Você está na página 1de 60

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

CENTRO ACADÊMICO DO AGRESTE


NÚCLEO DE TECNOLOGIA

ANA PAULA DOS SANTOS SILVA


ANDRÉ INÁCIO DA SILVA FILHO
DANIEL SILVA BARBOSA
HIGOR GUSTAVO CORDEIRO DE OLIVEIRA

Relatório – Estudo de Casos de Patologias na Construção Civil

Caruaru
2023
2

ANA PAULA DOS SANTOS SILVA


ANDRÉ INÁCIO DA SILVA FILHO
DANIEL SILVA BARBOSA
HIGOR GUSTAVO CORDEIRO DE OLIVEIRA

Relatório – Estudo de Casos de Patologias na Construção Civil

Relatório apresentado como requisito parcial para


obtenção de aprovação na disciplina de
Identificação e Solução de Problemas nas
Edificações, no Curso de Engenharia Civil, no
período 2022.2, na Universidade Federal de
Pernambuco, Centro Acadêmico do Agreste.

Prof. Dr. Humberto Correia Lima Júnior.

Caruaru
2023
3

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 - Centro Acadêmico do Agreste (CAA) ............................................... 8


Figura 2 - Localização do CAA ......................................................................... 8
Figura 3 - Patologia nos pilares ........................................................................ 9
Figura 4 - Patologia nos pilares ........................................................................ 9
Figura 5 - Patologia no telhado 1 .................................................................... 10
Figura 6 - Patologia no telhado 2 .................................................................... 10
Figura 7 - Patologia no telhado 3 .................................................................... 11
Figura 8 - Práticas de manutenção do telhado ............................................... 11
Figura 9 - Serviços de jardinagem .................................................................. 12
Figura 10 - Práticas de manutenção do telhado ............................................. 12
Figura 11 - Patologias no piso de concreto..................................................... 13
Figura 12 - Práticas de restauração do piso de concreto................................ 13
Figura 13 - Dissipadores de energia ............................................................... 14
Figura 14 - Pia do banheiro ............................................................................ 15
Figura 15 - Passarela do bloco de Design ...................................................... 15
Figura 16 - Barras de aço galvanizado ........................................................... 16
Figura 17 - Parede do bloco O........................................................................ 16
Figura 18 - Solvente corretivo ......................................................................... 17
Figura 19 - Construção do edifício comercial.................................................. 17
Figura 20 - Localização do edifício ................................................................. 18
Figura 21 - Rede elétrica ................................................................................ 18
Figura 22 - Poste da Neoenergia (Celpe) ....................................................... 19
Figura 23 - Poste em frente ao edifício ........................................................... 20
Figura 24 - Fiação elétrica próxima a marquise .............................................. 20
Figura 25 - Fiação por dentro de canaleta ...................................................... 21
Figura 26 - Fiação próxima a edifício residencial ............................................ 21
Figura 27 - Fios em contato com canos .......................................................... 22
Figura 28 - Luminária instalada inadequadamente ......................................... 22
Figura 29 - Fissura horizontal em parede ....................................................... 24
Figura 30 - Fissuras próximas ao piso ............................................................ 24
Figura 31 - Piso de cerâmica com quebras .................................................... 25
Figura 32 - Quebras e fissuras em cerâmica .................................................. 25
4

Figura 33 - Trincas e fissuras.......................................................................... 26


Figura 34 - Pisos cerâmicos sobrepostos ....................................................... 27
Figura 35 - Cerâmicas sobrepostas ................................................................ 27
Figura 36 - Capilaridade da água em tubos .................................................... 29
Figura 37 - Forças de adesão e coesão ......................................................... 29
Figura 38 - Umidade ascendente na cozinha ................................................. 30
Figura 39 - Umidade ascendente na fachada ................................................. 30
Figura 40 - Umidade ascendente no quarto 1................................................. 30
Figura 41 - Umidade ascendente no quarto 2................................................. 31
Figura 42 - Etapas da impermeabilização com cimentício de base acrílica .... 32
Figura 43 - Etapas da aplicação do cristalizante líquido ................................. 33
Figura 44 - Etapas da impermeabilização da viga baldrame .......................... 33
Figura 45 - Tubulação da pia da cozinha ........................................................ 35
Figura 46 - Tubulação do tanquinho ............................................................... 35
Figura 47 - Sifão ............................................................................................. 36
Figura 48 - Sifão duplo.................................................................................... 36
Figura 49 - Tubulação de drenagem de águas pluviais .................................. 37
Figura 50 - Descarga das águas pluviais ........................................................ 38
Figura 51 - Tampa do reservatório.................................................................. 39
Figura 52 - Fissuras da tampa do reservatório ............................................... 39
Figura 53 - Entrada do reservatório ................................................................ 40
Figura 54 - Encontro das paredes do reservatório .......................................... 40
Figura 55 - Seção do reservatório pela NBR 5626/1998 ................................ 41
Figura 56 - Impermeabilizante tecplus lastic quartzolit ................................... 42
Figura 57 - Impermeabilizante camada grossa quartzolit ............................... 43
Figura 58 - Patologia em revestimento cerâmico ............................................ 43
Figura 59: Umidade ascendente em paredes ................................................. 45
Figura 60 - Eflorescência em revestimento cerâmico ..................................... 46
Figura 61 - Spray para impermeabilização de rejuntes................................... 47
Figura 62 - Problema de infiltração na coberta ............................................... 48
Figura 63 - Caimento mínimo para telhas tipo americana e portuguesa......... 49
Figura 64 - Estrutura de telhado com deformação excessiva ......................... 50
Figura 65 - Telhado danificado ....................................................................... 50
Figura 66: Fixação de telhas........................................................................... 51
5

Figura 67 - Limpeza das calhas ...................................................................... 52


Figura 68 - Exemplo de filtro para calhas ....................................................... 52
Figura 69 - Rufo aplicado em telhado ............................................................. 53
Figura 70 - Colagem de rufo na platibanda..................................................... 53
6

SUMÁRIO

1 - INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 7

2 - RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................. 8

2.1 - Universidade Federal de Pernambuco – Centro Acadêmico do Agreste .... 8

2.1.1 – Patologias ............................................................................................. 8

2.2 - Edifício comercial em Belo Jardim-PE na Cohab 1 .................................. 17

2.2.1 - Patologias ............................................................................................ 18

2.3 - Logradouros e edifícios diversos em Lajedo-PE....................................... 19

2.3.1 - Patologias em redes elétricas, aparecimento de fissuras e revestimentos


cerâmicos .................................................................................................................. 19

2.3.2 - Patologias de umidade ascendente ..................................................... 27

2.3.3 - Instalações hidrossanitárias................................................................. 33

2.3.4 - Sistema de esgoto sanitário................................................................. 34

2.3.5 - Patologias de drenagem de água pluvial nas edificações ................... 37

2.3.6 - Patologias em reservatório inferior ...................................................... 38

2.3.7 - Eflorescência no rejunte de revestimentos cerâmicos ......................... 43

2.3.8 - Problemas de infiltração na coberta .................................................... 47

3 - CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................. 54

4 - REFERÊNCIAS .................................................................................................... 55
7

1 - INTRODUÇÃO

Patologia é o estudo das alterações estruturais, bioquímicas e funcionais nas


células, tecidos e órgãos, que visa explicar os mecanismos pelos quais surgem os
sinais e os sintomas das doenças.
A palavra "patologia" significa literalmente "estudo da doença" e tem origem no
grego, onde Páthos = doença e Logos = estudo. No entanto, "patologia" também é
usada como sinônimo de doença. Na medicina, a patologia está dividida em Patologia
Geral, sendo essa o estudo das reações aos estímulos anormais que ocorrem em
todas as células e tecidos e a Patologia Sistêmica ou Especial que é o estudo das
reações específicas de cada tecido ou órgão a determinada agressão.
As patologias em edificações são doenças que acometem as matérias-primas
da estrutura das construções. Da mesma forma como ocorre conosco, as patologias
podem se manifestar por uma série de razões. Do armazenamento inadequado e falta
de atenção, até questões que envolvem o não cumprimento de leis e normas.
As consequências são diversas. A lista envolve prejuízos financeiros, atrasos
de cronograma, insatisfação de clientes, entre outros. Nos casos mais graves,
acidentes sérios como desabamentos ou evacuação devido ao comprometimento da
estrutura predial. Assim sendo, a verdade é que estes são problemas que podem
surgir a qualquer momento, em qualquer etapa da construção. Inclusive, anos após a
entrega de uma obra.
Quando se fala em sintomas, cita-se, na verdade, manifestações patológicas.
Em outras palavras, a apresentação de alguma característica que possa se mostrar
prejudicial ao afetar materiais ou estruturas da construção. Tais manifestações
aparecem de diversas formas e podem incluir de patologias do concreto (Figura 4) –
como fissuras, rachaduras e infiltrações – até patologias de revestimento, como de
pintura e alvenaria, desbotamento, bolhas e destacamento.
As principais patologias encontradas nas construções são trincas e fissuras,
porosidade, infiltração, rachaduras, carbonatação, destacamento de materiais,
gretamento, desbotamento e bolhas.
Tendo isso em vista, o presente trabalho visa realizar a análise de patologias
encontradas em construções, desde suas possíveis causas até as suas soluções com
base em revisões das literaturas da engenharia civil e afins.
8

2 - RESULTADOS E DISCUSSÃO

2.1 - Universidade Federal de Pernambuco – Centro Acadêmico do Agreste

O Centro Acadêmico do Agreste (CAA) foi o primeiro campus da UFPE no


interior de Pernambuco (Figura 1), tendo sido inaugurado em março de 2006, com o
objetivo de contribuir com o desenvolvimento social, econômico e cultural do Estado.
Inicialmente, o CAA funcionou em instalações do Polo Comercial de Caruaru;
atualmente está localizado na Av. Marielle Franco, s/n - Km 59 - Nova, PE, 55014-
900, no município de Caruaru – PE (Figura 2).

Figura 1 - Centro Acadêmico do Agreste (CAA)

Fonte: UFPE (2023)

Figura 2 - Localização do CAA

Fonte: Google Maps (2023)

2.1.1 – Patologias
9

Foram identificadas várias patologias no campus, entre elas: nos pilares,


banheiros, passarelas, pintura, cobertura e telhado entre outros.
Nas patologias dos pilares (Figura 3) do campus foram identificados um número
enorme de insetos do tipo Anthophila (abelhas) no pilar oco da estrutura devido a uma
abertura para passagem de um eletrocuto no local. Isto é, as abelhas instalaram-se
no interior do pilar, dificultando a passagem de alunos no local. Para a solução desse
problema indicamos primeiro solicitar a retida das abelhas por parte do corpo de
bombeiros evitando matá-las conforme lei ambiental (Lei n º 9605/98), em seguida
tampar com reboco o local e revestir com pintura de texturização (Figura 4).

Figura 3 - Patologia nos pilares

Fonte: Autores (2023)

Figura 4 - Patologia nos pilares

Fonte: Autores (2023)


10

Para a parte da cobertura e telhado do campus foram identificadas várias telhas


afastadas e quebradas (Figura 5 e 6), muito por conta do vento ou por galhos de
arvores locais que empurram as telhas, e consequentemente causando problemas
patológicos por formar poças de água (Figura 7) e o risco de quedas das telhas.
Para solucionar o problema patológico indicamos uma manutenção das telhas
por um profissional que deve se locomover sobre tábuas, que permitem melhor
distribuição das cargas, evitando quebra de telhas e preferencialmente sempre usar
calçados antiderrapantes, bem como utilizar os EPIs adequados (Figura 8). Além
disso, realizar o serviço de jardinagem nas arvores no local.

Figura 5 - Patologia no telhado 1

Fonte: Autores (2023)

Figura 6 - Patologia no telhado 2

Fonte: Autores (2023)


11

Figura 7 - Patologia no telhado 3

Fonte: Autores (2023)

Figura 8 - Práticas de manutenção do telhado

Fonte: LinkedIn (2023)


12

Figura 9 - Serviços de jardinagem

Fonte: Gironacional (2023)

Para as calçadas do campus (Figura 10) foram identificadas várias fissuras


provenientes da dilatação e retração do piso de cimento queimado (Figura 11). Isso
acontece porque o cimento é um produto químico que reage com água, em reação
exotérmica (libera calor). Isto é, tal reação aquece o material, que se dilata resultando
no aparecimento de tricas e fissuras nas superfícies.
Para a solução vai ser realizado do reparo do piso de concreto consiste
inicialmente no recorte da área danificada, formando uma figura geométrica regular, e
na regularização da superfície de modo a garantir a espessura mínima para o material
que será empregado no reparo. O próximo passo é a aplicação de um primer e, em
seguida, da argamassa (Figura 12).

Figura 10 - Práticas de manutenção do telhado

Fonte: Autores (2023)


13

Figura 11 - Patologias no piso de concreto

Fonte: Engegran (2023)

Figura 12 - Práticas de restauração do piso de concreto

Fonte: Reflex (2023)

Para os dissipadores de energia do campus foi identificado um problema


patológico no dimensionamento da energia que vai ser dissipada do fluxo d’água
(Figura 13). Isto é, os dissipadores vão reduzindo consequentemente a velocidade do
fluxo d’água do local escoando através do dispositivo de drenagem para que tenha
um deságue para o terreno natural. Para solucionar o problema recomendamos
aumentar o dimensionamento dos dissipadores de energia conforme o manual do
DNITT aplicáveis às saídas de bueiros e descidas d’água (DEB) e valetas de proteção
de corte e sarjetas (DES) (Tabela 1).
14

Figura 13 - Dissipadores de energia

Fonte: Autores (2023)

Tabela 1 - Dissipadores de energia

Fonte: Prefeitura Municipal de Contagem (2023)

Para o banheiro masculino do bloco A encontramos uma patologia na execução


do corte do mármore da pia (Figura 14) ou no dimensionamento da torneira do local.
Este corte permite a passagem de insetos na pia e deixa a torneira “frouxa” no local.
Uma solução seria fechar a abertura para que a torneira não fique folgada e que evite
também a passagem de insetos.
15

Figura 14 - Pia do banheiro

Fonte: Autores (2023)

Para a passarela identificamos uma oxidação do ferro (Figura 15) devido a


intempéries provocadas por sol e chuva (corrosão pelo desgaste do metal) na
estrutura resultando no fenômeno conhecido como ferrugem. Isto é, a falta de
manutenção na estrutura acarretou a oxidação da barra de ferro da passarela. Uma
solução seria utilização de aço galvanizado (Figura 16) para proteger as superfícies
contra corrosão e ferrugem.

Figura 15 - Passarela do bloco de Design

Fonte: Autores (2023)


16

Figura 16 - Barras de aço galvanizado

Fonte: Soluções Industriais (2023)

Para a pintura da parede no primeiro andar do bloco O identificamos o


enrugamento da pintura (Figura 17) causada pela aceleração da secagem superficial
e a aplicação de camadas muito espessas. Nesse caso, a solução do problema pode
ser o uso de solventes menos voláteis (Figura 18) e a diminuição da espessura da
camada de tinta, respeitando os intervalos entre uma aplicação e outra.

Figura 17 - Parede do bloco O

Fonte: Autores (2023)


17

Figura 18 - Solvente corretivo

Fonte: Brasolv (2023)

2.2 - Edifício comercial em Belo Jardim-PE na Cohab 1

Inicialmente era uma escola antiga do município, hoje está sendo construída
um edifício comercial localizado na Av. Júlia Rodrigues Tôrres (Figura 18) no
município de Belo Jardim – PE (Figura 19).

Figura 19 - Construção do edifício comercial

Fonte: Autores (2023)


18

Figura 20 - Localização do edifício

Fonte: Google Maps (2023)

2.2.1 - Patologias

A construção do edifício possui um problema patológico de rede elétrica


passando por dentro do terreno (Figura 20). Além disso, o terreno se encontra
avançado em relação a planta de locação do quarteirão (Figura 21). Uma solução para
a patologia é solicitar a retirada da rede elétrica do terreno e deslocar o poste à frente.

Figura 21 - Rede elétrica

Fonte: Autores (2023)


19

Figura 22 - Poste da Neoenergia (Celpe)

Fonte: Autores (2023)

2.3 - Logradouros e edifícios diversos em Lajedo-PE

2.3.1 - Patologias em redes elétricas, aparecimento de fissuras e revestimentos


cerâmicos

A proximidade de redes elétricas a edifícios pode ser uma preocupação devido


às possíveis patologias que podem surgir. Uma das principais preocupações é a
exposição às radiações eletromagnéticas emitidas pelas linhas de transmissão.
Algumas pesquisas sugerem que exposições prolongadas a altos níveis de radiação
eletromagnética podem aumentar o risco de câncer e outras doenças.
Além disso, a proximidade de redes elétricas também pode representar um
risco de incêndio. Isso ocorre porque a eletricidade pode criar faíscas e sobrecarga
elétrica em contato com objetos próximos, como árvores, postes ou edifícios. Essa
sobrecarga elétrica pode causar curto-circuito e levar a um incêndio.
Outra patologia relacionada à eletricidade é o contato de fiação elétrica com a
água. Isso pode ocorrer em áreas sujeitas a enchentes, tempestades ou em áreas
onde a infraestrutura elétrica é inadequada. Quando a água entra em contato com a
fiação elétrica, a eletricidade pode se espalhar pela água e representar um risco de
choque elétrico para pessoas e animais que estejam próximos.
A exposição prolongada a níveis elevados de radiação eletromagnética, o risco
de incêndio em decorrência da proximidade de redes elétricas e o contato de fiação
20

elétrica com a água são preocupações importantes quando se trata de segurança


elétrica. Por isso, é essencial que as autoridades responsáveis pelo planejamento
urbano e pelos serviços elétricos trabalhem juntas para garantir que as redes elétricas
sejam instaladas adequadamente e de forma segura. Além disso, é importante que as
pessoas estejam cientes dos riscos e tomem as precauções necessárias para
minimizar esses riscos em suas próprias residências e locais de trabalho.

Figura 23 - Poste em frente ao edifício

Fonte: Autores (2023)

Figura 24 - Fiação elétrica próxima a marquise

Fonte: Autores (2023)


21

Figura 25 - Fiação por dentro de canaleta

Fonte: Autores (2023)

Figura 26 - Fiação próxima a edifício residencial

Fonte: Autores (2023)


22

Figura 27 - Fios em contato com canos

Fonte: Autores (2023)

Figura 28 - Luminária instalada inadequadamente

Fonte: Autores (2023)

Fissuras em paredes são aberturas ou rachaduras que se formam nas paredes


de um edifício. Elas podem ser causadas por diversos fatores, como movimentação
do solo, mudanças de temperatura, excesso de umidade, vibrações e problemas na
estrutura do edifício. As fissuras podem variar em tamanho, forma e profundidade, e
algumas podem ser indicativas de problemas estruturais graves.
23

As fissuras podem se formar de várias maneiras. A mais comum é devido à


movimentação do solo. Quando o solo em torno de um edifício se expande ou contrai,
pode exercer pressão sobre as paredes, o que pode levar à formação de fissuras. As
mudanças de temperatura também podem causar fissuras, pois a expansão e
contração do material pode afetar a estabilidade da parede.
Além disso, a umidade excessiva pode corroer a estrutura da parede,
enfraquecendo-a e tornando-a mais suscetível a fissuras. Vibrações de tráfego ou
construção próximos também podem causar danos às paredes, assim como
problemas na estrutura do edifício, como fundações defeituosas ou falta de suportes
estruturais adequados às características da edificação.
As fissuras nas paredes podem ser um sinal de problemas estruturais graves.
Eles podem afetar a integridade do edifício e representar um risco para os ocupantes.
No entanto, nem todas as fissuras são indicativas de problemas estruturais. Algumas
fissuras são superficiais e podem ser facilmente reparadas.
Para remediar as fissuras em paredes, é importante determinar a causa
subjacente e, em seguida, tomar as medidas necessárias para corrigir o problema.
Em alguns casos, pode ser necessário contratar um engenheiro estrutural para avaliar
a situação. Dependendo da causa das fissuras, o reparo pode envolver a aplicação
de selante ou argamassa nas rachaduras, instalação de suportes estruturais ou até
mesmo a reconstrução de partes da parede. A solução mais adequada dependerá da
gravidade das fissuras e da causa subjacente.
Em suma, fissuras podem ser indicativas de problemas estruturais graves em
um edifício. É importante determinar a causa subjacente e tomar as medidas
necessárias para corrigir o problema. O reparo pode envolver a aplicação de selante
ou argamassa nas rachaduras, instalação de suportes estruturais ou até mesmo a
reconstrução de partes da parede. Se você suspeita que há problemas estruturais em
sua casa, é importante buscar a ajuda de um profissional qualificado.
24

Figura 29 - Fissura horizontal em parede

Fonte: Autores (2023)

Figura 30 - Fissuras próximas ao piso

Fonte: Autores (2023)

Trincas e quebras em cerâmicas são patologias que podem ocorrer em pisos,


revestimentos e objetos decorativos. As trincas são pequenas rachaduras superficiais,
enquanto as quebras são rachaduras mais profundas que podem comprometer a
integridade da peça. As causas dessas patologias são variadas, desde problemas na
instalação, passando por variações de temperatura, até mesmo o uso inadequado.
Uma das causas mais comuns de trincas e quebras em cerâmicas é a má
qualidade da instalação. Se o contrapiso não estiver nivelado ou se a argamassa
utilizada para fixar as peças for de baixa qualidade, as cerâmicas podem se soltar ou
sofrer tensões que levam à formação de trincas. Outra causa comum é a variação de
temperatura, na qual a cerâmica se expande ou se contrai, formando rachaduras.
25

O uso inadequado também pode causar trincas e quebras em cerâmicas. Se a


cerâmica for exposta a impactos ou sobrecargas, ela pode se rachar ou quebrar. Além
disso, produtos químicos abrasivos e produtos de limpeza inadequados também
podem danificar a superfície da cerâmica e levar à formação de trincas.
Para solucionar essas patologias, é importante identificar a causa subjacente e
corrigir o problema. Em alguns casos, pode ser necessário substituir a peça danificada
ou repará-la com um composto de enchimento de resina, por exemplo. Porém, é
importante ressaltar que a reparação não é sempre eficaz e pode ser melhor substituir
a peça. A ajuda de um profissional qualificado é necessária em casos mais graves.

Figura 31 - Piso de cerâmica com quebras

Fonte: Autores (2023)


Figura 32 - Quebras e fissuras em cerâmica

Fonte: Autores (2023)


26

Figura 33 - Trincas e fissuras

Fonte: Autores (2023)

Assentar um novo piso de cerâmica em cima de outro piso de cerâmica já


existente pode parecer uma alternativa prática e econômica para renovar um
ambiente, mas pode gerar algumas patologias. Uma das principais é o descolamento
das peças, causado pela falta de aderência da argamassa na superfície do piso
anterior. Além disso, o aumento da espessura do piso pode gerar diferenças de níveis
que podem levar à formação de trincas e rachaduras.
Para evitar essas patologias, é importante que a superfície do piso antigo esteja
limpa e nivelada antes da instalação do novo piso. Além disso, é necessário utilizar
uma argamassa de boa qualidade e compatível com o tipo de piso escolhido, com
aditivos que garantam uma boa aderência. Outra opção é utilizar sistemas de
nivelamento que ajudam a evitar a formação de diferenças de níveis entre as peças.
Caso ocorram patologias após a instalação do novo piso, é importante
identificar a causa e buscar a solução adequada. Em casos de descolamento das
peças, pode ser necessário remover todo o piso e recomeçar a instalação do zero.
Em casos de trincas e rachaduras, pode ser necessário realizar a remoção apenas
das peças afetadas e realizar o reparo com um composto de enchimento e resina.
27

Figura 34 - Pisos cerâmicos sobrepostos

Fonte: Autores (2023)


Figura 35 - Cerâmicas sobrepostas

Fonte: Autores (2023)

2.3.2 - Patologias de umidade ascendente

Os defeitos mais comuns na construção civil são devidos à penetração de água


podendo se manifestar em paredes, pisos, fachadas e elementos de concreto armado
28

(SOUZA, 2008). Segundo PEREZ (1986), de acordo com aspectos específicos, a


umidade pode ser classificada em:

a) Umidade de obra – encontrada no interior dos poros dos materiais, como as


águas utilizadas, argamassas, pinturas etc.;
b) Umidade de capilaridade (umidade ascendente): ocorre devido à absorção
das águas existentes em solos úmidos de fundações e pavimentos, migrando para as
paredes e pisos. Blocos cerâmicos, concreto, argamassas e madeiras, são exemplos
de materiais capilares;
c) Umidade de infiltração: ocorre pela penetração de água da chuva através
dos componentes construtivos como coberturas, lajes de terraços etc. ou a
decorrentes de vazamentos nas instalações hidrossanitárias;
d) Umidade de condensação: onde os vapores de água acumulam-se nas
superfícies e em ambientes que possuem baixa circulação de ar.

A umidade por capilaridade é uma umidade ascensional uma vez que se eleva
a partir do solo úmido, podendo ocorrer a partir das vigas baldrames das edificações,
devido ao solo úmido ou põem ser decorrentes dos materiais que apresentam bulbos,
chamados de canais capilares. A água da chuva é a principal responsável pelo
aparecimento da umidade, impulsionada pela direção e a velocidade do vento,
intensidade da precipitação, umidade do ar e fatores como impermeabilização,
porosidade de elementos de revestimentos e sistemas precários de escoamento de
água, por exemplo. Parte da água, percola no solo causando a dissolução de
substâncias orgânicas e inorgânicas. A água de percolação pode culminar no
surgimento de problemas mais graves caso haja alguma fonte de poluição na
vizinhança que atinja o lençol (SOUZA, 2008).
No caso particular da umidade ascendente nas alvenarias, esta ocorre devido
à absorção da água existente no solo através de fundações, vigas de baldrame e lajes
térreas (ROQUE, 2006). Como as paredes estão ligadas à fundação, a qual está em
contato direto com o solo, a água subterrânea se infiltra nos poros do concreto e da
argamassa através dos canais capilares, até se ser visível os efeitos na parte inferior
das paredes. Isso ocorre por causa da força de adesão que faz a água aderir nas
paredes do bulbo e se elevar. As outras moléculas são atraídas através da força
coesão, e então o líquido é capaz de subir pelas paredes do tubo. Quanto menor o
29

diâmetro do tubo, maior será o nível da água. As Figuras 36 e 37 ilustram esse


processo (OLIVEIRA e NUNES, 2020).

Figura 36 - Capilaridade da água em tubos

Fonte: Santos (2020)

Figura 37 - Forças de adesão e coesão

Fonte: Santos (2020)

A umidade pode causar o enfraquecimento da estrutura, o surgimento de mofo,


bolor, a formação de manchas, eflorescências, mudança de coloração dos
revestimentos, perda de pinturas e de reboco, podendo ainda favorecer a proliferação
de insetos e outros organismos, o que aumenta o risco de problemas de saúde
(TAGUCHI, 2010; VERÇOZA, 1991). A eflorescência é a cristalização de sais de
metais alcalinos solúveis em água (BERTOLINI, 2010). O acúmulo de sair pode
causar prejuízo estético e, quando se depositam no interior do revestimento, podem
exercer pressões muito elevadas levando ao descolamento dos revestimentos e
desagregação das paredes (GONÇALVES, 2007).
A Figura 38 mostra a presença de umidade ascendente na edificação.
30

Figura 38 - Umidade ascendente na cozinha

Fonte: Autores (2023)

Figura 39 - Umidade ascendente na fachada

Fonte: Autores (2023)

Figura 40 - Umidade ascendente no quarto 1

Fonte: Autores (2023)


31

Figura 41 - Umidade ascendente no quarto 2

Fonte: Autores (2023)

Nas figuras é possível observar que o reboco acima do rodapé está se


destacando, provavelmente devido a percolação de água oriunda do solo, por
ascensão capilar. A umidade causou a deterioração da argamassa, alvenarias e
revestimentos em alguns pontos. Na fachada, é possível ver a presença de manchas
escuras na pintura, devido à infiltração de água na parede e também, provavelmente,
ao uso de um sistema de pintura inadequado para exposição a intempéries.
A prevenção é fundamental para evitar a ocorrência das patologias e inclui
medidas como a realização de manutenção regular e a utilização de materiais de
construção adequados para cada situação, os serviços devem ser realizados por
profissionais qualificados e seguindo as normas técnicas e de segurança
estabelecidas pela legislação.
A fim de reduzir o transporte da umidade do solo para as alvenarias, é
necessária a escolha adequada dos materiais aplicados, em especial da
impermeabilização e drenagem (ROQUE, 2006). Após a impermeabilização da
parede, deve-se substituir todo o revestimento danificado, além de assegurar a
integridade do sistema de pintura, aplicando o material adequado às condições de
exposição e realizando a manutenção de acordo com a vida útil do material, como é
o caso da fachada. A impermeabilização, deve seguir o disposto nas normas NBR
9575 - Impermeabilização – Seleção e Projeto e NBR 9574 – Execução de
impermeabilização.
32

Segundo Exterckoetter e Zancan (2018), a recuperação das paredes internas


de alvenaria pode ser feita por vários métodos, destacando-se o uso de:

● Impermeabilizante cimentício de base acrílica semiflexível: o reboco é


removido e em seguida são feitos reparos em falhas de concretagem na estrutura e,
caso necessário, a alvenaria é regularizada. É feita a aplicação do impermeabilizante
até atingir o consumo estimado. Por fim é feita uma reconstituição da parede com
chapisco, reboco e pintura. O passo a passo pode ser visto na Figura 42:

Figura 42 - Etapas da impermeabilização com cimentício de base acrílica

Fonte: Exterckoetter e Zancan (2018)

● Utilização de cristalizantes líquidos: Para isso deve-se fazer furos espaçados


igualmente para que seja injetado o cristalizante à base de silicatos e resinas na área
afetada. Os poros são preenchidos e a umidade bloqueada. A secagem é feita com o
uso de luz infravermelha.
33

Figura 43 - Etapas da aplicação do cristalizante líquido

Fonte: Exterckoetter e Zancan (2018)

● Impermeabilização da viga baldrame: É feito um corte longitudinal na parede,


com uma certa altura acima da viga baldrame. Deve ser retirada a impermeabilização
antiga, caso exista. O impermeabilizante líquido, como o hidroasfalto, por exemplo, é
aplicado em toda extensão do corte. Por fim, é feito um novo assentamento dos blocos
cerâmicos e a reconstrução do revestimento.

Figura 44 - Etapas da impermeabilização da viga baldrame

Fonte: Exterckoetter e Zancan (2018)

2.3.3 - Instalações hidrossanitárias


34

Compreendem os sistemas de água fria, o qual inclui o reservatório enterrado


de água potável, sistema de esgoto sanitário e o sistema predial de águas pluviais
(BEZERRA et al, 2021).

2.3.4 - Sistema de esgoto sanitário

As instalações de esgotos sanitários têm por finalidade a coleta e condução


dos despejos provenientes dos aparelhos sanitários. A condução dos esgotos
sanitários à rede pública ou ao sistema receptor será feita, sempre que possível, por
gravidade (CARVALHO, 2014).
A norma correspondente é a NBR 8160 – Sistemas prediais de esgoto sanitário
– projeto e execução, a qual especifica que o sistema de esgoto sanitário deve ser
projetado de modo a:

● Evitar a contaminação da água, de forma a garantir sua qualidade de consumo


no interior dos sistemas de suprimento e de equipamentos sanitários, e também
nos ambientes receptores;
● Permitir rápido escoamento dos despejos introduzidos, evitando a ocorrência
de vazamentos e a formação de depósitos no interior das tubulações;
● Impedir que os gases provenientes do interior do sistema predial de esgoto
sanitário atinjam áreas de utilização;
● Impossibilitar o acesso de corpos estranhos ao interior do sistema;
● Permitir que seus componentes sejam facilmente inspecionáveis;
● Impossibilitar o acesso de esgoto ao subsistema de ventilação;
● Permitir a fixação dos aparelhos sanitários somente por dispositivos que
facilitem sua remoção para eventuais manutenções;
● Não interligar o sistema de esgoto com outros sistemas.

As patologias no sistema sanitário de uma edificação podem ser causadas por


diversos fatores, como instalação inadequada, utilização de materiais de baixa
qualidade, falta de manutenção e mau uso do sistema. Algumas das patologias mais
comuns no sistema sanitário são vazamentos e entupimentos, os quais podem causar
danos à estrutura da edificação, retorno do esgoto, infiltrações, mau cheiro e
contaminação do ambiente. O mau cheiro pode ser provocado por ausência ou
35

vedação inadequada na saída dos vasos sanitários e pela ausência ou sistema de


ventilação inadequada. A ventilação é fundamental para o bom funcionamento do
sistema sanitário, pois permite a saída dos gases provenientes da decomposição da
matéria orgânica do esgoto.
Nas Figuras 45 e 46 é possível ver a instalação de tubulações inadequadas na
pia da cozinha e no tanquinho. Nota-se que não foram utilizados os sifões e na pia foi
feita uma vedação utilizando sacola plástica, para evitar vazamento. As curvas de 90º
usadas, causam muitos entupimentos.

Figura 45 - Tubulação da pia da cozinha

Fonte: Autores (2023)

Figura 46 - Tubulação do tanquinho

Fonte: Autores (2023)


36

Segundo a NBR 14162 - Aparelhos sanitários — Sifão — Requisitos e métodos


de ensaio, o sifão é um desconector acoplado ou integrado a um aparelho sanitário,
destinado a permitir o escoamento das águas servidas domésticas para a instalação
predial de esgotos e garantir que não ocorra a passagem de gases na direção oposta.
Este tipo de produto caracteriza-se por, além de escoar a água, garantir que os
gases gerados no esgoto não retornem ao interior dos ambientes por meio da
utilização de um fecho hídrico intrínseco ao produto, ou seja, sua existência independe
de ações externa. Ou seja, além de conectar diretamente o ralo com a tubulação de
água, o sifão evita que os gases e o mau cheiro do encanamento voltem para dentro
da casa. Deve ser usado em pias, lavatórios, mictórios e tanques. Para a correção
dessas patologias deve ser feita a substituição dessas tubulações, inserindo os sifões
necessários, como mostrado nas Figuras 47 e 48.

Figura 47 - Sifão

Fonte: Imagens Google (2023)

Figura 48 - Sifão duplo

Fonte: Imagens Google (2023)


37

2.3.5 - Patologias de drenagem de água pluvial nas edificações

O sistema de drenagem da água pluvial é constituído por calhas, para a


condução da água coletada nos telhados e coberturas para os condutores verticais,
os quais recebem a água e a destina para os coletores. As grelhas são responsáveis
por impedir o acesso de corpos estranhos aos condutores. A canalização da água é
feita pelos coletores prediais até os ramais de ligação, canalização instalada entre o
ramal de ligação e o coletor público, destinando à água da rede predial a rede pública.
O coletor público, é a tubulação que recebe toda a água proveniente dos ramais de
ligação. O sistema deve ser dotado de caixas de inspeção, para eventuais
manutenções (ALVES, 2010; MACINTYRE, 2015). A drenagem de águas pluviais nas
edificações é regida pela NBR 10844 - Instalações prediais de águas pluviais -
Procedimento.
As patologias relacionadas à drenagem de água pluvial em edificações podem
ser causadas devido a projetos mal elaborados, falhas na execução, falta de
manutenção ou mudanças climáticas. Na casa em questão, o sistema de água pluvial
é formado por duas águas, sendo que a água proveniente da chuva é escoada pelas
calhas e é drenada para o sistema de esgoto, como pode ser visto nas Figuras 49 e
50.

Figura 49 - Tubulação de drenagem de águas pluviais

Fonte: Autores (2023)


38

Figura 50 - Descarga das águas pluviais

Fonte: Autores (2023)

A tubulação da rede de esgoto é dimensionada para receber apenas o volume


de resíduos gerado pelos efluentes sanitários. A presença da água da chuva
sobrecarrega o sistema de coleta de esgoto e pode provocar o rompimento das
tubulações residenciais e nas ruas. A água da chuva, por sua vez, não precisa de
tratamento para ser direcionada de volta aos rios, lagos e mares.
Para resolver o problema, a tubulação destinada à água da chuva deve ser
desconectada do sistema de esgoto e ligada a rede de drenagem de água pluvial
municipal ou conduzida diretamente para a rua.

2.3.6 - Patologias em reservatório inferior

Os reservatórios moldados in loco podem ser construídos de concreto armado,


alvenaria, entre outros materiais. Os sistemas hidráulicos, incluindo os reservatórios
são definidos pela NBR 5626 - Sistemas prediais de água fria e água quente —
projeto, execução, operação e manutenção. Um dos requisitos necessários aos
sistemas hidráulicos é preservação da potabilidade da água, e manutenção fácil e
econômica, bem como, deve proporcionar conforto aos usuários (CARVALHO, 2014).
Na edificação analisada o abastecimento de água encontra-se interrompido. A
residência possui um reservatório enterrado de água potável de 2000L e uma caixa
d’água elevada de 500L.
Segundo a NBR 5626/2020, o reservatório deve ser opaco ou dotado de meios
de proteção contra a incidência de luz, além de permitir a constatação visual e o reparo
de vazamentos, e impossibilitar a contaminação da água potável por qualquer agente
39

externo. O reservatório deve ser um recipiente estanque, com tampa ou abertura com
porta de acesso opaca, firmemente presa na sua posição quando fechada, devendo
impedir o eventual ingresso de líquidos, água contaminada, não potável ou de
qualidade desconhecida em reservatório de água potável dotado de abertura de
acesso em sua cobertura. A maior parte desses requisitos não são observados na
construção, os defeitos são mostrados na Figura 51.

Figura 51 - Tampa do reservatório

Fonte: Autores (2023)

Figura 52 - Fissuras da tampa do reservatório

Fonte: Autores (2023)

A tampa não garante a estanqueidade do reservatório, uma vez que fica numa
área descoberta e no mesmo nível do piso. A água da chuva entra pela parte
deteriorada e destacada do cimento. Devido a essas aberturas, um dos problemas
mais sérios é o surgimento e acúmulo de matéria orgânica, como musgos, lodo, bolor,
fungos além de favorecer a entrada de insetos e poeira, o que compromete seriamente
40

a qualidade da água. Além disso, é provável que tenha muitas fissuras internas, e a
na casa ao lado tem um banheiro na região próxima à cisterna.
O reservatório deve permitir que o seu interior seja facilmente acessado,
verificado e limpo. O acesso para verificação e limpeza deve ser garantido por meio
de abertura com dimensão suficiente. A tampa da cisterna é muito pequena e só
permite a entrada de pessoas de estrutura mais esbelta. A norma também especifica
que o reservatório moldado no local deve ter cantos internos arredondados ou
chanfrados e fundo com superfície dotada de ligeira declividade no sentido do bocal
da tubulação de limpeza, para facilitar a impermeabilização e a operação de limpeza.
A cisterna não apresenta tubulação de limpeza, para isso deve-se esperar que o
reservatório esvazie naturalmente pelo consumo. Os cantos apresentam angulação
de 90º, como mostrado nas Figuras 53 e 54.

Figura 53 - Entrada do reservatório

Fonte: Autores (2023)

Figura 54 - Encontro das paredes do reservatório

Fonte: Autores (2023)


41

A versão de 2020 da norma especifica que o espaço a prever em torno do


reservatório deve ser suficiente para permitir a realização das atividades de
verificação e manutenção, garantindo a movimentação segura da pessoa encarregada
de executá-las. A cisterna analisada não possui esse espaçamento externo. A versão
de 1998 da NBR 5626, que tratava apenas do sistema de água fria, detalhava ainda
que para reservatório totalmente ou semienterrados, esse espaçamento deveria ser
de, no mínimo, de 60 cm entre as faces externas do reservatório (laterais, fundo e
cobertura) e as faces internas do compartimento, como mostrado na figura.

Figura 55 - Seção do reservatório pela NBR 5626/1998

Fonte: Augusto et al (2016)

No reservatório não foi feita impermeabilização. O que além do


comprometimento da qualidade da água pode causar o enfraquecimento da estrutura
e perda da água, pois a água dentro da cisterna exerce uma pressão constante nas
paredes que permitem a percolação para o solo. Nesse caso também pode haver
contaminação devido ao banheiro que tem nas proximidades.
É necessária a impermeabilização desse reservatório. Antes, o ideal é
arredondar ou chanfrar as quinas e fazer uma preparação da superfície, corrigindo
falhas no concreto e tratamento das fissuras. A escolha adequada do sistema de
impermeabilização é essencial para o bom desempenho do reservatório, sempre de
acordo com a NBR 9575 - Impermeabilização – Seleção e Projeto, e com a NBR 9574
– Execução de impermeabilização. O projetista deve considerar que a aplicação do
sistema é em área confinada, portanto, o material impermeabilizante não pode ter
produtos voláteis como solventes e nem materiais comburentes. Além disso, todo
reservatório de água com sistema de impermeabilização deve apresentar ensaios que
42

atestem que não são danosos a potabilidade da água, esses ensaios são previstos na
NBR 12170 - Materiais de impermeabilização - determinação da potabilidade da água
após o contato. Na cisterna estudada, poderiam ser utilizados os impermeabilizantes
abaixo:

 Impermeabilizante tecplus lastic quartzolit (Figura 56): impermeabilizante


flexível que pode ser usado em lajes, terraços, sacadas, reservatórios de água
elevados ou enterrados, piscinas frias ou aquecidas, pisos em contato com o
solo, e áreas frias como banheiros e cozinhas (QUARTZOLIT, 2023).

Figura 56 - Impermeabilizante tecplus lastic quartzolit

Fonte: Quartzolit (2023)

É resistente a pressões hidrostáticas positivas e negativas e não altera a


potabilidade da água. Os cantos devem ser reforçados com tela estruturante. Esse
material não permite a aplicação sobre revestimentos cerâmicos e proteções térmicas,
e não pode ser usado como acabamento.

 Impermeabilizante camada grossa quartzolit: é uma argamassa pronta,


indicada para a impermeabilizar e revestir áreas enterradas ou em contato com
o solo. Podendo ser aplicada em paredes de subsolos, muro de arrimo, cortinas
de concreto, piscinas de uso privativo, piscinas enterradas, reservatórios e
tanques de água potável, poços de elevador, baldrames e alicerces
(QUARTZOLIT, 2023).
43

Figura 57 - Impermeabilizante camada grossa quartzolit

Fonte: Quartzolit (2023)

Este material impermeabiliza e regulariza simultaneamente, barra a umidade


do solo, permite a aplicação de revestimentos, é resiste à agressividade dos aterros,
de água subterrâneas e da água do mar. Além disso, também não altera a potabilidade
da água.

2.3.7 - Eflorescência no rejunte de revestimentos cerâmicos

A Figura 58 mostra uma fotografia de uma patologia relacionada ao


revestimento em edificações. O registro foi feito em uma residência no município de
Lajedo, PE e o ambiente da casa é um dos banheiros. Na imagem é possível observar
o surgimento de manchas brancas sobre o rejunte aplicado no revestimento cerâmico.

Figura 58 - Patologia em revestimento cerâmico

Fonte: Autores (2023)


44

A causa dessa patologia é o fenômeno denominado de eflorescência, o qual é


resultado da deposição de sais sobre a superfície do revestimento após a evaporação
da água na qual estavam dissolvidos.
O processo inicia-se com a infiltração de água nos poros de materiais
cimentícios, que no caso dos revestimentos, esses materiais podem ser o substrato
ou a própria argamassa colante. Esses materiais possuem consideráveis quantidades
de sais (principalmente hidróxido de cálcio), os quais são dissolvidos pela água que
infiltrou, e são transportados até a superfície durante a evaporação da água por meio
da percolação. Ao chegar na superfície, a água finalmente evapora e os sais
transportados se acumulam na forma sólida, formando manchas brancas como as da
Figura.
Como apontado, o principal desencadeador do processo de formação de
eflorescências é a água, não importando sua origem. Infelizmente, são muitas as
possíveis fontes de umidade que podem estar acometendo o revestimento, e a
solução definitiva, se houver, depende do conhecimento da origem exata do problema.
A seguir, são apresentadas algumas possíveis fontes de umidade que podem
provocar eflorescência, e uma sugestão de solução. Vale ressaltar que muitas vezes
uma solução para um problema pontual, por vezes apenas oculta outro problema mais
abrangente que não foi tratado.

● Umidade ascendente: caso as fundações e baldrames da estrutura não tenham


sido devidamente impermeabilizados, a umidade pode estar vindo do solo e
subindo pela parede por meio da capilaridade. Essa umidade evapora através
das juntas do revestimento e deixa os resíduos de sais na superfície. O
problema da umidade ascendente é bastante difícil de se resolver pois exige a
impermeabilização do baldrame sobre o qual a parede foi assentada. Para
mitigar o problema específico das manchas brancas, pode-se substituir o
rejunte utilizado por outro com características impermeabilizantes, evitando que
a água evapore pelas juntas. Como dito anteriormente, essa solução irá
mascarar o problema maior que é o da umidade ascendente.
45

Figura 59: Umidade ascendente em paredes

Fonte: Fórum da construção, 2020

● Umidade proveniente do próprio banheiro: esse caso é bem mais simples que
o anterior pois pode ser resolvido de forma definitiva. Dado que a umidade do
banheiro e o material cimentício estão em lados opostos do revestimento
cerâmico, a única forma de haver contato entre os dois é por meio da passagem
da umidade através do rejunte, que provavelmente não é impermeável. Para
solucionar esse problema, recomendamos a substituição do atual rejunte por
outro com características impermeabilizantes.

A Figura 59 mostra outro exemplo de eflorescência em revestimento cerâmico,


também no município de Lajedo, PE. Nesse caso, o revestimento foi aplicado em área
externa sobre um muro de divisa.
46

Figura 60 - Eflorescência em revestimento cerâmico

Fonte: Autores (2023)

Por estar totalmente exposto à ao livre, há grandes probabilidades de a causa


do problema, nesse caso, ser a umidade e a chuva, caso o muro não esteja
devidamente revestido ou impermeabilizado. A substituição do rejunte por outro
impermeável, como sugerido na patologia anterior, também se aplica para esta. No
entanto, o novo rejunte também precisa ser resistente à dilatação térmica a fim de
evitar sua fissuração abrindo frestas para a passagem de umidade. Além disso,
precisa resistir às demais intempéries como chuva, e raios solares.
Além das soluções de substituição do rejunte antigo, o que pode ser de difícil
execução, há a possibilidade de impermeabilização do rejunte antigo sem a
necessidade de substituição. Existem produtos que, segundo os fabricantes, são
capazes de impermeabilizar superfícies, como é o caso do spray da Figura 60. É
importante destacar que essa solução é temporária e deve ser repetida
periodicamente conforme indicação do fabricante.
47

Figura 61 - Spray para impermeabilização de rejuntes

Fonte: Casa Abril (2017)

Problemas com eflorescência em revestimentos também podem estar


associados a outras causas como: excesso de água no concreto ou argamassa do
substrato; concreto ou argamassa produzido com agregado miúdo contaminado com
excesso de sais. Essas causas estão relacionadas a falhas de execução e
especificação de materiais, e o tratamento das eflorescências resultantes são mais
complexos, podendo envolver intervenções estruturais para a remoção completa de
elementos problemáticos, principalmente paredes e pisos.

2.3.8 - Problemas de infiltração na coberta

Outra patologia que ocorre com grande frequência nas edificações, são aquelas
decorrentes do mau dimensionamento ou execução das cobertas, gerando infiltrações
que acabam por molhar todo o interior da edificação. A Figura 61 mostra o registro de
um teto de forro jorrando grandes volumes de água durante uma forte chuva. A
situação também foi encontrada no município de Lajedo, PE.
48

Figura 62 - Problema de infiltração na coberta

Fonte: Autores (2023)

Na imagem percebe-se a condição crítica da edificação, onde há grandes


probabilidade de colapso do forro de gesso. Isso é especialmente preocupante, devido
ao fato de o local estar localizado no centro da cidade, onde há intensa movimentação
de pessoas, e não foi observada nenhuma medida preventiva no sentido de evitar a
aproximação de curiosos.
São vários os motivos que podem causar infiltração em cobertas, e no caso de
telhados, esse problema é mais comum devido ao grande número de elementos
individuais que precisam estar devidamente encaixados para que haja bom
funcionamento. Na imagem apresentada, percebe-se que há uma grande quantidade
de água passando através do forro de gesso, o que pode indicar que a coberta é
formada por um telhado, o qual encontra-se bastante irregular. Embora a causa exata
do problema não seja conhecida, devido à falta de acesso ao telhado para verificação
do mesmo, são apresentadas a seguir algumas das principais causas de infiltrações
em telhados, junto com algumas recomendações para tratamento ou prevenção.
49

● Inclinação incompatível: a inclinação do telhado deve ser definida durante a


elaboração dos projetos, e varia em função do tipo e material da telha e do
comprimento do telhado. O projetista deve consultar o fabricante da telha a ser
utilizada na obra, para definir a inclinação mais adequada. A Figura 62 mostra
um exemplo de especificação de inclinação para telhas tipo americana e
portuguesa. O problema pode ser solucionado por meio da adequação da
inclinação do telhado em função do tipo de telhas. Caso haja o desejo ou
necessidade de manter as telhas atuais, deve ser feita uma intervenção na
estrutura a fim de alcançar a inclinação necessária. Caso opte-se por manter a
estrutura atual, deve ser feita a substituição das telhas por outras que permitam
a inclinação atual do telhado. Deverá ser verificada a capacidade de carga da
estrutura em relação ao peso das novas telhas.

Figura 63 - Caimento mínimo para telhas tipo americana e portuguesa

Fonte: Galdino Telhas

● Deformação excessiva da estrutura do telhado: esse problema é resultado do


mau dimensionamento da estrutura da coberta, e resulta na alteração da
declividade do telhado, a qual varia ponto a ponto possuindo trechos com
inclinação menor que a ideal como pode ser visto na Figura 63. Para solucionar
esse problema, pode ser feito um reforço estrutural no telhado.
50

Figura 64 - Estrutura de telhado com deformação excessiva

Fonte: Construção Civil (2011)

● Telhas quebradas, faltantes ou deslocadas: esses são problemas que podem


surgir após fortes chuvas ou temporais acompanhados de ventania, Figura 65.
Devido à presença do forro, não é possível visualizar o problema a partir do
interior da edificação, dessa forma, recomenda-se fazer inspeções no telhado
após a ocorrência de chuvas. Possíveis telhas quebradas devem ser
substituídas, e telhas afastadas devem ser devolvidas ao local correto. Uma
solução mais definitiva para regiões onde a velocidade do vento é maior,
consiste em prender as telhas à estrutura do telhado por meio de arames ou
grampos, como mostrado na Figura 66.
Figura 65 - Telhado danificado

Fonte: depositphotos.com
51

Figura 66: Fixação de telhas

Fonte: GFix Componentes

● Calhas entupidas: um problema bastante comum em regiões com presença de


muitas árvores que derrubam suas folhas sobre os telhados. Essas folhas
acabam acumulando-se nas calhas de drenagem impedindo o escoamento e
captação da água, que por sua vez pode transbordar sobre o telhado. A forma
de se evitar problemas de infiltração durante chuvas, é por meio da limpeza
periódica das calhas, principalmente em épocas de chuva (Figura 67). Uma
solução inovadora utilizada em alguns países, é a instalação de filtros ou telas
que impeçam a entrada e acúmulo das folhas nas calhas, evitando a
necessidade de limpeza (Figura 68). Ainda assim, é recomendado que se faça
inspeções periódicas a fim de verificar a integridade do sistema.
52

Figura 67 - Limpeza das calhas

Fonte: Casa e Construção


Figura 68 - Exemplo de filtro para calhas

Fonte: Casa e Construção


53

● Ausência de rufos: a função do rufo é impedir que a água da chuva passe entre
a platibanda e o telhado, e assim não seja interceptada Figura 69. Em telhado
onde não foram instalados esses dispositivos, ou que tiveram instalação
deficiente, haverá infiltração de água a cada ocorrência de chuva. O rufo deve
ser adequadamente fixado à platibanda de modo a captar a chuva interceptada
pela platibanda em que escoa sobre ela. Para isso, pode ter parte embutida
dentro da platibanda, ou ser colado a esta com adesivos adequados Figura 70.

Figura 69 - Rufo aplicado em telhado

Fonte: A Arquiteta

Figura 70 - Colagem de rufo na platibanda

Fonte: Tijo Telhas


54

Para a solução da patologia apresentada, recomendamos que seja feita


inicialmente uma inspeção no telhado da edificação a fim de identificar qual a causa
da infiltração apresentada. De acordo com o que for constatado no local, deverá ser
iniciado o processo de recuperação seguindo as recomendações acima, bem como
outras que não foram apresentadas.

3 - CONSIDERAÇÕES FINAIS

As manifestações patológicas na construção civil podem ter suas origens em


qualquer uma das etapas do processo de construção. Devido a tal fator observa-se a
importância das manutenções preventivas, do controle tecnológico dos materiais
empregados, de uma padronização e qualidade na execução dos projetos e da
qualidade dos serviços de execução que constituem o processo como um todo.
Antes de se realizar qualquer medida para a correção de uma patologia é
necessário saber sua origem, pois manifestações patológicas com origens diferentes
podem ter as mesmas características físicas fazendo com que uma patologia acabe
encobrindo outra.
Portanto, pode-se concluir que há uma grande necessidade pela busca da
qualidade na construção civil e em qualquer outra área da engenharia. É necessário
entender que, para uma estrutura alcançar um nível satisfatório de durabilidade sem
manifestações patológicas, todas as áreas envolvidas no processo (projetistas,
equipes de execução etc.) devem estar em harmonia.
De nada adianta haver um bom quadro de colaboradores na área da execução
se os materiais utilizados forem de baixa qualidade ou de procedência duvidosa, por
exemplo. Para evitar manifestações patológicas, todos os aspectos necessários para
a execução de um projeto precisam caminhar juntos e possuir um padrão mínimo de
aceitação ou de acordo com normas específicas.
55

4 - REFERÊNCIAS

LinkedIn. Patologias em edificações: Telhados coloniais. Disponível em:


https://pt.linkedin.com/pulse/patologias-da-constru%C3%A7%C3%A3o-telhados-
coloniais-pedro-coelho. Acesso 29 de mar de 2023.

Engegran. Restauração de pisos de concreto. Disponível em:


https://www.engegranpisos.com.br/restauracao-pisos-concreto. Acesso em: 30 de
mar de 2023.

Reflex. Reforma de pisos de concreto. Disponível em:


https://www.reflexpisos.com.br/reforma-piso-concreto. Acesso em: 30 de mar de
2023.

Gironacional. Serviços de Jardinagem: corte e poda de arvores. Disponível em:


https://www.gironacional.com.br/servico-de-jardinagem-com-corte-e-poda-de-
arvores. Acesso em: 30 de mar de 2023.

Prefeitura Municipal de Contagem. Projeto de drenagem superficial: conclusão da


avenida carmelita drumond diniz (avenida maracanã). Disponível em:
https://www.contagem.mg.gov.br/arquivos/licitacao/vupr14714-re14-202bdrenagem-
20190708015256.pdf. Acesso em: 30 de mar de 2023.

Google Maps. Centro Acadêmico do Agreste. Disponível em:


https://www.google.com/maps/search/ufpe+caa/@-8.2253001,-
35.9846809,17z/data=!3m1!4b1. Acesso em: 30 de mar de 2023.

Google Maps. Construção do edifício comercial em Belo Jardim. Disponível em:


https://www.google.com/maps/@-8.3426211,-36.4170128,21z. Acesso em: 30 de
mar de 2023.

Brasolv. Solvente para tintas. Disponível em: http://www.brasolv.com.br/solvente-


para-tintas.php. Acesso em: 30 de mar de 2023
56

Soluções Industriais. Chapas de aço galvanizado. Disponível em:


https://www.solucoesindustriais.com.br/empresa/siderurgia/aldifer/produtos/siderurgi
co/chapa-de-aco-galvanizado. Acesso em: 31 de mar de 2023.

Dryko. Patologias na Construção. Disponível em: https://dryko.com.br/patologias-


na-construcao-civil/. Acesso em: 30 de mar de 2023.

Revista Construa. As 5 patologias mais comuns da construção civil. Disponível


em: https://revistaconstrua.com.br/noticias/engenharia/as-5-patologias-mais-comuns-
da-construcao-civil/. Acesso em: 30 de mar de 2023.

Mercadão da obra. Conheça as principais patologias na construção civil.


Disponível em:
https://www.mercadaodaobra.com/blog/constru%C3%A7%C3%A3o%20civil/conheca
-as-principais-patologias-na-construcao-civil. Acesso em: 30 de mar de 2023.

Thórus. Patologias das edificações: o que é e como é tratá-la?. Disponível em:


https://thorusengenharia.com.br/patologia-nas-edificacoes/. Acesso em: 31 de mar
de 2023.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13245: Tintas para


construção civil — Execução de pinturas em edificações não industriais —
Preparação de superfície. Rio de Janeiro: 2011.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13570: Instalações


elétricas em locais de afluência de público - Requisitos específicos. Rio de Janeiro:
1996.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14081-1: Argamassa


colante industrializada para assentamento de placas cerâmicas Parte 1: Requisitos.
Rio de Janeiro: 2012.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6118: Projeto de


estruturas de concreto — Procedimento. Rio de Janeiro: 2014.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 8545 – Execução de


alvenaria sem função estrutural de tijolos e blocos cerâmicos.
57

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9575:


Impermeabilização – Seleção e projeto. Rio de Janeiro: 2010.

DUARTE, R. B. Recomendações para o Projeto e Execução de Edifícios de


Alvenaria Estrutural. Associação Nacional da Indústria Cerâmica. Porto Alegre, p.79,
1999.

KLEIN, D. L. Apostila do Curso de Patologia das Construções. Porto Alegre, 1999 -


10° Congresso Brasileiro de Engenharia de Avaliações e Perícias.

MAMEDE, Fabiana C. Utilização de pré-moldados em edifícios de alvenaria


estrutural. São Paulo, 2001. 187p. Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil).
Universidade de São Carlos.

SAHLIN, S. Structural masonry. NJ: Englewood Cliffs, Prentice-Hall, 289p. 1974.

THOMAZ, E. Trincas em Edificações: causas, prevenção e recuperação. São Paulo:


PINI, Escola politécnica da USP: IPT 1989.

VERÇOZA, E. J. Patologia das Edificações. Porto Alegre, Editora Sagra, 1991. 172p.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 9574: Execução


de Impermeabilização. Rio de Janeiro, 1986.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 9575:


Impermeabilização: Seleção e Projeto. Rio de Janeiro, 2003.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 5626: Sistemas


prediais de água fria e água quente — projeto, execução, operação e manutenção.
Rio de Janeiro, 2020.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 5626: Instalação


predial de água fria. Rio de Janeiro, 1998.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 8160: Sistemas


prediais de esgoto sanitário – projeto e execução. Rio de Janeiro, 1999.
58

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 14162:


Aparelhos sanitários — Sifão — Requisitos e métodos de ensaio – projeto e execução.
Rio de Janeiro, 2017.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 10844:


Instalações prediais de águas pluviais – Procedimento. Rio de Janeiro, 1989.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 12170:


Materiais de impermeabilização - determinação da potabilidade da água após o
contato. Rio de Janeiro, 1989.

AUGUSTO, G. R. P.; GUIMARÃES, L. A. M.; SILVA. J. A. Proposta de Manual Técnico


com Diretrizes para Projeto e Execução de Reservatórios em Edifícios Residenciais.
Universidade Santa Cecília, 2016.

QUARTZOLIT. Impermeabilizante camada grossa quartzolit. Disponível em:


https://www.quartzolit.weber/impermeabilizantes-quartzolit/impermeabilizantes-para-
piscinas-e-reservatorios/impermeabilizante-camada-grossa-quartzolit. Acessado em
10/04/2023.

QUARTZOLIT. Impermeabilizante tecplus lastic quartzolit. Disponível em:


https://www.quartzolit.weber/impermeabilizantes-quartzolit/impermeabilizantes-para-
piscinas-e-reservatorios/impermeabilizante-tecplus-lastic-quartzolit. Acessado em
10/04/2023.

FIBERSALS. Impermeabilização de cisterna: como acabar com as infiltrações.


Disponível em: https://fibersals.com.br/blog/impermeabilizacao-de-cisterna-como-
acabar-com-as-infiltracoes/. Acessado em 09/04/2023.

MACINTYRE, A. J. Instalações hidráulicas prediais e industriais. 4. ed. TLC. Rio de


Janeiro, 2015.

ALVES, X. C. Metodologia de fiscalização de obras. Dissertação. Faculdade de


Engenharia da Universidade do Porto. Porto, 2010.
59

SANTOS, F. P.; LAGE, E. G. Patologias dos sistemas hidráulicos e sanitários da


Escola Dom Domingos Carrerot. Engineering Sciences, 2020.

CARVALHO J, R. Instalações prediais hidráulico-sanitárias: princípios básicos para a


elaboração de projetos. São Paulo, 2014.

BEZERRA, A. J. A.; BATISTA, T. L.; CÂNDIDO, L. F.; COSTA, H. N. Manifestações


Patológicas Em Sistemas Prediais Hidrossanitários: Estudo De Caso Em Escolas Do
Município De Crateús – CE. Ceará, 2021.

TAGUCHI, M. K. Avaliação e qualificação das patologias das alvenarias de vedação


nas edificações. Dissertação de Mestrado, Universidade Federal do Paraná, Curitiba,
2010.

BERTOLINI, L. Materiais de construção: patologia, reabilitação, prevenção. São


Paulo: Oficina de Textos, 2010.

GONÇALVES, T. C. D. Salt crystallization in plasteres or rendered walls. Tese de


doutorado, Universidade Técnica de Lisboa, Instituto Superior Técnico, Lisboa, 2007.

OLIVEIRA, L. A. A.; NUNES, L. A. S. Estudo Da Infiltração Por Umidade Ascendente


Em Residências Unifamiliares Universidade Federal Rural Do Semiárido - Ufersa
Curso De Bacharelado Em Ciência E Tecnologia, 2020.

SOUZA, M.F. Patologias ocasionadas pela umidade nas edificações. 2008. f. 8


Trabalho de Conclusão de Curso (Especialização) – Escola de Engenharia da UFMG,
Minas Gerais.

PEREZ, A. R. Umidade nas Edificações: recomendações para a prevenção de


penetração de água pelas fachadas. Tecnologia de Edificações, São Paulo. Pini, IPT
– Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo, 1988.
60

ROQUE, J. A. O desempenho quanto à durabilidade de alvenarias de blocos


cerâmicos de vedação com função autoportante: o caso da Habitação de Interesse
Social. Tese de Doutorado, Universidade de Campinas, São Paulo, 2009.

EXTERCKOETTER, D., ZANCAN, E. C. MANIFESTAÇÃO DA PATOLOGIA DE


UMIDADE ASCENDENTE: ESTUDO DE CASO DA RECUPERAÇÃO DE UMA
RESIDÊNCIA UNIFAMILAR. UNESC – Universidade do Extremo Sul Catarinense.
CRICIÚMA/SC, 2018.

VERÇOZA, E. J. Patologia das Edificações. Editora Sagra, Porto Alegre, 1991.

Você também pode gostar