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Cinemática

Euzi C. F. da Silva

Fı́sica 1 - 4323101

2021
Movimento unidimensional
Ponto material ou partı́cula ⇒ Qualquer corpo pode ser considerado
ponto material se não estivermos interessados na extensão do corpo ou no
seu movimento de rotação.

Exemplos
a Terra pode ser considerada como uma partı́cula movendo-se em
torno do Sol, em uma trajetória circular.
uma bola de bilhar não pode ser considerada como partı́cula se
estivermos analisando seu movimento de rotação.

Introdução:
Movimento retilı́neo⇒ Movimento ao longo de uma linha reta.
Escolha de um referêncial⇒ Referencial é o corpo em relação ao
qual identificamos o estado de repouso ou de movimento de um
móvel. Quando não é especificado nenhum referencial, consideramos
os movimentos em relação à Terra.
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Grandezas cinemáticas

x
D
x
O x1 x2
x<0 x>0
Posição: ⇒Coordenada do ponto material no referencial adotado.
Deslocamento: ⇒ Suponha que no instante t1 o corpo encontra-se na
posição x1 e no instante t2 encontra-se na posição x2 . O deslocamento do
corpo entre os intantes t1 e t2 é dado por:

∆x = x2 − x1

∆x > 0 ⇒ corpo se desloca no sentido do eixo orientado
∆x < 0 ⇒ corpo se desloca no sentido contrário do eixo orientado

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Grandezas cinemáticas
Velocidade escalar média:
distância total percorrida
ve,m = (1)
tempo gasto para percorrer

A velocidade escalar média não inclui a direção do movimento. Ela é


sempre positiva.
Ela não é a média das velocidades desenvolvidas em cada trecho.

A velocidade escalar média não inclui a direção do movimento. Ela é


sempre positiva.

Velocidade média:
∆x x2 − x1
vm = =
∆t t2 − t1
A velocidade média pode ser positiva ou negativa:

> 0 ⇒ movimento no sentido do eixo adotado
< 0 ⇒ movimento no sentido contrário do eixo adotado
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Interpretação gráfica da velocidade média
x
P2
x2

x = x 2- x 1
D

x1 P1 q
t = t2 - t1
D

t1 t2 t
∆x
vm = = tan θ
∆t

coeficiente angular da reta que passa por P1 e P2


vm = tan θ
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Velocidade instantânea

Velocidade instantânea é a velocidade de uma partı́cula num


determinado instante.
Num instante t1 , a partı́cula está num único ponto x1 ; e se está neste
ponto, como pode estar se movendo?
Para determinar a velocidade de um corpo em movimento é preciso
verificar a posição do corpo em mais de um instante.
Definimos velocidade instantânea como:
∆x dx
v (t) = lim =
∆t→0 ∆t dt
Definimos o coeficiente angular da reta tangente à curva x versus t,
no instante t1 como velocidade instantânea

> 0 ⇒ x crescente
coeficiente angular
< 0 ⇒ x decrescente

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Interpretação gráfica da velocidade instantânea
x
P2

1
to P
pon
no
va
cur
eà t
gen
Tan
P1 t4
D

t3
D
t2
D
q t1
D
t1 t2 t
Módulo da velocidade instantânea = velocidade escalar
dx
|v (t)| = = velocidade escalar (2)
dt
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Limite de uma função
Definição: lim f (x) ≡ L ≡ f (x0 )
x→x0
Exemplos:
lim (3x 3 + 2x + 4) = 32
x→2
lim (3x 3 + 2x + 4) = 4
x→0
lim (2 sin x + 3 cos x) = 3
x→0
lim (2 sin x + 3 cos x) = −3
x→π
x 3 −27
Qual é o limite da função f (x) = x−3 para x → 3?
(x 3 ±a3 ) = (x ± a)(x 2 ∓ax + a2 )
x 3 − 27 (x − 3)(x 2 + 3x + 9)
f (x) = = = x 2 + 3x + 9
x −3 (x − 3)

⇒ limx→3 (x 2 + 3x + 9) = 27
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Limite de uma função

x f (x)
2,7 24,39 f(x)
2,8 25,24 50

2,9 26,11
30
2,99 26,91
2,999 26,991
0 x
2,9999 26,9991 1 2 3 4

3,0 ?
3,001 27,009 Qual o limite da função
3,01 27,09 
f (x) = 1 se x > 1
3,1 27,91 lim f (x)
x→1 f (x) = −1 se x < 1
3,2 28,84
3,3 29,79 Para x → 1, o limite é indefinido.

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Derivada de uma função
Definição:
 
df ∆f f (x0 + ∆x) − f (x0 )
≡ lim = lim
dx x=x0 ∆x→0 ∆x ∆x→0 ∆x

Lê-se: derivada da função f em relação à variável x, no ponto x igual


a x0 .
Exemplo 1 - Calcule a derivada de f (x) = 3x 2 num certo ponto x0 .

f (x0 ) = 3x02
f (x0 + ∆x) = 3(x0 + ∆x)2
∆f = f (x0 + ∆x) − f (x0 ) = 6x0 ∆x + 3(∆x)2

6x0 ∆x + 3(∆x)2
 
df
= lim = lim (6x0 + 3∆x) = 6x0
dx x=x0 ∆x→0 ∆x ∆x→0

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Derivadas
Exemplo 2 - Calcule a derivada de f (x) = cos x num certo ponto x0 .
f (x0 ) = cos x0
f (x0 + ∆x) = cos(x0 + ∆x) = cos x0 cos ∆x − sin x0 sin ∆x ⇒
∆f cos x0 cos ∆x − sin x0 sin ∆x − cosx0
lim = lim
∆x→0 ∆x ∆x→0 ∆x
Aproximações:1 
cos ∆x ≈ 1
∆x → 0
sin ∆x ≈ ∆x
Com as aproximações,
cos x0 cos ∆x − sin x0 sin ∆x − cos x0
lim = − sin x0
∆x→0 ∆x
 
df
= − sin x0
dx x0
1
sin(0, 0174 rad) = 0, 0174
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Derivadas mais comuns
Propriedades mais comuns das derivadas:
1 Seja f (x) = cg (x) onde c é uma constante.
Então,
df dg
=c
dx dx
df 2 Seja f (x) = af1 (x) + bf2 (x) onde a e b são
f (x) constantes. Então,
dx
constante zero df df1 df2
xn nx n−1 =a +b
dx dx dx
sin x cos x
3 Seja f (x) = f1 (x)f2 (x). Então,
cos x − sin x
ex ex df df2 df1
1 = f1 + f2
ln x x (x ̸= 0)
dx dx dx
f1 (x)
4 Seja f (x) = f2 (x) . Então,

df f2 df1 − f1 df2
= dx 2 dx
dx f2 12 / 57
Exemplos de derivadas
f1 (x)
f (x) = f2 (x) ⇒

f (x) = 2x 2 ⇒ df
= 2(2x 2−1 ) = df f2 df df2
dx − f1 dx
1
dx =
4x dx f22
df
f (x) = 2 cos x ⇒ dx = −2 sin x 3x 2
f (x) = =
df cos x
f (x) = 3e x ⇒ dx = 3e x
df 6x cos x + (3x 2 ) sin x
f (x) = 3 cos x + 2x 2 ⇒ =
df
dx (cos x)2
dx = −3 sin x + 4x ex
f (x) = 2 =
e x sin
f (x) = |{z} |{z}x. 3x + x + 1
f1 f2 df (3x 2 +x+1)e x −e x (6x+1)
df = (3x 2 +x+1)2
dx = ex cos x + sin x · ex dx

df (3x 2 − 5x)
= ex
dx (3x 2 + x + 1)2
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Interpretação geométrica da derivada

f(x)
A derivada de uma função P2

1
to P
f = f (x) num certo ponto x0

pon
no
corresponde ao valor da

va
cur

tangente da curva f (x) contra x

ent
g
Tan
no ponto x0 . P1 x4
D

x3
D
À medida que ∆x diminui, a x2
D
∆f q x1
D
razão ∆x vai se aproximando de x1 x2 x
tan θ, onde θ é o ângulo que a x
P2
reta tangente à curva f (x)

1
oP
p ont
forma com o eixo x. Temos

no
va
cur
então


ent
g
Tan
df ∆f
 P1
dx x=x = lim∆x→0 ∆x = tan θ
t4
D
0 t3
D
t2
D
q t1
D
t1 t2 t

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Aceleração media e aceleração instantânea
Quando a velocidade
instantânea modifica-se com o A aceleração média é o coeficiente
v angular da reta que passa por P1 e P2
tempo dizemos que a partı́cula P2
v2
está acelerada.
Definimos aceleração média v = v 2- v 1
D
como
v1 P1 q
∆v v (t2 ) − v (t1 ) t = t2 - t1
D
am = =
∆t t2 − t1 t1 t2 t
v (m/s)
Aceleração instantânea: 12

4
a = lim∆t→0 ∆v
∆t =
dv
dt 0 2 4 6 8 10 12 14 16 t (s)
-4

-8

dv d dx d 2x -12
a= dt = dt ( dt ) = dt 2

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Integral definida

Seja uma função f (x) contı́nua


e positiva no intervalo [a, b]. A
Z b
integral definida f (x)dx de f(x)
a
uma função f (x) no intervalo
a ≤ x ≤ b pode ser interpretada
como sendo a área da região do x= b

plano xy limitada pelo eixo x, o área = f (x) dx


x= a

gráfico de y = f (x), e a retas


x1 = a e x2 = b.
a b x
Z b
área = f (x)dx se f (x) ≥ 0
a

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Propriedade das integrais definidas
Z x2 =b
Z b Z b
f (x)dx = Cf (x)dx = C f (x)dx
x1 =a a a
Z xm Z x2 =b f(x) f(x)
f (x)dx + f (x)dx =
x1 =a xm 2A
f(x)
A
a b x a b x

área = f (x) dx
x= b Z b
x= a

[f (x) + g (x)]dx =
a
a xm b x
Z b Z b
Z b Z a f (x)dx + g (x)dx
f (x)dx = − f (x)dx a a
a b f(x) f(x) f(x)
Z a
f (x)dx = 0 ”Não há área
a = +
sob um único ponto da curva” x x
a b a b a 17 / 57b
Integrais indefinidas

Tabela de integrais indefinidas


Se a função F (x) for R
dada por f (x) F (x) = f (x)dx
zero constante
A
Z
F (x) = f (x)dx, Ax n (n ̸= −1) x n+1 + k
n+1
1
sin ax − cos ax + k
dF a
então = f (x). 1
dx cos ax sin ax + k
a
F (x) é chamada de 1 bx
e bx e +k
primitiva b
1
ln x + k
x
f (x) é chamado de
integrando Na tabela acima, A, a, b, e k são
constantes arbitrárias.

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Cálculo de integrais definidas
Para calcular uma integral Z 2
2
definida, basta achar uma Exemplo - 1 - Calcule dx.
2
primitiva F (x), encontrar os 1 x
2
seus valores nos extremos do f (x) = x2
⇒ F (x) = − x2 + k
intervalo de integração e  x=2
Z 2 
subtraı́-los 2 2
2
dx = − + k
Z b 1 x x x=1
f (x)dx = F (b) − F (a)    
a 2 2
= − +k − − +k =1
2 1
onde F (x) é uma primitva
genérica de f (x). Exemplo - 2 - Calcule a área entre
a parábola y (x) = 4 − x 2 e o eixo x
É comum utilizarmos a notação
no intervalo −2 ≤ x ≤ +2.
Z b
x=b Z +2
f (x)dx = F (x)|x=a 32
a área = (4 − x 2 )dx =
−2 3
= F (b) − F (a)
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Movimento em duas e três dimensões

Grandezas escalares: massa,


temperatura, distância,
comprimento
Grandezas vetoriais: força,
deslocamento, velocidade,
aceleração. Componente de um
 vetor: é a projeção de
 módulo
vetor direção (norte-sul) um vetor sobre uma reta.
sentido (norte)

Representação geométrica:
Flexa que dá diretamente a
direção e sentido e cujo
comprimento mede a sua
magnitude.
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Componentes cartesianas de um vetor

Componentes cartesianas de
um vetor: são as projeções de
um vetor sobre um sistema de Vetor unitário: é um
eixos cartesianos. vetor de módulo unitário.
z

k
i y
x
j
k =1
ȷ|= ⃗
|⃗ı | = | ⃗
q Outra notação:
⃗ =
A A2x + A2y | ı̂ | = | ȷ̂ | = k̂ = 1
Ay
tan θ =
Ax

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Operações com vetores
Soma:
⃗a = ax⃗ı + ay ⃗
ȷ
⃗b = bx⃗ı + by ⃗ȷ
⃗a + ⃗b = (ax + bx )⃗ı + (ay + by )⃗
ȷ

Exemplo:

⃗a = 2⃗ı + 0⃗
ȷ ⃗b = 0⃗ı + 2⃗
ȷ

⃗a + ⃗b = 2⃗ı + 2⃗
ȷ

⃗ = 3⃗ı
A y

⃗ = 4⃗
B ȷ

b
C⃗ = 3⃗ı + 4⃗
ȷ b
+
a
x
a 22 / 57
Operações com vetores

y Subtração:
3
⃗a = ax⃗ı + ay ⃗
ȷ
2 ⃗b = bx⃗ı + by ⃗ȷ
b
+
a

b ⃗a − ⃗b = (ax − bx )⃗ı + (ay − by )⃗


ȷ
1

a x y
1 2 3

Regra do paralelogramo b a
⃗ = 2⃗ı + 1⃗
A ȷ x
a-
⃗ = 1⃗ı + 2⃗
B ȷ -b b
⃗ ⃗
A + B = 3⃗ı + 3⃗
ȷ

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Produtos vetoriais

Há três tipos de produto


envolvendo vetores Produto de um vetor por um
1 Produto de um número por
escalar:
um vetor: o resultado é um
vetor. ⃗ = Ax⃗ı + Ay ⃗
A ȷ
2 Produto de um vetor por
outro vetor, dando como ⃗ = 2Ax⃗ı + 2Ay ⃗
2A ȷ
resultado um escalar: é
chamado de produto escalar. ⃗ = 3⃗ı + 4⃗
A ⃗ =5
ȷ⇒ A
3 Produto de um vetor por
outro vetor, dando como ⃗ = 15⃗ı + 20⃗
5A ⃗ = 25
ȷ ⇒ 5A
resultado um vetor: é
chamado de produto vetorial.

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Produtos vetoriais

Outra forma de calcular o


Produto escalar
produto escalar:
⃗ = Ax⃗ı + Ay ⃗
A ȷ
⃗·B
A ⃗= A ⃗ cos θ
⃗ · B
⃗ = Bx⃗ı + By ⃗
B ȷ
⃗·B
A ⃗ = (Ax Bx ) + (Ay By ) onde θ é o ângulo entre os dois
⃗ e B.
vetores A ⃗
Exemplo Exemplo:
⃗ = 3⃗ı + 2⃗
A ȷ ⃗ = 2⃗ı + 0⃗
A ȷ
⃗ = 4⃗ı − 2⃗
B ȷ ⃗ = 0⃗ı + 2⃗
B ȷ
⃗·B
A ⃗ = 12 − 4 = 8
⃗·B
A ⃗ = 0 ⇒ cos θ = 90o

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Produtos vetoriais

Produto vetorial
⃗ = Ax⃗ı + Ay ⃗
A k
ȷ + Az ⃗ Propriedades de um vetor:
⃗ = Bx⃗ı + By ⃗
B k
ȷ + Bz ⃗ Igualdade

⃗k
 ⃗=B
A ⃗ quando A ⃗
⃗ = B
⃗ı ⃗ȷ
 A Ay Az 
⃗×B
⃗ = x
A


 B
 e as direções e sentido são as
x By B 
z mesmas.
Propriedade comutativa da
Exemplo ⃗+B
adição: A ⃗ =B
⃗ +A⃗

⃗ı ⃗ȷ ⃗k Propriedade associativa da
 
 3 2 0  adição:
⃗ B
A× ⃗ =  = −14k̂ ⃗ + (B ⃗ + C⃗ ) = (A
⃗ + B)
⃗ + C⃗

 A
 4 −2 0 

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Movimento em duas dimensões

O vetor posição: Especifica a


posição do objeto no sistema de
Vetor deslocamento: É a
eixos cartesianos.
diferença entre dois vetores
posição

∆⃗r = ⃗r2 − ⃗r1

O módulo do vetor
deslocamento NÃO é igual à
distância percorrida ∆s ao longo
do arco da curva.
Na figura, r1 é o vetor posição
Observe que
no instante t1 . E pode ser
escrito como: ⃗r2 = ⃗r1 + ∆⃗r
⃗r1 = x1⃗ı + y1⃗
ȷ
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Vetor velocidade

∆x ∆y
O vetor velocidade média: ⃗vmed = ⃗ı + ȷ⇒

∆t ∆t
⃗r2 (t2 ) − ⃗r1 (t1 )
⃗vmed = ⃗vmed = vmed,x⃗ı + vmed,y ⃗
ȷ
t2 − t1
⃗r (t + ∆t) − ⃗r (t) ∆⃗r
= =
∆t ∆t O vetor velocidade
O vetor velocidade média é um instantânea:
vetor cuja direção e sentido são ∆⃗r
os da corda P1 P2 que liga as ⃗v (t) = lim
∆t→0 ∆t
posições nos instante t e t + ∆t
⃗r (t + ∆t) − ⃗r (t)
sobre a trajetória. = lim ⇒
∆t→0 ∆t
Se ⃗r1 = x1⃗ı + y1⃗ȷ e d⃗r
⃗r2 = x2⃗ı + y2⃗ȷ, então =
dt
(x2 − x1 ) (y2 − y1 )
⃗vmed = ⃗ı + ⃗
ȷ d⃗r
∆t ∆t ⃗v (t) =
dt 28 / 57
Vetor velocidade instantânea

∆x ∆y Quando se consideram intervalos de


⃗v (t) = lim ⃗ı + lim ⃗
ȷ tempo cada vez menores, o módulo
∆t→0 ∆t ∆t→0 ∆t
| {z } | {z } do vetor deslocamento se aproxima
vx (t) vy (t)
da distância percorrida ao longo da
trajetória, e a direção do vetor
⃗v (t) = vx (t)⃗ı + vy (t)⃗
ȷ
deslocamento aproxima-se da direção
da reta tangente à curva no ponto
Ou P1 .

d⃗r d módulo ⇒ d⃗ r
⃗v (t) = = (x⃗ı + y⃗
ȷ)


 dt
dt dt 
direção ⇒ tangente à trajetória
dx dy ⃗v (t)
= ⃗ı + ⃗ ȷ 
 sentido ⇒ do percurso da
dt dt 

trajetória para t crescente
⃗v (t) = vx ⃗ı + vy ⃗
ȷ Velocidade escalar ⇒ |⃗v (t)|

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Vetores aceleração média e instantânea

Vetor aceleração instantânea

Vetor aceleração média ⃗v (t + ∆t) − ⃗v (t)


⃗a(t) = lim
∆t→0 ∆t
∆⃗v ⃗v2 − ⃗v1 ∆⃗v d⃗v
⃗am (t) = = = lim =
∆t ∆t ∆t→0 ∆t dt
d(vx ⃗ı + vy ⃗ ȷ)
⃗a(t) =
dt
dvx dvy
= ⃗ı + ⃗
ȷ = ax ⃗ı + ay ⃗ȷ
dt dt
d 2⃗r
 
d⃗v d d⃗r
⃗a(t) = = = 2
dt dt dt dt
2
d (x ⃗ı + y ⃗ı) 2
d x d 2y
= = ⃗
ı + ⃗
ȷ=
dt 2 dt 2 dt 2

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Exemplos de movimento
Movimento circular
Movimento retilı́neo 
⋆ módulo constante
vetor posição

⋆ módulo variável ⋆ direção variável
vetor posição
⋆ direção constante 

 ⋆ tangente à
circunferência

vetor velocidade
y 
 ⋆ perpendicular
ao vetor posição

y
r x r2
r
D

r1 x

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Exemplo de movimento - projétil


⋆ módulo variável
vetor posição Equações de movimento no
⋆ direção variável
eixo x

 ax = 0
vx = v0x = constante
x(t) = x0 + v0x t

Equações de movimento no
eixo y

  ay = −g
 ⋆ módulo variável vy = v0y − gt
2
vetor velocidade ⋆ tangente à y (t) = y0 + v0y t − g t2

trajetória

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Movimento Circular
y
Revisão - Grau R s
O ângulo entre duas retas que
se interceptam pode ser medido q
x
da seguinte forma:
1 a circunferência é dividida em
360 partes iguais
2 cada parte é denominada grau s
3 O no de graus no arco de θ(radiano) =
circunferência subtendido R
pelas duas retas é a medida
do ângulo entre elas. O ângulo medido em radiano é
uma grandeza adimensional
Radiano - outra medida de Comprimento da circunferência
ângulo C = 2πR
2πR
θ(radiano) = = 2π
comprimento do arco R
radiano =
raio da circunferência 1 rad = 57, 3◦ 33 / 57
Movimento Circular Uniforme
Substituindo na eq. (3) que
v = ωR temos
Perı́odo do movimento: É o
tempo gasto para dar uma volta ω = 2πf = 2π
T
completa
Descrição do movimento
s = vt ⇒ 2πR = |vT | ⇒
circular em termos do vetor
2πR
posição:
T = |v | (3)
θ(t) = θ0 + ω0 t
onde R é o raio da circunferência
Frequência: É o número de ⃗r = R cos θ ⃗ı + R sin θ ⃗ȷ
voltas por unidade de tempo. y
no voltas tempo
s0
1 volta ------- T Rsinq
r
f voltas ------ 1 q
0
x
Rcosq

1
f = T
34 / 57
Movimento Circular Uniforme

⃗r (t) = R cos (θ0 + ω0 t) ⃗ı + R sin (θ0 + ω0 t) ⃗ȷ


d⃗r
⃗v (t) = = −Rω0 sin (θ0 + ω0 t) ⃗ı + Rω0 cos (θ0 + ωt) ⃗ȷ
dt
q
|⃗v (t)| = R 2 ω02 sin2 (θ0 + ω0 t) + R 2 ω 2 cos2 (θ0 + ω0 t) ⇒ |⃗v (t)| = ω0 R
d⃗v
⃗a(t) = = −Rω02 cos (θ0 + ω0 t) ⃗ı − Rω02 sin (θ0 + ω0 t) ⃗ȷ
dt
= −ω02 [R cos (θ0 + ω0 t) ⃗ı + R sin (θ0 + ω0 t) ⃗ȷ] ⇒
| {z }

r

⃗a(t) = −ω02⃗r aceleração centrı́peta

 v 2 v2
|⃗a(t)| = ω02 R = R ⇒ |⃗a(t)| =
R R
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Movimento Circular Uniformemente Acelerado
⋆ α = Ra é a aceleração angular. Tem
unidade de radianos por segundo ao
1 quadrado (rad/s2 ).
s = s0 + v0 t + at 2
2 dθ
= ω(t) = ω0 + αt
⋆ s0 é comprimento do arco no dt
instante inicial
⋆ v0 é a velocidade escalar no d 2θ
= α = constante
instante inicial dt 2

s s0 v 0 t 1 at 2
= + + ⇒
R R R 2 R
1
θ(t) = θ0 + ω0 t + αt 2
2
⋆ ω0 = vR0 é a velocidade angular.
Tem unidade de radianos por
segundo (rad/s).
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Coordenadas polares e o movimento circular

Vetores polares unitários: Vamos escrever os versores


y polares em termos dos versores
e^q
e^r cartesianos:
e⃗r = cos θ(t)⃗ı + sin θ(t) ⃗ȷ
^
r q
x
e⃗θ = − sin θ(t)⃗ı + cos θ(t) ⃗ȷ

Como e⃗r e e⃗θ dependem


e⃗r ⇒ vetor unitário na direção radial implicitamente do tempo, pois o
e sentido para fora, com |⃗ er | = 1 e ângulo θ varia com o tempo,
direção e sentido variando com o então suas derivadas em relação
tempo. ao tempo não são nulas, de
e⃗θ ⇒ vetor unitário na direção modo que:
tangencial, perpendicular à e⃗r , d e⃗r d cos θ(t) dθ
sentido anti-horário, com |⃗eθ | = 1 e = ⃗ı
dt dθ dt
direção e sentido variando com o d sin θ(t) dθ
tempo. + ⃗ȷ
dθ dt 37 / 57
Coordenadas polares e o movimento circular

d e⃗r
= − sin θ(t) ω(t)⃗ı + cos θ(t) ω(t) ⃗ȷ
dt
= ω [− sin θ(t)⃗ı + cos θ(t) ⃗ȷ)]
| {z }
e⃗θ Portanto, temos que
= ω(t) e⃗θ d e⃗r
= ω(t) e⃗θ
dt
d e⃗θ d sin θ(t) d θ d cos θ(t) dθ
=− ⃗ı + ⃗ȷ d e⃗θ
dt dθ dt dθ dt = −ω(t) e⃗r
= − cos θ(t) ω(t)⃗ı − sin θ(t) ω(t) ⃗ȷ dt
= −ω(t) [cos θ(t)⃗ı + sin θ(t) ω(t) ⃗ȷ]
| {z }
e⃗r
= −ω(t)⃗
er .

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Vetores posição, velocidade e aceleracão em
coordenadas polares
Utilizando as coordenadas polares,
podemos escrever o vetor posição de
uma partı́cula, em movimento Podemos obter o vetor
circular, como: aceleracão derivando o vetor
velocidade:
⃗r (t) = R e⃗r
d⃗v d
⃗a (t) = = R [ω(t) e⃗θ ]
onde R é o raio da órbita circular. O dt dt
vetor velocidade da partı́cula será: dω d e⃗θ
=R e⃗θ + Rω(t)
dt dt
d⃗r d e⃗r
⃗v (t) = =R
dt dt ⃗a(t) = Rα(t) e⃗θ − R [ω(t)]2 e⃗r

⃗v (t) = R ω(t) e⃗θ Assim, o vetor aceleracão de


uma partı́cula em movimento
mostrando que o vetor velocidade da circular tem duas componentes:
partı́cula tem direção sempre uma tangencial e uma radial.
tangente à trajetória e módulo R ω. 39 / 57
Vetores posição, velocidade e aceleracão em
coordenadas polares

⃗a(t) = Rα(t) e⃗θ − R [ω(t)]2 e⃗r

A componente radial é chamada com


de aceleracão centrı́peta, está
sempre presente em um dω d|⃗v |
movimento circular, seja ele aT (t) = Rα(t) = R =
dt dt
uniforme ou não, e seu sentido é
sempre para dentro. v2
acp (t) = ω 2 R =
A componente tangencial é não R
nula somente se o movimento
q
| ⃗a (t)| = 2 + a2
aT cp
for acelerado. Desse modo,
podemos escrever que
⃗a(t) = aT e⃗θ − acp e⃗r

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Leis de Newton

Euzi C. F. da Silva

Fı́sica 1 - 4323101

2021
O que é uma força ? Qual a relação entre força e
movimento?

é um empurrão ou um puxão
força é um vetor
pode ser de ação à distância
pode ser de contato

Tipos de força:
gravidade
atrito
tensão
normal
elétricas e magnéticas
arraste ⇒ força resistiva exercida por um fluido

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As interações fundamentais da natureza
A força nuclear forte: une prótons e nêutrons (nucleons) para
formar o núcleo atômico e proibe a repulsão entre protons carregados
positivamente, evitando assim a sua dispersão.
A força nuclear fraca: causa a degradação radiativa de certos
núcleos atômicos. Essa força governa o processo chamado decaimento
beta no qual um nêutron divide-se espontaneamente em um próton,
um elétron e um antineutrino (lançados para fora do núcleo). Neste
processo um nêutron se transforma em um próton. Isso aumenta o
número de prótons no núcleo, mudando assim o seu número atômico,
transformando-o no núcleo de um elemento quı́mico diferente.
A força gravitacional: É uma força de atração que atua entre todas
as partı́culas no Universo. É sempre atrativa, nunca repulsiva.
A força eletromagnética: A força eletromanética determina as
maneiras em que as partı́culas com cargas elétricas interagem umas
com as outras, e com campos magnéticos. Essa força pode ser
atrativa ou repulsiva. Esta força é responsável pela existência dos
átomos.
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As forças de influência longı́ngua e de influência
próxima

As interações nucleares fraca e forte atuam somente a distâncias


extremamente curtas. O alcance da força forte é de cerda de 10−15 m
e o da força fraca de 10−17 m.

As interações eletromagnéticas e gravitacional são forças de longo


alcance, sendo seu valor inversamente ao quadrado da distância. Em
princı́pio, a força gravitacional entre duas massas, ou a força
eletromagnética entre duas cargas não se reduz completamente a zero
até que a separação entre as massas ou as partı́culas carregadas
eletricamente fique infinita.

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Leis de Newton
1a Lei de Newton
”Um corpo permanece em estado de repouso ou em um estado de
movimento com velocidade escalar constante ao longo de uma linha
reta, a menos que seja forçado a mudar esse estado por meio de uma
força externa resultante”.
2a Lei de Newton
”A aceleração de uma corpo é inversamente proporcional à sua massa
e diretamente proporcional à força externa resultante que atua solbre
ele”.
X F⃗
⃗a =
m
3a Lei de Newton
”As forças sempre aparecem aos pares. Se o corpo A exerce uma
força sobre um corpo B, o corpo B exerce uma força igual e contrária
sobre o corpo A”.
⋆ As forças de ação e reação não podem nunca ficar em equilı́brio,
pois atuam sobre corpos diferentes.
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Medição quantitativa de força

Definimos a força em termos da aceleração que provoca sobre um


corpo padrão.
Corpo padrão é um cilindro de platina guardado no Bureau
Internacional de Pesos e Medidas na França:
Massa do corpo padrão = 1 kg
Unidades de força:

1 N ⇒ provoca a aceleração de 1 m/s2 numa massa de 1 kg



MKS
1 N = (1 kg)(1 m/s2 )

1 dyn provoca a aceleração de cm/s2 numa massa de 1 g



CGS
1 dyn = (1 g)(1 cm/s2 )
1 N = (1 kg)(1 m/s2 ) = (1000 g)(100 cm/s2 ) ⇒

1 N = 105 dyn

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Diagrama de corpo livre
⋆ Diagrama de corpo livre: É a representação
isolada de todas as forças e componentes de
forças que estão atuando em um corpo.
⋆ Estratégia resolução de problemas:
◦Primeiro passo: Desenhar um esboço da
situação que será estudada, contendo o objeto
de estudo e a representação geométrica (vetores
indicados por setas) de todas as forças que
atuam sobre o corpo.
◦Segundo passo: Escolher um sistema de
coordenadas para decompor as forças.
◦Terceiro passo: Encontrar a força resultante
para cada eixo do sistema de coordenadas. Para
isso fazemos a somatória de forças para cada
eixo, ou seja, encontramos as componentes do
vetor força resultante.
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Forças de contato: sustentação e atrito

fe,max = m
eN

Força de atrito
fc = m
cN

fe = faplicada

Força aplicada

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Referenciais Inerciais
As leis de Newton valem em referenciais inerciais (em repouso ou em
movimento retilı́neo uniforme)

Exemplo: Suponha que o


S = S’ t=0
referencial S ′ saia movendo-se
com velocidade
⃗vref = v0⃗ı = (+4 m/s)⃗ı.
v>0
Suponha ainda que quando
t = 1 s, um observador em S x = x’(m)
veja uma partı́cula na posição S S’
x = +5 m.
t=1s
Onde estará a partı́cula para um
observador no referencial S ′ ?
x ′ = +1 m x’
x (m)
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Transformação Galileana
x ′ (t) = x(t) − v0 t = x(t) − xref (t)
dx ′ dx d
= − (v0 t) ⇒
x′
onde é a posição do objeto no dt dt dt
referencial S ′ v ′ (t) = v (t) − v0 (I)
x é a posição do objeto no onde v ′ é a velocidade do objeto
referencial S no referencial S ′
xref = v0 t é a posição do v é a velocidade do objeto no
referencial S ′ em relação ao referencial S
referencial S.
v0 é a velocidade do referencial
No nosso exemplo, x = +5 m, S ′ em relação ao referencial S.
xref = v0 t = (4)(1) = 4 m.
Derivando (I) obtemos:
⇒ x ′ = +1 m d 2x ′ d 2x d
Assumindo que ∆t = ∆t ′ = − (v0 ) ⇒
dt 2 dt 2 dt
podemos escrever
a′ (t) = a(t)
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Referenciais acelerados e as forças de inércia

S S’
Considerando que a massa do
objeto não é afetada pelo >
A
movimento do sistema de
referência (m = m′ ), o produto x’(m)
x(m)
m⃗a será o mesmo tara todos os
observadores inerciais
x ′ (t) = x(t) − xref (t)
⇒ F⃗ = F⃗ ′ , isto é cada
x ′ é a posição do objeto no
observador obtém a mesma
referencial S ′
medida para as forças.
x é a posição do objeto no
As Leis da Mecânica são as
referencial S
mesmas em todos os referenciais
inerciais. xref é a posição do referencial S ′
em relação ao referencial S.

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Referenciais acelerados e as forças de inércia

Se o referencial S ′ move-se com


aceleração A⃗ em relação ao
referencial S, podemos escrever
1
xref (t) = v0 t + At 2 ⇒ Derivando (II) teremos
2
a′ (t) = a(t) − A

1
x ′ (t) = x(t) − v0 t + At 2
2
Derivando a expressão acima em ou F⃗ ′ = F⃗ − mA

relação ao tempo obtemos:
dx ′ F⃗ ′ = F⃗ +F⃗inercia
=
dt
dx d

1 2
 F⃗inercia = −mA

− v0 t + At ⇒
dt dt 2

v ′ (t) = v (t) − (v0 + At) (II)

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Folha branca

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Exercicio 7
v (m/s)
12

0 2 4 6 8 10 12 14 16 t (s)
-4

-8

-12

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Exercicio 39 e 44

m1 m1
m2 m1
y

m2
M m2
x

(a) (b)

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Exercicio 34

m
M

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Exercicio 40

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