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Fundamentos de Física

Volume 1 – Mecânica e aplicações

Capítulo 4 – Movimento a uma dimensão

Síntese do Movimento 1D .................................................................................................. 2


4.1. Introdução Teórica ....................................................................................................... 3
4.2 Deslocamento ................................................................................................................ 3
4.3 Velocidade .................................................................................................................... 5
4.4 Aceleração..................................................................................................................... 8
4.5 Queda livre com atrito ................................................................................................ 11
Anexo 4A- Integração* ..................................................................................................... 13
Exercícios Resolvidos ....................................................................................................... 15
Questões de Escolha Múltipla ........................................................................................... 21

Descrição: Estas folhas de apoio são uma compilação de aspectos teóricos com
exercícios com solução/resolução. Não dispensam aulas teóricas, nem aulas práticas.
Pretendem fazer a ponte entre as aulas e a bibliografia recomendada. Para iniciar a
resolução de exercícios é absolutamente necessário que o aluno tenha a teoria bem
estudada.

Agradece-se a indicação de sugestões, gralhas e/ou inconsistências:


Doutor Joaquim Marques
E-mail: jmgmarques@ulusofona.pt

10 de Outubro de 2011
Universidade Lusófona de Humanidade e Tecnologias

Síntese do Movimento 1D
 Deslocamento: x  x f  xi
(Interpretação geométrica: É a área sob a curva v versus t.)

 Velocidade
x x f  xi
- Velocidade Média: vmed  
t t f  ti
x dx
- Velocidade instantânea: v  lim vmed  lim 
t 0 t 0 t dt
(Interpretação geométrica: É a inclinação da curva x versus t.)

- Velocidade relativa: vpB  vpA  vAB


(Se uma partícula tem velocidade v pA em relação a um referencial A que, por sua vez
tem velocidade v AB em relação a um referencial B, a velocidade da partícula no
referencial B é vpB .)

 Aceleração
v v f  vi
- Aceleração média: amed  
t t f  ti
v dv d 2 x
- Aceleração instantânea: a  lim amed  lim  
t 0 t 0 t dt dt 2
(Interpretação geométrica: É a inclinação da curva v versus t.)

- Aceleração da gravidade: g  9,81m/s 2  32, 2ft/s 2


(A aceleração de um corpo nas vizinhanças da superfície terrestre, em queda livre, sob a
influência da gravidade, é direccionada para baixo e possui o valor indicado.)

Leis do movimento uniformemente acelerado ( a  constante)


1
- Posição: x  x0  v0t  at 2
2
dx
- Velocidade: v  v0  at (v  )
dt
dv d 2 x
- Aceleração: a  constante (a  )
dt dt 2
Leis do movimento uniforme ( a  0 )
- Posição: x  x0  vt
- Velocidade: v  constante
- Aceleração: a  0

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4.1. Introdução Teórica


Na Cinemática estudamos a descrição dos movimentos. Não nos preocupamos com o que
provocou os movimentos.

A Dinâmica é o ramo da Física que estuda o movimento de um objecto e a relação entre o


movimento e outros conceitos físicos. Nomeadamente procura inquirir: Quais são as
causas dos movimentos?

A descrição do movimento envolve três grandezas: deslocamento, velocidade e


aceleração.

Neste capítulo iniciamos com o caso mais simples da cinemática, o movimento de uma
partícula ao longo de uma trajectória recta. Uma partícula é um objecto cuja posição pode
ser descrita por um único ponto.

Qualquer objecto – uma molécula, uma pessoa ou uma galáxia – pode ser considerado
uma partícula, desde que a sua estrutura interna não seja considerada.

4.2 Deslocamento

Consideremos um veículo na posição xi no instante de tempo ti e na posição x f num

instante posterior t f . A variação da posição do veículo, designada por deslocamento, é

dada por x  x f  xi . A letra grega  (delta maiúsculo) representa sempre a variação de

uma grandeza.

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 Um ponto é escolhido como origem do referencial O.

 Pontos à direita de O são positivos e pontos à esquerda são negativos.

Deslocamento: x  x f  xi

 O deslocamento é a diferença entre a posição final e a posição inicial.


 Interpretação geométrica: É a área sob a curva v versus t (se v for positiva).

Exemplo 4.2.1: Um atleta correu da posição A para a posição B numa pista recta de
acordo com o seguinte esquema:

A B

x=20 m x=60 m

a) A coordenada da posição inicial é:


A) x0=+20m B) x0=+40m C) x0=+60m D) x0= 0m E) x0=-60m

b) O valor do deslocamento efectuado pelo atleta neste percurso é:


A) 60m B) 40m C) 20m D) -40m E) -60m

c) O espaço percorrido pelo atleta é:


A) 60m B) 40m C) 20m D) -40m E) -60m

Resolução:
a) A) x0=+20m.
b) B) 40m porque x  x f  x0  60m  20m  40m

c) B) 40m porque x  40m  0 .

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Exemplo 4.2.2: Um automóvel arranca da posição A passa na posição B de uma rua de


acordo com o seguinte esquema:

B A

x=20 m x=60 m

a) A coordenada da posição inicial é:


A) x0=+20m B) x0=+40m C) x0=+60m D) x0= 0m E) x0=-60m
b) O valor do deslocamento efectuado pelo automóvel é:
A) 60m B) 40m C) 20m D) -40m E) -60m
c) O espaço percorrido pelo automóvel é:
A) 60m B) 40m C) 20m D) -40m E) -60m
Resolução:
a) C) x0=+60m
b) D) -40m porque x  x f  x0  20m  60m  40m

c) B) 40m porque x  40m  0 .

4.3 Velocidade
 A velocidade é a taxa com a qual a posição varia em relação ao tempo.

 A velocidade média de uma partícula é definida como a relação entre a variação


da posição (deslocamento) e o intervalo de tempo t  t f  ti .

x x f  xi
Velocidade Média: vmed  
t t f  ti

A velocidade media é igual à inclinação da linha recta que une os pontos de coordenadas

ti , xi  e t f , x f  .
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Exemplo: No diagrama seguinte são apresentadas as posições de um ponto, durante o


movimento, para instantes separados por intervalos de tempo de 1s:

Represente entre as posições apresentadas os vectores:

a) deslocamento
b) velocidade média.

Resolução:
a) Os vectores deslocamento entre as posições apresentadas são os indicados na figura
seguinte:

A velocidade média entre cada par de pontos consecutivos é dada por

ri
vimed 
t

Apesar de o estudo ser (ainda) a uma dimensão deve-se dar já atenção ao carácter
vectorial de algumas grandezas físicas, como o deslocamento. Como os intervalos de
tempo Δt, são iguais, podemos representar de forma análoga os vectores velocidade
média para cada intervalo de tempo, numa escala apropriada. Se os intervalos de tempo
forem infinitesimais ( t  0 ), esses vectores representam a velocidade instantânea no
instante considerado:

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No início do movimento, este é acelerado com aceleração de módulo positivo, isto é,


0  v / t . Por exemplo, v1  v2 . A partir de determinado instante (na figura, o

instante t4 ), o movimento possui velocidade constante (movimento uniforme, além de ser


rectilíneo).
x dx
Velocidade instantânea: v  lim vmed  lim 
t 0 t 0 t dt

Interpretação geométrica: É a inclinação da curva x versus t.

Exemplo: Considere os dois gráficos seguintes de posição em função do tempo. Para


cada gráfico, desenhe o correspondente gráfico da velocidade em função do tempo
imediatamente abaixo. Não são apresentados valores, mas os gráficos que desenhar
deverão indicar correctamente as velocidades relativas.

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Resolução: Em (A) temos que a inclinação da recta tangente começa por ser positiva,
tem um zero e depois é negativa. Em (B) passa-se exactamente o contrário.

Velocidade relativa: vpB  vpA  vAB

Se uma partícula tem velocidade v pA em relação a um referencial A que, por sua vez tem

velocidade v AB em relação a um referencial B, a velocidade da partícula no referencial B

é vpB .

Exemplo: Qual a velocidade relativa que um avião em relação ao helicóptero de


abastecimento em voo, durante o abastecimento?

4.4 Aceleração
v v f  vi
Aceleração média: amed  
t t f  ti

dv d 2 x
Aceleração instantânea: a  lim amed  
t 0 dt dt 2

 Interpretação geométrica: É a inclinação da curva v versus t.

 Aceleração da gravidade (em termos médios): g  9,81m/s 2  32, 2ft/s 2

 A aceleração de um corpo nas vizinhanças da superfície terrestre, em queda livre,


sob a influência da gravidade, é direccionada para baixo.

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Exemplo: Para cada um dos gráficos da velocidade em função do tempo que se seguem,
referentes a movimentos unidimensionais, desenhe o respectivo gráfico da aceleração em
função do tempo.

Resolução: Todos os gráficos têm troços de segmentos de recta pelo que a derivada são
constantes, por troços. Quando os segmentos são horizontais as derivadas são nulas.

Os troços verticais não fazem parte do gráfico da função aceleração.

Exemplo: Uma partícula move-se ao longo do eixo do x de acordo com a equação


x  2.0  3.0t  1.0t 2 (S.I.).

Determine para t = 3.0 s:

a) a posição da partícula,
b) a sua velocidade,
c) a sua aceleração.

Resolução:
a) x 3.0s   2.0m  3.0  3.0m 1.0  3.02 m  2.0 m.

dx
b) v   3.0  2.0t (S.I.)
dt

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Pelo que para o instante pedido temos: v 3.0s   3.0m / s  2.0  3.0m / s  3.0m / s

dv
c) a   2.0 (S.I.)
dt
Pelo que para o instante pedido temos: a  3.0s   2.0 m/s2

Nota: Sem a noção de derivada, para polinómios do 2º grau em t, podemos determinar


estes parâmetros por comparação com a expressão geral no movimento uniformemente
1
acelerado: x  x0  v0t  at 2 .
2
Exemplo: Aplicação da Análise Dimensional
Se um carro parte do repouso em x  0 com aceleração constante a, com velocidade v
dependente de a e da distância percorrida x. Qual das seguintes equações tem as
dimensões correctas e, portanto, poderia ser uma possível equação relacionado x, a e v.
a) v  2ax b) v 2  2a / x
c) v  2ax 2 d) v 2  2ax
Resolução: Uma vez que se sabe as dimensões de todas as grandezas envolvidas
L L
 x  L , v 
T
, a 
T2
,

pretende-se apenas verificar a consistência dimensional de cada umas das equações:


L L L L2
a)  v    2 a  x    2 .L   2 Falso.
T T T T

b)  v    2
2  a L
2
L
   2
1 L 1
2

    2 Falso.
 x  T  T L T  T

L L L L3
c)  v    2 a  x    2  L    2 Falso.
2 2

T T T T
2 2 2
L L L L
d) v    2 a  x      2 L       Verdadeiro.
2

T  T T  T 

Das equações dadas apenas a ultima pode (apenas do ponto de vista dimensional)
representar uma relação entre as três grandezas cinemáticas: deslocamento, velocidade e
aceleração.

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4.5 Queda livre com atrito

Movimento de Queda livre – Considerando o efeito da resistência do ar

O efeito da resistência do ar influência o movimento de um corpo em queda livre. Por


exemplo, o movimento de um pára-quedista que se move, na vertical, com efeito da
resistência do ar apreciável, pode representar-se graficamente. O gráfico velocidade-
tempo indica-se na figura seguinte.

Para cada Fase: A, B, C e D, indique:


- Que tipo de movimento tem o pára-quedista.
- Qual a aceleração do movimento.
- Qual a força resultante sobre o pára-quedista.

Resolução: Na porção do gráfico representado por A, o pára-quedista está sujeito,


inicialmente, à força gravítica que a Terra exerce sobre ele – move-se em queda livre,
adquirindo movimento rectilíneo uniformemente acelerado (MRUA). Decorrido um certo
intervalo de tempo, o ar oferece resistência ao movimento. Como a resultante das forças
que actua no sistema é diferente de zero, o movimento continua a ser MRUA.

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No troço do gráfico representado por B, a resultante das forças que actua no sistema é
nula – o efeito da resistência do ar anula o efeito do peso do sistema. Por isso, o pára-
quedista move-se com velocidade constante – o gráfico é uma linha recta paralela ao eixo
das abcissas. O sistema adquire aproximadamente movimento rectilíneo uniforme (MRU).

Em C, o valor da velocidade com que se move o pára-quedista decresce acentuadamente.


Isto porque, quando se abre o pára-quedas, a resistência do ar exerce-se em toda a sua
superfície interior. A resultante das forças que actua no sistema é diferente de zero. O
sistema move-se aproximadamente com MRUA, com aceleração negativa, pois a
velocidade está a diminuir.

Em D, a força resultante anula-se. O sistema move-se com velocidade constante, que se


designa por velocidade terminal. O sistema está animado de MRU.

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Anexo 4A- Integração*

Já definimos as relações diferencias:


dx dv d 2 x
v , a  ,
dt dt dt 2

que permitem obter a velocidade a partir da posição/deslocamento e a aceleração a partir


da velocidade.

Pelo que podemos escrever as relações inversas na forma de integrais indefinidos


(primitivas):
x   v  t  dt , v   a  t  dt .

Em geral será necessário usar as tabelas de derivadas/primitivas das quais salientamos:


t n 1
 t dt 
n

n 1
k ,
d n
dt
 t   nt n1

Exemplo: Considere o seguinte gráfico da velocidade em função do tempo que descreve


o movimento de um corpo. Imediatamente abaixo desenhe o gráfico da posição em
função do tempo para o mesmo movimento. Escolha a escala apropriada para a posição e
descreva o movimento.

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Resolução: Temos que integrar a velocidade que está dada por troços:

5 , 0  t 1
0 , 1 t  2

v  5 , 2t 3
5 , 3t  4

 0 , 4t 5


 5 , 0  t 1   5dt  5t  k1  5t , 0  t 1


 0 , 1 t  2 

  0dt  k2  5 , 1 t  2
 
v   a  t  dt    5 , 2  t  3  dt    5dt  5t  k3  5t  15 , 2t 3
  
 5 , 3  t  4
 0 4  t  5 


 5dt  5t  k4  5t , 3t  4
 ,
  0dt  5  k5  5 , 4t 5

Em que as constantes de integração são determinadas de forma a garantir a continuidade


da velocidade. A representação gráfica é a seguinte:

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Exercícios Resolvidos
ER1 Considere um corpo cujo movimento é descrito pelo gráfico seguinte

a) Indique os instantes ou os intervalos de tempo em que o corpo esteve:


a.1) parado;
a.2) com movimento rectilíneo e uniforme, i.e., MRU (calcule com que velocidade) .
a.3) com movimento rectilíneo uniformemente acelerado, i.e., MRUA (calcule com que
aceleração) .
b) calcule o espaço percorrido a partir do gráfico dado.

Resolução: a.1) O corpo está parado nos instantes em que a sua velocidade for nula, o
que neste caso corresponde a t  3s ;
a.2) Observado um gráfico velocidade versus tempo, sabemos que o corpo tem MRU
quando o gráfico for um segmento de recta de declive nulo, neste caso temos:

1s;2s com v  5m / s .
a.3) Observado um gráfico velocidade versus tempo, sabemos que o corpo tem MRUA
quando o gráfico for um segmento de recta de declive não nulo, neste caso temos:
v 1s   v  0s  5m / s  1m / s
0s;1s  com a    4m / s 2 (declive da recta  amédia )
1s  0s 1s
v  3s   v  2 s  0  5m / s
 2s;3s  com a    5m / s 2
3s  2 s 1s
b) O espaço percorrido corresponde à área do gráfico. Neste caso temos:
 1 4 1 5 
11   1 5   m  10.5m
 2 2 

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ER2 Considerando a tabela das velocidades:

t (s ) v(km / h) v( m / s )
0 0 0

5 18 5

10 36 10

15 54 15

20 72 20

25 90 25

30 108 30

35 108 30

40 108 30

45 108 30

50 72 20

55 36 10

60 0 0

Complete a tabela para a variação de velocidades v e a aceleração média am .

v
t ( s ) v  v f  vi (m / s) am  (m / s 2 )
t

0,30
30, 45
45,60

O que pode concluir em relação ao tipo de movimento em cada intervalo?


Resolução:
t  s  v  v f  vi  m / s  v
 m / s2 
Tipo de Movimento
am 
t

0,30 30  0  30 30
1
MRUA
30

30, 45 30  30  0 0 MRU

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45,60 0  30  30 30


 2
MRUA
15

ER.3 Uma pedra é lançada verticalmente para cima, do terraço de um edifício de 50,0 m
de altura. Sabendo que a pedra é lançada com uma velocidade inicial de 20,0 m s-1,
determine:
a) O tempo ao fim do qual a pedra alcança a ascensão máxima e o correspondente valor
de altura alcançado;
b) O tempo decorrido até a pedra regressar ao nível do terraço e a sua velocidade;
c) A velocidade e a altura da pedra no instante t = 5,00 s;
d) O tempo total desde o arremesso até a pedra alcançar a base do edifício e a velocidade
final.
e) O tempo total desde o arremesso para o qual a pedra está na posição: e.1) 80m; e.2) -10m;

Nota: Considere a origem do referencial (y) no chão de sentido ascendente.

Resolução: Sabendo que o movimento de um corpo apenas sujeito à aceleração da


gravidade (g) é um caso particular de MRUA, podemos a partir das equações gerais deste
movimento:

1
Equação da posição: y  y0  v0t  at 2 (S.I.)
2
Equação velocidade: v  v0  at (S.I.)

e dos dados do problema obtidos, a partir da leitura atenta do enunciado, podemos retirar
que:
v0  20m / s

y0  50m

g  10m / s 2 (sabemos por ser um grave)

e finalmente escrever que:

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Equação da posição: y  50  20t  5t 2 (S.I.)


Equação velocidade: v  20 10t (S.I.)

a) v  0  20m / s  10m / s  t5  t5  2s (3 A.S.)

Hmáxima  y  2s   50m  20  2m  5  22 m  70m (3 A.S.)

b) t  2  ts  4s ; v  4s   20.0m / s (3 A.S.)

c) v 5s   20m / s 10  5m / s  30m / s

y 5s   50m  20  5m  5  52 m  25.0m (3 A.S.)

d.1) y  0  50  20t  5t 2  0 (S.I.)


 t 2  4t  10  0 (S.I.)
5

4  56
tf  s (3A.S.)
t 0
2


d.2) v f  v  t f   20m / s  5  4  56 m / s 
 5 56m / s (3 A.S.)

e.1) y  80m Matematicamente impossível

e.2) y  10m 2 Soluções matemáticas


1 Solução negativa (t1  0)

0 Soluções do problema físico  t2  t f 

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Usando a calculadora:
t f  5.74s (3A.S.)

v f  5 56m / s (3 A.S.)

ER.4 Esboce um diagrama de pontos para cada um dos movimentos unidimensionais abaixo
indicados, de acordo com as seguintes instruções:

• Utilize o modelo de uma partícula (ou seja, represente o corpo cujo movimento está a
estudar por uma única partícula).
• Nesse diagrama apresente de as posições do ponto, durante o movimento, para instantes
separados por intervalos de tempo iguais.
• Bastam seis a oito marcas pontuais para cada um dos diagramas.
• Numere as posições de acordo com a sua ordem pontual.
• Apresente os diagramas de forma clara e precisa.

a) Um elevador parte do repouso do topo até parar no nível térreo.

b) Um automóvel arranca ao longo de uma estrada rectilínea, após o semáforo ter passado a verde e
algum tempo depois desloca-se com velocidade constante.
a)

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O movimento é acelerado no início (com aceleração e velocidade com o mesmo sentido)


e no final (com aceleração e velocidade com sentidos opostos). Na região intermédia, o
elevador possui velocidade constante.

b)

No início do movimento, este é acelerado com aceleração de módulo positivo, isto é,


0  v / t . Por exemplo, v1  v2 . A partir de determinado instante (na figura, o

instante t4 ), o movimento possui velocidade constante.

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Questões de Escolha Múltipla


EM.1 A Cinemática consiste na…
A) … compreensão
B) … interpretação
C) … descrição
D) … justificação
E) … análise
dos movimentos.

EM.2 O instante zero ou instante inicial é:


A) o instante em que o movimento se inicia.
B) o instante em que se inicia o estudo do movimento.
C) o instante em que o móvel está na origem do referencial.
D) o instante em que o móvel abandona o estado de repouso.
E) o instante em que o móvel pára.

EM.3 Numa piscina de 50 m, um nadador tocou na parede oposta à meta no instante 25,0
s, contado a partir do início da prova. Regressou à meta tendo completado a prova em 1
min. e 5,0 s. Os valores da velocidade média e da rapidez (celeridade) média,
respectivamente, no percurso total são:
A) 0 e -1,54 m/s
B) +2,00 m/s e 1,54 m/s
C) 0 e 1,54 m/s
D) +2,00 m/s e -1,54 m/s
E) -1,25 m/s e -1,54 m/s

EM.4 Um móvel tem movimento rectilíneo uniforme (MRU). Indique quais das
propriedades variam linearmente com o tempo:
A) Módulo do deslocamento.
B) Módulo da velocidade
C) Módulo da aceleração
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Universidade Lusófona de Humanidade e Tecnologias

D) Espaço percorrido
E) Coordenada da posição.

EM.5 Uma partícula move-se rectilineamente de acordo com a seguinte equação do


movimento:

x(t)=1,0+3,0 t+ 2,0 t2 (S.I.)

Destaque a afirmação que é falsa:


A) No instante zero, a partícula dista 1,0 m da origem;
B) A equação da velocidade é v=3,0+4,0 t.
C) O valor constante da aceleração é 4,0 m/ s2
D) O valor constante da velocidade é 3,0 m/ s
E) A partícula não passa na origem

Soluções das Questões de Escolha Múltipla


1. C
2. B
3. C
4. A, D, E
5. D

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