = 2a A (20 cm)
cm
 30 a A = 22,5
 s  s2

v A = (v A )0 + a At
cm cm
30 = 22,5 2 t t = 1,333 s
s s
• A polia D tem movimento retilíneo uniforme.
Calculamos a variação da posição no tempo t.

xD = (xD )0 + vDt
 cm 
xD − (xD )0 =  7,5 (1,333 s ) = 10 cm
 s 
• O movimento do bloco B é dependente dos movi-
mentos do cursor A e da polia D. Escremos relações
entre os movimentos e as resolvemos para obter a
variação na elevação do bloco B.
O comprimento total do cabo permanece constante,
logo,
x A + 2 xD + xB = (x A )0 + 2(xD )0 + (xB )0
x − (x ) + 2x − (x ) + x − (x )  = 0
A A 0 D D 0 B B 0

(20 cm) + 2(10 cm) + x − (x )  = 0


B B 0

xB − (xB )0 = − 40 cm
• Derivamos a relação de movimento duas vezes para
obter equações para a velocidade e para a aceleração
do bloco B.
x A + 2 xD + xB = constante
v A + 2vD + vB = 0
 cm   7,5 
 30  + 2 3  + vB = 0 cm
 s   s  vB = −45
s

a A + 2a D + a B = 0
 cm  cm
 22,5 2  + aB = 0 aB = −22,5
 s  s2
• Dada a curva x-t, a curva v-t é igual à sua inclinação.

• Dada a curva v-t, a curva a-t é igual à sua inclinação.


• A área medida sob a curva a-t de t1 a t2 é igual à variação da velocidade durante
esse mesmo intervalo de tempo.

• A área medida sob a curva v-t de t1 a t2 é igual à variação da posição durante


esse mesmo intervalo de tempo.
• O método do momento de área é usado para se determinar a
posição de um partícula em um instante t diretamente a partir
da curva a-t.
x1 − x0 = área sob a curva v − t
v1

= v0t1 +  (t1 − t )dv


v0
utilizando dv = a dt ,
v1t1
x1 − x0 = v0t1 +  (t1 − t ) a dt
v00
v1
 (t1 − t ) a dt = primeiro momento da área sob a curva a-t em
v0 relação à linha t = t1.
x1 = x0 + v0t1 + (área sob a curva a-t )(t1 − t )
t = abscissa do centróide C
• Método para determinar a aceleração da partícula a partir
da curva v-x:
dv
a=v
dx
= AB tan 
= BC = Subnormal à curva v-x
Uma partícula move-se em linha reta com a
aceleração mostrada na figura. Sabendo que
começa na origem com v0 = -3,6 m/s, (a)
desenhe as curvas v-t e x-t para 0 < t < 20 s,
(b) determina sua velocidade, posição e a
distância total percorrida quando t = 12 s.
Se os efeitos da resistência do ar são levados em conta, a aceleração de um corpo
em queda livre é definida pela equação 𝑎 = 9,81[1 − 𝑣²(10−4 ] m/s², onde 𝑣 é dado
em m/s e o sentido positivo é para baixo. Se o corpo inicialmente em repouso é
abandonado a uma grande altitude, determine:

(a) A velocidade para t = 5s

(b) A velocidade terminal ou velocidade máxima atingida (𝑡 → ∞) pelo corpo


Se a extremidade A do cabo é puxada para baixo com velocidade de 2 m/s,
determine a velocidade com que E sobe.
Para um semestre bem sucedido:

❖ Engajamento/Comprometimento
❖ Estudo
❖ Foco
❖ Entrega das Atividades
❖ Boa conexão

Bom semestre para todos nós !

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