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Cinemática

Euzi C. F. da Silva

Fı́sica 1 - 4323101

2021
Movimento unidimensional
Ponto material ou partı́cula ⇒ Qualquer corpo pode ser considerado
ponto material se não estivermos interessados na extensão do corpo ou no
seu movimento de rotação.

Exemplos
a Terra pode ser considerada como uma partı́cula movendo-se em
torno do Sol, em uma trajetória circular.
uma bola de bilhar não pode ser considerada como partı́cula se
estivermos analisando seu movimento de rotação.

Introdução:
Movimento retilı́neo⇒ Movimento ao longo de uma linha reta.
Escolha de um referêncial⇒ Referencial é o corpo em relação ao
qual identificamos o estado de repouso ou de movimento de um
móvel. Quando não é especificado nenhum referencial, consideramos
os movimentos em relação à Terra.
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Grandezas cinemáticas

x
D
x
O x1 x2
x<0 x>0
Posição: ⇒Coordenada do ponto material no referencial adotado.
Deslocamento: ⇒ Suponha que no instante t1 o corpo encontra-se na
posição x1 e no instante t2 encontra-se na posição x2 . O deslocamento do
corpo entre os intantes t1 e t2 é dado por:

∆x = x2 − x1

∆x > 0 ⇒ corpo se desloca no sentido do eixo orientado
∆x < 0 ⇒ corpo se desloca no sentido contrário do eixo orientado

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Grandezas cinemáticas
Velocidade escalar média:
distância total percorrida
ve,m = (1)
tempo gasto para percorrer

A velocidade escalar média não inclui a direção do movimento. Ela é


sempre positiva.
Ela não é a média das velocidades desenvolvidas em cada trecho.

A velocidade escalar média não inclui a direção do movimento. Ela é


sempre positiva.

Velocidade média:
∆x x2 − x1
vm = =
∆t t2 − t1
A velocidade média pode ser positiva ou negativa:

> 0 ⇒ movimento no sentido do eixo adotado
< 0 ⇒ movimento no sentido contrário do eixo adotado
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Interpretação gráfica da velocidade média
x
P2
x2

x = x 2- x 1
D

x1 P1 q
t = t2 - t1
D

t1 t2 t
∆x
vm =
∆t

coeficiente angular da reta que passa por P1 e P2


vm = tan θ
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Velocidade instantânea

Velocidade instantânea é a velocidade de uma partı́cula num


determinado instante.
Num instante t1 , a partı́cula está num único ponto x1 ; e se está neste
ponto, como pode estar se movendo?
Para determinar a velocidade de um corpo em movimento é preciso
verificar a posição do corpo em mais de um instante.
Definimos velocidade instantânea como:
∆x dx
v (t) = lim v (t) =
∆t→0 ∆t dt
Definimos o coeficiente angular da reta tangente à curva x versus t,
no instante t1 como velocidade instantânea

> 0 ⇒ x crescente
coeficiente angular
< 0 ⇒ x decrescente

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Interpretação gráfica da velocidade instantânea
x
P2

1
to P
pon
no
va
cur
eà t
gen
Tan
P1 t4
D

t3
D
t2
D
q t1
D
t1 t2 t
Módulo da velocidade instantânea = velocidade escalar
dx
|v (t)| = = velocidade escalar (2)
dt
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Limite de uma função
Definição: limx→x0 ≡ L ≡ f (x0 )
Exemplos:
lim (3x 3 + 2x + 4) = 32
x→2
lim (3x 3 + 2x + 4) = 4
x→0
lim (2 sin x + 3 cos x) = 3
x→0
lim (2 sin x + 3 cos x) = −3
x→π
x 3 −27
Qual é o limite da função f (x) = x−3 ?

(x 3 ±a3 ) = (x ± a)(x 2 ∓ax + a2 )


x 3 − 27 (x − 3)(x 2 + 3x + 9)
f (x) = = = x 2 + 3x + 9
x −3 (x − 3)

⇒ limx→3 (x 2 + 3x + 9) = 27
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Limite de uma função

x f (x)
2,7 24,39 f(x)
2,8 25,24 50

2,9 26,11
30
2,99 26,91
2,999 26,991
0 x
2,9999 26,9991 1 2 3 4

3,0 ?
3,001 27,009 Qual o limite da função
3,01 27,09 
f (x) = 1 se x > 1
3,1 27,91 lim f (x)
x→1 f (x) = −1 se x < 1
3,2 28,84
3,3 29,79 Para x → 1, o limite é indefinido.

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Derivadas
Definição:
 
df ∆f f (x0 + ∆x) − f (x0 )
≡ lim = lim
dx x=x0 ∆x→0 ∆x ∆x→0 ∆x

Lê-se: derivada da função f em relação à variável x, no ponto x igual


a x0 .
Exemplo 1 - Calcule a derivada de f (x) = 3x 2 num certo ponto x0 .

f (x0 ) = 3x02
f (x0 + ∆x) = 3(x0 + ∆x)2
∆f = f (x0 + ∆x) − f (x0 ) = 6x0 ∆x + 3(∆x)2

6x0 ∆x + 3(∆x)2
 
df
= lim = lim (6x0 + 3∆x) = 6x0
dx x=x0 ∆x→0 ∆x ∆x→0

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Derivadas
Exemplo 2 - Calcule a derivada de f (x) = cos x num certo ponto x0 .
f (x0 ) = cos x0
f (x0 + ∆x) = cos(x0 + ∆x) = cos x0 cos ∆x − sin x0 sin ∆x ⇒
∆f cos x0 cos ∆x − sin x0 sin ∆x
lim = lim
∆x→0 ∆x ∆x→0 ∆x
Aproximações:1 
cos ∆x =≈ 1
∆x → 0
sin ∆x =≈ ∆x
Com as aproximações,
cos x0 cos ∆x − sin x0 sin ∆x − cos x0
lim = − sin x0
∆x→0 ∆x
 
df
= − sin x0
dx x0
1
sin(0, 0174 rad) = 0, 0174
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Derivadas mais comuns
Propriedades mais comuns das derivadas:
1 Seja f (x) = cg (x) onde c é uma constante.
Então,
df dg
=c
dx dx
df 2 Seja f (x) = af1 (x) + bf2 (x) onde a e b são
f (x) constantes. Então,
dx
constante zero df df1 df2
xn nx n−1 =a +b
dx dx dx
sin x cos x
3 Seja f (x) = f1 (x)f2 (x). Então,
cos x − sin x
ex ex df df2 df1
1 = f1 + f2
ln x x (x 6= 0)
dx dx dx
f1 (x)
4 Seja f (x) = f2 (x) . Então,

df f2 df1 − f1 df2
= dx 2 dx
dx f2 12 / 40
Exemplos de derivadas
f1 (x)
f (x) = f2 (x) ⇒

f (x) = 2x 2 ⇒ df
= 2(2x 2−1 ) = df f2 df df2
dx − f1 dx
1
dx =
4x dx f22
df
f (x) = 2 cos x ⇒ dx = −2 sin x 3x 2
f (x) = =
df cos x
f (x) = 3e x ⇒ dx = 3e x
df 6x cos x + (3x 2 ) sin x
f (x) = 3 cos x + 2x 2 ⇒ =
df
dx (cos x)2
dx = −3 sin x + 4x ex
f (x) = 2 =
e x sin
f (x) = |{z} |{z}x. 3x + x + 1
f1 f2 df (3x 2 +x+1)e x −e x (6x+1)
df = (3x 2 +x+1)2
dx = ex cos x + sin x · ex dx

df (3x 2 − 5x)
= ex
dx (3x 2 + x + 1)2
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Interpretação geométrica da derivada

f(x)
A derivada de uma função P2

1
to P
f = f (x) num certo ponto x0

pon
no
corresponde ao valor da

va
cur

tangente da curva f (x) contra x

ent
g
Tan
no ponto x0 . P1 x4
D

x3
D
À medida que ∆x diminui, a x2
D
∆f q x1
D
razão ∆x vai se aproximando de x1 x2 x
tan θ, onde θ é o ângulo que a x
P2
reta tangente à curva f (x)

1
oP
p ont
forma com o eixo x. Temos

no
va
cur
então


ent
g
Tan
df ∆f
 P1
dx x=x = lim∆x→0 ∆x = tan θ
t4
D
0 t3
D
t2
D
q t1
D
t1 t2 t

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Aceleração media e aceleração instantânea

Quando a velocidade v
A aceleração média é o coeficiente
angular da reta que passa por P1 e P2

P2
instantânea modifica-se com o v2

tempo dizemos que a partı́cula


está acelerada. v = v 2- v 1
D

Definimos aceleração média v1 P1 q


como t = t2 - t1
D

∆v v (t2 ) − v (t1 ) t1 t2 t
am = =
∆t t2 − t1 A aceleração instantânea é o coeficiente
angular da reta tangente à curva no ponto P1

Aceleração instantânea: v P2

1
to P
pon
no
va
a = lim∆t→0 ∆v dv

cur
∆t =


dt

ent
g
Tan
P1 t4
D

t3
D
dv d dx d 2x
a= dt = dt ( dt ) = dt 2
t2
D
t1
D
t1 t2 t

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Integral definida

Seja uma função f (x) contı́nua


e positiva no intervalo [a, b]. A
Z b
integral definida f (x)dx de f(x)
a
uma função f (x) no intervalo
a ≤ x ≤ b pode ser interpretada
como sendo a área da região do x= b

plano xy limitada pelo eixo x, o área = f (x) dx


x= a

gráfico de y = f (x), e a retas


y1 = a e y2 = b.
a b x
Z b
área = f (x)dx se f (x) ≥ 0
a

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Propriedade das integrais definidas
Z x2 =b
Z b Z b
f (x)dx = Cf (x)dx = C f (x)dx
x1 =a a a
Z xm Z x2 =b f(x) f(x)
f (x)dx + f (x)dx =
x1 =a xm 2A
f(x)
A
a b x a b x

área = f (x) dx
x= b Z b
x= a

[f (x) + g (x)]dx =
a
a xm b x
Z b Z b
Z b Z b f (x)dx + g (x)dx
f (x)dx = − f (x)dx a a
a a f(x) f(x) f(x)
Z a
f (x)dx = 0 ”Não há área
a = +
sob um único ponto da curva” x x
a b a b a 17 / 40b
Integrais indefinidas

Tabela de integrais indefinidas


Se a função F (x) for R
dada por f (x) F (x) = f (x)dx
constante zero
A
Z
F (x) = f (x)dx, Ax n (n 6= −1) x n+1 + k
n+1
1
sin ax − cos ax + k
dF a
então = f (x). 1
dx cos ax sin ax + k
a
F (x) é chamada de 1 x
e bx e
primitiva b
1
ln x + k
x
f (x) é chamado de
integrando Na tabela acima, A, a, b, e k são
constantes arbitrárias.

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Cálculo de integrais definidas
Para calcular uma integral Z 2
2
definida, basta achar uma Exemplo - 1 - Calcule dx.
2
primitiva F (x), encontrar os 1 x
2
seus valores nos extremos do f (x) = x2
⇒ F (x) = − x2 + k
intervalo de integração e  x=2
Z 2 
subtraı́-los 2 2
2
dx = − + k
Z b 1 x x x=1
f (x)dx = F (b) − F (a)    
a 2 2
= − +k − − +k =1
2 1
onde F (x) é uma primitva
genérica de f (x). Exemplo - 2 - Calcule a área entre
a parábola y (x) = 4 − x 2 e o eixo x
É comum utilizarmos a notação
no intervalo −2 ≤ x ≤ +2.
Z b
x=b Z +2
f (x)dx = F (x)|x=a 32
a área = (4 − x 2 )dx =
−2 3
= F (b) − F (a)
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Movimento em duas e três dimensões

Grandezas escalares: massa,


temperatura, distância,
comprimento
Grandezas vetoriais: força,
deslocamento, velocidade,
aceleração. Componente de um
 vetor: é a projeção de
 módulo
vetor direção (norte-sul) um vetor sobre uma reta.
sentido (norte)

Representação geométrica:
Flexa que dá diretamente a
direção e sentido e cujo
comprimento mede a sua
magnitude.
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Componentes cartesianas de um vetor

Componentes cartesianas de
um vetor: são as projeções de
um vetor sobre um sistema de Vetor unitário: é um
eixos cartesianos. vetor de módulo unitário.
q z
~ = A2 + A2
A x y

Ay k
tan θ =
Ax i y
x
j
|= ~
|~ı | = | ~ k =1
Outra notação:
| ı̂ | = | ̂ | = k̂ = 1

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Operações com vetores
Soma:
~a = ax~ı + ay ~

~b = bx~ı + by ~
~a + ~b = (ax + bx )~ı + (ay + by )~

Exemplo:

~a = 2~ı + 0~
 ~b = 0~ı + 2~

~a + ~b = 2~ı + 2~

~ = 3~ı
A y

~ = 4~ı
B

b
C~ = 3~ı + 4~ı b
+
a
x
a 22 / 40
Operações com vetores

y Subtração:
3
~a = ax~ı + ay ~

2 ~b = bx~ı + by ~
b
+
a

b ~a − ~b = (ax − bx )~ı + (ay − by )~



1

a x y
1 2 3

Regra do paralelogramo b a
~ = 2~ı + 1~
A  x
a-
~ = 1~ı + 2~
B  -b b
~ ~
A + B = 3~ı + 3~ı

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Produtos vetoriais

Há três tipos de produto


envolvendo vetores Produto de um vetor por um
1 Produto de um número por
escalar:
um vetor: o resultado é um
vetor. ~ = Ax~ı + Ay ~
A 
2 Produto de um vetor por
outro vetor, dando como ~ = 2Ax~ı + 2Ay ~
2A 
resultado um escalar: é
chamado de produto escalar. ~ = 3~ı + 4~
A ~ =5
⇒ A
3 Produto de um vetor por
outro vetor, dando como ~ = 15~ı + 20~
5A ~ = 25
 ⇒ 5A
resultado um vetor: é
chamado de produto vetorial.

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Produtos vetoriais - produto escalar

Outra forma de calcular o


Produto escalar
produto escalar:
~ = Ax~ı + Ay ~
A 
~·B
A ~= A ~ cos θ
~ · B
~ = Bx~ı + By ~
B 
~·B
A ~ = (Ax Bx ) + (Ay By ) onde θ é o ângulo entre os dois
~ e B.
vetores A ~
Exemplo Exemplo:
~ = 3~ı + 2~
A  ~ = 2~ı + 0~
A 
~ = 4~ı − 2~
B  ~ = 0~ı + 2~
B 
~·B
A ~ = 12 − 4 = 8
~·B
A ~ = 0 ⇒ cos θ = 90o

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Produtos vetoriais - produto vetorial

Produto vetorial

A  + Az ~
~ = Ax~ı + Ay ~ k Propriedades de um vetor:
B  + Bz ~
~ = Bx~ı + By ~ k Igualdade
  ~=B
A ~ quando A ~
~ = B
ı̂ ̂ k̂
 A Ay Az 
~×B
~ = x
A


 Bx
 e as direções e sentido são as
By Bz  mesmas.
Propriedade comutativa da
Exemplo ~+B
adição: A ~ =B
~ +A~
Propriedade associativa da
 
ı̂ ̂ k̂
 3 2 0  adição:
~ B
A× ~ =
  = −14k̂
 ~ + (B
A ~ + C~ ) = (A
~ + A)
~ + C~
 4 −2 0 

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Movimento em duas dimensões

O vetor posição: Especifica a


posição do objeto no sistema de
Vetor deslocamento: É a
eixos cartesianos.
diferença entre dois vetores
posição

∆~r = ~r2 − ~r1

O módulo do vetror posição


NÃO pe igual à distância
percorrida ∆s ao longo do arco
da curva.
Na figura, r1 é o vetor posição
Observe que
no instante t1 . E pode ser
escrito como: ~r2 = ~r1 + ∆~r
~r1 = x1~ı + y1~

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Vetor velocidade

∆x ∆y
O vetor velocidade média: ~vmed = ~ı + ⇒
~
∆t ∆t
~r2 (t2 ) − ~r1 (t1 )
~vmed = ~vmed = vmed,x~ı + vmed,y ~

t2 − t1
~r (t + ∆t) − ~r (t) ∆~r
= =
∆t ∆t O vetor velocidade
O vetor velocidade média é um instantânea:
vetor cuja direção e sentido são ∆~r
os da P1 P2 que liga as posições ~v (t) = lim
∆t→0 ∆t
nos instante t e t + ∆t sobre a
~r (t + ∆t) − ~r (t)
trajetória. = lim ⇒
∆t→0 ∆t
Se ~r1 = x1~ı + y1~e d~r
~r2 = x2~ı + y2~, então =
dt
(x2 − x1 ) (y2 − y1 )
~vmed = ~ı + ~
 d~r
∆t ∆t ~v (t) =
dt 28 / 40
Vetor velocidade instantânea

∆x ∆y Quando se consideram intervalos de


~v (t) = lim ~ı + lim ~

∆t→0 ∆t ∆t→0 ∆t tempo cada vez menores, o módulo
| {z } | {z }
vx (t) vy (t) do vetor deslocamento se aproxima
da distância percorrida ao longo da
~v (t) = vx (t)~ı + vy (t)~
 trajetória, e a direção do vetor
deslocamento aproxima-se da direção
da reta tangente à curva no ponto
Ou P1 .
d~r d 
~v (t) = = (x~ı + y~
)  módulo ⇒ d~ r
dt
dt dt



dx dy ~v (t) direção ⇒ tangente à trajetória
= ~ı + ~  sentido ⇒ do percurso da
dt dt



trajetória para t crescente

dx dy
~v (t) = ~ı + ~  Velocidade escalar ⇒ |~v (t)|
dt dt
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Vetores aceleração média e instantânea

Vetor aceleração instantânea

Vetor aceleração média ~v (t + ∆t) − ~v (t)


~a(t) = lim
∆t→0 ∆t
∆~v ~v2 − ~v1 ∆~v d~v
~am (t) = = = lim =
∆t ∆t ∆t→0 ∆t dt
d(vx ~ı + vy ~ )
~a(t) =
dt
dvx dvy
= ~ı + ~
 = ax ~ı + ay ~
dt dt
d 2~r
 
d~v d d~r
~a(t) = = = 2
dt dt dt dt
2
d (x ~ı + y ~ı) 2
d x d 2y
= = ~
ı + ~
=
dt 2 dt 2 dt 2

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Exemplos de movimento
Movimento circular
Movimento retilı́neo 
? módulo constante
vetor posição

? módulo variável ? direção variável
vetor posição
? direção constante 

 ? tangente à
circunferência

vetor velocidade
y 
 ? perpendicular
ao vetor posição

y
r x r2
r
D

r1 x

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Exemplo de movimento - projétil


? módulo constante
vetor posição Equações de movimento no
? direção variável
eixo x

 ax = 0
vx = v0x = constante
x(t) = x0 + v0x t

Equações de movimento no
eixo y

  ay = −g
 ? módulo variável vy = v0y − gt
2
vetor velocidade ? tangente à y (t) = y0 + v0y t − g t2

trajetória

32 / 40
Movimento Circular
y
Revisão - Grau R s
O ângulo entre duas retas que
se interceptam pode ser medido q
x
da seguinte forma:
1 a circunferência é dividida em
360 partes iguais
2 cada parte é denominada grau s
3 O no . de graus no arco de θ(radiano) =
circunferência subtendido R
pelas duas retas é a medida
do ângulo entre elas. O ângulo medido em radiano é
uma grandeza adimensional
Radiano - outra medida de Comprimento da circunferência
ângulo C = 2πR
2πR
θ(radiano) = = 2π
comprimento do arco R
radiano =
raio da circunferência 1 rad = 57, 3◦ 33 / 40
Movimento Circular Uniforme
Substituindo na eq. (3) que
v = ωR temos
Perı́odo do movimento: É o
tempo gasto para dar uma volta ω = 2πf = 2π
T
completa
Descrição do movimento
s = vt ⇒ 2πR = |vT | ⇒
circular em termos do vetor
2πR
posição:
T = |v | (3)
θ(t) = θ0 + ωt
onde R é o raio da circunferência
Frequência: É o número de ~r = R cos θ ~ı + R sin θ ~
voltas por unidade de tempo. y
no voltas tempo
s0
1 volta ------- T Rsinq
r
f voltas ------ 1 q
0
x
Rcosq

1
f = T
34 / 40
Movimento Circular Uniforme

~r (t) = R cos (θ0 + ω0 t) ~ı + R sin (θ0 + ω0 t) ~


d~r
~v (t) = = −Rω0 sin (θ0 + ω0 t) ~ı + Rω cos (θ0 + ω0 t) ~
dt
q
|~v (t)| = R 2 ω 2 sin2 (θ0 + ω0 t) + R 2 ω 2 cos2 (θ0 + ω0 t) ⇒ |~v (t)| = ω0 R
d~v
~a(t) = = −Rω 2 cos (θ0 + ωt) ~ı − Rω 2 sin (θ0 + ωt) ~
dt
= −ω 2 [R cos (θ0 + ωt) ~ı + R sin (θ0 + ωt) ~] ⇒
| {z }
~
r

~a(t) = −ω 2~r aceleração centrı́peta

 v 2 v2
|~a(t)| = ω 2 R = R ⇒ |~a(t)| =
R R
35 / 40
Movimento Circular Uniformemente Acelerado
1
s = s0 + v0 t + at 2 dθ
= ω(t) = ω0 t + αt
2 dt
? s0 é comprimento do arco no
d 2θ
instante inicial = α = constante
? v0 é a velocidade escalar dt 2

s s0 v 0 t 1 at 2
= + + ⇒
R R R 2 R
1
θ(t) = θ0 + ωt + αt 2
2
? ω0 = Rv é a velocidade angular.
Tem unidade de radianos por
segundo (rad/s).
? α = Ra é a aceleração angular. Tem
unidade de radianos por segundo ao
quadrado (rad/s2 ).
36 / 40
Coordenadas polares e o movimento circular

Vetores polares unitários: Vamos escrever os versores


y polares em termos dos versores
e^q
e^r cartesianos:
êr = cos θ(t) ı̂ + sin θ(t) ̂
^
r q
x
êθ = − sin θ(t) ı̂ + cos θ(t) ̂

Como êr e êθ dependem


êr ⇒ vetor unitário na direção radial implicitamente do tempo, pois o
e sentido para fora, com |êr | = 1 e ângulo θ varia com o tempo,
direção e sentido variando com o então suas derivadas em relação
tempo. ao tempo não são nulas, de
êθ ⇒ vetor unitário na direção modo que:
tangencial, perpendicular à êr , d êr d cos θ(t) dθ
sentido anti-horário, com |êθ | = 1 e = ı̂
dt dθ dt
direção e sentido variando com o d sin θ(t) dθ
tempo. + ̂
dθ dt 37 / 40
Coordenadas polares e o movimento circular

d êr
= − sin θ(t) ω(t) ı̂ + cos θ(t) ω(t) ̂
dt
= ω [− sin θ(t)ı̂ + cos θ(t) ̂)]
| {z }
êθ Portanto, temos que
= ω(t) êθ d êr
= ω(t) êθ
dt
d êθ d sin θ(t) d θ d cos θ(t) dθ
=− ı̂ + ̂ d êθ
dt dθ dt dθ dt = −ω(t) êr
= − cos θ(t) ω(t) ı̂ − sin θ(t) ω(t) ̂ dt
= −ω(t) [cos θ(t) ı̂ + sin θ(t) ω(t) ̂]
| {z }
êr
= −ω(t)êr .

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Vetores posição, velocidade e aceleracão em
coordenadas polares
Utilizando as coordenadas polares,
podemos escrever o vetor posição de
uma partı́cula, em movimento Podemos obter o vetor
circular, como: aceleracão derivando o vetor
velocidade:
~r (t) = R êr
d~v d
~a (t) = = R [ω(t) êθ ]
onde R é o raio da órbita circular. O dt dt
vetor velocidade da partı́cula será: dω d êθ
=R êθ + Rω(t)
dt dt
d ~r d êr
~v (t) = =R
dt dt ~a(t) = Rα(t) êθ − R [ω(t)]2 êr

~v (t) = R ω(t) êθ Assim, o vetor aceleracão de


uma partı́cula em movimento
mostrando que o vetor velocidade da circular tem duas componentes:
partı́cula tem direção sempre uma tangencial e uma radial.
tangente à trajetória e módulo R ω. 39 / 40
Vetores posição, velocidade e aceleracão em
coordenadas polares

~a(t) = Rα(t) êθ − R [ω(t)]2 êr

A componente radial é chamada com


de aceleracão centrı́peta, está
sempre presente em um dω d|~v |
movimento circular, seja ele aT (t) = Rα(t) = R =
dt dt
uniforme ou não, e seu sentido é
sempre para dentro. v2
acp (t) = ω 2 R =
A componente tangencial é não R
nula somente se o movimento
q
| ~a (t)| = 2 + a2
aT cp
for acelerado. Desse modo,
podemos escrever que
~a(t) = aT êθ − acp êr

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