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Enfermagem Urgencia e Emergencia
Enfermagem Urgencia e Emergencia
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permissão expressa da Editora.
E quem não estiver inscrito no Programa de Atualização em Enfermagem (PROENF) não poderá
realizar as avaliações, obter certificação e créditos.
PROENF SESCAD
ENFERMAGEM NAS
URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS
INTRODUÇÃO
As áreas de urgência e emergência constituem-se em um componente essencial da assistên-
cia à saúde. O aumento dos casos de acidentes e da violência tem causado um forte impacto
sobre o Sistema Único de Saúde (SUS) e o conjunto da sociedade nos últimos anos. Na
assistência, esse impacto pode ser medido diretamente pelo aumento dos gastos com
internações hospitalares, pelo crescimento da taxa de mortalidade, pelas internações nas
UTIs e pela alta taxa de permanência hospitalar destes pacientes.
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De modo algum, temos a pretensão de esgotar os conteúdos sobre a enfermagem nas urgên-
ENFERMAGEM NAS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS
Outra ferramenta utilizada serão as janelas de reflexão ao longo do texto, que poderão servir
de estímulo para aprofundar os saberes diante de cada tema apresentado. Durante o desen-
volvimento do texto, elaboramos cuidadosamente algumas questões relacionadas aos con-
teúdos e que auxiliarão vocno processo de auto-aprendizagem.
OBJETIVOS
Este texto aborda os aspectos principais da assistência de enfermagem em situações de
urgência e emergência. Nosso objetivo é problematizar e pontuar os aspectos principais da
assistência na área, na perspectiva de contribuir para que você amplie sua capacidade de
compreensão e análise frente aos contextos assistenciais do(a) enfermeiro(a), bem como
possa contribuir para a implementação de ações sistematizadas na assistência de enferma-
gem a estes pacientes.
ESQUEMA CONCEITUAL
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Uma dúvida que certamente deve estar incomodando você é qual a diferença entre urgência e
emergência.
Em nosso entendimento, diferenciar os dois termos parece desnecessário, pois em qualquer das
situações definidas, o paciente necessitará sempre de atendimento imediato. Assim, parece-nos
mais importante focalizar as competências do enfermeiro na prática em emergência. Nesse
sentido, a Associação Americana de Enfermagem (ANA) estabeleceu os Padrões da Prática de
Enfermagem em Emergência, em 1983, tendo como referência padrões definidos,1 classificando
os enfermeiros de emergência em três níveis de competência:
■ primeiro nível – requer competência mínima para prestar atendimento ao paciente
traumatizado;
■ segundo nível – o profissional necessita formação específica em enfermagem de emergência;
■ terceiro nível – o enfermeiro deve ser especialista em área bem delimitada e atuar no âmbito
pré e intra-hospitalar.
Para tanto, elaboramos um diagrama de fluxo que estabelece as prioridades no processo decisório
de atendimento ao paciente nas principais situações de urgência e emergência (Figura 1).
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ENFERMAGEM NAS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS
Chegada do paciente
à emergência
Avalie o paciente:
• Queixa principal: se o
paciente não pode falar,
busque informações com os
familiares que o
acompanham, um amigo ou Alterações respiratórias?
pessoa presente na cena;
• Sinais vitais (SV) completos Alterações neurológicas?
e acurados na chegada e Alterações cardiovasculares?
durante a permanência na
emergência; Alterações gastrintestinais?
• Observação rigorosa,
Alterações metabólicas:
ausculta e palpação no
cetoacidose diabética, estado
exame físico completo.
hiperglicêmico- hiperosmolar e
hipoglicemia?
Qual ou quais são os
Identifique risco de vida:
comprometimentos? Queimaduras, afogamento
A (via aérea pérvia)
Quais são as e intoxicações exógenas
B (respiração)
intervenções de e endógenas?
C (circulação adequada)
enfermagem?
Evite danos maiores ao paciente. Busque sempre a evidência científica para sua
prática.
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1. Mais importante do que tentar estabelecer a diferença entre urgência e emergência,
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é focalizar competências do enfermeiro na prática em emergência. Baseado em sua
experiência, quais as competências que você considera indispensáveis a um enfermei-
ro que atua no atendimento imediato de pacientes em situações emergenciais?
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As questões que serão discutidas no que diz respeito à enfermagem nas emergências respirató-
rias estão apresentadas no Quadro 1.
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Quadro 1
ENFERMAGEM NAS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS
Na IR aguda, há uma queda aguda na PaO2 sangüínea para valores iguais ou inferiores a
50mmHg,* (hipoxemia) e/ou um déficit agudo na eliminação do gás carbônico levando os
valores da PaCO2 para 60mmHg ou mais (hipercapnia).3 A primeira condição é classificada como
IR do tipo I (hipoxêmica) e a segunda IR do tipo II (hipercápnica).
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DESENVOLVER UM QUADRO DE INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA?
De modo geral, pacientes com IR se queixam de dispnéia e apresentam elevação das freqüên-
cias respiratória e cardíaca. A cianose apresenta-se a partir da elevação da concentração
sangüínea da hemoglobina reduzida a valores superiores a 5g/dL.
Observe que a cianose é considerada um sinal tardio da IR, que não deve esperar
ser considerado para que sejam tomadas medidas assistenciais.
■ sonolência;
■ falta de concentração;
■ apatia;
■ fadiga;
■ retardo no tempo de reação.
A hipercapnia crônica pode desencadear sintomas semelhantes aos da hipoxemia crônica, além
dos a seguir relacionados:
■ cefaléia, particularmente matinal;
■ distúrbios do sono;
■ irritabilidade;
■ sonolência;
■ coma.
Para que a conduta de enfermagem seja realizada de modo rápido e eficiente, é importante que o
enfermeiro conheça os principais critérios de avaliação respiratória em unidade de emergência,
de modo a identificar evidências de obstrução de vias aéreas ou de insuficiência respiratória.
De modo sumário, esta avaliação consta dos seguintes critérios, analisados a partir de
questionamentos realizados durante a inspeção:
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■
■ o paciente muda a sua posição para respirar mais facilmente?
■ a pele do paciente está pálida, sudoréica ou cianótica?
■ o tórax do paciente expande-se simetricamente?
■ existe alteração na freqüência e/ou ritmo respiratórios?
Na palpação, podem ser verificados temperatura e turgor da pele, movimento ventilatório (cuja
assimetria pode indicar atelectasia, pneumotórax, tórax instável, dentre outros), expansão torácica,
uso de musculatura ventilatória, qualidade das vibrações pulmonares, crepitação (que pode indi-
car enfisema subcutâneo), posição traqueal (que pode indicar atelectasia, pneumo ou hemotórax).
Com a percussão, podem ser interpretadas as vibrações audíveis resultantes a partir da identifi-
cação das diferentes densidades. Entretanto, a informação obtida pela percussão é limitada, e
apenas lesões grandes ou processos patológicos (por exemplo, derrames pleurais com mais de
500mL) podem ser determinados por esta técnica. Áreas de tecido preenchidas com ar produzem
sons ressonantes (timpânicos), que são normais sobre o tecido pulmonar sadio. Áreas de tecido
hiperinflado produzem sons hiperressonantes.
Finalmente, a ausculta permite a verificação dos sons ventilatórios, que indicam como o ar circula
nas vias aéreas. Os sons ventilatórios podem ser normais ou anormais. Os sons normais são de
quatro tipos: som traqueal, brônquico, broncovesicular e vesicular. Os sons adventícios ou nor-
mais podem ser contínuos, como os roncos e sibilos (presentes na asma) ou descontínuos
(estertores finos ou bolhosos).3*
Se o paciente estiver com insuficiência respiratória aguda, imediatamente realize o ABC (via
aérea, ventilação e circulação) e, caso seja identificada ausência de batimentos cardíacos, as
manobras de ressuscitação cardiopulmonar (RCP). Ver ABC da RCP na seção de emergências
cardiovasculares, a ser tratado ainda neste capítulo.
A gasometria arterial reflete a oxigenação, a adequação das trocas gasosa nos pulmões, e o
estado acidobásico. Os gases sangüíneos devem ser interpretados conjuntamente com a história
clínica do paciente e o exame físico.
A acidose respiratória ocorre quando o sistema respiratório falha em eliminar o CO2 tão rapida-
mente quanto é produzido, provocando uma diminuição no pH abaixo de 7,35. Condições que
afetam o funcionamento dos pulmões e podem provocar acidose respiratória incluem:
■ depressão do centro respiratório (sedação, trauma de tronco cerebral);
■ problemas com o movimento da caixa torácica (paralisia da musculatura respiratória, tórax
instável, pneumotórax;
■ distúrbios na troca gasosa (pneumonia, edema pulmonar ou embolia pulmonar, enfisema.
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que este é produzido, como em quadros de ansiedade.
A acidose metabólica ocorre por acúmulo de ácidos metabólicos ou perda de base. Ocorre
quando o pH está inferior a 7,35, a PaCO2 está normal e a [HCO3-] está diminuída (< 22 mEq/L).
Na maioria das vezes, devido à rápida intervenção do sistema respiratório para compensar as
anormalidades do pH, ocorre a respiração de Kussmaul, que é um padrão respiratório para
eliminar o CO2, em uma tentativa de normalizar o pH.
A alcalose metabólica ocorre quando o pH está superior a 7,35, a PaCO2 está normal ou ligeira-
mente elevado e a [HCO3-] está elevada ( > 22 mEq/L).3
Quadro 2
PASSOS PARA A INTERPRETAÇÃO GASOMÉTRICA
De modo simplificado, tem-se os seguinte passos:
■ Avaliar a oxigenação – a oxigenação é analisada, avaliando-se a PaO2 e a SaO2.
Se a PaO2 está abaixo do valor normal, existe hipoxemia;
■ Avaliar o estado acidobásico – avaliar os seguintes indicadores individualmente:
• se o pH estiver menor do que 7,35, indica acidemia
• se estiver maior do que 7,45, alcalemia;
■ Determinar o distúrbio acidobásico – a gasometria geralmente pode refletir apenas um distúrbio:
• se a PaCO2 estiver menor do que 35, indica alcalose respiratória e se maior que 45,
acidose respiratória.
• se o bicarbonato estiver menor do que 22, indica acidose metabólica. Se for maior do
que 26, significa alcalose metabólica.
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Palpação
Percussão
Ausculta
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6. Você está na unidade de emergência e recebe um paciente com o seguinte
resultado de gasometria arterial: pH 7,36; PaCO2 29mmHg; bicarbonato 20 mmol/L.
l. Com base nestes valores é possível afirmar que o paciente apresenta qual
distúrbio acidobásico?
A obstrução de vias aéreas é uma das intercorrências mais comuns na emergência e pode se dar
pela presença de corpo estranho ou por trauma.
A ação primeira para assegurar o controle de vias aéreas é proceder sua desobstrução, o que se
dá a partir da extração manual de eventual corpo estranho ou da aspiração de secreções ou
sangue – muito comum nos casos de traumatismo.
Assegurar a permeabilidade das vias aéreas é maior prioridade no tratamento das con-
dições de emergência respiratória.
Se você não visualiza a causa da obstrução da via aérea, não tente eliminá-la manual-
mente. Verifique conteúdo de RCP na seção sobre emergências cardiovasculares a ser
tratado neste capítulo.
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Vale lembrar que, independentemente da abordagem de controle das vias aéreas, é sempre im-
ENFERMAGEM NAS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS
Na desobstrução manual das vias aéreas, deve-se dar atenção aos pacientes vítimas
de trauma, mantendo o alinhamento cervical e efetuando manobras de tração madibular.
A aspiração é outro procedimento para a manutenção da permeabilidade das vias aéreas, quan-
do não for observada a presença de corpos estranhos ou se a via aérea estiver obstruída por
sangue ou secreções.
Vale lembrar que pacientes com indicação de intubação endotraqueal devem ser aspirados antes
do início do procedimento, de modo a facilitar o trajeto e a diminuir a possibilidade de o paciente
aspirar para as vias aéreas inferiores sangue e/ou secreções.
A intubação traqueal refere-se à instalação de uma via aérea artificial que visa a man-
ter as vias aéreas superiores desobstruídas, facilitar a aspiração de secreções e pro-
mover a oxigenação e a ventilação. Pode ser realizada por via nasal ou oral, sendo esta
usada mais freqüentemente por ser mais fácil.
A intubação traqueal está indicada para os pacientes que estão incapacitados de pro-
teger a via aérea, com problemas graves de oxigenação que necessita de altas concen-
trações de oxigênio e, ainda, para pacientes que necessitem de suporte ventilatório
mecânico.
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centímetros do tubo, na altura da comissura labial. A presença de murmúrio vesicular bilateral e a
ausência de ruído aéreo no epigástrio também são indicativos da posição adequada do tubo
traqueal.12,13,14
Por ser um procedimento invasivo e freqüentemente realizado sob situações extremas, podem ocor-
rer complicações secundárias à intubação. Dentre essas complicações, podem ser destacadas:
■ trauma de vias aéreas, com hemorragia;
■ intubação esofágica ou de brônquio-fonte direito;
■ vômito que leva à aspiração;
■ quebra de dentes.12,13,14
O trauma torácico engloba as várias lesões que atingem a caixa torácica e suas estruturas inter-
nas, sendo diretamente responsáveis por 25% das mortes ocorridas por trauma e estas ocorrem
entre 30 minutos a três horas após a chegada do paciente ao serviço de emergência.
O trauma torácico pode ser penetrante (provocado por lesão direta, ferimentos por arma de fogo
ou arma branca, queda sobre objetos, dentre outros), levando a condições, como o pneumotórax,
o hemotórax e o tórax instável.12,13,14
O tórax instável é uma condição em que duas ou mais costelas adjacentes são fraturadas em
pelo menos dois lugares.
Nessa condição, o segmento instável perde o suporte ósseo e a fixação à caixa torácica, tornan-
do-se flutuante. Com isso, passa a se mover em direção oposta ao restante do tórax durante a
inspiração e expiração. Ou seja, enquanto na inspiração o tórax se expande, o segmento flutuante
se move para dentro, expandindo-se quando o tórax retrai-se na expiração, provocando a chama-
da respiração paradoxal.12,13,14
O pneumotórax hipertensivo ocorre quando a pressão pleural é muito maior que a pressão atmos-
férica na expiração e freqüentemente, durante a inspiração. Geralmente resulta de um fenômeno
valvular de via única. As manifestações mais comuns incluem súbita deterioração com taquidispnéia,
sudorese, taquicardia e hipotensão. Observa-se também desvio contralateral da traquéia, com
hipoxemia.
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O pneumotórax hipertensivo é uma situação de emergência extrema, e na inexistência de material
ENFERMAGEM NAS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS
para drenagem torácica prontamente disponível, é feita descompressão com a inserção no espaço
pleural de uma agulha de grosso calibre.12,13,14
A drenagem torácica tem como principal objetivo permitir a reexpansão pulmonar, através da
eliminação do ar, sangue ou fluido eventualmente presentes no espaço pleural.
Para acompanhar a persistência ou parada da drenagem, é preciso que o nível de solução colo-
cada no frasco seja registrado, com controle periódico do volume verificado. Há condições em
que pode existir aumento do sangramento ou desenvolvimento de processo infeccioso. Por con-
seguinte, é necessário o registro das características e do volume de drenagem.
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utilizados na crise asmática.
Quadro 3
INDICAÇÕES E EFEITOS COLATERAIS DOS PRINCIPAIS
FÁRMACOS UTILIZADOS NA CRISE ASMÁTICA
Tipo de fármaco Indicações de administração e efeitos colaterais
β2-agonistas Quando administrados por via inalatória, β2-agonistas resultam em menos
taquicardia e tremor. Raramente desencadeiam arritmias graves.
9. Em sua prática diária de enfermagem, como você identifica que o tubo endotraqueal
permanece no local adequado?
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prevenir efeitos colaterais em casos de crise asmática:
A) β2-agonistas – ...............................................................................................................
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B) corticosteróides – ............................................................................................................
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C) aminofilina – ..............................................................................................................
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As questões que serão discutidas no que diz respeito à enfermagem nas emergências neurológi-
cas estão apresentadas no Quadro 4.
Quadro 4
QUESTÕES QUANTO À ENFERMAGEM NAS EMERGÊNCIAS NEUROLÓGICAS
■ O que compreende uma avaliação neurológica em situações de urgência e emergências?
■ O que leva o indivíduo a um quadro de coma?
• Quais os parâmetros que devem ser utilizados em uma avaliação inicial no paciente em
estado de coma?
■ Quais os sinais clínicos apresentados pelo paciente com ruptura de aneurisma cerebral?
• Quais são os fatores de risco que levam o paciente a apresentar vasoespasmo?
• Quais são os sinais clínicos que sugerem vasoespasmo em um paciente com HSA?
• Quais as intervenções clínicas e cirúrgicas do tratamento do aneurisma cerebral roto?
■ Quais os sintomas mais comuns em um acidente vascular cerebral?
• Que medidas devem ser adotadas para manter a perfusão arterial cerebral no AVC?
• Que é convulsão e quais os danos que pode acarretar ao sistema nervoso central (SNC)?
• Quais os sinais clínicos característicos de uma meningite?
■ Quais as categorias que definem a intensidade do traumatismo cranioencefálico (TCE) com
base na escala de coma de Glasgow (ECG)?
• Quais os sinais clínicos e neurológicos que caracterizam os agravos causados pelo TCE?
• Quais são as principais intervenções de enfermagem no atendimento ao paciente com TCE
grave?
■ Quais as intervenções de enfermagem ao paciente com traumatismo raquimedular alto na fase
aguda ?
• Por que ocorre choque medular?
• Uma lesão da medula em nível cervical pode levar a uma insuficiência respiratória aguda
(IRA)?
• Quais são os sinais clínicos comumente encontrados nos pacientes com tétano? Quais são
as complicações?
■ Que condutas devem ser tomadas para a melhoria do quadro do paciente?
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O QUE COMPREENDE UMA AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA
ENFERMAGEM NAS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS
Uma avaliação neurológica inicial requer conhecimento e habilidade do profissional, com a finali-
dade de evitar progressão das lesões primárias, bem como diminuir ou evitar ao máximo as le-
sões secundárias. Portanto, essa avaliação busca detectar precocemente sinais de alerta que
estão relacionados ao mau prognóstico como:
■ alteração das pupilas;
■ déficit motor;
■ grau de coma;
■ alteração dos movimentos oculares e sinais vitais, como a alteração da respiração (já que
dependendo do local da lesão, a respiração altera e piora o quadro devido à hipóxia ou à
hipercapnia que podem ocorrer).
O coma pode ser produzido pela disfunção cerebral hemisférica bilateral ou lesão do sistema de
ativação reticular (SAR). Estas lesões podem ter causas estruturais e/ou metabólicas.7
Os parâmetros que devem ser utilizados em uma avaliação inicial no paciente em estado de
coma* são quatro:
■ respiração;
■ pupilas;
■ movimentos oculares;
■ atividades motoras.6
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PACIENTE COM RUPTURA DE ANEURISMA CEREBRAL?
Geralmente, o paciente apresenta os seguintes sinais, que ocorrem devido à elevação da pressão
intracraniana:
■ cefaléia intensa (explosiva), acompanhada de diminuição do nível de consciência;
■ disfunção dos nervos cranianos;
■ distúrbios dos sinais vitais;
■ comprometimento motor (que poderá ser uma hemiparesia ou hemiplegia);
■ vômitos.
Quando o sangue extravasado atinge o espaço subaracnóide, ocorre irritação do tronco encefálico,
provocando alterações no sistema nervoso autônomo, como, por exemplo, arritmias cardíacas e
hipertensão arterial. Outra complicação é o desenvolvimento de hidrocefalia.4,5
Entre as intervenções clínicas e cirúrgicas do tratamento do aneurisma cerebral roto está a repo-
sição volêmica para a manutenção dos índices pressórico, realizada a fim de obter uma pressão
de perfusão cerebral superior a 70mmHg. Além disso, é preciso terapêutica com o antagonista
do cálcio como profilaxia e tratamento do vasoespasmo.
Quando o paciente apresentar uma diminuição significativa do nível de consciência, isto é, escore
na escala de coma de Glasgow menor do que 10, alterações sistêmicas secundárias ao
sangramento cerebral como edema pulmonar e hipoxemia, a intubação orotraqueal é funda-
mental para diminuir os agravos do quadro.
O tratamento cirúrgico será determinado pela gravidade do quadro – poderá ser uma derivação
ventricular externa (DVE) nos casos de hidrocefalia aguda, drenagem de hematoma, clipagem de
aneurisma e tratamento endovascular.7
Um evento encontrado que distingue os dois tipos de AVCs é a cefaléia. Nos AVCs
isquêmicos, ela é rara enquanto, nos AVCs hemorrágicos, é geralmente intensa e de
inicio abrupto.
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vezes em um período inferior a uma hora.
Outro fator importante é a concentração do CO2 no sangue arterial para a manutenção do fluxo
cerebral, pois a elevação do mesmo produz uma vasodilatação que compromete o fluxo sangüíneo
arterial devido ao aumento da pressão intracraniana (PIC), podendo levar à hipertensão.
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ENFERMAGEM NAS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS
A) hipervolemia.
B) desidratação.
C) quantidade de sangue nas cisternas.
D) hiponatremia.
17. Caracterize AVC isquêmico e AVC hemorrágico, mencionando que fator clínico os
distingue.
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20. Marque a alternativa correspondente às medidas que devem ser adotadas
para manter a perfusão arterial cerebral no acidente vascular cerebral (AVC).
As convulsões* podem ser desencadeadas por causas estruturais ou metabólicas. Sua manifes-
tação está relacionada a sua classificação, isto é, parcial ou generalizada.
Nas crises parciais, a descarga ocorre em determinada área do córtex cerebral. Já nas crises
generalizadas, a descarga é bilateral e difusa. Porém, uma lesão focal de uma parte do hemisfé-
rio pode ativar todo o córtex cerebral de uma forma rápida, levando a uma crise generalizada.
Os danos cerebrais permanentes causados por uma crise convulsiva estão relacionados ao
tempo de duração da crise. Seu prolongamento pode desencadear complicações sistêmicas
como edema pulmonar, pneumonia aspirativa, arritmias cardíacas, hipotermia e colapso
cardiovascular.4
Com base na escala de coma de Glasgow (ECG), há três categorias que definem a intensidade
do traumatismo cranioencefálico (TCE), sendo tanto menor o escore quanto maior for a gravi-
dade da lesão neurológica*18
■ grave – de 3-8;
■ moderada – de 9-12;
■ leve – de 13-15.
O hematoma extradural temporal pode evoluir com períodos de lucidez, até o aparecimento dos
sinais de localização, déficit motor contralateral e dilatação pupilar, assim como elevação da PIC,
caracterizada por vômitos em jato, diminuição do nível de consciência, aumento da pressão de
pulso e bradicardia.
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No hematoma subdural agudo, o individuo apresenta os sinais atribuídos à lesão primária com
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deteriorização progressiva devido ao aumento da PIC.
Quadro 5
PRINCIPAIS INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM
NO ATENDIMENTO AO PACIENTE COM TCE
■ Garantir um suporte respiratório adequado
■ Avaliar nível de consciência
■ Monitorar os sinais vitais
■ Controlar pupilas
■ Avaliar movimentação ocular
■ Avaliar déficits motores
■ Manter o paciente em alinhamento anatômico e a cabeceira do leito elevada a 30º
■ Realizar o balanço hidroeletrolítico rigoroso
A enfermagem deve atentar para os sinais que são indicativos da má oxigenação tecidual, como
agitação, hipoatividade, cianose, arritmia cardíaca e alteração de pressão arterial.
A utilização do tubo endotraqueal é fundamental para manter a permeabilidade das vias aéreas. O
cuidado a esse paciente intubado e em ventilação mecânica exige que sejam implementadas
intervenções de enfermagem, como a posição do tubo para evitar desconforto como lesão da
comissura labial ou estimulação ao vômito.
A fixação e o controle rigoroso da altura do tubo evitam acidentes, como intubação seletiva,
hipoventilação e microaspirações por deslocamento, além da fixação e o controle da pressão do
cuff para evitar lesões na traquéia por pressão excessiva, bem como diminuir os riscos de
microaspirações contínuas por falta de uma pressão adequada.7
A avaliação neurológica em situações de urgências deve ser rápida e eficaz. A escala do coma de
Glasgow é mundialmente utilizada para avaliar três parâmetros como a abertura ocular, melhor
resposta verbal e motora. Através do somatório dos escores (que varia de 3 a 15) é possível
perceber o grau de comprometimento neurológico. O escore 3 é o menor, enquanto o 15 caracte-
riza um indivíduo lúcido.
A pressão arterial deve ser mantida para que a perfusão cerebral seja eficaz. Os pacientes com
injúrias cerebrais graves podem ter sua auto-regulação comprometida, isto é, sofrer as conse-
qüências diretas da variação dos índices pressóricos. A recomendação, na fase inicial, é manter a
pressão arterial média (PAM) acima de 80mmHg, para evitar períodos de hipotensão arterial – o
que contribui para o desenvolvimento da isquemia cerebral.
A pressão de pulso é outro parâmetro considerado, uma vez que seu alargamento pode ser um
indicativo de irritação do tronco cerebral. A variação do pulso, assim como as arritmias cardíacas
são sinais de alerta, pois geralmente estão relacionadas à piora do quadro do paciente por causas
neurológicas ou metabólicas.18
A monitorização da pressão venosa central (PVC) orienta para reposição volêmica, auxilia
na terapêutica preventiva para evitar a hipotensão arterial por perda excessiva dos líquidos
corporais.4
As pupilas devem ser avaliadas quanto ao tamanho, à reatividade e à simetria. Com o uso de um
instrumento pupilômetro, é possível classificar corretamente seu tamanho, favorecendo assim a
percepção do examinador quanto à simetria, mesmo quando esta for discreta. Esta identificação
precoce é de grande valia, pois alerta a equipe nos possíveis processos expansivos.
O teste da reatividade pupilar é obtido através do uso de um foco luminoso diretamente na pupila
(reflexo fotomotor direto).
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As alterações do reflexo, isto é, diminuição ou ausência, geralmente está associada aos
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processos expansivos localizados no tálamo e na ponte.18
A movimentação ocular voluntária não pode ser avaliada no paciente em coma. Portanto, testes
são utilizados para verificar a integridade de determinadas estruturas, como o tronco encefálico.16
A posição do paciente com tórax elevado e pescoço reto são cuidados que favorecem a drenagem
liquórica e venosa do SNC, evitando que a PIC se eleve devido à semi-oclusão das veias jugulares,
quando comprimidas por falta de alinhamento do pescoço ou a não-elevação do tórax.
Também não devem ser permitidas a flexão, a rotação ou a hiperextensão do pescoço, pois po-
dem interferir na drenagem do sistema venoso jugular, acarretando elevação da PIC.
São intervenções de enfermagem ao paciente com traumatismo raquimedular alto na fase aguda
(TRM):
Nos pacientes com lesão medular, o tônus vasomotor é perdido. Com isso, o sangue fica acumu-
lado na periferia e, conseqüentemente, ocorre a redução da pressão arterial por diminuição do
volume circulante.4
A insuficiência respiratória aguda (IRA) deve ser prevista, pois embora na fase inicial a respiração
esteja satisfatória, posteriormente o edema medular pode agir como lesão ascendente e compro-
mete o diafragma.4 Ver mais informações sobre a IRA na seção referente às urgências e emer-
gências do sistema respiratório deste capítulo.
O tétano é uma infecção aguda por Clostridium tetani (bastonete anaeróbio Gram–
positivo). Tem como conseqüência a produção de uma neurotoxin (exotoxina), que age
no neurônio causando hipertonicidade da musculatura esquelética profunda.*
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Os achados clínicos comumente encontrados nos pacientes com tétano são trismo, aumento do
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tônus muscular, principalmente na face e mandíbula, dificuldade de deglutir e riso sardônico. O
espasmo da musculatura do pescoço e da musculatura dorsal resulta em opistótomo. Uma discre-
ta elevação da temperatura, elevação do pulso, aumento e diminuição de pressão arterial, dor
rigidez da parede abdominal também são observados.7
A forma mais grave do tétano pode afetar a musculatura respiratória a ponto de provocar insu-
ficiência respiratória e ou até a morte.*
Você deve avaliar a eficácia da terapêutica e comunicar imediatamente quando esta não for efi-
caz, a fim de garantir uma assistência adequada.7
Entre condutas que devem ser tomadas para a melhoria do quadro do paciente, podem
ser citadas:
■ manter o paciente em quarto escuro e silencioso, administrar relaxantes musculares
para aliviar os espasmos e analgésicos para aliviar a dor;
■ desbridar a área necrótica na lesão é uma medida assertiva para a remoção da
toxina do local;7
■ manter o curativo bem arejado é outra conduta que evita a proliferação de microrga-
nismo nos anaeróbios;7
■ vigiar a parte respiratória também é importante, pois inicialmente o paciente pode
necessitar de uma intubação endotraqueal ou até mesmo de uma traqueostomia
precoce para garantir a permeabilidade das vias aéreas;7
■ administrar imunoglobulina é fundamental, uma vez que esta é capaz de ativar
neurônios afetados.7
cada um dos tipos com os danos cerebrais permanentes que podem ser causados por
essas crises.
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22. Discuta a seguinte afirmação, a partir das informações do texto: “a punção de liquor,
em casos de meningite, é desaconselhada em casos de hipertensão intracraniana”.
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C) hematoma intraparenquimatoso
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atendimento ao paciente com TCE grave listadas a seguir.
Intervenções Objetivos
Garantir um suporte respiratório
adequado
Controlar pupilas
Manter o paciente em
alinhamento anatômico e a
cabeceira do leito elevada a 30º
Realizar o balanço
hidroeletrolítico rigoroso
As questões quanto à enfermagem nas emergências cardiovasculares que serão discutidas nesta
seção estão apresentadas no Quadro 6.
Quadro 6
QUESTÕES QUANTO À ENFERMAGEM NAS EMERGÊNCIAS CARDIOVASCULARES
■ Como identificar uma parada cardiopulmonar?
• Como deve ser então o atendimento de uma PCP nas várias modalidades?
• Como você deve proceder frente ao paciente que apresenta dor torácica na emergência?
• Que outras intervenções você deve fazer?
■ Quais são as características clínicas do infarto agudo do miocárdio?
• Quais são as principais alterações da escala de coma de Glasgow no infarto agudo do
miocárdio?
• Como você deve agir nesta situação?
• Como você pode distinguir se o paciente está apresentando um infarto agudo do miocárdio ou
uma angina?
• Como você deve agir nesta situação?
■ A maioria das alterações que você observou até aqui incluem as arritmias*. Mas, afinal, o que são
arritmias?
• Um paciente com taquiarritmia com complexo QRS irregular e estreito tem provavelmente que
tipo de arritmia?
• Qual seria a função do gluconato de cálcio nesta situação?
• Por que a lidocaína não é mais o fármaco de primeira escolha para a taquicardia ventricular?
■ Nas situações de emergências hipertensivas, como você deve proceder?
■ Por que a insuficiência cardíaca congestiva provoca congestão pulmonar no paciente?
■ Como, então, deve ser a avaliação da(o) enfermeira(o) de um paciente que apresenta edema
agudo de pulmão?
Em casos de PCP, a abordagem sistemática da ressuscitação deve ser rápida e imediata. A unida-
de de emergência deve estar preparada e equipada para receber o paciente nesta condição.
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AVALIAÇÃO ABCD PRIMÁRIA E SECUNDÁRIA EM CASOS DE PCP
1 Imediatamente após a chegada do paciente, avalie a responsividade.
2 Se o paciente estiver irresponsivo, chame por ajuda dos membros da equipe, posicione o paci-
ente em decúbito dorsal horizontal, peça um desfibrilador.
1. Desfibrile três vezes ou até o sucesso, com 200, 300 e 360 joules.
2. Intube ou auxilie na intubação e confirme posição do tubo auscultando os pulmões.
3. Estabeleça acesso venoso, preferencialmente na fossa cubital.
4. Desempenhe RCP contínuo (15 compressões e 2 ventilações).
5. Identifique o ritmo.
6. Administre epinefrina 1mg IV e repita a cada três/cinco minutos, ou vasopressina 40 unidades
em bolo.
7. Desfibrile com 360J e então repita o padrão fármaco/choque, fármaco/choque até a circulação
retornar ou ser constatada a morte do paciente.
Considere, também:
■ sulfato de magnésio – 1-2g IV diluído em 10mL de SG 5% ou água destilada; considere
procainamida 20mg/min IV com dose máxima de 17mg/kg;
■ bicarbonato de sódio – 1mEq/kg. Se a circulação espontânea retornar, ventile e atenda a
causa subjacente.19,22,25,26
Se a freqüência cardíaca é baixa, administre atropina 1mg IV a cada três minutos em dose máxi-
ma de 0,04mg/kg. Se a circulação espontânea retornar, ventile e trate a causa subjacente.19,22,25,26
129
Assistolia
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1. Intube ou auxilie a intubação.
2. Estabeleça acesso venoso.
3. Desempenhe RCP contínuo (15 compressões e 2 ventilações).
4. Confirme assistolia em mais de uma derivação.
5. Considere hipóxia, hiper e hipocalemia, acidose pré-existente.
6. Coloque marca-passo externo transcutâneo imediatamente.
7. Administre epinefrina 1mg IV e repita a cada três a cinco minutos.
Bradicardia
novos guidelines.
Quadro 8
PRINCIPAIS RECOMENDAÇÕES DOS NOVOS GUIDELINES*
PARA O ATENDIMENTO DE PCP
■ É recomendada, para o profissional ou leigo que está sozinho na cena, uma freqüência
universal de 30 compressões e duas ventilações, para vítimas de todas as idades, exceto para
recém-nascidos. O objetivo é simplificar e permitir períodos maiores de compressões torácicas
ininterruptas.
■ A freqüência das compressões torácicas deve ser de cem por minuto (comprimindo firmemente
e soltando o tórax rapidamente), a fim de minimizar as interrupções das compressões torácicas.
■ Durante a PCP, cerca de cinco ciclos (ou cerca de dois minutos) de RCP devem ser feitos entre
as checagens do ritmo. Em vez de checar o ritmo ou o pulso imediatamente após a
administração do choque, os profissionais devem imediatamente retomar a RCP.
■ Para tratamento da fibrilação ventricular e da taquicardia ventricular sem pulso, deveria ser
administrado somente um choque em vez de três, seguindo-se imediatamente pela RCP
(iniciando pelas compressões torácicas). Esta mudança se fundamenta no sucesso do primeiro
choque a partir do desenvolvimento tecnológico dos novos desfibriladores e do conhecimento
de que, se o primeiro choque falha, a intervenção com as compressões torácicas pode
melhorar a concentração de oxigênio e de glicose ao miocárdio, fazendo com que o choque
subseqüente seja mais efetivo para a desfibrilação.
■ A administração de fibrinolítico (t-PA) pode melhorar os resultados nos pacientes com trauma
isquêmico agudo, conforme as orientações do Instituto Internacional de Desordem Neurológica
e Trauma. Contudo, deve estar claramente definido no protocolo da instituição e da equipe de
atendimento.22
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QUE APRESENTA DOR TORÁCICA NA EMERGÊNCIA?
A dor torácica* pode estar relacionada com angina, IAM, TEP, pneumotórax, perfuração
de esôfago, hidrotórax, dissecção ou pericardite.
Ao receber um paciente com dor torácica na emergência,5,25 faça imediatamente uma avaliação
rápida (ABC). Identifique:
■ A via aérea do paciente está pérvia? Ou seja, o paciente fala claramente e nenhum ruído está
associado com a respiração?
• Se a via aérea não estiver pérvia, considere a limpeza da boca e coloque uma cânula
orofaríngea (bico de Guedel) para auxiliar a limpeza e melhorar a oxigenação.
■ A respiração do paciente está efetiva? A respiração é efetiva quando a cor da pele está dentro
dos limites normais e o enchimento capilar é inferior a 2 segundos.
• Se a respiração não for efetiva, considere a administração de oxigênio (via cateter, máscara
ou TOT).
■ A circulação do paciente está efetiva? A circulação é efetiva quando o pulso radial está presen-
te e a pele está quente e seca.
• Se a circulação não estiver efetiva, coloque o paciente em posição de resgate, estabeleça
acesso venoso e administre 200mL de SF 0,9% rápido.
É fundamental que você faça a identificação do paciente, esteja atento (a) as suas
queixas e identifique a história da doença presente.
Além da avaliação rápida (ABC), há outras intervenções que devem ser feitas.
1. Avalie rapidamente a intensidade, a localização e a duração da dor (em uma escala de 0 a 10).
2. Faça o exame físico completo (esta intervenção deve fazer parte de sua conduta diária na
emergência, pois auxiliará a evidenciar os dados clínicos do paciente).
3. Verifique os SV.
132
4. Asculte os sons pulmonares e cardíacos: um ponto anormal transitório de impulso máximo – o
ENFERMAGEM NAS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS
pulso alternante (pulso fraco alternando com um forte) ou um galope atrial (presença de S4)
pode ser detectado durante um pico anginoso.5,19,25,26
5. Encaminhe as solicitações de exames (conforme protocolo da Instituição). Entre eles, podem
ser solicitados:
■ hemograma completo;
■ eletrólitos;
■ creatinina e uréia;
■ coagulograma;
■ ECG completo;
■ marcadores de lesão miocárdica (CK-MB, mioglobina ou troponina T).
6. Não dê ao paciente nada por via oral neste momento para evitar broncoaspiração pela possí-
vel perda de consciência.
7. Instale SF 0,9% em acesso venoso periférico.
8. Administre nitrogliceria e morfina para a dor conforme prescrição médica. Se o paciente for
alérgico à morfina, o demerol pode ser usado.
Se o ECG muda o padrão como, por exemplo, para uma elevação do segmento ST ou um novo
padrão se estabelece, então são normalmente administrados, de acordo com a prescrição médica:
■ betabloqueadores;
■ nitroglicerina;
■ heparina;
■ trombolítico;
■ inibidores da ECA.
Se houver sinais de baixo débito cardíaco com perda súbita da circulação, inicie os
preparativos para o encaminhamento do paciente ao serviço de hemodinâmica ou ao
Centro Cirúrgico.
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medicações para alívio ou não da dor, sudorese, palidez cutânea, alterações no padrão
ventilatório e da PA e alterações do nível de consciência. Monitore os exames
laboratoriais. Mantenha o paciente e os familiares informados. Cuide da alimentação e
hidratação do paciente.1 ,12,13
Considere a seguinte questão: quando um paciente apresenta dor torácica, você não
precisa diagnosticar a doença, mas é importante saber que pode estar presente no
infarto agudo do miocárdio, no edema pulmonar, na insuficiência cardíaca congestiva,
no tromboembolismo pulmonar, no pneumotórax, na pneumonia e na bronquite, com
características específicas. Portanto, esteja atento para prestar a assistência necessá-
ria a partir das condições clínicas do paciente.1, 12,13
A) Modalidade: ...............................................................................................
( ) Administre epinefria 1mg IV a cada três a cinco minutos.
( ) Intube ou auxilie a intubação.
( ) Considere hipovolemia, hipóxia, acidose, hiper ou hipocalemia,
hipotermia, overdose de drogas, tamponamento cardíaco,
pneumotórax hipertensivo, trombose coronariana, trombo-
embolismo pulmonar.
( ) Estabeleça acesso venoso.
( ) Desempenhe RCP contínuo (15 compressões e 2 ventilações).
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B) Modalidade: ...............................................................................................
( ) Administre atropina 0,5 a 1mg IV para uma dose máxima de
0,04mg/kg até 3mg no máximo, conforme orientação médica.
( ) Avalie se o paciente apresenta perfusão inadequada.
( ) Prepare um marca-passo transvenoso.
( ) Mantenha via aérea adequada;
( ) Se a perfusão for inadequada, prepare imediatamente marca-pas-
so externo transcutâneo;
( ) Auxilie a respiração, quando necessário;
( ) Monitore o ritmo (ECG), pressão sangüínea e oxímetro;
( ) Estabeleça acesso venoso;
( ) Administre oxigênio;
( ) Administre:
• (A) ..........................................................................................;
• (B) ..........................................................................................;
( ) Desempenhe RCP contínuo (15 compressões e 2 ventilações).
C) Modalidade: ...............................................................................................
( ) Desfibrile três vezes ou até o sucesso, com 200, 300 e 360 joules.
( ) Desfibrile com 360J e então repita o padrão fármaco/choque,
fármaco/choque até a circulação retornar ou ser constatada a morte
do paciente.
( ) Intube ou auxilie na intubação e confirme posição do tubo auscul-
tando os pulmões.
( ) Identifique o ritmo.
( ) Estabeleça acesso venoso, preferencialmente na fossa cubital.
( ) Administre epinefrina 1mg IV e repita a cada três/cinco minutos,
ou vasopressina 40 unidades em bolo.
( ) Desempenhe RCP contínuo (15 compressões e 2 ventilações).
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D) Modalidade: ...............................................................................................
( )
Estabeleça acesso venoso.
( )
Coloque marca-passo externo transcutâneo imediatamente.
( )
Intube ou auxilie a intubação.
( )
Desempenhe RCP contínuo (15 compressões e 2 ventilações).
( )
Administre:
• (A) ..........................................................................................;
• (B) ..........................................................................................;
• (C) ..........................................................................................;
( ) Confirme assistolia em mais de uma derivação.
( ) Considere hipoxia, hiper e hipocalemia, acidose pré-existente.
29. Resuma os apontamentos das novas guidelines para o atendimento da PCP, quanto
aos seguintes aspectos.
Quando as artérias coronárias são incapazes de promover fluxo de oxigênio adequado às exigên-
cias do músculo cardíaco, este se torna isquêmico e infarta. No infarto agudo do miocárdio (IAM),
os sintomas podem incluir dor torácica que não alivia com nitroglicerina ou repouso, normalmente
durando mais do que 30 minutos. Pode ocorrer também em repouso e está normalmente associ-
ada com náuseas, vômito, diaforese e fraqueza.1,12,13
Vinte por cento dos pacientes não experenciam dor torácica. Pacientes com diabetes
melito são propensos à neuropatia e muitos tem um IAM silencioso, sem dor. Nos pacien-
tes acima de 85 anos, o sintoma presente é a taquipnéia. Os pacientes transplantados
não experenciam dor porque os receptores da dor são seccionados durante o transplante.
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■
■ administre aspirina 160-325mg VO e heparina IV, beta bloqueador IV ou VO, ou nitroglicerina
IV com;
■ monitore para arritmia, falência ventricular, colapso circulatório, EAP (edema agudo de pul-
mão) e choque cardiogênico.5,22,25
Na dor anginosa, o paciente apresenta dor torácica, diaforese, pele fria e úmida, náusea, vômito,
indigestão, dispnéia, ansiedade e aumento da FC. Ela pode ser aliviada com nitrato SL e normal-
mente dura menos de cinco minutos. Pode ou não ser aliviada com repouso.
Durante um episódio de angina, pulso alternante (um pulso fraco alternando com um
forte e um galope atrial *S4) pode ser detectado.
No IAM, a dor piora muito, o paciente tende a ficar hipotenso, não alivia com repouso ou nitrato
sublingual e pode se irradiar para dorso, braço e mandíbula. A sensação referida pelo paciente é
de morte iminente. Também vem acompanhada de palidez, sudorese, pele fria e úmida, náuseas,
vômito, ansiedade intensa, taquicardia e dispnéia. Ao ser monitorizado no ECG, o paciente pode
apresentar arritmia.5,22,25,26
timento do nó sinusal pela lesão na artéria coronária direita (IAM inferior) e, portanto,
apresentam bradicardia. A atropina está contra-indicada porque provoca taquicardia e
aumenta o consumo de oxigênio.
A circulação do nó AV pela artéria coronária direita está presente em 90% das pessoas.
Quando a circulação do nó AV está comprometida, causa bloqueio cardíaco. Um blo-
queio tipo Mobitz 1 é de pequena conseqüência, entretanto se houver BAVT um
marcapasso será necessário.5,22,25,26
A) dor torácica
B) dor anginosa
C) dor no IAM
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AQUI INCLUEM AS ARRITMIAS. MAS, AFINAL, O QUE SÃO ARRITMIAS?
A isquemia cardíaca pode provocar arritmias.* Neste sentido, é necessária avaliação cuidadosa
do paciente e documentação. Avalie as arritmias na emergência imediatamente associando os
protocolos de ACLS. Neste momento, estaremos abordando especialmente as taquiarritmias por
serem as mais comuns em emergência. Estas podem ser categorizadas dentro de quatro grupos
básicos:
■ complexo QRS regular e estreito;
■ complexo QRS irregular e estreito;
■ complexo QRS regular e largo;
■ complexo QRS irregular e largo.5,22,25,26
34. A partir das informações prestadas na seguinte situação clínica, responda as ques-
tões.
Considere a seguinte situação: uma pessoa chega à emergência com queixa de fraque-
za, você observa que o seu pulso está a 140bpm e, ao monitor, nota-se uma taquiarritmia
complexa. O paciente tem história de taquicardia, não apresenta dor torácica e a PA
está normal. Ele toma uma aspirina por dia.
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O provável é que o paciente esteja com uma taquiarritmia com QRS estreito, como a taquicardia
paroxística supraventricular (TPSV) ou da síndrome de Wolff-Parkinson-White (WPW). O médico
então solicita que seja administrado 6mg de adenosina IV.
140
Nesse caso, por você saber que a adenosina tem uma meia-vida plasmática muito curta
ENFERMAGEM NAS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS
(um a dois segundos) e, portanto, deve ser administrada o mais próximo do coração
possível, você escolherá puncionar preferencialmente a veia da fossa antecubital.
Você tem 5 a 10 segundos até que o fármaco alcance com sucesso o nó átrio ventricular
(AV). Para minimizar os efeitos da assistolia (normalmente provocada pela adenosina),
solicite ao paciente para tossir vigorosamente.
Um modo efetivo de fazer a infusão de solução salina é conectar em uma extensão de duas vias
as duas seringas: em uma via a adenosina e na outra a seringa com SF 0,9%. Injete a adenosina
e em seguida o Soro. Isso evita perda de tempo em aguardar o soro percorrer o equipo e garante
a força necessária para que a medicação circule rapidamente.
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A tosse vigorosa (ou tosse de RCP) possibilita ao ventrículo ejetar sangue mesmo se
houver assistolia prolongada. Você pode mentalmente contar até 30 enquanto o pacien-
te executa a manobra de tosse. Em seguida, o nó AV começa a conduzir a um ritmo
regular (percebido pelo registro do monitor, ECG e a pulsação) e sua pressão sangüínea
normaliza.19,22
Um paciente com taquiarritmia com complexo QRS irregular e estreito tem, normalmente, fibrilação
atrial ou flutter atrial com bloqueio AV variável. Com freqüência, o paciente relata fraqueza por
dois dias no máximo, especialmente porque a resposta ventricular está alta, podendo chegar a
150-180bpm. Nesses casos, o médico solicita normalmente que seja administrado antes dos 5mg
de diltiazem IV* (por ser menos danoso ao paciente) 5mL de gluconato de cálcio.
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estar ligado. Se fosse fibrilação ventricular ou taquicardia ventricular sem pulso, o
sincronismo do cardioversor deveria estar desligado.
O uso do gluconato de cálcio reduzirá a incidência de hipotensão por bloqueio dos canais de
cálcio e, assim, o sistema de condução do nó AV não será afetado. A amiodarona também pode
ser usada nesta situação, tanto em taquiarritmias ventriculares quanto supraventriculares. A dose
de amiodarona normalmente recomendada é de 150 a 300mg IV infundida em 10 minutos, segui-
da por 1mg/min em infusão contínua por seis horas e, então, dose de manutenção de 0,5mg/
min22.
35. A partir das informações prestadas na seguinte situação clínica, responda as ques-
tões.
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As estatísticas assinalam que se o médico assumir que todos os pacientes com taquiarritmia de
complexo QRS alargado têm taquicardia ventricular, ele estará 50% certo na maior parte das
vezes. Assim, normalmente ele optará em tratar este paciente como se fosse uma TV sem pulso.
142
Outras possibilidades para este padrão de arritmia são a síndrome Wolff-Parkinson-White e a
ENFERMAGEM NAS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS
Fique atento ao paciente, ao seu estado geral e à morfologia das ondas do ECG ou
monitor, pois em questões de minutos o paciente pode apresentar uma TV sem pulso.
Por que a lidocaína não é mais o fármaco de primeira escolha para a TV?
A lidocaína não é mais o fármaco de primeira escolha para a TV porque, de acordo com a literatu-
ra, somente 20% destes pacientes revertem a arritmia com lidocaína. Além disso, ela tem sido
substituída nos protocolos mais recentes do ACLS.22
Na dúvida quanto ao diagnóstico de taquicardia com QRS largo, o médico opta pelo protocolo para
taquicardia ventricular sem pulso. Deve-se, tanto quanto possível, evitar múltiplos antiarrítmicos,
pelos inúmeros efeitos hemodinâmicos e pró-arrítmicos que podem provocar. Caso não haja rever-
são ao ritmo sinusal após o primeiro antiarrítmico (com exceção para a adenosina), é melhor fazer a
cardioversão elétrica. A avaliação pelo médico cardiologista deve ser obrigatória.22
PROENF SESCAD
para avaliar a condição hemodinâmica do paciente. Estabeleça o acesso venoso e inicie o trata-
mento farmacológico conforme a prescrição médica.5,25
Evite diminuições abruptas da PA. A conduta inicial aos pacientes normalmente tem como
objetivo a rápida e gradual redução da PAS. Nas emergências hipertensivas, essa redução deve-
rá ser obtida imediatamente, no máximo com uma hora de chegada do paciente ao hospital.
Preconiza-se a redução de 25% da PAM (PAM= PAS+2PAD/3) e a redução da PAD para 100 a
110mmHg nas duas a seis horas iniciais do tratamento, até níveis de PAS normais, em alguns
dias.
As medicações normalmente empregadas são captopril 25mg Sl e clonidina Sl ,que pode ser
repetido após 30min. Alguns médicos recomendam nitroprussiato de sódio 0,25 a 10µg/kg/min
EV. Se houver Insuficiência coronariana (ICO), o recomendado é nitroglicerina.
A insuficiência cardíaca congestiva (ICC) é a causa mais comum dos derrames pleurais
transudativos. Normalmente, os pacientes apresentam evidências de congestão pulmonar, com
gravidade de edema agudo de pulmão (EAP).
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As questões que serão discutidas, no que diz respeito à enfermagem nas emergências
gastrintestinais, estão apresentadas no Quadro 9.
Quadro 9
QUESTÕES QUANTO À ENFERMAGEM NAS EMERGÊNCIAS GASTRINTESTINAIS
■ Quais as principais alterações gastrintestinais que devem ser consideradas durante a avaliação
desse sistema?
• Como se identifica a dor abdominal?
• Em caso de distensão abdominal ou vômitos freqüentes, a instalação de uma sonda
nasogástrica é importante?
■ O que caracteriza a origem do sangramento gastrintestinal agudo?
• Quais as principais causas de um sangramento gastrintestinal superior?
• Qual deve ser a escolha na lavagem gástrica devido ao acúmulo de sangue no estômago
por sangramento? Soro fisiológico gelado ou em temperatura ambiente?
■ Quais os sinais e sintomas que sugerem um quadro de abdômen agudo?
■ Que parâmetros laboratoriais devem ser monitorados pelo (a) enfermeiro (a) durante uma
avaliação ao paciente com abdômen agudo?
■ Quais as intervenções de enfermagem que devem ser instituídas para o paciente que necessita de
balão gastroesofágico de Sengstaken-Blakemore para controle de sangramento gastrintestinal alto
por ruptura de varizes esofágicas?
■ Por que ocorre a encefalopatia hepática?
■ Quais as intervenções de enfermagem devem ser feitas nos pacientes com comprometimento do
sistema?
Determinados distúrbios gastrintestinais, muitas vezes, podem ser letais e exigem um tratamento
de emergência. Esses distúrbios incluem:
■ hemorragia gastrintestinal;
■ obstrução mecânica do trato digestivo;
■ íleo paralítico (interrupção temporária dos movimentos contráteis do trato digestivo);
■ apendicite (inflamação do apêndice);
■ peritonite (inflamação do revestimento da cavidade abdominal).
O enfermeiro deve atentar para algumas alterações que podem ocorrer na superfície
abdominal, que deve ser inspecionada seqüencialmente para movimentos respiratórios
abdominais, marcas abdominais como equimoses, estrias, cicatrizes cirúrgicas e pa-
drões venosos anormais.
146
Entre os sinais que devemos considerar nesta avaliação, estão:
ENFERMAGEM NAS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS
■ distensão abdominal;
■ náusea e vômitos;
■ desconforto/dor abdominal;
■ movimentos peristálticos exacerbados, como no caso dos sangramentos, ou diminuídos/au-
sentes nas obstruções intestinais.33
Outro sinal de alerta nesta avaliação é a coloração alterada (arroxeada) na cicatriz umbilical,
indicando geralmente um sangramento retroperitonial nos casos de pancreatite hemorrágica. Já o
atrito é outro achado importante quando auscultado nos quadrantes superior direito e esquerdo,
pois pode ser um indicativo de infarto ou tumores de fígado ou baço.33
Na caracterização da dor abdominal aguda,* devemos considerar aquela na qual a dor é constan-
te e/ou em cólicas:
■ a dor constante está relacionada geralmente com a lesão inflamatória ou neoplásica de uma
víscera, podendo variar a intensidade;
■ a dor tipo cólica é causada por obstrução de víscera oca como obstrução intestinal, cálculo
ureteral e por pressão intraluminar em víscera oca sem obstrução no íleo paralítico pós-
cirúrgico.
Durante a avaliação de um indivíduo, é preciso atentar para o abdômen em tábua ou com sinal de
defesa. Ou seja, na apalpação, o indivíduo tira a mão do avaliador rapidamente e/ou reage à dor
através de um sobressalto ou sons, sugerindo que haja uma irritação peritonial devido a
extravasamento de líquidos biliares ou gástricos no caso de uma úlcera perfurativa, bem como
nos quadros inflamatórios ou infecciosos como apendicite e a peritonite.19
PROENF SESCAD
GASTRINTESTINAL AGUDO?
■ vômito com a presença de sangue cor vermelho rutilante ou similar à borra de café (hematêmese)
é um forte indicativo de que a hemorragia seja originada da parte superior do trato digestivo;
■ eliminação de fezes cor de alcatrão e fétida (melena) também sugere que o sangramento
ocorreu na parte alta do trato gastrintestinal, podendo ocorrer até quando sua origem é no
segmento proximal do cólon;
■ presença de sangue vivo ou castanho avermelhado nas fezes (hematoquezia) identifica a he-
morragia digestiva baixa. No sangramento por úlcera duodenal, os pacientes podem apresen-
tar este tipo de características nas fezes*.6
A lavagem gástrica devido ao acúmulo de sangue no estômago por sangramento é feita com soro
fisiológico. Em uma lavagem gástrica com soro fisiológico gelado, ocorre uma vasoconstrição
inicial seguida de uma vasodilatação de rebote, levando a um maior sangramento local. Portanto,
pesquisas mostram que a temperatura ambiente é a melhor opção.14 Consulte o protocolo de sua
instituição sobre esse tema.
Durante uma avaliação ao paciente com abdômen agudo, os seguintes parâmetros laboratoriais
devem ser monitorados pelo(a) enfermeiro(a).
■ no abdômen agudo, quando há elevação de amilase sérica ou lipase, geralmente está as-
sociada ao quadro de pancreatite aguda nas primeiras 24 a 48 horas. Os casos de abdômen
agudo inflamatório mostram um leucograma aumentado.
■ no sangramento gastrintestinal moderado a intenso, ocorre a elevação da uréia sangüínea
acima de 40dL, com o nível de creatinina normal, potássio sérico, hematócrito e hemoglobina
diminuídos, leucócitos, sódio sérico, glicose sérica e lactato elevados, tempo de protrombina
e trombroplastina parcial prolongados. Esse quadro geralmente também é acompanhado de
uma alcalose respiratória e hipoxemia.*4,19 Consulte o protocolo de sua instituição a esse
respeito.
149
Quais as intervenções de enfermagem devem ser instituídas para o paciente
PROENF SESCAD
que necessita de balão gastroesofágico de Sengstaken-Blakemore para controle
de sangramento gastrintestinal alto por ruptura de varizes esofágicas?
As varizes de esôfago surgem quando há insuficiência hepática cirrótica crônica onde ocorre a
morte celular no fígado, levando a um aumento da pressão da veia porta. Devido a essa alteração
desenvolvem-se canais colaterais na submucosa do esôfago. À medida que a pressão se eleva
nessas veias, elas se tornam distendidas com o sangue e se alargam, formando as varizes que
podem romper, levando a uma hemorragia gastrintestinal maciça*.
Quadro 10
INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM PARA A UTILIZAÇÃO DO BALÃO
GASTROESOFÁGICO DE SENGSTAKEN-BLAKEMORE
A Mantenha o tórax do paciente elevado, a fim de favorecer a expansão pulmonar, melhorando a
ventilação, assim como a redução do fluxo sanguíneo para o sistema porta, evitando com isso o
refluxo para o esôfago. Oriente repouso absoluto para o paciente. A movimentação física e/ou as
crises de tosse geram o aumento da pressão intra-abdominal, favorecendo o ressangramento.
B Aspire a cavidade oral e orofaríngea freqüentemente, para evitar que essas secreções sejam
drenadas para o trato respiratório, podendo levar a sérias complicações pulmonares, já que o
paciente é incapaz de deglutir.
C Identifique e rotule corretamente as aberturas da sonda, assim como verifique se as mesmas
estão pérveas antes de a sonda ser introduzida, a fim de obter eficácia no tratamento.
D Monitore a pressão do balão esofagiano para evitar a isquemia no local, provocada por altas
pressões, bem como a perpetuação do sangramento devido à pressão inadequada (baixa). É
recomendado que esta pressão seja mantida entre 25 a 40mmHg.
E Observe sinais de rompimento do balão gástrico, pois o esvaziamento deste poderá favorecer
o deslocamento do balão esofágico para a nasofaringe obstruindo as vias aéreas superiores.
As conseqüências poderão ser desastrosas, caso não sejam tomadas medidas para a
liberação imediata do ar contido no balão esofágico.
F Irrigue a sonda nasogástrica a cada duas horas para manter a sua permeabilidade e permitir
o esvaziamento gástrico eficaz.
G Mantenha a sonda tracionada, com a finalidade de evitar que o balão gástrico favorecido pela
ação gravitacional seja deslocado e, a terapêutica do balão esofagiano seja interrompida.
Inspecione e lubrifique as narinas para evitar as lesões locais por pressão excessiva da sonda.4
150
Por que ocorre a encefalopatia hepática?
ENFERMAGEM NAS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS
Nos pacientes com comprometimento do sistema gastrintestinal, devem ser realizadas as seguin-
tes intervenções de enfermagem.
Esses dados são de suma importância para o acompanhamento do quadro geral do indivíduo.
Seu intervalo depende da avaliação clínica que o (a) enfermeiro (a) deve fazer. Dentre os aspec-
tos a serem constantemente avaliados, estão PA, freqüência cardíaca, temperatura corporal e
respiração.
PA
A queda da pressão arterial (PA) geralmente está relacionada às perdas sangüíneas importantes
muitas vezes ainda não exteriorizadas ou a piora do quadro no caso de abdômen inflamatório.4
Freqüência cardíaca
PROENF SESCAD
ma circulatório em fornecer oxigênio e nutrientes aos tecidos de forma a atender suas
necessidades metabólicas. Isto pode ocorrer quando o organismo sofre uma perda
sangüínea muito rápida e não há tempo para compensação dos fluidos resultando em
uma queda importante da pressão arterial, hipotensão arterial severa.
Temperatura corporal
A temperatura corporal é outro dado que merece toda nossa atenção, a variação para menos
geralmente está relacionada à perda de calor devido à diminuição do fluxo sangüíneo por queda
importante da volemia. Sua elevação sugere, na maioria das vezes, piora do quadro inflamató-
rio. Em situações menos graves também pode ser elevada, porém moderadamente, pela presen-
ça de sangue no trato gastrintestinal.4
Respiração
Na fase inicial, a garantia de um acesso venoso é um cuidado que deve ser observado rigorosa-
mente, pois quando o paciente está depletado, a tendência é de os vasos venosos colabarem,
dificultando sua punção e retardando a terapêutica de reposição volêmica e outras.6,11
As alterações no comportamento do indivíduo alertam para um quadro geral que pode estar as-
sociado à diminuição do fluxo sangüíneo cerebral por hipovolemia sistêmica, hipoxemia por carência
de hemácias e hipercapnia por distúrbios metabólicos relacionados às inflamações e infecções.4,13
O controle do débito urinário é um indicativo importante na avaliação clínica do paciente crítico. Uma
atenção à alteração dos marcadores da função renal, uréia e creatinina e do volume urinário faz-se
necessário. A diminuição aguda do volume urinário geralmente indica uma piora da função renal.
Porém, em alguns casos, representa a adequação do organismo à diminuição do volume sistêmico.4,13
152
Os distúrbios pré-renais relacionados à hipovolemia são bastante freqüentes nos pacientes com
ENFERMAGEM NAS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS
A mensuração dos ganhos e perdas auxilia no controle do equilíbrio hídrico. Desta forma, através
do balanço hídrico é feita a reposição volêmica, evitando que os órgãos sejam afetados por depleção
da volemia.4,13
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39. Na caracterização da dor abdominal aguda, indique sua provável causa de acordo
com sua característica:
A) dor constante –
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B) dor tipo cólica –
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PROENF SESCAD
apalpação, o indivíduo tira a mão do avaliador rapidamente e/ou reage à dor através de
um sobressalto ou sons?
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PA
Freqüência
Monitoramento
cardíaca
dos sinais vitais
Temperatura
corporal
Respiração
Observância do nível
de consciência
Controle do débito urinário
QUEIMADURAS
As questões que serão discutidas no que diz respeito à enfermagem nas emergências de pacien-
tes vítimas de queimaduras estão apresentadas no Quadro 11.
Quadro 11
QUESTÕES QUANTO À ENFERMAGEM NAS EMERGÊNCIAS
DE PACIENTES VÍTIMAS DE QUEIMADURAS
As queimaduras são consideradas uma das mais graves agressões ao corpo humano, ocasionan-
do na maioria das vezes seqüelas estéticas e funcionais, além de graves alterações psicossociais
advindas de um período longo de tratamento. Esse processo de recuperação estende-se por
anos e tem difícil solução, além de se constituir em uma alta taxa de mortalidade.
Os ferimentos são produzidos por agentes térmicos, elétricos, químicos, irradiações e frio, destru-
indo a célula e alterando as substâncias protéicas da pele, podendo afetar vários órgãos. A lesão
térmica ocorre como resultado de uma transferência de energia de uma fonte de calor para o
corpo, através de condução direta ou de radiação eletromagnética. Histologicamente, a lesão
térmica resulta em necrose de coagulação da epiderme e, em profundidade variável da derme.4,6,15
155
Na epidemiologia, encontramos que as ocorrências de queimaduras são mais comuns
PROENF SESCAD
■ em indivíduos do sexo masculino (57,7%);
■ nos indivíduos da raça branca (71,7%);
■ nas crianças de 0 a 10 anos (46,5%), causadas por líquidos aquecidos (44,9%), no ambiente
domiciliar (85,5%).
A decisão de internar o paciente com queimadura varia de modo geral com os seguintes
aspectos:
■ adultos com mais de 15% da superfície corporal queimada;
■ queimaduras em partes críticas do corpo: face (especialmente pelo edema), pés;
■ queimaduras de genitália e períneo;
■ queimaduras de terceiro graus extensas.
Quadro 13
PROENF SESCAD
pela regra dos nove.
A regra dos nove consiste em dividir o corpo em 11 regiões, cada uma com 9% da
superfície ou múltiplos de nove, e uma última, o períneo, com 1%. Essas regiões são:
a) cabeça e pescoço – 9%; b) tórax – 18%; c) dorso – 18%; d) MID – 18%; e) MIE – 18%;
f) MSD – 9%; e g) MSE – 9%.
Nas queimaduras em face, couro cabeludo, boca, mãos, pés, axilas, períneo, região de pregas,
tórax em meninas, mesmo que consistam de superfícies queimadas pequenas, a hospitalização
está indicada.Essa medida é importante porque a situação representa alto risco de infecção,
seqüelas graves e complicações respiratórias.
Os pacientes com estas áreas afetadas apresentam maior morbidade e maior inci-
dência de seqüelas limitantes na fase crônica. Recomenda-se atenção especial aos
sinais de queimaduras de vias aéreas, pois estes pacientes apresentam alto índice
de mortalidade. 4,13,15,38
Há muito que se considerar aos extremos de idade. Crianças abaixo de um ano e idosos acima
de 60 anos apresentam alta instabilidade hemodinâmica. Outros fatores também têm relevância
para os idosos, como as doenças preexistentes, sendo elas cardíacas, renais, hepáticas, além
de traumas associados (pois evidenciam maior índice morbidade e mortalidade).
As queimaduras elétricas são graves, não pela extensão corporal, mas pelo fato de
atingirem camadas profundas do revestimento corpóreo, comprometendo grandes va-
sos sangüíneos. Geralmente são responsáveis por amputações de membros e outras
seqüelas, além dos elevados índices de mortes por parada cardiopulmonar.13,38
158
Quais são os passos essenciais no atendimento
ENFERMAGEM NAS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS
Outro aspecto a ser observado durante a avaliação inicial, são as queimaduras torácicas, que
evoluem freqüentemente para constrição torácica, impedindo sua expansão. Isso ocorre devido
ao aumento de pressão torácica podendo levar aos quadros anteriormente citados.
Em seguida, introduzem-se dois cateteres venosos de grosso calibre em veias periféricas, ou, em
casos mais graves, em veias centrais, que irão possibilitar ao enfermeiro o controle rigoroso da
pressão venosa central, subsidiando a avaliação do volume circulante do paciente, bem como sua
função cardíaca e renal.
Inicia-se imediatamente a reposição hídrica, pois pacientes queimados tendem a evoluir para
choque hipovolêmico* devido à perda protéica e ao edema ocasionado pelo trauma térmico.6
PROENF SESCAD
glicose, para a hidratação inicial. Você deve ficar atento à hidratação oral, uma vez que
pacientes queimados com SCQ acima de 15% podem apresentar íleo paralítico.
Cristalóides isotônicos como Ringer lactato, são comumente empregados com uma
menor incidência de edema nos tecidos não-queimados e suas seqüelas.
Uma vez obtido um acesso venoso, algumas medidas devem ser realizadas, como a coleta de
sangue para a realização dos exames laboratoriais – hemograma, coagulograma, uréia, creatinina,
sódio, potássio, zinco, magnésio, glicemia, tipagem sanguínea e proteínas totais e frações.
Indica-se então iniciar a sedação desses pacientes, uma vez que a dor é a maior queixa oriunda
da agressão a pele.Verifique o protocolo de atendimento de sua instituição.
Quanto à reposição hídrica, cabe salientar1 que a inadequada reposição continua sen-
do causa importante de mortalidade precoce. Os quadros irreversíveis hoje se configu-
ram pela infecção pulmonar e das lesões, evoluindo para septicemia, falência de múlti-
plos órgãos e morte na fase subaguda do quadro.
Uma vez estabelecido o quadro inicial e emergencial, o enfermeiro deve realizar o exame físico
completo, removendo as roupas e adornos do paciente, que se constituem em causas potenciais
de instalação de infecções. Em seguida, recomenda-se um banho de aspersão, somente com
água limpa e em temperatura ambiente para remover as sugidades e prevenir infecções. Anéis
pulseiras e roupas devem ser removidos como prevenção ao garroteamento, ocasionado pelo
aparecimento do edema ou da síndrome compartimental.4,13,15,38
160
Como você deve proceder nas sondagens nestes pacientes?
ENFERMAGEM NAS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS
A sondagem vesical deverá ser realizada para fins de controle de diurese e balanço hídrico,
como mencionado anteriormente. A diurese normalmente esperada é:
■ 0-1 ano = 8 a 20mL/h
■ 1-4 anos = 20 a 25mL/h
■ 4-10 = 25 a 30mL/h
■ Acima de 10 anos = 30 a 50mL/h
A sondagem enteral deve ser instalada visando à reposição ponderal, ao ganho de peso e ao
balanço protéico, fatores que contribuem diretamente para a recuperação e a cicatrização das
lesões destes pacientes.
A sondagem gástrica deve ser realizada para fins de prevenção de hemorragia digestiva difusa,
também chamada de úlcera de Curling, encontrada freqüentemente em pacientes queimados.
Pode ocorrer após cinco horas da queimadura e é provocada pela súbita diminuição de vitamina
A e pela acidez gástrica. Usam-se a sonda para aspiração e a lavagem gástrica com soluções
salinas em temperatura ambiente.4,6,13,15
No Quadro 14, apresentam-se aspectos quanto a monitoramento de sinais vitais a serem avalia-
dos pela enfermagem em pacientes queimados.
Quadro 14
MONITORAMENTO DOS SINAIS VITAIS DE PACIENTES QUEIMADOS
Pressão arterial Deverá ser avaliada para evidenciar precocemente quadros de hipotensão
ocasionados pela hipovolemia, possibilitando através de sua mensuração, a infusão
hídrica compatível com o estado hemodinâmico em que o paciente se encontra.
Freqüência Deverá ser monitorada em pacientes na vigência de queimaduras de vias aéreas
respiratória superiores, observando precocemente os sinais de IRA. Através da freqüência
cardíaca e da PA, bem como da pressão de pulso, poderá ser avaliado o débito
cardíaco, uma vez que estes pacientes tendem a apresentar taquicardia
compensatória.
Temperatura Observam-se os picos febris, que poderão evidenciar sinais de infecção. Tratadas
adequadamente, as infecções afastam os quadros de septicemia.
PVC Medida útil indicada nos pacientes extremamente jovens ou nos idosos, ou ainda
em pacientes com doença cardiovascular para avaliar o funcionamento do coração
direito, uma estimativa da volemia e da função renal.
Outros itens ■ Nível de consciência,
a monitorar ■ Perfusão periférica,
■ Volume urinário.1,3,13,14
161
44. Qual a especificidade das seguintes avaliações em pacientes queimados quanto a
PROENF SESCAD
A) características das queimaduras –
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B) extensão das queimaduras –
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C) localização das quiemaduras –
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47. Qual a especificidade dos seguintes tipos de sondagens em pacientes queimados:
ENFERMAGEM NAS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS
A) sondagem vesical –
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B) sondagem enteral –
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C) sondagem gástrica –
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AFOGAMENTO
As questões que serão discutidas no que diz respeito à enfermagem nas emergências de pacien-
tes vítimas de afogamento estão apresentadas no Quadro 15.
Quadro 15
QUESTÕES QUANTO À ENFERMAGEM NAS EMERGÊNCIAS
DE PACIENTES VÍTIMAS DE AFOGAMENTO
PROENF SESCAD
■ afogamento seco: é a asfixia causada pelo oxigênio diminuído e é um resultado do espasmo
laringeotraqueal que impede que a água e o oxigênio entrem nos pulmões.
■ afogamento molhado: é a asfixia causada pela diminuição do oxigênio porque os pulmões
cheios de líquido ao invés de ar quando a vítima tenta respirar;
■ afogamento secundário: é a morte causada por falência respiratória por síndrome da angús-
tia respiratória aguda (SARA), edema pulmonar ou pneumonia por aspiração após a
ressuscitação.
■ afogamento por água do mar: (solução hipertônica): O fluido penetra o alvéolo devido ao
aumento na pressão osmótica capilar, resultando em edema pulmonar, hemoconcentração e
hipovolemia.
■ afogamento por água doce: (solução hipotônica): O fluido passa rapidamente para fora do
alvéolo (colabamento alveolar) e para dentro do sangue por difusão. A água pode ter agentes
contaminadores que impedem a ação do surfactante. O líquido escoa nos alvéolos, provocan-
do edema pulmonar, hemodiluição e hipovolemia.
As alterações fisiopatológicas* que ocorrem nos pacientes vítimas de afogamento irão depender
diretamente do tipo do líquido aspirado.
A aspiração de água salgada, devido a sua osmolaridade, aumentada pela presença do íon
sódio, compromete a quantidade do surfactante pulmonar, provocando hemoconcentração,
hipovolemia, hipernatremia, além dos quadros de acidose respiratória e metabólica.
164
Já na aspiração de água doce, livre da osmolaridade, ocorrem alterações na quantidade e na
ENFERMAGEM NAS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS
Ainda nos casos de afogamento em águas frias ou em determinadas estações do ano, pode-se
constatar a ocorrência de choque térmico. A hipotermia instalada compromete a oferta de oxigê-
nio às células e altera a atividade elétrica e mecânica do sistema cardíaco e neurológico.
PROENF SESCAD
o restabelecimento da oferta de oxigênio, pois a taquicardia, o ritmo de galope e as extra-sístoles
são as alterações cardíacas mais freqüentes, e são reversíveis com a administração de oxigênio:
■ vias aéreas: cuidado com a coluna cervical, examine para afastar presença de corpo estranho
com obstrução. Assegure via aérea pérvea, mantenha Sat maior ou igual a 95%, observe
indicação de intubação e tosse e espuma nas fossas nasais.
■ choque: oportunize acesso venoso e hidratação, monitore as alterações eletrolíticas, inicie
RCP, se necessário. Além disso, monitore a atividade cardíaca e os sinais vitais.
■ neurológico: previna hipotermia aquecendo o paciente, remova a roupa molhada, avalie o
nível de consciência, encaminhe aos exames complementares, quando quadro se estabilizar.
Realize exame físico minucioso e as sondagens necessárias.
■ exposição: previna hipotermia, promova a hidratação e o aquecimento.
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50. Qual a relação entre alterações fisiopatológicas causadas pelo afogamento e a qua-
lidade do líquido aspirado?
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As questões que serão discutidas no que diz respeito à enfermagem nas emergências de pacien-
tes vítimas de intoxicações exógenas agudas estão apresentadas no Quadro 16.
Quadro 16
QUESTÕES QUANTO À ENFERMAGEM NAS EMERGÊNCIAS
DE PACIENTES VÍTIMAS DE INTOXICAÇÕES EXÓGENAS AGUDAS
Conforme apontam Pereira e Fonseca (2000),45 o tratamento das intoxicações é de difícil manejo,
visto que as substâncias químicas, suas características e toxicidade muitas vezes são desconhe-
cidas pelos profissionais de saúde e a fisiopatologia das intoxicações também difere, dependendo
do agente tóxico.
Deve ser considerada na abordagem inicial a presença das síndromes que colocam em risco o
paciente e que precisam ser reconhecidas e ter tratamento prontamente iniciado – considerada
fase de ressuscitação e avaliação inicial.1,13,14 Neste momento, a equipe deve tratar o paciente e
não o veneno. Nos casos de diminuição do nível de consciência, considere a obstrução do fluxo
de oxigênio pelo deslocamento posterior da língua e dos tecidos moles, bem como inspecione a
cavidade oral, verificando a presença de materiais estranhos, restos alimentares, resíduos do
agente tóxico, queimaduras de mucosas, geralmente ocasionadas por soluções cáusticas.
PROENF SESCAD
superiores. Se necessário, indica-se a utilização da cânula de Guedel e, nos casos mais críticos,
a intubação orotraqueal.
Sugere-se a monitorização do paciente para melhor observação das arritmias que podem
evidenciar risco de morte. Pacientes arrítmicos devem ser assegurados com boa oxigenação,
débito cardíaco apropriado e a correção dos distúrbios hidroeletrolíticos e acidobásicos. A hipotensão
arterial manifesta-se secundária nas intoxicações por betabloqueadores*, metildopa, opióides,
etc. Aos pacientes que se apresentam hipotensos, a conduta imediata consiste na instalação de
dois acessos venosos para infusão de soluções cristalóides (Ringer lactato e soro fisiológico).
Todo choque na emergência deve ser considerado hipovolêmico, salvo os casos em que o pacien-
te apresenta sinais claros de hipervolemia.
Estes pacientes devem ser monitorados no centro de tratamento intensivo, pois requerem contro-
le rigoroso de suas funções vitais. Na ausência do leito, indica-se o início da infusão na emergên-
cia, com monitorização constante deste paciente, até sua transferência. Aos pacientes que se
encontram em coma (sem resposta verbal ocular e motora), cabe ao enfermeiro planejar cuidados
especiais para que a equipe de enfermagem desempenhe suas funções de forma adequada aos
pacientes.
Nos casos de hipertemia maligna, caracterizados por temperaturas de até 45ºC (au-
mentando 1ºC a cada 15 minutos), as intoxicações exógenas ocorrem devido ao uso de
agentes anestésicos e relaxantes musculares despolarizantes, em indivíduos genetica-
mente predispostos. Neste caso, o tratamento indicado é o antagonista dantrolene ou
bromocriptina.4,6,13,15,38
Após o controle da situação de risco de morte do paciente, a equipe de enfermagem deve provi-
denciar a descontaminação do local afetado* (que pode ser por exposição cutânea, ocular, inalatória
e gastrintestinal).
169
PROENF SESCAD
*Para saber mais:
As vias cutânea, ocular e inalatória poderão ser consultadas através das obras dos autores Hudak
CM e Galo BM,4; Puntillo e Schell, Filho19,28
A maioria das intoxicações graves, propositais ou acidentais, acontece por ingestão de agentes
tóxicos. Esses podem ser removidos por meio de lavado gástrico, embora este tenha sido consi-
derado ineficaz por alguns autores, pelo fato de o procedimento ser normalmente executado além
do tempo efetivo preconizado desde o momento da intoxicação (até duas horas).
Autores como Schell e Puntillo19 afirmam que o enfermeiro deve atentar as complicações da lava-
gem gástrica, como:
■ epistaxe por traumatismos de mucosa no momento da sondagem;
■ perfuração esofagiana;
■ aspiração pulmonar;
■ desequilíbrio eletrolítico;
■ pneumotórax de tensão;
■ hipotermia.
Para evitar essa última complicação, a solução salina utilizada deve ser aquecida a 38ºC.
O carvão ativado é comumente utilizado nos serviços de emergência e nas UTIs e promove a
diminuição da absorção do agente tóxico. Seu mecanismo de ação consiste em adsorver ou
aprisionar o agente tóxico em sua superfície, impedindo sua absorção pelo intestino. No entanto,
é inativo para substâncias químicas ionizadas, como ácidos minerais, ferro, lítio, fluoreto e cianeto,
derivados do petróleo, bases fortes e álcoois.
Os catárticos são utilizados também para a diminuição da absorção do agente tóxico, apressan-
do seu trânsito através do trato gastrintestinal e impedindo seu contato com as superfícies mucosas.
Deve-se evitar doses múltiplas para evitar a diarréia, que pode resultar em graves distúrbios
hidroeletrolíticos. Deve-se evitar o uso de agentes catárticos em pacientes hipertensos, portado-
res de ICC e insuficiência renal.4,6
170
A utilização de adsorventes e catárticos exige critérios e supervisão rigorosa. Por exem-
ENFERMAGEM NAS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS
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magem para pacientes com intoxicação exógena aguda.
55. Quais indicações e cuidados o enfermeiro deve ter com relação ao emprego de
adsorventes e catárticos em pacientes com intoxicação exógena?
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Quadro 17
QUESTÕES QUANTO À ENFERMAGEM NA CETOACIDOSE DIABÉTICA
E NO ESTADO HIPERGLICÊMICO – HIPEROSMOLAR E HIPOGLICEMIA
Com a ausência de insulina, há maior concentração de glicose circulante, não podendo ser apro-
veitada pela célula, resultando em jejum progressivo no interior celular. Hormônios como glucagon,
catecolaminas e cortisol são liberados na tentativa de aumentar a produção de glicose, através do
processo de glicogenólise e neoglicogênese. Não há entendimento por parte destes hormônios
de que a nutrição intracelular está se dando pela falta de insulina – substância responsável em
captar glicose à célula.
Com este novo metabolismo iniciado no fígado, algumas substâncias são liberadas. Entre elas, os
corpos cetônicos, que entre outras conseqüências, acidificam o pH celular, configurando os qua-
dros de acidose metabólica. O resultado é um aumento progressivo da hiperglicemia, pós-
glicogenólise e glicogênese. Assim, haverá mais glicose circulando e um aumento progressivo de
sua deficiência na célula. A acidose metabólica se instala devido à cetogênese, resultando em
cetonas, ácido acídico e hidroxibutírico B.4,6,15
A cetoacidose, conforme descreve Freitas (2003),48 é uma complicação aguda típica do paciente
diabético do tipo 1, insulinodependentes, enquanto o estado hiperglicêmico hiperosmolar, descri-
to a seguir, é uma complicação característica do diabetes tipo 2, ou insulinorresistentes.
O paciente traz consigo a história de poliúria, polidpsia e polifagia, podendo a cetoacidose diabé-
tica* estar associada ao emagrecimento e à astenia. O paciente relata dores abdominais, náu-
seas e vômitos que devem ser criteriosamente avaliados, pois podem mascarar quadros de infec-
ção e inflamação. Mediante avaliação neurológica, o enfermeiro pode detectar quadros de confu-
são mental, sonolência ou até mesmo o coma.4,6,15
PROENF SESCAD
que estão associados a quadros de distúrbios hidroeletrolíticos como
conseqüência de seu agravamento. Como isso ocorre?
Sinais de desidratação são observados pelo turgor diminuído da pele e o ressecamento de suas
mucosas. Casos graves de desidratação evoluem com taquicardia e hipotensão, podendo evoluir
para o choque hipovolêmico. Outro aspecto importante do paciente cetoacidótico em hiperglicemia
são os distúrbios hidroeletrolíticos ocasionados em sua maioria pela perda de potássio devido à
hiperosmolaridade da membrana celular. Esse fato é atribuído à não-efetividade da insulina em
transportar a glicose para o líquido intracelular.
Em nível renal, esse desequilíbrio do gradiente osmótico possibilita a passagem da glicose pela
urina, facilmente identificável através da avaliação da densidade urinária.1,3,14 Com a eliminação
renal de grande quantidade de água e eletrólitos, provocados pela diurese osmótica, a manuten-
ção da homeostase é prejudicada. Este efeito acontece em cascata, uma vez que o rim passa a
eliminar glicose pela diminuição da taxa de filtração glomerular, agravando proporcionalmente o
estado hiperglicêmico e hiperosmótico, que somente será corrigido pela oferta de insulina, potás-
sio e água.4,6,15
Não há ainda uma explicação exata de seu mecanismo. Cetoacidose diabética (CAD) e quadro
hiperglicêmico e hiperosmolar resultam na maioria das vezes em situações de estresse, advindos
de estados infecciosos, traumas, cirurgias, sangramento intestinal, pancreatite, infarto agudo do
miocárdio (IAM) e acidente vascular cerebral (AVC).4,6,15
A explicação que Cecil (1996)52 traz é que a ausência de cetose significativa pode ser secundária
a uma secreção residual de insulina suficiente para suprimir a lipólise, logo se entende que sem a
necessidade de “quebrar” gorduras para produzir glicose, não há liberação de corpos cetônicos e
conseqüente acidose.
174
O QUE IMPLICA O ESTADO HIPOGLICÊMICO?
ENFERMAGEM NAS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS
A hipoglicemia se constitui por diversas causas, mas seu diagnóstico se dá quando se encon-
tram níveis sérios de glicose abaixo de 50mg/dL.13 Quando não corrigidos, esses níveis configu-
ram quadros, por vezes, mais deletérios dos que foram citados anteriormente, levando o paciente
ao estado de neuroglicopenia. A situação exige do enfermeiro atitudes rápidas e precisas para o
pronto restabelecimento dos níveis de glicose, a fim de que não se estabeleçam lesões neuroló-
gicas irreversíveis.
Cecil (1996)52 assinala a tríade de Wipple como base para este diagnóstico e consiste em baixo
nível plasmático de glicose, sintomas consistentes com hipoglicemia e melhora destes sintomas
após um aumento da concentração plasmática de glicose.
O enfermeiro deverá avaliar cada paciente na sua singularidade e a partir de seu julgamento
clínico, estabelecer o plano de assistência.
Nos casos de hiperglicemia é necessária atenção quanto aos sinais de rubor facial, dor abdomi-
nal, queixas de polidipsia, polifagia e poliúria, taquicardia, distúrbios hidroeletrolíticos e acidobásicos,
geralmente presentes nas cetoacidoses, e que, por vezes, culminam no choque hipovolêmico,
devido à desidratação.
175
Faz-se necessário, então:
PROENF SESCAD
■ controle e monitorização dos sinais vitais;
■ controle do balanço hidroeletrolítico;
■ avaliação do nível de consciência.
Nos casos hipoglicêmicos, cabe ao enfermeiro monitorar o HGT para elucidar o diagnóstico de
hipo ou hiperglicemia, promover oxigenioterapia e manter acesso venoso com fluidoterapia, vi-
sando combater a desidratação.
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57. A partir das informações do texto, quais as relações entre cetoacidose diabética e
desequilíbrios hidroeletrolíticos?
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59. Relacione as colunas, quanto aos sinais e sintomas dos distintos quadros
etiológicos da hipoglicemia.
Atividade 6
Resposta: C
Comentário: O paciente apresenta uma acidose metabólica completamente compensada. Obser-
ve que embora o pH esteja na faixa de normalidade, o valor do bicarbonato encontra-se diminuí-
do, e o pCO2 também está reduzido, de modo a compensar o distúrbio para corrigir o pH.
Atividade 8
Resposta:
A) pO2 abaixo do valor normal – hipoxemia
B) pCO2 maior do que 35 – alcalose respiratória
C) pCO2 maior que 45 – acidose respiratória
D) pH menor do que 7,35 – acidemia
E) pH maior do que 7,45 – alcalemia
F) bicarbonato menor do que 22 – acidose metabólica
G) bicarbonato maior do que 26 – alcalose metabólica
Atividade 15
Resposta: A
Comentário: A quantidade de sangue nas cisternas é um dos principais indicativos para o desen-
volvimento de espasmo. Outras alterações associadas a este quadro são a desidratação,
hipovolemia e hiponatremia.
Atividade 20
Resposta: C
Comentário: A manutenção dos índices pressóricos relativamente elevados demonstra ser bené-
fico em relação ao risco de se instituir terapêuticas que produzam hipotensão arterial. Durante a
fase aguda no AVC é comum ocorrer um aumento da pressão arterial (PA), sendo que é geral-
mente em menor grau nos AVCs isquêmicos. Outro fator importante é a concentração do CO2 no
sangue arterial para a manutenção do fluxo cerebral, pois a elevação do mesmo produz
vasodilatação que compromete o fluxo sangüíneo arterial, devido ao aumento da pressão
intracraniana (PIC). Também os desequilíbrios hidroeletrolíticos devem ser corrigidos para evitar
a hemoconcentração.
177
Atividade 24
PROENF SESCAD
Resposta: B
Comentário: são os sinais característicos de fratura de base de crânio. A instalação da SNG
favorece a penetração de microorganismos que podem levar a uma infecção grave do conteúdo
cerebral devido a possível contato entre o liquor e a drenagem do seio da face.
Atividade 28
A) Atividade elétrica sem pulso
Seqüência: 5-1-4-2-3
Resposta:
Se a freqüência cardíaca é baixa, administre atropina 1mg IV a cada três minutos em dose máxima
de 0,04mg/kg. Se a circulação espontânea retornar, ventile e trate a causa subjacente.
B) Bradicardia
Seqüência: 8, 9, 11, 6, 10, 1, 7, 2, 4, 5, 3
Lacunas:
(A) dopamina 5-20mμg/kg/min em infusão IV;
(B) epinefrina 2-10mμg/kg/min em infusão IV;
(C) isoproterenol 2-10mμg/kg/min em infusão até a FC do paciente chegar a 60bpm.
Resposta à questão:
Nesta modalidade, os seguintes fármacos devem ser considerados:
amiodarona, 300mg IV – considere repetir 150mg IV a cada três/cinco minutos. A dose máxima
cumulativa é de 2,2g IV nas 24 horas;
lidocaína, 1 a 1,5mg/kg IV – para fibrilação ventricular refratária pode ser administrada dose adi-
cional de 0,5 a 0,75mg/kg IV; repetir a cada cinco a 10 minutos com dose máxima de 3mg/kg. Se
o ritmo for revertido, siga com 1-4mg/min IV de lidocaína.
Considere, também:
sulfato de magnésio – 1-2 g IV diluído em 10mL de SG 5% ou água destilada; considere
procainamida 20mg/min IV com dose máxima de 17mg/kg;
bicarbonato de sódio – 1mEq/kg. Se a circulação espontânea retornar, ventile e atenda a causa
subjacente.14,15,16,17
D) Assistolia
Seqüência: 2-6-1-3-7-4-5
Lacunas
(A) epinefrina 1mg IV e repita a cada três a cinco minutos. (B) bradicardia, (C) atropina 1mg IV a
cada três minutos para uma dose máxima de 0,04mg/kg
Atividade 40
Chave de respostas: 3,1,2
Atividade 42
Resposta: B
Comentário: A gravidade da hemorragia está relacionada à necessidade de se restabelecer rapida-
mente o volume intravascular, evitando desta forma a disfunção orgânica por depleção do volume.
178
Atividade 45
ENFERMAGEM NAS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS
Resposta: D
Comentário: Tais queimaduras configuram-se como graves não somente pelo arco voltaico, mas
sim pelo caminho de destruição que percorre a corrente elétrica. Desde seu ponto de entrada até
o ponto de saída, este segue cauterizando artérias, músculos e demais estruturas, ocasionando
na maioria das vezes amputações.
Atividade 53
Resposta: B
Comentário: Os catárticos devem ser administrados por sonda nasogástrica ou via oral, uma hora
após a administração do carvão ativado. Cabe ao enfermeiro atentar para a história prévia de
hipertensão arterial e insuficiência renal aguda ou crônica. Não deve ser utilizado na ingestão de
cáusticos.
Atividade 59
Chave de respostas: 3;1;2
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